Semanário A Manhã

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JORNAL DE INFORMAÇÃO REGIONAL – GONDOMAR · N.º 1 · DIRECTOR: PAULO F. SILVA

0,50€ · QUINTA-FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 2012

Movimento de Valentim vai a votos em 2013 J. PAULO COUTINHO

Esta edição vale

8 euros PÁGS. 3, 20, 22

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Tribunal Constitucional decidirá referendo em Melres PÁG. 2

Concelho perdeu entre 2009 e 2011 dois mil alunos PÁG. 16

Gondomar representado no Mundial de futebol de rua no México

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Presidente da Câmara admite candidatar-se a um “lugar de dignidade” como o de líder da Assembleia Municipal

Com a lei eleitoral autárquica inalterável, Valentim Loureiro define, em entrevista ao “A Manhã”, o seu futuro político de curto prazo. O presidente pondera uma eventual candidatura às eleições de 2013. Se isso acontecerá ou não em co-

ligação, por exemplo com o PSD, não revela. O certo é que, neste momento, não há quaisquer conversações com o PSD/Gondomar. “Não podia virar as costas aos gondomarenses”, defende. PÁGS. 10 a 15

Feira do Livro no Souto até ao próximo domingo


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A Manhã | Quinta-feira, 13 de Setembro de 2012

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Quinta-feira, 13 de Setembro de 2012 | A Manhã

3 a: Actual é a secção de abertura do jornal. Promete o lançamento de matéria noticiosa em plena actualidade durante a semana. Normalmente ficará nas páginas 2 e 3 mas, se o assunto merecer, pode ir além das duas páginas, mas também pode ficar apenas por uma. Actual, será o nosso destaque da semana.

ACTUAL Regresso às aulas

Gondomar tem cada vez menos alunos

PANORAMA DO ENSINO

BANCO DE LIVROS ESCOLARES No apoio aos alunos do concelho, as juntas de freguesia de Rio Tinto e de Gondomar (S. Cosme) têm em funcionamento, de forma oficial e sistemática, bancos de livros escolares. Existem ainda outras iniciativas similares a nível de movimento associativo e até das redes sociais. No caso de Rio Tinto, a junta conta com o apoio da Comissão Social da freguesia. Para além da doação gratuita a famílias com necessidades económicas, todos os cidadãos podem usufruir do sistema de troca directa, ou seja, trocar um livro por outro. O Banco aceita também doação de livros que as famílias já não necessitem, permitindo assim servir a causa social, mas também a causa ambiental. O Banco de Livros Escolares funciona nas instalações da Junta de Freguesia, de 2ª

J. PAULO COUTINHO

A nível nacional 12% da população possui o ensino superior e 13% o secundário

•• ORLANDO CASTRO [Textos]

•• CÂNDIDO XAVIER [Infografia]

É

verdade que Portugal registou na última década um crescimento do nível de instrução, sobretudo na vertente escolar. Existem hoje cerca de 1 262 449 pessoas com o ensino superior completo, o dobro do registado em 2001. No entanto, a situação do país nos últimos anos está a afastar das escolas, sobretudo das universidades, muitos jovens. Gondomar não escapa à regra embora, tanto quanto é possível

São mais de cinco mil os alunos inscritos no Ensino Secundário no concelho

analisar do ponto de vista estatístico, seja um concelho que resiste à desertificação escolar. Embora os valores revelem um decréscimo do número de alunos no conjunto da década de 2001/2011, tal como no resto do país, mas sobretudo na faixa litoral, Gondomar registou um sólido crescimento no nível de instrução da população. Comparativamente aos Censos 2001, em 2011 registou-se do ponto de vista estatístico um recuo do número de habitantes com níveis de instrução mais reduzidos, sobretudo até ao 2º ciclo do ensino básico e, igualmente, um aumento dos níveis de qualificação superiores.

A população que possui o ensino superior completo quase duplicou na última década. Portugal passou das 674 094 pessoas que tinham o ensino superior completo para as 1 262 449, não havendo dados sobre a incidência em Gondomar. Exemplo de sucesso Também os níveis de qualificação correspondentes ao ensino básico 3º ciclo e ao secundário registaram no concelho progressos visíveis na última década, contrariados de forma negativa pelas dificuldades que as famílias estão a viver nos últimos três anos e que, todos os dias, fazem diminuir o número de estudantes.

As qualificações mais elevadas (61%) – correspondendo a uma evolução natural de uma fatia da população esquecida durante décadas – verificam-se nas mulheres. A população feminina domina também no ensino secundário (52%), no 1º ciclo do ensino básico (51,8%) e na população sem qualquer nível de ensino (56,5%). Apenas na população com os 2º e 3º ciclos, a percentagem de homens é superior à das mulheres. Na última década a percentagem da população com ensino superior aumentou em todos os municípios, sendo que Gondomar é – no distrito do Porto – um exemplo de sucesso.

a 6ª feira, das 10 às 12.30 e das 14 às 17 horas. A mais antiga iniciativa deste género é da Junta de Freguesia de Gondomar (S. Cosme). Todo e qualquer produto ou serviço prestado pelo ou para o Banco do Livro Escolar é gratuito. Assim, além de receber ofertas de livros escolares usados, os mesmos são disponibilizados gratuitamente a quem precisa, promovendo a organização o transporte dos livros entre os vários pontos de entrega e recolha do país, sendo o serviço feito por voluntários e sem qualquer custo. Os livros podem ser entregues e levantados na Junta de Gondomar, entre as 9 e as 12.30 e as 14 e as 17.30 horas. Como alternativa, existe a Secretaria da Universidade Sénior ou a Loja Social da Freguesia de Gondomar, no Largo do Souto.


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A Manhã | Quinta-feira, 13 de Setembro de 2012

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Quinta-feira, 13 de Setembro de 2012 | A Manhã

5 g: Gondomar é a espinha dorsal do jornal. Aqui cabem as notícias relacionadas com o Poder Local, os assuntos camarários, das freguesias, do município, das empresas, das famílias. Gondomar também é Sociedade, Economia, Cultura, Educação, enfim, todos os assuntos que digam respeito à comunidade gondomarense.

GONDOMAR Poder Local | Sociedade | Cultura

Melres avança para referendo e aguarda decisão do Tribunal ARQUIVO “A MANHÔ

•• PAULO ALMEIDA

CONCESSÃO MINEIRA

“Concorda com uma alteração dos limites territoriais da Freguesia de Melres que resulte duma agregação com qualquer, ou quaisquer, das Freguesias de Medas, Lomba ou Covelo?” É esta a pergunta que os cerca de 3200 eleitores melrenses poderão vir a responder em referendo nas próximas semanas. O pedido para a realização do referendo, a que “A Manhã” teve acesso, foi enviado para o Tribunal Constitucional (TC) na semana passada. O presidente da junta, o socialista Jorge Filipe Correia, mostra-se cauteloso, até porque a fundamentação jurídica apresentada é complexa e pode abrir caminho para tornar inconstitucional a lei que define a reorganização administrativa territorial autárquica. O autarca aponta uma contradição no quadro legal da

Melrenses poderão vir a referendar a agregação da sua freguesia

Lei que define reorganização autárquica poderá ser considerada inconstitucional

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reforma que “já terá sido detectada pelo Tribunal Constitucional”. Trata-se de considerar que os referendos nas freguesias não terão carácter vinculativo, contrariando a Carta Europeia da Autonomia Local, que Portugal ratificou em 1990, e, por consequência, a Constituição, que define que compete ao Estado “garantir a participação activa das populações nos assuntos que lhes respeitem, não devendo pois tomar qualquer decisão, que condicione ou altere a vida das populações, sem a sua prévia audição e participação”. “Penso que o TC já notou esta questão, quando analisou e recusou a proposta de referendo em Crestuma (Vila Nova de Gaia), e que deverá ter em conta nas decisões futuras”, adiantou Filipe Correia.

A proposta de Melres vai mais longe, ao pedir ao TC que consulte o Tribunal de Justiça Europeu sobre a legalidade e constitucionalidade dos referendos locais; em concreto, que analise os princípios da Carta Europeia. Decisões São várias as freguesias que nos últimos meses têm recorrido ao TC e as decisões têm variado, centrando-se muito na qualidade da fundamentação apresentada. Na semana passada foi revelado outro acórdão que rejeita o pedido de consulta para a integração de Meia Via (Torres Novas) no concelho do Entroncamento, dias depois de ter aprovado a realização de um outro para a integração de Milheirós de Poiares (St.ª M. da Feira) em de S. João da Madeira.

“Melres tem muito a perder com a agregação da freguesia”, afirmou o autarca socialista, que também é advogado. O Ministério da Economia, através da Direcção-geral da Energia e Geologia, assinou em Julho um contrato de concessão experimental, por três anos, para exploração de ouro e prata na minas de Banjas/ Poço Romano de Melres, com a empresa canadiana Petaquilla Minerals, através da sua subsidiária, Almada Mining. Aguarda-se por um investimento de 5,3 milhões de euros, que poderá levar à criação de 25 postos de trabalho directos, número que poderá aumentar para 250, após o período experimental. As minas de Banjas e o Poço Romano situam-se na fronteira entre os concelhos de Gondomar e Paredes e entre as freguesias de Melres e Sobreira. Ocupação antiga A área de Melres é povoada de forma sistemática desde a ocupação romana, sendo que o documento escrito mais antigo que se conhece data de 951. A freguesia já foi concelho, entre 1514 e 1834, e agregava a vizinha freguesia de Lomba de quem se separou em 1807. Melres acabou por ser integrada no concelho de Gondomar, em 1868, depois da revolta popular da Janeirinha, um período conturbado, em grande parte originado pelo mapa administrativo do ano anterior, que acabou por fixar o território como hoje o conhecemos, com ligeiras alterações.

Sociedade :g

Santos (da casa) dão uma ajuda para enfrentar a crise J. PAULO COUTINHO

Medas, sob os auspícios da sua padroeira, N. Sr.ª da Natividade, esteve em festa no fim de semana passado. Começaram assim, e de uma forma mais geral, as festas e romarias do concelho. Até dia 14 de Outubro todos os caminhos vão dar a Gondomar. À disposição dos visitantes está um leque tão vasto e rico de opções que a dificuldade está na escolha. Da XI Feira do Livro (até domingo) ao XXI Festival Gastronómico “Hoje há Caldos de Nabos” (começa amanhã e termina a 7 de Outubro), passando pelo XXII Encontro de Dança (dias 21 e 22), nada falta. Aliás, as tradições populares estão com uma inegável pujança no concelho, mau grado as dificuldades económicas que atingem as entidades que organizam os eventos. Mas, como diz o povo, quem canta seus males espanta. E as festas e romarias ajudam a espantar a crise. 300 anos de festas Há mais de 300 anos que em Outubro se realiza a mais importante manifestação popular do Concelho, a Romaria de N. Sr.ª do Rosário, S. Cosme e S. Damião, que decorre na freguesia de Gondomar (S. Cosme) e a cuja cerimónia solene, no dia 7, preside D. Pio Alves, bispo auxiliar da Diocese do Porto. Do ponto de vista profano é também conhecida por “Festa das Nozes”. Misturam-se saberes, sabores e tradições, modernidade e preservação histórica e cultural. Nas janelas e varandas vão “nascer” as melhores colchas e bordados para saudar a N. Sr.ª do Rosário. Quanto às nozes, não pa-

População de Medas saiu à rua para acompanhar a procissão

rece ser o caso de Deus as ter dado a quem não tinha dentes. Nesta época, mais ontem do que hoje, as nozes eram uma fartura, uma das riquezas do concelho, pois as margens do Douro davam às nogueiras tudo o que elas precisavam para dar fruto e ajudar a dar de comer a quem tinha fome. E foi assim que em Melres e S. Cosme apareceram os primeiros “centros comerciais” de… nozes. Mas em Gondomar há festas em honra de (quase) todos os santos. Em Rio Tinto coexistem S. Bento das Pêras, S. Sebastião, St.º António, S. Cristóvão, Senhor dos Aflitos, N. Sr.ª da Conceição e St.ª Luzia. S. Vicente, St.º Isidoro, N. Sr.ª Mãe dos Homens, St.º António, N. Sr.ª da Atalaia (N. Sr.ª dos Remédios), Senhor dos Aflitos, N. Sr.ª de Fátima,

S. Miguel e Almas, S. Cosme e S. Damião e N. Sr.ª do Rosário marcam a freguesia de S. Cosme. Santos padroeiros São Brás e Imaculado Coração de Jesus têm lugar cativo em Baguim do Monte; S. Gonçalo, St.ª Isabel e N. Sr.ª dos Navegantes, no Covelo; N. Sr.ª de Fátima, St.º António, St.ª Bárbara, S. Tiago e Divino Salvador, em Fânzeres. Por sua vez, na Foz do Sousa venera-se St.º Amaro, S. Jorge, St.ª Helena, S. João Baptista, N. Sr.ª Aparecida, N. Sr.ª da Livração, S. Roque e St.º Ovídio. Na Lomba são a N. Sr.ª do Ó, St.º António, Festa do Senhor e St.ª Eufémia. Em Medas pontificam a N. Sr.ª de Canas, Sr.ª da Hora e Divino Salvador, e em Melres o Senhor dos Passos, N. Sr.ª de

Fátima, St.ª Iria, N. Sr.ª da Piedade, N. Sr.ª da Assunção e S. Bartolomeu. Por sua vez, em S. Pedro da Cova figuram o… S. Pedro, S. Paulo e S. Vicente. Já em Jovim em Valbom são o S. Pedro e Sagrada Família. Jovim venera a Sr.ª das Neves e St.ª Cruz.

Plano de Emergência em revisão A revisão do Plano Municipal de Emergência e de Protecção Civil de Gondomar (PMEPCG) esteve em discussão pública até sextafeira. Criado em 1991 e revisto em 2002, o plano já foi activado três vezes, desde 1995, por altura dos grandes incêndios florestais que assolaram o concelho. Em 1998 e 2001 foi activado um plano especial de cheias e inundações. O documento que esteve em revisão, define uma carta risco do concelho e a forma de prevenir, actuar e articular os diversos intervenientes chamados perante acidentes ou catástrofes, onde se incluem cheias, incêndios florestais ou acidentes com indústrias ou transporte de materiais perigosos. Comando Cabe ao presidente da Câmara a responsabilidade de activar o PMEPCG. A autarquia nunca nomeou um Comandante Operacional Municipal, que deve coordenar as operações em situações de risco, emergência ou catástrofe. Essas funções são repartidas entre Valentim Loureiro e o vereador da Protecção Civil, José Luís Oliveira.


A Manhã | Quinta-feira, 13 de Setembro de 2012

Quinta-feira, 13 de Setembro de 2012 | A Manhã

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g: Sociedade

Cultura :g

Morreu o socialista Antão Ramos

Lipor abre concurso para licenciado

“Tuning” em S. Pedro da Cova

Faleceu no passado sábado Fernando Antão de Oliveira Ramos, advogado nascido em 2 de Outubro de 1933 e que foi vereador da Câmara, deputado e presidente da Assembleia Municipal e deputado na Assembleia da República (sempre eleito pelo PS). Da sua actividade parlamentar destacase a autoria de diversos projectos de lei, entre os quais se destacam: “Criação da freguesia de Triana, Rio Tinto”, “Criação do município de Ermesinde”, “Criação do município de Rio Tinto”, “Lei de criação das Regiões Administrativas”.

A Lipor – Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto abriu concurso público de recrutamento para o lugar de um técnico superior, com licenciatura em Engenharia de Ambiente, para exercer funções nas instalações de Baguim do Monte. O candidato/a deverá saber desempenhar tarefas consultivas, de estudo, planeamento, avaliação e aplicação de métodos e processos de natureza técnica e ou científica, que fundamentem e preparam a decisão. O concurso termina segunda-feira.

O fim-de-semana em S. Pedro da Cova será a altas rotações! No Largo da Feira, junto ao estádio da Associação Desportiva de S. Pedro da Cova, realiza-se o Gondomar Tuning Motor Show – Circuito de S. Pedro da Cova, evento apoiado pela Câmara Municipal que promete muitas actividades e animação. O evento, que irá concentrar os amantes do “tuning”, abarcará um circuito, provas, espetáculos diversos, música, concertos, insufláveis, tasquinhas, exibição de “graffiti” e, previsivelmente, demonstrações em duas e quatro rodas.

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Federação das Colectividades promove 11.ª edição da Feira do Livro J. PAULO COUTINHO

Gondomar | 20 €

Fora do concelho | 25 €

Europa | 50 €

Resto do Mundo | 75 €

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As instalações do Grupo Folclórico N. Sr.ª da Lapa, anfitrião do XXVIII Festival Nacional de Folclore da Cidade de Rio Tinto, foram pequenas para dar guarida a todos quantos, no sábado passado, quiseram assistir ao evento que, com o apoio do Pelouro da Cultura da Câma-

Email

ra Municipal, contou ainda com a participação dos Grupo Etnográfico D. C. Planície Alentejana, Rancho Folclórico das “Rosas de Coja” e Rancho Folclórico S. Martinho de Fornelos. O êxito da iniciativa leva a organização a prever que o próximo festival tenha muito mais participantes.

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Feira do Livro destaca obras de 13 autores. Gondomarenses têm à disposição cerca de quatro mil livros

Sete editoras, nove stands e cerca quatro mil títulos dão, até domingo, vida à 11ª Feira do Livro de Gondomar, no Largo do Souto, uma iniciativa da Federação das Coletividades e da Câmara Municipal. “É uma iniciativa fundamental para abrir horizontes numa altura de crise”, afirmou o presidente da Câmara na inauguração do certame que marcou também o início das festas do concelho, salientando que “as apostas feitas ao longo dos 19 anos de mandato na cultura e na educação estão directamente relacionadas com o desenvolvimento de Gondomar”. Miguel Miranda, Mário João Alves, João Carlos Sarabando, José Maria de Souza Guedes, Ana Luísa Azevedo, Manuel Jorge Marmelo, Richard Zimler, Maria Clara Miguel, Rute Neves, Isabel Rocha, Teresa Poças, João Carlos Brito e Nunes Carneiro serão os autores em destaque no certame. Hoje, a partir das 21 horas, a animação musical esta-

Autores e organizadores vincam importância do certame, que se prolonga até domingo rá a cargo da Escola de Guitarras – Fides Orfeão de Valbom, seguindo-se a apresentação do livro “Somos todos um bocado ciganos”, de Manuel Jorge Marmelo. Amanhã, com o mesmo horário, será a apresentação do livro de Richard Zimler , com animação musical da “Gestrintuna”. No sábado, às 16 horas, o programa começa com a Hora do Conto “Advinha quanto eu gosto de ti”, de Sam McBratney, pela equipa de animação da Biblioteca Municipal de Gondomar. Segue-se o Coro infanto-juvenil Kyrios, a apresentação do livro juvenil “O tesouro”, de Maria Clara Miguel, feita por João Carlos Brito. Ha-

verá ainda uma sessão de autógrafos do livro de Rute Neves “O renascer de uma vida”, e a actuação da Orquestra Ligeira da Banda Musical de Gondomar. O dia termina com a apresentação do livro “Provas de contacto – amigos maiores que o pensamento 2012”, por Isabel Rocha da Cultureprint. Domingo, a partir das 16 horas, a Feira será animada com a apresentação da hora do conto “Aquiles o pontinho”, de Guia Risari. Segue-se a actuação da Escola de Guitarras da Associação Recreativa Cultural e Social de Silveirinhos, a sessão de autógrafos de “A imensidão do vazio” de Teresa Poças e a apresentação da obra “Horizonte” de Joaquim Brandão, feita por João Carlos Brito. À noite, o Orfeão de Rio Tinto fará a animação, seguindo-se a sessão de autógrafos do livro “Uma casa junto do mar”, de Nunes Carneiro, a apresentação da obra poética de Ruben Marks e um recital poético.


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c: Casos. Nesta secção contamos dar conta dos processos judiciais da Comarca de Gondomar e das ocorrências registadas pelas forças de segurança do concelho.

CASOS Polícia

BAGUIM DO MONTE

Idosos assaltados em casa ARQUIVO “A MANHÔ

Três encapuzados agrediram com violência casal que assistia na televisão a jogo de futebol da Selecção Nacional

Dois homens que, no final da semana passada, terão tentado arrombar uma caixa multibanco, em Baguim do Monte, foram detidos pouco depois pela PSP, anunciou o Comando Policial Metropolitano. O caso ocorreu às 3.20 horas do passado dia 7, na estrada Dom Miguel e os suspeitos são um vigilante de 40 anos, residente em São Pedro da Cova, e um empresário, de 41 anos, morador no Porto. Mal detectaram a aproximação de uma patrulha da Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial da Divisão de Gondomar, os dois homens puseram-se em fuga, mas acabaram capturados.

•• PAULO ALMEIDA

U

m casal de idosos, de 84 e 82 anos, foi assaltado na sexta-feira à noite, em casa, num lugar isolado da freguesia de Lomba, quando assistia ao jogo de futebol da Selecção Portuguesa pela televisão. O assalto terá sido cometido por três encapuzados que se infiltraram na habitação, tendo agredido o casal de agricultores com violência, revelou uma fonte da GNR de Lever, posto territorial que abrange a freguesia gondomarense. Só por volta das 20h15 é que o alarme foi dado, através de um telefonema para a Guarda, depois da mulher se ter conseguido libertar das amarras. Estado de choque O casal acabou por ser assistido no local, cerca de uma hora depois, por elementos da Cruz Vermelha de Sanguedo, Santa Maria da Feira, sem necessidade internamento. A senhora encontrava-se em estado de choque e com marcas visíveis das agressões dos assaltantes, com hematomas nos pés e nas mãos, revelou fonte da Cruz Vermelha. O idoso foi agredi-

Tentaram arrombar multibanco mas PSP deteve-os pouco depois

do com vários murros no corpo. Os assaltantes terão furtado dinheiro, mas não foi possível apurar a quantia que, no entanto, não será elevada. A habitação, que se encontra em local isolado e sem iluminação pública, foi remexida e também não foi possível avaliar os estragos. Tanto a GNR de Lever, como a Cruz Vermelha de Sanguedo, que faz os serviços do INEM naquela zona, salientaram que são muito raros os assaltos violentos no interior de habitações, como o ocorrido. A freguesia de Lomba, na margem esquerda do rio Douro, é policiada pelo Posto Territorial da GNR de Lever, Vila Nova de Gaia, e socorrida por diversas corporações de bombeiros dos concelhos de vizinhos ou postos delegados do INEM, como a Cruz Vermelha de Sanguedo.

Guardas-nocturnos vigiam Baguim Programa Apoio 65 O Programa Apoio 65 – Idosos em Segurança é assegurado por equipas de agentes policiais que estão especialmente preparados para dar o apoio e os conselhos úteis para melhorar a segurança. Nas grandes cidades a PSP dispõe de viaturas dedicadas exclusivamente a esse apoio, deslocando-se a casa das pessoas, sempre que tal for necessário. O Programa Apoio 65 – Idosos em Segurança conta também com a colaboração de instituições que prestam ajuda domiciliária, através da troca de informações úteis para a prevenção de problemas e pela formação profissional nessas instituições. Em casa, os idosos devem deixar as portas e janelas fechadas sempre que saírem; colocar um óculo e uma corrente de se-

gurança na porta; não deixar entrar pessoas suspeitas ou desconhecidas; ter sempre à mão os números de telefone para poder comunicar com alguém, principalmente com a polícia; quando se ausentarem de casa, por vários dias, devem informar a força policial da zona; não deixar escritos na porta, janela ou caixa do correio, que indiquem ausência; não deixar acumular correspondência. Na rua, só devem transportar o dinheiro necessário; evitar o uso de objectos de valor, de carteiras na mão ou no bolso, de forma visível; evitar circular sozinhos na rua, principalmente de noite; transportar as malas e sacos do lado oposto à faixa de rodagem; circular sempre pelo lado interior dos passeios; nos transportes públicos, manter a carteira e outros bens junto de si.

A Junta de Freguesia de Baguim do Monte comunica à população a existência de dois guardas-nocturnos que patrulham a área geográfica da freguesia. Circulam entre a meia-noite e as seis horas da manhã, fardados e em viatura identificada; usam bastão, algemas e arma de fogo, e mantêm contacto permanente com as forças policiais (PSP de Rio Tinto) e colegas, através de rádio e telemóvel. Após a ronda, dão a conhecer aos aderentes a este serviço qualquer anomalia registada, bem como informa a Polícia de Segurança Pública. Os guardas-nocturnos não beneficiam de qualquer regalia social nem têm salário a cargo da autarquia, pelo que o serviço é pago directamente pelos moradores aderentes na área onde prestam serviço.


e:

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Quinta-feira, 13 de Setembro de 2012 | A Manhã

r: Reportagem é a secção onde vamos apresentar um trabalho de fundo desenvolvido para duas páginas que contamos, na medida do possível, colocar nas páginas centrais. Irá alternar com a secção e: Entrevista, onde entrevistaremos uma personalidade do concelho ou ligada à comunidade gondomarense.

ENTREVISTA Valentim Loureiro

“Ninguém aguenta mais impostos” Valentim Loureiro, presidente da Câmara Municipal de Gondomar há 19 anos, promete não pendurar as chuteiras. Não que vá regressar ao seu clube do coração, o Boavista, muito menos ao partido de origem, o PSD, mas porque um outro coração continua em movimento e vai estar na disputa eleitoral autárquica do próximo ano. O movimento “Valentim Loureiro/ Gondomar no Coração”, que ganhou as duas últimas eleições, vai continuar na luta e Valentim Loureiro poderá ser o candidato a presidente da Assembleia Municipal. •• ORLANDO CASTRO, PAULO ALMEIDA E PAULO F. SILVA [Textos]

•• J. PAULO COUTINHO [Fotos]

A Manhã – Considerando a reforma administrativa territorial proposta pelo Governo, acha que as freguesias devem mesmo agregar-se, ou seja, fundirse, extinguir-se? Valentim Loureiro – Penso que essa medida foi uma imposição da troika e é minha convicção que, ainda no tempo de José Sócrates, e naturalmente que com o acordo do PSD e do CDS, terão pensado que as 4260 freguesias eram municípios, e não são, só temos 308 municípios. Daí aquela ideia substancial de quererem reduzir 1500 autarquias, a que se junta a falta de capacidade do Governo para impor que alguns concelhos acabassem e, portanto, viraram-se para as freguesias. E isso é uma má solução… A agregação de freguesias deveria partir dos próprios fregueses e deveriam ser eles a tomar a iniciativa se, porventura, quisessem coligar-se, juntar-se, e não deveria ser o Estado, a nível central, a impor. Parece-me que há pouco sucesso nessa iniciativa, há uma comissão na Assembleia da República que vai impor quem é que se vai agregar. Bom, ficarão com o ónus. Corre-se o risco de não haver entendimento? Independentemente da dimensão do território e do número de fregueses, as pessoas

são muito ciosas das suas famílias e numa freguesia os fregueses também constituem a família daquela freguesia. Tudo isto está relacionado também com a sua história e, também, com algum bairrismo. E aqui em Gondomar não estou a ver que uma freguesia como S. Pedro da Cova queira ser agregada com, por exemplo, a Foz do Sousa. S. Pedro da Cova, que tem uma tradição mineira, embora isso hoje tenha menos significado, não vai querer agregar-se a ninguém. E se vier a ser decidido que se agreguem, as pessoas não vão aceitar. Como não aceitarão que S. Cosme absorva Valbom. E o referendo em Melres? Isso… Bem, aí há pessoas que estão no anonimato e gostam de se tornar conhecidas e, portanto, iniciam um movimento qualquer, e aparecem. Penso que, no plano que é conhecido, Melres nem sequer é atingida, não agrega, nem será agregada. E quanto à reforma judicial, que atribui novas competências ao Tribunal de Gondomar. Além da questão financeira que levantou, não seria benéfico para Gondomar? Não estou contra Gondomar poder ser o município onde funcione o tribunal Porto (Este) e agregar uma série de concelhos. Mas se estão a pensar fa-

ainda que tenha competências delegadas, há decisões que têm de ser tomadas por mim e se eu não estiver ninguém toma a decisão de pagar ao fornecedor xis, apesar de estar sempre contactável pelo telefone, mas… não dá. Estou sempre contactável, mesmo por fax, quando vou para o Algarve, mas é difícil libertar-me totalmente disto. Já no Boavista fazia isto… E quanto ao futuro… Estive na Metro do Porto seis anos, saí e voltei como presidente da Assembleia Geral. Fui presidente da Distrital do PSD e depois saí e fiquei como presidente da Assembleia. Estive no Boavista, fui presidente, não passei para a Assembleia, mas sou presidente honorário. Portanto, normalmente, depois dos cargos executivos que tenho desempenhado, a seguir, passo para a Assembleia, não é nada de extraordinário.

zer aqui uma grande comarca há uma coisa que lá em Lisboa não devem ter percebido: é que aqui não há instalações. Sou a favor de tudo o que possa vir para Gondomar, mas não estou a ver como se resolve o problema. As actuais instalações foram cedidas por mim, no tempo do ministro da Justiça Laborinho Lúcio, com a condição expressa de que eram temporárias até à construção do Palácio da Justiça. Ora, devíamos ter colocado lá uma condição, que a cedência era por um tempo determinado, até à construção, e que se não houvesse construção nos pagariam uma renda, mas nunca me passou pela cabeça que isto viesse a acontecer: porque na mesma altura arranjaram os tribunais da Maia e de Valongo, a eles pagam-lhes renda, e nós não recebemos nada.

A lei eleitoral autárquica vai manter-se como está. No entanto, concorda com os executivos monocolores e o reforço das competências das assembleias municipais? Estava à espera que saísse, porque tenho que definir o meu futuro. Não por mim, mas pelos gondomarenses, porque não lhes poderia virar as costas sem mais nem menos. Ou seja… Não havendo alteração, isso significa que o movimento “Valentim Loureiro/Gondomar no Coração”, que ganhou as duas últimas eleições, vai participar nas próximas autárquicas. Se eu me vou candidatar, ou não, isso ainda vai ser discutido. Claro que posso candidatar-me a um lugar de dignidade, como o de presi-

dente da Assembleia Municipal, mas tenho de conversar primeiro com os membros do movimento que sempre estiveram comigo e sempre me foram leais. Isso acontecerá sozinho ou em coligação, por exemplo, com o PSD? Sinceramente, não sei. Da Comissão Política do PSD de Gondomar, que foi eleita há dois ou três meses, eles nunca vieram falar comigo, nunca se apresentaram, é um tal de Telmo que puseram lá, nunca falou comigo… não sei. Ele pertencia ao movimento “Valentim Loureiro”. Portanto, esse, seguramente, saiu e entrou no PSD, ele e alguns outros… A relação que tinha com o PSD de Marques Mendes não é a mesma que tem

Gondomar não tem instalações para albergar um tribunal que abarque vários concelhos” com o de Passos Coelho? Não tem nada a haver uma coisa com a outra. Eu não estou inscrito agora no PSD, como militante. A única coisa de que tenho algum azedume é desse… Marques Mendes? Sim, esse que referem. Vamos lá a ver. Na altura, fui proposto por unanimidade para um quarto mandato como presidente de Câmara pelo PSD daqui, tive 80 e tal por cento na distrital do Porto e lá em baixo esse senhor Mendes, Marques disse... não! Por acaso, o Passos

Coelho pertencia a essa Comissão Política… e, uma vez, encontrei-o, por ocasião da visita do Papa ao Porto, e disse-lhe, você também participou daquela coisa. E ele respondeu: eu? Nãããoooo… Então, apesar da idade, não se reforma? Reformado estou do Exército! Fui aqui há tempos sujeito a uma cirurgia, mas sinto-me com vitalidade suficiente para desempenhar qualquer cargo. Este ano fui dois dias de férias… E porquê? Porque se faltar aqui,

Mas o PSD é ou não o seu aliado natural? Neste momento, na Câmara, o PSD tem dois vereadores. Um deles, o Leonel Viana, tem o pelouro das obras municipais. Não pode haver melhor relacionamento. O outro, o Rui Quelhas, não tem porque não quis. Também fiz um convite aos vereadores do PS. Não tenho nenhum problema nisso. Eu não sou PS, mas sempre tive excelentes relações com gente do PS. Como não pode recandidatar-se à Presidência da Câmara poderia equacionar um regresso ao PSD, o seu partido de origem? Na altura cortaram-me a ligação. Mais recentemente, decidiram que todos a quem o partido tinha cortado o vínculo poderiam regressar. Bastava fazer uma nova inscrição. Aliás, numa conversa telefónica que com Miguel Relvas e com Passos Coelho eles transmitiramme a mesma ideia de que poderia regressar. Mas nunca me inscrevi. E não o fiz por uma questão de coerência e verti-

calidade política. Isso não me impede que afirme que gosto do PSD. Subentende-se que separa o PSD nacional do PSD Gondomar… Há boas relações com o PSD como há com os outros partidos. De qualquer modo, mesmo que quisesse ir a iniciativas do PSD de Gondomar não poderia porque eles não têm feito nada. Nasceu mas parece que morreu logo a seguir. Insiste que tem boas relações com políticos de vários quadrantes. É mesmo assim? É claro que é. Até mesmo com o Bloco de Esquerda. Está aí o Rui Nóvoa e o relacionamento é bom. Até mesmo com o PC. Entendamo-nos. Esses partidos têm uma intervenção pública política com a qual muitas vezes concordo. Posso não concordar com a ideologia, mas com a análise que muitas vezes fazem da realidade das pessoas eu estou de acordo. Dificuldades essas que têm a ver com a crise? O país está numa situação difícil. É impostos e mais impostos. Ora eu sei, nomeadamente pela minha experiência, que se o país está como está e não se investe nem nas obras públicas, que são absolutamente necessárias para a economia, a situação torna-se muito complicada. Falase em revitalizar a economia. E lá falar… eles falam. Ora isso só se consegue quando se dá condições às empresas para investirem e dessa forma criarem postos de trabalho e estes consumirem. Na sua opinião qual é o rumo ou a saída? A troika anda por aí mas não vem dizer nada de novo. Todos sabemos que isto só tem uma saída. Tem de haver mais tempo e mais dinheiro. Não vale a pena perder tempo com outros devaneios. Mas também compreendo a posição de Passos Coelho. Ele precisa de fazer


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e: Entrevista

Entrevista :e

A Lei dos Compromissos é filosoficamente correcta. Mas não funciona” um grande jogo de cintura para ser bom aluno e depois vem a troika dizer tens aqui um prémiozinho. E a relação com o Governo? Por exemplo, foi ouvido sobre a concessão mineira em Melres? Não. Não fui. O ministro da Economia não falou comigo. Tenho respeito por ele, acho que é um bom académico mas há uma coisa que lhe falta a ele e a muitos outros governantes e que é a experiência de vida. Ser académico e dar aulas é uma coisa, outra é ter experiência concreta, no terreno, na realidade das pessoas. O êxito, pelo menos eleitoral, que conseguiu deveu-se a essa experiência de vida? Aqui sintonizei-me com muita facilidade com as pessoas porque trazia exactamente

isso: a minha experiência. Fui empresário de pequenas e médias empresas, sou militar embora na reforma, tinha filhos e tudo isso me dava um tal conhecimento de vida que, em muitos caos, até me era fácil adivinhar o que as pessoas precisavam, o que queriam e que muitas vezes até tinham vergonha de dizer. Mas as dificuldades dos gondomarenses são antigas… Pois são. Quando aqui cheguei havia muita gente, mesmo muita, a viver em barracas. Gondomar foi o primeiro município a fazer esse levantamento. O início da resolução desse problema começou quando o primeiro-ministro Cavaco Silva, acompanhado pelo ministro Ferreira do Amaral, aqui veio assinar, em 1994, o protocolo para adquirirmos 1964 ha-

A nossa gestão é equilibrada e eficiente como poucas” bitações, fazer três escolas EB 2/3 e lançar a ideia desta via rápida. E isso aconteceu porque tinha experiência de vida e fiz-me acompanhar de pessoas que também eram experientes. Enquanto presidente da Câmara teve um bom relacionamento com o primeiro-ministro Cavaco Silva? Tive. Cavaco Silva veio a Gondomar e tínhamos negociado com Castro Almeida, então secretário de Estado de Manuela Ferreira Leite, e só nos queriam dar uma escola em Baguim. E eu disse-lhes que a escola EB de Jovim tinha mesmo de ser substituída porque eram barracões. Na véspera da vinda do primeiro-ministro, Manuela Ferreira Leite disse que não poderia haver essa nova escola. Então eu disse-lhes: se não houver essa escola eu não recebo o primeiro-ministro.

ter uma forma de ver a gestão, por experiência de vida, diferente da dos políticos de carreira. Uma coisa é ser funcionário e receber o ordenado, outra é chegar ao fim do mês, ter de pagar os ordenados e não ter dinheiro para pagar.

Resultou? Resultou e tivemos a escola. Aliás, recordo que Cavaco Silva chegou aos barracões e disse que se sentia envergonhado por ainda haver coisas daquelas em Portugal. As habitações sociais e as escolas foram grandes apostas da sua gestão camarária? Comprámos e construímos em S. Pedro da Cova habitação social em que no âmbito do PER (Plano Especial de Realojamento) o Estado dava 40% a fundo perdido, arranjava financiamento a juro bonificadíssimo para mais 40% e a Câmara tinha de arranjar os restantes 20%. E assim foi. Quer isso dizer que a Câmara tem uma gestão equilibrada? Equilibrada e eficiente. Nós

Os actuais governantes têm falta de experiência” A minha obra é o Multiusos, mas a mais importante é o que se fez na área social e educacional” temos uma dívida que não é nada de especial, temos tudo em dia e somos seguramente uma autarquia que paga a tempo e horas. Eu sei o que é pagar a um fornecedor de manhã ou às cinco da tarde. A diferença é muito grande. Vai também justificar esse êxito com a experiência? Vou, porque é a realidade. Tudo isto é o resultado de eu

Mesmo quando o Estado deve dinheiro? Um governante consciente e que saiba o que está a fazer não pode ter o dinheiro do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) parado, quando as empresas e as autarquias têm dinheiro para receber. E foi isso que aconteceu e também nós tivemos problemas porque o Estado nos deve mais de 7 milhões de euros destinados à requalificação de duas escolas básicas (Gondomar e Rio Tinto) e um milhão para o pré-escolar. Mas creio que a situação será resolvida em breve. Pensa que essa questão da experiência, que considera basilar para fazer bem a gestão da coisa pública, existe no actual Governo? Se olharmos para os bilhetes de identidade dos membros do Governo não é preciso mais para sabermos que têm pouca experiência de vida. Eu, por exemplo, tenho uma relação excepcional com o professor Eduardo Catroga. Na altura em que andavam a formar Governo tinha a esperança que ele fosse escolhido. E sei que não foi porque ele queria ter um ministério que englobasse as Finanças e a Economia. Na situação em que o

país estava e está, ele entendia – e bem – que essas duas pastas deveriam ter um único ministro. Não quiseram, eles é que sabem. Deram-lhe a Galp. Ele, a título pessoal, só lucrou com isso. Aplica-se também ao primeiro-ministro? Ele não pode levar a mal que lhe digam que não tem experiência de vida. O aumento dos impostos parece ser a única saída… Não. Não pode haver mais impostos. Pode haver acertos, reescalonamentos, mas mais impostos em termos quantitativos não. E não pode porque ninguém aguenta. É isso que o contacto com as populações lhe diz? Temos há alguns anos um programa em que damos apoio às famílias que vivem com dificuldades. São senhas com as quais vão fazer compras de bens essenciais. Hoje já são perto de quatro mil pessoas que beneficiam desse apoio. Além disso, a Câmara tem também cerca de quatro mil inquilinos com rendas sociais. Muitos deles, como bem sabemos, não têm hipóteses de pagar as rendas. Apesar disso nunca procedemos a despejos. Os poucos casos em que fomos obrigados a pô-los na rua não foi por falta de pagamento das rendas, mas por outras razões. E quanto à Lei dos compromissos. Concorda? A Lei dos Compromissos é,

em termos filosóficos, correcta. Em termos práticos não é possível trabalhar à luz dessa lei. Vejam um exemplo. Se sair em serviço e o carro avariar, não posso chamar o reboque. Só o poderei chamar depois de uma informação minha precedida de uma outra de carácter técnico por parte da contabilidade. Por isso, se as coisas não forem feitas com conta, peso e medida, atendendo à realidade, não resultam. E nas empresas municipais de Gondomar dá lições? A única empresa municipal que temos é a do Pavilhão Multiusos e não foi feita para dar empregos ou para alguns ganharem mais umas massas. Foi para o tornar mais funcional, pelo que os inúmeros pedidos para o seu uso gratuito têm de vir à Câmara para serem autorizados. A utilização é gratuita para quem o utiliza, mas é a Câmara que paga. É aliás uma empresa com excelente cotação (tal como a Fundação Júlio Re-

sende) e que, obviamente, não será extinta. Convenhamos que nem todas as câmaras podem dizer o mesmo. Pois não. Há por aí associações e organismos similares que eram verdadeiros negócios privados e que não podem continuar. Beneficiavam de benesses fiscais, de apoios financeiros favoráveis, alguns das autarquias, e o que faziam eram negócios privados. Os abusos têm de ser reprimidos. E por falar em recursos… A Câmara de Gondomar tem condições para continuar a ser gerida com um absoluto rigor e, dessa forma, provir a todas as suas necessidades. Não estamos a fazer grandes investimentos. Temos aqui a Universidade Fernando Pessoa, que vai construir o hospital-escola, em que cedemos o direito de superfície por 50 anos e fizemos todas as estruturas viárias de acesso. Isso significa obviamente uma


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e: Entrevista despesa que é legítima e necessária. Em resumo, diria que apenas há dinheiro apenas para o que é imprescindível. E se precisarem de recorrer à banca? Não temos problemas. Essa gestão rigorosa permite-nos ter crédito, se necessário junto da banca. Ainda recentemente fomos buscar três milhões de euros. As nossas finanças estão em ordem mesmo sem esses sete milhões que o Estado nos deve. E os parquímetros vão dar uma ajudinha? Lançámos um concurso para a instalação de parquímetros. A reacção da população foi contrária e embora não nos deixemos conduzir por essas reacções, somos sensíveis. Por enquanto nenhum está a funcio-

Entrevista :e nar. Temos de ter o bom senso de, se justificável, atrasar uma decisão. Não havendo grande folga para novos investimentos, como ficam os compromissos já assumidos? Tudo quanto seja obra social, apoio social, apoio às colectividades nas suas mais diversas actividades, nós não cortamos. E quanto a aumentos do volume desses apoios ainda não se concretizaram porque não tivemos as receitas que era suposto termos. O Centro Cultural Amália Rodrigues foi entregue a uma empresa de formação profissional? Ainda não foi entregue. Claro que nós tirámos de lá os serviços do Urbanismo e concen-

Não conseguimos atrair um hotel para Gondomar. Agora está aprovado um projecto...” trámo-los aqui, porque não se justificava, aquilo tinha muito pouco movimento. E o que eu disse ao vereador responsável (dr. Fernando Paulo) foi que nós precisamos de arranjar maneira de activar aquela estrutura. A parte inferior está entregue há dez ou 15 anos ao Orfeão de Rio Tinto. Isto porque não aceito ter equipamentos vazios. A empresa de formação profissional vai candidatar-se. E quanto às carências do auditório municipal, nomeadamente o ar condicionado que está avariado há muito tempo?

Mandei ver esse assunto, acho que foi feito um orçamento, porque isto agora, a tal burocracia da Lei dos Compromissos, obriga não só a ter a receita prevista para os três meses seguintes, mas obriga também que se o fornecedor já tiver fornecido, tem que baixar dez por cento, obrigatoriamente, quer dizer, é uma coisa estúpida. Mas o dr. Fernando Paulo (vereador da Cultura) explica-vos o que se passa: [Fernando Paulo] Neste momento já está a questão do procedimento feito. Houve uma avaria no ar condicionado, já tem para aí ano e meio, dois anos, só que entretanto o custo dos compressores tinha um pre-

ço exorbitante, e como aquele equipamento está obsoleto tinha que ser substituído integralmente. Ora a Câmara não tinha previsto essa substituição no Plano e Orçamento, mas já se meteu no Plano deste ano essa verba e agora as Obras Municipais já podem proceder à substituição. Vão lá ser feitas outras obras que eram necessárias e vai custar tudo à volta de 100 mil euros. Não pensa que esta estrutura merecia mais obras? Se estivéssemos num período normal no plano económico-financeiro fazia uma remodelação total naquele auditório. E se calhar há outras prioridades… Pois há. Não posso dizer àquela família, que coitadinha veio buscar 40 euros, para comprar farinha e arroz, “espere lá

À MARGEM

porque temos que fazer obras no auditório municipal”.

Sobre a Quinta do Ambrósio… O caso foi arrumado, fui completamente ilibado. É incrível como é que o procurador me fez aquela acusação, que depois na instrução tenham caído três ou quatro termos e ficasse aquela [burla qualificada]. Foi o Pedro Miguel Vieira, que é um excelente juiz, que deixou ir aquilo para tribunal; e no tribunal dei baile. Após as alegações finais disse que lamentava ter sido envolvido naquele processo, que era incrível como é que o procurador Carlos Teixeira me fazia aquela acusação porque, pelos vistos, foi o único que acreditou que a senhora tivesse sido ludibriada quando quem fez a grande vigarice à irmã foi ela própria.

O que está projectado para os terrenos em volta do novo hospital-escola? Haverá um heliporto… O heliporto já está a ser construído, é a câmara que o faz, está ali ao lado do Hospital, pode ser preciso e tem sempre algum interesse para Gondomar. E sobre os terrenos ao lado da Biblioteca e Auditório Municipal? Está previsto um hotel? Está aprovado para lá um projecto, mas aquilo é uma chatice. Não conseguimos atrair um hotel. Já por três ou quatro vezes aprovei para ali um hotel e depois eles não constroem. Agora foi aprovado outro que incluirá uma grande superfície e um McDonalds. Não parece pouco? Esperem lá. Não podem esquecer o grande investimento que é o Parque Tecnológico e de Negócios de Ourivesaria de Gondomar. É uma grande obra e neste momento está em andamento. Qual é a obra pela qual gostaria de ser conhecido nestas duas décadas à frente de Gondomar? A obra de marca é o Pavilhão Multiusos, é uma obra do Siza Vieira. Mas isso é a obra física. A minha obra, verdadeiramente, é tudo aquilo que conseguimos fazer na área social e na área da educação. Foram as áreas que trabalhámos melhor. Mas há mais. Os bombeiros que têm apoios permanentes como nunca tiveram, as verbas que distribuímos às juntas de freguesia para elas próprias fazerem alguma obras directamente e que nunca falhámos. Um outro tema que lhe é caro: o Metro do Porto. Cinco mil validações por dia em Gondomar não é pouco movimento? Sobre o Metro eu já disse

isto: fui administrador com o prof. Vieira de Carvalho, depois presidente, “chairman”, com o Oliveira Marques a presidente da Comissão Executiva. Eu, como “chairman”, nunca deixei que um pagamento fosse feito sem ter a minha assinatura. Seis anos... E… E portanto, nós fizemos ali gestão, fizemos aquilo bem. Quanto às linhas novas, a segunda fase que já é feita depois de eu deixar de ser presidente, entre o Rui Rio e o ministro Mário Lino, com José Sócrates presente, incluía a de Gondomar. Essa linha foi aprovada em 31 de Julho de 2003, era primeiro-ministro Durão Barroso e ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite. Veio, entretanto, o Governo de José Sócrates e do Mário Lino e começaram a querer fazer flores. Flores? Foi nessa altura que a secretária de Estado, Ana Paula Vitorino, lixou tudo devido a pressões politiqueiras de gente ligada ao PS aqui em Gon-

domar e mais algumas figuras universitárias. Essa gente começou a convencer o Governo que o melhor era a linha não vir até S. Cosme e ficar ali na zona da Venda Nova. Eu depois é que consegui que ela viesse até Fânzeres ao mesmo tempo que se faria o projecto de uma nova linha Campanhã-Valbom-Gondomar. Foi enganado? Fui. Começaram logo a falar de Valbom e eu acreditei que era verdade e que iriam fazer imediatamente a linha Campanhã-Valbom-Gondomar e, portanto, aceitei travar a linha principal ali na zona da Venda Nova. Reultado: a segunda fase não avançou. Nunca mais vai ser construída a linha? Vai, vai, eles hão-de arranjar dinheiro mais lá para a frente. Mas quer dizer, foi uma chatice. E eu, que consegui a linha através do Durão Barroso na véspera de ele vir cá, com uns telefonemas. Consegui realmente a linha, foi feito o decreto e depois eu, estupidamente, embarquei,

porque há aí um Rio Fernandes e uns outros “gajos” que se fartaram de lançar poeira. Está mesmo com essa “espinha” na garganta? Em função da linha Campanhã-Dragão, que foi inaugurada em 2004 para o Euro, e depois Dragão-Venda Nova e até S. Cosme, o que é que eu pensei? Se vem esta, CampanhãValbom-Gondomar, rapidamente consigo, depois, o fecho do anel. Enganei-me redondamente. Deixei-me levar. A Metro do Porto pagou a requalificação dos centros das cidades do Porto, Gaia, Matosinhos, Maia, origem do passivo da empresa... Gondomar não beneficiou dessa requalificação? Pouca coisa. E foi pouco porque não faço uma gestão assim: pagam eles, faça-se por aí fora. O necessário teve que se fazer. Tanto que houve ali um pequeno problema de limpeza em Rio Tinto, falei com o novo presidente da empresa, João Carvalho, e aquilo foi imediatamente resolvido.

E sobre o comentário do juiz-presidente de que a Câmara não tinha que fazer o papel de agente imobiliário? Isso é uma estupidez! Qualquer pessoa que se dirija à Câmara, como fez a senhora, é recebida. Tive um único contacto com a senhora. Foi um julgamento em que o cunhado dessa Maria de Lurdes, que dizia, e depois não disse, que eu tinha comprado a quinta, mas não havia documento, não havia nada… Esse cunhado disse-lhe a ela: a minha cunhada é tudo menos p…! Disse assim aos juízes! E teve outra tirada do carago: a minha mulher não é filha do pai da minha cunhada, a minha mulher é filha de um caseiro! Foi gente desta que esteve ali. Fui absolvido, transitou tudo em julgado e não houve recurso. A STCP tem algum projecto para os terrenos da Quinta? Ou fazem lá alguma coisa ou vendem, porque aquilo também não serve para couves.


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17 d: Desportos, a secção dedicada às diversas modalidades que se praticam no concelho, com o destaque obrigatório para o futebol, com os resultados dos jogos do fim-de-semana e a preparação para os próximos encontros.

DESPORTOS Futebol

Daniel representa Gondomar no Mundial do México •• PAULO ALMEIDA [Textos]

•• J. PAULO COUTINHO [Foto]

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ondomar estará novamente representado no Mundial de futebol de rua, que este ano se realiza no México, entre 6 e 14 de Outubro. Daniel Miranda, natural de S. Pedro da Cova, é um dos jovens que vai levar as cores nacionais à capital mexicana. O futebol de rua é uma modalidade desportiva altamente competitiva que opõe duas equipas de quatro jogadores, sendo que em cada uma um dos atletas é obrigatoriamente o guarda-redes e não pode sair da sua área. A modalidade é uma espécie de futsal jogado com tabelas e balizas mais pequenas, em partidas de 14 minutos (7 minutos para cada lado). Outra das suas principais características reside no facto de não ser jogado em ringues, pavilhões ou estádios. O torneio deste ano será jogado na Plaza de la Constituición, em frente à Catedral Metropolitana da Cidade do México. Ranking mundial Embora nunca tenha ganho um torneio, Portugal é das equipas mais cotadas, tendo figurado mesmo em primeiro lugar do ranking mundial, em 2010, num total de 68 selecções, depois de ter alcançando o título de vice-campeão, no ano anterior, em Paris. Actualmente ocupa o oitavo lugar do ranking.

QUEM É Daniel Miranda tem 22 anos, deixou o 12.º ano com disciplinas por acabar, e tem estado empregado no Hospital de São João, no Porto. Integrou durante vários anos o programa “Animar para Capacitar”, no Centro Lúdico Municipal de S. Pedro da Cova. Joga futebol na Associação Desportiva de S. Pedro da Cova, que actua na 1.ª Liga de Honra, e continua a procurar uma oportunidade no futebol profissional.

Daniel Miranda conhece bem o ambiente da selecção portuguesa, já que costuma ser chamado aos estágios. “Há muito tempo que queria ir ao Mundial, mas nunca fui seleccionado”, adiantou o atleta de 22 anos, reconhecendo, no entanto, que foi prejudicado no capítulo disciplinar: “Levei

Estágio de 25 de Setembro a 4 de Outubro, no centro de estágios de Beja, antecede viagem para o México muitos amarelos em fases anteriores; é que quando começamos, com toda aquela velocidade, depois é muito difícil parar”. Um dos aspectos fundamentais do torneio é precisamente o “fairplay”, já que o Mundial de futebol de rua apresenta funções mais importantes ao nível da integração social, que estão acima da competição. O nome do torneio é “Homeless World Cup” (Taça Mundial dos Sem Abrigo) e foi lançado, em 2003, pelo escocês Mel Young com o propósito de estimular os jovens a assumirem uma atitude positiva na vida, melhorando as suas relações sociais. A FIFA associou-se à iniciativa e tem levado os seus “embaixadores” aos encontros, os antigos jogadores de futebol de 11, Eric Cantona e Emmanuel Petit. Daniel Miranda reconhece a responsabilidade de representar a selecção portuguesa, mas também Gondomar e S. Pedro da Cova, até porque é a terceira vez que o concelho e a freguesia são representados nos mundiais, através de Daniel Silva e José Vigário. “Eu já disse ao Daniel Silva que quero ir mais longe que ele (2.º lugar em 2009)”, afirmou Miranda. O torneio deste ano conta com 48 equipas. Portugal está no Grupo G, com a Áustria, Estados Unidos, Roménia, Suécia e Zimbabwe.

Animar para capacitar O representante gondomarense no Mundial de futebol de rua integrou durante vários anos o programa “Animar para Capacitar”, no Centro Lúdico Municipal de S. Pedro da Cova. O projecto, promovido pela autarquia e gerido pela Associação Gondomar Cultural, desenvolve acções de inclusão e prevenção de situações de exclusão, actuando ao nível da prevenção do abandono escolar, formação profissional, cidadania, infoexclusão (com protocolos com a Microsoft e Cysco) e empreendedorismo. O desporto entra na promoção da cidadania, “o que permite intervir ao nível do trabalho em equipa, do cumprimento das regras, da higiene e da saúde”, indicou a responsável pelo programa, Vânia Moreira. Foi através deste projecto que o Centro Lúdico começou a organizar torneios de futebol de rua, mostrando alguns dos melhores atletas da modalidade. O programa conta com cerca de 50 jovens em frequência diária, de diferentes idades, e perto de 500 inscrições. Esta modalidade desportiva, que se joga em todo o mundo e em qualquer local, foi “agarrada” pelo Centro Lúdico ao nível distrital, com a organização de campeonatos, como um modelo de intervenção com grande sucesso entre os jovens, de ambos os sexos, explicou a responsável.

Arranque da época de futebol nos escalões distritais

Taça de Portugal no próximo domingo

ARQUIVO “A MANHÔ

Está tudo a postos para o arranque da época futebolística distrital 2012/2013, com os primeiros desafios do Campeonato da 1.ª Divisão – Honra marcados para o próximo fimde-semana. No principal escalão distrital, organizado pela Associação de Futebol do Porto, na categoria seniores, concorrem duas equipas do concelho: a Associação Desportiva de S. Pedro da Cova e o Sport Clube de Rio Tinto. No domingo, pelas 17 horas, o S. Pedro da Cova recebe o S. Martinho, enquanto, à mesma hora, o Rio Tinto vai a casa do Perafita. O primeiro derby concelhio terá lugar logo na semana seguinte, dia 23, com o Rio Tinto a receber o S. Pedro. Será um jogo importante para se perceber a condição das equipas. Recorde-se que na época passada, o Sport Clube de Rio Tinto ficou no oitavo lugar, e a Associação Desportiva de S. Pedro da Cova, depois de ter andado pelos últimos lugares, fechou a época em 12.º.

Com o campeonato da II Divisão de Futebol parado, após a primeira jornada, seguem os encontros da segunda eliminatória da Taça de Portugal, marcados para o próximo domingo. Depois de derrotar, em casa, o Cesarense, por 2-1, o Gondomar S. C. desloca-se agora aos Açores para defrontar o S. C. Praiense, da III Divisão, na Praia da Vitória. Por seu turno, a União Desportiva Sousense recebe em casa o S. C. Coimbrões, equipa do mesmo escalão, depois de ter derrotado, também em casa, o Beneditense, da III Divisão, por 2-0. Todos os jogos estão marcados para as 15 horas.

Entretanto, o campeonato da II Divisão regressa dia 23. O Sousense, que está na Zona Centro, recebe o Bustelo, e o Gondomar, da Zona Norte, recebe o Vilaverdense. O clube da Foz do Sousa ainda não tem nenhuma vitória, segue nos últimos lugares, enquanto o Gondomar, depois do empate em Famalicão, ocupa o quinto lugar. Nesta fase da Taça de Portugal ainda só participam clubes da II e III Divisão Nacional. Só mais tarde entrarão na prova as equipas dos dois principais escalões de futebol, os clubes da Liga Zon Sagres e os clubes da Segunda Liga.

Estão prestes a começar as grandes emoções do futebol distrital

para ambas as divisões, estão marcados para o próximo domingo, às 17 horas.

1.ª e 2.ª Divisão Estão também já fixados os ca-

lendários da 1.ª Divisão distrital, onde concorrem, na Série 2, o Clube Atlético de Rio Tinto, o Clube Recreativo Ataense, de Jovim, e o Gens Sport Club, de Foz do Sousa. Na 2.ª Divisão distrital, Série 1, estão inscritos o Estrelas F. C. Fânzeres, o Medense F. C. e o Melres Desporto e Cultura. Os primeiros encontros,

Estágio da selecção de Futsal/Feminino

J. D. Gondomar apresenta equipas

Supertaças da Liga de Gondomar

As jogadoras da Escola de Gondomar, Fernanda Moura e Mafalda Maia, foram convocadas para os treinos da selecção distrital de Futsal. O início do Campeonato Distrital Sénior Feminino – 1.ª Divisão, está marcado para o próximo dia 22, enquanto o Campeonato Distrital Sénior “A” Feminino – 2.ª Divisão, está marcado para 13 de Outubro.

A Juventude Desportiva de Gondomar realizou, no sábado, uma festa de apresentação das sete equipas de futsal que vão participar nos campeonatos distritais da Associação de Futebol do Porto, nesta nova época de 2012/2013. A Juventude Desportiva de Gondomar concorre nos escalões benjamins, infantis, iniciados A e B, juvenis, juniores e veteranos.

Estão marcados os jogos da supertaça de futsal e futebol de 11 da Liga Desportiva de Gondomar. Dia 4 de Outubro a FNA Fânzeres joga com SC Lomba, em futsal, e, dia 6, o Falcão Negro AD defronta o CRD Dragões Valboenses, em futebol de 11. Os campos ainda não estão confirmados e as datas também podem sofrer alterações. Estes torneios destinam-se a atletas não federados.

Juniores Também no próximo fim-desemana, entre sábado e domingo, e no início de Outubro, começam os campeonatos distritais, da 1.ª e 2.ª Divisão, nos escalões juniores A, B, C e D.

Apresentamos as maiores felicitações e votos de sucesso ao “Semanário A Manhã”, aproveitando para desejar um bom ano lectivo a toda a Comunidade Educativa do concelho Praça Manuel Guedes, 240 R/C – Gondomar Tel. 22 463 57 32 – email: cliduca.gondomar@sapo.pt Largo do Centenário, 28 R/C – Valongo Tel. 22 422 11 83 – email: cliduca.valongo@sapo.pt


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o: Opinião, espaço dedicado à opinião política e partidária e às cartas dos leitores. Joaquim Barbosa, Neves Pinto, Paulo Teixeira de Sousa, Rio Fernandes, Rui Quelhas e Zulmiro Barbosa escrevem à vez neste espaço. O “cartoon” é de Onofre Varela.

OPINIÃO Paulo Teixeira de Sousa | Rui Quelhas

Mega ou Giga Agrupamento? PAULO TEIXEIRA DE SOUSA Professor

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arrogância do pensamento inevitável é o contrário da Liberdade. E nestes estranhos dias, duros e difíceis, podemos prescindir de tudo, mas não podemos prescindir nem da Liberdade nem do Futuro”. António Nóvoa Reitor da Universidade de Lisboa Não são grandes, nem pequenas, as alegrias que nestes anos mais recentes nos têm chegado. Nem os caminhos que nos têm (des)apontado a governança geral de quem nos governa cá dentro para não falar de lá de fora, que também é de cá de dentro, pois tão perto é o que longe foi. Nem pelo que tem ministrado quem ministra, desde lá muito lá de cima, a Educação. Relativamente a esta, muito do que tem sido feito, não feito e desfeito, mais do que arrumar, orientar e alinhar, do que ajudar a pôr em linha o que também sabemos que ainda não está bem nos caminhos que cremos convenientes para a Educação e o trabalho de ensinar, tem resvalado para a perturbação e o desarrumo. É a burocratização crescente do trabalho dos professores e o desconcerto da sua avaliação, é a “examização” na avaliação dos alunos, é o 1+1+1+… alunos em cada

ano que passa a crescer nas turmas, é o acentuar da diferenciação precoce dos percursos escolares dos alunos, é a desafectação de professores das escolas e de tempo lectivo em disciplinas, é a reorganização (?) curricular e o desmando das novas metas curriculares, é o desvario dos mega ou giga agrupamentos de escolas … em suma, é – e é esse o objectivo – o desinvestimento orçamental na Educação. O Ministério da Educação, ao arrepio de todas as evidências nacionais e internacionais, levou a cabo uma reorganização(?) da administração escolar com o chamado agrupamento de esco-

las, juntando escolas sem um mínimo de critério pedagógico ou, nalguns casos, até geográfico. Em relação a Gondomar, o Agrupamento Secundária de Rio Tinto e Baguim do Monte conseguiu uma “honrosa” medalha de bronze no ranking dos agrupamentos, com 3150 alunos, logo atrás do agrupamento de Alcobaça, com 4156 alunos, e de um dos de Sintra, com 4104 alunos. Como bem acentuou o parecer do Conselho Municipal de Educação de Gondomar, “o movimento de agregação de escolas, à luz de numerosas evidências empíricas internacionais, será provavelmente uma má solução política e educativa, trazendo graves problemas

à organização do ensino e às aprendizagens dos alunos, podendo gerar efeitos de desagregação e desarticulação difíceis de superar […]. As ligações escola-família, outro factor crítico em múltiplos contextos educativos, nada ganham com esta solução, podendo, pelo contrário, dificultar ou mesmo impedir a comunicação com a direcção do agrupamento […] a ideia sedutora de um reforço do controlo central pela via da redução das unidades orgânicas é provavelmente uma utopia, pois esse virtual aumento gera uma perda de controlo intra- organizacional. Por outras palavras, o descontrolo da acção educativa tenderá a ser generalizado, pois o comando e controlo burocrático são manifestamente ineficazes dados o poder real dos actores (nomeadamente professores e alunos).” E, concluindo “pelas razões expostas, o CME do Município de Gondomar não descortina razões suficientes de natureza política, pedagógica, organizacional e económica (ressaltado meu), para fundamentarem um novo mapeamento organizacional das escolas e agrupamentos do concelho.” Apesar de tudo o que foi dito e da posição das escolas e Agrupamentos, o tal mapeamento foi para a frente. As consequências já se fazem sentir e já é tempo de as comunidades educativas, pais, professores e estudantes tomarem uma posição firme para que seja possível reverter a situação. Voltando a António Nóvoa, “As palavras não mudam a realidade. Mas ajudam-nos a pensar, a conversar, a tomar consciência. E a consciência, essa sim, pode mudar a realidade.”

CONTRARIANDO A FATALIDADE, JORNALISTAS DESEMPREGADOS CRIARAM ESTE JORNAL.

Quinta-feira, 13 de Setembro de 2012 | A Manhã

ERGO A MINHA TAÇA A QUEM RECUSA A COVA QUE O GOVERNO ABRIU!

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PERANTE O DESEMPREGO O GOVERNO ACONSELHA A EMIGRAR.

O Grande Porto

EDITORIAL

Notícias da nossa terra 1.

RUI QUELHAS Engenheiro*

A

s Áreas Metropolitanas têm cada vez mais, um peso, importância e relevo, no desenvolvimento económico dos países, em particular na Europa. No caso de Portugal, mais de metade da população e da riqueza, estão concentrados nas AMP’s de Lisboa e Porto. Estas AMP’s, apesar da falta de crescimento demográfico e de riqueza no País em geral, continuam a crescer, atraindo população e investimento. Carecem por isso de meios e modelos de gestão cada vez mais complexos, exigentes e integrados. Ou seja, não é possível fazer desenvolver sustentavelmente em todas as vertentes, o Concelho de Gondomar por exemplo, de costas voltadas para o Porto, como epicentro desta AMP. O inverso também é verdadeiro, e poderia dar outros exemplos válidos entre si, e dentro de AMP-Porto. Embora administrativamente, existam muitas cidades dentro dos vários concelhos, da AMP-Porto, um pouco pela moda criada nos anos 80 e 90, que era “chique”, ser apelidada de cidade, só podemos compreender a existência de uma verdadeira Cidade, com interrelações funcionais completas, juntando vários Concelhos vizinhos à Cidade do Porto. Basta analisar os movimentos pendulares entre, por exemplo, Gondomar

e o Porto, para percebermos que mais de 100.000 Gondomarenses, têm que sair do Concelho todos os dias, para trabalhar e estudar, etc. Uma cidade não é um conjunto de “camas” mas sim, um espaço onde nós sem sairmos dele, possamos trabalhar, estudar, ir ao teatro, cinema, hospital e dormir. Daí, em entender que o Grande Porto, esse sim, constitui uma verdadeira Cidade, cujo modelo de desenvolvimento tem que ser aprofundado ou melhorado. Para isso, têm que se reforçar os poderes das Juntas Metropolitanas, ou mesmo fundir vários concelhos num só. As novas tecnologias e os novos modelos de gestão desconcentrada, permitem gerir territórios muito maiores que no passado, com a eficácia exigida dos nossos dias. Apenas como exemplo o Município de Madrid, é a junção de 27 pequenos municípios, do passado, com uma área total de 2000 km2, e basta lá ir ver a boa gestão territorial. Nos últimos anos têm se dado alguns passos importantes neste sentido, ou seja maior articulação entre municípios vizinhos. O caso mais exemplar de sucesso é sem dúvida o Metro do Porto. Temos que ser céleres e ir mais além, não podemos ficar dependentes, muitas vezes da boa disposição ou má, entre autarcas de Concelhos vizinhos, e que nalguns casos se entendem melhor, e noutros, pura e simplesmente não se entendem. Escolha-se o modelo, ou de fusão de municípios, ou de reforço de competências das JMP’s. O Grande Porto ou o futuro Porto não podem esperar. * Vereador do PSD

Esta é a primeira edição do “Semanário A Manhã”, um jornal de informação geral dedicado ao concelho de Gondomar, que pretende levar aos seus cerca de 170 mil habitantes aquilo que eles não têm: notícias da nossa terra. Fruto do trabalho de seis profissionais da Comunicação, o “Semanário A Manhã” é um projecto editorial que pretende ir onde outros não chegam, ou já não podem, sequer, chegar, dar voz aos que não a perderam, suscitar e analisar os problemas concretos que afectam o quotidiano das pessoas. Respeitará o seu Estatuto Editorial e bater-se-á até ao limite pela total independência, política ou religiosa, económica ou ideológica. Para isso contamos com a crítica construtiva dos leitores, das fontes de informação e dos anunciantes. Com esse universo de contributos será possível construir um jornal que se torne imprescindível na e para a sociedade gondomarense.

É esse o desafio a que nos propomos, é essa a nossa ambição.

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Por isso, e ainda porque está instalada (em definitivo?) uma grande barafunda em relação ao Acordo Ortográfico (AO), nomeadamente sobre utilização da dupla grafia, este novo projecto assume que não o adoptará. “Como vai ser possível ensinar a ortografia nas escolas? Como reagirão os alunos quando um professor os ensinar a escrever uma palavra de uma determinada maneira e um outro professor os ensinar de maneira diferente?”. As perguntas de Fevereiro deste ano lançadas por António Guerreiro, crítico literário do “Expresso”, que adoptou o AO, continuam actuais e são muito pertinentes. Não temos ideias feitas ou acabadas sobre a matéria, mas, por agora, escrevemos e tentamos ensinar os nossos filhos a redigir tal e qual como aprendemos. Depois, lá para 2014, se verá.

ESTATUTO EDITORIAL 1 – O “Semanário A Manhã” é um órgão de informação regional, generalista e que se orienta pelos princípios da liberdade, do pluralismo e da independência, procurando assegurar a todos o direito à informação. 2 – O “Semanário A Manhã” respeita os direitos, liberdades e garantias consignadas na Constituição da República. 3 – O “Semanário A Manhã” assume-se como independente de todos os poderes políticos e económicos, bem como de qualquer credo, de qualquer doutrina ou ideologia, respeitando todas as opiniões ou crenças. 4 – O “Semanário A Manhã” privilegia, no seu conteúdo, a informação isenta, rigorosa e objectiva, distinguindo claramente os espaços de opinião livre e assegurando nestes o confronto das diversas correntes ideológicas. 5 – O “Semanário A Manhã” considera a sua actividade como um serviço de interesse público, com respeito total pelos seus leitores, em prol do desenvolvimento da identidade e da cultura local e regional, da promoção do progresso económico, social e cultural das populações de Gondomar e do reforço da independência nacional e da paz. 6 – “Semanário A Manhã” subordina-se à deontologia da Comunicação Social, cumpre a Lei de Imprensa, respeita as normas do Estatuto do Jornalista e observa as orientações definidas neste Estatuto Editorial.


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A Manhã | Quinta-feira, 13 de Setembro de 2012

Quinta-feira, 13 de Setembro de 2012 | A Manhã

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s: Sete Dias é o nosso espaço dedicado à agenda da semana cultural, de quinta a quartafeira, com sugestões e destaques; complementa-se com o roteiro – filmes em exibição, exposições, assim como telefones úteis, farmácias de serviço e sugestões de restauração.

SETE DIAS Sugestões para a semana • 13 a 19 de Setembro

Biblioteca

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Teatro

ANIMAÇÃO. Noite de música com a actuação do Conjunto Albatroz, pelas 22 horas. Festas de Santa Cruz, em Jovim. A Biblioteca Municipal de Gondomar, através do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar, promove a iniciativa “Biblioteca ao Ar Livre”. Trata-se de uma biblioteca itinerante que nos dias de férias e de calor se aproxima dos utentes, de modo a facilitar o acesso à leitura de livros ou empréstimo de jornais e revistas, contribuindo, assim para o desenvolvimento de hábitos de leitura (também) durante as férias de verão. De 10 a 21 de Setembro, este projecto estará no Areal de Melres (junto à Quinta da Bandeirinha).

DESPORTO. Sessão de Taekwondo e Defesa Pessoal, nos jardins da Casa da Juventude de Rio Tinto. No âmbito do 2.º Festival de Teatro Amador de Fânzeres, a Companhia de Teatro Água Corrente de Ovar apresenta o drama “Alguém terá de morrer”, de Luiz Francisco Rebello. Sábado 15, às 21.30 horas, no Salão Paroquial de Fânzeres.

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CERTAME. XI Feira do Livro de Gondomar. A decorrer no Largo do Souto, até 16 de Setembro. Dias úteis, das 20.30 às 23 horas. Sábado, das 15 às 24 horas, e domingo, das 15 às 23 horas.

ANIMAÇÃO. Noite de Folclore, no âmbito das Festas de Santa Cruz, em Jovim. Às 22 horas.

CINEMA. Estreia da comédia “Patrulha de Bair-

ro”, do realizador Akiva Schaffer. Com Jonah Hill, Ben Stiller, Vince Vaughn, Billy Crudup, Doug Jones, Richard Ayoade. Nos cinemas do Parque Nascente, em Rio Tinto.

EXPOSIÇÃO. “Artes Tradicionais de Melres”. Patente até 30 de Setembro no edifício da Junta de Freguesia, integrada na XI Semana Cultu-

ral de Melres, que decorre de 14 a 16 e de 20 a 23 deste mês. FESTIVAL. Abertura do XXI Festival Gastronómico “Hoje há caldo de nabos”. No Pavilhão Multiusos, às 18 horas.

16 MÚSICA. Actuação das bandas de música de Rio Mau e de Amares, no âmbito das Festas de Santa Cruz, em Jovim. Às 8 horas. DANÇA. Espectáculo de Dança Zumba. No Largo do Souto, entre as 9 e as 12 horas. SAÚDE. Sessão de Tai Chi, no jardim do Multiusos Gondomar “Coração de Ouro”, às 10 horas.

SAÚDE. Caminhada no Parque Aventura da Lipor, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade. Às 10 horas.

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UTILIDADES Curiosidades

Curiosidades

Acessórios

Um teclado... lavável

17 AMBIENTE. Escola de Prevenção Rodoviária de Gondomar. Das 9.30 às 12.30 horas. Inscrições limitadas (ambiente@cmgondomar.pt). A iniciativa repete-se no dia 19. SAÚDE. Rastreios e avaliações físicas para caminhantes da ciclovia da Avenida da Conduta, em Fânzeres. Das 17 às 19.30 horas. Repete dia 19. MÚSICA. Em Jovim, actuação do Conjunto Típico Nelly Correia, às 15 horas. Às 21.30 horas, Zé Amaro.

18 EXPOSIÇÃO. “Autores de Gondomar”, na Biblioteca Municipal até 4 de Outubro.

Acessórios

Qual é o lado certo de uma folha de alumínio? Ora bem. Quando leva alimentos ao forno ou ao grelhador envolvidos em folha de alumínio, formando um “embrulho”, o lado fosco deve ser aquele que fica em contacto com o ar. O lado brilhante, fica em contacto com o alimento porque a face brilhante vai evitar a dissipação

do calor absorvido pelo “embrulho”, uma vez que esta face reflete o calor gerado internamente e devolve-o ao alimento. Por seu turno, no congelador ou frigorífico, o lado brilhante deverá ficar para fora porque, quando o frigorífico for aberto, a folha de alumínio refletirá o calor.

Já entornou uma chávena de café em cima do teclado do computador? E um copo de cerveja? E o filhote que passou uma “secante” à cadeira e… zás! Pois, o resultado tem sido sempre o mesmo… Primeiro, vem o susto da informação em que se estava a trabalhar ter ficado perdida para sempre. Depois, bom!, depois daqueles mil e um truques (os indicados pelos fabricantes e os do senso comum) de limpeza e secagem… o teclado vai invariavelmente para o lixo. Mas isso já pertence ao passado. É que a Logitech Keyboard K310 é… lavável! Para os mais distraídos, e também para os viciados em limpeza, a Logitech desenvolveu um teclado de PC que pode, literalmente, ficar debaixo da torneira, graças a uma sofisticada rede de furos de drenagem. Mas, por outro lado, desenvolveu uma tecnologia que permite

manter em “memória” várias teclas: subir o volume, aceder ao e-mail ou um simples “backspace” passa a ser possível a partir de uma única tecla… A Logitech vai pedir ao mercado de retalho qualquer coisa acima dos 30 euros.


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ÓCIO Passatempos

Palavras cruzadas 1

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Horóscopo **

Sudoku 7

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Originário do Japão, trata-se de um jogo de lógica muito simples e viciante. O objectivo é preencher o quadrado 9x9 com números de 1 a 9, sem repetir números em cada linha e em cada coluna. Também não se pode repetir números em cada quadrado de 3x3.

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2 HORIZONTAIS

VERTICAIS

2 - Pronome (abreviatura). Moeda japonesa. 3 - Atmosfera.Interjeição. Interjeição. Batráquio. 4 - Interjeição. Ente. Árabe (abreviatura). 5 - Polícia política no regime autoritário português, entre 1933 e 1945. Termo de Biologia (abreviatura). 7 - Termo brasileiro (abreviatura). Estampilha. 8 - Usado (abreviatura). Termo de Cirurgia (abreviatura). Contracção da preposição “de” com o pronome “a”. 9 - Décima sexta letra do alfabeto grego. Autores. Origem (abreviatura). Verbo (abreviatura). 10 - Gracejavas. Fêmea do leão.

2 - Provincianismo (abreviatura). Desmoronar-se. 3 - Imprensa Regional (abreviatura). Idem (abreviatura). Elas. Nome. 4 - Conjunção. Advérbio. Nome. 5 - Licor de ervadoce. Habitação. 7 - Dar mios. Ave parecida com a pomba. 8 - Interjeição. Interjeição. Segunda nota musical. 9 - Advérbio. Interjeição. Edição (abreviatura). Eles. 10 - Equívoco. Rocha em fusão expelida pelos vulcões.

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Horóscopo

13 a 19 de Setembro

CARNEIRO. Não se deixe ir ao sabor do vento. Pare e pense. Tudo está ao alcance dos seus dedos, mas nada lhe será oferecido numa bandeja. Não se esqueça que “Deus ajuda quem se ajuda!”. Ajudese e será feliz! TOURO. Os amigos estão do seu lado. Não queira resolver tudo sozinho. Os seus familiares necessitam de si. Não os desaponte. A sua estrela está em alta. No amor, a sua impetuosidade poderá ofuscar o seu brilho. GÉMEOS. Não permita que os problemas familiares prejudiquem a vida profissional. Melhore o seu humor. Há possibilidade de se envolver num romance misterioso e problemático. Tente usar o bom senso e o bom senso. CARANGUEJO. Personalidade forte pode ser entendida como arrogância ou prepotência. As suas atitudes podem criar-lhe muitos problemas se não ouvir os outros. Aproveite as oportunidades, mas controle-se. No amor, a inconstância pode ser fatal. LEÃO. Demonstre as suas emoções. O seu par espera e deseja um gesto de carinho e atenção. Só assim conseguirá um convívio melhor. Esta semana prepare uma boa noite, relaxada e em sintonia com o seu amor. Terá muito boa receptividade. VIRGEM. Deve ter muita confiança em si mesmo para poder enfrentar com optimismo pequenas decepções. Esta fase servirá para conhecer melhor os seus sentimentos e seleccionar as pessoas que são dignas do seu amor e amizade. BALANÇA. Deve aprender a administrar as suas energias de uma forma mais selectiva. Os anos têm sempre peso em matéria de saúde. Tome mais cuidado com a sua alimentação e siga as regras da vida saudável. Afectividade em alta. ESCORPIÃO. Sua audácia e coragem não permitem que se acomode. É defensor acérrimo dos seus pontos de vista, tanto profissionais como sociais. Controle esse seu génio dentro do razoável! Evite dissabores. Estão de olho em si, acautele-se! SAGITÁRIO. Conseguirá destacar-se no trabalho. As suas perspectivas serão cada vez melhores. Contudo, também aumentarão as suas responsabilidades. Qualquer desencontro que tenha tido com o seu amor será esquecido com esta semana

Soluções

CAPRICÓRNIO. Esquecer as amarguras do passado é uma boa maneira de encarar positivamente o futuro. Seja moderado. As noites ao lado do seu par serão divertidas. É uma boa semana para se aconchegar nos braços de quem ama. AQUÁRIO. A precipitação pode não ser o melhor conselheiro. Os astros estão do seu lado, mas é preciso determinação e persistência. Aproveite a boa influência astral para incentivar o seu relacionamento familiar e amoroso. PEIXES. Siga os seus instintos e você poderá fazer um negócio muito oportuno. Entusiasmo ao conhecer pessoa interessante. Estimule a sua vida amorosa, saindo da rotina diária. Procure fazer uma surpresa agradável e ternurenta ao seu amor.

HORIZONTAIS: 2 - PRON. IENE. 3 - AR. UI. AH. RA. 4 - OI. SER. AR. 5 - PVDE. BIOL. 7 - BRAS. SELO. 8 - US. CIR. DA. 9- PI. AA. OR. VB. 10 - RIAS. LEOA. 8

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VERTICAIS: 2 - PROV. RUIR. 3 - IR. ID. AS. ID. 4 - OU. EIS. AA. 5 - ANIS. CASA. 7- MIAR. ROLA. 8. EH. BIS. RE. 9 - IN. AI. ED. OS. 10 - ERRO. LAVA.


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ATÉ QUINTA

a5: até quinta-feira, a última página, onde irão figurar as notícias de última hora, temas que até poderão vir a ser desenvolvidos nas edições seguintes, mas que só chegaram à nossa redacção momentos antes do envio do jornal para a gráfica. Contará ainda com uma crónica assinada, alternadamente, por Manuel Teixeira e Júlio Roldão.

Propriedade: IR - Imprensa Regional, CRL Sede e Redacção: Rua Dr José Mª Santos Moura, 114, 4º D – 4435-483 Rio Tinto NIPC 510 263 542 Tlm. 968 563 361 · ir.cooperativa@gmail.com Director: Paulo F. Silva Director-adjunto: Paulo Almeida Redacção: Cândido Xavier (Infografia), J. Paulo Coutinho (Fotografia), Onofre Varela (Cartoon), Orlando Castro (Editor), Paulo Almeida e Paulo F. Silva Director Comercial: Luiz Miguel Almeida (Tlm. 917 300 338)

EM CIMA DA HORA

S. Cosme lidera projecto europeu de combate ao desemprego juvenil

N

o âmbito do Programa URBACT II e tendo em conta a implementação do Projecto Jobtown em Gondomar, realiza-se no dia 20, a partir das 9 horas, no Auditório da Lipor, em Baguim do Monte, o 2.º International Meeting “Jobtown: A European Network of Local Partnerships for the Advancement of Youth Employment and Opportunity”. Com a presença de 12 países, este segundo encontro premeia a candidatura da Junta de Freguesia de Gondomar e, segundo o seu presidente, José António Macedo, “a vasta experiência da autarquia a nível de projectos europeus”. Satisfeito pelo êxito da can-

MANUEL PINTO TEIXEIRA

Jornalista e professor universitário

Há limites para a paciência

didatura de S. Cosme, o autarca explica que o Jobtown “é um projecto que procura abordar o desemprego estrutural e o emprego precário dos jovens, assim como o desenvolvimento local de estratégias para a promoção de oportunidades de emprego, seguindo uma metodologia que passa pelo estabelecimento de parcerias locais conduzidas por entidades públicas e outros parceiros”. Estarão presentes representantes dos municípios de países europeus, entre os quais Alemanha, França, Itália, Espanha, Reino Unido, Polónia, Chipre e Hungria, que constituem a rede de parceiros deste projecto Europeu.

Parceiros locais são fundamentais no combate ao desemprego jovem

Segundo vários estudos de opinião, vulgo sondagens, o Presidente Francês e o Primeiro-Ministro Espanhol conseguiram, em escassos meses após a sua eleição, desbaratar cerca de metade da sua base de apoio. Em ambos os casos porque os cidadãos se sentem enganados pelas promessas que esses líderes fizeram nas respectivas campanhas, e o que tem sido a sua acção governativa. Entre nós o povo é mais pacífico e mais paciente. Por isso, Pedro Passos Coelho tem con-

seguido manter os seus níveis de popularidade ainda a níveis aceitáveis. Mas parece óbvio que o anúncio do seu último pacote de austeridade promete dar-lhe uma machadada sem precedentes nas futuras intenções de voto. A pergunta que se coloca é simples: será que o descontentamento generalizado dos portugueses, perante a pesadíssima factura de austeridade, pode pôr em causa a estabilidade governativa, e abrir uma crise política? Ninguém sabe responder

a esta questão. É mais que previsível que aos poucos os cidadãos vão responder aos apelos dos sindicatos e dos partidos da oposição, manifestando o seu descontentamento nas ruas. Como é previsível que alguns surtos de greves possam abalar a paz social. Todavia, a grande encruzilhada da política nacional deverá centrar-se nas eleições autárquicas do próximo ano. É certo que até lá há ainda um longo caminho para percorrer. Mas parece claro que o desgas-

Impressão: Empresa do Diário do Minho Rua Santa Catarina, 4A · 4710-306 Braga Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Semanal Reg. ERC: 126269 Depósito legal:

Rio Tinto pede remoção da linha contínua no Centro Escolar da Lourinha A Junta de Freguesia de Rio Tinto pediu à Câmara Municipal de Gondomar que removesse com urgência a linha contínua que mandou marcar no eixo da Rua da Estrada Nova, com o objectivo de resolver os previsíveis problemas de trânsito que ocorrerão com a abertura do Centro Escolar da Lourinha, que passará de 150 para 650 alunos (150 dos quais do pré-escolar). No seu protesto, a Junta, que alega ter recebido diversas reclamações, avança que a referida linha contínia irá agravar os problemas, “com a obrigatoriedade de viragem à direita em todas as artérias, aumentando o trânsito à porta do centro escolar, dificultando o acesso ao mesmo, aos moradores da zona, ao Externato Camões e ao próprio quartel dos Bombeiros”. te governativo se vai acentuar de tal ordem que, quando chegarmos ao próximo Outono, a coligação estará pelas portas da amargura. O Governo caminha assustadoramente para um perigoso isolamento, mesmo que os cidadãos não acreditem nas alternativas políticas disponíveis. A pressão fiscal, o desemprego, a retirada de benefícios e apoios sociais têm vindo a liquidar qualquer esperança. E quando esta desaparece, ninguém pensa no que virá a seguir…


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