Jornal a ilha N-33

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entrevista exclusiva

O que pretende

IVO PAQUETĂ


editorial

Troféu em outubro

tendo sempre um convidado de fora da ilha. A entrada é franca (mas vai ser passado um chapéu, para quem quiser colaborar) e a primeira edição ocorre no dia 12, às 13h. O convidado será Bebê Kramer, que tocará seu acordeão ao lado de Pedro Amorim (bandolim), Jayme Vignoli (cavaquinho), Luiz Flavio Alcofra (violão) e Gabriel Leite (pandeiro). O Choro do Anacleto tem esse nome em homenagem ao paquetaense Anacleto de Medeiros, multi-instrumentista, regente e professor que nasceu em 1866 e faleceu em 1907.

Você sabe quem é Vu? Nesta edição de junho, uma entrevista exclusiva de Ricky Goodwin, Julio Marques e Ana Pinta, da equipe de A Ilha, vai ajudar você a conhecer melhor quem é o Vu dos irmãos Paulica, Jeco e Ítalo, o Ivinho dos amigos de infância e o Ivo Paquetá da política, que agora se torna o responsável por administrar a ilha em que nasceu e cresceu. Nessa longa conversa, poucos dias após sua nomeação ao cargo máximo da 21ª R.A., o policial Ivo dos Santos Filho fala com muita espontaneidade o que pensa sobre diversos problemas e questões da ilha e o que pretende fazer para enfrentá-los. Mais que isso, ele revela detalhes do jogo de forças que o fez chegar até aqui. O que pode, inclusive, nos ajudar a entender um pouco o misterioso processo que, de tempos em tempos, nos surpreende decidindo por nós quem vai cuidar do lugar onde vivemos. Mas nem só de novidades politico-administrativas viveu nosso junho. Nesta edição, A Ilha mostra com muitas fotos como no mês de Santo Antônio, São João e São Pedro, Paquetá vive ainda mais intensamente sua alma festeira de cidade do interior. Este ano, com uma estreia que promete entrar para o calendário: o Arraiá do Cerqueirão, que no sábado 20 de junho lotou a Rua Cerqueira, frente ao Manduca, em mais uma animada produção do nosso Zarú. Então, vida longa ao Cerqueirão. Sucesso ao novo administrador Ivo Paquetá. E boa leitura a você, morador da ilha, que sempre será o eleito do jornal.

Inacreditável

A festa de entrega do Troféu A Ilha deste ano ocorrerá em outubro, e não em julho, como nas edições anteriores. Esta era uma reivindicação de muitos moradores, que não gostavam do fato de que a grande noite de gala de Paquetá ocorria numa época de frio e chuvas (sim, todas as solenidades de entrega do troféu ocorreram em noites chuvosas!). Além disso, ao pôr a festa mais próxima do fim de ano, a premiação cobre um período mais coerente com sua denominação (as escolhas feitas em 2014, por exemplo, cobriam na verdade metade deste ano e metade do ano anterior). A festa de entrega do Troféu A Ilha ocorria em julho para coincidir com o aniversário do jornal, cuja primeira edição saiu em agosto de 2012. Chorinho na ilha

Cláudio Marcelo

expediente

A Ilha é um jornal comunitário mensal, organizado, elaborado e mantido pelos moradores da Ilha de Paquetá. Mentor e fundador Sylvio de Oliveira (19562014) | Equipe Ana Pinta, André Villas-Boas, Antônio Tomé, Cláudio Marcelo Bo, Ize Sanz, Jorge Roberto Martins, Júlio Marques, Márcia Kevorkian, Mary Pinto, Ricky Goodwin, Vilma Leocádio | Jornalista responsável André Villas-Boas. Reg. Prof. 18583 | As informações e opiniões constantes nas matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores, e não necessariamente avalizadas pelo jornal | Impressão DGD Artes Gráficas (3882.4438) | Tiragem 2.000 exemplares | Contato editoria@jornalailha. com e editoria@ailha.jor.br Ano III, número 33, junho de 2015. Este número de A Ilha foi possível graças à participação dos anunciantes e às contribuições financeiras de Adílson Martins Leonardo Couto Ana Cristina de Lucy Linhares e Mello Bernardo Karam Ana Lúcia e Carlos Márcia e Ricardo Vítor dos Santos Bichara Agnaldo Wanderley Márcio Miranda André Villas-Boas Maria José de Oliveira Bruno Jardim Marília e Sylvio Isabel O. da Luz Mary Pinto Julio Marques Lourdinha e Rubens

Nadja Barbosa Wanja Bastos

Uma nova opção para quem curte música de primeira e não quer sair da ilha: o Choro do Anacleto, encontro de músicos que a partir de julho acontece em todo o segundo domingo do mês, no quintal da Casa de Artes (se chover, vai todo mundo pra dentro). A ideia é agregar músicos populares e eruditos em torno do chorinho,

cartas

Este mês, ninguém escreveu carta pro jornal...

Envie sua carta para cartas@jornalailha.com e também para cartas@ailha.jor.br (estamos em mudança de endereço)

A ilha toda – com exceção de uma meiadúzia de 3 ou 4 – festejou o plantio de novas mudas de flamboyants na Moreninha, para restaurar o antigo passeio sombreado que havia no caminho. Mas o impensável ocorreu: as mudas, embora contassem com grade de proteção, foram quebradas menos de um mês depois, durante uma madrugada. A polícia foi acionada, mas mostrou-se incapaz de descobrir os autores do vandalismo – que desafiaram os policiais uma semana depois, com uma segunda destruição, também de madrugada. Mas ainda há a esperança de que as investigações

se aprofundem e a Polícia da ilha supere sua impotência diante do caso. Bola pra frente

Apesar do baque provocado pela destruição na Moreninha e o constrangimento dos moradores ao ver revelada a fragilidade de nossos policiais diante da ousadia dos vândalos, o grupo Plantar Paquetá prossegue com as atividades planejadas. E assim foi a criação do jardim em torno dos restos da amendoeira sacrificada na Praia dos Tamoios. Com apoio da Fundação Parques e Jardins – que ofereceu mudas, mão de obra e expertise para o plantio –, foi criado um memorial natural em torno do tronco moribundo. É pela saudade de nossa árvore tão querida, e que integrava a lista dos dez espécimes da ilha tombados pelo Patrimônio. E a FPJ caprichou: trouxe até uma muda para o crescimento de uma nova amendoeira. Dez. Palhaçada no Darke

Guadalupe foi o escolhido para receber o título de Bairro-Irmão de Paquetá no Domingo no Darke de julho. E para representá-lo foi designado o Palhaçadaria, uma trupe de palhaços formada em sua maioria por moradores de lá. O grupo não apenas faz shows e eventos como o que ocorre trimes-


o que vai pela ilha

tralmente no Parque Darke de Mattos como também se apresenta em hospitais, casas de repouso e estações de trem e outros espaços públicos. Trabalhando em regime de voluntariado, a Palhaçadaria tem forte viés comunitário – e daí sua escolha para Junina na Colônia receber o título em nome de Guadalupe. Encontro de corais

Vai ser no domingo 12 a quarta edição do Encontro de Corais da Ilha de Paquetá. A entrada é franca e o evento começa às 16h, no Carecão. Vilmex e Cláudio Marcelo, ambos da equipe de A Ilha, já estão ajustando A Colônia não abriu mão da Procissão de São Pedro, mas a tradicional festa junina o gogó. perigou de não acontecer – mas vai ter sim! Cedae informa Problemas de organização e a mudança de comando na Região Administrativa, que dá apoio à infraestrutura do evento, fizeram o evento ser adiado, mas não suspenso: de 10 a 12 de julho (sexta a domingo), o pessoal da antiga colônia de pescadores recebe os

demais moradores da ilha para dar novos t-à-porter mas também por encomenda, vivas a São Pedro. A paróquia de Bom Jesus que podem ser customizados. do Monte também manteve a tradição de Bodega deliciosa sua festa, marcada para o sábado 4 – que A Ilha não teve como cobrir, dada a data de fechamento do jornal. Grife Imbuca

Depois da Cerveja Paquetá, a ilha origina uma nova grife: é a Imbuca, que tem em seu catálogo bolsas, mochilas e outros acessórios. As peças da foto, com suas bicicletinhas coloridas, é a cara de Paquetá. Mas a grife também tem outros modelos, mais genéricos. Começando pequena, a Imbuca atende principalmente por meio da internet, via Facebook. Há artigos prê-

A inauguração da confeitaria Bodega de Paquetá era para ser singela, dada as pequenas dimensões da casa. Mas causou um rebuliço na Pinheiro Freire. Até o – agora intenso – tráfego de veículos da ilha sofreu com a quantidade de gente que foi conferir a novidade. Trufas, bombas, tortas e outros docinhos e doções são feitos artesanalmente e de acordo com a demanda.

Paquetaense até o fundo d'alma!

Volta e meia estamos às voltas com a Cedae, seja por problemas de fornecimento, seja pelos vazamentos que muitos atribuem às obras inacabadas do emissário para São Gonçalo. Sapatinho, da empresa estadual, avisa: é preciso que a população faça estas demandas chegarem ao lugar certo – ou seja, à própria Cedae. Os novos números de telefone da empresa estão na seção Um passeio em Pqt, na página 20 desta edição.

Histórias de objetos perdidos na ilha e depois recuperados existem aos borbotões. Mas a de Leonardo Couto – um dos organizadores do Cineclube PQT – surpreende. Numa noite de sábado, Léo se deu conta de que não sabia onde estava sua carteira. Reavivou a memória, cavucou a cachola e concluiu que só poderia ter perdido aqui mesmo. Procura daqui, pergunta de lá, e nada. Desesperado, não imaginava que, do Campo à Ponte, o taxista Diego Monteiro fazia suas corridas assuntando se alguém conhecia o rapaz da foto da carteira que encontrara em frente ao hospital. Eu conheço esse moleque – pensava Diego. Ele é daqui! O problema é que o jovem professor de filosofia política mora há pouco tempo na

ilha – menos de dois anos – e dá aula todo dia no continente. Quando está aqui, prefere passar boa parte do tempo nas filosofias amorosas com a namorada Thaiza. Circula pouco. É novato. De vista, até sabiam dele. Mas onde mora... Aí era mais difícil. O domingo chegou com Leonardo torturando-se pela perda e Diego pelo achado. Daí que nosso taxista teve um estalo: Caramba, se ele mora aqui, ele é fichado no hospital! O problema é que o povo da emergência não teria como ceder a ficha. Só amanhã, no ambulatório. E não sei se liberam não..., respondeu o atendente. Era bem cedo quando, na segunda-feira, tocou o telefone de Leonardo. E é ele mesmo quem conta o fim da história: “O Diego

Diego Monteiro

me entregou a carteira com tudo, até com os R$79 dentro. E me deu uma bronca: Como é que você perde a carteira logo num sábado, com a ilha cheia de gente de fora?! Respondi: Dia sem visitante não tem problema? E ele: Claro que não! Então... Que bom morar num lugar onde se pode perder a carteira na rua!”

amores da ilha: Damião e Cosme

#nossas raízes. colaboração: Paulo Cesar PC

Ricky Goodwin

Jorge Moraes

Marli Coutinho

Ao seu lado descobri que, entre o sonho e a realidade, existe um espaço chamado felicidade. E, para que a minha felicidade se torne realidade, preciso estar ao seu lado.


Tardau 40 graus

F

oi um sucesso total o lual promovido pelo Quiosque Imbuca 40 graus – que, desta vez, recebeu o nome de Tardal por começar no fim da tarde. Muita gente foi aproveitar o que Paquetá tem de melhor ao som de um bom rock.

Markinho Bathera arrasou

Os 97 anos do Municipal

U

ma festa e tanto para celebrar o aniversário de nosso clube mais antigo. Já em ritmo das comemorações pelo centenário, os frequentadores assíduos juntaram-se a outros nem tanto para, no fim das contas, reafirmar a alma paquetaense que o clube representa com tanto amor.

Níver de Larissinhah Araújo Beldades não faltaram na festa promovida por Larissinhah. Amigas e amigos prestigiaram a aniversariante, que se destacou não só pela graça e simpatia, mas também pelo esmero que transbordou em beleza e charme. Larissinhah ao lado da sempre presente Tiffany de Freitas

Thiago Alves mostra o copo comemorativo que foi distribuído na noite e fez grande sucesso

Marcos Aurélio, feliz entre Sarah e Andressa Mittaragis

Lívia Bernardo e Maria Cristara, a nossa Jennifer Jones

Paulinho Meira, sempre concentrado

Entre amigos, Ricardo José, Luiz Cláudio Santos e Marco Bernardo

Q

Rayanne, Amanda, Larissa, Ketlyn e Kathelyn: a graciosidade das meninas da ilha se fez presente

O churrasco de Camila Medeiros Musa da Colônia e filha de nossa rainha Xuxa, Camila Medeiros fez um churrasco en petit comité. Não tão petit, lógico...

uase todo mundo estava lá: o show beneficente oferecido pelo grupo Muitos Amigos encheu o Carecão. Muito samba, alegria e emoção para dar uma força ao nosso querido Gato Preto, hoje impossibilitado de trabalhar por problemas de saúde.

O casal amoroso Marcelo Ávila e Patrícia Delgado

Aninha Xavier e Gabi Oliveira

E a foto abaixo é só uma pequena amostra...

Camila com Lucas Piloto e Soraia Moraes

O bolo não podia faltar, claro – e com o escudo do clube!

Maycon Villar e Paulo César PC

Irandy Mendes (esq.), um dos mais animados

Festa boa tem mulher bonita. A do Municipal foi um sucesso!


O aniversário da bela Jaqueline

fotos

Cláudio Santos

Todas com vestido de bolinhas!

Esse foi só o início da produção em torno da festa anos 60/70 que comemorou o aniversário de Jaqueline Kelly. As colegas que com ela trabalham no Carecas & Frescos aderiram de imediato. E, com fantasias e adereços distribuídos na hora entre os convidados, a ganhadora do Troféu A Ilha de Melhor Atendente Feminina em 2013 brindou os amigos com uma festa concorrida, divertida e – claro, vindo dela – simpaticíssima!

pqt night

Gabriela, Tiná e Mel

Gabi, Daiane e Taís posam com a aniversariante

Tal mãe, tal filha: Vitória foi à festa igual à mãe – mas sem tomara-que-caia, porque ainda é uma mocinha

A estrela da noite com Bernardo, o namorado bonitão

A galera toda entrou no clima: perucas, máscaras, pulseiras e outros adereços sublinharam o clima divertido da noite

Felipe, Nado e Neílson: trio parada dura

Todo o carinho para o nosso Gato Preto

Vitória Regina e a mãe, Nayla

Marcos Santos, o outro gato da noite, e Roberto Madeira

Grilo encantando a mulherada

Carol Policante entre amigas

Rose, Gato e Andrea Ramos

Vitória no colo do irmão, Thiaguinho

Fernando e Laíze Senra: estes não poderiam faltar!


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Cineclube traz futebol, com Garrincha e Boleiros

O futebol é o tema da programação de julho do Cineclube PQT, que desde maio passou a ter sessões quinzenais. São três filmes, sendo dois no mesmo dia (é um curta e um média-metragem, totalizando uma hora e meia). As sessões ocorrem no restaurante Quintal da Regina (mas não é preciso comer nem beber para participar). A programação abre na terça 7 com a comédia Boleiros – Era uma vez o futebol (1998), com Otávio Augusto, Adriano Stuart e André Abujamra. O filme tem como fio condutor um papo entre amigos que são ex-jogadores e passam o tempo bebendo e contando histórias do campo (e fora dele). Mesmo quem não gosta do esporte vai curtir as aventuras dos veteranos, que são encenadas no desenrolar da conversa. Boleiros não fez tanto sucesso nos cinemas, mas a legião de fans que ele conquistou depois motivou uma continuação,

chamada Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos, de 2006. A direção é de Ugo Giorgetti. No dia 21, a sessão dupla traz duas pérolas do documentário brasileiro. A maior atração é o famoso Garrincha, alegria do povo, que foi realizado em 1963 por Joaquim Pedro de Andrade (que, depois, faria Macunaíma), quando o craque estava no auge da carreira. O filme aborda principalmente a idolatria popular em torno do Mané, mas traz também jogadas inesquecíveis de Garrincha nas copas de 1958 e 1962. A sessão é completada por Subterrâneos do futebol (1965), de Maurice Capovila. Embora pouco conhecido, é considerado um marco do documentarismo nacional pelos historiadores. Com depoimentos de Pelé, Vavá e Zózimo, o curta (20 min) aborda o sonho dos jovens pobres em se tornar jogadores. Ambos os filmes se inserem no universo do Cinema Novo.

signo com humor Madame Sanz. Ariana, metida a engraçada, quase cigana, astróloga, numeróloga e alcoólatra

Para a transa ser incrível...

Os segredos dos signos no sexo! Arkadiusz Branicki

G

Gêmeos

êmeos: Bom, na visão de especialistas, é um signo macho, mas é bem suspeito, dois machos grudados um no outro, sei lá... • Ela: adora novidades na cama. Por isso, transar sempre do mesmo jeito ou no mesmo lugar acaba com seu desejo. Agora, quando o cara é criativo e tem um pique igual ao seu, o sexo fica surpreendente. • Ele: seu maior prazer é envolver a mulher com o seu entusiasmo e imaginação, ingrediente que usa e abusa. Rotina e monotonia não entram no quarto. Fica cheio de tesão

quando a transa é uma aventura. • Ambiente: locais diferentes, como o quintal da casa ou uma praia. • Zonas erógenas: mãos, orelhas e costas. • Posições: as mais diversas, sempre acompanhadas de sussurros. • Fantasia: transar onde corram o risco de serem pegos em flagrante. • Seduzir uma pessoa de Gêmeos: Coloque uma miniatura de sino em uma vasilha com meio litro de água e três lírios. Deixe em um local em que ninguém mexa. No dia seguinte, retire o sininho da vasilha, enxugue e passe a carregá-lo na bolsa, para melhorar seu poder de sedução. Jogue as flores no lixo e a água no ralo. Use e abuse de palavras excitantes, movimente-se. Bom sexo!!!

E se ela ança…

d

A

Este mês conheceremos um pouco de Maria Kristara Gonçalves Gomes da Silva, a jovem bailarina.

Sérgio Castelli

p a q u e t a e n se Kriis Gonçalves, como é conhecida nas redes sociais, nasceu em 6 de outubro de 1999, e cursa o 9º ano na E.M. Pedro Bruno. Uma jovem meiga, porém decidida, com opinião própria e positiva. Participante do Menino & Menina da Ilha deste ano, diz que amou a participação. Kriis é uma mistura de cordeiro e lobo, dependendo da situação. Tem resposta pra tudo, talvez por sua inteligência. Como sempre faço, pergunto a ela o que falta em nossa ilha para os nossos jovens. A resposta vem rapidamente: – Diversão. Isso é que falta. Ouço falar que tempos atrás havia cinema em Paquetá. Como seria bom ter novamente! Sobre amigos, a jovem diz que possui muitos e, dentro desses muitos, há aqueles especiais, que são os confiáveis. Das muitas coisas que conversamos, entramos no acontecido na Moreninha - a destruição da mudas plantadas. Revoltada,

fala que foi puro ato de vandalismo, e que quem o praticou deveria ser pego e obrigado a replantar uma a uma. Ao perguntar o que ela mais gosta de fazer, noto uma mudança em Kriis. Abre um sorriso e me diz, com uma voz firme: – Dançar. Já faz parte do Ballet Vera Castro há 5 anos, com quase uma centena de apresentações. Diz que a dança a faz se transformar, e que a cada apresentação o nervosismo a toma no início, e aos poucos o prazer transborda e a satisfação pelo que está fazendo a toma por inteiro. Quem sabe um dia não a veremos em palcos grandiosos, mostrando o que mais gosta de fazer? riis é mais uma jovem que abraça algo útil, para fugir do marasmo cultural e da falta de lazer em nossa ilha. Ia esquecendo: Kriis tem dois vícios enormes: ser autêntica e amar a dança. Quem generaliza está por fora.

K

Na foto maior, Maria Kristara faz pose em foto de divulgação do Ballet Vera Castro. Ao lado, na saída de uma apresentação no Domingo no Darke e, mais abaixo, durante seu desfile no Menino & Menina da Ilha 2015


túnel do tempo

Alberto Marques faz tréplica

A

Ocorre que a chácara da dona Glorinha Nosso campeão Alberto Marques, cuja resposta ao desafio da edição de março nunca teve casarão; é uma casa grande, mas não chega a foi contestada por ser um casarão. Adelson dos SanNão tem nem 2 tos, não perdoou andares!!! e fez sua tréplica, Mais inverosdando fm à polêmisímil ainda é a ca: “Acabo de ler o afirmação de que libelo do sr. Adelson, ‘a foto foi tirada contestando minha da Praia do Caresposta de que se timbau’. Ora, o tratava da vista do Catimbau não Parque Darke e diz que a foto ‘é do casarão da chácara dos tem vista para a Chácara dos Coqueiros! Só mesmo se for usado um raio x...” coqueiros, visto da Praia do Catimbau’.

pós tanta discussão por conta da foto publi- se espreguiçar e aproveitar esse solzinho de fim de cada no Túnel de abril, é hora de acalmar os outono. Além disso, é um desafio bem fácil: esta praia ânimos... Por isso, escolhemos uma antiga está mudada, mas nem tanto assim. paisagem que, só de olhar, já dá vontade de Envie sua resposta para tunel@jornalailha.com e,

junto, também para o e-mail tunel@ailha.jor.br, pois estamos de mudança. Mas não deixe de dizer como você percebeu. Adivinhação não vale... A resposta sai na próxima edição, junto com o nome do(s) ganhador(es).

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José Mendonça

esquecido: a união. F o i realmente uma lição para os moradores de Paquetá ver centenas de mãos unidas trabalhando em prol de um ideal que culminou na noite da inauguração. Então, rostos outrora cansados irradiavam a alegria de um sonho realizado. Está lá, na Praia da Moreninha, a Casa de Jeová. E nós só temos que parabenizar a todos que voluntariamente se dedicaram a esta obra, e agradecer por nos mostrar e ensinar que união ainda existe, e que unidos conquistamos objetivos. O Salão esta lá, com reuniões às 5ª feiras às 19h30 e sábados às 18h. E quando as luzes se acendem, a cada noite de reunião, e as vemos refletidas nas águas de Paquetá, acende em nós mais forte o desejo de união.

Craque do Barreirinha lança livro em noite de festa

O

s amigos e os admiradores de Jorge Roberto Martins, o Jorginho, lotaram o Quintal da Regina para o lançamento de Cá entre nós, livro de poesia do craque do Barreirinha – hoje jornalista, produtor musical e membro da equipe que faz A Ilha. Os poemas animaram os presentes, que leram vários deles em voz alta. – Pretendia lançar junto com o das minhas lembranças de Paquetá, mas não consegui finalizá-lo a tempo – ele explicou. Enquanto o novo livro não vem, segue abaixo uma amosta de Cá entre nós: um poema que fala, justamente, da ilha onde Jorginho cresceu. Neusa Matos

Lembranças da infância podem salvar pé de bacupari José Carlos Santos (Carlão) Minha infância foi praticamente aos pés dessa árvore, onde subia e descia com seus frutos nas mãos, sem saber da sua grande importância. Cresci e, ao ver uma reportagem exibida pelo Globo Repórter, me deparei com meu passado. A reportagem falava do bacupari – uma grande descoberta nas pesquisas contra o câncer, as infecções urinárias e que também é antioxidante, entre outras propriedades. Ao constatar que este pé de Bacupari ainda existe, procurei ajuda junto ao Plantar Paquetá, para que não a deixemos morrer e não percamos seus milagrosos frutos. Vamos juntos cuidar e preservar o que a mãe natureza presenteou: nossa Ilha de Paquetá!

Carlão posa junto ao pé do bacupari. Alertado pelo morador, o Plantar Paquetá entrou em contato com a Fundação Parques e Jardins, que analisará a situação da planta. Segundo o grupo, é um dos três pés que há na ilha e a ausência de frutificação é preocupante. O bacupari não é eficaz por meio de chás ou compressas, mas apenas a

partir de sintetização química.

Ricky Goldwin

Foram praticamente três meses para uma residência antiga e deteriorada ser transformada em um salão lindo e harmonioso. Mas, para isso, Paquetá vivenciou, quase que diariamente, a chegada de dezenas de voluntários, que se juntavam aos que fixos aqui estavam, para realizarem o belo trabalho que hoje vemos na paisagem da Praia da Moreninha. Até que em 6 de junho foi finalmente aberta a sede própria do Salão do Reino das Testemunhas de Jeová. A cerimônia de inauguração, carregada de muita emoção, contou não só com a presença de fies, como de moradores da ilha pertencentes a outros segmentos religiosos. Nestes três meses, moradores se impressionaram com chegada constante de um exército de rapazes e moças que, ao ver de muitos, perdiam seu fim de semana se dirigindo ao canteiro de obras com sorrisos, demonstrando que estavam realmente felizes por executar um trabalho muitas vezes pesado, com grande disposição e gosto. Nesses três meses de convivência com os TJs, uma lição aprendemos, algo hoje quase

Ricky Goldwin

Eles nos ensinaram o que é união

gosto de ti por teus poetas seculares imperiais na grandeza das palavras populares na simplicidade do olhar eternos na lembrança dos mortais. gosto de ti por tuas praias sorridentes nada indecentes, mas bisbilhoteiras a percorrer nosso corpo, salgando-o e adoçando-o para a próxima onda.

gosto das ruas desarrumadas, esburacadas não, desarrumadas desalinhando-se a caminho do Campo, da Imbuca,da Moreninha, do luar.

gosto de ti pelas palmas dos meus pés roçando veias de tuas areias me levando aos teus mistérios, às tuas realidades escondidas.

gosto de ti no silêncio da tarde no sono da noite, no acorde da manhã quando os pássaros te visitam e se oferecem ao alcance dos sentidos.

e sei também, e como sei, você me viajando às lembranças safadas tão juvenis, inquietas, descompensadas entre o dar de ombros e as desculpas febris.

gosto de ti quando o sol se espreguiça anunciando teus sonhos dourados dourando o mar e os morros convidando a gente pra deitar.

gosto de ti e compreendo tua modernidade equivocada eles não sabem de ti eles não sabem de nada.

gosto de ti no apito da antiga barca que não partia sem nós que nos recebia de sorriso aberto e com abraço marinho.

gosto de ti,e às vezes, sei lá porque, mas cá pra nós, basta gostar como eu gosto de ti desde nascença, e aí... aí sei de ti, Paquetá.

Declarações e Recados Luquinha, Viu como a tia gosta de você? Por essa você não esperava!!!!.

Pedro César, Parabéns por mais essa conquista. Fé em Deus e esforço recompensado. Teu pai

Laritinha, Te peguei e você não escapa mais. Kahyky

Simplesmente te amo. E só nós precisamos viver isso. Não é à toa. Teu Gazinho

Juju, não vou estar aí no seu aniversário. Mas vão aqui notícias da nossa ilha querida! Lulu

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Festa da fé. São Pedro agradeceu ao povo da Colônia oferecendo à tradicional Procissão Marítima um início de inverno com um Ricky Goodwin

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s os gostos e sabores

bril por comerciantes e moradores do Campo, com Paulo Zarur à frente, a festa teve quitutes com os de Maria do Manduca e de Glória Bicuda. Começou de manhã e passou da meia-noite! Jim Skea

Rick Goodwin

Jim Skea

Jim Skea

Ricky Goodwin

, com tarefas como os gêmeos mais perfeitos, mãe e filha mais parecidas ou o chaveiro do América. A maioria das medalhas foi entregue por Cristina Buarque, da comissão julgadora. Juliana Barbieri

Juliana Barbieri

Juliana Barbieri

Flávio Anicetoi

Flávio Anicetoi

ora Jupiara comemoraram o recorde de público deste ano. O fedelhinhos fizeram bonito na quadrilha, para orgulho dos pais. Mas mesmo quem não era pai nem mãe apareceu e curtiu. Cláudio Santos

Cláudio Santos

Cláudio Santos

Roque com pernas-depau, forró ao vivo, barracas típicas, estandartes e a animação e a simpatia que despertam a admiração dos paquetaenses. Muita gente não pegou a última barca. Jim Skea

Jim Skea

Ricky Goodwin

Ana Pinta

ma manhãs mais bonitas do outono. Israel fez as vezes de anfitrião ao receber o padre Nixon, que rezou a missa na capela comunitária. O percurso foi da Praia da Guarda até a Ponte. Ricky Goodwin

Ricky Goodwin

Ricky Goodwin


Ele quase foi jogador de futebol. Mas, teste marcado no Botafogo, o pequeno craque do Municipal ficou com medo de se perder num Rio desconhecido. Inventou uma desculpa para o pai e continuou jogando por 13 anos no clube de Paquetá. Há 32 anos, trocou a bola pela carreira de policial civil. E veio a política. Sua primeira e única candidatura foi em 2012. Foi tão bem votado que ganhou a força e o prestígio que hoje o fazem assumir a 21ª Região Administrativa. Aos 57 anos, Ivo dos Santos Filho, o Ivinho de dona Lair e seu Ivo, o Ivinho de Paquetá, é o novo administrador da nossa ilha, a ilha onde nasceu. Nesta entrevista exclusiva, ele fala de transporte (elétricas, ecotáxis, charretes, bondinho), faz planos para os jovens e promete agir contra as drogas e contra os crimes ambientais. Quer botar ordem na casa. Primeiro, buscando o diálogo. Depois, avisa, vai matar o que for no peito e tomar providências. Deixa claro: não é o salvador da pátria, nem da ilha. Para a bola rolar redondinha, pede a ajuda da população na recuperação de Paquetá. Como um time, unido, brigando em campo para ganhar essa peleja.

A Ilha: De onde vem esse gosto pela política? Como é que você trocou a carreira de jogador de futebol pela de político?

Ivo: Não, sou policial civil. Estou afastado agora por conta desse novo desafio, mas continuo policial. Tenho um grande exemplo na minha vida, que é meu pai. Ele foi presidente da Colônia de Pescadores, do Silêncio do Amor, do Barreirinha, foi técnico do Municipal. Antigamente era a maior rivalidade: quem era Barreirinha não ia para o Municipal. E ele foi técnico do Municipal sendo presidente do Barreirinha. Foi um cara muito bom, ajudou muita gente. Enfim... isso eu herdo dele.

quadrão antibomba, e o advogado do pessoal do esquadrão, o Kiko Carvalho, é do PCdoB. O PCdoB me chamou para ser candidato em Paquetá e eu fui me esquivando. Só que a minha mulher, Aline, por trás, conspiração mesmo, ia articulando com eles...Acabaram me convencendo a vir na eleição de 2012. Argumentaram que eu já fazia um trabalho social e que isso era política.

T

ive uma votação excelente em Paquetá, 1006 votos. Isso na história Com relação diretamente à polítida política da ilha nunca ca, nunca me meti, não gostava. existiu. Tive 1500 votos Minha mulher é policial civil, do esno Rio, não esperava tanto. Fui o único candidato que teve voto em todas as zonas eleitorais do município do Rio de Janeiro. Na época, tive a promessa do prefeito de que o candidato que tivesse votação expressiva na sua região seria o administrador. Mas houve manobra política e não entrei.

Entrevista a Ricky Goodwin, Ana Pinta e Julio Marques

A Ilha: Mas essas condições de trabalho envolvem verba também? Porque não adianta ter projeto e não ter a verba. Nós estamos na época de contenção de despesas.

Ivo: Quanto à verba, eles estão com pouca grana, mas pretendem começar reunindo todos os gerentes que atendem Paquetá para alei: vou voltar a fazer meu ver o que pode ser feito. Já é um trabalho de formiguinha. grande começo. Comlurb, RioLuz, Mas depois do carnaval Conservação, Guarda Municipal, começaram a me asse- Polícia Civil, PM. diar com propostas. Pedro A Ilha: Às vezes sentimos em Fernandes – deputado estadual Paquetá um certo vácuo. A genque me ajuda muito, o mais votado te precisa de em Paquetá– tinha planos para um posiciomim na eleição de 2016. Mas namento ou mesmo da agora aconteceu esse convite para assistência ser o administrador d a Po l í c i a Civil ou MiA Ilha: Você aceitou de cara? litar e temos Ivo: Não, não. O posto, para mim, a impressão era inabalável por conta de mano- de que uma bras políticas. Mas insistiram na joga para a proposta, dizendo que houve uma outra. Você pode esclaremudança. Agora não é mais o dr. cer isso para Carlos Eduardo que gere Paquetá. a população: Agora é o vereador João Ricardo, c o m q u e m médico, presidente do Conselho nós podemos de Medicina do município, um contar em determinadas situações? cara em quem estou apostando. E o principal é que a proposta teve Ivo: Olha só, em tese, a polícia foi apoio do prefeito Eduardo Paes e feita para servir, Militar ou Civil. A do deputado federal Pedro Paulo, gente vai fazer uma reunião, eles vão me colocar em contato direto quem me indicou. com as autoridades. Há situações A Ilha: Você acha que esse apoio aqui que todo mundo sabe que vai se traduzir realmente num estão acontecendo, desmandos, e esforço deles em fazer um invesque até agora parece que ninguém timento em Paquetá? se manifesta. Mas isso tudo vai ser Ivo: A proposta é essa, a gente envisto nesta reunião. Com relação trar aqui com trabalho. A proposta à polícia, por eu ser policial, qualé eles ajudarem, tanto que estão quer coisa que não estiver dando dispostos a investir em Paquetá. certo vou matar no peito e tomar Isso é muito importante. as providências. A Ilha: Porque, até agora, a sensação que tivemos foi que a prefei- A Ilha: Nessa área o que acontece tura meio que ignorava Paquetá... muito é Paquetá ser como um castigo: o policial que não está Ivo: A sua impressão e a minha f u n c i o n a n d o também. É a impressão de quem bem eles manama Paquetá e eu amo isso aqui, dam para cá. Aí, né? Então, a esperança de vocês, chega aqui já de a expectativa de vocês é a minha. cara amarrada, já não é o que A proposta que me foi feita é que ele queria. Tem está me incentivando. Não sou o c o m o m u d a r salvador da pátria, mas eles vão essa mentalidame dar condição de trabalho, que, de, não digo dos infelizmente, outros não tiveram, policiais, mas da corporação, não sei os motivos. O que eles de considerar me propuseram é da gente dar um Paquetá como baque em Paquetá. fim de linha, de carreira? Ivo: Um policial me disse que o novo comandante de Paquetá

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esteve aqui e falou com ele: “Vou rever a indicação dos policiais para Paquetá. Esse lugar, de castigo, não tem nada. É um prêmio”. Mas é um prêmio que tem que se fazer por merecer porque aqui é um paraíso. Esse momento que a gente está tendo aqui, essa oportunidade que vocês estão me dando de esclarecer nesse início de caminhada, é muito importante porque a gente tem que trabalhar junto. Vou propor a formação de um grupo de moradores para administrar a administração. Uma vez por mês vamos fazer uma reunião. E vou falar do meu jeito, não sou muito polido pra falar.

A

q ui se resolve muita coisa em esquina: ah, tem que fazer isso, tem que fazer aquilo. Na internet então, todo mundo tem solução para tudo. Então, acho que, na verdade, a gente tem que unir forças.


Entrevista exclusiva com o novo administrador da ilha

Fotos Ana Pinta

Ivo Paquetá:

‘Quero um grupo de moradores para administrar a administração’ A Ilha: Durante muitos anos Paquetá não era assunto tão prioritário da prefeitura, e de repente, pelo que você está falando, isso se transformou. Tem gente se preocupando com a ilha a ponto de mudar a administração, de querer investir aqui tempo e dinheiro. A que você atribui essa mudança? À presença de Paquetá na mídia, à questão do turismo, do meio ambiente?

Ivo: É uma pergunta complicada para eu responder nesse momento. Quando me chamaram, me trataram muito bem lá, só faltaram estender o tapete vermelho. O David, que é o homem de confiança do Eduardo Paes, já esteve em Paquetá. O Duba também, que é chefe de gabinete. A Ilha: Sim, ele veio com o prefeito dois anos atrás; eles prometeram fazer alguma coisa a respeito do Solar Del Rey. E nada. A ilha está num período crucial, em que não fazer nada significa deixar Paquetá ir para o ralo. Tem mudanças que nos preocupam, que estão ocorrendo de uma maneira muito rápida e desordenada, e que precisamos de alguém que olhe por isso, que, no caso, seria você.

Ivo: No momento sou eu. A Ilha: Pois é. Então, tem algumas questões que estão sendo muito debatidas, como a dos veículos motorizados.

Ivo: Eu já falei com a liderança dos ecotáxis para marcarmos uma reunião e a gente começar, a princípio, a bater um papo e ver o melhor caminho. Não vou chegar numa de ditador. Muito pelo contrário, a gente tem que puxar o povo para dentro da R.A.

A Ilha: Quanto ao ecotáxi, especificamente, é uma coisa boa, uma coisa ruim? O que você acha?

Ivo: A meu ver, é uma coisa boa. Eu quero brincar com ele, jogar Acho que está faltando só regulamenuma bola, vou para dentro do tação, só um pouquinho de ordem. Barreirinha. Porque é um vap-vup, vap-vup, que numa dessa machuA Ilha: Vai ter cadastro? Ivo: Todos eles vão ser cadas- ca alguém. trados. A Ilha: Mas a essa altura se pode A Ilha: In- fazer alguma coisa com relação clusive os a isso? O que você acha que menores de deve ser feito, ou é melhor deixar pra lá? idade? I v o : N ã o , Ivo: Não, deixar para lá não poraí é outra que incomoda os moradores. Enquestão por- tão, não pode ser deixado para lá. que menor Mas a gente vai ter uma conversa d e i d a d e com essa comissão que eu pretenem ecotáxi do formar, pessoas responsáveis, não vai ser não tendenciosas, para a gente permitido. O fazer uma coisa imparcial, tentar pessoal re- ver um caminho para adequar isso. ão prioridades. Chamei clama muito também o pessoal da também da velocidade dos ecocharrete, porque a gente táxis. vai ter um impasse, que A Ilha: Em relação a ecotáxi eu vou falar em primeira tem como regulamentar, mas a mão para vocês. preocupação maior agora são as motinhas. O doutor João Ricardo, o vereador Ivo: Essas motinhas a gente vai que está gerindo Paquetá, é o sentar com uma comissão da autor do projeto para acabar com ilha para ver o melhor caminho. as charretes. Já conversei com Porque, sinceramente, do jeito que ele informalmente. Eu, está, a proporção que está.... para particularmente, vocês terem uma ideia, meu filho nasci e me criei não brinca mais na rua.

S

A Ilha: Pois é, são os hábitos da ilha que estão se perdendo.

Ivo: Educação. O meu filho não brinca na rua.

vendo charrete. Eu me posicionei com o doutor J o ã o Ricardo, falei: meu filho anda todo final de semana de charrete comigo. Aí ele respondeu assim: olha, vou ser muito franco com você, não havendo maus tratos, não havendo cavalo boiando dentro da praia, a gente senta


para conversar. Isso é que eu quero passar para os charreteiros. A Ilha: Como paquetaense, você tem noção do impacto que cada medida tomada lá fora causa aqui. Tudo na ilha é muito delicado. O que você acha dessa proposta de substituir as charretes por veículo elétrico? Qual a sua posição? Isso funcionaria?

Ivo: Puxa, olha só, em questão de poluição, a bateria do carrinho elétrico polui muito mais do que o cocô do cavalo. Tive contato com o Júlio Lopes, que era secretário de Transportes estadual na época. Levei o Jorge Chumbinho, que é dono do bondinho. O secretário me fez uma proposta: substituir o bondinho atual, por dois carros elétricos. Nesse caso específico, eu achava legal porque o bondinho está caindo aos pedaços.

A Ilha: Muitos moradores andam preocupados com a minimização que está havendo em relação a crimes ambientais, que até por lei são reconhecidos e têm punição prevista. Eles estão ocorrendo com muita frequência aqui.

A Ilha: S e n do os ecotáxis um serviço, v o c ê tem como suspender a licença, coisas assim. Agora, quanto ao usuário comum, como você vai ter controle? Porque nós não temos guarda de trânsito, não é?

Ivo: Crime ambiental é uma sacanagem! Isso é patrimônio. A gente vai pedir colaboração da Guarda Municipal. Quando quebraram Ivo: Vou propor à prefeitura que os flamboyants da Moreninha e a Guarda Municipal atue mais no postaram no Facebook, eu até comentei: “por que não bate com A Ilha: Não fica estranho você ten- serviço de prevenção. O comantar restringir ou regulamentar os dante da Guarda já me ligou, o a cabeça, cara?” Poxa, um lugar

veículos elétricos tendo um você mesmo? Você gosta de andar de veículo elétrico.

Ivo: Minha mãe tem uma e eu, cansado, ando com meu filho. Tem até um amigo meu que reclama à beça. Toda vez ele me dá chinelada. A Ilha: Então, como é que fica isso? Você vai deixar sua mãe sem um veículo elétrico?

Ivo: Não, não pretendo. A regulamentação para ecotáxi é para todo veículo. Isso é o que eu penso em fazer.

N

ão que vá ser realmente dessa forma. No início a gente vai conversar, vai trocar ideia. Se persistir... A Guarda Municipal vai ter que trabalhar. E se persistir no erro, a gente vai no bolso. Suspende por uma semana.

Marlon, justamente para afinarmos isso aí. A Ilha: E sobre a festa de São Roque? Não seria bom utilizar os músicos e artistas da própria ilha? Aqui tem um monte e às vezes de melhor qualidade do que os caras que vêm de fora.

Ivo: É muito bacana vocês falarem isso. Essa ideia é muito boa. Fica num padrão caseiro, mas pode ser u m s u c e s s o. Desde quando fui candidato, sempre falei de valorizar quem mora aqui. Já estão falando: ah, o Ivo entrou como administrador e botou o fulano de tal que mora lá no Rio como assessor. Pô, isso não existe. Eduardo foi assessor em outra gestão. Ele é trabalhador, é interessado, foi assessor do subprefeito Luiz Cláudio. Então, nada melhor do que a nossa união aqui.

Ivo: Um tempo atrás, tive uma reunião com o subsecretário de Transportes, em que foi proposta uma situação que não foi cumprida. Penso que agora tenho uma cadeira, um carimbo. Agora eu represento Paquetá. Então, acho que é uma hora de a gente sentar de novo, de uma outra forma, eles me olhando talvez de um outro jeito. A Ilha: Aqui tem um problema muito sério de falta do que fazer. O que pode ser feito para ocupar a cabeça da garotada de Paquetá? Você já pensou nisso?

Ivo: Já pensei e já atuo nessa área. Tenho um centro de luta, o CT Ivo dos Santos, que funciona no Barreirinha, com boxe, capoeira e jiu-jitsu, tudo de graça, doação de amigos. A gente atende uma média de 30 crianças, de 7 a 14 anos; e 15 crianças de 5 a 7 anos no jiu-jitsu.

Acho que o esporte ajuda muito a tirar a criança desse círculo vicioso, de não fazer nada, ou de querer fazer bobagem, ou de querer usar droga. Tem um projeto da secretaria de Ação Social, que está voltando agora, pela prefeitura. Tinha um outro projeto aqui, o Navegar, que era, se não me engano, do governo federal. Por que desse... Flamboyant é referência. não reativar? Quando vejo eles começarem a Sei que a questão da droga aqui florir, lembro logo do aniversário está um problema. “Ah, é meia dúda minha mãe, que é dia 1 de dezia”... mas é meia zembro. Meu irmão Jeco é o cara dúzia que causa que mais plantou árvore aqui em dano, causa transPaquetá. Então, quanto ao Plantar torno. Pior de tudo, Paquetá, estou dentro. todo mundo sabe A Ilha: Você vai batalhar por nossa quem são, todo ambulancha? mundo conhece. Ivo: Acho difícil o investimento, Uma das metas mas nada que a gente não possa dessa união das pedir. Eu já estive numa reunião forças, políciais sobre isto no Corpo de Bombeiros. - Civil, Militar e outor Pedro esteve Guarda Municipal presente e convidei o - é tentar, de uma Coronel Paulinho. Foi forma direta, comonde a gente conse- bater essas irregularidades. guiu o telefone verA Ilha: Há uma sensação em boa melho, que, mal ou bem, é um parte da população de que a ilha telefone de emergência, e o rabe- está mudando, mas mudando cão, que aqui não tinha. Quanto à para pior, gerando desesperança ambulancha, na época o coronel em muitas pessoas. A impunidade Simões falou: o Corpo de Bombei- da destruição dos flamboyants na Moreninha, a circulação de ros hoje tem dinheiro para investir, bicicletas elétricas, motocicletas, mas não tem material humano. o aumento das pichações, a opressão dos pedestres, buzinas A Ilha: Uma grande preocupação cada vez mais chocantes... parece aqui é a questão das barcas. estar havendo uma modernização Sabemos que não é diretamente para transformação de Paquetá ligada à administração regional, em bairro-dormitório e o fim de mas tem alguma coisa que se suas diferenças com os demais possa fazer, para melhorar esse bairros do Rio. Você acha que serviço? essa sensação de desesperança tem fundamento?

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Ivo: Para ser sincero, eu tinha a mesma sensação. Mas agora, com a minha gestão, estou esperançoso. Eu sou saudosista. Ouço rock dos anos 60 e 70. Se não dá para brigar contra a modernidade, a gente pode tentar retardar. Sou do tempo em que a luz na rua era aquele prato com aquela luz em cima, as estrelas ficavam até mais perto. Hoje em dia, para um lugar igual ao nosso, o progresso, pra mim, é devastador. Um lugar bucólico, pequeno. Sou do tempo em que cada rua, cada casa, você sabia quem era o morador. O progresso já está trazendo muita gente, mas vamos tentar coordenar isso da melhor forma.

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ocês podem ter certeza que eu amo esse lugar. Não posso nem começar a falar que me emociono. Morei aqui minha vida toda, meus amigos, isso aqui eu vi pequenininho. E, se não for a gente... E outra coisa que vou reafirmar pra vocês: a gente tem que fazer um grupo forte, independente da administração, que é para cobrança. Sozinho eu não vou administrar nada. Vou ter que ter o apoio da população. Para que eu tenha esse apoio, eu vou ter que mostrar trabalho. Agora, que fique bem claro o que vou falar: se eu não conseguir o que pretendo, a porta que entrei é a porta que saio, porque eu não vou ficar aqui para ser chacota de ninguém. A Ilha: Mas você vai ficar um pouco imprensado entre o que as pessoas da prefeitura querem para Paquetá e o que a população quer que você faça por Paquetá.

Ivo: Que fique bem claro também: não sou o salvador da pátria, mas Paquetá pode contar com um paquetaense. Não que quem estava nas outras gestões não fosse, mas a gente se julga assim... podem amar, mas eu amo mais. É mais ou menos por aí.


encantos arquiteturais Paquetá cresce, aumenta sua população, começam a surgir barracos, alguns casarões viram cabeças de porco... Não, não estamos falando de agora, nem da década de 1980, quando surgiram nossas primeiras comunidades. Estamos falando de antes, dos anos 1940. Na verdade, por esta época o Brasil cresce, começa se modernizar, surgem as leis trabalhistas, instalamse indústrias de base, começa o processo de esvaziamento do campo, a migração para as cidades (tudo sob a ditadura violenta de Vargas). No final da década de 1930, o poder público começa a se incomodar com a presença das favelas em áreas nobres da cidade. Em 1937, é sancionada uma lei proibindo a construção de novas favelas e proibindo qualquer melhoria para as existentes. Esta lei durou até 1970.

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Taxistas param a Ponte para homenagear colega

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em casa com água encanada e precisaram aprender a utilizar a nova tecnologia. trabalho de assistência foi feito por 10 anos após a entrega das habitações. Talvez por este trabalho criterioso, temos um conjunto que não decaiu, sofreu, sim, adaptações (principalmente em seus quintais, todos utilizados para se aumentar a área útil da habitação), mas há os que gostam de onde moram sendo a maioria descendente dos primeiros moradores, muitos tendo nascido ali. Seu apelido é Boogie Woogie - que nós

Marcia Poppe

unto com as leis trabalhistas surgiu a previdência social, com desconto em folha dos trabalhadores. Nos primeiros anos de existência da previdência, só se arrecadou dinheiro. Afinal, para se ter direito a receber a aposentadoria deve-se trabalhar por um longo período. Ou seja, os órgãos previdenciários tinham recursos que precisavam ser aplicados e havia uma carência habitacional para a população de baixa renda. Surgem assim os grandes conjuntos habitacionais da década de 1950. Pedregulho, Gávea e... Paquetá. Mas Paquetá sempre foi única, com características e demandas únicas. Somos pequenos, somos próximos, e diferente da grandiosa escala dos Conjuntos do continente, com muitas e muitas unidades, e vários equipamentos comunitários, como lavanderias coletivas, áreas de lazer, quadras de esporte e que, a despeito da qualidade arquitetônica e da boa intenção, logo entraram em decadência. Aqui foi feito diferente. Aqui, com a demanda menor, foi construído um pequeno conjunto. De autoria do arquiteto Francisco Bolonha, temos pequenos apartamentos duplex de dois quartos, sala, cozinha, banheiro e pequeno quintal, com ventilação cruzada e boa insolação que, implantados em 'L', dão para um pátio de uso comunitário. Aqui

a seleção de quem ocuparia as unidades foi criteriosa, assim como foi criteriosa a orientação dada aos futuros moradores por assistentes sociais. Alguns dos moradores do novo conjunto nunca haviam morado

simplificamos para Bug Hug. Desconheço a origem e, se alguém souber, por favor, conte pra gente... E é a prova de que o mundo muda, está cada vez mais populoso, embora seja possível caminharmos com qualidade, convivendo com o outro, fazendo adaptações, cedendo e ganhando com isso. Viva o Bug Hug! Ricardo Cintra, arquiteto intuitivo

o chegar a noticia do falecimento do sr. Henrique, anteriormente padeiro na Padaria do Manduca e condutor de ecotaxi após sua aposentadoria, os taxistas de Paquetá se mobilizaram para homenagear o colega. A taxista Isaura entregou a todos fitas pretas para serem colocadas em seus taxis como demonstração de luto. Quando da chegada do corpo do colega Henrique em Paquetá, foi a mesma Isaura e o também taxista Thor que convocaram os demais para uma paralisação e acom-

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panhamento do cortejo até nosso cemitério. A Ponte parou, e praticamente todos os condutores prestaram a última homenagem ao colega. Seu Henrique era pai de Marcelo e do saudoso Maurício, que com ele trabalhou entregando pães e depois dava assistência aos animais de estimação dos paquetaenses. No cortejo, emoção e lágrimas foram marcantes. E aqueles que deixaram suas corridas em prol da homenagem puderam dar um adeus ao colega, com desejo de um descansar em paz.

Tristezas no fim do outono

unho levou embora algumas figuras queridas na ilha, como Tânia Regina (leia abaixo o texto enviado por um de seus amigos). Dona Maria, a Maria Baixinha, é outra que, com seu jeito simples de nordestina arretada, deixará saudades. Sérgio, que adorava pescar e beber sua cervejinha, não fará falta apenas a dona Heloísa, sua mulher, mas também Maria aos tantos amigos com quem gostava de jogar conversa fora. Também não é apenas para seu sobrinho Zarur que Pedro Paulo, o Tio Pedro, deixará um vazio, mas naqueles que compartilham o coração tomado pela alegria do samba e da camaradagem boêmia. E Alberto Mafra, o tímido que desandava a falar quando se sentia à vontade, nos deixa agora um pouco mais Alberto calados por sua ausência.

Sérgio

Pedro Paulo

Um sorriso que fica para sempre

No dia 22 de junho, Paquetá amanheceu com a triste noticia do falecimento de Tania Regina. A Furquim Werneck sentia a falta de sua presença matutina com seu sorriso sempre contagiante. Em cortejo no dia 23, vimos Tania

passar pela última vez pelas ruas de Paquetá. A despedida foi silenciosa até a chegada ao cemitério – quando o silêncio foi quebrado por uma salva de palmas dos parentes, amigos e alunos. Sim, palmas, pois é assim que nos despedimos dos artistas, e Tania foi uma artista na arte de colorir a vida de azul. Se foi Tania, mas deixa na lembrança de todos o sorriso.


balança mais no cais

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Oscar Bolão é músico e professor e pesquisador de música

sta praça de Jean-Baptist Debret, que ainda não era a Quinze, nas origens desta mui leal e heroica cidade foi Terreiro da Polé, que era um instrumento de suplício. Antes Terreiro do Ó – por causa duma igrejinha, já derribada, devotada a Nossa Senhora do Ó; depois veio a ser Largo do Carmo – porque ficava em frente ao convento carmelita. Passando o tempo, a nominaram Praça do Carmo, cujo cais à beira da Praia da Piaçava – batizado mais tarde de Pharoux – por muito tempo foi o principal sítio de desembarque dos cativos africanos. Nela foi erguida a casa do Paço dos Governadores – que passou a Paço dos Vice-Reis, Paço Real e Paço Imperial. Na regência do vice-rei dom Luiz de Vasconcelos, erigiu-se o rococó Chafariz da Pirâmide, de mestre Valentim (da Fonseca e Silva), inaugurado em 1789. Até se iniciar a República, ali estavam, além do já re-

A Quinze

ferenciado Convento do Carmo, a Capela Imperial (atual Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé) e a Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo. Como já perceberam – e eu não resisto a isso – era um lugar bastante carmo. Em março de 1870, a praça, que também já fora Terreiro e agora era Largo do Paço, virou Praça de Dom Pedro II. Estava criada, pela câmara da cidade, a política puxa-saquista de se trocar os nomes de logradouros públicos pra fazer média. Em 1888, foi ali, defronte do Paço, que ocorreram as mais efusivas comemorações pela assinatura da Lei Áurea – que, ao contrário da Lei Maria da Penha, não homenageava escrava alguma. Um ano depois, honrando a data de proclamação da República, a praça finalmente se fixou como

Quinze de Novembro. A esta altura a família imperial já tinha se empirulitado pra Paris.

D

a Quinze partiam os barcos que ligavam as povoações em torno da baía. E é assim que, enfim, chegamos a Paquetá. De início – e até a primeira metade do século 19 – feita por barcos à vela ou a remo, esta comunicação era casual, concorde às fatalidades. Quem urgentemente precisasse ir à Corte, à Niterói, ou qualquer outro lugar, estava lascado. Em 1821, afinal, D. João VI libera a navegação a vapor para transporte de passageiros na baía de Guanabara. Mas foi só em 38 que Paquetá se beneficiou destas linhas regulares – serviço que, com o tempo, foi-se tornando cada vez

mais insatisfatório e ineficiente. Dois anos depois era jogada ao mar a barca Paquetaense, construída num estaleiro ilhéu e logo incluída no ir-e-vir. Aí já tinham a Maravilha, a Adelaide, a Porto da Piedade, a Vila Nova, a Teresópolis e a Mageense. A viagem se fazia em 80 minutos – pasmem!, só dez minutos a mais que as barcas de hoje. E como ainda não houvesse o bilhete único e a gratuidade, a passagem custava 600 réis para pessoas livres e 320 para escravos. Nas festividades de São Roque, as barcas especiais custavam 1$000 (um mil-réis) – devia ser caro. Podemos concluir, então, que em 177 anos de história nossos problemas continuam os mesmos. E a Itaipu, se não é, parece ter sido desta época. Concordam comigo?

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Piraúna, um peixe em extinção da nossa baía Joaquim Novaes gada, ela proporciona uma briga memorável, criando um tremendo cabo de guerra com o oponente. Geralmente sua carne é infestada de vermes, fazendo com que seja importante comercialmente apenas em algumas regiões. Onde encontrar piraúna possui distr ibuição restr ita ao oeste do oceano Atlântico, sendo encontrada desde o centro-norte dos Estados Unidos até o sul da Argentina. Vive principalmente em áreas estuarinas (ambiente de transição entre o rio e o mar), em regiões de fundo lodoso, arenoso e de cascalho, próximas a costões e canais em profundidades de 5 a 40 metros. No entanto, esta espécie pode ser encontrada ocasionalmente dentro de rios de manguezais e lagoas costeiras hipersalinas, como a de Araruama, na Região dos Lagos. Pesca proibida Para preservar a espécie, o Ministério do Meio Ambiente proibiu a pesca e a comercialização da piraúna no Brasil (portaria nº 445, de 17 de Dezembro de 2014). Os estoques do peixe diminuíram drasticamente nos últimos anos, principalmente por conta da pesca predatória indiscriminada, e ele, que já era classificado como vulnerável, entrou para a lista de espécies ameaçadas de extinção. Portanto, cabe aos pescadores soltarem os exemplares capturados para não serem penalizados e para ajudar na proteção deste importante peixe de nosso litoral.

T A Este mês vamos conhecer um pouco mais sobre um peixe delicioso que habita a nossa baía de Guanabara: a piraúna. ambém chamada de burriquete e miraguaia na região sul do Brasil, a piraúna (nome científico Pogonias cromis) pertence à família Isocianida, que engloba outras espécies de fundo conhecidas pelo pescador esportivo, como a corvina (Micropogonias furnieri) e a pescada-amarela (Cynoscion acoupa). É a maior espécie da família em águas brasileiras, podendo ultrapassar os 50 kg de peso, 1,70 m de comprimento e passar dos 50 anos de idade. O recorde mundial homologado pela IGFA (Internacional Game Fish Association) foi com um peixe de 51,3 Kg, capturado em 2001, na costa da Flórida, Estados Unidos. Quando adulto, possui coloração do dorso variando de cinza a marrom escuro ou preto, o ventre é mais claro. Os jovens são mais claros e apresentam 4-5 faixas escuras verticais, que se confundem com a cor geral, cada vez mais escura à medida que crescem. Antigamente, a piraúna só era pescada com iscas naturais, como tatuís, caranguejos e camarões, mas hoje também são utilizados pequenos jumping jigs (iscas artificiais) e camarões artificiais. Mas a isca preferida é mesmo o mexilhão. Quando fis-

culinária da vilmex Vilmex é a mulher do ouro

Bolo de maçã

Ingredientes 3 maçãs, 3 ovos, 1 xícara de óleo, 2 xícaras de farinha de trigo, 1 xícara e meia de açúcar, 1 colher (sopa) de fermento, 1 colher (sopa) de canela e 1 pitada de sal Modo de fazer Bata no liquidificador os ovos, o óleo e as cascas das 3 maçãs, e reserve. Numa tigela, misture os outros ingredientes. Pique a maçã em pequenos pedaços e incorpore à massa, junto com o que foi batido no liquidificador. Leve ao forno aquecido a 180º, em forma untada e enfarinhada, por mais ou menos 50 minutos. Tem que ser forma bem grande ou tabuleiro grande também, pois rende muito. Depois de assado, deixe amornar, desenforme e salpique canela. Obs: Ótimo para ser servido em festas juninas. Será um sucesso!

•ARTICULANDO E DIVULGANDO NOSSAS INICIATIVAS CULTURAIS •APOIANDO ARTISTAS LOCAIS •PRESERVANDO NOSSO PATRIMÔNIO, MEMÓRIA E IDENTIDADE •PROMOVENDO O TURISMO CULTURAL

A COMUNIDADE PROTAGONISTA E BENEFICIÁRIA

Iniciativas apoiadas em julho pelo Ponto

01

Poesia na Praça

Sarau poético aberto. Acordes ao Luar. Entrada franca. Quarta, 1 de junho, 20h.

JULHO

Domingo no Darke

com o tema Palhaçada no Parque!

05

JULHO

Domingo, 5 de julho, das 12h às 17h 12 às 17h Exposições fotográficas, de artes, moda, acessórios, artesanato e serviços de moradores da ilha 12 às 13h Atividades para a criançada: Pescaria de Livros com Ruth Coelho e Histórias Debaixo da Árvore com Wander Paulus 13:10 Coral ViraCanto 14h Encontros Cariocas: cultura da paz, concedendo o título de Bairro-irmão de Paquetá a Guadalupe, com a participação do grupo Palhaçadaria 14h50 João Guedes, Voz & Violão 15h30 Oficina de Dança Afro-brasileira e Coordenação do Movimento com a professora Wanja Bastos 16h Angélica Ventura e Alexandre Nadai em homenagem ao Luiz Carlos da Vila

Cineclube PQT Sessões nas terças-feiras, às 20h, a cada 15 dias. Entrada franca, no Quintal da Regina, sem necessidade de consumação. Ao fim da sessão, microfone aberto. Ciclo Futebol

Terça, 7/7

Boleiros – Era Uma Vez o Futebol

Brasil, 1998. Direção: Ugo Giorgetti. Comédia dramática. 93 min.

07

JULHO

Terça, 21/7

Garrincha, Alegria do Povo

Brasil, 1963. Direção: Joaquim Pedro de Andrade. Documentário. 60 min.

21

Subterrâneos do Futebol

Brasil, 2011. Direção: Maurice Capovilla. Documentário. 30 min.

JULHO

E vem aí...

O Auto de São Roque CUIDE BEM DE NOSSA ILHA. VALORIZE E PRESERVE SEU PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO, PAISAGÍSTICO, SUAS ÁRVORES E SEU MODO DE VIDA. AS PRÓXIMAS GERAÇÕES TAMBÉM MERECEM PAQUETÁ CADASTRE-SE E RECEBA O BOLETIM PAQUETÁ VIVA! paqueta@ilhadepaqueta.com.br www.facebook.com/paquetanarede


cantinho da vovó

PARA CURTIR JORGE CAPADÓCIO Estalagem

(antigo Recanto São Jorge) sob nova direção

Maria do Carmo Zerbinato é poetisa

SA

Estes haikais são pra você, Paquetá de meu livro Reticências

d

oce privilégio, Ver crianças de bicicletas... Indo pro colégio.

ob os flamboiãs, Casais, aos poucos, acordam... Com o sol das manhãs.

s barcas dolentes, Lembram os amores e os sonhos... Dos adolescentes.

foto do mês: Cláudio Santos

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meio ambiente

A

Carlos Coelho é professor e músico

migos do Canti- individual e coletivo que podem nho do Ambien- ajudar a mudar rumos da auto te, neste mês de destruição, mas se olharmos nosjunho comemo- so microcosmo paquetaense nos ramos o Dia Mun- colocamos com nossos problemas dial do Meio Am- variados, os que temos noção e biente, dia 5. Foi controle, até os em larga escala criado pela Assembleia Geral das visual que muitas vezes nem nos Nações Unidas em 1972, durante damos conta. a Conferência de Estocolmo, que Alguns dos problemas amtratou do tema Ambiente (nesta bientais com que convivemos são conferência foi aprovado também comuns a todos os aglomerados o Programa das Nações Unidas humanos, outros são caracteríspara o Meio Ambiente, PNUMA). ticos de nosso local e até únicos, Já vemos atualmente manifes- dada nossa unicidade! tações causadas ou não pelo E cada questão desComo Homem, mas que sas que vivecobram preço mos poster um transporte rápido alto, manie eficaz e não explodirmos sui vários festações da olhares e demograficamente? natureza como todos devem furacões, terremotos, enser observados: a ilha chentes, secas, poluição...proble- como um todo ou cada pedaço mas em escala mundial ou local visto mais de perto. A primeira (não que nos cercam, ou em eventos em importância) questão é obviadrásticos, ou no nosso dia a dia. mente a de se chegar e sair da ilha: como ter um transporte Conseguimos agora enxergar rápido e eficaz e que nossos recursos não não explodirsão inesgotáveis, mos demomuito justamengraficate por esta menescala, e t e ? precisamos resguardá-los. Todos podem o s c o n tribuir para o máximo de harmonia entre a nossa ação e nosso bem estar, e o que pode até mesmo se virar contra nós agora ou no Como futuro. Direta ou indiretaaliar a mente, e seja qual for a escala nossa condide ação, os resultados podem ser ção geográfica privilegiada em rápidos e bem agudos, ou demorar termos de localização isolada com muito tempo para que apareçam o fato de não podermos estar tão as consequências, muitas vezes isolados assim do continente nas sem sabermos se ainda tem jeito, questões de saúde principalmente, como o que passamos atualmente onde devemos ter agilidade de nas diversas escalas; de mudan- locomoção? Como obter vantaças grandes no universo mundial gem da modernidade, do avanço ou continental, a pequenas (ou tecnológico, com a salvaguarda nem tanto) mudanças de hábito a de nosso mais valioso tesouro que somos a cada dia destinados nacional insular, a tranquilidade de a absorver. fazer de nossas ruas a extensão Quando olhamos a existência dos quintais? humana como um todo e para o Precisamos, sim, de nosso planeta, fica realmente difícil quan- modus vivendi; exatamente nosso tificarmos como cada um interfere, “acordo entre nações”, apesar de e até mesmo como contribuir, em- todas as possíveis incompatibilidabora já se tenham descritas várias des políticas, históricas, culturais, mudanças de comportamento etc. de nossa ilha de Paquetá!

esportes Glênio Carneiro Maciel é dirigente esportivo e estudante de psicologia

H

á quase 2 anos, o Municipal sagrou-se campeão do Campeonato Amador da Capital Sub-17. O time comandado por Guinho levantou o caneco com uma vitória suada nos pênaltis, após empate no último minuto, com um gol de Zé Paulo. Hoje, diversos integrantes daquele elenco estão nas equipes que disputam o Paquetaense, e também há os que estão jogando Cláudio Santos

fora, buscando o sonho de ser um jogador de futebol, sonho de quase todo brasileiro. A Ilha bateu um papo com um dos heróis dessa conquista, que atualmente joga no Bonsucesso. Josué vem de uma família que tem uma tradição no futebol de Paquetá há pelo menos 10 anos. Seus irmãos tiveram passagens pelo Municipal e pelos times do Paquetaense. Fabiano e Flávio, por exemplo, disputaram o último campeonato pelo Tudo Nosso e, em 2013, Flávio foi eleito o melhor jogador da competição, sagrando-se artilheiro na mesma

oportunidade. Josué destaca a importância dos irmãos na sua trajetória até aqui. “Foi muito bom crescer nessa família. Aprendi demais com os meus irmãos e agradeço a eles por estar no clube hoje, mas ainda tenho muito que aprender para chegar aos profissionais”. Empenho, talento e fé Josué vem atuando nas equipes Junior e Sub-20 do Bonsucesso como lateral direito e zagueiro. No Municipal, porém, ele já foi volante e até meia ofensivo, devido a sua técnica e qualidade de passe, além de aparecer como elemento surpresa diversas vezes, marcando gols de cabeça. “Aprendi esse movimento no próprio clube e também a jogar do jeito que jogo hoje”. Para alcançar o objetivo de ser um jogador profissional, Josué contou com a ajuda de Guinho, o então treinador do Municipal em 2013, que se tornou preparador físico do Bonsucesso. “Ele foi um dos melhores treinadores que tive até hoje, sabe nos incentivar a dar tudo que temos de bom. E, como preparador físico, é o melhor também, na minha opinião”. O atleta falou sobre as dificuldades de morar na ilha e treinar no continente: “É muito difícil acordar às 4h30 todo dia. É osso. Mas, quando você quer alguma coisa, tem que correr atrás, tem que lutar pelo que você ama, não importam as barreiras”. Ele treina todos os dias no Rio pela manhã e ainda estuda à noite, em Paquetá.

Josué, herói do Municipal agora no Bonsucesso

Cláudio Santos

Além do esforço e da dedicação, Josué conta com a fé para que a sua carreira decole “Tem que pedir para Deus te proteger e agradecer pela oportunidade que ele me deu para eu chegar aonde estou hoje”. o final da entrevista, Josué destacou a importância das pessoas que contribuíram para ele chegar ao juniores do Bonsucesso, em especial Bosco, que o ajuda muito, e sua mãe, que ora todos os dias pelo seu sucesso, além de todos que torcem por ele e por suas conquistas. “Estou muito contente, mas sem essas pessoas eu não chegaria aqui”. Esperamos que o jovem paquetaense tenha sucesso na carreira e que a gente possa vê-lo em jogos pela TV dentro de alguns anos. Talento Josué tem, com certeza torceremos para que ele chegue lá!

N

Jiu-jitsu de Paquetá novamente em destaque

N

o domingo 21 de junho, no Clube Tamoio, acon- bronze em sua categoria e no absoluto e João Cleber teceu a 3ª Etapa do Circuito Gonçalence de Jiu e João Lucas conquistaram a medalha de prata. Mas Jitsu, onde competiram o melhor vem por último: atletas divididos entre adultos Vinícius – entrevistado na e crianças. edição passada de A Ilha – A equipe Brazil 021, de Pae Luiz Gustavo ganharam a quetá, mais uma vez se destamedalha de ouro! cou no pódio. Entre as crianças, Parabéns a todos os Kauê e Luisa subiram ao lugar atletas da Brazil 021 e aos mais alto, o primeiro lugar. Enprofessores Thiago Sorriso tre os adultos, Pedro Paulo foi e Jenaílton.

Amistoso de futebol sub-11 e sub-13

N

esse mês também tivemos dois amistosos no Municipal. As crianças comandadas por Irakitan ganharam os dois jogos contra o time do Complexo do Alemão, com destaque para Dudu, filho do próprio comandante do time, que guiou a garota para a vitória com placar mais elástico: 3x0.

Márcio


crônicas de paquetá a vida é como ela é julio marques Vai, que a vaca é fria. Névoa. Névoa, muita névoa. stava eu posto em sossego, fumando na porta da cantina do Fernando, quando a fantasia do mais sábio dos meus parceiros me fez atentar pra moça que passava, a Pitelzinha do Mercado. Nada mais lindo, disseram os companheiros. Que ritmo, observou o Bolão, o mais baterista de todos. E você ainda fala da Bundinha Feliz, completou Flavinho, atento como sempre. Luis Belo, calado, só filosofava. De fato, a Furquim, como em um desfile de misses, parece ter eleito sua rainha. Uma salva de palmas se fez ouvir, em silêncio. Claro que uma mulher de quadril matreiro e seios espertos teria de aparecer logo aqui, mostrando que essa Paquetá dá de mil nos outros bairros. Isso porque a ilha é uma Ilha com letra maiúscula, e porque seus coqueiros requebram com o vento. Fato que, de fato, a conversa mudou rapidinho de tom já que, como diz a Regina do Quintal, o afobado come cru, como também bem sabem o Cunha, o Aécio e um garotinho com cara de tailandês, berço da CIA, que anda passeando pelo Brasil, tropeçando nos buracos. Aqui interrompo o assunto para informar,

E

Paquetá está no município do Rio: não é preciso DDD nas ligações para a capital.

Paquetá, premiado pela Prefeitura do Rio e apadrinhado pela Secretaria de Meio-Ambiente, não brinca em serviço. Só brinca de embelezar a ilha. Como diz o Ricky, fato é fato, boato é boato. A Lourdinha, apoiada pelo Rubens, completa, enfática, dizendo que aqui só tem futrica. A estória de hoje seria sobre o meu essa entre- amigo Zarur. Percebendo que ele lembra o vista, os de- Obelix, pesquisei e constatei que os Gitsin predadores chegaram aqui junto com os Galeses. confessam seus gostos m, porque antes dos musicais e Franceses, em uma mandam saga que lembra os beijos de vikings americanos despedida (não me venham para a mãe com correções hise para a tóricas, porque eu vizinha. Fafalo de Hollywood), lam também fugindo dos romanos com seu latim chato e de seu programa de TV favorito, o que é escapando de ursos polares e baleia, vieram importante para evitar que nossos filhos e se encontrar com os ascendentes do índio netos abusem da droga. Poty, que só o Valtinho conheceu. É bom que todos saibam que o Plantar Os caros leitores podem ficar ansio-

como escrevo para um jornal à sombra das havaianas imortais, que, em furo de reportagem, em breve o Jornal da Ilha publicará entrevista com os, como direi, baracas (seu revisor, não me corrija) que mataram os flamboyants. Isso pouco antes de irem em cana. Como se trata de um bem tombado, que não podia ser derrubado, o dano ambiental é crime inafiançável. Portanto os responsáveis pela, assim conhecida, chacina da Moreninha, ficarão na cadeia por um bom período.

N Si

A Furquim, como em um desfile de misses, parece ter eleito sua rainha. Uma salva de palmas se fez ouvir, em silêncio. sos, porque o mais só se contará na próxima edição. Até daqui a um mês se Deus quiser, para o que contamos com a ajuda do Padre Nixon, Pastor Ronaldo e outros influentes. Julio e Claudio Marcelo agradecem os aplausos, sem se responsabilizarem pelos boatos recolhidos, fruto da invenção coletiva de gente ociosa, impulsionada pela imaginação febril do Serginho Cabeleireiro, pela observação arguta do Flavinho e pelo estilo elegante do Luis Belo.

um passeio em pqt

O contorno do litoral pode ser feito a pé em 45 minutos, sem correria nem paradas. De bicicleta, leva cerca de 25 minutos.

Logo na saída da estação das barcas na ilha, à direita, um painel oferece algumas opções de roteiros turísticos.

Paquetá > Praça XV

Pontos turísticos

Igreja Bom Jesus do Monte Caramanchão dos Tamoios Canhão de Saudação a D. João VI Árvore Maria Gorda Preventório Rainha Dona Amélia Escola Pedro Bruno Poço de São Roque Coreto Renato Antunes Capela de São Roque Casa de Artes Pedra da Moreninha Ponte da Saudade Pedra dos Namorados Casa de José Bonifácio Mirante do Morro da Cruz Cemitério de Paquetá Cemitério dos Pássaros Farol da Mesbla

Praças e parques Telefones úteis

Barcas (estação de Paquetá) - 3397 0035 Barcas (central de atendimento) - 0800 7211012 Bombeiros - 3397 0300 Cedae - 3397 2143 (água) / 3397 2133 (esgoto) Comlurb - 3397 1439 Farmácia - 3397-0082 Gás (fornecimento de bujão) - 3397 0215 Hospital (UISMAV) - 3397 0123 / 3397 0325 Light - 0800 282 0120 Oi Telemar - 3397 0189 PM - 3397 1600 / 2334 7505 Polícia Civil - 3397 0250 XXI R.A. - 3397 0288 / 3397 0044

Pedro Bruno Fernão Valdez Atobás (Quadrado da Imbuca) Tiês Lívio Porto (Ponta da Ribeira) Mestre Altinho Bom Jesus do Monte Manoel de Macedo São Roque Ex-Combatentes Alfredo Ribeiro dos Santos Pintor Augusto Silva Parque Darke de Mattos Parque dos Tamoios

Praça XV > Paquetá

Dias Úteis Dias Úteis 05:30 > 06:40 05:30 > 06:20 06:45 > 07:35 07:00 > 08:10 08:45 > 09:35 07:45 > 08:35 10:15 > 11:25 09:45 > 10:35 10:45 > 11:35 11:45 > 12:35 13:20 > 14:30 12:00 > 13:10 15:30 > 16:20 14:40 > 15:50 17:30 > 18:20 16:30 > 17:20 18:30 > 19:40 18:30 > 19:20 20:00 > 20:50 20:00 > 21:10 22:15 > 23:05 21:00 > 21:50 00:00 > 00:50 23:10 > 00:00 FdS e feriados FdS e feriados 04:30 > 05:40 06:00 > 07:10 07:00 > 08:10 08:30 > 09:40 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 22:00 > 23:10 23:30 > 00:40 00:00 > 01:10 Em negrito, horários com barcas abertas (tradicionais). Em itálico, os horários previstos de chegada.

Localidades

Viracanto Levas-Meio Rua dos Colégios Ladeira da Covanca Morro do Buraco

(Morro do Gari)

Pau da Paciência Árvore do Sylvio Colônia Cocheira Morro do Pendura Saia Morro do PEC

(Morro da Light)

Rua Nova Colônia da Mesbla Curva do Vento Beco da Coruja

Serviços

Banco Itaú Banco do Brasil e Caixa Econômica (Loja lotérica)

Hospital (UISMAV) (3397.0123 / 0325)

Aparelhos de ginástica (jovens e maduros)

Aparelhos de ginástica (idosos)

Mesas para pic-nic ou jogos Mictórios Farmácia (3397.0082) Brinquedos infantis


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