Jornal A Ilha -71

Page 1

An o V - n 7 1 - de z embr o de 2 0 19 - Ilha d e Pa q u e t รก , Ri o d e J a n e i r o


Que 2020 seja uma ano bom pra cachorro

Cachorro de Paquetá, que fique bem claro!

O que vai pela ilha O NATAL EM PAQUETÁ VAI SER MAIS DOCE!!! O Jornal A ILHA e sua página no Facebook está lançando o CONCURSO A ILHA DE RECEITAS DE NATAL Categoria: Doces Natalinos

em homenagem ao CLAUDIO MARCELO

FOTO DO MÊS

Antonio Páfua Natal é aquela época em que as famílias se reúnem para uma comilança e tem aquela pessoa que faz uns doces maravilhosos que encantam todo mundo. Se você é uma dessas pessoas, com um jeito especial para fazer doces saborosos, participe da nossa festa de Natal com uma de suas gostosuras. Escreva a sua receita e mande para a gente, pelo email cartas@jornalailha. com.br ou por inbox em nossa página de Facebook. A mensagem no Face pode ser para o grupo Jornal A Ilha ou para a pessoa João Nala Ilya. Atenção: o prazo é até dia 24, véspera de Natal. As três receitas mais interessantes, escolhidas por nosso júri, serão as finalistas do concurso. Pediremos a essas três participantes que façam os doces de suas receitas para que o júri, provando cada um, escolha a Grande Receita Vencedora do Concurso de Natal, ao vivo, num evento dia 27 de dezembro na Tia Leleta, vulgo Bar do Paulão! (As três receitas finalistas serão também publicadas na próxima edição deste jornal) Ajude A ILHA a comemorar o Natal com muito sabor, prestigiando as doceiras de Paquetá! Participe! Maiores informações (prêmio, jurados, etc.) em nossa página de Facebook.

Expediente

A Ilha é um jornal comunitário mensal organizado, elaborado e mantido pelos moradores da ilha de Paquetá. Colaborador eterno: Claudio Marcelo (1954-2019)

Paquetá é sal Paquetá é amor Paquetá é mar

Equipe: Cristina Buarque, Flávio Aniceto, Ialê Falleiros, Jorge Rober to Mar tins, Julio Marques, Mary Pinto, Ricky Goodwin, Toni Lucena, Vitor Matos e Washington Araújo.

Paquetá é refúgio Paquetá é esperança Paquetá é o sentimento de que a alegria é eterna

Programação Visual: Xabier Monreal

Paquetá é juntar amigos É sentar na calçada para bater papo Paquetá é andar descalça e um ar puro para respirar

Mentor e fundador: Sylvio de Oliveira (1956-2014)

Jornalista responsável: Jorge Roberto Martins - Reg. Prof. 12.465 As informações e opiniões constantes nas matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Impressão: Gráfica e Editora Cruzado Ltda / Tiragem: mil exemplares Fale com a gente: cartasjornalailha@gmail.com Anuncie: comercialjornalailha@gmail.com Ano 5, número 70 outubro de 2019. Capa: Arte: Toni Lucena, sobre as tradicionais placas de madeira feitas por Bené Este número de A Ilha foi possível graças à par ticipação dos anunciantes e às contribuições financeiras de • • • • • • • • • • • • • • •

PAQUETÁ

Adilson Martins Ana Cristina Ana Mullek e Samuca Antonio Rodrigues Carla Coronel Paulinho Cristina Buarque Cristina Monteiro Cizinha e Bernardo Dimas Guto Pires Jim Skea Jorginho e Leila Julia Menna Barreto Julio Marques

• • • • • • • • • • • • • • • •

Karl e Elma Leandro Lia e Guinho Marcio e Mariangela Mary Pinto Maurinho Marilda Reis Marilia Nilson Santana Nenem e Edinho Paulo e Joana Rafael e Lourival Ricardo Bichara Ricardo Sant Clair Sandra Souza Wasinton Araujo

Paquetá é ver estrelas à noite no céu e durante o dia vê-las nos olhos de quem está lá Paquetá é mais do que atravessar a baía É chegar numa terra que volta no tempo mas ainda assim está sempre presente Paquetá é acordar com o barulho das ondas É sentar no muro e apreciar É caminhar pelas ruas de terra sem motivo para se preocupar Paquetá é aprendizado É cair da bicicleta e depois se levantar É se unir, respeitar e ajudar Em Paquetá todos se conhecem Não precisa se acanhar Lá se pode ser feliz sem medo de cantar Paquetá é risada É jogo de rua É família Posso até viajar viajando sem parar mas um dia irei voltar para Paquetá AMORA POETA (12 anos)


LINDO ORATORIO

NATAL DAS FAMILIAS

Nosso amigo Koco resolveu criar um oratório para a imagem achada por pescadores. Fica logo ali, na Praia do Buraco, ao lado da casa de distribuição de água da CEDAE. (Antonio Carlos da Silva)

Apesar das transformações recentes, dos moradores novos que vieram se somar à população da ilha, Paquetá ainda é um bairro familiar, constituída de diversas famílias – algumas antigas, outras nem tanto – e são os laços familiares que definem em grande parte a nossa comunidade. Na época do Natal e do Ano Novo, esses laços familiares se reforçam, com as ceias, os réveillons, os encontros entre parentes e amigos para celebrarem essa comunhão e a felicidade de viver em nosso recanto tão espccial. Topa compartilhar a felicidade de sua família com todas as outras famílias, amigos e moradores da nossa Paquetá? Mande uma foto da Ceia de Natal ou de algum outro encontro do seu grupo para publicarmos na próxima edição do Jornal A ILHA, comemorando o final de 2019 e o início de um novo ano. Tire a sua fotografia e poste em nossa página do Facebook, ou então mande para o email cartas@jornalailha.com.br – ou mande por inbox para a página do jornal ou como mensagem para a pessoa João Nala Ilya. Importante: coloque o nome das pessoas presentes na foto.... Vamos mostrar a maravilha que são as famílias de Paquetá? Vamos lá e um Feliz Natal para todos os nossos leitores e parceiros do jornal.

ardim de afeto

MÁRIO BOMBA

"Amanhã eu pago, tá?"

A frase era o ritual de todas as manhãs, finalzinho da madrugada, quando a turma de estudantes "pegava" a barca das 5:30h, não sem antes tomar o cafezinho no bar da Ponte, o bar do Mário Bomba. Cafezinho, esclareça-se, era café com leite e pão com manteiga. Irmão de Dona Olguinha, professora de piano que morava na rua Furquim Werneck, Mário "solava" como poucos o balcão do seu conceituado bar, boteco pra garotada, bem ao lado do Restaurante Alvear, situado na Ponte e coladinho ao muro da Igreja Bom Jesus. E a barca apitava, e a turma saía correndo, e não raro o "beiço" acontecia. Mário não se incomodava muito. Havia sempre o dia seguinte. Outro "beiço"?

LACROU!

Nelson Marcos e seu comparsa Elias Coutinho – ambos da Comlurb – vem juntando há mais de 20 anos aqueles lacres de latas de alumínio, com a finalidade de serem doadas para algum projeto social sério, com o qual se identificassem, e serem revertidos em fundos para esse projeto. Agora, no final do ano, passaram o material para o Projeto do Heli, que no momento está em campanha para conseguir cadeiras de rodas para pessoas necessitadas, aqui na ilha. Vemos aqui Nelson, alguns de seus lacres, e o valoroso Heli recebendo o material. Que essa bela atitude inspire outros paquetaenses a colaborarem com o Heli, que também faz um trabalho de alimentação para moradores de rua no continente. Aproveite o espírito de Natal e faça também a sua doação.

LEMBRAM DISSO? Domingos Peixoto/O Globo

AGORA É QUE SAIU A INDENIZAÇÃO

(inmemorian)

DESMATAMENTO

Depois de 20 anos, Petrobras indeniza pescadores atingidos no maior acidente da Baía de Guanabara

Quase 20 anos após o maior acidente ambiental da Petrobras na Baía de Guanabara, será finalmente cumprida decisão judicial em favor dos 12.180 pescadores que ficaram 45 dias impedidos de trabalhar após um derramamento de 1,3 milhão de litros de óleo combustível e graxa. O acordo foi homologado hoje pela juíza Simone Chevrand, da 25ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O acidente ocorreu em 18 de janeiro de 2000, quando rompeu-se um duto da Petrobras ligando a Refinaria Duque de Caxias ao terminal Ilha d’Água, na Ilha do Governador. Agora, cada pescador receberá da Petrobras o valor de R$ 5,5 mil. Os pagamentoscomeçam nos próximos 60 dias e serão feitos pela estatal, em cheque, diretamente para cada uma das vítimas. (do Blog do Lauro Jardim – O Globo)

Preocupante esse desmatamento que aconteceu na Praia das Gaivotas. Sabemos que o terreno é particular, mas até onde desmatar seu próprio terreno é legal? A bela e aconchegante vista da ilha que vemos da barca pertence a todos, é certo perdê-la? e quanto ao meio ambiente? falamos de uma mata secundária, é certo, mas estável ali há pelo menos um século. Quanto vale esse morro para o meio ambiente, para nossa cultura e para a economia de Paquetá? Sim, porque a beleza e o bucolismo da ilha atraem turistas, se aquilo virar concreto, bem mais feia Paquetá atrairá menos turistas, isso é bom? quem ganha? quem perde? (Ricardo Saint Clair)

O ANO DA R.A.

• Eis alguns dos feitos da Administração Regional em 2019: • Recuperação do calçamento da orla dos Tamoios • Serviço de poda em quase 80 % da demanda total • Recuperação de 100m de meio fio e galeria de águas pluviais da rua Pinheiro Freire • Entrega de 10 crachás do programa Ambulante Legal da

Jorge Roberto Martins

prefeitura Duas ações consecutivas do programa Defensoria nas Ilhas, onde moradores tiveram oportunidade de retirada gratuita de documentos

• • • • • •

de identificação e casamento Retomada da iluminação das praças Tamoios, Tiês e São Gerônimo, que estavam totalmente apagadas Instalação de nova tubulação de águas pluviais em parte da rua da Moreninha Instalação de nova tubulação de águas pluviais em parte da praia dos Coqueiros Identificação através de adesivos nós eco-taxi E em 2020 estaremos fazendo muito mais! (Mauro)


Nasceu para nós um menino.... Padre Nixon Certamente, este ano de 2019 colocou muitas perguntas em nosso coração, perguntas que ainda questionam a nossa fé, a nossa alegria, a nossa esperança e até mesmo o sentido da nossa vida. Na verdade, as perguntas são importantes porque nos fazem caminhar, nos fazem ir em busca de respostas. Mas, quantas vezes nós sentimos que o máximo que conseguimos chegar com nossas perguntas é a um muro, a uma parede, a uma espécie de beco sem saída? Quantas vezes o máximo que conseguimos experimentar com nossas buscas é um grande e doloroso silêncio da parte de Deus? Mas o Natal traz a resposta a toda e qualquer pergunta que o ser humano leva consigo, no coração. Deus escolheu nos responder de uma forma única e surpreendente: “A Palavra (de Deus) se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14). “A

Palavra se fez carne”, isto é, pessoa humana, sujeita à dor, ao sofrimento, à injustiça e à morte. Esta Palavra é a resposta de Deus às nossas perguntas mais profundas. Para um mundo como o nosso, sempre mais ambicioso, admirador da grandeza e adorador do poder, Deus envia seu Filho como Salvador da humanidade na fragilidade de um menino: “(...) nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho” (Is 9,4-5). Deus é assim, sempre surpreendente! Talvez você esperasse que a salvação d’Ele chegasse à situação social do nosso país ou à sua vida particular , por meio de uma pessoa forte, poderosa, influente...quantos falsos messias. Mas Ele convida você a contemplar o menino que nasceu em Belém, o menino que, ao nascer, foi colocado numa manjedoura, “pois não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2,7).

O que esse menino pobre, totalmente despojado, refugiado, sem um lugar digno para nascer, poderia estar dizendo a mim, a você, ao nosso país, à humanidade? O fato do Salvador do mundo ter como seu primeiro berço uma manjedoura, o lugar onde se coloca comida para os animais, nos diz alguma coisa? Você se decepciona ou se encanta pela maneira como Deus escolhe vir até você? Embora não houvesse lugar para eles, a estrebaria foi uma brecha possível para Maria dar à luz o Filho de Deus. Existe alguma brecha na sua vida pela qual Deus possa fazer entrar a Sua luz neste momento? Não precisa de muita coisa, ele só precisa de uma brecha para entrar e mudar a sua história. Que nesse Natal você permita que numa brecha do seu coração, da sua vida, um menino cheio de amor, de caridade possa nascer e com ele renasça a esperança e a certeza de que ainda há muito caminho, vamos encerrar um capítulo, mas ainda não é o fim.

Maquete da Ilha de Paquetá

Tem maquete na ilha ! Ricky Goodwin Fotos Hanriete Araujo e Carlos Coelho

A professora Rita Tavares, da escola Joaquim Manoel de Macedo, fez um trabalho muito interessante com seus alunos do primeiro ano. Ela é autora do livro “Tem Pirata na Ilha”, a história de um gatinho que foge de casa e perambula por vários pontos da ilha de Paquetá. Em cada local que o gato visita, a autora fala da história e das lendas daquele lugar. E durante o ano letivo, Rita foi levando os alunos para esses locais, repetindo as histórias e as lendas.

R e ló g io , Ilh a d o s L o b o s e Ia te

Po n t e d a S a u d a d e

Para o final do projeto, os alunos, junto com Rita, usaram essas informações e seus conhecimentos sobre a ilha para construírem uma grande Maquete de Paquetá. Estão reproduzidos ali desde pontos turísticos aos locais onde os alunos moram, reforçando de maneira importante sua noção de pertencimento e sua identificação com o lugar onde vivem. O espaço debaixo da mesa onde está a maquete foi envolvido num plástico, representando o mar abaixo da ilha, contendo maravilhas como peixes e um baú de tesouro, mas também coisas que tanto poluem a Baía de Guanabara, como plásticos, pneuzinhos, lixo e outros objetos. O projeto da Maquete tem também esse sentido de conscientização ecológica, incluindo, por exemplo,

P ra ia d o s Ta m o io s

São Roque

as saídas de esgoto existentes na ilha, tanto as tratadas quanto as que vazam no mar. Durante a exibição da Maquete, na Feira do Saber, os alunos fizeram um protesto contra o descaso com o meio-ambiente, representado pelo óleo que chega às praias brasileiras. “Mancha de óleo sem explicação / Suja a nossa praia e o nosso coração.” A escola procura agora um local onde esse belo projeto possa ficar em exposição permanente.


Bares e restaurantes paquetaenses sob nova direção

Nos últimos meses três dos mais conhecidos estabelecimentos de Paquetá mudaram de dono ou de endereço. Mas, como sempre acontece em Paquetá, ficou tudo ‘em família’. Bar do Zarur (ou Tia Leleta), Casa de Noca “2ª.Edição” e Petisco da Ilha estão cheios de novidades para os clientes da comunidade e turistas.

O Tia Leleta foi reaberto, há dois meses, novamente sob a batuta do Zarur, conhecido e querido por todos os paquetaenses.Quem andava com saudade da gastronomia do Tia Leleta, não anda mais. “Temos prato pra um, pra dois, pra três ou pra quatro”, anunciou o Zarur, sugerindo que o freguês pode dividir com os amigos ou familiares pra sair mais em conta.“Todo mundo diz que essa casa tem a minha cara. Então, como eu tenho a cara grande, eu quero uma casa grande”,brincou. Zarur está satisfeito com a resposta dos clientes. “Minha família é muito grande. Como eu fiquei afastado durante muito tempo, muita gente foi frequentar outras bares, outros lugares de Paquetá. Agora, eu reaproximei a minha família, meus amigos de muitos anos que sabem que eu gosto de trabalhar com eles. Respeito eles e eles me respeitam. Eu gosto de ficar na cozinha, ver sair a comida, servir bem o freguês. Essa é a minha preocupação, fazer voltar o que era o Tia Leletaantigo. Alegria, muita alegria. Muita satisfação do povo. Muito morador veio pra cá por causa desse bar. Frequentaram a primeira vez aí gostaram. Porque aqui se tornou uma cachaça. Vieram a primeira vez e agora moram em Paquetá”, rememorou. Mas nem só de gastronomia vive o Bar do Zarur. Ele pretende retornar com as chamadas atividades sociais: samba, samba de raiz, festa junina, carnaval. “Estamos buscando fechar um patrocínio com uma cervejaria para financiar o carnaval. Queremos botar uma bandinha pra tocar 3 ou 4 dias. Estamos tentando.” A Casa de Noca foi outro estabelecimento paquetaense que deu uma virada, há dois meses: mudou de endereço, e pra melhor. Saiu da rua Príncipe Regente e agora está na Comendador Lage, com um espaço muitas vezes maior. “O conceito não mudou”, adverte Neusa Matos, dona do estabelecimento junto com o marido, Mauro Guerra. Só que agora, numa espécie de ‘2ª. Edição’, com muito mais espaço, paisagismo de primeira e o costumeiro bom gosto dos anfitriões. A grande novidade é que agora a Casa de Noca é também um cama/café. “Oferecemos quartos (4) bem confortáveis,com excelente hospedagem, café da manhã, além do serviço de bar e restaurante de sempre - mas com novidades gastronômicas: bolinho de costela, bolinho de feijoada, macarrão à Carbonara, prato infantil, dentre outras”, completou Neusa. A Casa continua, é claro, com os espetáculos musicais que atraem cada vez mais paquetaenses e cariocas, agora às sextas (antes era aos sábados). “A resposta dos clientes foi muito boa!”, comemorou Neusa. “Os turistas que vinham antes, continuam vindo, e ainda vêm muito turista novo. Mas a grata surpresa, mesmo, é que muitos moradores, amigos de anos, ‘minhocas da ilha’, como eu, passaram a vir também. Acho que na casa anterior, por ser um ambiente menor, talvez barrasse isso. Aqui, como fica o portãozão aberto, os moradores estão vindo almoçar. Recebo a visita de amigos queridos de muitos anos, amigos de infância, que estão vindo aqui. Estou gostando demais disso”, celebrou.

Outro dono de estabelecimento paquetaense que está feliz da vida é o Vidal, ex-garçom do Hotel Lido por mais de 22 anos, que sempre pensou em ter seu próprio negócio e desde janeiro deste ano está à frente do Petisco da Ilha, na esquina da Furkim Werneck com Pinheiro Freire. “Eu sempre trabalhei pensando em algum dia trabalhar pra mim”, contou. O sonho de trabalhar do seu próprio jeito começou a se tornar realidade quando soube, pelo Padre Nixon, que o ponto ia ficar vago. “Meu forte aqui é o morador da ilha. Nosso foco não é o turista. O estabelecimento aqui é muito antigo e sempre foi frequentado pelo morador da ilha”, disse. O Petisco da Ilha serve almoço de terça a domingo. “Minha comida não é cara, assim como meus sanduíches e petiscos”, completou. A freguesia parece concordar com isso, já que – segundo Vidal – o movimento aumentou sob a nova direção do bar e restaurante.


EVENTOS

Fotos

Africanidades Hanriete Araujo e Conceição Campos Festa da Consciência Negra na Escola Municipal Joaquim Manoel de Macedo Em homenagem ao Dia da Consciência Negra, no dia 25 de novembro a escola pública de Paquetá foi inundada de energia, música, dança, reflexão e expressão. Lotada de crianças, jovens, pais, professores e vários amigos da escola, a quadra de esportes virou um grande palco onde iam acontecendo rodas de capoeira, apresentações de jongo, carimbó e teatro. No entorno, aconteciam oficinas de trança-afro, confecção de bonecas Abayomi e de máscaras africanas, além de uma exposição de cartazes que mostravam roteiros históricos da cidade ligados à história da escravidão, como o Cais do Valongo e o Cemitério dos Pretos Novos – local hoje transformado em um Instituto premiado pelo Iphan por sua contribuição na luta pela igualdade racial e social no Brasil. Culminância de um processo de reflexão e produção cultural promovido pela EMJMM, a festa “Africanidades” contou com o apoio de parceiros da escola como Mestre Hudson Gomes e Wagner Carvalho (Capoeira Besouro), Renato Barreto (músico), Wagner Carvalho e Estefani (Tranças Afro). Conceição Campos


Adonis Karan na era dos grandes festivais de música. Por Washington Luiz de Araújo, jornalista Revisão: Maria José Lourenço

Leitor e leitora do Jornal A Ilha, você vai entrar agora no túnel do tempo da música brasileira. Vai voltar 53 anos e ingressar na era dos festivais da música brasileira. Fiquem em seus lugares, não precisam apertar os cintos, e viajem na entrevista c o m o m o r a d o r d e Pa q u e t á , A d o n i s Karan, produtor cultural e cineasta, um dos maiores responsáveis pelos grandes festivais acontecidos, principalmente de 1966 a 1988, que revelaram cantoras como Elis Regina, Clara Nunes, Nara Leão e Joyce e compositores da importância d e C h i c o B u a r q u e , G e r a l d o Va n d r é , Edu Lobo, Martinho da Vila, Caetano Ve l o s o , G i l b e r t o G i l , F r a n c i s H i m e , Gonzaguinha, César Costa Filho, Ivan L i n s , A l d i r B l a n c , B e l ch i o r, Pa u l i n h o Tapajós, Alceu Valença, entre outros. Participaram da entrevista o professor de História Chico Mendes e o a dvo g a d o e m ú s i c o C l a u d i o M o t t a , ambos também moradores da Ilha. Boa viagem.

*** Adonis – Vim de uma cidade do interior de São Paulo, Novo Horizonte (com17 anos), direto para o Rio. Meus três irmãos foram para São Paulo, mas eu resolvi vir para cá porque eu queria fazer cinema. Na minha cidade, passava um filme por dia. Eu ia todos os dias no cinema. Chegando aqui no Rio, comecei a frequentar um grupo com pessoas como Hugo Carvana e Carlos Imperial, Carlos Vereza, Augusto Cesar Vanucci, que frequentavam a Cinelândia. Todo mundo duro, sem dinheiro. Eu morava numa pensão no Catete e fazia algumas pontas no cinema para ganhar algum dinheirinho. Então, fui convidado por um amigo para trabalhar na TV Excelsior, em São Paulo, num programa apresentado por Bibi Ferreira. Semanalmente levava um grupo de artistas para participar deste musical. Era início da Bossa Nova e conheci Nara Leão, João Gilberto, Roberto Menescal, Carlos Lyra,... Fui fazendo amizade com este pessoal.

***

*

Adonis, Gonzaguinha e Lúcio Alves

Em seguida, fui contratado pela TV Globo para fazer um programa para o Abraham Medina - pai do Roberto e do Rubem Medina -“Noite de Gala”, com o Fernando Barbosa Lima, Foi então que Walter Clark, diretor geral da Globo, me enviou para São Paulo para conversar com a TV Record sobre uma co-produção do Festival da Música Popular Brasileira, com o Solano Ribeiro. Isso foi em 1966 e fui o coordenador do festival no Rio de Janeiro. Uma semifinal foi feita no Rio e a final foi em São Paulo, quando ganhou A Banda (Chico Buarque) e Disparada (Geraldo Vandré e Théo de Barros). Washington – Foi o primeiro festival? Adonis – Que eu participei foi o primeiro. Teve um antes na Excelsior, quando Elis Regina ganhou com “Arrastão”, do Edu Lobo. Aí, depois do Festival da Record, eu comecei a fazer os meus. Para seis redes de TV realizei 17 festivais. Um dos mais importantes foi “O Brasil canta no Rio”, em 1968 .Participaram Clara Nunes, Taiguara, Maria Creuza, João Dias, Beth Carvalho, Joyce, Sérgio Bittencourt, Edu Lobo, Elis Regina, Gilberto Gil, Chico Buarque, Marcos Valle, dentre outros. Um time fantástico. O festival aconteceu em oito Estados, cada um selecionou três músicas e depois foram apresentadas as 24 no Maracanãzinho. Ganharam, empatadas, “Modinha”, do Sérgio Bithencourt, e “Ultimatum”, do Marcos e Paulo Sérgio Valle. Destacou-se também “O Bloco do Eu Sozinho”, de Marcos Valle e Ruy Guerra, que a Joyce cantou; e Clara Nunes, com a música do Ataulfo Alves e Carlos Imperial que a iniciou para o estrelato. Claudio Motta - “Você passa e eu acho graça”. Adonis – Isso mesmo. Enquanto isso, fiz os festivais universitários, foram de 1968 até 1972. Chico Mendes – Os festivais eram uma febre. Eu me lembro, também era jovem, a gente se reunia em casa com papel e caneta para anotar, torcer, anotar quem cantava, quem era o compositor, de onde vinha. A gente fazia o nosso júri. Os festivais projetaram nomes como Elis Regina, quando se destacou com Arrastão e ela foi chamada de “Hélice” Regina, pois cantava balançando os braços. Adonis – É verdade.

*

Adonis, Elza Soares, Gilda Barros e Linda Batista

Claudio Mota – Naquele momento você tinha uma noção do que estava acontecendo, da importância daqueles meninos e meninas para a música brasileira? Adonis – Olha, eu tinha noção, pela paixão que tinha pela música, como tenho até hoje e sabia que a música que se fazia na época era o retrato do momento que vivíamos. Aquele período áureo, que começou lá atrás com Noel Rosa, Pixinguinha, Dorival Caymmi, e outros. Deste pessoal que estava começando, tinha um mais velho, o paizão Vinicius de Moraes. Como o Chico Mendes falou, o Brasil parava para ver os festivais. Era tão importante quanto uma final de Copa do Mundo. Claudio Mota – Adonis, você não é pai destas músicas, mas você é parteiro. Tem uma música destas que te emocionou muito mais do que as outras? Adonis – Tem uma, sim, que marcou muito. A música era “O Trem”, de Gonzaguinha, meu querido e genial amigo. Ele fazia parte de um grupo denominado MAU – Movimento Artístico Universitário. Eles me procuraram na TV Tupi e foi quando realizamos o Festival Universitário durante quatro anos, de 1968 a 1972. Washington– Para não bagunçar a cabeça do leitor, faz aqui uma cronologia de suas participações nos festivais, de 66 a 72. Adonis – Então, 66, TV Record, que ganharam “A Banda” e “Disparada” empatadas, onde fui corealizador; 67, festival Concurso de Músicas para o Carnaval, muito importante na época, ganhou o Zé Keti, com “Máscara Negra”. Chico Mendes – “Tanto riso, oh, quanta alegria, mais de mil palhaços no salão”. Adonis – Este festival, eu também realizei pelos quatro anos seguintes, com todos os grandes clássicos do carnaval, “Bandeira Branca”, “Cabeleira do Zezé”, e outros sucessos. O último festival de música de carnaval que fiz, a campeã foi “Vou festejar”, Jorge Aragão, Neoci Dias e Dida, com a Beth Carvalho. Eu realizava o festival para que as músicas fossem tocadas e divulgadas antes do carnaval. Mas hoje o que tem de música de carnaval são as daquela época, do João Roberto Kelly, Zé Keti....

***


*

Então, fiz simultaneamente, de 1968 a 1972, quatro festivais universitários, que lançou gente como Aldir Blanc, Belchior, Alceu Valença, Gonzaguinha, Rui Mauriti, Fagner, Cesar Costa Filho... Fiz, também, festival em Juiz de Fora, onde se destacou Sueli Costa, “Casaco Marron”, depois gravada por Evinha e o Trio Esperança, do qual ela participava. Claudio Motta – “Eu vou voltar aos velhos tempos de mim. Vestir de novo o meu casaco marrom. Tomar a mão da alegria ...” Adonis – Em Juiz de Fora, também se destacou “Casa no Campo”,de Zé Rodrix e Tavito, que a Elis depois cantou e transformou num clássico. Portanto, este festival teve muita repercussão também, mesmo sendo do interior, e não tendo televisão para divulgá-lo. Washington – A ditadura contribuiu, mesmo de forma maléfica, para o impulsionamento da música, que surgiu como válvula de escape? Adonis – Primeiro, havia o talento real, criativo da época e a ditadura estimulava a resistência, a contestação. Eu mesmo, nos festivais, sofri muito com a ditadura. Tinha que selecionar e mandar para a censura e tinha músicas reservas, caso algumas fossem proibidas. Numa edição do Festival de Músicas de Carnaval, já estava com as finalistas, mas um dos jurados não tolerava o autor de uma música e a torpedeou. Conseguiu de alguma forma dividir os jurados e eu sentindo que a música era uma marcha rancho maravilhosa e que merecia destaque. Na votação final, ficou entre as reservas. Eram 36 músicas e quatro reservas. Quando mandei a relação para censura, todas foram liberadas. Aí, fiz o seguinte: cheguei para o Oduvaldo Vianna Filho - o Vianinha -, Paulo Pontes e o Lúcio Alves e disse: “Ouçam esta música aqui, para ver o que vocês acham”. Ouviram e constataram que a música era linda, coisa e tal. E eu informei que a mesma não seria apresentada. Ficaram estarrecidos. Mas apresentei uma solução: o regulamento geral dizia que qualquer questão que não constava do mesmo seria decidida pela direção do festival. Disse que, devido a qualidade de todas as músicas, a direção geral decidira incluir as quatro reservas como

Adonis, Rita Pavone e Roberto Carlos

finalistas. Esta música era “Bandeira Branca”, do Max Nunes, defendida pela Dalva de Oliveira, que ficou em terceiro lugar no festival. Chico Mendes – “Bandeira Branca, amor, não posso mais...” Washington – Tudo isso em meio à repressão política? Adonis – Sim. Os festivais da Globo, por exemplo, ganharam notoriedade também pela questão política. O Egberto Gismonti e o Geraldinho Carneiro foram presos pelo Dops, o Vandré saiu preso. Na verdade, o Vandré é que ganhou o festival com “Pra Dizer que Não Falei das Flores”. Os policias do Dops chegaram no Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho), diretor da Globo, e falaram: ”Esta música não pode ser vencedora”. O júri já tinha decidido, mas mudaram para que “Sabiá”, do Chico Buarque e do Tom Jobim, ganhasse. Daí veio uma vaia descomunal, de 20 minutos. Claudio Mota – Interessante é que “Sabiá” tinha um viés político muito forte, mas as pessoas não sacaram isso. Adonis – Na época, tinha uma história de música para festival e “Sabiá”, que é uma obra-prima, não tinha nada do estilo de música para este certame. Aquela coisa de “Vou voltar, sei que ainda vou voltar...” (Adonis canta em ritmo lento) contra “Caminhando e cantando e seguindo a canção” (cantando em ritmo mais denso, acelerado), e o Maracanãzinho lotado cantando com Vandré, aquela coisa: “Vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora não espera acontecer...” Tanto que, depois da vaia para “Sabiá”, o Vandré fez aquele discurso destacando: “a vida não se resume em festivais”, frase que ficou marcada.A vaia era para pressionar o júri, ia contra uma determinada música para que esta não ganhasse, pois o público tinha outra de preferência. Por exemplo, no Festival da Record de 1967, o Sérgio Ricardo deu azar de cantar a música logo depois de “Ponteio”, do Edú Lobo, cantada pela Marília Medalha. Com o apresentador Blota Júnior

*

Com o Rei, num papo fi

tentando, já sob vaias, anunciar a próxima música, que era “Beto Bom de bola”, o Sérgio Ricardo entrou, tentou acalmar o público, tentou cantar e a vaia: “uuuuuuu”. Aí, o Sérgio diz: “vocês ganharam”, quebrou o violão e jogou na plateia. Uma história: na Record, tinha um amigo que ficava pedindo para assistir os shows. Eu deixava. Era um tal de Roberto Carlos (risos). Isso antes da Jovem Guarda. Washington – O Milton Nascimento foi de qual festival? Adonis – O Milton se destacou no II Festival Internacional da Canção, 1967, quando ficou em segundo lugar com “Travessia”, atrás de “Margarida”, de Gutemberg Guarabira. Interessante é que o Milton não inscreveu as músicas no festival, quem fez foi o Agostinho dos Santos, sem o Milton saber. Botou Travessia, Morro Velho e Maria Minha Fé (esta defendida pelo próprio Agostinho dos Santos) Washington – Adonis, como era feita a seleção do júri? Adonis – Passávamos por duas escolhas sempre complicadas: primeiro a das semifinalistas, feita por um grupo de especialistas, que recebiam as fitas e faziam a filtragem. Então, de um grupo de duas mil músicas, selecionavam três dezenas. Depois, escolhíamos o júri para escolher as melhores músicas dentre estas três dezenas. Eu trabalhava normalmente com o Vianinha, o Paulo Pontes, o Lúcio Alves, o Tibério Gaspar... E daí, escolhíamos os jurados, pessoas ligadas à música, críticos musicais... A coisa mais importante era a seleção das músicas. Vi muitas injustiças, não intencionais. Por exemplo, num Festival da Record, o Vinicius inscreveu várias músicas com parcerias e nenhuma ficou entre as 10.Tenho uma carta do Vinicius para mim, solicitando a inscrição de algumas músicas de jovens compositores iniciantes, naquela época, como Carlos Lyra, Nelson Mota, Francis Hime, Ruy Guerra e outras músicas que foram enviadas. Claudio Motta – Quem escolhia o intérprete, era a direção do festival ou o autor da música? Adonis - Em partes. A escolha dependia do autor


rme

*

Ivan Lins, Adonis e Wagner Tiso

*

Jantar em Roma; Adonis, Luciene Franco, Sergio Endrigo, Norma Benguel e Denner

e de um consenso da direção. Convocava-se individualmente e conversávamos. Vou dar um exemplo: O Ivan Lins, iniciante, chegou e disse que ia cantar a música dele, selecionada. Mas não se soltava, ficava duro, cantando, era muito tímido. Aí o Lúcio Alves perguntou se ele tocava piano. E ficou a marca do Ivan sempre tocando piano.

sim”. E eu alertava: “Olha, João, vai sair no jornal”. Aí, faltando uns 15 dias, fui na casa dele e disse: “João, amanhã vai ter uma coletiva e vou dizer que você vai participar do festival”. Aí, o João: “Adonis, sabe o que é? É que Minas é longe. Acho que não vai dar para ir, não”.

Claudio Motta – Estes festivais tinham orquestra, direções musicais, quais foram os grandes regentes que participaram? Adonis – Puxa vida. Rogério Duprat, Guerra Peixe, Erlon Chaves, Maestro Cipó, Radamés Gnatali, Carlos Monteiro de Souza. Os grandes orquestradores daquela época.

Claudio Motta – Você já imaginava. Adonis – Tinha certeza.

Claudio Motta – Rogério Duprat foi o arranjador do “Domingo no Parque” (segundo lugar no Festival da Record, 1967, atrás de “Ponteio”). Adonis – Num dos festivais universitários, Aldir Blanc e Silvio da Silva Júnior classificaram “Amigo é para estas Coisas”. Eu, o Lúcio Alves e o Vianinha estávamos ouvindo as músicas já selecionadas. Todo mundo elogiando aquela música. “Salve, como é que vai. Amigo há quanto tempo, um ano ou mais...” Vimos que era um diálogo, onde um homem mais velho falava com um mais novo, que seria bom para duas pessoas cantarem. Aí, o Lúcio falou que o cara mais velho tinha o jeitão do Ciro Monteiro e eu falei que o mais novo lembrava o Paulinho da Viola. O Ciro enlouqueceu com a ideia, mas o Paulinho não tinha agenda. E então, o Lúcio propôs o MPB4. E foi assim: Rui Faria cantou o velho e os outros faziam o mais novo. E o MPB4 deu banho, virou um clássico.

Claudio Motta – Adonis, você que morou na Europa no início dos anos 70, qual a importância que a música brasileira colheu com os festivais no âmbito internacional? Adonis – Só dava música brasileira no período em que vivi lá. Era uma febre. Dirigi uma casa noturna enorme, chamada Via Brasil, em Paris, Montparnasse, que ficava lotada de segunda a segunda, com filas imensas, pessoas esperando alguém desistir para entrar. Levei Martinho, Beth Carvalho, Baden Powell, Jair Rodrigues... Pessoas do mundo inteiro, sheiks da Arábia, princesas não sei de onde, grandes executivos iam para lá. Claudio Mota – Qual o tamanho do prejuízo não só cultural como econômico para o Brasil com o fim disso tudo? Adonis – Total. Sempre falo com amigos que moram em Paris e a queixa constante é uma só: não existe mais música brasileira. Morreu. Houve uma intenção de anular o povo brasileiro. Os festivais eram a grande arma da época que davam condições para que os talentos pudessem mostrar seus trabalhos.

Fiz ainda, em 1982, o MPB Shell, quando ganhou o Emilio Santiago com a música “Pelo amor de Deus” (Paulo Debétio e Paulinho Resende). E, em 1987, fiz outro festival antológico, em Lambari, Minas, chamado o Som das Águas. Ao vivo, para todo o Brasil. Abrimos 15 músicas para gente nova e 15 para convidados, já semifinalistas. Levei Martinho da Vila, João Nogueira, Roberto Menescal, Angela Roro, Elza Soares, Billy Blanco, entre outros.

Mas ainda existem festivais, o que falta é apoio, divulgação em massa. Tem um portal na Internet chamado “Festivais do Brasil” mostra que acontece mais de 500 festivais no Brasil anualmente, mas estão sufocados. Tem um festival em Minas que dá 50 mil reais para o primeiro lugar, prêmios altíssimos, com compositores de São Paulo e do Rio indo lá para participar, sendo uma produção altamente esmerada. Só que acontece o seguinte: ganha-se um festival em Uberaba, mas não acontece nada, não tem mídia. Nada.

História: Eu perguntava ao João Gilberto se ele queria participar desse festival em Minas e ele dizia: “Adonis, eu vou, sim”. E eu dizia que ia destinar 20 mil dólares e ele dizia, “que bom, Adonis. Vou,

Claudio Mota - Mas existe mídia para outro tipo de música.

***

*

João Gilberto e Adonis Karan

Adonis – Claudio, existem três segmentos em termos de música que mandam hoje no país: música pop, sertaneja e gospel. Eles têm enorme público cativo no YouTube e shows lotados no Brasil inteiro. Washington – Adonis, você tem um projeto atual, de um novo festival. Confere? Adonis – Sim. Eu acho importantíssimo que haja um grande festival para revelar novos valores, dar chance para gente nova mostrar seu trabalho. Idealizei o projeto do Interfest - Festival Interativo da Música Brasileira, que será basicamente inscrito pela Internet e terá votação pelos internautas e por um júri convencional. O projeto estava em pleno vapor, com apoio de grandes nomes que surgiram na era dos festivais, apresentei para quatro emissoras. O pessoal gostou, mas ainda não houve resposta. Tenho promessa de patrocínio para 2020.

*** Raro manuscrito enviado a Adonis Karan pelo querido amigo e saudoso poetinha VINÍCIUS DE MORAES, inscrevendo músicas com alguns dos amig seus parceiros o e saudoso poetinha is Karan pelo querido parceiros enviado a Adon uscrito ns dos seus man hoje consagrados artistas em um Festival de MPB algu Raro com músicas do even inscr AES, na TV Record de VINÍCIUS DE MOR ival de MPB realizado em um Fest tas -Record realizado de São Paulo, coordenado e so!) (orgulho artisTV pelo agrados na iro Jane de hoje cons nizado no Rio o, coordenado e orga São Paul organizado no Rio de Janeiro pelo (orgulhoso!) destinatário. destinatário.


WALDERI MERCEARIA Frutas, legumes e verduras Congelados e laticínios em geral

Entregamos em domicílio Rua Coelho Rodrigues, 203

3397.0546


O caçador de bom dia, em Paquetá Guinho Frazão O caçador de bom dia é um ser estranho. Andava pelas ruas de Paquetá aferindo.“Ferindo?”. Não! Aferindo. observando. Mas não toma notas. Não carrega um caderninho. Leva um sorriso. Que às vezes murcha. Dependendo da resposta ao seu famigerado (ou abençoado):“Bom dia”. Ao longo do dia, é claro, ele troca o bordão para “Boa tarde”, ou “boa noite”. Mas as variantes não alteram o produto da expectativa da resposta.

EVENTOS

Muita gente, em várias partes do planeta, parece não dar importância aos cumprimentos. Mas outros, não só cumprimentam, como presenteiam quem se aproxima deles com um demorado sorriso. Essa metamorfose causada pelo sorriso éo maior pagamento que um caçador de bom dia pode receber. O enche de esperança de que, pelo menos a maioria dos cidadãos e cidadãs respondam a um gesto tão simples quanto o de devolver um aceno, um sorriso.

Na primeira vez que veio a Paquetá, o Caçador leu em um panfleto, na barca, em que estava escrito que, na Ilha dos Amores, as pessoas se cumprimentam, o tempo inteiro (É preciso destacar, antes de continuar este relato, que o caçador não é um chato, não fica importunando ninguém. Apenas, quando os olhos cruzam com o olhar de quem passa por elecumprimenta). Ao chegar na terra firme da Ilha, qual não foi sua surpresa, quando, de imediato recebeu o sorriso de um menino que passava em uma bicicleta. Foi ficando mais maravilhado quando entrava nas ruas e via que as pessoas devolviam seu bom-dia, ou com um aceno, com um olhar atencioso. Isso durou bastante tempo. Mas a alegria do Caçador, aos poucos, foi diminuindo, diminuindo, até que acabou...quando andava pelas ruas da ilha viu que nem todos os moradores antigos da ilha se cumprimentavam, mutuamente, tambémEle teve certeza de que nem todos estão atentos à importância dos cumprimentos, das palavrinhas mágicas como: perdão; por gentileza; muito agradecido... Não seguem as noções básicas

Consciencia Negra

Fotos

Ana Pinta

O Festival da Guanabara e a Feira das Garças comemoraram o Dia da Consciência Negra e o Dia Nacional do Samba com uma festa na Praça Bom Jesus. Teve distribuição de livros infantis com os tema da negritude e do folclore brasileiro, o show “Lado Preta Lado Preto” com Gil Miranda e André Henriques, a exposição “Repare” de Vander Borges e bolos, doces e guloseimas para a garotada.

ensinadas pelo profeta Gentileza. Pois bem. O devoto caçador, triste e descrente, pegou um barco, foi procurar outro lugar, onde um bom dia fosse realmente respeitado. Foi um período ainda mais triste, pois o lugar para onde ele foi era pior. As pessoas se olhavam, sim, mas se xingavam. Havia um costume de se cumprimentar com armas... Buscou outros campos, outros continentes. Até que teve a ideia de voltar para a Ilha dos Amores e tornar-se um simples doador de Bom dia. Não queria mais caçar. Pois caçar, no caso, é buscar algo no outro. É esperar a decisão dos outros. Percebeu que ficaria bem mais feliz tomando as iniciativas, mas sem esperar retorno. E assim o fez. E o faz. Anda por aí doando acenos, abraços, usando termos amenos, palavras de carinho e é claro, dando o seu: “Bom dia”. Nem sempre as pessoas lhe devolvem um cumprimento, mas ele não liga. Não espera mais o gesto dos outros. Faz sempre assim: “- Bom dia!!!”


Já entrou hoje no Facebook do Jornal A Ilha? Você não sabe o que está perdendo ou achando... Por Washington Luiz de Araújo, jornalista SOLIDARIEDADE: Sentimento de amor ou compaixão pelos necessitados ou injustiçados, que impele o indivíduo a prestar-lhes ajuda moral ou material (Dicionário Michaelis) Sabe aquele dia em que as redes sociais não te satisfazem? Que você sente um vazio danado? Sabe o que eu faço nestes dias? Entro na página do Facebook do Jornal A Ilha. Feito moça namoradeira em janela de casa do interior, vou pra lá para conversar e saber das novidades e, se precisar, ajudar e ser ajudado. Lá me encontro. Tem de tudo lá. Questões curiosas, pitorescas, fotos maravilhosas dos amigos do Fotoclube Paquetá e de outros (como eu), anúncios bem sacados, notícias do dia a dia das pessoas, muitas de utilidade pública. Como tem de tudo, tem um pouco também de pessoas de maus bofes, que preservam futricas. Mas são poucas e não vou gastar meu tempo com elas. Não é verdade? Ah, informações precisas para o cidadão paquetaense também encontramos por lá, como do CCS - Conselho Comunitário de Segurança

(CCS), da nossa associação de moradores Morena, do Cineclube PQT... E há muita solidariedade, para você que se pergunta o motivo de ter destacado esta bela palavra na abertura deste texto. Sim, pois vejo que o fruto mais gostoso da página é justamente o da solidariedade. Outro dia, me encantei com uma postagem na qual a moça disse que veio a Paquetá para ser fotografada com o noivo. Ela, devidamente paramentada, tal qual o parceiro, trouxe um buquê de estimação emprestado por uma amiga. Não é que na emoção, ela esqueceu o belo buquê no Parque Darke... UP, UP, UP, UP. Este era o assunto dos comentários abaixo da postagem da moça desesperada, que não tinha contado ainda para a dona o sumiço do buquê. Um parênteses: na minha ignorância “internética”, tinha curiosidade para saber o que era e qual era a função do tal de UP. Descobri que UP era a sigla de Utilidade Pública e que quanto mais comentários com estas duas letrinhas, mais a postagem fica no topo da página, em evidência. Fecha parênteses.

Pois bem, não demorou muito e uma trabalhadora do Parque Darke de Mattos surgiu para dizer que havia encontrado o precioso e único Buquê e que ele estava devidamente guardado à espera da dona ou da amiga da dona. Ufa! Agora a moça pode se casar com tranquilidade e até convidar a dona do buquê. Quem sabe até como madrinha. E assim vai rolando a página do Jornal A Ilha. No mesmo dia, li que uma bicicleta de dono anônimo teimava em se postar na frente da casa de uma outra pessoa. Depois de quatro dias estacionada, a “magrela” foi retirada do local. Não sabe a pessoa que postou se foi levada pelo dono ou pelo amigo do alheio. Enquanto uma amiga, a Maria José Proença, revisava este texto, surgiu mais uma mensagem interessante na página, no qual uma mãe ansiosa escreve que a chupeta de sua filhinha caiu na barca. Pede para que seja devolvida - #Pelo_Amor_De_ Deus -, pois a bebê só utiliza a mesma. Bom, se ficar escrevendo tudo de interessante que se passa pela página do nosso Jornal A Ilha, vou ficar aqui o dia inteiro e não vou passar por lá para me deliciar com mais algum “causo”. Vejo você lá.


ESPORTES

Irakitan

Ballet Tia Vera Em 08/12, a professora de ballet Vera Castro encerrou suas atividades com uma belíssima apresentação do seu corpo de "pequenas bailarinas". Com a presença de familiares e demais associados, o Municipal Futebol Clube sente-se honrado de poder contribuir na formação artística e cidadã de nossas crianças. Tia Vera é show !!!

Futebol Virtual

No dia 09/11, foi realizado no Municipal Futebol Clube o 1° Campeonato Paquetaense de Futebol Virtual. Organizado pelo Sr Umberto Oliveira, a competição foi disputada em duas etapas eliminatórias (09 e 15/11). O torneio teve a participação de 16 atletas de diversas faixas etárias. Mais um projeto de sucesso em nossa ilha. Parabéns !!! Após anos de dedicação ao esporte, às crianças e jovens de Paquetá, venho anunciar que estarei encerrando as atividades da ESCOLINHA DE FUTEBOL DO TIO MANECO. Foram mais de 20 anos, divididos em duas etapas da minha vida, me dedicando voluntariamente com apoio de minha família e amigos. Mas infelizmente hoje um ciclo chega ao fim para poder dar início a um outro ciclo da minha vida. Durante mais de duas décadas muitos objetivos foram alcançados com as crianças de Paquetá. Nossa escolinha de futebol não ficava somente entre as quatro linhas. Fora dela muitas coisas boas e sonhos foram conquistados, vi meus meninos crescerem e se tornarem homens de bem, vi conquistarem carreiras e construírem família. Ah! Que prazer e felicidade foi ver vocês, meus meninos, chegarem com os seus filhos de mãos dadas para o primeiro treino, e contando nossa história: “...o papai jogou aqui também...” Quero deixar o meu legado para as próximas gerações e espero de coração que a bola continue rolando. Não deixem o sonho morrer, lutem e honrem o sangue para um dia a voz voltar a gritar SANGUE SANGUE!!! (Tio Maneco)


PAQUE T Á


Morena Na Praça - dezembro 2019

Agende-se PRÓXIMO MORENA NA PRAÇA: - Sábado 21/12 - Praça Pedro Bruno - 10h Venha conversar conosco sobre os assuntos de nossa ilha! É também a oportunidade dos associados acertarem suas trimestralidades. Se você ainda não se associou, esta é a hora! Alfredo, como faço para me associar? Basta: 1. preencher uma ficha rápida de Associação, e 2. Pagar de 3 em 3 meses R$ 19,96. É só isso mesmo! (2% do salário mínimo atual). PROJETO UNIVERSIDADE DO MAR – BAÍA DE GUANABARA, ILHA DE BROCOIÓ E ARQUIPÉLAGO DE PAQUETÁ Foi apresentado no dia 15/11, durante a 3a edição da Flipa, no Bar do Zarur, o projeto "Universidade do Mar - ilha de Brocoió e arquipélago de Paquetá". O projeto está sendo desenvolvido numa parceria entre a MORENA, a Faculdade de Oceanografia da UERJ e o Movimento Baía Viva, e já conta com apoio de mais de 20 instituições de ensino e pesquisa na área ambiental, de turismo, comunicação etc. O projeto, que materializa ideias já sonhadas por muitas gerações de paquetaenses e amantes da ilha, foi muito bem recebido pelos participantes, e uma nova rodada de apresentação está prevista para breve, assim como a expedição de barco com representantes das instituições apoiadoras. SOBRE O PROJETO - Trata-se de uma universidade aberta, com cursos variados para públicos com formações diversas - desde cursos livres para pescadores até cursos técnicos e de nível universitário; com pesquisas sobre animais marinhos da Baía de Guanabara, monitoramento do microlixo encontrado nos peixes da região, qualidade da água e redução de lixo nas águas da Baía; e educação ambiental para crianças e jovens de Paquetá e visitantes.Acompanhe e participe da luta por esse sonho! UMA LUZ PARA O SOLAR DEL REI A reunião ocorrida dia 21/11 na sede do IPHAN contou com a presença da diretoria da MORENA, dois arquitetos da prefeitura, a subsecretária de cultura e quatro profissionais do IPHAN. O projeto executivo da obra de restauro do Solar foi protocolado no IPHAN pela prefeitura no início de novembro. Os representantes da prefeitura disseram que vão batalhar os recursos para a obra junto ao BNDES, mas o superior do IPHAN disse que é preciso um projeto de ocupação do

espaço capaz de demonstrar ao banco que, depois de restaurado, o espaço terá capacidade de se sustentar. A conversa evoluiu para uma possibilidade de que o Solar Del Rei se torne um centro cultural (com biblioteca) com temática voltada ao meio ambiente, ao entorno da ilha, sua história, suas características naturais, sua fauna, sua flora, sua pré-história (falaram do pessoal da arqueologia que está iniciando projetos na ilha), e sobre a situação da Baía de Guanabara, de modo a atender a uma possível parceria com o projeto da Universidade do Mar. PROJETO PARA A PEDRO BRUNO E DE EXPANSÃO DO EDI A diretoria da MORENA esteve presente na reunião com a coordenadora da 1a Coordenadoria Regional de Educação (1a CRE), professora Fátima Sueli, que veio à escola de Paquetá com sua equipe, no dia 08/11, para apresentar o projeto, elaborado pela prefeitura, de restauração do prédio da antiga escola Pedro Bruno, desativada após ter sido interditada pela defesa civil. A obra será voltada à criação, no prédio histórico, de um espaço integrado de artes para os alunos da educação infantil até o nono ano da ilha. Ela apresentou, ainda, o projeto de expansão do espaço de desenvolvimento infantil (EDI), para ampliar a oferta de turmas do berçário a partir dos 6 meses. Ainda não há previsão para o início das obras, mas o primeiro passo já está dado. Vamos continuar acompanhando esse esforço, que depende da liberação de recursos pelo poder executivo municipal. REUNIÃO PÚBLICA SOBRE AS BARCAS A reunião ocorreu no dia 19/10/2019 no Iate Clube Paquetá. Estiveram lá cerca de 80 moradores. A mesa foi formada por representantes da Secretaria Municipal de Transporte (sr. Alessandro Almeida), da CCR Barcas (sr Sérgio Murilo) e da AGETRANSP (sr Carlos Alberto Areias), além da diretoria da MORENA e dos deputados Flávio Serafini e Eliomar Coelho, integrantes da Frente Parlamentar em Defesa do Transporte Aquaviário da ALERJ. Principais problemas apontados pela população: 1. Atrasos e falta de ventilação 2. Acessibilidade precária 3. Falta de segurança 4. Intervalos grandes entre horários A CCR alegou dificuldades financeiras para honrar o contrato e afirmou que, desde 2012, quando iniciou este trabalho, melhorou muito as condições do transporte aquaviário na Baía de Guanabara. O representante da AGETRANSP não respondeu aos questionamentos sobre o seu papel fiscalizador, limitando-se a informar que, devido à situação em suspenso do contrato, a Agência Reguladora pouco pode fazer.Os moradores cobraram da

AGETRANSP o cumprimento de seu papel fiscalizador, bem como do poder público o acesso ao contrato vigente (que está sob judicialização). Cobrou-se ainda que representantes dos moradores possam participar da elaboração do edital de um futuro contrato.A Frente Parlamentar em Defesa do Transporte Aquaviário apresentou seu propósito de enfrentar esse imbróglio relacionado ao contrato com a CCR (em vista de sua alegação de falência), para garantir que o poder público estadual cumpra seu dever para com a população do Rio de Janeiro de ofertar um transporte público aquaviário de qualidade. Formada comissão de moradores para acompanhar tudo de perto! Foi formada uma comissão para acompanhar os trabalhos da Frente Parlamentar em Defesa do Transporte Aquaviárioda ALERJ, composta por 8 integrantes, incluindo moradores e representantes da MORENA. A Comissão acompanhou a vistoria da Frente Parlamentar às estações e embarcações ocorrida no dia 29/11. Registre os atrasos das barcas, é bem fácil! A MORENA, com a fundamental colaboração de um de nossos associados, construiu um questionário para registro de quando a barca atrasou e o quanto atrasou. Esses dados vão ajudar a fundamentar nossas reinvidicações junto à CCR, Agetransp e Secretaria de Transportes. O preenchimento é super simples, e o endereço é http://bit.do/abarcademorou CCS, MORENA, XXI R.A. E MORADORES SE MANTÊM MOBILIZADOS ATÉ QUE A DELEGACIA DA ILHA VOLTE A FUNCIONAR NORMALMENTE! O delegado titular da 5a DP, dr Geraldo Assed, veio à reunião de novembro do Conselho Comunitário de Segurança para explicar sobre a extinção do funcionamento noturno da Polícia Civil de Paquetá. Após se desculpar por não ter enviado uma justificativa aos órgãos da sociedade civil organizada, formalmente constituídos na ilha (CCS e MORENA), bem como à XXI RA, o delegado Assed afirmou que a medida tem caráter temporário e que se deu por iniciativa do próprio delegado que, ao ter seu quadro funcional reduzido em quatro servidores, teve que realocar dois policiais civis de Paquetá atuantes no horário noturno. O delegado acolheu o apelo da comunidade para que o serviço noturno em Paquetá seja restabelecido e se comprometeu com a solução do problema e o retorno do serviço com a máxima urgência. Alfredo, como faço para acompanhar as ações da MORENA? Curta nossa página no Facebook (https://www. facebook.com/groups/207658559327397/). Visite o Instagram da MORENA! Todas as fotos e vídeos são de paquetaenses. Mande seu material por email que publicaremos lá!!! https://www.instagram.com/pqt_morena/ Quer receber nosso zap? MORENA - 9 8 5 1 5 4 8 6 8 Quer receber nosso email? ampaqueta@gmail.com Fortaleça a MORENA. Associe-se!!! Juntos, somos fortes! Esta Diretoria Executiva - eleita em 2019 - é formada pelos seguintes membros: Alfredo Braga - Diretor Geral Conceição Campos - Diretora Adjunta Fernando Lemos - Diretor Administrativo Ialê Falleiros - Diretora de Finanças R o d r i g o Po ç a ( R o d r i g o N o e l ) - D i r e t o r d e Comunicação Fiquem atentos aos informes na rede social e compareçam às reuniões públicas comunitárias.

Universidade do MAR- Reunião no Zarur

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES! MORENA - Associação de Moradores da Ilha de Paquetá


crônicas de paquetá A VIDA É COMO ELA É Julio Marques

Chegamos ao final do ano, ano cheio de violência e besteira. Tanta que confunde a gente e ninguém sabe pra onde vai. Aqui, nessa Ilha onde as coisas demoram a chegar, chegou muita gente nova com novos hábitos, novas vontades. A vida é mesmo assim, pena que desta vez, como quem manda está cheio de maldade, acabam dando tiro pro alto em plena Praça Pedro Bruno e pedindo desculpa pra policia. A sorte é que nossos hábitos sobrepõe a raiva e o sentimento de coisa familiar de cidade pequena se impõe. Algumas personagem sumiram. Quase não vejo a Xuxa e a Bundinha Feliz pouco passeia na Furquim. O Pneu não freqüenta mais o Manel, que aliás não existe mais. Apareceu o Vidal, é claro com outros personagens, embora sem o Claudio Marcelo que se foi com toda a matilha que o Antonio e o Washington estão procurando fazer renascer no Jornal A Ilha. Mas ainda bem que existem doces figuras, e não são poucas, que c o n t i nu a m va g a n d o p e l a s r u a s enfeitadas pelas lembranças da Nega

Como disse o Vinicius de Moraes, numa música cujo nome não me lembro: " ... quero as janelas abrir ... para que o sol possa vir ...." Paquetá é tão carinhosa com a gente que mesmo a saudade de lugares onde crescemos já chega meio difusa. Copacabana é o local da minha infância e adolescência. Praias que embalaram meus sonhos e noites que me fizeram entender a vida e viver momentos únicos. Falei da Sonia, cheia de ilusões e valente na vida, morta como puta no corredor do seu prédio, em frente a porta do apartamento que morava. Sinto falta das suas certezas e muitas saudades. Outra Sonia, Soninha, que tinha sido minha namorada quando nós dois éramos crianças, reencontrei em um show de Strip-tease. A história é simples. Numa dessas festas de final de ano, com amigos do trabalho, fomos parar em uma boate no Lido.

O espetáculo era tosco e tinha como tema a noite de Natal. No trenó - nem quero descrever porque as renas eram politicamente incorretas- quem vinha de Papai Noel era a Soninha, com os seios nus, que por sinal eram muito grandes. Fiquei sem graça, não por falso moralismo, mas porque não esperava vê-la naquele palco. Me salvava o escuro da platéia. O desagradável foi que, quando acabou o show, ela veio sentar na nossa mesa. Experiente ela fingiu não me conhecer. Balancei a cabeça, fiquei mais um pouquinho e, sem graça, fui embora.

Sei que os caminhos são variados mas não imagino onde Soninha foi parar, nunca mais a vi e não quis voltar à boate. Quando penso nela sempre me vem um carinho imenso.

Julio - repetindo Vinicius :" ...nas cinzas do meu sonho, um hino então componho ...", saudoso do Quintal da Regina mas feliz com o retorno do Zarur e com o novo lugar florido da Neuzinha e sabendo que a vida segue com jeito de muita conversa.

um passeio em pqt

O contorno do litoral pode ser feito a pé em 45 minutos, sem correria nem paradas. De bicicleta, leva cerca de 25 minutos. AÇ

AD

OS

BO

MB

EIR

OS

Logo na saída da estação das barcas na ilha, à direita, um painel oferece algumas opções de roteiros turísticos.

Paquetá > Praça XV

Pontos turísticos

Devia ter ficado mais. Queria ter ficado mais e conversado, talvez até saído com ela. Mas não queria magoála e posso até ter magoado.

PR

Paquetá está no município do Rio: não é preciso DDD nas ligações para a capital.

Luisa e do Birulinha. É muita sorte que pessoas como o Rael ainda dêem o tom da Ilha.

Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 07:30 > 08:20 09:30 > 10:20 11:30 > 12:20 14:30 > 15:20 16:30 > 17:20 18:30 > 19:20 19:30 > 20:20 21:00 > 21:50 23:10 > 00:00 FdS e feriados 06:00 > 07:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 23:30 > 00:40

Praça XV > Paquetá Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 08:30 > 09:20 10:30 > 11:40 13:20 > 14:10 15:30 > 16:20 17:30 > 18:20 18:30 > 19:20 20:00 > 20:50 22:15 > 23:05 00:00 > 00:50 FdS e feriados 04:30 > 05:40 07:00 > 08:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 00:00 > 01:10

Igreja Bom Jesus do Monte Caramanchão dos Tamoios Canhão de Saudação a D. João VI Árvore Maria Gorda Praças e parques Preventório Rainha Dona Amélia Pedro Bruno Escola Pedro Bruno Fernão Valdez Telefones úteis Poço de São Roque Atobás (Quadrado da Imbuca) Barcas (estação de Paquetá) - 3397 0035 Coreto Renato Antunes Tiês Barcas (central de atendimento) - 0800 7211012 Capela de São Roque Lívio Porto (Ponta da Ribeira) Bombeiros - 3397 0300 Cedae - 3397 2143 (água) / 3397 2133 (esgoto) Casa de Artes Mestre Altinho Comlurb - 3397 1439 Pedra da Moreninha Bom Jesus do Monte Farmácia - 3397-0082 Ponte da Saudade Manoel de Macedo Gás (fornecimento de bujão) - 3397 0215 Pedra dos Namorados São Roque Hospital (UISMAV) - 3397 0123 / 3397 0325 Casa de José Bonifácio Ex-Combatentes Light - 0800 282 0120 Mirante do Morro da Cruz Alfredo Ribeiro dos Santos Oi Telemar - 3397 0189 Cemitério de Paquetá Pintor Augusto Silva PM - 3397 1600 / 2334 7505 Em negrito, horários com barcas Cemitério dos Pássaros Parque Darke de Mattos Polícia Civil - 3397 0250 abertas (tradicionais). Em itálico, os horários previstos de chegada. Farol da Mesbla Parque dos Tamoios XXI R.A. - 3397 0288 / 3397 0044

Localidades

Viracanto Levas-Meio Rua dos Colégios Ladeira da Covanca Morro do Buraco

(Morro do Gari)

Pau da Paciência Árvore do Sylvio Colônia Cocheira Morro do Pendura Saia Morro do PEC

(Morro da Light)

Rua Nova Colônia da Mesbla Curva do Vento Beco da Coruja

Serviços

Banco Itaú Banco do Brasil e Caixa Econômica (Loja lotérica)

Hospital (UISMAV) (3397.0123 / 0325)

Aparelhos de ginástica (jovens e maduros)

Aparelhos de ginástica (idosos)

Mesas para pic-nic ou jogos Mictórios Farmácia (3397.0082) Brinquedos infantis


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.