Jornal a ilha N-31

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editorial

Quem diria, terminada a alta temporada, não é que Paquetá está cheia de eventos e novas opções de divertimento? Nas páginas desta edição, o leitor provavelmente vai se surpreender com a quantidade de novidades que o aguarda agora em maio. E que, tudo indica, vai se estender pelo inverno adentro. Novos e antigos estabelecimentos começam desde já a anunciar suas programações cheias de atrações e diversidade – da bossa nova à seresta, de filme grego a livro sobre ciganos –, o Campo se anima com a agitação no Cerqueirão, as ruas e parques vão aos poucos recebendo novas árvores e se inicia o planejamento das festas juninas. Mas tanta festa e animação não nos faz esquecer problemas sérios. E, claro, nossa matéria de capa não poderia ser outra que não o aprofundamento da discussão a respeito dos veículos motorizados que circulam pelas ruas. Consultamos autoridades responsáveis por sua fiscalização e o resultado foi alarmante. Nossa geração de moradores vive o que parece ser o momento mais dramático para a permanência das características de Paquetá que fazem com que gostemos de morar aqui. Sim, não se trata de um exagero: há em curso um claro processo que visa corroer pelas bordas as garantias que fizeram com que nossa ilha tenha se tornado um refúgio da tranquilidade, da cordialidade e da diferença para com qualquer outro bairro. A permissividade das autoridades para com os elétricos está na linha de frente deste processo. Cabe a nós deter essa ameaça. E é a nossos filhos e netos que teremos de responder sobre que fizemos para lidar com ela.

expediente

A Ilha é um jornal comunitário mensal, organizado, elaborado e mantido pelos moradores da Ilha de Paquetá. Mentor e fundador Sylvio de Oliveira (1956-2014) | Equipe Ana Pinta, André Villas-Boas, Antônio Tomé, Cláudio Marcelo Bo, Cristina Buarque, Flávio Aniceto, Ize Sanz, Jorge Roberto Martins, Júlio Marques, Márcia Kevorkian, Mary Pinto, Ricky Goodwin, Ruth Coelho, Vilma Leocádio | Jornalista responsável André Villas-Boas. Reg. Prof. 18583 | As informações e opiniões constantes nas matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores, e não necessariamente avalizadas pelo jornal | Impressão DGD Artes Gráficas (3882.4438) | Tiragem 2.000 exemplares | Contato editoria@jornalailha.com Ano III, número 31, abril de 2015.

Este número de A Ilha foi possível graças à participação dos anunciantes e às contribuições financeiras de Adílson Martins Lelo Agnaldo Wanderley Leonardo Couto André Villas-Boas

Maria Holanda

Bruno Jardim Cristina Buarque

Maria José de Oliveira

Dona Guiomar

Marília e Sylvio Sá

Flávio Aniceto

Mary Pinto

Isabel O. da Luz

Padre Nixon

Jim Skea

Paulo Perissé

Julio Marques

Ricardo Bichara

cartas

Jetski: até um acidente

Alguns irresponsáveis passam com lanchas e jets em alta velocidade na beira das praias! Mas tem que ocorrer um acidente grave primeiro para alguma atitude ser tomada, né? Infelizmente, é assim que funciona! Rafaella Gomes

Paquetá como ela é

Você ama Paquetá ? Aprendi a amar como ela é. Vamos amar nosso paraíso como ele é. Vamos elogiar! Estou cansado de tantas críticas! Nós somos um celeiro da arte, da música, da pintura e da dança! Mário Trindade

CCR

Colocaram barcas tradicionais indevidamente no lugar dos catamarãs. A Agetransp não resolve nada! Não canso de repetir: precisamos de uma coisa que está faltando na ilha: união. Clayton Alexandre CCR Barcas-LIXO sempre atrapalhando a vida dos moradores de Paquetá. Isso já passou do limite de tolerância. Alzira Wisnesky As barcas abusam do povo e fica tudo por isso mesmo. Não obedecem os horários, as baratas andam pelos corredores e por aí vai. Neide Esteves de Oliveira

Caminhões da Comlurb

Muito se fala aqui sobre novas bikes etc. E a velocidade do caminhão da Comlurb? Não estou falando do trabalho dos garis, porque eles são excelentes, mas sim dos que pilotam os caminhões. Cris Martins Esses caminhões da Comlurb só vão parar quando acontecer uma desgraça. Os motoristas precisam de reciclagem. Com a quantidade de crianças que circulam na ilha, é inadmissível que andem nessa velocidade. Aqui na Praia das Gaivotas só falta eles apostarem corrida... Otávio Souza Envie sua carta pelo e-mail cartas@jornalailha.com

Dança afro toda semana Agora tem aulas gratuitas de dança afro-brasileira todas as quartasfeiras, às sete da noite, no Iate. Quem está à frente é Wanja Bastos, terapeuta corporal e nossa vizinha, que se tornou conhecida por botar todo mundo pra dançar nos Domingo no Darke. Para participar, basta comparecer e conversar com ela. A iniciativa integra as atividades do Domingo no Darke contempladas com o Prêmio Ações Locais Rio 450, da Prefeitura. Ariel, Luana e Chamon: só craques!

Onde mais se pode ouvir o pianista Marcos Ariel (na foto do alto) por R$10 num ambiente intimista, tomando uma bebidinha e ainda contar com a presença dos amigos para um bate-papo depois? Só em Paquetá mesmo. O show do músico – hoje um dos instrumentistas mais prestigiados da música brasileira – aconteceu no dia 11, na Casa de Artes, dentro da programação mensal da Amartes. De quebra, no dia 25 teve ainda um belo recital com Luanda Jones, que faz carreira no Canadá. Em maio, no dia 2 (sábado), às 17h, será a vez de Chamon (foto de baixo), cantor sobre o qual Mário Lago disse ter “a voz que os anjos imitam quando querem cantar”. Um dos principais solistas do grupo Garganta Profunda e dotado de uma extensão vocal privilegiada, ele se apresentará acompanhado por Renato Beranger (piano) e Lery Machado (violão). De novo, os ingressos custam R$10. CCR, a imbatível Era difícil, mas a CCR Barcas conseguiu: seu serviço é ainda pior do que o da Barcas S.A. A anterior, pelo menos, fazia o mais básico: efetuar as viagens nos horários programados. Em abril, segundo alguns a pretexto de uma suposta operação tartaruga – leia-se atender propositadamente mal a

população para arrancar vantagens do poder público –, a empresa que se acreditava séria fez o que pôde para prejudicar a vida de quem trabalha no continente. Privatizar serviços essenciais dá nisso. Aniversário do chef

Começou de verdade foi com duas horas de atraso, mas em compensação foi até tarde o churrasco de aniversário do chef Rafael Padula, no LevasMeio. Pagode ao vivo – com participação especial do irmão, Ricardo –, cervejinha gelada e clima de amizade. Sucesso da Serestial Está a cada edição mais animada a Serestial – noite de seresta organizada uma vez por mês pelo Padre Nixon, aos sábados. Em sua terceira edição, no dia 25, ela foi até as 2h da matina! Mas ainda não foi este mês que ela pôde ser realizada tal como concebida, nos jardins da Igreja do Bom Jesus. Como nas outras vezes, a chuva fez com que todo mundo tivesse que ficar abrigado no salão paroquial. Seresta dos amigos Não é só o padre Nixon quem gosta de organizar serestas. A antiga Pousada 2 Amigos, na Alambari Luz, criou em seus amplos jardins o Recanto dos Amigos, abrindo o espaço para shows e eventos. A inauguração foi com uma noite de seresta, que vai se realizar todo mês. O sucesso foi total, graças à boa música, à cerveja geladinha e a um atendimento de primeira. Veja fotos da noite no Pqt Night. Festa no hospital

Foi uma grande festa a inauguração da Academia Carioca e do novo setor de odontologia do hospital (UISMAV), no sábado 11. Muita gente na Praça Bom Jesus para prestigiar as melhorias. A academia já estava funcionando antes da inauguração – e com tanto sucesso que Vilmex, a mulher do ouro, tem madrugado para chegar antes de todo mundo e pegar os equipamentos vazios. Academia de Letras em novo dia A Academia de Artes, Ciências e Letras de Paquetá mudou o dia de seus encontros. A partir deste abril, eles passaram a ocorrer no último sábado de cada mês, sempre às 15h. A alteração se deve às dificuldades que vários acadêmicos tinham de comparecer a tempo nas reuniões nas noites de sexta.


o que vai pela ilha

Flamboyants de volta à Moreninha

A foto aí de cima foi tirada no fim dos anos 1980, quando passar pela Moreninha ainda não era ter que enfrentar aquele sol sufocante. Além da beleza, os flamboyants salpicavam o saibro com uma sombra refrescante que dava um alívio para quem vinha do deserto escaldante da Príncipe Regente. No feriado de primeiro de maio, a partir das 11h, o grupo Plantar Paquetá, junto com a Fundação Parques e Jardins, vai começar a restauração daquele caminho, com o plantio das mudas trazidas pela fundação em março. A iniciativa faz parte do projeto Replantando nossa história, que visa restaurar a arborização das ruas da ilha.

De trocadinho em trocadinho – afinal, há ainda dois meses pela frente –, você pode ir colaborando para o sucesso do já esperadíssimo evento. Leia mais sobre o Cerqueirão em matéria na página 15. Alô, Comlurb! Tem sido cada vez mais frequentes os relatos de moradores sobre flagrantes de caminhões da Comlurb em velocidade bem acima do permitido em Paquetá. Nossa empresa pública nota dez precisa dar um toque neles... Lembrar que aqui não é o continente: a gente Os pais Cecília Carneiro e anda na rua, as bicicletas Jefferson Sotero reuniram trafegam e as crianças muitos amigos no Parque brincam livres. Darke para o chá de bebê Ciganos de Luiza. Desde já parabéns para eles e saúde para mais uma pequena paquetaense! Coelhão na Ponte velas com música ao vivo e sempre com uma atração musical diferente. O horário é das 19h às 23h e a entrada custa R$15. Na estreia, o Grupo LeCatre, com inspirados arranjos instrumentais para classicos bossanovistas. Luíza fez festa na barriga

Diretoria da Parques e Jardins se encanta Não foi só para fazer uma social a visita no dia 6 do presidente da Fundação Paques e Jardins, Wellington Ribeiro da Silva, da diretora de arborização, Natacha Kede, e da diretora de conservação, Magda Macedo de Azevedo. Eles vieram ver de perto como desenvolverão um grande plano de ações da FPJ para a ilha, que começa a ser preparado. A partir dos contatos feitos pelo grupo Plantar Paquetá e do entusiasmo dos funcionários Isaías Gonçalves da Silva e Erico Moreira, a simpática diretoria da FPJ se tomou de amores por Paquetá e está empolgada. Leia mais sobre as Com uma cesta repleta, o ações da fundação em reportagem na página 15. coelho da Páscoa passeou Buzum!!!! pela Ponte distribuindo bombons para a garotada, no domingo 05. Teve criança que estranhou aquele coelhão andando na rua e fez até beicinho, mas todos adoravam quando recebiam seu doce. Era Dejane Miceli que, como no Natal, adora fazer a festa dos pequenos. O Teatro Buzum veio a Paquetá para fazer a alegria da Galão junino criançada da Escola Joaquim Manoel de Macedo. Buzum é um teatro de bonecos que se apresenta dentro de um ônibus adaptado. A peça apresentada teve como tema os Transportes. Bossa nova à luz de velas O luar refletindo no mar, a gostosa comida de botequim sob a luz de velas e o som gostoso da bossa nova ao vivo... Esse programão vai acontece no sábado, dia 2, inaugurando o novo evento mensal do Iate Clube: noites à luz de

cantinho da vovó

Maria do Carmo Zerbinato é poetisa

Mais três quadrinhas de meu livro Nunca é tarde

P

Já está à disposição do freguês, no balcão do Manduca, o galão para recebimento de contribuições para a festa junina do Cerqueirão.

ra você: Pura bobagem... Para mim: Recordação... Quando faço meus versinhos, Sinto paz no coração.

Vai ser no fim de maio – na noite do dia 29, uma sextafeira – o bate-papo com a escritora Cristina da Costa Pereira. Ela é autora do livro recém-lançado Histórias de flamenco e outras cenas ciganas. Na primeira parte da obra, mais ficcional, ela recria histórias do povo cigano. A segunda tem um

S

tom mais jornalístico, a partir de farto material de pesquisa. O Campo na vanguarda da modernização O Mercado do Campo, de Fabrícia e João, foi ampliado em mais de um terço e está mais arejado. O setor de frutas e legumes, famoso em toda a ilha, ficou maior e mais organizado, assim como também o de bebidas. Depois do pão na chapa do Manduca e das festas no Cerqueirão, ninguém mais segura o Campo! Dia 3 tem Domingo no Darke A foto ao lado é de uma das oficinas da Companhia de Aruanda, atração do Domingo no Darke, que começa ao meio-dia deste domingo, dia 3. O grupo vai estar presente para a concessão do título de Bairro-Irmão de Paquetá a Madureira – onde é conhecido por suas apresentações sob o Viaduto Negrão de Lima. Veja a programação completa desta edição do Domingo no Darke na página 12. Cyclophonica no dia 16 Quem volta a Paquetá é a Orquestra de Câmara Cyclophonica, q u e e s t eve aqui no Dia dos Namorados de 2011. Sim, é aquele grupo de malucos simpáticos que sai de bicicleta tocando música! A vinda da Cyclophonica – assim mesmo, sem circunflexo – será em 16 de maio (um sábado) e eles devem chegar a Paquetá às 11:10 (barca das 10h, no horário de Brasília). Não é nada, não é nada, eles receberam as bênçãos de ninguém menos que o bruxo Hermeto Paschoal.

opro é como se chama o novo trabalho de Valter Lano – aquele artista contemporâneo residente na ilha que nos brindou com a bicicleta de canudinhos na Praça Pedro Bruno e que vive nos surpreendendo no Domingo no Darke. Sopro é uma aparição: você vai vê-la quando menos esperar, boiando em alguma parte do litoral. O artista não quer marcar nem hora nem local. A obra é uma releitura de outros trabalhos do artista com formas orgânicas meio estranhas, meio ácidas, que ele já mostrou em Paquetá.

O

ódio, é um veneno Tão terrível tão atroz... Mas, às vezes é do ódio Que nasce o amor entre nós

À

s vezes, sinto saudade Da vida, de tudo enfim... E, com o passar da idade, Sinto... é saudades de mim...


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Alfredo nos preparativos para a grande festa


fotos

Inauguração do Recanto dos Amigos

Cláudio Santos

pqt night

Sambastião no Carecão Luciano Penetra e Mayara Fontine

Vera Castro mostrando o que a loura tem

Gentil Silva e a alegria da morena

Com sua personalíssima cabeleira cacheada, May Serra posa junto aos amigos Marlene Pedregal e Everaldo Paquetá (à direita) e o casal de amigos

Angelica Melo, Hilton César, ao lado de Alan Katinguelê e outra beldade

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Cinema toda terça, às 20h Cineclube Pqt exibe quatro filmes sobre comida com entrada franca

DIA

E

m novo dia e em novo local, o Cineclube Pqt comemora as mudanças com nada menos do que uma sessão por semana durante todo o mês de maio, a partir do dia 5, sempre às oito da noite. Ninguém paga nada: a entrada é franca e, embora seja realizado em um bar e restaurante – o Quintal da Regina –, não há exigência de consumação. Só não pode é ficar conversando durante a sessão...

05

DIA

12

A festa de Babette

T

5 de maio, 18h

odos os filmes têm um tema em comum: a comida. “Como agora estamos no Quintal, lugar que preza um bom prato, achamos que tinha tudo a ver”, diz Leonardo Couto, um dos organizadores. Mas, como tem sido tradicional na programação do cineclube, as crianças não ficarão de fora: elas terão uma sessão especial às 18h do próprio dia 5, pouco antes da sessão que abre a temporada do mês, às 20h.

Curtas de Carlitos

Sessão infantil com curtas-metragens de Charles Chaplin. Mas é claro que vai ter muito marmanjo querendo rever o vagabundo Carlitos.

Dinamarca, 1989, 1h42, legendado

Após 14 anos trabalhando para duas velhinhas em troca apenas de casa e comida, Babette oferece um banquete para elas e outros moradores do vilarejo, às suas próprias custas. Apenas ao fim do filme sabemos que a extravagância está ligada a um segredo que ela guardou por todo este tempo – e que se afina às escolhas de vida das próprias idosas e dos convidados. Um fime sensível, ambientado no interior da Dinamarca do século 19, cuja breve menção costuma provocar sorrisos carinhosos em quem já o viu. Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1988. Menção Especial do Júri Ecumênico do Festival de Cannes de 1987. Direção: Gabriel Axel. Com Stéphane Audran, Bodil Kjer e Birgitte Federspiel.

DIA

19 Como água para chocolate México, 1992, 1h45, legendado

Impedidos de casar por conta de crendices de seu povoado, Tita e Pedro vivem uma paixão tão intensa quanto frustrada, que atravessa três gerações. A história é contada em flashback pela bisneta de Tita, por meio do livro de receitas deixado por ela. Romântico sem pieguices, este é um filme para se assistir com o coração. Para entender o título, é preciso saber que no México o chocolate quente é feito com água fervente (e não com leite, como no Brasil). Prêmio do Público de Melhor Diretor do Festival

de Gramado de 1993. Direção: Alfonso Arau. Com Marco Leonardi, Lumi Cavazos e Regina Torné.

Estômago, que encerra a programação, tem no elenco pouco conhecido um de seus destaques: uma aula de interpretação e direção de atores. A divertida comédia disfarça uma história trágica, digna das páginas policiais, e que só é revelada no final

DIA

26 O tempero da vida Grécia / Turquia, 2003, 1h48, legendado

Garoto convive com as metáforas do avô entre a vida e a culinária e, ao crescer, torna-se um astrônomo que usa a comida para temperar a vida das pessoas. Ao fim do filme, deixa Atenas e regressa a Istambul, para rever o avô e seu primeiro amor. A fotografia e a música são alguns dos destaques, bem como a sequência na qual os temperos voam, como se formando o universo. Um filme divertido, sensível e filosófico. Prêmio do Público de Melhor Filme e Melhor Diretor, entre outros, e quatro prêmios do júri do Festival de Salônica (Grécia) de 2003. Direção: Tassos Boulmetis. Com Georges Corraface, Ieroklis Michaelidis e Renia Louizidou.

Estômago Brasil, 2007, 1h53

Dois tempos diferentes: a melhoria de vida do frágil retirante Raimundo em São Paulo, por seu talento na cozinha, e seu dia a dia na prisão. O surpreendente desfecho da história, contada em tom de comédia, resolve o mistério. Inesquecível. Grande vencedor do Festival do Rio de 2007. Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de Melhor Filme, entre outros, em 2009. Prêmio Especial do Júri do Festival de Biarritz (França), em 2008. Direção: Marcos Jorge. Com João Miguel, Fabiula Nascimento, Babu Santana.


túnel do tempo O desafio deste mês não é tão difícil quanto o da edição anterior, pois tem uma pista que está bem na cara... Envie sua resposta para o e-mail tunel@jornalailha.com. Mas não deixe de dizer como você percebeu. Adivinhação não vale... A resposta sai na próxima edição, junto com o nome do(s) ganhador(es). Resposta da foto da edição anterior: Tanto andou se falando em edições anteriores sobre a antiga propriedade da Dona Délia Darke de Mattos – que, depois de desapropriada, foi transformada no parque que leva o nome da família –, que resolvemos pôr uma foto que mostrasse o hangar onde ficava guardado o famoso hidroavião. Ele está lá no fundo da foto, que mesmo assim tinha identificação difícil. Mas isso não foi empecilho para nosso campeão Alberto Marques, o único dos três leitores a matar a charada: “trata-se de um trecho da Praia José Bonifacio, próximo à Colônia dos Pescadores, tendo como pano de fundo o hangar do Darke de Mattos”. Mais uma vez, o seu Alberto deu um banho!

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comer bem Cristina Buarque também não gosta só de beber cerveja O editor não gosta só de beber cerveja, como dizem. Adora comer, apesar de magro. Assim começava a coluna de Sylvio e assim continua, pulando o quesito magreza. Mais uma dica de coisinhas diferentes e gostosas na ilha.

V

ocê está com vontade de almoçar em casa? Chama o Alfredo. ALFREEEEDOOOOO!!! Ligando às 10 horas, ele tem o prato específico do dia. Pode também ligar no começo da semana e saber qual é o cardápio de cada dia. Tem sempre alimentação para hipertensos, para diabéticos, assim: pode trocar uma batata por uma salada etc. Pode pedir uma omelete, qualquer coisa simples, que ele cozinha com o maior carinho e entrega em casa. Alfredo ainda prepara as quentinhas separadinhas, se você pedir: salada em uma, arroz em outra, feijão separado. Um luxo! Se você quiser fazer um almoção em casa, liga para o Alfredo, que ele vai aí preparar: feijoada, canjica, churrasco... Alfredo faz a festa. Também pode encomendar salgados, doces, bolos, tortas. Tudo da melhor qualidade, que ele leva em casa, com aquela simpatia e sorrisão. É só chamar ALFREEEEEEDOOOOO!!! Pelo 3397-1773.

culinária da vilmex Vilmex é a mulher do ouro

Salada de arroz Ingredientes • 1 xícara de arroz integral 7 grãos Ráris • 3 xícaras de água • 2 dentes de alho • Queijo parmesão ralado

Modo de fazer Quando o arroz estiver quase seco, misturar o alho amassado, 1/2 pacote de 50g de queijo ralado e reservar. À parte, picar damascos, amêndoas, nozes, passas, cebolinha, salsa e, se gostar também, pepino. Misturar ao arroz frio e regar tudo com azeite.

Começamos na edição anterior a conhecer melhor a juventude de nossa ilha. Este mês, vamos ficar mais próximos de Tiffany de Freitas do Nascimento.

E

Cuidado com essa menina!

la é uma bela morena, meiga e sorridente, voltada para o esporte: gosta de jogar vôlei e futebol. Quem a viu desfilando no concurso Menino & Menina da Ilha, promovido por este jornal em janeiro deste ano, comprovou seu encanto e a graça de sua feminilidade. Mas, ao pisar em ringues e tatames, Tiffany se transforma. É, ela luta boxe e jiu-jitsu! E eu mando logo um recado: meninos, ela é ótima nesses esportes! Então, cuidado com essa menina que se orgulha de participar das equipes Nuno Boxing e Jiu-Jitsu Team Ítalo Bareta, aqui em Paquetá! Uma bela carioca, paquetaense da gema, nascida em 3 de janeiro de 1999, Tiffany cursa o ensino médio e é moradora do PEC. Recebido com um sorriso acolhedor, começo meu bate-papo. Tal como na passarela do Menino & Menina, ela esbanjou simpatia. Lembro que, logo após a divulgação do resultado, Tiffany declarou não se importar em não estar entre as vencedoras, pois só o prazer de participar já lhe fazia vitoriosa. Minha primeira pergunta é sobre seu futuro. A resposta vem com firmeza: – Quero ser bióloga marinha.

Sérgio Castelli

E completa: – A melhor maneira de se prever o futuro é o construindo. Pergunto então sobre família e ela diz, prontamente: – Família é minha base. Minha vida. Sem ela não sou ninguém. Amo muito todos, mas muito, muito mesmo, minha mãe (Aline) e meu pai (Thiago).

N

O

embalo, quero saber sobre amizade. Ela, uma adolescente de muitos amigos no real e no virtual (1194 amigos no Facebook), responde: – Amigo é aquele que te dá conselhos, que quer o seu bem, que diz não quando você está errado e que sempre estará com você. Tenho muitos amigos é difícil até citar um. Porém, AMIGO é e será minha mãe. Quanto ao que gosta de fazer, diz que pratica esporte, vai muito à praia, pedala e, principalmente, joga muita conversa fora nas noites, na Praça Pedro Bruno, local de encontro dos jovens da ilha. Aproveitando a deixa, quero saber o que falta ao jovem em Paquetá. A resposta de Tiffany parece ser de um coral de outros jovens:

–Falta

diversão nos fins de semana, bons projetos educativos, esportivos e culturais. Falta que nos olhem. Vendo algumas fotos, volto

aos tempos dos grandes carnavais em Paquetá e a Unidos de São Roque, no qual Tiffany desfilava como Rainha Mirim. Com uma explosão de alegria, ela fala: – Amava desfilar, e desfilava para dar show. As fantasias feitas por minha mãe eram lindas e eu me sentia maravilhosa. Foram tempos inesquecíveis.

A

pós me despedir e agradecer, recebo suas últimas palavras nessa entrevista: – Amo essa ilha e agradeço por poder compartilhar um pouquinho de mim com todos os leitores do nosso jornal. Vlw (valeu).

Três momentos de Tiffany. Acima, Rainha Mirim da bateria do Unidos de São Roque. Abaixo, em seu quimono branco, no tatame onde treina jiujitsu, com a equipe de Ítalo Bareta. E, na foto maior, na Praia da Moreninha: graça e feminilidade que honram a tradição paquetaense


Algo de podre n

Secretaria de Transportes, Guarda Municipal, CCR... Desca No princípio, parecia apenas descaso. Depois, de incompetência administrativa mesmo. Mas, ao confrontarmos a posição efetiva das autoridades que deveriam zelar pela permanência de Paquetá como o bairro mais singular do Rio, a ficha caiu: a questão dos veículos motorizados parece ser apenas a ponta de um iceberg. E este iceberg é a derrubada branca, voluntariamente ou não, da legislação que até hoje protegeu a ilha da degradação e da especulação imobiliária. cenário que resultou de nossa apuração de informações causa perplexidade: a Secretaria de Transportes parece querer propositadamente ignorar as infrações ocorridas diariamente na ilha; o comando da Guarda Municipal, na Capital, parece desconhecer o que anda ocorrendo por aqui; a CCR Barcas diz que é direito do usuário trazer os motorizados; a R.A. prefere não responder às perguntas por nós encaminhadas.

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Uma conspiração para acabar com a ilha? Certamente não. Uma forma de, pela omissão, acabar com o único bairro central do Rio que resistiu à neurose urbana e não gera grandes lucros? Parece que sim. Para o carioca, a ausência de motorizados é a principal característica de Paquetá – e boa parte de seus atrativos decorre desta ausência, como a tranquilidade, o silêncio, o clima de cordialidade nas ruas, o ar de cidadezinha do interior. Com o trânsito de veículos motorizados, a ilha perde a graça. E, perdendo essa graça, faz com que a legislação especial que até hoje rege sua ocupação se torne inútil. Pode-se, então, construir prédios, multiplicar sua população por dez, criar um bom mercado consumidor. Os elétricos, assim, são uma boa jogada: por meio deles é possível derrubar essa legislação sem fazer força. A jogada: fechar os olhos e deixar com que seus moradores, sem perceber, derrubem a legislação. E é isso o que ocorre quando aquela morena bonita desfila com seu ciclomotor sem nem precisar pedalar: na sua ingenuidade, ela participa da grande jogada.

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Secretaria de Transportes: udo leva a crer que o cenário alarmante de Paquetá – com crianças de dez anos pilotando ciclomotores e circulação livre de motocicletas que alcançam até 60km/h – não incomoda a Secretaria de Transportes. Por meio de uma fonte da própria Secretaria, soubemos que paquetaenses ligados à Morena já tentaram contatos com assessores diretos do secretário Rafael Picciani, sem resposta. Pela mesma fonte, soubemos também que a R.A. vem tentando marcar uma reunião com Picciani desde sua nomeação, em dezembro. Em vão: Picciani parece simplesmente ignorar as solicitações. A Região Administrativa, por sua vez, decidiu calar-se. Após as garantias dadas à população e publicadas na edição anterior de A Ilha, voltamos a procurar a administração regional para saber em que pé estão as providências. Decorridos mais de dez dias do envio das perguntas, nada recebemos.

Como ganhar muito dinheiro na hora certa e sem se apoquentar

R. A. faz solicitações e é ignorada

CCR permite a vinda de cada vez mais motorizados

Guarda Municipal diz que não pode fazer nada

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Moradores circulam com bicicletas elétricas e motinhas

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Secretaria de Transportes ignora as infrações

Motorizados passam a fazer parte da paisagem da ilha

Autoridades continuam proibindo motores a gasolina para justificar que estão preservando Paquetá

Guarda Municipal Tentamos contato com o subcomandante Marlon César, que está à frente da corporação na ilha. Obedecendo a hierarquia da GM (que é quem fiscaliza as infrações de trânsito) , ele encaminhou nossas questões ao comando central. Mas o que recebemos foi a triste constatação de que a Guarda Municipal parece desconhecer o que tem acontecido: “no Rio, as bicicletas elétricas são equiparadas às comuns” foi, em resumo, o que obtivemos da Assessoria de Comunicação do órgão. r o bl e m a é q u e os elétricos que estão circulando em Paquetá não são bicicletas, mas ciclomotores, que não foram equiparados, e conduzidos a mais de 20km/h e por menores de 16 anos. São estas as duas condições que o decreto do prefeito estabeleceu para equiparar as elétricas às bicicletas comuns, e é nesse decreto que a GM se apoia para sua resposta. Se formos levar em conta a equiparação feita pelo Contran, que se sobrepõe à do prefeito, aí é que tudo desanda: as exigências são muito maiores (veja na edição passada de A Ilha), e nenhuma delas é cumprida em Paquetá. Portanto, infrações não faltam.

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Autoridades dizem que circulação de motorizados se torna “um fato consumado e não há mais o que fazer” Começam a circular carros elétricos, além das bicicletas e das motinhas Turistas que visitam a ilha comçam a achar que Paquetá “perdeu a graça” e que não é mais um bairro diferente dos outros

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nessa dinamarca

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aso, incompetência ou estamos sendo usados sem saber?

As novidades atraem novos moradores: aluguel cada vez mais barato e perto do Centro

Cada vez mais imóveis vazios e mais baratos

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Vai tomando força a ideia de que é preciso modernizar a ilha para atender “as necessidades da população”

Liberação do comércio em mais ruas

Expulsão de moradores, pelo aumento Enriquecimento do aluguel das construtoras Prefeitura arrecada mais impostos Enriquecimento dos acionistas de grandes redes

Transporte mais rápido nos horários de ida e volta ao trabalho, no continente

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Re t “q irad ue a d atr as ap ár alh vo am res ”

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D Moradores atraídos pela tranquilidade da ilha se mudam

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População carioca deixa de ver Paquetá como local turístico e passa a vê-la como bairro sem recursos

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Aumento gradual do número de andares para construção

ssim, a melhor forma de acabar com o 322, sem precisar mexer um dedo, é usar os próprios moradores para alavancar este processo. Basta fazer com que eles destruam o maior símbolo do diferencial de Paquetá: a tranquilidade de suas ruas e os bucólicos passeios de bicicleta. Feito isso, o resto é fácil. Depois, é só tornar a ilha igualzinha ao resto da cidade, com todos os seus problemas e neuroses, mas rendendo lucros para quem já está cheio deles.

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Fim das charretes, falência das pousadas e suspensão das barcas tradicionais

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Mas, tal como está, Paquetá não faz dinheiro: prédios não têm como ser construídos nem redes de lojas se estabelecerem, o translado para o continente não tem como ser lucrativo, os serviços de telefonia não têm como se expandir, e assim por diante. A população é muito pequena; não vale os investimento. O que sustenta todos estes “entraves ao desenvolvimento” é uma coisa só: o Decreto 322. É ele quem proíbe a circulação de motorizados e de construções acima de dois andares, entre outras coisas. É certo que o desrespeito ao decreto não é de hoje: entre outros pontos, por exemplo, ele determina que as fiações públicas têm de ser obrigatoriamente subterrâneas, e não por postes. Mas seu item mais simbólico – e aquele que todo mundo vê – é a proibição aos motorizados. Se essa proibição vira letra morta, o caminho estará aberto.

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rocuramos também a CCR Barcas, que tem funcionado como principal transportadora de veículos proibidos para Paquetá. Essa, então, tirou o corpo fora descaradamente, ignorando suas responsabilidades como gerenciadora de uma atividade que afeta obrigatoriamente toda a população: “não há Lei que proíba o usuário do transporte aquaviário de passageiros do Rio de Janeiro de transportar bicicletas elétricas nas embarcações da CCR Barcas”. Caberia então deduzir que a empresa também permite o transporte de armamentos, por exemplo, visto que não há qualquer lei que proíba o passageiro de levá-los “nas embarcações da CCR Barcas”! A justificativa para a omissão cúmplice da empresa é tão capenga que nem merece réplica, mas sua assessoria de comunicação consegue ser ainda mais desastrada: “Não cabe à concessionária cercear esse direito do usuário”, completou. Conclui-se então que, para a CCR Barcas, transportar cargas cuja única finalidade é o desrespeito à legislação é um “direito do usuário”. Não é à toa que a empresa é hoje odiada pela população da ilha, tamanha a irresponsabilidade que rege sua ação (a começar pelo cumprimento dos horários...).

Uma grande armação? Não sejamos paranoicos. É claro que não há um grande conluio para a derrubada do Decreto 322 (o que estabelece o zoneamento urbano do município e define Paquetá como uma Zona Especial). Demonstrações disso têm sido, por exemplo, o empenho e os planos de ação de outros órgãos municipais, como a Fundação Parques e Jardins e a Comlurb. Mas é claro também que a omissão dos órgãos que consultamos não beneficia o interesse público – mas, estranhamente, combina direitinho com os interesses de quem pode ganhar muito dinheiro com a derrubada do decreto. aquetá é um bairro muito próximo do centro financeiro e comercial do Rio – inclusive da zona portuária, para a qual há grandes planos. Possui enormes terrenos sem área construída e baratos, quando comparados a outros em bairros semelhantes.

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Derrubada da legislação que “impede o desenvolvimento de Paquetá e prejudica seus moradores”

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Demolição de “casas velhas”

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meio ambiente

•ARTICULANDO E DIVULGANDO NOSSAS INICIATIVAS CULTURAIS •APOIANDO ARTISTAS LOCAIS

Carlos Coelho é professor e músico André Bonancin

•PRESERVANDO NOSSO PATRIMÔNIO, MEMÓRIA E IDENTIDADE •PROMOVENDO O TURISMO CULTURAL

A COMUNIDADE PROTAGONISTA E BENEFICIÁRIA AÇÕES APOIADAS E INICIATIVAS DO PONTO: DOMINGO NO DARKE • CARNAVAL COMUNITÁRIO POESIA NA PRAÇA • PLANTAR PAQUETÁ • AUTO DE SÃO ROQUE • CINECLUBE PAQUETÁ • JORNAL A ILHA BOLETIM PAQUETÁ VIVA!

E EM 2015: EXPOSIÇÃO DE FOTÓGRAFOS E ARTISTAS PLÁSTICOS LOCAIS • SEMANA DO PATRIMÔNIO E DA MEMÓRIA CULTURAL • DEPOIMENTOS: CONTE SUA HISTÓRIA PARA ENTRAR PARA A HISTÓRIA

Algumas das atividades deste mês: Replantando Nossa História

01

A partir das 11h MAIO Plantio de quatro flamboyants na Praia da Moreninha. Vamos juntos recriar o cenário de uma linda história! Organização: Grupo Plantar Paquetá

Domingo no Darke

Dia dos Trabalhadores da Cultura e das Artes

03

MAIO

12 às 17h Exposições fotográficas, de artes, moda, acessórios, artesanato e serviços de moradores da ilha 12 às 13h Atividades para a criançada: Pescaria de Livros com Ruth Coelho e Histórias Debaixo da Árvore com Wander Paulus 13h Oficina de canto coral com a professora Cleide Diniz 13h40 Coral ViraCanto 14h10 Sarau Literário com o Coletivo Fulanas de Tal, da Baixada Fluminense 14h50 Rock 80 com Joãozinho Guedes, Carlos Bria e Mauro Guerra 15h30 Oficina de Dança Afro-brasileira e Coordenação do Movimento com a professora Wanja Bastos 16h Encontros Cariocas: cultura da paz, concedendo o título de Bairro-irmão de Paquetá a Madureira, com a participação da Companhia de Aruanda apresentando jongos e danças afro e populares.

CUIDE BEM DE NOSSA ILHA. VALORIZE E PRESERVE SEU PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO, PAISAGÍSTICO, SUAS ÁRVORES E SEU MODO DE VIDA.

AS PRÓXIMAS GERAÇÕES TAMBÉM MERECEM PAQUETÁ CADASTRE-SE E RECEBA O BOLETIM PAQUETÁ VIVA! paqueta@ilhadepaqueta.com.br www.facebook.com/paquetanarede

VEJA A PROGRAMAÇÃO CULTURAL NO PAINEL DA PONTE.

Nossa ilha: microssociedade na encruzilhada entre a conservação, a preservação e o desenvolvimento. Mas qual desenvolvimento?

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migos do Cantinho do Am- praticamente intacto. Assim como o Debiente, neste número iremos senvolvimentismo, o Preservadorismo não continuar o debate sobre os se mostra o mais adequado para a ilha, já motores elétricos na ilha, que há muito tempo temos modificado o conforme proposto no nú- ambiente natural. Então, para a ilha parece mero anterior, dessa vez ser o Conservadorismo o mais adequado ao nosso regime de vida. analisando já algumas colocações. No Conservadorismo é que apareceu o Antes de entrar na questão propriamente dita, é necessário um pequeno resumo termo tão na moda até hoje, Desenvolviteórico a fim de ter um direcionamento do mento Sustentável ou Sustentado, onde se pode caminhar mexendo no ambiente, que se pode fazer. Temos três poTemos mas mantendo as caracsições diante de qualterísticas naturais quer mudança que evoluir, nos o mais intactas que se queira desenvolver ou modernizar, mas possível, e com fazer em uma ao mesmo tempo pensando em ações apenas de microssociedade, como é a nossos filhos, que são a nossa baixo impacto. Esta é a tendência nossa de Paquetá. continuação no mundo atual no manejo dos Nós temos o que se pode chamar de vida própria, mas com grande ambientes natural e social. Embora seja interação física, geográfica e cultural com apenas um embasamento teórico, tem muito o restante da cidade da qual fazemos parte. a ver com a nossa ilha, de como podemos São estas três posições a Conservação, enxergar e conviver com as mais diversas a Preservação e a terceira não tem nome opiniões sobre cada questão, chegando a específico – mas é o que mais se vê e foi um ponto que possamos nos desenvolver, justamente o que fez com que o Homem evoluir ou modernizar – palavras sempre usadas pelos moradores e demais apaixocriasse os dois primeiros. nados por Paquetá –, aproveitando o que termo que de bom o Homem cria para si, para seu denota bem-estar, ao mesmo tempo pensando em mais prónós mas também em nossos filhos, que são ximo desa nossa continuação. te último é Desenvolra o que eu quevimentisria colocar, junmo. Mas tamente com o não quer que foi discutido dizer que até aqui, para no ele seja próximo número adotado a analisar a quesqualquer tão dos motores custo, a qualquer preço, pois é um modelo elétricos em si, que não se mostrou eficaz. Isso já vimos faz destacando o algumas décadas. Ele traz consequências que tem sido argrandiosas a médio e longo prazos, mas gumentado pelas no mundo estamos vivenciando atualmente pessoas e proisto: o preço de erros do passado. pondo o que se Justamente o Desenvolvimentismo pode ver, viver e desenfreado acabou criando as ideologias conviver do passado com o futuro, da Histódo Preservadorismo e do Conservado- ria com a Tecnologia, a tal da Modernidade. rismo, que também faz décadas que são Mas a Modernidade Moderna, e não aquela implementadas. No Preservadorismo não que já ficou velha e empoeirada de apenas podemos sequer tocar no ambiente natural, usar os recursos sem mantê-los. Este pra que deve ser totalmente mantido longe mim é que é o desafio. E é bem possível em da mão do Homem, precisa ser mantido Paquetá. O que acham os amigos?

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Um

super-herói é um personagem imaginário dedicado aos atos em defesa do interesse comum. Mas pode ser também um personagem real, humano, que inspire qualquer pessoa a agir melhor. Tá certo ou não tá? Meu mais-que-herói é um palhaço, sem armadura ou poderes especiais, que veste as roupas coloridas da alegria e traz pra si a responsabilidade de combater a tristeza, incansavelmente.

balança mais no cais

foi pioneiro no formato de programas infantis de auditório, desses que até hoje são produzidos por aí. “Eu inventei essas brincadeiras com crianças… Eu as pegava pra dar cambalhota, rodar bambolê, calçar sapatos, vestir paletó primeiro, brincadeiras com maçã e furar bolas”. Inúmeras vezes – na década de 1960 – fui levado por minha mãe à desaparecida TV Tupi, na Urca, pra vê-lo ao vivo ao lado de Fred, Zumbi e Meio-Quilo. E que delícia a sonoplastia da bandinha de Altamiro Carrilho pontuando piruetas, malabarismos e corre-corres. Até hoje acho que Américo, o tubista gordinho de bochechas rosadas, dava adeusinhos só pra mim. Era o Circo Bombril, rebatizado mais tarde Circo do Carequinha. Poxa, faz mais de 50 anos! Tá certo ou não tá? “…a Santo Antonio peço sorte nos amores / A São João eu envio meus louvores / A São Pedro que é porteiro lá no céu / Não barre a minha entrada quando eu for pro beleléu”. Carequinha morava em São Gonçalo, aqui defronte. Ele dizia: “Gosto daqui. E, além do mais, moro perto do cemitério. Quando eu morrer não vou dar trabalho a ninguém. Vou a pé pra lá”. Morreu aos noventa anos. Está enterrado no cemitério São Miguel, na dita cidade, onde, por incrível coincidência, está sepultada a maioria das vítimas do incêndio do Gran Circus Norte Americano, ocorrido em 1961, em Niterói. Acho que o destino agiu de propósito. Ele foi posto lá pra amenizar o sofrimento dos finados na tragédia. Tá certo ou não tá?

Oscar Bolão é músico e professor e pesquisador de música

Tá certo ou não tá? A palavra palhaço deriva do italiano paglia, que quer dizer palha. O nome pegou porque a roupa do comediante se fazia com o mesmo pano e enchimento dos colchões: um tecido grosso listrado, afofada com palha para amortecer as constantes quedas e estripulias. Tá certo ou não tá? O palhaço é lírico, inocente, ingênuo e frágil. Ele não interpreta, ele simplesmente é. Na busca dessa energia interior, cada ator desenvolve um estado pessoal de palhaço, com características particulares e individuais. Mas o que leva um sujeito a ser palhaço? Eu diria que amor. Porque só por amor se vive uma vida garimpando risos, aliviando as angústias do alheio. Eu diria que coragem. Porque é preciso coragem pra enfrentar o ridículo. Tá certo ou não tá? Queridos queridas e queridos, meu super-homem é o Carequinha.

G

eor

ge Savalla Gomes nasceu em Rio Bonito, Rio de Janeiro, aos dezoito de julho de 1915. Poxa, ele faria cem anos! Tá certo ou não tá? Filho de trapezistas, começou sua carreira aos cinco anos de idade, no circo da família. Em 1938 estreou como cantor na extinta rádio Mayrink Veiga. Divertindo e educando, com ele aprendi que “o bom menino não faz pipi na cama…”. Tá certo ou não tá? Primeiro artista circense a fazer sucesso na tevê,

#nossas raízes. colaboração: Paulo Cesar PC

amores da ilha: Ruthinha Ricky Goodwin

Hugo

A vida não é medida pela quantidade de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram a respiração.

Terezinha Pato

O segredo da vida não é ter tudo o que você quer, mas amar tudo que você tem!


encantos arquiteturais, por Ricardo & Neusinha Neusa Matos

A foto deste mês é bem representativa das rápidas mudanças pelas quais passamos nos últimos anos. No começo, só tínhamos o telex e era o máximo da rapidez. Mandava-se o texto, que, como por milagre, aqui chegava em tempo real e era entregue na casa do destinatário. Depois vieram os telefones operados por telefonistas. Poucas casas particulares tinham aparelhos.

Então, imaginem a importância da agência telefônica, com cabines em madeira, que, inaugurada no Beco da Coruja, funcionou até os anos 1960, sendo a grande ponte entre a ilha e o continente. Tão importante era que ficou pequena. As cabines eram insuficientes para o desejo/necessidade de se falar com o outro lado da baía. Paquetá ia aos poucos se inserindo no contexto da cidade, do mundo, que a cada dia ficava menor. Nosso isolamento passou a incomodar. ssim, se investiu em um moderno prédio, com a simpática azulejaria de autoria de nada menos que Aldemir Martins. O motivo escolhido pelo artista para a padronagem? Pássaros – esses nossos companheiros –, que estão ali enfeitando a entrada. Tinha muitas cabines e tão grande era que sobrou espaço e à agência telefônica juntou-se a dos correios. Enfim, estávamos equipados para o futuro. E o futuro chegou. As linhas de telefone baratearam e todos passaram a ter acesso. Chegaram os celulares, os computadores, os smartphones e o mundo diminuiu ainda mais. Diminuiu tanto que ficou sem espaço para grandes instalações telefônicas, sem espaço para as míticas telefonistas, e o Correio, de coadjuvante, passou a ser o único ator. E Paquetá cada vez mais perto, mais inserida no mundo. Só que não (2).

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Neusa Matos

Ricardo Cintra, arquiteto intuitivo

PARA SE SENTIR BEM NO MUNDO Lu

Ballet

Arte em Crochê

Um salto para a dança

Profª Vera Castro segundas e quartas, das 17 às 18h

Crochê e tricot sob encomenda Confecção sob medida Consertos e reformas de roupas em geral

R. Maria Freire 16 / 201 Tim: 9.7902.5724 Claro: 9.74224796 Vivo: 9.6741.0732

Clube Municipal

ENCONTROESPÍRITAKARDECISTAEMPAQUETÁ REUNIÃO ABERTA AO PÚBLICO

no 20 e no 40 sábado do mês (venha e traga um amigo) Próximas palestras (sábados, 18h): 09/05

Eduardo Henrique

23/05

Breno Araújo

RuaCoelhoRodrigues,48/fundos

Cristina Estampas Tel: 3397-1727 e 9.9766.7008 crisazevedo@uol.com.br FaceBook: Cristina Azevedo Instagram: CRISMDA

Natação infantil & Hidroginástica 3as e 5as - Manhã e Tarde 9.9997.0048 (Orlanda) Rua Padre Juvenal, 730 Venha nos conhecer!

Dr. João Carlos Cortes, penteados para casamentos, bodas, reflexo. Com a manicure Martha (995178189) Comendador Lage, 93 apto. 101 cel: 96811.5582

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Shiatsu

Terças e quintas Tel: 7985 5049 e 8150 9882


Cláudio Marcelo fotos: Márcia K

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A criançada deu sua presença, mas na hora da malhação dos judas (no alto) a correria ficou por conta dos maiores (embaixo). Muita gente atendeu ao pedido dos organizadores e foi fantasiada. Tomé Eu Mesmo arrasou com seu modelo coelhinho pelado Ize Sanz Neusa Matos

M

s a Parques e Jardins não encontrou o caminho de Paquetá sozinha. Tudo começou cerca de 2 anos atrás, quando o Plantar Paquetá – grupo de moradores que vem fazendo por conta própria o plantio e a preservação de árvores – iniciou os primeiros contatos com a instituição. Em agosto de 2013, diretores e técnicos da FPJ visitaram a ilha, a convite do Plantar Paquetá, e se encantaram com a beleza e o potencial paisagístico. E acabaram por desenvolver um amplo estudo para identificar locais ideais para receber novas árvores. Visita da Diretoria O presidente e parte da atual diretoria da Fundação visitou nossa ilha agora em 6 de abril (leia mais na seção O que acontece na ilha) e planeja usar este estudo em

um projeto mais abrangente, que inclui não só o plantio, mas a recuperação de praças, construção de anfiteatro e muito mais. Daquele caminhão de mudas – que cruzou a baía graças ao apoio da R.A. de Paquetá – os primeiros flamboyants foram plantados no mesmo dia, na Praia Grossa. As mudas de bougainvilleas em breve irão ornamentar o caramanchão dos Tamoios, o pergolado do Parque dos Tamoios e as colunas de Pedro Bruno que ficam ao lado das charretes (e o mais legal: a pedido dos próprios charreteiros). Levantamento da Comlurb Outra iniciativa bacana veio da Comlurb, responsável pela poda de árvores no Rio de Janeiro. Uma engenheira florestal da companhia passou dois dias na ilha, acompanhada pela R.A. e pelo Plantar, fazendo um levantamento das árvores que precisavam de intervenção. O caminhão de poda e uma equipe de 10 pessoas foram enviados do Rio para realizar o trabalho, quase que integralmente já concluído. Hoje, Paquetá existe para a Fundação Parques e Jardins; a Comlurb também sabe o que queremos e precisamos. Hoje, as pessoas perguntam quando vai ser o próximo plantio ou evento de troca de mudas do Plantar Paquetá. Hoje, as redes sociais denunciam nomes de vandalozinhos chinfrins que destroem árvores recém-plantadas. Paquetá tem muitos problemas importantes com que se preocupar. Mas o sucesso dessas ações voltadas para o verde – leia-se: para o bem-estar das pessoas – mostra que um trabalho conjunto e apaixonado dos moradores pode colher um belo futuro para nossa ilha.

Neusa Matos

vem sendo um ano fértil para o verde de Paquetá. Mesmo sofrendo com a escassez de chuvas, nosso patrimônio arbóreo (horrível, concordo; mas o nome é esse) tem crescido e se multiplicado, alimentado por uma série de ações da população da ilha e de órgãos do governo. Dezenas de mudas Um grande momento aconteceu no último dia 10 de fevereiro. Na manhã daquela terça-feira, um caminhão da Fundação Parques e Jardins (FPJ) desembarcou da prancha transportando uma valiosa carga: técnicos, operários, terra adubada, ferramentas de jardinagem e quatro dezenas de mudas de flamboyants e bougainvilleas de excelente qualidade, prontos para o plantio. Para quem não sabe, a FPJ é vinculada à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que é o órgão que cuida, entre outras coisas, das praças e parques da cidade.

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omovido pelos moradores e pelos poucos comerciantes da área, tendo a frente Paulo Zarur, a festa do sábado de Aleluia na Rua Cerqueira começou de tarde e foi até altas horas da noite. Com uma banda especialmente contratada e com a tradicional malhação de Judas, o evento reviveu o sucesso do carnaval deste ano - que transformou a rua no Cerqueirão, palco de eventos no Campo (e já está agendada a festa junina que ocorrerá lá: 20 de junho). A cerveja sempre geladinha de dona Maria e seu Antônio, do Manduca, fez com que a varanda da padaria ficasse lotada. Mas a animação se espalhou pela rua toda, que contava ainda com uma barraca de Zarur que, além de bebidas, vendia alguns quitutes: bolinho de bacalhau e seu famoso pastel. A banda Cerqueirão foi uma atração à parte. Com cavaquinho, percussão e um naipe de metais, ela garantiu boa música, sem deixar de lado a animação que se espera de uma banda de carnaval. Ao fim, os moradores capricharam na malhação do casal de Judas, que ficaram à espera pendurados no muro da casa de Ize Sanz, colaboradora de A Ilha e mais nova moradora do Campo (quando sua obra de igreja finalmente terminar...).

Ize Sanz

2015

No alto, funcionários no caminhão enviado pela FPJ. Acima, Dejane dá uma mão a Ricardo Saint Clair, do Plantar Paquetá, que a observa. Ao lado, Isaías e Érico, da FPJ, durante o plantio na Praia Grossa

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Neusa Matos

Aleluia no Cerqueirão Iniciado o plantio das 40 novas árvores agitou o Campo trazidas pela Parques e Jardins

foto do mês: Toni Lucena


Fotos: Jim Skea

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s pais, avós e tios corujas adoraram, mas nós – que nada temos com isso – também ficamos encantados com a apresentação de em sua nova montagem em

Um rei em Paquetá

2015

, que nada ficou a dever ao espetáculo original, de 2009. A remontagem, em comemoração aos 460 anos do descobrimento da ilha pelos portugueses, teve vários dos participantes originais – seja no palco ou como membros da Orquestra Jovem Paquetá, que fez o acompanhamento do espetáculo, ou do Coro Infantil Paquetá. Com libreto de Conceição Campos e música de João Guilherme Ripper, a obra conta a vinda da Família Real para o Brasil, no século XIX, a relação de Dom João VI com a ilha e como ele acaba por contribuir para a formação da identidade de Paquetá. Mais do que um simpático espetáculo com equipe infanto-juvenil (mais de 40 crianças e adolescentes, a partir dos sete anos), o que sobressai no musical é o apuro técnico do trabalho. Com regência de Bruno Jardim (que fez a direção musical, juntamente com Carla Rincón), direção artística de Josiane Kevorkian e cênica de Bruno Salgueiro, Um rei em Paquetá foi encenado nos dias 3 e 4 de abril, no Iate Clube, após apresentações no Centro Cultural Light, em março.

Declarações e Recados ANITA Amor de moça, bonita, educada, bom coração. Te amo muito. Sua vovó Sua mensagem também pode estar aqui!

No Campo, ligue para Tomé (9.9425.7984). Na Ponte, para Vilma (9.9823.8001). Apenas R$15,00!

Maria, minha filha: O teu nome principia na palma da minha mão. (Ai, mãe, que mico!!!)

Princesa branquinha, Você demorou tanto que parti pra outro reino. Mas te guardo no coração. J.N.

Ô, Pretinha. Fiquei amarrado na sua _ _ _ _ _ _ _ _. Antonio T.

Dilma, Te gosto muito, a filha que todos gostariam de ter. Sua mãe te ama e envia muitos beijos. Vilma

Alice, Não sei se o mundo é bom, mas ele ficou muito melhor quando você chegou! Beijos da sua vovozinha

Márcia, Você é a chefa que todo revisor pediu ao editor. Claudio

MARINA, Sua visita fez a ilha mais bonita e meu coração mais feliz. DINDO BO

Mostre ao mundo o tamanho de seu sentimento! Ponha aqui sua mensagem na próxima edição de A ilha. Apenas R$15,00


falando de cultura

Procurem fazer! Procurem saber!

Flavio Aniceto é produtor cultural e cientista social

L

uz Del Fuego, nascida em Cachoeiro de Itapemirim/ES, em 1917, e assassinada em sua residência, aqui na Baía da Guanabara, em 1967, viveu intensos 50 anos e alguns meses. Foi uma mulher rebelde e revolucionária, na vida e no comportamento, muito antes da galera pensar apenas em com quem vai ficar esta noite ao som de algum proibidão. Ela mostrou atitude na prática, e chocou a sociedade e as famílias tradicionais de então (inclusive a dela, que era rica e tradicional). E foi nossa vizinha, morando na Ilha de Tapuama de Dentro, depois batizada por ela de Ilha do Sol, aqui na Baía da Guanabara. Alguns moradores mais velhos a conheceram ou ouviram dos seus pais e avós histórias sobre Dora Vivacqua – este era o nome dela, antes de se tornar atriz, vedete, dançarina, performática e militante feminista naturalista (mesmo que estas ideias ainda não circulassem tão claramente no Brasil, ainda mais quando vivíamos sob um regime autoritário, quando tudo era proibido). Procurem saber!

A liás, é sempre bom lembrarmos que nem todas as novidades que inventaram que nós inventamos para nós praticarmos foram inventadas na nossa geração, ou neste dia, nesta noite. E vocês, galera, que novidades estão inventando? Mas novidades mesmo, não cópia do que já existe. Procurem fazer!

Basta uma frase: curti demais o silêncio e a paz. Aliás, continuo: como disseram Braguinha e Alberto Ribeiro, fim de semana que transforma a gente em bando alegre de colegiais.

Áurea Martins. Cantora, Prêmio da Música Brasileira 2009 (antigo Prêmio Sharp)


Informativo da Morena Este espaço é uma cortesia do jornal A Ilha à Associação dos Moradores, que é inteiramente responsável por seu conteúdo. As informações e opiniões não são necessariamente apoiadas pelos editores do jornal.

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ASSEMBLEIA MORENA

10h – Salão da Igreja

Madame Sanz. Ariana, metida a engraçada, quase cigana, astróloga, numeróloga e alcoólatra

Para a transa ser incrível...

Os segredos dos signos no sexo!

Quer se associar? Ficar em dia?

PROCURE VILMA, A MULHER DO OURO

MAIO

(SÁBADO)

signo com humor

Valor da trimestralidade: R$ 15,00 Não tema! Ligue e se acerte com ela.

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PARA CURTIR

em breve

Bodega Paquetá CERVEJAS E CACHAÇAS ESPECIAIS DOCES FINOS no coração da Ponte

JORGE CAPADÓCIO Estalagem

(antigo Recanto São Jorge) sob nova direção

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Áries

• Ela: é um verdadeiro furacão na cama. Ousada nas táticas de sedução, toma a iniciativa sem medo e quer tudo do seu jeito, claro, mandona! Adora novidades e • Fantasia: ele sonha em se vestir de policial desafios. Confiante, não é do tipo submissa. e ela quer viver uma domadora. • Ele: é um sedutor nato. Envolvente, domina- • Seduzir uma pessoa de Áries: Para chamar dor e seguro de si, quer mostrar que é viril, a atenção de alguém de Áries, acenda um ficando horas na cama. Gosta de aventuras incenso de mirra e passe a fumaça em e de surpreender, mas não curte perder uma peça de roupa vermelha. Use a roupa tempo com preliminares. quando for ao encontro de quem deseja e, • Ambiente: um lugar aberto ou em contato ao avistar a pessoa, diga: “São Jorge, santo com a natureza. guerreiro, atraia o olhar dela para mim”. • Zonas erógenas: costas, parte interna das Quando o incenso acabar, sopre as cinzas coxas e nuca. para o lado em que o sol nasce. Se não der • Posições: para elas, as que ficam por cima. certo... De qualquer maneira, bom sexo!

- Diárias com café da manhã - Alugamos espaço para eventos Rua Maestro Anacleto, 258 – Campo

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esportes

Pesca de caiaque

Essa chegou pra ficar!

Glênio Carneiro Maciel é dirigente esportivo e estudante de psicologia

Joaquim Novaes

A amizade é tudo: dos papos ao futebol

Joaquim Novaes e a mulher, Denise, junto com amigos e seus caiaques

Há tempos que a pesca de caiaque não é no- Ele é bastante seguro e não vira. Hoje temos vidade fora do Brasil, seja em represas, rios, um novo modelo, Caiman 100, que permite lagos ou no mar. Porém, para os brasileiros, que você pratique stand up sem o instrutor. E essa modalidade também está se tornando você pode comprar um caiaque para pescar comum: já existem muitos pescadores com seu amor! Quando me mudei para Paquetá, três indo com seus caiaques até onde o peixe anos atrás, comprei está. É uma pescaria de baixo custo, Dia 2 haverá um encontro logo o meu. Depois, possibilitando que nacional de caiaqueiros comprei pra Denise e alguns amigos copessoas de todas na Praia Vermelha. meçaram a adquirir as classes sociais tenham acesso. Não Em Paquetá, eles já são os seus: o Ronald, o George e Viviane, o é preciso carteira de pelo menos dez Elias, o Sr Gilberto, e Arraes amador ou mestre para conduzir sua embarcação, outros que passaram por mim navegando. Já contei uns 10 caiaqueiros em Paquetá. tampouco registro na Marinha. Este tipo de pesca está virando febre Pra todas as idades entre os pescadores do Rio de Janeiro e Além de praticar um esporte, você vai crescendo em nossa Paquetá. Além de ser conviver com a natureza. Com meu caiaque, mais produtiva, nela você tem a liberdade de conheci toda a ilha de Paquetá vista pelo mar! explorar novos pesqueiros. O contato com a Conheci de perto várias ilhas, como Brocoió, natureza também é uma forte tendência para Pancaraiba, Pedra Rachada, dos Lobos, quem quer adquirir um caiaque. Pedra da Caveira e um lugar maravilhoso, de A cada remada, uma nova aventura e águas cristalinas: a Ilha das Folhas. E uma uma nova pescaria. Na maioria dos caiaques coisa importante é que, remando, você estará abertos, os mais adequados para este fim, fazendo uma atividade física importante para você pode levar todo material de pesca, o seu corpo. A sua idade não importa. alimentação, âncora, e tudo que um bom Eu fui a um encontro de caiaques na pescador precisa. Existem velas, motores Praia do Zumbi (Ilha do Governador). Ane até sonares que podem ser acoplados tes de chegar lá, eu estava pensando que à embarcação, mais isso vai depender do ganharia um brinde por ser o caiaqueiro poder aquisitivo e da necessidade. E mais: mais velho, com os meus 54 anos. Mas fiquei surpreso, pois, entre cerca de 300 é rápido aprender a conduzi-lo! caiaqueiros, havia senhores e senhoras de Pesque com seu amor até 75 anos remando. São dois tipos de caiaque: os simples, Para festejar os 450 anos do Rio, no dia 2 para uma pessoa, e o duplo, para duas. O ta- de maio haverá um encontro nacional de caiamanho varia de 3,05 metros de comprimento queiros na Praia Vermelha (Urca), patrocinado e 0,75 metros de largura até 3,90 metros pelo jornal O DIA e com apoio da FEPELERJ de comprimento e 0,88 metros de largura. – Federação de Pesca e Lançamento do Rio O peso é de 18 kg a 32 kg. A capacidade de Janeiro - e de lojas de pesca. É aberto ao (peso que ele suporta para não entrar água) público, não precisa ser caiaqueiro. depende do modelo, vai de 145 kg a 240 kg. Este ano tentarei marcar um encontro de Resumindo: se você pesa 90 kg, o ideal é caiaques aqui em Paquetá. Por enquanto, comprar um com capacidade para 145 kg. estou procurando patrocinadores. Um abraExistem pessoas que compram este tipo ço a todos os paquetaenses! de caiaque para pesca, outras para passeio, mas o fundamental e obrigatório nos dois casos é estar de colete salva-vidas. A embarcação vem com duas escotilhas para você colocar: celular, câmera fotográfica, protetor solar, etc. Tem local para levar um isopor com iscas, água, refrigerante e porta caniços.

Todos os apaixonados por futebol na ilha já estão começando a ficar ansiosos pelo nosso campeonato. Muito se fala sobre a ida de jogadores para um ou outro clube, mas nada concreto. Não se tem certeza de quando começarão os jogos e torneios que sempre antecedem a nossa grande disputa. Visto que isso só deve acontecer lá pra junho, A Ilha quer que seus leitores conheçam um pouco de cada time que participará do Paquetaense 2015. Começamos escolhendo dois que têm uma coisa em comum: surgiram de amizades. Primeiro, o Tudo Nosso, depois o Eu+10. Tudo Nosso e seus dois títulos time teve origem em um grupo de amigos que gostavam de jogar bola, alguns inclusive com passagens pelo Municipal, como Diego Barros. Além do Diego, estavam na sua fundação Jackson, Michel, Bid e B.A. O time possui dois títulos, ambos conquistados nos pênaltis. Em 2011, foi campeão vencendo o Praça do Campo: perdia por 1x0 até os 40 minutos do segundo tempo, quando Andrezinho acertou um chute no canto e levou a decisão para os pênaltis. Tudo foi festa depois que o goleiro Leandro defendeu dois deles. O segundo título, em 2013, foi justamente em cima da outra equipe sobre a qual falaremos hoje, o Eu+10. A decisão foi para os pênaltis após uma partida emocionante, empatada em 4x4. Para os supersticiosos, 2015 pode ser o ano de mais um título para o clube, visto que suas conquistas foram em anos ímpares, após fracasso no campeonato anterior. O Tudo Nosso conta com jogadores como Jonas, Caio e Rodrigo e é um forte candidato a vencer o Paquetaense.

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A emocionante final do Paquetaense 2013: corações na boca até a decisão por pênaltis. O Tudo Nosso levou o campeonato, pela segunda vez. Mas o Eu+10 não deixou fácil Fotos: Cláudio Santos

Eu+10: correndo atrás Fundado em 2009 por membros do até então “Bonde da Nike”, o Eu+10 tinha como objetivo reunir os amigos e entrar no campeonato, o que ocorreu em 2010. Para isso, utilizou jogadores da equipe do Municipal que disputou o Departamento Autônomo de 2009. A maioria dos meninos da ilha, como foram apelidados, tinha em torno de 18 anos. Na estreia, foram eliminados pelo Praça do Campo, após uma confusão durante a partida.

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Eu+10 corre atrás do seu primeiro título. Já chegou perto em 2013, quando perdia para o Tudo Nosso por 4x2, empatou o jogo, mas acabou perdendo a final nos pênaltis. No ano passado, foi eliminado pelo Itaoca, que se sagrou campeão. Atualmente possui a mesma base dos anos anteriores, com destaque para o goleiro Ian, que tem se mostrado um monstro sob as traves, o eficiente meiocampo Bel e a volta do cabeça de área Dal. O time, também reconhecido por ter jovens promessas no elenco, conta com Palombetinha e Felipinho, que prometem deixar as defesas adversárias nervosas. Apresentamos assim um pouquinho da história do surgimento dos times que sempre estão disputando a liderança do campeonato. A semente para isso sempre foi a amizade. É muito comum encontrar jogadores do Tudo Nosso e do Eu+10 bebendo juntos após a rodada. Na próxima edição, traremos um pouco da história dos times da Moreninha e da Colônia. E que venha logo o Paquetaense! Estamos ansiosos!


crônicas de paquetá a vida é como ela é julio marques

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Pois é. Como diz meu caro amigo Afon- Valter, Liana, sem Mauricinho, sem Silvinha gaivotas e fragatas e sinho, às vezes se fica dando tapa no vento. Maconha. Em 2016, meio século sem eles. serras ao fundo, porque já adivinho a chegada a Fiz Paquetá. Para quem, como eu, já mergulhou no Que saudades da Mimi, que tinha uma terno e gravata de 8 às loja de disco em frente ao Teatro Opinião, 18, parece um grande onde tocava muito Roberto Ribeiro, e o Lefê boato, uma ficção que inventei para poder frequentava. Ambos sumiram. estar junto da Moça da Saia Curta, vendo Só vou mudar de assunto porque a Bundinha Feliz e a Beldade passearem são lindos os salmos bíblicos que a Gigi em frente à Cantina, enquanto o Serginho anos dia 7 de abril ! Que incrível. Mais incrível ainda foi acabar vindo morar transcreve, e eu, que além de ateu era pre- Cabeleireiro inventa mais uma fantasia em Paquetá e viver na rua, andando a pé ou conceituoso até com preceitos de Maomé, sobre a ilha de sua adolescência. de bicicleta, sem obrigações, conversando demonizados pelos americanos na cobiça Como dizem a Mary e a Cristina, as do petróleo alheio, passo a perceber que os coisas só valem a pena serem feitas as conversas mais diferentes, e ouvindo o árabes pregam o respeito ao outro. quando divertem. Francimar falar sobre a vida e o Zaru chamar Embora não seja chegado a religiões, o Bené de corno. Há momentos em que tudo o que faz não há como deixar de louvá-las, porque sentido é ler os textos que o Otávio me são uma tentativa de explicar o que ainda manda, do Wanderley Guilherme ou do não se sabe. Deixando isso pra lá, não é verdade que Pedro Celestino, pensando sobre o Brasil e o mundo, ouvindo as músicas que a Cristina alguém possa dizer, como a Piaf , “non, je escolhe a cada dia, e convivendo com minha ne regrette rien”. Há sempre oportunidades neta, vendo suas descobertas, conversando perdidas. Mas me acalmo desde a Praça XV com ela como se fosse comigo mesmo. E pensar que em 1986 já se haviam – onde até a Bundinha Feliz passeia no , passado 20 anos de 1966. Vinte anos sem futuro jardim –, passando pelo Paço com a Ilka e Nuti, sem Elsa, sem Luis, sem a Arlequim e atravessando a baía, vendo enquanto ora ouço rock no 40 Graus da

Caramba.

Eu

Paquetá está no município do Rio: não é preciso DDD nas ligações para a capital.

Pra quem já mergulhou no terno e gravata de 8 às 18, parece um grande boato Imbuca, ora vejo o Pedro Amorim dedilhar o bandolim no Carecão, pouco me importo se a felicidade é tão barata. Ela vale o peso do mundo em ouro. Que saudade de não ter visto a Elizeth

cantando no chuveiro do Seu Seraphim, acompanhada ao violão pelo avô da Magda, sentado no peixe do Pedro Bruno.

Julio, feliz mas achando que o sucesso embriaga e, às vezes, a gente tem de virar a página.

um passeio em pqt

O contorno do litoral pode ser feito a pé em 45 minutos, sem correria nem paradas. De bicicleta, leva cerca de 25 minutos.

Logo na saída da estação das barcas na ilha, à direita, um painel oferece algumas opções de roteiros turísticos.

Paquetá > Praça XV

Pontos turísticos

Igreja Bom Jesus do Monte Caramanchão dos Tamoios Canhão de Saudação a D. João VI Árvore Maria Gorda Preventório Rainha Dona Amélia Escola Pedro Bruno Poço de São Roque Coreto Renato Antunes Capela de São Roque Casa de Artes Pedra da Moreninha Ponte da Saudade Pedra dos Namorados Casa de José Bonifácio Mirante do Morro da Cruz Cemitério de Paquetá Cemitério dos Pássaros Farol da Mesbla

Praças e parques Telefones úteis

Barcas (estação de Paquetá) - 3397 0035 Barcas (central de atendimento) - 0800 7211012 Bombeiros - 3397 0300 Cedae - 3397 2133 (água) / 3397 2150 (esgoto) Comlurb - 3397 1439 Farmácia - 3397-0082 Gás (fornecimento de bujão) - 3397 0215 Hospital (UISMAV) - 3397 0123 / 3397 0325 Light - 0800 282 0120 Oi Telemar - 3397 0189 PM - 3397 1600 / 2334 7505 Polícia Civil - 3397 0250 XXI R.A. - 3397 0288 / 3397 0044

Pedro Bruno Fernão Valdez Atobás (Quadrado da Imbuca) Tiês Lívio Porto (Ponta da Ribeira) Mestre Altinho Bom Jesus do Monte Manoel de Macedo São Roque Ex-Combatentes Alfredo Ribeiro dos Santos Pintor Augusto Silva Parque Darke de Mattos Parque dos Tamoios

Praça XV > Paquetá

Dias Úteis Dias Úteis 05:30 > 06:40 05:30 > 06:20 06:45 > 07:35 07:00 > 08:10 08:45 > 09:35 07:45 > 08:35 10:15 > 11:25 09:45 > 10:35 10:45 > 11:35 11:45 > 12:35 13:20 > 14:30 12:00 > 13:10 15:30 > 16:20 14:40 > 15:50 17:30 > 18:20 16:30 > 17:20 18:30 > 19:40 18:30 > 19:20 20:00 > 20:50 20:00 > 21:10 22:15 > 23:05 21:00 > 21:50 00:00 > 00:50 23:10 > 00:00 FdS e feriados FdS e feriados 04:30 > 05:40 06:00 > 07:10 07:00 > 08:10 08:30 > 09:40 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 22:00 > 23:10 23:30 > 00:40 00:00 > 01:10 Em negrito, horários com barcas abertas (tradicionais). Em itálico, os horários previstos de chegada.

Localidades

Viracanto Levas-Meio Rua dos Colégios Ladeira da Covanca Morro do Buraco

(Morro do Gari)

Pau da Paciência Árvore do Sylvio Colônia Cocheira Morro do Pendura Saia Morro do PEC

(Morro da Light)

Rua Nova Colônia da Mesbla Curva do Vento Beco da Coruja

Serviços

Banco Itaú Banco do Brasil e Caixa Econômica (Loja lotérica)

Hospital (UISMAV) (3397.0123 / 0325)

Aparelhos de ginástica (jovens e maduros)

Aparelhos de ginástica (idosos)

Mesas para pic-nic ou jogos Mictórios Farmácia (3397.0082) Brinquedos infantis


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