Jornal a ilha N-27

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editorial

A equipe que está à frente de A ilha têm recebido não apenas estímulo como, também, muitos elogios. É claro que gostamos. E é claro também que muitos moradores não resistem à tentação de comparar nossas duas únicas edições com as 24 publicadas por Sylvio durante dois anos, sem interrupção. Vários nos dizem que o jornal está mais informativo, que está mais bonito ou que está mais dinâmico. E há também aqueles que consideram que A ilha era melhor antes. Só que não estamos competindo com Sylvio, mas continuando o trabalho dele. Temos feito modificações, e certamente faremos outras – como ele mesmo: basta pegar algumas edições para constatar como nosso amigo alterava o projeto gráfico, como variava os colunistas etc. O legado de Sylvio não é uma prisão, mas uma inspiração. Além do mais, competir com o que ele fez é mau negócio: nós sempre sairemos perdendo. Primeiro, porque é natural que haja melhorias quando mais de dez pessoas estão realizando um trabalho antes feito por uma só. E, segundo, porque estamos aqui porque ele criou e solidificou A ilha, e porque mostrou como um jornal comunitário deve ser feito para ter a identificação da sua comunidade. Mesmo que orgulhosos, somos apenas seguidores – e ainda aprendizes. André Villas-Boas.

expediente

cartas

Boa pergunta sobre as savelhas

Alguém pode me explicar? Se a mortandade dos peixes não tinha nada a ver com poluição ou produtos químicos , por que não vimos os pássaros e os urubus se alimentando dos peixes mortos, nem dos que estão agonizando? Isolete Mendes Esta é uma boa pergunta que, salvo engano, ninguém fez publicamente. Se estavam bons, por que não comê-los...?

Livros que vem aí Dois escritores estão terminando de escrever livros ligados a Paquetá. Um foi criado na ilha – Jorge Roberto Martins. Seu trabalho reune poemas, lembranças e histórias de Paquetá e sobre paquetaenses. Outro é morador recente, há dois anos – Marco Antonio de Carvalho. Ele está finalizando um romance de mistério que se passa na Paquetá de antigamente.

O risco Sylvio

Nunca pensei na amizade como um perigo, até me tornar amigo do Sylvio. O risco de ouvir, de falar, de propor movimentos, de levar e ser levado, atrair e ser atraído... por pouco não fomos, Gabriela e eu, viver em Paquetá; até apartamento visitamos (de uma amiga, claro). O afeto é perigoso, sempre, mas com Sylvio era mais. A edição de outubro de A iIha mostra isso tão bem. Da belíssima página 1 à 16, do editorial do André – que afirma o bem coletivo, produtivo, aglutinador, querido e gostoso (como Sylvio...) – à crônica do Julio, que faz literária interlocução nesta poderosa passagem (e a destacar a tocante carta da mãe e da tia), tudo é amizade, respeito, admiração, encanto, amor, compromisso, paixão, parceria, comunhão, cidadania. E isso tudo é um perigo! Flávio Lenz E como é bom viver perigosamente, não...?

Cantinho da saudade

A ilha é um jornal comunitário mensal, orgaGostaria de dar uma sugestão para matéria nizado, elaborado e mantido pelos moradores do jornal A ilha: um cantinho da saudade, onde da Ilha de Paquetá. moradores antigos e conhecidos pudessem Mentor e fundador Sylvio de Oliveira (1956- ser homenageados, as pessoas poderiam 2014) | Equipe Ana Pinta, André Villas-Boas, mandar fotos de seus familiares e de si próprio, Antônio Tomé, Cristina Buarque, Flávio Aniceto, Jorge Roberto Martins, Júlio Marques, Márcia para mostrar quem são veteranos da nossa Kevorkian, Mary Pinto, Ricky Goodwin, Ruth Paquetá! Que tal? Dione Lucas Coelho, Vilma Leocádio | Jornalista respon- É uma boa ideia, e vamos pensar nela. Mas, sável André Villas-Boas. Reg. Prof. 18583 | As Dione, o jornal tem uma seção semelhante ao informações e opiniões constantes nas matérias que você propõe, o #Nossas Raízes, adminisassinadas são de exclusiva responsabilidade de trada por nosso colaborador PC. Converse seus autores, e não necessariamente avalizadas com ele sobre isto e encaminhe suas fotos pelo jornal | Impressão DGD Artes Gráficas para ele, que administra também a página Ilha (3882.4431) | Tiragem 2.000 exemplares | de Paquetá no Facebook. Também temos a Contato editoria@jornalailha.com seção Amores da ilha, que mostra moradores Ano III, número 27, dezembro de 2014. queridos pela população. Este número de A Ilha foi possível Light graças à participação dos anunciantes e Uma vergonha o que tem acontecido com às contribuições financeiras de a Light. Nós temos que pagar uma conta cara Maria Holanda Adílson Martins que tem tributos e mais tributos, e ficamos Agnaldo Wanderley Maria de Fátima sem energia duas vezes em um espaço muito André Villas-Boas Amorim pequeno de tempo. Hoje fiquei sem trabalhar Cristina Buarque Maria José de no ecotaxi de manhã pois não tinha baterias Dona Guiomar Oliveira carregadas pra usar; o meu filho precisando Ialê Faleiros Marília e Sylvio Sá usar nebulizador. Quem paga isso? Na hora Isabel O. da Luz Mary Pinto Jim Skea de cortar a luz é rápido e pra reestabelecer Nadja Barbosa Júlio Marques demoraaaaaa... Enfim, vergonha cabe a Padre Nixon Laize Senra quem pode se manifestar. Nos sentimos uns Regina Linhares e Fernando babacas! Paulinho Batera Ricardo e Leonardo Couto Márcia Bichara Lourdinha e Envie sua carta pelo e-mail Rubens S. da Silva Wanja Bastos cartas@jornalailha.com Marcílio Freire Zeca Ferreira

Livro que acaba de sair E este mês saiu o novo livro de poemas de Maria do Carmo Zerbinato, que publica seus trabalhos aqui em A ilha, na coluna Cantinho da Vovó. Intitulado Vice-versa..., a edição estava sendo preparada por Sylvio, em seu selo Poetas de Paquetá. Com a morte de nosso amigo – a quem a autora dedicou um poema, publicado aqui no jornal, na edição de setembro –, Maria do Carmo saiu à procura de alguém que pudesse finalizá-la. A vovó é danada, e é um bom exemplo para os autores que ficaram órfãos das edições de Sylvio.

Castração on line O serviço gratuito de castração de cães e gatos oferecido pela prefeitura agora pode ser solicitado pela internet. É marcada uma hora específica no posto de esterilização escolhido pelo usuário (no continente) e os donos dos bichinhos (e os bichinhos) não têm mais que ficar nas filas. Veja em http:// www.rio.rj.gov.br/web/sepda/servicos. Na Sapucaí com Vera Castro

Ainda entusiasmada com o sucesso da festa de comemoração pelos dez anos de seu Ballet, realizada no dia 14 no Municipal, Vera Castro está arregimentando meninas que queiram desfilar na Escola de Samba Mirim de Vila Kennedy, na Marquês de Sapucaí. É o terceiro ano consecutivo que ela tem esta iniciativa. Junto com as alunas do balé, as meninas formarão a Ala das Máscaras Negras, que será coreografada por ela (não é necessário saber sambar). As fantasias serão cedidas gratuitamente, bem como o transporte de ida e volta para as 30 crianças que participarem.

Filha de peixe... Magda Mittarakis, moradora de Paquetá e que sempre participa das edições do Domingo no Darke, está com suas obras sendo expostas com destaque no Museu Internacional de Arte Näif, que fica no Cosme Velho. Em tempo: seu sobrenome não é em vão. Ela é filha de Lia Mittarakis, paquetaense de coração que se tornou uma das expoentes da pintura näif no Brasil.

Rainha do samba A sempre animada Dona Gilda foi eleita Rainha do Samba no último dia 13, no concurso realizado na tradicional excursão ao Sítio Jonosake, organizada por Waltinho. Parabéns para ela! Queremos Veleiro! Está fazendo falta o Veleiro, promoção que havia aos sábados no restaurante do Iate Clube. Foi suspenso temporariamente, mas a galera tem saudade do pernil com feijão tropeiro, do cozido, da feijoada, da rabada, do bobó... Volta, Veleiro. Volta!

SERVIÇOS

INTERNET WALDERI MERCEARIA BANDA LARGA E M PA Q U E T Á

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o que vai pela ilha esperto com o mosquito da dengue. Os cuidados, já sabemos. Mas vamos ficar de olho em casas vazias, piscinas. Melhor ser antipático denunciando do que adoecer. A tartaruga e o dr. Afonso O doutor Afonso encontrou uma tartaruga – na verdade, um cágado – passeando na rua e a levou pra casa. Ele está enamorado pelo bicho, mas só vai ficar com ele se seu dono realmente não o quiser de volta. Para recuperá-lo, porém, será necessário convencer o médico de que se trata do verdadeiro dono. João Esgotão A revolta dos moradores da Cocheira Fechamento Casa de Artes A Casa de Artes estará fechada até 2 de com um enorme vazamento de esgoto janeiro, por férias coletivas de fim de ano. gerou o João Esgotão – boneco que foi montado para ser apreciado pela Cedae na área infecta. O protesto foi bem humorado, como é típico de Paquetá, mas a comunidade da Cocheira não vê graça nenhuma no abandono do lugar. Perigo sobre rodas A Guarda Municipal anda meio sumida de Paquetá, mas as bikes voadoras continuam proliferando e fazendo barbaridades. Não seria melhor fiscalizar, manter a ordem, Repitombar O Plantar Paquetá está dando início do que chorar nossos futuros mortos e feridos? Impressionante como tem criança ao seu Projeto Repitombar, que pretende usando a tal engenhoca. Basta ver a saída aumentar o número de pitombeiras da ilha. da escola. Esses pais acham mesmo que As pitombeiras já foram muto comuns em Paquetá e é uma lembrança forte da infância isso é bom para seus pimpolhos? dos mais velhos. Reveillon O reveillon na Praia da Moreninha, promovido pela Prefeitura, terá este ano a seguinte programação: 19h – Música mecânica com DJ a ser definido; 21h40 – Bruno Maia; 22h40 – Coisa Séria; 00:00 – Queima de fogos; 00:20 – Alex Cohen; 1:50 – G.R.E.S Viradouro. Vovó da Comlurb A turma da Comlurb foi em peso prestigiar os 90 anos de Dona Florise, mãe da nossa amiga Flora Marques, moradora da Praia das Gaivotas. Dona Florise é considerada pelos garis que prestam serviços naquele pedaço da Ilha como avó deles, pela sua generosidade e apoio. Na foto, ela está asinalada com uma seta, pois sumiu em meio aos galalaus. Vida longa a nossa vovó! Xô, mosquito! Verão chegando, chuvas. É bom ficar

Eleição do Conselho de Saúde Foi de 7 a 14 de dezembro a votação para os novos membros do Conselho Local de Saúde, que atua junto à administração do hospital. Democracia de verdade se faz assim: com mesinha na porta do mercado.

A foto acima parece de algo estranho? Não, não é: se você costuma ir ao continente, você convive com imagens como essa – exceto se fica na prisão do catamarã para ganhar preciosos vinte minutos. Trata-se do detalhe de um dos muitos navios que ficam fundeados na Baía de Guanabara e que fazem parte da paisagem de quem anda de barca. A autoria da foto é de Márcio Ferreira – morador das proximidades do Largo de São Roque, juntamente com sua mulher, Mariângela, e do famoso cão Piloto, que gosta de fugir com o bife do prato alheio. Com uma máquina fotográfica dotada de uma teleobjetiva e, principalmente, com um olhar atento e sensível, Márcio obteve centenas de imagens que impressionam pela beleza e pelo estranhamento causado por detalhes tão, digamos, sem graça. Olhar de artista. Coisa de poeta. Depois de ter participado no ano passado, com apenas alguns trabalhos, de uma coletiva na Casa de Artes, ele agora está com a exposição A ver navios, na Galeria Claudia Spínola, em Ipanema (Visconde de Pirajá, 303, sobreloja 310, fechando às 18h). A mostra tem entrada franca e vai só até 23 de janeiro, com as fotografias impressas sobre grandes telas – tal como pinturas (e estão à venda). É deslumbrante. Sério mesmo.

Eleitos para o Conselho Local de Saúde Representantes da comunidade:

André Almeida, Alexandre Velho, Penetra, Carlão, Míriam Alves, dra. Graça, Natália e Vilma Leocádio. Representantes do corpo funcional do hospital: dr. Afonso, Adriana, Bruno, Jeco, dr. Luís Alberto, Olguimar, Tadeu e Taís.

PADARIAS & MERCADOS

Pães doces e salgados Refeições de seg a sex

Self Service aos sábados e domingos Rua Cerqueira, 74 – Campo


Menino & Menina da Ilha 2015 será dia 18, no Carecão

Casamento de Ge e Poly, nos jardins dos Skea

Fotos: Jim Skea

Inscrições já estão abertas!

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Jackson & Viviane e Igor & Krissia, respectivamente Menino e Menina da Ilha em 2012 e 2013, já confirmaram presença na festa

ição deste ano do Menino & Menina da Ilha – que elege os dois símbolos do verão de Paquetá – terá muitas novidades. Sérgio Castelli, que junto com Wanja Bastos está organizando o evento, está entusiasmado: – Queremos fazer uma festa de muita alegria, investindo mais nos potenciais do concurso. O Sylvio fazia a final na praia, para dar um clima bem informal. Vamos manter a descontração e o mesmo espírito que ele imprimiu ao concurso, mas com algumas novas regras para os concorrentes e, principalmente, com mais atrações para atrair um público mais amplo – explica Sérgio. – Muita gente não ia porque a apresentação ocorria num lugar aberto, sob o sol do meio-dia em pleno verão. As novas regras começam pela faixa etária: os inscritos devem ter entre 14 e 20 anos (e não mais entre 15 e 22), além de morarem ou terem parentes morando na ilha. Para se inscrever, basta postar sua foto no grupo do jornal A ilha no Facebook com o título “Verão 2015”. No entanto, é preciso que a postagem seja feito com a própria identidade do candidato na rede social, pois não serão levadas em conta aquelas feitas por terceiros. Desta vez, não apenas os dois primeiros colocados receberão prêmios, mas também os que os sete jurados escolherem em

segundo e terceiro lugares. E mais uma novidade: haverá a categoria Vencedor na internet, que premiará o menino e a menina mais votados pelo Facebook. – Os internautas podem começar a votar no candidato assim que ele se inscrever. Basta dar um curtir na respectiva postagem no grupo do jornal. Quanto mais cedo se inscrever, maior a chance de ter uma votação expressiva – destaca o organizador. Além da já tradicional apresentação do Ballet Vera Castro, Sérgio promete várias atrações na finalíssima, inclusive brindes para o público: – Não quero estragar a surpresa, então não vou contar. Mas estou tendo o apoio de diversos comerciantes, que prontamente decidiram apoiar essa festa, seja com prêmios ou com a estrutura da apresentação. odos os inscritos desfilarão – e não mais apenas os mais votados –, tanto em traje de banho como em traje verão. Com o lema “Um verão sem Sylvio, mas não sem suas ideias”, Sérgio garante que s inovações não descaracterizarão o evento: – De maneira alguma! Essa foi uma das iniciativas mais simpáticas de nosso amigo! O desfile não será na praia, mas o clima será bem praieiro, com muito guarda-sol, cangas e açaí. E, claro, com a ginga que é a marca de todo carioca e que as meninas e os meninos de Paquetá têm de sobra!

Mesmo tendo sofrido um sério acidente pela perda dos freios de sua bicicleta, a

moça da empada não suspendeu o casório: passou quase dez dias de molho, pôs muito gelo no rosto, apressou o dentista para reparar os danos e pediu para capricharem na maquiagem. Linda como sempre, realizou seu sonho com Gê nos jardins projetados pela noiva paisagista. Na foto abaixo, à esquerda, Dona Marlene, mãe de Poly.

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ENCONTROS

ENCONTROESPÍRITAKARDECISTAEMPAQUETÁ

MISCELÂNEA DA VOVÓ

REUNIÃO ABERTA AO PÚBLICO no 2 e no 40 sábado do mês (venha e traga um amigo) Próximas palestras: 0

10/01/15-SérgioDaemon 24/01/15-EduardoHenrique AGORA EM NOVO LOCAL: Rua Coelho Rodrigues, 48 / fundos

Sábado, 18h

GALERIA PAQUETÁ


Casamento de Rachel e Pablo, na Pousada dos Amigos Cláudio Santos Fotos:

pqt night No detalhe do bolo, o noivo deixou as suas marcas registradas: um ecotáxi com a bandeira do Grêmio, time do coração deste gaúcho que adotou Paquetá. A tradicional carruagem decorada, símbolo dos casamentos na ilha, dessa vez foi deixada de lado. Naturalmente....

Sarau dos pássaros, no Cemitério dos Pássaros Fotos: Neusa Mattos Moradora há quatro meses, Fernanda Tatagiba é quem organiza o sarau: poesia lida com vivacidade, sentimento na pele e alegria sob a lua cheia de Paquetá. Ela pretende repetir a dose em fevereiro. Os corações da ilha estão torcendo.

Domingueira do Doutor, no Carecão

Fotos: Cláudio Santos

A última Domingueira do ano foi animada como já é habitual, ao som do sempre competente grupo Trinidance. Festa para todas a idades, todo mundo balançou o esqueleto.

UTILIDADES


Dizem que Deus é brasileiro. Alguns dizem que é carioca. Arrisco dizer que, na verdade, ele é de Paquetá, pois se há um lugar onde ele está, em forma de paz e de natureza, é na Ilha de Paquetá. Tim Rescala Compositor, pianista, arranjador, autor teatral e ator

amores da ilha: Nazareth Moura, por Neusa Mattos

Auto de Natal encantou e emocionou Fotos: Jim Skea

Este ano, o Auto de Natal foi realizado na Igreja de Bom Jesus e não foi encerrado na Praça Pedro Bruno, como manda a tradição. A chuva esvaziou as ruas no sábado, 13 de dezembro, e fez com que os participantes desistissem do desfile. Se perdeu em participação da população, ganhou em beleza, numa grandiosidade espontânea: os cantos e danças de inspiração popular tiraram partido da acústica da nave da igreja e o colorido dos trajes tomaram novos tons diante da sobriedade própria do templo. Arrepiante.

EM DOMICÍLIO

ALFREDO Quentinhas, Tortas, Salgados, Encomendas. Entrega em domicílio

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Na foto do alto, a alegria de Valéria Leite e Liliane Mundim, do Grupo Cantareira, que promove o Auto. No meio, os participantes, antes da chuva. Acima, a representação da Sagrada Família no presépio vivo, encenada por Marcela Matos, José Albernaz e a pequena Alice. Ao lado, os três reis magos: Ricardo Cintra, Antônio Tomé e Marco Antônio Carvalho.

M. M. VITÓRIA Bar e restaurante

O MELHOR PEIXE DA ILHA Peixe frito ao molho de camarão • Filé de peixe a Belle Muniere • Dourado, Namorado ou Corvina CARNES DELICIOSAS Carne Assada, Churrasco Misto PORÇÕES SABOROSAS Batata frita • Camarão à paulista • Peixe frito • Frango à passarinho • Linguiças Rua Furquim Werneck, 86 - Ilha de Paquetá Tel: 21 3397 2897 Visa • Mastercard (apenas débito)

LANCHONETE SÃO ROQUE (Sr. Eudúcio)

Bar da Dejane

Almoce em frente ao mar A melhor sardinha da Ilha Praia da Moreninha, 5 Tel: 3397 2199

Praia Grossa, 20 loja A em frente às Barcas


Pescaria em Paquetá

Caiu na rede... e é peixe! Joaquim Novaes Há dois anos me mudei para este lugar maravilhoso e tenho como hobby a pesca esportiva. Para quem gosta de pescar ou quer começar a descobrir este prazer maravilhoso, vou dar algumas dicas para uma boa pescaria. Vamos começar revelando quais peixes você pode fisgar nas águas de Paquetá e as iscas que devem ser usadas. Corvinotas – nas Praias da Imbuca, Moreninha e Catimbau, com iscas de sardinha e camarão. Robalos – no lado direito da estação das barcas e do PIC, onde encosta a balsa, com camarão artificial ou vivo. Tainhas e Parati – na Ponte da Saudade, com uso da tarrafa. Se quiser saber de algum peixe ou praia específicos, mande seu pedido para o jornal perguntando (cartas@jornalailha.com). Teremos o maior prazer em responder. Maré alta ou baixa? Para uma pesca bem sucedida, o ideal é quando a maré está na enchente ou vazante. Quando a maré corre, os peixes comem; quando a maré não corre, dificilmente os peixes ficam ativos. O posicionamento da lua também influencia diretamente na atividade dos peixes devido às marés. Por exemplo, um ótimo dia para pescar: lua cheia, maré alta de 1,3 m às 03h55, começando a vazar para 0,3 m até 11h55. Como saber se a maré está na vazante ou enchente? É simples. Observe a posição dos barcos, lanchas, rebocadores ou navios que estão ancorados no mar. Se a proa (frente da embarcação, aonde prende o cabo da âncora) estiver em direção ao mar, é que a maré está na enchente; se estiver em direção à terra, está na vazante. Por exemplo: um navio com a proa virada para a Ponte Rio Niterói significa que estamos na enchente de maré; com a proa sentido Paquetá, vazante de maré. Quem faz tudo isso é a correnteza e o vento. Outra maneira de descobrir se a maré está alta ou baixa é consultando a Tábua de Marés. Você pode obtê-la em vários sites na internet, em jornais (O Dia ou Meia Hora) ou em lojas de material de pesca.

signo com humor Madame Sanz. Ariana, metida a engraçada, quase cigana, astróloga, numeróloga e alcoólatra

Áries O mandão ariano é do tipo que felino mais vaidoso que já é... Afinal, o não perde por esperar: ele simples- mundo gira em torno dele. mente não espera. Portanto, na hora de oferecer Virgem Os metidos a perfeccionistas, um jantar para um deles, nada de enrolações. observadores e detalhistas virginianos Ele quer ir direto ao assunto e não gosta de são atentos à qualidade dos alimentos. O virgimuitas "frescuras". Sem cerimônias, o ariano niano aprecia uma boa e suculenta salada aprecia carnes em geral, sejam assadas, coziverde. Para ele, um bom programa gastronôdas, ou um apetitoso churrasco. Tudo acompanhado de temperos bem picantes. Se não gostar, mico é sempre um programa de saúde. Por isso, atenção: nada de transgênicos. Carnes o barraqueiro cria logo uma confusão. brancas. E massas leves. E não esqueça, o Touro Essa raça de cabeça dura adovirginiano chegará na hora marcada, PONra alimentos de sabores quentes, que TUALMENTE. Vai reparar nos detalhes e se satisfaçam a sua sensualidade. A boa comida os copos estão lavados corretamente. está entre as predileções. Atenção somente com o gosto dos taurinos em relação aos pratos que tenham molhos e mais molhos, ácidos ou azedos. Aves e carnes magras, massas com molhos delicados. E cuidado para não queimar Vilmex é a a comida, pois, sem ela, o taurino quebra a mulher do ouro casa toda! Bolo de laranja diferente Gêmeos O que oferecer ao geminiano? Se nem ele sabe, como é que eu vou saber? Então, capriche nos temperos inventivos. O geminiano não é muito ligado em Cristina Buarque comida, pois o seu jeito aéreo acaba sintonitambém não gosta só zando mais as ideias do que o mundo concrede beber cerveja to. No entanto, adora happy-hours e reuniões “O editor não gosta só de beber cerveja, para bater um bom papo. Gosta de cozinha como dizem. Adora comer, apesar de leve, comida japonesa, por exemplo. Mas não magro”. Assim começava a coluna de o espere para o encontro: esse signo TPM pode Ingredientes Sylvio e assim continua, abstraindo o 1 laranja bem bonita e de casca bem mudar de destino no meio do caminho. quesito magreza. Mais uma dica de lisinha Câncer Os chorões manipuladores coisinhas diferentes e gostosas na ilha. 1 colher (chá) de fermento em pó cancerianos são amantes de sopas acana mesmo é comer pizza no 2 xícaras de farinha de trigo delicadas. É considerado o careta no zodíaco. 3 ovos fim da tarde ou à noite. FinalGosta de comidas que tenham uma certa 2 colheres (sopa) de margarina ou 1/2 mente, Zarur, o nosso querido história, como aquela velha receita da vovó. xícara de óleo Paulão, arregaça as mangas e Não é chegado a novidades gastronômicas. 1 xícara de açúcar (comum ou faz, com o maior carinho, as massas. Têm Ofereça então as tradicionais comidas da vovó, mascavo) as pizzas tradicionais, como napolitana, ou seja, simples e caseiras. Se fizer algo que Modo de fazer portuguesa, margherita etc, de champigo canceriano não goste, vai se sentir culpado Corte a laranja ao meio, esprema a me- non, alho, salaminho, berinjela, e as mais para o resto da vida, pois dirá: “você é um tade e reserve o suco. Da outra metade, malucas, como carne seca com abóbora tire as sementes e a parte branca do e goiabada com queijo. Tem também de egoísta, não pensa nos outros”. banana. Leão Os líderes leoninos são aman- meio. Deixe a laranja com casca, pique e Ele prepara ainda talharim à bolonhesa, coloque no liquidificador. Junte o açúcar, tes dos prazeres sociais. Como a margarina, o suco reservado e os ovos, carbonara, parisiense, alho e óleo e muito precisam de mimos (a autoestima é o “ó do batendo bem até dissolver. Em um pote, mais. E o nhoque com molhos variados. Só borogodó”), receba-os com seu refinado apa- coloque a farinha e o fermento, acres- não tem nada de camarão, porque o mar de relho de jantar. São feitos mais para comer com cente o que foi batido no liquidificador Paquetá não está pra peixe. Tem também os olhos do que com a boca, vão ficar ligados e misture (não precisa mexer muito, só cerveja, refrigerantes e sucos. na aparência da comida e nas porcelanas. O até incorporar). Asse em forno quente a Não dou o endereço porque é delivery. Rei da Floresta e da cocada preta aprecia 180 graus. Mas você pede no 3397-1917 ou no 99135pratos sofisticados, como carnes de caça: ja- Obs: É importante lavar bem a laranja, 9656 (VIVO). O simpático e gentil Benedito vali, pato, paca e cotia. Veado, não! Verá esse já que você vai usar também a casca. dos Coqueiros faz a entrega.

culinária da vilmex

comer bem

B

BARES

BAR MIRAMAR (Carminha) A melhor batida e o melhor Feijão Amigo da Ilha Rua Domingos Olímpio, 12

Tel: 3397 2472

AÇAÍ DA TIA LLOYDD O melhor açaí da Ilha Petiscos Peixe frito Açaí

Bebidas em geral Sorvete Picolé

Praia José Bonifácio (Praia da Guarda), 181

Estrelinha do campo A sua nova opção de bar no Campo! Alambari Luz, 436 (em frente à Pedra)

3397.0161


Neusa Mattos

nosso 2014

A grande briga do ano ficou por conta das charretes, em função de um pedido do Ministério Público estadual e de um projeto de lei, ambos contra o uso da tração animal na ilha, com a ameaça embutida da adoção de carros elétricos para atender aos turistas. De um lado, moradores que veem no uso dos cavalos uma agressão aos animais e acusam os charreteiros de maus tratos, contando com a simpatia da mídia. De outro, aqueles – entre os quais a Morena e este jornal A ilha – que defendem melhorias das condições de trabalho

Neusa Mattos

e da manutenção dos animais para a preservação do que consideram um bem cultural – e que querem impedir que mais veículos motorizados circulem em Paquetá. O projeto de lei não entrou em votação e, em outubro, o pedido do MP foi negado. Mas esta é uma polêmica que está longe de acabar.

Com a morte de Sylvio, Regina Linhares assumiu interinamente a Presidência da Morena, por ser a Diretora Adjunta. Na última reunião do ano, a associação a confirmou no cargo. “Não era o meu desejo, pois já estou assoberbada de atividades. Mas alguém tinha que continuar o trabalho”, ela disse. Advogada, atriz, chef de cuisine e agora proprietária do Quintal da Regina – bar e restaurante que sucederá o antigo bar do Zarur –, ela considera que um dos principais desafios é ampliar o número de participantes na Morena.

A privatização do carnaval de Paquetá teve as consequências que todos previam: blocos contidos em sua animação, poucos turistas, um fracassado baile popular na Praça Pedro Bruno e prejuízo para os comerciantes. Um central de boatos cuidou de preparar os ânimos com notícias de que gangues iriam orquestrar brigas – o pretexto para a privatização e o encerramento dos blocos às 22h (justo o horário de abertura do tal baile, organizado pela empresa contratada para organizar a folia). Os ingênuos de sempre reverberaram os rumores nas redes sociais. Resultado: 2014 ficará eternamente marcado como um dos carnavais mais desanimados da história da ilha.

um ano pa

Neusa Mattos

Bruno Capeletti Rocha

O incêndio da mata no entorno do cemitério, no Dia de Finados, expôs a ausência de equipamentos do Corpo de Bombeiros e a ineficácia do fornecimento de água para combater o fogo de maiores proporções. Moradores, junto com bravos bombeiros, apagaram as chamas na base de baldes. E um helicóptero com uma cumbuca pendurada jogou água da baía.

Ricky Godwin

O resultado dos exames que poderão indicar a causa da morte das savelhas – numa das mais longas mortandades de peixes que Paquetá já assistiu – só sairá no fim deste mês. Durante dois meses, os paquetaenses conviveram com a melancólica paisagem de suas praias infestadas de cadáveres e com a angústia de testemunhar diariamente o colapso dos animais, que vinham à tona, desesperados, para finalmente morrer. As autoridades e os biólogos garantem que não há indícios de que o motivo da tragédia tenha sido contaminação – mas muitos moradores e pescadores permanecem desconfiados. A hipótese oficial, a ser confirmada pelos exames, é a de que alguma patologia própria das savelhas tenha originado as mortes.

Krissia Brito e Igor Coelho foram a Menina e o Menino da Ilha, evento que abriu o verão paquetaese e que, este ano, saudará a chegada do alto verão. As inspiradas coroas de flores feitas por Fatinha, marca do concurso, estarão agora em novas cabeças. Mas quem é rei nunca perde a majestade, e os Meninos e Meninas jamais perdem o título – como prova Viviane Magalhães (na foto, entre Krissia e Igor), eleita em 2012.


Rafael Padula

Neusa Mattos

Neusa Mattos

Com quatro edições no ano, o Domingo no Darke consolidou-se como o evento cultural mais abrangente da ilha, com as mais diversas atividades: música, teatro, dança, artesanato, fotografia e muitas outras – até cortes de cabelo. Promovido pela Morena e organizado por Sylvio e Flávio Aniceto, ele não deixou de ocorrer nem com a morte do primeiro. Para a satisfação de todos, Aniceto não esmoreceu e continuou o trabalho. Era o que todos esperavam.

Já decidido desde que seu dono se recuperou de um grave problema de saúde, o fim do Tia Leleta – ou bar do Zarur, como ficou conhecido aqui e no além-mar – foi um sério baque na vida boêmia e cultural de Paquetá. Zarur terminou não se acostumando ao ócio e abriu uma pizzaria para entrega a domicílio. Já o prédio, após meses de reforma, será ocupado pelo restaurante de Regina Linhares, que, pretende manter o mesmo clima descontraído de seu antecessor.

O discurso de agradecimento de Glória Bicuda, ao receber o Troféu A Ilha de Personalidade Feminina do Ano, emocionou a plateia do Iate Clube. Indicada por voto popular e escolhida pelos jurados do jornal, ela foi tao espontânea quanto sincera: “Estar neste palco, recebendo esse troféu, tem um gosto especial pra quem já teve que entrar clandestina nos bailes daqui”, disse, sorrindo.

ra sempre

Ricky Goodwin

A repentina agonia e morte de Sylvio de Oliveira comoveu a ilha, que se habituou ao ritmo que ele imprimiu à vida cultural e política de Paquetá. Durante as quatro semanas de sua internação – quando já se previa seu fim próximo –, centenas de postagens no Facebook lamentaram sua doença e se solidarizaram com familiares e amigos mais próximos. Correntes de orações foram formadas e muitas mesas foram divididas nos bares para beber em sua honra. Foi um longo luto, que prosseguiu após o anúncio da notícia tão temida e se estendeu às semanas seguintes, numa sucessão de homenagens dos mais diversos gêneros. Passados mais de três meses, seu legado frutifica: A ilha está sendo publicado, o Domingo no Darke não foi suspenso, a Morena mantém suas atividades, o Menino & Menina será realizado em janeiro, autores estimulados por ele a publicar em seu selo Poetas de Paquetá estão encontrando novas formas de produzir os livros, o Troféu A Ilha já está previsto. E os companheiros de cerveja continuam bebendo, se divertindo e debatendo o dia-a-dia de Paquetá, tal como ele gostava. Mas, pra estar bacana mesmo, ele tinha que estar conosco. A presença dessa ausência não cessa. Salve, Sylvio!

A extinção da secular amendoeira que extasiava moradores e turistas na Praia dos Tamoios, em frente à Ladeira do Vicente, será um trauma difícil de o paquetaense superar. Tombada pelo patrimônio histórico municipal, foi condenada pela Comlurb, que identificou nela problemas irremediáveis que colocariam em risco a vida dos passantes e a fiação aérea. Para muitos, a perda da amendoeira é um alerta: outras árvores seculares também estão com fungos e doenças, sem receber cuidados – e elas formam um patrimônio que é admirado não só por nós, mas também por aqueles que visitam a ilha e geram empregos no comércio e nos serviços – nas pousadas, nas charretes, nos ecotaxis.

O ano começou orgulhoso para o paquetaense, com a turnê da Orquestra Jovem por cinco cidades da Alemanha (Nurtingen, Bonn, Hannover, Bad Bevensesn e Berlin). No total, a Orquestra Jovem Paquetá fez 33 concertos em 2014, incluindo o Theatro Municipal e a Série de Música de Câmara da ABL. Para fechar 2014 com chave de ouro, dois de seus músicos – ambos com apenas 15 anos – ficaram entre os cinco finalistas do prestigiado Concurso de Música de Câmara do Festival Villa-Lobos: o clarinetista Victor Hugo, filho do João Guedes (Joãozinho), e o violinista Luca Kevorkian, filho do Zé Lavrador, que acabou conquistando o primeiro lugar. Em tempo: não se trata de um concurso infanto-juvenil.


nosso 2014

Depoimentos

colhidos em pesquisa no grupo do jornal

Fátima Ribeiro

Ricardo Wagner

Pérola da Guanabara: o bloco, a festa junina deles e as participações que alguns dos organizadores fizeram aqui trazendo música nas ruas. Eventos como D omingo no Darke, que se tornaram parte da agenda cultural de Paquetá. A viagem do pessoal da Orquestra do projeto Bem Me Quer para a Alemanha, com a ajuda do pessoal daqui, trazendo visibilidade internacional para Paquetá. Comida de Buteco no saudoso bar do Zarur. Um lindo momento da nossa boêmia.

P lantar P aquetá . Pessoas plantando arvores, como antigamente se fazia, sendo que antes era só no “dia da arvore”.

A

ilha, no

Facebook

Mário Trindade

O que temos que comemorar é a manutenção da nossa paz. Que bom que não temos a mesma guerra de marginais que assola o Rio de Janeiro.

O que aconteceu de bom em Paquetá em 2014? Na minha opinião, a mobilização da comunidade diante da mortandade de peixes. Percebi que há muita gente mobilizada. Colocaram a boca no trombone e se indignaram com o que houve, não só através das redes sociais, como na “vida real”. Gente comprometida com o meio-ambiente e que luta por uma Paquetá mais verde, limpa e próspera !

Nossa homenagem a esta querida vizinha, que há mais de 50 anos decidiu adotar a ilha como sua morada. Amante das artes, escritora, frequentadora assídua dos encontros mensais da Poesia na praça e das atividades comunitárias em geral, encantou-nos tantas vezes com sua voz poderosa entoando serestas... Para sempre, Ilza Britto estará na nossa memória!

A mulher do ouro levou a rifa! Ialê Falleiros O Oscarilha!

Dione Lucas

As árvores plantadas pelos amigos do Plantar Paquetá, isso foi muito bom! A edição especial do jornal depois da partida do amigo Sylvio,foi sem dúvida uma coisa muito boa, as pessoas não acreditavam que isso fosse acontecer!

Vó Fátima Prazedes

Alessandra Aguiar

Perdemos Dona Ilza

Aconteceram muitas coisas boas. A conquista do nosso lindo Lucas Kevorkian, as apresentações dos meninos da casa de cultura, o Poesia na Praça, o coral, a mobilização do Plantar Paquetá, o Coletivo Cantareira, o pessoal da musica que nos encanta, a chegada do novo Padre Nixon, o carro funerario, a inauguração do Carecão, a visita de muitas ONGs – tipo o passeio de bicicleta, a Tropa do Afeto, dos palhaços, a chegada de diversas empresas de provedores da internet...

Quem ganhou a I Super Hiper Rifa de A ilha foi Vilma Leocádio. Integrante da equipe do jornal, ela já afasta os maldosos: – Marmelada uma pinóia! Comprei a rifa como todo mundo e saiu pela Loteria Federal. Já botei a bicicleta pra vender e parte da renda vou doar pro jornal. Não vou doar tudo porque me disseram que isso afasta a sorte. Quem estiver interessado na magrela – uma MTB Amazonas Wendy – pode procurar o Sérgio Castelli, na Paquetá Bike.

cantinho da vovó Lucimar Medeiros

Saber que o jornal A Ilha iria continuar circulando foi muito bom. Li e achei que foi editado com muito mais conteúdo. Parabéns jornal A ilha!

Maria do Carmo Zerbinato é poetisa

Pra você cantar neste Natal! Minha versão de Gingle Bell Bate o sino Da igrejinha Para anunciar Que nasceu o Deus menino Para nos salvar Bate o sino, Vem comigo Venha pra cantar Em louvor ao Deus menino, Ele vai gostar

Que coisa mais bela A nossa capela Toda enfeitada, com rosas de amor, E ao soar do sino, Junto ao Deus menino, Vamos festejar, dando vivas ao Senhor Bate o sino Da igrejinha, Bate com amor Pra saudar o Deus menino, Nosso salvador...

BICICLETAS & CIA.

JOÃO BOSCO

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roteiro

E Itaoca papou o Paquetaense...! Filipe Holanda

Fotos: Cláudio Santos

20 de dezembro, sábado 21 de dezembro, domingo

Roda de Samba Repitombar

Com o grupo Jequitibá do Samba. Paquetá Iate Clube, 14h. Entrada franca.

Confraternização com plantio 27 de dezembro, sábado de mudas de pitombas na subida do Buraco, lado Covanca, 11h.

20 de dezembro, sábado

Almoço Beneficente

Igreja Bom Jesus do Monte, logo após a Missa Natalina de Ação de Graças, que começa às 11h.

21 de dezembro, domingo

Confraternização

Pastoral de Natal

Capela de São Roque, após a missa natalina, que começa às 9h.

A

final do Paquetaense 2014, com a vitória do Itaoca sobre a Moreninha, lotou o Municipal, num dia com uma boa temperatura para uma partida de futebol. O Roda se samba com o grupo resultado – 4 x 1 – certamente vai fazer Muitos amigos. Carecão, 17h. com que este 30 de novembro fique na Ingresso: R$10. memória dos que acompanharam o campeonato de futebol amador da ilha. 13 de janeiro, terça O time de São Gonçalo dominou amplamente o primeiro tempo da partida, fazendo 3 x 0 no placar e não deixando a Moreninha jogar. No segundo tempo, o Itaoca, já com um Cantina da Igreja Bom Jesus placar relativamente confortável, deu mais espaço para o do Monte, 17h. Ingresso: $5. time da Moreninha jogar – e este aproveitou, marcando 18 de janeiro, domingo um gol logo nos primeiros minutos. Entusiasmados, os jogadores do Moreninha até que tentaram virar a partida, mas não teve jeito – e, ao som de “olé”, de um grupo de torcedores de outro time da ilha que torcia para Itaoca, viram suas esperanças logo irem pro brejo. O Itaoca ainda teve tempo de fazer mais um gol, fechan-

Muitos amigos

Chá comunitário

Menina & Menino da Ilha

do o placar em 4x1. Os gols foram marcados por Matheus, Matheus Barbosa, Pedro Henrique e Rodrigo. Áureo fez o único gol da Moreninha. E o mercado da bola de Paquetá já tem suas primeiras movimentações de contratações para 2015. O time do Eu+10 já anunciou o seu primeiro reforço: o lateral direito Régis, que atuava pelo time da Colônia. E existem rumores que o meia, extremamente habilidoso, João Vitor (Palombetinha) possa estar se transferindo da Moreninha para o Eu+10. Como comenta Beel Santos, um dos líderes do time do Eu+10, vale ressaltar que, além de meia ofensivo, Palombetinha joga também como lateral esquerdo, volante e atacante. Filipe Holanda é professor de Educação Física formado há cinco anos, atua na Academia da Terceira Idade (ATI) e leciona a modalidade de futsal na escolinha do RCD Espanyol de Barcelona, nas unidades do Humaitá e de Botafogo

Finalíssima do concurso promovido por A ilha, com apresentação dos candidatos e shows. Carecão, 10h. Entrada franca.

Todas as semanas Segundas

caminhada

Hospital (UISMAV), 7h Dança Zouk, hip hop, balé Ioga e Meditação infantil. Carecão, 17h. Carecão, 17h Hospital (UISMAV), 7h Escola de Futebol Escola de futebol De 12 a 17 anos. Terças De 12 a 17 anos. Municipal, 15h Escola de Futebol Municipal, 15h Capoeira De 12 a 17 anos. Teatro Dentro da Barreirinha, 18h Municipal, 15h Ilha Jiu-Jitsu Dança Oficina teatral. Iate Clube, 18h Zouk, hip hop, balé Auditório do hospital infantil. Sextas (UISMAV), 18h Carecão, 17h. Grupo de

Grupo de caminhada

Capoeira

Barreirinha, 18h

Jiu-Jitsu

Iate Clube, 18h

Quartas

Grupo de

Quintas

Coral ViraCanto

caminhada

Casa de Artes Paquetá, 17h30

Hospital (UISMAV), 7h

Auditório do hospital (UISMAV), 18h30

Noite de jam session. Nativa, 16h

Coral Pacantá

Domingos

Ilha do Jazz

Va

Paquetá vai ter seu próprio Campeão Carioca i acontecer neste domingo, 21 de dezembro, o torneio de encerramento do ano. São quatro times: o dos Botafoguenses, o dos Flamenguistas, dos Tricolores e dos Vascaínos. O torneio funciona da seguinte maneira: você joga no time para qual

torce e para participar deve procurar o representante do seu time. São eles: André Lacerda (Botafogo), Glauco Alves (Flamengo), Wagner “Guinho” (Fluminense) e Bruninho (Vasco). O valor para inscrição é de R$ 30,00 de cada atleta. E agora, façam suas apostas: vamos conhecer o Campeão Carioca de Paquetá!

MODA & BELEZA Fonte: Facebook Almir Aranha

Cristina Estampas

Tel: 3397-1727 e 9766-7008 crisazevedo@uol.com.br FaceBook - Cristina Azevedo

BALLET

Um salto para a dança

Prof. Vera Castro

A&G Modas Galeria Paquetá

Clube Municipal seg e qua, das 17 às 18h


meio ambiente

A

encantos arquiteturais, por Ricardo Cintra

Carlos Coelho é professor e músico

migos do Cantinho do Ambiente, neste número gostaria de voltar a alguns assuntos já abordados. Não temos muito como fugir dos temas que nos chamam a atenção, que são problemas (e medidas a serem tomadas) a médio e longo prazo. Pra começar, volto a um termo que foi debatido bem no princípio desta coluna, resiliência, que representa a capacidade que temos de resistir e responder a um determinado impacto. É um termo técnico já bem conhecido de várias pessoas, mas que não significa muita coisa para os leigos. Agora, porém, que vivemos alguns eventos de impactos mais visíveis em nosso ambiente, seja o natural ou o “humano” (entre aspas porque o homem também faz parte do ambiente natural), fica fácil, infelizmente, perceber o que representa, e talvez indique o que devemos fazer. A recente mortandade de peixes é um alerta extremamente importante sobre a nossa baixa resiliência, ou seja, nossa quase nenhuma capacidade de restabelecermos nosso equilíbrio. Como vivemos em uma ilha e dependemos da água para tudo (para beber, preparar alimentos, diluir nosso esgoto, nosso transporte, além de nossas praias serem atração turística, etc).

Im

pactos ambientais negativos possuem aspectos agudos e crônicos. Essa recente mortandade parece até que não é tão perigosa para nossa saúde (não estou entrando no aspecto econômico. Afinal, para os pescadores e para os restaurantes que vendem peixe é sim muito perigosa para sua sobrevivência), caso seja a poluição do mar por algum produto químico ou uma disfunção na quantidade de oxigênio, mas o cheiro é insuportável. Então, chama muito a atenção. E o que podemos fazer? Diretamente, nada! Apenas esperar e tentar descobrir o que foi para que não se repita. E forçar, aí já a longo prazo, para que a situação como um todo da baía melhore. Mas já não é conosco, não temos influência sobre os eventos que causam impactos relevantes.

Também junto às autoridades temos pouca coisa a fazer, nossa participação não é direta, não tomamos decisões (embora escolhamos quem o faça...). Contamos com a boa vontade dos órgãos de fiscalização e controle e mesmo assim esbarramos na capacidade técnica. Ciência não é mágica, não é fácil descobrir causas de impactos em um ambiente tão complexo quanto o nosso.

u O

tro assunto que tem sido falado nas esquinas reais e virtuais é a ocupação dos morros. Sim, não falam apenas das ocupações irregulares, também aborda-se, já faz tempo, toda a ocupação. A questão é muito delicada e complexa porque não foi “ontem” que se iniciou o processo, e cada vez mais a situação se enrola mais. Desvencilhar-se de seus valores pessoais para pensar na questão como um todo é muito difícil e então se vê muita gente se utilizando (sem querer ou nem tanto) dos aspectos técnicos com valores individuais. Nunca morei em uma “favela”, sou do asfalto... engraçado alguém se dizer “do asfalto” em Paquetá... Então, não sinto na pele as dificuldades (nem as benesses) de se morar em um local como as encostas dos morros. Porém, é óbvio que existem dificuldades extras para quem mora “lá em cima”. Tem-se dificuldades de locomoção mesmo (pessoas doentes e/ou idosas), dificuldade para levar água (da qual precisamos todos os dias), dificuldade para levar as compras para casa, dificuldade para se livrar dos resíduos como esgoto e lixo, além de outras muitas razões que fazem muitas pessoas não quererem morar em um morro. Mas, se há pessoas morando, e cada vez mais morando, é porque deve haver vantagens que cubram, mesmo que em parte, todas as desvantagens citas ou não. No próximo número falaremos mais sobre o assunto da ocupação, que realmente merece mais do que alguns poucos parágrafos, mas já deixo um reflexão importante. Como foi que surgiram as favelas na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo?

#nossas raízes. colaboração: Paulo Cesar PC

Getúlio

Cultivar estados mentais positivos, como a generosidade e a compaixão, decididamente conduz a melhor saúde mental e à felicidade.

Jorge Gomes (Jorge Chumbinho)

Grandes líderes mudam de estilo para levantar a autoestima de suas equipes. Se as pessoas acreditam nelas mesmas, é impressionante o que elas conseguem realizar.

A foto de Carlinos e Jacques, da edição passada, saiu sem o devido crédito. Ela é de Théo Renato.

Uma vez me chamaram de arquiteto intuitivo. A intenção era de ofensa, mas tomei como elogio e assumi com orgulho o adjetivo. Ao surgir a ideia de uma coluna fotográfica sobre arquitetura paquetaense, pensei neste modo de construção que passa ao largo das universidades e é executado com muita arte aqui na ilha. Mas não queremos ser reducionistas. Assim, teremos como parâmetro na escolha das fotos publicadas tão somente a personalidade da construção, sua harmonia, podendo ela ser uma casa pensada pelo próprio morador ou projetada por renomado arquiteto.

Minha primeira escolha foi a casa do Luiz do Peixe, ali no final da Moreninha. Ela sempre atraiu minha atenção; o belo muro de pedra encimado por uma singela construção azul com pequenas janelas debruçadas sobre o mar. Nas fendas do muro aparecem aqui e ali plantas e flores que sem pedir permissão vão brotando, crescendo e os proprietários as recebem como presentes. Lembra um cottage francês. Se branca fosse, pareceria uma casa grega. Aqui é a casa do Luiz do Peixe, que nos finais de semana prepara na sua cozinha uma deliciosa comida. Ricardo Cintra, Arquiteto Intuitivo

túnel do tempo

O desafio desse mês é um pouco mais difícil do que o de novembro – mas nem tanto assim (tem até um letreiro na foto, pra facilitar...). Envie a resposta para o e-mail tunel@ jornalailha.com. Mas não deixe de dizer como você percebeu: tem que explicar qual foi a pista. A resposta sai na próxima edição, junto com o nome do(s) ganhador(es). Resposta da foto da edição anterior: A foto foi da esquina da Ladeira do Vicente com a Praia dos Tamoios. A maior pista para acertar era o muro do lado direito, que ainda é o mesmo até hoje. Mas o grande vencedor, Alberto Marques, não descobriu por meio dele, não. Ele explicou assim em seu e-mail: Foi pela casa branca da esquina, onde morou o Sr. Pedro, que era fiscal do antigo DLU (substituído pela atual Comlurb), mas também pelo coqueiro que aparece cortado na foto – que é um dos muitos que existiam na Praia dos Tamoios. Eles seguiam no sentido do Buraco até o Instituto Petersen, curiosamente pelo eixo da rua. “Eram de propriedade de minha tia, Dona Deolinda, que morava na casa em frente ao busto do Carlos Gomes”. Ela continuou com direito sobre seus frutos mesmo depois que houve a desapropriação para a abertura da rua. “Os cocos eram retirados pelo Dorcino, que os vendia para o Sr. Domingos, então dono de um bar na Ponte”. Alberto aproveitou para dar um pito em A ilha: “A casa da Dona Délia Darke de Mattos nunca foi sede do Barreirinha. O time usava apenas um campo de futebol que ficava na propriedade, usando a garagem do hidroavião da família como vestiário”. Este campo, conforme ele explicou, foi patrocinado “pelo saudoso João Silva, que havia comprado a mansão que pertenceu à família Ramos de Castro, dona de vários cinemas no Rio”. João Silva logo percebeu que não teria mais silêncio por ser vizinho da então movimentadíssima sede do Barreirinha – que ficava ali mesmo, onde está até hoje. Espertíssimo, o que ele fez? Arranjou um jeito de presentear o clube com um outro campo. E reconquistou a paz.


falando de cultura Flavio Aniceto é produtor cultural e cientista social

E

ntre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro de 1962, aconteceu o I Congresso Nacional do Samba na então Assembléia Legislativa do Estado da Guanabara, atual Palácio Pedro Ernesto Câmara de Vereadores, na Cinelândia. Edison Carneiro, referência no estudo das culturas populares, foi o presidente do evento tendo como vices Ary Barroso, Almirante e Aracy de Almeida, que completaria 100 anos neste 2014, e como secretário-geral, o jornalista Jota Efegê. Paulo Tapajós, Pixinguinha, Sérgio Cabral, Donga, José Ramos Tinhorão e Haroldo Costa participaram em mesas e comissões. Ao final do congresso, com o registro dos debates, aprovou-se a Carta do Samba. O deputado Frota Aguiar, também participante, propôs à Assembleia Legislativa que 2 de dezembro fosse definido como o Dia do Samba. A casa aprovou a proposta, mas ela foi vetada pelo governador Carlos Lacerda. No ano seguinte, 1963, o II Congresso Nacional do Samba definiu a data como oficial fazendo com que as escolas de samba, as instituições públicas de cultura e a imprensa a promovessem. No mesmo ano, Frota Aguiar conseguiu reverter o veto à sua proposição com a promulgação da lei n°554, de 29 de julho de 1963. A lei, vigente apenas na Guanabara, estimulou iniciativas em outras cidades principalmente entre os próprios sambistas e produtores culturais O Pagode do Trem No Rio de Janeiro, a partir dos anos 1990, a data tomou novo vulto, principalmente em razão de algumas iniciativas, valendo destacar a chamada redescoberta (mais uma) do samba pelos jovens, sobretudo a partir da “revitalização” da Lapa e do Centro Antigo; a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) ter passado a lançar os CDs com os sambas de enredo nesta data; a realização, a partir de 1991, do Pagode do Trem, reorganizando encontros

Dia Nacional do Samba

iniciados na década de 1930 por Paulo da Portela e outros, quando os sambistas, após o trabalho, voltavam para Oswaldo Cruz sempre no trem das 18h5min. Nele, organizavam reuniões e discutiam assuntos da escola (Portela), e com muito samba. Em 1997, o vereador carioca Eliomar Coelho, recém-eleito deputado estadual, frequentador e amigo de Paquetá, realizou uma Sessão Especial em comemoração ao Dia Nacional do Samba, o que passou a ser feito todos os anos e também contribuiu para a revitalização deste movimento. No ano seguinte, ele apresentou um projeto, tornado Lei nº 2886/99, incluindo no calendário oficial do município o Pagode do Trem.

Unidos de São Roque e Silêncio do Amor (abaixo), nos desfiles de 2010: ninguém sabia ainda que aquela seria a última vez

O

dia 2 de dezembro é de Tia Ciata e de Sinhô, d e A r a c y, Carmem, Marília, Elizeth, Dalva, Odete, Clementina, Linda e Dircinha, Isaurinha, Clara, Noel, Cartola, Ismael, Paulo Benjamim, Bide, Marçal, Mário, Francisco, Ataulpho, Cyro, Assis, Caymmi, Nelson, Hilário Jovino, Sinhô, Pixinguinha, Donga e João da Baiana. E é também dos saudosos paquetaenses (não nascidos aqui, mas moradores) Silvio Caldas, Orestes Barbosa, Bucy Moreira, Roberto Martins, Wilson Baptista e João Nogueira. É um dia para lembrarmos destes e de outros, um dia para celebrarmos o gênero que desde as eras Vargas e do Rádio, períodos que se confundem, se tornou a “música oficial” do Brasil. Além dos saudosos, Paquetá abriga muitos outros. E já me desculpando pela injustiça, parabenizo paquetaenses “crias da Ilha” ou novos moradores que também contribuem para a história do nosso samba.

Palmas para Cristina Buarque, Sereno, Ventura e o Saia de Chita. São muitas as Luiz Pião, Marcelo Bola, Muitos Amigos, Ney formas de se cantar um samba! 7 Cordas e a turma do Sambastião, Bambo Pelo Silêncio do Amor, de Bambu, Veras, Iran, os irmãos Padula, Batuquemos! Thiaguinho, Tito, Mauro, Oscar Bolão, Pedro Pelo Unidos de São Roque, Amorim, Flavio Monteiro, Neyla, Angélica Batuquemos!

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Po

Alô, bateria!

etas que amaram a vida passaram a mesma falando da morte. Já eu tenho vocação pra denegrir minha imagem. Talvez seja estilo, não sei – um estilo mórbido, meio Augusto dos Anjos. O que sei é que prefiro rir, nem que seja à custa de mim mesmo. Minha função, dentro de um grupo musical, é sustentar o andamento da música, ou seja, manter o tempo. Tim Maia dizia que baterista que atrasa não adianta, como qualquer relógio. Eu, talvez por ansiedade, tendo a levar o ritmo pra frente. Mas pra frente é que se anda, não é mesmo? Uma vez comentei com um colega que, assim como Ayrton Senna cochilava antes de correr, eu puxo um ronco antes de tocar. E este colega, que não vale nada, observou: “Pois é… chega na hora corre pra cacete”. O saxofonista que ouvia nossa conversa, um sujeito que vale menos ainda, interveio: “Não diga isso. O Bolão é um baterista à frente do seu tempo”. Tá bom. Tenho 40 anos de música e nestas quatro décadas protagonizei histórias que outros prefeririam esquecer. Vocês sabem o que é uma roubada? Roubada é aceitar um trabalho quando o melhor seria ficar em casa. Acumulei tantas que deveria ser preso. Pra vocês terem uma ideia, durante um período toquei em um trio cujo tecladista transformava tudo em bolero e o baixista era corcunda e paraplégico. Não riam porque é sério. Num final de ano, desses que não interessa qual, fomos contratados pra tocar na festa de Natal dos mecânicos de uma empresa de ônibus, em Curicica. Um calor de insolar Papai Noel. O evento era numa garagem, coberta por telhas de amianto, onde até as almas estavam sujas de graxa. Bebendo cerveja quente e cansados de boleros, os peões, claro, foram ficando irritados. Um afrodescendente, dos grandes, de repente se aproxima do solista e diz alguma coisa em seu ouvido. Pálido e com cara de assustado, ele me pergunta: “Bolão, você sabe os sambas-enredo desse ano?”. Sim. Então ele bota o microfone na minha frente e diz: “Canta”. Resumindo: passei a tarde inteira numa sauna, em cima de

foto do mês: Marlene Pereira

uma duna de graxa, batucando e cantando sambas-enredo acompanhado apenas por um baixista corcunda e paraplégico. Não riam porque é sério. Finda a festa, coloquei meu equipamento no caminhãozinho que me tiraria daquele inferno. Não havendo lugar na frente, subi na caçamba. Me deram um banquinho e ali fui eu ao lado do meu instrumento. No caminho, possuído pelo espírito natalino, até pensei: tudo bem, podia ser pior. E foi aí, leitores, neste exato instante – por incrível que possa parecer alguém sofrer desta maneira – que o dilúvio de Noé se abateu sobre a cidade, sobre o caminhãozinho, sobre mim.

S

i

tuações de constrangimento são muitas. E já que falei de um baixista corcunda e paraplégico, posso bem falar de um baterista anão. Pois é, existe. Não riam porque é sério. Ele é filho de um conhecido cantor e é mais baixo do que o pai, creiam. Este fato se deu com o Guto Goffi, baterista do Barão Vermelho. Guto ajustava o som, num lugar que não interessa qual, quando a esteira da caixa se soltou. O diminuto, que assistia a tudo da coxia, atravessa o palco naquela corridinha de anão (manja?) e se coloca embaixo da caixa pra consertar o enguiço. O avermelhado barão, comovido, para de tocar e se levanta pra agradecer o altruísmo do apoucado. Não sei o que se passou na cabeça do Guto. Querendo dar um abraço no apequenado, ele curva os joelhos mas, antes mesmo de chegar ao chão, o anão já alterado – com o dedo indicador sobre o nariz – esbravejava: “Não ajoelha, não! Não ajoelha, não!”. E, parara-tim-bum, foi saindo deixando o Guto com a cara branca de neve. Nota do escrevinhador: A vida não é politicamente correta. Ela é a vida, simplesmente. Quase sempre absurda, muitas vezes surpreendente. Se a aceitamos como ela é, tudo fica mais leve.


Informativo da Morena Este espaço é uma cortesia do jornal A Ilha à Associação dos Moradores, que é inteiramente respónsável por seu conteúdo. As informações e opiniões não são necessariamente apoiadas pelos editores do jornal.

Associação constata melhorias no hospital

O Diretor da Associação de Moradores de Paquetá Julio Marques, membro da Comissão Local de Saúde, visitou as obras que estão sendo executadas no Hospital Villaboim, a convite do Diretor Diego Willer. Na avaliação geral, a Morena considerou que as melhorias estão avançando, embora em alguns pontos de forma lenta. No entanto, constatou um inegável esforço da equipe e da administração em atender a diversas demandas da população. O término das obras está previsto para janeiro – prazo que pareceu difícil de ser cumprido, mas não impossível. A Academia Carioca, destinada à exercícios físicos, está ainda na fase de construções de rampas, jardins e alocação dos equipamentos. Ela poderá atender a até 40 pessoas simultaneamente e contará com apoio de educador físico, nutricionista, técnica de enfermagem e médico de família. Seu funcionamento será das 8h às 17h, atendendo adolescentes, adultos e idosos, sendo medida

a pressão antes e depois dos exercícios. Os usuários terão acesso a bebedouro e banheiros. Entendemos que a iniciativa é muito bem-vinda, embora achemos que a sua plena utilização e popularização possa ainda levar algum tempo.

Dentista

já se encontravam há algum tempo no hospital. Também está sendo montada nova sala de esterilização com aparelhagem de última geração.

Faltam plantonistas Questionado sobre o problema de um único plantonista, antiga reivindicação da Morena, da Comissão de Saúde e

Conhecemos também as futuras instalações do gabinete dentário, que mais que recuperado parece reconstruído. Ali serão instaladas novas cadeiras odontológicas e aparelhagens modernas de ultrassom e raio X odontológico, que

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ASSEMBLÉIA MORENA

dos próprios profissionais do hospital, o Diretor Diego Willer nos informou que já existiriam dois médicos de plantão nos fins de semana, além do funcionamento do Programa Saúde da Família nas manhãs de sábado. No entanto, entendemos que, embora a presença de dois médicos em plantão noturno nos finais de semana represente um enorme avanço, é necessário, ainda, a presença de dois plantonistas nos dias de semana. Quanto às obras, embora tenham prejudicado à população pela ausência de determinados serviços, em especial o tratamento odontológico, representam uma melhora no atendimento. O prazo de entrega em início de janeiro parece difícil de ser cumprido, mas há um grande número de operário envolvidos. Tomamos como também nossa a reivindicação dos profissionais do hospital, expressa pelo Dr. Pedro Jonathan: é necessário oferecer curso de reciclagem e aprimoramento para que o atendimento seja cada vez melhor.

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JANEIRO (SÁBADO)

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Mais do que recuperar, as obras parecem estar reconstruindo os consultórios. Acima, equipamentos da futura Academia Carioca

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Dr. João Carlos Acupuntura

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Terças e quintas Tel: 7985 5049 e 8150 9882

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Rua Furquim Werneck, 31 loja B

Na hora H, é com a gente que você conta


crônicas de paquetá a vida é como ela é julio marques

C

laro que têm malucos no pedaço, malucos histéricos tipo o Lobo Mau e os quatro irmãos porquinhos. Graças a Deus que são pouquinhos, pois, como sabemos, Deus e o Papa são latino-americanos – o que, segundo as más línguas, é quase “bolivariano”. Como disse alguém, parece coisa de menino ou menina mimado. Quanta molecagem! Mas, afinal, o Brasil é brasileiro, como diria Ary Barroso, e Paquetá é um bairro popular. Tenho a mais absoluta certeza de que ser um bairro popular é o grande encanto e a razão da crescente atração que a ilha desperta, embora certo tipo de gente não goste disso. Deve ser desagradável para elas pegar a barca no fim de semana e se misturar com o povo que vem, alegre e barulhento, em um rolezinho, brincar como moleques por essa ilha vadia. Bem diz o Antonio Carlos da Silva, Paquetá é uma ilha vadia. Além de tudo isso, como que por milagre ou coincidência, é moradia de magníficas pessoas. Dentre elas, não me canso de exaltar o genial coiffeur Serginho, com sua habilidade de transformar um simples corte

Paquetá está no município do Rio: não é preciso DDD nas ligações para a capital.

de cabelo em uma escultura. Sergio é, também, o rei das frases perfeitas. Diz ele, em uma dessas tardes em que a gente observava o tempo passar, que já estamos em dezembro e ainda sentimos o cheiro da comida do ano passado. Completa a ideia, achando graça que o Valderi ainda não tenha aposentado as castanhas do natal de 2013, preferindo fazê-las descansar em cestinhas verdes ao lado das passas, essas sim já um pouco passadas.

s I

so tudo é brinca- gamos, pensando atender nossos desejos deira. Valderi é uma e julgando visar o bem comum. Reparem bem no Luís Belo, na Xuxa, na grande figura, dono doce ranhetice da Carminha, na Beldade da do melhor empóComlurb e na Bundinha Feliz. Impossível enrio da ilha, contrá-los renovando É sorte não se viver em outro o estoque em um condomínio bairro. Do toda quinta. fechado e elegante, não modo que Tem o papo mais maluco que eu coaqui se nheço e é um pé de valsa alucinado. tendo de ser hipócrita a p r e s ene servir a deuses que É claro que, como sempre, existam, não tem pessoas de caráter duvidoso, renegamos combinamas essas a gente finge não ver riam. Mudariam de jeito ou de lugar ou e, afinal, elas aparecem tão pouco e a vida mesmo se trancariam em casa e pediriam segue em frente. Lógico que é sorte não se viver em um delivery de pizza e comida japonesa. Outro dia, andando pela Zona Sul em um condomínio fechado e elegante, não tendo de ser hipócrita e servir a deuses que rene- domingo de manhã, percebi as pessoas com

um ar mal-humorado, parecendo carentes de alguma coisa. Uma angústia pesava no ar, como se tudo que tinham não bastasse. Olhei para as árvores (é, tinha árvores) e elas eram meio sujas e deprimidas, embora, é justo observar, fossem bem colocadas e arrumadinhas. Pobres árvores postas em lugar errado. Bem diz meu filósofo preferido que não há felicidade sem o mito e o mito sem o boato. O Ricky, para variar, está certo. O fato é sempre bobo, viva o boato. Sei, por isso tudo, que teremos um bom Natal e um lindo e perfeito ano novo. Julio, eterno otimista, que manda daqui um abraço ao Tio Pedro, figura ímpar desta ilha.

um passeio em pqt

O contorno do litoral pode ser feito a pé em 45 minutos, sem correria nem paradas. De bicicleta, leva cerca de 25 minutos.

Logo na saída da estação das barcas na ilha, à direita, um painel oferece algumas opções de roteiros turísticos.

Paquetá > Praça XV

Pontos turísticos

Igreja Bom Jesus do Monte Caramanchão dos Tamoios Canhão de Saudação a D. João VI Árvore Maria Gorda Preventório Rainha Dona Amélia Escola Pedro Bruno Poço de São Roque Coreto Renato Antunes Capela de São Roque Casa de Artes Pedra da Moreninha Ponte da Saudade Pedra dos Namorados Casa de José Bonifácio Mirante do Morro da Cruz Cemitério de Paquetá Cemitério dos Pássaros Farol da Mesbla

Praças e parques Telefones úteis

Barcas (estação de Paquetá) - 3397 0035 Barcas (central de atendimento) - 0800 7211012 Bombeiros - 3397 0300 Cedae - 3397 2133 (água) / 3397 2150 (esgoto) Comlurb - 3397 1439 Farmácia - 3397-0082 Gás (fornecimento de bujão) - 3397 0215 Hospital (UISMAV) - 3397 0123 / 3397 0325 Light - 0800 282 0120 Oi Telemar - 3397 0189 PM - 3397 1600 / 2334 7505 Polícia Civil - 3397 0250 XXI R.A. - 3397 0288 / 3397 0044

Pedro Bruno Fernão Valdez Atobás (Quadrado da Imbuca) Tiês Lívio Porto (Ponta da Ribeira) Mestre Altinho Bom Jesus do Monte Manoel de Macedo São Roque Ex-Combatentes Alfredo Ribeiro dos Santos Pintor Augusto Silva Parque Darke de Mattos Parque dos Tamoios

Praça XV > Paquetá

Dias Úteis Dias Úteis 05:30 > 06:40 05:30 > 06:20 06:45 > 07:35 07:00 > 08:10 08:45 > 09:35 07:45 > 08:35 10:15 > 11:25 09:45 > 10:35 10:45 > 11:35 11:45 > 12:35 13:20 > 14:30 12:00 > 13:10 15:30 > 16:20 14:40 > 15:50 17:30 > 18:20 16:30 > 17:20 18:30 > 19:40 18:30 > 19:20 20:00 > 20:50 20:00 > 21:10 22:15 > 23:05 21:00 > 21:50 00:00 > 00:50 23:10 > 00:00 FdS e feriados FdS e feriados 04:30 > 05:40 06:00 > 07:10 07:00 > 08:10 08:30 > 09:40 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 22:00 > 23:10 23:30 > 00:40 00:00 > 01:10 Em negrito, horários com barcas abertas (tradicionais). Em itálico, os horários previstos de chegada.

Localidades

Viracanto Levas-Meio Rua dos Colégios Ladeira da Covanca Morro do Buraco

(Morro do Gari)

Pau da Paciência Árvore do Sylvio Colônia Cocheira Morro do Pendura Saia Morro do PEC

(Morro da Light)

Rua Nova Colônia da Mesbla Curva do Vento Beco da Coruja

Serviços

Banco Itaú Banco do Brasil e Caixa Econômica (Loja lotérica)

Hospital (UISMAV) (3397.0123 / 0325)

Aparelhos de ginástica (jovens e maduros)

Aparelhos de ginástica (idosos)

Mesas para pic-nic ou jogos Mictórios Farmácia (3397.0082) Brinquedos infantis


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