Jornal A Ilha -61

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Ano V - n 61 - setembro de 2018 - Ilha de Paquetรก, Rio de Janeiro


O que vai pela ilha Momentos em Paquetá

Editorial

O craque Jorginho e o craque Afonsinho

Eu estava colocando os últimos retoques nesta edição do jornal, junto com Xabier, quando veio a terrível notícia: incêndio no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, destrói o prédio onde morou o Imperador e destrói um acervo de milhares de anos, reunido há 200 anos naquele centro histórico e do saber. Uma perda imensa, uma vergonha para o Brasil, fruto do descaso e da falta de verba (ou de vontade de se aplicar verbas). E fiquei pensando no nosso Solar del Rey, fechado, abandonado, não se sabe em que condições. E se acontecer ali um incêndio? Na verdade, em termos práticos, o palacete paquetaense já ruiu, pois nada acontece ali, não serve para nada a não ser criar musgo e mato. O acervo imperial já se espalhou por outros locais e não se tem esperanças de que habite novamente aquela casa. Restam as memórias, das atividades que ali aconteceram, das pessoas que tanto curtiram o lugar. E a nossa vontade de continuar batalhando para que volte a ter vida, para que seja aberto, e que a luz do sol iluminando um público, as peças, os shows, as galerias, as festas – quem sabe um cineminha ou a volta da biblioteca - a torne novamente Solar.

Expediente

Pois nem são preciso chamas para que tudo aquilo vire cinzas, e continue tudo cinza. Rick y Goodwin

A Ilha é um jornal comunitário mensal organizado, elaborado e mantido pelos moradores da ilha de Paquetá. Mentor e fundador: Sylvio de Oliveira (1956-2014)

Conselho Editorial Especial Centenário do Municipal: Claudio Marcelo, Guto Pires, Ricky Goodwin, Toni Lucena, Washington Araujo, Wilma Leitão Equipe: Claudio Marcelo Bo, Cristina Buarque, Flávio Aniceto, Ialê Falleiros, Jorge Roberto Martins, Julio Marques, Mary Pinto, Ricky Goodwin, Toni Lucena e Vitor Matos. Programação Visual: Xabier Monreal Jornalista responsável: Jorge Roberto Martins - Reg. Prof. 12.465 As informações e opiniões constantes nas matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Impressão: Gráfica e Editora Cruzado Ltda / Tiragem: mil exemplares Fale com a gente: cartasjornalailha@gmail.com Anuncie: comercialjornalailha@gmail.com Ano 5, número 61, setembro de 2018. Capa: Toni Lucena.

Este número de A Ilha foi possível graças à participação dos anunciantes e às contribuições financeiras de • Márcia e Ludi • Adilson Martins • Marcio e Mariangela • Ana Cristina • Marcílio • Carla Renaud • Cristina Buarque • Mary Pinto • Cristina Monteiro • Maurinho • Dimas • Nenem e Edino • Fatinha Ferreira Souza • Nilson Sant'Anna • Lia e Guinho Frazão • Paulo e Joana • Guto Pires • Ricardo Bichara e Marcia • Jorginho e Leila • Ricardo Sant Clair • Julia Menna Barreto • Sandra Sousa • Julio Marques • Silvio e Marília • Leandro Rivas • Sizinha e Bernardo • Leonardo e Thaiza • Lula Mendes • Washington Araújo • Magda Mittarakis • Zé Armando

Nosso diretor, Jorge Roberto Martins, acaba de lançar seu terceiro livro de poemas. O livro se chama “Momentos” e os poemas retratam os seus amigos e pessoas que admira, muitos deles figuras tradicionais de Paquetá. Jorginho aproveita para dar uma pala de um outro poema, que também tem a ver com nossa ilha.

Gatos que não lhe tirem os espaços os abraços, os braços os olhares, os mistérios que não lhe tirem os afagos os psius, os sussurros os colos, os dengos que não lhe tirem os becos os ecos, a nostalgia as sombras da noite e o dia

que não lhe tirem os pelos os apelos, os zelos, os elos os olhares matreiros que os deixem elegantes aos pelos, em pelo novelos, galantes que os entendam ladinos atentos, sedentos rebentos, meninos

Calçada não é ciclovia Em qualquer lugar do mundo andar de bicicleta em cima das calçadas, por onde passam as pessoas, não é uma coisa legal. Aqui em Paquetá é um absurdo maior ainda. Os ciclistas nas ruas nem tem que disputar espaço com carros, com trânsito, é tranquilo de andar, não há necessidade de usar calçadas como pistas. A pessoa põe o pé pra fora do portão e zás já passa uma bicicleta raspando. Vamos pedalar pelas ruas, gente?

Saudades do Luís e sua figura alegre, animada, foliã, galhofeira, navegador dos mares. O Jornal A ILHA manda um abraço carinhoso para a Gil e a Luiza.


O calderão da febre

Forum Paquetá

A Editora Duende Amarelo promove a 1ª FEBRE – Feira de Bruxaria e Esoterismo de Paquetá. Será um evento por toda a Ilha que acontecerá nos dias 13 e 14 de outubro em oito estabelecimentos hospedando palestras, vivências, rituais, workshops, gastronomia e terapias de diversas linhas e tradições mágicas. Uma oportunidade para saber um pouco mais sobre a cultura cigana, sobre a magia natural (bruxaria), sobre terapias complementares como o Reiki e a radiestesia, para assistir shows de dança do ventre, danças ciganas, para participar ou assistir a vivências xamânicas, para conhecer artistas, escritores, sacerdotes e pessoas que virão à nossa Ilha trazendo e buscando essa troca de conhecimentos. Haverá ainda cerca de 12 terapeutas atendendo aos visitantes para arrecadar, por cada atendimento, um quilo de café, açúcar ou contribuições a partir de R$ 5,00 para a Obra Social do Hely, um dos grandes exemplos de nossa comunidade. Fiquem ligados pois terá coisas acontecendo no Iate Clube, na Casa Flor, na Pousada Brumar, na Casa de Nova, na Casa de Artes, no Zeca´s , no Quintal da Regina e o Quiosque Imbuca 40º

Solar abandonado

Foi realizado em Paquetá um evento da maior importância, principalmente para nós que somos uma ilha em meio a uma baía bonita porém em degradação. O Fórum "Paquetá: caminhos e soluções para um desenvolvimento sustentável & Lixo Zero" se reuniu por dois dias no Iate para abordar temas sobre a Baía da Guanabara, saneamento básico, energias renováveis, reciclagem, educação ambiental, além de traçar caminhos e soluções para um desenvolvimento sustentável. Com a quantidade de 18 meses, discutindo desde a limpeza das praias às vantagens da energia solar ao valor do lixo e a qualidade da água em Paquetá, entre muitos outros temas, foi um encontro de muita solidariedade e esperança numa ilha e baía melhores. Em tempo: dia 15 de setembro haverá nova ação de limpeza das praias. Juntese a esta turma!

A MORENA estendeu uma faixa na frente do Solar Del Rey, para lembrar que o local, patrimônio histórico e cultural de Paquetá, continua abandonado, fechado, acabando, há nove anos. Promessas são feitas, mas...

Quem partiu este mês também foi a querida Dona Diva, a musa do Edifício São Roque. Como lembra Valéria Plácido, ela não só morava no prédio com este nome como era muito devota de São Roque – e escolheu a época da festa do padroeiro para ir se encontrar com ele no Céu.

Parabens Jô !

Cartas

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M e depar ei c om um a c ena l i n d a n a Pra i a d o s Ta mo i o s q u a n d o eu es t ava t er m inando m inha c a m i n h a d a d i á r i a , u ma m o ç a e u m m enino pequeno c at ando lixo n a p ra i a . L o g o q u e m e a p rox i m e i para dar parabeniz ar a dupl a , o me n i n o q u e s ti o n o u s e e u n ã o poder ia ajudar a s alvar o pl a n e ta . O q u e fa ze r d i a n te d e u ma c r ianç a t ão pequena c om um a p re o c u p a ç ã o q u e d eve r i a s e r d e nós adult os ? P r ont am ent e de s c i p a ra p ra i a e a j u d e i a l i m p a r u m t r ec ho, c at am os de t udo e e l e m e a b ra ç o u e d i s s e : “o b r i g a d o por nos ajudar a lim par o p l a n e ta !" Pa ra b é n s à q u e l a mã e q u e ens ina ao s eu pequeno f ilho a fa ze r o s e u fu tu ro m e l h o r, s e u s n o m e s s ã o A l e s s a n d ra e A n t o ny, q u e D e u s mu l t i p l i q u e e s s e s s er es hum anos m arav ilhos os, n o s s o p l a n e ta a gra d e c e ! ( D i one Lucas)

Entre os grandes eventos do mês, além da Festa de São Roque, houve as várias comemorações do aniversário de nossa amiga Joziete Sotero. Como gosta de festa essa mulher!

O que você achou desta edição do jornal? Qual a sua sugestão para o próximo número? Q u e r e s c r eve r s o b r e a l g u m a s s u n t o d e Pa q u e t á ? cartasjornalailha@gmail.com


•ARTICULANDO E DIVULGANDO NOSSAS INICIATIVAS CULTURAIS •APOIANDO ARTISTAS LOCAIS •PRESERVANDO NOSSO PATRIMÔNIO, MEMÓRIA E IDENTIDADE •PROMOVENDO O TURISMO SUSTENTÁVEL COM A COMUNIDADE PROTAGONISTA E BENEFICIÁRIA

Próximas iniciativas apoiadas pelo Ponto

Valéria é a alma do Coletivo Cantareira, que realiza as manifestações folclóricas como o Auto de São Roque e a Folia de Reis.

CineClube PQT

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ardim de afeto Jorge Roberto Martins

CineClube PQT

PROGRAMAÇÃO

SETEntrada franca e sem consumação, com debate ao final. No Quintal da Regina.

Em setembro o Cineclube homenageia Graciliano Ramos

Dia 13 - Quinta - 20h00

“Memórias do Cárcere" Direção: Nelson Pereira dos Santos Dia 27 - Quinta - 20h00

“São Bernardo”

27 SET

. Direção: leon hirzman Informações: http://cineclubepqt.wix.com/cineclubepqt .

21 SET

foto: Ana Pinta

NOSSO PONTO VOLTA ÀS ATIVIDADES

AMORES DA ILHA V A L É R I A

Plantar Paquetá Replantando a nossa história Dia 21 – Sexta – 10h00 – capela são roque

*

Grupo Plantar Paquetá comemora o Dia da Árvore plantando dois pés de canela, tão presente no passado da ilha, um de cada lado da igreja do padroeiro. https://www.facebook.com/groups/plantarpaqueta/

Veja mais em w w w . fa c e b o o k . c o m / p a q u e ta n a r e d e CUIDE BEM DE NOSSA ILHA. VALORIZE E PRESERVE SEU PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO, AS PRÓXIMAS GERAÇÕES TAMBÉM MERECEM PAQUETÁ

Nega Luisa ah , como era encantadora! dona dos espaços senhora dos movimentos matriarca das intenções no compasso do corpo o som dos tambores a batida dos corações a marcação dos sentimentos o encantamento do espectador e a porta-bandeira girava e o mundo à sua volta rimava coros, corais, vozes naturais de uma canção que ela inspirava de um samba que ela sambava de um silêncio que adormeceu uma luisa imortal

FOTO DO MÊS

Nega Luiza, mãe de Jorge, Roquinho, Vera, Regina, filha de Manel Batanga, irmã de Glória. Dona Luiza teve filhos com o falecido Gongola. (Jussara Gomes Silva)

Jorge Figueiredo


Três perguntas para LUDI UM Idealizador da Rádio A ILHA Ricky Goodwin

De Paquetá para o MUNDO Ricky Goodwin A Rádio A Ilha chegou para movimentar mais ainda a vida cultural da Ilha de Paquetá. É uma webrádio comunitária, com programas criados por diversos paquetaenses, e aberta para a participação do público. Sendo uma rádio na internet, pode ser ouvida de várias maneiras – celular, tablet, computador, aplicativo, etc. - e com uma abrangência internacional. Pessoas interessadas em toda parte do mundo podem acompanhar o que está acontecendo em nossa ilha. A Ilha de Paquetá é um lugar envolto em música, desde os tempos de figuras pioneiras como o Maestro Anacleto, desde os tempos de compositores célebres como Orestes Barbosa, continuando agora no tempo dos músicos excelentes que moram no bairro. E tem uma tradição muito rica, cheia de histórias, casos e características bem próprias. A cada dia seus personagens locais vivem uma crônica nova. Neste ambiente paquetaense surge a RÁDIO A ILHA, mais um canal para esta comunidade se expressar, depois do Jornal A ILHA e de sua página participativa no Facebook. Sua programação está voltada principalmente para a música, em seus diversos estilos, tanto a música de Paquetá quanto do Brasil e do mundo. Mas não fala apenas de música. Entre os diversos assuntos abordados em sua programação vão estar Saúde, Astrologia, Meio-Ambiente, Cinema, Teatro, Livros, Cultura Popular, Negritude, Receitas e muito mais. Tem um programa infantil para a delícia dos ouvintes-mirim. Tem um programa dedicado às mulheres. E tem a leitura das saborosas crônicas de Julio Marques, conhecidas pela publicação no Jornal A ILHA. Sendo uma rádio comunitária, a RÁDIO A ILHA tem uma programação voltada também para a comunidade paquetaense. Além dos espaços dedicados às associações locais, como o Conselho de Segurança e a Associação de Moradores, a rádio apresenta debates e noticias sobre as questões do bairro. Traz a Agenda Cultural com o que acontece na ilha. Tem uma parte de Serviço com informações úteis para o ouvinte. Ouvinte que tem uma participação ativa na rádio, podendo enviar recados ou mensagens através de Whatsapp e outros meios para irem ao ar. O programa “Fala, Paquetá” é uma espécie de microfone aberto para as pessoas opinarem. A programação recebe sugestões musicais do público. Quando for publicado um post ou notícia interessante na página Face movimentada do jornal, vamos passar ser transmitido pela Rádio. As histórias antigas, os casos engraçados, as coisas saborosas que só acontecem em Paquetá são contadas nas ondas sonoras do nosso canal na internet. Nosso objetivo é levar a programação da Rádio até você e trazer você para participar da Rádio. Operando a partir de setembro de 2018, a RÁDIO A ILHA faz parte da vida de Paquetá, trazendo cultura, divertimento e mais uma oportunidade dos paquetaenses se conhecerem e discutirem as suas questões. É um polo musical, informativo e aglutinador. Paquetá está no ar!

Como ouvir a Rádio A ILHA Acessando radioailha.com Pelo nosso aplicativo. (Ir no Google Play e baixar app Radio A Ilha) Os programas que já foram ao ar podem ser ouvidos no MixCloud Acesse mixcloud.com e no campo "Search" digite "Radio A Ilha"

1. Como surgiu a idéia da rádio? Bem, eu e Minha Poesia, a Marcia Corrêa, temos um projeto chamado Eletrolivre que é uma Oficina de Comunicação Popular e Comunitária. Quando mudamos para Paquetá pensamos de que forma poderíamos retribuir todo amor, afago, vibrações positivas que o bairro nos deu. Como tínhamos um streaming de rádio inativo, pensamos: que tal presentear este local que nos abraçou com uma web rádio? Paquetá é mágico, tem histórias e moradores maravilhosos, seria ótimo que todas estas histórias fossem compartilhadas, Conversamos com algumas pessoas sobre a possibilidade e aí nasceu a Rádio A Ilha, uma rádio que não seria nossa e sim de todos da Ilha de Paquetá e que estaria vinculada ao jornal A Ilha, que é um veículo que sempre nos trouxe estas histórias de Paquetá enquanto não éramos moradores.

2. Quais as vantagens que uma rádio pela internet tem sobre as rádios comunitárias tradicionais? Uma das vantagens é o baixo custo, não é necessário um super estúdio, uma equipe numerosa para operá-la. Outra vantagem é que tem um alcance mundial, não tem limitações geográficas, o que possibilita a transmissão em qualquer lugar. Mesmo com uma legislação confusa, que ainda não consegue enquadrar plenamente as webradios, é um caminho melhor do que uma rádio comunitária tradicional, onde a burocracia para você ter uma concessão a torna proibitiva, sem contar com o lobby contra feito pela mídia hegemônica.

3. No que a Rádio A ILHA pode ser uma boa para Paquetá ? É mais um canal de comunicação para o paquetaense, ser um veículo da expressão social da comunidade, Divulgar temas de Paquetá que não têm espaço em outros meios como: a cultura, a educação, a saúde, a segurança, a organização política e o meio ambiente e acima de tudo ser um exercício da liberdade de expressão, da democratização da comunicação, afinal a rádio não é minha, é nossa, é de Paquetá!!!

Fale com a Rádio A ILHA

Passe um Zap para a Rádio

Quais as músicas que você quer ouvir? Tem alguma sugestão para a Radio? Quer escrever sobre algum assunto da ilha?

S e q u is e r m a n d a r a lg u m r e c a d o ou c o m e n ta r s o b r e a lg o q u e e s tá acon te c e n d o , g r av e u m a m e n s ag e m no z a p e m a n d e p a r a o c e lu la r d a R á d io q u e c o lo c a r e m o s n o a r.

Email: cont at o@radi oai l ha. com Facebook: @radi oai l ha


OS DISCOS DO MEU TOCA-DISCOS!!!

[DOMINGO - CAETANO VELOSO E GAL COSTA (1967)] Ludi Um

QUANDO O ÓDIO SE FEZ AMOR!

No início dos anos 90 do século passado já com meus hormônios juvenis mais controlados, porém ainda não arrefecidos, costumava andar ali pelas bandas da Praça Tiradentes, indo de sebo em sebo pesquisando os vinis e muitas vezes parando para jogar uma partidinha de fliperama ou olhar o trottoir já decadente daquelas pairagens. Uma bela tarde entrei numa lojinha ali na Rua da Constituição e estava tocando “Coração Vagabundo”. Naquele momento, entre o cheiro de jornal, revistas, papeis velhos o meu já coração vagabundo, no sentido amplo da palavra, acelerou apesar do BPM baixo daquela canção. Depois de ouvir os 2’25” daquela música, perguntei de quem era aquele disco para o senhor um tanto carrancudo atrás do balcão. E aí veio a traulitada, Caetano Veloso e Gal Costa, que eu tanto amava odiar, achava coisa de velho; logo eu, um skatista e rockeirão marginal, estava ali estatelado, babando pelos acordes bossa-novistas da dupla baiana. Gastei 5 Cruzeiros, depois, é claro, de pechinchar com o tiozão da loja e rumei para jogar mais uma ficha na decadente loja de fliperama, mal consegui me concentrar no jogo, então peguei a Carioca rumo ao Castelo para pegar o 328 e parti para Arthur Magioli 277 para mergulhar naquele Domingo, mesmo sendo o meio da semana. A cada música que a agulha trilhava, o meu coração vagabundo se entregava cada vez mais para as vozes e delicadezas de Caetano e Gal e assim a MPB começou a conquista deste vagabundo coração. Depois disto, as visitas a Praça Tiradentes fizeram parte do meus rolés. Domingo marcou não só a estreia da dupla, como também o meu início de amor pela Música Popular Brasileira. OUÇA EM (youtu.be/pMQwJj3pS94)

Delma Santos .

- Tava muito fraco esse ano... - Faltou policiamento, briga correu solta. - Aluguel de barracas caro e sem atração, querem que eu vá a falência. - Bandeirinhas de papel, choveu, desbotou antes da festa acabar. - O padre fica com dó de barraqueiro que vem chorar suas pitangas, acaba sendo passado para trás. - A comissão de organização acha que a festa se faz em uma semana. - Barraqueiro não se organiza, podiam pagar cota mensal... - O livro de ouro não passou no meu estabelecimento, então não dei nada este ano. - Tinha que passar na TV, fazer propaganda, divulgação! - A prefeitura não quer apoiar. - Cantei de graça e ninguém veio me agradecer. - Toquei no amor e recebi cara feia de uns e outros. - Sobrou feijoada (deliciosa, por sinal, feita no amor, por sinal). - Sábado vendi 400 cocadas. - Viva São Roque!!!!


Ricky Goodwin

Claudio Santos


Pe. Nixon Bezerra de Brito Pároco do Senhor Bom Jesus do Monte e São Roque - Paquetá. Dizem que antes de um rio entrar no mar, ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada que percorreu, para os cumes, as montanhas, para o longo caminho sinuoso que trilhou através de florestas e povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto, que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entrar no oceano é que o medo desaparece, porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas de tornar-se oceano.

chegar o sentimento começa a brotar, a inquietação, o desejo: vai ter festa? Queremos festa... Como entender que pessoas não religiosas, de outras religiões, outras crenças queiram celebrar? A resposta só pode vir de dentro: do coração que "esconde razões que a própria razão desconhece". E o

São Roque é um rio, nessa pequena grande ilha de nossa existência; está no íntimo, na essência, no recôncavo de cada paquetaense daqui ou que aqui se tornou...e não dá para voltar...são 321 anos de celebração, de festa, de alegria, de bênçãos! Como não celebrar fora o que está dentro há tanto tempo? Algo acontece de misterioso, muito antes de agosto

A origem da festa de São Roque em Paquetá está envolta numa atmosfera lendária. A devoção de São Roque foi introduzida em Paquetá por Manuel Ferreira Camelo, que construiu a capelinha original desse santo, em 1698. Ela foi inaugurada e benta nesse mesmo ano, no dia 24 de novembro, pelo Padre Manoel Antunes Espinha, que era então vigário da igreja de Nossa Senhora da Piedade, em Magé, na época subordinada à Ilha de Paquetá.

Com o passar dos anos, a comemoração do Dia de São Roque se tornou uma celebração católica de grande cerimonial e de uma festança popular animadíssima. Canoas e botes enfeitados, chegavam à Ilha cheios de romeiros trazendo sanfonas, violões, pequenos conjuntos de choro, cantores populares, que enchiam o arraial com os ritmos líricos das modinhas " e os requebros maliciosos dos lundus".

Roque de Montepellier veio de uma família muito rica,. mas largou tudo para viver na pobreza e ajudar ao próximo. Como médico, tratou inúmeros doentes atingidas pela Peste, na Itália, e ao retornar para a França, contraiu ele mesmo esta doença. Para não contaminar outras pessoas, se embrenhou numa floresta, e lá teria morrido se não tivesse sido encontrado por um cão. Não se sabe se foi por causa do cachorro, que lambeu suas feridas, mas Roque se curou, e desde então passou a se dedicar a cuidar também dos animais. Outra versão atribui a sua cura a ter bebido água de um poço milagroso na floresta, (dai a afinidade com o nosso Poço de São Roque em Paquetá). Quando voltou a Montpellier, muito tempo depois, seu

O clímax da festa, mais tarde, passou a ser a presença do Imperador Pedro II e da Imperatriz. Iam do Rio no batelão imperial da Marinha de Guerra, levado por grande número de remadores, marinheiros adestradíssimos, constituindo a atracação e o desembarque uma nota sensacional. Os imperadores hospedavam-se no Palacete Alambari, que depois se tornou seminário. Localizado muito próximo da igreja, dali podiam os imperadores assistir à festa noturna. A igreja era pequena para conter os fiéis. Bandeirinhas e galhardetes multicores , coreto de música e o das prendas, onde se realizava um leilão. Havia também muitas barraquinhas de comidas, diversões e jogos. As famílias estendiam toalhas no chão, para piqueniques, e ficavam desde o dia até a noite. Conta-se, inclusive que os imperadores vinham até o arraial, na hora do leilão, arrematar uma prenda. E o povo, abria alas, respeitosamente, à sua passagem e aclamava-os ruidosamente. De 1884 para cá, com a chegada das barcas, cresceu a romaria, porque elas passaram a transportar grande número de romeiros.

Por outro lado, consta que D. João VI, o Príncipe Regente de Portugal, teria sido o fomentador da Festa de São Roque quando, em 1808, vindo à Ilha para fazer uma promessa ao santo - que era o da sua devoção - encontrou um grupo de fiéis, ao redor da capelinha. O assunto que discutiam era como poderiam fazer para conseguir os melhoramentos de que a capela tanto precisava. Por essa razão, D. João VI teria instituído um Decreto Real pelo qual, todos os anos, naquela mesma data, deveria ser realizada uma quermesse, cuja renda reverteria sempre para as benfeitorias necessárias para a preservação da capelinha do seu santo protetor . Desde então, teria acontecido assim.

Originário de família nobre, abastada, São Roque nasceu em Montpellier, na França, em 1295 e faleceu em 1327 . É o santo protecor contra a peste, padroeiro dos inválidos e cirurgiões, protetor do gado contra doenças contagiosas.

desafio: como fazer esse povo festejar? Eles têm direto a alegria por alguns dias que sejam? O religioso tem o templo, o padre, as orações, a liturgia...e os outros o que têm? Eles também são rios e precisam do mar, a resposta está na unidade, nas pontes e não nos muros, aquilo que nos separa não chega aos céus e podemos ultrapassar. E a força de Roque supera o medo, os desafios as muralhas...e em menos de uma semana conseguimos fazer uma festa que ultrapassa o tempo! Esse é o milagre: o lançar-se no mar em águas mais profundas...e só quem viveu sentiu e se deixou tocar: a procissão passando no cerqueirão, o choro de Zaru e Bené ao serem abençoados pelo cardeal, a capelinha, o tapete, a emoção da Maria, o viracanto encantando... ah o auto de são Roque, a bravura da Lili, o tempero do Alfredo, a resiliência do Ivo que não por acaso leva Paquetá até no nome, o maestro e suas meninas e o povo festejando sem medo de ser feliz! Foi assim, é assim Paquetá: para encantar e morrer de amor!

Washington Araujo tio pensou que retornara para retomar sua fortuna e fez com que fosse preso, acusado de ser espião. Roque morreu na prisão, após cinco anos, mas teria continuado a curar as pessoas, a começar pelo seu carcereiro, que ao remover o corpo deixou de ser coxo instantaneamente. É por isto que os devotos de São Roque clamam a ele por proteção e boa saúde, , com orações como esta a seguir. Oração à São Roque - Para alcançar a cura em qualquer enfermidade Ó inefável padroeiro nosso, São Roque, pela ardente

caridade com que amastes o próximo nesta terra, chegastes a expor vossa própria vida para assisti-lo nas necessidades e doenças, especialmente nas moléstias contagiosas. Oh! Fazei que estejamos sempre livres dessas terríveis enfermidades e livrai-nos da peste ainda perigosa que é o pecado. Amém. Oração à São Roque Glorioso São Roque, alcançai-nos de Cristo Nosso Senhor as graças que nos são necessárias para vivermos dignamente a vida cristã. Aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade. Seguindo o Vosso Exemplo queremos amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como Cristo nos mandou. Queremos ajudar aos pobres, aos doentes, aos necessitados de toda a espécie, como vós mesmo o fizestes. E que um dia, na glória do céu, nós possamos, convosco, gozar da vida eterna. Amém.


A 3º edição do Festival da Guanabara aconteceu em Paquetá no final de julho, dando continuidade às edições anteriores, em 2015 e 2017. A edição deste ano teve como tema "Cultura e Direitos em Debate", com muitas rodas de conversa, mesas e debates sobre temas culturais, de cidadania, sociais etc. E não faltaram também programações culturais: baile flashblack, forró com o Trio Filhos de Zé, companhias de palhaços, oficinas artísticas, exposições de artesãos e artistas, e ainda

uma parceria entre o Festival e o Projeto Social do Heli, resultando no III Bazar Beneficente. Mal o festival acabou, os organizadores já se engajaram na Festa de São Roque e estão falando na4ª edição em 2019, também na última semana de julho. E querendo ousar, planejando um festival-casa, alugando ou ocupando um casarão por uma semana com atividades diversas fazendo uma colônia de férias cultural. Será que dará pé?

FOTOS:

Vander Borges, Cecília Fonseca, equipe do Ponto de Cultura Fazendo a Diferença em Paquetá e acervos pessoais..

A MESA DE ABERTURA

CIA DOIS BANQUINHOS

CIA DOIS BANQUINHOS

FILHOS DE ZÉ

PONTO DE CULTURA FAZENDO A DIFERENÇA EM PAQUETA

RODA DE CONVERSA PRAÇA DO ZECA

HOMENAGEM A MARIO LAGO E ROBERTO MARTINS

COLETIVO MAREMOTO TEATRO DO OPRIMIDO OFICINA NA RUA

RODA DE CONVERSA NO IATE

PERNA DE PAU

FÓRUM DOS PONTOS DE CULTURA.


Quando menino, quem me livrava dos cães, todo dia, era São Roque. Eu mentalizava: “São Roque, São Roque, São Roque”. Esse era o mantra caseiro ensinado pela rezadeira Dona Lola, minha progenitora. Ou seja, a mãe! Hoje, quem me aproxima dos Cães é o mesmo Roque. Roch de Montpellier foi um francês rico que se dedicou aos necessitados. É o protetor dos cães, dos profissionais da área da saúde e do gado contra doenças contagiosas. Nasceu em 1295, e morreu, com 32 anos, em 16 de agosto de 1327. Sua imagem, com cajado e um cão lambendo suas chagas, passou para o imaginário popular. Ele contraiu a peste negra, auxiliando enfermos nas catacumbas de Roma. Tinha chagas pelo corpo. Um cachorro, que lhe levava alimento e lambia suas feridas acabou por aproximá-lo de um nobre que o ajudou a curar-se. Muitos dizem que São Roque é bom pra cachorro. Na gíria, Roque é o bicho para todos os bichos e pestes. É a cara, ou o cara de Paquetá. Dizem as boas línguas que o Padre Nixon encarna São Roque, tratando dos cães e da peste da inação. Em Paquetá, festas como

Guinho Frazão a de São Roque são também a possibilidade de atrair recursos. Na festa tem gente buscando gente para conversar, contar suas alegrias e tristezas, orar, cantar, dançar, em nome de uma esperança divina na solidariedade, mesmo sem o apoio do poder público. Mas, para ajudar na festa, tem a Cosma, seu Antônio da Dona Antônia, a própria; o coletivo Cantareira. Tem a Morena, os Paulos, Alfredos, Beneditos, Flávios, comerciantes, a turma do eco táxi. Enfim: tem muita gente carregando o andor da paixão por Paquetá, há algum tempo. A fidelidade dos paquetaenses ao Padroeiro é notória. Mas quem mais tem nos ensinado fidelidade, atenção e afeto tem sido mesmo os cães. Em Paquetá, aprendemos todos os dias. É o amigo

peludo dos policiais que acompanha as viaturas; são os caninos apaixonados por seus amigos humanos, que invadem a estação para levá-los ou recepcionálos com saltos, lambidas e latidos. Por minha parte, tenho um fiel companheiro de caminhada, que o Tuca chama de puxa-saco; o Didi, de cão; o Rodrigo (seu atual tutor), de Gordo. No ano passado, sentado sob as rendas do sacrário, Billy foi fotografado pelo padre Nixon, que escreveu sob a foto: esse é de São Roque. Domingo, no Santa Gula, ia passando vergonha. Se não fosse o carinho e inteligência da Dona da casa, iam expulsar o Billy, na hora do almoço. Mas encontramos uma saída, na entrada da Igreja Bom Jesus do Monte. Billy roncou sob o coqueiro, aguardando seu bife suculento, olhando para o meu prato, sonhando e ouvindo a eterna canção de ninar cachorro grande, de Braguinha: “esquece por momentos seus cuidados / E passe teu domingo em Paquetá/ Aonde vão casais de namorados/Buscar a paz que a natureza dá”... Salve Paquetá. Salve São Roque!!!

Cortes, penteados para casamentos, bodas, reflexo

Comendador Lage, 93 apto. 101 9 6 8 1 1 .5 5 8 2

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Neusa Mattos Desde 2009, esse Cortejo adentra a festa de São Roque e com ele, em comunhão, o Coletivo Cantareira saúda o padroeiro da ilha de Paquetá, seus habitantes e visitantes.


WALDERI MERCEARIA Frutas, legumes e verduras Congelados e laticínios em geral

Entregamos em domicílio Rua Coelho Rodrigues, 203

3397.0546


As dificuldades estão aí, e acatar os desafios é difícil.

O Iate está vivo. VIVA O IATE

Assim, ressalto sobre essas boas pessoas acima citadas. Aquelas que aceitaram o desafio de administrar o Clube. Elas existem e o clube também!

Glaucia C. Guedelha Martinez (moradora da Ilha de Paquetá e ViceComodora do Social do Paquetá Iate Clube) Como contestar o passado e tudo que vivemos com ele? Como ir contra ao tempo e suas relíquias oferecidas tão gentilmente? Relembro os meus bons momentos, e me alegro muito com essas lembranças. E ao mesmo tempo, me apego ao que vivo agora, nas boas e difíceis horas. Assim, posso pacificamente viver os cantos e os encantos do pequeno chão de Paquetá. Sim, vivo aqui! Sou moradora e observadora dos pássaros, dos micos, das marés, das pessoas e das histórias da Ilha. Já li livros, poemas e sonetos sobre tudo que há aqui. Também já vi documentários e biografias sobre os ilustres moradores. Adoro e respeito tudo isso! Mas faço parte de uma nova população local. Gente que chegou pra ficar. E ficar por amor... Na minha terra, na minha única aldeia, no meu final cantinho... Ao chegar aqui, tive a sorte de conhecer um grupo de boa gente. Gente de caráter, com disposição para o trabalho e com uma fidelidade impressionante. Pessoas generosas e prontas para um desafio: administrar o Paquetá Iate Clube.

Agora é oficial: Lucas Paquetá é jogador de seleção brasileira. O meio-campo do Flamengo foi um dos 24 nomes chamados pelo técnico Tite para os amistosos contra Estados Unidos e El Salvador, dias 7 e 11 de setembro, respectivamente. Prestes a fazer 21 anos, o titular do Flamengo, tido como um dos mais importantes do time atualmente, risca mais um sonho na lista de fantasias da infância. Paquetá não escondeu a felicidade ao falar com a imprensa depois do treino desta sextafeira, no Ninho do Urubu.

Hoje, o Paquetá Iate Clube está com uma nova Comodoria, e com esse grupo de pessoas determinadas a fazer o melhor em cada evento. Sim, esse clube que, ao que eu sei, no passado, foi palco de grandes festas e alegrias. Lugar que abençoou encontros de amor e várias cerimônias afetivas. Espaço que proporcionou eventos culturais e artísticos nas suas mais diversas formas, e que ainda hoje nos oportuniza momentos de reuniões familiares, de prazer gastronônimo e de relaxamento à beira da piscina.

E há muitos eventos acontecendo por lá: Reveillon, Carnaval, Dia das Mães, Dia das Crianças, “Halloween”, noites de “FlashBack”, de Discoteca, de Rodízio de Massas, de Karaokê, de teatro infantil, de noites de boa musica Brasileira... além dos festivais culturais, sociais e artísticos. Ainda podemos citar os cursos pré-vestibulares e esportivos destinados à comunidade.

As histórias são muitas, e gosto de aprender sobre elas. Ouço sobre aquele pessoal que disputava custosamente os ingressos para os Bailes Vermelho e Azul. Ouço também sobre as regatas animadas que tinham a presença de velejadores de todo o Rio de janeiro. Escuto sobre a visita de figuras famosas que ali foram para aproveitar o melhor da Ilha.

Então, de acordo com o que vejo hoje, esse clube está vivo e ainda contando com a presença de ilustres desconhecidos... ou não. Aceito que muitos moradores gostem de ver o passado. Mas preciso que eles entendam que ver o presente também pode ser viável e prazeroso.

Sim, esse é o passado do Paquetá Iate Clube. No presente, entretanto, a realidade é outra. Assim como é outra a realidade de qualquer instituição local. O tempo gasta e desgasta. E a economia brasileira nos impede de ser feliz. A instabilidade financeira mundial nos castra e desaprova qualquer sonho. Nada é fácil atualmente.

Paquetá comemora

primeira convocação na Seleção: "Sonho de criança realizado" Meia foi chamado para amistosos em setembro e desfalcará Flamengo na Copa do Brasil, mas avisa: “Se for possível eu vou querer jogar” Emanuelle Ribeiro

- Meu coração está feliz pela convocação, mas triste por desfalcar o Flamengo por um motivo que é felicidade para mim. Se for possível eu vou querer jogar. Sempre sonhei com a Copa do Brasil. Ano passado batemos na trave e esse ano temos a chance de novo. Então, quero jogar sim.

Os problemas existem, e sabemos disso. Mas esse grupo de amigos, responsável pela Comodoria do Paquetá Iate Clube, está disposto a fazer do hoje, o nosso melhor presente!

Lucas Paquetá comenta: Copa do Mundo no Catar Sempre tem o sonho, mas há quatro anos isso estava distante. O trabalho aqui no Flamengo nos aproxima de grandes conquistas. Vou buscar isso e trabalhar para buscar esse sonho. Esquema da seleção brasileira O sistema é um pouco parecido com o que fazemos. Me sinto à vontade graças ao Barbieri que me ajuda a melhorar. Lá eu vou dar o meu melhor. Primeira lembrança da seleção Primeira eu acho que foi em 2006, televisão para fora de casa lá em Paquetá. Todos acompanhando, alegres.

- Hoje é um dia para entrar na lista dos mais felizes da minha vida. Um sonho de criança realizado. Agradeço a todos os companheiros do Fla por tornarem esse sonho possível. Na hora eu estava no DM, acompanhando pelo celular. O pessoal falando que eu já estava na lista (risos). Aí ouvi meu nome - disse. Com a convocação, Paquetá irá desfalcar o Flamengo nas 23ª e 24ª rodadas, contra Internacional (fora) e Chapecoense (em casa) respectivamente, além do primeiro jogo da semifinal da Copa do Brasil, diante do Corinthians, no dia 12 de setembro.

O Paquetá Iate Clube que ainda oferece grandes alegrias à Ilha, e que ainda abençoa uniões, que ainda proporciona cultura, arte e educação. Ele não acabou e não está “falido”.

Inspirações Kaká por tudo o que ele viveu, história de vida. E hoje meu ídolo é o Neymar. Quero trabalhar para fazer o que eles fazem e fizeram. O que deu mais frio na barriga: estreia pelo Flamengo ou convocação? Estrear pelo Flamengo é algo que sempre sonhei. Vivenciar tudo aqui antes de chegar num dia como hoje é mais um momento de felicidade, de reconhecimento. A seleção brasileira enfrenta Estados Unidos e El Salvador nos dias 7 e 11 de setembro, respectivamente. Ambos os jogos serão realizados nos EUA, em Nova Jersey e Washington, respectivamente.

(Reproduzido do GloboEsporte.com Foto: Gilvan de Souza

Possibilidade de exercer funções diferentes Busco sempre evoluir, buscar informações para melhorar meu modo de jogar. Tenho o apoio de todos os jogadores e isso facilita o trabalho. Mudança de posição sempre foi bom para mim. Todos os treinadores que passaram me ajudaram a evoluir. Hoje me sinto à vontade, recuado ou adiantado.



Ag o sto- 2018

Anote na Agenda

36 anos de MORENA

E o Solar, Prefeitura do Rio?

PRÓXIMO MORENA NA PRAÇA: 09 de setembro (domingo) de 10h as 14h, na Praça Pedro Bruno (barcas) – Assembleia para composição da comissão que irá conduzir o processo eleitoral da nova gestão da Associação de Moradores da ilha de Paquetá – MORENA.

Num domingo chuvoso de 26 de agosto, Pedro Amorim fez um lindo show beneficente pra arrecadar fundos e comemorar 36 anos da Morena.

Durante o Festival da Guanabara, divulgamos um panfleto informando a situação atual do Solar Del Rey. Fizemos faixas para cobrar do poder público municipal a obra prometida. Continuamos a luta!!!!

ATO em defesa da Ilha de Brocoió 15/09/2018 - de 10h às 14h Praia da Moreninha Paquetá Em junho de 2016, o belo palacete da Ilha de Brocoió, com 32 cômodos, foi posto à venda pelo governo do estado do Rio de Janeiro, com a cessão da ilha toda, que possui 200 mil metros quadrados. O imóvel foi construído na década de 1930 e foi adquirido pela a prefeitura do Distrito Federal em 1944. Em 1965, foi tombado como patrimônio e hoje está sob a propriedade da RioPrevidência, fundo de previdência estadual. Brocoió pertence geograficamente ao arquipélago de Paquetá e se encontra a 300 metros de distância da Praia da Moreninha. O governo do estado afirma que os gastos mensais com Brocoió chegam a 50 mil reais e, pela crise orçamentária que passa, acabou deixando o imóvel e toda a área entorno em estado de má conservação. Como todo arquipélago de Paquetá, Brocoió pertence à zona de amortecimento da Estação Ecológica da Guanabara (ESEC-Guanabara), a área mais conservada de toda Baía de Guanabara. A ESECGuanabara apresenta características ecológicas e biológicas compatíveis com os manguezais isentos de intervenção humana e agressiva e um dos últimos trechos de manguezal contínuo de médio porte no estado do Rio de Janeiro, e está sob a responsabilidade do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/Ministério do Meio Ambiente). Dentre as riquezas que envolvem a ilha de Brocoió estão os botos-cinza, que vem sendo estudados pelo Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (MAQUA), do Departamento de Oceanografia da UERJ. O MAQUA desenvolve desde 1992 ações e pesquisas que visam ampliar o conhecimento e a preservação dos mamíferos marinhos, entre eles o boto-cinza, que utiliza as águas deste trecho da Baía de Guanabara durante todo o ano para alimentação, cria de filhotes e descanso. Queremos que a Ilha de Brocoió não seja vendida! Queremos o compromisso público dos candidatos ao legislativo e ao executivo estadual do Rio de Janeiro de tornar a Ilha de Brocoió um Centro de pesquisas marinha/oceanográfica com atividades de monitoramento ambiental, salvamento de espécies marinhas, educação ambiental e de fomento do Ecoturismo, a ser gerido pela UERJ em parceria com outras universidades e órgãos ambientais (ICMBio, IBAMA, Inea), comprometendo-se, assim, com a preservação da natureza e a educação ambiental na Baía de Guanabara.

“O SOLAR DEL REY, que abrigaria a Biblioteca Municipal e o Centro Cultural de Paquetá está interditado (fechado) desde 2009 pela Defesa Civil, dado o seu GRAVE ESTADO DE RUÍNA. Trata-se de um Bem Tombado Nacional desde 1938, por seu valor histórico e arquitetônico, e que está na posse da Prefeitura do RJ há décadas, a qual não cumpre as promessas de realizar as obras de restauração completa deste nosso patrimônio, necessário ao ensino e à produção cultural dos mais variados ramos, visando atender principalmente à formação de uma identidade cultural das crianças, jovens e idosos ilhados em Paquetá. Processos tramitam na Secretaria de Cultura da Prefeitura do RJ DESDE 2014. Temos projetos arquitetônicos e executivos elaborados pela RioUrbe, aprovado com ressalvas pelo IPHAN/ RJ, mas que NUNCA CHEGA AO FIM. Conquistamos este ano (2018) a inclusão desta obra completa no Plano Plurianual da Prefeitura (PPA), assim como o empenho no valor de 2 milhões de reais para no Foi na Casa de Artes e contou com a presença de orçamento municipal de 2018, o que cobriria metade corajosos moradores que enfrentaram o dia invernal da obra. Mas nada avança e já estamos em JULHO. e encheram o espaço de calor e afeto. Teve bolo, Muda-se de Prefeito, mas as práticas de política pão caseiro e café no final do show. Agradecemos a orçamentária são as mesmas. Ao que parece, mais todos que nos ajudaram a fazer esse dia tão feliz, em uma vez, assistiremos a velha falácia orçamentária, especial ao músico Pedro Amorim que emocionou onde inclui-se de tudo, sabendo-se de antemão que a todos! não será cumprido. É tão antiga nossa demanda que Estamos felizes de fazer parte dessa história de lutas sempre estamos no 1º lugar da fila, mas interesses e conquistas para nossa ilha. outros passam à nossa frente e a verba se esvai para outros lugares. VÃO ESPERAR O PRÉDIO RUIR POR COMPLETO? ATÉ QUANDO IRÁ ESTE ABANDONO? O Presidente da Morena, Alfredo Braga, participou da ATÉ QUANDO TEREMOS GERAÇÕES SEM ACESSO À Oficina de Formação do Controle Social em Saúde CULTURA NA ILHA DE PAQUETÁ, BAIRRO DA CIDADE do Trabalhador e da Trabalhadora, organizada pelo MARAVILHOSA? ATÉ QUANDO IRÁ O DESCASO DOS Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas PREFEITOS COM A NOSSA ILHA???” de Saúde e dos Ambientes de Trabalho - DIESAT, Contatos juntamente com a Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do Estado do Rio Tendo interesse em se manter atualizado com de Janeiro - CISTTRJ, nos dias 27 e 28 de agosto. as atuações da Associação de Moradores, siga o Facebook da MORENA (https://www.facebook. com/groups/207658559327397/). E visite também o Instagram da MORENA! Todas as fotos e vídeos são de paquetaenses. Mande seu material por email que publicaremos lá!

MORENA & Saúde dos trabalhadores

Nosso WhatsApp: 985154868. Anotem aí! Para quem ainda precisa acertar a sua associação, pode acertar com o Gildo, Alfredo, Ialê, Leonardo ou na Bodega com o Júnior e Marcela! Lembrando que pra se associar, basta: 1. preencher uma ficha rápida de Associação (tem na Bodega também), e 2; Pagar de 3 em 3 meses R$ 19,08. É só isso mesmo! (2% do salário mínimo atual). Pra entrar em contato com a gente: MORENA 985154868 (Zap) ampaqueta@gmail.com https://www.instagram.com/pqt_morena/ https://www.facebook.com/ groups/207658559327397/ Estamos apoiando a campanha: "Uma garrafa PET para seu PET" (cartaz abaixo).


crônicas de paquetá A VIDA É COMO ELA É Julio Marques Salve S.Roque e salve o povo de Paquetá !!! A festa do Santo ocorreu mais uma vez. Dizem que nada é eterno mas no dia 16 de Agosto ela sempre acontece. Sei que, às vezes, sentimos falta de alguém na festa, como coisa que se perdeu no tempo, mas ela vai em frente e nós vamos junto. De novo a procissão passou, linda, pisando no tapete de flores e o Luis da Gil saiu passeando, sempre com sua elegância de marinheiro, ele que era, como disse o Chico " um tipo de compositor, capaz de cantar nosso amor modesto ... ". Porque, afinal somos todos assim, nós o povo de Paquetá. Estranho é que eu fiquei com a impressão de ter visto esse tal Luis, de mãos dadas com a Nega Luisa, com o Pneu e o Birulinha dançando a ciranda em volta do poço. Bem, afinal Valéria não veio e eu também não girei na ciranda . Com certeza

Ausência, às vezes, é presença. Grande Valéria, mãe maior de todos nós, os recém chegados nessa Ilha eterna. A festa não estava lotada mas não encontrei a Bundinha Feliz nem a Beldade da Comlurb, que não sei se foram. A Moça da Saia Curta, há tempos desaparecida, passou de relance enquanto o Canibal tocava um rock a plena guitarra. É, creio que sou uma pessoa cheia de recordações. O Cantareira vive das nossas antigas brincadeiras como santas e pecadores e, aliás, Carla também não apareceu. Quanta saudades sinto do pessoal antigo que desfilava suas fantasias de reis e rainhas, de palhaços e rezadeiras, que foram, desta vez, compensadas pelas comidinhas da Casinha Amarela que

saboreei ouvindo os sambas da Ana Decker, da Angélica e da Mayla. Como em uma peça de teatro as lembranças vão deslizando doloridas, embora a Vavate continue a servir "biritas" na porta da casa e os eco-taxis manobrem até delicadamente. Em verdade é um filme que passa, repetindo "velhas fotos como um álbum de retratos que eu teimo em colecionar". Que se mantenha essa perenidade que a Ilha nos dá, por mais que o clima no pais não esteja bom, embora faça um frio desgraçado de manhã e à noite. Mais uma vez, citando o Maurinho,

Mas, quando eu vejo cenas como as que ocorreram em Roraima, é impossível calar, não é possível acreditar que seres humanos façam isso. É preciso resgatar a solidariedade.

JULIO afirmando que é preciso acabar com essa violência que vem de um lado só e fazer com que nossos sonhos e pesadelos deixem de ser jurídicos e repetindo : é preciso LULA LIVRE.

um passeio em pqt

O contorno do litoral pode ser feito a pé em 45 minutos, sem correria nem paradas. De bicicleta, leva cerca de 25 minutos. AÇ

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Logo na saída da estação das barcas na ilha, à direita, um painel oferece algumas opções de roteiros turísticos.

Paquetá > Praça XV

Pontos turísticos

"Paquetá é o que sobrou da humanidade", talvez ele, talvez nós todos, náufragos do continente.

PR

Paquetá está no município do Rio: não é preciso DDD nas ligações para a capital.

giraremos nas festas futuras, junto com o espocar dos fogos de artifício.

Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 07:30 > 08:20 09:30 > 10:20 11:30 > 12:20 14:30 > 15:20 16:30 > 17:20 18:30 > 19:20 19:30 > 20:20 21:00 > 21:50 23:10 > 00:00 FdS e feriados 06:00 > 07:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 23:30 > 00:40

Praça XV > Paquetá Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 08:30 > 09:20 10:30 > 11:40 13:20 > 14:10 15:30 > 16:20 17:30 > 18:20 18:30 > 19:20 20:00 > 20:50 22:15 > 23:05 00:00 > 00:50 FdS e feriados 04:30 > 05:40 07:00 > 08:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 00:00 > 01:10

Igreja Bom Jesus do Monte Caramanchão dos Tamoios Canhão de Saudação a D. João VI Árvore Maria Gorda Praças e parques Preventório Rainha Dona Amélia Pedro Bruno Escola Pedro Bruno Fernão Valdez Telefones úteis Poço de São Roque Atobás (Quadrado da Imbuca) Barcas (estação de Paquetá) - 3397 0035 Coreto Renato Antunes Tiês Barcas (central de atendimento) - 0800 7211012 Capela de São Roque Lívio Porto (Ponta da Ribeira) Bombeiros - 3397 0300 Cedae - 3397 2143 (água) / 3397 2133 (esgoto) Casa de Artes Mestre Altinho Comlurb - 3397 1439 Pedra da Moreninha Bom Jesus do Monte Farmácia - 3397-0082 Ponte da Saudade Manoel de Macedo Gás (fornecimento de bujão) - 3397 0215 Pedra dos Namorados São Roque Hospital (UISMAV) - 3397 0123 / 3397 0325 Casa de José Bonifácio Ex-Combatentes Light - 0800 282 0120 Mirante do Morro da Cruz Alfredo Ribeiro dos Santos Oi Telemar - 3397 0189 Cemitério de Paquetá Pintor Augusto Silva PM - 3397 1600 / 2334 7505 Em negrito, horários com barcas Cemitério dos Pássaros Parque Darke de Mattos Polícia Civil - 3397 0250 abertas (tradicionais). Em itálico, os horários previstos de chegada. Farol da Mesbla Parque dos Tamoios XXI R.A. - 3397 0288 / 3397 0044

Localidades

Viracanto Levas-Meio Rua dos Colégios Ladeira da Covanca Morro do Buraco

(Morro do Gari)

Pau da Paciência Árvore do Sylvio Colônia Cocheira Morro do Pendura Saia Morro do PEC

(Morro da Light)

Rua Nova Colônia da Mesbla Curva do Vento Beco da Coruja

Serviços

Banco Itaú Banco do Brasil e Caixa Econômica (Loja lotérica)

Hospital (UISMAV) (3397.0123 / 0325)

Aparelhos de ginástica (jovens e maduros)

Aparelhos de ginástica (idosos)

Mesas para pic-nic ou jogos Mictórios Farmácia (3397.0082) Brinquedos infantis


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