Jornal a ilha 58

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An o V - n 5 8 - abr il de 2 0 18 - Ilha de Pa q u e t รก , Ri o d e J a n e i r o


O que v ai p ela Ilha

AMORES DA ILHA Almir do leite Almir Henriques, Seu Almir do Leite, 87 anos, era o responsável pelo fornecimento de todo o leite consumido na ilha. Como o preço era tabelado, o que limitava a margem de lucro, os comerciantes não se interessavam em trabalhar com o produto. O jovem Almir então encarou o desafio. De segunda a sábado, cerca de três mil litros por semana eram embarcados na Praça XV por dois auxiliares, e distribuídos aqui por ele, para uma freguesia certa, muitas vezes na porta de casa. E assim, por quase quatro décadas, o querido Seu Almir garantiu o leite das nossas crianças.

VEM AI...

Furquim Werneck passa a ser a rua do Pneu Hoje o "Pneu" partiu. Um sinhôzinho aqui de Paquetá - a cara do Véio Zuza, personagem do Chico Anísio. Foi-se na rua, morreu publicamente. O pouco contato que tivemos se resumiu aos cigarros que volta e meia ele me filava. Falava pouco, pessoa silenciosamente humílde. Mas no Galeto - onde faço o brequifaste - fiquei sabendo, pelos nascidos aqui, que o "Pneu" teve seu tempo de glória.

Claudio Santos

Claudio Marcelo

De 1951 a 1988, ele esteve presente no café da manhã e no lanche da tarde dos paquetaenses.

Foi o rei da bola de gude. Acertava a búlica de quase dois metros! Um gênio, asseguraram todos. Nesse país onde qualquer mequetrefe é nome de rua, acho que o "Pneu" merecia essa lisonja. Pô, foi o rei da bola de gude! A partir de hoje, pra mim, a Furkim Werneck é a Rua do Pneu. Descanse em paz, meu véio. (Oscar Bolão)

Hosana!

Expediente A Ilha é um jornal comunitário mensal organizado, elaborado e mantido pelos moradores da ilha de Paquetá. Mentor e fundador: Sylvio de Oliveira (1956-2014) Equipe: Claudio Marcelo Bo, Cristina Buarque, Flávio Aniceto, Ialê Falleiros, Jorge Roberto Martins, Julio Marques, Mary Pinto, Ricky Goodwin, Toni Lucena e Vitor Matos. Programação Visual: Xabier Monreal Jornalista responsável: Jorge Roberto Martins - Reg. Prof. 12.465 As informações e opiniões constantes nas matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Impressão: Gráfica e Editora Cruzado Ltda / Tiragem: mil exemplares Fale com a gente: cartasjornalailha@gmail.com Anuncie: comercialjornalailha@gmail.com Ano 5, número 58, abril de 2018. Capa. Arte e foto Toni Lucena. Este número de A Ilha foi possível graças à participação dos anunciantes e às contribuições financeiras de

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Adilson Martins Ana Cristina Cristina Buarque Cristina Monteiro Dimas Guto Pires Julia Menna Barreto Julio Marques Leonardo e Thaiza Lula Mendes Paulo e Joana Magda Mitakaris

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Mauro Célio da Silva Márcia e Ludi Marcilio Freire Marcio e Mary Angela Mary Pinto Nilson Sant'Anna Padre Nixon Ricardo Saint Clair Ricardo Bichara Rutinha Sylvio e Marilia Wasington Araujo

A Procissão de Domingo de Ramos em Paquetá foi um momento de celebração e confraternização de nosso comunidade católica com uma bela missa Campal na Praia da Moreninha. (Artur Tulku)

Policiamento comunitário

Se estamos falando em Policiamento Comunitário, por que não a polícia se locomover e até se vestir como se da comunidade fosse? Em vez do carro - barulhento, poluente e sempre às voltas com problemas mecânicos e escassez de combustível - a boa e velha bicicleta, como foi feito com sucesso durante décadas. Em vez do uniforme pesado e calorento, bermudas e camiseta, muito mais confortáveis e adequadas à beira de praia, como são utilizadas pelos PMs na orla da Zona Sul. Essa proposta, brilhantemente simples, foi apresentada já no final da reunião do Conselho de Segurança por Guto Pires, vice-presidente do CCS. Tomara que vingue. (Claudio Marcelo)


Paquetá continua no buteco

Mais uma vez Paquetá mostra o seu valor no Comida di Buteco, que desde o ano 2000 elege o melhor bar do Brasil, e, de 13 de abril a 13 de maio, vai levar legiões de butequeiros a experimentar os mais surpreendentes petiscos criados especialmente para o evento. Esse ano, a ilha é representada por dois veteranos participantes, o Zeca's e o Quintal da Regina. "Meu Carboidrato Favorito" é o nome do prato que o chefe Douglas Felipe, há oito anos na casa, desenvolveu para os clientes do Zeca's: bolinhos de batata doce, recheados com um mix de feijão fradinho, carne seca e linguiça calabresa, com um molho artesanal,cuja receita Douglas não revela nem para o patrão. "Do fundo do mar" vem mais uma saborosa ideia da chef Regina Linhares, do QuinTal: sardinhas marinadas em vinho branco, acompanhadas do já tradicional e especialíssimo pão da casa. Segundo fontes fidedignas, mais que um petisco, é uma verdadeira refeição. Vale a pena passar no Zeca's e no Quintal para conferir.

06 maio a partir

13h

igreja do bom jesus do monte (em freteas barcas)

Praia dos Ta m o i o s 45 paquetá GRATIS

Árvore mais antiga de Paquetá tem descendentes Saint-Clair, do Plantar Paquetá, e Edson no Jardim Botánico Ricardo Felisberto, do Instituto Jardim Botânico

Toni Lucena

Light: O apagão nas contas

Um morador ligou para a Light, para reclamar do valor de sua conta, triplicada logo após a substituição dos relógios. Ouviu, perplexo, a seguinte resposta da atendente: "Bem, isso pode ter acontecido porque o senhor mudou seus hábitos de consumo, como usar mais o ar refrigerado, por exemplo. Pode ter adquirido um novo equipamento elétrico. Ou pode ter dado uma festa em casa nesse período." Segundo o morador, em nenhum momento a atendente considerou a hipótese de uma falha no funcionamento do relógio, ou um erro no momento da medição. Parece que, para a Light, o cliente nunca tem razão. (Guinho Frazão)

Light: O apagão nas contas Nos últimos tempos, a população se acostumou a ver dois pequenos furgões da Light circulando nervosamente pelas nossas ruas. Transportam quatro funcionários da empresa, que chegam à ilha cedo da manhã e partem na barca de 16:30 h. Sua missão é exclusivamente cortar a luz de quem está com a conta em atraso. Os veículos dormem no estacionamento da empresa, na Praia da Guarda, ao lado da antes solitária caminhonete maior, utliizada para manutenção e consertos. Ou seja, em Paquetá, a Light vem dedicando duas vezes mais energia para punir do que para servir. (Claudio Marcelo)

Um pedacinho de Paquetá está a partir de hoje no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O Plantar Paquetá entregou ao Horto do Jardim Botânico, com um orgulho danado, duas mudas e muitas sementes da nossa quixabeira de cerca de 300 anos, localizada no terreno da Cedae, na Praia José Bonifácio. O pedido dos "filhotes" do exemplar secular foi feito pela direção do Horto através da AMAJB (Associação de Moradores e Amigos do Jardim Botânico), parceira do Plantar. Márcia Kevorkian conta como foi a visita emocionante ao JB para a entrega dos descendentes da nossa quixabeira: “Guiados pelo pesquisador do IJBRJ, Edson Felisberto, visitamos as muitas coleções mantidas no local, como as de espécies em extinção, de plantas carnívoras, as que os pesquisadores ainda nem conhecem direito, as que estão ali crescendo para um dia irem para o Jardim Botânico (nossas quixabeirinhas agora estão entre elas). Foi uma emoção conhecer um lugar onde tanta vida é gerada e cultivada. Deixamos um pouquinho de Paquetá lá e trouxemos para a ilha uma sapucaia, dois ipês amarelos, um pau-mulato e um pau-brasil, doados pelo Horto. Permuta de “.


ardim de afeto

Manuel Batanga Jorge Roberto Martins

Jogral? Seresteiro? Poeta? O apelido Batanga a suceder um íntimo e amoroso Mané. Calão não significava baixo, sequer grosseiro, ao vibrar no ar da Ponte um "meeeerrrddaaa", que logo reverberava atrás de si vivas, aplausos e a risada livre da criançada. Era a vibração pura com aquele negro esguio, porte atlético, ex-goleiro do Tupi, clube antecessor do Barreirinha.

FOTO DO MÊS

Francisco Neto

Devia ser vizinho dos dois metros de altura e, sem dúvida, assim-assim com a alegria que se mostrava no andar elegante, na voz empostada e no riso quase infantil. Ele era, foi mesmo i-na-gu-en-tá-vel como espirituosamente pronunciava. Faz falta, dá saudade como bem sabem os meninos dos idos de 1940 e poucos. Viva Mané Batangar

PAQUETÁ E OS QUINTAIS DA MEMÓRIA cronica do guinho ... Quem também me trouxe Paquetá (ainda não a Cerveja), você veja, foi a memória felina...

OS DISCOS DO MEU TOCA-DISCOS!!! [MAGGOT BRAIN - FUNKADELIC

Ludi Um FUNK INCANDESCENTE!

Quando moleque, era vizinho de uma equipe de som (era assim que era chamado os coletivos de dj nesta época) que se chamava Halleys, sim, como o cometa; que passou pela última vez no Sistema Solar em 1986 e foi decepcionante para nós terráqueos, já que a distância e a poluição não nos permitiu vê-lo. Meus queridos vizinhos me aplicaram em vários sons e este disco foi um dos primeiros que eles me mostraram achando que eu iria ficar assustado com a capa e para surpresa deles, eu fiquei vidrado naquela negra saindo de dentro da terra com aqueles lindos dentes alvos e com o black power que via circulando em nossa vizinha. Levei o disco emprestado para ouvir em casa e quando a agulha atingiu o sulco do vinil aquilo tudo que saía das caixas de som eram muito para um moleque, fiquei apaixonadamente perdido sem entender o que era aquilo. Eu ainda não estava preparado para aquele vulcão sonoro. Bons anos se passaram e dando um rolé pela Praça Tiradentes entre prostitutas, o antigo fliperama e loja de instrumentos musicais tinha uma lojinha de disco, entrei e fucei na pilha de vinis num canto empoeirado e lá estava ela a negra saindo da terra com sua gargalhada e seu black power. Gastei o dinheiro do lanche ali e voltei pra casa com o meu MAGGOT BRAIN e com aquele sorriso de felicidade de quem achou a figurinha rara que completava o seu álbum. O 328(Castelo-Bananal) parecia a “Mothership” a partir daquele momento e George Clinton meu guru. Toquei o disco diversas vezes naquele dia, no outro e no outro e até hj quando coloco este disco no meu toca-discos lembro dos Halleys, das matinés no Clube do Cocotá e principalmente de que ainda não estou preparado para este funk incandescente e por isso continuarei ouvindo, ouvindo, ouvindo... Ouça o disco no meu canal no Youtube: Ludi Um (http://bit.ly/2CqQTnV)

Um dos poucos pedidos materiais que fiz à mãe do Benedito (a Natureza), que é nossa também, foi que tivéssemos um cantinho de terra para depositar a parte que nos resta dos amiguinhos de quatro patas que vão morar no céu com São Francisco e São Roque - como os patriarcas da família Conceição, Noir e Bob; os elegantes Talisco e Vivi e a dupla Shanty e Ananda (nossa Paz e nossa Bem-Aventurança). O pedido à progenitora holística do Bené foi atendido, com um certo excesso (graças a Deus!), ainda mais que Paquetá, com seus visionários e/ou artistas e-ternos sempre se preocupou com a beleza da memória. Pedro Bruno a ela deu um toque artístico, também na criação da capela do Cemitério de Santo Antônio. Ali, na rua Manuel de Macedo, que se denominava Santo Antônio - simplicidade e singeleza rimam com arte e respeito. E, nesse lugar histórico em que descansam humanos ilustres, também se encantam pássaros. O primeiro e único cemitério de Pássaros do mundo recebe turistas com poesia. Aliás, não sei por quê não há uma foto dos pássaros incrustados nas pequenas lápides. Como se deixa para a posteridade a imagem e os nomes de pessoas, por que não o dos pássaros, gatos, galos, pavões, cachorros? O melhor mesmo seria que não houvesse pássaros engaiolados para enterrar. E os veterinários indicam a cremação, ou uso de saco plástico para não contaminar o solo. Aliás, a dificuldade de se encontrar um cantinho para dar descanso ao corpo que abrigava a alma, no Rio de Janeiro, hoje, é imensa. Quem não deixou paga sua vaga nos cemitérios, espera quase uma semana para ser enterrado. Retomando à bonita relação entre saudade e memória, em mim e em Paquetá, lembramos que a ilha v(z)ela pela preservação da memória, mesmo com as dificuldades impostas pelos desgovernos. As Plaquinhas do Bené (Salve!), em sua singeleza, são representantes genuínas dessa intenção. Outro vizinho ilustre, Edilson, pai da nossa cantora Pat, o doutor das bicicletas adoentadas, e/ou desenganadas, por exemplo, lembra sempre dos amigos peludos que descansam nos quintais próximos à sua casa.

Tudo isso nos fez constatar que, em verdade não temos na Ilha dos Amores um Jardim da Saudade para os gatinhos, cachorros, gambás, micos e tantos outros meninos não humanos, sem nome e pedigree, como temos para os pássaros. Mas Paquetá tem, em verdade, Quintais da Saudade, Jardins da Memória. Neles descansa – não sabemos bem exatamente onde -, o saudoso gatinho dengoso, que honrava seu nome, oferecendo carinho aos amigos e amigas ditos racionais. Esses quintais onde hoje brincam Billys, Tortinhas, Pretinhas, Darthes, Belinhas, Garrafinhas e muitos outros, os abrigarão, um dia, sem cobrar nada por isso. ... Pois é, mais um sonho se realiza, na percepção de que ao invés de um jardim, a vida nos ofereceu, de sobejo, maravilhosos quintais da saudade e da memória.


DIZ QUE É CRIA DA ILHA Professor André Dia desses uma brincadeira no Facebook reuniu paquetaenses espalhados pelo mundo afora. Com o título de “ diz que é cria da ilha mas nunca ... as pessoas lembraram com muita saudade de fatos, pessoas, lugares, que marcaram a história de Paquetá. Um dos primeiros posts brincava “diz que é cria da Ilha mas nunca comeu a comidai de Dona Otília “... essa mensagem desencadeou uma onda de recordações e homenagens. Mais de 500 comentários lembravam histórias que unem os nativos da ilha espalhados por todos os cantos. “Diz que é cria da ilha mas nunca ficou na fila do aerobarco, desceu no Tobogã, foi na loja da Dona Adelaide, na Maninha, fez catecismo com Tia Emília ou tia Mariazinha, desfilou no Silêncio do Amor e São Roque. Lembraram de Sr. Benigno, Sr. Altamiro, Chico Carpinteiro, Grilo, Cosminho, Juca do Açougue, Roque da Banca, Sr. Eudúcio, da loja do Sr. Moíses, do dentista Dirney, do Dr. Roderico, Dr Nocy, do Bernardino, lembraram dos Bailes de carnaval do Iate, do milho do Maranhão. A lista é extensa como uma saudade guardada pelo tempo . Dizer o nome dessas pessoas, relembrar lugares, de certa forma nos traz para o presente momentos guardados no coração . “Diz que é cria da Ilha mas nunca correu de Saporiu, Jorge Gonga, nunca foi na Cobal com Catarina, nunca comeu comida da Tia Lina, da Tia Ester na escola “pública”. “Diz que é cria da ilha mas nunca comeu pizza do Marcelino, da Criolla, joelho do Manduca, salgadinho da Tia Nancy ou da Moréia da Ilha, “sandugiba”, tomou sacolé da Dona Rita, não sabe o que era Bar Azul e Amarelinho, não conhece Peteca nem Ferrugem”. Mais do que uma lista, todo “ cria” de Paquetá sentiu, ao enumerar pessoas e situações, um nó na garganta, uma saudade sem fim. Claro que existe uma corrente de pensamento que valoriza o passado ao ponto de achar que o que passou é sempre melhor que o presente. O passado tem, na força das lembranças, um poder inexplicável, talvez no futuro possamos nos lembrar do hoje com a mesma emoção. No entanto, mais do que um saudosismo, essa comoção que invadiu as redes sociais, sem fazer distinção de passado recente ou fatos ocorridos há muito tempo, nos dá um sentimento de pertença, recordações que nem o tempo ou o espaço podem apagar.

Vieram mensagens dos Estados Unidos, de estados brasileiros, de todos os cantos onde há um coração paquetaense. O fato é que Paquetá nos une, nos define, é nosso trampolim para o mundo, nosso ponto de referência. Só quem é de Paquetá sabe o que é isso, a gente nasce aprendendo a andar de bicicleta para ir para escola e a nadar para poder dar um mergulho. Esse é um sentimento que vem de família, genuínos paquetaenses quando saem da ilha viram sempre o “Paquetá “ para amigos e companheiros de trabalho. Só quem é cria de Paquetá sabe quem foi Dona Hortência, Regina Iolanda, cortou o cabelo com Marlene Cabeleireira, comeu cavaca na padaria no Raimundo, trocou tampinha de refrigerante no Brás, comeu doce de Cosme e Damião de Dona Dora ou sorvete dos Carecas, desfilou na parada de 7 de setembro com a banda do Nivaldo do Padilha. Paquetaense lembra de Lurdinha Turista, Dona Adélia do Dark, Dona Adélia do Avon, Berico, Viera Cagão, Beato Salu, Flavinho e Bicudo, lembra do pirulito de Dona Antônia, das aulas particulares da tia Marli, da tia Fatinha e Nilmar na igreja, da escolinha Arco-íris da Tia Adriana. Cria da ilha sabe que vento da Ponte não é chuva, que avião quando passa baixo o tempo muda, fala “ casa di Ana”, sabe dissertar sobre “cerração” , “peixe mamarreis“, “tabatinga”e “balseira”( a gente nunca fala “gigoga”). Nem o google entende o dialeto de Paquetá. Todo filho da ilha lembra do Padre Júlio e do centro espírita da Dona Marlene, lembra da Dona Neném no colégio, da mercearia do Mineiro, da Tia Didi, do Sr. Alcídes, do Carlinhos Sussuça, dos blocos e do banho de mar à fantasia. E o que dizer do sorriso de Xuxa da Colônia, de Nega Luiza, os fogos de Nilo na festa de São Roque, bar do Armênio, do Nativa, da cocada do Seu Abreu, da vó Leca e tia Marta que benziam e tiravam o olho grande da criançada, Paiófo e o cemitério dos pássaros da D Maria, Waldir cabeça branca ou tio Waldir que ensinava a criançada a andar de bicicleta. Paquetaense quando pega a barca vai à cidade, vai ao Rio, desce! Desce?! Mas Paquetá não é Rio.. sim, não!

Paquetá é um “ estado” de espírito, um “estado” de graça afastado do caos da cidade grande. A Lista é infinita, particular e ao mesmo tempo coletiva.. no fundo é um carinho e uma homenagem a tanta gente maravilhosa que fez e ainda faz parte do nosso “sentimento” de ser Paquetaense. Se você sentiu falta de alguém ou de alguma situação, tenha certeza que toda lista é assim. Mas, em algum lugar entre a Ponte e o Campo, alguém, com muito carinho, lembrou ou foi lembrado. Por fim postaram que cria da Ilha nasceu no Villaboin ou em casa com parteira. Infelizmente (ou não) as gerações a partir da década de 1970 já não nasciam mais na Ilha. As mães moradoras, em busca de melhores recursos, ia ter seus filhos na “cidade”. Então, vamos decretar que cria da Ilha é quem carrega Paquetá dentro do coração, é quem não permite que alguém de fora da Ilha ouse pensar ou falar mal de Paquetá, ao custo de terem os laços rompidos definitivamente. Cria da Ilha pode ter nascido em Siriji, Itaoca, praça XV, só precisa amar e respeitar Paquetá. André Luis da Silva Junior, autor do texto, é professor da Escola Joaquim Manoel de Macedo e já viajou por mais de 70 países. É cria da Ilha, filho de Waltinho, mestre de bateria e Marlene, filha “di” Bernardino, ambos nascidos em Paquetá. Foram os pais que transmitiram esse amor infinito pela Ilha. Ele que sempre estudou em Paquetá, foi alfabetizado por Tia Sandrinha e Tia Cristina e quando saía da aula particular da Tia Fatinha na igreja, ficava vendo Lia Mittarakis pintar seus quadros naïves. Certa vez, o professor estava na Alemanha, diante dos restos do muro de Berlin, ao ver os amigos colocarem os próprios nomes no muro, ele simplesmente escreveu “ Paquetá “. Por quê? perguntaram.. “porque sim, porque quando não estamos na Ilha, somos todos Paquetá”. Todo “cria” de Paquetá pode ganhar o mundo, mas leva “flamboyants” no coração, um de pouco de areia da Moreninha dentro do bolso e fala São Roque três vezes para se proteger de cachorro, turbulência e prova de matemática.


*P

T

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de dia

Aniversรกrio Ronaldo Dutra fotos Claudio Santos

Aniversรกrio Carminha fotos Xabier Monreal


100

Campanha para melhorias do clube abre comemorações do centenário do Municipal Guto Pires e Wilma Leitão

100 anos de história

O centenário do Municipal Futebol Clube não é uma agenda do clube, somente. É uma agenda de Paquetá. Por isso, inúmeras entidades representativas da ilha e estabelecimentos comerciais solidários se reuniram, no dia 3 de março, para apoiar as celebrações da nossa mais antiga instituição. A partir daí uma série de atividades e eventos tem sido realizados e muito mais ainda vem por aí, com o apoio da MORENA, XXI Região Administrativa, Conselho Comunitário de Segurança, Hospital Villaboim, Casa de Artes, Casa Flor, Quintal da Regina, Recanto dos Amigos, dentre muitos outros (foto). Após a reunião, a campanha de arrecadação de recursos para a reforma do campo de futebol já se aproxima da meta de R$5 mil. Dois mutirões para pegar na enxada e restaurar o gramado foram realizados com sucesso. Uma feijoada dominical reuniu quase uma centena de paquetaenses e uma ampla campanha de novos sócios será divulgada, em breve. Foi lançado um concurso para eleger a marca do centenário que já recebeu diversas propostas criativas. A participação de moradores na página do MFC no Facebook (curtidas, comentários e compartilhamentos) cresceu 2.700%. Uma enquete virtual registrou que 90% dos respondentes pretendem apoiar alguma atividade comemorativa

“Vaquinha” para reformar o gramado já superou os R$3 mil até o fechamento desta edição

Durante a reunião de apoio aos 100 anos do MFC foram aprovadas diversas atividades e eventos

Durante um século (1918/2018), o clube gerou benefícios para os moradores e elevou a imagem de nossa ilha para muito além de suas fronteiras. Para várias gerações de paquetaenses a oportunidade de desenvolver atividades esportivas no Municipal é uma memória viva para sempre. Dezenas de atletas seguem, hoje, esse mesmo rumo. Alguns se destacaram e carregam nossa ilha no próprio nome, pelo Brasil e mundo afora. Mas o MFC não é só um clube de futebol, ele é parte importante da história de Paquetá. Há exatos 100 anos no próximo dia 13 de junho o Municipal era fundado por um grupo de amigos como lugar de encontro e lazer. Suaram muito a camisa para transformar o campo de areia original na sede que conhecemos hoje. Cada parede, telhado, arquibancada, tudo foi construído com as próprias mãos desses trabalhadores e as de suas esposas e filhos. A maioria era servidor municipal, daí o nome escolhido para o clube.

Jornal A Ilha apoia os 100 anos do Municipal Os voluntários tem trabalhado com empenho para o sucesso dos mutirões no campo

A ideia é uma só: festejar o centenário dando apoio às dificuldades enfrentadas pelo clube nos últimos anos: impostos em atraso, cumprimento de exigências do Corpo de Bombeiros para evitar a interrupção das atividades esportivas, revitalização dos vestiários e banheiros, pintura geral, etc.

O Jornal A Ilha pretende contar, a partir de agora, essa longa história de 100 anos, em homenagem ao clube. É uma história não se encontra apenas nos arquivos, mas na memória de todos nós. Por isso convidamos os moradores que tenham alguma lembrança, recorte de jornal ou fotografia a partilhar conosco esse momento de orgulho da alma paquetaense. Mande por favor para cartasjornalailha@gmail.com

Ve j a a l g u m a s d a s p ro p o s t a s e nv i a d a s p a r a o C o n c u rs o d a M a rc a d o C e n t e n á r i o d o M u n i c i p a l


Antonio Severino

SIRIJI

SIRIJI É AQUI Claudio Marcelo Na primeira reportagem desta série sobre os imigrantes de Siriji e região, publicada na edição nº 56, de janeiro de 2018, apresentamos a trajetória de cinco moradores ilustres: João Manoel Barbosa, o Mastiga; José Francisco da Silva, o Zé da Light; José Severino da Silva, o Sílvio; Fernando Felix da Silva, o Fernando da Administração; e Luciano Silva, o Puxa. A seguir, você vai conhecer mais cinco personagens que, cada um ao seu jeito, vieram de longe para

pó, bolacha seca, cocada e outros doces, que iriam

entre as mesas do Zeca's. Na ilha casou-se, criou os

abastecer as vendas nos sítios e a padaria de Siriji.

filhos e é dono da casinha onde mora. Ah, Prefeito,

Lembra sem saudade desses tempos de tropeiro, a época das chuvas, os animais

se todos os prefeitos fossem iguais a você …

do chão de barro vermelho.

Ednaldo da Silva Ramos, o querido Catatau do Manduca,

Depois de alguns anos em

é um dos caçulas da turma

São Paulo ("Muito agitado…"),

de Siriji e região. Assim como

em 1974 veio com a mulher a

Prefeito, também é natural de

Paquetá visitar uma cunhada,

Machados, mas curiosamente

moradora da ilha. Adorou e

a história de sua vinda é bem

com a ajuda do marido dela

diferente de todas as que

escorregando no lamaçal

adotar nossa ilha como sua

arrumou trabalho numa obra, para

ouvimos antes. Catatau chegou a Paquetá com

terra, e contribuir para que este

mudar-se de vez. Foi também caseiro, e ainda porteiro de prédio

apenas 16 anos, em 2002, através da irmã e da

para se viver.

na Zona Sul do Rio. Pai de um

sua cidade, mas o falecimento da mãe, a quem era

casal que lhe deu dois netos, é

muito ligado, foi um golpe muito duro, a ponto de,

Gustavo José Ferreira, 35,

proprietário de duas casas, uma

segundo ele, "não conseguir mais ficar em casa".

delas para aluguel. "É um lugar

Seis meses depois, desembarcava aqui, e seguia

maravilhoso para trabalhar, criar

o destino quase obrigatório de trabalhar em obra,

os filhos, e uma tranquilidade para

até que aparecesse algo melhor. E apareceu no

quem é aposentado como eu. Vou

balcão dos Carecas, onde ficou por três anos. De

seja um lugar ainda melhor

é entregador da mercearia Valderi há quatro anos. Nasceu em Vicência, depois se mudou com a família para Siriji. Trabalhou na roça, em engenhos de açúcar e banana.

lá, seguiu para o balcão do concorrente Manduca, ficar aqui até morrer." Sabe tudo, esse Bill.

Não se lembra exatamente em que ano chegou na aos 18 anos. Trabalhou em obra como a maioria dos

Antônio Ferreira de Lima Neto é o famoso Prefeito, merecido ganhador de um Oscarilha, como

imigrantes nordestinos, depois se estabeleceu no

o melhor garçom de Paquetá. De uma família de

boteco do Zeca, que era chamado de República de

treze irmãos - sete meninos e seis meninas - passou

Siriji, como um faz tudo - cozinha, entrega, balcão.

parte da infância e a adolescência trabalhando na

Esteve também no Lido. Agora, finalmente no Valderi,

roça. Veio de Machados com 18 anos, seguindo seu

Gustavo é um verdadeiro atleta que cruza a ilha de

Irmão Zezinho, em 1978. Seu primeiro emprego foi

ponta a ponta várias vezes por dia, ora pedalando

como servente de obra. Até que um dia descobriu

um carrinho, ora empunhando um burrinho sem rabo.

sua outra vocação para servir, servir clientes de

ilha, mas acredita que tenha sido por volta de 2000,

tia que já moravam na ilha. Gostava da vida na

bares e restaurantes da ilha. Por quatorze anos

Severino Amâncio - o Bill Preto - tem 69 anos e

atuou no extinto e vibrante Bar do Arnaldo - esquina

é de Macaparana. Aos dez, começou a acompanhar

de Adelaide Alambari com Feliciana Borges e Rua

o pai, tocando o burro carregado de fubá, café em

Cerqueira. Agora, há dezoito anos pilota sua bandeja

a um passo da grande virada: a responsabilidade de se tornar hoje o padeiro oficial da casa. Os moradores do Campo são só elogios ao pão do Catatau. Antes de apresentar nosso último convidado, uma pergunta: você reparou que as quatro personalidades acima tiveram a obra como seu primeiro emprego na ilha? E não apenas elas, mas a maioria das pessoas com quem falamos passaram pela construção civil. Tudo a ver com escolaridade


T. Rossini

PAQUETÁ

e qualificação profissional, naturalmente. Segundo

menores. E foi exatamente nesse período que a

dados do Censo de 2010 do IBGE, os mais

maioria dos nossos "sirijienses" chegou à ilha. Como

recentes disponíveis hoje, em todos os municípios

havia trabalho para todo mundo, era só ir trazendo o

cobertos por essa reportagem - São Vicente Férrer (ao qual Siriji pertence),

resto da família, os parentes, os conhecidos. E a tal

José Batista de Oliveira não tem muito a ver com tudo isso, pois nunca mexeu com pedra e cimento. Nasceu em 1953, em Orobó, a quarenta minutos de Siriji ("antes, com a estrada de barro, era uma

revolução se tornou também social e

eternidade"). Com os pais, morou e trabalhou na

Machados, Macaparana,

cultural, já que mudou radicalmente o

roça de várias fazendas da região. Depois de uma

Orobó e Vicência - o índice

perfil da população da ilha.

passagem por Campina Grande, na Paraíba, chegou

de analfabetismo é igual

à ilha em 1972, acompanhado de um irmão. Logo

ou superior à metade da

O jornal A Ilha falou sobre o assunto

arrumou trabalho num caminhão de entrega de

população. Não que todos

com Milton França, o Gu, paquetaense

compras. Tornou-se depois funcionário do Paquetá

os nossos imigrantes

de nascimento, e que há dezesseis

Iate Clube. Mas nas rédeas de sua charrete é que

estivessem nessa

anos comanda a principal empresa de

José foi realmente feliz. Por quarenta anos seguidos -

condição. Mas isso dá uma medida do tamanho do esforço e da superação dessa turma, para encontrar espaço no mercado de um grande centro como o Rio de Janeiro. Mas há outra questão local, paquetaense, que também pode ajudar a entender essa história toda. Havia obra para todas essas mãos? A resposta tem nome: Bernardino Dias da Silva. O Brasil vivia o chamado Milagre Econômico, com altos índices de crescimento, sobrava crédito para a construção civil, a especulação imobiliária corria solta no Rio, a cada fim de semana a dupla de gigantes do ramo, Carvalho Hosken e Sérgio Dourado, lançava um novo empreendimento. Isso durou do final dos anos 60 a meados dos 80, e Paquetá não ficou de fora. A empresa da família Bernardino, que já detinha o monopólio do material de construção, passou a operar uma verdadeira revolução arquitetônica na ilha. Dezenas de pequenos prédios foram erguidos da Ponte ao Campo, num ritmo paulistano. Antigas chácaras desapareceram, mansões tiveram seus terrenos fracionados para dar lugar a unidades

administração de imóveis da ilha. Gu lembra bem daqueles tempos. - A imensa maioria das obras era tocada pelo Quim (Joaquim Dias da Silva, um dos filhos de Bernardino, e falecido em abril de 2015), com o Davi

de 1976 até a extinção do serviço em 2016 - conduziu milhares de visitantes e moradores pelas ruas da ilha, o profissional mais antigo do ponto em atividade. Como ele diz, "criei meus filhos

(mestre de obras e seu braço direito).

na charrete". Hoje, José pilota

O Quim era inquieto, tinha um grande espírito empreendedor, e não parava.

um carrinho elétrico, que também gosta muito. Mas confessa que

Mal acabava uma obra, começava

morre de saudade mesmo é dos

outra. Era comprar terreno, construir

seus cavalos Guaranir, Dourado

e vender. Comprar, construir e vender.

e Boneco.

Acho que levantou uns cem prédios, inclusive esse aqui da imobiliária. E pode ter certeza: quase todos esses meninos que vieram do norte trabalharam numa obra dele e do Davi. Provavelmente, o ofício de pedreiro não era o projeto de vida de todos os que vinham. Mas para fugir da total falta de perspectiva em sua terra natal, com a certeza de um ganha-pão para os primeiros meses, num lugar com jeito de cidade do interior, e ainda com o ombro acolhedor de parentes e amigos, só mesmo Paquetá, a nova terra natal.

Na próxima edição de A Ilha, a última reportagem da série sobre Siriji vai trazer Joziete Sotero, Hulk, Bareta, Leonardo da Oi, e outros. Não perca!


no próximo número:

comunicado

edição especial CENTENÁRIO DO MUNICIPAL com fotografias históricas, artigos contando a história do clube, entrevistas com pessoal da antiga, e histórias recordando os cem anos deste marco de Paquetá. se voce tiver alguma imagem do Municipal e de seus frequentadores, ou quiser contar alguma dessas histórias, mande sua colaboração para o jornal - contamos com vocês para abrilhantar esta edição especial. email cartasjornalailha@gmail.com; facebook Jornal A ILHA; ou inbox para João Nala


Policiamento Comunitário João Nala

O policiamento comunitário é uma parceria entre a polícia e a comunidade que ela atende, buscando trabalharem juntos para identificarem os problemas daquela comunidade, e tentarem solucioná-los antes que se acentuem ou virem crimes. Quem conhece melhor o que está acontecendo numa comunidade são os seus habitantes. Quem possui especialização no combate aos problemas são os policiais. Havendo reuniões constantes, além de um contato direto e diário entre as partes, com cada um buscando conhecer e ouvir o outro, ocorre uma troca de informações que reduz sensivelmente o nível de criminalidade. A ação policial busca então ser mais preventiva do que repressora, antecipando-se aos acontecimentos. Mais do que um programa, é uma filosofia de trabalho, uma mudança de mentalidades onde a atenção à comunidade precede prender bandidos. Claro, a repressão continua, mas a necessidade dela acaba diminuindo. Para isto acontecer, o fundamental é o policial conhecer bem a comunidade onde atua e esta comunidade conhecer bem os seus policiais. Quem se lembra das patrulhas cosme-e-damião, quando as duplas percorriam os bairros a pé, cumprimentando as pessoas de quem sabiam os nomes? Existia esse relacionamento. O capitão Cristiano Guedes – coordenador nacional dos cursos sobre policiamento comunitário – aponta que um momento em que a polícia passou a se afastar da comunidade foi quando, na década de 70, passou a fazer suas patrulhas dentro de viaturas. Outra mudança também foi a adoção do policiamento em “tempo-resposta”, onde primeiro se espera ocorrer algo para depois então atende-lo. Cristiano Guedes explica como funciona o policiamento comunitário: “O ponto crucial é fazer

com que a comunidade e a polícia interajam, trabalhando em conjunto. É uma parceria. Temos que fazer com que o policial desça de seu pedestal, conseguindo ouvir a comunidade, para que esta sinta que existe uma parceria. Muitas vezes isso não acontece porque o policial não conhece a comunidade onde trabalha. O policial não pode trabalhar por tempo e sim por área territorial. O policial tem que ser fixado em determinado bairro.

CCS Fixando o policial no terreno, ele se sente mais responsável por aquela comunidade. O policiamento comunitário começa quando a população conhece o policial pelo nome, e o policial conhece os comerciantes da região pelo nome. E a comunidade também tem que aprender a ouvir a polícia. Tem que saber as dificuldades que ele enfrenta para juntos buscarem soluções. O artigo 144 da Constituição diz que a Segurança é responsabilidade do Estado mas um dever de todos”. É uma filosofia implementada em diversos países, com excelentes resultados, e que ocorre agora em diversos pontos do Brasil, embora ainda encontre resistências. Por parte de algumas corporações, atreladas ao conceito de que o crime se combate pela força, tocando o terror, alegando que a polícia comunitária é muito “boazinha”. Por parte de alguns policiais, temendo que represente mais trabalho para eles, pois terão que buscar diálogos com a população e estar aberto a sugestões sobre o seu policiamento. E por parte de parte da população, que vê no policial um antagonista, que além de não fazer parte da comunidade ainda age contra ela. Um medo da polícia que afasta as pessoas. Paquetá, entretanto, é um local ideal para a implementação de um policiamento comunitário. Como diz Marcelo Fisher, da Casa Flor: “Mais

do que em outros lugares, Paquetá tem todas as condições de promover essa integração entre o policiamento e a comunidade. Aqui se sabe de tudo que está acontecendo. Ninguém se esconde. Se a gente se organizar direitinho, temos condições de saber onde as coisas ocorrem, onde elas ocorrem com mais frequência, e agir preventivamente. O fato consumado, depois que o crime ocorre, é assunto de polícia. O nosso assunto é fazer com que ele não se repita”. Leonardo Couto, da Associação de Moradores: “Em

Paquetá não só as pessoas se conhecem como conhecem os policiais. Nossa comunidade, no seu sentido mais amplo, envolve também o policial. O policial não é só aquele que chega depois do crime mas é também aquele que pode evitar o crime antes que aconteça. O que é preciso, antes de começar

um policiamento comunitário, é estreitar esses laços, não só entre os moradores e os policiais, como entre os próprios moradores., evitando que alguns conflitos virem crimes. Não no sentido de sair denunciando tudo que está acontecendo, mas no de prevenir que crimes venham a acontecer”. A moradora Rafaell Barreto ressalva que para essa filosofia ser implantada em Paquetá, a postura das forças policiais terá que mudar. “Hoje, quando o

morador vai à delegacia procurar a polícia para resolver alguma coisa, com a presença de uma autoridade, parece que está incomodando. Será preciso muita campanha de conscientização, pois a confiança é uma conquista”. Guto Pires, do Conselho de Segurança, conta que há um apoio para esse projeto: “Quando fomos inscrever

a nossa chapa, para a eleição de diretoria do CCS, já levamos uma proposta de policiamento comunitário para o Coronel Caetano, que acolheu a ideia, sugerindo inclusive o policiamento por bicicletas em Paqueta. Além disso, seria interessante um uniforme como aquele usado na orla do Rio. Por que ficar circulando aqui, num sol a pino, com o uniforme básico da corporação? Acreditamos inclusive que a aproximação com os moradores seria facilitada por essas mudanças. Ao trazer a aproximação, ocorre uma conquista de confiança. Obviamente, para isto é preciso também haver uma pro-atividade dos policiais, mas o resultado em termos de eficiência é muito grande. O trabalho da polícia, dependendo apenas da investigação, sem as informações trazidas pela população, é mais difícil”. E acrescenta: “Não vamos implantar de uma hora

para a outra um policiamento comunitário em Paquetá, pois depende não só do 5º BPM como de esferas acima do batalhão,, mas vamos tentar nos aproximar disto, para que o policiamento em Paquetá seja mais eficiente. E eu acredito que aqui isto seja possível, sem necessidade de grandes mudanças no sistema policial do município. Como no caso da escola e do nosso hospital. A escola pertence à rede público de ensino. O hospital pertence ao SUS. Mas ambos oferecem um tratamento diferenciado, próprio de Paquetá. A mesma coisa pode acontecer com a nossa polícia”.


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Mais um Paquetá que nos enche de orgulho

Marcio Fonseca Wagner "Paquetá" Duarte - Professor de Educação Física. Morador de Paquetá, destaque no campeonato Carioca de futebol 2018, atuando pelo Boavista. Iniciou a carreira de treinador de futebol no Municipal FC., sendo campeão invicto do campeonato amador da capital (Departamento Autônomo) na categoria sub 17 no ano de 2013. Em 2014, como preparador físico, conquistou o bicampeonato da Rio Copa, categoria sub 20 pelo, Bonsucesso FC. Ao se transferir em 2015 para o Bangu AC, acumulou as funções de preparador físico e auxiliar técnico na categoria sub 20. No ano seguinte, atuando como treinador profissional, foi Campeão Carioca pelo Itaboraí Profute (4ªDivsão). Em 2017, trabalhando como auxiliar técnico (do treinador Eduardo Alax) no Boavista SC, conquistou a Copa Rio, título que o credenciou a disputar a Copa do Brasil 2018. No Campeonato Carioca, a equipe vem se destacando pelas belas atuações, mostrando um futebol técnico e objetivo.

corrida vip

Não tem Diego, Everton Ribeiro ou Diego Alves. O destaque do Flamengo neste início de temporada é Lucas Paquetá, garoto de 20 anos, formado na base. Como bem gosta a torcida rubro-negra. Contra o Boavista, os torcedores chegaram a pedir sua convocação para a seleção, após marcar um belo gol de falta, o terceiro da vitória por 3 a 0, em Volta Redonda. As atuações de Paquetá em 2018 não tem enchido os olhos apenas dos rubronegros. Os europeus também estão acompanhando de perto a evolução do meia. O jornal “Super Deporte”, de Valencia, disse que o Valencia, que tem prioridade para apresentar uma proposta por Paquetá (item incluído na negociação do goleiro Diego Alves), precisa se movimentar rápido para não perder o jogador. A prioridade vai até julho de 2018 e o periódico lembra que o bluce tem a chance de contratar uma verdadeira jóia do futebol brasileiro: “Lucas Paquetá: o Valencia tem que tomar uma decisão”, foi a manchete do jornal esportivo. O “Super Deporte” põe o jogador rubro-negro como uma das revelações do futebol brasileiro nos últimos tempos. “O Valencia tem a prioridade por um meiaatacante magnífico, com força e elegância na condução da bola, com visão de jogo e capacidade para desempenhar diferentes papéis. Pode jogar por dentro e por fora, ainda que não seja um ponta”, escreveu. O que pode atrapalhar os planos do Valencia é o valor da multa recisória de Paquetá, cujo contrato vai até o fim de 2019. Para se proteger das investidas da Europa, o clube estipulou a multa em R$ 200 milhões, mais do que o Real Madrid pagou pelo badalado Vinícius Júnior. Paquetá ainda fica tímido com os elogios. Sempre divide com os companheiros quando recebe um afago. “O trabalho é sempre feito para termos uma grande temporada. Tem momentos que um vai se destacar mais. Para isso temos um elenco. Cada um tentando fazer o melhor de si para ajudar o Flamengo”, disse o jogador.

Não é bem assim

Dia 24/02/18, ocorreu mais uma etapa da corrida "Paquetá VIP", nas modalidades de 6,3km e 12,6km de corrida, e 3km de caminhada, realizado pelo professor Mário Jr e equipe. O evento contou com a participação de 460 atletas, entre moradores da ilha, do Brasil e do exterior. Os vencedores foram premiados com medalhas de 1° 2°e 3° lugares, e os demais com medalhas de participação. Para a comissão organizadora, é uma grande alegria registrar o aumento do número de participantes moradores de Paquetá a cada evento.Outro ponto interessante é que, devido ao evento, a taxa de ocupação nas pousadas e hotéis foi superior a 80%. Após a corrida, atletas e convidados participaram da confraternização realizada no Paquetá Iate Clube, com uma maravilhosa roda de samba animada pelo grupo Simpatia Carioca, e a cantora Dilma "Diva" Oliveira. A próxima etapa da corrida será no dia 23/04/18, Corrida Solidária a São Jorge, tendo como objetivo arrecadação de alimentos. Após a corrida será realizada no Paquetá Iate Clube uma feijoada, ao som do grupo Simpatia Carioca.

R enat o M aurí ci o P rado O Valência tem até a janela do meio do ano prioridade na contratação de Lucas Paquetá, direito adquirido quando da negociação para a vinda do golkeiro Diego Alves para o Flamengo. Tal negociação, entretanto, pode esbarrar na vontade do jogador – que não fez nenhum tipo de acordo com os espanhóis, e, se quiser, mela toda a história; Paquetá é, hoje em dia, a moeda mais valorizada no Ninho do Urubu, mas não tem pressa alguma de deixar o Mais Querido. Ele e seu estafe (família e empresário) acham que para a proposta ser considerada boa, tem de combinar um excelente contrato com uma possibilidade real de brilhar no futebol europeu. Nada de ser contratado para ser emprestado, por exemplo. E esqueçam o futebol turco. As metas são Espanha, Inglaterra e Alemanha.

Fica dica Fica a dica... é dever da família ensinar às crianças o devido respeito aos professores. Quem educa é a família, a escola abre a janela do conhecimento.


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FALA MORENA março/abril de 2018

Agende-se

O próximo MORENA NA PRAÇA será no último domingo do mês, dia 29 de abril, de 10hs às 14hs, na Praça Pedro Bruno (em frente às Barcas).

3a Assembleia Geral Extraordinária da MORENA (2016-2017-2018) No dia 25 de março, na Praça Pedro Bruno, por volta das 10h50, aconteceu a 3a Assembleia Geral Extraordinária da MORENA (2016-2017-2018).

A pauta foi: •

Informes (Informe de que a MORENA está empenhada nas seguintes ações: Coleta Seletiva, Reforma dos brinquedos dos parques e equipamentos de ginástica da praia, obra de ampliação da área de educação infantil da EM Joaquim Manuel de Macedo, obra de restauro do Solar del Rey); Foi aprovada a ATA da 1a Assembleia Geral Ordinária da MORENA do ano passado, ocorrida dia 12 de novembro de 2017; Foi formada a Comissão Temporária Fiscal que analisará as contas da MORENA de agosto de 2017 até dezembro de 2017. Assuntos gerais (apareceu a ideia de que as várias frentes de atuação da MORENA sejam partilhadas com as/os associadas/os).

• As frentes abertas pela MORENA são: • • • •

• • • • • • • • • • •

Reabertura do Solar D`El Rey como Centro Cultural e biblioteca Regulamentação dos Transportes Restauração do prédio da escola Pedro Bruno Ampliação da área voltada à educação infantil e posterior criação de um Espaço de Desenvolvimento Infantil Reforma dos brinquedos das praças Troca dos equipamentos de ginástica nas praças e praias Re-ensaibramento das ruas Controle da velocidade dos Caminhões da COMLURB Inclusão de Paquetá no Seminário Internacional Velo-City 2018 Pôr em pleno funcionamento a estação da CEDAE Estudar e cobrar a contrapartida devida à Paquetá pela Petrobrás Responsabilizar-se pela divulgação dos eventos da MORENA Cuidar e atualizar mensalmente o Painel da MORENA Dar andamento à implantação da Coleta Seletiva Responsáveis por conseguir mais associados

Cantinho da transparência

Até o fim de outubro • •

Até o fim de fevereiro (2018): 158 associados; e em caixa R$ 2848,52 Até o fim de fevereiro (2018): 158 associados; e em caixa R$ 3014,20

A MORENA contribuiu no mês de fevereiro/2018 com: R$ 600,00 para manutenção do Jornal A Ilha; R$ 256,64 para material do Pré-Vestibular Comunitário de Paquetá R$ 300,00 para a Festa Nordestina: Siriji, Machado e Macaparana em Paquetá (que acontecerá no dia 22 de abril na Igreja Bom Jesus do Monte) Protocolos e ofícios A MORENA protocolou no dia 3 de abril pedido de reunião com o secretário da Casa Civil da Prefeitura da cidade do RJ, Paulo Messina. A reunião é para tratar de vários assuntos "parados" na prefeitura, pertinentes a Paquetá: coleta seletiva, restauração do Solar D'El Rey, reforma do prédio da escola Pedro Bruno, reforma dos equipamentos de ginástica da praia e brinquedos das praças, dentre outros assuntos. Neste mesmo dia, protocolamos na COMLURB o pedido de reunião com o presidente da COMLURB para tratar da implantação da coleta seletiva em Paquetá. Estamos aguardando a resposta.

MORENA e ICMBio No dia 05 de abril a MORENA par ticipou de uma reunião com ICMBio para tratar de Turismo de Base Comunitária. A apresentação do curso de for mação oferecido pelo ICMBio para os moradores de Paquetá será dia 19 de abril, as 9:30, no Iate Clube. Para se candidatar, basta ter 18 anos ou mais. Não é exigida escolaridade mínima.

Contatos Tendo interesse em se manter atualizado com as atuações da Associação de Moradores, siga o Facebook da MORENA (https://www.facebook. com/groups/207658559327397/). E visite também o Instagram da MORENA! Todas as fotos e vídeos são de paquetaenses. Mande seu material por email que publicaremos lá! Nosso WhatsApp: 985154868. Anotem aí! Para quem ainda precisa acertar a sua associação, pode acertar com o Gildo, Alfredo, Ialê, Leonardo ou na Bodega com o Júnior e Marcela! Lembrando que pra se associar, basta: 1. preencher uma ficha rápida de Associação (tem na Bodega também), e 2. Pagar de 3 em 3 meses R$ 19,08. É só isso mesmo! (2% do salário mínimo atual). Pra entrar em contato com a gente: MORENA 985154868 (Zap) ampaqueta@gmail.com https://www.instagram.com/pqt_morena/ https://www.facebook.com/groups/207658559327397/ Estamos apoiando a campanha: "Uma garrafa PET para seu PET" (cartaz abaixo).


crônicas de paquetá A VIDA É COMO ELA É Julio Marques "Nada poderá me afastar do que eu sou ..." já dizia D. Ivone Lara. Como escreveu o Nei Lopes no livro " Nas águas dessa baía há muito tempo ": "A bucólica Ilha de Paquetá nunca tinha visto, e por certo jamais tornará a ver, uma festa como aquela. .......o quintal, remanescente de uma quinta dos jesuítas,..... abrigava com conforto ... colegas de repartição e músicos admirados como o grande pistonista Luis de Souza; o magnífico oficleidista Irineu Batina; o inexcedível flautista Alfredo Vianna; o mavioso saxofonista Alípio Rebouças, filho de uma família de ilustres engenheiros e músicos; o inigualável pianista Aurélio Cavalcante; os não menos João da Harmônica, Malaquias Requinta, Henrique Casaquinha... O vizinho Anacleto de Medeiros, preso a outro compromisso-...- não pudera se fazer presente. "

ainda vão ouvir falar, num show onde não dava canja, vestia vestido pelo avesso, por esquecimento e sem se importar com isso. Assim como eu e todos nós. Usamos havaianas em bailes e às vezes nossas camisas estão puídas. Mas temos mais charme do que os frequentadores de shopping, que morrem de vergonha de tanto descaso. No fundo é inveja por nosso desprezo ao consumo desenfreado. Somos a Ilha da musica. Claro que há gostos e aplausos de todo tipo. Há pessoas que querem enforcar o garoto que passa no eco-taxi ouvindo funk e quase vomitam quando topam com algum pagode "nas alturas ". Entretanto aqui a liberdade de expressão existe, mesmo que seja um forró universitário (sei lá o que é isso), contanto que produza alegria.

Como já disse, haja musica prá todo lado. Por esta banda o tempo passa rápido em sua lentidão e é um paraíso para um ruero como eu. Vou sentir muita falta do Pneu que se foi calado no meio da rua. Vou sentir saudade, eu e a Furquim, e, prá quem não sabe, apelido é uma forma de carinho.

Essa Ilha é engraçada. Há, e sempre houve, música prá todo lado.

Somos fraternos e nosso templo da musica, a Casa de Artes, mantém a Orquestra Jovem, tocando Anacleto e Beethoven com esmero erudito.

E volto a falar sobre violência e provocação. Bateram com cassetete no Ricky, editor desse jornal, idoso como eu e que não foi participar de manifestação alguma, só voltava do metrô para as barcas, como qualquer um de nós. Violência gratuita incentivada por covardes. Caráter não se vende em Miami

Temos três figurinhas carimbadas: Pedro Amorim na magia do bandolim, Oscar Bolão na dança da bateria e Cristina Buarque na ciência da vida na voz E somos modestos. Luiza, de quem vocês

O impor tante é que todo mundo está envolvido, de certa forma, em uma atividade musical, seja tocando, dançando como já faziam o Birulinha e a Nega Luiza ou ouvindo com prazer.

Maluco, também, foi um policial rodoviário dando ordem de prisão, fora do serviço é claro, ao Alfredinho do Bip-Bip por estar discursando, dentro do seu bar, sobre o assassinato da Marielle.

Mando também um beijo imenso prá Tia Loide, a quem o Jornal "A Ilha" deve muito pelo apoio nos momentos em que mais precisávamos, mostrando o que é fraternidade. JULIO, lembrando e reafirmando que é preciso cantar e alegrar a cidade, porque, como diz a Ana Pinta " se pode matar uma, duas rosas, mas jamais deter a primavera".

um passeio em pqt

O contorno do litoral pode ser feito a pé em 45 minutos, sem correria nem paradas. De bicicleta, leva cerca de 25 minutos. AÇ

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Logo na saída da estação das barcas na ilha, à direita, um painel oferece algumas opções de roteiros turísticos.

Paquetá > Praça XV

Pontos turísticos

Mais uma vez mando um abraço pro Pneu lembrando que é preciso ter vida nas calçadas.

PR

Paquetá está no município do Rio: não é preciso DDD nas ligações para a capital.

É preciso deixar claro que esses atos não vem de pontos de vista diferentes ou mesmo de algum preconceito. É ódio, gente enlouquecida acusando os outros por excesso ou falta de velocidade, chegando a praticar atentados dando tiros contra o ônibus do Lula no Paraná.

Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 07:30 > 08:20 09:30 > 10:20 11:30 > 12:20 14:30 > 15:20 16:30 > 17:20 18:30 > 19:20 19:30 > 20:20 21:00 > 21:50 23:10 > 00:00 FdS e feriados 06:00 > 07:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 23:30 > 00:40

Praça XV > Paquetá Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 08:30 > 09:20 10:30 > 11:40 13:20 > 14:10 15:30 > 16:20 17:30 > 18:20 18:30 > 19:20 20:00 > 20:50 22:15 > 23:05 00:00 > 00:50 FdS e feriados 04:30 > 05:40 07:00 > 08:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 00:00 > 01:10

Igreja Bom Jesus do Monte Caramanchão dos Tamoios Canhão de Saudação a D. João VI Árvore Maria Gorda Praças e parques Preventório Rainha Dona Amélia Pedro Bruno Escola Pedro Bruno Fernão Valdez Telefones úteis Poço de São Roque Atobás (Quadrado da Imbuca) Barcas (estação de Paquetá) - 3397 0035 Coreto Renato Antunes Tiês Barcas (central de atendimento) - 0800 7211012 Capela de São Roque Lívio Porto (Ponta da Ribeira) Bombeiros - 3397 0300 Cedae - 3397 2143 (água) / 3397 2133 (esgoto) Casa de Artes Mestre Altinho Comlurb - 3397 1439 Pedra da Moreninha Bom Jesus do Monte Farmácia - 3397-0082 Ponte da Saudade Manoel de Macedo Gás (fornecimento de bujão) - 3397 0215 Pedra dos Namorados São Roque Hospital (UISMAV) - 3397 0123 / 3397 0325 Casa de José Bonifácio Ex-Combatentes Light - 0800 282 0120 Mirante do Morro da Cruz Alfredo Ribeiro dos Santos Oi Telemar - 3397 0189 Cemitério de Paquetá Pintor Augusto Silva PM - 3397 1600 / 2334 7505 Em negrito, horários com barcas Cemitério dos Pássaros Parque Darke de Mattos Polícia Civil - 3397 0250 abertas (tradicionais). Em itálico, os horários previstos de chegada. Farol da Mesbla Parque dos Tamoios XXI R.A. - 3397 0288 / 3397 0044

Localidades

Viracanto Levas-Meio Rua dos Colégios Ladeira da Covanca Morro do Buraco

(Morro do Gari)

Pau da Paciência Árvore do Sylvio Colônia Cocheira Morro do Pendura Saia Morro do PEC

(Morro da Light)

Rua Nova Colônia da Mesbla Curva do Vento Beco da Coruja

Serviços

Banco Itaú Banco do Brasil e Caixa Econômica (Loja lotérica)

Hospital (UISMAV) (3397.0123 / 0325)

Aparelhos de ginástica (jovens e maduros)

Aparelhos de ginástica (idosos)

Mesas para pic-nic ou jogos Mictórios Farmácia (3397.0082) Brinquedos infantis


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