Jornal a ilha 51

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Ano V - n 51 - julho de 2017 - Ilha de Paquetรก, Rio de Janeiro


Editorial

Expediente A Ilha é um jornal comunitário mensal organizado, elaborado e mantido pelos moradores da ilha de Paquetá. Mentor e fundador: Sylvio de Oliveira (1956-2014) Equipe: Claudio Marcelo Bo, Cristina Buarque, Flávio Aniceto, Ialê Falleiros, Ize Sanz, Jorge Roberto Martins, Julio Marques, Marcelo Ficher, Mary Pinto, Ricardo Cintra, Ricky Goodwin, Taís Mendes e Vitor Matos. Programação Visual: Xabier Monreal Jornalista responsável: Jorge Roberto Martins - Reg. Prof. 12.465 Estagiárias: Gabriela Dias e Julia Sena, em projeto de extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob supervisão de professores da Escola de Comunicação/UFRJ. As informações e opiniões constantes nas matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. Impressão: Gráfica e Editora Cruzado Ltda / Tiragem: mil exemplares Fale com a gente: cartasjornalailha@gmail.com Anuncie: comercialjornalailha@gmail.com Ano 5, número 51, julho de 2017. Capa - Toni Lucena Este número de A Ilha foi possível graças à participação dos anunciantes e às contribuições financeiras de

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Adilson Martins Ana Cristina de Mello Carla Renaud Carlos Dimas Ribeiro Cisinha e Bernardo Cristina Buarque Cristina Monteiro Hanriete Araujo Julia Menna Barreto Julio e Sandra Leila e Jorginho

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Leonardo e Thaiza Lula Mendes Marcilia Mauro Célio da Silva Mary Pinto Nadja Mara Barbosa Padre Nixon Ricardo Bichara Ricardo Saint Clair Sandra Sousa Sylvio e Marília

Vacinar no presente para proteger o futuro

Alerta! A campanha de vacinação contra HPV vai até o dia 21 de julho. Devem se vacinar adolescentes de 09 a 14 anos (meninas) e de 11 a 14 anos (meninos). O diretor do hospital, Diego Willer, alerta para a importância da vacinação que protege os jovens. “A vacina protege contra o vírus do HPV, que é uma doença sexualmente transmissível, que é precursora do câncer”, ressalta ele. As autoridades alertam que os pais que não levam seus filhos para vacinar estão sendo negligentes com a saúde dos filhos. “Além disso é um desperdício. O governo compra as vacinas e elas vão parar no lixo porque as famílias não trazem as crianças. Difícil explicar que uma vacina hoje pode ajudar a evitar um câncer daqui a alguns anos”, completa.

Stefano F igalo

Ps: Nesta edição contamos com a colaboração de mais um fotógrafo profissional que veio morar nesta ilha cheia de luz: Stefano Figalo.

O que v ai pela Ilha Toni Lucena

Enquanto as pessoas se preocupam com o significado das palavras, o Jornal A ILHA foi atrás de problemas concretos aqui em nossa comunidade, envolvendo as mulheres, mas também as crianças e os idosos, além de, também, os próprios homens: a questão da Violência Doméstica. Paquetá projeta essa imagem idílica de um lugar sem violência. Realmente, as ruas são pacatas, com uma ou outra ocorrência, mas dentro das casas a história é outra. Espancamentos, maus-tratos, rudeza, indiferença aos sentimentos do outro, coisas que nem deveriam mais existir em 2017. É uma violência oculta, dentro das paredes, um sofrimento em silêncio, mas que outras vezes explode muro afora escandalosamente. Todos sabemos de vários casos, convivemos com isso. Quando se fala em violência doméstica, se pensa em casais. “Em briga de marido e mulher não se mete a colher.” Mas e quando se mete a porrada? E um dado preocupante que levantamos nessa reportagem é o índice também de violência contra os idosos. Que coisa mais vergonhosa filhos que sacaneiam os pais, que lhe deram vida! E as crianças, coitadas, crescendo em ambientes onde é normal apanhar.... vão crescer batendo? Por isto pedimos que leiam com atenção as nossas páginas centrais. E reflitam sobre o assunto. Se for o seu caso, tente mudar a sua vida (e daqueles à sua volta). E se você for vítima, tem ali uns primeiros passos para sair desse buraco. É difícil mas há como reagir. (Ricky Goodwin)

Os transportes entram na linha Está na reta final o processo de regulamentação dos transportes públicos em Paquetá - leia-se charretes elétricas e ecotáxis. A SMTR - Secretaria Municipal de Transportes preparou um pacote de medidas que vai dar o que falar. Entre elas, a obrigatoriedade de uso de uniformes para os condutores, limite de número de passageiros, controle de velocidade, proibição de mais de um de triciclo nas mãos de um único proprietário, e horário mínimo de circulação dos veículos. A intenção é que nosso sistema de transportes cumpra exigências semelhantes às do resto da cidade, apenas com alguns ajustes à realidade da ilha. A fiscalização vai ficar a cargo da Guarda Municipal, munida de um talão de multas zero quilômetro, feito especialmente para Paquetá.

Crime por motivo Fútil Uma jaqueira com mais de 40 anos, saudável e em espaço público, sofreu uma poda radical, feita de forma clandestina à plena luz do dia, e ironicamente às vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho. A árvore frutífera - ou o que sobrou dela - fica na Praça Alfredo Ribeiro dos Santos, junto à Cedae da Praia do Buraco, e à base da Guarda Municipal, no Preventório. O proprietário de uma casa vizinha seria o mandante dessa verdadeira agressão ao meio ambiente, motivada, segundo dizem, porque pessoas estariam subindo na árvore para bisbilhotar o interior de seu terreno. A Comlurb, órgão que cuida da vegetação da ilha, autuou o responsável.


Comida nordestina para o Festival da Guanabara Aconteceu na Casa Flor no último dia 15 de junho, feriado de Corpus Christi, um animado evento em apoio ao festival que acontecerá nos dias 14 a 16 de julho nas casas e ruas de Paquetá (ver programação completa aqui no jornal na página específica). Todas as casas envolvidas com o festival participaram, assim como o Padre Nixon que compareceu com sua família e amigos. A querida Jô Sotero, cujos dotes culinários se igualam à ou superam a sua simpatia e popularidade na ilha, nos brindou com receitas nordestinas, como o Feijão Tropeiro que Cristina Buarque (na foto com a Chef), da equipe do jornal, provou e aprovou.

Mais uma promessa paquetaense! KAIO é o mais novo atleta de Paquetá a ganhar o Rio, vestindo a camisa do Flamengo! Acaba de participar da Copa Dente de Leite defendendo as cores rubronegras.

Nosso rei das quentinhas Quatro mil reais! Esse montante, que poucos estabelecimentos comerciais ou eventos da ilha arrecadam num único dia, foi o que entrou no caixa da festa junina beneficente, ocorrida no sábado, 17 de junho, no Barreirinha. Um grande sucesso. Comandado por Hely Ferreira, para levantar fundos para o seu projeto de alimentação de moradores de rua no Centro do Rio, o arraial contou com a contribuição de 20 pessoas, que doaram comes e bebes, roupas e móveis, livros e discos, bijus e outras bugigangas, além de um dia inteiro de batente naquele sábado de sol. O belo trabalho de Hely, e de seu fiel time de voluntários, vem desde 2014, quando eram distribuídas cinquenta quentinhas. Hoje saltaram para mais de quatrocentas. Por mês, são consumidos, entre outros produtos, 160 kg de legumes, 50 kg de arroz, 50 kg de feijão, 50 kg de açúcar, 25 kg de café, centenas e centenas de pãezinhos, dois botijões de gás. Tudo doado. Se você quiser ajudar levando alimentos, a cozinha do Hely funciona na Praia Grossa, nº 44, fundos.

Programação do Cineclube Atenção para a programação deste mês do Cineclube PQT, que está fazendo parte do Festival da Guanabara:

Boa sorte garoto.

Sexta dia 15, às 17:30

vai ter uma sessão de curtas infantis, na Cocheira. Garotada e marmanjos não podem perder,

Legado olímpico chega a Paquetá São nove leitos hospitalares usados pelos atletas durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, que substituem as antigas camas, que tinham 30 anos de uso. Os novos leitos têm colchões ortopédicos fabricados na República Tcheca e chegaram ao hospital de Paquetá há dois meses. Ainda fazem parte deste legado nove suportes novos para soro e duas escadinhas.

Negócio da China

A XXIª R.A. e a Morena estão apoiando um projeto da Coppe/UFRJ e da universidade chinesa de Tsinghua, chamado Centro ChinaBrasil de Mudança Climática e Tecnologias Inovadoras para Energia. Está prevista uma série de ações em Paquetá, todas voltados para o meio ambiente. A primeira delas, já em andamento, é a colocação de placas de captação de energia solar no Hospital Manoel Arthur Villaboim, para aquecimento de água, reduzindo o consumo de energia. Depois é a vez do Preventório. E tudo a custo zero. Só para ilustrar a importância dessa parceria, a Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – é o maior centro de ensino e pesquisa em engenharia da América Latina, e forma anualmente mais de 500 mestres e doutores. Ter uma instituição desse porte olhando para nossa ilha é um luxo.

Casa Flor

Sábado, dia 16, às 17:30

"Onde a Coruja Dorme"

de Simplício Neto um filme sobre o compositor Bezerra da Silva, aquele do "Malandro é malandro, mané é mané", "Vou apertar mas não vou acender agora", "Se gritar pega ladrão"...

Quinta, dia 27, às 20:00

no Quintal da Regina, "O samba é meu dom" de Luiz Guimarães de Castro, sobre o famoso sambista Wilson das Neves. E com a presença do próprio, num bate-papo animado. É tudo di grátis! Ô sorte!


CONVIVÊNCIA

Aurinha

FOTO DO MÊS

Francisco Neto

Flavio Aniceto

AMORES DA ILHA

Casas Abertas & Bem Viver em Paquetá Casas Abertas & Bem-Viver em Paquetá A Morena (Associação de Moradores de Paquetá) promoveu uma reunião com as casas abertas de Paquetá, no salão paroquial da Igreja Católica. Além de participantes da diretoria da Morena, compareceram representantes da Casinha Amarela, Vagão 206, Casa Verde, Varanda da Madame Sanz e Espaço Sol. A reunião teve a intenção de fortalecer as atividades destas e de outras casas com o mesmo perfil, que contribuem para o convívio saudável entre os moradores, as artes e a cultura em Paquetá. Os ajustes que propusemos surgem da escuta que a Morena vem fazendo junto aos moradores sobre os descontentamentos, especialmente em relação ao volume do som e ao horário estendido das conversas dos frequentadores, principalmente no horário noturno. A proposta construída coletivamente nesta reunião prevê: os responsáveis pelas casas abertas vão continuar se reunindo para elaborar um código de conduta comum, especialmente no que tange à limitação de horário de funcionamento noturno, tratamento acústico, volume de som e limpeza do entorno. Uma vez elaborado, este código será divulgado em placas na entrada das casas e nos anúncios, chamando os frequentadores a se co-responsabilizarem pelo volume das conversas e a limpeza, em respeito aos moradores vizinhos, para minimizar o impacto das atividades das casas em suas rotinas. Uma vez aplicado este código de conduta, a Morena deverá ampliar a discussão sobre a conduta de todos os estabelecimentos comerciais, religiosos, culturais e esportivos, quanto ao volume do som, a limpeza do entorno e o barulho dos frequentadores, visando a boa convivência e o estímulo ao bem-viver em nossa ilha.

Diálogo x Denúncia

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Flavio Grande Devo começar pedindo emprestado ao Comandante do policiamento da Ilha de Paquetá, Capitão Ricardo Vidal, o título de sua brilhante postagem feita na versão online do "Jornal A Ilha" feita em 15/03/17. Neste texto ele ilustra, de forma simples e direta, sua posição quanto a onda de denuncismo exacerbado que tem assolado a Ilha de Paquetá, nos mostrando uma simples alternativa: O diálogo. Muitas destas denúncias feitas ao Conselho Comunitário de Segurança poderiam ser evitadas se as pessoas simplesmente procurassem o caminho do diálogo, e, não sendo possível, que cada situação seja avaliada e que medidas proporcionais sejam tomadas. Nós, do Vagão 206, participamos da reuniões do CCS hà alguns meses, sendo que na última ata fomos citados devido à um show realizado em 15/04/17. Haviamos sido convidados também pela Morena - junto com as outras casas que promovem shows e encontros na IIha - para definir conjuntamente alguns parâmetros a serem seguidos, com destaque as questões do volume sonoro, dos horários e do impacto ambiental no entorno das casas. Fizemos uma postagem 09/06/17, na versão online do "Jornal A Ilha", informando da suspensão das atividades até realizarmos as adequações combinadas. Alí aproveitamos para pedir desculpas por fatos passados e informamos da instalação de anteparos acústicos nas laterais da nossa varanda, que é usada eventualmente como palco. E que trocamos nossas caixas por modelos de menor potência, projetadas para ter o máximo de direcionalidade sonora, o que nos permite "empurrar o som" em direção ao mar, minimizando o impacto para as laterais. Antes mesmo destas pequenas, mas importantes modificações, já monitorávamos os níveis sonoros em frente e nas laterais da casa e até mesmo atrás do nosso quarteirão. A praia está sendo sinalizada em cada evento com placas pedindo que as pessoas descartem seu lixo adequadamente, Infelizmente não temos conseguido contêiners extras para lixo, o que nos obriga a guardar lixo dentro da casa até segunda-feira, quando retorna a coleta de lixo ordinário. Esperamos que todas as medidas tomadas até agora tenham sido eficientes, e se não forem, que nos procurem para conversar. Quem me conhece sabe que será muito bem recebido e faremos de tudo para resolver qualquer pendência. Como afirmei lá: Nossa intenção é divertir, não perturbar!

Cartas

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Na década de 1890, no século XIX, Paquetá já era conhecida por grandes festejos pelos santos populares. Romarias e sociedades musicais vinham pelas barcas extras para celebrar com muita música, reunidos depois no coreto. Havia barracas de comidas, bandeirinhas e fogos de artifícios. Hotéis, bares e restaurantes também participavam engrandecendo ainda mais as festividades. Até o Presidente de República e o Governador do Estado do Rio garantiam suas presenças. Anacleto de Medeiros, nascido na Ilha, orgulho Paquetaense e regente da famosa banda do Corpo de Bombeiros, organizava boa parte das festividades. Diante disso, não faz sentido algum o Poder Público (incluindo aí Estado, Município e Corpo de Bombeiros) - e alguns moradores - irem contra a celebração junina do Pérola da Guanabara para manter Paquetá no passado, como antigamente. Afinal, manter a tradição é exatamente ao contrário. Paquetá é sinônimo de festas na rua, feitas pelo povo, há séculos. ( R aphael V i dal ) No dia do meu aniversário passei muito mal de madrugada com falta de ar e a pressão elevadíssima. Minha filha, inicialmente, logo providenciou um ecotaxi para nos levar para pegarmos a barca de 7,30 h. Só que na hora choveu torrencialmente, impedindo de sairmos. A chuva só parou depois que a barca havia partido. Como piorei, minha filha chamou a ambulância e foi prontamente atendida. Levaram- me para o posto e Dr. Pedro e sua equipe começaram os procedimentos, mesmo sem os recursos necessários, para a minha melhora. Foi o que me salvou. Com minha pressão mais controlada, chamaram o helicóptero que me levou imediatamente para o hospital. Se hoje estou aqui fazendo meu relato, agradeço primeiramente a Deus por ter enviado a chuva que não permitiu pegar a barca. Lá dentro não seria salva. Depois agradeço de coração ao Dr. Pedro e sua equipe maravilhosa que direta ou indiretamente contribuíram para eu ser salva. ( Li l i an Font es) O que você achou desta edição do jor nal? Qual a sua sugestão para o próximo número? Quer escrever sobre algum assunto de Paquetá? cartasjornalailha@gmail.com


O que querem as crianças de Paquetá? Iale Falleiros

“Deve ter alamedas verdes A cidade dos meus amores E, quem dera, os moradores E o prefeito e os varredores E os pintores e os vendedores Fossem somente crianças”

(A Cidade Ideal – Os Saltimbancos, Chico Buarque)

Que futuro queremos para a ilha de Paquetá? Esse foi o mote para a Assembleia das Crianças, organizada durante o Morena na Praça no domingo 11 de junho. Teve chegada triunfal dos pequenos jogadores do Municipal e apresentação da Orquestra Infantil de Paquetá, depois as crianças puderam discutir e apresentar várias propostas para nossa ilha.

Para a Escola Municipal Pedro Bruno, pediram: uma quadra, a reforma da escola, material, garfo e faca, banheiros e refeitório.

Nos cartazes que elaboraram, pode-se ler: menos drogas e mais iluminação; mais eventos culturais, menos humilhações, mais harmonia, mais policiamento, mais paz, mais alegria, menos brigas, eventos esportivos, mais lojas, mais brincadeiras, mais amor, praias limpas, colocar barreira no mar para tirar o lixo, uma orquestra popular, melhorar as ruas e calçadas, reforma do Solar, um cineclube infanto-juvenil, a praça na cocheira, produtos mais baratos, mais parques para as crianças, mais trabalhadores no posto de saúde.

Essa é a primeira de muitas assembleias que a Morena irá realizar com os moradores, no intuito de construirmos uma proposta para o planejamento estratégico que será formulado para os próximos dez anos para Paquetá, no âmbito da Superintendência do Centro, à qual estamos vinculados. A próxima ocorrerá durante o Festival da Guanabara, dia 15/07, as 10 horas (ver programação nesta edição do Jornal A Ilha).

Agradecemos às crianças que participaram! As que não puderam comparecer podem ainda enviar desenhos, ideias e sugestões para o email:

Para a Escola Municipal Joaquim Manuel de Macedo, listaram: melhorar o banheiro e ter papel, garfo para comer macarrão, melhorar a apostila, liberdade para escolher o livro, melhorar a pintura, entregar o material logo, diminuir a carga horária, melhores temas para a redação na prova, mudar de professora a cada ano, aumentar o auditório.

am paque ta @ g m a il.c o m . Vamos encaminhar todas essas propostas para as instituições citadas e para a prefeitura para as devidas providências.

Para o Barreirinha, pedem: mais recursos, mais tatames, quimonos e faixas para o jiu-jitsu. O Municipal, segundo elas, precisa: melhorar o campo, mais dinheiro, melhorar a quadra, ter mais funcionários, melhorar os banheiros e o vestiário.


Claudio Santos

Claudio Santos

Claudio Santos

Claudio Santos

Claudio Santos

Stefano F igalo

Stefano F igalo

Stefano F igalo

Stefano F igalo

Claudio Santos

Stefano F igalo

Stefano F igalo

Stefano F igalo

Stefano F igalo

Stefano F igalo

Festa Junina: Preventรณrio


Stefano F igalo

Stefano F igalo

Stefano F igalo

Stefano F igalo

Claudio Santos

Claudio Santos

Antonio Carlos da Silva

Antonio Carlos da Silva

Claudio Santos

Antonio Carlos da Silva

Antonio Carlos da Silva

Antonio Carlos da Silva

Claudio Santos

Stefano F igalo

Festa Junina: CerqueirĂŁo


VIOLÊNCIA DOMÉSTICA A dor silenciosa que deixa marcas na alma Vânnia Barboza Quando me perguntam como é morar em Paquetá, apresento um sem número de privilégios. Porque viver nesta ilha tem sido um presente, mesmo saindo na primeira barca e voltando na penúltima, de segunda a sexta. Até porque nos sentimos honrados pelo índice de violência zero! Epa! “ zero?!?! Sim, se comparado a todo o Rio e Grande Rio. Não, porque este zero ,“entre aspas”, esconde entre os muros folhas e praças a violência doméstica em todos os seus graus. A imprensa registra diariamente esses dados e nem todos são apurados e/ou entram para a estatística. Se a cada 4 minutos uma mulher é vítima de violência no país e no mundo, neste momento muitas estão sendo brutalmente espancadas, e isso engloba nossa Ilha de Herança Cultural e dos Amores: Paquetá. Sem denúncia, ou com uma denúncia tímida que não chega a um exame de Corpo de Delito. Pouco se denuncia na nossa Ilha d Paquetá porque ainda há a visão de que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”. Pouco se denuncia no nosso lugar porque as vítimas, em sua maioria tem medo. E também sentem vergonha. De serem apontadas e julgadas pela comunidade pacata, observadora, mas que às vezes surpreende com meia dúzia de olhares inquisidores. Mais ainda.

Ciclo da violência contra a mulher

Pouco se denuncia porque a vítima acredita que o seu “algoz” não estava num dia muito feliz e que por isso “perdeu a cabeça”. E então, quando conseguem se expor saindo de casa, atribuem os ferimentos e marcas a quedas que nunca tiveram.

fitness, Ioga, na biblioteca, na Casa de Artes, nos restaurantes, nos bares, nos encontros entre amigos. Seja o tema da não violência motivo de reflexão e discussão nas nossas escolas, nos cultos religiosos de todos os tipos de fé.

É preciso denunciar a violência que já não se esconde mais por entre as folhas. Utilizar os meios divulgados pela imprensa. É preciso orientar as vítimas para que percam o medo e a vergonha. É necessário despertar nas mulheres o sentimento de Sororidade. É necessário viver a Sororidade em Paquetá. Porque mesmo que tenhamos opiniões, vidas e gostos diferentes, está na hora, mais que na hora, de nos unirmos para esclarecer e combater essa covardia.

Falar em violência zero hoje em Paquetá infelizmente ainda não se aplica, mas somos nós, homens e mulheres, responsáveis pela paz no nosso lugar. Essa mudança em cada lar de nossa ilha dos Amores já começou e você pode fazer a diferença.

Engana-se quem acha que um tapinha não dói. A dor que fica não é só física, a dor silenciosa e pior, é aquela que dói na alma. Há que se repensar a educação dos nossos meninos e meninas. Reeducar familiares que apoiam a violência e continuam reproduzindo padrões de agressividade. Ainda que o agressor precise de psicoterapia e tratamentos afins, há que ser denunciado. Faça valer os números 180 e o Disque Denúncia 2253-1177. Registre. Sejam esses assuntos discutidos em casa, nas famílias, nas associações, na Academia de Letras e nos encontros poéticos, no hospital, nas aula de

A Paz no Mundo começa em casa e uma vida sem violência é o direito de todas as mulheres! --

Vânnia Barboza Moradora apaixonada por Paquetá Radialista, produtora e apresentadora de programas de gênero Membro da Rede de Mulheres em Comunicação Presidente da Academia de Artes Ciências e Letras da Ilha de Paquetá


A dor é de todos nós O que fazer quando a violência parte de onde menos se espera Julia Sena Violência doméstica é todo tipo de violência que acontece entre membros de um ambiente familiar comum e engloba diferentes tipos de abuso, como físico, psicológico e sexual. Quando se pesquisa dados sobre este tipo de violência, as estatísticas remetem sempre à mulher, a maior vítima deste crime que aumenta no país e no estado. Números do Observatório Judicial da Mulher do Tribunal de Justiça do Rio revelam que no primeiro semestre de 2016 foram proferidas 4.498 sentenças relacionadas a crimes contra mulheres, um aumento de 33% na comparação com o primeiro semestre de 2015. Além disso, foram autorizadas mais de 9.500 medidas protetivas em favor de mulheres vítimas de violência doméstica. Outro dado mostra o tamanho do problema. No estado, as mulheres são vítimas em 70% dos atendimentos notificados como agressões físicas nas redes públicas de saúde entre janeiro de 2013 e junho de 2016, segundo o Mapa da Violência da ONU.

Hospital dá assistência Diretor da unidade de saúde há 5 anos, Diego Willer explica que o protocolo para esses casos é receber a vítima, tratar, notificar o ocorrido na área da saúde, encaminhar e monitorar. Perante a lei, o hospital não é obrigado a notificar o caso à polícia, e em muitos casos, a vítima não chega a dar parte do agressor, por medo ou vergonha, o que dificulta a adoção de medidas para interromper o abuso. - Em muitos casos é preciso acionar o Ministério Público ou o Conselho Tutelar. A comunidade nos cobra isso, mas temos um limite de atuação. Dos 17 casos que atendemos ano passado, dez eram reincidentes – conta Diego. Há 29 anos à frente do Serviço de Vigilância em Saúde, Olguimar Dias, explica que a obrigatoriedade de notificação no sistema de saúde dos casos de violência doméstica só se deu a partir de 2014.

Em Paquetá não é diferente. Em 2016, a Unidade Integrada de Saúde Manoel Arthur Villaboim (UISMA, Paquetá) notificou 17 casos – nove mulheres, cinco idosos, uma criança e um homem deram entrada no hospital vítimas de algum tipo de violência doméstica. Este ano já são dez casos – nove mulheres vítimas e uma tentativa de suicídio, classificada pelas unidades de saúde como violência ‘autoprovocada’.

- Foi quando se passou a ter uma real dimensão da violência no Brasil. Aqui na ilha, muitas vezes, a mulher acaba procurando o hospital porque sabe que vai ter uma notificação. Os idosos também são vítimas, mas chegam em menor número porque precisam da ajuda de alguém, muitas vezes são dependentes do próprio agressor. Já no caso das crianças e adolescentes, há um consenso de que bater em criança é normal, acho que por isso elas aparecem em terceiro lugar – acredita.

Na ilha, como em qualquer outro lugar, a violência doméstica é um problema que afeta todas as classes sociais, independente de idade, cultura ou religião.

Vale lembrar que a violência doméstica não atinge somente a vítima. Todos que convivem no ambiente

Violência doméstica no Rio de Janeiro Mulheres, idosos e pessoas com deficiência são principais vítimas

e presenciam agressões também são afetados. Essa pode ser uma das explicações para, por exemplo, o aumento no número de crianças que tem se automutilado. - A maioria delas é vítima de violência doméstica. A criança se automutila como uma forma de pedir ajuda. A família às vezes não vê isso como problema e a situação só se agrava - afirma Luisa Crespo Rodriguez, psicóloga da unidade há 3 anos. Denise Mureb, assistente social, trabalha há 15 anos no hospital. Para ela, existe uma coisa peculiar na Ilha: - O vínculo entre a comunidade é muito grande. As pessoas se sentem muito expostas porque todos se conhecem. Temos que criar estratégias para lidar com o tema. Não adianta organizar uma palestra sobre violência doméstica que não vem ninguém. Lidamos com a questão dentro das palestras da Saúde da Mulher – conta.

O que fazer? Se você é ou conhece alguma vítima de violência doméstica, não se cale, ligue para o Disque 100 do Ministério Público. O serviço é anônimo e gratuito. Nos casos específicos de violência sexual, a vítima poderá se dirigir ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, que mantém setor específico para vítimas de estupro e abuso sexual. Olguimar Dias alerta: - Violência infelizmente é comum, mas não é normal. Você não está só, denuncie!

Serviço Onde procurar ajuda?

Gabriela Morgado*

Gabriela Morgado*

Em 2015, 265 mulheres foram vítimas de violência doméstica na região que abrange parte do Centro da cidade, Lapa e Paquetá, como mostram dados do Instituto de Segurança Pública. O perfil médio das vítimas do município do Rio de Janeiro nesse ano foi de mulheres entre 30 e 59 anos (57,1%), com ensino médio completo (40,4%) e solteiras (51,8%). Segundo o Portal Brasil, o número de ligações para a Central de Atendimento à Mulher subiu 51% em 2016, em relação ao ano anterior. No país, 1.133.345 mulheres foram atendidas pela Central no ano passado. Desses atendimentos, 140.350 foram relatos de violência, sendo a violência física (50,7%) e a psicológica (31,8%) as formas com maior porcentagem de vítimas. Na maioria dos casos, o agressor é ex ou companheiro da vítima (65,91%). Mulheres negras representam 60,53% dos casos, enquanto mulheres brancas correspondem a 38,22% deles, segundo o balanço apresentado pelo Portal.

As mulheres em situação de violência devem se dirigir à delegacia ou Centro de Atendimento às Mulheres, para prestarem queixas e receberem ajuda profissional. Também podem telefonar para o Ligue 180, Central de Atendimento à Mulher, que funciona 24h por dia. A 5ª Delegacia Policial de Paquetá fica na rua Comendador Lage, no final da rua Coelho Rodrigues. O telefone é (21) 2334-7579. Para encontrar outras delegacias ou Centros do Rio de Janeiro, acesse o site: ht t p: / / ww w. cedi m. rj . gov. br/ s e r v ic o s .a s p

Ao mesmo tempo, as denúncias de violência contra idosos e pessoas com deficiência no Rio também aumentaram nos primeiros cinco meses desse ano em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a Agência Brasil, o Ministério Público do estado recebeu 1.406 denúncias, contra 611 em 2016. A maior parte das vítimas seria de mulheres, e os agressores, majoritariamente, membros da própria família. Todos os dados apresentados se referem a relatos e denúncias oficialmente registradas, sem levarem em conta os casos que não são denunciados e/ou levados a público.

Os idosos e pessoas com deficiência em situação de violência podem procurar a delegacia mais próxima ou locais de atendimento especializados, como: • • • •

Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção ao Idoso e à Pessoa com Deficiência. Endereço: Av. Marechal Câmara, 350 - 6º andar - Edifício Canavarro – Centro. DEAPTI – Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade. Endereço: Rua Figueiredo de Magalhães, 526 – Copacabana - Tel: (21) 2333-9260. Ligue Idoso - Ouvidoria da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos. Tel: 21-2299-5700. Disque 100 – Disque Direitos Humanos.

* E s t a g i á r i a s , s o b s u p e r v i s ã o d e Ta í s M e n d e s .


Corpus Christi em Paquetá A Igreja de Bom Jesus do Monte, tão bonita, ficou ainda mais bacana com toda a sua entrada atapetada de figuras criadas pelos fiéis, usando areia e outros elementos, como é tradição em vários pontos do Brasil no dia de Corpus Christi.

Fotos Vilma Leocádio



TUNEL DO TEMPO

Quando esteve no Brasil, em 1872, a célebre pintora botânica inglesa Marianne North fez alguns quadros na Ilha de Paquetá, como esta paisagem que será o nosso desafio este mês. Então responda: você consegue identificar que lugar é este? Mande a sua resposta para c a r ta s jo r n a la ilh a @ g ma il.c om

WALDERI MERCEARIA Frutas, legumes e verduras Congelados e laticínios em geral

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Para o Túnel do Tempo do mês passado, recebemos identificações de locais diferentes, embora um do lado do outro. Nosso expert Alberto Marques escreveu que “seria da Praia da Guarda, onde faz a curva ali na estação de tratamento da Cedae, em direção à Moreninha, trecho onde hoje fica a Comlurb”. E acrescenta que a foto foi tirada da entrada da Ponte da Saudade. Já Glênio Maciel diz: É o início da Praia da Guarda. Próximo à praça em frente ao Darke. Nota-se a RA a direita com os mastros da bandeira quando se dá zoom. Além da vista de toda a Praia da Guarda e ao fundo um pouco de Brocoió e a Moreninha. Correndo por fora, a opinião de Iale Falleiros: Praia dos Tamoios. E agora?

Pães doces e salgados Refeições de segunda a sexta

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Rua Cerqueira, 74 – Campo


Toni Lucena

Luz del Fuego e nossa luta Não sabemos o que Luz del Fuego diria ao ler a Edição nº 50 do Jornal a Ilha, que a homenageia. Mas enquanto leitoras dele e fãs dela, gostaríamos de romper nossa mudez. Nos interessamos por sua história de vida, por seus pensamentos, fascínios, por sua coragem e sobretudo suas ações políticas de enfrentamento ao cinismo e ao moralismo. Guiadas por este interesse, a capa da 50ª edição do Jornal a Ilha nos tomou de sobressalto. Enquanto moradoras da Ilha de Paquetá nos enveredamos curiosas pelas páginas, instigadas pela relação entre esta Ilha e a Ilha do Sol, entre as pessoas que acompanharam ou conviveram com Luz del Fuego e pelos episódios de sua passagem por Paquetá. Como mencionado na matéria publicada no jornal O Cruzeiro (1967), Luz del Fuego deixava claro aos visitantes de sua Ilha que atos indecorosos e palavras de baixo calão não seriam permitidas nos seus domínios. Nós também não os permitimos nos domínios de nossos corpos ou de qualquer outra mulher. E neste jornal, cabe? A pergunta que inicia a entrevista de Júlio Marques com Luiz Belo na última edição do Jornal A Ilha marca uma abordagem machista e ofensiva sobre a figura feminina: “Você comeu a Luz del Fuego?”. Esta é uma pergunta que também a nós não nos permite calar. Ler isso nos ofende. Aliás, não somos

“comida” a ser consumida. Luz del Fuego merece respeito, assim como todas as mulheres. Essa pergunta ofende, fere e magoa. É necessário que saibam disso (nos assusta ainda não saberem!). A entrevista segue conduzida lamentavelmente sob uma perspectiva que limita o que poderia ser dito sobre a vida da mulher, artista, naturista e ativista Luz del Fuego. Quando a vida e a obra de uma mulher, que marca o surgimento do naturismo e é ícone do feminismo no Brasil é reduzida à sua nudez em pleno 2017, percebemos o quão importante é Luz del Fuego e o quanto ainda é preciso avançar em termos da liberdade e respeito à mulher. O que mais interessa é se seu corpo era bonito ou excitante para os padrões da época ou para os nossos? Interessa o número de homens com os quais transou ou se relacionou? Não, a nós não interessa. Como dizia a mãe de Leila Martins (entrevistada na edição do Jornal a Ilha) Luz del Fuego fez suas escolhas e “ninguém tem nada com isso”. Além disso, nosso desinteresse se dá pelo fato de que somos todas mulheres e sabemos o peso da objetificação do corpo feminino nessa sociedade. Luz del Fuego também sabia. E a despeito de tudo isso, conseguiu transformar seu corpo em resistência, em uma arma política de luta em prol da liberdade – ainda por ser conquistada! Por isso, nos interessa menos o seu corpo nu e mais o que ela fez com sua própria nudez. O pensamento que objetifica a nós, mulheres, é o mesmo que sustenta a violência física, simbólica e psicológica contra nós. É o mesmo que sustenta a morte de muitas de nós. Queremos ser e estar em toda e qualquer situação, sem erotização dos nossos corpos, sem julgamentos a partir de supostos padrões de beleza, sem medo da violação e do assédio. Todos e todas somos responsáveis pela perpetuação ou mudança desses paradigmas. Através de nossos atos diários, mas também do que escrevemos e tornamos público.

a considerá-la como objeto erótico e sexual. Suas reflexões e ações nesse mundo propõem a construção de novos valores para uma sociedade mais humana e ecológica. Repudiamos a forma como Luz del Fuego é tratada na mencionada entrevista e a sua publicação na edição nº 50 do Jornal A Ilha, nas vésperas de completarem 50 anos de sua morte. Aline Oliveira de Sousa Ana Cláudia Bastos Cleide Diniz do Couto Cleo Carvalho Duarte Carneiro Damiana Bregalda Jaenisch Fernanda Ferreira Pradal Helayne Araujo Diniz Joelma M. Batista de Araujo Lara Monnerat Paciello Luiza Dias Flores Luiza Boechat de Brito Barbosa Luísa Orphão de Souza Marcella Leal Crispim de Carvalho Mariana Sousa Borges Natália Troise Neira Natasha Troise Neira

Luz del Fuego e a polêmica As pessoas tem de aprender a ler sem ideias pré- concebidas, se despindo de preconceitos exatamente como a Luz. Aprende-se mais embora seja compreensível que cada um de nós carregue nas palavras o peso de nossas vivências. É claro que eu sabia da resposta porque conhecia a história da Luz Del Fuego. A resposta era NÃO, porque ela não era alimento. Ela era uma libertária, não um ser humano fraco e vacilante. Era uma pessoa que acreditava em suas idéias, acreditava na nudez e não só na ausência de roupas mas de mascaras também. E pagou um preço alto por isso, com a própria vida. A pergunta inicial era importante para deixar isto muito claro. E deixa.

“O nudismo só pode ser entendido por aqueles que possuem mente sadia”, dizia Luz del Fuego. Convidamos a todos e a todas que dispam seus corpos das roupas de preconceito que os impedem de considerar a coragem, a irreverência e o poder de uma mulher como Luz del Fuego, limitando-se

Pena que algumas pessoas não entenderam nada.

O Preventório Rainha Dona Amélia, organização privada de cunho assistencial, realiza um trabalho essencial para as famílias, mas atende a partir de 2 anos de idade. Desta forma as famílias paquetaenses ficam desassistidas até os dois anos da criança.

O grupo atualmente busca apoio de parlamentares para a realização de uma audiência pública em agosto na Ilha, a fim de buscar medidas efetivas para solução deste crescente problema.

Enfim, ela era polêmica em vida e pelo jeito continua. Muito tem de ser andado para que todos possam entendê-la. Júlio Marques

Cresce necessidade de Creche Ana Claudia Gondim & Natasha Troise Desde março 2016 um grupo de mães da Ilha de Paquetá se mobilizou para que a demanda pela creche para os seus bebês de 0 a 2 anos fosse ouvida pelo poder público. Havia 70 criança e 18 gestantes. Em um último levantamento em abril de 2017, junto à unidade pública de saúde hospital Manoel Arthur Villaboim, foi recolhido um documento que declara estarem inseridas na Saúde da Família 110 crianças de 0 a 2 anos, além de estarem em acompanhamento pré-natal 34 gestantes. Atualmente, a Escola Municipal Joaquim Manoel de Macedo atende somente crianças a partir de 3 anos.


ALFREDO Quentinhas, Tortas, Salgados, Encomendas

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crônicas de paquetá A VIDA É COMO ELA É Julio Marques VAI DAR MERDA !!!! Sei que esse é um jeito desagradável de dizer mas ... o cenário é esse. Não vivemos um bom momento e pouco adianta apontar as culpas. Claro que foram levianos os batedores de panela pensando que asfaltavam seus caminhos à Miami. Mas também foram os que não souberam ou quiseram barrar essas loucuras. A Carioca, com ou sem razão não sei, não concluiu as obras de saneamento de Paquetá. Não completou as ligações destruindo um sistema que já era precário e, Inevitavelmente, teremos o "verão do cocô". Procurando um falso equilíbrio fiscal aprofundamos o desequilíbrio. Da corda bamba nós nos estatelamos no chão em um misto de má fé e estupidez. Mas sempre estupidez,

Embora a vida siga seus rumos tem quem queira que o circo pegue fogo, só que com a grana deles lá fora e nós todos aqui dentro. Parece que apagaram o Brasil do mapa . Para completar dá prá sentir que o mundo todo enlouqueceu, tudo parecendo desmoronar. Só se vê guerras e atentados na televisão, atropelamentos de multidões nas pontes de Londres e esfaqueamento em massa de adolescentes em Paris. Pelos jornais, seja na Baixada ou em uma cidadezinha americana, a ganância incendeia prédios e pessoas são metralhadas. Mundo maluco diria a Nega Luisa passeando pela Moreninha.

E não me venham dizer que a Utopia morreu porque o Darcy Ribeiro já dizia que a UTI é que é o verdadeiro inferno. Estamos vivendo uma grande rebordosa depois de uma noitada na Praça Mauá, diria meu amigo Birulinha. Tudo em nome da harmonia entre o excesso de grana e a vontade de ganhar mais com medo de perder tudo. Pena que a Moça da Saia Curta só quer assistir o NETFLIX e até o futebol tenha se transformado em trapaça mafiosa onde até o FBI quer prender o presidente da CBF.

Que saudades da Bundinha Feliz que não sai mais de casa e da Beldade da Comlurb que arrumou horários incompatíveis com os meus. Eu quero a normalidade de volta, eu quero que a DILMA VOLTE. Julio, intranqüilo mas sabendo que o caos é prenuncio de coisa nova.

um passeio em pqt

O contorno do litoral pode ser feito a pé em 45 minutos, sem correria nem paradas. De bicicleta, leva cerca de 25 minutos. AÇ

AD

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Logo na saída da estação das barcas na ilha, à direita, um painel oferece algumas opções de roteiros turísticos.

Paquetá > Praça XV

Pontos turísticos

Prá completar, ainda por cima, a Globo quer me fazer torcer pela Chapecoense. Aí já é demais.

PR

Paquetá está no município do Rio: não é preciso DDD nas ligações para a capital.

muita, porque, como diz a Jaqueline Kelly, tem gente que se acha chinelo da Nike mas são as havaianas que todos usam.

Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 07:30 > 08:20 09:30 > 10:20 11:30 > 12:20 14:30 > 15:20 16:30 > 17:20 18:30 > 19:20 19:30 > 20:20 21:00 > 21:50 23:10 > 00:00 FdS e feriados 06:00 > 07:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 23:30 > 00:40

Praça XV > Paquetá Dias Úteis 05:30 > 06:20 06:30 > 07:20 08:30 > 09:20 10:30 > 11:40 13:20 > 14:10 15:30 > 16:20 17:30 > 18:20 18:30 > 19:20 20:00 > 20:50 22:15 > 23:05 00:00 > 00:50 FdS e feriados 04:30 > 05:40 07:00 > 08:10 08:30 > 09:40 10:00 > 11:10 11:30 > 12:40 13:00 > 14:10 14:30 > 15:40 16:00 > 17:10 17:30 > 18:40 19:00 > 20:10 20:30 > 21:40 22:00 > 23:10 00:00 > 01:10

Igreja Bom Jesus do Monte Caramanchão dos Tamoios Canhão de Saudação a D. João VI Árvore Maria Gorda Praças e parques Preventório Rainha Dona Amélia Pedro Bruno Escola Pedro Bruno Fernão Valdez Telefones úteis Poço de São Roque Atobás (Quadrado da Imbuca) Barcas (estação de Paquetá) - 3397 0035 Coreto Renato Antunes Tiês Barcas (central de atendimento) - 0800 7211012 Capela de São Roque Lívio Porto (Ponta da Ribeira) Bombeiros - 3397 0300 Cedae - 3397 2143 (água) / 3397 2133 (esgoto) Casa de Artes Mestre Altinho Comlurb - 3397 1439 Pedra da Moreninha Bom Jesus do Monte Farmácia - 3397-0082 Ponte da Saudade Manoel de Macedo Gás (fornecimento de bujão) - 3397 0215 Pedra dos Namorados São Roque Hospital (UISMAV) - 3397 0123 / 3397 0325 Casa de José Bonifácio Ex-Combatentes Light - 0800 282 0120 Mirante do Morro da Cruz Alfredo Ribeiro dos Santos Oi Telemar - 3397 0189 Cemitério de Paquetá Pintor Augusto Silva PM - 3397 1600 / 2334 7505 Em negrito, horários com barcas Cemitério dos Pássaros Parque Darke de Mattos Polícia Civil - 3397 0250 abertas (tradicionais). Em itálico, os horários previstos de chegada. Farol da Mesbla Parque dos Tamoios XXI R.A. - 3397 0288 / 3397 0044

Localidades

Viracanto Levas-Meio Rua dos Colégios Ladeira da Covanca Morro do Buraco

(Morro do Gari)

Pau da Paciência Árvore do Sylvio Colônia Cocheira Morro do Pendura Saia Morro do PEC

(Morro da Light)

Rua Nova Colônia da Mesbla Curva do Vento Beco da Coruja

Serviços

Banco Itaú Banco do Brasil e Caixa Econômica (Loja lotérica)

Hospital (UISMAV) (3397.0123 / 0325)

Aparelhos de ginástica (jovens e maduros)

Aparelhos de ginástica (idosos)

Mesas para pic-nic ou jogos Mictórios Farmácia (3397.0082) Brinquedos infantis


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