ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR
Quinta-feira, 10 julho 2025 | Ano 23 - Nº 3883 | R$ 5,00 (dia útil) R$ 9,00 ( m de semana)
Quinta-feira, 10 julho 2025 | Ano 23 - Nº 3883 | R$ 5,00 (dia útil) R$ 9,00 ( m de semana)
Alta de 17,9% da produção local mantém posição histórica. Economistas pedem atenção à
Mesmo com o crescimento interno, o Vale permanece como a 8ª maior economia entre as 28 regiões do RS, com uma participação de 3,28%. O volume de R$ 19,1 bilhões em 2021 demonstra a força das dinâmicas produtivas, em especial do setor alimentício. Ainda assim, há campo
para mais. Analistas alertam à falta de profissionais com qualificação, baixa renda média e dependência de insumos externos. Para avançar, caminho passa por agregar valor, investimento em pesquisas para criar um selo regional próprio.
CRIMES EM ESTRELA Dois homicídios em menos de 24 horas mobilizam autoridades
Na terça-feira, 8, uma mulher foi vítima de feminicídio e autor do crime foi preso em Porto Alegre. Ontem, 9, um ataque no centro da cidade resultou na morte de um homem. Município busca apoio do Estado para reforçar segurança.
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Depois de anos de promessas frustradas da tão aguardada pavimentação da ERS-129, no trecho entre Colinas e Roca Sales, governo renova promessas e garante início das obras ainda neste ano. O investimento previsto é de R$ 56 milhões, contemplando a pavimentação de seis quilômetros de estrada de chão e a recuperação do trecho já asfaltado. A via é estratégica para o Vale do Taquari, conectando regiões altas e baixas e recebendo grande fluxo de veículos — especialmente após a queda da ponte na ERS-130.
Alexandre Dentee e o lho são moradores da comunidade de Fazenda Lohmann. A placa anunciando a obra foi colocada em 2018 e está com informações defasadas
OPINIÃO
RODRIGO
MARTINI
Do consenso a indecisão, Vale precisa se reorganizar no debate das concessões
OPINIÃO
VINI
BILHAR
Convenção qualifica agricultores e reforça potencial do setor
BAIRRO SÃO CRISTÓVÃO Nova rótula é alternativa para dar mais fluidez ao trânsito
Construção de rotatória visa minimizar um dos principais gargalos do bairro, no cruzamento da avenida Piraí com as ruas Coelho Neto e Guanabara. Medida faz parte de ações do governo de Lajeado para avanços na mobilidade urbana.
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ABRE ASPAS
Os dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) revelam crescimento e também expõem limitações estruturais. Com um aumento de 17,9% entre 2020 e 2021, atingindo R$ 19,1 bilhões, a região demonstra resiliência diante dos impactos da pandemia.
Já a participação de 3,28% no PIB gaúcho mantém-se estável, indicando que, embora o Vale não perca espaço, também não avança. Esse desempenho é motivo para uma análise sobre os caminhos voltados ao desenvolvimento.
“(…) o Vale tem potencial para ocupar um lugar mais destacado na economia gaúcha, mas isso exigirá planejamento e associação entre investimentos privados e políticas públicas.”
A indústria de alimentos, motor da economia regional, tem papel fundamental. Isso também revela uma dependência que pode se tornar vulnerabilidade. A diversificação produtiva é essencial para reduzir riscos e ampliar oportunidades.
Outro ponto de atenção é a renda per capita, estimada em cerca de R$ 4,2 mil mensais. O volume de produção não se traduz em ganhos significativos para a população, em especial nos municípios menores, onde a desigualdade de renda persiste como um problema não resolvido. A dependência de insumos externos reforçam a necessidade de estratégias que aumentem o valor agregado dos produtos locais. Deste modo, importante ressaltar que o Vale tem potencial para ocupar um lugar mais destacado na economia gaúcha, mas isso exigirá planejamento e associação entre investimentos privados e políticas públicas. Sem conhecimento, a necessidade será sempre de produzir mais, em vez de produzir melhor.
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Diretor Executivo: Adair Weiss
Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss
“Pretendo
VitóriaEduardaTremarin Grando,19,éguaporensee sepreparapararepresentar aregiãodaUvaeVinho noconcursoSoberana doTurismodoRS.O eventoiniciahoje,10,em Guaporéesegueaté domingo,13,ondereúne asrepresentantesdas27 regiõesturísticasdoEstado emumacelebraçãoda cultura,diversidaderegional epotencialidadesdoturismo gaúcho.Estudantede DireitoeCiênciasContábeis, modelofotográ cae empreendedoranoramo detransportescoma família,Dudacontasobre asexpectativasparaesse momentotãoesperadoea preparaçãoqueseguenos bastidores
Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br
O que significa representar a Região da Uva e Vinho nesse evento, ainda mais sendo em sua cidade natal?
Para mim, é uma grande honra representar a minha querida Região da Uva e Vinho neste concurso tão prestigiado. Sinto-me ainda mais emocionada por ele acontecer justamente na minha cidade natal. Encaro isso como uma oportunidade única de mostrar a todo o Estado o potencial de Guaporé e de toda a nossa região. Quero levar comigo essa essência não apenas durante a competi-
ção, mas em cada momento em que eu tiver a chance de representar quem somos.
Como você descreveria a essência da região para quem nunca a visitou?
Descreveria a região Uva e Vinho como uma terra que respira cultura e transborda tradição. Um lugar onde temos o encanto da natureza em perfeito equilíbrio com as construções e infraestrutura para o turismo. Quem visita esta região com toda certeza vai embora com a certeza de que voltará.
Como sua trajetória até aqui te preparou para esse momento?
A minha profissão como modelo fotográfica ajudou muito no preparo, afinal tenho uma desenvoltura perante câmeras e público que foi construída ao longo dos anos. Além disso, a comunicação sempre foi minha paixão, tanto verbal quanto visual. Sou novata no mundo dos concursos, mas darei o meu melhor, e posso afirmar que estou sendo muito
bem preparada.
Como você espera se conectar com as representantes das outras regiões turísticas?
Fazer amizades com facilidade sempre esteve no meu repertório. Adoro compartilhar informações, trocar ideias, afinal acredito que sempre temos algo novo a aprender. Minha expectativa é muito positiva a respeito do entrosamento com as outras candidatas, até porque o concurso será sediado em minha cidade, e pretendo honrar a fama de Guaporé como “Capital da Hospitalidade”.
Que mensagem você gostaria de deixar para o público que vai acompanhar?
Estou muito feliz e orgulhosa diante de tanta gente apoiando este sonho. Prestigiar este evento não é somente gostar de moda e beleza, mas sim promover o turismo de nosso Estado e honrar nossa cultura e tradição. Obrigada a todos que irão acompanhar e prestigiar.
COLETA EM LAJEADO
Gláucia Schumacher reconhece problemas, projeta recebimento de estudo técnico em 12 dias e licitação para agosto. Eder Spohr (MDB) defende investigação sobre atuação de empresa contratada emergencialmente
Henrique Pedersini
henriquepedersini@grupoahora.net.br
LAJEADO
Próximo de completar três meses desde a troca na empresa responsável pelo recolhimento de resíduos sólidos, continuam as reclamações sobre o serviço, em especial, nos bairros mais distantes da área central de Lajeado. A insatisfação impulsiona a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta por Eder Spohr (MDB), na sessão da câmara desta quarta-feira, 9.
De acordo com o vereador, o atendimento piora a cada semana e as queixas se acumulam para a empresa Coleturb Soluções Ambientais, com atividades desde 12 de abril, após o fim do vínculo com a empresa anterior. “Vou fazer um requerimento para ver a possibilidade de fazermos uma CPI. Conversarei com os colegas porque do jeito que está não dá mais, a comunidade espera por uma solução”, acrescenta.
A empresa foi colocada lá para ficar seis meses, queremos reduzir este tempo. Mas não pode ser o mesmo edital pois teremos os mesmos problemas”
Ainda na câmara, uma comissão especial foi criada para debater aspectos a serem incluídos no contrato definitivo. A proposta é que o documento enviado ao Executivo sirva de base para as exigências às empresas participantes do processo. Os trabalhos são coordenados por Heitor Hoppe (PP) que, apesar de integrar a base de governo, é crítico ao contexto atual do recolhimento de lixo.
Em junho a gerente-geral da Coleturb, Elisângela Amaral, participou de reunião com os vereadores e admitiu falhas no trabalho e relacionou as dificuldades com o excesso de faltas ao trabalho dos coletores e os problemas mecânicos sucessivos em caminhões que percorrem o município. Entretanto, a representante da empresa reiterou que a quantidade de resíduos recolhidos atende ao previsto no contrato emergencial.
Assunto tratado de manei-
- Em 12 de abril a Coleturb Soluções Ambientais iniciou o recolhimento por meio de contrato emergencial
- Na primeira semana, moradores queixaramse da quantidade de lixo acumulado em diversas partes do município
- A empresa alegou problemas em admitir os colaboradores da empresa anterior e na contratação da mão de obra
- Ainda em abril o MP acionou a Coleturb e o município para debater soluções. O assunto é acompanhado pelo promotor João Pedro Togni
- Durante maio, o governo de Lajeado contratou um estudo técnico para analisar o modelo adequado de recolhimento dos resíduos sólidos
- Em 12 de junho, a empresa prometeu ampliar o número de caminhões e intensificar a fiscalização sobre a operação diária
- Nesta semana Eder Spohr (MDB) cogitou uma comissão na câmara e a prefeita Gláucia Schumacher estimou par agosto a licitação definitiva
ra prioritária no gabinete e na secretaria de Meio Ambiente, as dificuldades no recolhimento de resíduos motivou o pedido de um
estudo técnico para uma empresa especializada. A expectativa é que a devolutiva para o governo ocorra no próximo dia 22 de julho. A partir disso, a ideia é intensificar os trâmites para a licitação.
Em acompanhamento nas últimas semanas, a prefeita constatou a ausência frequente de trabalhadores na coleta. Em um exemplo trazido pela gestora, dos 16 profissionais, oito apareceram para trabalhar.
“A empresa foi colocada lá para ficar seis meses, queremos reduzir este tempo. Mas não pode ser o mesmo edital pois teremos os mesmos problemas”, conclui. Gláucia prevê a necessidade de uma mudança cultural para que o recolhimento em todos os locais não seja necessário diariamente.
Inspiração em Curitiba
Ao mesmo tempo em que busca soluções imediatas e espera pelo estudo especializado, Lajeado
Conversarei com os colegas porque do jeito que está não dá mais, a comunidade espera por uma solução”
enviou uma comitiva para Curitiba, no Paraná, onde os integrantes da administração liderados pelo secretário de Meio Ambiente, Luis Benoit, conhecem o modelo considerado referência nacional em recolhimento e destinação de resíduos. Entre as estratégias desenvolvidas na capital paranaense, estão o trabalho de conscientização e separação adequada em parceria com a comunidade.
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
Odebate sobre a concessão das rodovias estaduais à iniciativa privada se arrasta por quase 10 anos. Em 2016, com apoio da maioria dos deputados, o governo estadual conquistou na assembleia gaúcha o direito de conceder, por conta própria, as vias do Estado para empresas ou concessionárias legalmente habilitadas para tal serviço. Incluindo a malha viária sob responsabilidade da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), a estatal criada pelo ex-governador Tarso Genro (PT) há mais de 10 anos, e responsável pela cobrança de pedágio nas praças físicas de Encantado, Cruzeiro do Sul e Boa Vista do Sul. No Vale do Taquari, e após concluir outras concorrências públicas, o governo estadual intensificou os debates
públicos a partir de 2020. E as intensas negociações entre representantes regionais e equipes do governador Eduardo Leite (PSD) surtiram bons frutos. Redução de tarifa, cobrança mais democrática por meio do free flow – evitando que a conta final sobrecarregue as comunidades impactadas pelas atuais praças físicas –, inclusão e revisão de obras e aumento do aporte do Funrigs foram avanços significativos. Mesmo assim, e isso está cada vez mais latente – e popular –, a insatisfação ainda reina no Vale. Diante de tanta pressão via redes sociais, da resistência do governo em atender mais demandas e prestar mais informações, e também da predominância de interesses locais em detrimento aos interesses regionais em determinados momentos, a impressão
é de que a certeza e o consenso de outrora deram lugar à indecisão e ao embaralho dos propósitos. O Vale já não compreende bem o que quer aos próximos 30 anos. A governança regional, tão bem articulada no início dos debates, está fragmentada e as falas públicas de alguns líderes já não batem mais com as próprias falas nos bastidores. O receio passou a dominar as ações. Para piorar, a proximidade entre os atores do Vale e do governo estadual já não é a mesma de meses atrás. Os encontros diminuíram. Os diálogos, também. Diante do quadro atual, o governador precisa repensar o prazo de lançamento do edital e aguardar o Vale se reorganizar e se reposicionar. Caso contrário, há risco inclusive de judicialização do processo. E aí todos perdem...
Tarifa barata, muitas obras de infraestrutura e, por fim, impacto positivo nas urnas. Esse seria o combo perfeito, um arco-íris para os agentes públicos que precisam definir o futuro da logística regional e estadual para os próximos 30 anos e, ao mesmo tempo, dependem da
opinião popular para se manterem nos desejados cargos públicos. Entretanto, e diante da força das redes sociais e da facilidade de aumentar o capital político por meio das narrativas “anti pedágio”, a tendência é que muitos políticos que até pouco tempo eram
favoráveis à concessão passem a se manifestar de forma oposta a partir de agora. Sendo mais direto, muitos já não pensam na logística, no desenvolvimento e na segurança viária de motoristas, pedestres e ciclistas. Eles estão mais preocupados com as urnas.
- Vereador de oposição, Ederson Spohr (MDB) ventila a possibilidade de articular uma CPI para acompanhar o processo de concessão do serviço de recolhimento de lixo, e também o contrato emergencial firmado recentemente pelo governo de Lajeado.
- Sobre isso, e durante entrevista a Rádio A Hora, ontem, a prefeita Gláucia Schumacher (PP) recebeu com naturalidade o posicionamento do vereador do MDB e reforçou que o município aguarda para o dia 22 de julho a entrega do estudo referente ao novo modelo de serviço. E ela quer lançar o edital de licitação em agosto.
- Presidente da câmara de Lajeado, Ana da Apama (PP) convidou os promotores Sérgio Diefenbach e João Togni para um debate em plenário sobre o Marco Regulatório do Saneamento e os impactos na rede de abastecimento de água e esgoto da cidade. Aliás, a sessão de terça-feira contou novamente com a presença de representantes das chamadas “associações de água”.
- Também em Lajeado, alguns motofretistas estão incomodados com a recente cobrança, por parte do Departamento de Trânsito, de normas e regras já definidas pelo Conselho Nacional de Trânsito. Entre essas, os cursos para os profissionais do trânsito e também adequações nas motocicletas. Há previsão, inclusive, de um protesto por parte dos chamados “motoboys”.
- Ex-vereador e candidato a prefeito em 2024, Carlos Ranzi (MDB) tem acompanhado as sessões da câmara de Lajeado e está muito bem inteirado sobre os processos avaliados pelos legisladores. Ou seja, segue “ligado” com o que ocorre na cidade. E eu pergunto: você tem acompanhado os passos de outros candidatos (as) derrotados na sua cidade em 2024? Onde eles estão? O que está fazendo?
Escrevi e reforço: vereador que assume como secretário deveria perder o mandato legislativo. Ora, o sujeito faz campanha, recebe até dinheiro público para tal, e no fim das contas abre mão do próprio cargo eletivo para assumir uma vaga comissionada no Executivo. Têm vereadores reeleitos que só de passagem conhecem o plenário da câmara. Virou prática: conquistar capital eleitoral como secretário municipal e depois concorrer para
ajudar na nominata do partido e atrapalhar os planos da oposição. Sobre isso, aliás, a câmara de Venâncio Aires chegou a debater uma alteração na Lei Orgânica. A proposta de emenda foi apresentada no ano passado pelo vereador Ezequiel Stahl (PL), e previa a perda de mandato para o parlamentar que optar por uma função no secretariado. No entanto, a matéria acabou por ser arquivada e nunca mais se tocou no assunto...
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Estrela, já sob responsabilidade do ex-prefeito Rafael Mallmann. vai ocupar parte do espaço utilizado pela Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) dentro do antigo complexo da Cervejaria Polar, no centro da cidade. Sobre isso, é importante lembrar
que as reuniões costumam ser itinerantes e, portanto, não haverá tantos impactos. Mesmo assim, os gestores – incluindo a prefeita de Estrela, Carine Schwingel – já trabalham para viabilizar uma sede conjunta à Amvat, à Amturvales e também à Avat. E já existe um terreno disponível em Estrela.
Representatividade local de 3,2% frente ao Estado mantém patamar histórico. Economistas analisam riscos e tendências. Aumentar a renda per capita, com redução de custos nas cadeias locais, associado a mais industrialização são os desafios
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
Aindústria de alimentos como principal motor econômico regional reduz riscos de quedas abruptas. Junto com isso, a diversidade produtiva e os serviços consolidados, fazem com que o Produto Interno Bruto (PIB) do Vale do Taquari tenha passado dos R$ 19,1 bilhões. Por se tratar de um indicador complexo, o cálculo tem uma defasagem temporal. Os dados apresentados se referem a 2021. Na comparação com o ano anterior (R$ 16,2 bilhões em 2020), houve um crescimento de 17,9%, acima da inflação acumulada no período – de 15,4%.
Apesar da alta, a participação referente ao total do RS seguiu estável, em 3,28%. Segundo a economista e presidente do Codevat, Cintia Agostini, o avanço é positivo sem interferir na posição histórica do Vale. “Desde os anos 2000, a nossa participação oscila entre 3% e 3,3%. Isso mostra que
Lajeado R$ 5,5 bi 18º
Venâncio Aires R$ 3,7 bi 28º
Estrela R$ 2,1 bi 55º
Teutônia R$ 1,5 bi 76º
Arroio do Meio R$ 1,5 bi 78º
Encantado R$ 1,1 bi 94º
Taquari R$ 1,094 bi 101º
Roca Sales R$ 576 mi 154º
Cruzeiro do Sul R$ 533 mi 162º
Imigrante R$ 519,1 mi 167º
Há empresas com planos de crescimento, mas que não conseguem contratar. Some a isso a taxa de juros elevada e temos um cenário que dificulta investimentos. Também precisamos ver os números agregados. Temos municípios com PIB alto, mas salário médio formal muito baixo. A desigualdade de renda também precisa entrar no debate.”
temos uma economia dinâmica, mas que cresce na mesma velocidade das demais regiões. Não perdemos espaço, mas também não ganhamos”, frisa. Para ela, os dados revelam estabilidade. “Apesar das crises, pelo período pós-pandemia, con-
Participação no PIB estadual por região:
1º – Metropolitano: 22,6% 2º – Vale dos Sinos: 11,78%
– Serra: 10,94%
– Sul: 6,31% (representam 51,5% do RS) 8º – Vale do Taquari: 3,28%
seguimos manter nossa representatividade. Isso não é estagnação, pois demonstra resiliência frente a cenários desafiadores.” Frente aos demais Conselhos de Desenvolvimento (Coredes), o Vale ocupa a 8ª colocação entre 28 regiões. Os quatro primeiros no ranking (Metropolitana, com 22,6%, Vale dos Sinos, 11,7%, Serra, 10,9% e Sul, 6,3%) somam 51,5% da produção econômica gaúcha.
A economista e professora da Univates, Fernanda Sindelar, aponta que o desempenho da região durante e após a pandemia se deve, em grande parte, à estrutura produtiva local. “Somos uma região industrial, de transformação. Esses setores não pararam tanto quanto os de serviços durante o auge da pandemia. Por isso, conseguimos manter um bom desempenho em
Investir em pesquisas para agregar valor aos produtos de empresas da região. Especialistas afirmam que conhecimento é a forma de mudar patamar da geração de riquezas
2020 e avançar em 2021.”
Pelo acompanhamento histórico, o Vale cresceu 6% entre 2019 e 2020, enquanto outras localidades recuaram. “A região Metropolitana, por exemplo, teve queda. O que mostra que temos uma estrutura econômica resiliente.”
Na análise dela, um limitador está na oferta de mão de obra especializada. “Crescer não é produzir mais. Também é preciso investir e ter mão de obra qualificada, o que hoje está em falta.”
Segundo Fernanda, o déficit de profissionais especializados lidera como entrave à expansão regional.
Para o economista e empresário Ardêmio Heineck, o crescimento
2020: R$ 16,2 bilhões
2021: R$ 19,1 bilhões
Variação: +17,9%
regional precisa vir acompanhado de autocrítica. “Temos que parar de achar que o Vale é a Canaã (terra prometida). Sim, somos uma das melhores regiões para viver e produzir. Mas isso não garante nada. Não podemos nos acomodar nessa ideia de que está tudo certo.”
Para ele, o futuro regional precisa de audácia. “Temos que ousar mais, explorar áreas como o turismo rural, agregar valor na agricultura familiar e criar condições para as pequenas e médias empresas crescerem. Isso passa por crédito, apoio técnico e infraestrutura.”
ARDÊMIO HEINECK
O Vale tem potencial, localização estratégica e dinâmica produtiva. Mas não podemos nos acomodar. Precisamos ousar mais, agregar valor, apoiar inovação e buscar protagonismo. A reconstrução precisa olhar para as pessoas e para os pequenos. E temos que cobrar do Estado e da União sensibilidade com a nossa realidade.”
O consultor e economista Fernando Röhsig acrescenta ao debate a renda per capita. Pelos cálculos dele, com a estimativa de 380 mil habitantes, a renda anual gira em torno dos R$ 50 mil por ano (Algo perto dos R$ 4,2 mil ao mês).
“Isso precisa ser um ponto de atenção. Temos muito volume produtivo, principalmente na cadeia de alimentos e limpeza, mas o valor agregado é baixo. Importamos
Temos a percepção de que temos uma economia dinâmica, porém, nem sempre isso se reflete em números. O Vale é vibrante, com características muito próprias, e isso é positivo. Mas é preciso ter atenção. O crescimento foi bom, acima da inflação. Mas nossa representatividade continua igual.”
milho, soja, fertilizantes, e ainda dependemos de estrutura logística externa. O produtor trabalha, mas não participa da formação do valor final. Isso é estrutural e não se resolve apenas com eficiência produtiva.”
Uma das saídas, segundo Röhsig, está em criar uma identidade territorial forte, capaz de gerar valor de mercado. Ele defende a criação de denominações de origem e selos geográficos para produtos típicos do Vale.
“O Chile conseguiu transfor-
Temos muito volume produtivo, principalmente na cadeia de alimentos e limpeza, mas o valor agregado é baixo. Importamos milho, soja, fertilizantes, e ainda dependemos de estrutura logística externa. O produtor trabalha, mas não participa da formação do valor final. Isso é estrutural e não se resolve apenas com eficiência produtiva.”
mar as frutas e vinhos em marcas globais. Não é só qualidade, é percepção de valor. E isso começa com uma identidade bem definida. Podemos ter o nosso selo, nosso diferencial. Algo que diga: este produto é do Vale do Taquari.” Essa estratégia, avalia, pode trazer sustentabilidade à economia, em especial em um cenário de eventos climáticos frequentes. “Não controlamos a seca ou a enchente. Mas podemos controlar como apresentamos nossa produção ao mundo.”
vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
AAgroklein, uma das principais empresas do setor no agronegócio da região, realizou recentemente uma convenção com foco na qualificação de agricultores, revendas parceiras e interessados na área de nutrição animal. O evento abordou, principalmente, novidades sobre silagem, tema central da programação.
Segundo o Gerente Comercial Marcelo Klein, o objetivo foi ampliar o repasse de informações técnicas tanto para produtores quanto para os consultores da marca. Segundo Klein, o cenário é de reconstrução no Vale do Taquari, pós-enchentes, e o agro enfrenta desafios. O produtor de grãos, em sua maioria, lida com endividamento. Já o setor leiteiro apresenta leve recuperação, mesmo com preços baixos.
Com mais de três décadas dedi-
cadas ao setor, a Agroklein reforça que, embora fatores externos como dólar e commodities não possam ser controlados, é possível melhorar processos e escolhas
produtivas dentro da propriedade. O encontro reforçou esse compromisso: apoiar o produtor com conhecimento técnico para avançar da porteira para dentro.
Uma ação conjunta entre produtores de Pinto Bandeira e a Scapini Transporte e Logística resultou na doação de cinco toneladas de caqui ao programa Mesa Brasil, do Sesc Lajeado. As frutas foram colhidas em bom estado pelas empresas Frutas Rubbo e Frutti Qualitá e transportadas de forma solidária até Lajeado.
A nutricionista Juliette Carvalho destaca que a quantidade superava a capacidade da unidade móvel do programa, o que motivou a parceria. As doações beneficiaram dezenas de instituições sociais atendidas pelo projeto.
Aeroportos - O Aeroporto Internacional de Brasília conquistou a 4ª colocação no ranking global da AirHelp Score, divulgado nesta terça-feira (8). Único brasileiro no Top 10, o terminal teve nota 8,47, com destaque para pontualidade (8,6), qualidade do serviço (8,3) e alimentação e lojas (8,2).
Horário de verão - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) voltou a sugerir o retorno do horário de verão como medida para enfrentar a crescente dificuldade de suprimento de energia no horário de pico. A proposta consta no Plano da Operação Energética 2025–2029, lançado nesta terça (8), e pode se tornar “imprescindível” caso o cenário não melhore nos próximos meses.
O novo empreendimento da Lyall Incorporadora, foi lançado esta semana. O projeto é voltado a profissionais liberais e investidores que buscam espaço para atuação ou ampliação de negócios. Com 230 salas comerciais, mais de 200 vagas de estacionamento (incluindo rotativo), o edifício terá 25 pavimentos e fachada 100% em pele de vidro, além de pé-direito elevado e o mais alto padrão construtivo já empregado pela construtora em prédios comerciais. Localizado em terreno privilegiado na avenida Piraí, o Summit representa um investimento estimado em R$ 109 milhões e deve gerar entre 130 e 150 empregos
diretos nos próximos cinco anos. Segundo Gustavo Lucchese, sócio da empresa, “esta é a última oportunidade em frente à praça, ideal para quem esperava o momento certo para investir ou trazer seu negócio para o Novo Centro de Lajeado.”
Com forte adesão já no lançamento, mais de 50% das unidades foram comercializadas no primeiro dia. O resultado reforça a expectativa positiva em torno do novo polo de desenvolvimento comercial da cidade.
Na terça-feira, 8, uma mulher foi vítima de feminicídio e autor do crime foi preso em Porto Alegre. Ontem, 9, um ataque no centro da cidade resultou na morte de um homem
ESTRELA
Em cerca de 24 horas, dois casos graves de violência e homicídios foram registrados em Estrela. Na terça-feira, 8, uma mulher foi vítima de feminicídio. Ontem, 9, um homem de 31 anos morreu após ser baleado junto ao pai em uma emboscada no centro da cidade. Ambos os casos são investigados pela Polícia Civil, que atua na apuração das circunstâncias, identificação de possíveis envolvidos e motivação dos crimes.
Ainda na parte da tarde, a equipe da Polícia Civil identificou uma ossada humana nas proximidades da Rua Coronel Brito. No local também foram encontrados veículos, sendo uma motocicleta e um carro abandonado. Há suspeita de que a moto tenha sido usada no ataque a pai e filho. A possível relação entre os crimes é investigada.
A mulher vítima de feminicídio foi identificada como Sandra dos Santos Gomes, de 42 anos. Segundo apuração da Polícia Civil, ela foi morta pelo ex-compa-
ALEXANDER KORTZ, 48, faleceu ontem, 9. O velório ocorre no Memorial Jardim da Montanha - capela “A”, em Lajeado. O sepultamento ocorre hoje, 10, no Cemitério Evangélico Luterano de Bela Vista, em Arroio do Meio.
ANDREA BARTH, 55, faleceu ontem, 9. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Arroio do Ouro, em Estrela.
Desde o m de semana, família recebia ameaças, com tentativa de incêndio em loja
nheiro, que não aceitava o fim do relacionamento. O crime aconteceu por volta das 6h de terçafeira, quando o homem armado invadiu a casa da vítima, na rua André Edy Eidelwein, no bairro Imigrantes.
De acordo com populares, ele obrigou Sandra a entrar em um GM Corsa Wagon. O veículo foi rastreado e teve passagens por São Leopoldo, Viamão e Porto Alegre. Durante depoimentos de familiares à polícia, por volta do meio-dia, o suspeito entrou em contato com uma parente e confessou o crime.
Ele também indicou ter ocultado o corpo da vítima em Estrela. Policiais localizaram o corpo de Sandra em uma lavoura próxima à Transantarita. A mulher apresentava marcas de facadas. O corpo foi encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML) de Lajeado. O casal estava separado há cerca de duas semanas. Apesar do histórico de violência doméstica, Sandra não havia registrado boletins de ocorrência nem solicitado medidas protetivas. O suspeito
SANDRA DOS SANTOS GOMES 42, faleceu ontem, 9. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Novo Paraíso, Estrela.
ELVEDA KIRSCH, 80, faleceu ontem, 9. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Estrela.
ERNANI DARCY DA COSTA 87, faleceu na terça-feira, 8. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Picada Nova, em
foi localizado e preso em Porto Alegre. A Justiça decretou prisão preventiva e ele já foi encaminhado ao sistema prisional.
Na manhã de ontem, pai e filho foram alvejados a queima-roupa por dois homens na Rua Coronel Mussnich. A dupla chegou ao local em uma motocicleta e fugiu após os disparos. O ataque resultou na morte de Alef Janes, de 31 anos. A segunda vítima estava inconsciente foi levada ao Hospital Estrela para atendimento. A Polícia Civil investiga o caso. Comerciantes da região relataram que, desde o último sábado, 5, a família vinha sendo alvo de represálias, incluindo uma tentativa de incêndio na loja de propriedade das vítimas.
Há suspeita de que o crime tenha sido uma emboscada. Um segundo filho da família conseguiu se esconder dentro do apartamento no momento do ataque.
Cruzeiro do Sul.
PAULO NONNENMACHER, 89, faleceu na terça-feira, 8. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Picada Augusta, em Cruzeiro do Sul.
MARIA DANIELI TEIXEIRA DA FONSECA, 30, faleceu na terçafeira, 8. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Canabarro, em Teutônia.
MOBILIDADE URBANA
Construção de dispositivo no cruzamento da avenida Piraí com as ruas Coelho Neto e Guanabara iniciou nesta semana. Governo projeta melhora no fluxo de veículos com medida, que deve vir acompanhada de modificações na Pasqualini
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
Colaboração
Maira Schneider
Até semana que vem, um dos trechos mais movimentados no bairro São Cristóvão vai contar com uma rotatória para dar maior fluidez ao trânsito. A construção do
dispositivo é feita no cruzamento da avenida Piraí com as ruas Coelho Neto e Guanabara, região da cidade que experimentou um crescimento exponencial nos últimos anos, com novos empreendimentos comerciais e imobiliários.
Idealizada pela Secretaria Municipal de Planejamento, Urbanismo e Mobilidade, a obra começou a ser executada no começo desta semana, com a retirada de quebramolas e reforço da base do asfalto para aumentar a durabilidade. O local também começou a receber sinalização para facilitar o deslocamento dos veículos.
De acordo com o secretário de Planejamento, Alex Schmitt, a escolha pela rotatória se deu após estudos técnicos indicarem que uma sinaleira no local exigiria tempo de quatro fases, o que poderia agravar os congestionamentos no trecho. Na outra ponta da Piraí, também há um semáforo, alvo de críticas de motoristas pelo pouco tempo de abertura.
“Optamos pela rótula porque ela garante acessos mais ágeis e seguros para os usuários. O cruzamento é bastante utilizado e precisava dessa solução para reduzir conflitos. Esperamos finalizá-la até semana que vem”, salienta Schmitt.
O secretário lembra que as normas do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelecem prioridade nas rotatórias para o veículo que já estiver circulando dentro dela.
Não é de hoje que a mobilidade urbana está entre os assuntos mais destacados no bairro São Cristóvão. Publicação de abril do projeto “Lajeado – Um novo olhar sobre os bairros”, deu luz às possibilidades de solução para os gargalos do trânsito.
ALEX SCHMITT
SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO DE LAJEADO
Optamos pela rótula porque ela garante acessos mais ágeis e seguros para os usuários”
Isso significa que, ao se aproximar de uma rotatória, o condutor deve reduzir a velocidade e aguardar a passagem dos veículos que já estão na rotatória antes de entrar.
Corredor verde
Embora fique em um ponto diferente do São Cristóvão, a rotatória na Piraí integra uma série de investimentos em mobilidade urbana que o município pretende implementar no bairro, com o objetivo de proporcionar uma ligação direta entre o Centro e a Univates por meio da avenida Senador Alberto Pasqualini.
“Essa proposta vai permitir que o motorista saia lá da Júlio de Castilhos, próximo ao Posto Faleiro, e consiga chegar na universidade sem parar em semáforos. Isso vai criar maior fluidez no trânsito, vai tirar esses veículos mais rapidamente da pista”, pontua.
dias
Pela proposta, será excluída a conversão à esquerda para quem sobe a Pasqualini e deseja ingressar na Piraí, exigindo que o motorista faça uma quadra a mais, à direita. O acesso se dará pelas ruas Miguel Tostes, Minas Gerais e Washington Luís, até retornar à avenida principal.
Além do São Cristóvão, outras rótulas têm sido implantadas em pontos estratégicos. Nesta semana, foi finalizada a rotatória no cruzamento próximo ao Parque do Dick, no Centro, também em uma região de grande fluxo e circulação de linhas de ônibus. “Percebemos que os motoristas estão se adaptando bem. É uma mudança de hábito que aos poucos melhora a mobilidade”, afirma. As rótulas fazem parte de um conjunto de microintervenções baseadas nos relatórios anuais de acidentes de trânsito. “Priorizamos os pontos onde há maior registro de ocorrências. Às vezes, não é apenas uma rótula que resolve: pode ser uma pista adicional, nova sinalização ou outro tipo de melhoria. O importante é atacar os conflitos para trazer mais segurança”.
Perturbação de espírito por desejo
Apresentação teatral sobre o meio ambiente animou a plateia formada por turmas do Fundamental
Oginásio da Escola Municipal de Ensino Fundamental Alfredo Schneider foi palco para apresentação da peça teatral Educa-me, por quê?”, na manhã de ontem. O espetáculo faz parte da caravana do programa Educame – Educação Ambiental na Escola, do Grupo A Hora. Estudantes, professores, diretora Karina Scholz e representante da secretaria de Educação de Teutônia, Leandra Gonçalves, acompanharam a programação. Com palco pronto e os 245 alunos acomodados, o coordenador do Educame, Gilberto Soares, abriu as atividades pedindo um sonoro “bom dia!”. Destacou a importância dos professores na vida de todas as pessoas e, a eles, pediu à plateia dizer “muito obrigada.” Em seguida, entrou na temática ambiental, propósito do Educame. “Temos que cuidar das plantinhas, dos animais, da água, do lixo.” Para dar seguimento à atividade, chamou em
coro com os alunos o personagem “Por Que?”.
Música, palmas e interação marcaram o espetáculo teatral, que tratou sobre temas ambientais. O “Por Que?” mostrou de forma lúdica o que aconteceu na natureza que causou a enchente do ano passado. Comparou uma bacia de alumínio com a bacia hidrográfica Taquari-Antas. “Quando vem a chuva, a bacia vai enchendo até transbordar.”
O personagem ainda destacou as melhores atitudes em relação aos resíduos sólidos: “reduzir, reciclar e reutilizar”. Quanto ao meio ambiente, repetiu: “Conhecer, cuidar e preservar.”
O estudante Guilherme Pereira Pinto, 13, gostou do teatro e da explicação sobre como ocorrem as enchentes. “E também sobre a preservação do meio ambiente e os cuidados com a água.” Para a colega Luisa Cavalheiro Leonhardt, 11, a melhor parte foi a da música. Também chamou sua atenção quando o personagem falou do descarte de lixo, que em
Personagem “Por Que” interagiu e animou o público
Que não é lógico
Compõem a paisagem do interior de Minas
Caminha rápido como os cavalos
Supressão de fonema (Gram.)
Ordem zoológica dos sapos
Cantora de "Royals"
Raça de cães gigantes
Monarca
Animal como o Gaguinho (inf.)
Técnica de tratamento da hemofilia Roedora
Fere; machuca Samba, MPB e funk Marcelo (?), apresentador
Comandei; governei
Descarga emocional Encher de pessoas
Letra que identifica o sotaque inglês
Dispositivo intrauterino (sigla)
Inofensivos Gás de minas de carvão
Mechas de cabelos
Erasmo Carlos, cantor
Setor de cultivos (red.)
A zona mais oleosa do rosto "(?) de Nós Está Mentindo", série de TV Grupo sanguíneo do doador universal Som para imitar supostos fantasmas
Formato de certos decotes Forma de tratamento dado às freiras
Véspera, em inglês
Parte de casas onde fica o varal
local inadequado pode agravar as enchentes.
Depois do teatro, a programação teve continuidade para turma do 6º ano. Os 22 alunos participaram da oficina “Repórter Ambiental Mirim”, ministrada pela jornalista do Grupo A Hora, Luciane Eschberger Ferreira. “A intenção é que as crianças nos enviem notícias sobre a área ambiental para serem publicadas no suplemento Educame.”
A jornalista apresentou os critérios de noticiabilidade e as informações essenciais para produção textual. No final, construíram juntos a notícia do que acabara de ocorrer na escola: a caravana Educame.
Período que encerra a Antiguidade Clássica
Profissionais de escolas
3/eve — tas. 5/grisu — lorde.
ÁRIES: Evite se sobrecarregar e se organize para conciliar as várias demandas. A rotina estará acelerada. Invista na sua imagem profissional.
TOURO: O dia trará mais poder e soluções financeiras inesperadas. Crie estratégias de divulgação do trabalho e se prepare para novas conquistas.
GÊMEOS: Discuta um contrato ou avalie acordos. Conversas de hoje esclarecerão dúvidas e experiências passadas.
CÂNCER: O dia pedirá equilíbrio nas relações. Revise acordos e avalie suas expectativas nas parcerias profissionais e no amor.
LEÃO: Rotina e trabalho exigirão esforço extra e paciência, com demandas acumuladas e contratempos. Evite assumir novos compromissos.
VIRGEM: Evite julgamentos precipitados e deixe o coração falar mais alto. Se estiver só, alguém poderá despertar paixão e balançar suas certezas.
LIBRA: Carinho da família e conversas produtivas trarão cura e autoestima. Dedique um tempo para relaxar em casa e restaurar suas energias.
ESCORPIÃO: Em compensação, será um bom momento para vencer burocracias, acertar documentos e esclarecer contratos.
SAGITÁRIO: Não será momento de exagerar nos gastos, nem de investimentos de risco. Planejar com calma trará maior segurança financeira.
CAPRICÓRNIO: Uma viagem poderá ser decidida no impulso e animar o clima. Aproveite o dia para resolver assuntos do coração e fortalecer a autoestima.
AQUÁRIO: Excesso de tarefas pode causar esgotamento. Desacelere e fique longe de discussões desgastantes.
PEIXES: O dia trará encontros carinhosos, convites e animação. Aproveite para se divertir, brincar com os filhos e colocar a conversa em dia com amizades.
Atleta natural de Santa Clara do Sul deixa o Oriente Médio para ser anunciado pelo Bhayangkara FC
Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
Natural de Santa Clara do Sul, o volante
Moisés Wolschick, revelado pelo Grêmio,
é o novo reforço do Bhayangkara FC, da Indonésia, para a temporada 2025/26 da Liga 1.
Em suas redes sociais, o jogador afirmou estar “muito motivado e feliz pelo novo desafio na carreira”, celebrando a oportunidade de atuar novamente no futebol asiático após passagem pelo Zakho, do Iraque, onde disputou 33 partidas e marcou um gol, ajudando o clube a alcançar o terceiro lugar no campeonato nacional.
No Bhayangkara, Moisés terá a companhia de outros dois brasileiros: o atacante Felipe Ferreira — com passagens por Vasco, Botafogo, Cuiabá e Chapecoense — e o zagueiro Léo Silva, revelado pela Ponte Preta e ex-Inter de Limeira. Moisés também defendeu clubes como Chapecoense, Londrina, Juventude, Paraná e CSA antes de assinar com a equipe da Indonésia.
O Bhayangkara FC é um clube indonésio ligado à Polícia Nacional da Indonésia, sediado em Bandar Lampung. O time ficou conhecido nacionalmente ao conquistar o título da Liga 1 em 2017, em uma disputa polêmica com o Bali United, o que gerou críticas por parte da torcida, que via o clube como uma equipe sem apelo popular. Nos anos seguintes, mantevese competitivo, mas começou a cair de rendimento, sendo rebaixado em 2023/24 após uma sequência de 16 jogos sem vencer. Para tentar reverter a situação, contratou nomes de peso, como o belga Radja Nainggolan, mas não conseguiu evitar a queda.
Na temporada 2024/25, o Bhayangkara se recuperou, liderou seu grupo na Liga 2 e conquistou o acesso de volta à Liga 1. Para 2025/26, o clube aposta em uma reformulação e no retorno do técnico Paul Munster para recomeçar sua trajetória na elite do futebol indonésio.
Por mais que seja difícil de acreditar, já deixamos para trás um semestre – precisamente 189 dias se foram desde o réveillon.
À essa altura, já nos distanciamos das férias do último verão e estamos com nossa capacidade de concentração e de produção plenamente estabelecida, vivendo intensamente cada parte de nossa rotina.
Tão focados em tarefas diárias que, muito provavelmente, tenhamos deixado de lado nossas resoluções de ano novo.
Isso mesmo… sabe aquela lista de coisas que queríamos fazer, conquistar ou correr atrás ao longo de 2025?
Se no início do ano projetamos algo que faz sentido para nós e está ligado ao nosso propósito de vida, cada uma das metas deve nortear as nossas atitudes e moldar o nosso comportamento.
Agora é o momento ideal para voltarmos nossos olhos a essa lista e analisarmos como está o andamento de cada uma das nossas metas.
É como se tivéssemos finalizado o primeiro tempo do jogo e agora temos a chance de analisar o desempenho até aqui: rever objetivos, comemorar acertos e fazer correções naquilo que ainda não funcionou. E, claro, sem esquecer que é importante manter a motivação para o segundo tempo da partida. Neste momento temos a vantagem de fazer essa análise sem o peso das emoções e das expectativas exageradas pela sensação de final de ano, e nada impede de adicionarmos novas metas baseadas no andamento dos meses até aqui. Viver sem metas e objetivos claros é como viajar sem destino – e nesse caso, se contentar com aquilo que o acaso (ou outras pessoas) decidirem. Tanto em passeios quanto na
vida, a direção é mais importante do que a velocidade e se não assumirmos o volante, alguém fará isso por nós!
Reserve um momento para pensar sobre isso hoje mesmo!
Afinal, metade da viagem já passou e cabe a cada um de nós olhar para o mapa, escolher o destino e definir a rota!
(Observação: fiz uma análise sobre as minhas resoluções de ano novo em meu instagram, confere lá: @miguel.lucian)
“VIVER SEM METAS E OBJETIVOS CLAROS É COMO VIAJAR SEM DESTINO”
Apatronagem do Centro de Tradições Gaúchas Capitão Ribeiro, de Capitão, apresentava a nova bandeira e logotipo do CTG, além dos troféus e o registro junto ao Movimento Tradicionalista Gaúcho. O CTG era recente, criado em dezembro de 2004.
As cores da bandeira representavam o município e o lenço ver-
melho representava o Estado. O logotipo era “Tradição e Cultura, herança que cultivamos”.
Participaram da cerimônia na época o prefeito Jari Hunhoff, o vice Aloísio Ziem, secretários, vereadores, integrantes do CTG, além de coordenadores da 24ª Região Tradicionalista. O patrão do CTG era César Beneduzzi. A comunidade tinha doado ma-
deira para a construção da sede, além de equipamentos e utensílios para a cozinha campeira. A prefeitura erguia uma cerca no terreno para evitar depredações.
A inverdade do grupo de tradições já reunia mais de 130 pessoas de diversas faixas etárias. Na época, a coordenação da 24ª RT destacava que o CTG Capitão Ribeiro já tinha nascido grande.
O Rotary Club de Encantado empossava sua nova diretoria para a gestão 2005/2006. No lugar de Pedro de Lima Nolibos assumia Ivo Dirceu Villa. Ivo participava do clube há cinco anos. Entre os projetos para a gestão, citava a instalação da Casa de Passagem em Encantado e a continuação das campanhas de saúde pelo interior das comunidades, em especial, com a vacina da gotinha contra a poliomielite.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Bela Vista inaugurava suas ampliações 20 anos atrás. As novas instalações totalizavam uma área de 455,5 m², com duas novas salas de aula, sanitários, auditório, despensa e lavanderia. Também foram feitas melhorias nos corredores e adquiridos brinquedos novos para a pracinha.
A obra custou R$ 176 mil,
além de outros R$ 70 mil que foram investidos na aquisição do terreno. O valor foi custeado pela administração municipal.
A Escola Bela Vista iniciou as atividades em 1977, com duas salas de aula, e foi ampliada nos anos de 1984 e 1993. Há 20 anos, a escola atendia desde a educação infantil até a 8ª série, com 415 alunos. Na época, a diretora do educandário era Glaci Träsel.
Presidente – Ivo Dirceu Villa Secretário – Odoni Braga Pereira Tesoureira – Amarilida Dacroce
Diretora de Protocolo – Ilse Fornani
Presidente da Comissão de Serviços Internacionais –Ingrid Werle
Diretora de Serviços Profissionais – Berenice Goldoni
Diretor de Serviços da Comunidade – Moacir Casaril
Diretor de Serviços Internacionais – Olvídeo Cé
Fundação Rotária – Pedro Lima Nolibos
O Lions Club de Estrela também empossava sua nova diretoria para o ano leonístico de 1975/76. A chamada assembleia festiva aconteceu na Sociedade Ginástica (Soges). A nova diretoria estava constituída pelo
presidente Melik Kury; 1º vice Jorge Ruschel; 2º vice Miguel Figueiró; 3º vice Vitor Andress; 1º secretário Milton Martins; 2º secretário Luiz Alberto dos Santos; 1º tesoureiro Geraldo Ruschel; 2º tesoureiro José Wingen.
Jornalista colunafaleiro@grupoahora.net.br
fundo social do Banco Nacional de Desenvolvimento
(BNDES), anunciado em R$ 15 bilhões pelo governo federal, tem mais problemas do que a mancha de inundação e a falta de garantias financeiras por parte de empresas atingidas pela catástrofe.
Há outra questão que só nesta semana as instituições financeiras se deram conta. A temática é complexa, vou tentar ser claro para todos entenderem. Imaginem o seguinte: o banco faz a solicitação de dinheiro ao BNDES para operação no semestre. Esse recurso alimenta os créditos de mercado, voltados para projetos do agro e das empresas. Para o segundo semestre de 2024, o pedido foi feito em abril. Antes da grande inundação.
Gestor
Educacional
Secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação
Agricultura: 90 anos de conquistas e desafios
NA Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação completou 90 anos em junho. A pasta é uma instituição estratégica para o desenvolvimento econômico e social do Estado desde 1935. São anos de história e trabalho, construídos por mais de 1.200 servidores espalhados em todas as regiões do Estado, e que fizeram a Secretaria da Agricultura se tornar referência pela atuação técnica e capacidade de execução de políticas públicas voltadas ao setor.
Ao longo do tempo, a pasta foi evoluindo, acompanhando as modificações e os desafios que o Estado passou nessas nove décadas, mas sempre primando por planejar, promover e fiscalizar ações de defesa agropecuária e pesquisa.
ODigamos que o banco “Faleiro”
aporte subsequente. Com isso, o gerente do “meu” banco fez o pedido de mais
anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros é mais do que um gesto de política comercial. É um movimento político, direto, claro e intencional. Escancara como os interesses econômicos, sob o atual governo americano, passaram a ser guiados por alinhamentos ideológicos e pessoais.
importação passam a depender de quem é aliado ou adversário ideológico da Casa Branca, a confiança nos acordos multilaterais e na estabilidade do comércio internacional é abalada.
Na carta enviada ao presidente Lula, Trump deixa de lado qualquer tentativa de diplomacia tradicional. A medida tem várias justificativas: 1) Trump considera a relação comercial com o Brasil injusta; 2) reclama das decisões judiciais que obrigam as Big Techs norte-americanas a cumprir a lei brasileira; 3) e, principalmente, insatisfação com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ainda aguardo uma resposta. O Pronampe seguirá a lógica da liberação dentro da mancha? Ou será como na primeira fase, pelo decreto de calamidade, indiferente da sede da empresa ter sido atingida ou não pela água?
A segunda fase do Pronampe, para empresas do Simples Nacional, começa a operar nos próximos dias. Esse modelo, ainda que com falhas,
Inclusive o presidente Ianque se refere a Bolsonaro como um “líder altamente respeitado” e vítima de uma “caça às bruxas”. Em outras palavras, Trump impõe sanções econômicas com base em sua avaliação particular do cenário político e jurídico de um país soberano. Trata-se de um precedente preocupante. A instrumentalização da tarifa como forma de retaliação política rompe com o princípio básico da relação comercial: a previsibilidade. Quando as taxas de
prejudicados pela tragédia foi negado, pois não houve entrada de dinheiro novo.
co. Quando fala em 50% de tarifa, sem apresentar referências ou indicadores de como vai se dar isso, é criar esse ambiente hostil.
Donald Trump também estendeu o argumento ao grupo BRICS, acusando os países-membros de atuarem para enfraquecer o dólar.
A resposta foi mais tarifa: mais 10% de sobretaxa para todos.
A crítica ao BRICS, agora ampliado e com maior peso geopolítico, mostra que a tensão é menos sobre taxas e mais sobre influência global. Trump enxerga no bloco uma ameaça direta à hegemonia monetária americana — e reage de forma unilateral.
tem resultados melhores do que as linhas do Fundo Social do BNDES, em termos de capilaridade. Por ser para MEIs, micro e pequenos negócios, os recursos totais por CNPJ alcançam no máximo R$ 150 mil. O pulo do gato está na subvenção de 40%. Nos corredores do governo federal, esse formato é a “menina dos olhos” do presidente Lula.
Como segundo passo, se reúne para dialogar. Diferente do holofote inicial, reduz a ameaça e causa alívio para o interlocutor. Em vez de 50%, estabelece em 10 ou 15%.
Nas últimas semanas, tenho insistido com a equipe do secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, para conceder uma entrevista ao Grupo A Hora. Pode ser para este escriba ou mesmo para a programação da rádio. Até agora, só negativas.
O governo brasileiro precisa avaliar a posição com cuidado. Qualquer resposta intempestiva pode afetar ainda mais as exportações, principalmente do agronegócio e da indústria de base. Por outro lado, o silêncio também carrega riscos: transmite a imagem de que decisões internas estão sujeitas à influência estrangeira.
O assunto é macro, reconstrução da logística regional, de onde buscar parcerias e, acima de tudo, qual a perspectiva do plano de concessões. Gostaria mesmo de saber qual a ideia do Estado, tendo em vista que será muito complicado convencer o setor primário a assumir estradas tão degradadas e manter investimentos sempre à sombra de uma nova catástrofe.
ascemos vencendo obstáculos. Crescemos e nos tornamos adultos, e as adversidades continuam fazendo parte de nosso cotidiano. Muitos são fáceis de vencer, outros nem tanto. Mas também têm aqueles que num primeiro momento acreditamos ser impossíveis de transpor. Todas as vicissitudes, sem exceção, nos trazem lições e reforçam nossa musculatura em vencer desafios, nos deixando mais fortes. Várias vezes enfrentamos um revés e só entenderemos seu benefício mais tarde. Nós como pais, em um reflexo de proteção, cometemos o erro de querer desvencilhar nossos filhos de passar pelos infortúnios naturais da vida. Ao tomar essa decisão estamos cometendo um erro e fazendo um desfavor ao desenvolvimento dos nossos rebentos. Continuamos a viver num período onde observamos a cada ano um número maior de ‘bananas’ sendo educados, sem controle emocional e pouco preparo para enfrentar os problemas mais banais. O que precisamos são de pessoas com calma e equilíbrio, o talento vem em segundo plano, como diz Ryan Holiday em sua obra, onde aborda a questão.
Mudanças climáticas, estiagens e enchentes têm sido os principais desafios do agro nos últimos tempos e têm demandado respostas rápidas. Na agricultura, a discussão de temas como investimento em irrigação e recuperação de solos, com práticas sustentáveis, é considerada fundamental para o aumento da produtividade e a preservação ambiental.
A humanidade precisa de pessoas abertas, que questionem para encontrar soluções, para ajudar outrem. Não dê tanta atenção para o que dizem os outros”
Na agricultura, a discussão de temas como investimento em irrigação e recuperação de solos”
No livro mais emblemático de Donald Trump, The Art of the Deal (A arte da negociação), publicado em 1987, o atual presidente mistura autobiografia e técnicas de como sair por cima de algum negócio. Entre os ensinamentos, está usar o estresse como negociação. Ou seja, criar um ambiente de imprevisibilidade, com um controle sobre a narrativa e uso midiático estratégi-
No início do ano, o primeiro país ameaçado foi o México. A presidente, Claudia Sheinbaum, respondeu com uma combinação de firmeza diplomática, sutileza estratégica e inteligência. Atendeu o pedido de combate ao narcotráfico, com operações e resultados contra os cartéis, enviou tropas para as fronteiras, criou o “botão de alerta” para migrantes em risco de deportação. Conseguiu amenizar o ímpeto taxativo e desviou o foco midiático da relação entre os países vizinhos.
Em conversa com amigos de São Paulo e de Minas Gerais, a impressão que tive é que o resto do Brasil considera que a reconstrução do RS está em vias de se consolidar. Ledo engano. Essa análise precipitada se deve à narrativa política. Da visão torpe de que todas as medidas possíveis foram adotadas pelo governo federal. As casas populares, os investimentos em infraestrutura, a assistência social, os créditos às empresas. Todas as políticas estão com pontas soltas. Há muito trabalho pela frente. Terminei a conversa com a seguinte frase: Não esqueçam do Rio Grande do Sul.
Devemos reunir toda nossa energia na solução de problemas e não na reação e na crítica, que nada acrescenta. Quando temos o ponto de vista correto sobre um fato, tem um jeito estranho de reduzir o tamanho dos obstáculos e das adversidades, acrescenta o autor acima referido. Na filosofia estóica, Epicteto que colocava a ética em primeiro lugar, já nos lembrava que quando estamos frente a um problema, nosso primeiro trabalho é distinguir e dividir os eventos em duas categorias: se é um evento externo, não podemos controlar. Se são escolhas que fizemos frente ao problema colocado, essas nós controlamos. Onde encontrei o que é bom e o que é ruim? Em mim, em minhas escolhas. E o que depende de nós são nossas emoções, opiniões, decisões, pontos de vista, criatividade, atitude, desejos e nossa determinação. Esse é nosso espaço no qual podemos jogar. Em nosso cotidiano nos deparamos com muitas cenas onde vemos pessoas, inclusive nós, discutindo, reclamando, desistir, o que são escolhas. E essas escolhas não nos auxiliam em nada para chegarmos na solução ou onde queremos chegar.
Mas esse é também um período da história que gera apreensão. A renegociação das dívidas dos produtores tem sido pauta diária no governo do Estado, na busca por soluções que ajudem o nosso produtor a se recapitalizar e continuar investindo no agro. Assunto que gera insegurança e incerteza, devido à morosidade nas decisões federais, afetando a produção das safras. As conquistas e os desafios estarão sempre presentes, mas a força de trabalho da Secretaria da Agricultura é algo que supera as adversidades. A estrutura da pasta tem garantido respostas rápidas em momentos críticos, como durante as crises sanitárias e os desastres naturais.
São 90 anos de uma história que está começando. De uma instituição que traz no seu DNA o compromisso com a inovação, a formulação de políticas voltadas ao setor e a sanidade agropecuária. Acima de tudo, que atende às necessidades de quem atua na ponta e é responsável pela produção de alimentos para o mundo: o produtor rural.
A humanidade precisa de pessoas abertas, que questionem para encontrar soluções, para ajudar outrem. Não dê tanta atenção para o que dizem os outros. Inclusive quem empreende, geralmente tem a capacidade de atuar e ver oportunidades, onde outros ainda não tinham visto nada de interessante. E nenhuma sensação é mais gratificante do que vencer uma dificuldade.
Quinta-feira, 10 julho 2025
Fechamento da edição: 18h
MÍN: 9º | MÁX: 23º
O tempo permanece firme e ensolarado na região. Fará frio no começo do dia e pode ocorrer a formação de nevoeiro em alguns locais do Vale.
Ginásio da escola Alfredo Schneider foi palco para apresentação da peça teatral “Educa-me, por quê?”. O espetáculo faz parte da caravana do programa Educame que mantém roteiro pelo Vale para falar sobre as transformações na natureza
CARAVANA EM TEUTÔNIA PÁGINA | 11
Quinta-feira, 10 julho 2025
Moradores de Fazenda Lohmann mantém cautela diante de novo anúncio, moradores temem efeitos do calendário eleitoral
Matheus Giovanella Laste matheuslaste@grupoahora.net.br
ROCA SALES
Depois de anos de promessas frustradas, a tão aguardada pavimentação da ERS-129, no trecho entre Colinas e Roca Sales, finalmente tem previsão para sair do papel. O anúncio foi feito pelo diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Luciano Faustino, que confirmou o início das obras ainda no segundo semestre de 2025. O investimento previsto é de R$ 56 milhões, contemplando a pavimentação de seis quilômetros de estrada de chão e a recuperação do trecho já asfaltado.
A via é estratégica para o Vale do Taquari, conectando regiões altas e baixas e recebendo grande fluxo de veículos — especialmente após a queda da ponte na ERS-130, entre Arroio
do Meio e Lajeado. Desde 2018, no entanto, pouco se avançou: dos 7,1 km que exigem melhorias, apenas 1,1 km foi asfaltado.
A obra será executada pela empresa Traçado, de Erechim, contratada por meio do modelo de contratação integrada, no qual a mesma empresa é responsável pelos projetos básico, executivo e pela execução. Segundo Faustino, os levantamentos de drenagem, terraplenagem e análises de solo estão em fase final, e a liberação do projeto pelo Daer deve ocorrer em breve. A expectativa oficial é que a intervenção esteja concluída no primeiro semestre de 2026.
Projeto avança, mas credibilidade segue abalada
Apesar da sinalização positiva, moradores da comunidade de Fazenda Lohmann permanecem cautelosos. Para o arquiteto Alexandre Dentee, que liderou
ALEXANDRE DENTEE
ARQUITETO E MORADOR DE FAZENDA LOHMANN Se não começar logo, corre o risco de ser interrompida antes da conclusão”
manifestações no local em 2024, a confiança nas autoridades foi desgastada pela repetição de promessas não cumpridas.
“Nosso maior temor é se realmente será dado o andamento ao trabalho, porque já vemos
esse assunto sendo enrolado há muito tempo. Então cada vez que surge uma manifestação do Estado, ou do secretário Costella ou do Faustino, é novamente um prazo que os trabalhos vão iniciar, só que esse é um discurso que já ouvimos muitas vezes. A credibilidade dos responsáveis acaba por se diminuir cada vez mais”, desabafa.
Dentee destaca que a empresa Traçado está mobilizada, com espaços locados no município e contratos firmados com prestadores locais. Ainda assim, a comunidade teme que o calendário eleitoral de 2026 atrapalhe o andamento da obra.
“A Traçado está só aguardando a liberação do Estado para iniciar. Um colaborador da empresa disse meses atrás que até o fim do ano a obra estaria concluída, mas
como não começou, esse prazo já não é mais plausível. Esperamos que comecem nesse segundo semestre e terminem no primeiro semestre de 2026, porque ano que vem é período eleitoral, e sabemos que a obra não pode continuar durante esse meio tempo. Se não começar logo, corre o risco de ser interrompida antes da conclusão”, salienta. Diante da lentidão, os moradores têm feito a própria fiscalização, cobrando informações junto a vereadores, prefeitos, servidores e trabalhadores da empresa. Recentemente, um trecho da via ficou praticamente intransitável por três semanas, e a comunidade teve que recorrer a vídeos e publicações nas redes sociais para pressionar por ações emergenciais de manutenção.
Oarquiteto Jonas Haefliger, um dos mentores do projeto da réplica da Arca de Noé de Roca Sales, recebeu a missão de traduzir no papel as primeiras ideias de como será o grandioso empreendimento turístico. “É um projeto para o futuro, que demora para ser elaborado. Não é da noite para o dia”, alertou, antes de responder às nossas três perguntas.
Em que estágio está o projeto?
“Estamos na fase inicial, de estudos. A ideia foi lançada e a marca já está registrada pela Associação Amigos Reconstruindo Roca Sales. É um projeto grande,
audacioso e que demanda tempo para ser elaborado. Ainda estamos analisando áreas de terra possíveis e recebendo manifestações de interesse, inclusive com propostas de doação de terrenos, algo parecido com o que aconteceu no projeto do Cristo Protetor”.
Já existe uma definição sobre o local?
“Não. Muitas pessoas estão curiosas sobre onde será, mas ainda estamos estudando. É como construir uma casa: primeiro é preciso definir o terreno para depois fazer o projeto. Estamos avaliando localização, topografia e viabilidade. Essa etapa é funda-
Sem surpresas, Cris Costa (PSDB) assumiu a presidência da Câmara de Vereadores nesta semana. O PSDB cumpriu o acordo após os primeiros seis meses de Joanete
Cardoso no comando do legislativo. Ao lado de Costa estará Samuel da Silva, o Nego Samu, como vice-presidente. E Cláudio José da Silva Neto, o Claudinho (MDB), segue
diogofedrizzi@grupoahora.net.br
DIOGO FEDRIZZI
mental para pensar o conceito e a proposta de forma responsável”.
Como será a estrutura do projeto?
“Fizemos uma breve apresentação para mostrar a magnitude da ideia. Trouxe como referência o Parque Ark Encounter, nos Estados Unidos. A estrutura pensada é muito maior que a do Cristo Protetor de Encantado. Para se ter uma ideia, seria como alinhar quatro Cristos com os braços abertos, um ao lado do outro, e metade da altura da estátua do Cristo. É algo muito complexo e estamos longe ainda de apresentar algo estético ou visível”.
como secretário da Mesa Diretora. Ao mesmo tempo em que terá pela frente pautas desafiadoras como o Plano Diretor, o Plano Plurianual (PPA) e a CPI da Corsan, o radialista tucano certamente também será questionado pelos eleitores sobre os motivos que o levaram a se lançar pré-candidato a deputado estadual em 2026. “O Vale tem capacidade de eleger oito deputados. Estou fundando o PVDT, o Partido Vale do Taquari”, anunciou na tribuna da Câmara. E citou o amigo Mateus Trojan, prefeito de Muçum, que também confirmou a pré-candidatura ao parlamento gaúcho pelo MDB. Aliás, na segunda-feira, 7, enquanto estivemos em Pelotas para prestigiar os eventos de reinauguração da Rádio Pelotense, o deputado federal da casa, Daniel Trezciak (PSDB), reconheceu ser um dos padrinhos de Cris Costa. A dúvida é se o deputado seguirá no PSDB.
O evento Juntos Pela Região do Sicredi Região dos Vales reafirmou algo que vai além de números ou balanços: sua alma cooperativa. Além de lotar o auditório Sicredi em Encantado, a programação também lançou luz sobre a relevância de iniciativas muitas vezes silenciosas, porém transformadoras. No último ano, foram 480 projetos sociais apoiados em dezenas de comunidades. A fala do palestrante Jorge Trevisol foi certeira e se conectou com a essência do que sustenta uma instituição como o Sicredi, no caso, o “ter com quem contar”. Grande noite!
. O professor e historiador Marcos César Cadore foi eleito o presidente do Diretório Municipal do PT de Encantado. Ele encabeçou a única chapa, “PT da Mudança”, e assume o lugar de Francisco Toriani. E uma das metas, diz Cadore, é mobilizar o grupo para a reeleição do presidente Lula, além de mirar o pleito de 2028 no município.
. O presidente da Associação Amigos Reconstruindo Roca Sales, Eduardo Salgado, foi chamado recentemente para uma audiência com o cônsul do Japão em Porto Alegre, Shimizu Kazuyoshi. O representante do país asiático quis mais informações sobre a situação do Hospital Roque Gonzáles, após as enchentes, pois há interesse em auxiliar a casa de saúde na compra de um equipamento de raio-X.
. A Apae de Encantado dá largada ao projeto “Apae Está no Jogo”, iniciativa voltada à promoção da inclusão social por meio da prática esportiva do tênis. A ação conta com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte, do governo federal. As aulas mobilizam pessoas com deficiência atendidas pela instituição. As empresas Baldo, Benoit e Diamaju são apoiadoras.
Provocou calafrios e espanto no público e nos colegas vereadores a declaração do líder de governo de Encantado, Daniel Passaia (União Brasil), na sessão desta semana. “O Ministério Público comete uma inverdade quando diz que nós vereadores aprovamos uma revogação do direito do município fiscalizar as ruas e as badernas. O promotor Heráclito (Neto) mente para a população quando diz isso.
Porque se pegarmos o código de posturas, isso está intacto, como é há 20 anos”, disse.
O forte comentário do parla-
mentar surgiu após a manifestação na tribuna de uma moradora da Rua Padre Anchieta, indignada com a falta de soluções para casos de perturbação de sossego em uma das principais vias do centro. “Me ligaram da promotoria e me disseram que os vereadores votaram uma lei tirando o direito da prefeitura de fiscalizar os estabelecimentos e deixando-os abertos até que quisessem”, reclamou a mulher. Eita! Pelo jeito, faltou uma conversinha básica entre os envolvidos para esclarecer e evitar polêmicas.
E o plano de concessão das rodovias, sai ou não sai?
Em entrevista à Rádio A Hora, o governador Eduardo Leite prometeu apresentar o edital até o final de julho. Por outro lado, há quem aposte que o projeto não vai avançar.
Projeto prevê investimento de R$ 14 milhões e visa reconstrução da Avenida Daltro Filho
ROCA SALES
Ogoverno de Roca Sales projeta assinar nos próximos dias o contrato com a empresa responsável pela obra da nova ponte na Avenida General Daltro Filho. A construtora vencedora da licitação é a Traçado, com sede em Erechim.
Conforme o prefeito Jones Wünsch, o Mazinho, a partir da liberação da portaria da Defesa Civil que garante recursos de R$ 14 milhões, confirmada nesta semana pelo secretário executivo da Reconstrução do RS, Maneco Hassen, a expectativa é avançar. “Fizemos a licitação, definimos a empresa e estávamos no aguardo dessa portaria. Mas o dinheiro ainda não está nos cofres da pre-
feitura”, explica Mazinho. “Nosso desejo agora é assinar o contrato para iniciar a obra. A equipe de topografia da empresa deve fazer em breve as medições do terreno”.
Área foi destruída pelas históricas enchentes
Nas duas catástrofes de 2023 e 2024, o arroio Sete de Setembro transbordou com a elevação do Rio Taquari. A força da água, além de dividir o centro da cidade, destruiu as vias e imóveis nas proximidades das empresas Curtume e JBS e interrompeu a passagem de pedestres e veículos. A obra prevista atinge uma área de dois mil metros quadrados, com uma nova galeria de 190 metros de extensão e 11 metros de largura. A altura da ponte terá um metro a mais do que a cota atingida durante a enchente de maio do ano passado. O valor repassado pelo governo federal também contempla a revitalização de parte da Daltro Filho, a instalação de gabiões e a contenção de encostas.
Projeto prevê estrutura com um metro a mais em relação à cota da enchente de maio
Nosso desejo agora é assinar o contrato para iniciar a obra. A equipe de topogra a da empresa deve fazer em breve as medições do terreno"
Desvio do tráfego pesado
O projeto para a construção da nova ponte nas proximidades da empresa Calçados Beira Rio também está em andamento. A proposta busca desviar o tráfego de veículos pesados da área central da cidade, criando uma ligação com a ERS-129, no sentido a Colinas.
A iniciativa é articulada pela Associação Amigos Reconstruindo Roca Sales, que contratou um estudo de batimetria do Rio Taquari no trecho entre o Arroio Augusta e a indústria de leite em pó da Dália. O levantamento já foi concluído e encaminhado à Prefeitura, à Câmara de Vereadores, ao Ministério Público e à Univates. Segundo o presidente da associação, Eduardo Salgado, os dados servirão de base para o Plano Diretor do município. O projeto da ponte foi cadastrado no programa estadual Reconstrói RS e tem custo estimado de R$ 5 milhões.
POLO ERVATEIRO
Evento valorizou a cultura, a produção e a versatilidade da planta com programação técnica e sensorial
OAlto Taquari se tornou o centro das atenções para quem buscava conhecer mais profundamente a erva-mate. A 9ª edição da Caravana da Erva-Mate reuniu no fim de semana participantes de diversos estados brasileiros e de países como Alemanha, Japão, Uruguai e Suíça, consolidando o evento como um polo de referência cultural, técnica e gastronômica em torno do produto.
A iniciativa é fruto da parceria entre a Inovamate e a Academia Brasileira de Chá e Mate, com apoio da Associação dos Produtores e Parceiros da Erva-Mate do Alto Taquari (Appemat) e do governo municipal de Ilópolis. A programação durou três dias e promoveu uma imersão nas dimensões cultural, produtiva, sensorial e afetiva da erva-mate, com visitas a ervais, agroindústrias, trilhas, oficinas, rodas de conversa e degustações.
A jornada teve como destaque a condução da pesquisadora e sócia da Inovamate, Ariana Maia, que apresentou aos visitantes o conteúdo técnico e científico da erva-mate. “Durante três dias intensos, a Caravana da Erva-Mate trouxe ao território caravaneiros de várias partes do
ARIANA MAIA PESQUISADORA E SÓCIA DA INOVAMATE
A erva-mate, quando bem cultivada e elaborada, pode sim alcançar os paladares mais exigentes do mundo e ser reconhecida como um produto especial”
Brasil e de quatro países, todos movidos pelo mesmo propósito: conhecer a fundo a erva-mate e a rica cultura que pulsa em torno dela”, destacou.
Representando a Academia Brasileira de Chá e Mate, a sommelier Carla Saueressig, referência no setor, proporcionou aos participantes uma degustação às cegas, que comparou os “Matiás” da Inovamate — versões verde e tostado — a um matcha cerimonial japonês e a um hojicha coreano. A reação foi unânime; “a erva-mate, quando bem cultivada e elaborada, pode sim alcançar os paladares mais exigentes do mundo e ser reconhecida como um produto especial”, disse Ariana.
A riana também conduziu o grupo pelo Parque do Ibama, em Ilópolis, onde apresentou o processo histórico da erva-mate, com apoio do Complexo do Museu do Pão e visitas a empreendimentos locais como Ximango, Putinguense, Doces Carmem e à propriedade de Paulo e Valdara Blume, que compartilharam com os visitantes sua hospitalidade e conhecimento sobre o cultivo.
De acordo com Clovis Roman, presidente da Appemat, “que esse seja só o começo de um novo ciclo de reconhecimento e valorização da nossa erva-mate como patrimônio turístico, cultural, social, econômico e ambiental”. Os participantes deixaram a região impressionados com o conteúdo oferecido e a riqueza da experiência. Muitos relataram o desejo de que a programação fosse ainda mais longa, tamanha a diversidade e profundidade das atividades.
Para Rafaela Roman, secretária de Turismo de Ilópolis, a iniciativa agrega valor ao turismo da região. “A Caravana demonstra a pujança do nosso setor ervateiro e a valorização de nossa identidade. Essa iniciativa foi desenvolvida pela Ariana e pela Carla e vem agregando muito ao setor turístico, pois com um olhar um pouco mais técnico e voltado à gastronomia conseguimos proporcionar ainda mais a valorização deste produto”, salientou.
Com o olhar voltado para o futuro, a Caravana também debateu a construção da Indicação Geográfica (IG) da erva-mate do Alto Taquari, passo importante para o reconhecimento do território como referência de qualidade e tradição.
Evento terá continuidade em 2026 e projeta ampliar número de escolas
ENCANTADO
O1º Festival de Quadrilhas do Boulevard Encantado reuniu cerca de duas mil pessoas no sábado, 5. O evento contou com a participação de 13 quadrilhas escolares que se apresentaram no espaço Multiverso Experience e encerrou com show de forró e piseiro de Cássio Santos e Banda.
Participaram seis escolas públicas e privadas de Encantado e Roca Sales: Colégio Cenecista Mário Quintana, Escola Érico Veríssimo, Colégio Evangélico Alberto Torres, Colégio Scalabriniano São José, EMEF Porto Quinze e EMEF Mundo Encantado. Alunos do 1º ano do Ensino Fundamental ao Ensino Médio se apresentaram ao longo da tarde. A premiação total foi de R$ 30 mil, dividida por categorias.
A comissão julgadora foi formada pela primeira-dama Taísa Calvi, o coordenador de cultura, Ricardo Werner, as jornalis-
tas Renira Turatti Ost e Lívia Oselame e a professora e atriz
Angela Reale. Eles avaliaram coreografia, figurino, repertório, casamento na roça, marcador ou marcatriz e conjunto. No concurso de torcidas, os critérios foram criatividade, animação, participação e respeito às regras. O evento também teve brinquedos infláveis, comidas típicas e brincadeiras juninas na área externa do complexo.
“Vivemos um dia mágico. Ver alunos, professores e famílias reunidos em torno da cultura popular, dançando e torcendo com tanto entusiasmo, foi emocionante. Esse evento veio para ficar e vai crescer ainda mais nos próximos anos”, destaca o diretor-executivo do Boulevard, Fábio Vitória.
O Festival de Quadrilhas do Boulevard foi realizado pelo Boulevard Encantado, com apoio da Prefeitura de Encantado e patrocínio de Sicredi Região dos Vales, Vinilady, Docile, Hemoanálises, Dr. Sérgio Goldoni e AGF Supermercado.
Eduarda Dahm, de 24 anos, já foi princesa de Encantado. Evento inicia hoje e segue até sábado, 12, em Guaporé
ENCANTADO
Acidade de Guaporé será palco de um dos eventos mais simbólicos do calendário turístico do estado: o concurso Soberana do Turismo RS 2025. A atração reunirá representantes das 27 regiões turísticas do Rio Grande do Sul em uma programação marcada por cultura, integração, gastronomia e experiência. A encantadense Eduarda Dahm, 24, representará o Vale do Taquari. A programação inicia hoje e segue até sábado, 12. Eduarda traz em sua trajetória uma forte ligação com a promoção cultural e turística. Foi princesa de Encantado no período
de 2021 a 2023, vivência que, segundo ela, foi transformadora. “Aprendi que ser uma soberana vai muito além da estética, é ouvir, acolher, representar, ser porta-voz da força e da cultura de um povo. Hoje, trago essa bagagem com orgulho para o palco do Soberanas do Turismo do RS”, destaca. Em um momento desafiador para o estado, especialmente para regiões como o Vale do Taquari, atingido por eventos climáticos recentes, Eduarda acredita que o turismo tem um papel essencial na reconstrução do Rio Grande do Sul. “Ele não conecta apenas destinos, conecta pessoas, reativa economias, valoriza identidades e cura feridas invisíveis. Quero ser uma embaixadora da esperança, mostrar ao Brasil e ao mundo que o nosso estado continua de pé: firme, acolhedor e cheio de lugares e pessoas incríveis que merecem ser redescobertos”, acrescenta.
A jovem ressalta ainda a força da sua terra natal como parte central de sua motivação. “O Vale do Taquari é uma região linda e rica em cultura, trabalho e história e o que mais me marcou nos momentos difíceis foi ver a solidariedade
pulsando em cada comunidade. O Vale é feito de pessoas fortes, que sabem reconstruir com coragem e união.”
Mais do que carregar uma faixa ou uma coroa, Eduarda vê o título de Soberana do Turismo como uma missão de representatividade e afeto. “É vestir o estado na alma. É ser ponte entre a tradição e o futuro, entre o turista e a experiência verdadeira que o nosso povo pode oferecer. É levar no sorriso a hospitalidade gaúcha e, nas palavras, a nossa essência.”
A final do concurso acontece no sábado, 12, às 20h, no Belas Guaporé, seguida da tradicional Festa da Corte, reunindo representantes, apoiadores e lideranças do setor turístico de todo o estado. Até lá, Eduarda participa de diversas atividades culturais e integrativas ao lado das demais candidatas.
“Quero inspirar, valorizar o que é nosso, defender a cultura local e mostrar que o turismo transforma vidas. Com amor, conhecimento e propósito, desejo ser essa representante que carrega não só beleza, mas pertencimento e verdade”, finaliza.
Placa homenageia voluntários que auxiliam na reconstrução da cidade
ROCA SALES
Os roca-salenses celebraram no domingo, 6, a reinauguração da Praça Triangular, entregue oficialmente à população durante um evento que reuniu autoridades, moradores e visitantes. A solenidade integrou a programação cultural na Praça Júlio Lengler, que também contou com apresentação do grupo Os Serranos.
A reestruturação do espaço foi viabilizada por meio do programa “Adote um Espaço Público”, resultado de uma parceria entre o governo municipal e a agência local do Sicredi Região dos Vales. O projeto promoveu melhorias estruturais na praça, com foco em conforto, segurança e bem-estar para os usuários.
Estiveram presentes na cerimônia o prefeito Jones Wunsch (Mazinho), o vice-prefeito Henrique Pivatto, o presidente do Legislativo Paulo Germano Koste, o gerente do Sicredi, Tiago Sonda, além de representantes da cooperativa e a corte de soberanas do município.
Durante o evento, foi inaugu-
rada uma placa em homenagem ao voluntariado, reconhecendo o esforço coletivo de moradores e instituições na recuperação da cidade após as enchentes. A homenagem simboliza o espírito de solidariedade que marca o processo de reconstrução do município.
A iniciativa também reforça o compromisso do Sicredi com o desenvolvimento local. A instituição já havia adotado a Praça Matriz, em parceria com a Associação Amigos Reconstruindo Roca Sales. Com novo visual, a Praça Triangular passa a integrar o cotidiano da cidade como um espaço de convivência, lazer e simbolismo para a comunidade.
Reconstrução de espaço traz segurança e segurança ao local. Inauguração reuniu lideranças roca-salenses no domingo
Mostra de Ciências e Artes apresenta projetos que refletem os desafios do presente e as soluções para o futuro
Matheus Giovanella Laste matheuslaste@grupoahora.net.br
ENCANTADO
AXI Mociar – Mostra de Ciências e Artes do Instituto Estadual de Educação Monsenhor Scalabrini – teve início ontem, 9, no ginásio da escola, em Encantado. O evento reúne dezenas de trabalhos desenvolvidos por estudantes do ensino fundamental e médio com foco em temas como sustentabilidade, inovação tecnológica, responsabilidade social e saúde. A programação segue hoje, 10, com visitação aberta à comunidade escolar e instituições convidadas.
Neste ano, a Mociar tem como tema “Sustentabilidade é o futuro que cultivamos hoje. O que nós estamos plantando?”, em sintonia com os conceitos da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro, no Brasil, na cidade de Belém (PA). Com entrada gratuita, a feira funciona em três turnos: das 8h às 12h, das 13h30 às 17h e das 19h às 21h30, sempre no ginásio da instituição.
Os trabalhos apresentados na Mociar poderão ser indicados para a etapa regional da mostra científica promovida pela 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), prevista para o mês de agosto.
Entre os trabalhos apresentados, estão soluções criativas como fogões solares, tintas ecológicas, hortas verticais, motores elétricos e propostas de casas sustentáveis. Também há espaço para reflexões sociais relevantes, como saúde mental no pós-enchente e o uso de cigarros eletrônicos entre os jovens.
“O Mociar é uma oportunidade para os alunos serem protagonistas. Todos os projetos
são baseados em temas sugeridos pela COP30, mas as ideias partiram dos próprios estudantes, que escolheram aquilo que queriam trabalhar”, explica a professora e vice-diretora do turno da manhã, Patrícia Alves Agostini.
Ela destaca também a diversidade de abordagens presentes na mostra. “A sustentabilidade não se resume ao meio ambiente. Está no que comemos, consumimos, sentimos. Por isso, os temas são tão variados. O importante é que há autenticidade e envolvimento real dos alunos”, complementa.
mental pós enchente
O protagonismo estudantil é evidente também nos depoimentos. Laura Carolina Schuck, aluna do 1º ano do Ensino Médio, integra um grupo que pesquisou os riscos dos cigarros eletrônicos. “Nosso objetivo é conscientizar as pessoas sobre o quão prejudicial eles são à saúde para que as pessoas evitem experimentar”, afirma.
O Mociar é uma oportunidade para os alunos serem protagonistas. Todos os projetos são baseados em temas sugeridos pela COP30, mas as ideias partiram dos próprios estudantes, que escolheram aquilo que queriam trabalhar”
PROFESSORA E VICE-DIRETORA
Já Monique da Silva Magalhães, do 3º ano noturno, participou de um trabalho que trata da saúde mental, especialmente após as enchentes que atingiram a região. “Vimos que esse assunto quase não foi falado pela mídia. Muitas pessoas sofreram e não tiveram apoio psicológico, especialmente crianças. Nosso trabalho quer mostrar que a saúde mental é essencial e precisa ser cuidada”, salienta. Ela também critica o preconceito ainda existente sobre a busca por ajuda profissional. “Ir ao psicólogo ainda é visto como tabu. Mas a gente precisa conversar com alguém de fora que possa nos escutar e ajudar. Isso é importante, principalmente para os adolescentes”, disse.
365vezesnovaledotaquari@gmail.com
Num dos pontos mais altos da Linha 13 de Maio, em Muçum, a propriedade da família Bassani parece ter parado no tempo. O Bell Elevatto – aportuguesado para “elevação bela” – preserva casarões antigos e convida o turista a vivenciar como era uma antiga vila italiana do passado
A propriedade possui um chalé construído a partir das ruínas de uma estrebaria. O espaço com peça única tem decoração nostálgica, com vários objetos que carregam memórias do passado. O nosso móvel preferido foi o fogão a lenha, responsável por aquecer a noite fria. Há opção de cama de casal ou um segundo colchão para duas pessoas no beliche. O sofá também pode ser transformado em leito. Assim o chalé tem capacidade para abrigar até seis pessoas, embora seja recomendado para casais ou famílias com uma criança.
Na varanda, o destaque é a paisagem panorâmica do topo dos 520 metros de altura com a visão do rio Taquari e cidades da serra. A diária custa R$ 300,00 com o café da manhã. A família possui agroindústria e todas as delícias oferecidas na cesta, como as geleias, são feitas na propriedade. Há ainda a opção de janta por fora: sopa de capeletti ou tábua de frios.
Como complemento à estada, o patriarca da família Avelino
Bassani leva os hóspedes para um tour nas duas casas centenárias da propriedade.
Feita de madeira e sem pintura, a casa mais antiga, com cerca de 150 anos, já foi residência, depósito e até salão de festas. Hoje, funciona como um museu, reunindo documentos, ferramentas e máquinas que contam a história da vida no campo ao longo das décadas.
A segunda casa, pintada de azul vibrante, tem aproximadamente 120 anos. No andar térreo, foram mantidos o balcão e as prateleiras da antiga mercearia da família e até um telefone de linha. O segundo andar é destinado para os quartos que recriam o ambiente dos lares do início do século 20.
A mais nova atração é a pequena estufa com cactos e suculentas que podem ser adquiridos pelos turistas.
No porão reformado da casa principal, a família recebe os turistas para um café colonial completo. O fogão campeiro aquece o café e o leite, enquanto que a mesa de madeira fica abarrotada com delícias da culinária italiana.
O atendimento ocorre apenas sob agendamento para grupos maiores. Há também a opção de mesa posta (com menos variedade de pratos) no caso de casais ou famílias menores.
Mais informações sobre o destino turístico podem ser obtidas no WhatsApp 54 99988-6662 ou pelo @bellelevatto no Instagram.
Na Linha 13 de Maio, Bell Elevatto parece ter parado no tempo. Tem casarões centenários, gastronomia colonial e um chalé aconchegante para quem quer relaxar
O chalé pode receber até seis pessoas, mas é ideal para casais. O café da manhã é incluso e tem ainda opção a parte de sopa de capeletti ou tábua de frio no jantar
• HOTEL MARCHETTI Tem quartos individuais ou até para quatro pessoas na avenida principal da cidade: a Borges de Medeiro. Todos os dormitórios contam com banheiro privativo, ar condicionado, televisão, frigobar e secador de cabelo. A garagem é fechada e coberta. Destaque para o café da manhã farto com cerca de 40 tipos de pratos.
• KIOSQUE DA PRAÇA
Localizado na Praça Cristóvão Colombo, o Kiosque da Praça é um restaurante familiar com mais de 60 opções de pratos que trazem a originalidade gaúcha. Os preferidos são as a la minutas e a variedade de xis. Além da boa gastronomia, tem ambientes fechado e ao ar livre com vista para a Igreja Matriz e Chafariz da Praça.
• RESTAURANTE DO CLUBE Oferece almoço com qualidade e bom custo-benefício, com bufê livre ou a quilo e mais de 10 pratos diários da culinária italiana, incluindo carnes, massas, polentas, além de saladas e sobremesa cortesia. Fundado pela família Cipriani, funciona no primeiro andar da Sociedade Garibaldi. Abre de segunda a sexta, das 11h às 13h30, e nos fins de semana apenas com reserva para grupos.