
Lajeado quer dar vida ao Centro
PÁGINAS | 16 e 17

PÁGINAS | 16 e 17
de Lajeado avalia repasse à Corsan e associações prometem entrar na Justiça
Projeto aguardado pela comunidade há décadas, a requalificação da rua Júlio de Castilhos volta a entrar em debate. Nova proposta deve ser apresentada ao município nos próximos meses, com foco na arborização, lazer e acessibilidade. PÁGINAS | 12 e 13
Emissora icônica do RS de volta às atividades
Vida longa à centenária Rádio Pelotense, importante canal de desenvolvimento da rica e histórica região Sul do RS.
Os números do cooperativismo no Vale do Taquari contam parte da história. Por trás dos dados, revela-se um modelo econômico singular, capaz de conciliar crescimento com equidade e eficiência com pertencimento comunitário. O desempenho do setor dobrou o patrimônio líquido em um ano. Justo em um período marcado por adversidades climáticas. O resultado tem características intrínsecas ao modelo cooperativista: a governança participativa, o reinvestimento local e a capacidade de transformar desafios coletivos em oportunidades compartilhadas.
“O Vale do Taquari tem no cooperativismo um diferencial estratégico. Esse modelo prova que é possível promover desenvolvimento econômico e resultados sociais.”
Enquanto outros setores recuam diante das incertezas, as cooperativas avançam, provando que é possível competir sem perder a essência comunitária. Neste Dia do Cooperativismo, o crescimento de 12% no número de pessoas envolvidas, saltando de 462 mil para 518 mil, sinaliza um reconhecimento popular crescente de que, em tempos de volatilidade, a força está na união.
O Vale do Taquari tem no cooperativismo um diferencial estratégico. Esse modelo prova que é possível promover desenvolvimento econômico e resultados sociais. Essa pode ser, no longo prazo, a maior contribuição do modelo: demonstrar que outra economia é possível – mais humana, mais justa e mais resiliente.
em 1º de julho de 2002
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“É preciso ter paciência,
e muito amor e carinho”
Odesejodeajudaruma família carente na busca pordestinoa19cães fez a nutricionista e empreendedoraBruna
Luísa Radavelli, 32, criar a página@adotalajeadono Instagram.Atravésdela, jáconseguiularpara13 cachorros,esegueem busca de uma casa e família paraoutros5cães.
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
O que te despertou a criar a página @adotalajeado?
Me deparei com uma família carente que tinha 19 cães e não tinham mais condições de mantê-los. Essa família não conseguiu ajuda de nenhum órgão e estava financeiramente e mentalmente sem condições de ter tantos animais. Não consegui deixar de ajudar e fazer meu papel social como cidadã.
Quais os maiores desafios em achar destino aos cãezinhos?
No início eu comecei postando pelo instagram do meu empreendimento (Mangaia) para conseguir atingir um maior número de pessoas e fizemos uma feira de adoção também no local. Como tinham muitos animais porte P, esses logo conseguimos famílias. Mas com o tempo os cachorros porte M foram ficando. Os maiores desafios em encontrar uma família são fazer elas entenderem e terem a compreensão de que são cães que passaram por maus tratos e tem seus traumas. Então, no início é preciso ter paciência, dedicação e muito amor e carinho para fazer eles se sentirem seguros e acolhidos.
Quantos cães já foram
adotados?
Ao todo já foram adotados 13 cães. Tivemos um caso especial, que foi a primeira cachorrinha adotada. Ela estava prenha e não sabíamos. Mesmo assim, a família acolheu ela e os 8 filhotinhos que nasceram. Inclusive todos agora já tem um lar também. A família foi maravilhosa, tendo todos os cuidados especiais.
Quantos ainda estão para adoção?
Ainda temos 5 cães que aguardam por um lar. Temos um caso bem especial que é o da Madalena (foto), que é uma cachorrinha de 1 ano e meio, muito traumatizada. Ela vivia em um ambiente em que todos os cães agrediam ela, principalmente por disputa de alimento. Então, hoje em dia, com a ajuda do Canil Municipal, conseguimos 60 dias de adestramento para ela perder o medo e diminuir a ansiedade. Ela busca por um lar muito
especial, que possa receber muito amor e carinho para poder ser feliz. Temos esperança de conseguir um lar que ela possa se sentir segura e ser muito feliz.
O quão recompensador é ver a mudança após a adoção?
É extremamente recompensador. Desde o início eu vi o olhar triste de cada um, vi a vontade de sair dessa situação e querer ser amado de verdade. Então ver esse sonho se realizando, ver eles felizes nos lares, tendo o que comer todos os dias, recebendo carinho, tendo uma cama quentinha todos os dias, não tem preço. Felizmente todas as famílias que adotaram são maravilhosas e agradecemos a cada uma delas por transformarem profundamente a vida desses cães. Transformar todas essas vidas, humanas e animais, é gratificante demais. E esse é o recado: faça mais seu papel de cidadão ao invés de esperar por instituições que também tem suas dificuldades.
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
OGrupo A Hora celebrou 23 anos nessa semana e a cereja do bolo está reservada para segunda-feira, 7 de julho, na Região Sul do Rio Grande do Sul. Uma data simbólica à comunicação rio-grandense. No mesmo dia em que Pelotas celebra 213 anos, o Grupo A Hora reabre e reinaugura a centenária Rádio Pelotense, um ícone do rádio gaúcho e sul-brasileiro que estava adormecido desde
agosto de 2023. Com os mesmos propósitos e valores aplicados em todo o Vale do Taquari, e já iniciados na própria Região Sul por meio da abertura do jornal A Hora do Sul em julho de 2024, o Grupo A Hora busca provocar aquela comunidade para um olhar ainda mais atento e virtuoso às próprias vocações e virtudes daquela rica e histórica região do nosso Estado. E os propósitos são claros. Elevar a confiança, a autoestima e o
Algo de errado não está certo na obra de construção da “ponte baixa” – ou “estiva”, “passagem molhada” ou que for – entre Marques de Souza e Travesseiro. E não estou aqui para “caçar bruxas” e encontrar culpados. Entendo quase nada de engenharia e o meu propósito não é apontar eventuais responsáveis, reforço. Eu só quero chamar a atenção do Vale do Taquari, do Estado e do país para uma situação inaceitável e que já se perpetua por longos 14 meses. Ora, alguém precisa auxiliar as duas comunidades para finalizar de uma vez por todas a “ponte baixa”. Chamem o Exército, sei lá. Mas alguém precisa colocar uma lupa sobre aquele ponto do Rio Forqueta e auxiliar os gestores. Não podemos permitir que duas comunidades fiquem reféns de uma simples pinguela...
espírito associativista e empreendedor. Resgatar protagonismos – e protagonistas – e almejar voos muito maiores e mais resilientes e sustentáveis. Por fim, gerar riqueza cultural, econômica e fomentar o bem-estar social, intelectual e financeiro das pessoas. Por tudo isso e muito mais, nosso singelo desejo de vida longa à Rádio Pelotense, o mais novo/antigo canal de desenvolvimento estadual. E viva Pelotas!
Ranzi declara: será candidato a prefeito em 2028
Em entrevista ao programa Conexão Regional, na quarta-feira, o ex-vereador Carlos Ranzi (MDB) afirmou em alto e bom no tom – e ao vivo. “Serei candidato a prefeito de Lajeado em 2028”. No ano passado, ele conquistou 19.932 votos no pleito municipal, contra 21.535 da candidata vencedora, a atual prefeita Gláucia Schumacher (PP). De fato, uma votação muito expressiva e que lhe credencia, sim, a sonhar com uma nova oportunidade daqui pouco mais de três anos. Para isso, claro, é preciso convencer os líderes do MDB. E isso não deve ser empecilho. Afinal, e não por menos, Ranzi é hoje o presidente municipal do partido e conta com a admiração dos “caciques”. E a pergunta é: quem serão os possíveis adversários (as) do emedebista? Façam suas apostas!
- O jornalista Fabiano Diehl assume a Assessoria de Imprensa da Câmara de Estrela. E Joilson Pereira deve assumir função da Assessoria de Imprensa do Executivo.
- Na sexta-feira, em visita aos vales do Taquari e Rio Pardo, o vicegovernador Gabriel Souza (MDB) subiu o tom contra os críticos ao pedágio. Provocou os ditos “liberais” e criticou a postura do PT, o criador da EGR.
- Além da troca do PSDB pelo PSD, as lajeadenses Marjorie Kauffmann, Secretária Estadual de Meio Ambiente, e Mariela Portz, Assessora da Casa Civil do Estado, também passam a fazer parte da Executiva estadual do PSD.
- Em tempo, e ainda sobre os novos voos dos tucanos, dois importantes agentes do PSDB de Lajeado pretendem seguir na sigla nos próximos meses ou anos. São eles o Secretário de Cultura, Carlos Reckziegel, e a vereadora Paula Thomas. Já em Encantado, o vereador Cris Costa (PSDB) anunciou a pré-candidatura a deputado.
- O governo de Lajeado vai aumentar a fiscalização sobre os descartes irregulares em áreas públicas e privadas. E fica aqui um alerta: já teve multa superior a R$ 5 mil.
- A Câmara de Mato Leitão será palco de uma audiência pública na próxima quinta-feira, às 19h. Em pauta, o projeto de concessão do Bloco 2 das rodovias estaduais.
- Ex-prefeito de Mato Leitão e atual Gestor de Governança do Executivo municipal, Carlos Bohn (PSDB) não esconde o desejo de concorrer a deputado estadual em 2026. E ele também é cotado para migrar ao PSD do ex-tucano Eduardo Leite.
- Após comprar o a estrutura do antigo Hotel Weiand, em Lajeado, o Sesc também pretende negociar áreas vizinhas ao complexo para a ampliação da área edificada e a implantação de uma Escola Sesc de Ensino Médio e Fundamental.
- O governo de Estrela já possui projeto técnico para a construção de um viaduto na BR-386, nas proximidades do bairro Pinheiros. E, se a CCR não assumir a obra, o poder público municipal vai usar recursos próprios. Em Lajeado, havia um planejamento semelhante para um viaduto entre os bairros Hidráulica e Alto do Parque. Mas o assunto não avançou tanto assim...
- Alunos do Colégio Madre Bárbara (na disciplina Modelos de Governança e Política) produziram Projetos de Lei nas áreas da mobilidade urbana e transporte público; iluminação pública e zeladoria de espaços coletivos; resiliência climática e gestão de riscos de enchentes; bem-estar e saúde mental de crianças e adolescentes; inclusão digital e acesso à internet de qualidade. As propostas foram debatidas com vereadores e serão apresentadas na Câmara de Lajeado nesta segunda-feira.
O Vale vive um dilema que, reforço, também deve ter norteado outros tantos debates sobre construções de pontes, rodovias, portos e aeródromos ao longo das últimas décadas – ou século. E o mais importante. Todos os atores envolvidos nas recentes propostas das novas travessias sobre o Rio Taquari possuem bons argumentos e
buscam o desenvolvimento social e econômico dos principais polos urbanos e, por consequência, de todo o Vale do Taquari. Dito isso, não
social governador para
podemos deixar que a disputa por bons projetos se transforme em brigas políticas, pessoais ou mesmo institucio-
nais. E, creio eu, não vamos pender para este lado. Acredito na maturidade dos atores envolvidos, reforço, confio em uma boa decisão por parte do governador Eduardo Leite (PSD), e torço muito para que o nosso valente Vale do Taquari, tão machucado pelas duas maiores tragédias climáticas da história do Rio Grande do
Sul, receba não só uma, mas ao menos duas novas pontes sobre o Taquari.
vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
Lembro bem de uma das perguntas que mais ouvi durante aquelas duas semanas difíceis de maio de 2024: “Quanto tempo levaremos para reconstruir o Vale?” Otimistas arriscavam alguns anos. Pessimistas preferiam nem estimar. Algo, nesse tempo, nunca se perdeu: a capacidade de resistir e trabalhar.
A economia regional, pouco a pouco, vem sendo religada. Como uma engrenagem que precisou ser lubrificada novamente, cada empresa que retoma suas atividades coloca a máquina coletiva da reconstrução para funcionar. E algumas histórias se transformam em símbolos.
Foi o que vimos esta semana com a Lajeadense Vidros. Em sua nova planta industrial, agora erguida
com os aprendizados da dor e os olhos voltados ao futuro, a empresa ligou sua primeira máquina. Uma mesa de corte jumbo laminado. Estavam lá: a família de diretores-proprietários, alguns colaboradores e uma certeza no ar — estávamos vendo o primeiro passo de mais um capítulo da reconstrução econômica do Vale.
Segundo Roberta Arenhart, diretora de marketing e comunicação da empresa, o mês de julho será de ajustes e ativações, e até agosto a unidade estará em plena operação. Mas o gesto de reinício já tem data para marcar história: 4 de setembro, exatamente dois anos desde a primeira enchente, ainda de setembro de 2023.
Nas próximas semanas, próximos meses, novas plantas industriais serão inauguradas, novas
Vimos que agora já é uma indústria mesmo. Foi muito emocionante ver o corte do primeiro vidro. É o início de um novo ciclo pra gente. Agora a chave está virando.”
contratações realizadas, novas máquinas ligadas, novas empresas no “modo on” em suas novas sedes. São 14 meses. Uns vão levar mais tempo, outros se adiantaram. O que importa é que a engrenagem gira. Que a economia respira. Que o Vale reencontra o seu ritmo. Veremos, em breve, projetos de automação ganharem força. Vinagres com novas fórmulas cruzando fronteiras nos cardápios do país. Roupas que levam o nome da nossa terra desfilando em vitrines com a mesma alegria que nos reconecta à vida.
A cada avanço, devolvemos à região aquilo que ela tem de mais precioso: gente que trabalha, e muito.
E faz do empreendedorismo mais do que uma atividade econômica - faz dele um valor.
ROBERTA LOPES ARENHART
A Medical San marcou presença no Estética In Rio, realizado de 28 a 30 de junho, no Riocentro, no Rio de Janeiro. Com estande movimentado e workshops lotados, a fabricante gaúcha apresentou seu portfólio de tecnologias para a saúde estética. O Ultramed MPT, um dos lançamentos mais recentes, liderou a procura entre os profissionais. Palestras e apresentações de casos clínicos enriqueceram a participação da marca. A movimentação intensa e chamou a
atneção do público e profissionais que passaram pelo evento. Workshops no próprio estande atraíram grande público. Segundo o Dr. Fábio Denardin, o evento foi um “sucesso total”. Muitos profissionais fecharam negócios e reafirmaram sua fidelidade à marca.
A sócia-fundadora Ivanir dos Santos acompanhou tudo de perto e agradeceu a adesão: “Três dias de muito sucesso. Um evento maravilhoso. Obrigada por cada um que esteve com a gente.”
• Tecnologia - O avanço da inteligência artificial generativa está impulsionando a demanda por data centers de alto desempenho no mundo todo. Com isso, cresce a pressão sobre recursos como energia e água, acentuando o desafio por soluções sustentáveis. Nesse cenário, o Brasil se destaca como um dos países com maior potencial para liderar essa nova era digital.
Projeto foi apresentado a prefeitos e empresários durante reunião da Amvat. Custo estimado é de R$ 90 milhões. Objetivo é buscar recursos junto ao Estado. Há pouco mais de um mês, outra proposta de travessia foi protocolada no Piratini, entre Estrela e Cruzeiro do Sul
Em meio às discussões sobre a necessidade de novas ligações sobre o Rio Taquari, uma nova proposta de ponte foi apresentada a prefeitos e empresários na manhã dessa sexta-feira, 4, em reunião da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat). A travessia é projetada para ficar entre Lajeado e Estrela, dois quilômetros distante da BR-386.
Idealizada pelo Grupo Front, o projeto da nova estrutura foi detalhada pelo empresário Roberto Lucchese, diretor da Lyall Construtora. Do lado de Lajeado, a ligação iniciaria nos fundos da Univates, onde há um “paredão” de rochas, no bairro Carneiros, e chegaria a Estrela na região onde hoje está instalado o Aeródromo, em Linha São José. O objetivo é entregar o projeto aos governos municipais para que os gestores avaliem e reconheçam a importância da travessia entre os dois municípios. De acordo com o empresário, a obra, projetada para a cota de 42,4 metros – dez metros mais alta do que a ponte da 386 –, tem custo estimado de R$ 90 milhões e em condições de ser concluída em cerca de um ano.
Durante a abordagem, Lucchese lembrou que a necessidade de uma nova travessia entre Lajeado e Estrela se tornou ainda mais evidente após a catástrofe climática de maio de 2024, que isolou o Vale. O empresário comentou sobre a relevância do projeto e os danos sofridos pela estrutura existente na rodovia federal após ser atingida por uma balsa.
“Sabemos que, depois da perda de tantas casas, o maior símbolo da tragédia foi a desconexão do Vale. Aquela imagem da ponte tomada pela água mostrou para o Brasil que a região ficou isolada. Por isso investimos em um projeto real, viável técnica e financeiramente”, frisa Lucchese.
Lucchese detalha que foram meses de estudos com topografia, sondagem do leito do rio, levantamento de cota e viabilidade de orçamento. A ideia é que a nova estrutura fique numa cota que evite que a ponte seja submersa em novas grandes cheias.
“Encontramos o ponto ideal próximo ao paredão nos fundos da Univates, ligando direto a ERS-129 com a Bento Rosa e ao anel viário, que chega na ERS-130. É uma ponte que não liga apenas dois municípios, mas todo o Vale do Taquari”, reforça.
O custo estimado, segundo ele, busca ser realista diante da capacidade de investimento do Estado. “A gente precisa ter coerência com o que é exequível. Essa ponte pode ficar pronta em um ano de obra, se viabilizada”, garante o empresário.
Impacto no Aeródromo
Uma questão levantada é o impacto sobre o aeródromo de Estrela. O traçado proposto passaria sobre parte do terreno. Lucchese confirma que há discussões em andamento para desenvolver um aeródromo regional, em diálogo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e técnicos especializados.
“Nossa prioridade agora é garantir que o Vale do Taquari não volte a ficar isolado. Mas também estamos estudando entregar um projeto viável de novo aeródromo, quando for o momento certo”, pontua.
A prefeita de Lajeado, Gláucia Schumacher, ressalta que o papel dos municípios agora é fortalecer a mobilização para garantir a liberação de verbas para essa e outras possíveis obras de pontes. “Tem recurso, mas precisam de projetos. Então quanto mais projetos o grupo apresentar, melhor. Estamos fazendo a nossa parte para levar opções ao Estado e à União”, destaca.
Ela lembra que após tudo o que a região sofreu, cada nova ligação rodoviária faz diferença. “A gente sabe o quanto uma via de acesso salva vidas e economias. Não conhecia todos os detalhes desse projeto ainda, mas toda proposta que cria alternativas deve ser
avaliada com seriedade. Tomara que a gente consiga muito mais do que uma ponte”, projeta.
A prefeita de Estrela, Carine Schwingel, também sublinha que, para dar certo, é essencial manter a força coletiva. “Não é de hoje que trabalhamos pela importância das conexões. Eu tenho bairros isolados em Estrela que ainda sofrem muito. Precisamos mostrar aos governos estadual e federal que temos união regional para viabilizar esses investimentos”, defende. Carine destaca que o momento exige pressa. “No início, o Funrigs (Fundo do Plano Rio Grande) tinha 14 bilhões. Hoje já são mais de 30 bilhões em projetos apresentados. Então, há mais demanda do que recurso. É hora de todas as entidades e prefeitos falarem a mesma língua. Só assim garantimos prioridade para o Vale”, alerta.
É uma ponte que não liga apenas dois municípios, mas todo o Vale do Taquari”
Entre Lajeado (fundos da Univates) e Estrela (no Aeródromo Regional)
Aproximadamente 10 metros acima da ponte atual
R$ 90 milhões (viabilidade orçamentária alinhada com capacidade do Estado)
Mesma categoria técnica de pontes projetadas na região (TB 450), caso da ERS-130. Suporta para veículos leves e pesados
Cerca de 12 meses após viabilização de recursos e licenciamento
Há diversas ideias de travessias sobre o Rio Taquari. Neste sentido, outra proposta que avançou foi a construção de uma ponte entre Estrela e Cruzeiro do Sul.
O projeto está em análise para financiamento via Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs). Resta o aval definitivo do governo do Estado.
Avaliada em R$ 280 milhões, a nova estrutura integra um projeto robusto de mobilidade, interligando a BR-386 e a ERS130. Para além de bene ciar os municípios envolvidos, a proposta também cria uma rota alternativa entre os vales
do Taquari e Rio Pardo, com potencial para desafogar o trânsito da rodovia federal na ligação com a região metropolitana e a Serra.
A extensão total da ponte, conforme o projeto apresentado, é de 1.260 metros, entre acessos de ambos os lados, elevações e o trecho central de 300 metros. Do lado estrelense, o traçado iniciaria a partir da Transantarita, de fácil conexão com a 386. No lado cruzeirense, o acesso seria pela 130, próximo a uma antiga saibreira, e passaria nas proximidades da entrada da cidade.
Proposta orçada em R$ 70 milhões foi detalhada nessa sexta-feira a prefeitos da região durante reunião da Amvat. Ideia é obter apoio de prefeitos e levar iniciativa ao Estado para obter recursos do Funrigs
Idealizada com o propósito de mitigar danos de cheias e estiagens, um projeto elaborado pela Certel prevê a construção de uma barragem na região do Alto Forqueta, com potencial para beneficiar 12 cidades.
A proposta foi apresentada nessa sexta-feira, 4, durante reunião da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat).
A barragem busca melhorar as condições de vazão do Rio Forqueta, por meio do acúmulo de água a ser represada e a liberação controlada da vazão efluente. Isso, conforme apresentado na assembleia, gera uma regularização em condições normais, de estiagem, e em caso de cheias, será possível regularizar à jusante do barramento.
Conforme o vice-presidente da Certel, Daniel Sechi, a barragem pode regularizar a vazão do Rio Forqueta em até 4 metros cúbicos por segundo. “Ela segura a água no início do rio, na região de Soledade, o que ajuda a manter o nível nos períodos de estiagem e também a segurar o volume em momentos de grandes enchentes”, explica. Sechi reconhece que esta não é “uma solução definitiva”, mas se mostra uma ferramenta importante para reduzir o efeito de grandes
inundações, como a registrada em maio de 2024, que causou destruição de áreas urbanas, estradas e pontes. O custo estimado da obra, conforme o dirigente, é de R$ 70 milhões.
Segundo Sechi, o projeto não prevê a geração de energia no local, mas sim o uso exclusivo para regularização hídrica, o que beneficiaria diretamente os municípios localizados ao longo das margens do Forqueta.
A Certel desenvolveu o projeto em nível pré-executivo e agora busca apoio de lideranças regionais e estaduais para viabilizar os recursos necessários. “O projeto está pronto. Basta os interessados se unirem para executar. A Certel, sozinha, não tem como fazer. É uma barragem pública, de engenharia civil, sem barragem de geração de energia junto”, destaca.
O engenheiro Júlio Salecker, integrante da diretoria da Certel e também do Comitê da Bacia Hidrográfica do Taquari-Antas lembra que a barragem foi disponibilizada no Funrigs para ser executada como obra pública. “Ela não beneficia só a Certel. Vai trazer ganho para todos os municípios envolvidos, principalmente para minimizar o risco de enchentes na parte baixa do Vale”.
Número de cooperados cresce 12% e volume de receita 5%. Setor se apoia em governança e reinvestimento local para aumentar importância
Mesmo após as tragédias climáticas de 2023 e 2024, com efeitos sobre a produção e o consumo, o cooperativismo permanece como uma das principais forças econômicas do Vale do Taquari.
Dados do sistema Ocergs mostram que as 18 cooperativas da região somaram R$ 6,7 bilhões em ingressos em 2024, com 518 mil associados e 6,5 mil empregos diretos.
Neste sábado, Dia do Cooperativismo, o relatório sobre as organizações gaúchas mostram que o volume total de receitas no Vale do Taquari subiu 5% em relação ao ano anterior (R$ 7,1 bilhões em 2024), o setor dobrou o patrimônio líquido no período — de R$ 1,7 bilhão para R$ 3,3 bilhões — e cresceu 62% em sobras, saltando de R$ 308,6 milhões para R$ 500,5 milhões. O desempenho reforça a resiliência das cooperativas regionais em um momento de retração de mercados e incertezas climáticas. Segundo o presidente do Sistema
No Vale do Taquari, cooperativas de crédito, agropecuária e energia despontam entre as mais produtivas do RS e com destaque nacional
Ocergs, Darci Hartmann, o modelo se consolida pela capacidade de reinvestir na própria base. “Mais de um terço da população gaúcha está ligada ao cooperativismo. Esse é o motor do desenvolvimento sustentável que buscamos”, afirma.
O aumento de 12% no número de cooperados, de 462 mil para 518 mil em um ano, indica um avanço na adesão popular ao modelo. No mesmo intervalo, o total de empregados cresceu 2,3%. Ainda que o ritmo de contratações tenha sido menor que o de anos anteriores, a manutenção e ampliação de postos de trabalho mostram o peso social do cooperativismo.
Para a presidente do Conselho de Desenvolvimento (Codevat),
a economista Cintia Agostini, o cooperativismo é a tradução de uma lógica histórica, social e territorial. Segundo ela, o modelo nasce da necessidade de sobrevivência dos vilarejos e comunidades. “As pessoas que vieram para cá, os imigrantes, encontraram um território desafiador. A saída foi se apoiar umas nas outras”, explica.
Esse apoio mútuo, essa troca com o vizinho, gerou um senso de coletividade que permanece até hoje e se traduz no associativismo presente nas cooperativas. “O coletivo se sobrepõe ao individual. As decisões são tomadas em conjunto, a gestão é plural e não concentrada em uma única figura”, afirma Cintia.
Além da história, há a dimensão econômica. Em um cenário de competição intensa e margens apertadas, o associativismo é uma forma de ganhar escala, reduzir custos e manter a sustentabilidade dos pequenos empreendimentos, especialmente os familiares. “A lógica da cooperação nos permite competir sem abrir mão da nossa essência”, avalia.
Agropecuária e crédito lideram
No recorte por segmento, as cooperativas agropecuárias seguem como pilares do setor. No Vale, seis entidades desse ramo reúnem 39,6 mil cooperados e 4,2 mil trabalhadores. Em relação a 2023, houve crescimento tímido de 0,2% em associados e de 7% em empregos.
Já no ramo do crédito, entidades como o Sicredi representam mais que instituições financeiras. Segundo o presidente da Central
Sicredi Sul/Sudeste, Márcio Port, o vínculo com a comunidade é a base da atuação. “Enquanto outros bancos recuam, nós permanecemos próximos. A nossa força está na escuta, no pertencimento e no compromisso coletivo”, ressalta.
O presidente da Sicredi Integração RS/MG, Luís Mário Berbigier, destaca a importância do cooperativismo na região. “Auxilia no desenvolvimento econômico e social pela união de esforços de recursos. As cooperativas atuam como agentes de transformação, geram empregos, renda e melhoria de qualidade de vida das pessoas e das comunidades”
Em âmbito estadual, o Rio Grande do Sul conta com 372 cooperativas, 4,2 milhões de cooperados e 78,5 mil empregos diretos. A soma dos ativos chega a R$ 217,8 bilhões, com faturamento de R$ 93,25 bilhões e sobras superiores a R$ 5,1 bilhões. A meta do plano estratégico da Ocergs é alcançar R$ 150 bilhões em faturamento até 2030. Com base nos dados do Expressão do Cooperativismo Gaúcho 2025, a prioridade dos próximos anos será manter o crescimento com sustentabilidade. “Nosso compromisso é com o impacto positivo nas comunidades. Governança, eficiência e inclusão seguem como os pilares da estratégia”, destaca Darci Hartmann.
Nesta etapa de modernização, 52 serviços em diversas áreas podem ser solicitados e acompanhados
Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
VENÂNCIO AIRES
Profissionais e moradores terão mais facilidade para solicitar serviços prefeitura, de forma 100% digital e pela internet, sem necessidade de sair de casa ou do escritório. Com o objetivo de agilizar os serviços, a administração municipal ampliou a utilização da Aprova, plataforma de gestão e automação de processos no setor público, que substitui o requerimento e a análise realiza-
dos de forma manual pelo digital e online, com o uso de inteligência artificial.
Para o secretário de Gestão e Governança, Tiago Quintana, além da praticidade e agilidade para a população, os processos digitais também impactam na rotina dos servidores. Quintana destaca que a modernização acompanha as melhores práticas de gestão, facilitando o planejamento das secretarias através de dados e relatórios fornecidos, diariamente, pelo sistema.
“Vamos agilizar os processos dentro das nossas secretarias, como alvarás, certidões, licenças, que são demandas crescentes na nossa cidade, e permitir a desburocratização especialmente para o cidadão e empresário”, destaca. Cita que na construção civil são mais de 1,5 mil processos online.
Evento de apresentação ocorreu nessa sexta-feira, 4, no auditório da Caciva
ADMINISTRAÇÃO GERAL
• Solicitação de Aditamento/Reequilíbrio; Cancelamento de Itens; Troca de Marca.
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, TRABALHO E TURISMO
• Incentivo a Representante Oficial; Licenças; e pedido para instalação de Food Truck.
DESENVOLVIMENTO RURAL
• Solicitação em programas de incentivo (agroindústrias familiares, fruticultura, ervamate e Promagro).
EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER
• Incentivo a Representante Oficial, prestação de constas de escolas, pedido
de espaços no Parque do Chimarrão e solicitação de passagens escolares.
FAZENDA
• Pedido de Restituição ou Compensação de valores pagos indevidamente; Vinculação de certificado digital e-CPF ou e-CNPJ para emissão de NFS-e; e prêmios Nota Fiscal Gaúcha.
INFRAESTRUTURA DA CIDADE
• Solicitação de Manutenção ou de Instalação de novo ponto de Iluminação Pública, licenciamento ambiental e pedido para redução da taxa de coleta de lixo.
PLANEJAMENTO E URBANISMO
• Laudo de Marquise; Licença de Construção; Regularização com
Compensação; Solicitação Habite-se; Solicitação consulta Prévia, Numeração Predial, Instalação de Empreendimento, Instalações Sanitárias; e substituição de projeto.
PREVIDÊNCIA
• Certidão Narratória para Professores; Certidão de Tempo de Contribuição – CTC; Pedido de Aposentadoria e Pedido de Pensão.
SAÚDE E VIGILÂNCIA SANITÁRIA
• Licença Sanitária para Veículos de Transporte.
TRÂNSITO E SEGURANÇA
• Licença para Fechamento de Rua e solicitação de Cartão para Vaga Reservada.
Com presença do governador
Eduardo Leite e comitiva do Vale do Taquari, emissora mais antiga do RS terá primeira transmissão simultânea com o Vale do Taquari
Jéssica R.
No coração do Centro de Pelotas, os estúdios ganham forma, os microfones são ajustados e a equipe se mobiliza para um momento histórico: o retorno da Rádio Pelotense na frequência 99.5 FM (alcance na Zona Sul). Depois de mais de um século de história e um breve hiato em 2023, a emissora mais antiga
Fundada em 1925, a Rádio Pelotense é considerada a emissora mais antiga do Rio Grande do Sul
do Rio Grande do Sul volta ao ar nesta segunda-feira, 7, a partir das 6h, sob gestão do Grupo A Hora. A estreia contará com edições especiais dos programas A Hora Bom Dia, Frente e Verso e O Meu Negócio, todos transmitidos diretamente da sede do Grupo A Hora em Pelotas, e divulgados de forma simultânea na rádio A
Hora 102.9. Na programação está prevista a presença do governador Eduardo Leite e de uma comitiva de empresários do Vale do Taquari, além de autoridades e representantes da região Sul. Um dos momentos simbólicos será o descerramento da placa inaugural na nova sede da emissora, localizada junto à central
de jornalismo do A Hora do Sul, que completa um ano neste domingo, 6.
Fundada em 1925, a Rádio Pelotense é considerada a emissora mais antiga do Rio Grande do Sul. Após encerrar suas atividades em 2023, ela retorna agora com uma nova proposta: manter o foco no jornalismo e na prestação de serviço à comunidade, em sintonia com o modelo multiplataforma já consolidado pelo Grupo A Hora no Vale do Taquari e, desde o ano passado, também em Pelotas, com o jornal A Hora do Sul.
Em seu retorno, a Pelotense será coordenada pelo radiojornalista Fabiano Conte, que possui mais de três décadas de experiência na área. Segundo ele, a nova fase da emissora contará com espaços, modernos e integrados.
“Estruturamos uma grande voltada majoritariamente ao jornalismo, sem abrir mão do entretenimento e da interatividade
com os ouvintes. Queremos ser um espaço de escuta e de debate qualificado sobre os temas que importam para Pelotas e região. Por isso, a programação vai ao ar das 6h às 21h, com uma jornada completa de jornalismo”, ressalta.
O diretor executivo do Grupo A Hora, Adair Weiss, destaca que é uma prerrogativa institucional o alinhamento entre tecnologia e qualidade de conteúdo. “A tecnologia precisa nos favorecer, mas o que vale é o conteúdo que nós vamos entregar”, diz. Sobre o investimento, o gestor destaca a visão de impacto do rádio no dia a dia da população. “O rádio ficou mais completo. A tecnologia fez com que o rádio se tornasse uma plataforma de imagem, por meios digitais. De todas as mídias essenciais, o rádio foi o que mais soube se aproveitar da evolução tecnológica, crescendo exponencialmente, no mundo inteiro, nos últimos anos em conteúdos e em publicidade”, afirma.
Em meio a negociação sobre o futuro do saneamento básico em Lajeado, a possibilidade de um aditivo contratual com a Corsan/Aegea gera reação. Integrantes de entidades sem fins lucrativos responsáveis por abastecimento de água organizam manifestação para a manhã deste sábado. Ministério Público destaca que legislação obriga licitação ou novo contrato
Filipe Faleiro
Agestão da água e o tratamento de esgoto em Lajeado entra em conflito aberto. De um lado, as associações comunitárias prometem defender a continuidade do serviço nos bairros São Bento e em parte do Floresta, Moinhos D’Água e Carneiros. No outro, o governo municipal afirma estar impedido de manter o modelo atual devido a legislação federal. Para tentar conciliar as diferentes visões, o Ministério Público alerta que há dois caminhos: renovar o contrato com a Corsan, hoje privatizada e operada pela Aegea, ou abrir nova licitação.
O estopim desse embate está marcado para este sábado, 5 de julho, com protesto em frente a prefeitura de Lajeado. Liderado pela Sociedade de Água São Bento-Centro, o ato tem como objetivo demonstrar ao poder público a posição contrária da comunidade, para barrar a chance da Corsan assumir os poços artesianos e as redes operadas pela associação. A expectativa é reunir moradores de todas as localidades onde o abastecimento é feito por entidades sem fins lucrativos e até pelos chamados “particulares” (loteadoras que fizeram as redes e oferecem água para moradores). “Temos mais de 1,5 mil pessoas confirmadas. Mas não sabemos se todos vão de verdade”, diz o presidente da associação de São Bento, Nilson Purper.
Concluir o estudo técnico contratado e avaliar alternativas com dados reais (ativos, custos, redes, capacidade de tratamento).
Incluir as associações no inventário e nas discussões futuras sobre a indenização.
Negociar uma transição gradual para dar tempo de adaptação às comunidades.
A prefeita Gláucia Schumacher afirma que não se trata de vontade política, mas de imposição legal. Em audiência pública no Ministério Público, em 13 de junho, afirmou: “se eu pudesse escolher, manteria as associações. Mas trata-se de uma legislação federal e não há o que possamos fazer. O que temos de trabalhar agora é para garantir a melhor indenização possível.”
Segundo a prefeita, há duas
opções: firmar um aditivo contratual com a Corsan, estendendo o vínculo de 2032 até 2062, ou abrir nova licitação.
Em ambos os casos, as áreas atendidas por associações precisam ser incluídas na concessão. “O município está aguardando a conclusão de um estudo técnico para decidir com base em dados. Respeitamos a mobilização, mas há escolhas que não dependem da administração municipal”, afirma.
O estudo foi contratado por R$ 40 mil. A empresa responsável foi indicada pelo Fórum das Entidades e tem prazo de 60 dias para concluir o relatório. A análise vai mapear toda a rede atual, inclusive as estruturas operadas pelas associações.
O marco regulatório do saneamento (Lei nº 14.026/2020) estabelece metas para os municípios: 99% de cobertura em abastecimento de água e 90% de tratamento de esgoto até 2033. Lajeado tem menos de 1% do esgoto tratado.
“Vamos entrar na Justiça”
“Foi a comunidade que escavou os poços, instalou a rede e garantiu água potável. Agora que está tudo funcionando, querem tirar e entregar para uma empresa privada. Não aceitamos e vamos lutar até o fim”, afirma Nilson Purper, da Associação do São Bento.
Segundo ele, são mais de 1,2 mil famílias abastecidas por oito poços. Fundada por moradores do bairro na década
Cada caso é um caso. Existem municípios que, ao longo dos anos, organizaram a prestação de serviço com ou sem a Corsan. O exemplo de Teutônia é emblemático”
de 1980, a entidade reinveste a receita e cobra tarifas inferiores às praticadas pela companhia estadual. Sócios fundadores pagam R$ 34 mensais — valor fixado com base em uma joia paga à época da fundação. Consumidores recentes pagam R$ 65.
Além da mobilização popular, a associação articula ações judiciais. “Faremos o que for preciso. Vamos entrar na Justiça para proteger o que é nosso. Nunca fomos chamados para debater. Fomos nós que procuramos o poder público. Eles só ouvem a Corsan”, critica Purper.
Fracionamento é inviável
Líderes comunitários sugerem uma solução intermediária: manter as associações em parte da cidade e conceder à Corsan as demais regiões. A proposta, segundo a prefeita Gláucia, não é viável. “Em um município pequeno como Lajeado, a
Entendimento jurídico do governo municipal e do Ministério Público.
Assinar aditivo com a Corsan/Aegea até 2062
• Garante cumprimento da lei.
• Associações e particulares saem do serviço.
• Indenizações devem ser negociadas de maneira individual com as associações.
Municipalizar
• Governo municipal assume toda a operação.
• É necessário montar uma estrutura técnica e jurídica (seja como autarquia ou departamento).
• Exige indenizar a Corsan (caso rescinda contrato atual).
Manter associações atuais
• Não é viável por exigência da lei.
• Permanece em conflito com o Marco Legal.
• Só possível com licitação ampla (e associações disputando com empresas).
divisão territorial compromete a viabilidade do investimento em esgoto, que é um sistema interligado. Além disso, mesmo que a cidade fosse segmentada, a operação teria de passar por licitação, conforme a legislação.” A prefeita também responde às críticas sobre falta de diálogo. “Tivemos duas reuniões presenciais com as associações.
Associação do São Bento coleta assinaturas de abaixoassinado. São mais de 1,2 mil economias atendidas no bairro
Seguimos abertos ao diálogo, dentro dos limites legais. Toda organização tem o direito de buscar seus interesses pela via judicial.”
O Ministério Público de Justiça notificou a Corsan/Aegea para avaliar a possibilidade fracionar o contrato e manter a Associação de Água de São Bento em operação. “A resposta foi categórica: não é possível. Técnicamente, o contrato não comporta essa divisão”, destaca o promotor João Pedro Togni. Para ele, a resistência das associações é compreensível, mas limitada diante do novo Marco Legal do Saneamento. “O que temos é uma mudança de legislação. Mesmo que se entenda que o serviço foi e continua sendo bem prestado pelas associações, a exigência legal é clara: ou se celebra um aditivo com a Corsan/ Aegea ou se abre uma licitação pública para concessão. Não há espaço para modelos paralelos como antes.”
Oimpasse sobre o abastecimento de água em Lajeado transcende a simples dicotomia entre associações comunitárias e exigências legais. Revela-se como um intrincado tabuleiro onde interesses legítimos, obrigações institucionais e estratégias políticas se entrelaçam de forma complexa. A compreensão plena da situação exige que analisemos essas múltiplas camadas sem ingenuidade, mas também sem cinismo.
As associações de bairro, com história de décadas de serviço comunitário são expressões de autonomia local e capital social acumulado. Seu protesto é genuíno e justificável, nascido do temor legítimo de perder um modelo que funciona e que criou vínculos de confiança difíceis de replicar.
No entanto, o Marco Legal do Saneamento estabelece regras que dificultam a continuidade. Falar de casos como Teutônia ou Caxias do Sul é diferente, pois o principal prestador do serviço é o próprio poder público. Como responsável, pode dividir o encargo, mas ele se mantém como dono do sistema.
Para Lajeado, a universalização até 2033 exige modelos integrados, ainda que isso implique em transições. Neste ponto, a administração municipal encontra-se em uma encruzilhada: como cumprir a lei sem desrespeitar histórias comunitárias? É neste terreno pantanoso que a política partidária encontra espaço. Vereadores da oposição, identificando no tema um potencial catalisador de insatisfação popular, têm instrumentalizado o debate. As críticas são amplificadas por cálculos políticos que pouco contribuem para soluções concretas.
A solução exige uma série de responsabilidades. Começa com a rmeza institucional do governo que vai precisar decidir apesar da pressão política e social.”
“Decisão precisa ser técnica”, diz promotor
O promotor de Justiça João Pedro Togni acompanha o impasse entre as associações comunitárias de água e o município de Lajeado. Para ele, a questão central passa por compreender que a titularidade do serviço de saneamento básico pela constituição é dos municípios, que podem optar por dois caminhos: prestar o serviço de maneira direta ou conceder à iniciativa privada. “Cada caso é um caso. Existem municípios que, ao longo dos anos, organizaram a prestação de serviço com ou sem Corsan. O exemplo de Teutônia é emblemático: há diferentes modelos atuando nos bairros e no centro, com prestadores distintos. É a titularidade do município sendo exercida na prática”, afirma Togni.
A solução exige uma série de responsabilidades. Começa com a firmeza institucional do governo que vai precisar decidir apesar da pressão política e social. Também de um processo com transparência absoluta, a partir do estudo técnico em andamento e de uma mesa de negociação específica para garantir indenizações condizentes com o esforço comunitário. Depois disso, caberá à própria população manter uma vigilância ativa em defesa do melhor para a cidade.
Iniciativa do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania orientou famílias em fase de ruptura e casos de alienação parental no Fórum do município. Atividades ocorreram nos dias 3 e 4 de julho
Daniély Schwambach* centraldejornalismo@grupoahora.net.br
Estagiária sob a supervisão de Felipe Neitzke
LAJEADO
Com o auditório do Salão do Júri lotado, ocorreu nas tardes de quintafeira e sexta-feira, dias 3 e 4, a maior edição das Oficinas de Parentalidade já feitas pela Comarca de Lajeado. Promovida pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), a ação reuniu 140 pais em processo de separação ou com demandas envolvendo guarda e alienação parental. Metade deles participou da oficina na quintafeira, e o segundo grupo, com mais 70 participantes, esteve presente na sexta-feira. A oficina é uma iniciativa educativa e preventiva que visa reduzir os impactos do divórcio na vida das crianças e adolescentes.
Com duração de até quatro horas, os encontros foram ministrados por profissionais certificados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que utilizaram vídeos, apresentações, slides e reflexões guiadas para estimular a consciência sobre o papel dos pais na formação dos filhos mesmo após o fim do vínculo conjugal.
Para garantir a segurança emocional e evitar situações de conflito, os casais participaram em dias distintos. Ao final da oficina, os processos seguiram para mediação ou audiência com a juíza Débora Gerhardt de Marque,
titular da Vara de Família e coordenadora do Cejusc em Lajeado. A metodologia aplicada seguiu uma linha humanizada, que considera a escuta, o respeito mútuo e a corresponsabilidade parental.
“Tem pais que mesmo juntos, acabam terceirizando os filhos. A oficina mostra que isso precisa mudar”, afirma Marise, secretária executiva do Cejusc. Segundo ela, o programa é aplicado desde 2016 na comarca e vem sendo aprimorado a cada edição. “Realizamos testes antes e depois da oficina e os resultados mostram mudanças reais na forma como os pais se
comportam. Há mais escuta, mais paciência, mais clareza do que realmente importa para os filhos”, completa.
Os expositores desta edição foram Miriam Difenthaeler, Naide Regina Hemann e Adilson Johann, profissionais capacitados e com ampla experiência em mediação familiar. A equipe também contou com o apoio de Cíntia Eluise, estagiária de Direito do Tribunal de Justiça. Eles destacam que a ação busca devolver aos pais o protagonismo na resolução dos conflitos, incentivando decisões consensuais e respeitosas.
Adilson Johann participou pela terceira vez da oficina como expositor. Ele conta que recebeu o convite por meio de pessoas conhecidas e, após a formação, passou a integrar o grupo de facilitadores. “Me convidaram porque sabiam do meu interesse por temas sociais. Aceitei porque gosto de desafios e acredito que é nas situações difíceis que conseguimos promover mudanças reais”, relata. Embora não tenha vínculo direto com o Fórum, ele destaca a importância da oficina no acolhimento das famílias. “É gratificante ver que os pais saem mais dispostos a dialogar. A gente percebe que faz diferença”, acrescenta.
De acordo com Marise, essa foi a maior edição já organizada em Lajeado, tanto pelo número de participantes quanto pelo envolvimento dos profissionais. “Estamos comprometidos com a construção de uma Justiça mais acessível e humana. As oficinas permitem que as famílias encontrem caminhos de convivência mais saudáveis, e isso reflete diretamente no bem-estar das crianças”, conclui.
As Oficinas de Parentalidade ocorrem diversas vezes ao ano, conforme a demanda da Vara de Família. Todos os casos são indicados com base em processos judiciais que envolvem separações litigiosas, guarda compartilhada ou denúncias de alienação parental. A proposta é orientar os pais e promover uma mudança de postura que beneficie diretamente a estrutura familiar.
Jornalista
Governador em exercício, Gabriel Souza (MDB), esteve em Taquari nesta sexta-feira, 4. Além de apresentar um plano de investimentos concretizados e previstos para o estado na gestão liderada por Eduardo Leite, o emedebista percorreu mesa por mesa do espaço reservado para o almoço e interagiu com prefeitos, assessores e até com a imprensa, sempre bem-humorado. Na entrevista, uma cutucada estratégica no PT e PL, não por acaso, os concorrentes diretos na eleição de 2026 em que Souza deve representar MDB, PSDB, PSD, PDT e outras siglas numa composição para governar o estado. Talvez até o PP, se vencer a cada de braço com os liberais na disputa pelo apoio. Gabriel lembrou de uma concessão de rodovias feita pelo governo federal e o estado do Paraná para justificar sua observação que os petistas apenas são contrários à entrega de vias para iniciativa privada no Rio Grande do Sul.
Em relação ao PL, o “VG” (abreviatura de vice-governador e termo usado entre assessores) foi um tanto irônico ao citar seis ou sete históricos liberais falecidos e indicar “que eles estão se contorcendo no túmulo” ao ver liberais contrários a concessão de rodovias.
Com relação a análise de projetos para novas pontes no Vale, Souza tomou todo cuidado
diante da disputa pública entre forças econômicas para emplacar diferentes projetos de ponte, uma entre Lajeado e Estrela e outra que defende ligação de Cruzeiro do Sul até Estrela, pelas rodovias.
Pode-se dizer que o “Ficha 1” do MDB sabe quem são os prováveis rivais no pleito do próximo ano e quais os caminhos de ataque ao governo serão utilizados.
ROGÉRIO WINK
Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu Negócio”, da Rádio A Hora 102.9
Em uma conversa recente com um colega conselheiro, surgiu um tema fascinante: a diferença, e às vezes o abismo, entre o conhecimento teórico e a prática do dia a dia nos negócios. Ele mencionou como, em muitos ambientes corporativos, há um distanciamento entre o que se discute em salas de “reunião climatizadas”, baseadas em modelos e teorias sofisticadas, e a realidade vivida no “chão de fábrica” ou no atendimento ao cliente. A pergunta, então, ecoou: o que realmente tem mais peso no resultado de uma empresa – a teoria ou a prática?
Com vivência em diferentes frentes, não é uma disputa, e sim uma parceria. Teoria e prática precisam andar juntas. Separadas, perdem força. Juntas, constroem negócios mais sólidos, inovadores e sustentáveis. A teoria é fundamental. Ela organiza o pensamento, traz referências, estrutura processos. É o que permite que empreendedores saiam do improviso e comecem a pensar estrategicamente. Teorias financeiras explicam fluxo de caixa, ponto de equilíbrio, margem de contribuição – elementos cruciais para a saúde de qualquer empresa. A teoria de marketing ensina a segmentar o público, definir posicionamento e criar valor percebido. A teoria de gestão ajuda a montar organogramas, entender papéis, liderar pessoas com mais clareza e justiça.
Mas a teoria sozinha não resolve. Porque negócios são feitos de gente, de contextos mutáveis, de imprevistos.
A partir da próxima semana, o governo de Lajeado retoma o processo para avançar em uma Parceria Público-Privada na iluminação pública. O assunto existe há mais de três anos e travou no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) na tentativa anterior. Com isso, o vice-prefeito Guilherme Cé e o procurador geral do município, Natanael Zanatta, preparam um novo formato de edital a ser lançado. Até lá, será preciso desenvolver estudos técnicos e encaminhar novamente a proposta para análise do TCE.
Na prática, a proposta é repassar para iniciativa privada a missão de trocar lâmpadas queimadas por um modelo mais resistente e de mais qualidade. Além disso, a ideia é que a empresa monitore com suas tecnologias locais onde a troca é necessária e execute o serviço de maneira rápida.
Negócios são feitos de gente, de contextos mutáveis, de imprevistos. A prática
é onde a teoria é testada.”
A prática é onde a teoria é testada. É no balcão, na visita ao cliente, na operação de segunda-feira de manhã, que as estratégias se mostram viáveis ou não. Já vi ideias brilhantes no papel que naufragaram por falta de aderência ao time ou à cultura da empresa. E vi soluções simples, nascidas da observação e da experiência, salvarem faturamentos e fortalecerem marcas.
Um exemplo prático: conheci um empresário que decidiu aplicar uma metodologia de precificação onde na planilha, tudo fazia sentido. Mas, na prática, não levou em conta o comportamento do consumidor local nem os movimentos dos concorrentes. Resultado? Perdeu vendas. Foi só ao conversar com os vendedores e entender a dinâmica real do mercado que ajustou a estratégia e recuperou o desempenho.
Por outro lado, também vi empreendedores com excelente relacionamento com clientes, boa reputação e fluxo de vendas constante, desaparecerem porque não tinham controle de custos, margem ou planejamento financeiro. Eram ótimos na prática, mas desprezavam a teoria – e pagaram caro por isso.
Por isso, o verdadeiro peso está na sinergia entre teoria e prática. Um complementa o outro. A teoria fornece o mapa, mas é a prática que conhece o terreno. E mais: é a prática que adapta o mapa às curvas da estrada. Profissionais e empresários que conseguem humildemente unir esses dois mundos são os que tomam decisões mais equilibradas, inovam com segurança, crescem com consistência.
por Raica Franz Weiss
A BR-386 tem o nome oficial de Rodovia Governador Leonel de Moura Brizola, homenagem que foi concedida ao ex-governador gaúcho em 2005. A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o projeto de lei apresentado pelo deputado Enio Bacci, há 20 anos.
A homenagem a Brizola se deu, conforme justificativa do projeto, porque o líder
trabalhista foi o responsável pelo traçado dos quase 600 quilômetros da rodovia, entre Tabaí e Iraí, na divisa com Santa Catarina. Foi inclusive durante o governo de Brizola que a 386 foi aberta aqui na região, no fim dos anos 1950 e início dos 60. Na época, a BR foi nomeada Rodovia Presidente Kennedy. Na mensagem justificativa, em 2005, consta: “[Brizola] foi o grande idealizador
O encontro reuniu os três clubes de serviço da cidade no Clube Esportivo Sete de Setembro. Rotarianos de diversas cidades do Vale compareceram. Na gestão de 2005/2006, Rotary Club de Lajeado escolhia Aci Darlã Pereira Flores como presidente; no Rotary Club Lajeado-Engenho assumia Dalva Maria Togni; e no Rotary Club Lajeado Integração Luciana Cristina Coutinho Heineck era empossada presidente. Na noite, também estava presente o governador do Distrito 4700 do Rotary, Valtoir Perini, que ficaria à frente de 49 clubes, em 30 cidades. Hoje, existem quatro clubes Rotary na cidade, além dos Rotaracts.
recebia prêmio do Rotary
O ortodontista e ortopedista Gerson Luiz Sartori Bertóglio era homenageado na 10ª Noite do Engenho, jantar-baile promovido pelo Rotary Club Lajeado-Engenho. Ele recebia o prêmio Excelência Profissional e ainda o título de Profissional Centenário. Bertóglio trabalhava na época na Fundef, onde tratava crianças com fissuras lábio-palatinas.
Estava em obras o Edifício Arno Bergesch, na esquina da Avenida Benjamin Constant com a rua Santos Filho, em Lajeado. A Engenharia e Construções Bergesch
trabalhava na construção do último pavimento em julho de 1975. Naquele tempo, um dos diferenciais do edifício era o salão de festas, que ficaria no terraço e
da construção da BR-386, conhecida no Rio Grande do Sul como a estrada da produção” (Projeto de Lei nº 3827/2004).
ofereceria uma vista panorâmica da cidade. O Ed. Bergesch tinha 11 andares e 14 apartamentos, dos quais dois seriam transformados em lojas. Havia estacionamento para 10 carros e o prédio deveria ser inaugurado dentro de oito meses. Uma das novidades, inclusive, era uma portaria eletrônica. Ainda hoje, o Ed. Arno Bergesch existe no Centro de Lajeado, embora, atualmente, abrigue mais do que apenas duas lojas no térreo.
Circuito contará com percursos adaptados para diferentes per s de ciclistas
Tour 120 reafirma o compromisso da cooperativa com a promoção de ações que fortalecem os laços com a comunidade e valorizam a qualidade de vida
Em comemoração aos 120 anos de história, a Sicredi Integração RS/ MG realizará, no mês de agosto, um evento especial voltado para toda a comunidade: o Tour 120, um Circuito Ciclístico que une esporte, saúde e confraternização. O evento ocorre nos dias 16 e 17 de agosto, sábado e domingo, com ponto de largada e chegada no Parque dos Dick, em Lajeado.
Com o objetivo de incentivar hábitos saudáveis e o bem-estar físico e mental, o circuito contará
com percursos adaptados para diferentes perfis de ciclistas — Pró de 60km, Sport de 40km, Ligth de 20km, Passeio de 4,5km e Kids de 800m a 1,2km. Dessa forma, desde iniciantes até os mais experientes podem participar.
Além da pedalada, a programação inclui atividades recreativas, serviços de saúde, reparo de bicicletas, espaço kids e até uma atração inédita na região, acrobacias de BMX, tornando o evento ideal para toda a família.
O Tour 120 reafirma o compromisso da cooperativa com a promoção de ações que vão além do econômico, fortalecendo os laços com a comunidade e valorizando a qualidade de vida.
De acordo com o presidente da Sicredi Integração RS/MG, Luiz Mário Berbigier, dentre todas
as atividades que a cooperativa programou para comemorar seus 120 anos, completados em 2026, o Tour 120 demonstra a preocupação que se tem em trazer qualidade de vida e melhorar as condições das pessoas e comunidades. Para ele, esta é mais uma iniciativa que busca ampliar a aproximação com os associados e a sociedade através do incentivo à prática da atividade física e à atenção com a saúde. “O Circuito Ciclístico traz à tona a importância de uma empresa voltada ao cuidado das pessoas, como é a nossa Sicredi Integração RS/ MG”, afirma.
Para participar, os interessados podem realizar sua inscrição através do site da Sicredi Integração até o dia 25 de julho e levar, no dia, 1kg de alimento, o qual será doado para o programa Mesa Brasil do SESC.
Alviazul está 100% em casa no ano e não perde na Arena desde 2023. Partida deste domingo, contra o Bagé, tem transmissão da Rádio A Hora
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
O Lajeadense volta a campo após uma semana de folga na Divisão de Acesso. Em confronto direto contra o Bagé, confia na força da Arena Alviazul para permanecer invicto em casa e ficar cada vez mais próximo da classificação aos mata-matas. O confronto ocorre no domingo, às 15h, com transmissão da Rádio A Hora.
O clube de Lajeado já chega a incrível marca de 16 jogos sem perder em casa. São mais de dois anos. A última derrota aconteceu em junho de 2023, para o Santa Cruz. Na atual caminhada, venceu Esportivo, Novo Hamburgo, Santa Cruz e Brasil de Farroupilha.
Defendendo os 100% em casa, o Alviazul tem um duelo difícil e direto. O Bagé divide os mesmos 14 pontos do Lajeadense, mas está a frente no critério de desempate. A equipe Jalde-Negra tem a melhor defesa da competição, tendo sido vazado apenas duas vezes no campeonato. Em campo, o técnico Serginho Almeida teve dez dias para recuperar jogadores e pensar na estratégia do confronto. Sem lesionados, deve mandar a campo o time com: Igor Pavan; Jhuan, Selson, Josias e Christian; Júlio César, Marco e Luca Giovanella; Cadinho, Rafinha e Mazia.
Os bilhetes antecipados podem ser comprados pelo site Eleven Ticket ou pelas lojas
DMF no centro de Lajeado ou no Shopping até o sábado à noite. O valor é de R$ 20 a arquibancada geral, R$ 35 a social e R$ 55 a cadeira. A meia entrada está sendo comercializada no valor de R$17,50. Crianças de até 12 anos não pagam nas arquibancadas geral e social.
Depois de um início excelente, o Bagé busca a retomada após três jogos sem vitória e sem marcar gols. A sequência iniciou em um empate com o Gaúcho fora de casa. Nas duas últimas rodadas, recebeu Inter-SM e Aimoré, tendo empatado um jogo e perdido outro. Ao mesmo tempo em que tem a melhor defesa do campeonato, com apenas dois gols sofridos, o Jalde-Negro tem um dos piores ataques, com seis gols marcados. O time tem no elenco dois ex-Lajeadense: Sampson e Edson.
Jogos decisivos ocorrem em Boqueirão do Leão, Estrela e na Copa Serrana
Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
Ofim de semana de sol e frio será de muita festa pelo Vale do Taquari. Três cidades terão jogos encerrando com volta olímpica. Destaque para Boqueirão do Leão, Estrela e Copa Serrana. Em Estrela, União, campeão da Série Ouro, encara o Aimoré, campeão da Prata. O jogo denominado de Recopa está agendado para a sede do Delfinense, que completa neste domingo 50 anos de fundação. O Grupo A Hora transmite o confronto em live no Youtube do A Hora Esportes, a partir das 14h30min.
Já em Boqueirão do Leão, a final entre Esportivo e Independente ocorre em Linha Data. No jogo de ida, empate sem gols. Quem vencer fica com o título. Nova igualdade leva a decisão aos pênaltis. No aspirante, o Esportivo venceu o jogo de ida e está pelo empate.
No sábado, Juventude e Santa Tecla disputam a final da Segunda Divisão na categoria titular. Na partida de ida, houve empate.
Quem vencer fica com a taça e nova igualdade leva a decisão aos pênaltis. No aspirante, a decisão é entre Juventude e 25 de Julho. No domingo, em Linha Grão-Pará, o São Luiz está a um empate de conquistar o tricampeonato consecutivo. Já a Assespe, aposta no fator casa para reverter a derrota sofrida no jogo de ida para levar a disputa do título aos pênaltis. No aspirante a final é entre AERT e Santo Antônio.
A partida de ida da final de Imigrante será na comunidade de Daltro Filho. O Riograndense encara o Cruzeiro na final da Ouro. Os times se enfrentaram na abertura da competição e o Cruzeiro levou a melhor ao vencer por 2 a 1. Na Prata, a decisão é entre Ecas e Canarinho. No único duelo entre os times, a partida terminou empatada em 2 a 2.
Já em Bom Retiro do Sul a partida de ida é na sede do Rudibar. Grêmio e Aecosajo disputam o título. Antes, Limitados e Lesionados jogam pelo terceiro lugar.
OUTROS
DESTAQUES
Paverama, Taquari e Lajeado conhecem os finalistas. Jogos ocorrem neste domingo.
BOQUEIRÃO DO LEÃO – FINAL/JOGO DA VOLTA
Esportivo x Independente (titular/aspirante)
COPA SERRANA - FINAL/JOGO DE VOLTA
Primeira divisão
Assespe x São Luiz (titular)
AERT x Santo Antônio (aspirante)
SEGUNDA DIVISÃO
Juventude x Santa Tecla (titular)
Juventude x 25 de Julho (aspirante)
BOM RETIRO DO SUL – FINAL/JOGO DE IDA
Grêmio x Aecosajo
IMIGRANTE – FINAL/JOGO DE IDA
Riograndense x Cruzeiro
TAQUARI – SEMIFINAL/JOGO DE IDA
Taquariense x Juventude
São José x Furacão
LAJEADO – SEMIFINAL/JOGO DE IDA
Internacional x Guarani
Projeto Guarani x Brasil
PAVERAMA – SEMIFINAL/JOGO DE IDA
União x Laranja Mecânica
Amigos do Morro Bonito x Brasil
Jogo-treino
Atividade ocorre na manhã deste sábado, no CT Parque Gigante. Volta oficial aos gramados ocorre no próximo domingo, dia 12, em jogo contra o Vitória
Auma semana do retorno oficial aos gramados, o Internacional agendou para este sábado um jogo-treino contra o Brasil de Farroupilha. A atividade ocorre pela manhã, no CT Parque Gigante. O confronto servirá para que o técnico Roger Machado dê ritmo de jogo aos atletas antes da reabertura do Brasileirão.
Será também uma oportunidade para observar o lateral-direito Alan Benítez, contratado junto ao Cerro Porteño. O paraguaio treina com o grupo desde o início dos trabalhos de intertemporada, no fim de semana passado.
A escolha do adversário se dá pelo calendário do futebol gaúcho.
O Brasil de Farroupilha é a equipe que folga neste fim de semana na Divisão de Acesso. Duas semanas atrás, esteve em Lajeado e foi derrotado pelo Lajeadense por 2 a 1.
O Colorado volta a atuar de forma oficial em uma semana, no dia 12 de julho, quando receberá o Vitória, no Beira-Rio, às 16h30min. A partida é importante pois pode representar a saída da zona de rebaixamento.
Retorno de Mercado é uma das novidades na retomada do futebol para o Inter
Danilo Barbosa está na reserva do time carioca, mas possível venda de colega de posição pode abrir espaço para o atleta e atrapalhar planos do Tricolor
Após desistir da contratação de Caíque, do Juventude, o Grêmio tem um novo alvo no mercado de transferências. O volante Danilo Barbosa, de 29 anos, interessa ao Tricolor, que procurou o Botafogo para sondar a situação do atleta.
O Grêmio também teve uma conversa inicial com o estafe do jogador. O volante tem preferência por uma transferência para fora do Brasil. Outro fator que dificultaria a saída do atleta é uma
Volante estava com o Botafogo no Mundial de Clubes e pode assinar um pré-contrato
possível venda de Gregore, que diminuiria o número de volantes no elenco.
Danilo Barbosa se encaixa nas características buscadas por Mano Menezes, já que se trata de um atleta mais defensivo e com bom poder de marcação. O jogador estava com o Botafogo no Mundial de Clubes e foi titular nas oitavas de final, quando o clube carioca foi eliminado pelo Palmeiras por 1 a 0.
Um ponto que pode ser favorável ao Tricolor em uma eventual negociação é a situação contratual de Danilo Barbosa. O vínculo do atleta com o Botafogo vai até o final de 2025. Sendo assim, ele já pode assinar um précontrato com outros times.
Projeto quer transformar a principal rua do Centro em espaço mais humano, seguro e atrativo, com participação da comunidade e foco na mobilidade
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
LAJEADO
Tornar a Júlio de Castilhos mais humana, segura e arborizada é um desejo antigo da comunidade de Lajeado. Por mais de duas vezes um projeto de requalificação da rua, uma das principais do Centro da cidade, foi apresentado. Sem sair do papel, o debate voltou à tona nas últimas semanas, com nova mobilização municipal. Entre as principais propostas, está devolver a vida ao espaço, que também se tornou símbolo de Lajeado. A ideia surgiu já no século passado, e uma apresentação recente foi feita em 2022, com projeto orçado em R$ 5 milhões, que não avançou. Desta vez, a ideia é simplificar e uma nova proposta deve ser encaminhada à administração nos próximos meses.
Vereador e comerciante, Aquiles Mallmann, o Cascão, percebe a Júlio de Castilhos como mais do que um corredor comercial. Para ele, a reformulação da rua é urgente e necessária não apenas para impulsionar o comércio, mas para devolver vida e segurança. “É
A iluminação vai trazer sensação de segurança e, no verão, as pessoas poderão caminhar, tomar um sorvete, descansar sob as árvores.”
Muitos imóveis da Júlio têm uma vida econômica esgotada, mas não passam por reformas porque qualquer intervenção exigiria vagas que não têm como ser criadas ali.”
uma das ruas mais significativas de Lajeado, um lugar que tem apego emocional”, afirma.
Cascão integra a comissão que busca viabilizar a remodelação da via, e afirma que a proposta é tornar o projeto mais enxuto e viável, com possibilidade de ser executado com parcerias público-privadas.
O comerciante aponta que o Centro da cidade sofre com a falta de arborização, de locais de descanso, de segurança e de acessibilidade. Para ele, investir em pontos de hidratação, faixas de segurança acessíveis e, principalmente, na troca completa das calçadas são ações essenciais para criar um ambiente mais humano e convidativo.
“Depois das 18h, a Júlio morre, chega a ser perigoso caminhar por aqui. A rua está feia. As enchentes pioraram ainda mais a situação, e o que chamamos de ‘Centro velho’, do Banrisul para baixo, está parado.”
A proposta de requalificação, conforme Cascão, não busca excluir outras áreas da cidade que também vêm crescendo, mas sim partir da Júlio para inspirar outras melhorias urbanas. “O comércio está se ramificando,
Por mais de duas vezes um projeto de requali cação da rua, uma das principais do Centro da cidade, foi apresentado
mas o coração de Lajeado ainda está na Júlio. Por isso, precisamos começar por aqui.”
O projeto segue em fase de diálogo com comerciantes e
representantes de entidades. Cascão destaca que a intenção é criar um movimento coletivo, ouvindo quem realmente vive e circula pela rua todos os dias.
Para a arquiteta e urbanista Evelise Ribeiro, a palavra-chave da proposta é humanização, com foco em transformar o local em um ambiente onde as pessoas queiram permanecer. “A ideia é proporcionar locais mais aconchegantes e confortáveis, que convidem as pessoas a ficarem. Pequenas mudanças podem trazer grandes resultados”, reforça Evelise, que atua na elaboração do novo projeto. Elementos como arborização, iluminação adequada e espaços de descanso são considerados estratégicos para devolver vida ao lugar. Segundo a arquiteta, além do impacto estético, essas melhorias podem gerar movimento, incentivar o comércio e criar novas possibilidades de uso do Centro, inclusive à noite. “A iluminação vai trazer sensação de segurança e, no verão, as pessoas poderão caminhar, tomar um sorvete, descansar sob as árvores. Tudo isso gera fluxo e faz a economia girar.”
A proposta também prevê melhorias de acessibilidade, com a garantia de que cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida possam circular
Evelise destaca que o projeto será modular e escalável, pensado para ser executado em etapas e com elementos padronizados, o que ajuda a reduzir custos.
A arquiteta ainda aponta que a reformulação da Júlio dialoga com o Plano Diretor da cidade, que deve ser o norteador para as transformações urbanas. Ela reconhece que o Centro precisa de ajustes não só em seu aspecto físico, mas também em questões como o transporte público e a mobilidade geral.
Secretário de Planejamento, Mobilidade e Urbanismo, Alex Schmidt vê na humanização do Centro, uma oportunidade de repensar a cidade para as pessoas.
“A gente não resolve problemas complexos com soluções simples. É preciso ir além do embelezamento e criar condições
para que as pessoas vivam e circulem na Júlio de forma mais integrada ao ambiente urbano”, afirma Schmidt. Um dos principais gargalos, segundo ele, está na legislação que exige a construção de vagas de estacionamento em reformas ou ampliações de imóveis antigos, o que acaba inviabilizando investimentos e o uso diversificado desses espaços.
“Muitos imóveis da Júlio têm uma vida econômica esgotada, mas não passam por reformas porque qualquer intervenção exigiria vagas que não têm como ser criadas ali. Isso trava a possibilidade de, por exemplo, construir apartamentos sobre lojas, algo que estimularia a moradia no Centro”, explica. Schmidt lembra que o Centro de Lajeado perdeu força como polo comercial exclusivo nos últimos anos, com o crescimento de bairros como São Cristóvão e Conventos. A retomada da Júlio
A imagem compreende a quadra entre a R. João Batista de Melo e a Santos Filho. No início dos anos 2000, o projeto previa que a calçada avançasse para dentro da rua e o espaço recebesse bancos, luminária e palmeiras
passa, na visão dele, por atrair pessoas para morar e circular no espaço, garantindo fluxo também fora do horário comercial.
Entre as melhorias já estudadas, se destaca a proposta de modificar calçadas, criar áreas verdes e definir melhor os eixos de circulação, com locais adequados para bancos, lixeiras e iluminação.
Quem vive o dia a dia do comércio local vê na mudança uma oportunidade para transformar o espaço e atrair mais pessoas. Para Rodrigo Borges e Jefferson Marques, vendedores de uma loja de eletrônicos localizada na rua, o projeto é positivo. “É uma baita ideia. A rua é muito movimentada, principalmente de quinta a sábado, mas está feia. As calçadas estão irregulares, já vimos idosos tropeçando e caindo aqui na frente”, comenta Borges.
Para ele, tornar o espaço mais agradável pode incentivar o lazer no Centro e impulsionar as vendas.
“Se a rua for mais atrativa, mais gente vai querer passear e conferir as ofertas das lojas.”
Marques destaca ser importante pensar na segurança
- Humanização do espaço urbano
- Restauração das calçadas
- Implantação de arborização, pontos de hidratação e bancos para descanso
- Melhoria na iluminação para ampliar a sensação de segurança
- Revisão das exigências de vagas de estacionamento em para reforma ou construções
Parte do projeto foi executado há alguns anos, com colocação de bancos junto aos postes
e na funcionalidade da via. “Não adianta querer atrair pessoas se elas precisam desviar das calçadas quebradas ou acabam se molhando com a água que espirra das lajotas soltas”. Segundo ele, garantir boas condições para quem já circula é o primeiro passo para atrair ainda mais visitantes.
Diretor da Sorvebom, Martin Eckhardt também percebe que, depois da pandemia e das catástrofes climáticas, a Júlio não é mais a mesma. “Diminuiu a movimentação de pessoas e,
inclusive, de carros na parte mais antiga da via”.
Para atrair mais movimentação, Eckhardt acredita ser importante pensar em ações que combinem atratividades, experiências e boa comunicação. Ele sugere, por exemplo, eventos temáticos, como feiras e festivais, promoções e parceria entre comércios, melhorias visuais e espaços de convivência.
A matemática uniu, o esporte fortaleceu, a gincana lapidou a história estudantil de oito integrantes
matemática sempre fez sentido para a família Motta, tanto quanto o esporte. A mistura de ambos, com as gincanas, teatro e amizades escolares, auxiliou os Motta a construir uma história de liderança dentro e fora do CEAT. Oito integrantes vivenciaram a rotina de provas, atividades e desafios. E foi nesse caldeirão que aprenderam que a educação vai além do conteúdo — ela transforma o futuro.
Do salto em distância para a medicina
Leonardo Motta entrou no jardim de infância e saiu no terceiro ano do ensino médio. Em 1986, participou das primeiras olimpíadas escolares e se destacou em salto em distância. Dois anos depois, voltou a subir ao pódio no atletismo. A paixão por números o levou à aprovação em Arquitetura na UFRGS, sem cursinho. Mais tarde, entre a prancheta e o quartel, reencontrou seu caminho na medicina.
“A escola sempre incentivou o esporte e nos fez pensar sobre o que queríamos para o futuro. A gente tinha aulas de orientação educacional, sentava em roda e falava sobre profissão, faculdade, vida. Isso abre portas”, conta ele.
Além das aulas, Leonardo fez teatro, escreveu roteiros para esquetes e se apresentou em outras cidades. Essas experiências extrapolaram o palco: ajudaram a desenvolver a fala, a escuta, a criatividade.
“Tudo isso soma. Na hora de escolher um caminho, faz diferença.” Hoje, é médico traumatologista e destaca a importância da trajetória escolar para a construção do futuro.
O inglês o levou à Disney Formado no ensino médio em 1994, Alberto Motta lembra das gincanas, do grêmio estudantil, dos jogos de basquete e futebol. Muito mais do que matérias, as tarefas extracurriculares foram importantes para a formação. “A gincana contribui para a liderança e espírito de equipe”,
Na Família Motta, números, esporte e gincanas ajudaram a elaborar profissões.
salienta ele.
A escola lapidou as relações, o estudo do inglês e as amizades. “Devido ao inglês, consegui trabalhar na Disney.”
A experiência fora do país ocorreu quando ele saiu do CEAT. Por algum tempo, atuou na cozinha de um hotel da Disney, nos Estados Unidos. “Convivi com estudantes do mundo inteiro, aprendi a administração de empresa, a me relacionar com os clientes internacionais. Vivi uma experiência inesquecível por meio da língua, que foi instigada na escola.”
Para ele, a educação direciona o futuro e estimula a continuar estudando. “É o alicerce que se deixa para o futuro dos jovens.”
Trajetória marcada pelo basquete
Fábio Motta, 51 anos, bancário, entrou no colégio em 1979. As aulas de matemática ainda marcam na memória. Mas é o esporte que corre na veia da
estudantil do colégio, liderou gincanas e ainda encontrou tempo para disputar olimpíadas nacionais. O vôlei era parte de seu cotidiano e o levou a assumir disputas importantes. Foi um
Você tem de seguir esse líder e aprender a jogar em equipe”, explica.
Para ele, vitórias e derrotas são instrutivas. “As derrotas fazem com que você aprenda, e as vitórias fazem com que você queira avançar ainda mais.”
Marcelo acredita na escola como extensão de casa. “A educação é a continuação da família, e os valores que você aprende em casa são consolidados no colégio.”
A longa trajetória no CEAT o estimulou a transformar o futuro. Ele acredita no poder da educação diferenciada. Com uma trajetória de mais de 130 anos, o CEAT repercute nas famílias. As competições, a gincana e o teatro fortaleceram o aprendizado.
“Quando você sai da escola, aplica as coisas extracurriculares, e isso gera vantagem”, observa.
Para ele, a educação impacta fortemente a sociedade, ao ser a engrenagem que oferece melhores possibilidades de crescimento. “A nossa família sempre gostou de passar muito tempo na escola. O CEAT alimentou nossas melhores experiências.”
Bruno Motta, 17 anos, está no último ano. Viveu a última gincana como líder e já sente a nostalgia. Agora, um novo futuro o espera. Pretende seguir os passos do pai, na medicina. Jogador desde os 7 anos, Bruno participou de diversas competições. Em 2007, foi campeão dos Jogos Escolares Brasileiros e, em 2023, campeão dos esportes coletivos. Antes da formatura do terceiro ano, ainda participará da Olimpíada Nacional da Rede Sinodal de Educação (ONASE), que ocorrerá em outubro. “O esporte coletivo contribui para jogar junto. O CEAT preza muito esse tipo de atividade, e isso a gente leva para a vida.”
Habilidade de família
João Pedro Cicone, 14 anos, está na nona série e fala da gincana com entusiasmo. Claro que seguirá a trajetória de todos “os Motta”, que é a participação intensa na competição. “O principal fundamental dela é usar a comunidade pra trabalhar como equipe, e assim a gente se desenvolve como pessoa.” Todos os gincaneiros se reconhecem
Leonardo Quadros da Motta, médico traumatologista, 54, entrou no jardim, passou por arquitetura e se formou em Medicina na FFFCNPA
entre si, e a atividade molda o espírito e a emoção da vitória coletiva. Memórias que ficam para sempre registradas em álbuns de fotos. Experiências que marcam Aos 14 anos, Miguel Motta se destaca na matemática e mostra maturidade competitiva. Ele também se envolve nas gincanas. “Os momentos que eu vivo na gincana, vou levar para minha vida inteira.” Ele cita
autonomia e responsabilidade como marcas no seu comportamento.
Já o primo Rafael, de somente 10 anos, fala com segurança sobre números e atividades esportivas. Destacase em Geografia e Matemática. “Sempre gostei de observar os mapas, e por isso aprecio Geografia. Tenho facilidade em Matemática porque minha avó ensinava a matéria.”
de exatas, relações humanas
Francisco Weiler da Motta, 17 anos, vive o terceiro ano no CEAT e valoriza os momentos de confraternização nos eventos que viveu até aqui. O envolvimento da família nas gincanas foi importante, assim como as matérias. “Gosto das exatas.” Para ele, saber dialogar com as pessoas ajuda a desenvolver a liderança. Francisco pensa no amanhã com a leveza estudantil que o levará à conclusão do ensino médio. “Quero exercer uma profissão que eu goste de verdade, estudar e ser feliz com ela, sempre ao lado da família.”
Alberto Motta, ”
Trabalhei na cozinha do hotel da Disney, aprendi com pessoas do mundo inteiro”
corretor de imóveis
Leonardo Motta, ” médico
Sentávamos em roda e debatíamos sobre as futuras profissões”
Fábio Motta, ” bancário
A escola passa rápido, mas as amizades permanecem”
Marcelo Motta, ” gerente de vendas
Derrotas fazem com que você aprenda, vitórias, com que queria avançar”
CARLOS MARTINI Administrador
Aexpressão ¨Centro¨ em qualquer cidade costuma perder sentido com o tempo, virando mera referência histórico/geográfica ainda assim definida pelo plano diretor urbano.
Em muitos casos, senão na maioria, nas localidades mais dinâmicas o que era considerado ¨centro¨ há cinquenta anos hoje não é mais nem sombra do que já foi.
É bem possível que este processo seja inclusive acelerado até aqui por perto, em função de recentes drásticos problemas climáticos.
urbanas
Sei não, mas dá a impressão que determinados centros estão sofrendo de septicemia urbana,
com pepinos florescendo em vários quadrantes e de diversas fontes de origem.
É bem verdade que as recentes cheias ampliaram as ¨problemáticas¨, mas as ¨solucionáticas¨ meio que já tinham parado no tempo.
Aí é como diz o meu Cumpádi Belarmino: eu até me alertei, mas não me ouvi...
A propaganda oficial pode anunciar que foram destinados centenas de bilhões pra o próximo plantio e safra agrícola, dá até a impressão que é uma benesse concedida aos produtores rurais e ao chamado agrobusiness.
O fato concreto é que são financiamentos, não são recur-
A julgar pelo sopro dos ventos, daqui pra frente e até 2026 certas bandas de música vão voltar ao velho refrão do ¨nós contra eles¨, travestido
ANÚNCIOS
com diversas novas roupagens e acordes.
Não é novidade, tá no padrão e quem tiver mais competência que se estabeleça.
DESCLASSIFICADOS
Troco justiça fiscal com aumentos tributários por uma camada de merengue novo encima de bolo velho. Cereja por conta do consumidor.
TODOS A BORDO!
Interessante a proposta de construir uma arca bíblica em algum morro nas imediações da localidade que homenageia o seu Roca e o seu Salles.
A exemplo de outras que estão em estudo por aí espero que também evolua. Afinal, vem prá somar. É ou Noé?
sos alocados a ¨fundo perdido¨. Todos são sujeitos ao reembolso de pagamentos e com garantias hipotecárias e fiduciárias, como manda o figurino de qualquer agente financeiro que se preze e a todo o empreendedor rural de respeito.
Até existe uma parcela de equalização no custo do crédito, e uma parcela destinada à chamada agricultura familiar (que também paga...), mas ideologizar o crédito rural (e mesmo o urbano) só serve prá criar neblinas e narrativas político-partidárias.
Bem melhor focar no sempre necessário seguro agrícola, que em função do risco de eventuais intempéries climáticas não depende somente da vontade, disposição para o trabalho e do senso de responsabilidade dos produtores.
Aceitam-se Críticas em Redes Sociais (duplo com) Exclusivamente Favoráveis.
Nôno pra nona:
- Tô com frio e com sono, vou dormir. Banoite, te amo!
- Eu também!
- Também me ama?
- Não, também vou dormir.
MARCOS FRANK ARTIGO Médico Neurocirurgião
Poucos escritores do século XX oferecem tantas reflexões sobre o mundo atual como George Orwell. Isso é verdade especialmente no que diz respeito ao controle social, manipulação da informação e perda da liberdade.
Para escrever “1984” ele se inspirou na União Soviética, onde a propaganda e a manipulação da verdade eram práticas comuns. Vamos analisar algumas de suas falas:
“Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente, controla o passado.”
A manipulação da história é uma ferramenta poderosa para moldar a identidade de um povo e justificar ações presentes. No mundo atual a disputa pela narrativa é constante, como bem reconheceu o presidente Lula em 2023 falando para o presidente venezuelano Maduro: “Se eu quiser vencer uma batalha, eu preciso construir uma narrativa para destruir o meu potencial inimigo. Você sabe a narrativa que se construiu contra a Venezuela, de antidemocracia e do autoritarismo.”
Por isso que no Brasil ainda se luta pela construção da melhor narrativa para os atos de 8 de janeiro: um bando de malucos ou um grupo organizado tentando um golpe de Estado.
“Guerra é paz. Liberdade é escravidão. Ignorância é força.” Essa tríade, presente em “1984”, ilustra como regimes totalitários distorcem conceitos fundamentais para manter o poder. Guerra é paz: O Irã estava em guerra com Israel estando em paz, pois sem disparar um único tiro de seu território atacava constantemente utilizando os grupos Hamas e Hezbollah. Liberdade é escravidão: Os norte coreanos desconhecem a liberdade e seguem vivendo num clima de guerra que nunca acabou com a Coreia do Sul.
Ignorância é força: Por sua vez os russos cada vez mais apelam para a força bruta ao invés da diplomacia assim como os americanos também o fizeram recentemente ao atacar o Irã.
“A liberdade é a liberdade de dizer que dois mais dois são quatro.” A frase, aparentemente tola e banal, faz sentido em um mundo de fake news onde a verdade é manipulada e a informação é usada como arma. Em um mundo assim a capacidade de afirmar o óbvio, de reconhecer a realidade, torna-se um ato de resistência. A liberdade de pensamento e expressão sao fundamentais para combater a manipulação e a desinformação.
Essa frase, do livro “1984”, destaca como o poder absoluto pode corromper e levar a abusos. A busca incessante por poder, sem considerar seus efeitos na sociedade, é um tema recorrente na obra de Orwell e na realidade atual, onde vemos líderes e instituições priorizando seus próprios interesses em detrimento do bem comum.
Infelizmente George Orwell nos deixou muito cedo, o escritor morreu aos 46 anos, em decorrência da tuberculose.
Evento ocorre em 12 de julho. O cardápio típico é um dos grandes atrativos da noite
A18ª edição da tradicional Festa da Polenta de Boqueirão do Leão ocorre em 12 de julho a partir das 19h, no Grêmio 5 de Junho. O evento, um dos mais importantes do município, tem como objetivo preservar e valorizar a herança cultural italiana trazida pelos imigrantes que colonizaram a região. O cardápio típico é um dos grandes atrativos da noite, com destaque para a polenta em diversas versões: tradicional, frita, recheada e brustolada. Também serão servidos massas, frango e porco assados, arroz, tochi, fortaia, grostoli, saladas e sobremesas variadas. As bebidas incluem vinhos, graspa e opções
não alcoólicas. Como já é tradição, ao final da festa será servida a sopa de capeletti.
O vice-prefeito Silvio Luiz Schmidt destaca o aspecto afetivo da festa. “É uma oportunidade que costuma reunir pessoas de longe, que não veem seus familiares há anos, e encontram nesse momento uma razão para retornar ao seu berço familiar. É uma festa muito alegre, com entretenimento durante todo o período, que aproxima as pessoas.”
A expectativa da organização é receber cerca de 750 pessoas. Para o próximo ano, já está em estudo a realização de uma feira comercial paralela ao evento, com ampliação da programação para mais dias. Os ingressos são limitados e antecipados, com valor de R$ 150,00. Podem ser adquiridos através dos seguintes contatos: Joel Conte (51) 99961-5670; João Piussi (51) 99437-9948 ou Andreia Antonelli (51) 99625-9203.
Programação tradicional em Boqueirão do Leão chega à 18ª edição
Nova audiência
ocorreu nessa semana e definiu que estrutura terá 90 metros de extensão. Liberação total depende de avaliação técnica
Aconstrução da ponte baixa que liga os Marques de Souza e Travesseiro, terá seu projeto ajustado e será acompanhada de perto pelo Ministério Público. A medida visa garantir maior segurança e controle na execução da obra, após parte da estrutura ter ruído durante as chuvas intensas do final de maio. Na última terça-feira, dia 2, foi
realizada uma audiência entre representantes do MP, das prefeituras envolvidas, da Associação Amigos de Marques de Souza e Travesseiro e da empresa responsável pela construção, a SMB Engenharia. Durante o encontro, foi firmado um acordo para continuidade dos trabalhos e redefinição do projeto original.
O projeto inicial previa uma ponte com 120 metros de extensão, porém, após a avaliação técnica, será ajustado para 90 metros, com os 30 metros restantes sendo compensados num primeiro momento com material rochoso. A alteração visa atender às condições do terreno e aos danos causados pelas cheias do rio Forqueta, no dia 29 de maio, quando parte da estrutura quebrou.
Desde o início desta semana, máquinas contratadas pelo governo do Estado trabalham no local para restabelecer o acesso temporário, com a colocação de pedras para viabilizar a travessia de veículos. Os acessos à ponte
serão de responsabilidade das administrações municipais. Um dos pontos discutidos durante a audiência foi a liberação do tráfego de veículos pesados, atualmente proibido. A permissão dependerá de um laudo técnico que será emitido pela equipe de engenharia responsável pela
análise da estrutura. Até que isso ocorra, a entrega oficial da ponte à comunidade permanece condicionada à conclusão e à aprovação final do projeto.
Segundo a associação, a presta-
ção de contas e o uso dos recursos aplicados na obra também serão supervisionados pelo Ministério Público, conforme compromisso firmado pelas partes envolvidas. A medida busca garantir a transparência e a correta aplicação dos recursos arrecadados por meio de doações e repasses.
A construção da ponte teve início em novembro de 2024, motivada por uma mobilização comunitária após a enchente que destruiu a antiga passagem. Desde então, a Associação Amigos de Marques de Souza e Travesseiro coordena os trabalhos com apoio das prefeituras e financiamento por meio de doações da comunidade, rifas beneficentes e repasses do programa Reconstrói RS, do Instituto Ling e da Sicredi Integração RS/MG. O valor total da obra está estimado em R$ 2,6 milhões.
A inauguração estava prevista para o dia 14 de junho, mas foi adiada após os danos causados pelas enchentes recentes no Forqueta.
LUCIA DULLIUS, 85, faleceu na sexta-feira, 4. O velório ocorre no salão da Comunidade Bom Fim, em Cruzeiro do Sul. O sepultamento ocorre neste sábado, 5, às 9h45min, no cemitério da mesma comunidade.
HILDA WILSMANN GARTNER, 94, faleceu na sexta-feira, 4. O velório ocorre na Capela Velatória de Imigrante. O sepultamento ocorre neste sábado, 5, às 10h30min, no Cemitério de Arroio da Seca, em Imigrante.
FERMINO ZANARDI, 90, faleceu na sexta-feira, 4. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Canabarro, em Teutônia.
ILONA MÜLLER, 79, faleceu na quinta-feira, 3. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico da Comunidade Paz, em Teutônia.
ELIANE MARIA MATTE, 73, faleceu na quinta-feira, 3. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Estrela.
MARIA ANTÔNIA TELÓ AGOSTINI, 79, faleceu na quintafeira, 3. O sepultamento ocorreu no cemitério de Jacarezinho, em Encantado.
BENJAMIN BLAU, 61, faleceu na quinta-feira, 3. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Nova Bréscia.
LUIZ ALBERTO BOLINA COUTO, 93, faleceu na quinta-feira, 3. O sepultamento ocorreu no Cemitério dos Almeida, em Taquari.
JOÃO CARLOS BASTO FAZENDA, 69, faleceu na quinta-feira, 3. O sepultamento ocorreu no Cemitério dos Almeida, em Taquari.
Ações do programa Irriga + RS, coordenado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção
Sustentável e Irrigação, foram detalhadas durante encontro em Westfália. Projetos podem ser inscritos até 29 de junho e Estado projeta nova fase de cadastramentos
Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br
ESTADO
Aumentar a área irrigada no estado, reduzir os impactos de eventos climáticos extremos e impulsionar a produtividade no campo. Com base nestes objetivos, o programa Irriga + RS, conduzido pela Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), foi detalhado aos produtores rurais do Vale do Taquari.
O município de Westfália recebeu o Seminário nessa sextafeira, 4, oportunidade em que o governo estadual apresentou o programa de estímulo à irrigação nas propriedades rurais, junto ao debate normas ambientais de outorgas e licenças. Além disso, dois produtores da região relatam os benefícios desde a instalação dos sistemas.
O seminário foi promovido pela
Emater/RS e governo do Estado, em parceria com a prefeitura de Westfália. Durante a abertura do evento, o subsecretário de Irrigação Seapi, Paulo Salerno, destacou a importância de debater o tema diante dos eventos climáticos que atingiram o estado nos últimos anos, desde as inundações até as estiagens.
O subsecretário ressalta que além de mitigar os danos no campo, o programa também busca reduzir os prejuízos aos agricultores e ao Estado. Ele apontou a irrigação e a sustentabilidade entre as prioridades do governo estadual dentro do Plano de Desenvolvimento Econômico. Além disso, a proposta é que as subvenções sejam pagas dentro do mesmo governo.
Até o andamento desta segunda
fase, Salerno ressalta que mais de 1,1 mil projetos para instalação de sistemas de irrigação foram cadastrados junto à Seapi. O avanço representa mais de 17 mil novos hectares irrigados no Rio Grande do Sul. A expectativa, segundo ele, é chegar aos 19 mil hectares contemplados pelo programa.
A inscrição de projetos pode ser feita até 29 de julho. A previsão é de atingir ao menos 100 mil novos hectares irrigados até 2027, o que representa um aumento de 33%.
O Estado subsidia até 20% do valor total de cada projeto. Segundo o subsecretário, uma terceira fase é projetada, com expectativa que aumentar o valor limite de contratação.
Coordenadora na Secretaria de
Meio Ambiente e Infraestrutura, Isa Carla Osterkamp destaca a importância da irrigação como ferramenta essencial de adaptação climática. O Estado investiu R$ 5 milhões para modernizar o sistema de outorga da água, que agora permite verificar com maior precisão a disponibilidade hídrica por região.
Houve também avanços no licenciamento ambiental, Isa afirma. Além disso, foi implementada a isenção de licenciamento para açudes com até cinco hectares. Somente estruturas superiores a essa área exigem tramitação formal junto aos órgãos ambientais. “A integração entre as secretarias de Agricultura, Meio Ambiente e a Fepam fortalece a execução das políticas públicas. A atuação conjunta tem como foco eliminar entraves burocráticos e acelerar os investimentos em infraestrutura hídrica”, ressalta.
Atividade prática na Emef Dom Pedro I levou à escola uma simulação de escavação, rodas de conversa e orientações sobre a importância do patrimônio histórico-cultural
Alunos do 6º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Pedro I, de Roca Sales, tiveram a oportunidade de vivenciar a rotina de um arqueólogo. A atividade faz parte do projeto de extensão “Arqueólogo por um Dia: ações de educação patrimonial”, desenvolvido pela Univates. A iniciativa levou à escola uma simulação de escavação arqueológica, acompanhada de rodas de conversa e orientações sobre a importância do patrimônio histórico-cultural.
A proposta busca integrar prática e teoria, estimulando a curiosidade científica e a valorização da história local entre estudantes dos anos
finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Utilizando ferramentas reais de campo, os alunos participaram de uma escavação simulada em um sítio arqueológico preparado especialmente para a oficina. Durante a atividade, encontraram fragmentos de cerâmica e puderam exercitar habilidades como observação, cuidado e análise, colocando-se no papel de pesquisadores.
Educação patrimonial na prática
A atividade foi dividida em dois momentos. Inicialmente, os estudantes participaram de uma roda de conversa com a equipe do
projeto, na qual foram apresentados aos conceitos fundamentais da arqueologia, à rotina de trabalho do arqueólogo e à importância da preservação dos bens culturais. Na segunda etapa, a turma foi conduzida à parte prática: em um espaço montado especialmente para a simulação, puderam aplicar os conhecimentos recém-adquiridos escavando o solo em busca de artefatos, exercitando a paciência e a atenção aos detalhes — habilidades essenciais na área da arqueologia.
proposta com história
Desenvolvido desde o início dos anos 2000 pela Univates, o projeto
Arqueólogo por um Dia se consolidou como uma importante ação de extensão universitária voltada à educação patrimonial no Vale do Taquari e em municípios vizinhos. Ao longo de sua trajetória, tem promovido o intercâmbio de saberes entre a universidade e a comunidade escolar, conectando o conhecimento acadêmico ao cotidiano das escolas.
Atividade faz parte do projeto de extensão “Arqueólogo por um Dia: ações de educação patrimonial
A Arqueologia e a História são utilizadas como interfaces para estimular uma “alfabetização do olhar” — ou seja, uma nova forma de perceber e compreender o mundo a partir da memória, da cultura material e do ambiente.
Escola Santo Antônio foi destaque por ações que promovem acolhimento, diálogo e cultura de paz no ambiente escolar
Maira Schneider mairaschneider@grupoahora.net.br
Ao som do Hino da Paz, alunos da Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Santo Antônio, de Lajeado, recepcionaram, na sexta-feira, 4, uma comitiva do Ministério da Educação (MEC) e consultores da Unesco. O grupo veio ao município com o objetivo de conhecer experiências bemsucedidas que poderão contribuir para a criação do novo programa federal “Escola que Protege”, voltado à prevenção da violência e à promoção da cultura de paz nas escolas brasileiras.
Localizada em uma área de vulnerabilidade social, a escola Santo Antônio se destaca pelo trabalho com círculos de construção de paz e programas de meditação, iniciativas que têm transformado o ambiente escolar e contribuído para o bem-estar dos alunos. “Vivemos em uma sociedade em que a única certeza é a incerteza. A meditação nos ajuda a desenvolver autoconhecimento e autocontrole, tão necessários no mundo atual”, destacou a secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, que acompanhou a visita.
A escola foi a única unidade de ensino escolhida para receber a comitiva do MEC. “Aqui não é só uma escola. Aqui existe o Pacto Lajeado pela Paz. É um trabalho que envolve toda a sociedade. Lajeado pode se orgulhar do exemplo que está dando ao Brasil”, reforçou Raquel.
RAQUEL
Lajeado pode se orgulhar do exemplo que está dando ao Brasil.”
A diretora da escola, Andréa Reckziegel, celebrou o reconhecimento. “É uma alegria imensa. Nossos alunos merecem esse momento. O projeto da Escola Restaurativa promove relações interpessoais saudáveis por meio
de metodologias que funcionam, como os círculos de paz e mesas-redondas”, explicou.
A coordenadora do eixo de prevenção do Pacto Lajeado pela Paz, Tânia Rodrigues, também destacou a importância da visita. “A escola tem vulnerabilidades, mas também tem um grupo mobilizado que trabalha com escuta, acolhimento e diálogo. Esse reconhecimento é o resultado de um esforço coletivo.”
Além da visita à escola no bairro Santo Antônio, a programação da comitiva em Lajeado incluiu uma atividade no Laboratório de Inovação Governamental e Social (Labilá), no Centro. O encontro reuniu representantes do Judiciário, Ministério Público, MEC, Unesco, administração municipal e lideranças do Pacto Lajeado pela
EEEM Santo Antônio foi a única unidade de ensino escolhida para receber a comitiva do MEC
Paz para troca de experiências e apresentação de práticas já implementadas na rede local de ensino,
A escola tem vulnerabilidades, mas também tem um grupo mobilizado que trabalha com escuta, acolhimento e diálogo. Esse reconhecimento é o resultado de um esforço coletivo. ”
tanto pública quanto privada. O desembargador Leoberto Brancher, idealizador da Justiça Restaurativa no Brasil e consultor do programa, também participou das atividades. A presença da comitiva em Lajeado reforça a relevância das ações desenvolvidas no município para a construção de ambientes escolares mais seguros, inclusivos e pacíficos.
Secretária da Educação, Raquel Teixeira percorreu os ambientes e conversou com alunos
www.coquetel.com.br
O ensino comum ao povo
Vogal que levava o trema, no português
Plutônio (símbolo)
Antônimo de "evasivos"
Abismada; estupefata
"Páginas (?)", antiga lista telefônica
Corroborado (em ofício)
Casa de indígenas
Remo, em inglês Área situada no bairro de Santa Ifigênia, em São Paulo
Perguntar em inglês
BANCO
Aquele que é capaz de executar qualquer serviço "Preto", em "graúna" Olivia Colman, atriz
Inunda com água Estirpes; linhagens
O corpo humano, na Mitologia iorubá
Imagem em inglês Sucesso da banda Legião Urbana
Provocar fúria
Estado onde se situa Itapipoca (sigla)
Informações pessoais colhidas de clientes
Música emblemática na Ditadura do Brasil Xico (?), jornalista e escritor
A Cidade dos Exageros (SP)
Sinhô (pop.)
Mata em sacrifício
Âmago; cerne "(?) para o Futuro", programa educativo
Móvel de bilhar (?) Holm ator
Matemática (abrev.) O "T" de LGBTQIA+
Maligno; nefasto
Local de prática da street dance
Primeira mulher a entrar no Cangaço 1, em algarismos romanos
Computador pessoal (pl.)
Forma reduzida de "saxofone"
Dê um sorriso Chris Klein, ator
Orixá da caça e das florestas (Rel.)
Partido Democrático Social Nobel da (?): Prêmio de Malala Yousafzai
Interjeição japonesa para congratular
42 3/ará — ask — oar. 5/image. 6/banzai — cálice. 11/cracolândia.
ÁRIES: Será bom momento para de nir planos de longo prazo ou iniciar um trabalho e colocar a vida em ordem.
TOURO: Fique atento a oportunidades inesperadas de aumentar a renda com pequenas mudanças práticas.
GÊMEOS: Aposte num visual moderno e criativo, cuidados estéticos e de beleza entrarão no menu de hoje.
CÂNCER: Expectativas nos relacionamentos e expresse os sentimentos com mais espontaneidade.
LEÃO: A partir de hoje, a vida social cará mais gostosa. Reúna amigos, resgate relacionamentos e aproxime quem está distante com gestos carinhosos.
VIRGEM: Propostas inovadoras e oportunidades que chegarão inesperadamente numa viagem ou evento.
LIBRA: Rompa barreiras nos relacionamentos e aumente sua exposição. Encontros de prestígio abrirão portas de expansão pro ssional.
ESCORPIÃO: Emoções à or da pele intensi carão o amor. Curta as delícias da intimidade e aprofunde um vínculo especial.
SAGITÁRIO: Desacelere, aumente a sintonia com sua força interior e com a espiritualidade, contemple a natureza ou pratique meditação.
CAPRICÓRNIO: A rotina cará mais agradável, com harmonia nas relações de trabalho e oportunidade de novas parcerias.
AQUÁRIO: Clima descontraído e cheiro de novidade movimentarão o dia. Surpresas divertidas no amor ou proximidade com os lhos alegrarão o coração.
PEIXES: Conversas leves e descontraídas trarão harmonia e entendimento nas relações. Viajar com os lhos ou com o par será tudo de bom!
Selecionei alguns comentários em postagem do 365 vezes no vale. Vamos analisar essas críticas com calma e lucidez
1. E as casas aos desabrigados, reconstrução da cidade, plano de contenção de enchentes, estradas...? Todas as importantes demandas acima são responsabilidades do poder público, enquanto que o projeto da Arca de Noé é planejada com investimento privado. Ou seja, frentes distintas. Claro que o empresariado pode e deve auxiliar em iniciativas sociais – como foi feito com a entrega de casas pelo Grupo Front e Projeto Re.construir do ex-jogador Dunga, por exemplo. Mas é fundamental que as cobranças mais urgentes sejam direcionadas aos governos, que detêm recursos dos impostos justamente para atender a demandas coletivas.
2. Um novo empreendimento de turismo é desnecessário. Se uma fábrica ou estabelecimento comercial abre numa cidade, a tendência popular é celebrar o fato. Afinal o novo negócio gerará emprego e renda na cidade. Pois com um empreendimento turístico ocorre a mesma coisa. Além disso, a vinda de turistas impacta positivamente outros serviços como a rede hoteleira, transporte e comércio local ao atrair público novo para uma cidade.
3. Não é hora de investir no turismo. Assim como pessoas que perderam suas casas na enchente, vários empreendimentos turísticos do Vale foram atingidos pela força da água. Indiretamente, todo o setor sofreu perda com o período fechado e diminuição do movimento devido à falta de estradas e acessos. Até hoje o turismo regional ainda amarga a falta do Trem dos Vales. Essa gigantesca cadeia econômica, formada por centenas de famílias, aguarda ansiosa por novas iniciativas capazes de atrair público à região.
4. Construir uma arca numa cidade devastada por enchente é um deboche.
Essa é uma forma de analisar o projeto. Eu tenho outra. Se formos olhar a história da arca de Noé na Bíblia fica claro que esses versículos não se resumem apenas a destruição causada pelo dilúvio. Simbolizam também recomeço e esperança, sentimentos que Roca Sales e o Vale do Taquari vivenciam diariamente no pós-enchente.
Toda vez que um projeto turístico audacioso é apresentado no Vale do Taquari, um verdadeiro frenesi se instaura nas redes sociais. Em sua maioria, os posicionamentos são contrários. O foco das discussões no momento é a Arca de Noé, ideia lançada pela Associação Amigos Reconstruindo Roca Sales (AARRS)
Boa parte das pessoas que questionam os investimentos turísticos são as mesmas que viajam para destinos turísticos consolidados como a Serra Gaúcha, praias catarinenses ou Rio de Janeiro. Lá, acham o turismo legal. Aqui é ruim. Por que?
Esse tipo de visão pode estar ligado ao que chamamos de síndrome de vira-lata: uma tendência, infelizmente comum, de desvalorizar o que é nosso e superestimar tudo que vem de fora.
Pois nas andanças que faço pelo Vale do Taquari vejo uma região próspera, com belezas naturais, gastronomia farta e cultura rica formada por diversas etnias. Celebro toda vez que leio notícias sobre investidores dispostos a apostar o seu dinheiro para potencializar as qualidades regionais.
Que a Arca de Noé saia do papel e se transforme num produto âncora da região assim como já ocorre com o Cristo Protetor de Encantado.
Fim de semana, 5 e 6 julho 2025
Fechamento da edição: 18h MÍN: 8º | MÁX: 19º O sábado começa com nevoeiro, até denso em alguns locais da região. Mas, no decorrer do período, ele se dissipa e permite que o sol apareça acompanhado de nuvens.
Esporte que vem atraindo adeptos pelo mundo, a corrida é acessível e democrática, mas exige cuidado para se tornar uma prática saudável e sem lesões
Páginas 4 e 5
Em um cenário em que o sedentarismo ainda figura como um dos maiores vilões da saúde pública, a corrida se consolida como um dos exercícios mais acessíveis, eficazes e transformadores. Calçar um par de tênis e sair para correr é, para muitos, mais do que um hábito, é um ritual de autocuidado que tem resultados positivos para o corpo e a mente.
Do ponto de vista físico, os benefícios são comprovados. A corrida fortalece o sistema cardiovascular, ajuda no controle do peso, melhora a resistência muscular e contribui na prevenção de doenças como hipertensão, diabetes tipo 2 e osteoporose. Além disso, é uma poderosa aliada na regulação do sono e na melhora da disposição diária. Mas é no aspecto emocional que o impacto da corrida surpreende. A liberação de endorfinas, conhecidas como os hormônios do bem-estar, contribui para a redução do estresse e da ansiedade, sendo considerada uma ferramenta complementar importante no cuidado com a saúde mental. Não à toa, muitos corredores descrevem a prática como uma forma de meditação em movimento, em que cada quilômetro percorrido ajuda a reorganizar pensamentos e aliviar tensões. No entanto, como toda atividade física, a corrida também exige atenção e responsabilidade. Iniciar sem orientação pode levar a lesões por esforço repetitivo, dores articulares e até problemas mais graves. É fundamental respeitar os limites do corpo, realizar avaliações médicas periódicas, investir em calçados adequados e, sempre que possível, buscar acompanhamento de profissionais de educação física. Correr não exige equipamentos caros ou academias sofisticadas. A rua, o parque ou mesmo a esteira em casa podem ser o ponto de partida para a mudança.
Boa leitura!
Imigrante recebe no dia 9, a apresentação do Coral Vida e Canto, de Encantado. O espetáculo será na Escola Estadual de Ensino Médio 25 de Maio, às 19h, com entrada gratuita. O repertório do
espetáculo será dividido em quatro blocos temáticos, cada um com foco em diferentes aspectos da experiência musical. No primeiro bloco, serão interpretadas canções que marcaram a era do rádio, como “Regra 3” e “Sá Marina”. No segundo, músicas como “Alguém Cantando” e “Aonde Quer que Eu Vá” exploram temas ligados à memória e ao sentimento.
Para celebrar o Dia Mundial do Rock, comemorado em 13 de julho, a prefeitura de Lajeado promove a primeira edição da Semana Municipal do Rock, com slogan “Conectando Som, Cidade e Atitude”. A programação ocorre nos dias 12 e 13 de julho, com entrada gratuita, e envolve atividades em diferentes espaços do município. A ação é uma parceria com o Conselho Municipal de Política Cultural e o Setorial de Música, Músicos, Bandas, Orquestras e Corais. O objetivo do evento é fortalecer, apoiar e incentivar o movimento do rock na cidade, oferecendo estrutura e visibilidade a bandas locais.
EXPEDIENTE
Textos: Bibiana Faleiro
Diagramação: Lautenir Azevedo Junior
A tradição das festas juninas ganha novo impulso no Vale do Taquari com o 1º Festival de Quadrilhas, marcado para sábado, 5 de julho, a partir das 14h, no Multiverso do Boulevard Encantado. Com R$ 30 mil em premiações, o evento busca valorizar a cultura popular e incentivar a participação da comunidade escolar. Aberto ao público, terá comidas típicas, brinquedos infláveis, touro mecânico, brincadeiras temáticas e, a partir das 19h30min, show de forró ao vivo.
O Clube Comercial de Encantado recebe neste sábado, 5, a primeira edição do Festival do Rock. A programação inicia às 16h e reúne bandas como Dead Masters, Gramophônica, Aero Willys, Calibre 12 (tributo ao Guns N’ Roses), Botuca Rock e Legionários, além do DJ Historiador e discotecagem nos intervalos. Os ingressos custam R$ 30,00 e podem ser adquiridos em pontos de venda espalhados pela cidade. O evento também contará com feira de discos e comercialização de camisetas exclusivas.
3º Pedal do rock
Teutônia será palco, no cia 13, da terceira edição do Pedal do Rock, evento de cicloturismo que une pedalada, natureza e música em um só dia. Com largada marcada para às 8h, na sede da Associação da Água (APDL), no bairro Languiru, o encontro deve reunir centenas de ciclistas, de diferentes regiões.
Coordenação e edição: Felipe Neitzke
Atividade física oferece inúmeros benefícios. Especialistas alertam para a importância do acompanhamento médico para que a prática permaneça saudável
Motivada por desafios e pela superação pessoal, a lajeadense Cláudia Nice Bach, 29, adotou a corrida como um estilo de vida. Com passagens por provas importantes, como a Meia Maratona de Paris, ela garante que correr vai muito além do físico: “A corrida é sobre a mente”. A lajeadense é umas das mais de 621,16 milhões de pessoas que correm no mundo, e destaca a importância de levar o esporte com técnica e preparação. A paixão pela atividade surgiu em 2022, quando Cláudia participou da primeira prova, em Lajeado. Desde então, intensificou os treinos e, em 2024, encarou a primeira meia maratona, em Florianópolis. “Foi um divisor de águas. Ali percebi minha força, resiliência
Cláudia Nice Bach, 29, correu a meia maratona de Paris
e determinação”, conta. O sonho de correr fora do Brasil se materializou em Paris, neste ano, e ficou marcado como
REPRODUÇÃO/ENVATO
- 621 milhões de pessoas correm no mundo
- 1,1 milhão de maratonistas completam provas anuais
- 600 mil pessoas realizam ultramaratonas todos os anos
- Em 2024, foi registrado um aumento de 17 no número de finalistas
em corridas em relação a 2023, totalizando 4,66 milhões de concluintes
- Em 2024, foi o esporte mais praticado no mundo
uma conquista pessoal. Para a prova, ela conta que o acompanhamento com profissionais da saúde foi essencial. Cláudia mantém exames regulares com uma equipe multidisciplinar formada por clínico geral, cardiologista, nutricionista, fisioterapeuta, psicóloga, treinador de corrida e personal trainer. “Correr parece simples, mas exige atenção e responsabilidade. Ter uma equipe é fundamental para prevenir lesões, otimizar a performance e manter a saúde em dia”, reforça.
A corrida ganhou popularidade nos últimos anos e, em 2024, foi o esporte mais praticado no mundo, segundo o Relatório Anual sobre Tendências de Esportes do Strava. De acordo com dados da plataforma, o Brasil é o segundo país com o maior número de atletas, somando mais de 19 milhões. Além dos benefícios físicos, o esporte também impacta
A prática regular da corrida pode aumentar a expectativa de vida em até 12 anos.”
Mateus Schneider, treinador e educador físico
de forma positiva a saúde mental, e é por esse benefício que muitos atletas amadores ingressam e permanecem na prática. Um exemplo é o morador de Lajeado Eduardo Marquete, 33, que encontrou na corrida uma ferramenta para transformar, em especial, sua relação com o
próprio corpo.
“Comecei a correr um pouco antes da pandemia, quando eu estava com 115 quilos e já não me sentia bem comigo mesmo”, conta. Movido pela necessidade de se cuidar e melhorar a saúde, ele decidiu dar os primeiros passos e, desde então, não parou. Hoje, participa de provas de 5 e 10 quilômetros, além de realizar treinos mais longos que chegam a 20 km.
Apesar de não contar com acompanhamento profissional, Marquete diz que mantém atenção ao próprio corpo e busca informações com outros corredores mais experientes. Os ganhos, segundo ele, vão além da balança ou do desempenho.
“A corrida não é só saúde, é saúde com responsabilidade. Antes de calçar o tênis e sair correndo, é importante entender como está o seu coração”, destaca o cardiologista Gustavo Cabral. O médico ressalta que a
“ -
Antes de calçar o tênis e sair correndo, é importante entender como está o seu coração.”
Gustavo Cabral, cardiologista
prática regular de atividades físicas, como a corrida, pode reduzir significativamente o risco de doenças cardiovasculares, obesidade,
Deivid Tirp, organizador do Circuito dos Vales Coloca o tênis, sai de casa e começa. O resto vem com o tempo.”
um eletrocardiograma e uma avaliação clínica, são suficientes para identificar a maioria das condições que podem representar risco durante a prática esportiva.
Treinador e educador físico, Mateus Schneider atua na preparação de corredores amadores e destaca que a corrida é um esporte seguro, recomendado para a maioria das pessoas.
“A prática regular da corrida pode aumentar a expectativa de vida em até 12 anos e reduzir em 25% o risco de desenvolver câncer e doenças cardíacas”, reforça.
diabetes e até mesmo de alguns tipos de câncer. Além disso, melhora a qualidade do sono, a disposição, a imunidade e a saúde mental.
“Costumo dizer que a atividade física pode ter três papéis: prevenção, tratamento e até reabilitação. Mesmo quem já teve um infarto ou um AVC pode se beneficiar da prática, com orientação adequada”.
No entanto, Cabral reforça que correr sem preparo ou sem avaliação pode trazer riscos, em especial, para quem está saindo do sedentarismo ou tem doenças silenciosas ainda não diagnosticadas.
“Algumas dessas alterações podem se manifestar só com o esforço físico intenso”, explica. Ele lembra que exames simples, como
Por outro lado, alerta que muitos iniciantes cometem o erro de pular etapas e querer avançar rápido demais. “Tem gente que nunca correu e quer fazer uma maratona em dois meses. Não dá. É preciso ter um processo gradual, tanto em intensidade quanto em volume, para o corpo se adaptar”, explica.
Outro problema frequente é a busca por planilhas genéricas na internet, sem orientação profissional. “É como se automedicar. Cada pessoa tem um histórico, uma capacidade e precisa de um treino personalizado”, orienta. O treinador destaca também que a corrida tem técnica e que aprender a correr é essencial para evitar lesões. “Estudos apontam que até 85% dos corredores já tiveram algum tipo de lesão, a maioria leve, mas que pode afastar das pistas por semanas ou meses”, destaca o profissional.
As lesões mais comuns incluem: dor patelofemoral
(joelho do corredor), tendinopatia do tendão de Aquiles, canelite, fascite plantar e lesões no quadril e na coxa. A maioria delas está relacionada ao aumento rápido demais da quilometragem ou da intensidade, sem o devido fortalecimento muscular. “É importante ter uma base sólida, trabalhar o fortalecimento de glúteos, core e pernas. Isso pode ser feito até em casa, com exercícios simples e poucos equipamentos”, sugere o treinador.
O maior desafio para quem quer começar a correr não está no desempenho ou
na técnica, e sim em dar o primeiro passo. É o que defende o organizador do Circuito dos Vales e atleta amador, Deivid Tirp.
“Antes de pensar em planilha de treino, tênis ou performance, a pessoa precisa sair do sofá”, afirma. Segundo ele, muitas vezes, o excesso de informações ou cobranças afasta os iniciantes.
Tirp destaca que a corrida é uma ferramenta poderosa de mudança de hábitos e, pra quem está parado e quer começar, deixa um incentivo: “Não precisa esperar o momento ideal ou um convite formal. Coloca o tênis, sai de casa e começa. O resto vem com o tempo.”
Bons hábitos, alimentação equilibrada, sono de qualidade e vacinação formam a base para um sistema imunológico saudável que se desenvolve desde a gestação
Garantir que as crianças tenham um sistema imunológico forte e saudável é uma preocupação das famílias, em especial, nos primeiros anos de vida. Segundo a pediatra Simone Reichert, a construção da imunidade começa muito antes do nascimento e passa por diferentes etapas ao longo da infância, exigindo atenção a fatores como alimentação, sono, hábitos diários e vacinação.
“A imunidade é uma construção que começa desde o momento em que os pais pensam em ter um filho”, afirma a especialista. Ela explica que, além da genética herdada dos pais, os hábitos de vida do casal, tanto antes, quanto durante a gestação, influenciam o desenvolvimento do sistema imunológico da criança.
Alimentação saudável, práti-
ca de atividade física e a saúde emocional dos futuros pais são importantes nesse contexto.
Os “1 mil dias”
A médica destaca a importância dos “1 mil dias de vida”, desde os três meses anteriores à concepção até os dois anos de idade do bebê. Segundo Simone, esse período é considerado crítico para o desenvolvimento do sistema imunológico.
A alimentação da mãe e do pai nesse momento pode impactar, por exemplo, a microbiota intestinal do bebê e, consequentemente, sua capacidade de defesa contra doenças.
REPRODUÇÃO/ENVATO
Alimentos ricos em fibras, vitaminas e minerais como zinco e ferro são essenciais. “Nossa dieta atual é muito pobre em fibras e isso afeta diretamente a nossa imunidade, porque as fibras alimentam as bactérias
A construção da imunidade começa muito antes do nascimento e passa por diferentes etapas ao longo da infância
boas do intestino, que são nossas primeiras barreiras de defesa”, explica Simone. Ela lembra ainda que alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares e conservantes, devem ser evitados.
Simone também destaca que chás e receitas caseiras tradicionais, como limão com mel e gengibre, podem ser aliados na imunidade, desde que utilizados de forma adequada para cada idade.
Outro fator destacado pela pediatra é o sono de qualidade. Crianças que dormem bem
no tempo e na profundidade adequada, conseguem regular melhor a produção hormonal e fortalecem a imnidade.
“A higiene do sono é tão importante quanto a alimentação para garantir que a criança cresça saudável”, afirma.
A prática regular de atividade física também é importante na construção da imunidade.
“As crianças precisam brincar, correr, se expor ao ambiente”, recomenda Simone, que ainda reforça o papel da vacinação e o uso equilibrado de medicações.
Para fortalecer a imunidade
Alimentação saudável: Variada, com frutas, legumes, verduras, fibras e evitando ultraprocessados.
Sono de qualidade: Horários regulares, ambiente tranquilo e sem telas antes de dormir.
Vacinação em dia: Protege contra doenças graves e fortalece o sistema imune.
Exposição: Contato com natureza e brincadeiras ao ar livre fortalecem a imunidade.
Atividade física regular: Movimentar o corpo faz parte da construção da saúde desde cedo.
Uso consciente de medicamentos: Evitar antibióticos sem necessidade para não enfraquecer as defesas naturais.
Deise Portz nutricionista (CRN 6908)
Écomum ouvirmos que no frio precisamos comer mais para “esquentar o corpo”. Mas isso é, na verdade, um mito. Embora o corpo gaste um pouco mais de energia para manter a temperatura, esse aumento é discreto e não justifica exageros à mesa.
O que muitas vezes
aumenta é a vontade de comer, especialmente alimentos mais calóricos e reconfortantes. De acordo com a nutricionista Deise
Portz, nesse período, é essencial diferenciar fome real de vontade emocional. “Em vez de aumentar a quantidade de comida, o ideal é investir na qualidade nutricional das refeições”.
Ingredientes
- 1 xícara (chá) de leite desnatado ou bebida vegetal
- 1 canela em pau
- 4 cravos-da-índia
- 1 colher (sobremesa) de cacau em pó
- 2 colheres (sopa) de leite em pó desnatado
- 1 colher (sopa) de raspas de chocolate 70% (opcional)
- Noz-moscada a gosto
Modo de preparo
Em uma panela, aqueça o leite com a canela e os cravos até levantar fervura.
Retire os temperos, adicione o cacau e o leite em pó e misture bem com um mixer ou no liquidificador até ficar cremoso.
Finalize com as raspas de chocolate e a noz-moscada. Sirva quente.
Enfermeira e professora @juuthomas5 @juterapiasmanuais
O sabor da primeira vez! (e de todas as outras que vieram depois)
Era 2016, as pernas tremiam mais de ansiedade do que de cansaço. Mesmo sendo uma pessoa ativa, naquela data eu não havia me preparado para correr. Como dizem, era um tênis e um sonho. Lembro que olhei o trajeto para não me perder durante a prova, mas não atentei à palavra altimetria, descobri ela enquanto tentava respirar, correr e manter o fôlego em um dos morros do percurso. Quando cruzei a linha de chegada, foi um misto de socorro alguém me ajuda e eu quero viver isso outra vez! Foi assim que, pela primeira vez, experimentei a sensação da corrida!
Bom, aos que não me conhecem, optei pela segunda opção! Após essa prova inseri os treinos como complemento da atividade física a qual eu realizava. Traçava metas, trocava ideias com pessoas que corriam, e principalmente sentia o quanto esse exercício me fazia bem. Assim como muitos, a vontade de correr mais longe provocou algumas dores e foi aí que senti o sabor amargo das lesões, da dor e das pausas. Aqui aprendi que não só na vida, mas também na corrida, precisamos respeitar o tempo e evolução das coisas.
Em 2017, quando ainda residia em Arroio do Meio, recordo que em domingo ensolarado, conclui os primeiros 10km correndo na rua. Como foi doce esse momento!
Mesmo gostando do esporte, houve um período em que me afastei das pistas. A corrida voltou a fazer parte da minha rotina em 2023. Um ano depois, motivada pela constância nos treinos, acompanhei a Maratona Internacional de Porto Alegre, e acompanhar essa experiência impulsionou a minha decisão em correr os meus primeiros 21km. Sabendo que eu teria uma longa jornada até a linha de chegada, busquei auxílio de uma consultoria que por meio de planilhas organizou os treinos semanais até o alcance da meta. Houve semanas em que o treino fluiu como esperado. Outros, nem tanto.
Durante esses meses senti a doçura de correr em grupo, e como é bom ter suporte para aguentar os longos do final de semana, o amargo de quando o organismo pede descanso e sabota a vontade de treinar ou quando as manhãs frias convidam a permanecer na cama por mais tempo, também senti o sabor salgado das lágrimas diante de provas em que meu corpo não respondeu como eu gostaria.
A profissional diz que preparaçṍes quente e nutritivas são uma boa aposta. Entre as receitas sugere sopas com legumes, carnes magras e grãos como lentilha ou feijão, além de purês de batata, batata-doce ou mandioca, mingau de aveia com frutas e canela, arroz integral com vegetais e ovos, e verduras no forno ou air fryer.
“Essas são opções que trazem aconchego, saciedade e equilíbrio, favorecendo a saúde e o processo de emagrecimento, sem exageros”. Segundo Deise, o foco deve ser comer melhor, não mais.
Esse percurso não foi apenas físico. Foi também um lembrete poderoso de que a saúde é o nosso bem mais precioso, e o bem-estar vem de pequenos hábitos que cultivamos diariamente do sono à respiração, da alimentação à gestão do estresse, do movimento à pausa.
A corrida me ensina diariamente sobre persistência, que são os movimentos constantes que nos impulsionam ao objetivo, que a nossa mente tem um poder maior do que imaginamos, e que ainda que correr seja um esporte individual, as lições que ele ensina a sobre coletivo, são inenarráveis.
A meia maratona chegou, como tudo aquilo que um dia achamos que seria impossível: aos poucos, na soma diária de pequenas ações e passos. Percorri os 21km e me senti profundamente conectada com a vida. Me emocionei por mim, pelos outros corredores, pelas histórias que imaginei ao ver cada passo sendo dado ali. Cruzei a linha de chegada em lágrimas de alegria e realização.
Talvez não seja sobre correr, talvez seja sobre se permitir viver o novo com o coração acelerado e os olhos brilhando. Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?
APRESENTA
APRESENTA APRESENTA
FRaul Diego Griebeler
Ué a grande aposta do projeto da arquiteta recém-formada pela Univates, Débora Caterine Costa, para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O prédio, pensado como uma nova sede para as três empresas que formam o Grupo Popular, também possui espaço para abrigar outros empreendimentos. Sacadas e visuais foram adotados para garantir uma expe -
projeto desenvolvido pela arquiteta formada pela Univates em 2022/A, Denise Andréia Führ, para o trabalho de conclusão do curso. A ideia foi inserir o centro na cidade de Estrela, como um espaço adequado para diversas atividades. Assim, o Criar Centro de Desenvolvimento Cultural e Educacional também propõe ofertar eventos e atividades diurnas, para os idosos, crianças e jovens, em especial, no turno inverso escolar. Para os adultos, as atividades serão concentradas nos turnos vespertino e noturno. Além disso, ocorrerão diferentes eventos abertos ao público, como palestras, encontros gastronômicos e pequenos eventos musicais. A ideia é que o espaço se torne referência para os municípios e atraia moradores de toda a região.
Arquiteto e urbanista formado pela Univates em 2025/A Orientador: Augusto Alves
m projeto voltado ao turismo rural, ao descanso e, em especial, ao turismo de aventura. Essa é a proposta do arquiteto Raul Diego Griebeler, para o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) na Univates. Com a orientação do professor Augusto Alves, o projeto se chamou “O Condado – Pousada e Parque Rural”, com a criação de uma pousada e parque rural em Paverama.
riência diferenciada aos usu ários, explica a profissional. A construção busca ampliar a visibilidade e a interação das empresas com a comunidade, por isso, o projeto também prevê uma cafeteria no andar térreo. “A ideia é atrair tanto o público que trabalha e frequenta o prédio, como a comunidade em geral”.
mesma estratégia de cores da área externa.
De acordo com o arquiteto, a proposta aproveita as belezas naturais do município
Na parte externa, cores neutras como cinza, preto e tom de madeira foram escolhidas para transmitir sensação de aconchego, destaca Débora.
escolas públicas. Além de proporcionar apresentações teatrais e músicas por meio de editais e leis de incentivo à cultura.
A ideia é que o espaço também sirva como locação para eventos e palestras de empresas e pessoas interessadas. O centro contará com salas comerciais, cafeteria, e abrigará a biblioteca pública em um ponto de fácil acesso e visibilidade.
a proposta aproveita as belezas naturais do município, como montes e cascatas, ideais para a prática de rapel e montanhismo, posicionando a cidade como mais uma alternativa no crescente setor turístico do Vale do Taquari.
“O propósito do centro cultural é realizar o encontro de pessoas, indiferente de raça, cor e classe”, destaca a arquiteta.
A cafeteria possui tom de concreto, laje e esquadrias escuras. A madeira, utilizada tanto nos brises, como no mobiliário, busca proporcionar um ambiente acolhedor. Os demais espaços possuem uma paleta de cores semelhantes, porém mais claras, o que garante mais conforto
espaço pet, sala de jogos e spa.
aparente. Na parte interna, também foram adotados car petes para ajudar no conforto acústico, além de painéis em MDF para compor cada área, conforme a finalidade.
destre e trazer maior aconchego. Como estratégias bioclimáticas criou-se recuos proporcionais a cada incidência solar, bem como a perfuração da laje superior para se ter o efeito chaminé, possibilitando a refrigeração dos ambientes e a entrada de luz natural.
Além disso, na fachada, foram utilizados painéis em concreto polímero e estrutura metálica para a ventilação, com aumento, também, da inércia térmica e diminuição da entrada de calor.
“As construções adotam modernas técnicas construtivas, com estruturas metálicas e fechamento em steel frame”, conta Griebeler. Ainda, as paredes são revestidas com painéis EIFS, que simulam o aspecto robusto do concreto, enquanto os painéis LP SmartSide oferecem um acabamento sofisticado, com textura que remete à madeira natural, resultando em um visual elegante e acolhedor.
Segundo a profissional, a escolha dos materiais conside rou a disponibilidade no mer cado, beleza, funcionalidade, custo-benefício e qualidade acústica e térmica.
De acordo com o arquiteto,
Denise destaca que para a via-
Materiais utilizados
Destinado a famílias, casais e grupos, o espaço de 5 hectares conta com cabanas, mini fazenda, pomar, restaurante e áreas de lazer com piscinas, espaço kids,
Quanto à estrutura, além do
“Esta materialidade exige pouca manutenção, apenas a sua higienização”, destaca a arquiteta.
A escolha dos materiais, conforme explica o arquiteto, dialoga com a natureza local, promovendo uma integração visual e ambiental que valoriza o entorno.
A cobertura conta com a impermeabilização e colocação de
Projeto desenvolvido para Trabalho de