O modelo de cobrança por free flow, previsto no edital do Bloco 2, tira a isenção para moradores próximos e prevê tarifa cheia a todos. A proposta em análise pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) inclui multa para inadimplentes e criação de um fundo para compensação. A concessionária será ressarcida por até 90% das tarifas não arrecadadas. Líderes da região pedem mais debate antes da publicação final. O governo quer lançar o edital em julho e fazer o leilão até novembro
Principais rios do Vale, o Forqueta e o Taquari, são considerados de classe 3. Presença de rejeitos orgânicos e poluição trazem riscos para a saúde, afirmam médicos.
VOLTA DOS ALUNOS EM
Comemoração, mas sem euforia
Areforma do Colégio Castelo Branco, o Castelinho, em Lajeado, causa um misto de sentimentos na comunidade. Para alguns, representa vitória, de um aguardado retorno após tragédias ambientais. Mas também é um acerto tardio de contas do poder público com a educação no Vale do Taquari. O prédio histórico foi atingido por três enchentes. Quase dois anos sem receber alunos. Porém, antes mesmo dos episódios extremos, a estrutura sofreu com a falta de manutenção. Muitas perdas poderiam ter sido evitadas.
Passado esse adendo, o fato é que depois da inundação de maio do ano passado, os entulhos ficaram acumulados e as obras paralisadas. Agora, um investimento de R$ 2,5 milhões, foi garantido. Memória é importante, não antes de muita pressão e críticas. Inclusive com questionamentos do Ministério Público para saber o destino do Castelinho.
A região merece políticas educacionais que priorizem a qualidade do ensino e a segurança dos estudantes”.
Agora, com o retorno parcial em agosto e a conclusão total da obra para dezembro, resta à comunidade escolar confiar que os prazos e entregas serão cumpridos. Também de que o “projeto modelo de resiliência” vai resistir em caso de novos eventos climáticos.
Este alerta é para que a região, os alunos, os professores e a comunidade não se contentem com migalhas. A região merece políticas educacionais que priorizem a qualidade do ensino e a segurança dos estudantes, sem depender de pressão popular para que o óbvio seja feito.
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“Ser prenda é ser voz, exemplo e guardiã da nossa história”
MaraReginaEhlersTanski, 36, natural de Bom Retiro do Sul e moradora de Estrela,foieleita1ªPrenda Veteranada24ªRegião Tradicionalistanagestão 2025/2026.Representante doCTGRaçaGaudéria,éa primeiraprendaveterana daentidadeaconquistar espaçoemumagestão regional.Atrajetóriano tradicionalismocomeçou em2019,apartirda participaçãoda lhana invernadapré-mirim,o quedespertoumaior envolvimento com a culturagaúchaeamotivou a assumir novos desa os dentro do movimento
Iniciei em 2019, quando a minha filha Eduarda entrou na invernada prémirim do CTG Raça Gaudéria. A partir disso, o interesse aumentou. Comecei a participar mais das atividades, até que, em 2023 e 2024, passei a atuar na coordenação da invernada juvenil. Em 2024, recebi o convite para integrar o prendado. Quando surgiu a possibilidade de representar a entidade na Ciranda Cultural de Prendas, aceitei com alegria e dedicação.
O que mais marcou essa caminhada?
Com certeza o apoio da entidade,
que fez diferença em cada etapa. A professora Andréa Eloi auxiliou na oratória e declamação, a diretora cultural colaborou nas danças e o Rodrigo Dossena, 1º Guri Farroupilha da gestão 2024/2025, esteve presente em todos os momentos, contribuindo com os estudos, relatório e demais preparações. Mesmo sabendo da força da concorrência, mantive o foco no esforço e nos valores que carrego. Quando anunciaram o resultado, a emoção foi intensa. Um misto de gratidão, surpresa e felicidade por ver que todo o empenho se transformou em conquista.
Qual foi o processo de preparação?
Desafiador em todos os sentidos. Nunca havia participado do concurso, então precisei aprender a declamar, organizar uma rotina de estudos e desenvolver habilidades novas. Foram meses de concentração e muito trabalho. Mesmo com as inseguranças do início, a preparação foi uma experiência de crescimento, tanto pessoal quanto cultural. Sair da zona de conforto e abraçar esse compromisso exigiu disciplina, mas trouxe aprendizado em cada etapa.
Para você, o que esse título representa?
Muito mais que uma faixa. Representa a dedicação investida em algo que acredito. É símbolo de superação, persistência e compromisso com o tradicionalismo. Com a conquista, tornei-me a primeira prenda veterana do CTG Raça Gaudéria a participar da gestão regional de prendas, o que carrega um peso simbólico e uma responsabilidade. Espero, com esse novo papel, contribuir ainda mais para o fortalecimento da cultura e inspirar outras mulheres a também ocuparem espaços de representatividade dentro do movimento.
Qual mensagem deixa para outras prendas que desejam participar das competições?
Cada nova prenda carrega a esperança de manter viva a tradição. Que não falte coragem para se posicionar, nem humildade para aprender. O brilho verdadeiro não está apenas nas vestes ou nas faixas, mas nas atitudes, nos gestos e no exemplo. Que cada representante da cultura gaúcha siga com orgulho, responsabilidade e amor pela história do povo do Rio Grande do Sul.
Filiado à
Fundado em 1º de julho de 2002
Vale do Taquari - Lajeado - RS
Diretor Executivo: Adair Weiss
Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss
Neitzke
Pedágio sem cancela: como vai funcionar o free flow
Edital prévio entregue ao TCE mostra que sistema será implantado de forma gradual. Cobrança eletrônica prevê multas para inadimplentes, com até 10% da evasão custeada pela concessionária
Filipe Faleiro
filipefaleiro@grupoahora.net.br
Onovo modelo de pedágio proposto para as rodovias do Bloco 2 está em análise no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Pelo pré-edital, o formato de concessão patrocinada (devido ao aporte de até R$ 1,5 bilhão pelo Fundo da Reconstrução/ Funrigs), estabelece um contrato de 30 anos, prorrogável por mais cinco.
Sobre a cobrança da tarifa, no lugar das praças físicas com cancelas, será instalado um sistema automático, o free flow. Conforme o Estado, a mudança acompanha uma tendência nacional e será feita de maneira gradual, com continuidade dos
atuais pontos de cobrança.
“Manter as praças atuais é uma informação diferente do que nos foi apresentado. Isso nos preocupa, pois teremos outro formato e o fim do desconto aos moradores próximos.”, realça o diretor de infraestrutura da Associação Comercial e Industrial de Encantado (Aci-E), Luciano Moresco.
“Para nós, a ideia era de início da cobrança já pelo modelo automático”, reforça. Conforme informações da Secretaria da Reconstrução, é necessário um tempo de adaptação para o funcionamento e instalação dos equipamentos. Depois disso, a cobrança regular de tarifa só poderá iniciar após a ativação plena do sistema free flow.
Identificação
Pelo resumo do edital, o usuário poderá pagar o pedágio por meio de diferentes formas: Identificação Automática de Veículos (AVI), pré-pagamento, cadastro eletrônico em site ou aplicativo da concessionária, além de pontos físicos opcionais. Quem não adotar algum destes meios sofrerá um acréscimo de 10% na tarifa. A ideia é incentivar o uso de pagamentos digitais e
Manter as praças atuais é uma informação diferente do que nos foi apresentado. Isso nos preocupa, pois teremos outro formato e o m do desconto aos moradores próximos.”
Resumo do edital
Resumo do edital entregue ao Tribunal de Contas do Estado (TCE)
Concessão patrocinada com aporte de até R$ 1,5 bilhão pelo Funrigs
Contrato de 30 anos, prorrogável por mais cinco anos.
Serão 24 pórticos de leitura de placas ao longo dos mais de 380 quilômetros de estradas concedidas no Bloco 23
reduzir a evasão.
A inadimplência, por sua vez, será monitorada pela concessionária. Quem não quitar a tarifa no prazo de 30 dias (conforme prevê a Resolução 013/2024 do Contran) serão identificados e as informações repassadas ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e ao Comando Rodoviário da Brigada Militar, para emissão de autuações.
Multas
Os inadimplentes estarão sujeitos a multa moratória de 2% e juros mensais de 1%. Esse valor será incluído no cálculo da compensação de inadimplência paga à concessionária. Neste sentido, o governo cobre até 90% do total não arrecadado por mês, desde que os débitos não sejam decorrentes de falhas técnicas, evasões sem identificação ou fraudes.
Esse recurso deve sair de um
fundo criado a partir das multas. Pelo Código de Trânsito (CTB), a punição por evasão de pedágio é de R$ 195 mais cinco pontos na carteira. Em cima disso, o risco de fraude é da concessionária, que também deverá atuar de forma integrada com o DAER na emissão de infrações.
A compensação será feita por meio de notificação enviada pelo Estado ao agente financeiro da concessão. Se não houver recursos suficientes na Conta Multa, abastecida com os valores das autuações, a diferença será rolada para o mês seguinte, com correção pelo IPCA.
Encontro cancelado
A reunião entre prefeitos da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e o secretário extraordinário da Reconstrução, Pedro Capeluppi, marcada para hoje, 9 de julho, em Porto Alegre, foi cancelada. O aviso chegou na noite de terçafeira, por meio do presidente da Amvat e prefeito de Sério, Moisés de Freitas. Para os prefeitos, há um entendimento de que o prazo é pequeno para análise e ajustes do pacote de obras. “Precisamos saber com clareza o que será feito e o que não será. Até agora, não temos esse nível de detalhamento”, diz a prefeita de Lajeado, Gláucia Schumacher. O governo estadual mantém o cronograma, com previsão de
Sistema free ow (sem cancelas)
Transição será gradual
Tarifa digital será cobrada após instalação e ativação do sistema
Preocupações locais incluem fim dos descontos para moradores e cobrança de motocicletas
Quem não usar meios digitais pagará acréscimo de 10% sobre a tarifa
Fiscalização e punições
Prazo de até 30 dias para pagamento
Multa moratória de 2% e juros de 1% ao mês
Evasão resulta em multa de R$ 195 + 5 pontos na carteira (CTB)
Fundo cobre até 90% da inadimplência, exceto casos de fraude ou falha técnica
publicação do edital ainda em julho e leilão entre outubro e novembro. O temor é que, sem nova rodada de diálogo, o edital seja fechado sem considerar os ajustes regionais.
LUCIANO MORESCO DIRETOR DE INFRAESTRUTURA DA ACI-E
MONUMENTO À BÍBLIA, CUIA GIGANTE, ROSÁRIO, ARCA DE NOÉ, GAÚCHO
“Brega” para alguns, virtuoso e lucrativo para outros
Olançamento do projeto de construção do Cristo Protetor foi recebido com deboche, desprezo, desdém, arrogância e, principalmente, muita incompreensão por uma significativa parcela de moradores do Vale do Taquari. Poucos compreendiam, à época, o valor e o dinamismo daquela ideia capitaneada pelo ex-prefeito de Encantado, o saudoso Adroaldo Conzatti, e provocada por alguns visionários que hoje celebram – em silêncio e com discrição – o sucesso absoluto do complexo turístico no alto do Morro das Antenas. Hoje os críticos desapareceram. Surgi-
ram lá atrás para tentar desconstruir e desprezar a ideia do outro, e agora são obrigados a reconhecer – mesmo que internamente e com a cabeça no travesseiro – o quão deselegantes foram em um passado não muito distante. Mas isso já é passado. Para o futuro, o Vale conta com outros projetos que, igualmente, foram recebidos com deboche, desprezo, desdém e, claro, muita incompreensão por parte de muitos moradores do Vale e, também, dos “forasteiros” que adoram “causar” nas redes sociais. Eu prefiro torcer pelo sucesso absoluto dos empreendimentos e dos corajosos empreendedores. E você?
Vereador em App
O vereador Rodrigo Quinot (PL), de Arroio do Meio, lançou na semana passada um aplicativo desenvolvido por ele para disponibilizar à comunidade um canal virtual de comunicação.
Em resumo, o App serve para os contribuintes da cidade acompanharem a agenda do parlamentar e também fazer solicitações e pedidos de melhorias com envio de fotos e localização.
Câmara Mirim em Lajeado
A câmara aprovou por unanimidade o projeto de lei apresentada pela presidente da casa legislativa, Ana da Apama, e que institui a chamada “Câmara Mirim” na principal cidade do Vale do Taquari. De caráter “instrutivo, informativo e educacional”, a ideia é realizar simulados com estudan-
tes de toda a rede pública e privada de ensino. Ou seja, ensinar as práticas legislativas, a proposição de projetos de lei e os compromissos e deveres dos vereadores fora e dentro do plenário. Em resumo, é despertar a importância da política nas crianças e adolescentes, sem viés ideológico.
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
Câmara aprova selo “Bar que Respeita o Músico”
O suplente de vereador, Jones Fiegenbaum, do PT, e o vereador titular, Neco, do PL, protocolaram projeto de lei que “obriga os estabelecimentos comerciais em Lajeado a divulgar, em local visível a todos os frequentadores, o percentual do couvert artístico efetivamente repassado ao artista”. A matéria foi aprovada em plenário – e por unanimidade – na semana passada, e agora vai para análise da prefeita Gláucia Schumacher (PP), que pode sancionar ou vetar a matéria. Além da divulgação do percentual, a possível nova lei exige que o estabelecimento disponibilize ao artista “o controle fidedigno de clientes pagantes do couvert artístico”, e, em caso de apresentações com dois ou mais artistas, a proposta dos representantes do PT e do PL exige que o pagamento seja “dividido de forma proporcional ao tempo de apresentação”. Por fim, o PL já aprovado na câmara cria o “Selo Bar que Respeita o Músico”, destinado aos estabelecimentos que repassam 100% do valor arrecadado com o couvert artístico para os artistas. Pois bem. Não sei se há necessidade de tantas obrigatoriedades. Mas a ideia de um selo, criado e disponibilizado a partir de um movimento espontâneo do proprietário, pode servir, sim, como um incentivo para melhorar ainda mais a relação de trabalho. Ah, e também serve como um bom marketing junto à comunidade local.
TIRO
- O governo de Arroio do Meio vai facilitar a vida do contribuinte. A partir desta semana, já está funcionando o sistema de protocolos online da prefeitura e diversos pedidos e protocolos poderão ser feitos diretamente no site oficial da administração municipal.
- Secretário de Meio Ambiente de Lajeado, Luís Benoitt (PL) tende a deixar a função em abril do ano que vem. Eleito vereador em 2024, ele já declarou a intenção de concorrer a deputado estadual. Entretanto, ele pode deixar a vaga no Executivo independentemente do pleito de 2026.
- Cris Costa (PSDB) assumiu a presidência da câmara de Encantado e já conta com “padrinhos” lhe incentivando a concorrer a deputado estadual. Entre eles, o deputado federal Daniel Trzeciak, que está cotado para deixar o PSDB e assinar com o União Brasil. Além dele, o prefeito Mateus Trojan (MDB) também é pré-candidato a deputado estadual na região alta do Vale. Ou seja…
- A Empresa Pública de Logística Estrela (Elog) contratou, por meio de dispensa de licitação, duas empresas para dois diferentes serviços. No caso, a pintura do prédio e a instalação dos vidros na sede instalada junto ao Porto e duramente impactada pela enchente de 2024. Os serviços custam R$ 44,7 mil e R$ 49,9 mil, respectivamente.
- Após eleger a primeira mulher negra na história da câmara de Lajeado, a professora Rosane Cardoso, o PT também celebrou, ontem, a primeira sessão plenária da suplente Luiza Basesgio, a mais jovem vereadora na história do Legislativo lajeadense.
- Em tempo, o governador Eduardo Leite (PSD) cravou em entrevista exclusiva ao Grupo A Hora: vai lançar o edital de concessão das nossas rodovias ainda no mês de julho. Enquanto isso, a governança regional – ou parte dessa – segue embaralhada e muitos ainda discutem o “sexo dos anjos” no Vale do Taquari. Ou seja, o mais prudente ainda seria protelar por alguns meses o edital...
Concessão do Aterro Sanitário
O governo de Lajeado não desistiu da ideia de conceder o aterro sanitário à iniciativa privada. É um debate antigo. E que pouco ou nada avançou nos últimos anos. No governo passado, um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) foi aberto para ouvir sugestões ao espaço. E a pirólise (queima do lixo para geração de energia) surgiu como a melhor proposta para transformar
resíduos em riqueza. No entanto, e também em função das trágicas enchentes que literalmente mudaram nossas agendas e prioridades, o assunto esfriou e hoje está em “banho-maria”. Entretanto, e em recente entrevista para a Rádio A Hora, o Secretário de Meio Ambiente, Luís Benoitt, deixou em aberto a possibilidade de retomar o instigante e necessário debate sobre o futuro do aterro.
OITO MESES EM OBRAS
Como está o Castelinho para a volta às aulas
Maior colégio público do Vale do Taquari reabre em 4 de agosto. Troca da fiação elétrica e da tubulação de água são as principais preocupações
Salas do segundo piso e no terceiro andar. Essa será a área destinada para atender os cerca de 750 alunos. Com retorno marcado para 4 de agosto, o Colégio Castelo Branco estará em obras até o fim do ano e vai precisar adaptar a ocupação das áreas.
Como pontos de atenção, a troca da fiação elétrica e melhorias na tubulação de água. Esses trabalhos importantes e em execução. Na manhã de ontem, eram 12 operários em atuação no prédio histórico. Uma forçatarefa para garantir condições de retorno dentro do prazo. Como aspectos positivos da intervenção, todo o telhado foi refeito, o piso trocado e a pintura quase pronta. Em meio ao preparo, a confirmação do retorno ao prédio histórico é motivo de alegria entre professores, funcionários e comunidade escolar.
A coordenadora da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Greicy Weschenfelder, destaca o valor simbólico da reabertura. “Representa retornar a uma casa tradicional, um patrimônio cultural de educação. Significa dar dignidade às pessoas,
JANICE ALTHAUS AGENTE EDUCACIONAL
Sonhei muitas noites com o momento de ver os alunos aqui de novo. Agora, com o retorno confi rmado, estou contando os dias”
permitir que se sintam pertencentes a essa história construída a muitas mãos”, afirma.
Greicy reconhece o esforço coletivo. “Foi um tempo difícil. Tivemos apoio das secretarias de Estado e de muitas mãos que ajudaram. O passado ficou marcado, mas agora é tempo de olhar para o futuro e reconstruir. A escola, com seu ambiente e clima, contribui diretamente para a qualidade da educação que oferecemos.”
Desejo de voltar
A diretora do Castelinho, Evenize Pires, celebra o avanço das obras e a confirmação do retorno. “Já temos dez salas prontas para receber o mobiliário, os setores básicos como secretaria, refeitório e coordenação estão finalizados, e a biblioteca não foi atingida. A quadra também estará liberada para atividades físicas, um dos pontos altos da volta.”
Apesar de parte do térreo e o ginásio ainda estarem em obras — com previsão de conclusão nos próximos seis meses —, a escola está preparada para receber os alunos com segurança e qualidade, afirma. “O Castelinho está ficando muito bonito. Já requisitamos e recebemos do Estado todos os equipamentos necessários, como projetores e condicionadores de ar”, frisa a diretora.
Quase dois anos
As aulas no prédio histórico foram interrompidas em setembro de 2023. Para garantir o fim do ano letivo, foi feito um convênio com a Univates em novembro daquele ano. Neste período, duas novas inundações danificaram a estrutura.
A reforma só começou em dezembro de 2024. Após atrasos por falta de pessoal e cobranças da Secretaria Estadual de Obras Públicas (Seop), a empresa contratada reforçou a equipe e ampliou a jornada de trabalho para garantir a conclusão da etapa essencial para o reinício das aulas.
Em julho, o governo reafirmou
o compromisso com a comunidade escolar. Ao todo, foram investidos mais de R$ 2,5 milhões na reforma. Entre os serviços, estão a troca do piso de madeira, reforços estruturais, reforma de telhado, substituição da fiação elétrica e melhorias no sistema de drenagem.
Sonho do reencontro
A agente educacional Janice Althaus, trabalha há 18 anos na escola. “Chorei muito. Depois da enchente de setembro de 2023, tínhamos limpado tudo. Lavamos cortinas, organizamos salas e, de repente, perdemos tudo de novo. Foi devastador ver aquela lama, jogar tudo fora: móveis, material didático...”, relembra.
Mesmo durante o período em que a escola estava na Univates, Janice mantém a rotina no Castelinho desde o início das obras, em dezembro do ano passado, abrindo e fechando o prédio todos os dias e acompanhando a reforma. “Eu amo essa escola. É minha segunda casa. Sonhei muitas noites com o momento de ver os alunos aqui de novo. Agora,
Coordenadora da 3ª CRE, Greicy Weschenfelder acompanha andamento das obras e garante que a nova estrutura vai contribuir diretamente para a qualidade da educação oferecida
com o retorno confirmado, estou contando os dias.”
Vínculo
Durante o período em que a escola funcionou na Univates, havia um estranhamento, relatam alunos e funcionários. Com o retorno ao endereço histórico, a direção espera se reaproximar da comunidade escolar. “Na Univates tivemos acesso a laboratórios, oficinas e outros espaços que foram muito bem aproveitados. Agradecemos pela acolhida”, diz a diretora Evenize. Ainda assim, os estudantes não se sentiam pertencentes ao local, acrescenta. “Agora, com a volta, esperamos mais envolvimento das famílias e da própria cidade. Nada melhor do que retornar para casa”, resume.
Maira Schneider mairaschneider@grupoahora.net.br
AQUICULTURA
Aquibom deve sediar
Dia Estadual do Peixe
Feira trará eventos técnicos, exposições comerciais e ampla gastronomia de 7 a 9 de novembro
Um dos principais eventos do agronegócio gaúcho, a 1ª Aquibom – Feira Estadual da Aquicultura deve receber ainda mais destaque ao ser palco do Dia Estadual do Peixe no Rio Grande do Sul. A consolidação sobre a data ocorre nesta quinta-feira, dia 10, em reunião da Câmara Seto-
rial da Aquicultura. A feira será realizada de 7 a 9 de novembro, no Recanto Novo Paraíso, estrada da Sanga Funda, em Bom Retiro do Sul.
Iniciativa do governo gaúcho, o Dia Estadual do Peixe ocorre de forma itinerante pelo Estado a cada edição e busca desenvolver o setor da aquicultura e piscicultura. Aprovada a realização do evento na Aquibom pela câmara setorial, a organização da feira começa as tratativas com a Emater/RS-Ascar – entidade coordenadora.
Nesta segunda-feira, a Federação dos Trabalhados na Agricultura do RS – Fetag abriu as inscrições para a Feira da Agricultura Familiar na 1ª Aquibom. Os feirantes interessados em participar devem se inscrever até a próxima
TRADIÇÃO
CTG Tropilha Farrapa homenageia casais vencedores do Enart
Centro de Tradições celebra conquistas de jovens talentos nas categorias Mirim e Juvenil
O CTG Tropilha Farrapa prestou homenagem, nesta segunda-feira, 7, a dois casais que conquistaram o primeiro lugar no Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart), realizado no último fim de semana em Erechim.
Aquibom 2025: Serviço
Data: 7 a 9 de novembro de 2025
Local: Bom Retiro do Sul, RS Proposta: Desenvolver a aquicultura gaúcha com foco em piscicultura sustentável
Atividades: Exposição de tecnologias, palestras, oficinas, gastronomia, cultura
Público-alvo: Produtores rurais, técnicos, pesquisadores, investidores e comunidade em geral
segunda-feira, dia 14, por meio do site da entidade.
A Fetag destaca que serão priorizados os empreendimentos locais e que a inscrição não garante a participação. Todos os inscritos serão avaliados pela comissão organizadora do espaço e, após a validação, será enviado aos sindicatos a relação dos aprovados.
Marco para o setor
A 1ª Aquibom promete ser um marco para revolucionar a cultura no território gaúcho e posicionar o Rio Grande do Sul como referência nacional em aquicultura, especialmente na piscicultura sustentável.
A feira reúne ampla programação de palestras técnicas, exposições de tecnologias, oficinas e atrações culturais e gastronômicas. Pretende integrar ciência, produtores e instituições com o intuito de desenvolver uma cadeira produtiva forte, moderna e sustentável.
Na categoria Mirim, os irmãos Matheus Schmitz, de 13 anos, e Yasmin Schmitz, de 11, foram os grandes vencedores entre 33 casais concorrentes. Já na categoria Juvenil, o destaque foi para o casal Augusto Bomm Weiler e Yasmin Caussi, que superou outros 30 casais e também subiu ao topo do pódio.
Os quatro dançarinos receberam quadros comemorativos e tiveram seus nomes fixados na galeria de honra do CTG. “Esse
troféu é fruto de todo nosso esforço, ensaios e muito suor”, salienta Yasmin Caussi.
CTG é forte em danças
de salão
O reconhecimento reforça o protagonismo do CTG nas danças de salão e no cultivo da cultura tradicionalista no Vale do Taquari. ”As vitórias dos nossos grupos são um estímulo para que mais jovens se envolvam com a cultura gaúcha”, salienta o patrão Ademar Forster.
Com cerca de 100 dançarinos ativos, o Tropilha Farrapa é referência regional nas danças tradicionais do Rio Grande do Sul.
A instrutora de dança, Ana Cristina Finke, ressalta a importância da premiação. “Foi uma façanha sairmos vitoriosos em duas categorias: Mirim e Juvenil. Aqui, focamos nas categorias de base para inspirar outros jovens”, ressalta. Ela e o marido, Andreas Finke, são os responsáveis pelos ensaios e por estimular a paixão pela dança aos mais jovens.
Casais vencedores: Matheus Schmitz, Yasmin Schmitz, Yasmin Caussi e Augusto Bomm Weiler
Os casais vencedores com os instrutores e a coordenadora da Região, Luce Carmen da Rosa Mayer
Estevão Heisler projetoagro@grupoahora.net.br
Feira busca fortalecer setor e posicionar o Rio Grande do Sul como referência nacional em aquicultura
DIVULGAÇÃO
FOTOS: ANDREIA RABAIOLLI
TRAVESSIA PROVISÓRIA “TÁ NA MESA”
Galerias de ponte baixa podem ser reutilizadas em acessos e estradas municipais
Solicitação de retirada foi enviada à EGR pelo governo de Arroio do Meio. Objetivo do município é utilizar estruturas em obras de drenagem e acessos do interior
ARROIO DO MEIO
Ogoverno municipal de Arroio do Meio solicitou à Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) a retirada das estruturas de concreto utilizadas na travessia provisória sobre o Rio Forqueta. A informação foi divulgada nesta
semana pelo presidente da Câmara de Vereadores, Cesar Kortz (MDB), e confirmada pelo secretário de Obras, Rodrigo Kreutz. A intenção é reaproveitar as 65 galerias de concreto. Todas as estruturas formavam a ponte baixa, construída pela EGR durante o período em que a nova ponte definitiva da ERS-130 estava em execução. Em Arroio do Meio, as estruturas seriam destinadas a obras de drenagem ou peque-
nas travessias sobre córregos no interior do município.
Sobre a ponte
A travessia provisória foi liberada ao tráfego no dia 6 de janeiro de 2025, mas acabou sendo danificada em 3 de abril do mesmo ano, após a elevação do nível do Rio Forqueta provocada por fortes chuvas. Desde então, as galerias permanecem no leito do rio.
Segundo o presidente da EGR, Luis Fernando Vanacôr, a solicitação do município foi recebida e está em avaliação. “Existe a possibilidade de reutilização dessas
Prefeito de Taquari palestra hoje na Federasul
André Brito é um dos quatro painelistas no evento, que terá como tema “Empecilhos às obras de proteção a enchentes”
ESTADO
Existe a possibilidade de reutilização dessas estruturas. Já zemos isso com a cedência de material fresado de asfalto”.
estruturas. Já fizemos isso com a cedência de material fresado de asfalto, e agora estamos analisando a viabilidade dessa nova demanda, visto que o local da travessia não está mais em uso”, afirmou Vanacôr.
Ao todo, foram instaladas 65 peças de concreto, formando 13 conjuntos de galerias para escoamento da água. Além disso, houve investimento em acessos com brita e blocos de rocha, materiais que também poderão ser aproveitados pela prefeitura em melhorias de estradas e infraestrutura urbana e rural. O diretor afirma que as estruturas não sofreram danos, mas permanecem no leito. Paralelamente a isso, a EGR também responde a um inquérito do Ministério Público, que solicitou mais informações sobre a construção da estrutura. O processo é acompanhado pelo promotor João Pedro Togni, atendendo a uma denúncia feita por um morador.
A Federação das Entidades Empresariais do RS (Federasul) promove hoje, em Porto Alegre, mais uma edição do Tá na Mesa, tradicional evento da entidade que reúne lideranças empresariais e políticas, empreendedores e especialistas de diversas áreas. Com o tema “Empecilhos às obras de proteção a enchentes”, o painel terá o prefeito de Taquari e presidente do Consórcio de Municípios da Região Metropolitana (Granpal), André Brito, como um dos palestrantes. Além de Brito, também estão entre os painelistas a prefeita de Eldorado do Sul, Juliana Carvalho, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, e o senador Luis Carlos Heinze. O evento inicia às 12h e se estende até as 14h. As inscrições podem ser feitas no site da Federasul, tanto de forma individual quanto coletiva (por meio de grupos). O painel ocorre no 7º andar do prédio onde a entidade está sediada, no Largo Visconde de Cairu, no Centro Histórico.
Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br
Travessia foi concluída pela Empresa Gaúcha de Rodovias em janeiro deste ano, mas ruiu em abril
LUIS FERNANDO VANACÔR PRESIDENTE DA EGR
GABRIEL SANTOS
vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
Medição de emissões é gestochave de responsabilidade
Na agenda de sustentabilidade empresarial, poucos gestos são tão eloquentes quanto o compromisso com a medição das próprias emissões. É o caso da Girando Sol, que acaba de conquistar — pelo segundo ano consecutivo — o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, a mais alta qualificação nacional de inventários de emissões de gases de efeito estufa (GEE).
A certificação, concedida com base nos inventários de 2023 e 2024 e auditada por entidade acreditada pelo Inmetro, reafirma que medir é, antes de tudo, assu-
mir responsabilidade. Como explica a analista ambiental Patrícia Aguiar, o inventário de emissões é ferramenta essencial para dimensionar impactos, orientar decisões e estruturar planos rumo a uma economia de baixo carbono — que já não é promessa, mas exigência. Outro ponto que merece destaque: a adesão ao programa e a publicação dos dados no Registro Público de Emissões reforçam a cultura de transparência e accountability. Quando uma organização expõe suas informações voluntariamente, convida o mercado, os reguladores e a sociedade a
FRASE DO DIA
participar da construção conjunta de soluções sustentáveis.
O GHG Protocol, metodologia mais adotada no mundo para inventários de carbono, foi adaptado ao Brasil pela FGV em 2008. Desde então, tornou-se referência técnica e reputacional para empresas que desejam não só mitigar impactos, mas posicionar-se com solidez em cadeias cada vez mais exigentes e reguladas.
Ao assumir publicamente seus números e se comprometer com sua melhoria contínua, a Girando Sol faz o que muitas ainda evitam: transformar dados em ação, e ações em legado.
Eu tenho plena consciência de que ao colocar a taxa de juros em 15% dificilmente eu e o meus colegas do Copom vamos ganhar o Miss Simpatia de 2025, mas eu durmo muito tranquilo do que eu estou fazendo é cumprir e perseguir a meta".
Carta inflação - Galípolo afirmou que enviará uma nova carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para comunicar o segundo descumprimento da meta de inflação. A meta é de 3%, com tolerância entre 1,5% e 4,5%.
Sicoob São Miguel inaugura mais duas agências nesta semana
O Sicoob segue em expansão no Rio Grande do Sul com a inauguração de duas novas agências nesta semana. Ontem, foi aberta a unidade de Boqueirão do Leão, localizada na Avenida Sinimbu, nº 551. O gerente regional Jacson Roberto Bósio destacou a importância da chegada da cooperativa à cidade, com foco no desenvolvimento local. Já a gerente Jaqueline Hermann da Silva ressaltou o compromisso com um atendimento próximo e humanizado.
Hoje, o Sicoob São Miguel inau-
gura sua segunda agência em Lajeado, no bairro Conventos — um dos mais desenvolvidos da cidade. A unidade, que será comandada por Rodrigo Riffel e uma equipe de cinco colaboradores, funcionará na Rua Theobaldo Breidenbach, nº 1795. A cerimônia de abertura será às 9h e contará com a presença do gerente regional Jacson Roberto Bósio e do diretor comercial Marcelo Trevisan. Ambas as agências oferecem todos os serviços financeiros da cooperativa, voltados a pessoas físicas, jurídicas e produtores rurais.
GABRIEL
Do Vale ao Sul: o desafio de liderar o setor empresarial
Fabrício Cagol e Ângelo Fontana participaram do programa “O Meu Negócio” dessa segunda-feira, 7
Empresários falam sobre a importância da representatividade, da sucessão nas entidades e da articulação com o poder público para fortalecer a economia e gerar oportunidades
Jéssica R Mallmann
Jéssica R Mallmann@grupoahora.net.br
PELOTAS
Em um momento em que o Brasil enfrenta desafios sociais e econômicos cada vez mais complexos, o papel dos empresários vai muito além da geração de empregos e da movimentação econômica. Liderar entidades empresariais exige coragem, visão coletiva e, sobretudo, resiliência. Essa realidade é vivida na prática Fabrício Cagol e Ângelo Fontana, que compartilham suas experiências à frente da Associação Comercial de Pelotas e da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC Vale do Taquari), respectivamente, a fim de unir o setor produtivo e transformar a realidade regional. Para Fabrício, o grande desafio das lideranças empresariais está em engajar o setor e mostrar sua relevância social. “Muitas vezes, o empresário não é bem quisto por governos e alguns setores da população. Com isso, nosso desafio é unirmos o setor e mostrar o quão importante ele é para o desenvolvimento e qualificação de uma cidade ou região. Uma empresa forte ajuda famílias inteiras a prosperar”, destaca.
Dica de livro
Direitos máximos, deveres mínimos - por Bruno Garschagen Neste livro, Bruno Garschagen analisa como o Brasil se transformou em uma sociedade onde muitos acreditam ter apenas direitos – e cada vez mais direitos –, sem reconhecer deveres e obrigações. A obra revela as consequências dessa mentalidade, presente em diversos setores como a política, a academia e a imprensa, além de destacar a confusão recorrente entre direitos legítimos e privilégios indevidos.
Liderar uma entidade empresarial exige, ainda, romper o isolamento natural que muitos empresários enfrentam. Segundo Cagol, o papel da entidade é reunir, engajar e construir pontes. “Nosso foco é também o micro, pequeno e médio empresário, que formam a base da economia e precisam de apoio para crescer”, afirma. Outro ponto de atenção está na sucessão das entidades. “Precisamos despertar o interesse de novas lideranças, especialmente os jovens, para que assumam a missão de representar o setor”, acrescenta o presidente. Afinal, a renovação é fundamental para a
ENTREVISTA
• Fabrício Cagol - presidente da Associação Comercial de Pelotas
• Ângelo Fontana - presidente da CIC-VT
“Cinco das dez maiores arrozeiras do país cam em Pelotas”
Wink - Fabricio, conte um pouco da tua história e o que te levou a Pelotas.
Fabrício - Sou estrelense. Me criei e estudei em Estrela, fiz o primeiro grau no Nicolau Mussnich e o segundo grau no Martin Luther. Como sempre fui um adepto dos esportes, joguei futebol, basquete e voleibol e por isso viajei muito. Mas, com o passar do tempo, chega um momento que vai afunilando. Acabei optando pelos estudos. Em 2000 fiz o vestibular na UFPel, me formei em 2005. Com um colega de faculdade acabei abrindo um escritório de advocacia em Pelotas. Estamos juntos até hoje e já expandimos: temos um escritório em Rio Grande, outro em Porto Alegre e hoje nosso foco é o empresarial.
continuidade e modernização das entidades empresariais”.
Desenvolver para transformar
No Vale do Taquari, região marcada por sucessivas tragédias climáticas, o espírito empreendedor também carrega a força da ancestralidade. “Temos uma peculiaridade que é as cidades formadas por pessoas de origem européia. Há muitos alemães e italianos, pessoas que sofreram muito para se instalar, sofreram com as guerras. Então, nós temos no nosso sangue e nas veias esse espírito de luta”, destaca Fontana. A experiência do empresário mostra como o associativismo pode ser uma resposta concreta aos momentos mais difíceis. Ele assumiu a presidência da CIC-VT, entidade que reúne 20 associações comerciais do Vale, em meio à devastação causada pelas enchentes de 2023 e 2024. A própria empresa da família, a Fontana, teve as operações interrompidas três vezes.
Foi essa postura que levou a CIC-VT a coordenar ações emergenciais e estruturais, como a captação de R$ 35 milhões junto ao programa Reconstrói RS, com apoio de instituições privadas como o Instituto Ling, Floresta e Federasul. Os recursos estão sendo aplicados em obras de pontes e drenagens pluviais, em locais onde o poder público não consegue chegar. “Nós ajudamos a manter o fluxo da cadeia produtiva, principalmente a de proteína animal, que é vital para a economia da região”.
Como tu foste acolhido em Pelotas?
Fabrício - Vim para Pelotas em 2000 e não conhecia muito da região, mas fui muito bem recebido. A cidade é muito acolhedora. Muitas das pessoas, autoridades e empresários que aqui estão não são de Pelotas. É uma cidade bem cosmopolita, pois a região atrai pela questão da educação e pelo pólo de saúde. Acaba sendo uma capital da região sul, que atrai gente de fora. Muito pelas universidades, principalmente a UFPel. E claro, alguns voltam para as suas cidades de origem, enquanto outros - como eu - acabam ficando. Influenciado pelos colegas do associativismo e do cooperativis-
mo, segui nesse caminho e tenho certeza que a união desses líderes constrói uma cidade e uma região mais próspera e rica.
Ângelo, você trabalhou na fábrica ou apenas nos negócios da madeireira?
Ângelo - A nossa empresa completou 90 anos em novembro do ano passado. Minha infância eu passei ao redor da casa que deu origem a empresa, em Encantado. A estrutura ainda existe, era a casa dos meus avós, com o escritório da empresa embaixo. Me lembro que, com 10 anos, já tinha ganhado meu primeiro salário. Eu fazia o trabalho de estafeta: aquela pessoa que ia no correio e nos bancos. Eu pegava minha pastinha e ia. Hoje, não estou na gestão, mas faço parte do conselho e represento 50% do capital da empresa. Em resumo, minha origem veio da indústria.
Fabrício, como é hoje a economia de Pelotas?
Fabrício - É bem diversificada. Hoje, o comércio e serviços são o carro-chefe. No entanto, lá atrás, tínhamos bastante força da indústria aqui, pela carne, arroz e pecuária. Com o passar dos anos, a economia foi migrando mais para comércio e serviços. Já o entorno de Pelotas é muito forte na questão do agronegócio, muito em razão da indústria relacionada ao arroz. Entre as 10 maiores indústrias do Brasil, cinco ficam em Pelotas.
SESC LAJEADO
Biblioteca reabre com novo acervo e novidades
Localizada no bairro Americano, unidade amplia acesso gratuito à leitura e promove a inclusão
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
LAJEADO
Depois de quase um ano sem atendimento ao público externo, a Biblioteca do Sesc Lajeado reabre suas portas em novo endereço e com acervo renovado. Agora localizada na Avenida Senador Alberto Pasqualini, 335, no bairro Americano, a biblioteca volta a oferecer todos os serviços de forma gratuita à comunidade. A mudança de endereço e a reabertura marcam também um novo capítulo para o Sesc, que teve sua biblioteca antiga, localizada junto à unidade da Rua Silva Jardim, completamente destruída pela enchente de setembro de 2023. “Perdemos todo o nosso acervo, eram 6 mil livros que tiveram que ser descartados”, conta a auxiliar de biblioteca da unidade, Kétlin Gouvêa. Desde então, o atendimento ficou restrito a projetos internos, como o Sesquinho, Maturidade Ativa e Educação de Jovens e Adultos (EJA), enquanto o processo de reconstrução da biblioteca era planejado. O objetivo, segundo Kétlin, foi criar um acervo
Biblioteca conta, hoje, com 500 exemplares, e pretende chegar a 2,5 mil títulos
mais personalizado, com títulos atuais e próximos aos interesses dos leitores locais.
“Atualmente, contamos com 500 livros, mas nossa meta é chegar a 2,5 mil títulos. Temos desde literatura nacional e estrangeira, literatura gaúcha, biografias, livros de história, literatura infantil e infantojuvenil, até gibis, mangás, jornais e revistas”, detalha.
Acesso
O atendimento é aberto ao público em geral. Para usufruir do espaço, fazer empréstimos ou utilizar os computadores disponíveis para pesquisa, basta fazer a Credencial Sesc, sem custo.
“O novo espaço é mais moderno, acolhedor, com um acervo atualizado, sem deixar de lado
SERVIÇO
BIBLIOTECA SESC LAJEADO
Funcionamento: De segunda a sexta-feira Horário: 8h às 12h e 13h às 17h
Endereço: Av. Senador Alberto Pasqualini, 335 –Americano, Lajeado
os clássicos. Atendemos desde crianças em idade pré-escolar até adultos e idosos. A ideia é estimular o gosto pela leitura desde cedo e oferecer um ambiente que favoreça o desenvolvimento humano”, destaca Kétlin. Além de ser um espaço para leitura e pesquisa, a biblioteca do Sesc também promove atividades culturais, como contação de histórias e mediação de leitura para escolas, com o objetivo de aproximar as crianças do universo literário. Em breve, será lançado também um clube de leitura bimestral, com informações que serão divulgadas no Instagram oficial da unidade (@sesc.lajado).
Inclusão
Outra novidade da biblioteca nesta nova fase é a preocupação com a inclusão. O espaço oferece um kit com recursos acessíveis, como lupa de leitura, teclado em Braille, jogos pedagógicos em Braille e Libras, além de brinquedos inclusivos, como quebra-cabeça do alfabeto em Libras e jogos de tabuleiro adaptados.
A biblioteca do Sesc Lajeado funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Para mais informações, o público pode entrar em contato pelo WhatsApp (51) 98924-4318.
BIBIANA FALEIRO
ASSISTÊNCIA MUNICIPAL
Nova lei altera regras e valores do Aluguel Social em Arroio do Meio
Programa agora atende apenas proprietários de imóveis destruídos ou interditados por enchentes e define novos valores de R$ 400 e R$ 650, com prazos e exigências documentais atualizadas
Proprietários de imóveis atingidos pelas enchentes de setembro de 2023 e maio de 2024 devem apresentar nova documentação até o dia 24 de julho para seguir recebendo o Aluguel Social. A exigência integra as mudanças previstas na Lei Municipal nº 4.383/2025, já em vigor.
Com a nova legislação, o programa deixa de atender inquilinos e estabelece valores mensais de R$ 650 para famílias com idosos acima de 60 anos ou crianças menores de 16, e R$ 400 nos demais casos. O prazo de concessão será de 12 meses, com possibilidade de prorrogação por igual período.
A medida foi necessária porque as leis anteriores, de 2023 e 2024, tinham validade limitada e expirariam em setembro e novembro. Além disso, o município custeia de forma integral os repasses desde fevereiro, o que representa um gasto de aproximadamente R$ 180 mil por mês. Para 2025, a estimativa é de R$ 153 mil mensais.
“É um valor alto diante de tantas outras demandas. Precisamos equilibrar o orçamento e manter o programa com responsabilidade”, afirma a secretária da Fazenda, Natália Grassi. Ela reforça que os critérios foram redefinidos para garantir a permanência do auxílio, sem comprometer áreas essenciais como educação e saúde. Com a reformulação, apenas famílias proprietárias de imóveis destruídos ou interditados definitivamente poderão receber o benefício. É necessário comprovar renda familiar de até três salários mínimos, residir em Arroio do Meio e não possuir outro imóvel. Segundo a Secretaria de Assistên-
cia Social, cerca de 249 famílias são atendidas atualmente. Com os novos critérios, 39 beneficiários que já eram inquilinos deixarão de receber.
“Entendemos que é melhor reduzir um pouco os valores, mas manter o programa funcionando, do que encerrar por completo. Seguimos comprometidos com quem mais precisa”, explica o secretário Gustavo Zanotelli.
A seleção e o controle das informações ficam a cargo do Centro de Referência de Assistência
Social (Cras), que analisará a documentação entregue conforme cronograma por letra inicial do nome. Também serão realizadas visitas técnicas para validar os dados. O benefício será cancelado
Seleção e o controle das informações cam a cargo do Centro de Referência de Assistência Social
em casos de sublocação ou fraude.
Nova etapa de comprovação
A entrega da documentação inicia em 14 de julho e vai até o dia 24, conforme cronograma organizado por letra do nome do beneficiário. Os atendimentos ocorrem diretamente no Centro de Referência de Assistência Social (Cras).
Distante; longínqua
Protagonista de "O Guarani" (Lit.) Porto Príncipe (Geog.)
De nenhuma maneira
CRUZADAS
Orígenes (?), escritor de "Memórias de um Cabo de Vassoura" Roupa de hipismo
Garantia por vezes exigida na locação
Revestido de lousas
Contínua Aparar o pelo do animal
gradáveis
Apelido de Paulo Coelho
Cauda, em inglês
Hábitat do agulhão Átomo energizado
em rios Dilatação anormal de uma artéria A família (fig.) 52,
HORÓSCOPO
ÁRIES: Uma conversa animada pode despertar interesses diferentes e trazer oportunidade de viagem ou de um curso rápido.
TOURO: Novos modelos de negócio ou uma oportunidade nanceira inesperada fortalecem planos de mudanças na carreira.
GÊMEOS: Um encontro inesperado poderá abrir portas para projetos futuros. Troque ideias e se permita viver algo diferente.
CÂNCER: Cuidados de saúde e controle da ansiedade serão fundamentais nesta fase. Diminua idealizações e foque nos assuntos práticos.
LEÃO: Aproveite o dia para criar projetos, ampliar o diálogo com os lhos e resolver assuntos do coração.
VIRGEM: Notícias da família ou de alguém do passado e reencontros especiais darão intensidade ao dia. Reúna amigos numa viagem ou evento.
Odair José, cantor Gálio (símbolo)
LIBRA: Novas informações abrirão portas e ampliarão sua visão de mundo. Uma viagem poderá ser decidida em cima da hora.
ESCORPIÃO: Você poderá encontrar uma maneira melhor de organizar a rotina e de cuidar da saúde.
SAGITÁRIO: Aproveite esta fase para concretizar planos do casamento ou namoro, elevar seus padrões e dar mais leveza às relações.
CAPRICÓRNIO: Você poderá resolver um assunto de família, encontrar soluções para a casa ou de moradia e rmar acordos que darão leveza ao cotidiano.
AQUÁRIO: Palavras motivadoras terão dom de cura. Trocas afetivas e conexões com amigos ampliarão perspectivas para projetos futuros.
PEIXES: Cuide da saúde com atenção e invista em pequenas mudanças de hábitos que proporcionem maior equilíbrio e bem-estar.
ARROIO DO MEIO
GABRIEL SANTOS/ARQUIVO
Divisão De Acesso
Boa chance no jogo isolado
Lajeadense recebe o Gaúcho podendo abrir oito pontos de vantagem para o primeiro time fora da zona de classificação
Invicto em casa na temporada, o Lajeadense tem chance de abrir boa vantagem dentro da zona de classificação em jogo isolado da 12ª rodada da Divisão de Acesso. Na noite de hoje, recebe o Gaúcho, às 19h, na Arena Alviazul. A partida tem transmissão da Rádio A Hora.
O jogo iria acontecer na próxima semana e foi adiantado a pedido do adversário. Assim, o Lajeadense jogará a 12ª rodada antes da 11ª. A partida é a única desta quarta-feira e boa chance para o Alviazul encaminhar classificação.
Com 14 pontos, o time de
Lajeado inicia a partida na 7ª colocação, com cinco pontos de vantagem para o primeiro time fora da zona de classificação. Em caso de vitória, abre 8 pontos com apenas quatro jogos restantes. Em campo, o técnico Serginho Almeida vive a expectativa de poder contar com a dupla de volantes Júlio César e Marco, ausências no fim de semana contra o Bagé. O provável time titular tem: Igor Pavan; Jhuan, Josias, Selson e Christian; Júlio César (Caio Lino), Marco (Nathan) e Luca Giovanella; Cadinho, Rafinha e Mazia. Adversário da partida, o Gaúcho é vice-lanterna com 5 pontos marcados. O time só tem uma vitória na competição, justamente contra o lanterna Real.
apoio da torcida
Em uma noite que não promete ser tão fria, o Lajeadense conta com o apoio do torcedor. Os ingressos para o jogo custam R$ 20 a arquibancada geral, R$ 30
AGeNDA
12ª Rodada - hoje 19h Lajeadense x
cLAssiFicAÇão
a social e R$ 50 as cadeiras. As entradas podem ser compradas no site eleventickets ou nas lojas DMF Esportes do Centro e Lajeado Shopping.
som que embALA A LArGADA
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q U e S t R a S e a PR e S enta no c ircuito D os vAL es
Público poderá curtir apresentação gratuita da orquestra de Westfália, com repertório variado e animação garantida
Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
O Circuito dos Vales 2025 segue unindo saúde, cultura e bem-estar. No próximo dia 20 de julho, os participantes e o público presente em Westfália serão recepcionados com música ao vivo antes da largada da corrida.
A partir das 8h15min, a Orquestra de Westfália promove uma apresentação gratuita próxima ao ponto de largada, como parte do projeto Cultura em Movimento.
A Orquestra de Westfália, fundada em 2007, é reconhecida na região por seu repertório eclético, que mescla músicas folclóricas alemãs, italianas e gaúchas, além de rock nacional e internacional e temas de filmes. A performance terá cerca de uma hora de duração e promete animar os corredores e espectadores, criando o clima ideal para o início da prova.
“A apresentação será animada e pensada para combinar com o evento. Música e corrida sempre estiveram muito ligadas”, destaca o maestro Lucas Grave. O grupo é formado por músicos de diferentes idades – dos 11 aos 45 anos. Para eles, integrar o Circuito dos Vales é mais que uma oportunidade de se apresentar: “Acho a iniciativa sensacional. Trazer orquestras para eventos como esse valoriza a cultura da região e dá visibilidade aos grupos locais.”
O projeto Cultura em Movimento tem sido uma marca do Circuito dos Vales ao longo do ano, reunindo diversas manifestações artísticas nas diferentes etapas da competição.
A ação tem apoio cultural da
A Orquestra de Westfália, fundada em 2007, é reconhecida na região por seu repertório eclético
Girando Sol, Fasa, Goemil, Metanox, Beira Rio e Stock Center. O evento tem a realização do Ministério da Cultura. O objetivo da atração é de proporcionar uma experiência completa ao público, combinando esporte, cultura e lazer.
Campanha do Lajeadense em casa é quase perfeita, com quatro vitórias e um empate
Wilber Júnior
por Raica Franz Weiss
Polícia encontrava três carros no Rio Taquari
A Brigada Militar recebeu uma denúncia anônima de que um carro estaria submerso no Rio Taquari em Estrela. Ao todo três veículos foram localizados: um Kadett, um Chevette e
um Uno Smart. Na operação, participaram mergulhadores do Grupo de Busca e Salvamento dos Bombeiros de Porto Alegre. Quatro mergulhadores vasculharam o antigo porto da Central
de Areia. Os três carros encontrados tinham sido furtados em Lajeado e Estrela poucos dias antes. Os veículos estavam sem as rodas, os aparelhos de som e as baterias.
Ataque terrorista em Londres
Um dia depois da escolha de Londres como sede das Olimpíadas de 2012, quatro bombas foram detonadas na capital britânica em um intervalo de 56 minutos. Os ataques suicidas, orquestrados por extremistas islâmicos do grupo terrorista Al-Qaeda, atingiram o sistema de transporte público de Londres por volta das 8h50 da manhã de quinta-feira. Três bombas explodiram no metrô de Londres, com um intervalo de 50 segundos, nos trechos da Edgware Road, Liverpool Street e King’s Cross
Ambulâncias próximo à estação King’s Cross Russell Square
Russell Square. Menos de uma hora depois, outra bomba explodiu em um ônibus na Tavistock Square. Ao todo, 52 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas. Mais de cem ambulâncias, 250 paramédicos e 200 bombeiros participaram das operações de resgate. Os incidentes levaram ao fechamento da rede de metrô e à interdição de ruas próximas às estações afetadas. Os serviços de trem para as estações londrinas foram cancelados durante a maior parte do dia e a rede de ônibus da cidade foi paralisada. Foi o pior ato de terrorismo no Reino Unido desde o Atentado de Lockerbie, em 1988, quando 270 pessoas morreram.
Arroio do Meio inaugurava as novas instalações da sua câmara municipal de vereadores há 50 anos. A chamada Casa do Povo ficaria junto ao prédio da prefeitura, que recém tinha sido inaugurado, em 1974. A cerimônia teve a presença do prefeito da época, Arnesto
Dalpian, do vice Beno Arno Schmitt, dos vereadores, autoridades civis, militares e eclesiásticas. Na época, o presidente da câmara era Marcírio Hugo Ritter. Ainda hoje, o Legislativo de Arroio do Meio continua junto à prefeitura municipal, no segundo andar.
Hoje é
- Dia da Revolução Constitucionalista - Dia do Médico Oncologista
Santo do dia: Santa Paulina
HENRIQUE PEDERSINI
Jornalista
Necessárias decisões de Gláucia Schumacher
Nada que a prefeita não soubesse quando aceitou o desafio de governar Lajeado. Quem assume a chefia do Executivo precisa estar disposto a conviver com polêmicas, pressão, críticas e a arte de negociar, além de ocupar o devido espaço. E cabe um elogio para Gláucia Schumacher em romper determinados modelos da gestão anterior e adaptar suas ideias, como por exemplo, a criação da secretaria de Serviços Urbanos. Dito isto, cabe uma reflexão sobre a agenda carregada de temas contundentes, muitos herdados da gestão anterior.
O principal desafio é o recolhimento de lixo e a formatação de um contrato melhor que o anterior, bem diferente do acordo emergencial com a Coleturb Soluções Ambientais, onde as críticas se acumulam semana após semana com um desgaste sobre o governo. Um estudo está em andamento e nova licitação será lançada em breve. Até lá, Gláucia e equipe precisam “se-
Antigo debate
É tênue a linha entre a liberdade do público adepto das programações noturnas e o direito ao sossego de quem mora no entorno destes locais. Dois municípios do Vale enfrentam questionamentos desta natureza. Um deles é Encantado, inclusive a ex-presidente da câmara, Joanete Cardoso (PSDB), sugeriu ao governo que promova estudos para alteração da Lei Municipal do Código de Meio Ambiente e Posturas do município. A intenção é promover um equilíbrio entre o desenvolvimento das atividades econômicas e a preservação da ordem urbana e da convivência social. O impasse está na Rua Padre Anchieta, no Centro e arredores.
Em Lajeado, há casos no bairro Americano e perto da Univates. Aliás, no final de semana houve tentativa de atropelamento a jovens que estavam em via pública perto da Univates.
gurar o rojão”.
Outro imbróglio é o aditivo com a Corsan/Aegea. Marcelo Caumo reclinou da assinatura no vínculo e Gláucia ficou com a missão de decidir sobre o futuro, em especial, das associações de água do município. Nos bastidores, há quem defenda uma ampliação imediata no acordo com a concessionária.
Pode incluir na lista os problemas com o estacionamento
Rapidinho…
- Vilmar Zanchin (MDB) posicionou-se contrário ao plano de concessão das rodovias proposto pelo estado. O deputado estadual é presidente do MDB no RS. O discurso é oposto ao que defende o vice-governador e colega de sigla, Gabriel Souza, pré-candidato a governador.
- Ainda sem o estacionamento rotativo, a Avenida Piraí no bairro São Cristóvão enfrenta problemas com falta de vagas. No local, há estabelecimentos gastronômicos, farmácias e outras lojas. Há quem aponte que os carros estacionados pela manhã permanecem no mesmo local o dia todo.
- Zancanaro (PP) questiona o voto aberto na escolha do presidente do Legislativo em Estrela. Na semana passada ele somou dois votos contra 11 de Daniel da Silva (MDB) na disputa pelo cargo deixado por Ernani De Castro (MDB). Aliás, o Zancanaro também já cobrou o novo presidente por trâmite de um
ARTIGO
IVANOR DANNEBROCK
Corretor de Imóveis e Professor
Livre arbítrio e liberdades
Olivre-arbítrio é a capacidade que o ser humano possui de fazer escolhas autônomas de acordo com a sua vontade. Também podemos associá-lo à crença religiosa e salvaguardar à pessoa o poder de decidir pelas suas próprias ações e pensamentos de acordo com seu desejo. Já Santo Agostinho defende que o livre arbítrio é um dom de Deus, conferido ao homem, permitindo que esse aja livremente de acordo com a sua vontade; sendo a utilização consciente da liberdade, guiada pela vontade; podendo seguir o caminho do bem ou do mal. Assim sendo, Deus como o bem absoluto, não pode ser a fonte do mal, e como ele entende que o livre arbítrio é um dom divino, ele não pode ser a causa direta do pecado. Caso ele se torne causa do mal, através dos que o recebem, foi porque esses não o usaram devidamente.
rotativo, a extensa fila de espera por consultas e exames na área da saúde. Ainda há o debate sobre a ocupação da antiga sede do Daer, na região central. Por fim, fica evidente uma base mais combativa aos discursos de oposição na câmara. São decisões abrangentes e, por mais que adidas e analisadas com a devida cautela, precisam ser anunciadas, independente da consequência.
Assim conquista-se a empatia e, por conseguinte, a capacidade de decidirmos acertadamente, amadurecemos à medida em que nos dedicamos à prática constante e desinteressada do bem. Olhando por essa perspectiva, não existem limites para o livre arbítrio, assim como não se pode restringir o processo de aperfeiçoamento a que tudo está sujeito.
Acreditamos que esses direitos são essenciais para o desenvolvimento pessoal, a participação democrática e a construção de uma sociedade plural e aberta.
pedido de vistas a um projeto de sua autoria.
- Em Encantado, o governo abriu uma enquete online para sugerir nomes ao novo centro de inovação, no bairro São José, antigo campus da Univates. Basta acessar a mídia oficial da administração no Instagram. O investimento nesta área carrega uma característica da gestão de Jonas Calvi. E adianto: o espaço fará muito bem para crianças e adolescentes serem provocados a desenvolver-se em diferentes áreas.
- Por m, uma pergunta: quando vem a devolutiva do governo federal sobre o aumento no valor calculado a ser pago por cada uma das casas nos programas habitacionais? Não tem nada a ver com o “Compra Assistida”, são as moradias em loteamentos construídos pelos municípios. O cálculo inicial era R$150 mil e os prefeitos pediram um valor maior ao secretário nacional de habitação. Importante apressar, tem muita moradia prometida a ser entregue.
Por outro lado, não podemos confundí-lo com liberdade de expressão e de pensamento, que são direitos fundamentais que garantem a cada indivíduo a possibilidade de formar suas próprias opiniões, crenças e ideias, podendo expressá-las livremente, sem censura ou impedimentos, seja por meio de palavras, escrita, arte, ou qualquer forma de comunicação. Acreditamos que esses direitos são essenciais para o desenvolvimento pessoal, a participação democrática e a construção de uma sociedade plural e aberta.
Lamentamos que em pleno século XXI, enfrentamos um sistema de cerceamento das nossas liberdades em nosso país, o que não condiz com uma nação ocidental em pleno desenvolvimento.
Santo Agostinho define bem a diferença entre ambos os conceitos aqui abordados. Entende ele que a liberdade implica viver na graça de Deus e livre do pecado, enquanto que o livre arbítrio nada mais é do que a capacidade de escolher a seara pela qual decidimos andar. Nós, como seres livres, sempre temos a possibilidade de escolher. Vários caminhos à nossa frente estão traçados, cabe-nos avançar em um deles, e assim aproveitar as benesses, assim como as agruras daquela opção. Esperamos que a preferência de cada um seja no sentido de caminhar pela via que lança um olhar de empatia para o próximo. Ao mesmo tempo, rogando ao Universo que possamos voltar a nos manifestar livremente logo ali à frente, sem medo de represálias.
Quarta-feira, 9 julho 2025
Fechamento da edição: 18h
Nova biblioteca foca na inclusão
SESC LAJEADO
Após ser atingida pelas enchentes em 2023 e 2024, nova sede fica no bairro Americano. Entre as novidades, estão acervo moderno, clube de leitura e acessibilidade, com equipamentos, jogos e exemplares em Braille e Libras. Espaço é aberto a toda comunidade.
PÁGINA
ANÁLISE
Qualidade restringe usos da água do rio Taquari
Manancial se enquadra da classe 3. Indicação é recreação de contato secundário, como na pesca e na navegação. A imersão é desaconselhada por conta dos riscos à saúde. Médico alerta para grande carga de esgoto doméstico, que pode causar vários tipos de doenças.
PÁGINAS 8 E 9
Estação muda cores e hábitos
PÁGINA 4
Atividade já percorreu oito cidades no Vale
PÁGINA 13
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Turma do 4º ano entra em ação em casa e na escola
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CARAVANA
Educame com passaporte carimbado
Na o dia 24 de junho, as intercambistas alemãs Dana Glaubitz e Hannah Lisa Speer receberam a cartilha e o livro do programa Educame, que em breve seguem rumo à cidade natal das professoras: Salzgitter, na Alemanha.
Convidadas do programa Frente e Verso, do Grupo A Hora, elas compartilharam suas expectativas com Lajeado, onde participam de um intercâmbio por meio do Colégio Evangélico Alberto Torres - Ceat. Ao final da entrevista, elas foram presenteadas com os materiais educativos como forma de levar consigo um pouco da cultura da educação ambiental cultivada aqui na região. Dana e Hannah integram um grupo com mais nove alunos que chegaram ao Vale do Taquari no dia 23 de junho e permaneceram por três semanas em Lajeado, vivenciando o dia a dia da comunidade local. A iniciativa é parte de um intercâmbio cultural: em janeiro, as famílias lajeadenses que hoje acolhem os visitantes enviarão seus filhos à Alemanha, onde serão recebidos pelas famílias dos estudantes estrangeiros.
Coordenador da língua alemã no CEAT, Roselli Kussler (e), acompanhou Hanna e Dana durante o programa
De olho na cartilha
Na EMEF Vida Nova, diversas turmas já estão trabalhando com a cartilha do Educame. No 4º ano, a professora Gabriele Horst conta que as atividades despertaram um novo olhar dos alunos quanto aos cuidados com o meio ambiente. O grupo está envolvido e animado com as dinâmicas propostas pela iniciativa. “As atividades são simples e práticas para o entendimento deles. Os alunos gostam muito e são materiais diferentes dos que costumamos ter sobre o meio ambiente. A exemplo das explicações sobre o lixo - o uso correto e como destinar – e os cuidados com o meio ambiente. Estamos aproveitando bastante o livro do Educame”, destaca a educadora.
Partiu Colômbia?
Sebastian está desenvolvendo uma pesquisa voltada à educação ambiental
O colombiano Sebastian Dias, intercambista da Univates e estudante de Engenharia Ambiental, também recebeu a cartilha e o livro do Educame como parte de sua vivência acadêmica e cultural em Lajeado.
Sebastian está desenvolvendo uma pesquisa voltada à educação ambiental e, agora, poderá levar consigo os materiais do programa como fonte de inspiração e referência para seu trabalho. Um gesto simbólico que reforça o compromisso com a sustentabilidade e amplia as fronteiras do conhecimento construído aqui na região. Ele participou da oficina “Resíduos Sólidos e seus Impactos”, realizada pela engenheira ambiental Luana Hermes.
TEXTOS
Luciane Eschberger Ferreira
Jéssica R. Mallmann
Grafica Uma/ junto à Zero Hora
FOTOS
Luciane Eschberger Ferreira
Jéssica R. Mallmann
Quando o frio chega, a natureza muda
No inverno, algumas árvores perdem as folhas, enquanto outras chamam a atenção pelos tons terrosos. Animais que antes circulavam com frequência pelas ruas, agora passam pelo processo de hibernação
Você já percebeu que nas estações mais frias, como o outono e o inverno, a natureza muda?
Plantas, bichos e até os seres humanos se comportam diferente quando as temperaturas mais baixas começam a aparecer.
Ao abrir a janela, é possível observar que no inverno algumas árvores perdem as folhas, enquanto outras chamam a atenção pelos tons terrosos. Animais
que antes circulavam com frequência pelas ruas, agora não são mais vistos. E até mesmos os pets dormem mais e parecem ficar mais quietos. Mas tudo isso não acontece por acaso.
O inverno é uma estação que desafia o chamado ecossistema, que é o conjunto formado por plantas, animais, seres humanos. E, para continuar crescendo e vivendo, cada ser tem uma estratégia especial para enfrentar o frio. Vamos ver algumas delas?
SAIBA MAIS
Assista ao podcast do Educame que, no mês de julho, abordou “Como o inverno afeta o ecossistema”. O bate-papo está disponível no canal do Youtube A Hora TV.
ANIMAIS
DORMEM MAIS
Com o frio do inverno, muitos animais mudam seu comportamento e alguns até “somem” da paisagem! O doutor em biologia, Luiz Corrêa, explica que invertebrados, anfíbios e répteis, como sapos e lagartos, entram em uma espécie de hibernação. Eles dormem por bastante tempo para economizar energia e não precisam sair em busca de comida no frio.
Já os passarinhos continuam por perto. Porém, algumas aves, conhecidas como migratórias, voam para lugares mais quentes durante o inverno e, por isso, não ouvimos o canto de muitas espécies durante o inverno.
Até os pets que temos em casa sentem a
diferença das estações. Cães e gatos ficam mais quietos e dorminhocos nos dias frios. A veterinária Nicole Goergen conta que eles também precisam de cuidados especiais nessa época. “Água morna ajuda a manter a hidratação, e roupinhas ou mantas são boas opções para aquecer os animais de estimação”, explica.
AS ÁRVORES FICAM
“CAREQUINHAS”
Durante o outono e o inverno, muitas árvores perdem suas folhas. Isso acontece para que elas possam economizar energia e resistir melhor ao frio. É como se estivessem descansando e guardando forças para florescer na primavera.
A bióloga Edith Zago de Mello explica que, ao contrário de nós, humanos e animais, que colocamos roupas para nos proteger do frio, as plantas fazem o oposto: elas soltam as folhas para sobreviver.
Sem sol suficiente, elas param de produzir clorofila — o pigmento verde responsável
pela fotossíntese. Por isso, as folhas mudam de cor e depois caem. Mas nada é desperdiçado na natureza: essas folhas viram um “cobertor” natural sobre o solo.
“As folhas no solo evitam também o congelamento das raízes e protejam as sementes. Elas formam um acolchoado natural. E depois que começa a esquentar e ter mais umidade, elas passam a ser nutriente para a própria planta. Por isso, nem sempre varrer as folhas ao redor é benéfico”, afirma a bióloga.
Nicole Goergen veterinária
E OS SERES HUMANOS?
Você já percebeu que no frio dá mais vontade de ficar na cama?
Ou que ficamos mais quietos e, às vezes, até meio desanimados?
A psicóloga Graziela Lucas conta
que, no outono e no inverno, o corpo passa por mudanças por causa da menor exposição à luz do sol. Com menos luz natural, produzimos mais melatonina — o hormônio do sono — e menos serotonina, que ajuda a regular o humor e nos faz sentir bem. Essa combinação pode deixar algumas pessoas mais cansadas, irritadas ou tristes. Em casos mais sérios, pode até causar o que os médicos chamam de transtorno afetivo sazonal, um tipo de depressão que aparece ou piora durante o outono e o inverno. “Por isso, é importante prestar atenção em como nos sentimos nesses dias frios e buscar ajuda quando algo não vai bem”, afirma.
Edith Zado de Mello, bióloga
Luiz Corrêa doutor em biologia
Graziela Lucas psicóloga
Patram atua em defesa da fauna e da flora
Divisão da Brigada
Militar, com sede em Estrela, atende 28 municípios da região
Repressão a crimes ambientais e auxílio a órgãos da polícia e da Justiça são algumas das atribuições da Patrulha Ambiental da Brigada Militar. “O que nos referencia são as denúncias e os alertas que chegam ao Ministério Público do RS e demandam que a equipe vá a campo verificar a situação”, destaca o comandante Patram Estrela, sargento Adilson Brum. “A unidade também atua fortemente em relação ao rio Taquari, especialmente depois da enchente de 2024, que mudou a configuração do manancial”, acrescenta. Na região, a Patram de Estrela atua em uma área composta por 28 municípios.
Entre as ocorrências, o desmatamento tem crescido na região, aponta o comandante. É uma das situações que mais chegam à Patram. Por meio de tecnologias, é possível identificar as áreas. Na verificação é apurado se há licença ambiental e se o corte de vegetação está dentro ou além do limite previsto na autorização. “Estamos bem preparados, com cursos e auxílio da tecnologia.”
Brum observa os impactos causados à fauna por conta dos desmatamentos. Segundo ele, os
animais saem em busca de alimento. “Somos nós que invadimos o espaço dos animais e não eles que invadem o nosso.”
Com certa frequência aparecem, por exemplo, jaguatiricas em estradas e áreas próximas de zonas urbanas. “Como ela se parece com gato, as pessoas se confundem, pegam e querem ficar cuidando.”
Se o bicho não estiver machucado, a recomendação é deixá-lo no mesmo lugar. “Se o animal está perdido da família, ele vai encontrála.” Caso esteja ferido, a Patram é o órgão que deve ser acionado para entrar em ação.
Brum lembra de um cervo, provavelmente vítima de atropelamento. A Patram fez o resgate e o encaminhou para o hospital veterinário de Passo Fundo. Com fraturas graves, ele chegou com vida e foi tratado. Entretanto, não pode ser reinserido na natureza por conta das sequelas, então passou a viver em um zoológico preparado para acolher animais silvestres nesta situação.
Somos nós que invadimos o espaço dos animais e não eles que invadem o nosso.”
Sargento Adilson Brum, comandante da Patram Estrela
ENCHENTE DE MAIO MUDOU A CONFIGURAÇÃO DO RIO TAQUARI
Devido às enchentes, o rio Taquari perdeu praticamente toda a mata ciliar. Os animais que viviam nestes espaços ou tinham ali o seu alimento não sabem para onde ir em busca de comida. “Se colocar alimento em um terreno, logo enche de pássaros,” exemplifica.
A exposição em áreas urbanas facilita capturas ilegais. Um dos crimes recorrentes que chega à Patram é a criação e comercialização de animais silvestres em cativeiros, especialmente pássaros. O comandante Brum lembra de uma ocorrência marcante.
“Chegamos em uma residência e tinha gaiolas com pássaros na sala, no quarto, por todo o lugar.” As aves estavam em situação de maus-tratos, com gaiolas sujas e sem alimento. A situação configura crime. Da mesma forma ocorre com maus-tratos a animais domésticos, como cães e gatos – é crime ambiental.
PESCA LEGAL
Se por um lado a Patram precisa reprimir crimes ambientais, por outro, comemora um avanço importante. “Durante os patrulhamentos no rio Taquari, nota-se que os pescadores não carregam petrechos ilegais. Pescam de acordo com a legislação. Percebe-se mais conscientização.” No período de defeso, de 1º de novembro a 31 janeiro, o regramento garante a desova e reprodução dos peixes. Para os pescadores profissionais, que têm o ofício para subsistência, o governo federal dá auxílio financeiro.
EDUCAÇÃO TEM PLANO DE EXPANSÃO
Na área educacional, de forma pontual, quando solicitada, a unidade atende demandas de escolas para palestras e rodas de conversa. Entretanto, a Pratram tem a intenção de ampliar a atuação neste sentido. Brum explica que a Brigada Militar tem o programa Policial Ambiental Mirim (PAM), semelhante ao Proerd. O PAM conta com policiais militares com formação específica para este trabalho. Um dos objetivos da Patram Estrela é viabilizar o curso de formação para um dos integrantes da equipe e então oferecer o programa à comunidade escolar. Outra forma de conscientizar a população é por meio do setor de comunicação da Brigada Militar, que produz conteúdo sobre crimes ambientais com o intuito educativo.
SAIBA MAIS
O Comando Ambiental da BM do RS se divide em três batalhões: 1º Batalhão fica junto à sede em Porto Alegre; o 2º, em Santa Maria; e o 3º Batalhão em Passo Fundo. A Patram de Estrela está inserida no 1º Batalhão e atende o Vale do Taquari – 28 municípios com o efetivo somente de Estrela Entre os órgãos que a Patram trabalha em conjunto está o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. “O Gaeco é um órgão do Ministério Público que atua diretamente na identificação, investigação e repressão das atividades de organizações criminosas no Estado do Rio Grande do Sul.”
DENÚNCIAS PODEM SER FEITAS POR MEIO DO 190.
Quando solicitada, equipe da Patram leva educação ambiental a estudantes
Cervo foi resgatado pela Patram e levado ao hospital veterinário de Passo Fundo, onde recebeu tratamento
Patram atua fortemente no monitoramento do rio, muito mais exposto devido às enchentes e perda de mata ciliar
QUALIDADE DA ÁGUA
Rios Taquari e Forqueta estão enquadrados na classe 3
Há restrições para utilização da água de rios e arroios, de acordo com classe e índice de qualidade. No caso dos dois mananciais, a recreação deve ser de contato secundário, como na pesca e na navegação
OGrupo A Hora faz o monitoramento da qualidade da água de rios e arroios do Vale do Taquari. A intenção é saber se estão ou não poluídos e para que podem ser utilizados. Desde 2022, o Laboratório Unianálises, da Univates, faz a coleta e as análises das amostras de rios e arroios. Os resultados são recorrentes e apontam para as piores faixas: ruim e péssima. A escala ainda tem regular, boa e ótima, conforme Índice de Qualidade da Água (IQA). Além do IQA, as águas podem ser analisadas com critérios previstos em resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) - veja na página ao lado. A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) faz este monitoramento, que enquadra os rios Taquari e Forqueta na classe 3.
RISCOS À SAÚDE ENVOLVEM AS DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS, VÍRUS E
PARASITAS
Conforme o médico Juliano Moreira, especialista em Medicina de Família, a exposição e imersão em águas não potáveis, como rios, podem estar associadas a riscos significativos à saúde, principalmente devido à presença de patógenos de origem fecal humana e animal, além de contaminantes químicos e físicos. “Em nossa região, um fator agravante são as chuvas intensas que podem contaminar ainda mais águas não potáveis.”
Moreira explica que a suspensão de sedimentos do leito do rio, comum durante chuvas, pode aumentar significativamente a concentração de patógenos na água, elevando o risco de
infecção. “Os principais riscos envolvem as doenças, como gastroenterite, causadas por bactérias (Escherichia coli - E-coli, Salmonella, Shigella, Vibrio cholerae), vírus, (hepatites, raiva, por exemplo), protozoários, parasitas intestinais, entre outros.”
A aspiração de água ou contato com gotículas contaminadas também podem causar infecções respiratórias e doenças pulmonares, como a pneumonia, acrescenta o médico. “O contato da pele, especialmente se houver lesões ou feridas abertas, com água contaminada pode resultar em infecções bacterianas ou fúngicas, incluindo otite externa e infecções em pele. Em nosso meio, doenças transmitidas por animais como a leptospirose é um risco importante em águas contaminadas por urina de roedores, especialmente após enchentes.” O médico ainda destaca que
os rios também podem conter metais pesados, pesticidas e outros poluentes industriais, especialmente em áreas urbanas ou após eventos de enchente. “Cabe ressaltar a importância de manter o calendário vacinal em dia, pois algumas doenças relacionadas a esse contato podem ser evitadas”. Moreira cita as vacinas contra a gripe, tétano, covid, hepatite A e raiva (em situações específicas). “Algumas destas vacinas já estão contempladas no calendário vacinal infantil do Sistema Único de Saúde (SUS)”.
No rio Taquari
A menor concentração da bactéria e-coli foi verificada na amostra de Encantado (70/100ml).
A maior concentração da bactéria e-coli foi verificada na amostra de Cruzeiro do Sul (700/100ml).
Juliano Moreira, Médico
Quanto maior o número da classe, menos nobres são os usos destinados para a água
QUANTO PIOR É A CLASSE, MENOR É A POSSIBILIDADE DE USO ENQUADRAMENTO
CONFORME O CONAMA
Classe Especial
• Abastecimento para consumo humano, com desinfecção.
• Preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.
• Preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral.
• Recreação de contato direto e prolongado, como natação, esqui aquático e mergulho.
• Aquicultura: cultivo de peixes, crustáceos, moluscos e algas, por exemplo.
• Pesca
• Irrigação
• Dessedentação de animais
• Navegação
Classe 1
• Abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado.
• Proteção das comunidades aquáticas
• Recreação de contato primário natação, esqui aquático e mergulho.
• Irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rente ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película.
• Proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
Classe 2
• Abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional.
• Proteção das comunidades aquáticas.
• Recreação de contato primário
• Irrigação de hortaliças e plantas frutíferas, parques e jardins;
• Aquicultura
• Pesca.
• Dessedentação animal.
Classe 3
(rios Taquari e Forqueta)
• Abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado.
• Irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras.
• Pesca amadora.
• Recreação de contato secundário, como na pesca e na navegação
• Dessedentação de animais.
Classe 4
• Navegação.
• Harmonia paisagística (observação da paisagem).
O Índice de Qualidade da Água (IQA) é apontado em escala numérica.
SOBRE
- As análises de água realizadas pelo Laboratório Unianálises apontam para poluição por efluentes líquidos, ou seja, despejo de esgoto doméstico.
Ótima: de 91 a 100
Boa: de 71 a 90
Regular: de 51 a 70
Ruim: de 26 a 50
Péssima: de 0 a 25
Fonte: Fepam
A resolução 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determina o enquadramento (classe) e os usos da água.
Entre os arroios
A menor concentração da bactéria E-coli foi verificada na amostra de amostra do arroio Estrela, na cascata Santa Rita, em Estrela (49/100ml).
A maior concentração da bactéria e-coli foi verificada na amostra do arroio Lambari, em Encantado (160.000/100ml).
- O ideal seria tratar o esgoto, tanto doméstico quando industrial, em Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs), e só então lançar nos corpos hídricos, destaca o biólogo Cristiano Steffens.
- Evitar o desperdício de água, pois quanto maior o consumo de água, maior é o volume de efluentes líquidos gerados.
- Caso a cidade tenha o sistema de saneamento já implantado, realizar a conexão da casa ao sistema, para que todo o efluente (esgoto) gerado vá para estação de tratamento e seja efetivamente tratado.
- Caso a cidade não tenha o sistema de saneamento implantado, cada cidadão pode ao menos realizar o tratamento dos efluentes domésticos com sistema de fossa séptica, filtro biológico e sumidouro. Além disso, realizar periodicamente a limpeza e manutenção do sistema para garantir uma maior eficiência.
CUIDADOS
Aquecer a casa também é um ato de consciência
Especialista ensina a escolher e armazenar a lenha sem prejudicar a saúde nem o planeta
Ouso de lenha para aquecer os lares é uma prática comum durante o inverno. Lareiras e fogões são aliados nos dias gelados, mas a escolha da madeira precisa ser feita com atenção. Isso porque o uso inadequado da lenha pode causar problemas ambientais e até mesmo prejudicar a saúde. De acordo com o engenheiro florestal da Emater/RS - Ascar, Alvaro Mallmann, nem toda madeira pode ser usada para aquecer a casa. “As espécies nativas são protegidas por lei, então o aspecto de exploração é mais complicado. Para cortá-las, é preciso de um plano de manejo, que é um projeto de um engenheiro agrônomo ou florestal, e de uma recomposição do material retirado. Ou seja, proporcionalmente, aquilo que você retira precisa repor na natureza depois”, explica. O ideal, segundo Mallmann, é utilizar espécies exóticas como eucalipto e
DE OLHO NA SAÚDE
Devido ao preço da madeira, algumas pessoas buscam por materiais alternativos para queimar na lareira. No entanto, é preciso atenção. Queimar móveis velhos, compensados, madeira com tinta ou restos de construção pode liberar substâncias tóxicas perigosas à saúde.
O correto é sempre buscar lenha seca, armazenada em local coberto, e com procedência legal. Muitas empresas comercializam madeira certificada, o que garante que o produto foi retirado de
forma regular e sustentável.
COMO ARMAZENAR
acácia negra para a lenha. “São espécies mais disseminadas e com maior possibilidade de exploração. Para se ter uma ideia, o produtor que tem cadastro florestal pode fazer o corte delas sem licenciamento ambiental, o que facilita o processo”.
Para quem deseja fazer a lenha em casa, o ideal é buscar por espécies exóticas e plantá-las em locais fora das áreas de preservação permanente, como as encostas de morro, lagos, rios e nascentes.
Para um maior ganho energético da madeira, o correto é mantê-las secas, guardando em locais com baixo teor de umidade. “Antes de chegar a nossa casa, a lenha passa pelo processo de secagem nos galpões. Então, é preciso cuidar a forma de armazená-las para não haver fontes de calor e incineração próximas, a fim de evitar acidentes.”, destaca Mallmann. Outro ponto importante é cuidar com os insetos. “Às vezes armazenamos as madeiras já cortadas em pilhas, o que atrai animais nocivos à saúde como aranhas marrons e escorpiões. Por isso, precisamos tê-las longe de casa, como em garagens e galpões, para evitar o contato e acesso direto desses animais no nosso ambiente”.
As espécies nativas são protegidas por lei. Para cortá-las, é preciso de um plano de manejo.”
Turma do 4º ano dá exemplo de ações pelo meio ambiente
Conceito dos 5Rs da sustentabilidade são colocados em prática pelos alunos da Emef Pedro Jorge Schmidt
Aturma do 4º ano A da Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro Jorge Schmidt, localizada em Linha Delfina, em Estrela, deu uma aula prática de cuidados com o meio ambiente. Sob a orientação do professor André Luis Tanski Azeredo, as crianças participaram de diversas atividades dentro e fora do espaço escolar. “A proposta teve início com uma importante reflexão em sala de aula. Os estudantes debateram sobre ações simples, porém essenciais, que podem contribuir para a preservação e a melhoria do meio ambiente”, conta o professor.
Depois do momento de conscientização, os alunos foram convidados a colocar em prática o que aprenderam. Cada um deveria registrar, por meio de fotos ou vídeos, alguma ação
sustentável realizada em sua casa. O professor destaca que as atividades enviadas pelos alunos mostraram o comprometimento e a criatividade das famílias. “Houve registros de plantio de mudas, manutenção de composteiras, separação de lixo, economia de água durante as tarefas diárias e até mesmo momentos dedicados à limpeza de
espaços que utilizam.” Conforme Azeredo, o objetivo foi sensibilizar os estudantes sobre a importância de atitudes responsáveis e conscientes em relação ao meio ambiente, mostrando que cada ação faz diferença.
Para finalizar a programação, em alusão à Semana do Meio Ambiente, celebrada em junho, os alunos
Houve registros de plantio de mudas, manutenção de composteiras, separação de lixo, economia de água durante as tarefas diárias e até mesmo momentos dedicados à limpeza de espaços que utilizam.”
André Luis Tanski Azeredo Professor
participaram de jogos interativos com a temática ambiental. De forma lúdica e divertida, puderam reforçar seus conhecimentos. Durante as atividades, também refletiram sobre o conceito dos 5Rs da sustentabilidade: reduzir, reutilizar, reciclar, repensar e recusar, compreendendo como essas práticas podem ser aplicadas em seu dia a dia. “ A Semana do Meio Ambiente foi um sucesso, porque proporcionou momentos de aprendizado, reflexão e ação, fortalecendo nos alunos o compromisso com um futuro mais sustentável”, avalia o professor.
Estudantes, com a ajuda dos familiares, registraram as tarefas executadas em casa com olhar as práticas ambientais
Caravanas impactam mais de 3 mil estudantes do Vale
Desde abril, o programa Educação Ambiental na Escola, do Grupo A Hora, já esteve em treze instituições de ensino de oito municípios. Confira os registros das três últimas ações
11 de junho
Emef Vida Nova, Lajeado
A 11ª edição da Caravana Educame ocorreu na Escola Municipal de Ensino Fundamental Vida Nova, no bairro Conventos. Mais de 150 estudantes do Ensino Fundamental assistiram à peça “Educa-me, por quê?” O personagem, chamado “Por Que”, abordou questões ambientais, como o uso da água, as enchentes e o descarte correto dos resíduos. De forma lúdica e ao som do violão, animou a plateia, que respondeu com palmas ao ritmo da música.
25 de junho
Emef Coronel Thomaz Pereira, Venâncio Aires
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Coronel Thomaz Pereira abriu as portas para as atividades da Caravana Educame. Apresentação teatral e a oficina de jornalismo ambiental fizeram parte da programação.
Cerca de cem estudantes assistiram à peça teatral. Na sequência da apresentação, o personagem“Por Que” entregou a placa de “Embaixada do Meio Ambiente” à vice-diretora Joseane da Cruz.
2 de julho
Emef Lauro Mathias Müller, Lajeado
A apresentação da peça teatral “Educa, por quê?” e a oficina “Repórter Mirim Ambiental” envolveram mais de 190 alunos da Emef Lauro Mathias Müller. A diretora Betina Immich deu boas-vindas à equipe do Grupo A Hora. O coordenador do programa Educame, Gilberto Soares, falou sobre a importância da preservação ambiental e destacou: “Cuidar um do outro faz parte de cuidar do meio ambiente.” Com muita animação e ludicidade, o “Por Que?” destacou a importância de separar os resíduos sólidos e a necessidade de cuidar do meio ambiente. E ensinou: “Conhecer, cuidar e preservar. Reduzir, reciclar, reutilizar.”
VENÂNCIO AIRES
LAJEADO
Escola investe em autonomia hídrica e energética
Colégio Sinodal Gustavo Adolfo tem garantia de abastecimento por até uma semana, caso o fornecimento seja interrompido
Aenchente de maio de 2024 deixou marcas, lições e lançou uma nova perspectiva sobre o meio ambiente e os recursos essenciais. O desabastecimento de água e energia causou muitos impactos. Por outro lado, impulsionou movimentos importantes. Um exemplo é a iniciativa do Centro de Educação Básica Gustavo Adolfo (GA), localizado no bairro São Cristóvão, em Lajeado.
A instalação de um gerador de energia com capacidade para abastecer toda a unidade do GA, localizada no bairro São Cristóvão, e um sistema próprio
de captação e reservação de água, que assegura o abastecimento à escola de forma independente, resulta em autonomia hídrica e energética por até uma semana. Com o investimento, mesmo que ocorra desabastecimento externo, o Gustavo Adolfo tem capacidade de manter as atividades por até sete dias. As iniciativas integram o plano de sustentabilidade do GA. “Ao investir em soluções que fortalecem sua infraestrutura, a escola reafirma seu compromisso com a continuidade da aprendizagem em qualquer cenário”, destaca o diretor Edson Wiethölter.
Unidade do GA, localizada no bairro São Cristóvão, passou a ter eficiência hídrica e energética por uma semana
ENTREVISTA | Edson Wiethölter - Diretor
“Temos que ser espelhos para aqueles que estão com a gente, assim como a família é espelho para os estudantes, o lugar onde eles estudam também é.”
Educame - Quais outras ações fazem parte do plano de sustentabilidade do GA?
Edson Wiethölter - A escola tem, há mais de cinco anos, a sustentabilidade com placas solares, recolhimento de água da chuva para abastecimento de alguns setores onde essa água pode ser aproveitada, temos o conceito de sala container e a questão do recolhimento de resíduos sólidos é de longa data.
O que levou aos novos investimentos?
Wiethölter - A partir da crise climática que sofremos ano passado, a escola mais uma vez se movimentou e organizou. Temos responsabilidade com as famílias e também nos reconhecemos como uma entidade extremamente importante se tratando de escola. O GA não sofre diretamente a ação das águas, mas, sim, sofria até então com a falta de energia e de abastecimento da Corsan na cidade. Nessa perspectiva, fizemos um projeto para instalar um gerador próprio.
Qual a capacidade do gerador e do sistema de água?
Wiethölter - Esse gerador tem uma capacidade que pode tocar toda a estrutura do GA do São Cristóvão. Também estruturamos um sistema de tanques que garante o abastecimento por sete dias sem precisar do fornecimento da Corsan. É importante ter a estrutura à disposição se um dia precisarmos, tomara que não precise.
Quanto foi investido para ter autonomia de água e energia?
Wiethölter - O investimento com o gerador passa de R$ 450 mil. No projeto hídrico foram em torno de R$ 70 mil, dos cofres da escola.
Para o ensino e aos alunos, o que representa a possibilidade de manutenção das atividades por sete dias, caso haja desabastecimento das companhias de água e energia?
Wiethölter - A não interrupção das aulas em caso de falta de luz e água faz com que a escola tenha mais um diferencial dentro da cidade. Isso traz um alento para as famílias. Na última tragédia, muitas famílias estavam tranquilas, pois seus filhos estavam conosco após quatro dias, e puderam também ajudar
em todo o movimento que estava afligindo a cidade. Para os alunos, diretamente isso representa a não interrupção das aulas, ou seja, a continuidade do projeto. Claro, sempre respeitando que vamos ter algum estudante que possa estar impossibilitado de vir até a escola por questões de infraestrutura.
Estas ações vão ao encontro das perspectivas futuras?
Wiethölter - O GA oferece uma estrutura de acordo com o contexto onde ela está – Vale do Taquari -, pensando nos novos cenários que vêm surgindo, olhando para a comunidade e percebendo as necessidades que estão no nosso ecossistema. Os alunos percebem que a escola está em movimento, que não está acomodada. Com isso, nós também passamos uma grande lição de que, sim, vamos enfrentar dificuldades. Entretanto, para muitas ou quase todas as questões, no ato ou depois, nós podemos achar por meio de criatividade, de planejamento, de estruturação, movimentos que possam acalentar, resolver e superar tudo aquilo que vier ao nosso encontro.
A escola serve de modelo para as famílias que atende?
Wiethölter - Nós seguimos à disposição da comunidade com projetos inéditos e disruptivos. O nosso aluno, estando nesse contexto, também vai ter esse legado dentro da sua trajetória educacional. Temos que ser espelhos para aqueles que estão com a gente, assim como a família é espelho para os estudantes, o lugar onde eles estudam também é. E não só na área educativa, mas sim nos movimentos que a escola faz, principalmente sintonizada com o meio social, ambiental e econômico.