Avanço nas MEIs interfere no saldo da previdência
Pouca contribuição e inadimplência provocam déficit de R$ 711 bi no INSS
A facilidade para empreender e a baixa tributação estimularam o crescimento dos Microempreendedores Individuais (MEIs). No Vale, municípios como Lajeado, Teutônia e Encantado registram alta superior a 40% desde 2020. O modelo amplia o acesso à
formalização e movimenta a economia, mas acende alerta fiscal: mais da metade está inadimplente e contribui com apenas 1% da receita da Previdência. Estudo da FGV aponta que o uso do MEI em substituição à CLT amplia o rombo previdenciário.
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Cidades buscam apoio a acessos
RECONSTRÓI RS Região acelera preparo dos projetos técnicos
Reuniões entre municípios e CICVT alinham exigências legais para acessar nova rodada do Reconstrói RS. Entes ajustam leis, ofícios e termos para viabilizar obras com fundos privados. Na segunda fase, dos R$ 40 milhões do fundo, metade podem ser para 30 projetos protocolados pelo Vale.
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CHEIA DE 21,84 METROS Rio
Enchente atingiu ápice na madrugada de segunda-feira em Lajeado, mas em cota inferior à projetada pela Defesa Civil do RS. Mesmo de pequeno porte, inundação desabrigou centenas de pessoas na região.
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JÔ
GABRIEL
Entre a inclusão e a sustentabilidade
Oregime do Microempreendedor Individual (MEI) representou um avanço significativo na formalização de atividades econômicas antes invisíveis aos olhos do Estado. Ao longo de 16 anos, o programa cumpriu um papel inicial de incluir manicures, cabeleireiros, artesãos e pequenos prestadores de serviços no mercado formal.
No Vale do Taquari, os números confirmam essa tendência: em cinco anos, os MEIs cresceram em média 40% nos principais municípios, com Lajeado, contabilizando 9.637 registros em 2025.
Em cinco anos, os MEIs cresceram em média 40% nos principais municípios, com Lajeado contabilizando 9.637 registros em 2025.”
Por isso, há mérito no modelo, pois ao simplificar a abertura de CNPJs e reduzir a carga tributária, o MEI democratizou o empreendedorismo. De fato, o programa trouxe benefícios concretos: inclusão previdenciária, acesso a crédito e maior profissionalização de atividades antes marginalizadas. De ponto de alerta, esse crescimento exponencial do MEI – hoje com 16,2 milhões de registros no país – revela desafios estruturais. O principal é a sustentabilidade do sistema previdenciário. Com contribuições mensais fixas em R$ 75 (5% do salário mínimo), os MEIs respondem por 12% dos contribuintes do INSS, mas apenas 1% da arrecadação. O problema se agrava com duas distorções. A primeira é a alta inadimplência – mais da metade dos MEIs estão com pagamentos atrasados. A segunda, é o uso do modelo por empresas para substituir contratos CLT. Soluções são complexas e exigem ajustes. De um lado, é preciso combater distorções que interferem sobre o trabalho formal. De outro, deve-se preservar o caráter inclusivo, talvez revisando o valor das contribuições para atividades com maior faturamento médio.
à Fundado em 1º de julho de 2002
Vale do Taquari - Lajeado - RS
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“Tudo que é feito com amor toca o coração de quem recebe, por mais simples que seja”
Movidapelodesejode ajudaropróximo,Helena Carniel, ao lado de uma amiga,criouogrupoTricô doBem,deMarquesde Souza.Ainiciativa,que existe há mais de dez anos, reúne atualmente 15 senhoras voluntárias. Elasparticipamdefeiras eeventosparaarrecadar recursos, revertidos na comprademateriaispara confecçãodepeçasde tricô, todas destinadas à doaçãoparainstituiçõesdo Vale.Aaçãomaisrecente foiaentregade11paresde meias de lã e duas toucas aoHospitaldeMarques de Souza, somando-se a outras iniciativas solidárias járealizadaspelogrupo
Silva eloisasilva@grupoahora.net.br
Conte um pouco da história do Tricô do Bem.
Eu e uma amiga começamos o grupo em 2014 com 14 pessoas. Era uma vontade que tínhamos de fazer um trabalho social. Começamos com lãs que tínhamos em casa, fizemos uma campanha de arrecadação do material com parentes, amigas e conhecidos. No início, desmanchamos muitas peças usadas que chegaram dessas doações. Fizemos uma rifa/ação entre amigos e compramos lãs novas. Foi uma alegria. Depois começamos a vender algumas peças para adquirir mais material.
Sobre a última ação que o grupo fez, como surgiu a
ideia de fazer as meias e doar ao hospital?
Todos os anos doamos para o hospital de Marques de Souza. Foi a primeira instituição a receber nosso trabalho. Somos um grupo de 15 pessoas e todas se envolvem. Além de meias, também confeccionamos toucas, mantas, cachecóis, boinas, bonecos, entre outras. Doamos para hospitais, escolas, casas geriatras. Escolhemos instituições conhecidas do Vale. Tudo o que é feito com amor e por amor, toca o coração de quem recebe, por mais simples que seja.
O grupo está aberto para novos integrantes? Se sim, como faz para entrar?
O grupo está sempre aberto para quem quiser fazer o bem. É só nos chamar pela nossa rede social Tricô do Bem, no Facebook, ou pelo fone (51) 9 991952178 - Helena Carniel. Nosso grupo é composto só por mulheres e todas se envolvem nas ações. Nos reunimos todas as segundas-feiras e cada uma continua o trabalho em casa.
Para nos manter financeiramente, participamos de algumas feiras, quando nos cedem espaço gratuitamente para vender peças e arrecadar fundos. É o caso da Festa das Orquídeas e a Feira de Artesanato, que ocorrem em agosto, que vamos participar, e a Festa da Bergamota, em Bela Vista do Fão, da qual participamos neste ano. Estamos projetando fazer uma ação no Dia das Crianças também.
Alguma ação que marcou o grupo?
Várias. Algumas a gente nunca esquece. Temos uma colega do grupo que passou por tratamento de câncer e fizemos uma homenagem a ela. Chamamos também uma vizinha que fazia o mesmo tratamento e que passou a fazer parte do grupo - essa já partiu para o paraíso. É nossa inspiração. Todas nós colocamos um turbante na cabeça. Foi muito emocionante! Outra experiência forte foi no hospital, quando doamos uma meia para um rapaz paraplégico. Ele nos disse que aquele foi o primeiro presente que ganhara na vida.
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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica
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Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss
Contatos eletrônicos:
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Eloisa
Helena Carniel, primeira da esquerda para a direita
ARQUIVO PESSOAL
MEIs respondem por R$ 711 bilhões no déficit previdenciário “BOMBARELÓGIO”
Baixa contribuição para cobrir benefícios do INSS e alta inadimplência pressionam seguridade social aponta pesquisa da Fundação
Getúlio Vargas
O programa criou oportunidades para muitas pessoas acessarem o mercado formal, em especial para o fornecimento e prestação de serviços.”
Oformato de Microempreendedor Individual (MEI) garantiu formalização para prestadores de serviço e profissionais liberais. Em 16 anos de criação, o número de profissionais que optam por esse modelo cresce de maneira exponencial, saindo de 44 mil no fim de 2009 para 16,2 milhões até junho deste ano. Mais da metade estão com inadimplentes. Junto com isso, a baixa contribuição para o sistema previdenciário (cerca de R$ 75 por mês) também pressionam a seguridade social. Pelas projeções do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/
Empresas do Vale encontram di culdades em contratar por CLT. Por outro lado, cresce o número de MEIs. Em Lajeado, de 2020 até abril deste ano, houve uma alta de 41% no número de microempreendedores individuais
o fornecimento e prestação de serviços”.
Por outro lado, também trouxe desvantagens. “Muitos precisam pagar tributos mesmo quando não têm faturamento. Junto com isso, há restrições nas atividades, como na contratação de empregados ou abrir sociedade.”
Conforme o Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, a contribuição das MEIs durante 15 anos corresponde a R$ 18 mil pagos ao INSS. Esse direito garante o pagamento de um salário durante a aposentadoria. Ou seja, em um ano, recebe mais do que contribuiu.
Substituir a CLT
FGV), o déficit nas contas das aposentadorias e auxílio-doença atinge R$ 711 bilhões. Pelo estudo, a contribuição de 5% do salário mínimo que o trabalhador paga é insuficiente para custear os benefícios que serão gerados no futuro. O MEI responde por quase 12% dos contribuintes do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), mas apenas 1% da receita.
O contador e consultor empresarial, Valmor Kappler, destaca que o MEI facilitou a abertura e gestão, baixo custo tributário e acesso a benefícios previdenciários. “O programa criou oportunidades para muitas pessoas acessarem o mercado formal, em especial para
Observamos diversos setores que optam por MEIs. Assim podem pagar mais para o trabalhador e reduzir a despesa com encargos.” todos”.
O principal risco para o sistema previdenciário, diz o estudo da FGV, é o uso de MEIs em substituição aos contratos formais. Esse modelo tem sido cada vez mais adotado por empresas para terceirizar funções que seriam com carteira assinada. Segundo projeções, esse formato pode gerar um rombo de R$ 1,9 trilhão no Regime Geral de Previdência Social (RGPS) até 2095.
“Essa é uma bomba-relógio. É uma conta que não fecha e que vai piorar”, avalia a contadora Graciela Black. “Desde 2010 ouvimos integrantes do INSS alertando para a necessidade de reforma da previdência. Ela foi feita nove anos depois, mas não corrigiu essas distorções. Será necessário refazer esses cálculos e voltar os olhos para isso, ou vamos comprometer a aposentadoria de
LAJEADO
DO MEIO
1.368 MEIs
4.321 MEIs
de
FONTE: Portal do Empreendedor da Receita Federa
Na avaliação dela, com as facilidades na abertura do CNPJ, a contratação por empresas tornouse comum. “Observamos diversos setores que optam por MEIs. Assim podem pagar mais para o trabalhador e reduzir a despesa com encargos.”
De acordo com Graciela, abrese um risco de judicialização. “O trabalhador sem vínculo presta um serviço, mas está subordinado às normas da empresa, cumprem expediente. Há um passivo trabalhista nesta relação”, alerta.
VALE DO TAQUARI
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
Enchente menor, mas com surpresas
Aenchente foi menor do que as previsões indicavam e isso precisa ser celebrado por todos. “Errar” para baixo vai fazer parte deste “novo normal” e não podemos fazer do “erro” uma terra arrasada e sair detonando contra tudo e contra todos. Não é por aí. Em uma região que registrou mais de 100 mortos em dois eventos climáticos muito próximos, é preciso trabalhar com precaução máxima a todo momento. Não podemos mais contar com a sorte. É preciso estar preparado ao pior cenário. Além disso, e este é mais um dos tantos ensinamentos gerados pelas recentes e pequenas enchentes de junho, é preciso compreender melhor as “surpresas” registradas nos cursos do Rio Taquari e seus afluentes. Nesse fim de semana, por exemplo, o principal acesso à Colinas pela ERS129 alagou antes mesmo da cota de inundação tradicional. O mesmo ocorreu em um ponto da ERS-130, entre as localidades de Bom Fim e São Miguel, no interior de Cruzeiro do Sul. Foi assim também em um trecho da Rua Bento Rosa, em Lajeado. E há outros exemplos em cidades margeadas pelo Rio Taquari. Ou seja, possíveis rotas de fuga já não respeitam mais as cotas de outrora – e outras tantas podem se revelar com elevações maiores. E isso ainda não estava (sequer) previsto!
Pressão sobre a Antt (e a CCR)
Por questão de justiça, é preciso citar que, além do Fórum das Entidades de Lajeado, o Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), a Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), a Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat) e a Câmara de Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC/VT) também cobraram a Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt) acerca das péssimas condições da BR-386 no trecho de Lajeado e Estrela. E eu reforço: o bafo na nuca das agências reguladoras não pode perder força. É preciso mais e mais pressão!
Frequência escolar
A 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) tem feito um trabalho exemplar pelo Vale do Taquari. Sob a coordenação de Greicy Weschenfelder, a região conquistou pelo terceiro mês consecutivo o melhor índice regional de frequência escolar na rede de ensino pública estadual. Um feito e tanto para uma região que tanto sofreu com as enchentes, que atingiram em cheio os nossos principais colégios estaduais. E mais. A 3ª CRE confirmou para agosto o retorno dos alunos do Castelinho. E a tendência é aumentar ainda mais a frequência escolar desses estudantes.
TIRO
- Em Taquari, o vereador Leco Costa (Avante) cobra o resultado (e eventual aplicação) do estudo de mobilidade urbana realizado em 2023. Ciclovias, estacionamento rotativo, acessibilidade e segurança viária foram pontos destacados pela empresa de Santa Catarina, contratada pelo poder público por R$ 125,9 mil para realizar o referido estudo.
- Pelo andar da carruagem, o Vale do Taquari não aprendeu com as vergonhosas e recentes derrotas e tende a apostar, outra vez, em um alto número de candidatos a deputado estadual. Ou seja, tudo indica que os próprios partidos (e seus líderes regionais) vão liquidar as pretensões regionais.
- Não vou citar nomes para não causar problemas maiores. Mas tem pré-candidato que, todos sabem, não tem chance alguma de alcançar a votação necessária à assembleia gaúcha (ou ao Congresso Nacional). Nenhuma chance, mesmo. Zero. Eles mesmos sabem que vão entrar na disputa para perder. Enfim, faz parte da democracia…
Os estrangeiros e as enchentes
A enchente foi pequena, eu sei. No entanto, e só em Lajeado, dezenas de pessoas deixaram o lar no gélido fim de semana para se abrigar no gélido Parque do Imigrante. E é sobre eles que precisamos colocar uma lupa. É sobre quem mais sofre com as pequenas (e grandes) enchentes, sempre. Mesmo que em número menor, se comparado a outros eventos, ainda é um número preocupante e triste.
Mais de 50 famílias deixaram o lar na gélida noite de domingo. Entre eles, dezenas de estrangeiros que deixaram o país de origem para buscar um futuro mais digno e próspero em solo gaúcho. No fim de semana, 18 venezuelanos estavam no Parque do Imigrante. Na enchente da semana retrasada, eram 22 venezuelanos, 18 haitianos e quatro angolanos. Eles precisam de ajuda!
Carine confirma novos secretários e mexe com tabuleiro político
Primeira prefeita na história de Estrela, Carine Schwingel (União Brasil) confirmou a nomeação do marido Rafael Mallmann (União Brasil) como o novo Secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo. Experiente agente público, duas vezes prefeito da cidade e ex-secretário estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Mallmann já enfrentou derrotas e vitórias nas urnas, passou pelo
período da pandemia esteve ao lado do governador Eduardo Leite (PSD) na pior catástrofe natural que já atingiu o Rio Grande do Sul. Ou seja, tem muita experiência e trânsito político e esse é um dos principais argumentos à decisão de Carine. Mesmo assim, claro, a decisão repercute nos bastidores e a oposição deve utilizar (e de uma forma ou outra) a curiosa nomeação para atacar a atual administração municipal.
RECONSTRÓI RS
Vale alinha 2ª fase e garante metade dos recursos
Com R$ 20 milhões aprovados por fundo privado, prefeitos ds região e equipes técnicas discutem requisitos legais e execução dos projetos
cípios. “Tenho 99% de certeza que vamos conseguir acessar tudo o que pedimos.”
OVale do Taquari tem a sinalização de mais R$ 20 milhões para obras de infraestrutura pelo programa Reconstrói RS. Esse total representa metade do fundo viabilizado pela Federasul e pelos institutos Ling e Floresta.
Conforme o presidente da Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT), Angelo Fontana, conseguir o total de investimento depende dos projetos técnicos e executivos, além da contrapartida dos muni-
Os valores foram confirmados no início do mês. A partir disso, a CIC-VT e os municípios avançam para cumprir os requisitos. Em reunião na quinta-feira passada, dia 27, o dirigente empresarial se reuniu com a equipe técnica e gestores integrantes da Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat), no auditório da prefeitura de Encantado.
Entre os principais pontos discutidos estão a elaboração de leis municipais para isenção de tributos na execução das obras, o
envio de ofício com manifestação de interesse nos projetos – que elimina a necessidade de chamamento público – e a formalização de termos de colaboração entre municípios e a CIC-VT. Também foram definidas as responsabilidades administrativas, como fiscalização, medição e prestação de contas.
Para o presidente da CIC-VT, Ângelo Fontana, o momento é decisivo. “Este será o maior projeto da CIC-VT em 20 anos de história. A entrega dessas obras será o nosso presente ao Vale, fruto da união do associativismo e da iniciativa privada”, destaca Angelo Fontana. Os projetos aprovados nesta etapa contemplam contenção de encostas, drenagem urbana e recuperação de pontes. Cada proposta tem limite individual de até R$ 1
milhão, conforme regras do fundo.
Modelo
A ideia inicial previa obras de maior porte, mas os critérios exigiram um redimensionamento do escopo para garantir maior número de intervenções em curto prazo. Fontana destaca que nesta segunda fase, foram mais de 30 projetos elaborados pela entidade em articulação com os municípios e visitas técnicas.
O modelo de financiamento prevê que 70% do valor seja coberto pelo fundo privado, enquanto o restante deve ser assumido como contrapartida pelos municípios.
Rodada com a Amvat
A próxima etapa da organização regional será com os municípios da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat).
Conforme Fontana, a ideia é manter a coesão entre as prefeituras e garantir efetividade na aplicação dos recursos.
“Esse alinhamento entre os entes públicos e a CIC é o que permite que os projetos sejam aprovados e executados com agilidade.”
Com os recursos confirmados da segunda fase, o montante total já aprovado para o Vale chega a R$ 28,7 milhões.
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
Em reunião com prefeitos da Amat, presidente da CIC-VT, Angelo Fontana, a rmou que o acesso aos R$ 20 milhões garantirá o maior investimento da câmara em duas décadas de história
Inauguração da Pelotense marca os 23 anos do A Hora
Emissora histórica retoma operações na próxima segunda-feira, aniversário de Pelotas, com programação focada no jornalismo e na prestação de serviço à comunidade
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
Jéssica R Mallmann jessica@grupoahora.net.br
Do pequeno semanário nascido em Santa Clara do Sul a um grupo presente em todo o Vale do Taquari e, agora, em processo de expansão à zona sul do RS. O A Hora celebra, nesta terça-feira, 1º de julho, 23 anos de fundação em meio a expectativa da retomada das operações da Rádio Pelotense, prevista para a próxima segunda-feira, 7.
A histórica e centenária emissora, considerada a mais antiga do RS, havia encerrado as atividades em 2023 e agora retorna no dial 99.5 FM, com uma nova roupa-
gem. A programação, voltada ao jornalismo e prestação de serviço à comunidade, fortalece o trabalho multiplataforma do grupo em Pelotas e região, que já contam com atuação do jornal A Hora do Sul desde o ano passado. Com a grade de programação alinhada e a equipe definida, agora são feitos os últimos preparativos para a Pelotense entrar no ar. A montagem dos estúdios está em fase de conclusão. Os espaços ficam juntos à central de jornalismo do A Hora do Sul, no Centro da cidade.
Para o diretor executivo do Grupo A Hora, Adair Weiss, expandir significa cumprir um propósito. “A região Sul está carente de jornalismo atuante e que se envolva em temas vitais para o seu desenvolvimento. Vamos trabalhar para enriquecer também a região Sul,
assim como já contribuímos com o Vale do Taquari ”, destaca. Hoje, o que move o grupo, em todas as regiões de atuação, é fortalecer às comunidades, seja por meio da informação, seja pela valorização das pessoas. “O legado é provocar a sociedade para gerar renda e riqueza social, cultural e econômica. Uma
Estruturamos uma grade voltada majoritariamente ao jornalismo, sem abrir mão do entretenimento e da interatividade com os ouvintes”.
Impacto à comunidade
Quando anunciamos a volta, a repercussão foi imediata. Estamos sendo bem transparentes e divulgando que se trata de um novo formato, um novo momento da rádio”.
Coordenador editorial e de projetos do A Hora do Sul, Jarbas Tomaschewski, lembra que, desde quando foi anunciada a volta da Pelotense, as manifestações da população são frequentes. Frisa que o vínculo da emissora com a comunidade permaneceu mesmo durante o período de fechamento e, por isso, é grande a expectativa com a volta das operações, agora
CAMINHO ATÉ A CONSOLIDAÇÃO
2002
O A Hora foi fundado em 1º de julho de 2002 em Santa Clara do Sul. Começou como um jornal semanal de 12 páginas.
2004
2011
O jornal se tornou trissemanário, circulando às terças, quintas e sábados. A tiragem se aproxima dos 6 mil exemplares por edição.
2013
2016
Com a reestruturação do veículo, o A Hora se torna um grupo de comunicação. Foram agregados o portal A Hora, editora e Agência de Conteúdo para empresas.
2020
sob nova direção.
“Essa memória afetiva permaneceu. Quando anunciamos a volta, a repercussão foi imediata. E sentimos na rua, no dia a dia, que as pessoas querem muito saber como vai ser a nova rádio, qual a programação, e nós estamos sendo bem transparentes e divulgando que se trata de um novo formato, um novo momento da rádio. Algo que Pelotas e a Zona Sul praticamente não tem hoje em dia”, pontua.
Com vasta experiência no jornalismo regional, Tomaschewski ressalta que o trabalho multiplataforma vai convergir para “um grande momento do jornalismo em Pelotas”, com ampla cobertura local. “A equipe está entusiasmada. Trabalhamos forte nesses últimos dias para que esse projeto seja, de fato, do tamanho da expectativa da comunidade. Temos certeza que vai dar certo”.
O legado é provocar a sociedade para gerar renda e riqueza social, cultural e econômica. Uma imprensa atuante contribui para uma região mais forte”.
Desenvolvimento da zona sul
Figura conhecida da comunicação no Vale do Taquari – com passagem pelo Grupo A Hora –, Fabiano Conte será o coordenador da Rádio Pelotense. Ele coloca
O impresso começa a se regionalizar, com distribuição nos municípios de Santa Clara do Sul, Mato Leitão, Forquetinha, Cruzeiro do Sul, Marques de Souza e Travesseiro.
2007
A sede sai de Santa Clara do Sul e vai para Lajeado. Mantém a publicação semanal, agora em 15 cidades.
2009
A periodicidade muda, com duas edições por semana. No ano também marca alteração editorial, com uma postura mais incisiva, crítica e questionadora. Neste período, iniciam os projetos de desenvolvimento regional, com o ciclo de debates Pensar o Vale.
2010
A reformulação gráfica foi lançada em novembro, durante a Expovale. O ano também marcou a mudança da sede, para a Av. Benjamin Constant, onde a empresa está até hoje.
uma trajetória de mais de três décadas de radiojornalismo à disposição da emissora e destaca o propósito neste retorno: contribuir com o desenvolvimento da zona sul.
“Estruturamos uma grande voltada majoritariamente ao jornalismo, sem abrir mão do entretenimento e da interatividade com os ouvintes. Queremos ser um espaço de escuta e de debate qualificado sobre os temas que importam para Pelotas e região.
A consolidação como jornal impresso traz mudanças. O A Hora se transforma em diário. Em maio, o consultor e professor, Ademir La Roque, estreia como Ombudsman. A cada 15 dias, publicava uma coluna no jornal avaliando a postura do jornalismo e as notícias publicadas. Também neste ano lançou o projeto A Hora dos Talentos, iniciativa que teve participação de mais de 300 artistas.
2014
Foi lançado o Guia VEM – Vales e Montanhas. Com 532 páginas sobre 56 cidades dos vales do Taquari e Rio Pardo.
2015
O desenvolvimento do A Hora proporciona avanço sobre mais municípios e mais investimentos. No ano, comprou os jornais o Boqueirão e Eco Serrano. Foi criado o A Hora Regional, com abrangência de Boqueirão do Leão, Sério, Canudos do Vale, Gramado Xavier, Progresso e Sinimbu.
Por isso, a programação vai ao ar das 6h às 21h, com uma jornada completa de jornalismo”, ressalta Conte.
A equipe da Pelotense conta com profissionais de ampla experiência no rádio e, em sua maioria, vinculados à zona sul. “São âncoras e apresentadores que conhecem Pelotas, que viveram ou voltaram por acreditar neste projeto e que tem compromisso com a boa informação e a nossa comunidade”.
Em março, o A Hora chegou às ondas da FM 102.9, com a compra a rádio Sorriso, de Estrela.
2021
O periódico mais antigo da região, o Jornal Nova Geração (NG), de Estrela, faz parceria com o Grupo A Hora.
2023
A Hora anuncia a terceira filial. A unidade avançada em Encantado é inaugurada no dia 27 de março, na rua Júlio de Castilhos, no Centro, junto à Galeria Peretti.
2024
Início da expansão para a região Sul do RS, com a abertura do jornal A Hora do Sul. Também é lançado o projeto EducAME, em resposta aos efeitos climáticos no Vale.
2025
Grupo A Hora compra Rádio Pelotense, que entra no ar em julho deste ano. É lançado o projeto LEIA, com ênfase no incentivo à leitura.
Comemorações
A inauguração da Pelotense coincide não apenas com as comemorações dos 23 anos do Grupo A Hora. A emissora será reativada justamente no dia em que Pelotas completa 213 anos de fundação, em um dia especial para a comunidade. Além disso, na véspera (dia 6) o A Hora do Sul fecha um ano de circulação, suprindo a lacuna deixada pelo histórico Diário Popular.
ADAIR WEISS
DIRETOR EXECUTIVO DO GRUPO A HORA
Em 2023, A Hora abre a terceira lial. Unidade ca em Encantado
Em 2004, o impresso começa a se regionaliza
vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
A economia do feedback Sicredi lança ação para recuperar espaços escolares
SETOFOTOGRAFIAS/ENVATO/DIVULGAÇÃO
Nunca fomos tão convocados a “mudar o mundo” quanto agora. Todos os dias, em cada clique, em cada compra, em cada deslizar de dedo na tela. E o que fazemos com isso? Vamos falar — veja só — apenas de economia. Sim. Mas comece respondendo a primeira pergunta: você costuma avaliar a loja onde acabou de comprar? Costuma dar feedback sobre o serviço que acabou de contratar? Quando foi a última vez que você deu 3, 5, 7 ou 10 estrelas para alguém que te atendeu? Continuamos dizendo que o aplicativo do banco falha. Que o atendimento da operadora de telefone é um caos. Que a entrega do e-commerce atrasou. Que o vendedor da loja “X” foi grosseiro. E mesmo assim, ignoramos aquele pequeno aviso: “Você gostaria de avaliar sua experiência conosco?”
Nunca fomos tão chamados a reformular nossas relações de
consumo, a repensar o atendimento, a reescrever a forma como as empresas nos prestam serviços — tudo isso desde que a internet colocou esse poder nas nossas mãos. A gente move o algoritmo. Move o faturamento. Move a decisão de compra de alguém que você nem conhece. Somos convocados, todos os dias, a melhorar o sistema. A construir ambientes de consumo mais honestos, mais empáticos, mais funcionais. Somos convocados a moldar o comportamento do mercado. Seja ao responder como o recepcionista do hotel te recebeu, seja ao dizer se o barista sorriu, ou se o atendimento via WhatsApp foi útil.
Quantas vezes nos damos conta de que estamos influenciando o que, como e por que os próximos consumidores vão comprar (ou deixar de comprar)? Quantos prestadores de serviço podem, a partir da sua resposta, revisar
todo o processo de atendimento?
Vivemos em um país que ainda duvida do impacto do voto nas urnas. Que subestima a reunião de condomínio. Que evita o encontro com os professores dos filhos. Que ignora o poder transformador das assembleias de bairro.
O que dirá então de quem se recusa a clicar em algumas estrelinhas?
O consumidor de hoje é mais do que um cliente: é coautor da reputação. É editor da credibilidade. É participante do processo de melhoria contínua do mercado. E a economia — sim, aquela mesma que discutimos em números e gráficos — está cada vez mais atrelada a esse campo subjetivo chamado experiência. Então, da próxima vez que for chamado a dar sua opinião,não deixe de escolher as estrelinhas certas. Demora um minutinho e é muito fácil!
Como parte das comemorações pelos 120 anos da Sicredi Integração RS/MG, a cooperativa lançou a ação “Desenhos que Transformam”, que irá recuperar ambientes escolares em seis instituições de ensino de sua área de atuação no RS e em MG. Serão sorteadas três escolas de cada estado, públicas ou privadas, que poderão escolher
entre três espaços para receber melhorias: Biblioteca, Sala dos Professores ou Espaço Maker. O investimento por ambiente será de até R$ 50 mil. A escolha será feita por meio de sorteio, a partir da inscrição de desenhos elaborados por alunos e educadores, com o tema “o futuro que desejam para suas cidades”. As inscrições seguem até 10 de agosto.
• Energia - Após anos de forte crescimento, o setor de energia renovável enfrenta retração no Brasil. Nos últimos meses, aumentaram os pedidos de cancelamento de outorgas de usinas solares e eólicas, diante da dificuldade de retorno financeiro.
• Empréstimo - Pesquisa do Datafolha mostra que quase um terço dos brasileiros com carteira assinada ou aposentadoria tem empréstimo consignado. O crédito é mais comum entre os mais velhos, menos escolarizados e servidores públicos.
DIVULGAÇÃO
TRAVESSIA SUBMERSA
Cheia do Forqueta isola municípios pela 3ª
vez em menos de um mês
Ponte baixa entre Marques de Souza e Travesseiro sofreu danos mais uma vez no fim de semana. Estado promete auxílio aos município para reconstrução de acessos
Acheia do Rio Forqueta voltou a causar transtornos aos moradores de Travesseiro e Marques de Souza. Pela terceira vez em um mês, a força das águas provocou o isolamento das comunidades após a ponte que liga os dois municípios ficar submersa e sofrer danos nas cabeceiras.
Sem o acesso principal, a única alternativa para a população tem sido a travessia a pé por uma pinguela. Diante da situação, as prefeituras das duas cidades iniciaram nesta semana uma forçatarefa para restabelecer a ligação. O trabalho exigirá maior esforço no lado de Marques de Souza, onde cerca de 30 metros de aterro precisam ser recompostos.
O prefeito de Marques de Souza, Fábio Alex Mertz, confirmou que o Governo do Estado prestará apoio para a reconstrução das cabeceiras. “Já solicitamos o
maquinário. A ideia é fazer um preenchimento com material rochoso e criar um acesso definitivo até a ponte, sem a necessidade de novas intervenções emergenciais”, explica o gestor.
A ponte, que foi construída com recursos captados pela própria comunidade e apoio de entidades como o Sicredi RS-MG e o Instituto Ling, por meio do programa Reconstrói, ainda nem chegou a ser inaugurada. A cerimônia estava prevista para o dia 14 de junho, mas foi cancelada em função dos danos causados pelas sucessivas enchentes. No dia 29 de maio, a parte da ponte ruiu.
Acompanhamento do Ministério Público
Duas audiências com o Ministério Público (MP) foram feitas na última semana para tratar da situação da ponte baixa. A informação sobre a atuação do Ministério Público foi divulgada pelo prefeito de Travesseiro, Gilmar Luiz Southier. O caso é acompanhado pelo promotor Sérgio da Fonseca Diefenbach. Segundo Southier, o MP solicitou um laudo técnico de segurança para avaliar as condições da ponte e a viabilidade da liberação do tráfego de veículos pesados. “Foi solicitado um laudo de segurança. A ponte foi atingida por duas fortes cheias e estamos fazendo essa avaliação”, explica.
A ideia é criar um acesso de nitivo até a ponte, sem a necessidade de novas intervenções emergenciais”.
Foi solicitado um laudo de segurança. A ponte foi atingida por duas fortes cheias e estamos fazendo essa avaliação”.
GILMAR SOUTHIER
Parte da ponte havia sido concluída com investimento de R$ 2,6 milhões, provenientes de doações feitas pelo Sicredi Integração RS/MG, programa Reconstrói RS do Instituto Ling e contribuições da comunidade. A execução da obra ficou a cargo da Construtora SMB, sob coordenação da Associação Amigos de Travesseiro e Marques de Souza, criada em maio de 2024 para liderar a iniciativa.
Em nota publicada na sexta-
feira, 27, nas redes sociais, a associação responsável afirmou que procurou o Ministério Público para intermediar a situação e viabilizar uma solução conjunta com os governos municipais e a construtora.
Ponte definitiva
A construção da ponte definitiva já foi definida em licitação. O processo foi encaminhado pela administração de Travesseiro, e vencido pela Zanco Construtora de Santa Catarina com proposta de R$ 12,6 milhões, R$ 800 mil abaixo do valor inicial previsto no edital.
A nova travessia terá 161 metros de comprimento e 10,4 metros de largura. O prazo de execução é de 14 meses. A definição da empresa saiu após a sessão pública realizada no dia 4 de junho na Câmara de Vereadores de Travesseiro. No total, três empresas foram habilitadas para participar do certame. Os recursos para a construção foram garantidos pelo governo federal, por meio da Defesa Civil Nacional. O pagamento será feito em quatro parcelas, conforme o andamento dos trabalhos. O projeto prevê a demolição da estrutura remanescente da ponte antiga, que foi levada pela enchente de maio de 2024.
VALE DO TAQUARI
Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br
Elevação do rio causou danos nos acessos da ponte e moradores caram isolados mais uma vez
FÁBIO ALEX MERTZ PREFEITO DE MARQUES DE SOUZA
GABRIEL SANTOS
PREFEITO DE TRAVESSEIRO
CONSEQUÊNCIAS DA CHEIA
Taquari atinge 21,84 metros e deixa 70 famílias desabrigadas no Vale
Nova elevação do rio movimentou prefeituras para a retirada de famílias em áreas de risco. Municípios buscam alternativas para moradores em cotas de inundação
Bibiana Faleiro
bibianafaleiro@grupoahora.net.br
Moradores de áreas ribeirinhas do Vale do Taquari perdem a conta de quantas enchentes já viram passar pela porta de casa. A cada nova elevação do rio, como a desse domingo, 29, recolhem os pertences e deixam a residência para trás. Na madrugada dessa segunda-feira, 30, às 6h30min, o Taquari atingiu 21,84 metros, em Estrela. Cheia deixou 70 famílias desabrigadas.
Com a previsão de chegar a 23 metros, muitas das famílias foram retiradas de áreas de risco por precaução. A segurança foi o principal papel do plano de contingência dos municípios nesse fim de semana. Em Lajeado, 54 famílias, cerca de 150 pessoas, foram encaminhadas ao Parque do Imigrante na tarde de domingo. Entre elas, Débora Rejane Machado Bernardo, 43, e o filho recém-nascido.
Uma das áreas mais atingidas em Lajeado foi o valão, na rua Décio Martins Costa
Natural de São Gabriel, mora na cidade, no bairro Conservas, faz três meses, e já passou por duas enchentes. Na primeira, no dia 17 de junho, conseguiu tirar os móveis. Desta vez, saiu com a roupa do corpo e uma bolsa pequena. “É bem difícil. Minha filha já mora aqui há cinco anos e pegou
todas essas enchentes”, relata.
Segurança de nitiva
Na manhã de ontem, o rio começou a voltar ao leito e as primeiras famílias retornaram para casa. Naquelas em que a água chegou a invadir, ainda é necessária a limpeza antes da volta. Com previsão de tempo seco, moradores não devem permanecer no abrigo nos próximos dias.
Apesar do plano de contingência do município ter funcionado nas últimas cheias e todas as famílias até a cota 23 metros terem sido alertadas e retiradas em segurança, a prefeitura trabalha, a partir de agora, para a remoção permanente desses moradores dos locais de inundação.
A prefeita Glaucia Schumacher destaca que este é o maior desafio do município hoje. “Já conversamos e estamos firmes no objetivo de eliminar casas abaixo da cota 22. Não podemos mais aceitar que famílias sejam atingidas com níveis de água em 19,80 metros. Essa é nossa meta”.
Entre as medidas em andamento, está a inclusão de famílias atingidas no programa federal Compra Assistida, que prevê a aquisição de moradias em regiões seguras. “Uma das primeiras moradoras que é atingida pela enchente está no programa. A vistoria da casa dela foi feita na quinta, e já entramos em contato com o gerente da Caixa para agilizar o
Números da cheia
Pico do Rio Taquari: 21,84 metros (segunda-feira, 6h30min)
Famílias desabrigadas: 70
Lajeado: 58 famílias, em torno de 150 pessoas
Estrela: 10 famílias removidas.
Destas, 5 foram para o Ginásio Cruzeiro do Sul: 2 famílias
processo”, relata a secretária de Desenvolvimento Social, Eliana Heberle.
Ela afirma que cada família será avaliada de forma individual, com base na cota em que se encontra a residência. “Vamos ter que olhar casa por casa e identificar quem está na cota 19, 20, 21. Há verbas previstas para isso, e o foco será aplicar os recursos com resolutividade, priorizando as áreas onde a água começa a subir”, reforça Eliana.
Na região
Na tarde de ontem, a primeira família acolhida no Ginásio Cristo Rei, em Estrela, também deixou o abrigo. A liberação foi possível após vistoria técnica da Defesa Civil, que constatou condições seguras no imóvel, além da redução no nível do Rio Taquari. O retorno dos demais abrigados foi feito de forma progressiva até a noite. No município, foram cinco fa-
Frio e sol
Terça-feira (01/07): o sol aparece e ameniza um pouco a sensação de frio. Em direção à noite, as temperaturas voltam a despencar. Clima deve variar entre 0 e 11 graus.
Quarta-feira (2/07): sol aparece com poucas nuvens, mas as temperaturas não sobem muito. Já em direção à noite, o frio volta a se intensificar. Temperaturas ficam entre 1 e 12 graus.
Quinta-feira (3/07): previsão continua com tempo seco. Temperaturas variam entre 4 e 17 graus.
Sexta-feira (4/07): sol predomina e temperatura tem leve elevação, ficando entre 6 e 20 graus.
Fim de semana: sábado e domingo devem ser de frio e sol. Temperaturas ficam entre 10 e 23.
mílias até a cota 23 metros encaminhadas ao abrigo e outras cinco para casa de familiares. O plano de contingência foi colocado em prática devido à rápida elevação do Rio Taquari em Estrela, que atingiu cota de inundação por volta das 16h. Segundo o vice-prefeito Márcio Mallmann, as ações iniciaram no sábado, 28, com comunicado aos moradores localizados em áreas de risco. Ele destaca que o município colocou caminhões à disposição da população para retirada de móveis e transporte até o Centro Comunitário Cristo Rei. Em Cruzeiro do Sul, apenas uma família precisou ser removida no Bairro Zwirtes, de forma preventiva. Outro morador de Linha Lotes se retirou voluntariamente de casa. Ambos foram instalados no ginásio municipal de esportes do Centro.
Sobre a cheia
A elevação no fim de semana foi provocada pelas chuvas intensas registradas tanto nas cabeceiras quanto em pontos da parte baixa do Vale do Taquari, entre sábado e a madrugada de domingo. O Rio Taquari atingiu a cota de inundação, de 19 metros, perto das 16h horas do domingo. Na manhã de ontem, começou a voltar ao leito.
VALE DO TAQUARI
Colaboração Maira Schneider
GABRIEL SANTOS
Nomeação de secretários provoca mudanças na câmara de Estrela
Presidente Ernani de Castro (MDB) e Paulo Caniggia (PL) ingressam no governo de Carine Schwingel. Tiane Cagliari e Felipe Diehl são os substitutos
Oretorno para o plenário após recuperação do prédio atingido pela enchente não é a única novidade do Legislativo estrelense prevista para o segundo semestre. Ao menos dois integrantes da casa trocam a cadeira na câmara para cargos no alto escalão no governo de Carine Schwingel. Um deles é o presidente, Ernani de Castro (MDB), que assume a secretaria de Agricultura. A outra modificação está na bancada do PL: Paulo Caniggia abre mão do cargo de vereador e será o responsável pelo setor de Infraestrutura Urbana.
Os substitutos estão definidos. Aos 42 anos, Tiane Ruschel Cagliarii (MDB) retorna à Câmara. Primeira suplente da sigla, ela somou 411 votos em 2024. Em 2020 ela foi eleita pelo PV. “A causa animal segue como minha bandeira. Além disso, fui a única mulher eleita na outra vez e assumo agora como única vereadora. Então, a representação feminina também é uma das missões”, acrescenta.
Felipe Diehl (PL) também herdou uma vaga.. Ele é o segundo suplente da sigla, já que o primeiro na linha de sucessão, Adriano Scheeren - Pida, atua na secretaria de Habitação.
Modi cações na composição das bancadas devem ocorrer no segundo semestre. Ernani de Castro (de pé) é um dos parlamentares que vai ingressar no alto escalão do governo municipal
Diehl contabilizou 184 votos no pleito do ano passado. “O Pida é o primeiro suplente. Prefiro aguardar o que ele decidir, se assume a vaga ou permanece na administração”, justifica. Com 48 anos, é a primeira vez de Diehl em um cargo eletivo. Na carreira política, acumula 16 anos de assessoria parlamentar na assembleia e câmara dos deputados, além de comandar a
da Fazenda em Estrela entre 2022 e 2024 na gestão de Elmar Schneider. Em 2022, somou 9.636 votos na disputa a deputado federal.
Troca na presidência
A saída de Ernani para o alto escalão do governo, cria a necessidade de uma nova votação na presidência da câmara. Como os novos secretários assumem nesta terça-feira, 1, a eleição pode ocorrer no dia 07 de julho ou de forma extraordinária em reunião convocada pelo presidente em exercício, Magdiel Turatti (PSD). Ao mesmo tempo que se
despede do plenário, o atual presidente aguarda o desfecho de um processo em tramitação na justiça eleitoral sobre supostos abuso de poder econômico, compra de votos e gastos ilícitos de recursos eleitorais na campanha eleitoral de 2024.
Caso a cassação estipulada no tribunal local seja mantida, haverá o remanejamento dos votos para a legenda do MDB e a vaga em definitivo para o primeiro suplente.
O nome mais citado nos bastidores é o de Daniel da Silva (MDB), que pode ser confirmado logo após a formalização das mudanças e posse dos novos integrantes.
Composição da câmara
Daniel Da Silva (MDB)
Douglas Daroit (MDB)
Eder Folmann (PP)
Elio Kunzler (MDB)
Fabiano Hauschild (Podemos)
Felipe Diehl (PL)
Julio Schorr (União Brasil)
Luis Fernando Kalsing (PL)
Magdiel Turatti (PSD)
Mauri Moura (PSDB)
Tiane Cagliari (MDB)
Valderes Oliveira (PSD)
Volnei Zancnaro (PP)
secretaria
Felipe Diehl (PL)
Tiane Cagliari (MDB)
Henrique Pedersini henrique@grupoahora.net.br
Sicredi Integração supera meta e alcança resultado de R$ 72 milhões
Projeção inicial era de R$ 45 milhões até maio deste ano. Novos diretores reforçam compromisso com o crescimento sustentável da cooperativa
ACooperativa Sicredi Integração RS/MG superou em 60% a meta de resultados prevista para os primeiros cinco meses do ano e alcançou R$ 72 milhões no período. A expectativa inicial era atingir R$ 45 milhões até maio.
De acordo com o diretor de negócios, Diogo Baum, o desempenho positivo foi impulsionado principalmente pela taxa Selic, que influencia a concessão e a expansão da carteira de crédito, além de impactar os índices de inadimplência. Ele também atribui os bons resultados à solidez da instituição e ao patrimônio líquido robusto.
“A variação da Selic nos depósitos à vista e no próprio patrimônio se torna um fator positivo para os nossos resultados”, comenta Baum. Ele
destaca ainda que o atual cenário representa uma oportunidade para investidores que buscam alternativas em renda fixa, com possibilidade de retornos líquidos de até 12% ao ano em aplicações com prazo superior a dois anos.
O diretor de operações, Mauro Luis Stohr, ressalta que, embora os resultados superem os do ano passado, a cooperativa mantém uma gestão cautelosa. Segundo ele, a estratégia sempre foi atuar com os pés no chão, evitando
projeções exageradas e focando em períodos fechados. “Isso nos permite evitar grandes oscilações e garantir um crescimento contínuo e sustentável a longo prazo”, afirma.
Alta nos associados
Além do resultado financeiro, a cooperativa também registra crescimento constante no número de associados, com a média de 1,5 mil novos ingressos por mês. A satisfação dos cooperados com os serviços prestados chega a 80%.
“Poucas empresas chegam aos 120 anos com solidez, sustentabilidade e credibilidade.
Nossa maior visão para o futuro é manter esse modelo, com muita transparência”, reforça Baum.
Reconhecida como a melhor
Cooperativa mantém média de 1,5 mil novos associados por mês
empresa para trabalhar no Brasil na categoria “empresas gigantes”, a Sicredi Integração RS/MG conta com 480 colaboradores distribuídos entre o RS e Minas Gerais. Stohr destaca que a dedicação da equipe é um diferencial.
“Nosso time se importa verdadeiramente com os resultados. São equipes maduras, com forte senso de propósito, e que mantêm a cultura organizacional como referência em todas as frentes”, finaliza.
LAJEADO
Diretores, Baum e Stohr destacaram números alcançados
Paulo Cardoso* (*) Estagiário. Texto sob a supervisão de Mateus Souza
MONUMENTO
Associação registra marca e avança com plano para construção
Projeto foi enquadrado como rota turística e religiosa e deve ser erguido no topo de um morro no município
Diogo Daroit Fedrizzi diogo@grupoahora.net.br
AAssociação Amigos Reconstruindo Roca Sales registrou oficialmente a marca “Arca de Noé”, vinculando a iniciativa a uma rota turística e religiosa. A proposta é construir uma réplica da embarcação mencionada na Bíblia no topo de um morro da cidade.
Segundo o presidente da associação, Eduardo Salgado, a ideia da arca surgiu após diversas conversas com empresários locais sobre formas de impulsionar o turismo no município. “Todos gostaram da proposta. Fizemos
o cadastro da marca e já passou o prazo de contestação, então podemos considerar que o projeto é nosso”, celebra.
O projeto vem sendo pensado há algum tempo e, segundo Salgado, ganha ainda mais relevância com o crescimento do turismo regional e com as obras nas rodovias que devem impulsionar o fluxo de visitantes. “Estamos em contato com arquitetos para colocar a ideia no papel e avançar com o projeto em breve”, afirma.
Ainda não há orçamento definido, mas empresários já demonstraram disposição em apoiar a causa. “Sabemos que tudo é um
processo e que há outras prioridades, mas essa ideia surgiu entre os membros da associação e está ganhando força. Inclusive, conversamos com pessoas de Carlos Barbosa interessadas em apoiar e contribuir.”
Entre as possibilidades em discussão estão a criação de espaços como restaurante, museu, vinícola e cafeteria no entorno da arca. A construção deve seguir um modelo semelhante ao da réplica construída nos Estados Unidos e ao projeto existente em Minas Gerais, embora ainda estejam sendo definidas as dimensões e características finais.
Colaboração Paulo Cardoso
DIVULGAÇÃO
Palavra criada por Thomas Morus
País africano cuja capital é Acra
Objeto de estudo do fonoaudiólogo
Essencial ao organismo
Cruzadas
Região de isenção fiscal de Manaus
Acessório do SuperHomem (HQ)
Reinício (do período escolar)
Relação existente entre o trabalhador e a empresa
Mulher bela (p. ext.)
Interjeição usada ao atender o telefone Pertencente a outrem (fem.)
Peixe venenoso da culinária japonesa
Amargor (fig.)
Orelha, em inglês
Peça que tranca janelas A 1a letra
Tipo de cristal de origem francesa Que é difícil de ser realizado
Academia
Militar das Agulhas Negras
Oposição; reação (fig.)
Cerveja, em inglês
Formação comum na Patagônia De novo! Chavão
Diz-se do indivíduo de mente estreita
Corrente mística do Judaísmo Luz
Extinguir; suplantar Abelha, em inglês
Lya Luft, escritora gaúcha
Idosos da região participam de congresso internacional
(?) falho, estudo de Freud Gênero musical de Lil Wayne
Doce nordestino feito do melado
Estado das Dunas de Genipabu (sigla)
Carlos (?), cineasta brasileiro (?)vestibular, tipo de curso
Partícula apassivadora do sujeito (?) Jacobs, estilista dos EUA 3, em algarismos romanos (?) de honra: integra o cortejo nupcial
Interjeição típica do mineiro
Verbo (abrev.)
Expressar alegria por meio da face
4/beer — gana — huri — marc. 6/baiacu — cabala — utopia.
3/bee —
Curie (símbolo) “National”, em NBA
Solução
Mais de 50 idosos do Vale do Taquari mar
Idosos de Arroio do Meio, Pouso Novo, Capitão, Encantado, Relvado e Anta Gorda participaramDestacando-se pelo segundo-
cendo-os como a maior delegação do congresso. Silva, responsável pela coordenação da delegação, ministrou o curso de “Criação de Projetos Públicos” e conduziu um workshop de dança para públicospação de Maria Alice Corazza, de -
pação ativa dos idosos do Valeção e danças típicas da região foram apresentadas pelo grupo
jetos de Arroio do Meio, Pouso
fessores Cristiano Silva e Ange
la Bagatini atuam.
Horós C opo
Horóscopo
ÁRIES: As finanças também estão protegidas e o dinheiro vai chegar. Promoção ou aumento podem sair agora, resultado direto do seu esforço.
ÁRIES: Você poderá conquistar mais equilíbrio nas relações e clareza nas decisões familiares. O desafio será conter a impulsividade e observar antes de agir.
TOURO: Sua sensibilidade poderá ser um diferencial se aliada à clareza e a mais atitude.
TOURO: Se sonha com um emprego longe de casa ou uma mudança de cidade, essa é a hora de fazer os ajustes finais e colocar seus planos em prática.
GÊMEOS: Oportunidades financeiras e afetivas poderão surgir de onde você menos espera. Um projeto criativo ganhará força.
GÊMEOS: Assuntos religiosos também podem despertar seu interesse. Você vai dar um show de sensualidade e pode se envolver com o crush rapidinho.
CÂNCER: Carisma, alto astral, brilhantismo e vitalidade não faltarão nesta semana que já começará animada na vida social.
CÂNCER: A vida amorosa conta com uma dose extra de romantismo, por isso, não esconda seus sentimentos se o mozão estiver na mesma vibe.
LEÃO: Repense escolhas, determine objetivos pessoais e mude a maneira de se relacionar. Decisões financeiras pedirão calma.
LEÃO: Se anda pensando em fazer ajustes na rotina e quer adotar um estilo de vida mais saudável, bora lá transformar essas ideias em realidade.
VIRGEM: Você poderá se destacar em temas de interesse global. O desafio será confiar mais no fluir dos acontecimentos e menos no planejamento excessivo.
VIRGEM: Prepare o coração, porque pode pintar paixão à primeira vista se não tem compromisso. Há sinal de sintonia e altas doses de chamego ao lado do mozão.
LIBRA: Você poderá alcançar reconhecimento e valorização profissional, desde que assuma seu espaço com mais atitude.
LIBRA: Vai sobrar disciplina para focar em assuntos do dia a dia, traçar planos realistas e cuidar da saúde com produtos naturais e receitinhas caseiras.
ESCORPIÃO: Rompa fronteiras e reveja suas crenças. Uma viagem, curso ou mesmo uma conversa profunda pode transformar sua visão de mundo.
ESCORPIÃO: Você e o mozão poderão conversar sobre qualquer assunto e falar sobre o futuro que esperam para o romance.
SAGITÁRIO: Acerto financeiro ou solução de assuntos de família devolverá a segurança. Dê um passo maior na carreira!
SAGITÁRIO: O cartão de crédito pode ser um aliado, desde que usado sem exagero.
CAPRICÓRNIO: Conversas profundas trarão segurança. Parcerias amorosas ou profissionais poderão se firmar e surpreender. Amor e viagens em alta!
CAPRICÓRNIO: Esbanjando charme, vai ser mais fácil deixar a timidez de lado e tomar a iniciativa na conquista.
AQUÁRIO: Quem trabalha em casa, com a família ou com algo ligado ao lar tem boas chances de se destacar agora.
AQUÁRIO: O desafio será manter a constância nos cuidados corporais e de bem-estar. Entendimento e união no amor!
PEIXES: O desafio será manter os pés no chão sem perder a poesia e o encantamento pela vida. Comece uma fase mais gostosa no amor!
PEIXES: A paquera pode surpreender, ainda mais se os amigos estiverem envolvidos nos seus planos para se aproximar do crush.
ram de passeios pelos principais
çu, tornando a experiência não apenas educativa, mas também
Asfalto em Linha Estefânia tem previsão de entrega para setembro
Trecho de três quilômetros deve ser finalizado até setembro
para a população de Linha
sitam pela estrada, reduzindo os impactos causados pelas condições adversas do terreno. Além disso, a iniciativa promete impulsionar o desenvolvimento local, facilitandola e incentivando investimentos natembro a obra já esteja finalizada.
Antes das obras iniciarem o mento
Divulgação
SÃO BENTO
Comunidade se mobiliza contra transferência da gestão da água
Manifesto reuniu moradores, lideranças e representantes de associações em defesa da manutenção do modelo comunitário de abastecimento, vigente há quase 40 anos no bairro de Lajeado
Um novo olhar sobre os bairros
LAJEADO
ASociedade de Água São Bento-Centro promoveu na manhã de sábado, 28, um manifesto em defesa da permanência da gestão comunitária dos sistemas de abastecimento de água. A mobilização ocorreu no campo da entidade e reuniu associados, consumidores e moradores da região.
Durante o encontro, foi realizado um abaixo-assinado para demonstrar a insatisfação de parte da comunidade com a possibilidade de a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), atualmente privatizada e operada pela Aegea, assumir a administração dos poços
artesianos da localidade.
O presidente da Sociedade de Água São Bento-Centro, Nilson Purper, afirmou que a mobilização marca o início de uma articulação mais ampla entre diferentes associações de água do município. Segundo ele, entidades como a de São Bento têm experiência consolidada na gestão do abastecimento.
“Não vai ser a caneta da prefeita que vai decidir o que será feito com as águas de São Bento, Floresta, Conventos, Montanha e demais comunidades. A voz do povo tem que ser respeitada”, disse.
Quatro décadas
Atualmente, a entidade administra mais de oito poços artesianos e é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 1,2 mil famílias, nas regiões de São Bento e parte do bairro Floresta. Purper destacou que a associação oferece água de qualidade e atendimento ágil à comunidade, construídos desde a década de 1980, quando os próprios moradores se organizaram para garantir acesso à água potável.
Moradora antiga do bairro, Sônia Sebastiany recordou as
Durante o encontro, foi realizado um abaixoassinado para demonstrar a insatisfação de parte da comunidade
dificuldades enfrentadas no passado para ter água em casa.
“Meu pai, que era comerciante, se juntou com outros colonos para iniciar essa rede. Hoje temos uma estrutura ampla e uma água excelente. O atendimento é rápido e eficiente. Tenho receio que isso se perca”, comentou.
Também presente no ato, o
ENTENDA
- O marco regulatório do saneamento básico, que exige a universalização do abastecimento de água e 90% do esgoto tratado até 2033 colocou Lajeado diante de uma encruzilhada;
- O município terá de optar entre a assinatura de um aditivo contratual com a Corsan/Aegea ou a abertura de um processo licitatório;
- Ambas as possibilidades implicam na extinção das associações comunitárias de água, como a de São Bento.
presidente da Associação de Moradores do bairro São Bento, Magnus Lungs, afirmou que a comunidade está unida para impedir a mudança. “Quando ninguém quis trazer água para cá, os colonos fizeram por conta própria. Agora que a rede está estruturada, querem tirar daqui para lucrar. A comunidade não aceita e vai lutar até o fim”, garantiu.
Apesar do frio e do tempo instável, o manifesto contou com boa adesão popular. As assinaturas recolhidas serão encaminhadas a assessores jurídicos da entidade para embasar futuras ações legais. A comunidade defende que o modelo atual seja mantido e que, caso necessário, está disposta a realizar novos atos em defesa da gestão local da água.
Maira Schneider maira@grupoahora.net.br
Construtora e Incorporador
ESPORTE E INCLUSÃO
TROFÉU LAJEADO DE BOCHA PARALÍMPICA
EMOCIONA E CELEBRA
SUPERAÇÃO
Evento promovido pela Apae reuniu cadeirantes e idosos no Centro Esportivo Municipal, destacando o potencial e a força do esporte como ferramenta de inclusão
O Centro Esportivo Municipal de Lajeado, no bairro São Cristóvão, foi palco de um momento marcante na sexta-feira, 27, a disputa do 1º Troféu Lajeado de Bocha Paralímpica. Promovido pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Lajeado, com apoio da Prefeitura, o evento reuniu cerca de 70 pessoas entre atletas, familiares, professores e autoridades, em uma celebração da inclusão e do potencial transformador do esporte.
Participaram 25 atletas — 16 cadeirantes e nove da terceira idade — divididos nas categorias BC1, BC2, BC3, BC4 e Terceira Idade. Para a professora Magiela Dresch, organizadora do evento e coordenadora de Educação Física das Apaes do 8º Conselho, o troféu representa a realização de um sonho. “Já era para ter acontecido no ano passado, mas as cheias adiaram o plano. Nossos atletas são carentes desse tipo de competição. A bocha é um espaço de superação e emoção para todos nós”, destacou.
Além do incentivo aos atletas, a Prefeitura também colaborou com camisetas para os participantes e medalhas para os vencedores. O secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Carlos Reckziegel, esteve presente e reforçou o compromisso da administração com iniciativas de inclusão. “A Apae pode sempre contar conosco. Que este seja o primeiro de muitos”, afirmou.
Quem também vibrou com o evento foi Catarina Silva, mãe do competidor Wesley Santos, de 12 anos. Moradora de Marques de Souza, ela acompanha o filho em todos os campeonatos. “É muito gratificante vê-lo se desenvolvendo e superando desafios. Hoje ele ainda teve a torcida dos colegas da Apae”, contou, emocionada.
A diretora da Apae, Ana Paula Rech, espera que o troféu entre no calendário esportivo da cidade. “Esses atletas treinam toda semana. Queremos repetir esse evento todos os anos, sempre no início do semestre, para dar visibilidade ao talento e à dedicação deles”.
O evento contou com a participação de 25 atletas, sendo 16 cadeirantes e nove da terceira idade, além de seus acompanhantes
ÁGUIAS DA BOLA
HÁ TRÊS ANOS, PROJETO TRANSFORMA A REALIDADE DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
A maior parte dos participantes é do bairro Santo André, mas projeto já atende jovens de 18 bairros da cidade
Maira Schneider mairaschneider@grupoahora.net.br
Oprojeto Águias da Bola nasceu a partir de um trabalho voluntário, desenvolvido por uma apaixonada pelo esporte, em uma ONG do bairro Santo André, em Lajeado, e tem como missão transformar vidas por meio do esporte.
Fundado pela ex-jogadora Vanuza de Rosso, com passagens vitoriosas pelo futsal estadual e nacional — bicampeã estadual, vice-campeã sul-brasileira, campeã do Praiano e terceira colocada no Brasileiro — o projeto busca, sobretudo, dar espaço às meninas que desejam seguir carreira no futebol.
Na noite de sábado, 28, atletas, pais e a comunidade se reuniram no ginásio do Santo André para comemorar os três anos da Águias da Bola. “Como mulher, sei o quanto é difícil conquistar visibilidade nesse meio. Quero oportunizar essas vivências para outras meninas, mostrar que é possível”, afirma a idealizadora.
Além do incentivo ao esporte, o projeto trabalha um tripé essencial para o desenvolvimento das crianças e adolescentes: família, escola e comunidade.
Hoje, cerca de 60 crianças e
adolescentes participam das atividades, mas o número poderia ser maior. “Eu só não aceito mais porque não temos recursos. Se tivesse, pagaria uma equipe, porque trabalho voluntário exige tempo e dedicação”, comenta. Apesar das limitações, o Águias conta com a ajuda de voluntários, pais de alunos.
Mesmo diante das dificuldades, a fundadora mantém firme o propósito de não transformar o projeto em um espaço comercial.
“Já me ofereceram um professor pago, mas não é isso que o Águias quer. O que precisamos é de apoio financeiro para transporte, inscrições e infraestrutura”, destaca.
Desafios e próximos passos
Com presença nas categorias de base, o Águias já recebeu convites para competições de alto nível, como o Campeonato Piá e torneios estaduais. No entanto, a limitação orçamentária impede a participação frequente. “A gente recebe convites, mas não consegue pagar ônibus ou inscrições”, lamenta. No horizonte, o grande objetivo é participar da Taça Nacional. Além disso, o time já participa da Copa Mais Por Elas, em Porto Alegre, voltada exclusivamente ao futebol feminino. Para arrecadar fundos, o projeto realiza rifas, vende cachorro-quente e organiza ações solidárias. “O ano passado inteiro vendemos cachorro-quente para
Hoje, cerca de 60 crianças e adolescentes participam das atividades
cobrir inscrições. É uma luta diária.”
A maior parte dos participantes é oriunda do bairro Santo André, mas o projeto já atende jovens de 15 a 18 bairros da cidade. Para a capitã do time, Nathalia Delazeri Hemming, os três anos do Águias da Bola representa irmandade. “A De Rosso fez e continua fazendo um trabalho incrível, todo o esforço dela sem tirar nada do nosso bolso. É um trabalho lindo e, tenho certeza, que colheremos grande frutos”.
Lara Luísa Battisti, integra o time há três anos e, segundo ela, participar da equipe é adquirir novos conhecimentos e habilidades com a bola. O Águias para Thayssa Couto Camargo é uma família. “´É incrível, pois além de criar novas memórias, proporciona novas amizades.”
Treinos e estrutura
As atividades ocorrem em diferentes dias e locais: Segundas-feiras: às 19h15, com as meninas, em um espaço alugado no Moinhos d’Água — os pais arcam com os custos. Quartas-feiras: treinos gratuitos com os meninos no bairro Santo André, das 18h às 20h. Sextas-feiras: treinos preparatórios para a Taça Nacional no Claudião, das 19h às 21h. Sábados: treinos gratuitos no Santo André, das 9h às 12h.
DIVULGAÇÃO
DIVULGAÇÃO
DIVISÃO DE ACESSO
LAJEADENSE ENCARA BAGÉ EM DUELO DECISIVO
Ingressos para jogo de domingo estão à venda. Uma vitória deixa o clube muito perto da vaga para as quartas de final
Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
OLajeadense tem compromisso crucial na Divisão de Acesso do Campeonato Gaúcho. A equipe entra em campo no domingo, 6, às 15h, na Arena Alviazul, para enfrentar o Grêmio Esportivo Bagé em partida válida pela nona rodada da competição. A direção iniciou nessa segunda-feira a venda dos ingressos para o confronto. Com 14 pontos, o Lajeadense ocupa a quinta colocação na tabela, empatado com o próprio Bagé e a apenas um ponto do G-4. A vitória pode colocar o time de volta entre os quatro primeiros colocados. Especialmente após os resultados da última rodada, que foram favoráveis ao Alviazul. O Aimoré venceu o Bagé fora de casa por 1 a 0; o Inter-SM superou o Gaúcho por 2 a 1 em Santa Maria; e o Novo Hamburgo empatou sem gols com o Santa Cruz. A rodada segue nesta terçafeira, com mais três partidas que podem influenciar diretamente na classificação: Gramadense x União Frederiquense, Glória x
Real e Veranópolis x Brasil de Farroupilha.
A classificação tem Aimoré (22 pontos), Inter-SM (16), Gramadense (15), Bagé (14), Lajeadense (14), Novo Hamburgo (13), Veranópolis (12), Passo Fundo (12), Brasil Farroupilha (9), Santa Cruz (9), Esportivo (7), União Frederiquense (7), Gaúcho (5), Glória (5) e Real (sem pontuar);
INGRESSOS
Os ingressos para o confronto entre Lajeadense e Bagé, que ocorre domingo estão à venda. As entradas podem ser adquiridas de forma antecipada tanto online quanto presencialmente. Pela internet, a compra pode ser feita por meio da plataforma Eleven Tickets,
Com 14 pontos, o Lajeadense ocupa a quinta colocação na tabela, empatado com o próprio Bagé e a apenas um ponto do G-4
A vitória reforça a fase positiva da atleta, que lidera o ranking brasileiro e ocupa a vice-liderança no ranking sul-americano da modalidade
ATLETISMO
JAQUE WEBER BRILHA E CONQUISTA OURO NA FRANÇA
Atleta venceu os 800 metros no Meeting Carquefou e segue temporada de competições na Europa
compromissos em solo europeu. Jaque permanece no continente por mais 17 dias e volta às pistas no dia 9 de julho, quando disputa o Meeting de Barcelona.
INGRESSOS
INGRESSOS
Geral: R$ 20
Arquibancada Social: R$ 35
Cadeiras: R$ 55
Visitantes: R$ 35
Meia-entrada: R$ 17,50
no link eleventickets.com/lajeadense/lajeadense-x-gremio-bage. Já os pontos físicos de venda funcionam nas lojas DMF do Centro e do Shopping, com comercialização válida até o fim do expediente de sábado, dia 5. No dia da partida, os ingressos também estarão disponíveis na bilheteria da Arena.
A atleta Jaqueline Weber, do Praia Clube/Miller/Girando Sol/ FAB/Fila, conquistou mais uma importante vitória internacional ao vencer a prova dos 800 metros no Meeting Carquefou, realizado no último sábado, em Nantes, na França. Com o tempo de 2min05seg, Jaque superou concorrentes de diversos países europeus e africanos em uma competição que integra o calendário do World Athletics Continental Tour.
“É sempre muito bom vencer, ainda mais quando estamos longe de casa e levamos conosco a bandeira de nosso país”, destacou a corredora após a prova.
A vitória reforça a fase positiva da atleta, que lidera o ranking brasileiro e ocupa a vice-liderança no ranking sul-americano da modalidade. A conquista na França é parte de uma série de
Na sequência, ela retorna ao Brasil para o Troféu Brasil de Atletismo, previsto para o fim de julho, em São Paulo. A competição é uma das mais importantes do calendário nacional e servirá de termômetro para os próximos desafios.
“Estou feliz por liderar o ranking nacional e ser vice-líder do ranking Sul-Americano. Isso mostra consistência no nosso trabalho, mesmo com as mudanças técnicas que estamos realizando, e traz boas perspectivas para performances a médio prazo, mirando LA28”, completa Jaqueline, em referência aos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028.
DIVULGAÇÃO/LAJEADENSE
GABRIEL BOLGIANI/DIVULGAÇÃO
Nova presidência na CDL
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Arroio do Meio empossava seu presidente, João Carlos Fuhr, em assembleia geral. Fuhr assumia a diretoria do biênio de 2005/2007. Ele já estava à frente da entidade há 12 anos e foi reeleito para mais um mandato. A CDL do município foi fundada em 1971 por Oscar Barden e, há 20 anos, em 2005, tinha 84 associados. A diretoria eleita na ocasião tinha como vice-presidentes Leonísia Kunzler e Eduardo Kaufmann, como secretários estavam Tairone Gerhardt e Antenor Träsel.
Em Encantado, a CDL empossava Airto Giordani. Na noite, uma homenagem foi feita a Euclides Cover, ex-presidente da entidade, que tinha falecido poucos meses antes. Na época, Giordani era o vice de Cover e teve que assumir a CDL após seu afastamento por problemas de saúde. A diretoria tinha como vice-presidentes: Volmar Beneduzzi, Rogério Conzatti, Antônio de Paula, Pedro Piccinini, Júlio Ripoll, Adalgir Zanatta, Raul Castoldi, Rui Rahmeier e Adolfo Schneider. Nessa época, em Lajeado, o presidente da CDL da cidade era o empresário Claudir Dullius.
Enquanto isso…
Diretoria eleita em Arroio do Meio
Filha de Euclides Cover recebeu homenagem em nome do pai, ao lado de Airto Giordani
Brasil vencia a Copa das Confederações – A Seleção Brasileira vencia o time da Argentina por 4 a 1, na final do campeonato, em Frankfurt, na Alemanha. Entre os jogadores, Kaká e Adriano marcaram gol no primeiro tempo, enquanto Ronaldinho e Adriano marcaram no segundo. A primeira edição da Copa das Confederações ocorreu em 1992, na Arábia Saudita, e, na época, envolvia os campeões de cada continente. A competição funcionava também para avaliar as condições do país em sediar a Copa do Mundo nos anos seguintes. Hoje, a competição não existe mais. O Brasil é o maior vencedor da Copa, já que venceu quatro das dez edições.
Ponte do Engenho era inaugurada
A administração municipal de Lajeado anunciava a conclusão das obras da ponte sobre o Canal do Engenho. Naquele tempo, a rua Décio Martins Costa, o famoso “Valão”, não existia, isso porque o Arroio do Engenho não estava coberto. Na época, o arroio dividia o Centro do bairro Hidráulica.
A ponte foi construída na altura da rua Alberto Torres e faltavam somente os aterros para acessar a travessia. A exemplo do que aconteceu nesta segundafeira, onde o Valão ficou alagado, há 50 anos, muitas foram as subidas das águas do Arroio do Engenho, que represava no Rio Taquari.
Ainda faltavam os aterros da ponte. Ao fundo da imagem está a torre da Igreja Evangélica, na rua Alberto Torres
por Raica Franz Weiss
Hoje é
- Dia Mundial da Arquitetura
- Dia da Vacina BCG
Santo do dia: Santo Aarão
LUCIANE FERREIRA
Jornalista
Vale do Taquari e Europa
Enquanto o Vale do Taquari permanece em alerta para risco de alagamentos e enchentes, na Europa, o calor extremo – mais de 40º - castiga a população, especialmente nas cidades do sul do continente. Embora um oceano nos separe, há causas em comum para os fenômenos meteorológicos. O planeta terra vive as consequências do aquecimento global e das mudanças climáticas.
Recordes
A Espanha bateu um recorde de temperatura. Os termômetros marcaram 46ºC em Granado, Andaluzia, superando a máxima de 45,2ºC registrada em Sevilha em junho de 1965, de acordo com a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet) do país.
Alternativas
Bolonha, na Itália, criou sete “refúgios climáticos” com arcondicionado e água potável, e Ancona distribui desumidificadores para os mais vulneráveis. Em Roma, as piscinas municipais tiveram acesso gratuito para pessoas com mais de 70 anos.
Remoção
Aqui, como na Europa, busca-se uma adaptação às novas condições, que tendem a piorar. A agilidade na remoção das famílias na enchente deste fim de semana resultou em menos prejuízos e melhor acolhimento às pessoas. Já se vislumbra o ideal, que seria não ter edificações em áreas com cota até 23m. Isso evitaria retirar as pessoas de casa.
Prognóstico
Segundo especialistas, eventos climáticos como ondas de calor, inundações, furacões e incêndios florestais têm ocorrido com maior frequência em diversas regiões do
mundo, levantando o debate acerca do impacto das mudanças climáticas. De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima da ONU, além da frequência, a intensidade e duração das ondas de calor continuarão a aumentar com o aquecimento global.
Responsabilidade
Todos os cidadãos têm uma parcela de responsabilidade quando se trata de aquecimento global. Separar resíduos sólidos, reduzir ou otimizar o uso de veículos movidos a combustíveis fósseis são apenas dois exemplos de tantos atitudes que podemos incorporar ao nosso dia a dia.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
A transição energética, importante para frear o aquecimento global, está aquém das metas climáticas, conforme estudo do Fórum Econômico Mundial. “Ainda que 65% dos países tenham avançado em sua jornada de transição energética (ETI) em 2025, apenas 28% fizeram isso de forma equilibrada, olhando para os pilares de segurança, equidade e sustentabilidade.”
Brasil entre os 15
O Brasil aparece como líder regional e um dos países mais bem posicionados no ranking. Ocupa a 15ª posição entre 118 nações participantes do Fórum, à frente de potências como Reino Unido (16º) e Estados Unidos (17º). O relatório, que avalia o desempenho e a prontidão dos países na construção de sistemas energéticos mais seguros e sustentáveis,
atribuiu ao Brasil 65,7 pontos, resultado superior à média global de 56,9. O país também é o mais bem classificado da América Latina, reforçando sua posição como referência regional em energia limpa.
Demanda energética
Outro ponto destacado no Fórum e importante observar é o crescimento da demanda energética. Em 2024, subiu 2,2% em nível global. “As emissões de dióxido de carbono relacionadas à energia atingiram um recorde histórico de 37,8 bilhões de toneladas, alta de 0,8% frente a 2023. O aumento foi puxado, em parte, pela eletrificação da economia, incluindo a expansão acelerada de data centers e processamento de IA, que sozinhos devem responder por 10% do crescimento da demanda de eletricidade até 2030.
ARTIGO
IZABEL MATTE
Secretária de Obras
Públicas do Estado
Obras públicas com agilidade e eficácia
Na Secretaria de Obras Públicas (SOP), 2025 está sendo o ano da virada. Mais do que uma frase de efeito, trata-se de um posicionamento claro sobre a visão de futuro do que se quer para a rede de ensino do Estado. Essa meta é possível e sustentada pelas inovações nos processos e pelos números consolidados até o momento.
Neste ano, os investimentos em escolas somam, até agora, quase R$ 280 milhões (R$ 30,3 milhões para 76 obras concluídas e R$ 249,6 milhões em trabalhos em execução, por iniciar e em fase de contratação), maior volume no período em uma década. Nesta gestão, iniciada em 2023, chegamos a 414 demandas finalizadas (R$ 124 milhões).
Conforme o Núcleo de Informações Hidrometeorológicas (NIH) da Univates, o inverno de 2025 deve ocorrer sob um cenário de neutralidade climática, ou seja, sem influência dos fenômenos El Niño ou La Niña. A previsão indica que as temperaturas
devem ficar ligeiramente acima da média histórica para a região sul do Brasil. Isso não significa ausência de frio — ondas de frio mais intensas, com potencial para formação de geadas fortes ainda são esperadas. O NIH alerta que, apesar de um inverno potencialmente menos rigoroso, eventos isolados de frio intenso continuarão ocorrendo.
Chuvas
Conforme o NIH, a estação deve apresentar precipitação total acima da média, com maior regularidade a partir do final do inverno. Em julho, os níveis devem se manter próximos da normalidade, enquanto agosto e setembro tendem a registrar chuvas ligeiramente acima da média.
Temos mais a comemorar. A média anual de valores investidos em obras concluídas passou de R$ 18 milhões, de 2018 a 2022 (R$ 1,5 milhão mensais), para R$ 47 milhões, entre 2023 e 2024 (R$ 3,9 milhões mensais). Nesses cinco primeiros meses, com uma média mensal de R$ 6 milhões, conquistamos uma marca quatro vezes maior do que a do primeiro período aqui analisado. A SOP alcançou um estágio em que combina a experiência de sua trajetória de 135 anos com a eficiência e a agilidade garantidas pelo aprimoramento da gestão e pela disponibilidade de recursos para investir, feito que resulta das reformas e ajustes fiscais liderados pelo governador Eduardo Leite. Fruto desse cenário, em março do ano passado, iniciamos a implantação da Contratação Simplificada (CS), revolucionando a manutenção das 2,3 mil escolas estaduais. Alcançamos um grau de agilidade notável: o tempo entre a solicitação da demanda e o início dos trabalhos caiu de mil dias em 2019 – ou seja, quase três anos – para 90. De tão bem-sucedida, expandimos a CS. Acabamos de homologar os contratos com as empresas que farão a manutenção dos demais imóveis do Estado localizados em Porto Alegre pelo mesmo sistema que acelerou a recuperação de escolas. Logo chegará a vez dos prédios do Interior, totalizando mais de 1,2 mil. Com manutenções ágeis e frequentes, ganhamos qualidade, reduzindo a necessidade de demandas complexas. Estamos aprimorando processos e incorporando conceitos modernos, entre eles sustentabilidade e resiliência, presentes no projeto Escola+, que estabelece espaços mais adaptáveis e humanos para a educação. Queremos espaços acolhedores, bonitos, entregues com agilidade e que cumpram com o objetivo de termos ambientes onde os alunos possam ter um desenvolvimento completo para enfrentar os desafios de agora e do amanhã.
A SOP alcançou um estágio em que combina a experiência de sua trajetória de 135 anos com a e ciência e a agilidade.”
MAIRA SCHNEIDER
Terça-feira, 1º julho 2025
Fechamento da edição: 18h
0º | MÁX: 11º
A massa de ar polar define as condições do tempo no Vale. O dia começa com temperaturas muito baixas e com geada ampla e generalizada na Região.
