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#212 a revista do mundo gráfico Abril/Maio 2020 intergraficas.com.pt

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EDITORIAL INTERGRÁFICAS #212

O NOVO NORMAL OU O DAR UM PONTAPÉ NISTO TUDO?

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S PREVISÕES dos astrólogos, cartomantes e videntes, dos mais famosos aos mais anónimos não conseguiram prever crise alguma para 2020. O pior é que além de não preverem desgraças, ainda anunciavam este ano como fantástico a todos os níveis. Para quase todos os signos do zodíaco, 2020 só traria projectos de sucesso. A acreditar em tudo o que disseram eu, do signo Touro teria os 12 melhores meses da minha vida, com 5 estrelas no amor, nas finanças na saúde... Mas se estes profissionais do mundo esotérico falharam, os da área económica não podem ficar a rir-se porque não acertaram em previsões nem macro nem mínimas. Na verdade esta pandemia era possível apenas na ficção, digna de filmes de Hollywood. Se o meu último editorial falava sobre o cansaço, este é sobre a liberdade. À frente do écran em branco já só me lembro de como a vida é volátil e de como tudo, mas mesmo tudo, muda de repente e sem aviso. Sempre foi assim mas nem sempre o vimos desta forma. Um dia temos vida e somos livres. No outro não. Um dia podemos escolher, no outro estamos condicionados a meia dúzia de decisões. Parados, perdemos quase tudo e ganhamos tempo que antes não tínhamos. O pior é que o tempo pode ser perverso porque se muitas vezes ansiamos por ele, quando o temos disponível este parece ser um “bicho da madeira” que roí sem parar um roupeiro velho a meio da noite... E agora? Cada empresa na área gráfica tem um rosto e foi em cada um deles que pensei quando o anúncio sobre o Estado de Emergência surgiu. E agora?

As empresas gráficas nunca pararam, não podem parar mas sempre que há uma crise são as primeiras a sentir o impacto. As más notícias surgem logo da área do marketing e publicidade que é também a primeira a receber ordens de corte. Infelizmente algumas empresas continuam a achar que a comunicação é menos relevantes e por isso a tesourada é a direito e pelo meio da gordura vai o músculo. A impressão que parece ser dispensável sofre o impacto total. É certo que sempre que a economia começa a descongelar a necessidade de imprimir ressurge em força e é também a primeira a estar presente nos planos estratégicos. Mas e agora? Agora, com uma sociedade a meio gás, desconfiada, uma economia atropelada, empresas a retomar, é preciso preparar a viagem para não errar no caminho. Para esta revista recebi os testemunhos de quem vive da e para a impressão e eles são o relato mais puro do que viram e sentiram durante este tempo. Estas são as palavras de quem acredita que é possível fazer diferente, melhor e sair mais forte. É que se há áreas de actividade que se vergam às dificuldades, esta não é uma delas. A indústria gráfica já passou por todas as crises, ameaças e dificuldades. Bem sei que esta não é igual a nenhuma outra mas nós não viramos as costas aos grandes desafios, aos desafios de uma vida e é por isso que todos juntos provaremos que em vez de dar um “pontapé nisto tudo”, vamos adaptar-nos ao “novo normal” e criar um novo e extraordinário momento que nos orgulhe e motive porque, como diz um provérbio africano, “ se queres ir rápido vai sozinho, se queres chegar longe vai acompanhado”!

Ficha técnica DIRECTORA ANA PAULA CECÍLIA REDACÇÃO ANA PAULA CECÍLIA anapcecilia@intergraficas.com.pt DESIGN E PAGINAÇÃO DESIGNGLOW geral@designglow.com FOTOGRAFIA ISTOCKPHOTO, ANTÓNIO CAMILO E SARA BUTLER COLABORADORES AUGUSTO MONTEIRO, JOÃO FELGUEIRAS, DANIEL FURET MARKETING E PUBLICIDADE PEDRO SILVA WEBMASTER SARA BUTLER PROPRIEDADE ANA PAULA CORDEIRO CECÍLIA E CARLA CECÍLIA Rua José Isidro dos Santos, nº 3, 5º esq.; 2625-089 Póvoa de Santa Iria TEL. 21 804 15 28 TLM. 91 991 35 27 E-MAIL anapcecilia@intergraficas.com.pt SITE www.intergraficas.com.pt Nº DE CONTRIBUINTE 503 898 007 Nº DE REGISTO NO I.C.S. 114 507/97 DEPÓSITO LEGAL 220 938 TIRAGEM 3 000 exemplares PERIODICIDADE Mensal IMPRESSÃO TIPOGRAFIA PRISCOS, LDA Rua de São Tomé, nº 6 Priscos 4705-578 Braga TEL. +351 253 672 473 • www.tipografiapriscos.com Os artigos de opinião integrados nesta revista são da responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião do editor.

Ana Paula Cecília Directora da Revista Intergráficas anapcecilia@intergraficas.com.pt


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OPINIÃO AUGUSTO MONTEIRO

Augusto Monteiro Presidente do Conselho de Administração da Grafopel augusto.monteiro@grafopel.pt

Em tempo de coronavírus

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OJE, ESCREVO COM AS IDEIAS EM BAIXO, sub-

metido a uma quarentena forçada, sem fim à vista. Um calvário que tenho de enfrentar pela sobrevivência, porque o motivo é mesmo sério. À parte ter de gramar a má disposição da minha mulher, que dispensou a empregada - sem perda de vencimento, diga-se - e tem agora de ser ela a cumprir as tarefas diárias da casa, tais como fazer a cama, limpar, cozinhar, lavar, passar a ferro, etc. apenas com a minha ajuda de serviços mínimos, sinto que me falta algo para afastar o tédio de uma vida de clausura, embora confortável e segura, como por exemplo: filhos ou netos pequenos com quem brincar ou arreliar, sogra chata para aturar, pais ou avós para cuidar, ou cão para levar à rua, etc. Na falta de tudo isso, para matar o tempo, cada manhã salto fora

O adiamento da Drupa para Abril 2021, já em cima da hora, estava fora de todos os planos, e foi um pesado revés para as expectativas de centenas de empresas, que ao longo de quatro anos investiram avultadas somas de dinheiro

da caixa e pela calada, esgueiro-me até um bosque próximo, faço uma hora de marcha e mais trinta minutos de ginástica. Regresso à caixa e faço pesos e flexões. À tarde, monto a bicicleta frente à muleta da televisão e depois faço pesos. O resto do tempo escrevo e leio. Poderia continuar, mas não tem interesse referir as vezes sem conta que telefono para a Grafopel, a saber do bem-estar dos nossos colaboradores e da marcha dos negócios, agora cada vez mais invisíveis, como o vírus. E também a alguns amigos clientes, e outros. Desfruto ainda com minha mulher um pouco de televisão, ou a recordar os nossos românticos tempos de juventude, e as vezes que tivemos de refrear apetites para não ir contra as amarras sociais da época. Amarras que com a marcha do tempo se foram soltando e todos os preconceitos subvertidos a uma desenfreada liberalização sexual. Os valores passaram a ser antiquados. Com uma completa ausência deles, as novas gerações, na generalidade, divertem-se a fa-


OPINIÃO AUGUSTO MONTEIRO

zer sexo, nem sempre por amor, mas no propósito de ir coleccionando troféus. E acabamos a opinar sobre o que está certo. Se os preconceitos da nossa época ou os progressismos desta. Quando a oportunidade de nos afirmamos como país estava quase ao nosso alcance, acontece esta desgraça, com efeitos arrasadores na soma de centenas de óbitos, na vida das pessoas e na economia das empresas. O que podemos esperar desta tragédia, que parece encaminhar o mundo na direcção do abismo? À medida que as semanas passam, o problema em vez de regredir parece que piora, sem que nada possa ser feito para o impedir. Que haja alguém que tenha a capacidade de riscar um fósforo milagroso, que ilumine de esperança o vazio negro do futuro incerto que nos espera. Não vale a pena suavizar ou relativizar o crime grave cometido pela China, que, ao que consta escondeu enquanto foi possível esconder, a morte de milhares de vítimas do novo vírus, provocando o pânico que motivou a denuncia ao mundo desta epidemia, com os seus delatores a serem presos sob a acusação de atentado contra a segurança do Estado. Contagiados também pelo vírus acabariam por morrer. O mundo, no entanto, suspeitando desta coincidência, interroga-se da veracidade da causa das suas mortes. Neste interim, quantos milhares de chineses contagiados terão deixado o país, refugiando-se pelas colónias chinesas espalhadas pelo mundo, onde

vivem muitos dos seus familiares? De que outra forma seria possível o novo vírus chegar tão rapidamente a todo o globo, que agora enfrenta esta praga, sem forma de minimizar a proliferação dos seus efeitos? Como um tsunami que destrói vidas e bens, poucos cacos deixando para reconstruir o futuro e repor a normalida-de, será longo e difícil o caminho a percorrer até que a vida ganhe de novo ritmo. O adiamento da Drupa para Abril 2021, já em cima da hora, estava fora de todos os planos, e foi um pesado revés para as expectativas de centenas de empresas, que ao longo de quatro anos investiram avultadas somas de dinheiro em investigação, projectos e construção de novos equipamentos e tecnologias, e agora se veem confrontadas com este contratempo e com os prejuízos dele decorrentes.

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Vivemos num mundo imprevisível, que muda a todo o momento, muitas vezes deitando por terra todo o esforço de uma vida ou desfazendo projectos importantes quase ao alcance da mão. De repente, zás! A vida vira-se do avesso e todos os nossos sonhos, todas as nossas esperanças vão por água abaixo; num instante tudo muda e piora. Inopinadamente, vemos ruir os pilares que sustentavam as nossas vidas e ficamos vítimas indefesas, à espera de um Messias salvador. Seria fantástico se o mundo fosse ajustado à nossa vontade e conveniência. Um oásis idílico, cheiinho de saborosos frutos e iguarias, e de apetitosas Evas sensuais a seduzirem-nos para uma dentadinha na maça. Mas não é. Bem pelo contrário, é um mundo de luta e sofrimento, muito complexo e imprevisível, que não podemos controlar.

De repente, zás! A vida vira-se do avesso e todos os nossos sonhos, todas as nossas esperanças vão por água abaixo; num instante tudo muda e piora


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Todos estamos sujeitos aos seus perigos imanentes, sobretudo se não formos capazes de ajustar com antecipação as defesas que possam minimizar os danos que em alguns momentos nos possa causar. Quando negligenciamos e não acautelamos a nossa segurança e, subitamente, diante de situações imprevistas, ficamos impotentes, sem defesas, a tendência é encontrar sempre um bode expiatório, como escudo protector, para ocultar ou minimizar as nossas culpas. Se bem que na minha provecta idade o futuro seja já uma quimera, e não me preocupe, tenho a certeza que ele continuará a fazer história na vida das gerações que me sucederão, assegurando felicidade e bem-estar aos que souberem agarrá-lo. A humanidade sempre tem convivido com todo o tipo de desgraças, coisas como guerras, fome, pragas, etc. No entanto, o mundo nunca parou de avançar e progredir, com essa capacidade humana de superar e controlar o seu destino, mudando políticas, conceitos e prespectivas de vida. Tento convencer-me a mim próprio, que dentro de 10 anos, se lá chegar, vou olhar para trás e dizer: “Meu Deus, quem diria! Como o mundo avançou e progrediu!” Tenhamos fé. Ouvi, como provavelmente todos os portugueses, António Costa zurzir verbalmente o Ministro das Finanças holandês, por este, sem pudor, face à crise provocada pelo novo vírus, que está a arrasar as economias de todos os estados-membros da União Europeia e de todos os outros continentes por onde grassa, assumindo uma atitude de superioridade moral, de visão egoísta, ter deixado claro que o seu país não estaria receptivo a concordar com a emissão dos coronabonds sugerida por Espanha, Itália e Portugal. Títulos que poderiam ser negociados nos mercados financeiros, evitando que os Estados-Membro tivessem de dispor de fundos das suas economias para ajudar os países mais carecidos, na luta contra o inimigo comum, que ataca todos sem distinção. Esta é a segunda vez que um ministro holandês nos dá um murro na cara. O anterior criticara-nos por vivermos de

OPINIÃO AUGUSTO MONTEIRO

A história do nosso passado dos últimos cerca de 50 anos, definem a nossa identidade e o juízo que os outros fazem de nós

forma burguesa, esbanjando em copos e mulheres. Dadas as circunstâncias, este não seria o momento próprio para este país, pela voz do seu ministro, demonstrar uma vez mais, com uma espécie de regozijo, a sua obsessão impulsora anti-países do Sul. Não me surpreende que outros países do norte e centro da Europa, elitistas arrogantes e preconceituosos, não gostem dos do sul. Agem por inveja do sítio onde vivemos, do sol e das praias que temos, da nossa comida saborosa e, sobretudo, do nosso glorioso passado, que marcou parte da história da humanidade. Num momento em que é preciso que todos nos unamos contra uma inimigo comum, que é mortífero e não escolhe vítimas nem países e mata a eito, o egoísmo típico desses países marcado por um profundo sentimento de desprezo pelos outros, justifica as duras palavras de censura do nosso Primeiro-Ministro, que apesar de terem caído em saco roto, foram apropriadas e fizeram eco, mesmo naqueles que teimam impor a sua vontade aos demais. Dito isto, agora, só para nós, off record: a história do nosso passado dos últimos cerca de 50 anos, definem a

nossa identidade e o juízo que os outros fazem de nós. O conceito é que não passamos de gente pateta, que não sabe governar-se, e está constantemente a pedir ajuda. As possibilidades que tivemos à mão, após termos herdado de uma revolução um país sem dividas, com os cofres a abarrotar de divisas, dinheiro vivo e reservas de ouro, per capita das maiores do mundo e, posteriormente, recebido generosos milhões de euros da União Europeia para modernizar o país e torná-lo competitivo - levianamente esbanjados sem grande proveito -, não evitara coleccionarmos o record de três ajudas financeiras, para impedir outras tantas bancarrotas, nem o aumento da dívida pública para os actuais 125% do PIB. Claro que tudo isto, mais as más práticas despesistas e perdulárias de sucessivos governos, deixara pegadas de carbono no conceito que muitos dos nossos parceiros passaram a fazer de nós. Este nosso sentimento de falta de pudor, que não admite arrependimento ou culpa é, talvez, um problema da nossa cultura. Somos artistas a inventar inimigos sempre que enfrentamos uma adversidade, porque é a forma de nos protegermos e defendermos de algumas verdades desconfortáveis. Há países que embora no passado tenham sido pobres, hoje são ricos. E há os que foram, ou podiam ter sido ricos, mas que são pobres devido a políticas erradas dos seus governantes, a quem cabe a responsabilidade moral desse fardo de pobreza que carregam os seus concidadãos. Lembram-se da fábula da cigarra e da formiga, aprendida nos bancos da escola? Enquanto a formiga se afadigava a trabalhar desde a Primavera ao Outono, aproveitando o bom tempo para rechear a despensa de comida e o alpendre de lenha, para passar quentinha e com mesa farta o Inverno agreste que se aproximava, a cigarra, por seu lado, esbanjava o tempo preguiçando ao sol e a gozar com a formiga, que se matava a trabalhar. Depois, no Inverno, a tiritar de frio e com fome, criticava o egoísmo da formiga por não ser solidária, achando que ela tinha obrigação de a ajudar. Para bom entendedor...


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OPINIÃO JOÃO FELGUEIRAS

João Felgueiras General Manager Africa The Navigator Company joao.felgueiras@thenavigatorcompany.com

E depois do COVID?

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A ÚLTIMA VEZ que escrevi nestas páginas, teci algumas considerações sobre a forma como estava a ser feita a exploração jornalística do COVID. Devo reconhecer que este Vírus acabou por adquirir uma importância superior ao que nessa altura eu pensava. Ainda assim, não altera no essencial o sentido daquilo que referi. De facto há uma gestão dos temas tratados na imprensa que visa a conquista de audiências, sacrificando frequentemente a objectividade desejável. Deixemos agora essa questão, para entrar no tema de hoje. O novo Corona Vírus chegou, instalou-se e alterou as nossas vidas de forma radical. Curioso observar, ainda que eu não o saiba explicar, mas a violência da propagação e a gravidade das consequências, expressa pela taxa de mortalidade, varia bastante de país para país. Dizem os especialistas que esta ameaça só será definitivamente eliminada quando estiver disponível uma vacina. Até lá poderemos ter que viver com sucessivas vagas. Aguardemos então a desejada vacina e se possível um tratamento curativo rápido e eficaz.

Após algumas semanas de confinamento, estou cada vez mais convencido que estamos todos a descobrir novas soluções e que haverá alguns hábitos e procedimentos que vamos acabar por alterar naturalmente. Desde logo a experiência alargada de teletrabalho, em muitas áreas de actividade, poderá fazer com que essa fórmula passe a ser a solução de muitos problemas de mobilidade. Do mesmo modo, o chamado distanciamento social, poderá não desaparecer completamente. Ou seja, as pessoas poderão não voltar a aceitar com facilidade e naturalidade o contacto físico. Confesso que terei pena. Incomoda-me esta sensação de repulsa. Parece que as pessoas têm nojo umas das outras. Sempre gostei do calor humano das manifestações de afecto e de apreço. Os beijinhos, os abraços e os apertos de mão, são hábitos que quero recuperar. O problema maior, é que a solução agora encontrada para travar a propagação do vírus, poderá não ser viável para as próximas vagas. O confinamento foi a solução possível para quem foi apanhado de surpresa, mas é insustentável para a maioria das economias. Para uma boa parte dos países do hemisfério norte, foi possível neste primeiro embate. Mesmo assim, com custos económicos e sociais dra-

máticos. Está ainda por contabilizar, quantas empresas vão fechar definitivamente por este motivo e, consequentemente quantas pessoas vão perder os seus empregos. Ora se nos países mais ricos e mais desenvolvidos, haverá apoios, seja para que as empresas se aguentem, seja para que os que perderam o emprego tenham alguma ajuda para sobreviver até conseguir novo trabalho, já noutros países, não havendo essas ajudas, os dramas sociais serão insuportáveis. Por outro lado, em muitos desses países, há muitas pessoas que trabalham na economia paralela, de uma forma que geram em cada dia o rendimento com que pagam as despesas do dia seguinte. Para estas pessoas, ao fim de dois ou três dias sem trabalhar, já não têm nada para comer. Conclusão: quer para a generalidade dos países mais desenvolvidos, quer para os países mais pobres, não haverá capacidade para sustentar outra vaga de dois ou três meses de confinamento. Assim, ficamos à espera, para ver como vai ser a nova normalidade – em que medida vai ficar diferente da normalidade anterior – e como nos vamos defender de recrudescimentos do vírus até haver vacina, assumindo que não há dinheiro para pagar mais paragens da economia.


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OPINIÃO DANIEL FURET

Necessitamos de manter a confiança

Daniel Furet Director de Operações e Membro da Administração da Lidergraf daniel.furet@lidergraf.pt

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QUE É QUE VAI MUDAR DAQUI PARA A FRENTE, eu não sei. O

que sei é que realmente este período negro na nossa história fez-nos reflectir em muita coisa; gorduras, excessos e sobretudo formas de negociar completamente diferentes. Quem vivia sobressaltado com as contas para pagar provavelmente não irá reabrir, todos aqueles que não conseguiram gerar resultados nos últimos anos dificilmente estarão condições de continuar a laborar. Mais uma vez existe uma oportunidade de limpar o que de mal vai zombiando por este mundo, mas para isso é necessário que tantos Clientes, Fornecedores e Indústria sejam assertivos nos seus negócios e passem a ser sérios. Os Clientes que não se aproveitem do desespero de muitos, para continuarem a colocar no mercado preços que não cobrem os custos produtivos, logo irão obter um mau serviço (e isto é uma certeza), e tendo um mau serviço/produto certamente estão a colocar em risco o seu próprio negócio. Não se esqueçam que este tempo fez com que muitas pessoas passassem a valorizar muito mais os produtos impressos que receberam e foram comprando. Que o mais esperto do que o outro não queira dar cabo dos bons e dos maus. Os Fornecedores terão que ser mais criteriosos a quem fornecem, não po-

Os industriais não podem ter gorduras nas suas estruturas, terão que ser cada vez mais eficazes

dem continuar a fornecer a quem não paga, pois de forma muito directa estão a contribuir para piorar o mercado. Não se esqueçam que se venderem a quem não paga, estão a colocar em risco os vossos negócios como dos vossos Clientes cumpridores. Sobretudo estão constantemente a distorcer o mercado, aprendam com os vossos parceiros internacionais, só se vende a quem paga. Os industriais não podem ter gorduras nas suas estruturas, terão que ser cada vez mais eficazes e eficientes e isto em simultâneo. Este período serviu perfeitamente para testar novas abordagens de comunicar com parceiros, fornecedores, Clientes e Colaboradores. Mudamos a forma de comunicar interna e externa, mudamos os nossos hábitos de higiene e mudamos a nossa forma de estar nas organizações. A nossa indústria é propícia a furar todas estas regras, esperemos que des-

ta vez não. Como portugueses achamos que o desenrasca é suficiente em muitas destas situações, mas já não é, cada vez mais terão que ser cumpridos padrões, regras. É nestas alturas que vemos muitas vezes como é que as empresas são constituídas a todos os níveis, e deixando de lado toda a parte financeira, o mais importante é como todos nós nos envolvemos neste drama que nos apanhou, sem termos tempo de nos prepararmos convenientemente. Mais uma vez, sou um privilegiado, fazendo parte de uma empresa em que todos os colaboradores têm tido um desempenho e um envolvimento brutal com a empresa, acreditando que as regras são feitas para o bem de todos, onde a confiança reina. Quero acreditar que esta 2ª lição em tão pouco tempo, não careça de uma terceira, pois se existir uma 3ª pode não ser a crise económica e social que vivemos mas uma verdadeira guerra mundial sem precedentes. Acredito que a nossa indústria é sem dúvida essencial, para as pessoas continuarem a comunicar, a transmitir conhecimento a fazer chegar a casa das pessoas bens entre muitas outras coisas. Não se esqueçam, Clientes e Fornecedores, que nós a indústria só sobrevive se nos comprometermo-nos em forma de parceria. Aproveito este espaço para deixar um profundo agradecimento a todos os colaboradores da empresa que represento pelo seu fantástico desempenho.



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E AGORA? O MUNDO EM PANDEMIA E O PÓS COVID De repente o mundo parou. O medo surgiu, o pânico e a pressa de regressar a casa instalaram-se por todo o lado e a sensação de que o mundo a cores desapareceu tornou-se evidente. A preto e branco foi como nos sentimos todos. Os projectos, as viagens, as festas, os concertos, as feiras, os eventos, os almoços de trabalho, as reuniões de família, os jantares especiais, a compra de um novo carro, a conquista recente, a cirurgia adiada... tudo ficou suspenso. Como um filme de ficção, o mundo foi forçado a parar e convidou-nos a ficar em casa. “Vai ficar tudo bem”. Esta mensagem de esperança e revolta ao mesmo tempo anunciou um tempo sem precedentes, um momento que nunca ninguém antes viveu. Tudo era novo, tudo é ainda novo, tudo é meio preto, meio branco. Pedimos os testemunhos de quem vive nesta área da impressão e comunicação, pedimos que nos contassem como vivem, como viveram, como sentiram cada dia deste novo mundo cinzento, deste novo normal que nos retira o brilho da liberdade e nome da saúde que nos permite viver o futuro. Perguntámos sobre o período Pós-Covid19 e recebemos as respostas de gente que é especialista em sair da crise e sabe que todos juntos vamos conseguir ultrapassar o momento e ficar ainda mais fortes. Obrigada a todos os que contribuíram com cada linha, cada frase, cada sentimento...


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COVID–19 POR Alberto Mateus // Emetrês

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ra longínquo, era distante, era novembro Era distante, era perigoso, era vírus Era perigoso, era mortífero, era corona Era mortífero, era oriente, era Wuhan A onda distante continuou cada vez mais próxima A onda perigosa continuou, por ar, terra e mar cada vez mais rápida A onda mortífera chegou e instalou-se cada vez mais letal A onda oriental chegou e reproduziu-se, cada vez mais fatal E a tormenta inundou todo espaço social Devastou visitas, lares, escolas e empresas Imobilizou aviões, aeroportos, portos e cruzeiros Encerrou restaurantes, feiras, futebóis e cinemas E a tormenta perseguiu todo ambiente geral Disseminou, amedrontou, confinou e restringiu Suspeitou, infetou, internou e aniquilou Infestou, contagiou, dispersou e invadiu Cristalizou e congelou o povo Congelou e comoveu a cidade Comoveu e mobilizou o país Mobilizou e uniu a Nação

Uniu auxiliares, cuidadores, enfermeiros e doutores Motivou organizações, farmácias, supermercados e transportadores Consagrou lay-off´s, tele-trabalho, tv´s e takeway´s Expandiu internet´s, skypes, watsap´s e MBway´s E o pico a chegar e a tormenta a prosseguir Com cercas e emergências para conter a epidemia Com lutas e sofrimentos para evitar a mortandade Com viseiras e máscaras para contrariar a pandemia E o pico chegou para o início da planura Isolados e recolhidos combatemos a ansiedade Desconfiados e amedrontados contestamos o destino Endividados e desempregados contrariamos a dificuldade Dos meninos aos jovens, dos adultos aos seniores Choramos, organizamos, decretamos e informamos Lideramos, resgatamos, prolongamos e mitigamos recuperamos, reparamos, inovamos e reedificamos Em plena planície domamos a tormenta, afastamos a onda Com proteção, segurança, distancia e confiança Com esforço, sacrifício, determinados e unidos Com entusiasmo, amor, solidariedade e esperança Despertemos e reergueremos o povo Reergueremos e envolveremos a cidade Envolveremos e mobilizaremos o país Mobilizaremos e engrandeceremos PORTUGAL JUNTOS COMBATEMOS, JUNTOS VENCEREMOS


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#PorNósParaVós POR Bruno Moluras // Ondagrafe

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PESAR DE TERMOS muitos corpos de impressão, muitos tinteiros habituados a descarregar cor no nosso trabalho, o nosso dia a dia neste momento é parecido com esta revista… “a preto e branco”. Nem sempre o “preto e branco” é arte ou até moda, agora é simplesmente “triste”. Ninguém estava preparado para isto mas é bom que se encaixe este momento da melhor forma e não há melhor do que o encarar com as mangas arregaçadas e com muita vontade de mudar. Sim mudar, pois mais do que de crise, este é um momento de mudança e quem não conseguir mudar e adaptar-se a novas realidades vai lentamente ficar para trás. Estamos quase parados, é assustador. Metade da empresa em lay off e a outra metade à espera de poder dar o seu contributo, caso o trabalho decida aparecer. Nada melhor para podermos pensar do

que o “parar”. Podemos fazê-lo com mais discernimento, com mais calma e esperamos nós que com mais assertividade. Para além de estarmos a aproveitar o tempo para alguma reorganização, limpezas e até para imprimirmos materiais nossos que em Dezembro acabam sempre por ser um stress, estamos principalmente a pensar no futuro do negócio e nas suas mudanças. Dá para perceber que o “online” vai ganhar espaço, que a saúde e o ambiente vão ser tratados com mais relevância e temos que procurar a melhor maneira de nos envolvermos no contexto. Estamos a desenvolver um projecto online, temos algumas pessoas em formação e estamos ansiosos por meter em práctica tudo o que estamos a aprender e a criar. É assim o nosso presente mas acreditamos que o futuro nos reserva algo muito melhor.

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UM TERRÍVEL

MUNDO NOVO POR Fernando Batista // Do It On

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020 COMEÇOU COMO UM ANO de esperança para todos, uma esperança de prosperidade, de proximidade e de continuidade de um crescimento do mercado nacional, respaldado por um superávit nas contas públicas. as os ventos do oriente grassaram estes sonhos e estão a afundar a economia global numa depressão muito acima do expectável, onde só os mercados que forma primeiramente afectados pelo COVID-19 poderão ainda ter um final menos infeliz, alcançando crescimentos próximos do 1%, segundo as perspectivas económicas mais optimistas. Se fosse falar somente de economia, acredito que as linhas que escrevo não trariam qualquer tipo de positividade ou capacidade de raciocínio que possa ajudar a debater o futuro do mercado, especificamente do mercado gráfico e da comunicação. Mas quem me conhece sabe que eu gosto de ver o copo meio cheio, por isso falo-vos de um terrível mundo novo! Eckhart Tolle, no seu livro Um Mundo Novo, fala de uma histeria coletiva e global devido à sua necessidade egocêntrica de não ver mais nada que não a si mesmos. Histeria esta que só pode ser solucionada no momento em que deixamos de olhar para nós mesmos e começamos a olhar ao nosso redor

Estação de Metro deserta, Munique. Laetitia Vancon para o The New York Times

e para os outros, criando um mundo mais saudável e dedicado ao amor. Claro que para ocorrer uma transformação deste tipo, significa sofrimento, mudança (muitas vezes abrupta), que nos leve a repensar quem somos, o que fazemos e como podemos melhorar. É uma busca por uma transformação que não é instantânea, mas que precisa que sejam tomados passos mensuráveis e focados num bem comum. É aqui que nos encontramos neste momento, num ponto próximo de um precipício que pode levar alguns projetos empresariais a terem mesmo de despedir ou mesmo fechar portas. Mas o que podemos fazer enquanto grupo, enquanto mercado para reduzir o impacto e sair mais fortes e mais bem equipados para uma nova fase económica? De nada vale falar dos chavões inovação, adoção tecnológica, criação de marcas fortes e resilientes se isto ficar pelos chavões. É preciso ser prático e colocar as mãos na massa, ver como podemos encontrar soluções de apoio, que não se cinjam em pedir apoios envenenados com uma dívida que mais cedo ou mais tarde terá de ser paga. Proponho que nos deixemos de egos e de receios do que pensam os outros, e sejamos sinceros uns com os outros, mostremos as fragilidades que temos

em casa aos nossos pares de mercado e encontremos pontos comuns de trabalho, pois é daqui poderão surgir novas soluções e até novos projetos empresariais mais sólidos, mais experientes e robustos. Olhemos para fora da nossa realidade e procuremos perceber qual a realidade que os restantes mercados enfrentam, pois são eles que alimentam o nosso mercado, pois somos nós que os ajudamos a promover, a comunicar, a estar próximo dos seus clientes. Sim, mantenhamos os elevadíssimos níveis de qualidade e excelência de trabalho que pautam o dia a dia das nossas equipas e procuremos mostrar aos outros como fazemos (e que bem que o fazemos!). Juntemo-nos quer seja debaixo da alçada de uma entidade associativa empresarial, quer por aglomerado e network de empresas e vendamo-nos melhor quer no mercado nacional, quer a nível internacional. Se necessário criemos uma marca “Portugal Print”! O que mais importa é que falemos e tomamos acções reais e de relevo para que nem uma economia debilitada, nem os desafios tecnológicos possam levar o mercado gráfico e da comunicação a ser o parente esquecido e pobre na luta contra as adversidades.


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OS DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO

NA CRISE DE COVID-19 POR Ana Margarida Ximenes // Atrevia Portugal

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IVEMOS NUM CENÁRIO DE INCERTEZA , que muda a cada minuto, e

numa adaptação constante a uma pandemia que surgiu inesperadamente. São tempos de grandes desafios e transformação na economia, saúde, nos negócios de muitas empresas, mas também em toda a sociedade a quem foi “retirada a liberdade” e “exigido” o distanciamento social. Na ATREVIA acreditamos no poder da comunicação como uma ferramenta estratégica e transformadora das organizações. Hoje mais do que nunca as organizações devem ter uma comunicação efetiva, que marque, e seja relembrada. Como consultora de comunicação e de posicionamento corporativo também nós estamos a viver esta crise como “uma aprendizagem”. Proteger as nossas pessoas, recorrendo ao teletrabalho, é a nossa prioridade e este novo método de trabalho tem demostrado que é perfeitamente funcional para o mundo da consultoria. Todas as reuniões presenciais internas e externas, com colegas e clientes, são agora efetuadas através das plataformas digitais como Microsoft Teams e Zoom. Todos estamos mais digitais e ao mesmo tempo partilhamos mais experiências e brainstormings, em tempo real. Paralelamente continuamos a comunicar

muito por email e em grupos privados como WhatsApp. O contexto atual também permite tempo para pensar, refletir e aprofundar o conhecimento de novas áreas para apoiar os nossos clientes. A título de exemplo, criámos um ciclo de webinars online, com oradores especializados sobre diversas temáticas da comunicação e de diferentes setores de atividade. Nos webinars partilharmos conhecimento e tendências para as empresas refletirem, aprenderem com as melhores práticas e enfrentarem os desafios da comunicação na crise de Covid-19. Também lançámos um novo serviço de vigilância para dar a conhecer, analisar e perceber o que se diz na esfera digital, criando repor-

tings de intelligence para os nossos clientes. Desta forma, conseguimos desenhar as melhores estratégias de comunicação adaptadas à realidade atual e ajustadas à área de negócio de cada organização. Agora mais do que nunca é tempo de fazermos aquilo que sabemos fazer de melhor: ajudar as empresas a comunicarem com valor e apoiando a sua reinvenção. Esta é uma crise que dá oportunidade às empresas para atuarem com transparência e positividade e se posicionarem como uma referência de boas práticas. Acreditamos que as decisões que as organizações tomarem hoje vão fazer toda a diferença amanhã e que também vão marcar o futuro.

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OS PRÓXIMOS

12 MESES POR Manuel Matos // Etron

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ROVAVELMENTE uma das frases populares mais adequadas à realidade das organizações é a do químico francês Lavoisier, “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, com está frase Lavoisier definiu, baseado em reações químicas, a famosa lei da conservação da matéria, é neste contexto que encontramos a economia nacional e mundial. Estamos a assistir a uma (r)evolução

dos mercados, e nos próximos 12 meses vamos assistir a um acto contínuo de alterações diárias, com destaque para 3 F´s, falências, fechos e fusões, se os dois primeiros tem uma conotação negativa, o último dos “F´s” será a melhor atitude para o mercado nacional. As fusões vão gerar maior união de forças, e como consequência o aumento das quotas de mercado. Existem alguns exemplos de fusão no mercado nacio-

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nal, que são bons exemplos a seguir. As organizações tem de alterar e adaptar as actuais realidades economico-sociais. As referências mantêm-se, mas as estratégias e decisões são geridas em análises mais efectivas e incisivas. As decisões por emoção darão origem a decisão ponderadas e medidas ao detalhe. Todas as organizações tem de adoptar um atitude de superação, duplicar as suas acções, maior enfoque na sua rentabilidade e por fim estratégias bem definidas e só assim se poderá atingir a estabilidade das empresas. Não temos alternativa, toda a classe de trabalhadores tem de se focar a trabalhar, trabalhar, trabalhar, infelizmente não existe mais fórmula política, económica e social, trabalhar mais e com qualidade para que os resultados sejam mais rápidos de obter em todas as organizações estatais e privadas. É mandatório manter firmeza na gestão, atitude positiva e resistente (exatamente a mesma que estamos a fazer combater a SARS-COVID-19).


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DECIDIR EM TEMPOS

DE PANDEMIA

Por mais que o cinema ou a literatura já tenham retratado narrativas semelhantes, a realidade actual não tem precedentes.

POR Francisca Pires // Lindo Serviço

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STA PANDEMIA TIROU-NOS O JUÍZO, A SEGURANÇA E TUDO O QUE DÁVAMOS POR GARANTIDO. Ir e

vir deixou de ser liberdade, tal como a convivência social. O isolamento forçado impõe-nos novas formas de ser, estar e sonhar.A quarentena prolongada ou estado de emergência servem como medidas colectivas, mas os resultados são apenas visíveis a longo prazo. Não contávamos com tanta novidade, muito menos com a indefinição acerca de tudo. A novidade do momento exige uma nova força-tarefa. Ou, mais bem dito, uma nova força de resposta para um bem maior — tudo novo, tudo desconhecido e tudo complexo, quando

tentamos por em prática e ao ritmo mortal imposto por este vírus. Estados e Governos, mais do que nunca, correm contra o tempo ao implementarem diferentes auxílios paliativos e sem garantias. Enquanto que diferentes sectores da Economia repensam sobre a própria atuação diante da recessão explícita. O cenário em si desgasta a nossa saúde e desperta o nosso instinto mais primitivo: a sobrevivência. A actividade económica decai diariamente, num ritmo angustiante. Uma angústia que aguça o engenho (o nosso, pelo menos), pois ao contrariar o cenário, estamos a arriscar. Não se trata de parar, mas de como lutar em conjunto pela mesma causa: pela humanidade. Mantermos ordenados, compromissos e portas abertas, num

mercado paralisado sem data para voltar, é um desafio enorme. Ao estarmos operacionais, tanto a cumprir entregas, como a actuar como voluntários, reinventamo-nos a cada semana. Superamo-nos a cada saída e regresso a casa, visto que temos diferentes realidades na equipa e estão todos disponíveis. Transformamo-nos a cada pedido de urgência, principalmente quando otimizamos parcerias e recursos em prol de entregas antecipadas aos profissionais da saúde. Permanente é o estado de incerteza e o inesperado faz-nos medir forças com o habitual. Desafiamos o status quo em busca da mudança que queremos ver / ser, mesmo desconhecendo o desfecho desta situação. O desafio é decidir e ter coragem em tempos incertos. Mesmo.


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TER

TEMPO

Nesta época tão globalmente negativa, podemos e devemos dedicar atenção a outras dimensões da nossa vida.

João Catalão, enfrenta a vida com uma atitude altamente positiva

POR João Alberto Catalão // VitaminaCatalão.pt

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ER TEMPO PARA ESTAR COM OS NOSSOS. VIVER MAIS EM FAMÍLIA, DANDO MAIS VALOR AO TEMPO QUE ESTAMOS EM CASA.

Tempo para pensar, repensar e nos transformarmos! Tempo para descobrir a melhor versão de nós próprios... Também temos que aproveitar o momento para nos organizar, para aprender sobre novos temas, treinar habilidades e, principalmente, fazer parte da maior onda de solidariedade que se viveu nos últimos tempos. Quer queiramos quer não: todos e todas fazemos parte. Tempo para activar e reforçar o nosso músculo da generosidade. É um momento único na nossa história. Há medo, incerteza e riscos! A separação física e o isolamento são cada vez mais importantes, tanto para nossa própria segurança, como para a segurança dos outros. A separação e o isolamento social é algo muito insalubre. Os seres humanos

são criaturas sociais! Hoje, muitos profissionais interrogam-se como farão o seu trabalho nas próximas semanas e meses. A sua capacidade de estar presencialmente com os seus clientes nas próximas semanas, será limitada e, em muitos casos, não já não é possível. Muitos compradores estão a trabalhar em casa, provavelmente com crianças em casa. Provavelmente esses clientes estarão a limitar o número de interacções e reuniões online em que eles podem participar. QUE FAZER?

Sugestão: Respeite e aprofunde a relação com os seus Clientes. É importante respeitar os seus relacionamentos e apoiar os clientes/fornecedores/amigos/familiares num momento sem precedentes como agora. Esta semana e nas próximas, os seus clientes/ fornecedores/amigos/familiares estão decerto a serem inundados com e-mails

de atualização sobre o Covid 19. Não defendo de maneira nenhuma que se aproveitem para explorar esta crise global. Penso que é uma oportunidade excelente para nos dedicarmos a validar valor, reforçar níveis de confiabilidade e orientar as equipas nas direções certas, estabelecendo aquilo que deve ser feito e como. A experiência da crise de 2008 veio confirmar aquilo que todos devemos ter presente: quem melhor tratar os clientes no presente, vai tê-los no futuro... Existem maneiras digitais de imitar a experiência presencial e entregar valor. Muitas empresas já estão a entregar valor usando conteúdos de vídeo. Inspire-se assistindo e inspirando-se através das melhores práticas. Embora estejamos longe de voltar à normalidade, temos que trabalhar com determinação para seguir em frente. Liderarmo-nos eficazmente, vai fazer a diferença.


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COMO CRISES AO PEQUENO-ALMOÇO POR Nuno Antunes // Milford

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UANDO NÃO HÁ NADA de verdadeiramente inspirador ou relevante para dizer, qualquer publicitário, como é caso deste que vos escreve, sabe sempre que pode recorrer a um truque reles para captar a atenção das pessoas: começar com um título provocador. Acrescento já só mais uma coisinha, para dizer que nem queiram saber o que me custou a crise da meia-idade, a mais devastadora que qualquer homem pode enfrentar. Essa sim, come o Covid 19 ao pequeno-almoço. É tão violenta, que aos 40 anos virei-me para a minha mulher e disse-lhe para ela decidir entre eu comprar um descapotável, ir num ali e já volto até ao outro lado do mundo com três amigos, ainda por cima solteiros, ou demitir-me do conforto das multinacionais para me lançar num negócio próprio. A resposta foi mais ou menos a óbvia: “tu é que sabes, mas se lançares um projeto com o Nuno Duarte, prefiro esta hipó-

tese.” E assim foi, depois de lhe mentir como vos fiz lá atrás com a expressão com que batizo este texto, rumei à Austrália e à Nova Zelândia com aqueles três, o outro Nuno incluído e, à chegada, nasceu a Milford, cujo nome foi inspirado num fiorde da ilha sul deste país. Na bagagem trouxemos várias coisas, mas largamos tantas outras pelo caminho. Deixámos para trás o foco no lucro pelo lucro, a obsessão pelo crescimento contínuo e a entrega de resultados no curto-prazo. O que se insere no Excel passou a ser o resultado de tudo o resto e não o contrário. Mas o que pode parecer estranho, ou talvez não, é que esse crescimento aconteceu sempre de forma natural. Nunca colocando a saúde do negócio em causa, preferimos optar pelo factor felicidade como o nosso farol, sempre numa perspectiva sustentável e de médio/ longo prazo. Essa qualidade de vida também tinha

que ser para todos os que estão connosco, dando-lhes a liberdade para gerirem o seu tempo mas também para afirmarem a sua responsabilidade, através da autonomia que lhes é dada. Extrai-se muito mais de cada um quando se mata e enterra o paradigma do controle e se aposta no da confiança. Aplicámos desde sempre o conceito de “ambiente fluído”, onde as pessoas localizadas em diferentes geografias conectam-se e fazem o negócio acontecer. Afinal, vivemos ou não há algumas décadas numa Sociedade da Informação motorizada pela conectividade? Desde o primeiro dia, praticamos na Milford o trabalho em casa, na praia, na esplanada e vejam lá bem, até no escritório. Basicamente, é onde nos dá na real gana porque, afinal, o que é o escritório? O que não é seguramente é a ideia clássica que temos do mesmo. Reuniões, também as temos e, feliz-


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Praia dos Galapos, Arrábida Escritório da Milford

Desde o primeiro dia, praticamos na Milford o trabalho em casa, na praia, na esplanada e vejam lá bem, até no escritório

mente ou talvez não, em grande número. Vamos lá, vêm cá e, pasmem-se, na maior parte das vezes recorremos a uma novíssima ferramenta que provavelmente nunca ouviram falar, o Skype ou lá o que é. Ficamos cá, portanto. A única coisa que se perde, por exemplo numa ida ao Porto, é o leitão mas, no cômputo geral, saímos todos a ganhar. Não perdemos tempo que podemos aproveitar para trabalhar para esses mesmos clientes ou para estar

com amigos, família ou simplesmente no “dolce far niente”. Ui, e o dinheiro que se poupa em combustível, portagens ou transportes? Paga-vos aquelas férias no outro lado do mundo, garanto. No entanto, soubemos sempre que não somos nem queremos ser alemães, suíços ou escandinavos que, para além de viverem de forma mais isolada, são orientados pelo processo. É verdade que implementámos desde o primeiro mi-

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nuto estas práticas baseadas na utilização da tecnologia enquanto facilitador, mas colocámos sempre a proximidade em primeiro lugar porque, afinal, somos portugueses da Silva e, como tal, somos focados na relação. Mudar não foi fácil, até porque começou com uma transformação de valores. Mas as boas notícias é que os psicólogos dizem que o que custa são apenas 66 dias para enraizarmos a mudança por forma a que se torne em algo automático, como um hábito (estudo recente de Jane Wardle, do University College de Londres, publicado no European Journal of Social Psychology). Melhor ainda é o testemunho que vos quis aqui deixar. Como perceberam, não está relacionado com o novo normal que o Covid 19 está a impor às empresas, pessoas e sociedade em geral, que já não tenham visto num telejornal ou lido num artigo de opinião escrito por um especialista. Tem sim a ver com uma experiência de seis anos vivida na Milford, que está a correr francamente bem e onde os princípios que nos nortearam são agora tendências: 1. é estranho, mas os bons resultados surgem, não através da obsessão pelo lucro e crescimento contínuo, mas sim de uma perspectiva sustentável baseada na felicidade; 2. foco no médio/ longo-prazo; 3. liberdade, autonomia e responsabilização de todos para assim fazerem melhor o seu trabalho; 4. a inspiração, a motivação, o fazer acontecer e o trabalho em si, havendo óbvias exceções, não estão confinados a um espaço que se designa de escritório; 5. a gestão do tempo e dos custos associados ao seu desperdício estão no topo das preocupações; 6. nunca esquecer que não há processo nem ferramentas que nos valham quando não há proximidade. Isto funciona e funciona bem, garanto-vos. Espero que, de alguma forma, traga algumas certezas e afaste fantasmas. Se foi preciso vir o Covid 19 para se perceber que as empresas poderiam perfeitamente funcionar doutra forma, caraças, bastava terem perguntado. Eu sei, já não bastava o título, a conclusão também tinha que ser provocadora. Mais um truque reles.


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José e Paula Paiva

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ESTE MOMENTO, NÓS EMPRESÁRIOS,

precisamos exercer a nossa liderança, trazendo tranquilidade mesmo num momento difícil, e tentar manter o foco nas oportunidades que as crises sempre acabam por despertar no negócio. É hora de exercer a criatividade, somados a coragem e a determinação em superar os desafios, como sempre o fizemos, já que as palavras desistir e desanimar não existem no nosso dicionário. SOBRE A TRANSGRÁFICA

A Transgráfica colocou praticamente 95% dos colaboradores em Lay-off. Gostaríamos de aconselhar calma e serenidade e pedir para que não desistam. Além disto é importante que estejamos muito atentos as medidas que o governo vem tomando para minimizar este impacto nas empresas, como e o caso das linhas de crédito, prorrogação de pagamento de impostos, redução de cargas horarias, etc. FILTREM AS INFORMAÇÕES

Pensamos que é preciso ter muito cuidado com o sensacionalismo dos media, pois para elas quanto pior for a notícia, mais vendem. Procurem olhar

somente para dados e factos baseados em dados reais, pois só assim, com dados consistentes, podemos tomas as decisões mais seguras e eficientes. VAMOS AJUDAR OS PEQUENOS MAIS IMPACTADOS

Empresas e empresários que tenham estruturas financeiras mais sólidas devem, nesta situação, procurar consumir das pequenas empresas que foram mais impactados, pois além de ser um acto nobre de cidadania, poderão ajudar a dar mais sustentabilidade a todo sistema económico do país. A verdade é que se o sistema económico colapsar, todos acabaremos por sofrer. VIVER UM DIA DE CADA VEZ!

As decisões tem ser revisadas diariamente, pois as informações são muito dinâmicas e assim, temos que estar conectados 24 horas por dia, ouvindo, analisando, e pensando em soluções que possam promover a sustentabilidade do negócio, sem esquecer a família. Passaremos por isto como sempre passamos, a diferença é que agora os desafios são muito diferentes e fogem

do nosso controlo porque são globais. Devemos pensar que o negócio ainda está no nosso controlo apesar do Coronavírus. Temos de procurar estudar formas alternativas de reagir aos eventos externos e, no momento em que começarmos a focar-nos nisso, tenho certeza que as soluções aparecerão. SEM DESESPERO!

O desespero neste momento precipitará a decisões negativas, e acabará por levar o negócio para a falência, ou para um nível de dificuldade além do necessário. Muito cuidado com as notícias baseadas em previsões. Lembre-se que previsão não é uma certeza, e quem precisa fazer essa previsão é o dono da empresa, e não um jornalista que usa dados nem sempre fundamentados. Portanto, cruze dados reais (factos) de mercado com os dados do seu negócio, observe áreas que estão em actividades, oportunidades que têm sinergia com o seu negócio. Por exemplo, a área alimentar ainda esta em actividade, mas para ela se manter em actividade há toda uma cadeia de produtos e serviços que precisam de continuar a funcionar, mesmo que de forma diferente.Para isso


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UM NOVO

MOMENTO

POR José Paiva // Transgráfica

Neste momento estamos a passar por momentos únicos, com níveis de desafios nunca antes enfrentados, mesmo porque ainda não conhecemos a amplitude desta crise que o Coronavírus está a causar.

mantenha o foco, dê um olho na economia, e outro olho no seu negócio. Tenha serenidade para poder ver as oportunidades, pois o desespero leva o empresário à cegueira, e a cegueira leva a empresa a falência de forma prematura. Lidere o processo, desafie a crise, e tenha coragem para tomar as decisões necessárias. ESTRATÉGIA PARA O ENFRENTAMENTO DA CRISE

Na crise não tente resolver tudo sozinho, envolva os colaboradores e coloquem todos a pensar, pois se a empresa naufragar todos serão impactados. Ideias criativas e focadas podem proporcionar soluções inovadoras, que podem não somente salvar o negócio, mas abrir áreas que nunca tinham sido pensado antes. A crise tem este poder, de forçar as pessoas a saírem do conforto, e isso já é bom. Fiquem atento, já que todas as crises geram oportunidades em sectores diversos que ainda estão activos, para desenvolvimento de soluções inovadoras que podem alavancar o negócio. Pense em soluções que ajudam a atenuar ou resolver a crise e que têm valores muito elevados, e podem despertar enco-

mendas maiores em curtos espaços de tempo. Eu digo sempre que, na hora da crise, quando o mercado pára, é a hora que a empresa mais precisa de acelerar, de sair da zona de conforto, produzir soluções inovadoras, nem que seja pela pressão. Muitas vezes é nesta altura que são produzidas as melhores soluções. É HORA DE ORGANIZAR A CASA

Quando a economia desacelera há sempre oportunidade para que a empresa organize a casa, especialmente porque consegue olhar para os números de forma mais precisa para poder tomar as decisões que serão necessárias para enfrentar da crise, principalmente os número de vendas, olhar para os sectores que ainda continuam activos, e especialmente para os números financeiros no sentido de reduzir custos operacionais, onde normalmente residem os grandes vilões da sustentabilidade de qualquer negócio. Senão tem, é hora de ter um gestão sobre os números e, de uma forma muito precisa, pois numa crise desta dimensão não há espaço para erro, ou seja, as decisões tem que ser precisas. Desta forma, a soma de pequenas decisões acertadas

dia a dia, darão a sustentabilidade para empresa percorrer cada dia da crise, por mais difíceis que sejam. VAMOS EM FRENTE!

Parar é sinónimo de desistir, e a única coisa que faz uma empresa de manter-se viva é mantê-la em movimento e seguir em frente. O que acontece é que o motor terá que acelerar mais para percorrer uma distância bem menor do que o normal e por isso, acelerar é necessário, para continuar vivo, e seguir em frente. Somos empresários, estamos acostumados a desafios dos mais adversos neste momento precisamos de liderar o processo, e garantir que a empresa ultrapassa esta crise, olha para as oportunidades que toda crise acaba por oferecer e estar preparado para a retoma. Caros colegas, o momento é muito difícil, mas precisamos de ter coragem, serenidade e foco para poder ver correctamente as poucas oportunidades para criação de soluções que podem representar a sobrevivência ou até mesmo o crescimento do negócio. Vamos em frente ! Saúde, Perseverança Coragem, Serenidade e Foco!


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E WIDINOVATIONS: SAÚDE PARA TODOS Neste momento, a situação mais importante é que a grande maioria dos portugueses em particular e a restante população mundial consigam ter saúde.

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STE É O GRANDE MOTIVO DO ESFORÇO QUE TODOS ESTAMOS A FAZER. Este esforço trará obviamente

uma crise económica a nível mundial, que no meu entender, nem o mais entendido em economia consegue prever a extensão dos danos que esta paragem irá causar. Tudo depende do tempo que Portugal, a Europa e o resto do mundo irão estar parados. Se pararmos muito tempo, há danos que serão quase que irreversíveis. No entanto, acredito seriamente na nossa força de vontade, no nosso empreendedorismo, no nosso querer e na

POR Miguel Miranda // Widinovations

nossa inteligência, em que tudo faremos para dar a volta à situação e dentro de alguns meses, estaremos a maior parte de nós com as empresas a laborar, mantendo os postos de trabalho e se possível criar mais oportunidades. Não digo isto em vão, digo-o porque no meu entender, as crises geram oportunidades. O exemplo da Widinovations é um deles, pois em 2011, ano da entrada da Troika em Portugal, conseguimos arranjar forma de dar a volta ao nosso negocio e em poucos anos quadruplicamos a nossa facturação, quadruplicamos o número de colaborado-

res. As empresas sérias e sustentadas, darão sempre a volta. O nosso sector não fugirá à regra, entre todos encontraremos a “vacina” para esta crise. Aproveito para citar Albert Einstein “Não podemos querer que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a maior bênção que pode acontecer às pessoas e aos países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia assim como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem os inventos, os descobrimentos e as grandes estratégias.” Saúde para todos.


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M RELAÇÃO À QUESTÃO DE COMO CONTRARIAR A SITUAÇÃO, nós, em

1º lugar na Anasiscor vamos fazer tudo para manter a nossa ALMA que é a nossa equipa. Em 2º lugar manteremos a nossa FORÇA que são as marcas que representamos e se possível queremos amplia-las. Em 3º lugar reforçar a nossa equipa comercial para que as marcas que trabalhamos cheguem até clientes que não conhecem o nosso serviço e eventualmente os nossos produtos. Em 4º e último lugar ajudar os nossos clientes, fornecedores e amigos no que nos for possível a ultrapassar este momento difícil pois eles são imprescindíveis para a nossa continuação. Sobre como pensamos ajudar o sector, queremos ser Ser positivo nas con-

versa telefónicas diárias que mantemos com os nossos clientes, fornecedores e amigos e mostrar disponibilidade para ajudar no que for necessário, lembrando sempre que “ depois da tempestade vem a bonança” e concluindo com a frase que nunca mais do que hoje faz sentido “ desde que haja saúde”. Iremos continuar a poder oferecer-lhes a mesma equipa a que já se habituaram e agora ainda com mais energia bem como manter os equipamentos e consumíveis que as excelentes marcas que trabalhamos nos proporcionam. Continuaremos a lançar novos produtos mais eficientes, mais produtivos, mais rentáveis e inovadores. Sobre a Disponibilidade para estabelecer parcerias? É uma pergunta eterna-

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mente presente, e eternamente sem resposta.Eu diria que se tiver que acontecer acontecerá, nunca podemos dizer nunca. O que poderá manter toda a indústria unida e preparada para o futuro? É com certeza a vontade das pessoas que é enorme, eu sinto isso todos os dias. Entre as sugestões para os tempos vindouros, achamos que devemos manter o contacto embora à distancia com as pessoas que são importantes e especiais e que obviamente são os nossos clientes, fornecedores e amigos. Acreditamos que vamos sair deste momento ainda mais juntos e fortes. A distância gera saudade e a saudade gera força e união. Eu já tenho saudades de todos com quem já alguma vez falei pessoalmente.

Vivemos um momento único na história da humanidade eu sei, mas todos nós sabemos que a história está recheada de momentos únicos à respectiva data, e foram ultrapassados.

POR Leopoldo Lopes // Anasiscor

CONTRARIAR A SITUAÇÃO


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MUITAS EMPRESAS TERÃO DE SE REINVENTAR POR Luís Inácio // Formato

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FORMATO ESTÁ A SOFRER COM TODA ESTA CRISE, mas apesar de to-

das as contrariedades continuamos a trabalhar a 50%. Conseguimos dividir a empresa em 2 grupos de trabalhos e substituímo-nos de semana em semana. Esta opção foi para nós a mais adequada porque assim criamos condições para todos trabalharem cumprindo com a distância recomendada, e ao mesmo tempo todos se sentem mais confortáveis para desempenhar a sua função. Iremos continuar neste registo até que a situação esteja controlada. No final desta crise muitas das nossas

empresas terão obrigatoriamente de se reinventar, especializar e para isso estabelecer parcerias é fundamental. Não podemos continuar com a ideia que as gráficas fazem de tudo um pouco. A realidade é que fazem, mas é necessário o incremento de parcerias com empresas especializadas na produção de outros produtos. Nos últimos anos o nosso foco em termos de investimento foi efectuado na área das etiquetas e rótulos autocolantes e neste momento de crise está a compensar de alguma forma o decréscimo da procura nas nossas restantes áreas de produção.

Julgo que as parcerias, fusões ou aquisições irão marcar os próximos anos na área gráfica porque todos deveremos ter a consciência que a evolução tecnológica pode ser vista como um desafio, mas também como um entrave ao crescimento do nosso sector tradicional - exemplo que nos deve fazer pensar é a obrigatoriedade da facturação electrónica para fornecimentos ao Estado, que se tornou “moda” nestas últimas semanas nas empresas privadas. Estes envios generalizados das facturas por PDF provocam um decréscimo enorme no trabalho gráfico tradicional.

CONFIANÇA POR Júlio Garcia Castro // Brigal

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A BRIGAL PENSAMOS que estes momentos são de grande incerteza, mas estamos confiantes de que mais cedo que tarde ultrapassaremos esta situação e voltaremos a nossa vida “ normal”. E digo “ normal “ porque pensamos que a essência será a mesma, ainda que muitas práticas possam ser diferentes. Como em todas as crises, uma vez ultrapassada ficarão os ensinamentos que farão mudar muitos dos sistemas e formas como nos relacionamos com os nossos clientes. Pensamos que as relações serão mais profissionais e por isso mais temáti-

cas. As empresas gráficas deveriam estar mais centradas naqueles mercados que a sociedade esta a pedir como a personalização, web to print, packaging, etiquetas e, cada vez, mais acabamentos diferenciados. As gráficas terão que fazer grandes investimentos nestas áreas. Na Brigal temos vindo há anos a avançar neste caminho e, temos cada vez

mais sistemas e produtos em essas áreas. O nosso compromisso continuará a ser ajudar a melhorar o negócio de impressão dos nossos clientes de uma forma responsável, inspirando o seu negócio com a mais moderna tecnologia, os produtos
mais inovadores e os serviços mais profissionais no sector das artes gráficas.

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UNIÃO DE ESFORÇOS E ENTREAJUDA POR Helena Marques // Camaracolour

Este é um momento único. Este é um momento diferente

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ESTE MOMENTO, embora já tenhamos passado por diversas outras catástrofes, guerras e pandemias, este na minha opinião é diferente, é um momento único, o ser humano é impedido por um vírus mortal e altamente contagioso de poder usufruir da companhia um do outro, nem todas as tecnologias podem substituir o toque, a alegria de sentar á mesa com amigos e simplesmente estar, estamos confinados ás nossas casas, e não vivemos este confinamento da mesma forma, porque se existem famílias que

as suas casas são palacetes, outros casas confortáveis, existem outras realidades em que estar dentro delas é penoso, sem o mínimo conforto e sem a alimentação adequada. Acho que a melhor forma de ultrapassarmos esta situação, é na união de esforços, de nos entreajudarmos, de tentarmos cumprir os nossos compromissos, tentar pagar nos prazos, de comprarmos ás nossas empresas, não mandar vir de fora, só assim nos tornamos mais fortes, precisamos evitar a todo o custo pensar-

mos só no nosso umbigo, porque dessa forma afundamos. A camaracolour está disponível, para contribuir para esta batalha, dentro dos produtos que comercializamos a ajudar, a tentar desenvolver outros produtos com os produtos que tem, para serem solução perante esta crise. As fitas adesivas têm centenas de aplicações, de papel, de PVC, de tecido, plásticas, elásticas, mono-adesivas, bi-adesivas, com espuma, é só colocar a imaginação a trabalhar.


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SECTOR GRÁFICO: CONSEQUÊNCIAS POR João Baeta // Olegário e Fernandes

A Revolução dos Cravos foi a que mais danos provocou na Indústria Gráfica mas também a tornou fundamental para o País e para a sua Liberdade.

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OMEÇO POR LEMBRAR outras crises em que a Indústria Gráfica foi muito penalizada mas a que soube resistir sempre, retomando a normalidade, apesar das sequelas, mais ou menos extensas, sofridas em cada uma delas. Falamos do vinte e cinco de Abril de mil novecentos e setenta e quatro; de mil novecentos e oitenta e três; mil novecentos e noventa e dois e dois mil e onze. A crise da Revolução dos cravos, 25 de Abril, foi a que mais danos provocou na Industria Gráfica, mas também aquela onde o cerrar fileiras foi mais notório e com mais resiliência em torno do Sector Gráfico, tornando-o fundamental para o País e para a sua Liberdade. Esse tempo foi único e irrepetível, que colocou à prova a “fibra” de muitos Industriais Gráficos, mas não evitou o encerramento de algumas Empresas. Noutras crises encerraram muitas Empresas, mas é justo afirmar que as razões não derivaram só dessas crises mas também, da falta de organização, modernização tecnológica e da situação financeira frágil em que as Empresas viviam. Esta é uma crise completamente diferente e com contornos imprevisíveis para que se possa debelar com rapi-

PARCERIAS: FUTURO PARA AS EMPRESAS

Há muito trabalho a realizar e um dos caminhos pode ser feito em conjunto com a Associação APIGRAF. Insisto no ponto de que em conjunto é mais eficaz fazer acontecer. Precisamos de coragem para percorrer novos caminhos.

dez e que afeta a todos por igual. Para já o importante para o Sector é o de resistir, adaptando-se às circunstâncias que limitam a sua actividade e, em situações limite, utilizar os instrumentos financeiros e outros alocados ás Empresas. Não será o tempo para investir, mas sim o tempo para refletir e preparar o período pós Cóvid-19, contrariando aquilo que nos pode destruir: o pessimismo e pouca esperança no futuro. A OLEGÀRIO, enquanto Indústria Gráfica, preparou-se para resistir a percalços que sempre aparecem, sendo que era impossível alguém prever uma

ÁREAS ONDE AS EMPRESAS DEVEM APOSTAR PARA TEREM FUTURO:

• Gestão profissionalizada • Formação interna e externa • Internacionalização Construir uma PME é uma maratona para a qual temos de estar preparados.

situação como esta. Com certezas e incertezas, vamos preparando o futuro tendo em conta a nossa especialização e ao mesmo tempo acompanhando as tendências dos mercados onde estamos inseridos. Estamos vivos e activos no desenvolvimento dos projectos em que acreditamos e que nos podem garantir um futuro de progresso. Tudo à dimensão de uma PME. Empresa que o não possua uma visão de estratégia de desenvolvimento arrisca-se a, mais tarde ou mais cedo, entrar num caminho da autodestruição.


SWISS SCREEN TECHNOLOGY

SERIGRAFIA

AUTOMAÇÃO Hoje, os quadros devem ser fabricados de forma reprodutível, de custo-eficiente e com óptima qualidade. Só então vai ser melhor que os seus concorrentes.

STRETCHING COATING WASHING

Grünig-Interscreen AG · Switzerland · www.grunig.ch Grünig-Interscreen em Portugal: Ruy de Lacerda & Ca., S.A. · geral@ruydelacerda.pt · www.ruydelacerda.pt

Direcção de trânsito

SWISS CtS TECHNOLOGY

SIMPLIFICAR A SERIGRAFIA

EXPOSIÇÃO DIRECTA CtS

TECNOLOGIA Sequências de trabalho suaves e automação reduzirão consideravelmente os custos actuais. Essencial é, que todos os departamentos envolvidos - Imagem/RIP, produção de quadros e área de impressão – trabalhem de mãos dadas.

DIGITAL SCREEN MAKING

SignTronic AG · Switzerland · www.signtronic.ch SignTronic em Portugal: Ruy de Lacerda & Ca., S.A. · geral@ruydelacerda.pt · www.ruydelacerda.pt


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FAZER DA ADVERSIDADE UMA OPORTUNIDADE POR

Miguel Sequeira Carrilho

Marcar a diferença é essencial para ganhar a “guerra”. Só com atitude se avança.

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EMPO DE MUDANÇA PARA O SETOR GRÁFICO E O SEU MODELO DE NEGÓCIO. Vivemos tempos de adver-

sidade, mas são estes tempos que nos fazem repensar, adaptar e transformar. É nestas alturas que somos obrigados a sair da nossa área de conforto e arriscar. Arriscar em novos métodos para alcançar não só os nossos objectivos pessoais e profissionais, mas acima de tudo, o nosso público alvo. Marcar a diferença é essencial para ganhar a “guerra”. Só com atitude se avança. A mudança pode-nos levar a pensamentos menos positivos, mas creio que esta mudança e este “abanão” nas organizações vem mudar o paradigma das artes gráficas. Está na hora de pensar “fora da caixa”, e de pôr em prática aquela ideia que foi sendo adiada para amanhã porque não havia tempo, com a desculpa da azáfama do dia a dia “louco” de trabalho. Agora não há mais desculpas para não reinventar a sua empresa e mudar, pois, essa mudança pode traduzir-se em ser e estar no topo do nosso sector amanhã. Dados recolhidos pelo InfoTrends apontavam para um crescimento da impressão digital cerca de 12% ao ano, que se traduzia aproximadamente em 871 bilhões de impressões em 2021. Este crescimento do mercado gráfico, principalmente do mercado de impressão digital deve-se a diversos factores, nomeadamente: inovação constante da tecnologia jacto de tinta,

qualidade e custos dos equipamentos de impressão digitais, maior necessidade de curtas tiragens e as melhorias significativas em substratos e na velocidade dos equipamentos. Segundo a mesma fonte (InfoTrends), as gráficas e os prestadores de serviços de impressão são parceiros-chave para o sucesso das campanhas de marketing. Podemos ainda salientar, segundo a Pesquisa Anual de Comunicações de Marketing, que os prestadores de serviços gráficos estão no topo da tabela com 45% de importância nas suas campanhas. Este crescimento era expectável nos próximos anos, assim como o crescimento em outras áreas do sector do mercado gráfico. Tudo indicava que 2020 e 2021 seriam anos de crescimento da nossa área e ninguém contava com o aparecimento deste surto. Para que o crescimento da nossa área face às adversidades seja, ainda assim, positivo, é necessário investir em novos modelos de negócio e oportunidades “fora da caixa”. Ao adaptarmo-nos e reinventarmo-

-nos iremos conseguir inverter a curva e prosperar novamente nestes dois anos. A impressão continua e continuará a ser parte importante e integrante do marketing e do mercado em geral, somos um sector essencial para a economia, sem impressão muitos dos serviços que conhecemos hoje deixariam de existir. Em todo o lado encontro algo produzido pela indústria gráfica, o cheiro a papel e a tinta entram em minha casa das mais variadas formas, está em todo lado em diversas peças produzidas por cada um de vós. É isso que me faz pensar positivo, e que me dá ânimo para acreditar, acreditar que conseguimos reinventar o mercado de forma criativa (“fora da caixa”) e prosperar. Aproveite os tempos de crise para ideias férteis e inovações, todas as empresas já tiveram uma ideia no passado que as fez destacar da concorrência no futuro. A indústria já teve inúmeras transformações. Hoje combina-se impressão com realidade aumentada, vídeos, Apps, links para URLs personaliza-

Está na hora de pensar “fora da caixa”, e de pôr em prática aquela ideia que foi sendo adiada para amanhã porque não havia tempo


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A impressão continua e continuará a ser parte importante e integrante do marketing e do mercado em geral

dos (pURLs), códigos de barras… Estas são apenas algumas das alternativas para aliar a impressão aos meios digitais. Conhecer as tendências pode ser um trunfo importante para ajudar a orientar as decisões de negócio. Também é preciso criar estratégias, implementar planos para inovar as operações, perceber as dinâmicas e quais os passos que estão a ser dados tanto pela sociedade, como pela economia para se assumir como uma vantagem. Para tudo isto, é preciso conseguir planear com calma e antecedência evitando correr riscos maiores, de forma a estar um passo à frente da concorrência e estar na linha da frente do nosso mercado. A tendência está relacionada com a mudança de paradigma, ou seja, o mercado é dinâmico e está em constante movimento e transformação, e acompanhar as tendências significa ir na direção do mercado e impulsionar o seu negócio. Algumas das tendências que podem ser analisadas de imediato são os

“mercados saudáveis”, cada vez mais o consumidor procura um mundo verde, e a sustentabilidade começa a ser prioridade na procura de produtos. Muitas marcas mudaram a sua imagem nesse sentido, é o caso do McDonald’s, deixou para trás a sua ligação as cores vermelhas e amarelas para se “unir” as cores verdes. Produtos Artesanais estão cada vez mais na moda, o que é formidável para economia nacional e a indústria gráfica. A Internet é um meio de comunicação e divulgação em crescimento, pode ser um óptimo investimento para as empresas nesta fase. Apostar em marketing digital e lojas online. Existem inclusive Softwares que podem auxiliar muito estes serviços online, que também são uma tendência actual, tanto em lojas online como na produção gráfica, estes softwares tanto o ajudam em ecommerce como a gerir a sua produção. Acabamentos digitais, a termolaminação também pode ser uma aposta. Este sistema de acabamento permite

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preservar e até melhorar ainda mais a qualidade da impressão. Além de preservar e embelezar os impressos, ainda serve como base para aplicações complementares, como a aplicação de Foil ou a aplicação de verniz UV localizado, que em nada ficam atrás dos acabamentos convencionais e com baixos custos associados. Dados Variáveis, “o mercado de experiência única”- impressão de dados variáveis, é um grande trunfo da impressão, sobretudo da impressão digital. Ao possibilitar a personalização de cada cliente abre um grande leque de trabalho em mailings, apresentações, cartões de visitas, posters, brochuras e pastas, além de todo tipo de marchandising. O consumidor procura cada vez mais a mudança e experiências únicas. As pessoas não compram apenas um produto, compram experiências. A Interação em redes sociais e produção de conteúdo regular é muito importante. Estaremos numa possível aposta em “Mailings” novamente? Use a tecnologia a seu favor nestes tempos mais difíceis. Uma boa aposta é o caso dos Serviços Cloud, que oferecem armazenamento de dados praticamente infinito, correndo menos riscos, sem necessidade de backup e sem necessidade de intermediários. Estes serviços garantem muito mais segurança para si e para os seus clientes podendo gerir e acompanhar parte da sua produção a distãncia. Evidente que estas são apenas algumas tendências, com certeza há e haverá mais caminhos a explorar. Julgo ser uma óptima altura para união e para parcerias. Juntos será mais fácil ultrapassar as adversidades. Tenho a perfeita consciência que são tempos atribulados para as artes gráficas, e as tomadas de decisão passam por alguns estágios importantes. Aproveito ainda para transmitir uma palavra de apreço a toda a industria gráfica, com votos que estes tempos mais difíceis de Covid-19 sejam a forma de inovar, criar, transformar, adaptar e superar. A mudança é importante e essencial! Pense em soluções, não em problemas. Rodeie-se de factores que o ajudem a crescer!


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O pensamento positivo pode gerar união

NÃO QUEREMOS CAIR NA TENTAÇÃO DE PENSAR QUE SOZINHOS SOMOS SUFICIENTES POR José Barroso // Tajiservi

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A TAJISERVI NUNCA DESISTIMOS e retomamos todos os projectos que já tínhamos para a área da impressão directa em têxteis e objectos. A nossa resiliência estará mais aguçada do que nunca. Para ajudar todo o sector, estaremos disponíveis para apoiar todas as iniciativas que necessitem dos nossos equipamentos, disponibilizando soluções de financiamento a médio prazo, caso necessitem das mesmas. Num momento como este o que precisamos é de serenidade. Não queremos cair na tentação de pensar que

sozinhos somos suficientes. Indiscutivelmente as áreas da impressão directa, quer em têxtil, quer em objectos, áreas que já evidenciavam crescimento e que poderão crescer mais ainda, com uma redução das quantidades a produzir e o regresso à Europa dessas produções. Temas como web to print, teletrabalho, impressão 3D e outros estão na ordem do dia, mas muitos outros podem agora ser impulsionados por esta “crise”, como a embalagem, rótulos, etiquetas. A este momento de con-

tracção súbita em tudo o que fazemos, vivemos, produzimos, seguir-se-á um momento de boom controlado pelo receio da proximidade com as outras pessoas, que irá gradualmente crescer até fazer as coisas voltarem à normalidade que será sempre diferente, pela forma como as pessoas vão passar a interagir no futuro. Pensamos que o pensamento positivo pode gerar união entre os profissionais deste sector, e isso merece todo o esforço. É importante não “hibernar” correndo o risco de acordar tarde demais.


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colour is everything

WHITE is more

SÉRIE PRO Pro9

Pro10

A Série PRO produz impressões criativas com cores vivas e alta qualidade. As impressoras Pro9542 SRA3 e o modelo Pro1050 para impressão de etiquetas permite, além do tradicional CMYK, o uso do branco como a quinta cor, oferecendo mais flexibilidade e aumentando as opções ao nível do design. O branco pode ser usado para criar novos e atraentes designs em papeis coloridos ou como fundo em suportes transparentes para reforçar a capacidade de comunicação da mensagem. As cores são poderosas...mas o branco é mais!

www.oki.com/pt


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AC/DC POR Miguel Pina // Grupo BigUp

A Industria Gráfica tem aqui mais uma prova de superação, não alimento a ideia de que será o fim da nossa industria, como tantos pessimistas já quiseram tantas vezes vaticinar.

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EM GOSTARIA DE ESCREVER sobre os AC/DC, essa banda australiana de que tanto gosto e sobre os seus hits que me deixam com um estado de espírito positivo e com um bom mood, tanto que faz parte da minha playlist quando faço os meus treinos. Infelizmente este AC/DC é motivado pela situação que vivemos e representa o Antes do Covid e o Depois do Covid. Não me vou focar no AC, pois esse já faz parte do passado, o desafio está no DC e que desafio vai ser... Apesar dos vários avisos e teses apre-

sentadas, algumas por pessoas muito influentes na esfera da economia mundial, dou como exemplo um video do Bill Gates que vos convido a ver no Youtube assim que tiverem oportunidade (www. youtube.com/watch?v=6Af6b_wyiwI), ninguém poderá dizer que estava preparado para isto. Mas aconteceu! E a pergunta é e agora? Como será daqui para a frente? Na minha opinião estamos perante um evento que vai marcar uma nova era e que vai mudar a maneira de estar das pessoas, das empresas, dos consumido-

res, dos nossos clientes. Esta pandemia virá na minha opinião fazer regredir negócios em anos ou mesmo acabar com eles e catapultar para o Agora processos que pensávamos que iriam ter um percurso e uma implementação mais lenta e progressiva. A Industria Gráfica tem aqui mais uma prova de superação, não alimento a ideia de que será o fim da nossa industria, como tantos pessimistas já quiseram tantas vezes vaticinar. O papel não desaparece, a comunicação em papel não deixará de ser feita,


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O papel não desaparece, a comunicação em papel não deixará de ser feita, mas a forma como se comunica e o tipo de produto usado para essa comunicação vai ser diferente mas a forma como se comunica e o tipo de produto usado para essa comunicação vai ser na minha opinião diferente. O estado de emergência imposto e a obrigatoriedade do confinamento das pessoas em suas casas veio despertar para um mundo novo de possibilidades, o tele-trabalho, o consumo a partir de casa, as conferências, vão passar a ser uma realidade cada vez mas presente neste DC. Por exemplo, fará sentido ter uma reunião presencial no estrangeiro? Apanhar um avião, estadia, alimentação e quem sabe umas compras durante o

tempo que nos sobra até apanhar novamente o avião de regresso? Em 90% dos casos não, uma simples videoconferência é mais que suficiente e quem sabe até mais produtiva. Calculo que as companhias aéreas, os restaurantes, hotelaria e comércio discordarão de mim. A campanha lançada pela nossa Associação #somostodosgraficos vem chamar a atenção para aquilo que à tanto reclamamos, que a nossa Industria seja realmente vista pelo que representa e pelas suas aplicabilidades no nosso dia a dia que em muitos dos

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Miguel Pina, grupo Bigup

casos nos passam despercebidos por as darmos como adquiridas. Mas o que esta Pandemia nos veio mostrar é que não podemos dar nada como adquirido e por isso cá estamos nós outra vez a fazer contas à vida, ou como dizem os “especialistas” pensar como nos vamos a reinventar... novamente. O desafio passará por cada vez mais aumentar o nosso valor junto dos nossos clientes, sendo parceiros em vez de fornecedores, consultores, em vez de vendedores e facilitadores em vez de... acho que perceberam a ideia.


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PENSAR E CRIAR

UM FUTURO DIFERENTE

POR José Gomes // EuroDois

Acho que até dentro de um ano e meio, ou dois anos não se consegue chegar ao ponto em que estávamos antes desta pandemia

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MINHA OPINIÃO, o futuro próximo da área de impressão Comercial / publicidade vai ter uma retoma muito lenta, sobretudo despois desta paragem forçada e que não sabemos quanto tempo permanecerá desta forma. O Inicio sera igualmente muito duro. As pessoas reforçaram a forma de comprar no online e o uso do mesmo para promoção. A movimentação das pessoas vai ser menor e mais timidamente nos locais de Compra/Venda e assistiremos ainda a algum receio e medo no estabelecimento de contactos. Talvez até, o consumo possa ser mais tímido. Depois vamos ter a ruina de muitos sectores que de alguma forma eram importantes para a industria gráfica, como o Turismo, Hotelaria/ res-

tauração e os próprios eventos. Acho que até dentro de um ano e meio dois anos não se consegue chegar ao ponto em que estávamos antes desta pandemia. Por outro lado, creio que este será o momento da indústria poder olhar para dentro e perceber o que andou a fazer estes últimos anos, onde se voltou a comprar mais capacidade no offset de grande formato , sabendo todos que o caminho era o digital, a personalização e as curtas tiragens e o trabalho especializado. Ainda assim, voltamos todos a insistir no mais fácil, em mais maquinaria mais preço baixo, onde quem ganha é sempre a subcontratação. Uma das poucas empresa que mostrou ao mercado como fazer diferente com o mesmo, foi a 360 Imprimir. Mesmo

usando a subcontratação mostrou uma nova realidade e forma de trabalhar enquanto todos nós empresários gráficos, “batiamos com a cabeça na parede”. Uma das possibilidades que vejo para um futuro próximo é a fusão de empresas, de saberes e de especialidades. Com tudo isto, precisamos emagrecer estruturas, espaços e maquinaria. Não temos que obrigatoriamente criar sociedades mas fusões/parcerias mais responsáveis e leais. Temos de tentar tirar partido do melhor que cada um tem. O nosso mercado está muito partilhado, somos muitos e a única fórmula de podermos viver melhor é atavés da união. Da minha parte estou totalmente aberto a falar com todos os que queiram pensar e criar um futuro diferente.


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MANTEMOS O FOCO POR Rute Colaço Truta // Colprinter

A indústria gráfica é essencial e muito versátil, e nesta ocasião em que a solidariedade é fundamental, decidimos também nós tomar a iniciativa de fazer viseiras em PetG

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NFELIZMENTE vivemos actualmente uma crise financeira histórica, nunca antes vista e sentida em todo o mundo ao mesmo tempo. A Colprinter com 33 anos de história, sempre ultrapassou algumas crises sentidas no sector ao longo dos anos e, sempre conseguiu dar a volta, arregaçar as mangas e continuar a dar o seu melhor. Desta vez não será diferente. Não irá ser fácil para ninguém mas temos de manter o foco, não desanimar e continuar a fazer o que sabemos fazer bem! Queremos continuar a satisfazer os nossos clientes com a nossa qualidade, o nosso timing nas entregas e o nosso serviço personalizado para os nossos clientes. Neste momento tivemos de colocar alguns trabalhadores em lay-off e outros em horário reduzido para que consigamos continuar a responder aos nossos clientes. Apesar de termos sentido uma grande quebra na procura, continuamos a traba-

lhar e a responder aos pedidos dos nossos clientes, na sua grande maioria para produção de embalagens e expositores, que são duas áreas onde somos especialistas. O horário reduzido acaba também por servir de medida de protecção dos nossos trabalhadores que assim conseguem estar a laborar, mantendo a distância devida e recomendada. A indústria gráfica é essencial e muito versátil, e nesta ocasião em que a solidariedade é fundamental, decidimos também nós tomar a iniciativa de fazer viseiras em PetG de protecção para oferecer aos nossos médicos, enfermeiros, bombeiros e lares e outros profissionais que estão na linha da frente no combate ao Covid19. Depois de vários pedidos de alguns clientes, começamos a produzir viseiras também para venda. O modelo foi desenvolvido internamente de forma ter um custo reduido, ser fácil de usar mas sempre com total capa-

cidade de protecção. Na Colprinter não só temos de ter uma consciência solidária como também temos de ter como foco principal a garantia de uma tesouraria saudável, protegendo o principal património que são os nossos colaboradores e cumprir com as nossas responsabilidades. Apesar de não ser fácil, porque as medidas que o Estado colocou ao dispor não tranquilizam os empresários e por consequência os nossos trabalhadores e a nossa economia. Ainda assim, como diz o velho ditado, “em tempos de guerra não se limpam armas” mas choram-se os mortos e feridos, ajudamos com o que podemos e continuamos em frente com a esperança que tudo vai passar. Continuamos numa luta para sobreviver, continuamos a dar o nosso melhor, esperamos que a situação não se agrave porque não podemos deixar a indústria gráfica parar!


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PREPARAR O AMANHร POR Nรกdia Ribeiro // MR Artes Grรกficas


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SCREVO ESTE TESTEMUNHO no 1º dia do lay-off parcial da nossa empresa. Estou no conforto do lar, sem conseguir deixar de pensar nas máquinas parcialmente paradas, nas luzes desligadas aqui e ali e nas encomendas que entram a conta-gotas. Não sei se por muito recente, todo este momento está a ser vivido de uma forma singular. Parte de cada um de nós sente que o resguardo doméstico é a melhor das defesas, a outra parte quer manter-se no activo sem deixar parar o que tanto precisamos que continue. Numa dormência que por vezes não nos deixa pensar bem, noutras exi-

ge decisões rápidas, frias e pragmáticas. Estamos ainda no começo e as ideias, de um futuro que não se sabe certo, começam a tomar a sua forma. Longe de chamar a esta situação uma “oportunidade” (porque não tem mesmo nada de bom), esta pode ser a pausa necessária para “pensar” a empresa em vez de simplesmente seguir o nosso dia-a-dia a pintar papel. Este pode ser o momento de fazer o que tantas e tantas vezes imprimimos, mas não chegamos a criar para nós. O que tantas vezes dizemos que temos de fazer, mas vamos adiando porque alguma urgência se interpõe. Porque

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temos problemas maiores e mais prementes. Porque somos inundados por telefonemas, e-mails, entregas em contra-relógio, visitas de clientes. Se este foi o tempo de parar, é também o tempo de preparar. De definir estratégias. De olhar para dentro. De olhar para fora. É o tempo certo para nos prepararmos com o que temos deixado sempre para depois: aquela estratégia de venda que temos mesmo de implementar, o processo que temos de optimizar, o nicho de mercado que temos de namorar e o salto em inovação e capacidade que nos garante um caminho mais célere. Se este foi o tempo de reflexão obrigatório, é também o tempo dos brain-stormings e do estudo minucioso: do leque de fornecedores por descobrir, à procura de parceiros internacionais, à criação de grupos de estudo de técnicas de trabalho, à “simples” comunicação de nós próprios com a criação de novos conteúdos e uma presença mais activa em plataformas digitais. E se esta é a visão “confinada”que temos para nós próprios, não podemos deixar de visionar o que nos vem a rodear no futuro. E no seguimento do raciocínio anterior, se este foi o tempo da solidariedade, de darmos a mão aos nossos e, de tantas maneiras, aos outros, então este é o tempo da nossa indústria se unir verdadeiramente, de honrar mais que nunca a expressão “artes gráficas”; de respeitar o seguimento sustentado e sustentável das empresas do sector, muitas delas ligadas a um “ventilador” para oxigenar as suas dificuldades de liquidez, de tesouraria e de recursos humanos. Este é o tempo para tentarmos fazer tudo o que conseguirmos mas não a qualquer preço. Porque neste período que se adivinha do “salve-se quem puder” só nos salvaremos se também a nós nos soubermos dar uma “salva de palmas” de respeito e agradecimento por continuarmos na nossa frente de batalha. Escrever. Definir. Reforçar. Pensar. Temos tanto para fazer e, esperemos que, pouco tempo. Todos temos uma visão do que queremos, mas esquecemo-nos de definir o seu caminho. É chegada a hora porque este é o tempo. Vamos começar?


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O NOSSO FUTURO É O FUTURO DE NOSSOS CLIENTES POR Sappi Europe

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RABALHAR EM CONJUNTO

Se há algo sobre a crise actual que todos compreendemos – transversal a todas as culturas, países e comunidades – é que estamos nisto todos juntos. Ninguém é imune, e todos temos vontade em superar este momento de maneira mais saudável possível. E tal é igualmente verdadeiro para a nossa indústria. Na Sappi, apesar das difíceis condições que enfrentamos, estamos a trabalhar arduamente para manter as nossas operações para o bem dos nossos clientes e das comunidades. Todas as fábricas da Sappi

de papel gráfico na Europa permanecem operacionais, com pessoal dedicado que trabalha para manter o stock, e com os sectores da logística e da distribuição no activo, sem interrupções significativas. O FUTURO JÁ ESTÁ AQUI

Para o que suceder a seguir, seja quando for, estamos convictos de que a impressão continua e continuará a ser um meio eficaz e adaptável – e um que ofereça aos consumidores um envolvimento mais profundo e mais humano. Para ter consciência disto, basta observar como a actual

crise nos faz lembrar do prazer singular e libertador que é gastar o nosso tempo com um bom livro ou uma boa revista impressa nas mãos, e a prova disto são as subidas nas vendas e nas subscrições. Estamos igualmente confiantes em relação a um recente desenvolvimento – o reconhecimento da capacidade das gráficas para trabalhar lado a lado com o digital, trazendo valor qualificado às campanhas de multimédia, vai continuar a crescer. O trabalho conjunto do digital com a impressão gráfica tem muitos novos territórios a conquistar, e


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A crise faz-nos lembrar do prazer singular e libertador que é gastar o nosso tempo com um bom livro ou uma boa revista impressa nas mãos

muitas novas oportunidades a explorar. A crise actual também serviu para nos recordar de algo que era verdadeiro antes de ‘confinamento’ se tornar a palavra do ano – de que respostas robustas a questões de eficiência de impressão são vitais para todos nesta indústria. Respostas a que nós, na Sappi, nos dedicamos, trabalhando intensamente em conjunto com os nossos parceiros de impressão para elaborar e aprimorar. EMPENHADOS NO SUCESSO

Encontramo-nos numa posição privi-

legiada na Sappi – somos uma empresa financeiramente sólida com bens correctamente investidos e um registo comercial confiável. Esta não é a nossa primeira crise, e recuperaremos novamente tal como aconteceu no passado. É nosso dever e intenção fazer o nosso melhor para podermos ajudar o mais possível os nossos clientes e parceiros para que possam fazer o mesmo. Tal significa que estamos aqui para ouvir os nossos clientes e para trabalhar com eles para encontrar as melhores soluções que satisfaçam as necessidades e

as preocupações dos seus negócios – hoje e amanhã. Isto significa que estamos prontos para os auxiliar quando e como pudermos, como parceiros na impressão. E estamos aqui para continuar a trabalhar vigorosamente demostrando a provada eficiência da impressão a uma vasta variedade dos seus potenciais clientes. O nosso futuro é o futuro deles – e estamos empenhados no sucesso de ambos. Visite www.sappi.com/print-media-stories para mais informação sobre por que razão a impressão continua um meio viável, relevante e sustentável.


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“THE DAY AFTER” DEPRESSÃO OU UMA NOVA VIDA?

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POR Edmundo Marques // Building Champions

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OMO SERÁ O RECOMEÇO da vida das pessoas e empresas pós Covid-19? O sentimento será de depressão ou aquela sensação de uma nova vida? Todos querem a resposta, mas tudo dependerá da forma como cada um encarou e agiu durante o quase total “shut down” do país. Se adoptou um dos dois tipos de comportamento, o de esperar – sentimento de ameaça - ou o de agir – sentimento de oportunidade. Muitos especialistas afirmam que o nosso cérebro procura constantemente o que nos faz sofrer, para assim, criar ou ajustar a zona de conforto de cada um. Na generalidade, o suspense provocado pela pandemia passou a justificar quase tudo: “isto está mau, mas é geral, é por causa do Coronavirus”. É sem dúvida uma experiência traumática. Ninguém estava preparado. Viver-se o drama de familiares ou conhecidos que testaram positivo, de entes queridos que partiram sem direito a uma despedida, da redução de rendimento. No meu caso em particular, tive que me ajustar a uma mediática barreira, física e policial, que conteve toda a população e empresas do concelho de Ovar entre 18 de março a 17 de abril. Tudo por causa de um inimigo invisível que nos invadiu e virou tudo do avesso. Não me queixo mais. Escrevo este artigo a convite da Revista Intergráficas para partilhar a minha reflexão sobre o “Day After” na indústria gráfica. Tendo em conta que o comportamento do cliente muda, a concorrência não

facilita, a evolução da tecnologia ou as diversas e imprevisíveis crises, assume-se, que um dos fatores-críticos de sucesso das empresas é a sua capacidade de adaptação. Senão vejamos, o que a globalização nos trouxe? Um mercado aguerrido e marcas centenárias. Procuraram a mão de obra mais barata, o maior incentivo à instalação de novas indústrias, os melhores canais de distribuição, facilitou-se na transição tecnológica e partilhou-se ou tomou-se de assalto informação estratégica, tudo em prol de maximizar o lucro. Mesmo reduzindo o significado de valores como a ética, o amor próprio e ao próximo, pela saúde e ambiente. Imagine-se uma nação nada fazer para proteger o ambiente, deixando a conta para os mais novos pagarem. Nada fazer para erradicar a pobreza e depois correr para alimentar quem ainda ontem produzia numa fábrica. Dá que pensar, não dá? Pois. Agora não nos falta tempo para pensar. Porque nos falta o frenesim do dia a dia, porque se está a viver com menos, porque se descobriu que os nossos filhos são espetaculares e nós nunca estávamos presentes. Afinal é preciso tão pouco para se sermos felizes. Se agora reencontramos os valores básicos da sociedade, não se pode fazer parte do grupo dos que esperam. Há que agir. Vamos todos ficar bem? Não, não vamos! Uns não ficarão tão mal quanto outros. É necessário aproveitar esta fase de brandos afazeres para avaliar o pas-

sado, tomar conhecimento do presente e planear o futuro. Assim, por mim: - Pensar o negócio sob o efeito Drupa? Não faça isso. É fundamental ter uma


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agenda própria para o pensamento estratégico. Quero com isto dizer, que é imperativo equilibrar o posicionamento do negócio gráfico entre o “technology

push” e o estudo estratégico para responder às necessidades do mercado. Os fornecedores tecnológicos ou de matérias primas só fornecem meios de produção. O valor acrescentado do negócio está na sua capacidade de inovação e diferenciação, a identidade da sua organização. Quem o exige, e manda, é o mercado e não a máquina, o software ou o consumível de que toda a gente fala. - Se até fevereiro a falta de recursos humanos levava a que se contratasse qualquer um, agora é necessário que seja meticuloso a selecionar, redefinir estratégias de retenção das pessoas e não se esquecer de que as pessoas precisam de uma forte liderança. - Iremos bater de frente com o desinvestimento continuado no treino especializado. De equipas comerciais que dão mais importância à continuidade da atual carteira de clientes do que gerar novas leads, mais focados em ganhar o trabalho pelo preço em vez de argumentar o seu valor - por não saberem como ultrapassar tais objeções - incapazes de definir objetivos estruturados e impreparados para a nova realidade digital dos negócios. Depois, temos o crónico problema de falta de treino especializado nos departamentos produtivos que é do conhecimento de todos. - As empresas gráficas têm que se tornar “sexys”. Só assim conseguirão captar investimento, financiamento bancário e acima de tudo, ganharem poder negocial junto de fornecedores e clientes. Uma empresa ser “sexy”, passa por inovar nos modelos de negócio e oferta, pelos seus responsáveis quebrarem o orgulho e unirem-se em grupos ou “clusters”, por desenvolver culturas “cool” que levem à valorização individual das pessoas, pelo espírito de converter as ameaças em oportunidades; - Fazer as pazes com o mundo digital. Os gráficos têm que entender de uma vez por todas que as marcas têm que estar onde os seus públicos estão. Então, se eles estão no digital é lá onde as marcas têm que estar. Isto não é uma ameaça para as gráficas, é mais um desafio para promover o conceito de “transmedia” e também um potencial veículo comercial. Mas não só a marca do seu cliente, a sua também. Defina uma estratégia

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integrada e planeada, execute-a e meça os resultados. O que mais vemos são partilhas avulsas e inconsequentes. - Crie um departamento de Pesquisa & Desenvolvimento. Premeie a criatividade, é barato, é uma poderosa ferramenta de motivação e as melhores soluções encontram-se sempre dentro das empresas - O bicho papão da Indústria 4.0 quase no 5.0. Na maioria das empresas somos confrontados pelo emperrar da eficiência nos batalhões do “backoffice”, comunicações lentas e falta de medição de resultados em tempo real que permita a tomada de decisão. Para quem está com tudo por fazer, o investimento, nos dias de hoje já não é um bicho papão, pois existem diversas soluções que ligadas entre si funcionam. Mais tarde a empresa pode migrar para algo mais sofisticado. - Exija, exija da sua associação. As empresas são a razão de existência das associações representativas, que têm como missão defender e desenvolver a área de negócio dos seus associados. Isso implica muito mais do que campanhas ou uns encontros anuais, implica estar no terreno de mangas arregaçadas dia após dia. Resumi neste artigo a minha reflexão. Trabalho há mais 25 anos na área em três papeis diferentes, como comprador, produtor e como consultor. Essa experiência permite-me desafiar quem se cruza comigo a discutir um futuro melhor para uma área essencial para a economia, que tem um valor incalculável como veículo cultural e de uma importância fundamental na preservação do meio ambiente. O que escrevi é de facto muito direcionado aos empresários. Mas também dedicado a quem trabalha nas Artes Gráficas, pois são o maior ativo das empresas. Numa situação como a que vivemos, é indispensável, apelar-se a todos, Torne-se Indispensável, este é o Poder da Responsabilidade Pessoal, como escreveu Mark Samuel. Num mundo cada vez mais competitivo só os indispensáveis contam. Termino como comecei. Está preparado para começar uma nova vida ou viver em depressão? Cuide-se! Fique bem!


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UMA CRISE DIFERENTE POR José Monteiro // Grafopel

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ALVEZ ESTEJAMOS A ATRAVESSAR A MAIOR CRISE PÓS 2ª GUERRA MUNDIAL. Uma crise diferente, pois a

partir de 1945 foi necessário levantar a Europa dos escombros da guerra: construir habitação, fábricas, hospitais, vias de comunicação, portos, etc. Durante todas as outras crises a economia nunca parou. Abrandou, mas nunca parou. Neste momento, temos sectores vitais da economia parados, trabalhadores em casa e com um sentimento de insegurança quanto à manutenção dos seus postos de trabalho. De igual modo, os empregadores sofrem do mesmo problema. Sem procura, não produzem, por conseguinte não vendem. Não vendendo, também não facturam, pelo que não havendo

rendimento daí resultante, não podem pagar compromissos assumidos, sejam eles salariais, fiscais, de financiamento ou até de fornecedores. Admito que algumas empresas não voltarão a abrir as portas e o nível de desemprego poderá atingir valores elevados. Além da crise económica, temos a crise social. É o lado mais obscuro da crise. No entanto, as crises também geram oportunidades de negócio. Há sectores que não pararam, havendo empresas que continuam a laborar com apenas pequenas quebras de produção. No caso concreto da indústria gráfica, nota-se uma forte diminuição de trabalho, havendo naturalmente algumas excepções. Infelizmente nem todos sobreviverão, mas aqueles que sobreviverem,

A indústria gráfica tem capacidade para ir além daquilo que tradicionalmente faz

irão enfrentar fortes desafios a curto/ médio prazo. Está na altura de reflectir. Olhar para dentro das empresas, analisá-las, tirar ilações sobre os erros do passado e corrigir o que tem de ser corrigido. A procura aumentará lentamente, pois o consumo crescerá e as empresas têm de estar preparadas para tal. Talvez esteja na altura de começarem a pensar se estão preparados para o novo paradigma. Se conseguem dar a volta sozinhos ou se será mais realista formar parcerias, ou até fusões, de forma a poderem enfrentar o mercado com outra força. Citando Fernando Pessoa, “Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce!” A indústria gráfica tem capacidade para ir além daquilo que tradicionalmente faz. Assistimos à transformação que teve a nível tecnológico nos diversos sectores: a digitalização na área da pré-impressão, impressão e acabamento, o negócio gerado pela internet, desde o e-commerce até ao web-to-print ou o web-to-pack, etc. O aparecimento da impressão 3D, que abre portas a diversos sectores de actividade, é outra das realidades. A mente não pode estar fechada, tem de estar e continuar aberta. Seria talvez da maior utilidade fazer uma reflexão sobre o futuro da indústria gráfica aquém e além fronteiras. A APIGRAF, após o fim do confinamento social, deveria preparar-se para a realização de um congresso sobre esta indústria, onde seria exposta toda a problemática do sector, desde a organização das empresas, fusões e parcerias, tecnologias, meios de financiamento, dificuldades, etc., ouvir a opinião dos diversos agentes da indústria e daí tirar as conclusões devidas. É altura de unir esforços e lutar pela prosperidade e galvanização deste sector. A vida não pára, pode é ter um ou outro momento de abrandamento. É aproveitar estes momentos de abrandamento para se ganhar novo fôlego de forma a retomar o ritmo anterior. Para finalizar, deixo outra citação de Fernando Pessoa: “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem, por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis!”

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COPO MEIO CHEIO POR João Monteiro // Grafopel

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STAMOS PERANTE UMA CRISE A NÍVEL MUNDIAL E NÃO FAZEMOS A MÍNIMA IDEIA DE QUANDO VAI ACABAR

nem como vamos ficar quando esta passar. Incerteza é o sentimento que prevalece dentro de mim. Incerteza em relação à família, aos amigos, aos negócios, à forma de nos relacionarmos... Incerteza em relação a tudo. E é num momento de incerteza destes, obrigado a ficar fechado em casa, com pouco ou nada para fazer, que me deparo com dois cenários possíveis. Ficar sentado à espera que passe (e acreditem que não faltam séries para ver) ou aproveitar o tempo para fazer uma introspecção e pensar o futuro. Onde é que quero estar daqui a um, dois, cinco, dez anos... Fazer aquilo que devia fazer mais vezes mas que me escondo atrás de desculpas como falta de tempo, ou isso agora não

POR Augusto Monteiro // Grafopel

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EIXEI ÀS GERAÇÕES MAIS JOVENS

o encargo de opinar sobre as questões que colocou. De minha parte, apenas um breve registo quanto ao futuro pós-Covid-19. Esta pandemia é mais uma tragédia

Os técnicos da Grafopel mantiveram-se no terreno

é prioritário. Quando vivemos ocupados com aquilo que é o nosso dia-a-dia, tão embrenhados na nossa rotina, esquecemo-nos de refletir, pensar o futuro, planear, e só com este exercício é que nos conseguimos reinventar. Os All Blacks (equipa de rugby neo-zelandesa e melhor equipa do mundo há vários anos) tem como um dos princípios fundamentais “quando atingiste o topo do teu jogo, muda o jogo”. Porque podes ser o melhor, mas se não mudares o jogo vais acabar por ser ultrapassado. Este é um principio que serve para o desporto mas adapta-se bem às em-

presas. Óbviamente estamos numa fase em que a preocupação principal é a sobrevivência e é um problema bem mais importante que pensar o futuro. Mas a verdade também, é que se não sabemos onde queremos estar no futuro de que nos serve a sobrevivência no presente. Por isso mesmo quero olhar para esta crise com a perspetiva do copo meio cheio, aproveitar o confinamento para repensar o que estamos a fazer no presente e perceber se o que fazemos é válido hoje, amanhã, daqui a dois, cinco, dez, ou até cinquenta anos e planear aquilo que gostava que fosse a empresa no futuro.

a juntar ao rol de tantas outras que aconteceram ao longo da história da humanidade. Em todas, sempre se desenharam cenários de sacrifícios e de luta para ultrapassá-las, e de oportunidades e desafios que puseram à prova a capacidade daqueles que rapidamente e melhor se adaptaram às circunstâncias. Este é outro momento de mutação, que todos temos pela frente, que vai obrigar a reinventar caminhos novos de mudança,

com intuitiva esperança de que a vida renasce cada manhã, com o sol a projectar os seus raios para horizontes infindáveis, alguns ainda inexplorados. Este será um momento de acção, na luta a travar contra a adversidade que nos tocou, até recuperar o ritmo de vida perdido. Baseio este meu discurso na experiência própria adquirida pela constante mutação que a vida me foi colocando, que me obrigou a mudar conforme as evidências mudaram.


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TEMPO DE SER DIFERENTE

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POR Armando Mota // Digidelta

S DESAFIOS DO PRESENTE

Sempre que somos confrontados com algo que não podemos mudar, o que vai marcar a diferença é a forma como se lida com a situação e se age para a superar. Foi isso que a Digidelta fez desde o momento em que nos deparámos com os primeiros desafios que o tempo viria a confirmar como um cenário de pandemia, mudando a nossa forma de viver, trabalhar e encarar o futuro. As mudanças foram muitas, excepto nos objetivos ambiciosos que continuamos a querer atingir. Fomos resilientes e tomámos diversas medidas para assegurar que a empresa não fechava por completo, começando pela adopção do regime de teletrabalho nos casos em que tal era possível, antes da Assembleia da República aprovar o Estado de Emergência. Também passámos a assegurar um apoio técnico diário, que implicou assistência presencial sempre que justificável e respeitando as normas de segurança, assim como turnos alternados na área da produção. A nível interno, tornámo-nos mais próximos e mais unidos, apesar da distância física. Se antes já trabalhávamos para um todo, hoje esse sentimento tem de ser mais forte do que nunca para garantir o melhor contributo de cada um enquanto peça imprescindível do mesmo puzzle. E, porque o puzzle apenas faz sentido com os nossos clientes, a nível externo não passou um único dia em que não houvesse contacto com eles. A qualquer nível, primeiro estão as

pessoas e depois vem tudo o resto, sem perder a noção de que esta fase não é permanente e que, tal como aconteceu noutros momentos da História, as oportunidades surgem no meio das dificuldades. Há quem não resista, há quem resista com mazelas e há quem saia reforçado. Nós queremos fazer parte do terceiro grupo e, por isso, volto a frisar a resiliência necessária para conseguir “fintar” esta ameaça. Até à data, temos conseguido fazê-lo e estamos satisfeitos com isso, mas não nos limitamos a tentar perceber como esta situação vai evoluir. Temos de prever todos os cenários, sobretudo agora que a disciplina dos cidadãos e dos trabalhadores teve efeitos positivos e existe uma tendência europeia para levantar as restrições. Não vamos regressar à normalidade, vamos adaptar-nos a uma nova realidade e, à semelhança do que aconteceu durante o confinamento, também aqui estamos a liderar este processo com a preparação de um retorno gradual. Muitos clientes estão a fazer o mesmo e, mais do que parceiros de negócio, queremos ser os seus “guias”, apontando os melhores caminhos e as rotinas mais adequadas para lidarmos com isto sem comprometer o esforço que já foi feito. OS DESAFIOS DO FUTURO

A situação é, de facto, grave e o cenário de crise económica é uma certeza à qual não podemos fugir. É uma situação transversal, que afeta a oferta e a procura, os países ricos e os países pobres, e é necessário

responder a todos com uma mensagem de esperança, não utópica, mas pragmática em que cada empresa deve recorrer aos seus elementos diferenciadores. As comparações do que estamos a viver com uma guerra repetem-se e, assim sendo, precisamos do maior número de “armas” possível para enfrentar os desafios que se impõem ao mercado. No caso específico da comunicação visual, à qual estamos fortemente ligados, tratou-se de uma das primeiras áreas a ser atingida pela pandemia. No entanto, deve ser também aquela à qual as empresas vão recorrer para sair da crise, (re)afirmando-se como meio privilegiado para chegar em primeiro lugar aos clientes, sobretudo a partir do momento em as ruas voltarem a ter movimento. Nós, Digidelta, já temos algumas “armas” preparadas para as batalhas que se avizinham, quer falemos dos autoadesivos Decal, da tecnologia LED da NetScreen ou dos equipamentos de impressão de grande formato Mimaki. Todas serão reveladas na altura certa, mas posso avançar que se tratam, na globalidade, de soluções que espelham a nossa convicção de que temos de ser mais fortes, mais argumentativos e chegar ao


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dos com produtos que asseguram uma liberdade quase total na escolha dos materiais para pintar e decorar. O destaque vai para a tecnologia de impressão UV LED, a única que dá resposta cabal a essa autonomia quando combinada com os melhores consumíveis. PARCERIAS, UNIÃO E DINAMISMO

Armando Mota, COO (Chief Operating Officer)

Vamos adaptar-nos a uma nova realidade

maior número de pessoas possível. Este é o momento em que temos de primar pela diferença, de lutar em várias frentes, pois o que agora é visto como uma ameaça, pode revelar-se uma conjuntura com novas abordagens para dar resposta a novas apetências de comunicação. Por exemplo, a consciência ambiental da Decal existe há mais de uma década e esta crise veio confirmar a importância de pensarmos a longo prazo de modo a preservarmos o planeta que, no meio de um cenário preocupante, viu os graus de poluição baixarem. É preciso não se perder o que se conquistou nesse sentido e vamos avançar com uma gama de produtos PVC Free, adaptável

a diferentes aplicações e tecnologias, sobretudo UV e Látex. Esta consciência foi preservada e reforçada pela recente reestruturação da identidade institucional da marca, com uma imagem forte e positiva que se reflecte num novo site mais apelativo e funcional. Numa fase em que o confinamento fez repensar o conceito de “lar” também temos novidades na gama Wallpaper, pensadas para criar casas totalmente diferentes e únicas. Em breve, os momentos passados em casa voltarão a ser partilhados com os momentos ao ar livre e em espaços comerciais. É nesta fase que as empresas devem aproveitar a oportunidade para começar ou voltar a comunicar com o público. Conforme referi, o regresso à rua vai ser gradual e a comunicação deve ser feita com precisão e dinamismo, requisitos que os painéis digitais com tecnologia LED da NetScreen já cumprem e aos quais se juntarão outros em breve. O contacto com o público deve ser feito de forma integrada, recorrendo aos meios mais eficazes e também será possível marcar pela diferença com os equipamentos Mimaki. Os actuais limites da comunicação visual serão alarga-

À questão sobre a importância das parcerias para superar as consequências económicas trazidas por esta pandemia tão imprevisível eu respondo com os factos que fazem parte da história da Digidelta desde sempre. As parcerias estão no nosso ADN pois trabalhamos com parceiros em todas as geografias. Foi o trabalho conjunto, assente numa base de confiança que procuramos consolidar todos os dias, que nos permitiu chegar tão longe e queremos continuar neste caminho. A união é fundamental e isto também se aplica quando me questionam sobre a indústria. Trata-se de um tema que permite diversas visões, mas opto por focar a que está relacionada com os eventos do setor. Muitos tiveram de ser adiados, com as razões altamente compreensíveis impostas pela segurança de expositores e visitantes, e muitos já estão previstos para a última semana de setembro e primeira semana de outubro. As datas são coincidentes e, por exemplo, vão ser realizadas três feiras em território espanhol. Na minha opinião, trata-se de um absurdo pois o setor não merece ser tratado assim. A indústria deve, primeiro do que tudo, deve preocupar-se com o setor como um todo, juntando-se para identificar e perceber de forma estruturada e estratégica o que beneficia quem vende e quem compra. Os cenários actual e futuro exigem decisões em uníssono, sobretudo por parte das maiores empresas, para que a maioria consiga superar os desafios à sua maneira e fazer face às contrariedades. No caso da Digidelta, a nossa dimensão permite adaptar-nos às novas necessidades com uma capacidade dinâmica e de reação robustas. O futuro é incerto, mas melhores tempos vão chegar e nós não vamos ficar sentados à espera. Queremos estar mais à frente, prontos para os receber.


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PARAR, RESPIRAR E REFLECTIR PARA UM FUTURO MELHOR POR Josep Maria Coll // Epson

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UM FACTO QUE VIVEMOS EM TEMPOS DE INSTABILIDADE E INCERTEZA. É, também, verdade que este

abrandamento do ritmo acelerado do dia a dia nos deu a todos tempo para parar, respirar fundo e ref lectir. Se tivermos de identificar um ponto positivo desta pandemia, diria que a diminuição da poluição e a regeneração do nosso planeta é um deles. Agora, mais que nunca, faz sentido focarmo-nos nas pessoas e no planeta e ref lectir como podemos contribuir com o nosso melhor. Com a agravante da situação actual, nunca foi tão urgente para a indústria repensar como poderá retomar a atividade económica de uma forma rentável e sustentável ao mesmo tempo. Surgiu, de certa forma, uma oportunidade para se melhorar processos, otimizar a produtividade e reduzir o desperdício. Na Epson, há muitos anos que investimos continuamente na transfor-

mação digital, na criação de soluções eficientes e na redução do impacto ambiental para os setores da produção têxtil, personalização, etiquetagem, sinalética e fotografia profissional. Sabemos que o setor têxtil, por exemplo, é a segunda indústria mais poluidora do mundo, e por isso temos apostado em soluções de impressão digital que permitem reduzir o consumo de água em 60% e o consumo de energia em 80%. Também no que respeita à personalização, os nossos sistemas de impressão por sublimação oferecem uma solução mais ecológica, escalável e eficiente. Na era pós-COVID, vemos que uma das premissas dos governos em Portugal e em Espanha é a necessidade de reindustrializar, de recuperar aspetos produtivos. Sem dúvida, o sector têxtil será um desses protagonistas e queremos promover a digitalização nessa reindustrialização ou realocação de fábricas de produção. Por este motivo,

já estamos a trabalhar em estreita colaboração com os principais clusters do norte de Portugal, mostrando as vantagens da impressão digital têxtil e pensando nas melhores condições para dar acesso a essa tecnologia. Embora a sustentabilidade e o desenvolvimento tecnológico possam parecer dois conceitos que entram em conflito entre si, a verdade é que a tecnologia pode ser uma grande aliada relativamente à optimização de processos, ao aumento da produtividade, à redução de custos, consumo energético e desperdício resultando na consequente diminuição da pegada ambiental de cada empresa. Aproveitemos para recuperar o fôlego e planear como podemos melhorar. Acreditamos que a economia circular é o modelo que irá liderar a economia do futuro e queremos ajudar-vos com soluções que promovam uma maior eficiência dos recursos, maior produtividade, e uma pegada ecológica diminuta.

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NÓS SOMOS SERIGRAFIA

REPENSAR O NEGÓCIO E ENCONTRAR NOVOS CAMINHOS POR Paulo Alexandre // Miraventos

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ESTE MOMENTO O ESTADO DA NAÇÃO OBRIGA A PARAR, pois a maior

parte dos nossos clientes estão em lay-off. No entanto como a nossa indústria é transversal a toda economia ainda vamos produzindo algumas coisas. Também aproveitamos o tempo para limpar, desinfectar e lubrificar os equipamentos. Aproveitámos para fazer uma limpeza geral de alto a abaixo, tivemos tempo que nunca conseguíamos, sempre com os minutos contados, porque como todos sabem as encomendas são sempre para ontem. Este também é um tempo de parar, respirar fundo e repensar o negócio, encontrar novos caminhos planear o futuro. É com muita esperança e certeza que estamos a encontrar esse caminho, vejo a Miraventos mais forte após a retoma da actividade. Uma palavra em especial também para toda a equipa da Miraventos, têm estado todos mas quando digo todos são mesmo todos, unidos no presente e prontos para o futuro nas soluções e nos desafios, mantemo-nos todos sempre em contacto, é esta equipa de pessoas que nos dão a garantia de continuar um muito obrigado a todos. PROMETO QUE NÃO VOU DESISTIR

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AJUDAMOS A INSPIRAR OS NOSSOS CLIENTES! POR Marta Fraile // Roland DG Iberia

Estamos ligados a todos os clientes e parceiros, onde quer que estejam

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A ROLAND embora conscientes dos desafios que a situação actual nos coloca, acreditamos que este é o momento que permitirá aumentar a nossa criatividade, desenvolver novas ideias, acrescentar formação e descobrir novas fórmulas para crescer. Na Roland estamos a fornecer uma ampla gama de seminários e tutoriais online e conteúdos digitais numa variedade de tecnologias e aplicativos para ajudar a educar e inspirar. Por outro lado, os distribuidores da Roland, juntamente com a última tecnologia de impressão digital, estão disponíveis perante esta situação em que é preciso o fabrico de máscaras para profissionais da área da saúde. Empresas como Promakim ou Atlántida Soluciones, trocaram a sua produção habitual pela produção de máscaras. Graças a um novo dispositivo de captu-

ra LV-180, a Promakim corta as viseiras transparentes Pet-G que servem para proteger do virus a zona da face, sem limitar a respiração e a visão. Queremos ajudar os nossos clientes a maximizar o potencial da sua tecnologia e fornecemos conselhos importantes sobre sistemas complementares que podem ajudar a ter sucesso no futuro, em novos mercados. Não sabemos quanto tempo durará a situação actual, mas as pessoas estão naturalmente optimistas. Adoramos olhar para o future e queremos voltar a vender trabalho quando as coisas voltarem ao normal com a oferta de promoções sazonais, exposições, produtos escolares, festivais, eventos desportivos, etc. A Roland DG tem enviado uma mensagem clara durante este período sem precedentes para os responsáveis

de várias empresas, oferecendo o nosso suporte e inspirando para um futuro revigorado. Reconhecemos os desafios que muitas empresas e pessoas do sector estão a enfrentar e como isso remete para um futuro incerto, já que em muitos casos, os negócios desaceleraram, sobretudo em matéria de feiras e eventos que foram adiados, a fim de proteger a segurança de todos os participantes. Estamos ligados a todos os clientes e parceiros, onde quer que estejam e por isso a nossa equipa de especialistas está pronta para interagir com a comunidade por meio de muitas plataformas de social media e directamente, pela página WE ARE HERE. É apenas preciso preencher um formulário no site para nos informar sobre necessidades ou solicitações imediatas. Os negócios podem ser melhorados de diferentes formas, decidindo como podemos melhorar a nossa vida profissional e abraçar o futuro. Estamos a fornecer uma nova e extensa gama de seminários online, tutoriais online e conteúdo digital numa variedade de tecnologias e aplicativos para ajudar a educar e inspirar os nossos clientes. Especialistas de toda a Roland, incluindo a Academia Roland, estarão disponíveis para responder a perguntas em sessões interactivas. Sobre o que pode manter toda a indústria unida e preparada para o futuro, acrditamos que é preciso estar ligados para obter novos recursos e soluções de problemas, adaptando o mundo empresarial que o COVID-19 exige. Temos agora a oportunidade de ser mais criativos, pensar em novas soluções e em novas


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A necessidade de impressão digital será cada vez maior

formas de ajudar os clientes, a pensar em possíveis eventos. No futuro imediato algumas áreas precisarão muito da impressão como é o caso de mercados como o da decoração de interiores, embalagem, fotografia, comunicação corporativa, etc. A necessidade de impressão digital será cada vez maior para fazer frente a novas tendências dinâmicas e criativas. Por exemplo, o grande impacto sobre a situação actual no sector empresarial eige que as empresas se diferenciem da concorrência através da comunicação visual e da personalização. Isso demonstra que a personalização de objectos é um elemento chave que determina a escolha de uma marca em prol de outra. Além disso, as empresas que estão a trabalhar a tecnologia de impressão 3D para fornecer equipamentos de protecção contra o Covid19

estão a mostrar como é importante ter equipamentos actuais. Com a impressão 3D estão a ser criados muitos dispositivos para modelos que preservam a saúde dos profissionais e ajudam no desenvolvimento de protótipos como válvulas, conectores de respiração ou ventiladores e ajudam a mitigar a escassez de material médico. Além disso, muitas comunidades de criadores estão a ajudar com as impressoras 3D para fabricar dispositivos. Por outro lado, os sectores como a decoração de interiores estão a transformar os espaços nas salas de espera, a imprimir painéis de luo para hotéis, divisórias de secretárias, impressão a óleo em murais de fotografias, papéis pintados personalizados para lembranças, aplicativos de decoração de interiores para quartos de crianças, alas pediátricas mais criativas etc.

Com a impressão 3D estão a ser criados muitos dispositivos para modelos que preservam a saúde dos profissionais e ajudam no desenvolvimento de protótipos


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A PANDEMIA QUE

UNIU O MUNDO!

POR Joaquim Pimenta // Canon

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ÃO SERÁ NOVIDADE QUE MUITO DO QUE DAMOS COMO GARANTIDO TEM TAMBÉM ALGO DE VOLÁTIL, e os ensi-

namentos das últimas semanas, provocados por uma crise que está a mudar o mundo, são disso prova. No espaço de dias, as nossas vidas mudaram por completo. Desde os formatos mais simples às exigências mais prementes; tudo o que dávamos como garantido e absolutamente imprescindível foi ignorado por um “inimigo” invisível, que nos obrigou a fazer uso da nossa melhor característica, a adaptação. No espaço de dias abandonámos práticas enraizadas ao longo de gerações e mudámos os nossos comportamentos sociais, que muito alteraram o panorama profissional, também ele obrigado a reinventar-se. Em defesa da saúde pública, fomos capazes de conter os danos visíveis em outros países, e embora longe do desejável, o cenário mantém-se aparentemente controlado, o que nos permite olhar para o futuro e pensar no que será o “novo normal”. Na Canon Portugal, adoptámos desde cedo medidas que colocaram a de-

fesa da saúde dos nossos profissionais, parceiros e clientes em primeiro plano das nossas prioridades. Assentámos as nossas práticas diárias num forte compromisso entre todos, persistência no cumprimento de tarefas e objetivos e doses de energia redobradas que partilhamos com regularidade. Adoptámos como base preferencial o teletrabalho, que cumpriu um programa de contacto e acompanhamento contínuo dos nossos parceiros e clientes, visando não só suprir as necessidades actuais, como preparar o futuro, com planos de formação e melhoramento de competências, também visando o planeamento de acções e formatos de negócio que acreditamos virem a ser parte integrante de um mundo de negócios que terá de se reinventar. Mantivemos equipas especializadas de “services engineers” em actividade regular no cumprimento dos contratos com clientes, que por força da sua especificidade se mantiveram ativos durante este período. Apoiámos instituições e organizações no combate a esta crise, pela cedência de recursos e meios que

permitam contribuir para anular ou minimizar os efeitos desta pandemia. Todos nós, não só na Canon Portugal, como no país, estamos a fazer um grande trabalho! Estamos naturalmente longe de ultrapassar esta fase e as medidas em torno de planeamento de regresso à actividade não nos permitem prever com rigor o futuro imediato, mas gostaria de partilhar, no desafio feito pela Intergráficas, a sensação generalizada que existe na Canon. A experiência acumulada pelos inúmeros contactos produzidos durante este período nas atividades mantidas com colaboradores, parceiros e clientes, demonstram-nos que existe uma grande vontade em regressar ao trabalho, ao contacto social, aos negócios. Esses contactos dizem-nos que queremos passar da fase da resiliência, das últimas semanas, à ação necessária para recuperar uma economia muito debilitada que necessita do apoio de todos. E também acreditamos muito na energia e capacidade de adaptação dos Portugueses para vencer não só este desafio, como o que se apresenta após a pandemia. Este período será de ensinamentos para o futuro e boa parte desta adaptação, a que tivemos de nos submeter, será parte integrante do “novo normal”, que seguramente nos trará novas e inúmeras oportunidades de negócio. É com esta energia, vontade e capacidade de adaptação, que reside em todos nós, que estamos a sentir que esta é uma batalha vencida. Sempre foram as pessoas a fazer a diferença e continuarão a ser! Desejamos a todos muita força e energia para vencer estas batalhas!


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PRÓXIMOS DOS NOSSOS CLIENTES POR Sandra Andrade // Xerox

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Todos temos um papel fundamental a desempenhar na luta contra o Pandemia do COVID-19

tir a continuidade do negócio; de todos os negócios e a proteger a saúde e segurança de todos os nossos stakeholders. Desde o início que activámos o nosso plano de continuidade do negócio para permitir manter a confiança de todos a quem prestamos serviços e fornecemos tecnologia e soluções. O nosso plano segue os padrões mais recentes das melhores práticas do setor e aplicámos toda a nossa própria experiência para definir requisitos adicionais que permitam ter já em plano o que vamos necessitar durante as várias fases destes “novo normal”, em especial da mais crítica fase que será a preparação gradual do regresso às operações após o fim do Estado de Emergência. É agora e estamos preparados. AO LADO DOS NOSSOS COLABORADORES

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STE TEMPO SEM PRECEDENTES, pelo menos do que a nossa memória colectiva actual consiga recordar-se, a Xerox tem feito um esforço para estar desde o primeiro dia comprometida em fazer tudo o que seja possível para proteger os colaboradores, clientes, parceiros e a comunidade em geral. Todos temos um papel a desempenhar nesta luta, seja através da atenção dada à comunidade, quer seja através de estar como sempre estamos: ao lado dos nossos clientes e parceiros a garan-

A nossa prioridade número é sempre a saúde e a segurança de nossos colaboradores e das suas famílias, e por isso tomámos medidas que permitiram a todos se adaptar rapidamente e com o mínimo de disrupção à nova realidade. Alguns exemplos são: • Dar informação e orientações sobre

como se protegerem da Pandemia; • Disponibilizar novos canais de comunicação e alargar a abrangência dos planos médicos dos colaboradores e das suas famílias; • Re-incentivar as políticas de equilíbrio trabalho-vida, fornecendo a todos os colaboradores, com funções que o permitam, as ferramentas necessárias para trabalhar a partir de casa; • Aumentar a flexibilização das Políticas de apoio à parentalidade da Xerox, aten-

tos que estamos às necessidades específicas de quem tem filhos em idade escolar; • Re-organizar os procedimentos de trabalho para todos os colaboradores que pela especificidade das suas funções, continuam na linha da frente de suporte ao negócio, e fornecendo EPI (Equipamentos de Protecção Individual) adicionais e específicos; • Manter a ligação entre as equipas e promoção de reuniões mais regulares e de outras acções que reforçam o espírito de equipa e fomentam a partilha de experiências neste contexto.

AO LADO DOS NOSSOS CLIENTES E PARCEIROS

A equipa Xerox tem se empenhado em manter uma ligação muito próxima com os seus clientes e parceiros pois acreditamos que essa é a melhor forma de estarmos preparados para dar resposta aos desafios acrescidos que o contexto actual acarreta. Neste sentido desenhámos ofertas e programas específicos adequadas às exigências actuais: • Oferta de período experimental de 60 dias da solução cloud-based, Xerox DocuShare que possui ferramentas simples mas altamente produtivas para gerir workflows documentais e sincronizar com os principais sistemas de CRM ou ERP (https://xerox.bz/2VQmJTu). • Suportado pelo nosso centro de Imaging em Lisboa, asseguramos serviços rápidos e seguro de comunicação e processamento documental, tal como a Automatização do Correio para email. Porque em tempos de enormes desafios para as organizações, a comunicação é


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Clientes e Parceiros sobre as App’s Xerox que facilitam o trabalho remoto e colaborativo e a gestão de workflows documentais, bem como apps para sectores específicos que não param mesmo em Estado de Emergência e que estão na linha da frente do combate à pandemia. • Disponibilização de programas de treino remoto e Certificação de parceiros. • Trabalho em parceria com os clientes para a preparação de materiais que suportem a continuidade do trabalho quer em ambiente de escritório quer em ambiente de produção gráfica. AO LADO DA COMUNIDADE

Work at Home, Sandra Andrade

A xerox estabeleceu parcerias para produzir ventiladoires descartáveis mais do que nunca uma prioridade. • Tecnologia Xerox com preços especiais adaptada à nova realidade de “Home-Office” para responder aos desafios do teletrabalho, porque mesmo em casa, as necessidades de cópia, impressão ou digitalização mantêm-se. • Análise dos contratos de financiamento com flexibilização e diferimento dos pagamentos. • Serviço Técnico e Suporte sem quebras e cumprido as necessárias regras e condições de segurança para os nossos

colaboradores e os colaboradores dos nossos clientes. • Lançamento da plataforma de apoio técnico remoto – o Global Digital Support que permitiu à Xerox desde o primeiro momento garantir que não existia disrupção na gestão dos contratos de serviço dos nossos clientes. Suportada pela aplicação Xerox Support Engage (https://xerox.bz/2yRA7xv) oferecemos aos nossos clientes um apoio imediato e conveniente através de dispositivos móveis (telemóveis e tablets), 24 horas por dia, 7 dias por semana. A interacção é feita com Agente digital inteligente para obter as respostas e, se necessário, exemplos em vídeos dos procedimentos a realizar. Caso, ainda assim a dúvida ou questão não fique resolvida, o cliente pode ser encaminhado para um dos nossos Especialistas de apoio digital, que terá acesso a todo o percurso realizado até ao contacto e assim de forma rápida discutir a resolução passo a passo através de conversação via texto, áudio ou vídeo. • Reforço da informação e formação a

Desde o inicio de Abril que a Xerox criou uma equipa e multidisciplinar para monitorizar toda a resposta global que tem que ser dada à Pandemia COVID-19, até tendo em consideração que temos países com diferentes cenários. Este grupo de trabalho assumiu ainda o desafio de estabelecer parcerias, locais ou globais que permitam dar uma resposta comunitária e de apoio social. Alguns exemplos são: • Reforçar o programa “Community Giving” que incentiva os colaboradores a se envolverem em acções de voluntariado e de responsabilidade social. • Estabelecimento de uma parceria entre a Xerox e Vortran Medical para produzir ventiladores descartáveis e monitores portáteis para ajudar no combate ao COVID-19 (https://xerox.bz/2KMCmVA). Atingiremos cerca de 40.000 ventiladores produzidos em Abril, e entre 150.000 e 200.000 ventiladores até final de Junho. • A Xerox está ainda a aproveitar as suas capacidades e experiência de fabricação para produzir até Junho aproximadamente 140.000 galões de desinfetante hospitalar para os profissionais de saúde dos EUA e Canadá, e planeia continuar a produzir desinfetante para as mãos enquanto houver procura (https://xerox.bz/3ff29ns). • Ao nível local a Xerox Portugal é parceira do projecto FAN 3D (https://bit. ly/3bSHtzn) tendo fornecido matéria prima para a produção de 6.000 viseiras a entregar aos profissionais de saúde.


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it solutions

Na compra de um dos equipamentos Konica Minolta Accurio PRESS C3080 BPS Banner Print System

MGI JETVARNISH 3D One by Konica Minolta Campanha válida até 30 de junho de 2020

Verniz UV Sistema 2D e 3D

Konica Minolta AccurioLabel 230

Konica Minolta Accurio PRESS 6120 Book Factory System

Roll-to-Roll Rótulos e Etiquetas

"Cada cliente é, para nós, um parceiro de negócio, a E.tron It Solutions está, nesta fase mais do que nunca, a trabalhar para encontrar as melhores soluções de mercado para si e para a sua empresa, adaptando-as, sempre que necessário, ao seu modelo de negócio." Manuel Matos CEO

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ADAPTAR À SITUAÇÃO E RESISTIR À TEMPESTADE POR Pamela Ghosal // OKI Europe

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PANDEMIA DA COVID-19 teve impacto em todas as indústrias, subsectores e empresas. Para proteger os seus cidadãos, os governos foram forçados a tomar decisões difíceis que terão, sem dúvida, consequências de grande alcance para as empresas, sejam elas de natureza crítica ou não. Esta disrupção inesperada criou enormes desafios para grande parte da indústria da impressão, incluindo o sector das artes gráficas. Mas, por outro lado, veio

pôr em evidência a relevância do setor para a educação e a comunicação em tempos de crise. A dependência das empresas de artes gráficas é especialmente evidente em sectores críticos como os cuidados de saúde e o comércio de bens essenciais. Nestes ambientes, a utilização de suportes visuais impressos foi fundamental para a implantação rápida de controlos e regras de segurança nas organizações durante o período

de confinamento, ajudando a gerir e proteger doentes, trabalhadores na linha frente e clientes, fornecendo instruções e orientações específicas através de uma sinalização clara com o objetivo de ajudar a salvar vidas, prevenir a propagação do vírus e permitir simultaneamente que os serviços cruciais continuassem a funcionar. O sector das artes gráficas pode congratular-se com o facto de o seu valor ser talvez agora mais evidente do que alguma vez foi. Desde os autocolantes de chão que informam as pessoas sobre a distância a que devem permanecer para cumprirem as regras de distanciamento social, até à sinalização direcional e banners que as ajudam a navegar com segurança e eficiência nas lojas, hospitais e centros médicos improvisados, a importância da comunicação visual nunca foi tão óbvia. Além disso, não devemos esquecer outras áreas de impressão que se revelaram cruciais em tempos de pandemia e que deverão continuar a crescer, como o segmento da embalagem que foi impulsionado pelo crescimento do comércio eletrónico durante o confinamento, ou o direct mail, que continua a ser um dos canais mais eficazes para comunicar com os consumidores confinados em casa. A AGILIDADE É DETERMINANTE A situação atual evidenciou a importância de sermos capazes de trabalhar de uma forma ágil. As empresas que conseguem adaptar-se rapidamente à situação em que se encontram são provavelmente as que irão resistir a esta tempestade.


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Na OKI Europe, estamos empenhados em ajudar as empresas durante a pandemia da COVID-19, bem como aqueles negócios que necessitarão de apoio na transição para um novo tipo de normalidade, adaptando-se a novas regulamentações para proteger os seus colaboradores e os seus clientes. A OKI Europe está a oferecer gratuitamente* às empresas e organizações autocolantes de chão e os templates das artes finais com mensagens de distanciamento social para apoiar este processo. Isto permitirá que as empresas e serviços se tornem operacionais o mais rapidamente possível, protegendo simultaneamente o bem-estar do pessoal, dos clientes e dos visitantes. Mas ser ágil não se aplica apenas ao cumprimento das novas normas. Aplica-se também aos modelos de negócio e serviços. Apesar das oportunidades que a pandemia pode criar para o sector das artes gráficas, é provável que algumas empresas sofram com isso, na medida em que a recuperação de algumas economias poderá ser lenta, o que significa que poderá haver mudanças a longo prazo na forma como as pessoas vivem e trabalham. O sector precisa de se tornar progressivamente mais ágil para ultrapassar e responder a estes desafios. Em tempos de crise, os clientes têm orçamentos menores para gastar em materiais impressos, mas esta pode ser uma oportunidade para os profissionais do sector se concentrarem na oferta de novos serviços, como a impressão personalizada e de baixo volume. ACOLHER A NOVA NORMALIDADE

À medida que o mundo regressa à normalidade, não há dúvida de que esta assumirá uma versão inteiramente nova. E este novo contexto exige maior f lexibilidade. Normalmente, nas empresas, estamos habituados a trabalhar com planos anuais, trienais ou quinquenais, mas esta pandemia tornou-se um aviso claro de como uma disrupção inesperada pode muito rapidamente tornar esses planos obsoletos. Neste cenário é importante manter-se positivo e lembrar-se que podem ser delineados novos planos,

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Pamela Ghosal, General Manager, Marketing Communications EMEA da OKI Europe partilha a sua perspetiva sobre o impacto da pandemia no sector das artes gráficas e o papel que as organizações podem desempenhar para dinamizar a recuperação da economia.

que ajudarão a sua empresa a tornar-se mais resiliente. O sucesso advém da capacidade de se adaptar rapidamente a situações como a pandemia e de adequar a sua estratégia para apoiar as empresas que mais necessitam, bem como a economia em geral. A aproximação aos parceiros e clientes e o restabelecimento de relações será fundamental para a reconstrução dos negócios. Isto inclui juntarmo-nos com parceiros na comunidade para ajudar as empresas em dificuldades a ultrapassar os desafios com que estão a lidar. Com o aligeirar do confinamento, o distanciamento social continuará a ser uma exigência, pelo que as organizações necessitam de medidas para incentivar e lembrar os seus colaboradores e visitantes a aderirem às regras. Ao fornecermos gratuitamente templates e suportes de comunicação às empresas que permanecem operacionais, ou que precisam de pôr em prática planos de reabertura, estamos a assegurar que fazemos tudo o que está ao nosso alcance para ajudar os nossos clientes a concentrarem-se no que é mais importante para eles proteger os seus trabalhadores, clientes e visitantes. COLABORAÇÃO FACE À ADVERSIDADE

A pandemia pôs em evidência muitos

pontos úteis que vale a pena recordar quando, em conjunto, nos encaminhamos para a nova normalidade e procuramos os aspetos positivos a retirar da experiência. A situação realçou a importância de comunicar eficazmente nos momentos mais críticos. Ensinou-nos que ter um plano de continuidade das atividades é essencial para as atividades dos negócios perante a adversidade, e que ter a tecnologia certa instalada é vital para a comunicação e a continuidade das operações. Acima de tudo, a pandemia veio realçar a importância das pessoas nas mais diversas atividades e sectores. Desde os funcionários de limpeza dos hospitais que arriscam a vida para evitar a propagação do vírus, passando pelos médicos e enfermeiros que tratam os doentes, até aos distribuidores de produtos essenciais diariamente expostos ao vírus para garantir o abastecimento de alimentos, cada um destes exemplos desempenhou um papel fundamental pelo qual devemos estar eternamente gratos. Estes trabalhadores da linha da frente salientaram que, se nos unirmos como uma só equipa entre organizações, indústrias e comunidades, poderemos superar até os maiores desafios, e esta é a principal lição que nós, enquanto comunidade, devemos retirar desta situação.


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ACELERAR, INOVAR E CONFIAR: O PLANO DA FINEPAPER PARA RESPONDER À CRISE POR João Costa // Finepaper

T

AL COMO MUITAS EMPRESAS, A FINEPAPER INICIOU EM ABRIL UM NOVO ANO COMERCIAL. Novo ano,

vida nova. Adaptámo-nos a toda esta incerteza e estamos a seguir em frente: acabámos de realizar o nosso habitual Kick-Off anual, totalmente online, recorrendo pela primeira vez a algumas tecnologias que nos eram menos familiares. A nossa resposta foi um verdadeiro teste a esta nova realidade e podemos dizer que passámos com distinção. Foi o evento mais criativo e interessante de sempre, um marco nos 12 anos de história da empresa. O debate gerado acabou por despoletar algumas reflexões sobre a situação actual geral que quero partilhar convosco. Perdoem-me a visão muito específica da realidade da nossa empresa, mas espero que esta possa contribuir também para despertar novas ideias adaptadas aos vossos projectos. Da mesma forma que se pode considerar que o fim da 1.ª guerra mundial ditou o verdadeiro início do século XX, esta pandemia poderá marcar finalmente o derradeiro momento deste longo século e, na Finepaper, estamos empenhados em acompanhar a transição para o século XXI da forma como o imaginamos há algum tempo. As limitações que esta pandemia impõe, causaram e vão continuar a causar uma aceleração tecnológica muito acentuada que trará muitas oportunidades. Acreditamos que qualquer empresa só

poderá sobreviver se apostar forte em inovação. O futuro já começou. E porque há processos de inovação que só podem ser montados quando as máquinas estão paradas, foi neste momento de desaceleração que demos seguimento acelerado a algumas alterações internas que estavam pensadas. É o caso da avaliação e melhoria do sistema interno de gestão de parceiros e a conclusão do lançamento de mais um projeto web2print, entre outros processos internos que nunca tivemos tempo ou coragem de afinar com todos os projetos habituais em andamento, durante os últimos anos de crescimento consecutivo. Qualquer melhoria que possa ser implementada aumentará a nossa força para resistir às adversidades e agora é a altura certa para sermos ainda melhores. Achamos que há 3 grandes picos a ultrapassar: o combate ao vírus, o crash económico e os impostos que virão no fim. O que estamos a fazer é agir já com os olhos postos nessa última onda, para não morrermos na praia. E vamos precisar da nossa equipa e de muita resiliência Só considerámos duas opções: recuar um pouco (para ganhar balanço) ou avançar com confiança. Ficar à espera não faz parte do nosso ADN. Temos de saber reagir rapidamente e de saber manter a capacidade de ultrapassar o que vamos encontrar pela frente. Acreditamos que os próximos

dois anos serão de adaptação, muitos sacrifícios e dificuldades, mas antecipamos também que, na Finepaper, devido à natureza dos serviços que oferecemos, iremos sentir os efeitos desta situação durante mais algum tempo. Também sabemos que a rapidez da recuperação só dependerá do caminho que escolhermos percorrer. E que ajuda bastante sabermos bem onde queremos chegar. Será um grande desafio, durante o qual teremos também de nos esforçar para evitar os contágios negativos. Não ceder ao pânico, à insegurança, à ansiedade e ao pessimismo. Se acrescentarmos estes sintomas aos problemas que efetivamente não controlamos, teremos um problema muito maior. Vamos focar-nos nos pontos positivos e garantir realmente que, no final, vamos ficar mesmo todos bem.


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E não esquecemos aquela regra, que cumprimos com a mesma convicção em tempos de prosperidade e em tempos de crise: permanecer sempre fiéis aos valores da empresa. Saber bem quais são e respeitá-los mais que nunca. Na Finepaper, consideramos os nossos pilares corporativos como um pacto coletivo que nos une e como uma responsabilidade individual para todos os que fazem parte da empresa. E, mais importante de tudo, acreditamos mesmo que até são à prova de crise. Para além de serem uma parte importante da razão de existirmos e a estratégia que sustenta os nossos resultados, são também as linhas orientadoras que definem os moldes da relação que temos com todos os nossos parceiros de negócio. Baseada em parcerias responsáveis, solidárias e honestas com todos os nossos clientes,

Qualquer melhoria que possa ser implementada aumentará a nossa força para resistir às adversidades fornecedores e colaboradores. Sabemos desde a criação da empresa que juntos somos mais fortes e isso tem feito toda a diferença. E continuará a fazer. Por fim, acreditamos muito na capacidade da indústria gráfica nacional

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para saber ultrapassar mais este desafio e sentimo-nos com muita sorte por podermos contar com o apoio das nossas gráficas e das outras empresas do meio. Quer para os nossos clientes nacionais, quer para muitos dos nossos clientes internacionais, continuaremos a apresentar a produção gráfica made in Portugal com um orgulho muito grande. Acreditem, sentimos que não poderíamos estar melhor servidos. Portugal demonstrou ao mundo que é capaz de reagir e fazer o necessário para salvar vidas. Na Finepaper, estamos a planear o regresso com a convicção de que o país saberá também agora fazer o que é necessário para salvar negócios e garantir o rápido regresso ao caminho económico que estávamos, em conjunto, a percorrer. Temos força, confiança e motivação.


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AJUDAR OS CLIENTES, E CONTAR COM OS COLABORADORES POR Vasco Falcão // Konica Minolta

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OU DIRECTOR GERAL DA KONICA MINOLTA HÁ 12 ANOS. Que me lembre

destes 12 anos vivemos pelo menos 6 anos de crises profundas e outros tantos de recuperação. Subprime 2008, crise da dívida na Europa 2009 e 2010, intervenção da “troika” em Portugal 2011 a 2014. Quando comecei todos os indicadores eram negativos, crescimento, investimento, confiança. Em tempos de crise temos tendência a pensar demasiado no que não podemos influenciar e aí gastar energia. Eu decidi que com este ambiente externo tinha que focar a minha energia e da minha equipa naquilo que podíamos controlar: ajudar os nossos clientes, contar com os nossos colaboradores e procurar na nossa oferta os produtos e serviços que o mercado gráfico ia pedir. Está no ADN da nossa empresa desde 1873 Inovar. Foi assim que sobrevivemos a duas guerras mundiais. Ainda que inovar signifique deixar o seguro, o que já está provado, e trocá-lo por incerto. O nosso negócio principal é a impressão, por isso investimos em ajudar as empresas a automatizar os seus processos de impressão. Apesar de tantas dúvidas e riscos decidimos lançar novas ofertas no segmento de impressão de alto volume, nomeadamente a AccurioPress C1400, no segmento de impressão industrial, em soluções de automação e de acabamento digital. Hoje, mais do que nunca, faz sentido que as empresas e

organizações adotem soluções e ferramentas que materializem o conceito de automatização, reduzindo o número de intervenções humanas. Os negócios que a empresa tem vindo a desenvolver permitem combinar perfeitamente o mundo físico com o digital, considerando as necessidades de flexibilidade, automação e de segurança da informação que os novos tempos requerem. Neste momento, em que devemos controlar o número de pessoas no local de trabalho, haverá algumas preocupações no que diz respeito, por exemplo, ao número de operadores que um equipamento necessita para funcionar devido à sua complexidade. Os equipamentos da Konica Minolta têm uma interface simples, intuitiva e semelhante entre eles, o que possibilita ter apenas um operador a trabalhar em diversos equipamentos. Assim reduzimos a curva de aprendizagem, a complexidade das operações, somos mais ágeis e garantimos segurança no local de trabalho. Para além disso, estimamos que as adjudicações de trabalho ganhem novas dinâmicas, uma vez que vivemos um período de incerteza: pedidos urgentes e volumes de trabalho reduzidos. A automatização dos processos de impressão é por isso bastante relevante, uma vez que permite reduzir os tempos de preparação do equipamento através de softwares de gestão de trabalho eficientes; ao mesmo tempo que

Que me lembre destes 12 anos vivemos pelo menos 6 anos de crises profundas

conseguimos manter a qualidade através de um sistema inteligente capaz de manter o mesmo perfil de cores e regular a calibração automaticamente. Temos feito investimentos significativos por forma a manter uma oferta completa e diversificada no mercado, e que é composta por equipamentos inovadores e com tecnologia de última geração. Equipamentos que não só sustentam alta qualidade e rentabilidade, como abrem novas oportunidades de negócio. Creio que, independentemente da situação, os mercados da impressão industrial e comercial continuarão a revelar o seu enorme potencial. Mas sabemos bem que o nosso sucesso se deve também à forma como estabelecemos parcerias. Para a Konica Minolta o trabalho colaborativo é o mais eficaz. Ouvimos os nossos clien-


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A automatização dos processos de impressão é bastante relevante

tes e parceiros, e prestamos um serviço de consultoria permanente. É para nós extremamente importante assegurarmos que os nossos produtos respondem adequadamente às necessidades reais dos clientes e contribuem para a sustentabilidade dos seus negócios. Por todo este “esforço” e dedicação, conseguimos crescer todos os anos, ao longo destes 12 anos, a nossa facturação aumentou 50%, conseguimos ser uma

das melhores empresas para trabalhar em Portugal e por várias vezes ganhar o prémio da melhor subsidiária Europeia. Agora que estamos a enfrentar um cenário ainda mais complexo e que nunca foi vivido, olho para trás e vejo que nos preparamos para o futuro, ciente que a sustentabilidade da empresa reflecte-se não só na própria organização como também na nossa dinâmica em sociedade!

Os mercados da impressão industrial e comercial continuarão a revelar o seu enorme potencial


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A assistência técnica da Fujifilm continuou presente

A CRISE E OS SEUS DESAFIOS POR Susana Maximo // Fujifilm

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ESDE O INÍCIO DESTA PANDEMIA que a Fujifilm Europe desenvolveu um plano de contingência, que incluiu inúmeras actividades, cujo objectivo essencial foi afirmar o seu compromisso no combate a esta ameaça mundial, o Coronavírus, o inimigo invísivel. Esta crise tem vindo a apresentar desafios enormes à sociedade e à economia. Face a uma situação imprevísivel e em constante


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evolução, a saúde dos nossos colaboradores, parceiros de negócio e clientes foi sempre a nossa prioridade. A abordagem e gestão deste difícil cenário tem vindo a ser coordenada a nível local, por país e região em toda a Europa. Em Fevereiro estabelecemos um Comité de Crise da Fujifilm Europe para o Coronavírus que tem vindo a monitorizar todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde, da União Europeia e dos ministérios de saúde locais.

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A partir do Estado de Emergência, a Fujifilm Portugal manteve todos os seus sectores activos, garantindo as respectivas recomendações das autoridades de saúde, nomeadamente o teletrabalho sempre que fosse viável

ASSEGURAR A CONTINUIDADE DO NEGÓCIO É IGUALMENTE PRIMORDIAL, TEMA QUE ESTÁ NA NOSSA AGENDA DIÁRIA.

A partir do Estado de Emergência, a Fujifilm Portugal manteve todos os seus sectores activos, garantindo as respectivas recomendações das autoridades de saúde, nomeadamente o teletrabalho sempre que fosse viável, assegurando o distanciamento social. Paralelamente, as nossas equipas técnicas, com a devida protecção (máscaras, luvas, gel desinfetante) também estiveram sempre disponíveis para intervir, remotamente ou localmente de acordo com as necessidades dos clientes. Também sem parar tem estado a nossa cadeia de abastecimento. Foram delineadas medidas activas para limitar o impacto logístico nos clientes, definindo um contacto diário com os seus parceiros de logística, bem como criando planos de contingência dedicados à produção e transportes, o que permitiu até à data reduzir eventuais perturbações inerentes a estes sectores. Imparável a nossa equipa comercial focou-se na relação one-to-one com os clientes, estando em permanente contacto com os mesmos para lhes prestar todo o apoio necessário. Adicionalmente, existe um esforço partilhado por todos os países na recolha de informação sobre o mercado para que nos possamos preparar para o futuro próximo, saber qual o modelo de negócio que o cliente quer para adequar as nossas soluções às necessidades reais nesta indústria. Tem sido uma grande oportunidade para estabelecer uma maior proximidade, estreitar as relações com a nossa comunidade.

E agora com as redes sociais reforçamos este diálogo, convidando as pessoas a falar connosco, manifestar as suas opiniões e a interagir. O mundo mudou e esta situação em particular tornou-nos ainda mais conscientes, mais atentos ao que podemos fazer de relevante para acompanhar esta mudança. O nosso objectivo é mostrar aos clientes que somos um Grupo sólido, que estamos aqui e vamos continuar. A Fujifilm tem muitas outras áreas de negócio, para além da impressão, nomeadamente a divisão médica que assume particular destaque neste cenário. Durante este período, os meios de comunicação têm divulgado notícias sobre a nossa investigação dedicada ao tratamento do COVID-19, bem como dispostivos para testes e equipamentos de radiologia para detectar rapidamente e com acuidade as lesões. Existe ainda uma equipa dedicada ao projecto que irá dotar os radiologistas de ferramentas portáteis para que possam realizar exames, que podem ser visualizados em casa sem ser necessário ir ao hospital. Sentimos alguma tranquilidade, visto que a diversidade da nossa empresa pode assegurar todo o grupo. A dimensão da empresa permite manter a sua operacionalidade logística, proceder à entrega de consumíveis e equipamentos. Caso fosse uma empresa mais frágil seria extremamente difícil sobreviver.

A INDÚSTRIA GRÁFICA TEVE SEMPRE A CAPACIDADE E SABEDORIA PARA SABER SE ADAPTAR ÀS MUDANÇAS. JÁ MUDOU TANTO...

Desde o início da era da digitalização que tem vindo a enfrentar continuamente inúmeros desafios tecnológicos. Voltar ao que éramos irá demorar algum tempo. Claro que muitos não irão sobreviver, como tem acontecido em todos os momentos pós crise. Vamos voltar diferentes, com outra visão e os sobreviventes vão evoluir, tendo como ponto de partida estas novas perspectivas e estes tornar-se-ão mais fortes. Sabemos há já alguns anos que o futuro é digital. Contudo, ninguém sabe o que irá acontecer no mercado pós pandemia. Poderá ser mais fácil para as gráficas optar pela aposta nesta tecnologia como substituição do offset? Existirão seguramente novas oportunidades, novos mercados para explorar, a possibilidade de criar produtos que não podem ser produzidos na impressão tradicional. Qualquer decisão de investimento terá que ser tomada, tendo em consideração estas questões comerciais, uma vez que a qualidade deixou de ser um problema. Hipoteticamente, a crise poderá vir a acelerar a entrada definitiva no mundo da impressão digital. A única conclusáo é sem dúvida que as pessoas terão uma atitude de maior receptividade a novas abordagens, irão ponderar fazer tudo de forma diferente.


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A INCERTEZA E O MEDO DO DESCONHECIDO POR David Forrester Zamith // Ruy de Lacerda & Cª., S.A.

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NOSSO PRIMEIRO TRIMESTRE foi de muito trabalho e, com a quarentena, veio a prioritária protecção das nossas pessoas e, paulatinamente, assistindo ao anúncio de encerramento temporário de muitos sectores da economia, logo pelo turismo, pela têxtil-moda, cerâmica, indústria automóvel, etc., mas…muitos sectores continuam a laborar e a exportar, desde o sector do Metal, a Cordoaria Sintética, Têxtil Funcional, as Embalagens, da Agro-Alimentar à Farmacêutica, etc. De referir que duas representadas nossas Alemãs, confirmam isso mesmo, com a Kissel+ Wolf com natural baixas nos adesivos especiais dedicadas à industria automóvel e a outra, a Weilburger, a trabalhar em força total, na área dos vernizes para as embalagens gráficas e farmacêuticas! Em tempo de guerra, como a que vivemos, é fundamental mantermos as nossas tropas motivadas e é isso que temos vindo a fazer, com a empresa a laborar, com a maioria a “FicarEmCasa”, com muita comunicação transparente, em modo de teletrabalho, com vídeo conferencias internas, no mercado nacional e internacional! Pertenço a uma geração de líderes empresariais que viveu o ultramar, sentiu as várias chamadas do FMI, em 1975

e 1985 para evitar duas bancarrotas em Portugal, com consequências de austeridade e, em 2011, na mais recente, e pela terceira vez em 30 anos Portugal obrigado a pedir assistência internacional. Lembrar que na última situação de bancarrota o FMI emprestou-nos 26 mil milhões de euros (de um empréstimo global de 78 mil milhões de euros), empréstimo que Portugal saldou em Dezembro de 2018. E soubemos com visão estratégica passar por cima de todas essas agruras, agruras que levaram a um reajuste violento de muitos sectores do nosso tecido empresarial… e que seguirá de novo com esta pandemia? Lembramos as dificuldades de levantamento de dinheiro, limites ao valor anual para viagens ao estrangeiro das empresas, importações controladas pelo de BdP em função da disponibilidade de moeda estrangeira, falta de gasolina, etc.! Restrições e austeridade impostas pelo FMI e pela Troika! Agora, muito diferente, por ser uma pandemia a nível global e que transcende a vontade humana! Com essas etapas de austeridade a maioria das empresas Portuguesas saudáveis, estão hoje mentalmente com as suas competências imunes, pelo que agora será tempo, depois da saúde tratada, passo a passo irmos de novo à luta

e tentarmos voltar ao trabalho da mesma forma, com a mesma energia! Ao mesmo tempo, a globalização está sob pressão e o que vier a seguir certamente ajustará a lógica orientada para o mercado global que vimos até agora, quiçá “com mais Europa”, para proteger as linhas de abastecimento e produção e enfatizando iniciativas nacionais em detrimento da coordenação internacional e de “desglobalização”? E se assim for Portugal poderá ter as vantagens na “relocalização da produção para a Europa” por sermos extremamente flexíveis, com empresas extremamente bem equipadas, competentes e de pequena dimensão, ”small is beautiful”, como o provam a evolução e os sucessos no passado recente das nossas exportações! Muito importante será o nosso governo olhar para as empresas saudáveis, as que cumprem com o pagamento de impostos e que são cumpridoras com os prazos, sobretudo essas! Empresas Privadas: Foram as empresas privadas quem mais contribuiu para a redução do deficit, com a riqueza que geraram. E foram igualmente as empresas privadas, com os postos de trabalho que criaram, que conseguiram evitar que meio milhão de pessoas tivesse de sobreviver com apoios sociais!


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Depois de termos terminado o nosso ano de forma positiva, com um arranque de 2020 igualmente positivo, não nos passava pela cabeça que iriamos cair numa situação com efeitos só igualáveis à segunda guerra mundial.

Em tempo de guerra, como a que vivemos, é fundamental mantermos as nossas tropas motivadas


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TESOURARIA E POUPANÇA: Mais uma vez o triângulo Estado, Empresas e Famílias vai estar em foco e todos temos que contribuir para o relançamento da nossa economia. Todos numa profunda reflexão sobre o que desejamos para o nosso futuro, sendo caro que o “modus vivendi” do passado recente tem que mudar e as Famílias a apostarem nos Valores e na Poupança, em lugar do consumismo a crédito! Ao Estado pede-se que não seja mais do mesmo, pois parte da solução passará por uma injecção de dinheiro às tesourarias das empresas (num plano Marshall à escala Europeia), sendo o momento de se impor a Verdade e o Cumprimento das Regras! ESTADO PORTUGUÊS: cabe dar o Exemplo virtuoso do cumprimento de regras, liquidando os Pagamentos em Atraso, até porque foi quem legislou sobre o tema, aliás seguindo orientações da EU, vindo a terreiro anunciar e cumprir com o atrasado e continuar num cumprimento exemplar numa nova lógica virtuosa sobre os Pagamentos no futuro! Bem como, num lavar a cara, deve apresentar, em inovação proactiva, o ser permitido uma conta corrente para acerto imediato das dívidas das Empresas e do Estado! O tecido empresarial é composto em 99% por Micro e PME’s (70 a 80% Empresas Familiares) sendo fundamental o Estado, as Entidades Públicas e as Grandes Empresas entenderem que é vital para a sobrevivência das empresas a saúde das suas tesourarias!

• Fim do “terrorismo fiscal” à iniciativa privada, com uma reforma fiscal pró empresa! • Fiscalidade amiga da poupança e do investimento! • Apostar num plano estratégico para a Formação Profissional (Qualificações I4.0), quiçá retirando-a do Ministério da Educação, passando-a para o da Economia e ancorada com o sector privado? • Plano nacional pró Desburocratização! • Um novo “desígnio nacional” para as Exportações! • Uma atenção redobrada ao problema da expectável “nova pobreza”!

Para um mundo cada vez mais digitalizado, a aposta tem que ser nas Tecnologias Inovadoras, em Produtos Diferenciadores Sustentáveis, Diversificando no “core”

EMPRESAS PRIVADAS: às empresas “Recordar é Viver”! E o ADN do empresário Português está bem vincado nos pós relembrando que desde a crise mundial causada pela falência do Lehman Brothers, agravada em Portugal pela gestão catastrófica efectuada pelo governo Sócrates, as empresas privadas criaram 500.000 postos de trabalho sem grandes estímulos e numa visão para a exportação diversificada! Geraram meio milhão de empregos, mesmo tendo de lidar com governos que nunca puderam estimular realmente a economia, como seguramente desejariam! Quem mais contribuiu para a redução do deficit não foram os governantes, foram as empresas com a riqueza que geraram! A redução do défice e a melhoria das contas públicas resultaram do esforço das empresas e dos seus trabalhadores! A redução do deficit e a melhoria das contas pública foram consequência do esforço das empresas e dos seus trabalhadores! Vamos de novo a isso, de forma disciplinada, “Motivando as Pessoas”, trazendo a Responsabilidade Social para dentro das nossas empresas, equilibrando as desigualdades, focados no nosso saber e tendo em conta

uma nova visão estratégica a favor da poupança nas nossas empresas (pela aposta futura na autonomia financeira positiva) que permita futuros investimentos de forma saudável! As Oportunidades irão renascer, talvez com a indústria a dar o primeiro sinal (até porque muitos sectores industriais exportadores continuam hoje a laborar em pleno), esperando nós que a Europa veja finalmente a importância da sua Segurança, Saúde e Re-Industrialização, num diálogo diferente em termos da globalização! Para um mundo cada vez mais digitalizado, a aposta tem que ser nas Tecnologias Inovadoras, em Produtos Diferenciadores Sustentáveis, Diversificando no “core” e, como Dois Pilares Estratégicos, a Formação Continua e para participar no mundo da Indústria 4.0 com a Automação em primeira linha! Vamos resolver o drama da Saúde, mantendo uma visão de médio prazo e vermos para além da turbulência do imediato, do barulho dos media ou da incerteza e do medo do desconhecido! E a prazo a Humanidade vencerá esta guerra, voltando a viver em paz, reconquistando a normalidade nas nossas Vidas Empresariais e Familiares!


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CRIATIVIDADE EM TEMPOS DE COVID19 POR Maria João Bom // Instituto Politécnico de Tomar – ESTT

A

S CIDADES SÃO UMA FONTE DE CRIATIVIDADE POR EXCELÊNCIA. A prová-

-lo está o facto da criatividade inerente a algumas delas, ter feito com que fossem convidadas a integrar a Rede de Cidades Criativas da UNESCO (UNESCO Creative Cities Network – UCCN). Entre as cidades que pertencem a esta rede; está a de Wuhan, que ingressou em 2017, não imaginando, lá do alto dos seus três mil e quinhentos anos de história, que pudesse vir a ser avassalada por uma tragédia como esta – a COVID19. Quanto ao facto de Wuhan ser considerada Cidade Criativa do Design, tal pode aparentemente não ter a mínima importância, mas o que é certo é que graças às suas competências e preparação nesta disciplina pôde mais rápida e facilmente desenvolver infraestruturas e recursos de design, como sinalética e outros produtos e sinais visuais que se tornaram fundamentais para a convivência e dia-a-dia numa cidade confinada, eu diria mesmo, que se tornaram verdadeiros guias e balizas, para determinar um novo comportamento de vida, que, infelizmente, a todos parece estar a custar. Entre as medidas implementadas, avulta uma campanha mundial intitulada “Fight the Pandemic, ... We Can” (“Lute contra a pandemia, ... nós podemos”), lançada, no dia 1 de fevereiro de 2020, pelo Centro de Promoção da Indústria de Design de Wuhan, em

O design e as indústrias criativas são actividades maduras na província de Wuhan

cooperação com o Comitê de Design de Embalagens de Hubei e com a Associação de Design Industrial de Wuhan. O design e as indústrias criativas são actividades maduras na província de Wuhan, e a mobilização dos seus protagonistas foi fundamental na resposta ao infortúnio, na melhoria das condições de vida e de saúde. Muitos outros lugares assolados agora pela mesma pandemia utilizam soluções criativas idênticas, acrescendo ainda outras, adoptadas mesmo por países menos ricos. A COVID19 não tem escolhido cor ou género e atinge toda a categoria de países, por exemplo, Afeganistão, Brasil, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, México, Polónia, Sérvia e Tailândia, que até à data já resultaram na produção de mais de milhares de ilustrações, pinturas infantis, vídeos entre outras coisas. A criatividade leva à integração de soluções mais ou menos inteligentes no seio das cidades, como a história sistematicamente o mostra. Depois se são bem ou mal utilizadas, cabe ao juízo analítico humano assim o determinar, até porque o design é efetivamente poderoso a ponto de mudar mentalidades, basta para tal lembrarmo-nos do que o símbolo da suástica representava para os nazis, ou o Yes we can, do Obama, para nós Europa, entre outros. Termino, de forma pouco criativa, mas sincera com: “Nós vamos dar a volta à pandemia”


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ADAPTAÇÃO AO “NOVO NORMAL” Mude a sua visão. Mude o seu pensamento

O

QUE ACONTECEU NUM TEMPO DE PANDEMIA, JÁ TODOS SABEMOS. O

que todos vivemos, as obrigações que implicaram um confinamento da sociedade em geral, o papel do Sistema Nacional de SAÚDE, as novas regras, o novo normal levaram a que hoje todas as áreas de actividade estejam a tentar, aos poucos e a medo, retomar a produção para perceber como podem ajustar cada nova medida no dia a dia. Em cada crise que o país tem vivido a área de impressão é sempre uma das primeiras a ser afectada, fortemente afectada e por isso, a par da comunicação, as duas caem por início mas também são, como se sabe, sempre as primeiras a erguer-se de cada vez que a economia floresce. E se todos sabemos que até que essa “Primavera Económica” volte levará tempo, importa preparar da melhor forma possível toda a estrutura da empresa para que esta se aguente, fortaleça e adapte aos


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Devemos encontrar novos nichos de mercado e estar atentos a novos comportamentos dos consumidores que quase sempre mudam em tempo de crises profundas como as crises económicas

novos padrões e exigências do mercado. As empresas nunca estão preparadas para uma crise e quem as dirige está sempre na esperança que a crise tenha sido a última. Na verdade aquilo que os tempos actuais mais têm mostrado é que a palavra crise insiste em voltar de forma ciclíca e, se esta não é global, acaba por ser só nossa ou em conjunto com um alguns países do sul da Europa. Desta vez a “crise” é bem maior, inédita, nunca vista em toda a história. Nunca o mundo todo, ao mesmo tempo tinha parado, nem por guerras nem por catástrofes naturais e muito menos por força de um virus. Nos manuais económicos e compêndios da medicina não constava até agora a existência de um virus que tivesse obrigado o mundo a uma paragem total, a fundo e com enorme determinação. Aconteceu agora, a nós, no nosso tempo e por isso estamos ainda todos a viver um tempo novo

onde o “novo normal” terá de enraizar-se nos nossos comportamentos. NAS EMPRESAS AS DÚVIDAS SÃO AINDA MAIORES.

Os gestores da área gráfica assistiram, na sua maioria a uma produção a parar e a uma suspensão de encomendas e entradas de novas solicitações de orçamentos. Com uma paragem forçada, as maiorias das empresas gráficas do país foi confrontada com a necessidade de colocar alguns trabalhadores em tele-trabalho. COMO SOBREVIVER A UMA CRISE GENERALIZADA PROVOCADA POR UM VÍRUS

Que a crise económica está aí e vai permanecer por muitos meses e até anos já ninguém duvida. Economistas de todo o mundo têm analisado a situação e, de vários ângulos avançam com visões sobre como enfentar a crise ou desviar-se dos efeitos adversos desta.

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A instabilidade será nos próximos tempos a palavra de ordem mas é sempre possível evitar alguns efeitos negativos. PARA QUE ISSO ACONTEÇA AS EMPRESAS DEVEM :

• Repensar as suas estratégias e desenvolver aquelas que melhor se ajustam aos novos acontecimentos. Se o mercado procura batatas, não adianta querer vender tomates. • Manter a empresa no mercado e verificar se a sua oferta tem sentido no momento exige que se repense o que está a ser feito, o que deve ser feito, o que será absorvido pelo mercado. Se for preciso é necessário contratar novos “pensadores”, gente que tenha uma atitude inovadora. • Reduzir custos mas não a qualquer preço. A imagem clássica de empresas que cortam a direito e por isso na ânsia de cortar gordura acabam por cortar músculo necessário a uma actividade saudável deve estar presente na hora de ter a tesoura na mão pronta para cortes. • Escolher quais as formas de melhorar processos, operações e modelo de negócios. • Encontrar novos nichos de mercado e estar atento a novos comportamentos dos consumidores que quase sempre mudam em tempo de crises profundas como as crises económicas. Na história não faltam exemplos de empresas que devido a uma qualquer crise tiveram de se reiventar e foi aí que descobriram nichos ou grandes oportunidades de negócio. Os comportamentos dos consumidores são fáceis de observar e basta estar atento às tendências. Por exemplo, uma das grandes oportunidades de mercado pode ser vista na quantidade de take away que passaram a ser regra para a área da restauração e que ficarão por muito tempo. Aqui a área de embalagem tem uma palavra a dizer oferecendo novos modelos cada vez mais adaptados aquilo que as famílias e consumidores individuais precisam. O valor de cada novo produto desenvolvido deve ser ponderado de acordo com a perspectiva do consumidor. SITUAÇÕES A TER EM ATENÇÃO:

• Apoios e projectos comunitários de


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A aposta nos conteúdos online e o uso de meios digitais pode ajudar a explorar novos mercados e modelos de negócio

nível europeu. Alguns projectos contemplam fundos comunitários com verbas de apoio para o desenvolvimento de produtos que possam ajudar no combate ao Covid 19. • Haverá mais oferta de mão de obra. Com uma maior taxa de desemprego e passará a ser mais fácil ter acesso a trabalhadores qualificados. • Dar ainda mais “gás” à transformação digital da empresa. A transformação digital das empresas acabou por ser empurrada com esta questão da Pandemia e embora todos soubessemos que era inevitável ninguém arriscaria que fosse feito de forma abrupta por uma questão de necessidade. A adesão foi de tal forma que a grande maioria da empresas acelerou o processo de digitalização e na área gráfica (já com muitos dos processos digitais a serem uma realidade há alguns anos) e está agora a esticar essa realidade até ao contacto com os clientes. Foi a tecnologia que está hoje disponível sobretudo nos nossos smartphones que veio dar uma preciosa ajuda nesta fase de confinamento de milhões de pessoas em todo o mundo e em especial aos doentes internados em hospitas que assim consegiram um ânimo adicional podendo contactar com a fa-

mília. Os mais velhos renderam se ao poder das novas tecnologias e passaram a vê-las com outros olhos. Isto reflecte uma oportunidade excelente sobretudo quando a tecnologia e o digital acaba por conquistar os mais reticentes, uma geração que se mostrava difícil de convencer e que acabou por reconhecer as virtudes de um sistema que lhes permite ter à mão os afectos que tanto precisam. • A aposta nos conteúdos online e o uso de meios digitais pode ajudar a explorar novos mercados e modelos de negócio e mesmo a chegar a mais perto de potenciais clientes.

• Deve existir uma aposta na formação digital dos colaboradores das várias áreas de gestão e produção para que todos estejam preparados para actuar e até mesmo para sugerir depois novas formas de tirar partidos delas. • Melhorar o desempenho em todos os processos fabris e administrativos de uma empresa. • Gestão empresarial Lean, Just-in-time, personalização e menos desperdício. • Aposta na maior produtividade • Rever uma possível redução de custos. • Automatização das linhas de produção, para que seja possível entregar maiores volumes e atingir uma indús-


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tria com economia de escala. • Investimento em equipamentos certos. • Investir em tecnologias que permitam a flexibilidade da produção. • Aposta em nichos de mercado, o que pode ser uma grande jogada estratégica. • Produção de produtos personalizados feitos com impressão 3D. Lançamento de novos produtos durante a crise económica devem ser considerados mas ainda assim é importante não o fazer “em cima do joelho” já que na ânsia de desenvolver produtos que possam ser “bóias de salvação” se esquecem muitas variáveis importantes. Alguns estudos indicam que o lançamento de novos produtos lançados imediatamente após uma recessão acabam por obter uma melhor performance. Assim, é nos períodos de crise que se deve ir estudando novos produtos a lançar de seguida.

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Pesquisar para desenvolver é essencial para que se cruzem dados e se testem os produtos de forma atempada. CONCLUSÃO

Incertezas e os riscos são a constante durante qualuqer crise e com esta não será diferente. Ainda assim, esta situação também é sempre um caldeirão de iniciativas e busca de novas soluções pelo que acabam por surgir novas oportunidades de mercado. As empresas têm de ser empreendedoras e ainda que isso signifique ter capital disponivel para investir em ideias e projectos a verdade é que são as empresas mais ousadas aquelas que acabarão por retirar maior proveito. Tomar decisões que rompem com o paradigma estabelecido são também aquelas que depois colhem frutos e reconhecimento do mercado.

O Novo normal integra hoje: Tele-trabalho Num ápice as empresas foram rápidas a colocar em casa todos os seus colaboradores que podem desenvolver trabalho a partir da sua residência. Num primeira fase foram apenas todos os que pecisaram de tomar conta dos filhos até 12 anos por força do encerramento de escolas e logo de seguida passaram para trabalhar a partir de casa os restante cujo trabalho depende apenas de uma ligação em rede à empresa. Impressão 3D A consolidação da impressão 3D chegou com esta pandemia. A impressão 3D já valia em 2015 3 mil milhões de dólares e espera atingir até 2021 os 9 mil milhõs de dólares. O valor cresceu eponencialmente e actualmente ganhou em poucos dias o destaque que tem procurado nos últimos anos devido ao grande contributo que tem dado na oferta de produtos para profissionais de saúde e forças de segurança. Usar a impressão 3D no desenvolvimento de novos produtos, à um baixo custo, pode ser uma grande oportunidade nesse momento! As tecnologias de fabricação digital, como as impressoras 3D, por exemplo, oferecem uma grande flexibilidade da produção, permitindo que as empresas testem um novo produto no mercado, sem grandes riscos envolvidos. A flexibilidade de produção durante uma crise, onde o comportamento do mercado e dos clientes é imprevisível, pode ser o melhor a fazer, ainda que o custo unitário de produção seja mais alto.

Web To Print – voltar a pensar nas vantagens Algumas empresas gráficas têm já plataformas web to print mas em regra estas foram as últimas a investir nesta área de negócio já que muitos projectos foram lançados por empreendedores de “fora”, que olharam para eles como oportunidades de referência. - O que esta crise com origem na Pandemia veio colocar como essencial são as novas tecnologias para comunicação /reuniões que já estavam disponíveis mas que cujo impacto e uso era ainda incipiente. - Maior atenção às redes sociais e uma digitalização da indústria passaram a ocupar um destaque nas preocupações dos gestores . A par disto também a crise voltou a fazer pensar sobre se as empresas devem apostar em novas áreas de negócio, distribuindo os ovos por cestos diferentes. - Aproveitamento do tempo para reorganização de actividades e estabelecimento de novas estratégias Limpezas. Impressão de produtos que serão entregues a clientes em datas previamente agendadas. Cursos e formações online. Estabelecimento de parcerias com empresas do sector e fora delas. Criação de produtos adaptados à nova situação de combate à Covid19. Planos de contigência nas empresas e racionalização da produção/automatização.


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“ESTE TEMPO SERVIU TAMBÉM PARA REPENSAR ESTRATÉGIAS” Widinovations aproveitou este tempo de paragem para incrementar os seus negócios

Q

UAL FOI O IMPACTO SENTIDO NA WIDINOVATIONS AQUANDO DA PARAGEM FORÇADA QUE APANHOU O PAÍS E O MUNDO?

Quando, no início do mês de Março, começaram a surgir os casos de contágio em Portugal a nossa primeira preocupação foi proteger os nossos colaboradores e respectivas famílias pelo que, na segunda semana de Março, optamos por colocar metade dos nossos 17 colaboradores em teletrabalho. Os restantes colaboradores exerciam as suas funções cumprindo todas as normas de segurança, nomeadamente o distanciamento social, uso de máscara, lavagem constante de mãos com desinfetante, etc. O impacto económico sentiu-se mais na segunda metade do mês, com o alarmismo generalizado e com a situação caótica de Espanha e França, que ori-

ginou uma retracção esperada e significativa no nosso negócio, uma vez que Espanha representa uma percentagem elevada da nossa facturação. Convém frisar que não houve cancelamento de encomendas, nem em Portugal, nem nos restantes países da Europa com quem trabalhamos, houve sim um adiamento na entrega de encomendas. No caso de Espanha, começaram a ser realizados os envios e instalações de equipamentos a partir da segunda quinzena de Abril. COMO CONTRARIARAM ESSA PARAGEM?

Aproveitámos esta paragem para pôr em dia todos aqueles trabalhos mais burocráticos que vamos adiando por não haver disponibilidade na jornada diária normal e que, passou a ser pos-

sível da parte dos colaboradores em teletrabalho, dos vários departamentos, nomeadamente, actualização de bases de dados, correcções de manuais de equipamentos, actualização do website. Serviu também para repensar estratégias comerciais, projectos de novos equipamentos, novos mercados, etc. QUE PEDIDOS FORAM RECEBENDO POR PARTE DOS VOSSOS CLIENTES EM MATÉRIA DE EQUIPAMENTOS DE GRAVAÇÃO E CORTE LASER?

A partir da semana da Páscoa começámos a receber mais pedidos de equipamentos Laser e também de CNC, que foram crescendo com o passar do tempo até aos dias de hoje. Estes negócios fizeram praticamente com que tivéssemos voltado à normalidade anterior. Isto denota o empreendedorismo e perspicácia dos empresários do sector da publicidade, que rapidamente conseguiram encontrar estratégias e oportunidades de negócio, nomeadamente na construção de protecções em acrílico, as viseiras,


A coesa equipa da Widinovations

suportes para líquidos desinfetantes…A realidade é que o mercado português, espanhol e também o francês, têm sido os principais países para onde temos enviado equipamentos. CONSEGUIRAM ENTREGAR EQUIPAMENTOS E COLOCÁ-LOS E FUNCIONAMENTO?

Felizmente, no que toca a transportes, tudo fluiu normalmente e conseguimos sempre o envio dos nossos equipamentos e peças para outros países e internamente em Portugal. Havia sim restrições e receio no envio de pessoas para intervenções técnicas ou instalações, quer em Portugal, quer em Espanha. Na semana do dia 20 de Abril foi a primeira vez que enviamos um técnico a Espanha, a Badajoz, para a instalação de uma máquina laser e outra CNC no mesmo cliente. Há obviamente o receio inicial, mas tudo correu muito bem já que tudo é uma questão de adaptação. A partir daí estamos a instalar equipamentos em várias cidades de Portugal e

A partir da semana da Páscoa começámos a receber mais pedidos de equipamentos Laser e também de CNC Espanha, sem qualquer problema. Logicamente que tomamos todas as medidas necessárias para a protecção dos nossos colaboradores e dos nossos clientes. QUAL OU QUAIS OS EQUIPAMENTOS QUE FORAM MAIS “REQUISITADOS” PELO MERCADO E PORQUÊ?

O mercado pediu de imediato máquinas de corte laser e as cnc, que estão a

servir para as proteções em acrílico e as viseiras. Contudo, estamos com projectos de novos equipamentos, que pensamos virem a ser requisitados a curto e medio prazo pelos nossos clientes. QUAIS AS PRINCIPAIS RAZÕES PARA OS CLIENTES OPTAREM PELO EQUIPAMENTOS DA MARCA WIDLASER E WIDCNC?

A primeira razão é porque temos equipamentos de excelente qualidade, fiáveis, com uma performance já equiparável às grandes marcas mundiais. São equipamentos tecnicamente bastante avançados, e se me permite a “vaidade” com um design bastante atrativo e apelativo. Outro factor importante é o nosso serviço técnico rápido e eficaz. Como fabricantes de máquinas temos sempre as peças necessárias para intervir, de forma a não haver paragens prolongadas dos equipamentos. Somos hoje lideres no mercado nacional do fornecimento de equipamentos laser e CNC.


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DO CONTACTO QUE TEM TIDO COM OS VOSSOS CLIENTES ACHA QUE MUITOS ESTÃO A PROCURAR NOVOS SEGMENTOS DE MERCADO?

Referi isso na pergunta anterior, o mercado irá procurar outras soluções para a proteção. Todos os dias aprendemos coisas novas, e agora mais do que nunca! Os nossos hábitos e a nossa forma de estar mudaram, a nossa forma de interagir uns com os outros mudou e não acredito que volte a ser como era antes desta situação acontecer, pelo menos num futuro próximo. Por essa razão, o mercado vai arranjar e inventar soluções que protejam as pessoas de forma a não terem de continuar confinados em casa e isso logicamente irá gerar oportunidades de negócio. A Widinovations está atenta a tudo isto e estamo-nos a preparar com projetos de

Para além de Portugal, a Widinovations tem como objectivo comercializar os seus equipamentos em vários países da Europa e também noutros continentes novos equipamentos, que obviamente

não poderei divulgar agora. QUAIS OS PRINCIPAIS PROBLEMAS QUE SENTIRAM NO MERCADO COM ESTA PARAGEM FORÇADA?

Os mais notórios foram sentidos logo em meados de março quando nos vimos impossibilitados de viajar, pondo em causa a normal a actividade comercial e técnica, assitir ao receio das empresas em investir pelos dias de incer-

teza vividos, a incerteza nas cobranças, o tentar pensar em alternativas para dar a volta à situação dado estarmos limitados de exercer normalmente a nossa actividade. COMO É QUE APROVEITARAM ESTA PARAGEM PARA PODER “REPENSAR” OU REAFIRMAR O VOSSO NEGÓCIO?

Repensamos estratégias e oportunidades de negócio futuras. Reatamos projectos iniciados há 2 ou 3 anos, que


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foram parados por sentirmos que não era a altura exacta para os lançar, fruto também de todo o sucesso que temos com os nossos equipamentos laser e CNC e que, neste momento, farão todo o sentido serem apresentados. ESTE É UM BOM MOMENTO PARA ESTABELECER PARCERIAS?

Na minha opinião, qualquer altura é boa para estabelecer parcerias, pois só conseguiremos ter sucesso com boas parcerias, bons distribuidores, bons colaboradores, bons fornecedores e bons clientes. Em qualquer actividade empresarial é prioritário um bom e saudável espirito de equipa, pois só funcionando como equipa teremos sucesso. A WIDINOVATIONS TERIA UMA PRESENÇA NA FESPA PARA APRESENTAR OS VOSSOS EQUIPAMENTOS MAS A FEIRA ACABOU POR SER CANCELADA E ADIADA PARA OUTUBRO. CON-

SIDERA QUE SERÁ UM BOM CERTAME PARA A WIDINOVATIONS?

A Fespa foi a nossa grande aposta para este ano e, se o evento se tivesse realizado, prevíamos um crescimento de 40% este ano. Muito sinceramente, tenho sérias dúvidas que o evento se realize em Outubro, dada a situação de Espanha e de Itália, que são dois dos países mais importantes em termos de visitantes. Na minha opinião, o mês de Outubro será muito cedo para a realização de uma feira. Veremos como correrão os próximos meses e aí conseguiremos ter uma opinião mais sustentada. A realizar-se será bom sinal e, como tal, prevemos obviamente muito sucesso. Recordo que a Widinovations já participou em Fespas anteriores, como Barcelona, Hamburgo, Amesterdão e Munique. QUAIS AS PERSPECTIVAS QUE A WIDINOVATIONS TEM PARA 2021, TENDO EM CONTA TODAS ESTAS ALTERA-

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ÇÕES DO MERCADO POR FORÇA DE UMA NOVA REALIDADE E SITUAÇÃO ECONÓMICA DO PAÍS E DO MUNDO?

Prevemos dar continuidade ao nosso sucesso e se possível crescer, tal como tem acontecido nos últimos anos. Certamente que vivendo períodos de medo e de incerteza, esse crescimento não depende só de nós, mas acreditamos que mantendo a nossa postura e proatividade tudo correrá bem. Como sabe, para além de Portugal, a Widinovations tem como objectivo comercializar os seus equipamentos em vários países da Europa e também noutros continentes. Temos distribuidores em Espanha, França, Itália, Reino Unido, Turquia, Grécia, nos Balcãs (Croácia, Eslovénia, Servia, Hungria Bósnia) Lituânia e até no Azerbeijão, sendo nossa expectativa poder exportar para o continente Americano, onde temos já bons contactos no Canadá e EUA.

Jet Press 750S: o novo padrão na impressão Poderá estar a pensar que é uma afirmação arrojada. Mas como é que sabemos? Bem, o desempenho da Jet Press 750S simplesmente não pode ser comparado ao de qualquer outra tecnologia de impressão digital ou offset, e combinado com um novo nível de desempenho ambiental, estabelece um novo marco de referência para o setor da impressão. Mas mais importante são os inúmeros e orgulhosos proprietários de uma Jet Press, suficientemente apaixonados pela impressão para estarem dispostos a investir no que há de melhor e que se encontram a desenvolver o respetivo negócio à volta desse conceito, sabendo que a elevada qualidade e a impressão de valor acrescentado são a fonte da rentabilidade. Para ouvir as suas histórias e saber o quão boa a impressão digital pode ser, visite a página www.fujifilmjetpress.com/intergraficas

Jet Press 750S: o novo padrão na impressão


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O EFEITO COVID

NAS FEIRAS E EVENTOS

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RUPA ADIADA PARA 2021

DEPOIS DE CONFIRMADA A PANDEMIA DEVIDO AO CORONAVÍRUS A ORGANIZAÇÃO DA FEIRA DRUPA DE DUSSELDORF foi muito rápida a deci-

dir o adiamento da edição que estava marcada para Junho deste ano de 2020! A feira drupa, agendada para ter lugar em Dusseldorf entre 16 e 26 de Junho de 2020, foi adiada para 2021 entre 20 e 30 de Abril. Ao fazer isto, a

Messe Düsseldorf seguiu a recomendação da equipa de gestão de crises do governo federal alemão, levando em conta os princípios do Instituto Robert Koch ao avaliar o risco de eventos importantes. Com base nessa recomendação e no recente aumento significativo do número de pessoas infectadas com o novo Coronavírus (SARS-CoV-2), inclusive na Europa, a Messe Düsseldorf, orga-

Feira Drupa de Dusseldorf

nizadora da feira, reavaliou a situação. Esta alteração teve também por base a decisão geral emitida pela cidade de Düsseldorf em 11 de Março de 2020, que referiu que grandes eventos com mais de 1.000 participantes presentes ao mesmo tempo passariam a ser totalmente proibidos. Assim a feira foi remarcada para Abril de 2021.


…E INTERPACK TAMBÉM A FEIRA INTERPACK FOI ADIADA E JÁ TEM NOVA DATA ESTANDO PROGRAMADA PARA DECORRER ENTRE 25 DE FEVEREIRO E 3 DE MARÇO DE 2021.

A Messe Düsseldorf adiou a principal feira internacional de embalagem e já marcou nova data para 25 de Fevereiro a 3 de Março de 2021. Esta decisão teve, tal como a que se referiu ao adiamento da drupa, a recomendação da equipa de gestão de crises do governo federal alemão. “A decisão foi tomada em colaboração com o nosso conselho consultivo e associações patrocinadoras”, referiu Werner M. Dornscheidt, presidente do conselho de administração da Messe Düsseldorf GmbH. Esta decisão também reflecte os desejos de indústrias individuais. “Como parceiros, estamos a fazer tudo ao nosso alcance para reduzir as perdas económicas sofridas pelos nossos expositores. A cidade de Düsseldorf seguiu as instruções do governo. O nosso objectivo é retardar a propagação do coronavírus para que o sistema de saúde possa continuar a funcionar adequadamente”, sublinhou Thomas Geisel, presidente da capital do Estado de Düsseldorf e presidente do conselho fiscal da empresa de feiras de Düsseldorf. Adiar o máximo possível a propagação do vírus também é um objectivo declarado, de acordo com o Robert Koch Institute (RKI). Para cumprir a responsabilidade da Messe Düsseldorf na prevenção de riscos, a empresa teve que minimizar principalmente o aumento do risco de infecção em grandes eventos. Medidas para reduzir o risco de transmissão em grandes eventos, que o Instituto Robert Koch definiu claramente - como ventilação do local apropriado ao risco de infecção, exclusão de pessoas de grupos de risco e instalação abrangente de triagem de entrada, foram praticamente impossíveis

O mundo da embalegem viu a sua principal feira adiada

A feira drupa, agendada para ter lugar em Dusseldorf entre 16 e 26 de Junho de 2020, foi adiada para 2021

de implementar. Também as medidas comparáveis foram e não são razoáveis, tendo em vista o rápido desenvolvimento imprevisível e o tamanho dos vários eventos com até 60.000 participantes. “Nestas circunstâncias excepcionais, a VDMA, associação gestora da feira Interpack, apoia a mudança Já que a nova data oferece agora uma segurança de planificação”, declarou Richard Clemens, director da VDMA, Associação Alemã de Fabricantes de Maquinaria alimentar e de embalagem.


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FESPA 2020 VOLTA A MADRID EM OUTUBRO DE 2020 A FESPA ANUNCIOU JÁ QUE O SEU CERTAME PRINCIPAL, O GLOBAL PRINT EXPO, RETORNARÁ À IFEMA

- Feira de Madrid entre 6 8 de Outubro de 2020, juntamente com seus eventos co-localizados, European Sign Expo e Sportswear Pro. As três exposições, que originalmente estavam programadas para acontecer de 24 a 27 de Março, tiveram que ser adiadas devido à perturbação causada pelo surto de COVID-19 na Europa. O CEO da FESPA, Neil Felton, afirmou que, “apesar do impacto contínuo que o coronavírus está a exercer sobre o sector de impressão, ficamos impressionados com a forte procura da comunidade global por uma plataforma como a FESPA 2020. Portanto, estamos extremamente satisfeitos em confirmar que a nossa feira tem já data reprogramada. Estamos muito gratos à equipa da IFEMA, que apoiou totalmente nossa decisão que teve de ser tomada em circunstâncias extraordinárias.” Neil Felton acrescentou ainda que, “durante esse período difícil, permanecemos em estreito diálogo e consulta com os nossos expositores para ver de que forma a FESPA pode apoiar melhor os seus lançamentos de produtos para 2020, envolver-se ainda mais com clientes e fomentar novas perspectivas no sector da impressão especializada, de modo a alimentar o seu futuro crescimento. Continuamos confiantes no valor exclusivo da FESPA Global Print Expo para a comunidade específica da impressão de todos os players interessados nela.”

A Fespa foi reprogramada


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DIGICOM DECORRERÁ NA MESMA DATA QUE A FESPA 2020 A DIGICOM ALTEROU A SUA DATA DE REALIZAÇÃO para os dias 6, 7 e 8 de Ou-

tubro para que possa coincidir com a Fespa e assim assimilar toda a indústria espanhola de impressão digital, comunicação visual e brindes promocionais. O sector de impressão digital terá assim a sua maior reunião profissional na IFEMA em 2020, após o anúncio da celebração do DIGICOM com a FESPA entre os dias 6 e 8 de Outubro. Com o objectivo de ajudar os expositores nacionais a fortalecer os seus negócios e ter acesso a uma maior oferta de produtos profissionais, a IFEMA decidiu transferir as datas da DIGICOM para os mesmos dias programados para a FESPA, o que aumentará a presença máxima de expositores e visitantes nacionais. No entanto, segundo a organização, tal “coincidência não afectará as carac-

terístcas da Digicom, que continuará a manter a sua essência como feira líder no mercado ibérico, com a presença dos melhores fabricantes e distribuidores do sector nacional e português, bem como toda a agenda de actividades agendadas sob a mesma bandeira. Estamos convencidos de que a celebração paralela dos dois grandes certames do sector agregará activos e proporcionará um valor acescntado incontestável a todos os visitantes, que poderão ter acesso a uma oferta extraordinária n IFEMA”, afirmou María José Sánchez, directora da DIGICOM. Com essa coincidência de datas, a DIGICOM espera ter mais de 55% de visitantes profissionais que acorrerão à feira espanhola líder no sector de impressão digital, comunicação visual e brindes promocionais.

LABELEXPO COM NOVAS DATAS PARA 2020/21 O TARSUS GROUP, ORGANIZADOR DAS FEIRAS DE NEGÓCIOS LABELEXPO/ BRAND PRINT GLOBAL, confirmou a al-

teração das datas de vários eventos que decorriam entre 2020 e 2021 e estão previstos para ter lugar na Índia, México, Tailândia e EUA. A alteração de datas deve-se a esta situação de Pandemia em resultado do Covid-19. Entre os eventos cujas datas foram alteradas está a Labelexpo Americas / Brand Print Americas, adiado de 15 a 17 de Setembro de 2020 para 23 a 25 de Março de 2021 em Rosemont, nos EUA. A Labelexpo Sudeste Asiático também foi adiado passando de 10 a 12 de Setembro de 2020 para 12 a 14 de Maio de 2022 em Bangkok, na Tailândia. A Labelexpo India/Brand Print India foi adiada de 29 de Outubro a 1 de Novembro de 2020 para 2 a 5 de Dezembro de 2020 em Greater Noida, na Índia. A Labelexpo México que decorreria entre 23 e 25 de Junho de 2021 foi remarcada para o início de 2022 na Cidade

do México ainda com datas a anunciar. No caso da Labelexpo Americas/ Brand Print Americas, uma conferência virtual precederá o certame, decorrendo durante as datas originais de meados de setembro. Isto permitirá que o sector permaneça ligado durante este período sem precedentes. Lisa Milburn, directora geral da Labelexpo / Brand Print Global Series, afirmou que “dado o impacto do coronavírus/COVID-19, tomámos a difícil decisão de adiar vários de nossos eventos dedicados à área de

impressão e que se realizam um pouco por todo o mundo nos próximos 18 meses, até que a ameaça do vírus diminua. Estas são circunstâncias excepcionais, e a decisão foi resultado de uma análise estratégica detalhada de todo o nosso portfólio. A saúde e a segurança dos expositores, visitantes e funcionários tem sido o nosso principal foco durante todo este processo, e seguimos os conselhos de todos os parceiros locais, autoridades de saúde envolvidas e ouvimos o feedback dos expositores.”


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O IMPACTO DO COVID-19 NA INDÚSTRIA EUROPEIA DA IMPRESSÃO O primeiro impacto está em toda a Europa e especificamente nas empresas de impressão que estão a fornecer feiras / exposições ou reuniões e eventos.

A

INDÚSTRIA EUROEPIA TEM SIDO FORTEMENTE AFECTADA pela situação de

paragem forçada imposta pela Pandemia. Assim, logo desde o primeiro momento a Intergraf, federação de associações europeias da área de impressão e comunicação digital tomou uma posição firme junto das autoridades europeias e nacionais de modo a que que estas garantissem o fornecimento de álcool etílico sintético para a produção contínua de embalagens de alimentos. A Intergraf pediu um tratamento justo dos envios da Itália, bem como de outros países europeus que estão e podem estar sujeitos a medidas restritivas. A Intergraf pediu igualmente às autoridades europeias para que garantam que qualquer controlo nas fronteiras não perturbe as entregas e a cadeia de fornecimentos. SITUAÇÃO ACTUAL

A indústria gráfica é fornecedora de muitos outros sectores económicos. Os

efeitos do COVID-19 em todos os sectores impactarão, em última análise, a indústria gráfica europeia. PROBLEMAS PREVISTOS: EMPRESAS GRÁFICAS

Actualmente, o primeiro impacto está em toda a Europa e especificamente nas empresas de impressão que estão a fornecer feiras / exposições ou reuniões e eventos. Estes profissionais viram grande parte de seus negócios cancelados no último momento. Isso afecta folhetos mas também a impressão de painéis, posteres, adesivos de parede, sinalização ou expositrores de papelão. Uma redução geral da economia europeia terá um impacto na publicidade, porque esses custos tendem a ser reduzidos numa primeira etapa. A publicidade representa cerca de 40% de todos os produtos impressos na Europa, portanto essa redução afectará profundamente todas as empresas de impressão, independentemente de sua especiali-

zação. Uma queda nos pedidos de catálogos de agências de viagens também já foi relatada. O mesmo é esperado para a procura de impressão de todas as indústrias relacionadas ao lazer (restaurantes, teatros, museus, concertos e outras actividades culturais, etc.). Um bloqueio em diferentes países também terá um impacto directo na publicidade impressa e distribuída às famílias. Há também preocupações sobre o impacto no transporte de mercadorias com o aumento dos controles nas fronteiras na Europa. Em relação à situação no nível dos funcionários, as licenças médicas estão a aumentar, assim como as solicitações dos funcionários para ficar em casa com as crianças quando as escolas estão fechadas. Como resultado, existe um medo geral de falta de mão-de-obra. As empresas estão a criar uma variedade de planos de backup adicionais ou planos de emergência. PROBLEMAS PREVISTOS: CADEIAS DE FORNECIMENTO

Há preocupações sobre a possível escassez ou atrasos no fornecimento de papel. As empresas ainda não estão a sinalizar a falta de stocks, mas uma empresa informou que os fornecedores locais mantêm stcks de materiais de impressão por cerca de 1 a 2 meses. Tanto a China quanto a Itália são importantes fornecedores de películas e filmes usados na impressão de embalagens, portanto, há também preocupações de que


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As empresas gráficas que produzem embalagens de alimentos impressos são mais cruciais do que nunca, pois os supermercados estão sob crescente pressão para garantir que as prateleiras das lojas sejam mantidas cheias para os consumidores essas cadeias de fornecimento possam ser afectadas. Além disso, as empresas de impressão europeias dependem indirectamente da China para o fornecimento de produtos químicos usados em materiais de entrada nos processos de impressão (por exemplo, constituintes de tintas e solventes). As empresas de impressão que usam isopropanol (IPA) também estão a relatar uma preocupação com o fornecimento desse solvente, que também é usado para a produção de desinfectantes para as mãos. Muitas empresas viram um aumento no preço e / ou uma redução na oferta do IPA. PROBLEMAS PREVISTOS: EMBALAGEM

Há preocupações sobre atrasos nos fornecimentos

O álcool etílico sintético é um material de entrada crítico para a produção de material de embalagem impresso e, portanto, para a produção de embalagens de alimentos. O álcool etílico sintético é usado nos processos de impressão flexográfica para diluir tintas


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e limpar máquinas. Também é usado para a produção de desinfectantes, cuja procura aumentou significativamente com a disseminação do COVID-19, provocando preocupações de escassez. Embora o fornecimento de álcool etílico sintético deva ser garantido para fins sanitários, principalmente em ambientes médicos, o seu fornecimento para a produção contínua de embalagens de alimentos também deve estar disponível. Sem embalagem, os alimentos não podem chegar ao consumidor final. Sob essas circunstâncias excepcionais, a prioridade é garantir a continuidade dos negócios para o fornecimento de bens de consumo vitais para a população. A comida é uma delas. É essencial que o fornecimento de alimentos para a população europeia seja salvaguardado; portanto, qualquer interrupção na cadeia de fornecimento deve ser evitada. A Intergraf, em conjunto com a FTA Europe (Associação Europeia de Impressores flexográficos), alerta sobre a já experimentada escassez de álcool etílico sintético em alguns países. SURTO NA CHINA

Empresas de países europeus de alta exportação estão a receber pedidos de clientes que costumavam imprimir na China. As empresas de impressão de embalagens também relatam uma diminuição na procura devido à falta de componentes importados da China para fabricar os produtos embalados. Se menos ou nenhum produto for fabricado, isso terá um impacto directo na embalagem necessária. SURTO NA ITÁLIA E NO RESTO DA EUROPA

Assim como a China, as empresas de países europeus de alta exportação estão a receber pedidos de clientes que costumavam imprimir na Itália. A INTERGRAF EXIGIU QUE A IMPRESSÃO SEJA DEFINIDA COMO UM “SERVIÇO ESSENCIAL” NA CRISE DE COVID-19

Ainde em Março, no meio da disseminação do COVID-19, os governos de toda a UE tomaram a decisão de definir os serviços essenciais que devem ser


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Num momento de grande incerteza e preocupação, a impressão de jornais deve continuar mantidos durante o bloqueio para combater o vírus e garantir que a sociedade continue a funcionar. A produção de bens e serviços considerados não essenciais foi reduzida ou interrompida por completo, numa tentativa de impedir a propagação da doença. Também foi negado o acesso a matérias-primas para continuar a produção, pois actualmente enfrentamos ainda uma situação e grande procura do etanol sintético e isopropanol usados na indústria de embalagens de alimentos impressos. A Intergraf pediu às autoridades que a nível nacional reconheçam a impressão como parte dos serviços essenciais. Se a indústria de impressão não estiver autorizada a funcionar como de costume e negar assistência financeira, acesso a matérias-primas ou outro suporte, as autoridades arriscam a que produtos indispensáveis não sejam produzidos. IMPRESSÃO DE ALIMENTOS, PRODUTOS DE HIGIENE E MEDICAMENTOS

As empresas gráficas que produzem embalagens de alimentos impressos são mais cruciais do que nunca, pois os supermercados estão sob crescente pressão para garantir que as prateleiras das lojas sejam mantidas cheias para os consumidores. O mesmo se aplica aos produtos de higiene. É necessário garantir às farmácias um fornecimento ininterrupto de medicamentos, cuja embalagem também é impressa por esta indústria. Evitar interrupções nas principais cadeias de valor deve ser um prioridade. E a comunicação de informações de saúde pública não deve enfrentar nenhuma restrição. IMPRESSÃO DE ETIQUETAS, POSTERS E PASTAS

Etiquetas, posters e pastas de informações são ferramentas de comunicação muito importantes, para fornecer informações claras e sem barreiras aos cidadãos, explicar medidas importantes e ajudar a evitar o contacto directo em

locais e estruturas críticas. IMPRESSÃO DE JORNAIS

Da mesma forma, os cidadãos preocupados contam com notícias diárias para se manterem informados sobre o vírus. Segundo o Eurostat, 10% das pessoas na Europa não têm acesso à Internet (chegando a 25% em certos países), impedindo-as de ter acesso a notícias online. Trata-se, em grande parte, das pessoas idosas, um dos grupos mais importantes de pessoas que nesta crise precisam de se manter informadas nesta crise, uma vez que estão na categoria de alto risco. E, de acordo com uma pesquisa do Eurobarometro sobre notícias falsas e desinformação online, os media impressos tradicionais, a TV e o rádio continuam a ser as fontes de notícias mais fiáveis. As notícias falsas sobre o COVID-19 são perigosas, ameaçando a vida de pessoas reais. Num momento de grande incerteza e preocupação, a impressão de jornais deve continuar. IMPRESSÃO DE LIVROS

Os livros impressos são uma ferramenta de entretenimento perfeita em tempo de contenção. São uma boa forma de passar o tempo para todas as pessoas e que as mantém um pouco longe de ferramentas online, para que tenham algum descanso dessa área. Os livros impressos ainda podem ser fornecidos nos supermercados e encomendados online. Uma produção contínua de livros impressos deve ser mantida. Para o fornecimento de embalagens para produtos críticos, de informações fiáveis através da imprensa impressa e de livros impressos, a Intergraf e seus membros destacam que é fundamental que os governos incluam o sector de impressão e os sectores fornecedores relacionados como indústria como essenciais durante a crise do COVID- 19.


A Offset Friedrich trabalha com uma Speedmaster XL 75 com o novo Prinect Press Center.

A partir de Abril de 2020, a Heidelberg iniciará a produção em série da nova Speedmaster, a mais inteligente e automatizada de todos os tempos

A

PRODUÃO DE TODAS AS SPEEDMASTER terão de base a, completamente

reprojectada, geração do Prinect Press Center com o novo Sistema Operacional Speedmaster que oferece funcionalidades Push to Stop bem como conexão à Prinect Cloud. Muitos dos novos sistemas de assistência digital, como o Wash Assistant ou o Intellirun no Wallscreen XL, transformam o Prinect Press Center numa estação de trabalho moderna e atraente, permitindo ao operador aceder, continuamente, ao desempenho potencial da máquina. No entanto, o hardware também evoluiu. Além do novo ecrã táctil de 24 polegadas significativamente maior, a luminância padrão da luz da ISO 3664:2009 foi convertida para LED. Em vez das mudanças demoradas das lâmpadas, como acontecia antes, a alternância entre a luminância padrão D50 e a D65, com e sem UV, é agora

feita carregando apenas num botão. “Após o sucesso esmagador do Push to Stop na Drupa 2016, nós investimos muito no avanço da ideia da Smart Print Shop bem como no desenvolvimento do Push to Stop para um novo nível”, explica Rainer Wolf, responsável da gestão dos produtos Sheetfed. Claro que o desenvolvimento de software desempenha um papel fundamental nisto tudo. A Heidelberg, no entanto, também investiu fortemente na tecnologia de impressão, diminuindo as lacunas da automatização, optimizando ainda mais os sub-processos e desenvolvendo novas aplicações. “O resultado fala por si mesmo e estamos orgulhosos dos fogos de artifício de inovação que iniciaremos com a geração Speedmaster 2020 que irá tornar a impressão offset ainda mais atraente e económica”, enfatiza Rainer Wolf e acrescenta “com a Speedmaster XL 106, o nosso estandarte, , definimos


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HEIDELBERG ELEVA A INOVAÇÃO EM OFFSET COM A SMART PRINT SHOP DIGITAL o termo Peak Performance Class da indústria gráfica. Hoje já é uma realidade, a impressão de até 90 milhões de folhas/ ano. Agora, é o que nós chamamos uma prática de desempenho máximo. Com a nossa nova geração Speedmaster, oferecemos aos nossos clientes condições excepcionais para explorar totalmente as possibilidades da impressão offset digital moderna. ” HYCOLOR PRO - A NOVA UNIDADE DA MOLHA CONTROLADA DIGITALMENTE

A Heidelberg automatizou a unidade da molha da Speedmaster XL 106 com o novo Hycolor Pro. A quantidade de solução da molha é decidida e medida entre o rolo imersor e o rolo doseador. O encosto/compressão necessário para este fim pode ser realizado, agora, por automatização directamente do Prinect Press Center. Isto economiza tempo e esforço e permite, mesmo durante a produção, afinações mais finas a partir do painel de controlo. As configurações básicas da unidade da molha são gravadas digitalmente e, agora, também é possível, a partir do Prinect Press Center XL 3 ajustar a medição da solução de molha apenas num dos lados. “80% das nossas chamadas de serviço relacionadas com tintagem são devido a erros de configuração na unidade da molha”, explica Rainer Wolf. “Com o Hycolor Pro, nós agora temos configurações de-

finidas e mensuráveis que também podem ser utilizadas no Serviço Remoto digital. A partir do painel de controlo, o impressor pode, agora, medir, mais ou menos, a molha para um lado, conseguindo, assim, reagir com mais rapidez e sensibilidade bem como, aproximar-se do ponto emulsão com mais precisão. Isto cria condições estáveis de produção com menos desperdício de papel, e permite obter, de forma mais rápida, a primeira folha boa. ” PRODUÇÃO SEM DEFEITOS COM GESTÃO INTELIGENTE DE RESÍDUOS DE PAPEL

As encomendas principalmente para os gráficos de embalagens estão constantemente a aumentar. Tiragens mais pequenas, entregas just-in-time, janelas de tolerância mais estreitas e au-

ditorias cada vez mais abrangentes, combinadas à pressão simultânea dos preços, são os desafios que as empresas de impressão estão a enfrentar. Neste contexto, o tópico de gestão de resíduos de papel está cada vez mais a ganhar importância. A Heidelberg possui um pacote de soluções completo para que possa atender todos os requisitos individuais dos clientes. Começa com o CodeStar, um sistema a jacto de tinta predefinido na mesa do marginador que aplica um ID único na folha e, assim, faz com que cada folha seja rastreável. Ao implementar digitalmente os dados predefinidos no Intellistart 3, o Prinect Inspection Control 3 não ajuda apenas a eliminar os procedimentos de configuração manual, anteriormente demorados, para a inspeção de folhas, mas também pode identificar o ID da folha

A Heidelberg automatizou a unidade da molha da Speedmaster XL 106 com o novo Hycolor Pro


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para que os defeitos possam ser claramente atribuídos a uma determinada folha impressa. A nova funcionalidade “Device Assistant” pode ser usada para determinar a reacção para cada tipo de defeito. Assim, pode ser determinado se as folhas, por exemplo, devem ser rejeitadas através do ejector, em linha, dos resíduos de papel, ou se uma tira deve ser inserida ou se o dispositivo non-stop automático deve ser accionado para separar as folhas defeituosas das folhas boas. NOVOS APLICAÇÕES E CARACTERÍSTICAS

A Heidelberg fornece aos seus clientes novos aplicações que lhes permite expandir o seu portfólio bem como abordar novos segmentos de clientes. Com o FoilStar Cure, a adesão da estampagem a frio nas folhas de rótulo em in-mold pode ser aumentada para um nível que permita produções estáveis. O FoilStar oferece, agora, a possibilidade de estampar efeitos de holograma na camada de revestimento através do método “cast e cure”. A secagem do revestimento é feita através de luz LED. No segmento do corte-e-vinco rotativo, a bem-sucedida Speedmaster XL 106-DD será complementada pela Speedmaster XL 106-D com apenas uma unidade de corte-e-vinco. Desta forma poderá ter uma alternativa menos dispendiosa que é suficiente para muitos aplicações. O sistema non-stop totalmente automatizado da Speedmaster XL 106 também foi redesenhado e, além de apresentar maior robustez na impressão de caixas flexíveis, oferece, agora, a opção de realizar operações com o tabuleiro de garfos para materiais finos, como por exemplo,na impressão de rótulos. Vários recursos técnicos para impressão de dispositivos de segurança, como fonte de tinta para impressão em arco-íris ou dispositivos para impressão waterless e letterpress, foram transferidos para da Speedmaster XL 75 para a Speedmaster XL 106. Um novo dispositivo de alimentação de verniz permite quantidades mínimas de circulação, o que reduz custos, especialmente em aplicações especiais que

Com o novo Hycolor Pro, a molha agora pode ser ajustada digitalmente a partir do Prinect Press Center XL3.

A Aumüller Druck usa o novo sistema logístico das chapas de impressão “Plate to Gallery”


HEAVY WEIGHTS

FINE ARTS

Onde o papel vai ao encontro dos desafios de impressão mais artísticos e criativos. Para além de uma gramagem mais alta, os papéis Inaset Heavy Weight – produzidos pela The Navigator Company – têm excelentes parâmetros ópticos e físicos. A sua brancura e brilho, bem como a sua rigidez e opacidade, permitem uma ampla gama de aplicações de impressão. Este é um mundo de possibilidades para ir ao encontro de toda e qualquer necessidade da indústria de artes gráficas.

Inaset Plus Offset / Inaset Plus Laser

De 135 gsm até 350 gsm


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envolvem custos elevados de verniz. A Speedmaster XL 106 está, agora, disponível com equipamento especial para espessuras de substrato de até 1,6 mm. Na área da aplicação de verniz de dispersão em ambos os lados numa única passagem, a velocidade de 15.000 folhas/h pode, agora, ser aumentada para 18.000 folhas/h com a Speedmaster XL 106, optimizando a secagem com apenas com dois secadores antes do retroverso. A nova Speedmaster XL 75 foi totalmente redesenhada e actualizada com os mais recentes opcionais ergonómicos. A velocidade máxima de impressão em frente foi aumentada para 16.500 folhas/h, havendo a possibilidade de fazer um aumento opcional para as 18.000 folhas/h. A sua combinação com o novo Prinect Press Center XL 3 e a nova gama de sistemas de assistência faz com que a Speedmaster XL 75 define novos padrões no formato 50 x 70 cm.

As inovações da Speedmaster XL 106 vão ao encontro da nossa busca diária por melhorias FEEDBACK POSITIVO DOS TESTES REALIZADOS EM AMBIENTE REAL

A nova geração da Speedmaster XL 106-8-P está a ser testada na gráfica Aumüller Druck desde o Outono passado. “As inovações da Speedmaster XL 106 vão ao encontro da nossa busca diária por melhorias. Conseguimos reduzir significativamente o tempo de preparação em até 40%, por exemplo.

Isto foi possível graças à troca de chapas de impressão ser mais rápida com o AutoPlate XL 3 e à nova funcionalidade predefinida da máquina, que também levou a um aumento na velocidade média de produção em até 8% ”, resume Volker Dollinger, chefe da produção. No ano passado, a tiragem média, na Aumüller, foi de 2.600 folhas. Cada operador trocava 240 chapas por turno e tinha que subir cerca de 1.000 degraus. Com o novo sistema logístico de chapas de impressão “Plate to Gallery”, os impressores estão mais aliviados fisicamente bem como a eliminação de longos caminhos a percorrer para realizar as tarefas economiza ainda mais tempo. “Com a nova geração Speedmaster, a Heidelberg também deu um passo de decisivo na direção da “impressão autónoma”. A nossa equipa de impressores está, agora, dispensada de tarefas rotineiras e apoiada nas decisões que fazem. Isto aumenta a dispo-

A Heidelberg disponibiliza agora a Speedmaster mais inteligente e automatizada de todos os tempos.


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O director-geral Jan Hendrik Walfort (à direita) e o director de produção da gráfica Marco Segeler.

INOVAÇÕES EM DESTAQUE • Todos os modelos Speedmaster irão apresentar a nova geração do Press Center que fornece tecnologia Push to Stop bem como interface com o Prinect Cloud

programas de lavagem inteligentes • Novas soluções escaláveis na área da logística das chapas de impressão

• Hycolor Pro - a nova unidade da molha controlada digitalmente

• Produção com zero defeitos com gestão inteligente dos resíduos de papel

• Redução do tempo de lavagem através dos rolos de tinta LotoTec, sistemas de lavagem estendidos e

• Retorno absolutamente positivo dos clientes que fizeram os testes em ambiente real.

nibilidade dos operadores para colocar em prática a enorme produtividade que esta máquina de impressão permite. O aumento significativo do nosso OEE é uma ampla prova disso. O nosso foco, no entanto, está em toda a cadeia de valor. O Push to Stop permite-nos beneficiar de outras melhorias que nos ajudam a atingir este fim ”, confirma Volker Dollinger. WWW.AUMUELLER-DRUCK.DE

Apenas recentemente, a nova geração da Speedmaster XL 106-6 + L, para impressão de embalagens, entrou em operação na Mediahaus em Ahaus. “Este novo investimento fornece muitas opções interessantes de aplicações para a nossa equi-

pa criativa”, confirma o diretor-geral Jan Hendrik Walfort. “Muitas inovações técnicas, como a unidade de molha Hycolor Pro e o Sistema Operativo Speedmaster, simplificam o trabalho e aumentam significativamente a produtividade.” WWW.MEDIAHAUS.DE

Qualidade, serviço, velocidade - estes são os pilares da gráfica Offset Friedrich, nos quais esta empresa familiar construiu o seu sucesso e continua a crescer, apesar da forte concorrência. “Nós esforçamos-nos para trabalhar com lucro e, para isso, precisamos de um alto nível de automatização, algo que a Speedmaster XL 75 oferece-nos permanentemente”, confirma o diretor-geral Marcus

Friedrich. Ele tem estado a produzir, em teste real, desde meados de 2019, com uma impressora Speedmaster XL 75 a cinco cores com o novo Prinect Press Center e com o novo Heidelberg Operating System. O conceito Push to Stop e o Prinect Production Manager fornecem o suporte ideal para qualquer empresário gráfico. “O que mais nos impressionou na Speedmaster XL 75, para além do novo sistema de controlo, foi o aumento da velocidade de impressão para 16.500 folhas/h, que usamos de forma consistente e estável para a maioria dos substratos. Também conseguimos reduzir o desperdício de papel em cerca de dois terços ”, resume Marcus Friedrich, da sua positiva experiência. WWW.DRUCKEREI-FRIEDRICH.DE

“A inovação de Heidelberg ainda é muito forte. As competências exclusivas no campo da engenharia mecânica, tecnologia de controlo, software, engenharia de aplicações e processo, simulações e análise estão agora reunidas no novo Centro de Inovação, mesmo no coração da fábrica em Wiesloch, proporcionando condições ideais para o sucesso contínuo da Speedmaster .Hoje em dia, a impressão offset digital já é mais competitiva, especialmente para tiragens pequenas, do que muitas pessoas acreditam e ainda vemos muito potencial”, afirma Rainer Wolf.


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TIPOGRAFIA PRISCOS PRODUZ E OFERECE VISIEIRAS DE PROTECÇÃO

A

S EMPRESAS GRÁFICAS têm prova-

do durante esta situação de Pandemia que conseguem colocar todo o seu know-how, tecnologia, dedicação e empenho na ajuda aos que acabam por ser os combatentes da linha da frente. Com sede em Braga, a Priscos é uma das empresas gráficas que mostrou toda a sua energia e serviço de excelência ao produzir viseiras de protecção para profissionais de saúde e forças de segurança. Os responsáveis da Tipografia Priscos, António Gonçalves e Lurdes Martins, deram um contributo enorme na protecção de todos os que estiveram e ainda estão na linha da frente e isto foi reconhecido pela sociedade civil. As viseiras que saem da gráfica de Braga, essenciais na luta contra o virus, têm 25 gramas, são funcionais e automontáveis. A Tipografia Priscos distribuiu mais de 50.000 viseiras, fazendo 2.500 por hora e 6.000 em cada 60 minutos! O material de protecção está a ser distribuído de forma gratuita para lares, hospitais, forças de segurança, bombeiros de vários pontos do distrito

e fora dele. Esta foi a resposta de responsabilidade social que a empresa bracarense assumiu para ajudar no combate à pandemia provocada pelo Covid-19, procurando, numa altura de crise social, fazer parte da solução, que neste caso se traduz através da produção de material de protecção individual. Até à data já foram produzidas mais de 50 mil viseiras, a um ritmo de três mil por hora, como explicou António Gonçalves, proprietário da empresa. A maioria do material destina-se a instituições do concelho, e António Gonçalves acrescenta que parte dele tem sido distribuído também em instituições de Guimarães, Porto, Riba de Ave, Famalicão, Madeira, Açores, entre outros. “São instituições credíveis que vão passando a palavra a outros que também nos solicitam. Os vários testes permitiram conceber viseiras que deixem os utilizadores respirar e ver bem, já que há algumas que embaciam e reduzem a visibilidade”, diz. António Gonçalves assume que a empresa já investiu neste material de

protecção “milhares de euros”, e é com a venda, “a preço quase simbólico”, de algumas viseiras a clientes que também oferecem a outras instituições, que a Tipografia Priscos tem conseguido o suporte de uma pequena parte do custo das matérias-primas. Actualmente a empresa bracarense está a produzir uma média de três mil viseiras por hora, mas dispõe da capacidade de produzir mais de seis mil. “Somos uma empresa multifunções. Fazemos desde pequenos trabalhos comerciais até à embalagem/cartonagem”, explica António Gonçalves. Para termos uma ideia, o trabalho desenvolvido nesta empresa vai desde o desenho e maquetagem, passando pela impressão digital, os trabalhos comerciais (papel timbrado para impressoras laser ou jacto, tickets de balanças, bilhetes), a envelopes e sobrescritos, publicidade (calendários, cartazes, desdobráveis, outdoors), cartonagem/ embalagem (caixas para cosméticos, capas de argolas), encardenação (livros de capa dura, revistas, tabelas) e outros materiais, como convites de casamento ou cartões de visita. Com uma grande quota no mercado da zona de Braga e sempre na vanguarda dos equipamentos de tecnologia avançada, a empresa, com um volume de negócios de cerca de um milhão e meio de euros e com vinte e seis colaboradores, volta a ter necessidade de aumentar o espaço, investindo em instalações próprias, estando o projecto em andamento.


BACTERSTOP BRILHO E MATE DA DERPROSA: A PERFEITA PROTECÇÃO ANTIBACTERIANA A DERPROSA TEM VINDO A DIVULGAR O BACTERSTOP, a protecção antibacte-

riana mais efectiva do mercado. Esta película que elimina 99% das bactérias (testado conforme a ISO 22196) que estão em contacto com os trabalhos de acabamento é uma mais valia para todos, sobretudo neste momento de pandemia onde a garantia de higiene e desinfecção é tão importante. Segundo a Derprosa, não importa quantas mãos toquem no produto laminado pois a sua superficie permanecerá limpa e higiénica durante a vida útil prevista do producto laminado. Para além disto o trabalho pode mesmo ser limpo com produtos químicos sem receio de que este perca a sua eficacia. Em Portugal a Derprosa é representada pela Exelcoat, Lda e por isso para obter mais informacão sobre os filmes de laminacão Derprosa™ BacterStop Brillo e Mate, contacte a empresa.

CIDAG FOI ADIADA PARA 20121 A CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE DESIGN E ARTES GRÁFICAS foi

adiada para 2021. Consciente do actual contexto mundial de pandemia pelo vírus COVID-19, o ISEC Lisboa – Instituto Superior de Educação e Ciências e o Instituto Politécnico de Tomar (IPT) tomaram a decisão de adiar para 2021 a 6.a edição da CI-

Mas a quem se destina o filme DERPROSA BacterStop? Este filme destina-se a áreas industriais e aplicações diversas como: Indústrias:

Aplicações

• Restaurantes • Companhias Aéreas • Transporte Público • Colegios / Universidades • Hospitais • Embalagem Flexivel • Etiquetas auto adesivas • Etiquetas roll Feed • Decoração In-mold

• Menús de restaurantes • Catálogos promocionais • Produtos de cuidado pessoal • Produtos de higiene • Limpeza doméstica • Produtos e livros para Ensino e bibliotecas • Packaging Farmacêutico e de suplementos energéticos • Material de comunicacão médica

DAG – Conferência Internacional de Design e Artes Gráficas. A conferência, que pretende ser um marco na discussão de assuntos relacionados com o design, estava inicialmente agendada para os dias 21 a 23 de outubro de 2020. Porém, atentos ao desenvolvimento da situação de infecção por COVID-19 e à perspectiva de uma potencial segunda vaga da pandemia, o ISEC Lisboa e o IPT optaram por reagendar a 6.ª edição da CIDAG para os dias 20, 21 e 22 de outubro de 2021. Nesse sentido, até ao próximo dia 31 de outubro de 2020 terá lugar a 1st Call for Abstracts para a submissão de resu-

mos originais na área do design, produção gráfica, digital, educação, social e áreas de fronteira. Os papers enviados até ao momento seguirão os trâmites anteriormente definidos e os autores serão notificados até 30 de junho de 2020. O tema da conferência manter-se-á - “Go Green For 2030 – Sustainable and Green Design For The Future” -, assim como as presenças dos keynote speakers Warren Beeby (designer gráfico), Ana Meroni (professora de design no Politecnico di Milano), Lia Krucken (artista interdisciplinar) e Rui Marcelino (design manager).


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IMPRESSÃO 3D ULTRA-RÁPIDA CHEGA A PORTUGAL

E

QUIPAMENTO DE FABRICAÇÃO ADITIVA ALTAMENTE PRODUTIVO, capaz

de imprimir por hora 250 peças tridimensionais, está agora a ser comercializado em Portugal. Cada vez mais procurados por diferentes sectores empresariais, este tipo de equipamentos estão a baixar custos e a acelerar processos de fabrico. O papel da impressão 3D na produção de material de proteção individual tem tido, aliás, uma importância incontornável no combate à pandemia de Covid-19. O equipamento 3D industrial mais rápido do mercado chegou a Portugal., pela mão da Emetrês que disponibiliza mais uma novidade, que marca o novo standard no que respeita a velocidade de produção e a capacidade de resposta às mais exigentes necessidades das empresas – a NXE 400. Com capacidade de produção sem precedentes para peças de elevado volume e com dimensões até 275 X 165 X 400 mm, a NXE 400 disponibiliza a sua revolucionária tecnologia patenteada LSPc para garantir a produção de peças de grande dimensão a um custo muito competitivo, em alta resolução (75 mícron em X/Y e 50/100/200 mícron em Z) de forma isotrópica e com

um funcionamento inteligente que melhora a impressão através de um software otimizado e de um sistema de sensores que asseguram resultados convincentes e de elevada qualidade. Graças ao seu design modular e a uma estrutura robusta, esta proposta da Nexa3D baseia-se nos princípios de partes intercambiáveis e de fáceis upgrades de hardware para assegurar uma constante atualização do sistema. A NXE 400 tem na sua velocidade de impressão o seu mais valioso argumento. Com uma velocidade até 6x superior e 2,5x maior volume que outros equipamentos 3D comparáveis no mercado, aufere de capacidade de impressão contínua a velocidade de até 12 centímetros por minuto. É uma das máquinas de fabrico aditivo mais rápidas até à data e graças à sua produtividade é capaz de garantir o fabrico em quantidade sem afectar o tempo de produção, pelo que a impressão de 100 peças iguais acaba por demorar o mesmo tempo que a impressão de apenas uma. Preparada para uma rápida prototipagem, permite passar da ideia à peça impressa no próprio dia. Desta forma, as empresas que procuram um aliado para impressão rápida de modelos têm na NXE 400 o parceiro ideal.

De resto, o mais recente equipamento 3D industrial da Nexa3D foi recentemente galardoado com uma excelente classificação de análise da prestigiada All3DP, que reconheceu a NXE 400 como “uma máquina capaz de produzir peças de natureza profissional em apenas alguns minutos”. PARCERIA

Nexa3D com resina Henkel A Nexa3D fez saber recentemente que estabeleceu uma parceria com a Henkel para o desenvolvimento de um material de elevada performance para a NXE 400. As duas empresas vão explorar assim as oportunidades de produção industrial tendo por base a velocidade de impressão, o elevado volume e a tecnologia de gestão inteligente de resina capaz de converter a resina Henkel em componentes funcionais. Avi Reichental, Co-fundador e CEO da Nexa3D, referiu que “a parceria com uma empresa com a dimensão da Henkel representa um enorme passo em frente na nossa capacidade em disponibilizarmos soluções de fabrico aditivo que expandem as fronteiras do que é hoje possível fazer na impressão 3D”.


ANUNCIO DIGITALIC_V4_portugues.pdf 1 11/10/2019 14:38:16

CARACTERÍSTICAS DESTACADAS

APLICAÇÕES HABITUAIS

• Filme mate com uma sensacional textura de areia • Protecção adicional para o trabalho impresso em comparação com o verniz • Bom comportamento contra riscos • Maior estabilidade e consistência no trabalho final • Pode-se colar e é compatível com acabamentos como Spot UV ou hot stamping (consultar recomendações de uso da Derprosa actualizadas)

• • • • • • •

Capas de livros (Capa mole e dura) Packaging de cosméticos e joalharia Packaging electrónico Caixas rígidas Cartões de visita e comerciais Quadros para uso com Giz Packaging de luxo como perfumes, bebidas espirituosas, joalharia, sacos de luxo, etc.



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