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#217 a revista do mundo gráfico Dez. 2021/ Fev. 2022 intergraficas.com.pt

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Ficha técnica DIRECTORA ANA PAULA CECÍLIA REDACÇÃO ANA PAULA CECÍLIA anapcecilia@intergraficas.com.pt DESIGN E PAGINAÇÃO DESIGNGLOW geral@designglow.com FOTOGRAFIA ISTOCKPHOTO, ANTÓNIO CAMILO E LUÍS FILIPE COLABORADORES AUGUSTO MONTEIRO, JOÃO FELGUEIRAS, DANIEL FURET, DAVID ZAMITH E MARIA JOÃO BOM MARKETING E PUBLICIDADE PEDRO SILVA WEBMASTER RJ LIMITADA PROPRIEDADE ANA PAULA CORDEIRO CECÍLIA E CARLA CECÍLIA Rua José Isidro dos Santos, nº 3, 5º esq.; 2625-089 Póvoa de Santa Iria TEL. +351 21 804 15 28 TLM. 91 991 35 27 E-MAIL anapcecilia@intergraficas.com.pt SITE www.intergraficas.com.pt Nº DE CONTRIBUINTE 503 898 007 Nº DE REGISTO NO I.C.S. 114 507/97 DEPÓSITO LEGAL 220 938 TIRAGEM 2 000 exemplares PERIODICIDADE Bimestral IMPRESSÃO TIPOGRAFIA PRISCOS LDA R. de São Tomé 6, 4705-578 Priscos TEL. +351 253 672 473 E-MAIL administracao@tipografiapriscos.com Os artigos de opinião integrados nesta revista são da responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião do editor.

Ana Paula Cecília Directora da Revista Intergráficas anapcecilia@intergraficas.com.pt

EDITORIAL INTERGRÁFICAS #217

ONTEM JÁ ERA TARDE...

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screvo este editorial enquanto faço uma viagem para fora da Europa. Penso no quanto a nossa vida se alterou em apenas dois anos, em tudo o que vivemos e passámos a ver de uma forma diferente. Desconfiei sempre do “Vai ficar tudo bem”. Todos sabíamos que viveríamos tempos novos, inesperados, brutalmente impactantes e difíceis. Para além da vida pessoal, a pandemia atingiu sem dó nem piedade, empresas de todas as dimensões, mudou formas de trabalhar, alterou hábitos e forçou a criatividade. De entre tudo isto, o único elemento positivo que encontro, é a alteração do mindset, levando-nos a acelerar métodos e processos de funcionamento, fazendo-nos crescer e perceber que, apesar de resistentes à mudança, somos mais fortes do que pensamos e reerguemo-nos, quando queremos, qual Fénix Renascida! Durante os dois anos de pandemia, a área de impressão em geral e a indústria gráfica em particular sofreram o embate da digitalização em toda a sociedade. Milhões de pessoas fechadas em casa voltaram-se para o mundo digital e pesquisaram, leram, estudaram e, sobretudo, “aprenderam” a comprar online. E passaram a comprar tudo, sem excepção. Se numa primeira fase o e-commerce cresceu timidamente, seguiu-se um período que levou a mais de 40% de crescimento. Este número demoraria, segundo vários estudos, a ser atingido em pelo menos 5 anos. Assim, se por um lado a indústria gráfica e o mundo da impressão pareceram ser afectados e altamente condicionados, por outro, rapidamente puderam aproveitar a oportunidade que algumas áreas passaram a oferecer. O mundo da embalagem foi apenas uma das áreas que cresceu e se tornou vital para que todos os objectos possam chegar intactos ao destino. Com a logística e grande distribuição a tirar partido do e-commerce, a indústria gráfica acompanhou o salto e deu resposta a todas as solicitações das grandes marcas e mesmo dos pequenos fabricantes ou produtores locais. A aposta passou a ser muito mais do que o e-commerce e esten-

deu-se de modo ainda mais focado no web to print. As plataformas web-to-print passaram a ter um papel decisivo para a impressão, funcionando como uma montra totalmente organizada que oferece hoje, bem mais do que produtos standartizados e essenciais. Quase no final de 2021, depois de um adiamento do Printalks, a IG decidiu fazer uma espécie de RX ao estado do mercado e das empresas de impressão, realizando dois almoços temáticos – VIP TALKS BY PRINTAKS. O objectivo passava por voltar a reunir pessoas, aquelas que durante dois anos estiveram fisicamente separadas e sem possibilidade de se encontrar e partilhar experiências, ideias, estados de alma ou mesmo só conversa, boa disposição e energia. Este era o objectivo, mas afinal, o VIP TALKS foi muito mais do que isso. Graças ao contributo dos 5 oradores – Ana Bolina, Edmundo Marques, André Novais de Paula, Hélio Cabral e Rui delgado, que trouxeram a visão de quem está fora da indústria mas contacta com ela. Quem participou conseguiu bem mais do que apenas saber o que pensam os clientes da indústria, os conselhos de quem vive no mundo digital ou entender mais sobre o modelo web-to-print da 360 Imprimir. Quem participou ouviu tudo aquilo que queria e mesmo o que não esperava. Rui Delgado foi, de longe, o orador mais impactante apenas porque ousou dizer a verdade sobre uma indústria que ainda age como as avestruzes, metendo a cabeça na areia mas deixando o rabo de fora. O director geral da M&A Wordwide, “provocou” os presentes através de um “lança perfume” que deixou cada participante colado à cadeira. E o que é que trouxe este orador? Um banho de REALIDADE. Apenas isso. Rui Delgado nem sequer fez futurologia, não falou num futuro próximo, nem fez nenhuma antevisão. O director da M&A Worldwide limitou-se a traçar o panorama actual da indústria gráfica internacional versus nacional. O resultado foi apenas, o confronto com o momento presente e uma espécie de “puxão de orelhas” a todos os protagonistas que ainda sonham com o “antigamente”, que ainda esperam que esta vaga passe e tudo volte a ser como antes. Só que não. O mundo mudou, nós mudámos e a agora, só nos resta mudar também... Ontem, já era tarde!


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OPINIÃO AUGUSTO MONTEIRO

Augusto Monteiro Presidente do Conselho de Administração da Grafopel augusto.monteiro@grafopel.pt

2022

Ano Novo de esperança!

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021, CUMPRIDO O SEU TEMPO DE PASSAGEM, partiu sem deixar saudades na lembrança. No decurso dos seus trezentos e sessenta e cinco dias de tempo útil, conduziu-nos em linha recta ao desastre pandémico, que transformou radicalmente as nossas vidas. Na sua passagem, ao mesmo tempo que foi aumentando a fortuna de algumas farmacêuticas, tornou os pobres ainda mais miseráveis. Foi uma desilusão. Deixou-nos resignadamente no desespero, a viver uma vida anormal. Fracassou na sua missão, e por isso, ficará nos anais da história como um dos mais sombrios do passado. Entretanto, com aplausos e foguetório, acolhemos 2022, na expectativa de que no fim do seu tempo de passagem possa receber felicitações por ter posto termo ao andaço trágico do 2021. O pobre coitado, chegou cheio de confiança, mas logo à entrada da porta

2021 foi um ano que não deixou saudades, sendo um período que transformou radicalmente as nossas vidas devido ao desatre pandémico.

ficou apreensivo e desapontado pelas mazelas herdadas do seu antecessor. E não ganhou para o susto ao observar o mundo e sentir o ar empestado em que respira. E piorou ao ver o relacionamento difícil entre países, regiões, conceitos religiosos e políticos, correspondendo a ideários sectários e fanáticos, esgrimido sem regras, sem tolerância e sem contemplações. Mas a esperança renasce todos os dias e dois mil e vinte e dois, refeito da surpresa, certamente que irá tentar retribuir a boa recepção de acolhimento com obra feita. Nesse sentido, procurará, primeiramente, pôr ordem na casa. De seguida, curar as feridas deixadas pelo seu antecessor. Depois, recusando-se pactuar com o mundo subversivo que nos rodeia, substituir o egoísmo pela generosidade e a indiferença pelo sentido da fraternidade, que algumas religiões e governantes apregoam, ainda que eles próprios, com os seus exacerbados fundamentalismos, se desmintam. E, certamente, que pugnará para que o futuro possa ser um futuro melhor


OPINIÃO AUGUSTO MONTEIRO

para todos, em todo o mundo. E que a solidariedade, a entrega desinteressada, a preocupação com o próximo sejam valores indiscutíveis. Que o seu propósito seja também acabar com o rol de desgraças que dia-a-dia vão acontecendo por todo o lado. E oxalá possa fazer expulsar o pessimismo que paira sobre a humanidade, escrava de mil condicionalismos, a atravessar os anos numa aflição permanente, e a perder a fé na intersecção Divina. E que as ameaças que todos nós pressentimos para o futuro, sejam a sua preocupação dominante durante o seu tempo útil de vida. Que saiba aproveitá-lo como meio de acção na procura de soluções, para sua e nossa legitima satisfação, provando que esteve à altura das circunstâncias 2022 é o ano da graça em que comemoro o meu 95º aniversário. Uma longa viagem no tempo, em que tentei corresponder com uma conduta de trabalho profícuo, para que pudesse ter sentido a minha passagem no mundo. Viagem que desejava poder continuar por tempo indeterminado, mas tenho de reconhecer humildemente, que 95 anos é tempo mais que suficiente para um homem se cumprir no palco da vida, arrumar as botas, e recolher pacificamente à pacatez caseira. Porém, com o corpo a dar-me sinais de poder continuar a “esticar a corda”, mantenho esta obstinação, que não cede, relutante em resignar-se ao remanso do lar. Embora o calendário não minta, contínuo com ânimo para

prosseguir até ao dia em que terei de render-me à evidência da idade, e calçar as pantufas para um descanso merecido. Na vida estamos todos ligados através do tempo. É o tempo que vai marcando as nossas horas de vida, subtraindo diariamente o nosso saldo disponível. Diante desta implacável realidade, não matemos o tempo inutilmente. Saibamos utilizá-lo de maneira inteligente, porque o nosso stock de tempo jamais será reposto. É o tempo que faz a história dos acontecimentos que marcam as nossas vidas, e é o tempo que vai transformando o mundo à nossa volta. O tempo não é uma matéria palpável, no entanto, conhecemos a sua importância como meio de acção. Podemos compará-lo a uma substância rara e preciosa, que merece ser utilizada plena e atentamente, porque seria uma atitude extremamente cara desperdiça-la e, mais tarde, frustrados, lastimar o pas-

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sado, lembrando com amargura o tempo desbaratado e as ocasiões perdidas, em que poderíamos ter realizado todos os nossos sonhos. Sem pretender querer ser exemplo, orgulho-me da luta que travei ao longo de todos estes anos, com o tempo todo contado desde o nascer do sol até noite dentro, exorcizando a tentação de conformismo, que infelizmente prevalece em muitas criaturas, que alheias à dignidade de viventes assumidos, vão gastando a vida esbanjando-a sedentariamente, ou em actividades zero de aproveitamento para as suas vidas, descomprometidas da sociedade que as sustenta. É duro atravessar a vida permanentemente atrás do tempo, gastando o saldo da vida que temos para viver, mas seria tragicamente inútil viver se o renegássemos e não o aproveitássemos como um bem supremo da nossa precariedade humana.

2022 é o ano da graça em que comemoro o meu 95º aniversário. Uma longa viagem no tempo, em que tentei corresponder com uma conduta de trabalho profícuo, para que pudesse ter sentido a minha passagem no mundo


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OPINIÃO JOÃO FELGUEIRAS

Mudança

de Contexto

João Felgueiras General Manager Africa The Navigator Company

O Os últimos 2 anos têm sido caóticos. Primeiro o confinamento e o pânico. Tudo parado! Toda a atcividade económica em suspenso. Depois começa a recuperação.

O MERCADO ESTÁ DE PERNAS PARA O AR! E agora? Que fazer? Já noutros momentos tive ocasião de recordar os ensinamentos de Charles Darwin, que concluiu na sua teoria de evolução das espécies, que não são os mais fortes quem melhor sobrevive. São os que melhor se adaptam. As mudanças de contexto acontecem. Muitas vezes, como é o caso, sem pré-aviso. Quando isso acontece, ou nos conseguimos adaptar ou corremos o risco de ser extintos… Os últimos 2 anos têm sido caóticos. Primeiro o confinamento e o pânico. Tudo parado! Toda a actividade económica em suspenso. Depois começa a recuperação. Vamos aprendendo a viver com esta nova realidade. Chegam as vacinas; Os serviços de saúde reforçam-se e preparam-se para ondas de procura. O impacto das novas ondas vai sendo cada vez menos grave e a atividade económica deixa de ser obrigada a parar a cada nova onda de contaminações. Contudo, o desequilíbrio nos fluxos internacionais de contentores desencadeou outro caos na oferta de transportes marítimos. Como resultado, temos hoje preços de frete marítimo que, em algumas rotas chegam a ser cerca de 8 a 10 vezes superiores ao que se praticava antes do COVID. Por outro lado, as crises políticas, os problemas de relacionamento entre Estados, levaram a que a disponibilidade de matérias-primas fosse severamente

joao.felgueiras@ thenavigatorcompany.com

afetada. De um momento para o outro, passamos a deparar-nos com falta de semicondutores, dificuldades de abastecimento de metais, madeiras, etc. O custo do Petróleo e do Gás Natural disparou para valores impensáveis, multiplicando o seu preço por mais do que 5, no espaço de escassos meses. Como consequência, não só a disponibilidade de matérias-primas (papel incluído) se tornou escassa, como o seu preço disparou, para tentar amortecer o impacto dos aumentos dos custos. Na realidade, no caso do papel, os aumentos de preços, por mais brutais que possam parecer, não chegam para anular os aumentos de custo. Então, para fugir à degradação dos resultados, há que adaptar. Há que dar prioridade às vendas de produtos mais nobres, em mercados de melhor rentabilidade e de gramagens que potenciem maior produtividade. Ou seja, tentar compensar no Mix de produtos e mercados, o que se perde em margem unitária. Estou confiante de que este é o caminho! Não vale a pena ficar a chorar a degradação das condições de mercado. Também não acredito que ajude muito, ficar a contar com subsídios e ajudas do Estado. Ou, com imaginação e capacidade de adaptação, conseguimos assegurar a sustentabilidade do nosso negócio, ou arriscamo-nos a morrer à espera de ajudas que não chegam. Há que olhar para o Mix, para Novos Canais de Venda, Novos Produtos… Há que olhar outra vez para os custos… e garantir o sucesso sem ajudas.



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OPINIÃO DANIEL FURET

Produtividade palavra que atira os portugueses para a cauda da Europa

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ASSAMOS A VIDA A OUVIR DIZER QUE AS EMPRESAS PORTUGUESAS NÃO SÃO PRODUTIVAS, mas nunca dizemos que são as empresas portuguesas que fazem um pouco de tudo, ou seja, somos nós portugueses que fazemos as pequenas séries, que devido à fragilidade da nossa economia não conseguimos impor tiragens, formatos, paginações ideais, etc… Nós somos empresas muito mais eficientes do que as empresas estrangeiras, sempre muito virados para o serviço ao cliente, sobre a ameaça constante do cumprimento do prazo, da perda do cliente, de não poder aumentar preços, e isto porque nunca nos conseguimos impor como qualquer outra indústria. Se falarmos de casos reais, quando trabalhamos com uma empresa estrangeira na área da edição tudo é pensado em cadernos de 16 páginas e os incrementos ou as diminuições são sempre na mesma proporção, não existem cadernos de 4 páginas ou de 8 páginas, só nós é que aceitamos isto, e claro dá asneira no que diz respeito a tirar o melhor aproveitamento dos nosso parque de máquinas, seja na dobra, no agrafar ou no meter à capa. Claro que aqui começa o problema da eficiência produtiva e quando medimos os nossos KPIs relativos a produtividade eles são diferentes do resto da europa.

Daniel Furet Director de Operações e Membro da Administração da Lidergraf daniel.furet@lidergraf.pt

Quando nos comparamos com outras empresas europeias, sentimo-nos frustrados, é natural, porque na definição de produtividade, essa diz claramente, que é a capacidade de realizar o máximo de trabalho possível com o mínimo de recursos necessários, e aqui devido ao descrito em cima, não o fazemos. Mais preocupante, é ainda não conseguimos cobrar ao cliente, o valor certo para as exigências do mesmo. A produtividade assenta em 3 valores chave: tempo, qualidade e desperdício.

Estes só são capazes de se evidenciar no seu potencial máximo se conseguirmos ter produções adaptáveis às nossas capacidades industriais e humanas, o que não acontece devido à necessidade de sobrevivência existente de colocar máquinas a trabalhar e pagar salários. Não basta dizer, “eu quero ser produtivo”, temos que mudar a nossa mentalidade, temos que mudar a forma de educar os nossos futuros profissionais, a iniciar logo no início da cadeia, que são as escolas, que é quem tem a obrigação de ter um papel fundamental na edução do conceito produtividade, seja uma escola de design ou uma escola de engenharia. Quem cria o produto, tem que estar consciente dos custos associados à sua ideia, quem produz tem que saber explicar os custos associados às decisões de produzir A ou B. Não é possível ter equipamentos a produzir depressa e bem, se as mudanças são constantes, se as concepções não respeitarem o básico das regras para a produção de um produto gráfico. Há muito que nos afastamos das palavras “Artes Gráficas” e temos que caminhar, sem margem para dúvida para as palavras “Indústria Gráfica”, pois só assim conseguimos realmente sair da cauda da europa no que respeita a produtividade. Existe espaço para as Artes Gráfica? Existe, desde que os clientes estejam dispostos a pagar o tempo da ineficiência produtiva. Existe espaço para a produtividade? Existe, para aqueles que conseguirem dar o passo na direcção da optimização dos seus meios produtivos e humanos, porque sem isso, não é possível investir nem criar riqueza para retribuir todos de forma justa. Produtividade é o que todos nós queremos, mas que infelizmente é uma miragem para muitos de nós. Dizer sim, é bom e mais fácil do que dizer não, mas se quisermos ser verdadeiramente produtivos o “Não”, terá que fazer parte do nosso vocabulário!

Quem cria o produto, tem que estar consciente dos custos associados à sua ideia


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NACIONAIS

Breves

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Jorge Ferreira

Vítor Medeiros

Konica Minolta tem novo director de marketing para Portugal e Espanha Jorge Ferreira é o novo director de marketing da Konica Minolta para Portugal e Espanha. O responsável, com 47 anos, vai assegurar a liderança desta área da empresa a partir de terras lusas, sendo a primeira vez que esta função é exercida a nível ibérico. Com experiência profissional de 20 anos, Jorge Ferreira sempre esteve ligado ao marketing, designadamente nas áreas do Retalho, Telecomunicações e FMCG (fast moving consumer goods). Antes de ingressar na Konica Minolta, esteve quatro anos na Domino’s Pizza Portugal, Central Europe & South-Eastern Europe, onde passou por diversos cargos até ter assumido, em 2019, a função de Global Marketing Director. Jorge Ferreira conta com uma vasta experiência em cargos de gestão e liderança de

equipas em empresas multinacionais, tendo realizado projectos nas áreas de marketing automation, product innovation, activação de canais comerciais e planeamento e estratégia digital. Quanto ao seu percurso académico, apresenta um mestrado em Gestão no INDEG-IUL ISCTE Executive Education e uma pós-graduação em Marketing pelo IPAM - Instituto Português de Administração de Marketing. Enquanto director de marketing da Konica Minolta para Portugal e Espanha, Jorge Ferreira tem, entre os seus principais desafios, apoiar na estratégia de go-to-market e promover a nova oferta tecnológica da empresa para acelerar a transformação digital das organizações, com foco no escritório do futuro inteligente e conectado.

A Ok-Print a nova web-to-print portuguesa “faz impressão”

“ESTE CONTEÚDO PODE FAZER IMPRESSÃO” É COM ESTE SLOGAN QUE A GRÁFICA PORTUGUESA ONLINE OK-PRINT ESTÁ A FAZER FUROR NAS RUAS E REDES SOCIAIS.

A marca que foi sendo pensada e construída durante a pandemia, nasceu há poucos meses e decidiu dar-se a conhecer ao mercado, com uma campanha que pode ser vista em todo o país, em mu-


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...e Vítor Medeiros lidera a área de Negócio e Vendas da Konica Minolta Vítor Medeiros é o novo Sales & Business director da Konica Minolta, a start-up centenária, líder em serviços abrangentes de IT. O profissional, que conta com uma experiência de mais de 14 anos, tem como objectivo desenvolver projectos “chave-na-mão” - nas áreas de IT, printing, segurança, entre outros - que vão ao encontro das necessidades dos clientes Konica Minolta. Na Konica Minolta desde agosto de 2016, Vítor Medeiros, com 37 anos, iniciou o seu percurso como SharePoint/ Nintex (ECM) Senior Consultant, onde, em dezembro do mesmo ano, assumiu a função de SharePoint/Nintex (ECM) Pre-Sales & Delivery Team Leader. Em março de 2018 foi nomeado Managed Content Services & Business Process Services Manager, cargo que ocupou até outubro de 2021. Toda a experiência adquirida pelas várias áreas por onde passou – inicialmente como developer –, facilitou a transicção para o departamento de pré-venda e, posteriormente, de sales, área que Vítor Medeiros lidera na Konica Minolta desde Novembro deste ano. Formado em Engenharia Biomédica na Universidade Nova de Lisboa, Vítor iniciou o seu percurso na Novabase, em Março de 2008, como Associate Professional. Em Dezembro de 2011, e até ao início de 2014, assumiu a função de IT Application Specialist na Artsana, tendo-se especializado no desenvolvimento e manutenção de portais internos, sistemas de integração entre plataformas ou arquitectura de software. Entre Março de 2014 e Julho de 2016, passou pela SONAE SGPS onde assumiu as funções de Sharepoint Application Manager e Solutions Architect.

pies e nas redes sociais. A Ok-Print , que pertence ao Grupo de Impressão Jorge Fernandes, está já presente em Espanha e França, e surgiu para dar resposta a novas necessidades do consumidor, apostar no mercado online e atingir um novo público alvo, bem diferente daquele que a Casa Mãe sempre manteve. Para além de ser uma campanha bem conseguida em termos de exposição ex-

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Xerox Portugal alarga parceria com Concessionário Jodrax A Xerox Portugal acaba de anunciar o alargamento da parceria com o seu Concessionário, Jodrax, para a comercialização da solução de impressão 3D Xerox ElemX™. A solução Xerox ElemX tira máximo partido da tecnologia de metal líquido, utilizando fio de alumínio para fabricar peças prontas a usar que cumprem as mais rigorosas exigências operacionais. Ao contrário de muitas tecnologias de impressão 3D de metal, a solução Xerox ElemX não exige modificações especiais no local de instalação e da operação e como o pós-processamento requer um número muito curto de tarefas, é possível conseguir o fornecimento das peças, num tempo muito mais rápido, quando comparado com soluções semelhantes. Esta capacidade de produzir peças de reposição confiáveis e, apenas quando é necessário (on-demand), reduz a dependência das cadeias de fornecimentos globais mais complexas e reduz os custos ocultos associados à fabricação tradicional. Para José Esfola, General Manager, Xerox Portugal, “esta parceria estratégica dá continuidade ao plano de crescimento da Xerox sob o pilar da Inovação. O progresso que as soluções e serviços da Xerox continuam a trazer ao mercado, colocam-nos em excelente posição para transformar o mercado e resolver alguns dos desafios mais exigente dos nossos clientes.” Frederico Dray, Gerente, Jodrax, refere que, “as cadeias de fornecimento globais deixam sectores como a aeronáutica, automóvel, gás, petróleo e outras indústrias pesadas, vulneráveis a riscos externos. O nosso objectivo ao integrar a impressão 3D da Xerox na nossa oferta, pretende ser uma resposta rápida aos desafios actuais e projectar o que poderão ser as evoluções tecnológicas futuras.”

terior, com os mupies espalhados por diversas cidades portuguesas, a OK-Print apostou num passatempo nas redes sociais, oferecendo serviços de impressão durante o ano de 2022 a dois dos seus seguidores. Os vencedores serão sorteados e comunicados no dia 8 de Abril. A empresa gráfica Jorge Fernandes deu início ao projecto da web-to-print, trabalhando em parceria com a empresa de tecnologia

The Loop. O objectivo de entrar no negócio da impressão online vai mais longe do que apenas o mercado nacional, estando a estratégia da OK-Print delineada conseguir que os mercados espanhol e francês possam significar metade das vendas até 2025. Miguel Marques, mentor do projecto mostra-se satisfeito pelo facto da campanha estar a decorrer com um feedback altamente positivo.


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Paletes CHEP facilitam exportações de empresas portuguesas

A CHEP, empresa de soluções logísticas para cadeias de abastecimento, e especialista global em aluguer e gestão de paletes, contentores e caixas plásticas reutilizáveis (Reusable Plastic Container - RPC), apoia agora os seus clientes dos dois lados do Atlântico, através das suas paletes Mark 55 (1229 x 1016 mm). Usado principalmente na América do Norte, este formato de palete facilita a entrada de produtos nos Estados Unidos e Canadá, potenciando as exportações das empresas portuguesas. Em 2021, a CHEP enviou milhares de paletes para os Estados Unidos e Canadá, a partir de Portugal, em diferentes categorias, como bebidas, bens alimentares e produtos de higiene e não alimentares. Uma das grandes vantagens da utilização das paletes Mark 55 prende-se com a simplificação de processos administrativos na entrada de produtos para países da América do Norte. As parcerias com o sector vinícola são das mais bem sucedidas da empresa sendo que, desde 2018, 16 produtores de vinho portugueses abandonaram as paletes brancas por paletes Mark 55 da CHEP. Jorge Mateus Simões, Production & Supply Chain Director da empresa de produção de vinho, Aveleda SA menciona que “a nossa aposta na sustentabilidade aleada ao crescimento em mercados como os Estados Unidos e Canadá facilitaram a decisão de passarmos a utilizar paletes Mark 55 e de reforçarmos, assim, a nossa colaboração com a CHEP.”

Breves NACIONAIS

Inaugurado Navigator Park com 3.000 m2 A The Navigator Company, a Nova School of Business & Economics (Nova SBE) e Fundação Alfredo de Sousa inauguraram, um parque arborizado no campus de Carcavelos, com a designação de “Navigator Park”. Esta iniciativa decorreu no âmbito do protocolo assinado entre as três Instituições, onde a The Navigator Company surge como parceiro institucional da Nova SBE e da Fundação Alfredo de Sousa. Através dos seus Viveiros Aliança – um dos maiores viveiros de plantas florestais da Europa –, a The Navigator Company doou as árvores, bem como os serviços de consultoria técnica necessários à arborização do parque, que conta com uma área de 3.000 m2, de forma a garantir o sucesso vegetativo do mesmo. Após realização do diagnóstico ao espaço, deu-se início à plantação da área com a quantidade e espécies mais adequadas. Com este novo parque arborizado, a The Navigator Company, a Nova SBE e a Fundação Alfredo de Sousa pretendem criar um espaço de lazer e recriação para a comunidade escolar e municipal e, em simultâneo, estimular a biodiversidade local, através da plantação de árvores e arbustos de grande, médio e pequeno porte, e também herbáceas, num total de 7.900 plantas de 20 espécies diferentes. Na selecção das plantas foi tido em conta o dinamismo de cor das mesmas ao longo do ano, um factor que contribui para promover um efeito atrativo e interessante no espaço, bem como a melhor adaptação às condições do clima e solo. A acção de arborização contou com a participação da comunidade escolar do concelho de Cascais, onde se encontra localizada a Nova SBE, bem como dos munícipes. A The Navigator Company, através do seu projecto My Planet, desenvolveu uma acção de sensibilização no local, com a presença de um carrinho do projecto e distribuição das suas revistas, com o objectivo de motivar a comunidade para um futuro mais sustentável. A cerimónia de inauguração contou com a presença de António Redondo, CEO da The Navigator Company, Daniel Traça, Dean da Nova SBE, e Miguel Pinto Luz, presidente da Fundação Alfredo de Sousa, fundação que tem por missão a gestão e manutenção do campus, pela angariação de novos benfeitores e de novos donativos e pela aposta numa política activa de fund raising. Além destes, toda a comunidade da instituição de ensino esteve presente (alunos, professores e funcionários), de forma a celebrar a inauguração do “Navigator Park”.

“Tudo se resolve à mesa. Até o amor. No Dia dos Namorados a Letras Lavadas levou a cabo uma iniciativa inédita e muito romântica. A propósito do Dia de S. Valentim, a Letras Lavadas Livraria, do grupo Nova Gráfica, promoveu a iniciativa “cartas de amor à mesa”, uma acção de divulgação em conjunto com diversos restaurantes da ilha de S. Miguel. Sob o mote “Tudo se resolve à mesa. Até o amor”, foram oferecidos individuais de mesa impressos, com uma carta de amor de uma mulher, escrita por Orquídea Abreu, e um poema de homem,

escrito por Luís Filipe Sarmento, tendo, assim, uma voz masculina e uma feminina que nos dão uma visão do que é o amor e a importância deste dia. A iniciativa foi levada a cabo nos restaurantes A Tasca, Café Royal, Restaurante Nacional, Alcides - Restauração & Hotelaria, Restaurante O Roberto, Restaurante Aliança, Cais da Sardinha, Cantinho dos Anjos, Café Central, Baía dos Anjos, Stage Restaurant, 3 Sentidos Pizzaria, Restaurante Solar Rei dos Frangos, Casa do Bife “ O Galego” e Terracota Restaurante & Bar.”


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PARCERIA ENTRE A CANON E A PLOCKMATIC RESULTOU NA INTEGRAÇÃO EM LINHA DA SÉRIE DE IMPRESSORAS A JACTO DE TINTA DE ALIMENTAÇÃO AUTOMÁTICA CANON VARIOPRINT IX COM O PLOCKMATIC DIGICOATER PRO 400 HD LED, uma

máquina de revestimento de papel. Devido à qualidade de impressão semelhante ao offset, à alta produtividade e à atrativa relação custo/eficácia, a Série varioPRINT iX tem vindo a provar ser um investimento popular para gráficas comerciais e online, e a integração com o Digicoater Pro 400 HD LED amplia ainda mais a sua flexibilidade de aplicação, tornando esta opção ainda mais atraente. A combinação das duas tecnologias significa que os clientes da Série varioPRINT iX na região EMEA podem agora não apenas produzir aplicações com revestimento UV de alta qualidade, mas também fazê-lo à velocidade nominal do motor num único fluxo de trabalho automatizado. Os utilizadores de impressão comercial da Série varioPRINT iX que desejam produzir cartões de visita, postais, merchandise fotográfico, capas de livros e revistas e aplicações impressas onde o revestimento traz valor acrescentado, podem agora maximizar a sua produtividade conectando o Digicoater Pro 400

A Canon revelou a meio de janeiro ter estreitado uma colaboração com a Plockmatic, fornecedor global de soluções de acabamento para empresas de impressão

HD LED em linha. A integração elimina, ao mesmo tempo, a necessidade de intervenção manual e o risco de um estrangulamento da produção, e permite que as gráficas comerciais ofereçam aplicações com aparência e toque brilhantes e de maior valor, e cumpram os tempos de resposta mais curtos. A opção de utilizar um verniz flood na produção de tais aplicações, oferece não apenas os resultados são mais atraentes, mas o revestimento também protege os materiais impressos

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contra o desgaste, água, sujidade e alimentos. Graças à baixa cobertura de revestimento – apenas 2–4 g/m2 de verniz – necessária para completar o processo de cura UV, melhorar a impressão passou a ser muito mais económico em comparação com as tecnologias tradicionais, que usam 15–30 g/m2 nos processos de envernizamento. Como ambas as máquinas funcionam à mesma velocidade, o material pode ser impresso e depois revestido pelo Digicoater sem comprometer o desempenho ou a velocidade do mecanismo da Série varioPRINT iX. Por outro lado, uma vez que o resultado final revestido é entregue à temperatura ambiente, as folhas ficam prontas de forma imediata, sem se enrugarem ou encolherem, para acabamentos adicionais. Com os dois equipamentos ligados através de uma interface SFD aberta, a comunicação bidireccional entre a Série varioPRINT iX e o Digicoater Pro 400 HD LED da Plockmatic resulta num fluxo de trabalho altamente eficiente de ponta a ponta. O nível de compatibilidade e automação oferecido pela interface significa que o controlador PRISMAsync do mecanismo de impressão pode ser facilmente alertado sobre folhas soltas com erros de impressão, e a varioPRINT iX poderá reimprimi-las automaticamente sem ter que voltar a imprimir todo o restante trabalho.

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ALL4LABELS AVANÇA COM PREVISÕES PARA 2022 Paola Ianonne, directora global de marketing e comunicação da All4Labels Global Packaging Group, avançou com algumas previsões sobre a área dos rótulos, tendo em conta o know how da empresa e a sua experiência no mercado. Para Paola Ianonne, “as pressões sobre a indústria de rótulos causadas pela pandemia e as consequentes mudanças no comportamento do consumidor revelaram a fragilidade de modelos de negócios e das rígidas cadeias fornecimento. Aqueles que foram suficientemente flexíveis, saíram-se muito melhor, mas ainda assim, estes são tempos difíceis para todos, e os efeitos serão sentidos por muitos meses e até pelos próximos anos. No entanto, as etiquetas continuam a ser um mercado em crescimento, mas a imprevisibilidade de materiais e fornecimento de tinta está a aumentar o custo de produção e a afectar os prazos de entrega. A All4Labels é um grupo internacional de embalagens com uma abordagem local, e isso provou ser um grande benefício para nossos clientes durante esta crise. Com 29 locais de produção e mais de 60 impressoras digitais em operação em todo o mundo, temos capacidade e agilidade para reagir rapidamente e entregar etiquetas premium em curto prazo com menor impacto no meio ambiente em comparação com as tecnologias tradicionais.” Sobre o futuro, a directora de marketing e comunicação refere que, “acreditamos que as tecnologias digitais e níveis mais altos de automação formarão a base para o crescimento. As soluções de impressão digital e embelezamento digital estão a mudar o cenário das etiquetas, oferecendo rapidez, qualidade e flexibilidade na produção, além de reduzir o desperdício. A importância da sustentabilidade está a acelerar rapidamente após a cúpula da COP26. À medida que o mundo volta toda a sua atenção para salvar o planeta, as empresas que já têm uma forte agenda de sustentabilidade em vigor terão sucesso, enquanto aquelas que adoptaram uma abordagem de “Green wash” ou simplesmente ignoraram a preocupação encontrarão o caminho a seguir muito desafiador.” Em forma de antevisão, Paola considera que “a indústria de etiquetas deve continuar a inovar e a criar produtos ecologicamente correctos que forneçam informações vitais sobre o produto e mostrem um excelente design, sem comprometer a qualidade de impressão. Devemos também eliminar o desperdício em todos os níveis do processo e em toda a cadeia de valor. Como pioneira em soluções de embalagens sustentáveis e digitais, a All4Labels está a avançar com uma mentalidade responsável e inovadora, baseada no know-how e na colaboração com todos os nossos parceiros e as comunidades em que operamos. Estamos prontos para responder às necessidades da nossa nova realidade porque sabemos que as nossas acções são importantes.”

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HUBERGROUP E AS EMBALAGENS CRIATIVAS EMBALAGENS AINDA MAIS CRIATIVAS E MAIS ESPAÇO PARA INFORMAÇÕES, É O QUE POSSIBILITA A HUBERGROUP PRINT SOLUTIONS COM A SUA NOVA SÉRIE DE TINTAS DE OFFSET EM FOLHAS MGA CONTACT. Devi-

Epson publica “Green Choice” 2021 A Epson apresentou progressos no sentido de tornar as suas operações totalmente sustentáveis, com a publicação do Relatório Europeu de Sustentabilidade de 2021, “Making the Green Choice”. Para além do investimento na sua própria transformação, o relatório detalha inovações tais como tecnologias sem calor que irão ajudar cada cliente a alcançar um futuro sustentável. O actual Relatório de Sustentabilidade detalha a inovação da Epson focada no cliente e orientada para a sustentabilidade. As impressoras sem calor da empresa, por exemplo, podem reduzir o consumo de energia e as emissões de CO2 até 83%. A adopção destas tecnologias a nível europeu reduziria mil milhões de kWh de consumo de energia por ano e 410.000 toneladas de CO2. As tecnologias sem calor da Epson inspiraram uma parceria com a National Geographic e o seu trabalho para inverter o descongelamento do permafrost e um consequente aumento das emissões de metano. As impressoras EcoTank da Epson trazem benefícios semelhantes ao longo da cadeia de valor, eliminando a necessidade de tinteiros. Até à data, as impressoras EcoTank removeram do ambiente 1,6 milhões de toneladas de resíduos de consumíveis à base de plástico. Outros ganhos podem ser observados no desenvolvimento de novas tecnologias de impressão têxtil, que podem reduzir a utilização de água até 90% e de energia em 30%. A Epson também ajuda os clientes a fechar o ciclo de recursos com o PaperLab. É o primeiro processo mundial de fibra seca que permite a reciclagem de papel em escritório - para reduzir significativamente o consumo de água e a necessidade de transporte para centros de reciclagem externos.

do à selecção cuidadosa das matérias primas, a série de tintas é adequada para a impressão segura na parte interna de embalagens de alimentos em papel e cartão. Em conjunto com o revestimento de dispersão apropriado da hubergroup, a MGA CONTACT pode estar em contacto directo com os alimentos, sem necessidade de barreiras funcionais. O espectro e a solidez das cores da série de tintas disponível em todo o mundo são comparáveis aos das tintas de impressão offset convencionais. “Com a MGA CONTACT, os proprietários de marcas e designers de embalagens agora têm o dobro de espaço para suas mensagens e informações. Isto significa que as embalagens para frutas, legumes ou chocolates podem tornar-se ainda mais atraentes”, explicou Josef Sutter, gestor de produtos Sheetfed/UV Europa na hubergroup. Isso é possível porque o especialista em tintas de impressão somente usa para a série de tintas ingredientes que são permitidos de acordo com os critérios da UE e da FDA para contacto directo com alimentos e fabrica a série de tintas numa unidade de produção separada em sua fábrica em Celle, na Alemanha. A OA MGA CONTACT atinge a mesma estabilidade no processo de impressão que outras séries de tintas MGA, de modo que não são necessários ajustes nas impressoras. A série de tintas somente requer um revestimento final de dispersão, que também é adequado para contacto directo com alimentos. Para tal, o hubergroup recomenda produtos de sua série ACRYLAC DFC (Direct Food Contact). Os fabricantes podem dar asas à sua criatividade ao projectar as suas embalagens, pois a MGA CONTACT apresenta boa solidez de cor e, como uma série de ECG (Extended Color Gamut), abrange um amplo espectro de cores. Graças a uma formulação sustentável, a série de cores também é facilmente reciclável.


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GRAPHISPACK E HISPACK PREMEIAM TRABALHOS DE EMBALAGEM E PDV A EMBALAGEM DE CARTÃO COM CANTOS ARREDONDADOS DA ESTRELLA DAMM, alternativa à embalagem plástica

retrátil para agrupamento de latas de cerveja, da Graphic Packaging International Spain e um expositor premium, também feito em cartão, para apresentar no ponto de venda 24 garrafas de champanhe Mumm, obra da Miralles Cartonajes, são os dois projectos que obtiveram a distinção “Best of Contest” nos Prémios Liderpack 2021. O concurso organizado pela Associação Espanhola de Embalagem da Associação Graphispack e o certame Hispack, premiou um total de 46 obras nas áreas de Embalagem, Point of Sale Advertising (POS) e Young Design. Nesta edição foram apresentados 99 trabalhos de empresas e escolas de toda a Espanha. Após avaliação de cada produto, o júri atribuiu 22 prémios na especialidade de embalagens, 17 na secção POS, seis na categoria “Design Jovem e um numa categoria especial direccionada para designers, “novos projectos e inovação”. Entre as 22 obras premiadas nas diferentes categorias da especialidade embalagem estão, por exemplo, uma embalagem dobrável de madeira, um protector higiénico biodegradável para latas de bebidas, rolhas de madeira sem interior de plástico para perfumes, mini-rolos com tinta integrada para teste de cores, uma embalagem multicamada flexível feita inteiramente de materiais compostáveis, uma embalagem para o comércio eletrónico de plantas, um caso para a apresentação e venda de frutas premium, e uma embalagem de cartão com um fecho inovador para papel de tabaco. A sustentabilidade é o denominador comum na maioria das soluções premia-

As obras premiadas destacam-se pela resistência, facilidade de transporte e montagem no ponto de venda, bem como pela utilização de materiais sustentáveis

das. O uso de materiais ecológicos predomina, principalmente cartão, plásticos reciclados e recicláveis ou biodegradáveis e embalagem monomaterial. Há também uma tendência de redução da quantidade e do peso do material utilizado, maior atenção ao eco-design e melhoria da experiência do utilizador. Da mesma forma, a embalagem tem se destacado como solução logística, principalmente com aplicação no comércio eletrónico. Como novidade, o concurso Liderpack lançou a categoria especial “projectos de inovação para designers” na qual o trabalho de María Vega “Macazzy, foi premiado por conter variedades de café. Entre os vencedores na secção de embalagens, o júri selecionou sete obras que representaram a Espanha no WorldStar for Packaging 2022, o mais importante evento de recipientes e embalagens que decorreu em Dezembro passado. As obras premiadas destacam-se pela resistência, facilidade de transporte e montagem no ponto de venda, bem como pela utilização de materiais sustentáveis, principalmente cartão e madeira. As estruturas atraentes são procuradas graças aos gráficos e impressão e a maioria dos projectos são reutilizáveis. A cerimónia de entrega do Liderpack 2021 decorrerá no âmbito da celebração Hispack, que decorrerá de 24 a 27 de maio no recinto Fira de Barcelona Gran Via.

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Portuguesa Blur instala Kornit Presto S A Kornit Digital, líder em tecnologias sustentáveis e a pedido de produção têxtil digital, anunciou que o especialista têxtil português Blur instalou a solução w com amaciador para uma produção sustentável directa e de passo único de vários tecidos em qualquer quantidade. O fornecedor de serviços de estampagem, que suporta as necessidades de produção de marcas de alta costura já tinha instalado vários sistemas Kornit Atlas e Avalanche para uma produção directa e a pedido à escala industrial. Com recurso à tecnologia e aos consumíveis proprietários, ecológicos e eficientes da Kornit, a Blur oferece abastecimentos rápidos de encomendas que vão de uma unidade a produção em massa, com uma média de encomendas na ordem dos 500 artigos. Desde que implementaram o Kornit Presto S, o sistema tem estado operacional dia e noite, produzindo amostras durante o horário normal de funcionamento e processando várias encomendas durante a noite. Mariano Dias, director Executivo da Blur, acredita que a tecnologia Kornit permite que o seu negócio se adapte rapidamente às necessidades em constante mudança dos seus clientes, que abrangem marcas estabelecidas que procuram grandes quantidades e designers ambiciosos que procuram criar uma marca com risco ou investimento limitado. Em muitos casos, abastecem diferentes tipos de designs para clientes dos mercados europeu e norte-ame-

ricano. “A qualidade é fantástica e alguns clientes só querem estampar com esta tecnologia, afirma Dias. “Estamos extremamente contentes com a colaboração com a Kornit e as nossas máquinas de estampagem estão a funcionar na perfeição”. Qualquer empresa de estampagem têxtil que pretenda entrar no mundo da moda e trabalhar com marcas famosas terá capacidades de estampagem directa e rolo a rolo. A nossa recomendação para um trabalho de qualidade e sucesso passa pela compra de máquinas de estampagem Kornit Atlas e Kornit Presto. No nosso caso, o sucesso da Blur com os actuais sistemas Kornit, assim como o aumento da procura por têxteis de produção sustentável, fizeram surgir a hipótese de adicionar uma segunda Kornit Presto S para dar resposta ao aumento do volume. “Tal como acontece com muitos dos nossos clientes, a Blur foi criada em torno de operações têxteis mais tradicionais, no caso deles bordados, antes de descobrir o grande potencial de crescimento e versatilidade oferecido pela produção digital, rápida e eficiente a pedido”, afirma Chris Govier, Presidente da Kornit Digital para a Europa, Médio-Oriente e África.

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FEIRAS PORTUGAL PRINT

Mais de dois anos depois, a Feira Portugal Print está de volta e promete ser o grande palco da área de impressão e sector têxtil e brindes promocionais, reunindo players do mercado e clientes que querem ver tecnologia, perceber tendências e trocar experiências.

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FEIRA PORTUGAL PRINT VAI DECORRER ENTRE 7 E 9 DE ABRIL, NA FIL, EM LISBOA. O maior certame do país dedicado exclusivamente ao mundo das artes gráficas teve a sua última edição em 2019 e por isso, tanto a organização como o sector da impressão, esperam que esta edição seja amplamente participada, tendo em conta os mais de dois anos de ausência de eventos devido à pandemia. Vanda Santos, directora geral da Profair, entidade organizadora da Portugal Print revelou a sua expectativa positiva face a esta edição, adiantando que “estamos confiantes, embora esta nova edição seja completamente atípica, a todos os níveis, com novas regras, novos expositores, uma nova forma de organizar, tendo em conta as condicionantes porque passámos ao longo de dois anos.” Apesar da exigência do momento, a Profair decidiu apostar ainda mais na divulgação do budget destinado à divulgação e publicidade e ainda na credenciação de visitantes, que, como revelou, “está a decorrer a bom ritmo.” Depois de um adiamento da data de realização da Portugal Print, que passou de Fevereiro para Abril, forçado pela subida de números referentes a casos covid, Vanda Santos considera que


FEIRAS PORTUGAL PRINT

a receptividade que encontrou, por parte dos expositores foi bastante positiva já que, “somos todos pessoas responsáveis que entenderam perfeitamente que não havia condições para se fazer um evento indoor desta dimensão durante o Fevereiro. Estivemos unanimemente de acordo.” Questionada sobre se estarão os expositores ávidos de marcar presença num evento que reunirá, finalmente o mercado, Vanda Santos considera que sim, embora refira que em matéria de empenho na preparação do mesmo, este acaba por ser o mesmo já que , como de costume, todos dão o seu melhor para receber aqueles que são os seus clientes e os nossos visitantes de todos. Nesta edição de 2022, em termos de espaço, este será exactamente o mesmo que o utilizado na edição de 2019 e os segmentos do mercado confirmados são também os habituais, passando por artes gráficas com todas as vertentes de impressão, o têxtil promocional e brinde, embalagem, etiquetagem, etc. De entre as principais dificuldades sentidas na realização de uma feira desta dimensão, sobretudo depois de dois anos de confinamento e de uma total ausência de contacto entre fornecedores/ fabricantes e clientes, a directora geral da Profair confessa que “estivemos sempre

Portugal Print Zone Covid Free Segundo as indicações do Governo e DGS é provável que as medidas comecem a ser aligeiradas de forma faseada. Ainda assim, em Abril, no que se refere a medidas concretas, a organização ainda espera ter de cumprir normas básicas que garantam a segurança de todos os visitantes

Apesar da exigência do momento, a Profair decidiu apostar ainda mais na divulgação com maior budget destinado à publicidade e ainda à credenciação de visitantes

e permitam por isso um número de visitantes igual ou superior à última edição. “Como disse anteriormente, a credenciação está a decorrer como habitual e creio que em Abril, além do Certificado Digital, da máscara e do famoso álcool gel que todos tão bem conhecemos, os visitantes não terão de se fazer acompanhar de muito mais. Nós, organizadores, vamos reforçar a limpeza e arejamento dos espaços e evitar, sempre que possível, o contacto físico entre os intervenientes”, refere Vanda Santos.

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em contacto com os nossos expositores e todas as decisões que tomámos foram conversadas com todos eles. Ainda assim, posso dizer que as principais dificuldades que sentimos, passaram por assistirmos a uma constante mudança das regras que são impostas a um evento indoor desta dimensão e que, mudaram inúmeras vezes ao longo destes dois anos. Desta forma, acredito que aquilo que teremos sempre de fazer, é trabalhar ainda melhor e estar mais atentos aos acontecimentos para podermos fazer, com muita antecedência, tudo o que não estiver dependente de regras impostas.” Quanto a perspectivas sobre a feira Portugal Print 2022, a organização refere que considera positivo se o evento tiver, no mínimo, a mesma adesão em termo de visitantes do que a edição anterior, de 2019. Por estar ainda a trabalhar para edificar a feira de 2022, a Profair não adianta se depois de 2022 se seguirá uma edição de 2023 ou se a feira regressará somente em 2024, apesar de ser um ano marcado pelo regresso da maior feira mundial de impressão, a drupa. Para Vanda Santos, só depois de finalizada a edição de 2022 e existir um apuramento do feedback por parte dos expositores, será possível reunir para decidir a data de realização de novas edições, bem como o local, visto que em aberto está sempre um retorno ao norte do país, mais concretamente à Exponor. Depois de dois anos tão atípicos, a Profair considera, através das declarações de Vanda Santos, que, “ficaremos muito satisfeitos se mantivermos os mesmos resultados em circunstâncias tão diferentes.”


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FEIRAS GRAPHISPAG 2022

GRAPHISPAG 2022 PROMETE REACTIVAR A INDÚSTRIA GRÁFICA “A Graphispack, pretende dar resposta aos grandes desafios actuais do sector como sustentabilidade, digitalização e automação de processos produtivos e comerciais”

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GRAPHISPAG 2022, FEIRA DE REFERÊNCIA NO MERCADO IBÉRICO para a in-

dústria gráfica e comunicação visual, prepara-se para acelerar a recuperação e reunificação de empresas e profissionais para partilhar técnicas, conhecimentos, experiências e soluções práticas. O certame, que vai decorrer de 24 a 27 de Maio e coincidirá com a Hispack, a feira de referência na área de embalagem mostrará as últimas tendências em tecnologia gráfica, suportes, materiais, tintas, acabamentos e ferramentas inovadoras para quem imprime e comunica. Nesta edição, o salão, organizado pela Fira de Barcelona e em colaboração com a Associação Graphispack, pretende dar resposta aos grandes desafios actuais do

sector como sustentabilidade, digitalização e automação de processos produtivos e comerciais. Por este motivo, a feira apresentará uma oferta comercial transversal, integrando todos os sistemas de impressão, tanto os tradicionais, como os digitais em ascensão, bem como os mais avançados (funcionais, 3D ou impressos eletrónicos) com aplicação em sectores industriais. O presidente da comissão organizadora da Graphispag, Xavier Armengou, está convicto do papel que vai desempenhar no momento de dinamizar efectivamente o mercado da impressão, afirmando que, “é emocionante reencontrar de novo um sector que está a sair deste complexo período. Chegou o momento de aprovar a plataforma que este evento nos oferece para promover

as actividades das nossas empresas, conhecer tecnologia, inovação e outras formas de trabalho que geram produtos gráficos de elevado valor acrescentado para vários sectores, partilhar experiências e conhecimentos e decidirmos, como queremos que seja o nosso sector”. Também na área do packaging, a Graphispag aumentará as sinergias entre o mundo das embalagens e rótulos, uma das especialidades gráficas que mais cresce. Neste sentido, a sua coincidência em datas e locais com a feira


FEIRAS GRAPHISPAG 2022

líder em embalagens, processos e logística, a Hispack significa aumentar o seu poder de convocação neste segmento e valorizar a gama de materiais em oferta, comuns aos dois certames. Marcas, fabricantes e impressores de, embalagens e etiquetas, encontrarão na Graphispag novas aplicações gráficas para as suas actividades, desde a impressão digital para tiragens curtas e customização de embalagens, até novos designs e acabamentos de valor acrescentado, prototipagem de embalagens, incorporação de sensores impressos para obter embalagens inteligentes ou sistemas anti-falsificação, entre outros. Paralelamente, a Graphispag apresentará soluções gráficas específicas para o mundo editorial, design, publicidade e grande formato, impressão comercial e promocional, distribuição, decoração e design de interiores e impressão industrial (têxtil, automóvel, cerâmica, móveis), entre outros sectores. Para isso, a Graphispag 2022 colocará o foco da impressão na cadeia de valor do produto gráfico, pois, “pelo conhecimento, experiência e know-how, é quem melhor pode responder às necessidades da procura final, incorporando o que há de mais moderno no sector”, afirma Xavier Armengou. A Personalização, novos suportes, materiais e tintas mais sustentáveis, além das mais recentes tecnologias de impressão e acabamento marcarão esta edição. Os resultados do uso e aplicação serão vistos numa grande área central onde serão expostos produtos gráficos destinados a esses sectores compradores. As amostras, feitas por empresas de serviços gráficos propostas pelos expositores, servirão para conhecer a versatilidade e as possibilidades criativas, funcionais e de comunicação que a impressão oferece, principalmente nos sectores onde a reactivação mais se percebe, como o têxtil, a impressão comercial, a publicidade ou eventos promocionais e ao ar livre.

“61% das 100 maiores empresas de artes gráficas espanholas visitam a Graphispag” Nesta linha, o director da Graphispag, Josep Alcaraz, sublinha que, “o novo objectivo é facilitar o conhecimento e transferência de inovação no sector da indústria gráfica e da comunicação visual para protagonistas de impressão, tanto empresas de serviços gráficos, como sectores industriais e clientes finais “. Da mesma forma, a Graphispag levará a cabo um importante fórum do sector para a indústria gráfica e comunicação

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visual. O programa de conferências do evento será focado nos impressores de forma a que estes possam actualizar os seus conhecimentos nos aspectos relacionados ao desenvolvimento de negócios, gestão da produtividade, digitalização e “premiumzação” de produtos gráficos. Haverá também apresentações específicas sobre impressão de embalagens partilhadas com a Hispack, bem como para profissionais de sectores que adquirem produtos impressos como publicidade e marketing, design, fotografia, design de interiores ou moda. Na última edição, realizada em 2019, a Graphispag atraiu 22.500 visitantes. Por sectores, registou-se que 33% dos presentes desenvolveram a sua actividade na área dos serviços gráficos, 15% vieram do mundo do design e comunicação, 37% dos sectores industriais, fabricantes e distribuidores, enquanto 6% corresponderam a marcas e utilizadores finais. A percentagem restante inclui outros grupos (formação, entidades e associações, consultoria, imprensa, etc.). O estudo dos dados dos visitantes revelou que 61% das 100 maiores empresas de artes gráficas espanholas visitam a Graphispag. Importa também destacar a presença na feira de 53% das empresas líderes do sector de etiquetas, 37% das de embalagens flexíveis, 34% das de embalagens gerais, 21% de embalagens de cartão e 18% de embalagens de plástico. Quanto a outros sectores, a Graphispag atrai empresas líderes (ranking top 100) dos sectores de distribuição, publicação e moda.


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IMPRESSÃO EMBALAGEM

KONICA MINOLTA EM DESTAQUE NA EMPACK MADRID O evento Empack and Logistics & Automation foi uma lufada de ar fresco ainda durante um período da pandemia, quando decorreu quase no final de 2021. A Konica Minolta apostou fortemente num stand central que atraiu clientes de toda a Península Ibérica.

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EPOIS DE UM INTERREGNO DE DOIS ANOS, A FEIRA EMPACK esteve repleta de visitantes ávidos de tomar conhecimento das últimas novidades e de reencontrar fornecedores, fabricantes, profissionais de outras áreas e mesmo colegas de actividade. A Konica Minolta foi sem dúvida um dos players de mercado com um dos maiores stands e uma localização de excelência no centro do recinto. MGI JETVARNISH 3D A grande atracção preparada pela Konica Minolta esteve sobretudo em equipamentos que neste momento podem


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dar um maior impulso às empresas de impressão em termos de valor acrescentado. Entre esses equipamentos o destaque foi dado à MGI Jetvarnish 3D, com tecnologia piezo eléctrica para impressão gota a gota, que pode imprimir em materiais com espessura até 800 grsm e aplica verniz em linha, espessurado. Este equipamento foi lançado na Labelexpo de 2019 e resultou de duma parceria entre a Konica Minolta e a MGI Hilário Galiano – PPD & IP Sales Manger da Konica Minolta Portugal fez a apresentação do equipamento da MGI Jetvarnish 3D, referindo que se “trata de uma solução ideal para empresas que pretendem destacar os trabalhos dos seus clientes através de soluções de impressão que sejam uma verdadeira mais valia. Os trabalhos ficam mais apelativos, não só à vista, mas também ao tacto, através da aplicação localizada de verniz, realçando áreas definidas ou adicionando efeitos 3D tácteis com o nosso sistema de verniz UV digital UV MGI JetVarnish 3D Evolution. E ao combiná-lo com o módulo de estampagem a quente em linha, obterão um acabamento mais espectacular.” Questionado sobre tudo o que este equipamento permite, Hilário Galiano considera que a imaginação é mesmo o limite e que o importante é mostrar ao cliente que um trabalho normal pode

“Muitos criativos não têm conhecimento de tudo o que podem fazer com a MGI e têm de ser os profissionais gráficos a conseguir passar a mensagem, mostrando as inúmeras possibilidades disponíveis”

integrar padrões diferentes. O cliente pode ter acesso a diferentes tipos de verniz, escolhendo as várias possibilidades numa biblioteca com cerca de trezentas opções. Para além disto, é ainda possível adquirir pacotes adicionais. “É preciso criar a necessidade junto dos clientes porque estes desconhecem todas as possibilidades oferecidas pela MGI ou, imaginam que esta solução tem

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um custo muito elevado. Muitos criativos não têm conhecimento de tudo o que podem fazer com a MGI e têm de ser os profissionais gráficos a conseguir passar a mensagem, mostrando as inúmeras possibilidades disponíveis no mercado”, acrescenta Hilário Galiano. Em Portugal a empresa TipoTejo tem já instalada e em pleno funcionamento um equipamento igual ao que esteve em demonstração na feira Empack. Outros equipamentos MGI estão por exemplo, instalados nas empresas Grafisol e Luso Brilho. PKG-675I – ENTRADA DE GAMA PARA IMPRESSÃO DIGITAL EM CARTÃO Um outro equipamento que esteve em demonstração no stand da Konica Minolta na Empack foi a PKG-675i, uma impressora digital de jacto de tinta, à base de água para a impressão de embalagem em cartão ondulado, abrindo portas à personalização nos mercados de rápido crescimento como o do e-commerce. A PKG-675i imprime placas de cartão em plano ou pré-cortadas, posicionando-se também como uma solução para criar protótipos de embalagens, ajudando a minimizar o time-to-market e a reduzir o desperdício. A PKG-675i está equipada com cabeças de impressão Memjet, com a tecnologia Versapass, tintas à base de água, CMYKK. Este equipamento tem uma largura de 1200 mm, embora a largura de impressão seja de 1.067 mm, atinge uma resolução de impressão de 1.600 x 1.600 dpi a velocidades de até 18 metros

Para a Konica Minolta, a PKG675i é a solução perfeita para criar rapidamente maquetes de embalagens, ajudando a melhorar o tempo de lançamento no mercado e reduzir o desperdício.


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por minuto. Os consumíveis estão aprovados para contacto directo com alimentos, consoante as principais directivas internacionais. A impressora tem uma interface gráfica baseada em Windows e um RIP CALDERA RIP, contando com uma barra ionizadora que dispara eletrões para o material e um aspirador integrado que irá retirar todas as partículas indesejadas, como o pó, para garantir a melhor qualidade de impressão. Esta tecnologia proporciona uma solução perfeita para criar designs rápidos de protótipos de embalagens, ajudando a melhorar o tempo de comercialização e a reduzir o desperdício. O mercado de embalagens foi afectado pela chegada da pandemia mas ao mesmo tempo tem sido dos que mais cresceu, sobretudo devido à explosão do e-commerce. Muitos especialistas são unânimes na previsão de que esta área será alvo de muitas alterações ao mesmo tempo que continuará a expandir-se. Entre as grandes alterações está a forma mais imediata de produzir embalagens já que as empresas querem ter “just in time” acesso às mesmas, mudando padrões, cores e mesmo mensagens. A mudança não acontece só na forma como se vendem e distribuem produtos que passa cada vez mais pelo comércio eletrónico, mas também pelo facto da embalagem se ter já tornado numa “experiência” que distingue marcas, produtos e serviços. Para Edoardo Cotichini, Senior Professional Print na Konica Minolta Business Solutions Europe, “o crescimento do e-commerce é uma das tendências determinantes da indústria de embalagens, o que terá um grande impacto para aqueles que estão no sector das embalagens em cartão ondulado. Quem produz embalagens tem de ser capaz de reagir rapidamente, e desenvolver designs de embalagens específicos para comércio eletrónico, que resolvam os desafios inerentes à distribuição, em vez dos habituais do comércio a retalho. A versão e a personalização também estão em ascensão. Criar protótipos de prova de conceito de alta qualidade e lotes individualizados em curto prazo é o ponto certo para a impressora digital de jato de tinta PKG-675i.”

IMPRESSÃO EMBALAGEM

IMPRESSÃO PARA CARTÃO ONDULADO: Nova oportunidade de negócio A impressora de Jacto de tinta Digital PKG-675i que produz embalagens para cartão ondulado, abre as portas para embalagens de curta tiragem e dobráveis, ajudando a responder a indústrias que estão a registar um crescimento no mercado, sobretudo devido ao aumento do comércio eletrónico. O benefício desta solução fácil de usar para produção de embalagens a pedido, passa por combinar a tendência de impressão mais personalizada para caixas de cartão ondulado, imprimindo pequenas tiragens de cartão ondulado e caixas dobráveis, planas ou pré-cortadas, de forma rápida e económica. Para a Konica Minolta, a PKG-675i é a solução perfeita para criar rapidamente maquetes de embalagens, ajudando a melhorar o tempo de lançamento no mercado e reduzir o desperdício. A tecnologia de cabeçote de impressão Memjet VersaPass oferece excepcional qualidade de imagem, aliada à fidelidade de cores de amplo espectro com tinta aquosa Memjet, aprovada pela FDA para contacto indirecto com alimentos. Tudo isto torna a PKG-675i na melhor opção em versatilidade e qualidade de impressão de caixas e embalagens. A velocidade de impressão rapidez, interface de fácil uso e configuração e configuração fáceis são algumas das características mais destacadas por quem decide investir na aquisição da PKG-675i.


GRÁFICAS E CARTONAGEM

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ENTREVISTA MULTISAC

“TEMOS UMA PARCERIA MUITO FORTE COM A SISTRADE” A Multisac é uma empresa dinâmica e inovadora que actua na área das embalagens flexíveis. Murilo Fassoni Alves, Ceo adjunto revela que a robustez da empresa se deve ao crescimento do mercado de packaging e também à performance e parceria de sucesso que mantém com a SISTRADE.

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NTRE OS FACTORES QUE ESTÃO NA BASE DO CRESCIMENTO DA MULTISAC, o CEO Murilo Fassoni Alves fala de

uma conjugação de factores mas destaca a determinação e juventude da liderança juntamente com a experiência e know how do fundador. Presente em vários mercados de forma directa, a empresa de Vouzela exporta grande parte da produção focada na área do packaging flexível para o segmento alimentar. NO SEU PERCURSO DE MAIS DE DUAS DÉCADAS, A MULTISAC TEM APOSTADO NUM CAMINHO DA INOVAÇÃO CONSTANTE, ESCOLHENDO OS SEUS FORNECEDORES DE FORMA CRITERIOSA. A SISTRADE É UM DESSES PARCEIROS DE REFERÊNCIA E CONFIANÇA ABSOLUTA?

A Multisac desenvolve a sua actividade numa das áreas que mais tem crescido, a da produção de packaging e é justo dizer que boa parte da sua robustez de deve àparceria de sucesso que mantém com a SISTRADE. Eu sou actualmente o CEO adjunto e tenho respondido pela gestão da empresa e posso falar da paixão que todos os que integram a Multisac têm por esta actividade. No meu caso, entre os meus hobbies preferidos estão as regulares visitas a supermercados e grandes superfícies, só para poder acompanhar tendências na área do packaging. Gosto de conhecer o mercado, as tendências e tecnologias que permitem dar uma resposta pronta aos nossos clientes. Sempre que posso, saio para passear entre os corredores de um qualquer supermercado, em qualquer

parte do mundo. Os meus olhos procuram tudo aquilo que é mais novo, que vai de encontro ao que o consumidor final precisa. A questão da sustentabilidade e facilidade de uso das embalagens flexíveis é o foco daquilo que procuramos tentando, se possível passar depois para a toda a equipa o resultado do meu trabalho de campo, de forma a que cada detalhe seja analisado e possa fazer a diferença junto dos clientes e consumidores finais.


ENTREVISTA MULTISAC

área das embalagens flexíveis, angariado num mercado de grande dimensão como é o brasileiro e tenho formação na área da engenharia alimentar, o que acrescenta valor à visão que a empresa segue actualmente. COMO SE POSICIONA A MULTISAC NO MERCADO NACIONAL E INTERNACIONAL DE PACKAGING?

A Multisac tem instalações em Vouzela, é um dos players de mercado de maior destaque na produção de embalagens f lexíveis para a área alimentar. A empresa tem entre os seus principais mercados o alimentar, com valores que rondam os 95 por cento, cabendo os restantes 5 por cento a segmentos mais pequenos. A Multisac é fornecedora dos maiores players do mercado, como são as grandes superfícies, e é precisamente por isso que considero que a atenção ao que

O mundo está determinado em reduzir o plástico, e é por isso que temos vindo a procurar novas soluções que passam por filmes compostáveis ou filmes 100% recicláveis COMO FOI O SEU PERCURSO ATÉ À ENTRADA NA MULTISAC?

A Multisac é uma empresa portuguesa que trabalha na área da produção de embalagens flexíveis há já 25 anos e que se orgulha de contar com uma visão portuguesa e com uma outra brasileira, trazida há alguns anos por mim. Quando vim do Brasil para trabalhar em Portugal, apaixonei me pela área e pelo modo de vida lusitano. Tenho um conhecimento muito abrangente sobre a

o mercado pede e ao que o consumidor prefere, é essencial para delinear uma estratégia de sucesso. É por isso que sou muito feliz entre as prateleiras dos supermercados porque além do enorme orgulho que sinto quando vejo os produtos feitos na nossa empresa, também fico fascinado ao observar embalagens diversas, pacotes grandes ou pequenos, a analisar materiais, sacos pré feitos, fechos, impressão, etc. Há quem considere estranha esta minha

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atitude, mas enquanto outros preferem passear num parque, jardim ou museu, eu prefiro ver o que está a ser consumido. Observo tudo o que seja bobines para embalamento automático, sacos pré feitos para snacks, massas, bolos, de arroz, feijão ou açúcar, testo fechos automáticos, toco no material... A ÁREA ALIMENTAR É SEM DÚVIDA O VOSSO FOCO PRINCIPAL...

A área mais forte para a Multisac é a alimentar, mas também temos alguma representatividade no mundo das farmacêuticas, onde a empresa tem vindo a crescer. A área farmacêutica é ainda pequena mas estamos a investir imenso pois sabemos que continua a crescer, com o aparecimento de novas soluções de embalagem que estão a substituir as embalagens de plástico. Na verdade, este é um grande desafio porque aquilo que o mercado procura e pretende, é eliminar o máximo possível de plástico. O mundo está determinado em reduzir o plástico, e é por isso que temos vindo a procurar novas soluções que passam por filmes compostáveis ou filmes 100% recicláveis, visando a economia circular. Este é um caminho sem volta e, por isso, temos vindo a desenvolver desde 2018, soluções para produtos que são hoje uma realidade e uma necessidade. A decisão acertada passa por produzir aquilo que de facto o mundo está a pedir. Todos falamos de sustentabilidade, de produtos e soluções mais eco friendly e por isso, temos já várias opções disponíveis para oferecer ao mercado. O tema do momento é a sustentabilidade e a oferta de produtos eco friendly, sobretudo na área alimentar. Este desafio passa pela substituição de embalagens e a Multisac está a apostar na ráfia para embalagens de plástico, na linha de produtos como argamassas e cimentos, massas rápidas para obra, que era algo que não fazíamos. O desafio foi lançado por um cliente recente, da área das obras, que comercializa produtos como cimentos e argamassas e que nos abordou. Sem dúvida nenhuma, esta é uma novidade que decidimos agarrar. Percebemos que estamos perante uma nova área de negócio que é grande e que pode ser interessante


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ENTREVISTA MULTISAC

para a empresa, para o mercado e também para a indústria do plástico.

aquilo que quero é não perder tempo, é comprar rápido, ter acesso a um sistema que funcione tanto ao nível da gestão das pessoas que estão na empresa, que produzem e dão o seu melhor, como também no plano da gestão da empresa que visa a interacção a relação “homemmáquina” e que permite rapidez, facilidade e dinâmico no processo de trabalho.

A PANDEMIA TROUXE DESAFIOS À EMPRESA OU ESTA SITUAÇÃO FOI RELATIVAMENTE FÁCIL GERIR, SENDO QUE A ÁREA ALIMENTAR FOI UMA DAS QUE MENOS SOFREU, TENDO ATÉ CRESCIDO E CATAPULTANDO AS EMPRESAS QUE PRODUZEM EMBALAGEM?

Foi especialmente difícil gerir as pessoas porque vivemos todos um momento complicado sobretudo pela gestão de pessoal. Em termos de produção e facturação, não se registaram problemas mas, sentimos, por exemplo, a falta de pessoal devido a baixas profiláticas. A fábrica tem sempre muito para produzir e o facto de ter sido confrontada em determinados momentos com pouco pessoal disponível para trabalhar implicou uma gestão muito criteriosa. Na Multisac, optámos por “jogar sempre pelo seguro”, não arriscando e protegendo sempre a saúde e o bem estar de todos. A Multisac tem crescido sempre, 2021 foi um ano muito bom e sabemos que vai continuar a crescer, pelo que a importância dos colaboradores é muito importante e isso começa na saúde de todos. O QUE LEVOU A MULTISAC A OPTARAM PELO SOFTWARE DA SISTRADE?

Aquilo que levou a Muitsac a optar pelo software da SISTRADE, passou principalmente pela questão da base de dados e a verticalização que tem o processo completo, desde a orçamentação, até à parte da expedição, área financeira, e contabilidade. Utilizamos o ERP completo e recentemente fizemos também o processo de automação sendo que as nossas máquinas hoje já estão ligadas ao SISTRADE, com a recolha de dados fabris, automatização

O MOTE DO EVENTO DA SISTRADE SOBRE A FORMAÇÃO DIGITAL, TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E FUTURO DAS EMPRESAS É UM TEMA QUE INTERESSA ESPECIALMENTE À MULTISAC?

“on time” e, basicamente a flexibilidade e disponibilidade de todas as áreas em conjunto foi crucial para a nossa escolha. Na verdade, a possibilidade do ERP da SISTRADE ter esta disponibilidade de gerir todas as áreas em conjunto foi o que nos chamou mais a atenção e motivou a aquisição. CONSIDERA QUE O FACTO DO SOFTWARE DA SISTRADE PERMITIR LIGAR A GESTÃO À PRODUÇÃO ATRAVÉS DA LIGAÇÃO DIRECTA É FUNDAMENTAL?

Sim, sem dúvida. Hoje em dia, na minha opinião, é muito difícil gerir uma empresas sem este tipo de recursos. Eu trabalho com o sistema da SISTRADE todos os dias e este cruzamento de dados que implica pessoas, indicadores sobre clientes e empresa, é muito mais fácil e passa por ter uma resposta imediata e relevante. Considero que o sistema providência melhorias contínuas e isso é um trabalho de esforço por parte da SISTRADE que coloca em prática itens que visam facilitar a vida de quem gere as empresas. Hoje em dia, como cliente,

Eu tenho muito interesse pela área tecnológica, sou engenheiro na área de tecnologia alimentar e, estou expectante sobre tudo o que se relaciona com a inteligência artificial. Costumo perguntar à SISTRADE sobre quando é que passaremos a ter um assistente virtual para não ter que esperar por um técnico que vem do outro lado do mundo para nos ajudar, por exemplo em matéria de formação. Então a Multisac tem muito interesse em conhecer todo este tipo de soluções da SISTRADE até porque em termos de maquinaria, o que já temos instalado são máquinas mais para a indústria do 4.0, com itens Google, os óculos para manutenção preventiva, a manutenção autónoma e controlo remoto. As próximas máquinas que estão já previstas já têm o Dash Bord inclusive, dentro da máquina, com todos os acessórios e isso é um interesse nosso, que nos leva ao crescimento e automatização da fábrica. Claro que depois há sempre a questão referente ao futuro das pessoas que trabalham connosco, qual é o caminho a seguir. A ideia não é retirar ninguém, pelo contrário, o que procuramos é ter mais tempo, retirar mais proveito do trabalho e garantir um maior equilíbrio para todos. Eu vim do Brasil com o ter objectivo de ter um maior equilíbrio nas 24 horas de cada dia, entre trabalho, família e amigos. A SISTRADE CONSEGUE AJUSTAR A OFERECER TUDO AQUILO QUE VOCÊS PRECISAM?

Sim, falamos muitas vezes por semana e


ENTREVISTA MULTISAC

foi por isso que estive no evento e temos uma ligação muito forte. Estive no evento da SISTRADE para dar os parabéns e acompanhar a apresentação e ver que há de novo e o que podemos fazer de diferente e crescer. Temos uma parceria muito forte com a SISTRADE e aquilo que o sistema nos proporciona, é uma conexão total das máquinas e da recolha fabril e o próximo passo, vai passar pela inteligência artificial, a realidade aumentada, etc. Estes complementos são todos essenciais e esta recolha de dados que se refere a desperdícios, tempos de produção das máquinas, facturação por regiões, por países, mercados específicos, vendedores, etc, faz parte do “Business intelligence”. A SISTRADE permite que a Multisac use estes dados e isso é muito importante para nós. Não vejo como poderíamos estar hoje no mercado de forma competitiva, sem que tivéssemos esta ajuda fantástica do software da SISTRADE. É por isso que recomendo este software a empresa que querem ser competitivas e pretendem reforçar se crescer. EM TERMOS DE PERSPECTIVAS EM COMO É QUE A MULTISAC VÊ A VOSSA PRESENÇA NO MERCADO? ESTÃO PREVISTAS NOVAS ÁREAS DE NEGÓCIO?

A Multisac tem as suas instalações em Vouzela, mas trabalhamos de forma directa para mercados como Espanha, França, Marrocos, e indirectamente

Não vejo como poderíamos estar hoje no mercado de forma competitiva, sem que tivéssemos esta ajuda fantástica do software da SISTRADE para Brasil, Índia, China, etc.. O foco actual da empresa passa por ter todas as soluções possíveis em termos de packaging, quer seja compostável, cem por cento reciclável, incorporada com reciclados, etc. Sou adjunto do Ceo da Multisac, o Dr. João Ricardo que afirma regularmente que não podemos ficar parados e, por isso, estamos a fazer produtos novos como sacos com válvulas para enchimento de álcool gel, máscara FFP2 e outros, mas isto não significa que

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não possamos migrar para outras áreas. Apesar de tudo, o foco será sempre a área das embalagens flexíveis. EM QUE É QUE A MULTISAC SE INSPIRA PARA CRIAR NOVOS PRODUTOS?

Há uma tendência global que, no caso das embalagens flexíveis é para os sacos pré feitos. Isto em 2012 já existia muito no gigante mercado brasileiro. Em Portugal isto é verdade há já quatro ou cinco anos. A tendência actual passa por embalagens que chamam muito a atenção do consumidor, que tenham abertura fácil, com fecho para abrir, fechar e guardar. Além de proteger o produto, o packaging tem um papel de marketing muito importante. A tendência são embalagens pré feitas e embalagens impressas com cores. Raramente produzimos embalagens transparentes e quem usa, coloca uma etiqueta e quem compra, 97% compra sacos e filmes impressos. A ideia é a reutilização, protecção do sabor, aroma, crocância e evita colocar em potes e frascos. O MERCADO DAS EMBALAGENS CONTINUA EM CRESCIMENTO. A MULTISAC ESTÁ NA ÁREA CERTA?

A política empresa reside num trabalho de confiança e transparência. Esta é a nossa forma de estar no mercado. Queremos trabalhar com parceiros sérios, honestos e transparentes e a SISTRADE é um desses parceiros, com quem mantemos uma relação próxima e de excelência. Em termos de comunicação queremos comunicar mais e melhor, estamos a apostar num processo deste nível, que está em evolução, com uma equipa jovem que tem vindo a trabalhar a marca. O grupo integra quatro empresas ligadas ao packaging, mas a Multisac sozinha factura na ordem dos 10 milhões de Euros por ano. O nosso objectivo é crescer e para isso apontamos para uma subida de 20% ao ano. Neste momento temos a questão que se relaciona com o desafio colocado pelo conceito “anti plástico” e, isso é também uma oportunidade que nos obrigada a procurar ser ainda mais inovadores e disruptivos, apresentando soluções cada vez mais adaptadas ao mercado real e às exigências dos consumidores.


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ENTREVISTA MAGCOP

“PROPOMOS AS SOLUÇÕES MAIS ADEQUADAS PARA CADA CLIENTE” Claúdia Pereira e Pedro Manso Pereira são a geração que se segue ao fundador José Pereira. 27 anos de actividade no mercado permitem um aconselhamento profundo sobre as melhores áreas, segmentos e tecnologia aos clientes da área gráfica.

A

MAGCOP ESTÁ NO MERCADO DESDE 1995 CONJUGANDO O EMPREENDEDORISMO DO FUNDADOR COM OS VALORES DA EMPRESA ATÉ AOS DIAS DE HOJE...

Sim, um dos fundadores originais da MAGCOP, José Pereira, tinha uma visão muito própria do desenvolvimento da indústria gráfica em Portugal, nos anos 70 com um grande atraso tecnológico em relação às suas congéneres europeias. Um dos princípios fundamentais que sempre guiou o seu percurso foi o de que o seu sucesso dependia sempre do sucesso dos seus clientes, por via da adequação das soluções que fornecia (tecnológico e económico) e do aconselhamento prestado pela empresa. Este foi sempre o princípio que norteou (e norteia) a actividade da empresa até

aos dias de hoje: a responsabilidade que temos na busca, desenvolvimento e implementação das soluções mais adequadas para os desafios dos nossos clientes. A importância da MAGCOP no mercado deve ser avaliada antes de mais pelos seus parceiros, pois trabalhamos para os servir da melhor forma possível. O trabalho que temos desenvolvido ao longo destes anos permitiu o crescimento e o aumento da competitividade dos nossos clientes, com o aconselhamento das melhores soluções para os vários desafios. Este trabalho tem sido mais visível nas áreas de embalagem e livro, mas estende-se a todas as áreas da indústria gráfica e de embalagens de papel. DE ENTRE AS REPRESENTAÇÕES ACTUAIS E PORTFÓLIO, QUAL OU QUAIS CONSIDERAM QUE SÃO, POR EXCELÊNCIA A “MARCA” DA MAGCOP ENQUANTO EMPRESA?

A MAGCOP tem um portfólio de excelência, com os melhores fabricantes mundiais nas suas várias áreas de actuação. No entanto, devemos destacar duas delas como sendo muito significativas: a responsabilidade e o privilégio de sermos a agência do grupo Koenig & Bauer em Portugal e a Ryobi (agora RMGT). A Koenig & Bauer celebrou recentemente 200 anos de existência e representa a história da impressão gráfica mantendo o espírito visionário


ENTREVISTA MAGCOP

para o futuro da indústria. É um grupo com uma abrangência enorme em termos tecnologia de impressão de todos os suportes e processos (papel, cartolina, cartão canelado, plástico, vidro, metal, etc) e que toca quase todos os aspectos da nossa vida: basta lembrar que mais de 90% das notas em circulação no mundo são impressas em máquinas da Koenig & Bauer, que imprimem também embalagens de cartão, de cartolina, de vidro, de metal, jornais, revistas, livros, etc. A RMGT encarna a eficiência e precisão de fabrico japoneses, em equipamentos de elevadas prestações, mas sempre com soluções inovadoras no mercado. O LEDUV, por exemplo, agora tão em voga na impressão comercial, foi apresentado pela primeira vez numa máquina offset pela Ryobi em 2004, já lá vão mais de 15 anos. Continua a ser um marco histórico no mercado com quase 300 instalações em Portugal, desde a sua introdução até aos dias de hoje. Mas o futuro no mercado da impressão não acaba aqui, e estamos a trabalhar em novidades junto destes nossos parceiros tradicionais, mas também com

Existe uma pressão do mercado, especialmente dos impressores comerciais de média dimensão, em avançar para outras áreas de negócio e normalmente a embalagem é vista como uma das primeiras candidatas

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novos actores no mercado que podem efectivamente revolucionar a impressão de uma forma rentável, sem as loucuras passadas dos sistemas de impressão digital, por exemplo. O ANIVERSÁRIO DA EMPRESA ACONTECE ESTE ANO. DE QUE FORMA PRETENDEM MARCAR A DATA?

A nossa postura no mercado nunca se pautou por grandes eventos, com impacto mediático ou outro. Talvez por influência do nosso fundador, sempre optamos por fazer o trabalho de “formiguinha”, ajudando os nossos clientes da forma mais eficiente possível, sem nunca querer virar os holofotes para nós, que somos a parte menos importante nesta equação. Muitas vezes a discrição relativamente aos investimentos dos nossos clientes é um passo importante na sua estratégia de mercado e temos um especial cuidado com esta confiança que depositam em nós. A nossa ideia é comemorar a data de uma forma muito singela, ainda mais porque o nosso fundador desapareceu faz pouco tempo e não estamos ainda em época de grandes comemorações e


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ENTREVISTA MAGCOP

eventos mediáticos. Vamos fazer uma pequena actualização da nossa imagem e alterar algumas ferramentas de comunicação, sempre com o intuito de simplificar a vida e o processo de decisão dos nossos clientes, com uma comunicação mais incisiva e desenhada à volta das necessidades de cada empresa. Neste tempo de crise, o tempo dos nossos parceiros é muito importante para ser desperdiçado. QUAL O POSICIONAMENTO DA MAGCOP NO MERCADO DE IMPRESSÃO A NÍVEL NACIONAL?

A MAGCOP tem muita experiência no mercado de impressão offset, tanto em embalagem como comercial e livro. As nossas representadas têm soluções muito robustas e com tecnologia de ponta para os desafios da indústria nesta área. No entanto, continuamos a expandir o nosso portfólio em soluções em áreas mais dinâmicas, como a impressão digital, sempre dentro dos nossos princípios de operação: têm de ser soluções com valor acrescentado para os nossos clientes e que respondam de forma eficiente aos desafios de produção que se propõe. Para nós, a impressão é somente parte do processo de produção e se, no caso da impressão offset, corresponde à fatia de leão do investimento das empresas, tem de ser analisada em função da sua potencial rentabilidade e não apenas em função do custo de aquisição. Como em todas as áreas, temos sido bastante conservadores na entrada de novas tecnologias no nosso portfólio não por não gostarmos de inovação - antes pelo contrário - mas porque na maior parte dos casos as tecnologias não estão maduras ou não têm a rentabilidade necessária para a indústria (como foi muitas vezes o caso de muitas soluções de impressão digital no passado, por exemplo). Agora começam a aparecer tecnologias

Estamos muito ligados à indústria de embalagem há vários anos, tendo por isso um conhecimento e experiência da indústria importantes na área complementares dos processos existentes nas empresas (ex. impressão digital com tintas à base de água), que mereceram a nossa atenção como tendo potencial e a rentabilidade necessárias e que estamos a explorar convenientemente. Uma das mensagens mais importantes do nosso fundador é a de que temos uma responsabilidade acrescida para com os nossos clientes, pois as nossas sugestões e propostas podem ter um efeito disruptivo

nos nossos parceiros, que queremos seja sempre positivo e nunca negativo. Por isso, promovemos somente as soluções que acreditamos ser as adequadas para cada caso com um potencial de melhorar a operação dos nossos clientes e que analisamos com cuidado redobrado antes de integrar no nosso portfólio. A CELEBRAR 27 ANOS DE ACTIVIDADE, DE QUE FORMA ESTÁ A MAGCOP A AJUSTAR A SUA INTERVENÇÃO NO MERCADO?

O nosso principal desafio é sermos um auxílio aos nossos clientes, realizando uma triagem efectiva do que existe em termos tecnológicos para simplificar o seu desenvolvimento. Ao longo da pandemia, devido às alterações estruturais do mercado, tivemos algum tempo para analisar e pensar a forma como se desenvolve a actividade. Chegamos à conclusão que a indústria tem uma capacidade técnica acima do normal mas, existe um défice de comunicação das inovações ao mercado, novos métodos de produção e questões técnicas relevantes, especialmente em língua portuguesa. A nossa abordagem sempre foi de parceria e aconselhamento de soluções mais do que de venda de equipamentos


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A nossa abordagem para esta necessidade do mercado tem sido direccionar as empresas para nichos de mercado interessantes, nas quais criamos linhas de produção completas com um investimento reduzido

e por isso a viragem de mentalidades da equipa não foi difícil de conseguir. Estamos também a ajustar a nossa comunicação para que, as empresas que nos desconhecem directamente, possam ter uma ideia de quem somos, o que e como fazemos, e como potencialmente os poderemos ajudar a superar os seus desafios. A ÁREA DE EMBALAGEM CONTINUA A CRESCER. HÁ UMA CLARA PROCURA DE PROCURA DE SOLUÇÕES MAIS EFICAZES E PRODUTIVAS?

Estamos muito ligados à indústria de embalagem há vários anos, tendo por isso um conhecimento e experiência da indústria importantes na área. Na maior parte dos casos, quando se fala na “área da embalagem”, misturam-se indústrias que com a impressão comercial, por exemplo, partilham somente uma coisa: a tecnologia de impressão (muitas vezes nem a máquina). A embalagem é uma área muito competitiva, onde a optimização de processos faz a diferença entre ganhar e perder encomendas. É uma área com muitos desafios. As estratégias comerciais e de produção muito próprias e que, como é obvio, não são fáceis de desenvolver do zero.

ENTREVISTA MAGCOP

Os produtores de embalagens de cartolina, por exemplo, não começaram o seu trabalho ontem e as empresas a operar neste mercado tem décadas de experiência de optimização. Existe uma pressão do mercado, especialmente dos impressores comerciais de média dimensão, em avançar para outras áreas de negócio e normalmente a embalagem é vista como uma das primeiras candidatas por ser aquela que tem crescido nas últimas décadas e quase parece imune às crises. Mas a entrada na área, ao contrário do que parece, não é nada simples e na maior parte dos casos não deu os resultados esperados por deficiências nos projectos de investimento e na análise das necessidades efectivas para essa migração. A nossa abordagem para esta necessidade do mercado tem sido direccionar as empresas para nichos de mercado interessantes, nas quais criamos linhas de produção completas com um investimento reduzido e que permitem uma entrada nos segmentos com bom potencial de retorno. Assim os nossos clientes conseguem ter um baixo custo de aprendizagem e rentabilizam grande parte da estrutura produtiva existente. Esta estratégia, que estamos a propor a vários segmentos da indústria, tem-se revelado a mais avisada na protecção do risco dos nossos clientes, maximizando o potencial de retorno e crescimento

do negócio em áreas com menor concorrência. QUAIS AS PERSPECTIVAS DE FUTURO DELINEADAS PELA MAGCOP PARA ESTE ANO DE 2022/2023?

A indústria gráfica em Portugal, muito fruto das crises económicas em que o país se tem visto mergulhado, e por algum sensacionalismo criado com novas tecnologias introduzidas no mercado nos últimos anos, tem passado por períodos bastante difíceis, com desafios profundos. Isto fez com que a modernização e re-equipamento não tenham acontecido no tempo próprio, notando-se agora uma urgência na mudança e pressão para investimento (as máquinas acabam por parar, é necessário fazer as coisas de forma diferente). Estamos a trabalhar activamente na introdução de novas tecnologias de impressão (e não só) no mercado, com um potencial de desenvolvimento muito elevado, o que, a par da nossa actividade corrente (e porque o offset está longe de estar “morto”) é um desafio bastante grande. Queremos fazer uma diferença ainda mais expressiva na competitividade dos nossos clientes, tanto pela modernização de equipamentos existentes, retrofit de novas tecnologias e processos de monitorização, bem como pela introdução de novas tecnologias junto da indústria (e não só na impressão).


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ENTREVISTA WIDINOVATIONS

WIDINOVATIONS, A EMPRESA QUE NUNCA PÁRA! A Widinovations, é uma das mais dinâmicas empresas nacionais, fabricante de máquinas laser e CNC. O crescimento constante e a forma como enfrentou esta pandemia, tornam a sua performance um verdadeiro case study.

M

iguel Miranda Falou com a IG para contar quais os próximos projectos da Widinovations e o que podem os visitantes esperar com a presença na feira nacional Portugal Print 2022, já em Abril. A WIDINOVATIONS USA MUITO O LEMA “NUNCA PARAMOS”. A VERDADE É QUE A EMPRESA ESTÁ SISTEMATICAMENTE A CRESCER DESDE A SUA FUNDAÇÃO, EM 2004. A QUE SE DEVE ESTA BOA ENERGIA QUE TANTO CARACTERIZA A EMPRESA?

Esse é efectivamente um dos nossos lemas. Para nós, é uma grande satisfação tudo o que temos conquistado ao longo dos anos, a enorme visibilidade a nível Ibério e mesmo europeu. Fomos nos últimos 4 anos empresa PME Líder e conseguimos certificar a empresa com a certificação ISO9001, o que é um orgulho enorme. Mas, a principal razão de todo este sucesso, é a excelente equipa que temos dentro da empresa. Temos profissionais extremamente competentes e envolvidos no nosso projecto, no qual todos acreditamos! NESTE MOMENTO, QUAL O POSICIONAMENTO NO MERCADO DA WIDINOVATIONS?

Neste momento somos quase exclusivamente fabricantes de máquinas laser e cnc, esse é o nosso presente e será o nosso futuro. O mercado de impressão digital de grande formato, que é o sec-

Miguel Miranda administrador da Widinovations

tor mais antigo da empresa, representa agora uma percentagem muito pequena do nosso negócio. CONSIDERA QUE OS DOIS ÚLTIMOS ANOS DE PANDEMIA FORAM UM TRAVÃO À VOSSA EXPANSÃO, OU PELO CONTRÁRIO, PERMITIRAM REPENSAR O PROCESSO DE PRODUÇÃO E TRABALHO E FUNCIONOU COMO IMPULSO PARA O CRESCIMENTO?

Para todos, as primeiras duas semanas de pandemia foram uma enorme incerteza sobre o futuro. Muito cedo, ainda no decorrer do mês de Abril de 2020, percebemos que, poderíamos encontrar muitas oportunidades naquele contexto adverso e assim aconteceu. Em 2020 houve um travão nas exportações, devido a todas as condicionantes em viajar, mas isso fez-nos crescer imenso a nível interno. 2020 e 2021 foram os dois melhores anos de sempre da Widinovations.


ENTREVISTA WIDINOVATIONS

QUE PERCENTAGEM REPRESENTA PARA A WIDINOVATIONS O MERCADO DE IMPRESSÃO E COMUNICAÇÃO EM PORTUGAL?

A maioria dos nossos clientes estão neste sector de actividade, os clientes do chamado mercado da publicidade representam cerca de 80% das nossa vendas, embora o mercado da indústria esteja a ganhar terreno todos os anos. Cada vez mais estamos focados no mercado indústria já que existe ali um sem fim de aplicações para os nossos equipamentos. A EXPORTAÇÃO É HÁ JÁ MUITO TEMPO UMA REALIDADE PARA A WIDINOVATIONS, NO ENTANTO, A EMPRESA TEM VINDO A REFORÇAR A PRESENÇA EM NOVOS PAÍSES E MERCADOS. EM QUE MERCADOS TEM A WIDINOVATIONS CONSOLIDADO A SUA PRESENÇA?

As exportações representaram no passado mais de 65% da nossa faturação, onde Espanha era o principal mercado. Com a pandemia, em 2020, decrescemos as exportações e aumentamos facturação em Portugal. No entanto, a partir de 2021 começámos novamente a exportar mais, mantendo ainda Espanha como o principal mercado, mas temos agora distribuidores em muitos mais países, que nos estão a comprar assiduamente, em que destacamos, Itália, França, Reino Unido, Lituânia, Balcãs (Croácia, Bósnia, Sérvia, Eslovénia), Grécia e Egipto. QUE ENTRE O VOSSO PORTFÓLIO DE EQUIPAMENTOS, A C SERIES DE SISTE-

“Importante nesta previsão de crescimento será o lançamento de novos equipamentos, nomeadamente a serie S para o mercado laser, será uma gama premium, para competir com os principais Players mundiais” MAS DE LASER FOI CONCEBIDA PARA FUNCIONAR COMO PORTA DE ENTRADA NESTA ÁREA, ATÉ AOS PROCESSOS DE TRABALHO ALTAMENTE PROFISSIONAIS. OS VOSSOS CLIENTES EXPERIMENTAM HABITUALMENTE VÁRIOS MODELOS DESTES EQUIPAMENTOS OU É FREQUENTE ADQUIRIREM DE IMEDIATO OS MAIS PROFISSIONALIZÁMOS?

Todos os nossos equipamentos são direccionados para o mercado empresarial,

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não vendemos normalmente a clientes particulares. O nível de qualidade de fabrico, robustez e fiabilidade dos nossos equipamentos de Laser ou CNC estão direccionados para profissionais. DE ENTRE TODOS OS EQUIPAMENTOS E MODELOS, QUAL O QUE TEM CAPTADO O MAIOR INTERESSE POR PARTE DOS PROFISSIONAIS DO SECTOR DE IMPRESSÃO E COMUNICAÇÃO?

Na gama de equipamentos Laser, a serie C é a que mais vendemos, todos os modelos em número muito equiparado, sejam desde a C500 à C1000. Contudo, os equipamentos de laser de marcação têm um impacto bastante significativo nas nossas vendas. Nas CNC, todos os modelos são alvo do mercado da impressão e comunicação, destacando obviamente a R200K ATC, equipamento com fresa, faca, vinco, leitura ótica e troca automática de ferramentas. O LANÇAMENTO DE NOVOS EQUIPAMENTOS É SEMPRE FEITO TENDO EM CONTA O FEEDBACK QUE RECEBEM DOS VOSSOS CLIENTES? ESCUTAR AS PREOCUPAÇÕES DOS CLIENTES É UMA PRÁTICA DA WIDINOVATIONS?

Essa é a grande razão do nosso sucesso, escutar o mercado, as necessidades e sugestões dos nossos clientes. Todos os equipamentos são desenvolvidos por nós, construídos consoante as nossas ideias e exigências. DE QUE FORMA MANTIVERAM O CONTACTO COM OS CLIENTES, SENDO QUE AS MEDIDAS RESTRITIVAS QUE VIVEMOS DURANTE QUASE ESTES ÚLTIMOS DOIS ANOS IMPEDIRAM MUITAS ACTIVIDADES COMO PRESENÇA EM FEIRAS OU A REALIZAÇÃO DE


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ENTREVISTA WIDINOVATIONS

EVENTOS PRESENCIAIS?

Tal como toda a gente, tivemos de nos habituar a esta nova forma de viver, a esta nova realidade e em 2 anos aprendemos muito. A impossibilidade de realização de feiras foi um duro golpe na internacionalização, pois tínhamos presença marcada na Fespa 2020, na Drupa, na Cprint Madrid, etc., mas aos poucos tudo voltará. Mantivemos sempre contacto com os nossos clientes e distribuidores, fosse através de telefone ou web vídeo. A parte mais “engraçada” foi conseguirmos instalar máquinas em Angola ou na Lituânia, por exemplo, através de web vídeo, com os clientes a ficarem extremamente satisfeitos com o resultado final. NA SUA OPINIÃO AS EMPRESAS TÊM VINDO A APOSTAR MAIS NO ACABAMENTO ESPECIAL, NO PÓS-IMPRESSÃO DE VALOR ACRESCENTADO? QUAL O MOTIVO?

Prevemos este crescimento em 2010 quando apostamos neste tipo de produtos e cada vez mais acreditamos mais. Todas as empresas da área de impressão precisam, ou vão precisar de uma máquina laser ou cnc para a sua actividade, para crescerem como empresas, sejam elas um pequeno publicitário ou uma grande empresa do sector gráfico. QUEM PROCURA OS EQUIPAMENTOS DA WIDINOVATIONS SABE DE ANTEMÃO O QUE PRETENDE REALIZAR COM ELES OU PROCURA ACONSELHAMENTO SOBRE TENDÊNCIAS, MÉTODOS E PROCESSOS QUE POSSAM SER DIFERENCIADORES?

Marco Apolinário Temos técnicos e especialistas de produto altamente qualificados para aconselhar e ajudar os nossos clientes, é outro factor diferenciador da nossa empresa. Poucos dos nossos concorrentes conseguem ter uma equipa tão dinâmica, homogénea e conhecedora deste mercado. A PRESENÇA DA WIDINOVATIONS EM EVENTOS FEIRAIS COSTUMA SER UMA CONSTANTE, TANTO EM PORTUGAL COMO ESPANHA, ALEMANHA E OUTROS PAÍSES. ONDE PODERMOS ENCONTRAR UM STAND DA WIDINOVATIONS, DURANTE ESTE ANO DE 2022?

Este ano estaremos obviamente em Lisboa na Portugal Print, em Madrid na Cprint, em Berlim na Fespa e estaremos presentes noutras feiras e eventos em alguns países da Europa a apoiar os nossos distribuidores. QUAIS AS PERSPECTIVAS DA WIDINOVATIONS PARA ESTE ANO DE 2022?

Prevemos crescer entre 10 a 15%. Contratamos em Outubro último o Marco Apolinário, pessoa bem conhecida neste mercado, que é o responsável comercial de todo o mercado externo, ou seja, é a pessoa que apoia todos os nossos distribuidores estrangeiros e tem também como função angariar muitos novos. Outro factor importante nesta previsão de crescimento será o lançamento de novos equipamentos, nomeadamente a serie S para o mercado laser, será uma gama premium, para competir com os principais Players mundiais, lançaremos um novo equipamento laser para o mercado têxtil e nas CNC teremos muitas novidades. CONSIDERA QUE DE ALGUMA FORMA A CHAMADA “BAZUCA” E FUNDOS EUROPEUS PODEM SER UMA “VITAMINA” PARA O MERCADO DE IMPRESSÃO E COMUNICAÇÃO?

Sinceramente nunca espero milagres, apenas confio no nosso trabalho, no nosso empenho e dos nossos clientes. Essas ajudas são sempre bem-vindas, mas não podemos estar à espera delas. Até hoje a Widinovations apenas teve um pequeno projecto de apoio à internacionalização e foi afectado no seu curso pela pandemia. Portanto, tudo o que conseguimos até hoje foi fruto do nosso trabalho enquanto empresa e equipa. Obviamente que se essa ajuda existir, será uma enorme impulso para as empresas e consequentemente para nós enquanto fornecedores de máquinas. SE PUDESSE DEIXAR UMA MENSAGEM AOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DE IMPRESSÃO E DA COMUNICAÇÃO, O QUE LHES DIRIA, ENQUANTO CEO DA WIDINOVATIONS?

Todas as empresas da área de impressão e da comunicação, foram extremamente importantes durante o período de pandemia. Não nos podemos esquecer que foram eles que durante este tempo produziram as viseiras, máscaras, acrílicos de proteção, etc. Todos juntos, clientes e fornecedores, estivemos muito cativos durante estes tempos difíceis. Quanto ao futuro, podemos e devemos acreditar que este sector está para ficar e o sucesso será uma certeza.



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O MERCADO PÓS PANDEMIA E AS NOVAS TENDÊNCIAS NA IMPRESSÃO Com a situação económica do mundo mergulhada no caos por forma de uma crise pandémica, as empresas são inevitavelmente as primeiras “vítimas” em consequência de quase dois anos de paragem ou abrandamento forçado.

T

ODOS SABEMOS QUE O PIOR NÃO SERIA O INICIAL ANO DE 2020, quan-

do “rebentou” a onda de um vírus com origem na China, que rapidamente se estendeu à Europa, América e outros continentes mais longínquos, como África e Austrália. Para além da paragem forçada de muitas empresas, mantiveram-se em funcionamento aquelas que são consideradas essenciais para o regular funcionamento das sociedades, como a área farmacêutica, alimentar, logística, transportes e sobretudo a produção de bens considerados essenciais. Neste contexto, a indústria gráfica acabou por ser designada como “essencial” visto produzir bens que têm um papel relevante no acondicionamento e transporte dos mais diversos produtos. Para lá do teletrabalho, as gráficas reorganizaram-se e rapidamente conseguiram manter-se em funcionamento,


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colocando sobretudo no mercado produtos como bulas e caixas para medicamentos, packaging e embalagens flexíveis para a área alimentar e mesmo livros, jornais e revistas. Com o “mundo parado e em casa”, a indústria gráfica foi de facto proeminente em todo este processo e não falhou, dando um contributo essencial no que ao fornecimento de bens diz respeito. Recorde-se que o ecommerce cresceu quase de imediato mais de 40 por cento e isso só é possível com o acondicionamento com caixas e todo o tipo de embalagens apropriadas para o transporte dos produtos. Todos sabiam que 2020 não seria um ano dramático para a indústria gráfica e todos esperavam também que a crise pandémica terminasse nesse mesmo não. Tal não aconteceu e 2021 veio a revelar-se um ano cheio de altos e baixos, com novos confinamentos e picos na subida dos números de infectados, com retrocesso no arranque claro da economia e novamente com escolas fechadas e o teletrabalho a ter continuidade. Assim, foi precisamente em 2021 que as empresas começaram a sentir a pressão causada pela crise de materiais, pela crise da logística e distribuição com a falta dos mais variados produtos essenciais a diferentes indústrias. Se numa primeira fase a falta de Chips fez suspender o funcionamento de muitas fábricas na área tecnológica e automóvel, rapidamente a falta de outros componentes começou a impactar o funcionamento de outras indústrias. Na área de impressão a “ausência” no mercado de papel, cartão e cartolinas, fez soar os alarmes dos empresários e clientes. A par disto juntou-se a situação débil em termos de cash flow das empresas e ainda a falta de mão de obras qualificada. Com este raio x da indústria a nível nacional e internacional, a IG decidiu

Foi em 2021 que as empresas começaram a sentir a pressão causada pela crise de materiais, de logística e distribuição com a falta dos mais variados produtos essenciais a diferentes indústrias

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realizar dois almoços temáticos sobre o estado das empresas pós pandemia e os próximos anos da área de impressão, convidando oradores “fora da caixa” para que pudessem dar a sua visão sobre o estado actual e tendências de futuro. Os convidados foram sobretudo empresários gráficos, e designers e os oradores, consultor em estratégia empresarial, cliente final, parceiro da área de impressão, e especialistas em marketing digital, contribuíram com o seu know how sobre tendências que estão a determinar o rumo do mercado gráfico. O resultado foram quase seis horas de apresentações, diálogos e partilha de ideias que mostramos nas páginas seguintes.


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POUCOS, MAS BONS. MUITOS E MAUS Fui com enorme prazer orador em duas palestras do VIP Talks. Deram-me carta branca para expor as minhas ideias, mesmo aquelas que não sabiam que eu tinha. Espero que esta leviandade, em me deixar à solta, não tenha acarretado marcas reputacionais graves para o evento.

Q

QUANDO ME DIRIJO A GESTORES E EMPRESÁRIOS, procuro ser sobretudo objectivo, directo, falar sem rodeios e expor o que penso baseado na experiência que tenho. Não tenho intenção de agradar a todos, nem de satisfazer todas as mentes, até porque será do posterior debate que algumas ideias podem ser sedimentadas e enriquecidas. Sempre achei que devemos ser disruptivos, pensar diferente, fugir ao óbvio na medida em que é do confronto de perspectivas que algo diferente pode surgir. A persistência de fazer as coisas com receitas antigas nunca vai permitir lançar processos de inovação. Por isso, provocar a mente é algo sempre estimulante e divertido. Vamos lá. Não pretendo transcrever aqui o que referi na palestra, até porque – para ser honesto – já nem me lembro bem do que disse e muito provavelmente uma boa parte não inte-

ressaria. Contudo, o foco foi centrado no facto da indústria gráfica – e consequentemente os seus principais actores – estar a enfrentar desafios que em grau e género não têm antecedentes na sua história. E a forma como os principais players estão ou não – a lidar com os desafios, que estão à vista de todos, está a criar um fosso abissal entre Competentes e Incompetentes.


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Rui Delgado Chief Executive Officer da M&A Worldwide Professor Universitário delgado@m-a-worldwide.com

“Quem atrai os melhores quadros? As empresas Competentes. O que sucede aos piores? Ficam nas Incompetentes. Consequência? Ficam ainda pior” Vejam que as práticas decanas de processos administrativos, gestão de equipas, gestão de conflitos, marketing, gestão comercial, gestão administrativa, controle de qualidade, logística, gestão estratégica, análise da concorrência, recrutamento de pessoas, e poderia continuar entretido por um bom bocado mais, foram totalmente colocadas em causa e revolucionadas em dias ou semanas. Lembram-se certamente que em poucas horas muitos dos vossos departamentos, das vossas equipas passaram a trabalhar em casa e a colaborarem por via digital. Isto não tem apenas que ver com ensinar a usar o email, pois a revolução é bem mais ampla. Vejam: o e-commerce cresceu tanto na pandemia como nos últimos 15 anos, as empresas gestoras de logística

Assumir a Competência é óptimo (alenta a continuar), mas assumir a Incompetência é fantástico (estimula a mudança). Pior é entrar em negação

e persistir em não assumir um problema (o que vai causar mais dor com impacto contra a dura realidade). Claro, que pior ainda é até nem ter a noção. Este fosso foi aprofundado muito rapidamente com a pandemia. Colossais mudanças (estruturais e conjunturais) surgiram no espaço de semanas e a real adaptação foi feita apenas por poucos. Outros “fizeram apenas umas festinhas” aos problemas, aplicando uns placebos.

de last-mile explodiram de valor em 20 semanas (de 7 x EBITDA para – em alguns casos – 40x EBITDA), a logística mundial colapsou fazendo com que a gestão de forças na busca por matéria-prima mudasse num piscar de olhos, os preços subiram 30-40% quando as series históricas apontavam para uma estabilidade nos crescimentos incrementais dos preços, nunca houve tanto dinheiro para investir, as taxas de juro são quase zero e isso fez com que o mercado de investimento borbulhasse. Todos acompanharam? Não. Resultado? Os que eram Maus ficaram pior e os que já eram Bons ficaram ainda melhores. E tudo porquê? Porque as regras

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de jogo do mercado mudaram. E quando na mesma frase se coloca Mercado e Mudança algumas consequências sérias vão ter de surgir. O mercado foi de facto impiedoso, mas altamente estimulante na medida em que colocou desafios fantásticos a todos aqueles que estiveram preparados. E alguns estavam. Confesso que tenho um particular apreço por este sector e tenho, porque encerra em si um conjunto de características difíceis de encontrar em outros sectores. Qual é o sector cujos gestores têm de lidar de perto, de forma sistémica, com estruturas de materiais, problemas de química, física, eletrónica, desafios hidráulicos, elétricos, tal como uma difícil logística interna de gestão de projectos, e para além do que é transversal: marketing, comercial, administração, etc.? Muitos poucos sectores. E como não há

propriamente escolas técnico-profissionais, os quadros são formados on-job ao longo de muitos anos de forma empírica (aposto que alguns ainda têm mestres ou capatazes), e como assim é, a liquidez de talentos é muito limitada, o que implica que o crescimento só pode ser feito por captação de profissionais à concorrência, formar de raiz (o que demora uma eternidade) ou sujeitar-se a projectos de pouco ou nenhum valor acrescentado com a contratação de generalistas. Quem atrai os melhores quadros? As empresas Competentes. O que sucede aos piores? Ficam nas Incompetentes. Consequência? Ficam ainda pior. Mas isto tende a piorar e por isso vejamos: a estrutura financeira das empresas é muito tipificada por Capexs longos no tempo e com Opexs muito curtos (em linha com a tipologia dos projectos). Trocando por miúdos: os

empresários precisam de investir muito em tecnologia pesada (e ter pessoas para retirar todo o potencial dela) cujas amortizações (pela dimensão do investimento) são feitas por muitos anos, mas precisam de rezar que a mesma possa ser utilizada e potenciada pelo mercado por muitos anos também, através de projectos, cada vez mais pequenos e em maior número. Isto parece uma lotaria? Não é! É puro trabalho de análise estratégica. Está ao alcance de todos? Não.


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Então como muitos fazem? Muitos são levados pela concorrência, por alguns clientes e pelos vendedores de equipamentos (alguns ex-profissionais da indústria). Consequência: muitos na ânsia de ter de fazer algo para se manterem nas corridas de 100m, comprometeram-se à pressa em tecnologia de maratona, sem terem bem a certeza de que a direcção era a certa. Logo, muitos vão-se encurralar em áreas que rapidamente vão ficar obsoletas, sem escala e desprovidas de grande valor acrescentado. Consequência: os Competentes ficam melhores e os Incompetentes ficam ainda pior. A história repete-se.

Mas isto não fica por aqui na medida em que muitos investidores estão de olho no crescimento das suas participações em empresas em várias geografias. O crescimento destas só pode ser feito em muitos casos por aquisição. A agilidade logística hoje em dia faz com que Portugal esteja cada vez mais perto do centro da Europa, logo o racional para aquisições em Portugal surge com naturalidade. Referi na palestra que tinha conversado com pelo menos 10 investidores de risco (em vários continentes) e com equipa interna de Pa-

“Acreditamos que o sector em Portugal desvalorize em média entre 12 e 17% face ao que temos analisado em mercados mais maduros e líquidos”

per & Packaging da M&A Worldwide e todos me realçaram a possibilidade de movimentos financeiros para atacar casos específicos em Portugal. Ou seja: algumas empresas em Portugal já estão debaixo de olho e outras vão passar a estar. Com alguns detalhes: algumas empresas serão avaliadas com múltiplos em linha com as médias europeias, mas muitas outras não serão. Acreditamos que o sector em Portugal desvalorize em média entre 12 e 17% face ao que temos analisado em mercados mais maduros e líquidos. Se somarmos o excesso de endividamento das empresas e escassez de capitais próprios aos efeitos da pandemia em muitas empresas, resulta que muitos estão brutalmente expostos ao mercado internacional de investimento. O que isso implica é uma enorme vulnerabilidade das empresas. Significa que algumas empresas podem ser avaliadas ou mesmo transacionadas por tickets muito baixos ou quase zero?

“O sector é por sua vez muito fragmentado, com lideranças há muito tempo estabelecidas, pouco refrescadas e com enormes desafios de renovação e/ ou sucessão, e isto acumula com a clássica mistura capital-gestão”

Lamento, mas sim. E se tal acontecer a entrada de investimento estrangeiro no sector pode ser por valores perigosamente baixos, o que pode impactar na actual estrutura competitiva do sector gráfico e de impressão português. Vamos continuar? O sector é por sua vez muito fragmentado, com lideranças há muito tempo estabelecidas, pouco refrescadas e com enormes desafios de renovação e/ou sucessão, e isto acumula com a clássica mistura capital-gestão. Este factor é um dos ingredientes chave para que as coisas não corram mesmo bem em alturas em que medidas de fundo são determinantes. Vejamos: hoje a procura nacional está cada vez mais bem formada e informada, e por isso bem mais exigente, e daqui resulta que se por um lado alguns procuram um one-stop-shop, capazes de alternar competentemente entre offline e online, capazes de grandes escalas e grandes investimentos, por outro lado outros preferem estruturas mais ágeis, para pequenas quantidades, rápidos, qualidade diferenciada, serviço altamente personalizado (que é um conceito difícil de entender na sua plenitude), com produtos de nicho e com soluções desenhadas à medida. Qual é a diferença entre uns e outros? Uns tendem a ser


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Maiores e outros tendem a ser Menores. Quem fica no meio? Os distraídos que lá atrás, não perceberam a tempo as movimentações do mercado. Ora, isto

cria dentro do xadrez de análise, uma outra dimensão, na medida em que dentro dos Competentes uns serão grandes e outros pequenos. E os médios? Nós em Portugal adoramos falar em pequenas …. e médias empresas. As empresas médias, neste contexto e neste sector, têm um problema: demasiado pequenas para competir com as grandes e demasiado gordas para competir com as pequenas.

Mas já agora: quero realçar antes de continuar que o sector está pejado de empresários que estoicamente lutam por sobreviver, que arduamente trabalham para manter as suas empresas à tona de água e que são dotados de um invejável know-how. Tiro o meu chapéu a estas pessoas que com os escassos meios que têm “fazem das tripas coração” para continuarem com os seus sonhos e que já eram dos seus pais ou avós. Quero, contudo, salientar que este meu genuíno apreço e admiração por estes empresários não alivia a pressão da realidade e não torna mais macio o impacto. Vai ser duro e para alguns vai ser a curto prazo, a não ser que façam alguma coisa por isso. O QUE FAZER? ALGUMAS PROPOSTAS

Então o que fazer? Irei de seguida partilhar algumas propostas para vossa ref lexão, mas de nada servirão se os

empresários não arregaçarem as mangas para implementarem estas ou outras propostas que entendam por mais adequadas. Mais: têm ideia de quantos no final nas palestras (ou depois) me vieram cumprimentar espelhando o seu cepticismo quanto à possibilidade do sector se organizar para mudarem as coisas? Muitos mesmo. O que isto implica é que a energia para revolucionar o sector vai ter de ser maior ainda. Vai ser precisa muita vontade para vencer a inercia e o conformismo de muitos. Isto pode ter como consequência que alguns ficarão para trás. Sempre foi assim e sabemos que assim será. O que sugiro tem como pilares: mais Músculo, mais Cérebro, mais Pulmão e menos Gordura. Um organismo mais forte, a pensar melhor, a respirar melhor e mais leve será sempre algo mais inteligente, mais bem preparado para aguentar impactos, mais potente para lidar os mais fortes e mais rápido para ir mais longe. Entusiasmados? ENTÃO VAMOS VER POR ONDE COMEÇAR. MAIS MÚSCULO – um sector pleno de

desafios de reestruturação e de crescimento e com problemas de capitalização, precisa de ganhar Músculo com mecanismos inteligentes de atracção de capital. A manutenção de estruturas empresariais carentes de capital, sem capacidade de recurso e incapazes de,

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per si, o angariar não permite aumentos importantes de competitividade e produtividade. O sector – devidamente organizado - tem aqui a oportunidade de compreender melhor os fluxos financeiros internacionais e nesse âmbito teria a possibilidade de desenvolver estruturas de angariação de fundos destinados a reestruturar, capitalizar e desenvolver as empresas que mostrem terem projectos (business plans) interessantes. E para que não seja capital amigo destinado a amigo, seria nomeada uma comissão de investimento formada por quadros independentes e competentes para (não só) analisar todos os projectos, como estimular/encorajar todas as empresas a apresentar os seus projectos. Os recursos a plataformas de IT poderiam ajudar, sem prejuízo de outros mecanismos de disseminação de informação de como aceder a capital. Nota: não me refiro a fundos perdidos (alias até acho que deveria ser um crime em Portugal atribuir verbas a fundo perdido a quem quer que seja), mas a investimento directo nas empresas. Ou seja: poder-se-ia criar um (ou mais) fundo de capital de risco capitalizado por fundos de fundos, por bancos de investimento, players e outros investidores institucionais. A yield deste fundo, estou seguro, seria muito interessante tendo o potencial de crescimento que muitas empresas têm, logo a montagem do fundo teria um racional óbvio e sem dúvida um elemento determinante para reestruturar o sector. MAIS CÉREBRO – um dos maiores problemas do sector é a falta de quadros qualificados, quer em áreas técnicas de base, quer em técnicas mais relacionadas com novas tecnologias, quer com áreas mais transversais. As empresas podem investir o que quiserem, mas sem Pessoas simplesmente não funcionam. Se bem que o pior é manter pessoas incompetentes na empresa: atrapalham os outros, criam entropias, são um custo e criam a ilusão de que tendo pessoal é só uma questão de mandar fazer. Não é só. Assim, o sector poderia enfrentar este problema de frente, de forma profissional e pragmática. Claro que pode reclamar com o governo para


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lançar mais cursos nos institutos públicos. Pode, mas também pode fazer pela vida e tomar a iniciativa de criar pelo menos 2 academias topo de gama (norte e sul) com recurso a financiamentos disponíveis no mercado, a investimento colegial de investidores e ao apoio dos players do mercado. O acesso às academias deveria ser democratizado, favorecendo principalmente os mais pequenos e fracos. Daí o papel importante de um regulador independente. Estas academias deveriam essencialmente formar quadros técnicos, mas altamente qualificados. Nunca se deveria lançar uma escola de pobres coitados que fossem para ali aprender umas banalidades. Pelo contrário, seria uma oportunidade de formar gerações de excelentes profissionais capazes de lidar com as mais recentes tecnologias e compreender as maravilhas das antigas. Verdadeiras academias de excelência. MAIS PULMÃO – a forma mais inteligente de uma empresa ou sector ganhar ar e conseguir respirar melhor é com marketing e inovação. Estes FSE´s obrigatoriamente deveriam ir a amortizações e não a custos. É com fortes investimentos em marca, posicionamento e comunicação que as empresas e sectores conseguem crescer sem ser por aquisição de quota, fidelizar os seus clientes, reduzir custos, aumentar margem, garantir fortalecimento de marca, (através de sistemas de CRM, data mining e outros) melhorar as decisões a tomar, conseguir equipas mais motivadas. Uma empresa ou sector muito competente em marketing é sem dúvida um organismo muito mais bem preparado para enfrentar mercados exigentes e que procuram respostas de elevado valor acrescentado. E como o sector está muito interligado com todos os principais e mais ativos players de marketing, nem consigo perceber muito bem porque não se deixa inspirar. Não percebo. Olhem para dentro: têm um quadro muito competente como responsável de marketing? Atribuiu-lhe budget compatível com os desafios da empresa? Tem meios de IT (bases de dados, CRM, website, soluções de Analytics, …), tem uma politica de marketing digi-

“As empresas médias, neste contexto e neste sector, têm um problema: demasiado pequenas para competir com as grandes e demasiado gordas para competir com as pequenas”

tal inteligente e adaptada ás suas necessidades? Tem conteúdos direccionados para o que é importante? ….. Tem resposta afirmativa para estas questões? Se não tem, comece por encontrar um director(a) competente, dê-lhe liberdade e budget e sobretudo respeite-o(a). No entanto, de nada vale ter investimentos em marketing se não tiver uma mente de geração de valor. Uma mente de custos é própria de Incompetentes. Lembre-se disto. MENOS GORDURA – a cooperação no sector convenhamos que é muito exígua. Todos se conhecem, mas sabem que as sebes entre quintais continuam as mesmas há décadas. Isto causa imensa ineficiências, estruturas duplicadas e falta de escala. Muitos acabam por fazer o mesmo que outros, e os níveis de cooperação são fundamentalmente para colmatar picos de produção. Este é dos mais residuais e fracos elos de ligação entre empresas, e na cadeia de valor a que está mais em baixo. A cooperação baseada na eventual oportunidade de resolver um stress deveria escalar para níveis de maior intimidade e entrosamento para se atingir trocas de capital e com isso eliminar redundâncias (gorduras), capitalizar sinergias e aumen-


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tar a produtividade. É difícil? Muito. Por detrás das empresas estão pessoas, existe uma história e uma cultura. Não é fácil desbloquear este laço e levar a que muitos empresários deitem abaixo as suas sebes (que são as mesmas das do vizinho). A simples evidência de que é preferível ter pouco de muito, do que ter muito de pouco, parece em muitos casos não conseguir convencer os empresários gestores. Existe uma cultura de posse de capital ligada à gestão, ainda própria de sectores com desafios elementares de competitividade. Mas é um caminho que deveriam trilhar. As principais estruturas associativas deveriam ter aqui um papel pedagógico e de influência governamental: com o intuito de encorajar um pacote fiscal para o sector, de estimular fusões ou aquisições e com isso a criação de grupos mais

UM

organizados. No entanto, o sector poderia reunir-se como um todo para criar escala nas compras de matéria-prima. Com recursos a capital inteligente – ver acima criar Músculo – o sector poderia passar a ter uma influência mais assertiva junto dos produtores de papel e operadores logísticos e com isso controlar melhor prazos e preços. Finalmente, o sector gráfico e de impressão é um sector extraordinário com enormes potencialidades, mas que se encontra no meio de um extraordinário processo de alteração de paradigma. Pelo que expliquei existem por um lado Competentes, dentro destes Grandes e Pequenos, e por outro lado Incompetentes. Com a informação e meios (inclusive financeiros) disponíveis no mercado, só ficará na equipa dos Maus os mesmo péssimos e aqueles que encolherem os ombros. Não tenho dúvidas que infelizmente muitos vão mesmo encolher os ombros – e seja o que Deus quiser – e

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outros, por manifesta falta de competência, vão sucumbir. Mas outros não. Decida o que fazer porque o problema é seu e a solução está ao seu alcance. Mas DECIDA. Nota final: o sector gráfico e de impressão tem características endémicas próprias de um sector fragmentado e com as dificuldades acima referidas. A existência uma estrutura associativa competente, que compreenda todos estes desafios, que se organize e se mobilize para rapidamente dar respostas efetivas, é determinante. Não faço ideia se a associação é competente, ou não. Se for, óptimo: basta arregaçar mangas e fogo à peça. Se não for, que se arranje competência. Ela existe em algum lado e é só procurar. Se for um caso perdido, as empresas que se organizem de outra forma. O mais importante é que compreendam que os problemas são de todos e que as soluções estão ao vosso alcance. MEXAM-SE!

MARCO NA PRODUÇÃO DE IMPRESSÃO DIGITAL

Em todos os percursos, os líderes assinalam o seu progresso. Mostram até onde chegaram e o que vem pela frente.

A nova imagePRESS é um marco na impressão digital a cores. Em 2006, a primeira imagePRESS convidou a indústria a olhar para a impressão digital de forma diferente. Para explorar novas possibilidades. Descobrir novas oportunidades. Com o surgimento de uma nova era na impressão digital, a nova série imagePRESS C10010VP convida a ir ainda mais longe. Para enfrentar novos desafios e alcançar novos sucessos. Mais trabalhos. Mais tiragens de pequeno volume. Trabalhos que levam a flexibilidade dos suportes ao limite. Trabalhos necessários para ontem. Tudo isto sem comprometer a qualidade. Seja qual for o seu negócio, serviços de impressão comercial Print-for-Pay ou operações de impressão interna de elevado volume, estes desafios são todos os dias enfrentados.

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A nova série imagePRESS C10010VP tira partido da mais recente tecnologia Canon para transformar desafios em oportunidades, oportunidades em lucros, e ideias em realidades. Produtividade excecional. Flexibilidade de suportes de impressão extraordinária. Qualidade extraordinária. Experimente o que há de melhor na produção digital automatizada, tudo num conjunto poderoso e único. Tudo isto apoiado pela fiabilidade que espera de uma imagePRESS, dia após dia, trabalho após trabalho. Imprima imagens impressionantes com qualidade tipo offset, que parecem sair da página, em suportes desde apenas 60 g/m2 até 400 g/m2, e com comprimentos até 1300 mm. Volumes começando nalguns exemplares até milhares deles. Desde menus a folhetos, livros a banners.

Prima "Start" (Iniciar) e avance para o trabalho seguinte, com a confiança de uma qualidade elevada e consistente, produzindo sem interrupções da primeira à última página. Escolha entre uma vasta gama de interfaces digitais automatizadas, ferramentas de fluxo de trabalho e opções de acabamento para conseguir a configuração "print-to-finish" ideal para o seu negócio, agora e no futuro. A nova série imagePRESS C10010VP leva o seu negócio ainda mais longe.


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PARAR PARA OOLHAR O TEMPO Ana Bolina Directora de Marketing na Sociedade Comercial C. Santos (Mercedes-Benz e smart) linkedin.com/in/ana-bolina

Desafio? Comunicar com uma audiência ligada à impressão e partilhar a experiência da utilização dos vários suportes de comunicação, que a Sociedade Comercial C. Santos utilizou nos seus eventos.

E

STÁVAMOS EM OUTUBRO E RECEBI UM CONVITE DA ANA PAULA PARA SER ORADORA NO VIP TALKS BY PRINTALKS, NO ESTORIL E NO PORTO. Uma

das premissas para estas apresentações seria a não utilização de projecção. Comunicar com uma audiência ligada à indústria da impressão e partilhar a experiência da utilização dos vários suportes de comunicação, que a Sociedade Comercial C. Santos utilizou nos eventos que realizou ao longo destes anos. Deste desafio surge a necessidade de criar um suporte físico, impresso e interactivo, que permitisse partilhar com a audiência o posicionamento do consumidor e jogar com o conceito do “tempo”, que muitas alterações e ritmos tem vivido desde 2019. Assim, juntamente com a empresa Área Gráfica foi criado um calendário interactivo, dividido em duas partes:

uma com meses e outra com mensagens. Este calendário foi concebido com técnicas especiais de impressão que metaforicamente simbolizam doze tendências sobre o consumidor para 2022. O leitor pode escolher o momento que o inspira ou que é determinante para si, naquele dia ou mês. Parar para olhar o tempo com dois oos. Janeiro: Parar OOlhar e Ver

Iniciamos um projecto, uma etapa, mas, na realidade, conseguimos precisar há quanto tempo não paramos de reagir e simplesmente oolhamos? Um espelho é para oolharmos, para verificarmos o que não conseguimos ver. Um espelho precisa de atenção. Mas já não é tempo das marcas simplesmente se apaixonarem. Precisam de ser relevantes. As Love Brands em 2022 vão passar a Relevant Brands. Estima-se que, brevemente, os


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concepções e conceitos novos. Os eventos híbridos, que são muito mais que eventos presenciais, com transmissão em directo, vieram afirmar que um evento híbrido é muito mais complexo do que um evento físico ou um evento digital. Não é possível replicar uma experiência física. Há dois públicos a ter conta. “Físico e o Digital não devem competir, mas sim complementar-se.”

“Os consumidores procuram nas embalagens dos produtos selos e certificações para obterem informações sobre o impacto ecológico dos mesmos” clientes vão procurar marcas que lhes proporcionem relacionamentos e experiências online que espelhem as interacções presenciais, mas que, ao mesmo tempo, essas marcas consigam ter consistência e dar provas constantes do que são em detrimento do que parecem ser. “As marcas vão ser vistas e oolhadas.” Fevereiro: Decompor a palavra impressão

Impressão significa: pressão sobre; aplicação; marca. É a IMPRESSAO de responder a um trabalho solicitado para ontem, é um resultado que se espera de um IMPRESSAO. IMPRESSAO é a IMPRESSÃO que diariamente ocorre na indústria e que IMPRESSAO nos resultados e é determinante na comunicação. “As marcas vão imprimir mensagens no consumidor.”

Abril: Menos igual a mais

Temos tendência para prever o futuro através das nossas próprias lentes, que quase sempre se baseiam numa visão bastante reduzida da realidade. A verdadeira visão está em ver conexões. Interdependência, velocidade e complexidade são o novo motor da nova realidade. Um mundo completamente dependente de variáveis que se afectam mutuamente. Por exemplo, no caso da epidemia a velocidade aumentou impossibilitando a capacidade de realização de testes suficientes. Posteriormente, sobrecarregou muitos sistemas nacionais de saúde equipados para lidar com uma gripe sazonal previsível, recorrente e bastante lenta, mas não com uma pandemia muito “rápida”. A não linearidade é uma característica chave da complexidade. Pode assumir-se que é preciso saber-se mais para se sintetizar. “O complexo é o novo simples.” Maio: A Importância da mensagem

Março: Unificação da Comunicação

Cada vez mais é importante que exista uma uniformização da comunicação nos vários canais, quer no online, quer no offline. Este branding que é percepcionado pelos clientes desperta sensações e criam conexões conscientes e inconscientes que serão cruciais para que o cliente escolha a determinada marca no momento de decisão de compra do produto ou serviço. Os clientes estão mais atentos ao pormenor, tornaram-se mais “digitais”, aprenderam a utilizar mais tecnologia e são mais exigentes. Os canais offline e online tiveram que redescobrir a sua existência e integrar

Cada vez mais é importante contar uma narrativa que vá de encontro à essência e ao modo de actuar das marcas. A repetição da história nos vários canais e a sua complementaridade criam consistência e coerência. A mensagem é apreendida em três Is: no Imediato (o Storytelling desafia os sentidos); existe uma Imersão (as experiências tendem a ser mais memoráveis); é enfatizada a Interacção, (é expectável uma relação mais próxima com os consumidores). As pessoas repensaram a sua vida e mudaram os seus comportamentos, existindo agora, um aumento das suas expectativas na oferta de valor. Neste momento, um dos maiores activos das marcas é a confian-


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ça: a diferença entre o que é prometido e entregue. A informação deve ser clara, deve existir uma valorização da participação individual de cada cliente e uma simplificação na utilização de serviços ou produtos das marcas. “Existe uma nova voz que não tem som. Tem mais alcance e interacção: a confiança.”

“O consumidor está hiperconectado, sempre ligado e ao mesmo tempo distraído. A média de atenção humana é menos de oito segundos. O medo de perder conteúdo, de ficar para trás no canal online, faz com que a profundidade da atenção se disperse”

Junho: ECO

A sustentabilidade está ainda mais presente no ADN das marcas. As marcas são o ponto-chave que definem o capital afectivo e relacional das empresas e constroem uma identidade que está ainda mais comprometida com a consciência da sustentabilidade e sobrevivência no planeta. Os consumidores procuram nas embalagens dos produtos selos e certificações para obterem informações sobre o impacto ecológico dos mesmos. A sustentabilidade passou a estar presente na alimentação, na moda e no modo de estar na vida. A preocupação da Geração Z com questões ambientais, como mudanças climáticas e diminuição da biodiversidade reforçou a responsabilidade desta geração em tentar resolver problemas globais com acções locais. A mensagem é clara: há cada vez mais consumidores com consciência cívica, social e ecológica. “A Geração Z compra a mudança que quer ver no mundo.” Julho: Comunidade

Toda a conjuntura actual fez com que fossem repensados os espaços de habitação, de trabalho e de socialização. Os consumidores perceberam que podem cada vez partilhar mais serviços e integrar-se localmente. Foram criadas comunidades tanto ao nível físico como digital. A sociedade procura trabalhos mais significativos e que a faça sentir feliz. Os consumidores começam a usar adjetcivos como “criativo” e “talentoso” para se descreverem. Existe uma tendência para que os consumidores passem a ser os novos influenciadores das marcas. O público está a começar a fechar o capítulo da perfeição dos cenários idílicos. Nas redes sociais os filtros estão a ser usados pelos utilizadores. Desde 2020 que os consumidores

“As Love Brands em 2022 vão passar a Relevant Brands. Estima-se que, brevemente, os clientes vão procurar marcas que lhes proporcionem relacionamentos e experiências online que espelhem as interacções presenciais”

realmente tiveram a oportunidade de encontrar o seu próprio visual; para “serem eles mesmos”. A beleza tornou-se inclusiva. “As Gerações mais jovens pesquisam mais nas redes sociais do que nos motores de busca.” Agosto: E se todos acharmos

A Covid-19 acelerou, de facto, muitas tendências que eram previstas para os próximos anos, como o alto consumo de produtos e serviços de forma totalmente online. Todos nos tornamos mais “digitais”, assistimos a webinares, publicamos mais, e por isso, assumimos um estatuto mais crítico, porque juntamos uma série de informação baseada, por vezes, em pouco estudos e chegamos a uma conclusão: Eu acho que podemos ir por este caminho; Eu acho que faz sentido, a concorrência também o faz! Os inputs são positivos, mas relembramos que a estratégia de Marketing está assente na análise e não baseada no Achismo! O facto de existir uma dessincronização social, que significa que as pessoas continuam a fazer as mesmas coisas, mas em tempos diferentes. Este comportamento deixou de ser padroni-


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zado e abriu espaço ao “Eu Acho”. “Eu acho, tu achas, eles acham e o marketing está a executar.” Setembro: WEB TO PRINT

O processo Web to Print permite através de uma plataforma virtual a criação, a edição e personalizações de documentos com base em modelos disponíveis. Todo o processo de venda e produção é agilizado, reduz os custos ao cliente, conferindo-lhe maior liberdade para o seu produto final. Este processo é complementar e coabita com os trabalhos denominados tradicionais. Existe mercado para todos. O processo Web to Print veio abrir mercado e também ajudar os profissionais de comunicação a reforçar sua importância na criação do conceito, a personalização e o branding. Por outro lado, permitiu que a relação entre profissionais da comunicação e gráficas ficassem mais próximas, existindo tempo para serem criadas peças conjuntamente mais elaboradas e tecnicamente mais aperfeiçoadas. Assistimos em paralelo a um mercado de personalização massiva e de rápida reposta, e por outro lado, a um mercado exigente e criativo que aposta na qualidade e no detalhe. “O Web to Print tornou o longe, perto.” Outubro: Peças Interactivas

O consumidor está hiperconectado, sempre ligado e ao mesmo tempo distraído. A média de atenção humana é menos de oito segundos. O medo de perder conteúdo, de ficar para trás no

canal online, faz com que a profundidade da atenção se disperse. Existem demasiados estímulos que distraem a concentração. Curiosamente, assiste-se a uma valorização do material personalizado impresso. O toque e a descoberta são elementos fundamentais que captam a atenção. Acredito que ainda existe espaço para recebermos uma carta, para abrirmos um envelope diferente, para termos uma peça multifuncional com várias mensagens. Tudo o que possamos coleccionar, ter uma relação emocional, mostrar o que consideramos ser digno de guardarmos no espaço onde habitamos, pode sobreviver no tempo. A interactividade, quer física, quer digital são descobertas que podemos colocar em casa ou fazer simplesmente um save nos guardados. Só com a peça ou com o conteúdo relevante é que vamos ter o cuidado de os colocar naquele espaço que preparamos especificamente, ou criar no arquivo, um nome que os caracterizem para garantirmos que quando pesquisarmos os vamos encontrar. “O consumidor tem novas prateleiras para guardar os objectos e os assuntos: a casa e a nuvem.” Novembro: Série Limitada e Personalização

Cada vez mais o consumidor precisa de se sentir especial e ser reconhecido pelas marcas pela sua fidelização, escolha, sugestões, gostos, partilhas e compras. Em troca o consumidor espera a autenticidade das marcas, mas também que o seu

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nome seja recordado e mencionado com um propósito. Um propósito de reconhecimento. Hoje em dia, a nominação dos clientes e o atendimento personalizado já têm que fazer parte do ADN das marcas. Personalização é realmente uma evidência, uma série limitada, um momento ou uma peça circunscrita no tempo onde seja inequívoco o que se esteja a comunicar. As palavras “série limitada” e “exclusivo” devem ser levadas muito a sério e saírem da banalização. As marcas têm que perceber que o exclusivo é único e não pode ser massificado. “Os consumidores só autorizam o seu nome quando é mencionado com um propósito e autenticidade.” Dezembro: Phydigital

O Phygital refere-se à integração e aos diferentes meios de interacção do consumidor com os meios on-line e offline. Se fizermos uma retrospectiva, em 2000 tínhamos um consumidor informado, em 2010 tivemos um consumidor indignado, em 2020 inspirado e activo. Actualmente temos indícios de um consumidor criativo, ávido de viver experiências tangíveis e memoráveis. Com a evolução tecnológica percebemos que a tecnologia não é história, faz parte da história. A pandemia levou-nos a pressionar o botão de reset em muitas áreas diferentes nas nossas vidas. Agiu como um catalisador, não apenas para os negócios e inovação digital, mas também para estimular novas formas de inovação pessoal. Em algum momento todos tivemos tempo para reflectir e reavaliar as nossas prioridades e descobrir o que nos faz feliz. Os consumidores procuram melhor qualidade de vida, saúde, alimentação integrando os meios tecnológicos num complemento de ajuda nos planos de acção, que vão definindo para a sua vida. “Prevê-se que as maiores empresas globais vão perder 15% dos seus negócios habituais devido ao mau desempenho dos bots.” Ao longo do artigo foram reflectidas 12 tendências, sob a forma de 12 meses que podem dar início a novas decisões e oportunidades de PARAR E OOLHAR PARA O TEMPO.


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UMA BOA PRIMEIRA IMPRESSÃO JÁ NÃO É SUFICIENTE!

M

AIS DO QUE PRODUTOS, SERVIÇOS DE QUALIDADE é necessário aquele consu-

mível que não pode ser descartável, antes pelo contrário, tem de ser constantemente melhorado e adaptado, aliado a uma coerência, consistência e autenticidade. Sim, o Marketing, com uma estratégia bem definida permite que as empresas permaneçam fortes no mercado de actuação, principalmente num sector altamente maduro e competitivo como o da indústria gráfica. NÃO FIQUE AGARRADO AO PASSADO. AS EMPRESAS NÃO PODEM IGNORAR TODA A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL QUE ESTÁ A ACONTECER E COMO ISSO IMPACTA O MARKETING DAS MARCAS.

Antes de avançar no artigo, temos de começar as coisas pelo princípio e esse passa obviamente por saber não o que é marketing, mas para que serve. Pois bem, é algo tão simples quanto criar valor para os seus stakeholders e posicionar uma marca no mercado.

Vivemos num mundo tão competitivo e volátil, onde causar uma boa primeira impressão já não é suficiente para que os negócios sejam sustentáveis ao longo do tempo.

Sei que é um tema sexy, mas a arte de fazer Marketing não é fazer marketing digital, mas sim Marketing num mundo digital. E isto faz toda a diferença nos resultados que vai obter. É importante perceber que o Marketing não mudou e que não deve substituir uma Estratégia de Marketing por ferramentas ou meios de comunicação. O que mudou e continua a mudar a uma velocidade estonteante são os meios de comunicação disponíveis para comunicar uma marca com o objectivo de impactar positivamente o seu público-alvo, ao mesmo tempo que proporcionam a melhor experiência. No vosso trabalho diário tem de pensar, planear, definir como fazer, testar para no final cumprir o objectivo de criar uma boa impressão e satisfazer as necessidades do seu cliente. O Marketing é exactamente o mesmo processo. Se pensar na evolução que as máquinas de impressão tiveram ao longo do tempo, vai reparar que estas são cada vez mais evoluídas tecnologicamente e


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Por exemplo, as redes sociais são canais de relacionamento, não de venda. E relacionamentos facilitam negócios. Mas em quais redes sociais devo estar? De que forma? A estratégia define.

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mais produtivas. No cenário actual, mais concretamente os meios digitais e a tecnologia evoluem a grande velocidade e existe aqui uma grande oportunidade Estratégica e Criativa que permite contribuir para a aceleração da transformação digital das empresas. Isso vai permitir aos decisores e profissionais de marketing que as empresas sejam mais relevantes, sobretudo na construção da mais e melhores relações entre clientes e as marcas. No Marketing actual, as palavras-chave são Adaptação e Transformação. Focar estratégias curto prazo, sim, mas sempre com o pensamento em estratégias de marketing a longo prazo. Porque estas não devem ser boicotadas. É TUDO MUITO BONITO, TEORIA À MUITA, MAS NA PRÁTICA PARA QUE SERVE OU QUAIS OS SEUS BENEFÍCIOS REAIS?

O objectivo de qualquer empresa é garantir recorrência ou preferência, se quiser,

Está comprovado que custa 5 vezes mais conquistar novos clientes do que manter os actuais por parte dos seus clientes. E mais importante que estar constantemente à procura de novos clientes, é mais importante fidelizar os que já tem. E não é apenas porque está comprovado que custa 5 vezes mais

conquistar novos clientes, é uma questão de autoridade da marca, de reconhecimento no mercado, de ser uma marca forte, se quiser. Claro que cada empresa é uma empresa e aqui, lá está, ainda mais evidente se torna a importância de ter uma estratégia de marketing para perceber em que fase de maturidade se encontram os clientes da empresa para estrategicamente começar a preparar terreno para conquistar os clientes de amanhã no sentido de preparar e garantir o futuro da empresa. DEVE EXISTIR SEMPRE UM COMPROMISSO ENTRE A ESTRATÉGIA DE MARKETING E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DIGITAIS E NÃO SÓ. PORQUÊ?

Não é porque são feitas umas publicações nas redes sociais ou anúncios ou


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simplesmente porque tem um website que se está a fazer Marketing e que está alinhado com aquilo que a sua marca necessita e mais importante, o que o seu cliente procura. Todo o conjunto de táticas / ferramentas digitais na comunicação das marcas para atingirem seus objectivos de marketing precisam de ter algo que as une, a tal Estratégia de Marketing e dessa forma definir o melhor mix de comunicação. MAS PORQUE É ASSIM TÃO IMPORTANTE?

“Se não sabe para onde quer ir, todos os caminhos lá vão dar”, já dizia Lewis Carroll. É importante compreender que para irmos do ponto A ao ponto B existem duas hipóteses, definir um caminho e segui-lo ou “disparar” para todos os lados e ficar na expectativa de ver o que acontece. A grande questão é que só com um caminho estruturado e pensado é que vai entender, quais são os meios de comunicação onde deve apostar, de que forma deve trabalhar a sua marca, qual ou quais os KPI’S – Indicadores de Perfomance a analisar, o tom de comunicação, entre outras variáveis, para alcançar os tão desejados objectivos que definiu na sua estratégia de marketing, que por sua vez está incluída na estratégia global da empresa. POR EXEMPLO, AS REDES SOCIAIS SÃO CANAIS DE RELACIONAMENTO, NÃO DE VENDA. E RELACIONAMENTOS FACILITAM NEGÓCIOS. MAS EM QUAIS REDES SOCIAIS DEVO ESTAR? DE QUE FORMA? A ESTRATÉGIA DEFINE.

Hoje em dia ninguém vende nada. Já não se trata de produtos, da qualidade destes, do serviço. Os clientes procuram soluções para os seus “problemas”, procuram a melhor experiência antes, durante e após e é nisso que as marcas se devem focar. Mas neste processo o que realmente vai fazer toda a diferença, aliado sempre à qualidade, é que os negócios são feitos de Pessoas para Pessoas e as marcas precisam de ser acima de tudo ser humanas e não apenas “máquinas que só pensam em vender”. É preciso que o foco esteja no Cliente e não naquilo que vende. Como?

As diferenças entre Tradicionalistas, Boomers, Gen X, Millennials, Gen Z e Alpha podem por vezes ser subtis, mas o desafio mantém-se

Garantindo a melhor experiência em todos os touchpoints com a marca, oferecer soluções únicas e diferenciadoras, sustentadas pela Criatividade e Inovação, para gerar a Identificação, Confiança e Fidelização que vão permitir resultados sustentáveis ao longo do tempo. Num mundo complexo, com cada vez mais concorrência e maior acesso a informação por parte do cliente, as marcas devem explorar ainda mais o seu lado criativo, proporcionar uma experiência ainda melhor junto do seu cliente, criar momentos “wow” de forma contínua para ficar no seu Top of Mind.


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Mas cuidado, não é parecer, tem de SER. Não vale a pena criar expectativas que depois pode não conseguir corresponder. E isso é o pior que pode acontecer a uma marca. Clientes insatisfeitos é tudo aquilo que não quer para a sua empresa. Imagine que pretende apostar na venda online. Até aqui muito bem, mas a venda online não se resume apenas a ter uma plataforma de venda. É preciso pensar que produtos tem margem para vender online, ter stocks sempre actualizados e capacidade de os ter / produzir, uma logística eficiente e qual o seu custo que será reflectido no preço final do produto, capacidade de recursos humanos para um serviço de Customer relationship, e podia continuar. Assim como o vosso trabalho diário enquanto empresa é criar uma boa impressão para os clientes, o mesmo deve acontecer para a vossa marca, em tudo o que fazem e a comunicação não deve ser

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apenas focada nos meios digitais. Deve sim, ser omnicanal. Se fizer o exercício de olhar para dentro da sua empresa, vai entender que tudo o que faz pode ser uma poderosa arma na comunicação da sua marca. Combinar material impresso com os meios digitais, então será fantástico. Um simples QR CODE num material impresso pode levar para um website, para uma campanha digital. Pode elevar a experiência do seu cliente com soluções personalizadas, realidade aumentada, tudo a partir de algo impresso. Aproveite toda a sua capacidade criativa que pratica diariamente e coloque-a ao serviço da comunicação da sua marca. E aqui também é importante que perceba que nem tudo aquilo que investe em marketing está directamente relacionado com promover a venda. O

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investimento pode ser apenas para trabalhar o branding da marca, reforçar a notoriedade, porque faz parte da estratégia. Um exemplo é investir, imagine, em outdoors ou muppies. Não são todas as empresas que conseguem despender da quantia mensal que lhes está associada, mas quem o faz, além de ser um elemento diferenciador na sua comunicação, está a trabalhar para que a sua marca seja mais forte e com o passar do tempo, vista no seu sector como uma marca de referência, forte, dinâmica. E consequentemente, um parceiro a ter em conta quando um cliente procurar os seus produtos ou serviços. Podia continuar a escrever muita coisa que deve ser feita, mas se não aplicar e ficar apenas pela teoria de nada vale. Mas cuidado, muita coisa não significa que tem de fazer tudo. Lembre-se, a Estratégia de Marketing é que define os passos. Facto estratégico importante: É a primeira vez na história que cinco gerações de clientes coexistem numa mesma época. Hoje, todas as marcas ou empresas têm de ter em conta estas 5 gerações de consumidores e colaboradores, cada uma com o seu conjunto de valores e expectativas. As diferenças entre Tradicionalistas, Boomers, Gen X, Millen-

Torna-se importante, por exemplo, implementar uma Customer Data Platform que permite recolher e analisar dados de vários pontos, físicos ou digitais, combinar esses dados para ajudar a obter e dar respostas, em tempo real.

nials, Gen Z e Alpha podem por vezes ser subtis, mas o desafio mantém-se! Construir uma marca relevante para todos os clientes é difícil, mas crítico. Compreender o que os clientes (e colaboradores) atuais e futuros exigem das marcas e do negócio é a forma de prosperar. Neste processo, as marcas precisam de compreender como relacionar o Marketing, a Estratégia, a Tecnologia, a Criatividade e a capacidade de melhorar a vida dos seus clientes. Porque sem isso não há inovação e uma verdadeira evolução no que toca à fidelização. MAIS DADOS, MAIS E MELHOR CONHECIMENTO DO CLIENTE.

Vivemos num mundo que gera cada vez mais dados e não podia acabar o artigo sem abordar este tema. Afinal o Marketing sempre foi baseado em dados e vai continuar a ser e em maior volume. Há mais dados, de maior qualidade e a circular com volumes e velocidades inéditas: isso abre fronteiras em âmbitos

como a híper segmentação, a geolocalização relacionada aos conceitos de ubiquidade e mobilidade e o aparecimento de novas formas de contato entre marcas e clientes. Também a personalização poderá ser muito mais fácil e refinada, desde que os dados certos sejam correctamente trabalhados. Com todas estas mudanças, a grande quantidade e diferentes tipos de dados gerada necessitam de melhores processos internos nas empresas para os compreender e trabalhar, já que obter esses dados em tempo real vai permitir a tomada de decisões mais rápidas e fundamentadas e será mesmo uma das grandes vantagens competitivas das empresas. Torna-se importante, por exemplo, implementar uma Customer Data Platform que permite recolher e analisar dados de vários pontos, físicos ou digitais, combinar esses dados para ajudar a obter e dar respostas, em tempo real. Sem esquecer que a estratégia é fundamental para evoluir o negócio, sendo ainda mais importante que nunca para unir toda esta transformação e entender como retirar o melhor partido dela. E claro, dados leva-nos a um termo já um pouco falado no Marketing, o Marketing Preditivo, que consiste em recorrer a Big Data e Data Analytics, onde através de algoritmos e outras técnicas de machine learning, é possível prever resultados de ações de marketing que vão ser realizadas, comportamentos dos clientes ou até antecipá-los e sugerir produtos de acordo com o seu perfil e histórico. Antes de terminar, outra orientação ou cuidado, se quiser, em termos estratégicos. É preciso ter em conta que, com cada vez mais acessos à internet por parte do cliente, este vai querer também respostas mais rápidas / em tempo real. As marcas precisam de acompanhar esta rapidez e isto significa que vão ter de otimizar processos, torná-los mais ágeis, apostar na automatização, entre outros, pois vão ser obrigadas a uma maior exigência para dar essas respostas rápidas. E claro não esquecer que, mais tecnologia e dados obrigam também a um maior cuidado no que diz respeito à segurança.


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“O CLIENTE QUER O QUE A EMPRESA PODE FAZER POR ELE” Foi com grande entusiasmo que participei nos VipTalks by Print Talks organizado pela Intergráficas. O tema deste evento não poderia ser melhor. Um ensaio sobre Sustentabilidade, que nos levasse a reflectir e partilhar ideias sobre como alicerçar a reconstrução económica e social e ainda trazer a vida de volta ao normal.

S

EGUNDO A PORTO EDITORA A PALAVRA DO ANO EM 2020 FOI A NOSSA “SAUDADE”. De facto, ainda estamos com sauda-

de do que estava a acontecer em 2019. Levantávamos a cabeça, num pós-crise, seria apenas mais um “rise up”. Na verdade, as palavras do ano reflectem o estado da Nação. Vejamos, desde 2011 foram eleitas: austeridade, entroikado, bombeiro, corrupção, refugiado, geringonça, incêndios, enfermeiro, violência doméstica. É uma década de palavras negativas. Se olharmos para esta lista de palavras, constatamos que nenhuma é satisfató-


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ria, todas elas trazem-nos conotações negativas. Duas em particular, são terríveis para o sector gráfico, bombeiro e incêndios. Sente-se logo arrepios. O sector tem vivido as últimas décadas com alguns problemas ainda mais agudos. A maior e persistente oferta que a procura, a mudança da especialização das empresas está numa correria desenfreada para banalizar subsectores que até agora iam-se mostrando mais resilientes, o desinvestimento na formação e treino de mão de obra especializada, insistir mais na venda daquilo que faz e não o que as trends e forecast sugerem. Nesta fase, o sector - que infelizmente é sempre o primeiro a sentir as profecias das crises e dos últimos a retomar - terá que reflectir e planear, qual a melhor estratégia para uma rentrée pautada por uma profunda alteração nos hábitos de consumo de comunicação pelo consumidor. Há muito que o canal digital vinha a crescer. Visto por muitos como uma ameaça ou causador dos problemas do sector – os efeitos. As causas são múltiplas. A economia tem vindo a adaptar-se ao exponencial crescimento da população global. Muitas são as marcas e produtos que surgem todos os dias, e para vender, têm que comunicar rapidamente. Nesta frenética espiral, as marcas lançam constantemente novos conteúdos, cada vez mais segmentado e direccionado aos interesses dos consumidores, criando-se maior interação entre as marcas e os consumidores. Passou-se a usar os meios digitais por ser um veículo mais rápido, económico e capaz de medir a eficácia de cada campanha quase que instantaneamente. À falta de estudos que o comprovem, o papel não consegue reunir estes atributos. Os últimos dois anos serviram de incubação a estes novos hábitos. Os confinamen-

Há muito que o canal digital vinha a crescer, visto por muitos como uma ameaça ou causador dos problemas do sector tos e o teletrabalho ajudaram a reforçar o ecossistema digital. Exemplo disso, é o facto do e-commerce entre Março e Dezembro de 2020 ter crescido tanto como na década anterior. As marcas têm que estar onde os clientes estão. O que importa são as vendas, o combustível das empresas. O sector da impressão não é diferente, tem que se alinhar com quem o sustenta, para isso deverá olhar para este novo mindset do comprador e no mínimo alinhar-se com ele. O comportamento do cliente mudou. A disponibilidade, vontade ou paciência

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para uma reunião já não é a mesma, muito menos para aguardar dias por um orçamento. Para a maioria dos compradores, das gerações mais recentes – excluo os babies boomers e uma parte da geração X – não entendem isso, não aceitam como normal algo que seja muito diferente do e-commerce. A tecnologia foi sempre parte do sucesso das vendas, mas o segredo da mestria nas vendas, é tratar cada pessoa como ela deseja. Tem que haver equilíbrio. Os compradores actualmente estão divididos por cinco gerações e os que mais se assemelham com o antigo normal estão na pré-reforma. A geração seguinte é a que dá sinais de transicção. Imagine-se: um vendedor gráfico, tem uma oportunidade de negócio numa startup, que está na calha de ser um tão desejado unicórnio, aí, o mais provável é encontrar um comprador de uma geração mais recente, um nativo digital. O comportamento comercial das empresas gráficas tem que mudar drasticamente. E rápido. Tem que substituir o conceito do grande vendedor que tem uma carteira com 15, 20 anos ou mais – a que se chama na gíria digital de vendas orgânicas - que defende constantemente os interesses dos clientes, para um conceito de sales automation. O comercial é a parte humana do processo, o conceito H2H - Human-to-Human. Com esta nova abordagem a ser implementada no sector, estaremos a olhar para os alicerces de um comportamento omnichannel. Está provado que o cliente muda de canal com muita facilidade – pesquisa no online e compra no offline e vice-versa - para tirar vantagem disso, há que proporcionar a melhor experiência possível em todos os canais onde as empresas actuam. Não se trata mais da venda. Trata-se da melhor experiência que as empresas


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podem proporcionar ao solucionar os problemas dos clientes. Sustentabilidade é ter consciência do passado para projectar a médio e longo prazo. O cliente não quer o que a empresa produz. Quer o que a empresa possa fazer por ele. Aquilo que uma empresa vende é apenas o caminho para o cliente alcançar um fim. Para quem é e para que serve, são as duas perguntas que guiam todas as decisões de compra. Por não responder a estas perguntas, o sector continua a reproduzir, apenas, aquilo que o cliente quer. Segundo a INTERGRAF entre 2007 e 2015 desapareceram na Europa cerca de 30.000 empresas, prevendo-se a tendência por muito mais tempo. Para evitar entrar nesta estatística, as empresas precisarão redefinir os seus modelos de negócios, as suas forças motrizes. A alternativa é fazer do mercado a sua força – ouvir o mercado, escutá-lo, mas mais importante ainda é influenciá-lo, fazê-lo melhor, torná-lo melhor. Tudo começará a fazer sentido. Uma empresa que goze do poder da influência, não estará a ser presunçosa, estará segura de que é aquilo que o mercado procura. Será “sexy”. Naturalmente ganhará a dimensão que pretende por força da sua vantagem competitiva, informação é poder. Inovará, será especialista com a força do seu propósito, e isso, servirá de inspiração a muitas outras. O caminho será longo. Mais curto quanto maior for a dedicação a combater os problemas estruturais do sector. São vários, a falta de mão de obra especializada, o pudor em investir na inteligência do negócio, derrubar a estratégia ditada pelos fabricantes de

“Problemas estruturais do sector? São vários, a falta de mão de obra especializada, o pudor em investir na inteligência do negócio, derrubar a estratégia ditada pelos fabricantes de tecnologia e consumíveis, quebrar o orgulho e desenvolver parcerias/ clusters facilitadores em novos mercados”

tecnologia e consumíveis, quebrar o orgulho e desenvolver parcerias/ clusters facilitadores em novos mercados. Nesta jornada será fundamental partilhar e puxar as equipas a participarem na discussão da estratégia. Quebrando este preconceito, estará a dar-se um sinal de mudança positiva. O empresário está a reduzir o seu papel do “faz tudo”, torando-se num líder mais cool, criará uma equipa mais coesa, participativa – a solução para os maiores problemas das empresas está sempre dentro de si – e comprometida para uma nova cultura. Lá está a nova força motriz. A adaptação ao novo comportamento do mercado, respondendo aos novos hábitos do consumidor, que já não quer poucas encomendas grandes, quer muitas pequenas. A cultura desta força fará toda a diferença. QUAL O CONTRIBUTO DA 360IMPRIMIR NA SUSTENTABILIDADE DO SECTOR?

Desde o início em 2013, a 360i apresentou-se como um “game changer” no sector. Como prova disso, foi a estranheza de como é que conseguia vender 500 cartões a preços proibitivos para a

esmagadora maioria do sector. A solução está no combustível. Ao vender muitas encomendas de cartões diariamente, a 360i está a resolver um problema do consumidor, que não comprava cartões devido ao seu preço praticado e passou a ter onde o fazer com um baixo risco. Aqui está o primeiro contributo para a sustentabilidade do sector. A 360i injeta no sector a produção de vendas que as empresas gráficas não estavam a fazer. Ou nunca fariam mesmo, pois o custo comercial tradicional é muito elevado para vendas de tão baixo valor. A 360i não é uma central de compras convencional. É um excelente vendedor dos seus parceiros que se traduz também num dos maiores compradores. Compra apenas em transformação industrial, descartando os custos comerciais, administrativos, de planeamento e logísticos aos parceiros. São cerca de 5.000 encomendas diárias, das quais, muitas delas, o sector da impressão não teriam acesso, processadas pelos melhores amigos do homem, os Bots, deixando a criatividade para as equipas para que se foquem na forma de como o negócio poderá crescer. É um modelo de negócio que gera cash-flow constante. Uma vantagem não só para a 360i, mas também, para os seus parceiros, pois partilhamos as mesmas dores do sector. Também sofremos com os aumentos das matérias-primas ou custos energéticos. A 360imprimir é uma One-Stop Shop, que desde 2013 vem construindo um percurso partilhado com quase uma centena de parceiros. O sector gráfico diz-nos muito.


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O sector de impressoras 3D é um segmento de mercado em crescimento, por isso será necessário um grande número de profissionais especializados

A

revolução industrial 4.0 chegou e as empresas do sector estão a lançar-se na corrida para modernizar a produção. Com o peso crescente da automação e das novas tecnologias robóticas, alguns sectores da economia que até agora pareciam embrionários estão, de repente a explodir. É o caso da indústria de impressão 3D, que crescerá 98% em apenas cinco anos, de acordo com um estudo da 3Dnative. Os dados mais recentes indicam que cada vez mais empresas, e indivíduos utilizam a impressão 3D. De facto, estima-se que até 2027, 8,04 milhões de impressoras serão vendidas no mundo a cada ano, o que significará uma receita de 10.125 milhões de euros por ano para um sector que em 2019 teve uma facturação de 6.610 milhões. “O sector de impressoras 3D é um segmento de mercado em crescimento, por isso será necessário um grande número de profissionais especializados, o que

Espera-se que 8 milhões de impressoras 3D sejam vendidas anualmente até 2027. O uso de tecnologia de impressão 3D aumentou 71% durante a pandemia. hoje não existe em nosso país”, afirmam responsáveis da Deusto Formación. UM CRESCIMENTO QUE NEM A PANDEMIA CONSEGUIU TRAVAR

A tendência de crescimento do merca-

do nos últimos anos é um facto. Ao contrário de outros sectores, a chegada da pandemia serviu para continuar a desenvolver a sua actividade industrial e, portanto, o seu desenvolvimento económico. Os dados indicam que, durante a pandemia, a consciencialização sobre a tecnologia de impressão 3D aumentou 71% globalmente com base nos dados da Beroe. As empresas industriais também perceberam a sua importância, pois 27% consideram que o investimento nessa tecnologia é importante para o desenvolvimento dos seus negócios. Embora 1 em cada 3 empresas já o use, apenas 1 em cada 10 pode ter impressão 3D totalmente integrada no seu modelo de produção, de acordo com um estudo global de utilizadores de Tecnologias de Informação. Muitas empresas não integram a impressão 3D devido à falta de conhecimento de seus funcionários O mesmo relatório indica que a baixa taxa de integração desta tecnologia é explicada por diferentes factores: capacidades operacionais (67%), a construção de um sólido “business case” (40%) e, sobretudo a falta de pessoal especializado na área ( 65 % das empresas indicam isso como uma razão pela qual não aplicaram ainda a impressão 3D na sua produção). É por isso que a Deusto Training está a lançar o Curso Superior em Design 3D com 3DS Max. O objectivo é proporcionar aprendizagem e formação necessária aos trabalhadores para que possam fazer parte de um mercado de Impressão 3D, que é o futuro.


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TECNOLOGIA Sequências de trabalho suaves e automação reduzirão consideravelmente os custos actuais. Essencial é, que todos os departamentos envolvidos - Imagem/RIP, produção de quadros e área de impressão – trabalhem de mãos dadas.

DIGITAL SCREEN MAKING

Sign-Tronic AG · Switzerland · www.signtronic.ch Sign-Tronic em Portugal: Ruy de Lacerda & Ca., S.A. · geral@ruydelacerda.pt · www.ruydelacerda.pt


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TECNOLOGIA DE IMPRESSÃO

HEIDELBERG REGISTA ELEVADA PROCURA PARA IMPRESSÃO DE EMBALAGENS

N

A SUA ÁREA DE NEGÓCIO PRINCIPAL, A HEIDELBERG está a registar com muito

agrado uma recuperação global crescente que está a fazer com que os clientes estejam interessados em investir em tecnologias e soluções mais recentes. A gráfica de embalagens sueca Gafs Kartong (Gafs), com sede em Värnamo, recebeu já o 1000º corpo de impressão da nova Speedmaster CX 104, que a Heidelberg lançou no verão. Fundada como fornecedora de embalagens de cartão em 1947, a Gafs conta agora com 22 funcionários e gera vendas de mais de quatro milhões de euros. A Speedmaster CX 104-6+L com a recém-desenvolvida unidade de verniz com Push to Stop foi fornecida juntamento com o CtP Suprasetter 106 e chegou antes do Natal. “A nossa nova máquina de impressão universal, a Speedmaster CX 104, tem vindo a provar que é um grande sucesso no mercado”, afirmou Stefan Hasenzahl, director de gestão de produtos da Heidelberg. “Este verão, mesmo antes do seu lançamento no mercado global, tivemos pedidos de mais de 500 corpos de impressão, um número que dobramos no espaço de apenas três meses”, acrescentou.

A Heidelberg vendeu o 1000º corpo de impressão da nova Speedmaster CX 104 a uma gráfica de embalagens sueca. O contrato de subscrição Smart complementa o investimento efectuado em equipamentos.

A Gafs, que produz embalagens em cartolina essencialmente para clientes suecos de uma vasta gama de diferentes indústrias, está a complementar o seu investimento em equipamentos com um contrato de subscrição Smart que inclui o fornecimento de todos os consumíveis e software por um período de vários anos. Consequentemente, a Gafs também irá utilizar o Prinect Production Manager, que abrange todas as funções-chave para a impressão de embalagens. Um exemplo é uma solução baseada em CAD que garante uma imposição rápida e fácil e também inclui todas as marcas de embalagem típicas. Crucialmente, o fluxo de trabalho Prinect fornece todos os dados relevantes para a produção, garantindo uma produção fiável e trabalhos repetidos de elevada e consistente qualidade. Para além disto, o feedback dos dados de produção dá ao Prinect uma visão geral e completa do desempenho em todos os momentos. A nova máquina de impressão irá substituir uma Speedmaster CD 102. Annelill Annvik, uma das proprietárias da Gafs Kartong, justifica a decisão de investimento revelando que, “analisámos


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A Gafs Kartong espera que a configuração Push to Stop ofereça um grande impulso em termos de produtividade

e comparámos as opções em digital e offset, mas a chegada da Speedmaster CX 104 ao mercado encerrou a nossa busca. Melhorias significativas nos tempos de acerto e controlo de qualidade, combinadas com a integração no fluxo de trabalho, deixaram-nos muito confiantes sobre os benefícios e o progresso que toda a empresa passou a ter.” Lasse Svärd, também proprietário da Gafs Kartong, acrescentou que, “a nova Speedmaster CX 104 da Heidelberg responde perfeitamente aos nossos requisitos. Fomos conquistados pela sua tecnologia de ponta e pelo portfólio de serviços desta empresa, juntamente com a excelente relação preço-desempenho. Esperamos, em particular, que a funcionalidade Push to Stop nos forneça um grande aumento em termos de produtividade.” HEIDELBERG FORTALECE POSIÇÃO NA IMPRESSÃO COMERCIAL E DE EMBALAGENS COM A NOVA IMPRESSORA UNIVERSAL

Com a nova Speedmaster CX 104, a Heidelberg procura fortalecer ainda mais a sua forte posição no segmento em expansão de embalagens, respondendo à

A tecnologia offset de última geração visa o vasto potencial de mercado com excelente relação preçodesempenho

crescente procura por sistemas de impressão flexíveis com uma variedade de soluções de automatização e opcionais no sector comercial. Ao seleccionar opcionais de equipamentos, os clientes beneficiam da escalabilidade gratuita do sistema - que se estende até a funcionalidade Push to Stop - e também de configurações personalizadas até 15 corpos de impressão/ verniz. Os destaques incluem filosofia operacional exclusiva, nova unidade de verniz e inovações na unidade da tintagem/ molha. A Speedmaster CX 104 apresenta um novo design ergonómico com excelente acessibilidade e oferece aos utilizadores uma filosofia operacional completamente nova (Heidelberg UX) com o Prinect Press Center XL 3, além de uma série de sistemas de assistência incluídos como padrão. A Heidelberg, portanto, fornece um portfólio de soluções integradas para o nível crescente de industrialização em empresas de impressão de pequeno e médio porte. Outro destaque da Speedmaster CX 104 é sua nova unidade de verniz com base na tecnologia XL, que se concentra firmemente na operação simplificada, acerto mais rápido e numa melhoria adicional na qualidade do verniz. A disposição dos elementos-chave optimiza a acessibilidade. Graças ao peso 30% menor dos rolos, a troca dos rolos anilox é mais ergonómica e muito mais rápida. Uma economia de tempo até 75% tendo por base o trabalho de uma única pessoa já foi confirmada em condições reais em clientes-piloto. A unidade de tintagem / molha da nova Speedmaster CX 104 foi projectada para oferecer qualidade e produtividade ideais. Sem falar nas funções opcionais, como um extrator de vapores de tinta integrado, um agitador automático de tinta e um fornecimento de solução de lavagem adicional para operação mista combinando tinta convencional e UV permitem que os clientes aumentem ainda mais o desempenho da unidade de tintagem/molha, especialmente na impressão UV.


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TECNOLOGIA ACABAMENTOS

A DIFERENÇA DIGITAL

COMO O ACABAMENTO DIGITAL ESTÁ A TORNAR MAIS ÁGIL A ÁREA DAS EMBALAGENS

A

PANDEMIA VEIO ACELERAR O PROCESSO DE ADOPÇÃO definitiva do

comércio electrónico. Com milhões de pessoas confinadas em casa sem poderem aceder a lojas e superfícies comerciais, o consumo de bens através da web. Transformadores e marcas começaram de forma mais imediata a aderir a novas formas de fazer negócios, principalmente através da criação de sites dedicados designados por web-to-pack. Estas plataformas oferecem produtos de embalagem que ajudam as empresas, incluindo as pequenas e médias a obter rapidamente materiais de embalagem de marca, personalizados exclusivamente para as suas necessidades. Neste artigo, Simon Lewis, vice-presidente de marketing da Highcon aborda esta nova tendência e a sua relação com o mundo da impressão, sobretudo a tecnologia digital. Os benefícios do acabamento digital são claros e respondem a muitos dos desafios e actualmente sentidos pelos transformadores de cartão dobrável e de cartão ondulado em todo o mundo: rápido retorno de trabalhos, tiragens mais curtas, flexibilidade de projecto e produção e correção imediata de erros e/ ou alterações de acordo com o designer ou cliente requisitos. Web-to-pack, seja impresso digitalmente ou convencionalmente, seguido de acabamento digital altamente automatizado, é a solução

Com a pandemia derivada da Covid-19, o mundo assistiu em directo a um enorme crescimento na área do comércio eletrónico, e não apenas voltado para os consumidores.

perfeita para flexibilidade operacional e oportunidades de diferenciação. A procura pelos requisitos proporcionados pelo digital, estavam presentes antes mesmo dos efeitos da pandemia, é claro. No entanto, eles parecem ter se tornado mais importantes do que nunca. Há mais pressão para maximizar a eficiência operacional e superar a escassez da cadeia de fornecimentos. Hoje, os trabalhos precisam ser simplificados de forma a optimizar a produção. Na era da impressão 4.0, o modelo de negócios web-to-pack é certamente uma óptima opção para o futuro, com muitas empresas que já estão a colher os benefícios. Vemos transformadores bem-sucedidos que seleccionam as ferramentas certas para o trabalho, com muitas abordagens de fabrico convencional e digital em paralelo. Uma estratégia de produção digital totalmente implementada agrupará dinamicamente os trabalhos numa única folha, reduzindo o número de configurações para garantir uma configuração saudável e proporcional


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Estas plataformas oferecem produtos de embalagem que ajudam as empresas, incluindo as pequenas e médias a obter rapidamente materiais de embalagem de marca, personalizados exclusivamente para as suas necessidades.

ao tempo de produção. Os trabalhos são finalizados digitalmente sem matrizes mecânicas, economizando tempo e dinheiro. Nos EUA, a Digital Room construiu o seu negócios à volta de um conceito que oferece aos clientes possibilidades quase infinitas de personalização de produtos através de um portfólio de sites de comércio electrónico, incluindo a UPrinting, Packola e LogoSportswear. A Digital Room está a aproveitar as mais recentes tecnologias de produção e comércio eletrónico para permitir isso, incluindo as máquinas de corte e vinco digital da Highcon Euclid IIIC e Highcon Beam Chase Cairncross, CEO da Digital Room, afirmou que, “com o aumento constante do e-commerce, os clientes querem poder decidir a forma, tamanho, cor e quantidade dos itens que precisam e não querem limitar ao que lhes dizem que podem ter.” A empresa Heuchemer Verpackungen na Alemanha está a fazer algo semelhante com seu Highcon Euclid IIIC em LAMAXSO.com, com uma plataforma de embalagem digital para pequenos empresários, empreendedores e fabricantes locais. Esta empresa oferece aos seus clientes modelos de design de embalagens e um portfólio de caixas de entrega personalizadas, embalagens para garrafas, caixas dobráveis, caixas de presentes, bandejas de produtos, decorações e muito mais. A natureza desses trabalhos personalizados encomendados através de sites

A natureza desses trabalhos personalizados encomendados através de sites web-to-pack, são pequenas tiragens de impressão que desafiam o processo de fabrico convencional web-to-pack, são pequenas tiragens de impressão que desafiam o processo de fabrico convencional. É aqui que a produção digital brilha, permitindo a produção económica e oportuna de tais trabalhos, trazendo todas as vantagens do digital para a parte pós-impressão do

processo de fabrico de embalagens. Dentro desta nova tendência online e paradigma digital, tivemos a sorte de ser o parceiro escolhido por muitos que procuram optimizar e digitalizar o seu processo de acabamento. No centro de nossa tecnologia de acabamento digital está um sistema de corte a laser que utiliza a tecnologia DART proprietária da Highcon - ideal para vincos físicos conduzidos digitalmente por meio de réguas impressas em 3D. O vinco, corte e decapagem são realizados numa única passagem, em alta velocidade, eliminando a necessidade de corte e vinco e ferramentas de decapagem. O nosso portfólio inclui duas famílias de produtos, cada uma com modelos específicos para papel, cartão e cartão ondulado. Embora o modelo web-to-pack tenha sido acelerado por empresas que procuram enfrentar os desafios da pandemia, os muitos benefícios do acabamento digital dentro dele estão a começar a ser muito mais compreendidos. De facto, não precisamos ir muito longe para ver alguns exemplos impressionantes da impressão de embalagens que alavancam essa tecnologia, alcançando produtos de destaque que impressionam os consumidores e aumentam as vendas em toda a cadeia de valor. Como resultado, a procura pelas nossas soluções disparou e a carteira de encomendas está a ser preenchida de uma forma muito positiva.


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IMPRESSÃO SUSTENTABILIDADE

NA ÁREA DOS GRANDES FORMATOS TRAZ DIVIDENDOS!

O

S COMPRADORES DE SISTEMAS DE IMPRESSÃO DE GRANDE FORMATO concentram-se principalmente em aspectos como a produtividade, possíveis aplicações ou níveis de investimento e rentabilidade. No entanto, a sustentabilidade ganha cada vez mais espaço como critério, não apenas pelos valores corporativos, mas também por ser cada vez mais vista como uma exigência social e política. A boa notícia é que quem fizer uso cuidadoso dos recursos também economizará dinheiro. Existem no entanto, cinco abordagens e conceitos baseados em sustentabilidade que podem ser aplicados ao avaliar uma impressora de grande formato: EVITAR POLUENTES A tinta e o sistema de cura determinam se ocorrem mais ou menos emissões. Ao seleccionar as tintas, vale a pena evitar sistemas à base de solvente. Isso elimina a necessidade de sistemas de ventilação que envolvem investimentos e custos operacionais adicionais. As emissões podem ser mantidas dentro de limites definidos usando tintas com baixo teor

Numa época em que a palavra sustentabilidade ganha terreno e se torna transversal a várias áreas, a impressão de grandes formatos é uma das que tem sabido retirar proveitos. Neste artigo, saiba quais os itens essenciais a ter em conta na escolha de equipamentos sustentáveis.

de poluentes ou certificadas – como Greenguard. Em troca, isso abre uma ampla gama de aplicações porque os produtos de impressão também podem ser usados em ambientes sensíveis. Os sistemas com lâmpadas LED oferecem mais vantagens para impressão UV do que as lâmpadas de vapor de mercúrio, que devem ser descartadas como resíduos perigosos devido à sua composição. Estes também têm uma vida útil mais curta do que as lâmpadas LED, portanto, os custos operacionais são mais altos. USAR A ENERGIA DE FORMA EFICIENTE As impressoras de grande formato necessitam de eletricidade e esta deve ser usada da maneira mais eficiente possível. A ISO 20690:2018 define padrões neste campo. O balanço de energia de sistemas que usam calor para cura é relativamente pobre. O exemplo da impressão UV mostra que os sistemas LED também funcionam muito bem aqui, pois a necessidade de energia é baixa e quase não emitem calor. Ar condicionado e meios


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Máquinas fiáveis e de baixa manutenção mantêm as emissões baixas porque as viagens, o transporte e o consumo de recursos são minimizados

sensíveis ao calor são as palavras-chave. Outro factor é que – diferentemente das lâmpadas de vapor de mercúrio – as lâmpadas LED não possuem fase de aquecimento e só são ligadas quando são utilizadas para a cura. Além de sistemas de accionamento, os computadores e monitores, consumidores de energia significativos também incluem bombas de vácuo. Eles são usados para garantir a segurança em impressão plana e híbrida. O seu consumo é alto quando estão a funcionar continuamente em alta velocidade. Os sistemas de vácuo controlados por subpressão reduzem a sua velocidade assim que a subpressão necessária é atingida. Além de economizar energia, esse recurso minimiza a poluição sonora. USAR MÁQUINAS COM LONGA VIDA ÚTIL O fabrico de uma impressora deixa uma pegada ecológica para trás devido aos materiais embutidos na máquina e à energia usada para transporte e produção. Todas essas actividades geram emissões. Quanto mais tempo a máqui-

na for operada, mais esse impacto será compensado. E o mesmo se aplica aos custos de investimento. Assim, deve optar por equipamentos de baixa manutenção. PESQUISAR POR SUBSÍDIOS/ APOIOS Os exemplos dados acima mostram que uma estratégia sustentável aumenta o lucro e rentabilidade. Além disso, muitos governos estão a subsidiar soluções favoráveis ao meio ambiente. A Alemanha, por exemplo, oferece apoio para a aquisição de sistemas de impressão energeticamente eficientes. O processo pode envolver algum esforço em pesquisa e burocracia, mas trará uma boa parte

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dos custos de investimento de volta aos cofres da empresa. Ao adquirir uma nova impressora de grande formato, vale a pena considerar o aspecto da sustentabilidade – em vários níveis. Por último, mas não menos importante, uma contribuição activa para a protecção ambiental, é também um factor de imagem que pode ser comunicado de forma eficiente e isso, trará reconhecimento por parte do mercado em geral e dos clientes em particular.

As emissões podem ser mantidas dentro de limites definidos usando tintas com baixo teor de poluentes ou certificadas – como Greenguard


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EMBALAGEM SUSTENTABILIDADE

Quanto valem os 3 “Rs”? Winfried Muehling, é director geral da Pro Carton e fala neste artigo sobre a importância dos três “Rs” – redução, reutilização e reciclagem. Depois a COP26, a semana europeia de redução de resíduos é apenas o início de uma cada vez mais forte consciência sobre a oportunidade do cartão no mundo das embalagens.

N

O CONTEXTO DA COP26 que decorreu em final de 2021, a Semana Europeia para a Redução de Resíduos nunca foi tão importante. O foco temático deste ano nas comunidades circulares refere-se à necessidade de garantir que os cidadãos individuais e a comunidade em geral estão. Comprometidos em investir e retirar valor e benefícios locais na busca de desperdício zero e actividades circulares. Esta é de facto uma iniciativa que a Pro Carton deseja apoiar. A EWWR – semana europeia para redução de resíduos, confirmou que “a colaboração é a única chave” e a verdade é que não podemos criar uma economia circular isoladamente. As organizações e todos os participantes da cadeia de fornecimento e até os consumidores e recicladores, devem agir com sabedoria para combater as mudanças climáticas. Quando se trata de embalagens, sabemos que a procura do consumidor por uma maior sustentabilidade existe e faz-se sentir cada vez mais. Num es-

Que é a Pro Carton? A Pro Carton é a Associação Europeia de Fabricantes de papel e cartão. O seu principal objectivo é promover a utilização do cartão como meio de embalagem económica e ecologicamente equilibrada. www.procarton.com

tudo recente da Pro Carton, realizado junto de 7.000 consumidores europeus, descobrimos que mais de 6 em cada 10 consumidores considera que o impacto ambiental das embalagens afecta as suas decisões de compra. Além disso, quando questionados sobre a preferência, caso o mesmo produto estivesse disponível em plástico ou cartão, quatro em cada cinco optaram pelo formato em papel e menos de um em cada dez preferiria o produto embalado em plástico. A indústria do papel e cartão está assim a testemunhar uma procura crescente de marcas que em todas e diferentes categorias, procuram fazer a sua parte nesta importante mudança para materiais de embalagem mais sustentáveis. Claro, que a prevenção de resíduos pode ter diversas formas e, é crucial lembrar que nem todas as embalagens se tornam “resíduos”. Assim como fazemos na Pro Carton, a EWWR promove os três “Rs” principais que são a redução do consumo, a reutilização de


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Mais da metade (58%) dos consumidores disseram que agora reciclam mais do que há um ano e mais da metade reduziu a compra do número de produtos embalados em plástico.

produtos e reciclagem de resíduos. Embora a necessidade de reduzir se concentre principalmente no uso de menos recursos em primeiro lugar, vale a pena destacar a importância da embalagem e a sua função na entrega desta iniciativa de sustentabilidade. Quando usadas correctamente, as embalagens aumentam a vida útil dos produtos e protegem-nos durante o transporte, o que é fundamental para reduzir o problema do desperdício de alimentos. Como tal, soluções adequadas à finalidade que são projectadas para redução e têm um impacto ambiental menor são extremamente benéficas. Aqui, o cartão, é a resposta da embalagem à economia circular. Ao reduzir o desperdício, este é o exemplo perfeito de um material de embalagem funcional que, pelas suas propriedades, também pode ser reutilizado e reciclado. Não é segredo que as www são a forma mais sustentável de embalagem disponível. Estas embalagens são produzidos com material renovável que não esgota os recursos naturais da terra e podem ser reciclados 25 vezes ou mais. De facto, em toda a Europa, 85% das embalagens de papel e cartão são actualmente recicladas - mais do que qualquer outro material. Embora esse número seja considerado elevado, a Pro Carton juntou-se à EWWR para incentivar marcas, governos e consumidores a fazer mais. Segundo a nossa pesquisa, mais da metade (58%) dos consumidores dis-

Quando se trata de embalagens, sabemos que a procura do consumidor por uma maior sustentabilidade existe e faz-se sentir cada vez mais

seram que agora reciclam mais do que há um ano e mais da metade reduziu a compra do número de produtos embalados em plástico. Aumentamos ainda mais a meta de 90% de taxa de reciclagem até 2030. Para isso, precisamos de uma forte disciplina dos distribuidores e consumidores para separar, recolher e disponibilizar o material que é tão valioso com recicladores autorizados para reutilização do material nas fábricas de cartão. É hora de tirar uma folha do livro da natureza, já que esta não conhece o desperdício, e a reciclagem natural pode ser vista em todos os ecossistemas orgânicos que funcionam de um modo circular. Assim como a COP26, uma semana para debater esta importante questão não é suficiente. Ainda assim, esta semana foi excelente palco para dar início à consciencialização. Iremos aproveitar esta oportunidade como indivíduos, grupos e organizações para moldar comunidades circulares, trabalhando em conjunto para realizar acções que despertem consciências sobre recursos sustentáveis e gestão de resíduos para construir um futuro melhor para o nosso planeta.


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NÓS SOMOS SERIGRAFIA

2022 INCERTEZAS A ÚNICA CERTEZA? David Forrester Zamith

C

Ruy de Lacerda & Cª., S.A.

om provas de resiliência jamais vistas, as empresas, os empresários e as suas equipas, já deram o mote, o fortalecimento da economia é prioritário, com foco na industrialização (I4.0), na transformação energética e digital (Sustentabilidade), na formação contínua (Skills) e na resposta aos novos desígnios dos clientes (Mercados)! SUSTENTABILIDADE + MODELOS CIRCULARES Tema de enorme impacto está relacionado com a sustentabilidade e nele o novo plano de ação circular da UE abre caminho para uma Europa mais limpa e competitiva, onde naturalmente os produtos utilizados na indústria gráfica a serem repensados para um plano da sua circularidade! O novo plano de ação anuncia iniciativas ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos. Ele visa como os produtos são projetados, promovendo processos de economia circular, incentivando o consumo sustentável e visando garantir que os resíduos sejam

O fortalecimento da economia é prioritário, com foco na industrialização, na transformação energética e digital, na formação contínua e na resposta aos novos desígnios dos clientes!

prevenidos e que os recursos utilizados sejam mantidos na economia pelo maior tempo possível, a partir da concepção do Design do Produto e para um objectivo de criação de valor real! DIGITALIZAÇÃO EM AUTOMAÇÃO A estratégia digital está em marcha com a re-industrialização ancorada num impacto significativo da Indústria 4.0 como são realidades as apostas da indústria na automação do “chão da fábrica”, da pré-impressão, impressão, ao acabamento, processo com requisitos de um planeamento e uma implantação, recomendável em termos de continuidade, aproveitando a I4.0 para benefícios ao nível da produtividade e rentabilidade, como se prova pelos investimentos recentes realizados pela nossa indústria. FORMAÇÃO (SKILLS) Num mundo novo a aposta primária terá que ser nas Pessoas, na sua formação contínua apostando na Conciliação da Empresa / Família, agora que a digita-


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A estratégia digital está em marcha com a reindustrialização ancorada num impacto significativo da Indústria 4.0

lização nos antecipou um novo caminho de trabalho híbrido para muitas funções e onde as condições / meios de trabalho devem ser repensados. São as Pessoas a maior valia das empresas e será dentro das empresas que a formação prática e de visão estratégica de cada qual, se deverá fazer! MERCADOS Ou seja, se as coisas mudaram e a digitalização é um novo facto presente e no futuro próximo, é fundamental irmos ao mercado, auscultarmos as novas exigências, adaptando-nos a modelos sustentáveis, inovadores, ancorados na automação de processos e em produtos com valor acrescentado. Melhorando as comunicações e a colaboração em toda as equipas de trabalho, com objetivos claros de uma maior flexibilidade, produtividade e capacidade no pós-pandemia, como uma “Era da Indústria 4.0”. Ou seja, pela aposta na formação contínua interna, em tecnologias inovadoras, em automação e com formatos de grande flexibilidade produtiva INCERTEZAS A ÚNICA CERTEZA? Num pós pandemia muito mudou, des-

Luis Miguel Ribeiro Presidente da AEP “Para além da situação de fragilidade, fruto dos impactos da pandemia, amplificadas pelo forte agravamento dos custos operacionais as empresas terão que incorporar nas suas contas o expectável agravamento dos custos financeiros.”

de a quebra na distribuição, ao repensar do modelo da Globalização, cada vez mais as certezas de uma nova aposta na proximidade (Relocalização), como está bem patente em sectores industriais em Portugal, como os records nas exporta-

ções em 2021 vs. 2019 dos Têxteis (nas diversas vertentes do lar à moda, dos transferes aos bordados, às crescentes aplicações em têxteis técnicos, como o exemplo da cordoaria sintética), no Calçado ou no Metal, bem como na Indústria Farmacêutica, Embalagens, Vinhos ou Agro, acompanhados pela aposta da UE em novos clusters produtivos Europeus, no sector da saúde, na produção de baterias electricas ou chip´s para importante o sector automóvel. Gráfica Funcional: Uma palavra especial para o crescendo nas aplicações Gráficas Funcionais Serigráficas, nas vertentes automóvel (navegação, controlo, etc.), electrónica (PC´s e Tlm´s), electrónica impressa (sensores), têxteis técnicos (transferes e sensores), em plástico (IMD, IME e HPF), etiquetas (RIFD) ou em aplicações técnicas em vidro plano! Importante crescer nas exportações pela internacionalização, pela criação de novos clusters, fortalecendo as relações económicas dentro da União Europeia (Espanha, França, Alemanha, etc.) e economias prósperas extraeuropeias, apostando na Inovação Diferenciadora ancorada em pontes tecnológicas com as Universidades e os Centros Tecnológicos! Existem Incertezas ao nível Geoeconómico e Geopolítico mas também existem muitas Certezas em Portugal e nas suas empresas gráficas, desde que capitalizadas e num ecossistema de inovação, prosseguindo positivamente neste novo mundo intergeracional que nos rodeia!


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OPINIÃO MARIA JOÃO BOM

Maria João Bom Professora Assistente no Instituto Politécnico de Tomar, do Curso de Design e Tecnologia das Artes Gráficas mariajoaobom@ipt.pt

2022 pintado de violeta

S

EGUNDO A EMPRESA PANTONE A TENDÊNCIA DE COR PARA O DESIGN GRÁFICO EM 2022 é o violeta, isto é, o

mundo pintar-se-á de violeta. Com a indústria 4.0, também chamada a 4.ª Revolução Industrial, que consiste na introdução de inteligência aos processos de produção em massa, o design gráfico sai também do seu espaço bidimensional e entra na esfera das 3 dimensões, que se conjugam na representação de múltiplas configurações, a tenderem para a sustentabilidade e com recurso à impressão 3D. Outra tendência são o uso de tintas e vernizes eco-friendly, sem que os projetos percam a beleza e a majestade que os novos materiais de impressão sofisticadíssimos proporcionam ao trabalhos gráficos. Outro gosto que o design de 2022 continua a apresentar é o pelo minimalismo, que empresta a sua inspiração nas tendências de meados do século XX.

O design de 2022 continua a apresentar o minimalismo, que bebe a sua inspiração nas tendências de meados do século XX

A grande preocupação é, no entanto, a acessibilidade, a necessidade de fazer do design um recurso que promove o acesso de todos à marca, de formas adequadas a cada perfil, isto é, de forma inclusiva, personalizada, responsiva e responsável. Para tal procura-se fazer com que os princípios do minimalismo se expandam também para a funcionalidade de navegação nos sites e outras aplicações digitais. A conjugação de todo estes factores trará um design gráfico mais inclusivo e responsável, pontuado de violeta como sugere a Pantone, a cor partir da qual a luz passa a não ser visível, denominando-se ultravioleta, mas continuo a interrogar-me sobre a criatividade, um vez que o design gráfico corrente parece resultar mais da conjugação do uso de novas tecnologias do que das ideias originais genuinamente preocupadas com a vontade de ajudar e informar sobre aquilo que é genuinamente importante e verdadeiro. Talvez seja o facto de grande parte do jovens não lerem, nem prosa nem poesia, o que me deixa desconfiada, mas pode ser um preconceito meu. Logo veremos!



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