Grandes Formatos Portugal #1

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#1 PORTUGAL TRIMESTRAL • NOVEMBRO 2022 EDIÇÃO BY INTERGRÁFICAS RICARDO CABRAL da Signorte fala sobre impressão e sustentabilidade ambiental ALBANO PEREIRA “Na Workstation o investimento em tecnologia tem a máxima prioridade” IMPRESSÃO 3D. QUE VANTAGENS? • EPSON MOSTRA ECONOMIA B.SEARCULAR NA ÁREA TÊXTIL CARLOS SIMÕES DIGITAL DECOR “ESTAMOS MUITO FOCADOS NA ÁREA DO FUTEBOL” GRANDES FORMATOS PORTUGAL
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Os artigos de opinião integrados nesta revista são da responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião do editor.

IMPRESSÃO DE GRANDE FORMATO ULTRAPASSA

TODOS OS LIMITES!

QUE O MUNDO MUDOU E QUE AS EMPRESAS DE IMPRESSÃO têm de acompanhar o ritmo de evolução do mercado e produzir uma variedade de novas e práticas aplicações para os seus clientes, já toda a gente sabe.

O que as empresas de impressão nem sempre têm consciência, é que hoje existe a possibilidade de ultra passar os limites com a impressão de grande formato. É por isso que estão a surgir cada vez mais produtos inovadores, úteis e digitalmente melhorados que ajudam os fornecedores de serviços de impressão a responder aos pedidos e exigências dos seus próprios clientes.

A abrangência desta área é enorme e cobre desde aplicações de decoração de interiores, campanhas de ponto de venda, out of home, impressão têxtil, reves timento durável de veículos que chamam a atenção de quem passa, impressão 3D ou através de outras tendências importantes que capitalizam e ajudam a inspirar os seus clientes.

A impressão em grandes formatos está a crescer o que causa um grande impacto no aspecto visual das cidades em geral e dos espaços comerciais ou domés ticos através de aplica ções inovadoras.

Com a ascensão da tecnologia e novos méto dos e processos de tudo aquilo que a impressão de grandes formatos permite, as expectativas sobre os espaços físicos mudou completamente. Espaços como escritó rios, grande distribuição e

eventos precisam de oferecer uma melhor experiência aos utilizadores para incentivar o retorno das pessoas e é neste sentido que os fornecedores de impressão de grandes formatos têm cada vez mais um papel de relevo, tornando-se consultores dos seus clientes.

Muitas empresas têm visto estas mudanças recentes como uma oportunidade de dinamizar as suas ofertas e sentem por isso uma necessidade de se mostrar. E uma forma especialmente inteligente, por parte de empresas que trabalham na oferta da impressão de grandes forma tos, é renovar o visual dos seus espaços. As instalações podem servir como montra para papéis de parede impres sos em grande formato, para visuais texturizados e mes mo aplicar tintas numa variedade versátil de substratos.

Hoje, as impressoras de grande formato oferecem a oportunidade dos clientes terem acesso a impres sões inteligentes que trazem benefícios visuais imedia tos e com custos muito reduzidos.

É por isso que esta revista pode também ser uma montra do próprio segmento de mercado que mais cresce e que mais inspira criativos, designers, arquite tos, profissionais de marketing e todos os que traba lham o mundo da publicidade e dos eventos.

Com o mundo da comunicação visual a merecer atenção de toda a sociedade, cabe a todos os players deste mercado mostrar que aqui, a imaginação é mesmo o limite!

ANA PAULA CECÍLIA

Directora da Revista Intergráficas/ Grandes Formatos Portugal anapcecilia@intergraficas.com.pt

ENTREVISTACRISTINA PEREIRINHA 3
Intergráficas
EDITORIALFICHA TÉCNICA 3
COM A INOVAÇÃO EM TECNOLOGIA E NOVOS PROCESSOS, A IMPRESSÃO DE GRANDES FORMATOS PERMITE QUE O OLHAR SOBRE ESPAÇOS FÍSICOS MUDE COMPLETAMENTE

Anassisgraf realiza open house na Alfândega do Porto

A empresa Anassisgraf vai realizar um open-house, nos dias 15, 16 e 17 de novembro, das 10h às 18h, na Sala Auditório da Alfândega do Porto. Segundo Tiago Leite, responsável de comunicação da Anassisgraf, “este open house terá em funcionamento e exposição um vasto conjunto de equipamentos de dife rentes marcas, representadas pela nossa empresa, em que se inclui a Konica Minolta: AccurioPress C4070 e C7100, a.Mimaki (com novos modelos) JV330160 e UJF6042 Mklle, a Duplo, com Soluções diversas com vários acabamentos de por à capa, corte, meio corte, picote, vinco, linha de revista e ainda a Multigraf: Somos os novos representantes desta histórica marca, no norte do país e tere mos em exposição o modelo CF375 de vinco e dobra.” A inscrição no open-hou se é gratuita, bem como o parque de Estacionamento da Alfândega gratuito para participantes. Durante os três dias, os visitantes poderão ter acesso aos equipa mentos e realizar testes de impressão com ficheiros que lhes permitam compro var características relevantes como velocidade, qualidade e rentabilidade.

CELEBRAÇÃO DE ACTIVIDADE

O fabricante suíço de impressoras de grande formato de alta qualidade comemorou o seu 15º aniversário. Uma empresa que iniciou com seis pessoas é hoje uma multinacional que conta com 200 funcionários.

Em 17 de setembro de 2007, Reto Eicher, Ro land Fetting e Hansjörg Untersander inscreve

A Fespa está a lançar uma nova experiência de evento para a comunidade de envelopamento de veículos, instalação de vinil e revestimento. Este evento designado por WrapFest 2023 decorrerá de 26 a 27 de abril de 2023 no Circuito de Silvers tone. Um novo evento dedicado onde os empresários deste sector podem encontrar inspiração para aumentar as receitas e melhorar as competências. A organização promete que este será um emocionante evento de lançamento, realizado pela Fespa. Este é o único evento do Reino Unido dedicado ao envelopamento de veículos, para instalação e revestimento de vinil impresso e não impresso. Os principais fornecedores do mercado irão a Silverstone para exibir e demonstrar os mais recentes produtos para a indústria de veículos e gráficos, desde software e ferramentas até substratos e acabamentos. Parale lamente ao espaço da exposição, os visitantes têm acesso a um programa de conferências, demonstrações técnicas dinâ micas ao vivo e workshops com dicas essenciais que podem ser aplicadas a este negócio. O evento oferece uma plataforma para profissionais de enve lopamento de veículos, gráficos de pintura e frota, detalhe na aplicação de carros, protecção de pintura, serviços de tinturaria

e profissionais da área automóvel que desejam explorar as mais recentes inovações de produtos, bem como ter a opor tunidade de contactar com colegas e encontrar novas forma de aumentar a receita do negócio. Os participantes também podem assistir à etapa do Reino Unido e da Irlanda da com petição World Wrap Masters e interagir com colegas durante o festival com entretenimento ao vivo.

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SwissQprint celebra 15 anos Fespa lança WrapFest2023 em Silverstone
OPEN-HOUSE PORTO EVENTO DE ENVELOPAMENTO

ram a empresa swissQprint no registro comer cial. A aventura começou com seis pessoas.

O actual CEO, Kilian Hintermann, já estava a bordo nessa data. No ano seguinte, apesar da crise financeira da época, a equipa lançou a primeira impressora plana swissQprint.

Com um crescimento impressionante, actual mente, a swissQprint conta com uma equipa de 200 pessoas, sendo que 130 trabalham na sede em Kriessern na Suíça, incluindo os

sócios fundadores. Por outro lado, cerca de 70 colaboradores desenvolvem a sua actividade nas filiais da Alemanha, Espanha, Bélgica, Reino Unido, Estados Unidos e Japão. A empresa também cresceu durante os anos da pandemia e continuou a promover projectos de desenvolvimento. O seu produto mais recente, a impressora Kudu de última geração, foi lançada em maio deste ano. Da Suíça para todo o mundo, a gama de produtos actual é composta por oito modelos; seis impressoras planas e duas máquinas rolo a rolo. Existem mais de 1.600 máquinas swis sQprint em operação em todo o mundo e as seis subsidiárias e mais de 30 parceiros de ne gócios lidam com vendas e serviços em escala internacional. O centro de desenvolvimento e produção das máquinas é, e continuará a ter sede suíça. As vendas para o mercado interno também são geridas a partir da mesma sede.

A swissQprint é uma marca reconhecida, es pecialmente na área de impressão publicitária e impressão digital e representa valores como a qualidade, fiabilidade e durabilidade. A marca refere que os utilizadores valorizam a versati lidade e facilidade de uso das impressoras de grande formato que, graças à sua eficiência, proporcionam alto valor acrescentado.

Agfa adquiriu Inca Digital

Após o anúncio de que a Agfa adquiriu a Inca Digital, David Burton, director de marketing da Fujifilm Wide Format Inkjet Systems afirmou que, “a Fujifilm e a Inca Digital desfrutam de um relacionamento mutuamente benéfico há mais de duas décadas. Estamos muito orgu lhosos de tudo o que alcançamos trabalhando juntos no desenvolvimento de sistemas de jacto de tinta de grande formato UV, com tec nologia de jacto de tinta Fujifilm e tinta de jacto de tinta UV Fujifilm.

O evento que é a principal exposição da Europa para serigrafia e impressão digital, de grande formato e impressão têxtil, receberá centenas de expositores que apresentarão as últimas inovações e lançamentos de produtos em material gráfico, decoração, embalagens, aplicações industriais e têxteis. Entre o pro grama da Fespa estão incluídos a Printeriors 2023 – que pela sétima vez reunirá a comunidade global de impressão para celebrar e mostrar o que há de mais recente em decoração de interiores, o World Wrap Masters Europe 2023 e World Wrap Masters Final 2023 , o Sustainability Spotlight, que dará conselhos úteis, e informações sobre como responder às ne cessidades e integrar pessoas, planeta e lucro. Todas as sessões da conferência são gratuitas e os tópicos são seleccionados para fornecer o kit de ferramentas necessárias para reduzir custos e optimizar energia e recursos. Os visitantes da exposição poderão partilhar conhecimento, explorar novas tendências, investir em novas máquinas ou consumíveis e descobrir as últimas inovações. A Fespa Global Print Expo 2023 decorrerá em simultâneo com a European Signage Expo 2023, a principal exposição de comunicação visual da Europa, com expositores a mostrar as mais recentes soluções de sinalização.

Recentemente, a estratégia da Fujifilm passou por deixar de ser um parceiro de tecnologia e distribuidor que trabalha em estreita colabora ção com parceiros OEM para ser, sobretudo um fabircante de sistemas de grande formato por direito próprio, assumindo o controle total do processo de design e fabrico e, aprovei tando a rede de subsidiárias mundiais da Fujifilm para direccionar vendas de volume a um público mais amplo. “Há algum tempo, percebemos que o mercado de grandes for matos havia atingido um ponto de maturidade, onde a velocidade de impressão e a melhoria da qualidade eram cada vez mais marginais, mas então identificamos uma oportunidade de investir a nossa experiência em jacto de tinta no desenvolvimento de uma linha que redefina as expectativas em relação ao valor, uso e retorno do investimento.

O nosso conceito de “novo projecto para gran des formatos”, anunciado pela primeira vez em 2021 e o foco da nossa presença na Fespa 2022, foi o resultado dessa mudança de es tratégia, e as novas impressoras Acuity Prime e Acuity Ultra R2 são a evidência de que isso é a nova e certa abordagem para a Fujifilm. Estamos orgulhosos do que alcançámos em conjunto com a Inca Digital ao longo de mui tos anos e continuamos comprometidos em apoiar nossos clientes Onset existentes.”

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Munique acolhe Fespa 2023 em maio
FEIRA MUNIQUE
AQUISIÇÃO

EPSON MOSTRA IMPACTO DA ECONOMIA B.SEARCULAR NA ÁREA TÊXTIL!

Nesta segunda fase que agora chega a Portugal o objectivo é trazer um exemplo de maior consciência ao sector têxtil de forma a melhorar o seu desempenho. “A indústria têxtil moda é de facto uma das indústrias mais contaminantes no que se refere ao uso intensivo de químicos e tintas que consome muita água, com uma elevada milha hídrica de uso, espe cialmente na estampagem analógica”. Refere Raul Sanahuja.

A verdade inquestionável é que nos nossos dias, o consumo de moda, através de milhões de peças que não se reutilizam é incontável. As peças não se reutilizam, há um fast fashion crescente

e também não existe uma tendência muito clara no que respeita às peças e à sua transformação.

Para o director de marketing da Epson, o que “desejamos é melhorar o impacto global das empresas, ter um ciclo completo de economia circular. Com esta iniciativa, queremos melhorar e mostrar um ciclo completo de como se pode trabalhar de forma mais sustentá vel e indicar o caminho para o futuro.”

Desta forma e depois da iniciati va já ter sido testada em Espanha, a Epson quer mostrar às empresas que é possível trabalhar de forma diferente, melhorada e ainda reduzir o consumo de água em 60 por cento, ao mesmo tempo que é possível ter um menor consumo em termos energéticos, o que no momento actual é cada vez mais relevante.

“Queremos mostrar como pode isto

TECNOLOGIA DE IMPRESSÃO TÊXTILECONOMIA B.SEARCULAR 6 O QUE É ISTO DA ECONOMIA B.SEARCULAR? DE QUE FORMA PODE UM FABRICANTE INTERNACIONAL MOSTRAR TODO O POTENCIAL DA SUA TECNOLOGIA E A RELAÇÃO DIRECTA ENTRE A INDÚSTRIA TÊXTIL, A RECOLHA E PLÁSTICO E A PRODUÇÃO DE TÊXTIL MODA? A GF PORTUGAL FALOU COM RAUL SANAHUJA, DA ÁREA DE MARKETING DA EPSON QUE NOS EXPLICOU QUE ESTA ACÇÃO/MOVIMENTO TEVE INÍCIO EM ESPANHA, REVELANDO QUE ESTA É UMA SEGUNDA FASE DA INICIATIVA.
RAUL SANAHUJA

A empresa “Sampaio & filhos” e a “Lemar”, são apenas dois exemplos desses produtores de tecidos fei tos a partir da transformação do plástico em fios de nylon de poliéster.

Epson tem estado atenta a todas as questões que impactam negativamente o planeta e por isso juntou-se uma pla taforma cujo objectivo é o de recuperar plásticos dos oceanos. “Não se queima o plástico. Os resíduos plásticos trazem emissões de co2 e substâncias tóxicas e por isso o mais sensato é dar-lhes uma segunda vida e transformar estes plásticos em Nylon de poliéster. Temos outros clientes portugueses que tam bém já o fazem. Há produtores que nos facilitaram depois esses tecidos brancos poliéster e como sabiam que a Epson tinha a tecnologia disponível para tra balhar esses substratos, não hesitaram em contactar-nos.

A empresa “Sampaio & filhos” e a “Lemar”, são apenas dois exemplos des ses produtores de tecidos feitos a partir da transformação do plástico em fios de nylon de poliéster.”

Para a Epson esta iniciativa reside numa mostra que pretende impactar tanto os seus clientes directos quanto os clientes finais, designers, passando por toda a comunidade de profissionais que trabalham na cadeia de produção têxtil.

“Traremos tecidos brancos, queremos dar exemplos de como é possível traba lhar o material têxtil moda num futuro próximo”, acrescenta Raul Sanahuja.

Para que esta acção seja possível, a Epson não cruzou os braços e foi até à Lisbon School of Design para desafiar professores e alunos a colaborar numa iniciativa que a todos toca.

“Precisamos de designers e falámos com a Lisbon School of Design, o que nos permitiu ter jovens designers a pen sar o projecto, dentro da própria escola e na forma de o interpretar. No fundo o que propusemos aos jovens alunos de design, é que traçassem uma linha de como interpretar o sector sustentável da moda.”

funcionar”, sublinha Raul Sanahuja. “Para que tudo funcione temos de ter colabores, empresas que estejam disponíveis para comprovar isto, que possam usar este tipo de materiais têxteis. Como fornecedores temos de trabalhar para estar próximos dos clientes, oferecer os materiais mais adequados e equipa mentos mais apropriados para a nova realidade do mercado têxtil. “

Como funciona esta iniciativa? A

O desafio foi plenamente acarinhado por todos e não poderia ter sido melhor recebido já que surgiram quase de imediato mais de 70 projectos. Esco lhemos 6 projectos por entender que foram esses que tiveram a capacidade de aproveitar os materiais para desenhar os próprios objectos em moda e respeitar a designada economia circular.”

Apesar desta aproximação à Lisbon School of Design, a Epson sentia que fal tava ainda um complemento essencial que passasse pelo apoio a estes jovens

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A EPSON QUER MOSTRAR COMO SE PODE TRABALHAR DE FORMA MAIS SUSTENTÁVEL E INDICAR O CAMINHO PARA O FUTURO

designers, pela preciosa ajuda a dese nhar moda para a economia circular.

Todas as “colecções” e materiais foram completamente desenhados e integrados nos itens da iniciativa e são impressos com tecnologia Epson.

Para mostrar o respeito e relevância dos projectos apresentados, a Epson imprimirá seis estamparias diferentes, com 15 a 20 metros de impressão, sem necessidade do uso de água e com im

Raul Sanahuja considera ainda que “há um dado muito importante e que se prende com o facto de termos ainda uma preocupação de mostrar a recicla gem do têxtil, retirando a tinta e tornan do o tecido de novo branco.”

Para dar vida a esta iniciativa, a Epson não teve dúvida alguma de que a região perfeita em Portugal é onde se encontra a maior concentração de indústrias têxteis e essa, é claramente o norte do país.

“O norte tem um sector têxtil es tratégico e por trabalhar para grandes marcas e em conjunto com a Escola de Design de Lisboa encontrámos muitas ideias em que está presente os três R’s - Reduzir, Reciclar e Reutilizar. Estes jovens não pensam apenas o desenho mas sim todo o processo e depois a pró pria reciclagem”, enfatiza o director de marketing da Epson.

Para dar vida à iniciativa, a multina cional vai estabelecer uma estreita co laboração com jovens e parceiros e para a sua apresentação está a desenvolver materiais que serão mostrados a todas as empresas têxteis do norte de forma a que possam ver e realidade e aplicar esta transformação digital nos seus próprios processos.

“Esta ideia de poupança é impor tante para o cliente final. Pensamos de forma positiva junto das grandes marcas e muitas estão já a antecipar este processo, de forma indirecta, para que seja usado já em algumas das suas colecções. Temos todas as certificações e isso é importante para o consumidor final”, revela Raul Sanahuja.

Em Espanha há projectos para que o produtor mostre toda a sua infor mação sobre o processo de produção de materiais têxteis. Nesta iniciativa o objectivo principal é mostrar como se pode transformar o plástico num produ to radicalmente diferente, sustentável, sem materiais voláteis e que pode ser colocado ao serviço da moda.

“Vamos potenciar muito o norte de Portugal e causar impacto na indústria têxtil, mostrando todas as valências da tecnologia Monalisa no que respeita a transferes, impressão de camisolas e im pressão directa nos tecidos”, conclui Raul Sanahuja de forma muito convicta.

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Todas as “colecções” e materiais foram completamente desenhados e integrados nos itens da iniciativa e são impressos com tecnologia Epson. pressão directa no tecido.
EDIVALDO LUPION INÊS MELO
fáceis de reproduzir às suas pe ças As impre s soras de Impre s são D ireta em Te cido, Sublimação de Tinta e Impre s são D ireta em Ve stuário definem o padrão da indústria em te rmos de fiabilidade e flexibilidade Para mais informaçõe s, visite e p so n . pt /tex t i l e

CHEGOU O MOMENTO DE RECUPERAR A PRODUÇÃO DE MODAE ARTIGOS TÊXTEIS

UM ARTIGO RECENTE NA VOGUE BUSINESS, “COULD DIGITAL PRINTING EASE SUPPLY CHAIN DISRUPTIONS,” (Poderá a impressão digital aliviar as perturbações na cadeia de distribuição) aborda a tendência de fazer regressar as principais operações de produção à EMEA, considerada uma medida provisória para mitigar as complicações resultantes da economia pandémica. Agora, parece fazer parte de uma estratégia mais lata de viabilidade, resiliência, valor e velocidade operacional a longo prazo.

Apesar de os elevados custos de mão de obra serem há muito usados como justificação para a produção no estrangeiro, as cadeias de distribuição voláteis, as complicações e os custos de expedição, as tarifas, a instabilidade sociopolítica reconhecida e

outros factores, incluindo a proliferação de tecnologias de automatização que requerem menos trabalhadores em geral, tornaram o regresso da produção interna numa proposta prática, rentável e, em última instância, mais segura.

De acordo com o artigo, “A impressão digital conse gue dinamizar a produção para as marcas de moda através de um processo de produção num local mais próximo, permitindo a produção personalizada de pe ças de vestuário e artigos têxteis. No passado, este tipo de tecnologia era usado como alternativa à serigrafia para t-shirts. Actualmente, o sector da impressão digital está a ver este cenário como uma oportunidade para introduzir as suas inovações no sector mais vasto da

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A PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL E PERSONALIZADA OFERECE A OPORTUNIDADE DE REASSUMIR AS OPERAÇÕES
CHRIS GOVIER • PRESIDENTE DA KORNIT DIGITAL EMEA

moda, numa altura em que procura formas de contor nar os atrasos na cadeia de distribuição.”

Apesar deste desenvolvimento poder surgir como uma novidade para alguns, no mundo da moda e dos têxteis há muito tempo que temos vindo a testemu nhar esta tendência de modo próximo e pessoal. Na verdade, os aspectos económicos decorrentes de uma produção mais próxima do utilizador final — entrega imediata que dispensa a necessidade de grandes stocks e cadeias de distribuição vulneráveis, a capa cidade de reagir às tendências de consumo em tempo real, o aspecto ecológico de um processo dinamizado e a mitigação de factores externos problemáticos em geral — fundamentam a nossa KornitX Global Fulfiller Network, que efectivamente aproxima a produção para todos os mercados.

Muitos dos nossos parceiros e clientes começam a desenvolver os seus negócios com base na localização das respetivas operações, mesmo em regiões altamente regulamentadas e com custos elevados que à primeira vista não pareceriam locais de produção lógicos. No entanto, as tecnologias de produção eficiente e persona lizada tornam estes modelos extremamente rentáveis.

Um dos maiores atributos dos modelos de pro dução localizada e personalizada de moda e artigos têxteis é o facto de a estratégia ser totalmente modular; pode ser replicada para mitigar o risco, adoptar uma agilidade e versatilidade operacional e proporcio nar rentabilidade em qualquer lugar. Talvez nenhum parceiro Kornit exemplifique melhor esta premissa que a Fashion-Enter, que emprega simultaneamente os sistemas de produção Kornit DTG e directamente para o tecido para educar, potenciar e satisfazer as

necessidades de marcas já estabelecidas e aspirantes e revendedores no Reino Unido.

O facto de o poderem fazer com sucesso dentro da cidade de Londres, o berço de custo elevado da própria Revolução Industrial, demonstra como “Make It British” (Produzir à moda britânica) também pode significar “produzir de forma sustentável, produzir com qualidade superior, produzir em qualquer quantidade, produzir sem limitações, produzir com brilhantismo e produzir sempre de forma económica.”

Independentemente dos desafios enfrentados, as tecnologias inéditas disponibilizaram uma solução em tempos de necessidade. Nos últimos quarenta anos, os avanços tecnológicos tiveram ganhos considerá veis em áreas de redução da pobreza, melhoria dos cuidados de saúde e do bem-estar, revolução das formas como comunicamos (e compramos), aumento da nossa qualidade de vida e muito mais. Enquanto os aspectos económicos simples levaram outrora os fabri cantes a resolver os seus próprios problemas através da mudança das respectivas operações para locais mais longínquos, onde tanto a mão-de-obra como o espaço eram baratos e abundantes, aqueles empenha dos com o desenvolvimento de tecnologias de produ ção sustentáveis, eficientes, altamente automatizadas e versáteis fizeram com que fosse mais rentável que nunca fazer regressar essas operações a casa. As dinâ micas imprevisíveis do mercado global, como qualquer número de riscos e complicações a que assistimos nestes últimos anos, forçaram os líderes empresariais a admitir a sensatez de o fazer.

Um dos maiores atributos dos modelos de produção localizada e personaliza da de moda e artigos têxteis é o facto de a es tratégia ser totalmente modular.

Num artigo recente da Bloomberg, Kevin Nolan, CEO da GE Appliances, resumiu sucintamente a situa ção: “Sempre disse, é apenas economia, as pessoas vão perceber que as poupanças que julgavam ter (com as operações no estrangeiro) não são reais e vai ser melhor e mais barato fazer a produção aqui.”

Se estiver interessado em obter mais informações sobre como pode voltar a produzir internamente os seus artigos de moda, vestuário, produtos domésticos ou ou tras operações de produção têxtil, ou sobre como pode reforçar o seu negócio com o lançamento de uma opera ção de sucesso na sua própria comunidade, contacte já hoje a Kornit Digital para começar o processo.

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INOVAÇÕES NAIMPRESSÃO TÊXTIL TRANSPARÊNCIA E REASTREABILIDADE

A INDÚSTRIA TÊXTIL NÃO É CONHECIDA POR SER PARTICU

LARMENTE AMIGA DO AMBIENTE. O QUE É PRECISO MUDAR?

Quem está a comprar material impresso precisa de ter certeza de que estes foram criados de forma eficiente com processos ecologicamente correctos e que foram adquiridos com responsabilidade. A indústria está a caminhar para uma era em que transparência e rastrea bilidade são o novo normal – não há dúvida sobre isso. A circularidade deve ser incorporada ao ciclo de vida de todos os produtos que fabricamos, e a indústria têxtil está a considerar o seu impacto histórico e a eco-rege neração com muita seriedade.

O QUE ESTÁ A IMPULSIONAR ESTA TENDÊNCIA?

A indústria de impressão está a impulsionar esta mudan ça e tem uma nova fabricação nearshore que permite que o distribuidor/comprador actue e aproveite os prazos de entrega reduzidos. Se olharmos para a indústria da moda, 75% do preço do produto está lá como uma rede de segurança, então se eles podem produzir impressão a pedido mais perto de casa, têm 45% mais margem. O capital passa a girar mais rapidamente, e então nearsho

ring e reshoring são estratégias fortes porque são me lhores ambiental e financeiramente. Houve uma grande mudança nessa direção, que ocorreu em paralelo com a aceleração nas vendas de comércio eletrónico, onde tivemos 10 anos de crescimento nos primeiros seis me ses de confinamento. O que aconteceu pós-Covid, com os problemas que as pessoas tiveram nas suas cadeias

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DEBBIE MCKEEGAN, EMBAIXADORA TÊXTIL DA FESPA, EXPLICOU COMO AS INOVAÇÕES E FORMAS DE PENSAR ESTÃO A AJUDAR A INDÚSTRIA TÊXTIL, A TORNAR-SE MAIS SUSTENTÁVEL.
DEBBIE MCKEEGAN

de fornecimento, é que houve um enorme apetite por uma produção mais sustentável, juntamente com a cres cente conscientização do consumidor sobre tecnologias verdes emergentes e sustentáveis. Os clientes reais que a indústria fornece, além da comunidade de impressão, tiveram exactamente os mesmos problemas. A certifica ção também é muito importante, então a indústria tem trabalhado em todas essas coisas em segundo plano, e agora elas vieram à tona.

QUE INOVAÇÕES SÃO USADAS NA PRÁTICA?

Existem muitos pioneiros notáveis em todo o mundo, sendo que todos usam a tecnologia para revolucionar os mercados e capitalizar a criatividade e a eficiência da produção digital. John Mark Ltd, um impressor digital do Reino Unido é um bom exemplo pois imprime 3.000 metros de papel de parede por dia, oferece um serviço super rápido, criatividade excepcional e uma colecção impressionante de materiais imprimíveis, como micas, materiais perolados e superfícies naturais, como ervas marinhas e cortiça. Mas o Látex não serve apenas para revestimentos de murais. Dentro da Printeriors na Fes pa foi possível ver muitos exemplos de espelhos, filmes vinílicos, cerâmicas e outras aplicações. O látex é um processo amigo do ambiente e os consumidores procu ram uma produção sustentável, substratos imprimíveis e aplicações que respeitem o ambiente. Houve muitos desenvolvimentos e as máquinas tornaram-se mais acessíveis e todas essas inovações estão a incentivar o crescimento empresarial no mercado.

OS NOVOS PRODUTOS SÃO MAIS CAROS PARA OS CLIENTES?

Os revestimentos de parede são tradicionalmente um mercado industrial para fabrico em massa. Se olhar

para uma empresa como a Graham & Brown, que produz 40.000 metros de impressão por dia, numa das suas fábricas, usando máquinas enormes para produção em massa, verificamos que esses métodos de produção podem nunca ser equiparados em preço e volume, mas não é isso que muitas pessoas querem, já que uma grande parte do mercado está a mudar. Se fossemos designers de interiores há cinco anos, tería mos que nos comprometer com 20 rolos de papel de parede, por exemplo. Agora, podemos escolher e dese nhar o nosso próprio papel de parede e ter um rolo de 10 metros por 70€ – entregue em três dias. É incrível.

O QUE PODE SER FEITO PARA MELHORAR A SUSTENTABILIDA DE DA INDÚSTRIA TÊXTIL?

Em toda a Europa, os governos estão a avançar com diferentes formas de regulamentação obrigatória e conformidades em todos os sectores, e não demorará muito para que esta indústria tenha que enfrentar isso. (...)Nunca foi tão importante investir em tecnologias sustentáveis. Ao fazer isto, estamos a preparar o ne gócio para o futuro, ao mesmo tempo que atraímos as pessoas certas para o negócio. A próxima geração não quer viver num mundo de resíduos.

Agora, podemos escolher e desenhar o nosso próprio papel de parede e ter um rolo de 10 metros por 70€ –entregue em três dias.

UM IMPRESSOR DIGITAL DO REINO UNIDO É UM BOM EXEMPLO POIS

IMPRIME 3.000 METROS DE PAPEL DE PAREDE POR DIA, OFERECE UM SERVIÇO SUPER RÁPIDO E UMA CRIATIVIDADE EXCEPCIONAL

O consumidor tem a responsabilidade social de mudar o seu comportamento e é apenas através da partilha de conhecimento que qualquer um de nós pode fazer isso. Mas há muito greenwashing por aí. Actual mente, é impossível rastrear a cadeia de fornecimentos num formato 360, mas assim que possível, a nossa comunidade de produção poderá fornecer fontes com essa resposta e responsabilidade.

PRODUÇÃO TÊXTIL13INOVAÇÃO

“A SUSTENTABILIDADE ECOLÓGICA TORNOU-SE NUM REQUISITO ESSENCIAL”

CK QUE RECEBERAM FOI MUITO POSITIVO. “A presença na Portugal Print foi muito importante para dar a conhecer a Signorte na zona centro e sul do país e também para divulgar os equipamentos Canon Colorado e Arizona assim como o portfólio de matérias primas que comercializamos. A aten ção que recebemos por parte dos clientes e fornecedores que nos visitaram foi muito positiva e conseguimos também uma excelente divulgação e penetração junto do mercado.”

Com as leads geradas na feira, a Signorte revela que tem vindo a trabalhar para manter uma relação mais próxima com os clientes que visitaram o stand. Para além disto, a empre sa tem criado acções de demonstração no seu show-room com apresentações mais persona lizadas para a execução de testes simples ou mesmo testes de produção.

Dos equipamentos que estiveram em exposição, a Canon Colorado 1630, a Canon Colorado 1650, bem como a gama Orafol, Mactac e Krea

RICARDO CABRAL 14
É UMA DAS MAIS DINÂMICAS EMPRESAS FORNECEDORAS DE EQUIPAMENTOS PARA A ÁREA DO GRANDE FORMATO E ISSO É RESULTADO DE UMA ESTRATÉGIA QUE APOSTA
NUMA NOVA ABORDAGEM COMERCIAL E NA ÁREA DO MARKETING. RICARDO CABRAL REVELA COMO FUNCIONA A EMPRESA E DE QUE FORMA ESTÁ A ADAPTAR-SE ÀS NOVAS EXIGÊNCIAS DO MERCADO.
A SIGNORTE FOI UMA DAS EMPRESAS FORNECEDORAS DE EQUIPAMENTOS DE GRANDES FORMATOS QUE ESTEVE PRESENTE NA PRINCIPAL FEIRA NACIONAL DA ÁREA GRÁFICA, A PORTUGAL PRINT. SEGUNDO RICARDO CA BRAL, RESPONSÁVEL MÁXIMO DA SIGNORTE O FEEDBA
ENTREVISTA
Vídeo Ricardo Cabral Signorte

livres de PVC aliado ao facto de estes tecidos imprimirem de forma extraordinária nas Canon Colorado.”

Por levar a sua estratégia comercial muito a sério, a Signor te tem vindo a alargar o portfólio de produtos com algumas das melhores marcas do mercado com o objectivo de ser uma referência na área da comunicação visual.

Sobre as características que os clientes mais destacam no momento em que decidem investir em equipamentos de grande formato, Ricardo Cabral fala de imediato na “facilidade de operação, no custo de impressão, velocidade e produtividade, baixo custo de manutenção e, também muito importante, no facto dos materiais acabados de imprimir estarem imediatamente prontos a aplicar ou laminar.

A Colorado alia todos estes requisitos a um espectro de cor mais alargado do que muitos equipamentos da concorrência com 6 ou mais cores, o que o torna num equipamento que encaixa perfeitamente nas empresas de baixo e médio volume como é a 1630 e de médio e alto volume, com é o caso da 1650.”

Concordando que a área do Grande Formato continua a crescer, Ricardo Cabral considera que, no entanto, muitos clientes têm ainda uma abordagem clássica no que se refere à oferta de produtos e serviços mas que isso está a mudar. “Temos muitos clientes com essa abordagem clássica mas nos últimos tempos, há uma mudança que se verifica na pro cura de novos mercados, novas aplicações e a diversificação em termos de materiais. A sustentabilidade ecológica está a tornar-se cada vez mais um requisito e, mais uma vez a Colo rado cumpre todos estes requisitos, não só pelas certificações Green Guard Gold que possui, mas também por permitir imprimir em tecidos 100% poliéster e em muitos medias PVC Free em que outros equipamentos da concorrência mostram limitações.”

OS TECIDOS E O PAPEL DE PAREDE OCUPAM CADA VEZ MAIS O SEU LUGAR NO MERCADO

Textiles, todos acabaram por despertaram interesse por parte dos visitan tes, no entanto, a estrela foi nitida mente a Colorado, quer a 1630 como a 1650. Para Ricardo Cabral, “estes são equipamentos que se diferenciam muito da concorrência mais directa e que têm muitas vantagens, quer ao nível da produção quer da rentabilidade para os clientes, aliado ao alargamento de mercados pelas diversas aplicações possíveis e largo leque de produtos a serem utilizados nas Colorado.”

E A COLORADO ENCAIXA

COMO UMA LUVA NESTA MESMA PROCURA

Sobre a Orafol, Ricardo Cabral considera que, “este é um é produto de uma grande mais valia mas já largamente conhecido no mercado. A Krea TExtiles é também muito importante pela vertente ecológica e procura cada vez mais materiais

Questionado sobre o leque de clientes da empresa que se situa a norte, o director geral acrescenta que, “há uma maior preocupação em apostar em inovação e nichos de mercado, onde existe uma mais valia e margem acrescida no produto vendido. Os tecidos e o papel de parede ocupam cada vez mais o seu lugar no mercado e a Colorado encaixa como uma luva nesta mesma procura. Desde a facili dade, qualidade e intensidade de cor que consegue nos tecidos até à alta produtividade e resistência mecânica e química para o mercado do papel de parede. Tendo neste último caso, a Canon em conjunto com a Fotoba lançado o “Wallpaper Factory” que consiste numa colorado em conjunto com um alimentador Jumbo e um finalizador da Fotoba e que permite imprimir em contínuo grandes quan tidades tendo no finalizador os rolos de papel de parede já terminados e prontos para embalar.” “Estamos em fase final de lançamento do “Printing Factory” que consiste numa Colorado em conjunto com um alimentador e um recolhedor Jumbo e que permitirá imprimir em continuo grandes quantidades de material e estando pensado para o mercado têxtil.”

Ricardo Cabral considera ainda que há um trabalho a ser feito na área comercial e marketing, para que as empresas que trabalham o grande formato consigam expandir a sua oferta

ENTREVISTA15
RICARDO CABRAL

e leque de actuação. Para a Signorte, “este trabalho na área do comercial e marketing tem vindo a ser feito há já alguns anos mas penso que começamos agora a retirar os frutos desse empenho e dedicação. A pandemia que vivemos nos últimos dois anos veio atrasar um pouco esta tendência de mudança de mercado e aplicações, mas está agora a regressar em força com uma mentalização cada vez mais forte, quer da parte dos fornecedores como dos nossos clientes e mesmo de clientes finais, na oferta de novos produtos pela parte dos primeiros e, ao mesmo tempo, na procura dessas soluções por terceiros.”

Num mercado em expansão em que surgem cada vez mais novidades e evoluções muito rápidas, a Signorte revela que exerce uma procura contínua junto dos seus fornecedores por novas soluções e que, lhes passa todas as informações e solici tações que reúne por parte do mercado para a actualização da oferta. Uma das provas desta forma de actuar é a presença da empresa em feiras de renome na Europa para que possa procu rar novos produtos, aplicações e ofertas e assim ser mais fácil implementar essa diversificação junto dos seus clientes.

Para além de tudo, o director geral da Signorte fala ainda da nova área de armazenagem que veio permitir a duplicação do espaço que a empresa tinha até agora. “Duplicámos no início de 2022 a nossa área de armazenagem e isto aconteceu porque ficámos com a distribui ção da Orafol, o que nos trouxe uma necessidade de ter um maior stock, não só por crescimento, mas principalmente pelo facto de que a pandemia veio trazer restrições de matérias primas e, isto levou a prazos de entrega por parte dos fornecedores mais alargados. Para não falharmos com os clientes, reforçamos o stock para estarmos preparados para cumprir com as solicitações do mercado.”

Num momento em que o mercado enfrenta algumas dificulda des na reposição de peças, toners, chips e vive mesmo uma situação relacionada com atraso na entrega de equipamentos, a Signorte tem conseguido dar resposta aos seus clientes porque, segundo Ricardo Cabral, “temos tido a felicidade da Canon conseguir ter prazos de entrega aceitáveis nos equipa mentos, o que nos permite ir de encontro às expectativas dos clientes. Mesmo assim, a Signorte optou por ter sempre em stock, pelo menos uma Colorado 1630 para entrega imediata e assim conseguir cumprir com alguma encomenda mais urgente. Nunca sentimos problemas de peças ou tintas pois

O PORTFÓLIO

“O portfólio de produtos integra agora a gama Ora fol, Krea Textiles nos medias e a Fotoba no har dware. A Orafol não só nos veio trazer um aumento de vendas, por ser uma marca líder de mercado, como veio permitir entrar em novos clientes e novos mercados onde o portfólio que tínhamos não tinha gama, produtos ou até mesmo preço competitivo e reforçou a nossa linha de tra balho com mais uma marca com o prestígio que é a Ora fol. A Signorte procura representar algumas das melho res marcas de mercado, não só pela qualidade e gama de produtos mas também pelo reconhecimento de qua lidade das mesmas no mercado. Procuramos estar junto dos melhores para sermos também cada vez melhores e transmitirmos aos nossos clientes uma confiança e segu rança em toda a linha de produtos que comercializamos. Neste momento temos a distribuição directa de marcas como a Canon, Summa, Fotoba e Kala nos equipamen tos e a Orafol, Mactac, Krea Textiles, Desardi Wall Pa pers, Polimer Tecnic e mais algumas que em breve divul garemos e que, são também referências e líderes no seu segmento de mercado.”

reforçamos os stocks para prevenir possíveis atrasos por parte dos fornecedores.”

Quanto ao mercado de Lisboa, a empresa sediada no norte optou inicialmente por uma parceria com uma em presa local mas está em fase de contratação de comerciais e técnicos para uma actuação mais directa e continua nesta área geográfica. “Sentimos que temos que estar directamente em todo o território pois só assim conseguiremos transmitir a mais valia de todo o nosso portfólio de medias e hardware assim como uma resposta mais rápida e com petitiva no que toca a logística e preços, respectivamente.

Relativamente ao mercado do Sul e Algarve, temos já agendadas algumas visitas, que resultaram de contactos que a Portugal Print nos proporcionou.”

Apesar da localização a Norte, Ricardo Cabral considera que isso não é impedimento para trabalhar o mercado nacional a nível conti nental nem insular. “Temos acor dos com empresas de transporte, o que nos permite fazer entregas em 24 horas, em praticamente todo o território. Mesmo comercialmente, não sentimos nenhuma restrição pois, com as vias de comunicação que temos, rapidamente nos colocamos em qualquer localização a nível nacional para respondermos rapidamente não só às solicitações comer ciais, como ainda mais importante, aos pedidos de assistência técnica que sabemos serem fundamentais para o normal funcionamento dos nossos clientes.”

ENTREVISTARICARDO CABRAL 16
ENTREVISTAPEDRO FRAGOSO 17 Visite-nos e venha conhecer o nosso portefólio em: Canon Portugal, S.A. Lagoas Park, Edifício 15, Piso 0 2740-262, Porto Salvo, Portugal NEW NEW NEWDREAM BIGGER UMA GAMA DE EQUIPAMENTOS PROFISSIONAIS DESENHADA PARA PRODUZIR QUALIDADE EXCECIONAL DIGITALIZE O CÓDIGO QR PARA OBTER MAIS INFORMAÇÕES
DIGITAL DECORCARLOS SIMÕES 18 JÁ OLHOU PARA TODA A DECORAÇÃO DE UM ESTÁDIO DE FUTEBOL? SABE QUE MUITO DO QUE VÊ É PRODUZIDO PELA DIGITAL DECOR? CARLOS SIMÕES, FUNDADOR E ADMINISTRADOR, É O ROSTO DA EMPRESA QUE SE ESPECIALIZOU NA IMPRESSÃO DE GRANDE FORMATO PARA A ÁREA DO FUTEBOL. ESTAMOS MUITO FOCADOS NA ÁREA DO FUTEBOL
Vídeo Carlos Simões Digital Decor

Éuma das mais sólidas em presas portuguesas da área de impressão digital de grandes formatos e uma das poucas especializada no mundo do futebol.

Carlos Simões chegou até ao mundo da impressão há mais de 25 anos e o know how que foi adquirindo, foi sempre aplicado ao mundo do futebol. Atento à inovação tecnológica, o adminis trador da Digital Decor explica como é que a sua empresa se tornou uma referência na produção de comunicação visual para eventos, fachadas, out doors, mas sobretudo para estádios de futebol!

COMO É QUE O CARLOS SIMÕES ENTROU NA ÁREA DA IMPRESSÃO?

A minha primeira abordagem ao mercado surgiu em 1996, quando trabalhei numa empresa que se chamava “Grande Imagem” e que tinha instalações em Lisboa, na zona de Benfica. Comecei a traba lhar em part-time e fui tomando o gosto pela área. Entre 1996 e 1997 fui desafiado por uma cliente, para entrar na área do futebol, melho rando a decoração das zonas de flash interview. Naquela época, tudo era novidade e começámos a desenvolver projectos que dessem aos clubes maior visibilidade e para que pudessem assim conquistar mais patrocinadores e entrar na chamada área premium do futebol. Começámos por desenvolver projectos com o objectivo de tra zer mais patrocinadores para os clubes de futebol que eram os nossos clientes.

Em 1996 acabei por sair dessa empresa e fun dei a Digital Decor com um grupo de espanhóis que já trabalhavam a área do grande formato. Recordo-me que foi precisamente em 1996 que surgiu a área digital de impressão de grande formato através de marcas internacionais. A em presa espanhola, a Distrave, ajudou-me a entrar na área do grande formato e a implementar as primeiras decorações de autocarros, de fachadas de obra, de eventos.

As máquinas estavam em Madrid e impri míamos rapidamente a partir da capital espa nhola, mas em pouco tempo, demos início a uma produção em Portugal. No princípio, decidimos instalar-nos no Porto porque toda a logística era mais barata e havia mais mão de obra disponível. A partir do Porto conseguíamos ter uma resposta pronta tanto na produção, como na como na área da montagem.

Em Lisboa ficou a área comercial e no Porto tínhamos um cliente de peso que era o Grupo So nae, o que também acabou por ser determinante para a localização das instalações da empresa.

Sim, por exemplo, posso falar de uma campa nha que ainda hoje conseguimos encontrar em alguma zonas do país. Fomos nós que fizemos as chávenas Delta, os monoposte que foram coloca dos nas auto-estradas. Na altura não existia nada na área do grande formato e fomos os primeiros a imprimir e implementar projectos em fachadas de obras, eventos, autocarros, etc. Tenho muito orgulho em dizer que fomos pioneiros nesta área, juntamente com a empresa espanhola.

Depois surgiu uma crise financeira em Espa nha, a empresa passou por algumas dificuldades e acabou por fechar em 2006. Foi a partir daí que abri a Digital Decor. Esta empresa começou por servir só o futebol, focámo-nos somente na área desportiva e de facto, nessa área havia muito trabalho e menos crise. Se me perguntam porque é que nos especializámos no mundo do futebol, posso dizer que talvez tenha sido por falta de tempo para investir em outras áreas já que com o futebol, fomos sempre crescendo.

COM QUE EQUIPAMENTOS CONTA A DIGITAL DECOR?

Hoje em dia contamos com 11 máquinas de grande formato, com

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“EM EQUIPAMENTOS DA ÁREA DO GRANDE FORMATO, TEMOS CERCA DE 2,5 MILHÕES DE EUROS DENTRO DE PORTAS”
A DIGITAL DECOR CONSEGUIU CONQUISTAR CLIENTES DE RELEVO NO MEIO DA PUBLICIDADE E COMUNICAÇÃO VISUAL, DESDE O SEU INÍCIO?

“Temos grandes clientes como a Federação Portuguesa de Futebol, Liga Portuguesa de Futebol, Benfica, Sporting, fizemos a “Champions” durante três anos seguidos, produzimos muito trabalho para grandes clubes europeus de nível mundial como é o caso do Paris Saint Germain, Bayer de Munique, Barcelona, Real Madrid, etc.”

medidas que vão desde um metro e sessenta até 5 metros de boca para impressão. A verdade é que estamos muito focados na área do fute bol e temos grandes clientes como a Federação Portuguesa de Futebol, Liga Portuguesa de Futebol, Benfica, Sporting, fizémos a “Cham pions” durante três anos seguidos, produzimos muito trabalho para grandes clubes europeus de nível mundial como é o caso do Paris Saint Germain, Bayer de Munique, Barcelona, Real Madrid, etc. Continuamos a apostar nesta área porque o futebol nos abre outras portas para as grandes marcas que estão em Portugal e mesmo as internacionais e que são patrocinadores do futebol. Quando trabalhamos com estas grandes marcas, recebemos pedidos de trabalhos na área de grande formato para o outdoor ou mesmo eventos especiais dos próprios.

Trabalhamos com as marcas que são patroci nadores da área do futebol, como é por exemplo o caso da Sagres, Casas de apostas, hospitais, Repsol e outras gasolineiras.

COM TUDO ISTO, A DIGITAL DECOR AINDA PRECISA DE INVESTIR MUITO NA SUA ÁREA COMERCIAL?

Precisamos de ter accounts para atender o cliente, para o ajudar e aconselhar sobre se devem imprimir em tela, em vinil ou têxtil. O comercial tem de ter essa sensibilidade junto do cliente e mostrar que podemos aconselhar a impressão num produto mais premium porque muitas vezes os clientes não têm esse conhecimento e acabam por acreditar em nós e, ver o resultado do nosso trabalho.

É preciso oferecer um serviço aos clientes sobre tudo aquilo que podem fazer e não têm conhecimento. Através do futebol, temos a enorme vantagem de viajar muito e isso, também nos abre horizontes e acabamos sempre por ver elementos novos que depois procuramos saber mais para oferecer aos nossos clientes.

Muitas vezes os clientes aconselham-se connosco sobre tendências, decorações e até projectos próprios.

EM TERMOS DE EQUIPAMENTOS, NESTE MO MENTO A DIGITAL DECOR TEM UMA AMPLA OFERTA... COMO É QUE A EMPRESA PROCURA ESTAR A PAR DA MELHOR TECNOLOGIA? Actualmente contamos com 15 equipamentos de impressão de grande formato. Posso dizer que temos uma pareceria muito forte com a Digidelta porque foi esta empresa que nos deu a mão. Este fornecedor sempre nos apoiou e desde o primei ro dia e sempre nos ofereceu ajuda para o que precisássemos. Quando somos jovens e estamos a iniciar um projecto na área empresarial, este apoio faz toda a diferença e, no caso da Digital Decor, a ajuda da Digidelta foi imprescindível.

Em equipamentos da área do grande forma to, temos cerca de 2,5 milhões de euros dentro de portas. Estamos sempre a inovar, queremos contar com o que é mais recente, produtivo e ren tável. Até nisso a Digidelta tem sido um parceiro estratégico porque sempre que queremos trocar algum equipamento, a empresa faz a retoma e coloca um novo sem problema algum.

As nossas instalações têm 1400 metros quadrados e apesar de ser um espaço grande, também já não permite a instalação de muitos mais equipamentos.

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FOTOGRAFIA • MÁRIO CERDEIRA

ATRAVÉS DO FUTEBOL, TEMOS A ENORME VANTAGEM DE VIAJAR MUITO E ISSO, ABRE

HORIZONTES E ACABAMOS

SEMPRE POR VER ELEMENTOS NOVOS QUE PROCURAMOS OFERECER AOS NOSSOS CLIENTES

Temos os equipamentos necessários e sempre que precisamos de trocar ou adquirir algum é no sentido de procurar o que é melhor. Neste mo mento temos seis máquinas de 1,60m, o que nos permite produzir 1000 metros quadrados por hora, temos máquinas planas com a dimensão máxima de 3x2 metros, temos uma máquina de 5 metros da Vutek que foi adquirida no final de 2021.

Temos ainda um equipamento para têxtil de sublimação, da M-Tex e temos mais duas máqui nas de 3,20m, o que é uma grande oferta, tanto para o mercado nacional quanto internacional.

Com estes equipamentos é evidente que uma grande parte da produção se destina a outros países, sobretudo Espanha e Itália.

Trabalhamos com 2 turnos e se for preciso trabalhamos 24 horas. Neste momento contamos com 44 colaboradores e posso afirmar que esta é uma equipa muito flexível.

Um outro aspecto relevante é que oferecemos um serviço chave na mão. O cliente não quer ter trabalho nem ter três ou quatro fornecedores. O cliente quer estar tranquilo e ter o serviço chave na mão e falar apenas com um interlocutor.

SE TIVESSE QUE DEFINIR A DIGITAL DECOR, O QUE DESTACARIA EM TERMOS DE CARACTERÍSTICAS?

Destacaria o serviço. A grande preferência dos nossos clientes é pelo serviço que prestamos. Se formos realistas, sabemos que existem muitas empresas com equipamentos iguais aos nossos,

que executam exactamente o mesmo tipo de impressão, usam os mesmos materiais...mas só o serviço é que nos destaca. Quando um cliente trabalha com a Digital Decor já sabe com o que conta e como será tratado o seu projecto.

SENTEM A CONCORRÊNCIA NO MERCADO, SOBRETUDO NA MESMA ÁREA?

Não sentimos. A concorrência é importante. Quan do alguém dentro da empresa diz que podemos perder o cliente A ou B, eu respondo sempre que não perderemos nada porque os clientes não são nossos, são do mercado. Os clientes ou têm confiança em nós, ou experimentam trabalhar com outras empresas. Posso garantir que talvez noventa por cento dos clientes que alguma vez deixaram de trabalhar connosco, voltaram passado pouco tem po. Na minha opinião o know-how é muito impor tante. De qualquer forma, a própria concorrência afasta-se um pouco da área onde actuamos porque o mundo do futebol é muito específica, tudo é feito com timings muito apertados e os clientes recebem multas quando os projectos não correm como pre visto e não estão prontos atempadamente.

O cliente que trabalha connosco também não quer correr riscos e por isso, confia na Digital Decor. Um outro aspecto que nos distingue, é que somos conhecidos por oferecer sempre o que de mais inovador existe no mercado.

Neste momento estamos a investir muito na área do digital, do Led. Temos cerca de 450 a 500 metros lineares de led para além da área de impressão digital, estamos a crescer muito na área da imagem.

DENTRO DA PRÓPRIA DIGITAL DECOR, E NA SUA OPINIÃO, QUAL A ÁREA QUE OFERECEM AO MERCADO QUE MAIS CRESCERÁ?

Considero que a área digital crescerá mais mas, a impressão digital vai estabilizar porque será sem pre necessária. Aquilo que podemos é acrescentar valor à impressão digital através de elementos como écrans, expositores com led, etc.

Não queremos ficar paramos e, como é eviden te, vamos continuar a procurar inovação para que os nossos clientes tenham o melhor.

Cada vez mais o mercado empurra-nos para oferecer o melhor e o mais inovador.

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EMPRESASALBANO PEREIRA 22 ESTÁ NO MERCADO HÁ 22 ANOS E A ENERGIA DO SEU FUNDADOR NÃO ABRANDA. ALBANO PEREIRA, DIRIGE A WORKSTATION, COM INSTALAÇÕES NO PORTO E QUE SE DESTACA NA IMPRESSÃO DE GRANDES FORMATOS. O INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA, A CONJUGAÇÃO COM O 3D, A AUTOMATIZAÇÃO E FORMA COMO SE RELACIONA COM OS CLIENTES SÃO OS MOTIVOS DA SUA LIDERANÇA NO MERCADO. SOMOS UMA EMPRESA FELIZ!” ALBANO PEREIRA • CEO DA WORKSTATION

EM 22 ANOS A WORKSTATION PASSOU DOS ZERO AOS CEM.

Dito assim pode parecer pouco claro, mas quando Albano Pereira conta que a empresa abriu com um funcionário e um computador e que hoje integra 21 colaboradores, torna-se evidente que o mix que resul tou naquilo que é hoje a Workstation, foi antes de mais constituído pela paixão e visão do fundador.

Para trás ficou uma primeira crise em 2008 quando um grande cliente deixou uma dívida colossal e o apoio da banca foi residual. “Tivemos muita sorte porque sozinhos conseguimos reerguermo-nos”, refere Albano Pereira.

Um investi mento muito importante, foi o da grá fica online, que é um complemen to ao que fazemos e, é mais um apoio que ofere cemos a um determinado perfil de clientes.

“Para mim, a automatização da empresa foi desde sempre uma prioridade. Investimos muito na certifica ção ISO 9001 e essa aposta não foi apenas para “inglês ver”, já que percebemos que as normas são excelentes em termos de orientação interna. Outro investimento muito importante, foi o da gráfica online, que é um complemento ao que fazemos e, é mais um apoio que oferecemos a um determinado perfil de clientes. Também o site foi desenhado internamente e isso só foi possível porque apostamos muito nos nossos recur sos humanos”, afirma o responsável da Workstation Soluções Gráficas.

Albano Pereira considera sobre os colaboradores que, a empresa procura ter pessoas com compe tências que acrescentem valor e que isso é, desde sempre, uma prioridade. “Aqui na Workstation, são os designers que fazem a ponte com o cliente, depois da área comercial ter definido e recebido a adjudicação do trabalho. Ao contrário da maioria das empresas, a Workstation trabalha várias contas ao mesmo tempo porque são os designers que gerem internamente todo o processo.”

Para provar que o investimento em tecnologia recebe a máxima prioridade dentro da empresa, encon tramos um leque de equipamentos das mais recentes tecnologias. Albano Pereira explica que “no pequeno formato a Workstation integra 2 equipamentos de pro dução onde contamos com destaque da 5 estação de cor na Ricoh Pro7200.

No que diz respeito a impressão de Grande Formato temos duas potentes tecnologias de impres são amigas do ambiente desde o Látex ao Uv Gel, contamos com dois equipamentos HP R2000 e duas Canon Colorado, tendo sido pioneiros em Portugal na aquisição deste equipamento.

No acabamento e corte contamos com um laser da WidInovations, com uma Fresa OUTPLAN 3x2 e com uma mesa de corte industrial Vega da ST-CONTROL (distribuição exclusiva da WEDIGITAL em Portugal ).

Para dar resposta ao fluxo de trabalho Albano Perei ra aborda a versão mais recente do Caldera, um software que permite uniformizar todos os ficheiros para uma só linguagem com o objectivo de chegar à impressão.

Além disto, Albano Pereira ainda sublinha a questão do “corte integrado derivado da criação de um QR Code que envia depois o ficheiro para a máquina de impressão e corte e, que facilita e agiliza todo o processo.“

EMPRESAS23ALBANO PEREIRA
A DECATHLON É, POR EXEMPLO, UM CLIENTE QUE TEM VINDO A PEDIR, CADA VEZ MAIS IMPRESSÃO TÊXTIL E OS TOPOS DE GÔNDOLAS COMEÇAM A SER FEITOS COM CAIXAS DE LUZ

A empresa que trabalha para grandes marcas, como é o caso da Superfície comercial Decathlon, re conhece que para poder responder a um cliente deste nível, tem de oferecer grande produtividade e equipa mentos com características de automação.

O gestor e administrador, sublinha isto porque, entende que só deste modo é possível responder ao momento a todos os pedidos dos seus clientes.

“Para o ponto de venda, neste momento fazemos todo o género de estruturas, desde móveis, caixas lumi nosas, expositores etc. Naquilo que não conseguimos dar internamente resposta, como é o caso do mobiliário, por exemplo, contamos com os melhores parceiros.”

Para o responsável máximo da Workstation, toda a equipa se sente motivada para encontrar e responder da melhor forma ao que é pedido pelos clientes, sendo que em muitas situações, oferece um trabalho de consultoria no que se refere a materiais, impressão e mesmo sistemas de montagem.

“Tudo aquilo que os clientes nos pedem, acaba por ser um desafio para a Workstation porque faze mos sempre o nosso melhor e acabamos também por

aprender. A Decathlon, pediu-nos recentemente uma alteração completa das suas lojas e aquilo que fizemos, foi apresentar soluções que, além de qualidade, permi tem mobilidade, flexibilidade e um custo mais baixo.

A Decathlon é, por exemplo, um cliente que tem vindo a pedir, cada vez mais impressão têxtil e os topos de gôndolas começam a ser feitos com caixas de luz”.

A empresa do Porto conta ainda com uma equipa de montagem que se desloca a qualquer ponto do país e so bre isto, Albano Pereira revela com orgulho que, “monta mos uma loja num dia e os clientes ficam surpresos com a rapidez, mas tudo isso requer uma programação interna que nos permite reduzir o tempo de permanência em casa do cliente, não ser demasiado invasivo e, perturbar o menos possível o dia normal de cada cliente.”

Para além disto, a grande novidade no portfólio de oferta da Workstation diz respeito à impressão 3D, com a produção de objectos 3D e retro-iluminados, na maioria para o ponto de venda, com um misto entre eletrónica e impressão.

Albano Pereira relembra, na sequência disto que leu, há alguns anos, um livro sobre publicidade e marketing relacional e considera que foi a partir daí que despertou para a necessidade de tratar os clientes com o maior cuidado e atenção.

Os ensinamentos que retirou dessa e outras leituras, podem ter influenciado toda a trajectória e estratégia que foi definida para a Workstation e a mais recente traduziu-se num gesto que não deixou ninguém indiferente e deu um excelente exemplo daquilo que se chama de “fazer boa vizinhança”.

Numa acção de charme, a workstation, que apro veita todas as oportunidades e olha atentamente para o mercado esperou pela abertura do seu vizinho, o gigante supermercado de origem espanhola, Mercado

EMPRESASALBANO PEREIRA 24
A GRANDE NOVIDADE NO PORTFÓ LIO DE OFERTA DA WORKSTATION DIZ RESPEITO À IMPRESSÃO 3D, COM A PRODUÇÃO DE OBJECTOS 3D E RE TRO-ILUMINADOS, NA MAIORIA PARA O PONTO DE VENDA, COM UM MISTO ENTRE ELETRÓNICA E IMPRESSÃO

na, mesmo ao virar da esquina das suas instalações, e decidiu oferecer um gifts aos responsáveis de loja e departamento de marketing, com uma caixa de donuts coloridos, impressos em 3D.

O resultado foi um efeito “Uauuu” que levou a que esta superfície comercial passasse a seguir a Worksta tion através das suas redes sociais e esteja de “olho” no que fazem. Melhor do que qualquer cartão de visita, a Workstation gosta de provar o que é capaz de fazer e demonstra-o através de exemplos como este.

GESTÃO E INOVAÇÃO

Albano Pereira diz que, “a impressão 3D tem um grande potencial junto de vários sectores do mercado e em algumas áreas, como por exemplo a ourivesaria ou perfumaria, onde as possibilidades são imensas. Hoje os clientes destas áreas já dominam a execução dos ficheiros para impressão 3D e podemos fazer qualquer produto e tipos de exposição e comunicação que façam vender mais, através da conjugação de várias tecnologias.”

Numa visita guiada pelos diversos departamentos da Workstation, Albano Pereira demora-se na explica ção sobre a relevância de investir em equipamentos adequados aos mercados onde a empresa oferece soluções e por isso, quando se refere a alguns equi pamentos de impressão de grande formato gosta de destacar que “esta máquina não tem desvios e se queremos que imprima um rectângulo, ela imprime um rectângulo, e se há sobreposição, a máquina faz mes mo sobreposição. Quando investimos queremos ter vantagens como é o facto de poder imprimir em brilho e mates ou ter verniz com reserva...”

A Decathlon é um dos clientes que tem vindo a pedir, cada vez mais impressão têxtil. Os topos de gôn dolas começam a ser feitos com caixas de luz.

Temos impressoras como a r2000 e a Arizona que se completam e nos dão o melhor de dois mundos. Só as Arizonas permitem que façamos alguns projectos

mais criativos. Temos também a Vega da ST-CON TROL que através do softaware Caldera conseguimos gerir as três máquinas e optimizar tudo.

O corte a laser com a Widlaser também nos dá uma boa resposta.

Muitas vezes com prazos tão apertados, pedidos pelos clientes, só com todos estes equipamentos con seguimos dar resposta pronta.”

O INVESTIMENTO NO FUTURO

O próximo grande passo que a Workstation dará é a construção de raiz das instalações que a empresa necessita. Sem medo de crise alguma ou de oscilações do mercado, Albano Pereira afirma que “a ambição de ter instalações perfeitamente pensadas, com mais

EMPRESASALBANO PEREIRA 26
Albano Perei ra explica a relevância de investir em equipa mentos adequados aos merca dos onde a empresa oferece soluções.

espaço e capacidade maior potência eléctrica é agora perfeitamente possível porque temos uma situação confortável junto de fornecedores e clientes e somos muito mais realistas.”

Orgulhoso na empresa que construiu e dirige, Albano Pereira conta que a hoje a Workstation “paga a pronto a todos os seus parceiros e isso gera confiança e faz com que todos juntos estejamos muito atentos à inovação.”

Sobre o futuro, Albano Pereira revela que está tudo preparado para uma nova geração que há de chegar à gestão da Workstation e isso, assegura a sucessão porque os seus dois filhos são muito diferentes mas completam-se até nas áreas que decidiram estudar.

Apesar de tudo, o próprio fundador da Workstation

afirma que é o seu gosto por viajar que lhe tem permitido inspirar-se, visitar outras empresas, ler e pesquisar áreas que impactam de forma positiva o seu negócio.

O segredo, segundo Albano Pereira, parece estar no investimento, na qualidade dos mesmos, na atenção aos clientes, na oferta de ideias e soluções e, na forma como toda a equipa se une em torno dos objectivos comuns da Workstation. “Somos pró-activos junto dos clientes e eles gostam de ouvir as nossas su gestões. O ponto de venda, por exemplo, mudou muito e hoje, algumas marcas que tinham uma comunicação muito simples, passaram connosco a ter uma outra exigência e estão, nessa matéria, num patamar mais elevado”, conclui o gestor.

Questionado sobre a concorrência, Albano Pereira afirma que está sempre atento porque embora con sidere que a Workstation tem um modelo de negócio diferente de outras empresas, “é importante saber o que outros fazem. Qualquer trabalho tem um serviço agregado e se um cliente escolher outro fornecedor, é porque viu nele algo que nós não oferecemos.”

De forma muito directa, Albano Pereira termina a falar de pessoas já que considera ser a mais valia da Workstation, as pessoas. “Para mim, as pessoas são muito importantes. Posso ir de férias e estou tranquilo porque tudo é tratado da melhor forma. O melhor acti vo da empresa são as pessoas e eu estou sempre ao lado dos meus colaboradores. Somos uma empresa feliz”, conclui.

IMPRESSÃO

MUITAS EMPRESAS QUE NÃO ESTÃO A OFERECER IMPRESSÃO 3D acabam por não acompa nhar a inovação que, por exemplo, o mundo da publicidade exige ou mesmo áreas como a medicina ou sector automóvel.

É fácil saber qual é o equipamento certo para a sua empresa? Pode ser fácil, se houver algum tempo de pesquisa e, sobretudo se for possível pedir ajuda a quem vende equipamentos, materiais e soluções. Mais importante do que tudo isto, é que quem decide o investimento fale com os seus clientes para saber se

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HÁ EMPRESAS QUE SÃO SEMPRE AS PRIMEIRAS NO MERCADO A INVESTIR NA MAIS RECENTE E EMERGENTE TECNOLOGIA. NO CASO DA IMPRESSÃO 3D JÁ NÃO SE TRATA DE ALGO NOVO OU DIFÍCIL DE CONCILIAR COM A IMPRESSÃO DE GRANDES FORMATOS.
3D? GRANDES FORMATOSIMPRESSÃO 3D QUE VANTAGENS?

eles estão “virados” para a impressão 3D, se já pensaram nisso e, analisar se estarão a perder vantagens no merca do ou mesmo se há novos clientes que podem abordar para oferecer apenas a impressão 3D.

DE QUE FORMA É QUE OS EMPRESÁRIOS/IMPRESSORES DE GRANDE FORMATO ESTÃO A OBSERVAR E A APROVEITAR A TECNOLOGIA DE IMPRESSÃO 3D?

Os fornecedores de serviços de impres são são tradicionalmente definidos pelo equipamento de impressão que têm dentro de portas, o que determina as aplicações que podem oferecer. No entanto, nestes tempos tão desafia dores, faz sentido investir em outros equipamentos e diversificar para outras aplicações? À primeira vista, investir em impressão 3D pode representar um grande esforço financeiro para as gráficas que estão mais acostumadas a trabalhar com impressoras de grande formato, mas vale a pena recordar que muitos fornecedores que fabricam essas mesmas impressoras também estão a diversificar a sua actividade e a comer cializar a impressão 3D.

Isto inclui empresas como a Mimaki e HP e há ainda muitos fornecedores de impressoras 3D, como a israelita Massivit, cujas equipas de pesquisa e desenvolvimento vieram do sector dos grandes formatos. O conceito básico é bastante semelhante – produzir um ma terial de construção exactamente como se deseja, assim como o jacto de tinta consiste em colocar as gotas de tinta no local certo. O processo de pré-impressão não é mais difícil de dominar do que um moderno RIP de qualquer impressora, que envia trabalhos para uma fila de impressão e, é o mesmo, independen temente do processo de impressão. A maioria dos impressores/profissionais de grande formato entende a impor tância de seguir os procedimentos de manutenção de rotina para o hardware da impressora.

Fundamentalmente, existem duas formas pelas quais um fornecedor de serviços de grande formato pode tirar proveito da impressão 3D. A primeira envolve a melhoria e upgrade da oferta existente e, a segunda é usá-la para desenvolver um novo negócio.

Então, como é possível usar a im pressão 3D em trabalhos de impressão de grande formato? A resposta óbvia passa por ser possível adicionar um elemento 3D a uma tela gráfica plana,

OUTDOOR

criando telas atraentes que realmen te se destacam numa parede ou num outdoor. Um outro exemplo, pode ser o facto de se adicionar um elemento texturizado a displays interactivos ou letras em braille a sinais de navegação. Outra opção ainda, pode incluir a criação de letras sob medida ou um logótipo para a fachada de uma loja de distribuição ou ponto de venda.

Quem já tentou decorar objectos que não são planos, como imprimir em capas de telefone, sabe que muitas vezes ajuda criar um “set” para manter esses

objectos no lugar para serem impres sos. Normalmente precisa-se disso sob medida para cada tipo de objecto. Essas peças podem ser facilmente impressas em qualquer impressora 3D. De facto, a Mimaki vendeu uma das suas impresso ras 3D, a 3DFF-222, ao lado das suas im pressoras planas de pequeno formato, especificamente para este fim.

Da mesma forma, qualquer pessoa que já esteja envolvida na impressão de materiais têxteis está consciente de que há um interesse crescente na impres são 3D no mercado de vestuário. Isso pode incluir acessórios de impressão, como botões, bem como decoração para roupas, ou pode mesmo envolver com ponentes funcionais, como as solas de ténis de corrida, por exemplo.

NOVO NEGÓCIO

A segunda opção passa por diversificar o negócio gráfico, desenvolvendo novas aplicações de produção de valor acres centado. Um bom ponto de partida é conversar com os clientes e perguntar se estes têm também outras necessidades que a impressão 3D possa dar resposta.

Isso pode incluir, por exemplo, a criação de protótipos realistas ou mes mo funcionais. A maioria das impressoras 3D só pode imprimir um material de cada vez, o que geralmente significa que a maioria dos objectos tem um acaba mento cinza ou preto fosco. Mas existem impressoras que o fazem a cores, como a Mimaki 3DUJ-2207 ou a Stratasys J55,

GRANDES FORMATOSIMPRESSÃO 3D 29
COMO É POSSÍVEL USAR A IMPRESSÃO 3D EM TRABALHOS DE IMPRESSÃO DE GRANDE FORMATO? A RESPOSTA PASSA POR ADICIONAR UM ELEMENTO 3D A UMA TELA GRÁFICA PLANA, CRIANDO TELAS ATRAENTES QUE SE DESTACAM NUM

que são usadas habitualmente para imitar a aparência dos produtos acaba dos antes de se comprometer com uma execução de fabrico.

Outro uso comum da impressão 3D é a produção de ferramentas. Isso pode servir para testar a viabilidade de um produto antes de investir numa nova li nha de fabrico completa. Mas também há exemplos em que os fabricantes usaram ferramentas personalizadas para resolver problemas específicos, como a aplicação de crachás de reven dedores em carros novos. A agência espacial americana, NASA, imprimiu uma chave inglesa na Estação Espacial Internacional para mostrar que poderia produzir ferramentas para lidar com situações de emergência.

Uma variação disso é o molde por injecção, sendo estes impressos em 3D. Isso pode economizar tempo e custos na produção de moldes sob medida e significa que as peças mantêm toda a resistên cia e outras propriedades inerentes a um processo de moldagem convencional.

CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS

Existem muitos tipos diferentes de impressoras 3D e também muitos dis tribuidores especializados que podem oferecer aconselhamento e suporte técnico. Como um guia aproximado, um

bom ponto de partida seria a Fused -Fa bricação de Filamentos, ou FFF, também conhecido como Modelagem de Depo sição Fundida, ou FDM. Essas impressoras usam um filamento de plástico e oferecem modelos de mesa baratos com máquinas de bancada de alta capacida de. O próximo passo é uma impressora de fotopolímero VAT ou Stereolitografia, que geralmente custa mais, mas usa materiais mais especializados e pode produzir peças de alta definição.

Independentemente da tecnologia de impressão que optar, o principal a ter em consideração são os materiais

exige uma abordagem mais aberta. No entanto, descobrirá certamente que, al gumas aplicações exigirão propriedades específicas, como resistência à tracção ou resistência ao calor, que determinam os materiais a serem usados.

Outra questão é a área disponível para a criação de objectos. Dependendo do tipo de processo 3D escolhido, também pode haver algumas etapas de acabamento envolvidas. Isso normal mente significa limpar as ligaduras de suporte usadas na construção, ou pode significar limpar o excesso de material ou polir a superfície para melhorar a

que esta imprimirá, já que isso deter minará a gama de aplicações que pode oferecer. Máquinas que podem lidar com materiais mais exóticos - principalmente metais e cerâmicas - custarão mais. Mas há uma grande variedade de plásticos diferentes, alguns dos quais são reforçados com nylon ou fibra de carbono, que são fortes o suficiente para serem uma alternativa viável ao trabalho em metal e podem lidar com uma grande variedade de aplicações. Além do plástico rígido como o ABS, também existem materiais termoplásti cos semelhantes a borracha. Alguns fa bricantes limitam as suas máquinas aos materiais que fornecem, mas há uma consciência crescente de que o mercado

aparência do objecto. Em alguns casos, como no jacto de aglutinante, há um processo de queima secundária para derreter o aglutinante e solidificar ainda mais o objecto.

Em conclusão, é possível mergulhar na impressão 3D com um investimen to relativamente modesto, desde que pesquise cuidadosamente quais os pro cessos e materiais que deseja oferecer. É importante falar com os fabricantes, com os clientes, testar materiais, observar processos e métodos, perceber o que poderá ser colocado na sua empresa como uma mais valia ou de que forma a impressão 3D passará a ser um novo modelo de negócio ou mesmo um com plemento do já existente.

30 É POSSÍVEL
MERGULHAR NA IMPRESSÃO 3D COM UM INVESTIMENTO RELATIVAMENTE MODESTO, DESDE QUE PESQUISE CUIDADOSAMENTE QUAIS OS PROCESSOS E MATERIAIS QUE DESEJA OFERECER. FALE COM FABRICANTES, COM CLIENTES, TESTE MATERIAIS, OBSERVE PROCESSOS E MÉTODOS…
UM USO COMUM DA IMPRESSÃO 3D É A PRODUÇÃO DE FERRAMENTAS. ISSO PODE SERVIR PARA TESTAR A VIABILIDADE DE UM PRODUTO ANTES DE INVESTIR NUMA NOVA E COMPLETA LINHA DE FABRICO.
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TENDÊNCIAS NA IMPRESSÃO DE GRANDES FORMATOS

O mundo mudou muito desde 2020, com uma pandemia que acabou por acelerar a digitalização e forçou novos hábitos de consumo, levando as empresas a repensar a forma de funcionar e a analisar o mercado para responder às novas exigências do momento actual. A impressão de grandes formatos está a sofrer mudanças profundas e os responsáveis das empresas fornecedoras estão mais atentos do que nunca. Há alterações que se revelaram inevitáveis e outras que se seguirão.

TRANSFORMAÇÃO DA IMPRESSÃO DE GRANDE FORMATO

NOVOS PRODUTOS E SERVIÇOS, NOVAS FORMAS DE TRABALHAR, ALÉM DE UMA VISÃO MAIS ECOLOGICAMENTE CONSCIENTE E SOCIALMENTE RESPONSÁVEL SIGNIFICAM QUE OS LÍDERES DE NEGÓCIOS DE IMPRESSÃO TÊM UMA ENORME OPORTUNIDADE DE REINVENTAR A MANEIRA COMO TRABALHAM. HOJE O PRÓPRIO CONTEÚDO E A CRIATIVIDADE ESTÃO A MUDAR E A TRANSFORMAR A INDÚSTRIA.

OS CLIENTES ESTÃO A EXIGIR IDEIAS EXCLUSIVAS, INOVADORAS E SOLUÇÕES MAIS CRIATIVAS. É POR ISSO QUE AS EMPRESAS DE IMPRESSÃO DEVEM ESTAR PREPARADAS PARA SE MOLDAR AO PRESENTE E AO FUTURO. DE FACTO, GRANDE PARTE DOS PLAYERS DA ÁREA DE GRANDES FORMATOS CONSIDERA A DI VERSIFICAÇÃO DE SUA OFERTA DE IMPRESSÃO COMO UMA ALTA PRIORIDADE. ALGUMAS PESQUISAS DA WIDTHWISE REALIZADAS ENTRE 2020/21 VIERAM CONFIRMAR ESTA IDEIA.

ISSO PODE VIR DO FORNECIMENTO DE NOVOS PRODUTOS E SERVIÇOS AOS CLIENTES EXISTENTES OU DA DESCOBERTA DE MANEIRAS INOVADORAS DE CONSTRUIR UMA BASE DE CLIENTES ADICIONAL.

A DECORAÇÃO DE INTERIORES É APENAS UM EXEMPLO. ESTA ÁREA ABRANGE MUITOS ITENS, DESDE BELAS ARTES ATÉ AO RE VESTIMENTO DURÁVEL OU MESMO REVESTIMENTO DE PAREDES, O QUE REPRESENTA UMA GRANDE OPORTUNIDADE. BASTA CONSI DERAR QUE O MERCADO GLOBAL DE PAPEL DE PAREDE IMPRESSO DIGITALMENTE ESTÁ PREVISTO PARA CRESCER 23,6% AO ANO ATÉ 2025, ATINGINDO UM VALOR TOTAL DE 10,4 BILHÕES DE DÓLARES, DE ACORDO COM DADOS DA ENERGIAS MARKET RESEARCH.2 ALÉM DISSO, AS EMPRESAS DE IMPRESSÃO ESTÃO A LIDAR COM CLIENTES QUE TÊM EXIGÊNCIAS E EXPECTATIVAS SEM PRECE DENTES EM RELAÇÃO AO CONTEÚDO. ESTAS EMPRESAS TÊM TESTEMUNHADO A ASCENSÃO METEÓRICA DAS PLATAFORMAS DE CONTEÚDO COMO CANVA E ZAZZLE E ACOSTUMARAM-SE A COM PRAR PRODUTOS E SERVIÇOS DE PLATAFORMAS DE COMÉRCIO ELETRÓNICO FÁCEIS DE USAR QUE OFERECEM ENTREGAS NO DIA SEGUINTE OU ATÉ NO MESMO DIA. COMO PODEM AS EMPRESAS DE IMPRESSÃO RESPONDER COM SOLUÇÕES CRIATIVAS QUE FOR NECEM CONTEÚDOS, IDEIAS E EXPERIÊNCIAS PARA RESPONDER AS ESTAS EXIGÊNCIAS DOS CLIENTES?

TENDÊNCIAS NA IMPRESSÃOESTUDO 32

MUDANÇA

OS NEGÓCIOS DE IMPRESSÃO HÁ JÁ ALGUM TEMPO QUE ESTÃO A EVOLUIR MUITO E A TURBULÊNCIA VIVIDA DESDE 2020 COM O INÍCO DA PANDEMIA APENAS ACELEROU ESSA MUDANÇA. MUITOS ESTÃO A DEMONSTRAR RESILIÊNCIA E CRIATIVIDADE, E AS EMPRESAS QUE SOBREVIVERÃO E PROSPERA

RÃO SERÃO AQUELAS QUE FOREM MAIS VERSÁTEIS, CONECTADAS, SUSTENTÁVEIS E SEGURAS. COMPANHIAS FORNECEDORAS DE TECNOLOGIA DE IMPRESSÃO PO

DEM AJUDAR OS SEUS CLIENTES A DAR O PRÓXIMO PASSO PARA GARANTIR QUE O NEGÓCIO DE IMPRESSÃO TEM MAIS HIPÓTESES DE SUCESSO.

EMBORA OS EMPRESÁRIOS DEVAM PRESTAR MUITA ATENÇÃO AO CRES CIMENTO DAS SUAS VENDAS, ESTES TAMBÉM DEVEM CONCENTRAR-SE

NO ATENDIMENTO AO CLIENTE E NO LUCRO. GRANDE PARTE DISTO SIG

NIFICA GARANTIR QUE AS OPERAÇÕES SEJAM EXECUTADAS COM EFI

CIÊNCIA, O QUE SIGNIFICA REDUZIR CUSTOS, ERROS E DESPERDÍCIOS,

AO MESMO TEMPO EM QUE MELHORA A PRODUTIVIDADE, A CAPACIDADE

DE TRABALHO E O TEMPO DE LANÇAMENTO NO MERCADO. DE ACORDO COM O ÚLTIMO CENSO DA FESPA PUBLICADO, 72% DAS EM

PRESAS DE IMPRESSÃO ESTÃO A PROCURAR ENCONTRAR FORMAS DE RESPONDER AOS CLIENTES COM TEMPOS DE RESPOSTA MAIS RÁPIDOS

E 59% ACREDITAM QUE A EXIGÊNCIA DOS CLIENTES POR ENTREGAS “JUST IN TIME” AUMENTARÁ.

O AUMENTO DO USO DA AUTOMAÇÃO É UMA FORMA DE AJUDAR NAS

DUAS QUESTÕES. EM 2020, A KEYPOINT INTELLIGENCE PEDIU A VÁRIAS

EMPRESAS DE IMPRESSÃO PARA COMPARAR A PARCELA DO VOLUME

TOTAL DE IMPRESSÃO NO LOCAL QUE FOI PRODUZIDA COM UM FLUXO DE TRABALHO 100% AUTOMATIZADO COM SUAS EXPECTATIVAS PARA O FU

TURO. A PESQUISA CONSTATOU QUE, EMBORA 63% DO VOLUME TENHA SIDO PRODUZIDO SEM QUALQUER AUTOMAÇÃO EM 2020, ESSE NÚMERO CAIRIA PARA 36% ATÉ 2022.

A TECNOLOGIA DE FLUXO DE TRABALHO E AUTOMAÇÃO PODE FA

ZER TODA A DIFERENÇA. ISTO PODE AJUDAR A MELHORAR A FORMA COMO AS EMPRESAS DE IMPRESSÃO OPERAM, AJUDANDO-AS A FAZER ORÇAMENTOS COM MAIS PRECISÃO, NEGOCIAR MELHORES PREÇOS COM FORNECEDORES E PERCEBER ONDE É POSSÍVEL OBTER EFICIÊNCIAS DE CUSTO. ALÉM DISSO, O SOF TWARE E OS SERVIÇOS TAMBÉM PODEM PERMITIR QUE AS EMPRESAS APROVEITEM NOVAS OPORTUNIDADES – CONSTRUINDO UMA PRESENÇA DIGITAL PARA ATRAIR PEDIDOS ONLINE, POR EXEMPLO.

ACELERADA TENDÊNCIAS NA IMPRESSÃOESTUDO 33
COMO PODE A AUTOMAÇÃO AJUDAR OS NEGÓCIOS DE IMPRESSÃO A TRABALHAR DE FORMA MAIS INTELIGENTE? UMA PESQUISA RECENTE DA HP REVELA QUE 85% DOS CLIENTES DA ÁREA DE IMPRESSÃO ESTÃO A EXIGIR PRODUTOS E PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS. A PESQUISA É APOIADA PELO ESTUDO WIDTHWISE, QUE MOSTROU QUE EM 2020, 81% DOS FORNECEDORES DE IMPRESSÃO CONSIDERAVAM AS SOLUÇÕES DE IMPRESSÃO SUSTENTÁVEIS COMO “MAIS IMPORTANTES” DO QUE DOIS ANOS ANTES. 48% DOS ENTREVISTADOS AFIRMOU QUE O SEU FOCO AMBIENTAL ERA MEDIR E REDUZIR A SUA PEGADA DE CARBONO. ISSO É IMPULSIONADO PELO DESEJO DE SER SOCIALMENTE MAIS RESPONSÁVEL, MAS TAMBÉM PELA OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO. DE FACTO, HÁ UMA NECESSIDADE URGENTE E CRESCENTE DE ENCONTRAR ALTERNATIVAS PARA MATERIAIS COMO O PVC, COM GRANDES MARCAS A LIDERAR O PROCESSO, ASSUMINDO O COMPROMISSO DE SER LIVRE DE PVC. MAS COMO ESTÃO AS EMPRESAS DE IMPRESSÃO A REAGIR? TORNAR A SUSTENTABILIDADE RENTÁVEL PARA O NEGÓCIO DE IMPRESSÃO O MERCADO GLOBAL DE PAPEL DE PAREDE IMPRESSO DIGITALMENTE ESTÁ PREVISTO PARA CRESCER EM 23,6% ANUALMENTE ATÉ 2025

DE RESÍDUOS TÊXTEIS NA EUROPA PODERIA SER RECICLADO

PARA ALÉM DO IMPACTO AMBIENTAL QUE IMPLICA, A TRANS FORMAÇÃO PARA UMA ECONOMIA CIRCULAR oferece inú meras oportunidades para o sector têxtil. A produção em circuito fechado na Europa pode gerar um mercado de 6 a 8 mil milhões de euros em vendas com potenciais retornos anuais de 20% a 25% para a indústria de reciclagem e a possibilidade de criar cerca de 15.000 novos empregos até 2030, segundo o novo relatório da McKinsey & Company “Scaling textile recycling in Europe— turning waste into value”, que analisa e desenvolve cenários para o desenvolvi mento de volumes de resíduos têxteis e taxas de recolha e reciclagem até 2030.

De acordo com a análise, cada euro peu produz em média mais de 15 quilos de resíduos têxteis por ano e, em 2030, este valor poderá atingir os 20 quilos (um aumento de mais de 30%). A maior pro porção (85%) dos resíduos é produzida em casas particulares e diz respeito a vestuário e têxteis domésticos. Deste volume, menos de 1% dos resíduos pós-consumo é actualmente reciclado para produzir novos produtos têxteis nos 27 países da UE e na Suíça. Mais de 65% destes resíduos são transportados direc

tamente para aterro ou incinerados. “Se todo o potencial de reciclagem mecânica fosse utilizado e mais têxteis fossem recolhidos, 18% a 26% dos resíduos têxteis poderiam ser reutilizados para o fabrico de novas peças de vestuário já em 2030”, afirma Ignacio Marcos, sócio sénior e líder da área de sustentabilidade no consumo da McKinsey. “A reciclagem têxtil em escala não só reduziria as emissões de CO2e em 4 milhões de toneladas, mas também criaria uma indústria rentável com cerca de 15.000 empregos na Europa e um mercado potencial de 6 a 8 mil milhões de euros em vendas”.

Maiores taxas de recolha de têxteis são decisivas para uma maior reciclagem.

Actualmente, um terço de todo o vestuário pós-con sumo é recolhido e reciclado, quer para venda como ar tigos em segunda mão, quer como pro dutos têxteis reciclados em bruto (panos industriais ou materiais de isolamento, entre outras utilizações). Menos de 1% deste material é reciclado para recuperar ou reutilizar as fibras componentes (al godão, poliéster, etc.) para peças de ves tuário novas. A taxa de reciclagem têxtil poderia aumentar para 50% a 80% até 2030 e, consequentemente, a economia circular para a produção de fibras têxteis para novos artigos de vestuário a partir de resíduos têxteis poderia escalar entre 18% e 26%. “A chamada reciclagem de fibra para fibra, na qual as fibras têxteis são transformadas em novas fibras para vestuário, é a forma mais sustentável de gerar algo novo e valioso a partir de resíduos”, explica Sandra Lucía, sócia -associada da McKinsey em Espanha. Paralelamente, esta economia circular oferece um enorme potencial financeiro, com potenciais retornos anuais de 20% a 25% para a indústria de reciclagem.

RESÍDUOS TÊXTEISSUSTENTABILIDADE 34
A INDÚSTRIA TÊXTIL NA EUROPA ENFRENTA NOVOS DESAFIOS RELACIONADOS COM A REDUÇÃO DA SUA PEGADA AMBIENTAL ATRAVÉS DA PROMOÇÃO DA ECONOMIA CIRCULAR E DA CRIAÇÃO DE NOVOS MODELOS DE NEGÓCIO SUSTENTÁVEIS A PARTIR DA RECICLAGEM DE RESÍDUOS TÊXTEIS.
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ENTREVISTACRISTINA PEREIRINHA 36 EMPREENDEDORA, APAIXONADA PELA IMPRESSÃO E DECORAÇÃO DE INTERIORES. CRISTINA PEREIRINHA É O ROSTO DA GETBLISS! GOSTO DE ESTAR PERTO DOS CLIENTES FOTOGRAFIA • TIAGO VENTURA SALES

Há sempre quem pergunte como começou a sua aproximação ao mundo da impressão e que ca minho percorreu até ao momento em que nasceu a Getbliss.

A pergunta é longa, mas Cristina Pereirinha não deixa de responder com todos os pormeno res que nos levam a um “desenho” completo do percurso e da paixão que sente pelo seu trabalho. Para explicar melhor como começou esta ligação, Cristina recua no tempo e fala da faculdade para dizer que foi um part-time enquanto estudante que a fez despertar para o mundo dos papéis, da impressão, das texturas, das dobras, do cheiro... Trabalhar numa empresa de handling durante dois ou três anos, a meio tempo para ganhar al gum dinheiro haveria de se colar à pele, sem que ainda o adivinhasse.

Com a formação terminada, o mundo da de coração de interiores passou a ser o foco da sua vida profissional e tudo corria bem até que entre 2008 e 2010, Cristina começou a sentir o fraque jar da empresa em que trabalhava e o declínio do mercado, fruto de uma crise económica mun dial que bloqueou ou adiou projectos no sector da construção.

A desmotivação fez-se sentir e Cristina par tilhou com o namorado, que viria a ser marido, que já não via futuro no que fazia pela ausên cia de desafios que a fizessem saltar da cama com emoção.

“Os projectos de decoração de interiores, de iluminação, escasseavam, os ateliers estavam a fechar, mas eu continuava a gostar muitode tudo o que isso envolvia, do design gráfico, dos materiais, da comuni cação visual...Eu sabia que o Miguel estaria comigo em qualquer decisão e já nessa época tinha a vontade de criar um projecto de raiz, de ter a minha própria empresa.”

Com essa conjuntura, Cristi na despediu-se, dando um passo atrás para ganhar balanço para o que viria depois, mesmo que ainda não tivesse delineado as cenas dos próximos capítulos.

Aproveitando a pausa, Cristina e Miguel Marques viajaram em 2010 até Bali e no meio de uma conversa sobre o futuro enquanto faziam uma excursão num recanto do paraíso, viram uma loja chamada de “Bliss” e a inspiração ser viu de sugestão com aquele que haveria de ser o nome da empresa dos dois.

Cristina conta que “queria arriscar, ter um negócio que pudesse cuidar, ver crescer, que me motivasse a fazer mais e melhor. Foi então que o

Miguel sugeriu que pudéssemos agarrar a área de impressão de grandes formatos, cruzando assim toda a experiência dele nesta matéria, com o meu know-how na decoração de interiores.

Não tínhamos pensado em ter algum pro jecto juntos mas, depois de analisarmos prós e contras, percebemos que fazia sentido. A gráfica Jorge Fernandes, propriedade dos pais do Miguel, não tinha nenhum departamento nessa área e a verdade é que poderíamos retirar daí muitas sinergias. O Miguel falou com os pais e depois de termos delineado tudo, ficou claro que juntaría mos o útil ao agradável.“

A área dos grandes formatos não estava mui to presente na oferta de serviços da Jorge Fernandes, muito forte na área comercial de livros e revistas, e os clientes estavam a procurar outras empresas que pudessem dar resposta no digital de grandes for matos. Garantir esta oferta poderia ser assim uma oportunidade.

E se alguém poderia dar sequência a esta matéria, seria a dupla Cristina e Miguel. “Quis que ficasse bem claro que a “Jorge Fernandes” não tinha este projecto nos seus planos para que pudéssemos avançar, já que estamos a falar de processos e materiais muito diferentes, como o vinil, PVC, alveolar, cartão canelado, fresas, cortes especiais, plotters, o que é um mundo completamente diferente da impressão comercial.”

Estava traçada a estratégia que levaria a uma parceria win-win em que as duas empresas partilhavam sinergias e clientes. Cristina tem formação em design de interiores mas, sempre exerceu actividade na área das vendas e esse fac

ENTREVISTACRISTINA PEREIRINHA 37
“COMEÇÁMOS A TRABALHAR COM UMA PLATAFORMA WEB-TO-PRINT ISSO FOI IMPORTANTE”
“Pesquiso muito, no Instagram sigo algumas páginas de relevo, adoro a conta da Fedrigoni”

to só ajudou. “Já contava com muitos anos como comercial e isso é algo que me dá muito prazer.“

Depois foi apenas meter mãos à obra e ao Bliss acrescentar Getbliss porque o primeiro nome já estava registado. O começo tímido pas sou por um apartamento em Odivelas, teve início num quarto, cresceu para a sala, daí para outro quarto, expandiu-se para a cozinha e terminou quando começou a ser preciso descarregar um

porta paletes num apartamento. “Tinha chegado o momento de pensar numa solução mais ampla e fácil de trabalhar.

Como acredito que há males que veem por bem, um acontecimento inesperado fez com que a Getbliss passasse a ter as suas próprias máqui nas, os seus equipamentos e isso, permitiu-nos dar um salto maior e responder mais facilmente à carteira de clientes que só aumentava.”

A produção passou então a ser totalmente feita pela Getbliss, o que se repercutiu num período difícil, com investimentos avultados, mas ao mesmo tempo se transformou numa adrenalina boa que fazia Cristina sentir-se cada dia mais entusiasmada.

“A empresa nasceu em plena crise, no período da Troika, em 2011 e todas as pessoas me diziam que não deveríamos abrir a Getbliss. A verdade é que acreditava mesmo nisto e por teimosia ou determinação, nunca pensei desistir. Recebi con vites para integrar outros projectos mas estava apostada em dar vida a este, queria trabalhar por conta própria, não tinha ainda filhos e era um “agora ou nunca”, sublinha com visível orgulho.

A Getbliss ainda esteve durante algum tempo na Margem Sul, junto da Jorge Fernandes Artes Gráficas mas, rapidamente Cristina perce beu que era essencial estar em Lisboa. “Gosto de estar próximo dos clientes e era na capital que estes se concentravam, pelo que pareceu lógico mudar para a avenida 24 julho, uma zona nobre que permitiu que o negócio de expandisse como nunca, dando nessa altura, resposta imediata a solicitações como roll ups ou outros materiais.

O negócio crescia, as pessoas gostavam de trabalhar connosco e a cereja no topo do bolo

veio com a possibilidade de colocarmos os nos sos produtos numa plataforma online.”

A directora geral da Getbliss sabia que essa montra traria a obrigatoriedade de prestar um serviço durante 24 horas e por isso, recorda um processo de muita aprendizagem e trabalho mas, também, de muita alegria pelo feedback que o negócio ia atingindo.

“De uma equipa de duas, chegámos a um má ximo de 14 pessoas e uma vez mais, mudámo-nos do coração de Lisboa para Benfica, um espaço mais “pensado” e ajustado a todos os equipamentos e processos de produção que já tínhamos na altura.

O espaço, feito à medida, bem localizado, acessível a todos os clientes, possibilitava que estes aprovassem e recolhessem trabalhos. A ver dade é que uma produção de 24 horas, sobretudo com uma fresa que trabalhava durante a noite, levou a que algum barulho se tornasse uma questão incómoda num prédio de habitação.”

De forma prática, Cristina e Miguel decidiram

ENTREVISTACRISTINA PEREIRINHA 38
“A GETBLISS NÃO É APENAS UMA EMPRESA QUE IMPRIME GRANDES FORMATOS, MAS QUE DESENVOLVE PROJEC TOS, QUE ACRESCENTAM VALOR E SUGERE AS MELHORES OPÇÕES”

Neste momento, estamos em três plata formas online, conhecemos o comporta mento dos clientes, que gestão temos de executar e sabemos que a estratégia da empresa passa por aí.”

que alguns equipamentos regressariam à base e te riam de voltar a funcionar na Margem Sul, junto às instalações da Jorge Fernandes, ficando a Getbliss em Benfica com um espaço que prestava a apoio aos clientes, onde alguns trabalhos de vinil, recorte de vinil, rol upps e outros, poderiam ter resposta mais rápida. E assim funcionou até que surgiu uma pandemia e, embora Cristina não quisesse sair de Lisboa nem afastar-se dos clientes, a decisão unânime de que todos ganhariam se estivessem novamente juntos num mesmo espaço, acabou por vencer. “Agora estamos definitivamente na Mar gem Sul e temos os clientes connosco, trabalhamos com plataformas online e estes quase dois anos de pandemia, levaram a que todos aprendêssemos rapidamente a trabalhar e comprar online.

Neste momento, estamos em três platafor mas online, conhecemos o comportamento dos clientes, que gestão temos de executar e sabemos que a estratégia da empresa passa por aí.”

A “máquina de produção” da Getbliss está, segundo confessou Cristina, “muito mais oleada”. Apesar disto, revela que não consegue deixar os seus clientes sem apoio e eles sabem que contam com o seu know-how, visão e experiência. Sim, porque a Getbliss, como Cristina gosta de dizer, “não é apenas uma empresa que imprime grandes formatos, mas que desenvolve projectos, que acrescentam valor e sugere as melhores opções.

Os clientes estão connosco há mais de 10 anos, contam com o nosso apoio, confiam em nós e, na grande maioria dos casos, estabelecemos já uma relação de amizade que se cimentou a partir do campo profissional.”

PANDEMIA, “UM MURRO NO ESTÔMAGO”

O mercado sempre foi feito de crises, de altos e baixos, de momentos bons e menos bons, mas aquilo que ninguém conhecia ou estava prepa rado, era para viver uma pandemia. E também para a Getbliss não foi diferente já que o “murro no estômago” surgiu quando foi preciso parar.

“Lembro-me de pensar que 2020 seria o nosso melhor ano de sempre e, de repente, a ordem era para irmos todos para casa. Não foi fácil gerir sentimentos, tínhamos comprado matéria prima, a produção estava pronta a entrar em máquina, trabalhávamos com empresas para quem fazía mos dois a três eventos por mês e, num ápice foi tudo cancelado.

Cristina relembra a mistura de tristeza e medo também pelo investimento recente numa máquina

de impressão directa. “Apesar de tudo, foi bom perceber que os fornecedores da Getbliss confia vam na nossa capacidade de ultrapassar a situação e voltar a cem porcento assim que fosse possível regressar. Aquilo que nos manteve com alguma segurança foram de facto as plataformas online.”

Cristina comprara este voto de confiança aos primeiros tempos, quando saiu à rua e marcou reuniões com um poftfolio muito reduzido. “Os clientes começaram a trabalhar connosco por confiarem em mim e no Miguel. Muitos dos meus primeiros clientes vieram da área do design de interiores e estão até hoje com a Getbliss, con tinuando a ter clientes que nos procuram para projectos de habitação e escritório, o que sai um pouco do portfolio padrão de uma gráfica digital de grande formato.” Se tivesse de eleger aquilo que mais tem contribuído para o crescimento da Getbliss, Cristina não tem dúvida de que ga nharia o “passa-palavra” dos clientes.

UMA MAIOR ABERTURA, UMA AJUDA CRIATIVA

Desde o seu início que a impressão digital de pequeno e grande formato, não para de registar inovações tecnológicas de relevo e, para quem desenvolve actividades nestas áreas, é essencial acompanhar o que vai surgindo. “Na Getbliss, fazemos questão de acompanhar essa inovação porque queremos ser uma ajuda criativa para designers e agências, apresentando-lhes novos substratos, soluções e tecnologias.”

Talvez seja isto que tenha cativado e sur preendido os clientes que quiseram experimen tar aquilo que a empresa de Cristina Pererinha e Miguel Marques lhes pode oferecer. “Quando um cliente trabalha com outras empresas há anos, é sempre difícil levá-lo a mudar, a menos que seja através de uma proposta inovadora ou de novas soluções. Foi o que fizemos. Pedi aos clientes que

ENTREVISTACRISTINA PEREIRINHA 39

nos dessem uma oportunidade, nem que fosse para fazer um vinil para colocar numa porta, de forma a verem o nosso acompanhamento e sabe rem como trabalhamos.”

E assim foi, os clientes aceitaram o desafio. Estava feita a parte mais difícil. Cristina consi dera que hoje, todas as empresas produzem com qualidade, oferecem bons prazos e não querem falhar, pelo que a diferença só pode estar na for ma de trabalhar e no serviço prestado.

A empresária refere que a Getbliss foi criando uma nova forma de trabalhar, mostra uma maior abertura e propõe soluções inovadoras para que os clientes experimentem algo de diferente.

“Começámos por fazer muitas exposições, mudámos a impressão, introduzimos o branco e o verniz localizado no grande formato e sen timos uma boa adesão a estas novas propostas.

Os clientes estão hoje mui to mais disponíveis para novas soluções e a impressão digital tem permitido muita inovação.

Os equipamentos de grande formato oferecem acabamentos diferentes e uma produção cada vez mais rápida, o que é tudo aquilo que os clientes querem. Se a isto juntarmos um serviço chave na mão através de uma equipa de monta gem que a Getbliss oferece, então é evidente que os clientes dormem descansados e reconhecem o nosso serviço premium.”

INSPIRAÇÃO, DE ONDE VENS?

Com um sentido estético muito apurado e adepta do belo e diferente, Cristina nunca se cansa de procurar inspiração que possa ser o motor de tudo aquilo que a Getbliss faz e oferece no seu portfolio. “Pesquiso muito, no Instagram sigo algumas páginas de relevo, adoro a conta da Fedrigoni porque gosto dos papéis, das aborda gens, dos press kits que enviam. Quando recebo algo da Fedrigoni sei que será sempre um conteúdo fora da caixa. Através dessa conta, consigo seguir outras, sobretudo de designers, criativos

FOTOGRAFIA • ANA PAULA CECÍLIA

e agências e, acabo por me inspirar. Já apresen tei propostas a clientes, sobre cartões de visita diferenciados, flyers inovadores, placas de novos materiais, sem que me tivessem pedido.”

Com um sorriso tímido a esconder o orgulho, a mentora do projecto Getbliss confessa que sen te que os clientes se interessam verdadeiramen te pelo seu gosto. “Sei que os clientes me dão ouvidos. Qaundo tenho uma reunião e recebo um briefing, acabo quase sempre, por ouvir a seguinte pergunta: “Cristina, o que é que acha?” Sei que os clientes gostam de ouvir a minha opinião e a valorizam.”

O know-how e experiência de Cristina Pereirinha tem ainda mais impacto nesta altura em que o mercado vive uma crise de escassez de matéria prima e produtos essenciais à produção de várias áreas a que a impressão não é alheia.

“Agora que já estávamos a sentir um retorno à normalidade, a valores anteriores à pandemia, somos confrontados com a falta de materiais, com preços que duplicaram ou mesmo triplicaram. É complicado explicar a clientes que trabalham con nosco há muito tempo, estes aumentos de preços, mesmo que tenhamos feito um esforço para os acomodar e diminuir margens.”

Apesar do momento internacional, do impac to pós pandemia, da guerra na Ucrânia, o ciclo de investimentos numa empresa de impressão é quase impossível de travar. Cristina bem gostava que a aquisição de equipamentos não fosse norma, mas para que a empresa consiga estar na frente do mercado e possa dar resposta às necessidades dos seus clientes, sabe que é preciso continuar a investir.

“Comprámos uma máquina de impressão directa porque ganhá mos um cliente de prestígio e era inevitável que o fizéssemos.

Temos uma máquina de impressão directa, fresas, quatro plotters, duas HPs látex, e Rolands e o mais recente investimento foi feito numa Colorado.”

A Getbliss está no mercado há precisamente 11 anos e Cristina considera que este é ainda um projecto jovem quando comparado com outros, mas que beneficia de um posicionamento dife rente e desempoeirado, num mercado maduro e pouco flexível.

A ascensão fulgurante da Getbliss deve quase tudo à sua mentora que ousou cruzar formação e visão com a experiência de Miguel Marques, o seu sócio e marido. Há quem diga que atrás de um grande homem está sempre uma grande mulher, mas neste caso, os dois caminham lado a lado, equilibrando e dirigindo uma empresa que, é sem dúvida, uma referência no mundo da impressão de grandes formatos.

ENTREVISTACRISTINA PEREIRINHA 40
“COMEÇÁMOS POR FAZER MUITAS EXPOSIÇÕES, MUDÁMOS A IMPRESSÃO, INTRODUZIMOS O BRANCO E O VERNIZ LOCALIZADO NO GRANDE FORMATO E SENTIMOS UMA BOA ADESÃO A ESTAS NOVAS PROPOSTAS”

para celebrar e mostrar o que há de mais recente em decoração de interiores.

• World Wrap Masters Europe 2023 e World Wrap Masters Final 2023 – este evento incluirá workshops de treino, demonstrações de especialistas do setor e competições.

• Sustainability Spotlight - fornecerá conselhos úteis, informativos e acionáveis para responder às necessidades de Pessoas, Planeta e Lucro. Todas as sessões da conferência são gratuitas e os tópicos foram cuidadosamente selecionados para fornecer o kit de ferramentas que podem reduzir custos optimizando energia e recursos.

• Mais eventos serão confirmados e anunciados na preparação para a feira.

Os visitantes da exposição poderão partilhar conhecimento, explorar novas tendências, investir em novas máquinas ou consumíveis e descobrir as últimas inovações que dão vida à cor! A Fespa Global Print Expo 2023 será co-localizada com a European Signage Expo 2023, a principal exposição de comunicação visual e não impressa da Europa, com expositores a exibir as mais recentes soluções de sinalização.

De 10 a 12 Janeiro de 2023 Local Messe Dusseldorf Cidade Dusseldorf País Alemanha Site viscom-messe.com Perfil da Viscom Sectores Publicidade, Televisão, Tecnologias Multimídia, Audiovisual, Comunicação, Impressão e Gráfica, hotelaria, informática, tecnologia. Periodicidade Anual Alcance Internacional A Viscom é uma feira líder em Comunicação Visual. A feira fornece uma plataforma para produtores, comerciantes e distribuidores de serviços de todos os meios de comunicação visual. Conferências, workshops, prémios e outros eventos paralelos são frequentemente apresentados na Viscom. De 3 a 7 fevereiro 2023 Local Messe Frankfurt Cidade Frankfurt País Alemanha Site ambiente.messefrankfurt.com Periodicidade Anual Alcance Internacional Organizador Messe Frankfurt Tipo de produto Bens de Consumo, Decoração do Lar, Móveis, Artigos para o Lar, Cozinha, Objetos Decorativos, presentes. De 8 a 14 Junho de 2023 Local Fiera Milano City Cidade Milão País Itália Site www.itma.com A ITMA, é uma feira internacional de maquinaria têxtil que apresenta máquinas centrifugadoras, de fiação, de tecer, de encaixe, máquinas de lavar roupa, de branqueamento, tingimento e secagem, exames laboratoriais, transporte, equipamentos para reciclagem, software de design, controle de dados, entre outros. Perfil de ITMA Sectores Couro, Tecidos, Máquinas para Indústria Têxtil, Máquinas Têxteis, Artigos Têxteis para Hotelaria, feiras industriais. Periodicidade Cuatrienal Alcance Internacional De 12 a 15 de Julho de 2023 Local Expo Center Norte Cidade São Paulo País Brasil Site www.feirafutureprint.com.br Sectores Comunicação visual, serigrafia, sign, sublimação e impressão digital têxtil. De 23 a 26 de Maio de 2023 Local Messe Munique Cidade Munique País Alemanha Site www.fespa.com Perfil da Fespa Sectores: Máquinas de Impressão, tecnologia multimédia, Impressão Digital, Impressão e Gráfica. Periodicidade Anual Alcance Internacional O evento é a principal exposição da Europa para serigrafia e impressão digital, de grande formato e impressão têxtil, reunindo centenas de expositores apresentarão as suas últimas inovações e lançamentos de produtos em gráficos, decoração, embalagens, aplicações industriais e têxteis. Os recursos programados incluem • Printeriors 2023 – este será o sétimo ano em que este evento ocorre. O Printeriors 2023 reunirá a comunidade global de impressão
VISCOM 2023 AMBIENTE 2023 FEIRAS ITMA 2023 FUTURE PRINT FESPA GLOBAL PRINT EXPO 2023 FEIRASCONSUMO 42
A FEIRA DE REFERÊNCIA DO SEU SECTOR PORTUGAL PRINT 2023 16·18 FEV EXPONOR PAVILHÃO 4 NÃO FALTE ! BONS PARCEIROS. BONS NEGÓCIOS. Informações · geral@profair.pt · www.portugalprint.com
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