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#214 a revista do mundo gráfico Novembro/Dezembro 2020 intergraficas.com.pt

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A performance de 3 gráficas do Grande Porto em tempos de pandemia

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UMA MÃO CHEIA DE CASE STUDIES NOVOS PRODUTOS DA XEROX O DINAMISMO DA KONICA MINOLTA

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Entrevista Augusto Monteiro - Grafopel

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A IMPRESSÃO 3D E OS OCEANOS

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O que é que o Norte tem? Tem gente boa? Tem! Tem determinação? Tem! Tem vontade e visão? Tem! Tem tudo como ninguém


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Ficha técnica DIRECTORA ANA PAULA CECÍLIA REDACÇÃO ANA PAULA CECÍLIA anapcecilia@intergraficas.com.pt DESIGN E PAGINAÇÃO DESIGNGLOW geral@designglow.com FOTOGRAFIA ISTOCKPHOTO, ANTÓNIO CAMILO E LUÍS FILIPE COLABORADORES AUGUSTO MONTEIRO, JOÃO FELGUEIRAS, DANIEL FURET, DAVID ZAMITH E MARIA JOÃO BOM MARKETING E PUBLICIDADE PEDRO SILVA WEBMASTER RJ LIMITADA PROPRIEDADE ANA PAULA CORDEIRO CECÍLIA E CARLA CECÍLIA Rua José Isidro dos Santos, nº 3, 5º esq.; 2625-089 Póvoa de Santa Iria TEL. +351 21 804 15 28 TLM. 91 991 35 27 E-MAIL anapcecilia@intergraficas.com.pt SITE www.intergraficas.com.pt Nº DE CONTRIBUINTE 503 898 007 Nº DE REGISTO NO I.C.S. 114 507/97 DEPÓSITO LEGAL 220 938 TIRAGEM 2 000 exemplares PERIODICIDADE Bimestral IMPRESSÃO TIPOGRAFIA PRISCOS LDA R. de São Tomé 6, 4705-578 Priscos TEL. +351 253 672 473 E-MAIL administracao@tipografiapriscos.com Os artigos de opinião integrados nesta revista são da responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião do editor.

Ana Paula Cecília Directora da Revista Intergráficas anapcecilia@intergraficas.com.pt

EDITORIAL INTERGRÁFICAS #214

SE UMA BORBOLETA BATER ASAS...

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á muitos anos, quando ainda era miúda, entrevistei para um Jornal diário Adriano Moreira, histórico do CDS e professor universitário no ISCSP, onde estudei. Muitas vezes passava pelo Professor nos corredores do Palácio Burnay, na rua da Junqueira e ficava deslumbrada com a simpatia, o charme e a forma descontraída e sorridente como cumprimentava alunos, professores, administrativos, auxiliares. Já tinha passado a idade da reforma mas continuava a leccionar e a ser um docente que todos queriam ouvir porque as suas aulas eram história viva, contada na primeira pessoa. As relações internacionais foram sempre a sua “praia” e aquando da entrevista sobre a globalização, ouvi a frase que nunca esqueci e que, ao longo dos anos tem ganho peso e relevância: “Quando uma borboleta bate asas no Pacífico, provoca um tsunami na Europa.” Hoje, olho para trás e percebo que a “profecia” da altura, com mais de 20 anos, se concretizou. Um vírus com origem na China provocou o desespero e uma derrocada em todo o mundo, mas sobretudo na velha Europa! Sabíamos que vivíamos há muito numa “aldeia global”, que estávamos ligados, que o mundo era um mercado comum, que as fronteiras eram residuais, as cidades abertas ou mesmo escancaradas e as pessoas amavam e trabalhavam em qualquer lugar do planeta. Sabíamos e não questionávamos. De repente, um vírus mudou tudo. Não foi uma crise económica, uma guerra, um terramoto, uma catástrofe natural. Não, foi um vírus, o que nos permite perceber quão frágil é a vida. Sonhos, projectos, planos, metas, hábitos, perspectivas e ideais, foram alterados e tivemos de nos adaptar, de nos reinventar e aprender a contornar barreiras e obstáculos provocados por um vírus que começou na China, na cidade de Wuhan, província de Hubei, a 10.080 quilómetros de Portugal. Talvez a lição que possamos retirar daqui, seja que na vida nada é garantido, que tudo pode mudar, em qualquer instante, em qualquer lugar. A ideia de que tudo ficará bem depois deste vírus passar, vem recheada de uma ilusão boa, de pensamentos positivos que nos fazem saltar da cama e querer fazer mil coisas. Como se fossemos crianças, acreditamos que o melhor está por vir e é essa ingenuidade saudável que nos empurra para a frente. Ao longo de mais de 23 anos a contactar com empresas e profissionais da indústria gráfica, da área do marketing e do mundo do design e publicidade, fui conhecendo milhares de histórias de vida que coloquei nas páginas de 214 revistas Intergráficas e que, acabaram por transformar o meu olhar sobre a vida. Quem me conhece sabe que vivo inspirada por exemplos de pessoas incríveis que souberam e conseguiram, contra tudo e todos, provar que a vontade férrea, o querer e a determinação são mais fortes dos que todos os obstáculos. É nisto que penso quando na minha vida surgem paredes inesperadas, problemas mais graves, decepções, pedras no caminho... Recordo-me muitas vezes das palavras simples mas certeiras, de gente que entrevistei e que contribuem para que seja o que sou hoje. Obrigada e todas as pessoas que tenho conhecido neste percurso, a todos o que têm permitido que faça esta revista, a todos os que têm carinho por mim e pela Intergráficas. A história desta revista é também a minha história e por isso, o que quero dizer-vos, é que tudo farei para que a IG continue a ter e fazer sentido. A cada um de vocês, desejo que todas as “estórias” de vida que passam por aqui ou mesmo fora destas páginas, vos inspirem a continuar, a fazer melhor, a não baixar os braços, a lutar pelo que desejam. Se uma borboleta bater asas no pacífico e provocar na Europa um tsunami, só temos de aprender a surfar a onda e provar que as dificuldades podem ser oportunidades! Que 2021 seja um ano positivo e de verdadeira transformação!


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OPINIÃO AUGUSTO MONTEIRO

Augusto Monteiro Presidente do Conselho de Administração da Grafopel augusto.monteiro@grafopel.pt

Suiça vs Portugal

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ENHO PELA SUÍÇA E PELOS SUÍÇOS UMA ENORME ADMIRAÇÃO. Um país que apesar da sua pequena dimensão, (menos de metade de Portugal) natureza montanhosa e reduzida área arável, ocupa um papel muito importante no âmbito da economia mundial. Um país de montanheses, que sem mar, sem um território totalmente arável, sem um clima ameno, conseguiu, mesmo assim, ser um país florescente de prosperidade e vitalidade. A sua economia assenta em várias áreas de actividade. Pela sua importância destacam-se a indústria têxtil, metalúrgica, relojoaria, química (produtos farmacêuticos), alimentar, aeronáutico e turismo. Seguindo-se depois a pecuária e derivados, e a agricultura. Viajar pela Suíça é descobrir um país de sonho, verdadeiro postal de Natal, muito bem organizado, onde se respira uma atmosfera de indizível paz, bem-estar e solidez colectiva. Um país onde a vida decorre disciplinadamente entre os que trabalham e os que administram, e onde as instituições funcionam de forma harmoniosa. Ao invés, Portugal, com condições excepcionais para poder ser a Suíça ibérica,

Viajar pela Suíça é descobrir um país de sonho, verdadeiro postal de Natal, muito bem organizado, onde se respira uma atmosfera de indizível paz, bem-estar e solidez colectiva

depois do apogeu glorioso de 1500 (tão desconsiderado pelos novos ideólogos de pacotilha) nunca mais conseguiu projectar a sua identidade. Foi-se tornando um país de revolucionários, fazendo de cada revolução uma frustração, até acabar atolado na dívida que foi contraindo, e de mão estendida à caridade alheia. No momento em que o país de Norte a Sul está a necessitar de uma terapêutica revitalizadora para agitar o aberrante marasmo em que vegeta, de perceber e reconhecer nas suas debilidades as razões da sua adversidade, não pode deixar de ignorar a sombria verdade que há décadas trava o seu desenvolvimento: a imperdoável inércia dos seus sucessivos dirigentes, que foram consumindo o pouco que tínhamos e gastando do alheio, deixando atrás de si uma herança cada vez mais pobre. Uma economia não prospera quando o valor dos bens produzidos é inferior ao dos bens consumidos. Daí que, desde há décadas, o país esteja a viver perigosamente apoiado numa dívida pública monumental, que não para de crescer. Apesar deste fatalismo e da penúria de um país em falência técnica – uma realidade oculta simulando um ar de prosperidade – continua sem instinto de superação. Um cancro governativo tem roído o


OPINIÃO AUGUSTO MONTEIRO

país, décadas a fio, convertendo-o numa sociedade de parentes pobres, limitada a sobreviver da iniciativa dos seus próprios impulsos. Embora com alguns progressos em períodos circunstanciais, tem experimentado algumas dificuldades para modernizar-se e projectar-se ao mesmo nível da realidade que o rodeia: países economicamente prósperos, que se diferenciam evocando o seu atraso. É verdade que estamos adiantados em relação a outros povos subdesenvolvidos de fora da Europa, mas muito longe dos países da União Europeia – uma realidade que não se pode dissimular. Embora não se possa dizer que Portugal se tenha petrificado, a realidade é que tem sido impotente em adaptar-se à evolução do mundo, conservando uma organização arcaica, de mentalidade burocrática, gozando do monopólio do emprego público pago pelos contribuintes. Na nossa debilidade económica, o que existe de dinâmico deve-se à iniciativa privada, que não obstante a burocracia e o jugo de impostos a que está submetida, tem dado alguma vitalidade ao imobilismo de sucessivos governos, que somente têm acompanhado a passos lentos o ritmo de progresso da Comunidade Europeia, mas corre a grande velocidade em direcção ao endividamento do país, no pressuposto de que “há mais vida para além do défice.” Fruto de frustrações variadas e oportunidades perdidas, os cidadãos já não acreditam num futuro autêntico apregoado pelos títeres da revolução. Foi tanto o desacerto a aprisionar o país nas mãos dos credores, que a vida tornou-se numa encruzilhada sem saída para os que estão e para aqueles que chegarão depois de nós.

Creio que foi Miguel Torga quem escreveu “as nações, por vezes, levantam-se do caixão.” Para que o milagre aconteça, um país necessita de governantes expressando uma mentalidade de Homens de Estado. • Líderes que abracem causas e fixem objectivos com a responsabilidade de realizá-los; • Políticos que não vejam na política uma carreira garantida, um couto reservado ou uma situação adquirida; • Dirigentes que reanimem uma economia que sufoca, e que não se deixem aprisionar na rede das castas partidárias e dos direitos adquiridos; com coragem para alterar a rigidez estrutural e mental de uma instituição, onde tudo decorre numa lentidão confrangedora – um Estado tentacular e ao mesmo tempo ineficaz, que diagnostica mal e sem rigor os destinos da nação, o que explica o porquê de durante quase 50 anos de um novo regime não tenha feito muito de tudo quanto proclamou;

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• Alguém que perceba e reconheça que quem quer que seja que crie uma empresa, está a expor-se a um desafio de riscos e perigos, com a promessa de benefício em caso de êxito e a ameaça de falência em caso de fracasso. E que a iniciativa do cidadão que arrisca em prole da comunidade criando emprego e riqueza, não pode estar sob a trama de uma Administração Pública que, em vez de prestar ajuda e colaboração, só complica e sufoca numa multiplicidade de impostos, que diminuem o benefício e aumentam o risco. Diante deste cenário, o país necessita mesmo de uma sacudidela a forçar fazer-se ouvir pelos poderes públicos, até agora demasiado longe da realidade e de olhos fechados para o futuro do país e bem-estar dos seus cidadãos. Basta de políticos bem-falantes, com palavras deliciosas para os ouvidos, mas na prática incapazes de assegurarem as condições necessárias ao desenvolvimento económico do país.

Embora não se possa dizer que Portugal se tenha petrificado, a realidade é que tem sido impotente em adaptar-se à evolução do mundo, conservando uma organização arcaica, de mentalidade burocrática, gozando do monopólio do emprego público pago pelos contribuintes


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OPINIÃO JOÃO FELGUEIRAS

O Mar bate na Rocha…

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UERO ACREDITAR QUE TODOS NÓS CONHECEMOS ESTA EXPRESSÃO POPULAR. Admito mesmo que todos sejamos capazes de a completar, na sua formulação habitual. Mas o motivo pelo qual não a completei, eu mesmo, não foi apenas o pudor e o decoro que inibem certo nível de brejeirice perante os respeitáveis leitores. Na verdade, não estou muito de acordo com esta ideia. Creio mesmo que o Mexilhão gosta do que o Mar lhe faz, ao bater na Rocha. Caso contrário, já se tinha ido embora, ou não tinha sequer ido colar-se à Rocha. No entanto, esta expressão veio-me à memória, nesta época perturbada por brutais limitações à actividade económica, porque, na prática, ela é usada com o sentido de que, muitas vezes, factores que não dominamos, nem influenciamos, acabam por nos afetar negativamente. Suportamos os efeitos de algo que não provocámos. É, sem dúvida alguma, a génese da injustiça. Não tivemos culpa, mas suportamos as consequências. Esta situação, por si só, justifica muitos desabafos. Estamos legitimados para muitas exclamações de desagrado e até de revolta. Podemos discutir o mérito das medidas impostas pelas autorida-

des. Podemos questionar a competência dos governantes e a responsabilidade resultante da falta de preparação do Estado para lidar com uma emergência como esta. Mas a verdade é que os desabafos nada resolvem. Podemos ficar mais aliviados emocionalmente. Mais nada. O Mar vai continuar a bater na Rocha e, ou os Mexilhões se adaptam ao vai e vem das ondas, ou o Mar dá conta deles. Aqui, entra o princípio da selecção natural em funcionamento: Os melhor preparados e, principalmente, os mais adaptáveis, são os que sobrevivem. Os outros sofrem as consequências do Mar bater nas Rochas… É ainda cedo para prever com rigor o que vai ser o mercado gráfico no Novo Normal, depois de definitivamente virada a página do COVID. Já há anúncios de vacinas eficazes. Outros provavelmente se lhes seguirão. Contudo, ainda não sabemos bem quanto tempo vai ser necessário para produzir, distribuir e ministrar massivamente a desejada vacina, para permitir à população um regresso à actividade económica, cultural e social, sem limites decorrentes do COVID. Arrisco dizer que há um certo consenso na previsão de que a procura poderá não voltar aos níveis pré-COVID, pelo menos nos tempos mais próximos. Assim, embora seja de prever que alguns concorrentes vão fechar portas, dei-

João Felgueiras General Manager Africa The Navigator Company joao.felgueiras@thenavigatorcompany.com

xando algumas oportunidades de negócio disponíveis, parece-me recomendável analisar bem as opções de expansão de actividade que ajudem a colmatar a falta de procura no nosso negócio tradicional. Nesta análise, sem prejuízo de outros modelos mais sofisticados, ocorrem-me os três eixos clássicos da Matriz do BCG: • Profundidade – Buscar mais quota de mercado nos mercados geográficos que já cobrimos, com os produtos que já oferecemos. • Geográfico – Alargamento da base geográfica onde procuramos as nossas encomendas. • Produto – Alargamento da gama de produtos/serviços oferecida. Qualquer destes eixos tem as suas ameaças e as suas oportunidades. E cada uma das nossas empresas terá os seus pontos fortes e os seus pontos fracos. Pessoalmente, tenho sempre um cuidado acrescido com a busca de mais quota de mercado nos produtos e mercados já trabalhados, pois frequentemente descamba em guerra de preços. Gosto, por isso, mais dos outros eixos. Não deixo de olhar para o mercado da embalagem, designadamente dos sacos, onde o plástico tem vindo a ser banido, para ser substituído pelo papel. Ao mesmo tempo, acredito que o aumento significativo da compra pela Internet, deverá dar lugar a um significativo incremento das necessidades de embalagens.


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OPINIÃO DANIEL FURET

Daniel Furet Director de Operações e Membro da Administração da Lidergraf daniel.furet@lidergraf.pt

Obrigação de fazer mais e melhor

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OM TANTA NUVEM NEGRA A PAIRAR SOBRE A NOSSA INDÚSTRIA, SÓ NOS RESTA UMA SOLUÇÃO, fazer mais e melhor do que fizemos no passado. Tenho falado muitas vezes na necessidade de optimizar-mos os nossos processos produtivos, na importância que as pessoas têm dentro das organizações, na combinação harmoniosa que é necessário existir entre áreas das empresas e sobretudo saber suar os activos que temos dento de portas. Temos por obrigação: não vacilar na forma como vemos os negócios, como acreditamos na prática do preço justo, na forma como combatemos as injustiças e sobretudo na forma como continuamos a acreditar no futuro. Que vamos todos de uma forma geral (com pequenas excepções) ter mais difi-

culdades neste ano que aí vem, vamos; que a vida empresarial vai ter contornos completamente diferentes também não preciso de ser futurologista para o afirmar, que as empresas necessitam de uma maior flexibilidade de todos os colaboradores, não tenho dúvidas que essa pode ser a chave do sucesso de muitas; que a área comercial vai ter que se reinventar e vai ser a área mais complexa a ter sucesso nestes novos tempos, estou certo que sim. As vendas necessitam de pessoas bem formadas nas capacidades que são as suas organizações, de pessoas que acreditam no que fazem e sobretudo de pessoas que consigam criar sensações de segurança e consigam não só vender o seu produto mas consigam acrescentar valor nessa relação comercial. Hoje já ninguém compra por impulso, compram-se essencialmente mais por necessidade, por gosto ou mesmo por coleccionismo, e no caso de maquinaria só compram ou deveriam comprar

quando necessitam de trocar por falta de capacidade, por custos incomportáveis de manutenção, necessidade de se tornarem mais competitivos ou por necessidade de diversificar de negócio. Estamos no tempo em que os valores da sustentabilidade voltam a ter espaço no debate público, contudo não passa de uma vaidade sem qualquer responsabilidade associada. Agora necessito de colocar um selo em como a minha publicação é produzida com matérias-primas de origem sustentáveis, mas só estou preocupado com o preço, não quero saber se a organização que me dá um preço mais baixo cumpre com outros requisitos, como ter os impostos em dia, ter uma certificação ambiental, ter instalações dignas de trabalho, enfim, ser uma organização que realmente se preocupa com os nossos filhos no futuro. Aqui cabe a todos nós acordar e ter um papel activo nesta forma de estar, de uma vez por todas temos que ter a capacidade de separar estas empresas tóxicas das empresas que possam representar realmente futuro e a sobrevivência da nossa indústria e volto a afirmar que não se pode continuar a fechar os olhos e a ajudar quem não pode ser ajudado, e aqui indústria gráfica, fornecedores de máquinas e matérias-primas, clientes e empresas produtoras de conteúdos tem um papel fundamental. Não existem só empresas tóxicas, também existem muitos clientes tóxicos que só se querem aproveitar-se destas situações e continuam a tentar explorar industrias contribuindo para o afundanço das mesmas. É natural eu negociar o preço, é; mas não é natural ser cego em relação ao preço e esquecer-me de tudo o que envolve esse preço. Se eu comprar um mau produto, se eu não tiver o produto a tempo e horas mas tive o melhor preço do mercado, em quanto estou a colocar em risco o meu negócio? A nossa indústria é sem dúvida uma fábrica fundamental para o alimentar das vendas das várias empresas, para difundir informação (mais credível do que a que circula na internet), para colocar cá fora sonhos e sobretudo imortalizar tanta coisa que só o papel permite. Bom Ano e um 2021 cheio de óptimas surpresas.


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Navigator antecipou pagamento de subsídio de Natal para atenuar crise económica A The Navigator Company antecipou e reforçou os benefícios dos seus colaboradores no sentido de os apoiar num período difícil que a economia do país atravessa, reconhecendo o esforço comum e o desempenho durante a pandemia. Apesar do forte impacto económico que a empresa tem sofrido, a sua robustez financeira e a confiança com que encara o futuro permitem a aplicação desta medida de partilha com os seus 3.200 trabalhadores e respectivas famílias. O pacote de benefícios, no montante agregado de cerca de 10 milhões de euros, passou pela antecipação do pagamento: do subsídio de Natal a todos os seus trabalhadores, das férias não gozadas e das folgas acumuladas a 31 de Dezembro de 2019, e ainda de uma gratificação extraordinária, permitindo assim um reforço dos rendimentos e da liquidez dos respectivos agregados familiares. Estes novos benefícios juntam-se às medidas implementadas com efeitos a Janeiro deste ano, destacando-se o aumento intercalar anual de 2,5% aplicado a técnicos operacionais posicionados nos níveis mais baixos da estrutura de remunerações, programa de promoções e progressões, aplicação da cláusula de anti-estagnação, programa de Mérito para Quadros. Acresce a isto os benefícios sociais que a empresa distribui todos os anos no valor aproximado de 25 milhões de euros, referentes a seguro de saúde, seguro de vida, fundo de pensões, subsídio de infantário, subsídio de livros escolares, bolsas de estudo, subsídio para filhos portadores de deficiência, cantina e formação.

360imprimir/Bizay capta mais 32 milhões de euros para acelerar expansão internacional A 360 imprimir/Bizay, um marketplace português que se dedica a produzir artigos personalizados para pequenas e médias empresas (PME), fechou uma ronda de financiamento de 32 milhões de euros, que servirá para acelerar o crescimento e consolidar a sua posição em mercados internacionais. A ronda foi co-liderada pela Indico e pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) com o forte apoio da Iberis Capital e dos investidores actuais incluindo LeadX Capital Partners, Omnes Capital e Pathena, informa a empresa no comunicado enviado às redações. A empresa tem agora a ambição de atingir 100 mil produtos disponíveis na plataforma. O investimento vai ainda reforçar a presença da 360imprimir/Bizay nos 21 mercados em que opera. A start-up pretende tornar-se na “Amazon” no que toca a responder às necessidades das PME por produtos personalizados, tais como merchandising, packaging e consumíveis, decorações e uniformes.

O CEO da 360imprimir/Bizay, Sérgio Vieira, afirma que “a crise sanitária actual acelerou a mudança para a compra online de produtos personalizados a preços reduzidos”. “A nossa plataforma será um facilitador determinante para que os negócios possam recuperar mais rapidamente. Estamos totalmente confiantes no alcance das metas que nos permitam entrar num novo nível de ambição global”. Stephan Morais, Managing General Partner da Indico Capital Partners, acredita que “a 360imprimir/ Bizay está a entrar numa nova fase de crescimento e esta ronda vai consolidar a sua presença na Europa e permitir que aproveite a oportunidade que surgiu com a mudança de mentalidades para a compra online”. Com o financiamento agora anunciado, a 360imprimir/Bizay já captou um total de mais de 54 milhões de euros. A empresa fechou anteriormente uma ronda de financiamento Série B no montante de 22,3 milhões de euros junto de vários investidores nacionais e internacionais.

Breves NACIONAIS


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Manuel Marques de Matos reforça equipa da Canon Portugal A Canon Portugal anunciou a nomeação de Manuel Marques de Matos como novo Business Development Manager para a área de Professional Print Solutions. O novo reforço da equipa Canon conta com ampla experiência no segmento de negócio das soluções de Production Printing e Industrial Printing de empresas de renome internacional. Manuel Marques de Matos irá coordenar as acções de planeamento de vendas de produtos de Production Printing (PP) na área de Document Solutions (DS) da empresa. Para além da aplicação de acções estratégicas de produto nesta área, as suas funções terão também uma forte componente comercial e de vendas deste tipo de produtos em ambos os canais (directo e indirecto). Entre os objectivos imediatos do executivo está um plano de apoio a empresas que pretendam definir estratégias para enfrentar o desafiante momento atual e programar 2021 como um ano de retoma pós-COVID-19. “Contamos com a enorme experiência do Manuel no sector profissional para alavancar a nossa presença no mercado com os produtos de Production Printing. Acreditamos que estes produtos vão contribuir fortemente para o crescimento da área de Document Solutions em Portugal – que, de resto, já é actualmente um dos sectores de maior desenvolvimento na nossa organização,” destaca Joaquim Pimenta, Senior Channel Manager da Canon. Licenciado em Design de Comunicação pelo IADE, Manuel Marques de Matos conta ainda com três pós-graduações: em Marketing e Direcção Comercial e Gestão de Equipas de Vendas, ambas pelo IPAM, e em Programa de Gestão e Liderança pela AESE Business School. Durante 12 anos (1992-2004) lecionou a disciplina de Artes Gráficas e Design na Escola Profissional de Comunicação e Imagem (EPCI) e, em paralelo, colaborou com agências de comunicação e publicidade de renome. Durante os últimos 20 anos, sempre com forte ligação ao sector das artes gráficas, desenvolveu projectos profissionais em várias empresas de soluções de impressão profissional, iniciando a partir deste momento um ambicioso e destacado desafio profissional.

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Navigator renova classificação máxima entre empresas mundiais sustentáveis A The Navigator Company foi novamente distinguida pelo CDP (anteriormente conhecida como Carbon Disclosure Project) com o rating “A” num inquérito mundial para avaliar as ações desenvolvidas pelas empresas no âmbito das alterações climáticas, alcançado por apenas 3% das empresas avaliadas em todo o mundo. A Navigator foi distinguida como líder mundial no combate às alterações climáticas pelo CDP, organização não governamental que avalia o desempenho ambiental de empresas e cidades e cujas análises são utilizadas pelos investidores nas suas decisões de investimento sustentável. O CDP reconheceu pela segunda vez consecutiva a Navigator pela sua atuação, no último ano, na redução de emissões, pela diminuição dos riscos climáticos e pelo desenvolvimento de uma economia de baixo impacto de carbono, de acordo com os dados de 2019 divulgados pelo CDP. Todos os anos, milhares de empresas divulgam ao CDP dados sobre o seu impacto ambiental, riscos e oportunidades para que sejam avaliados de forma independente e de acordo com a sua metodologia de pontuação. As empresas recebem pontuações de A a D pela eficiência com que atuam no que se refere às alterações climáticas, enquanto que aquelas que não divulgam ou que fornecem informações insuficientes são classificadas com a pontuação F. Este ano, a organização considerou válidas as candidaturas de mais de 5800 empresas destas, apenas 300 obtiveram a classificação máxima de “A”. Apesar das emissões de CO2 da Navigator representarem apenas cerca de 1% das emissões nacionais, sendo o maior exportador nacional em Valor Acrescentado, a Empresa comprometeu-se a reduzir em 15 anos, de 2050 para 2035, as metas de neutralidade carbónica, sendo a primeira a nível nacional e uma das primeiras a nível mundial a fazê-lo.


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Canon lançou comunidade online sobre impressão de grande formato A Canon anunciou o lançamento da sua nova comunidade online, graphiPLAZA, destinada aos profissionais de impressão de grande formato. O acesso à plataforma é gratuito para clientes, parceiros e colaboradores, que nela poderão desfrutar de uma rede global de conhecimentos para melhorar as suas práticas de negócio. A graphiPLAZA permite aos utilizadores estar informados sobre as tendências de mercado mais recentes, inspirar-se nas melhores práticas em todo o mundo e descobrir novas e aplicações. Para além disso, oferece uma ampla base de dados de meios independente dos fabricantes, compatível com as famílias de impressoras Canon Arizona (impressora plana) e Canon Colorado (rolo a rolo) e com capacidades de pesquisa avançadas. Através de uns cliques do rato é também possível aceder a documentação técnica e de utilizador, bem como às mais recentes atualizações de firmware e software. A graphiPLAZA proporciona um fórum interativo, categorizado em vários tópicos, para facilitar discussões entre pares. Dirk Brouns, Vice President, Large Format Graphics da Canon Production Printing, explica que, “A impressão de grande formato é um sector que prospera através da criatividade. É incrível ver a multiplicidade de aplicações que podemos explorar e como os nossos clientes, parceiros e especialistas encontram sempre novas e melhores formas para utilizar a nossa tecnologia. Com o lançamento da graphiPLAZA, a nossa ambição é interligar toda a nossa comunidade deste segmento – clientes, parceiros e os nossos próprios especialistas – para que possam desbloquear este potencial criativo para todos.” É possível aceder à graphiPLAZA através do link: http://graphiplaza. cpp.canon

HP Melhora a Experiência no Ponto de Venda com Solução “All-in-One” A HP ANUNCIA O HP ENGAGE ONE PRO, que designa como sendo o sistema de ponto de venda mais potente do mundo e que faz parte da família HP das soluções mais seguras do mundo para lojas. O Engage One Pro expande o portfólio de sistemas ponto de venda da HP com uma solução “all-in-one” de qualidade premium que foi concebida para os sectores do comércio e hotelaria. Os actuais sistemas de ponto de venda criam uma melhor experiência na loja porque a tecnologia foi concebida para ter a máxima versatilidade e fiabilidade para se misturar perfeitamente com o ambiente que o rodeia. Oitenta e seis por cento dos retalhistas afirmam que o de-

Breves INTERNACIONAIS


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7ª edição do C! Print Madrid é em Setembro de 2021 sign é importante e 67% acreditam que a robustez é um factor chave para responder às exigências do ambiente de loja, incluindo a capacidade de satisfazer os actuais requisitos rigorosos de higienização. Estas características são ainda mais importantes durante a pandemia, uma vez que os retalhistas e os operadores do mercado hoteleiro procuram acelerar a adopção de terminais self-service e de quiosque. O Engage One Pro permite ainda mais configurações de self-service com três opções de tamanho de ecrã e uma grande versatilidade de instalação que permite aos clientes apresentarem operações de balcão pouco congestionadas com periféricos integrados e gestão de cabos. “Os operadores dos sectores do comércio e da hotelaria precisam de mais capacidade e flexibilidade, para proporcionarem a escolha, conveniência e personalização que os clientes esperam”, afirmou Aaron Weiss, vice-presidente e director-geral da Retail Solutions, HP Inc. O Engage One Pro dá resposta à necessidade das empresas para melhorarem a sua experiência no ponto de venda, com um poderoso AiO que proporciona escalabilidade, flexibilidade e personalização. O Engage One Pro foi concebido para satisfazer as necessidades dos fluxos de trabalho e casos de utilização numa vasta gama de cenários de utilização e de clientes. Sectores como os das viagens e transportes, cuidados de saúde, e financeiros podem agora oferecer uma experiência premium que é, ao mesmo tempo, prática e fiável. A HP Engage One Pro deverá estar disponível em hp. com/EngageOnePro em Janeiro de 2021.

Nos dias 28, 29 e 30 de Setembro de 2021, realizar-se-á em Madrid a 7ª edição da C! Print, o evento de referência em Espanha, dirigido a profissionais de impressão, comunicação visual e personalização. A actual crise de saúde obrigou a organização a cancelar a edição 2020 do evento, e no próximo ano de 2021 o evento regressa com mais novidades, e com todas as medidas de controlo implementadas, para garantir o correcto desenvolvimento do certame e garantir a segurança de todos os participantes. O C! Print Madrid conta com o apoio das marcas líderes no mercado de impressão, comunicação visual e personalização e também com a Fespa Espanha, associação de profissionais do sector da comunicação visual, que define C! Print como um valor seguro e necessário num momento chave da reactivação do sector. Nesta nova edição, os espaços foram reorganizados para cumprir todas as especificações necessárias e maximizar a qualidade da experiência do visitante. O andar térreo abrigará expositores, fabricantes e distribuidores de grande e médio formato; e o piso superior reunirá os expositores de pequeno formato, personalização, prestadores de serviços de impressão, sinalização e display.

Fespa Espanha reconhece Sistrade com o VI prémio Ramón Sayans A SISTRADE FOI PREMIADA COM O PRÉMIO EDIÇÃO ESPECIAL 2020 pelo esforço, colaboração e generosidade na partilha da criatividade e conhecimento com outras empresas desde o início da pandemia. A cerimónia dos prémios realizou-se no dia 13 de Novembro num dos webinars da C! Print Days, onde a associação FESPA Espanha organizou uma edição especial dos Prémios Ramón Sayans que reconhece em todos os anos os melhores trabalhos de comunicação visual nas várias categorias, mas

este ano homenageou todas as empresas do sector que desenvolveram projectos de adaptação fase à situação em que vivemos em 2020.


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Digicom e Promogift unem-se e mudam data de realização para Setembro de 2021 Devido à actual situação em relação à segunda vaga do Covid-19 em Espanha, e após um intenso diálogo com todos os agentes envolvidos, as comissões organizadoras da Promogift, Feira Internacional de Publicidade e Brindes Promocionais e a Digicom, Feira de Impressão Digital e Comunicação Visual, em conjunto com a organização IFEMA, decidiram juntar os dois eventos feirais nas mesmas datas para criar o maior evento do país vizinho nestes setores, aproveitando as sinergias que têm em comum. Assim, a Promogift e a Digicom adiam as datas de realização para 14 a 16 de Setembro de 2021, com o objectivo de apoiar os interesses das empresas de brindes promocionais, impressão digital e comunicação visual, oferecendo um espaço de encontro que acolherá mais de 550 expositores, 700 marcas e mais de 12 mil visitantes, o que tornará este evento o mais importante de todos estes sectores.

Arjowiggins lançou papel de barreira translúcido sustentável O fabricante de papel Arjowiggins lançou o Sylvicta, um novo papel de barreira funcional translúcido e sustentável, uma alternativa aos plásticos em embalagens, que é totalmente reciclável, compostável, degradável no mar e, feito de matérias-primas renováveis. Foi comprovado que O Sylvicta preserva a qualidade dos alimentos e cosméticos tão bem quanto os plásticos convencionais, ao mesmo tempo que garante um impacto limitado no meio ambiente. A vantagem importante deste novo produto é uma alta barreira ao oxigénio, a principal causa de deterioração dos alimentos. Pode reduzir o desperdício de alimentos ao prolongar a vida útil durante as fases de transporte, distribuição e consumo da cadeia de valor. Através da refinação de precisão da fibra, as equipas de investigação e desenvolvimento da Arjowiggins desenvolveram este papel translúcido exclusivo, natural, sem a necessidade de quaisquer produtos químicos prejudiciais. O resultado é um papel com barreira ao oxigénio, aroma, óleos minerais e alimentos gordurosos. Ao passar por linhas de conversão convencionais, o Sylvicta pode ser estampado em folha, colado, gofrado, impresso em offset, rotogravura e flexografia, metalizado ou revestido com materiais seláveis a quente ou a frio. Além disso, a Arjowiggins está a trabalhar com transformadores de embalagens para abrir uma nova gama de aplicações, como bolsas para frutas secas, bolsas para saladas, saquetas para sabonetes sólidos, sacos para ração

e packs para barras de chocolate, embalagens de manteiga ou margarina. O Sylvicta oferece opção de embalagem de barreira que permite reduzir ou mesmo erradicar o uso de plásticos em aplicações de embalagem, de acordo com a empresa, descrevendo-o como “a solução ideal para a criação de uma economia circular globalmente sustentável, especialmente porque pode se integrar em esquemas de reciclagem existentes.”


PRODUTIVIDADE EXCECIONAL E A MELHOR QUALIDADE DE IMPRESSÃO RETHINK LABEL PRINTING


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OKI lançou a mais pequena impressora A4 a cores de mundo A OKI EUROPE LANÇOU A C650, A IMPRESSORA A4 A CORES MAIS PEQUENA DO MUNDO. Disponível a partir de janeiro de 2021, a C650 proporciona o desempenho, o manuseamento de suportes e a eficiência de custos de um dispositivo líder para grupos de trabalho num formato compacto e robusto. A C650 foi concebida para todas as instalações com espaço limitado, adequa-se aos espaços mais pequenos e imprime grandes volumes rapidamente com qualidade profissional, o que a torna ideal para utilização numa variedade de sectores, incluindo retalho, hotéis, restaurantes, cuidados de saúde, educação e construção. Equipada com a tecnologia LED digital pioneira da OKI, a C650 imprime a alta velocidade em cores LED ricas, para produzir todo o tipo de materiais, desde documentos do dia-a-dia a sinaléctica e materiais de marketing. O dispositivo imprime 35 páginas por minuto, com capacidade para processar suportes de 60 gramas até 256 gramas, e de B8 até 1,32 m de comprimento. A C650 reduz significativamente o espaço necessário para utilizar a impressora e, no que respeita à manutenção da C650, são apenas necessários 2 cm de espaço à volta para todas

as operações. A fiabilidade foi um conceito-chave no desenvolvimento da C650, e a utilização alargada de componentes de valor elevado, em substituição do plástico, faz desta impressora a mais robusta da sua classe, garantindo uma vida longa e sem problemas. Os toners separados e tambores de longa duração permitem um elevado ciclo de impressão e a máxima utilização dos consumíveis, tornando-a ideal para organizações que procuram impressões a cores de grande volume e cobertura. A OKI recomenda o uso do ABBYY FineScanner, o primeiro scanner móvel com IA para digitalizar documentos em papel e obter cópias digitais perfeitas para imprimir e armazenar. Isto adiciona capacidades de digitalização à C650, eliminando a necessidade de um scanner de secretária ou de um MFP a ocupar espaço valioso no seu negócio. Os clientes podem também subscrever o The Design Hub da Shoppa, que oferece uma plataforma única para gerir as necessidades de design e impressão. Esta ferramenta criativa e fácil de utilizar capacita as empresas para produzir in-house comunicações visuais e materiais de marketing totalmente personalizados e com qualidade de

impressão profissional, com apenas alguns cliques. Para além de uma garantia alargada de 3 anos, no âmbito da campanha “Adapte-se hoje”, a OKI está a oferecer um pack de Business Agility, de valor superior a 500 euros*, na compra de uma impressora C650 e de um conjunto de toners CMYK. O pack inclui uma subscrição gratuita de seis meses do The Design Hub e do ABBYY FineScanner Premium; suportes de impressão específicos para cada sector de actividade e acesso a modelos e artes-finais. ...E APRESENTA SOFTWARE CRIATIVO PARA PRODUÇÃO INTERNA DE SUPORTES GRÁFICOS A OKI Europe lançou o The Design Hub, um software criativo e fácil de utilizar, com tecnologia da Shoppa, para apoiar as empresas na criação e produção de comunicação visual e materiais de marketing internamente e à medida das necessidades. O The Design Hub fornece uma plataforma única para criar e imprimir suportes gráficos com qualidade profissional em minutos, constituindo uma alternativa rápida e económica à utilização de fornecedores criativos e de impressão externos. Num contexto de mudanças constantes na orientações

INTERNACIONAIS


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Epson ultrapassa 50 milhões de EcoTanks vendidas governamentais, condições comerciais voláteis e tendências de mercado variáveis que influenciam o comportamento dos consumidores, o The Design Hub permite reagir rapidamente a situações inesperadas à medida que estas se apresentam. As empresas podem criar rápida e facilmente sinalética e comunicação visual atrativa graças a uma extensa biblioteca de modelos pré-criados que podem ser personalizados com texto, imagens e outros elementos de design, sem necessidade de competências de design profissionais. A funcionalidade “arrastar e largar”, fácil de utilizar, permite criar e imprimir materiais instantaneamente para ajudar a manter uma vantagem competitiva e a interação com os clientes. A biblioteca do The Design Hub inclui modelos de sinalética em vários tamanhos, desde A5 a banners até 1,3 m de comprimento, etiquetas pré-cortadas, autocolantes, etiquetas de preços, pulseiras, gargantilhas para garrafas, avisos para puxadores de portas e muito mais, assim como uma grande variedade de imagens e conteúdos. A utilização do The Design Hub em conjunto com as impressoras da OKI foi já reconhecida pela capacidade de oferecer aos retalhistas uma solução end-to-end para a produção de sinalética de loja, tendo conquistado recentemente um prestigioso prémio Gold Innovation Retail 2020 na categoria de Aplicações de Apoio aos Retalhistas. O The Design Hub funciona exclusivamente com determinadas impressoras OKI.

A Epson apresentou a sua primeira impressora a jacto de tinta com tanques de alta capacidade (agora conhecida como EcoTank) em Outubro de 2010, na Indonésia. Posteriormente, o território de vendas e presença destas soluções foi expandido para 170 países e regiões em 2019. Como resultado, as vendas globais acumuladas de impressoras de tanques de tinta de alta capacidade alcançaram, recentemente, os 50 milhões de unidades. Além disso, ao poupar-se no plástico, principal componente dos tinteiros, estima-se que as emissões de CO2 foram reduzidas em aproximadamente 166 mil toneladas do que se estas impressoras utilizassem tinteiros O volume de redução das emissões de CO2 dos consumíveis é calculado comparando o volume total acumulado de garrafas de tinta vendidas até agosto de 2020, com o volume equivalente de tinteiros para imprimir a mesma quantidade e posteriormente convertendo-o ao equivalente de CO2. As emissões de CO2 são calculadas com base nas condições de avaliação da Epson, que têm em conta os impactos da produção de consumíveis e peças. As emissões reais de CO2 podem variar dependendo do uso da impressora pelo cliente. O que foi avaliado? impressora de tinteiros, tinteiros e packaging e garrafas de tinta, impressora com tanques e packaging (calculado com base em tinteiros e garrafas de tinta de reposição).


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HIGIENE & SEGURANÇA MEWA

O papel do MEWATEX em “Sharing”

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ORQUE O MEWATEX É CANDIDATO A QUATRO ÓSCARES? Um dos factores decisivos para o sucesso de um filme é encontrar os actores certos no casting. Esta máxima também vale para fábricas. Para ter sucesso no futuro é essencial inovar agora os cenários em quatro áreas: Higiene & Segurança no Trabalho, Sustentabilidade, Indústria 4.0 e Sharing. De renome internacional, poliglota, com grande espírito de equipa e com uma carreira de mais de 100 anos, o pano de limpeza MEWATEX é o actor ideal para assumir um papel de protagonista nestas categorias. Entra em cena com o seu inteligente sistema: O MEWATEX faz parte de um sistema confortável de reutilização com serviço completo. A MEWA fornece os panos, recolhe-os para lavagem e entrega-os limpos.

A nível local, pessoas modernas partilham hoje bicicletas, e-scooters e carros. E a nível internacional? Partilham, por exemplo, panos de limpeza. 2,7 milhões de pessoas de todo o mundo usam o MEWATEX no seu dia-a-dia de trabalho. Utilizam-no várias vezes antes de o deitar no contentor de segurança MEWA SaCon, onde é guardado. O facto de cada pano lavado ser microbiologicamente limpo e apenas usado pelo mesmo colaborador permite excluir a infecção com o coronavírus no Sharing Têxtil. O princípio do sharing é pensado de forma diferente: Todos estes 2,7 milhões de pessoas usam os panos em conjunto, sem os possuir. A razão para isso é que a MEWA não vende os panos, mas aluga-os exclusivamente com o sistema de serviços integrados. A MEWA lava e cuida os panos de algodão ultra-absorvente, produzidos na fábrica de tecelagem da MEWA, para se manterem em grande forma. Sharing fortalece a sensação de comunidade. Da mesma maneira, o sistema de panos de limpeza da MEWA promove o espírito de equipa na fábrica, já que todas as colaboradoras e todos os colaboradores utilizam os mesmos panos de alta performance. O MEWATEX tem um toque agradável, fica bem na mão e permite a limpeza profunda e de precisão de máquinas e ferramentas. Isto motiva.

No Newsroom do site da MEWA (www.mewa.pt) há mesmo dois filmes sobre o MEWATEX. São curtos, originais e cativantes.


HIGIENE & SEGURANÇA MEWA

O papel do MEWATEX em “Higiene & Segurança no Trabalho” A pandemia voltou a colocar o grande tema dos últimos anos debaixo dos holofotes. Actualmente, “Higiene & Segurança no Trabalho” é a primeira prioridade. O pano higiénico MEWATEX, microbiologicamente seguro, traz uma melhoria imediata e significativa. Na MEWA, os panos usados são lavados durante 15 minutos a 90º celsius. Assim, todos os germes são completamente neutralizados. Os panos devolvidos limpos aos clientes contribuem, nas fábricas e oficinas, para a segurança dos colaboradores e para a precisão do trabalho que executam. O pano absorve, num instante, tintas, lubrificantes e sujidade. Desta forma, limpa com rigor máquinas e ferramentas. Também na proteção contra fogo o sistema traz uma melhoria substancial, já que os panos usados são guardados no contentor de segurança MEWA SaCon com fecho hermético. O SaCon é parte essencial do sistema de panos de limpeza da MEWA e serve também para o transporte seguro dos panos, de acordo com os requisitos legais.

O papel do MEWATEX em “Sustentabilidade” Empresas que alugam o sistema de panos de limpeza da MEWA contribuem de forma ativa para a proteção do ambiente. O conceito de reutilização ajuda a evitar lixo e a poupar recursos. Para além disso, quem alugar o sistema de panos de limpeza da MEWA, pode ter a certeza de que a MEWA trata dos panos usados, cheios de tintas e lubrificantes, de forma ecológica. Já em 1997, a MEWA recebeu, como primeira empresa do setor da gestão têxtil, a certificação pela norma internacional do ambiente ISO 14001. O que acontece então com os panos usados na MEWA? São lavados, de forma ecológica e com baixo consumo de energia, nas linhas de lavagem com tecnologia de ponta. Durante a lavagem, as tintas e lubrificantes são filtrados e, a seguir, tratados e reutilizados no aquecimento das linhas de lavagem e secagem. O sistema hightech de cascatas, utilizado na lavagem, possibilita o consumo reduzido de água fresca. Para além disso, a MEWA trata da água usada para a reutilizar. O MEWATEX é feito com 50 por cento de material reciclado e pode ser lavado até 50 vezes.

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Actualmente, “Higiene & Segurança no Trabalho” é a primeira prioridade.

O papel do MEWATEX em “Indústria 4.0“ Automatizar, digitalizar e controlar perfeitamente os processos – isto é Indústria 4.0. Para muitas empresas ainda é um sonho de futuro ter padrões de qualidade, tempos perfeitos de fornecimento e taxas de erro mínimas. O caminho até aí chegar é longo e dispendioso, mas o benefício é enorme: eficiência máxima e a mais alta satisfação dos clientes. Quem integrar o sistema de panos de limpeza da MEWA na sua fábrica, dá um salto quântico em direção à meta, já que entrega a limpeza da fábrica a um especialista de alta performance com serviço personalizado pelo consultor de clientes local, consegue exatamente calcular o respetivo investimento e recebe um sistema de panos de limpeza a funcionar, de forma constante, com a mesma qualidade e perfeição: Panos ultra-absorventes limpos estão sempre disponíveis. Os usados são guardados, e assim sempre bem arrumados, no contentor de segurança MEWA SaCon. À hora combinada, são recolhidos pelo motorista de serviço que tem formação específica e que toma nota de eventuais alterações. No site da MEWA também é possível pedir alterações no serviço e verificar a data do próximo intercâmbio. Quanto à qualidade, o MEWATEX merece confiança a cem por cento. Cada pano que após a lavagem é devolvido ao cliente é, garantidamente, ultra-absorvente e anti-rasgo e tem o seu formato original. A qualidade constante do MEWATEX é assegurada pelo complexo sistema de controlo da MEWA.


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WLM DESIGN TESTA NA ESTRADA A NOVA ROLAND DG TRUEVIS VF2-640 COM TINTA VERDE Um cliente beta da TrueVis VF2640, ligado ao mundo do desporto com a produção de camisolas, calças e autocolantes, comprovou todas as características do equipamento e adaptação ao seu perfil enquanto fornecedor.

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o mundo do motocross, o equipamento desportivo é dominado por cores vibrantes e poderosas. A WLM Design – especialistas em design e produção de camisolas, calças e autocolantes personalizados para motocross, BMX e bicicleta de montanha downhill – foi escolhido como um cliente beta europeu para testar a nova Roland TrueVIS VF2-640. A conclusão da empresa é que, “a gama de cores, com o laranja e o verde como canais de cor adicionais, é fantástica.”

A WLM Design, foi fundada em 2000 por Wisja Lamers e Imka Kooijmans, e mudou-se para um novo edifício em Mill, nos Países Baixos. O equipamento de motociclismo que está na moda chama imediatamente a atenção no showroom, juntamente com a mota de motocross com que Glenn Coldenhoff terminou em terceiro no Mundial de 2019 e venceu o Motocross das Nações no TT Circuit Assen. A paixão pelo desporto é perceptível na parafernália motorizada em exposição. “Nós próprios viemos do mundo do cross e somos grandes fãs,” afirma Lamers. “É preciso ter uma grande ligação com este desporto para se ser bem sucedido como empreendedor. No nosso camião / caravana, assistimos a muitas competições na Europa. As pessoas conhecem-nos e nós conhecemo-las. Operamos no segmento superior do mercado e a esse nível, a qualidade é tudo.” Mundo do cross A WLM Design é uma companhia inovadora que desenha e produz vestuário desportivo e autocolantes totalmente personalizados para os seus clientes. Ao longo dos anos, a WLM Design cresceu e tornou-se numa companhia com dez funcionários, com a sua sede e unidade de produção em Mill e uma filial em Borgloon, Bélgica. A partir destes dois locais, fornece o mundo do


CASE STUDY WLM DESIGN

Com a VersaWorks 6, o verde e o laranja podem ser usados como cores de processo para imprimir cores ricas e mais brilhantes e para substituir cores spot.

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cross europeu – motocross (MX), motocross de bicicleta (BMX) e downhill. “O nosso ponto forte é a produção de roupa desportiva e autocolantes personalizados, a partir de uma peça até maiores quantidades. Temos todo o processo de produção sob a nossa própria gestão,” revela Lamers. A WLM Design abraçou a técnica da impressão por sublimação digital para produzir camisolas já no início deste século. “Após extensos testes, também temos vindo a produzir calças para MX e BMX personalizadas desde 2018. Isto é algo verdadeiramente único na nossa indústria.”

a qual aprendi muito,” confidenciou Lamers. A TrueVIS VF2-640 tem oito canais de cor, com verde, laranja e branco entre as suas opções de cor impactantes. Como a WLM Design apenas imprime sobre a película especial branca para MX, utiliza a configuração sem tinta branca. Lamers elogia a gama de cores. “A TrueVIS VF2-640 está equipada com tintas TR2 que oferecem uma ampla gama de cores com sólidos brilhantes e saturados. Isso é verdadeiramente importante, porque quase só imprimimos ficheiros vectoriais e praticamente não imprimimos imagens fotorrealistas.”

Autocolantes duráveis e espessos Lamers também viu desde cedo as vantagens da produção digital de autocolantes. Em 2005, após um trabalho pioneiro, a WLM Design tornou-se num dos primeiros fabricantes de autocolantes a produzir digitalmente os autocolantes especialmente espessos que são utilizados no MX – “essa película de impressão é fabricada segundo as minhas especificações nos Estados Unidos” –, uma peça de cada vez. Nos últimos anos, este processo foi concluído numa impressora Roland VersaEXPRESS RF-640 8 Colour. Desde janeiro de 2020, uma Roland TrueVIS VF2-640 ocupou o lugar ao seu lado, uma nova impressora de 1,6m de largura para o segmento de gama média. “Ser um cliente beta foi uma experiência única com

Reprodução precisa de cores A TrueVIS VF2 é a primeira máquina “apenas de impressão” da gama TrueVIS da Roland, desenvolvida com toda a tecnologia de impressão dos dispositivos de impressão/ corte TrueVIS VG2, incluindo tintas TR2. No entanto, para além do laranja, a VF2 utiliza tinta TR2 verde vibrante com certificação GREENGUARD Gold. Isto provou ser fundamental para o perfil da WLM Design. “A reprodução de cores é incrivelmente importante para nós,” explica Lamers. “A minha referência é uma gama PMS proprietária. Eu “misturo” todas as cores desejadas à mão. A correspondência de cores spot – como o laranja KTM, o verde Kawasaki e o vermelho Honda – é muito fácil de obter com o software VersaWorks 6 RIP, que também é incrivelmente fácil de utilizar para carregar rapidamente vários trabalhos em fila.” Com o VersaWorks 6, o verde e o laranja podem ser usados como cores de processo para imprimir cores ricas e mais brilhantes e para substituir cores spot. Tal como na série VG2, o software VF2 inclui a Biblioteca do Sistema de Cor de Laranja da Roland, à qual foi agora adicionada uma Biblioteca do Sistema de Cor Verde especial. Graças às configurações do software True Rich Color, é fácil imprimir cores que praticamente explodem do material. Os utilizadores podem escolher entre várias configurações de cores diferentes, compatíveis com uma vasta gama de suportes, incluindo laranja, verde e branco em simultâneo: CMYKLkOrGrWh, CMYKLcLmLkWh, CMYKLcLmLkOr, CMYKLkOrGr e 2xCMYK.

A WLM Design é uma companhia inovadora que desenha e produz vestuário desportivo e autocolantes totalmente personalizados para os seus clientes

Menos tinta, grandes velocidades Lamers também está satisfeito com o hardware, especialmente com a unidade de enrolamento melhorada. “O suporte impresso é enrolado na perfeição, direito e ajustado,” comenta. “O arranque da máquina é rápido e o ciclo de limpeza é relativamente curto e isto economiza tempo e tinta.” Na configuração de quatro cores, a velocidade máxima de impressão é de 12,8 m2/h, enquanto na de oito cores é de 7,6 m2/h – um aumento nas velocidades que é possível na RF-640 e que pode ajudar a WLM Design a manter-se à frente da concorrência.


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CASE STUDY NORDVALLS

NORDVALLS AUMENTA CAPACIDADE PRODUTIVA COM DUAS GALLUS LABELMASTER

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ordvalls Etikett está a expandir o seu parque de máquinas com mais duas impressoras Gallus Labelmaster. As duas novas impressoras flexográficas permitem que a empresa conte três impressoras da mesma marca e modelo no seu parque de máquinas. O investimento é feito para responder à crescente procura por etiquetas altamente processadas em grandes volumes. A primeira das duas novas impressoras será instalada em Dezembro de 2020 e a segunda em Janeiro de 2021. A gráfica comprou a primeira Gallus Labelmaster 440 há aproximadamente um ano e meio e tem aproveitado a sua alta produtividade e grande flexibilidade. A escolha foi fácil quando a Nordvalls deveria investir novamente. “Investimos porque continuamos a crescer e precisamos de expandir a nossa capacidade, mas também precisamos de aumentar a nossa flexibilidade bem como de continuar a responder aos requisitos dos clientes para prazos de entrega curtos“, afirmou Patrik Jenemark, Director Executivo da Nordvalls.

A Nordvalls viu recentemente um aumento de procura neste mercado quer entre os clientes de etiquetas já existentes quer em novos. A produzir principalmente etiquetas autoadesivas, esta empresa instalou a sua primeira Gallus Labelmaster na Primavera de 2019. Com a compra de mais duas impressoras rotativas de banda estreita Labelmaster, eles desejam dar resposta à crescente procura e aumentar a flexibilidade do seu parque de máquinas. Após a instalação das novas máquinas, a Nordvalls terá, no total, três Gallus Labelmaster. O parque de máquinas desta empresa consiste numa mistura de impressoras flexográficas, serigráficas e digitais. “O motivo pelo qual a Nordvalls escolheu a Labelmaster foi a qualidade, a flexibilidade e economia que a Gallus. Além disso, o sistema modular da máquina é fácil de operar e oferece um desperdício mínimo de papel, bem como velocidades de produção de até 200 m/min. ” afirmou Rickard Rafstedt de Heidelberg Sverige. As duas novas Gallus Labelmaster estão equipados com unidades de impressão flexográfica e serigráfica. Ainda serão incorporadas uma unidade de estampagem a frio e uma unidade de corte-e-vinco rotativa. As aplicações para este investimento serão principalmente etiquetas autoadesivas para a indústria farmacêutica, cosmética, alimentar e de manufatura, bem como etiquetas de segurança. A Nordvalls foi fundada em 1907, tem sede e produção em Sjöbo e uma segunda unidade de produção em Kungälv, na Suécia. Em março de 2020, a Watermill Press Ltd. em Bradford, Inglaterra, tornou-se parte da Nordvalls Etikett. O foco da empresa está em etiquetas autoadesivas e o mix de clientes é amplo; desde empresas de alimentos a farmacêuticas, de beleza e cosméticos às indústrias de papel e celulose. A Nordvalls faz parte do Grupo Possehl desde 2017. O Grupo Possehl é um grupo corporativo com sede em Lübeck, Alemanha, que consiste em oito segmentos de negócios independentes.


CASE STUDY TAJISERVI

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PERSONALIZAR TODO O TIPO DE OBJECTOS?

AGORA É POSSÍVEL COM AS IMPRESSORAS UV DA AZON Quem é a Tajiservi?

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uma altura em que a palavra personalização faz parte do nosso dia a dia, a impressão de objectos tem ganho destaque porque as possibilidades são imensas e a imaginação é que dita os limites. Se antes a impressão de objectos podia ser um “bicho de sete cabeças”, com tecnologias como a Azon, é agora mais fácil e imediata. A tecnologia de Impressão UV é a mais avançada no que diz respeito à impressão directa em todo o tipo de objectos. Trata-se de um sistema que imprime e cura a tinta em simultâneo, não necessitando por isso de qualquer processo adicional. A camada de verniz também é directamente aplicada pela máquina, sendo apenas necessário que se posicione o objecto, podendo depois imprimir! O facto de ser um processo digital torna esta tecnologia ideal para personalização, ou para produções com grande número de peças. Com a tecnologia UV, é possível imprimir em todo o tipo de materiais, como madeira, vidro, acrílico, pedra, couro, plásticos, cerâmica, telas, cartão, entre muitos outros. As áreas de impressão vão desde 29x80cm até 160x320cm, o que permite imprimir vários pequenos objectos em simultâneo, ou grandes objectos únicos. Uma das características que confere uma versatilidade sem igual aos equipamentos Azon é a altura a que podem imprimir. Neste momento é já possível imprimir em objectos até 90cm de altura. Outros aspectos que importam destacar são o facto da impressão em Relevo e Braille da Azon ser certificada, além de ser verdadeiramente impressionante e ainda, de não estar limitado a imprimir em objectos planos, podendo o utilizador imprimir em objectos circulares e cónicos com o sistema plug-and-play Rotax. Este equipamento Azon, é representado em Portugal e em exclusivo pela Tajiservi.

Neste momento é já possível imprimir em objectos até 90cm de altura

A Tajiservi é uma empresa de Santo Tirso com mais de 25 anos de actividade, que distribui equipamentos e consumíveis para as indústrias dos Bordados, Estamparia, Confecções, Promocional e Calçado. A empresa posiciona-se como um parceiro completo para as empresas, pois além de comercializar os produtos, faz todo o tipo de formações e assistência técnica especializada. A Tajiservi comercializa diversas soluções, como as inovadoras máquinas de bordar Tajima, lantejoulas, todo o tipo de telas para bordados, agulhas, missangas, spray ou feltros. Para impressão digital em têxteis, distribui os equipamentos Kornit. Para estamparia, tem um vasto catálogo de foils, glitter, flex e prensas térmicas. Distribui também uma vasta gama de lasers e equipamentos especiais para confecção, e para o sector publicitário, além dos equipamentos Azon, possui um variado leque de lasers para gravação e marcação, e uma impressora UV apenas para impressão rotativa, a 3Sixty. Devido à situação que vivemos actualmente, lançou também a marca Higibox, que comercializa Pórticos de Desinfecção, Geradores de Ozono e desinfectantes.


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CASE STUDY GRAFICHE PIZZI

GRÁFICA ITALIANA VISA O CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL NO SECTOR FARMACÊUTICO

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rafiche Pizzi instala a nova Speedmaster XL 106-2-P com CutStar - a 400ª instalação com marginador de bobine em todo o mundo • CutStar é sinónimo de custos mais baixos, menos desperdício de papel, maior flexibilidade e tempos de acerto extremamente curtos • A empresa investiu mais de quinze milhões de euros em produtos da Heidelberg nos últimos quatro anos A Grafiche Pizzi é uma empresa italiana com sede em Milão, especializada em produtos impressos para a indústria farmacêutica. Só nos últimos quatro anos, investiu mais de quinze milhões de euros em soluções da Heidelberg para atingir o crescimento sustentável no sector farmacêutico, tanto no segmento da impressão como no acabamento. A mais recente aquisição foi uma nova impressora Speedmaster XL 106 a duas cores com retroverso, equipada com o 400ª CutStar. “Assumimos a empresa em 2013 e a nossa missão é o crescimento sustentável”, explica a directora-geral Paola Pantaleoni. A nova Speedmaster XL 106 incorpora o terceiro CutStar da empresa, juntando-se a uma Speedmaster XL 106-6 + L e a uma Speedmaster XL 106-4-P na sala de impressão. Essas duas máquinas de impressão também estão equipadas com CutStar e estão a trabalhar desde a Primavera de 2019. “O maior benefício que o CutStar nos oferece é o alto nível de flexibilidade quando usamos papel com gramagem baixa do que no passado. Agora processamos papéis mais finos, com 32 g/m2 em comparação com o papel de 40-70 g/m2 normalmente usado. Outro ponto positivo é a capacidade de optimizar o consumo de papel, aparando-o aos formatos necessários, o que reduz o desperdício ”, afirma Paola Pantaleoni. “A nova Speedmaster, que imprime a uma velocidade de 18.000 folhas por hora e está equipada com CutStar, a ligação à pré-impressão com o fluxo de trabalho Prinect e os sistemas de corte Polar aumentaram significativamente a nossa


CASE STUDY GRAFICHE PIZZI

capacidade de produção.” A empresa fundada em 1911 actua em exclusivo para o segmento farmacêutico há mais de 50 anos, produzindo literatura farmacêutica para as embalagens, brochuras e caixas flexíveis. Em 2013, ampliou a sua área de produção de 3.000 metros quadrados para mais de 10.000 metros quadrados. Hoje, com 110 colaboradores produz 800 milhões de bulas, cinco milhões de brochuras e 100 milhões de caixas por ano. Os principais mercados da Grafiche Pizzi são Itália, Suíça, França e Alemanha. O seu volume de negócios no ano passado foi superior a 22 milhões de euros. CutStar pontua trazendo vantagens nos custo e na produção Com o CutStar, papel em bobine mais barato é cortado para o formato desejado em folha e marginado em linha para a máquina de impessão offset. O CutStar pode ser integrado em todos os modelos Speedmaster no formato 50x70 cm a 70x100 cm. O formato de corte necessário pode ser ajustado entre 40 centímetros e o comprimento máximo de corte da folha ao da máquina de impressão. O marginador de bobine processa uma ampla gama de papel, desde muito leves até filmes extremamente finos. O alto nível de automatização e o painel de controlo adaptado à máquina tornam o CutStar especialmente fácil de operar.

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“O maior benefício que o CutStar nos oferece é o alto nível de flexibilidade quando usamos papel com gramagem mais baixa do que no passado.

Hoje, com 110 colaboradores produz 800 milhões de bulas, cinco milhões de brochuras e 100 milhões de caixas por ano

“Com o CutStar, oferecemos aos mercados industrializados a capacidade de combinar os custos mais baixos de papel em bobine e a flexibilidade da impressão offset com tempos de acerto mais curtos e, desta forma, alcançar mais produtividade”, disse Rainer Wolf, responsável pela gestão do produto offset na Heidelberg. “Portanto, continuamos a investir nesta importante tecnologia e apresentaremos num futuro próximo novos desenvolvimentos.” Dois terços de todos os CutStars instalados em todo o mundo estão em máquinas de impressão longas com retroverso. 75 por cento das impressoras com CutStar estão em uso na impressão comercial, enquanto o restante está em empresas que imprimem em filmes e materiais finos. Várias unidades já estão instaladas na Itália, principalmente em gráficas especializadas em rótulos e no segmento farmacêutico. Os seus investimentos em muitos dos clientes já dobraram e triplicaram.


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CASE STUDY CALVI E KORNIT

CALVI COM PRODUÇÃO ECO EFICIENTE A PEDIDO COM A KORNIT DIGITAL “O sistema Kornit Avalanche HD6 traz-nos a eficiência e qualidade que a área do Retalho exige”

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stá em Vizela, aposta numa produção sustentável na área têxtil e acaba de investir numa Kornit Avalanche HD6. Catarina Lopes, CEO, explica porquê. A Kornit Digital líder no mercado em tecnologia de impressão digital têxtil, anunciou que a Calvi, com sede em Vizela, Portugal, implementou o sistema Kornit Avalanche HD6 para decoração digital eficiente e com qualidade que a área do Retalho exige. Fundada em 1977, a Calvi é uma empresa de produção têxtil que trabalha com parceiros nacionais e internacionais na entrega de roupas desportivas e casuais para homens, mulheres e crianças. Ocupando actualmente uma unidade de 6.600 metros quadrados e empregando uma equipa de mais de 120 profissionais qualificados, a empresa está comprometida com a evolução têxtil em três itens fundamentais: qualidade, disponibilidade e eficiência. Além da sua própria operação de e-commerce, a Calvi produz cerca de 100.000 camisolas por semana para marcas como a Pull & Bear, Zara e Bershka. “Quando entrámos em contacto com a Kornit pela primeira vez, foi muito fácil criar a parceria que temos agora”, afirma Anselmo Pereira, responsável de Design da Calvi. “A Kornit Avalanche ajudou-nos a sermos mais rápidos, mais ecológicos já que, basicamente, não temos quantidades mínimas para produzir.” Na Calvi, os negócios reflectem os valores fundamentais da administração. “Esta empresa começou com meu avô, e depois o meu pai começou a gerir o negócio sozinho”, refere Catarina Lopes, fundadora e CEO da divisão ecológica da marca NÜWA. “Dei início à NÜWA, tendo por base dois pilares fundamentais e que se referem ao facto de que tudo é sustentável e que somos inspirados pelas pessoas. Somos sustentáveis, não temos que criar mais desperdício de água ou usar mais recursos. Os nossos produtos são feitos de algodão reciclado, poliéster reciclado e algodão orgânico. Só trabalhamos com a impressão digital porque esta usa tintas à base de água e não precisamos usar produtos químicos na nossa produção. As pessoas aqui no Vale do Douro estão muito ligadas à terra”, acrescenta. “Fazemos tudo o que podemos para manter o ecossistema equilibrado. Temos que manter a única casa que temos, e essa é o nosso planeta. ” Além de promover práticas de produção responsáveis, a NÜWA e a Calvi tiveram também uma motivação muito pragmática para adoptar o sistema DTG digital da Kornit. “Produzir as nossas peças de roupa a pedido sem estes equipamentos não seria possível”, afirma Catarina Lopes.


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Alta velocidade de impressão de até 255 m2/h Tecnologia de ajuste automááco, incluindo câmara GB integrada Solução de alta capacidade de nta: caixas de nta de 3 ou 10 litros e funcionalidade "hot-swap" Controlo automááco de tensão avançado: Para alimentação de papel precisa e estável Peças subsstuíveis pelo operador, incluindo as cabeças de impressão 5 anos de garanna de fábrica Disponibilidade imediata


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EMPRESA ARTIPOL

QUANDO À MELHOR IMPRESSÃO SE JUNTA A MELHOR MÚSICA!

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ARTIPOL COMEMOROU NO ANO DE 2019 O 45º ANIVERSÁRIO e, os seus responsáveis quiseram comemorar. Como sabiam que já oferecem a melhor qualidade de impressão do mercado, era preciso celebrar com algo em que fossem igualmente bons. E o que poderia ser melhor do “dar música” aos seus clientes? Pois foi isso que fizeram, arregaçaram mangas, prepararam as pautas, afinaram as máquinas e as gargantas, testaram as vozes, escreveram a letra, coordenaram-se numa coreografia de Hollywood e, com instrumentos nas mãos e emoção no coração cantaram o espírito de uma equipa. O mercado gráfico nacional é composto por muitas empresas, mais de mil, mas até hoje, nenhuma tinha feito um vídeo, uma música e colocado todos os cola-

Comemorou 45 anos, reuniu todos os colaboradores e integrou-os numa música com coreografia registada em vídeo

boradores a celebrar um aniversário de forma tão entusiasta e divertida! Sílvia Antunes e Bruno Fernandes são os maestros desta equipa que está alinhada tanto nos momentos de elevado grau de profissionalismo quanto naqueles onde a descontração é necessária e bem vinda. A Artipol nasceu em Abril de 1974, um nadinha antes da revolução e surgiu como uma pequena tipografia em Aguada de Baixo, Águeda, com cerca de 7 trabalhadores, com o objectivo de oferecer ao mercado serviços de impressão em papel. O espírito empreendedor dos seus fundadores e o trabalho de excelência permitiu que a empresa fosse crescendo. Assim, em Maio de 1991 a empresa mudou-se para onde se encontra actualmente, na Zona Industrial de Mourisca do Vouga - Águeda, para um pavilhão com cerca de 1400 m2. Quem conhece e trabalha com a Artipol refere que um dos pilares do sucesso desta empresa passa pela mistura entre o know-how da primeira geração e a irreverência e inovação da segunda geração. Com o acordo de todos os sócios, em 2014 a empresa decidiu registar a marca ARTIPOL ARTES GRÁFICAS. Ao longo dos anos a Artipol tem vindo a investir em tecnologia, renovando os seus equipamentos e em 2010 realizou obras de ampliação e melhoramento tendo neste momento instalações com cerca de 1000 m2 . Em 2015 a empresa viveu um momento de forte impulso na estratégia de profissionalização da gestão com a definição de dois grandes projectos de investimento que viriam a ser aprovados em 2016 pelo quadro de apoio comunitário PT2020: um na área da Qualificação - onde se


EMPRESA ARTIPOL

enquadrou a certificação da empresa pela ISO 9001:2015 alcançada em 2017 e também a informatização de todos os departamentos; e outro na área da Inovação Produtiva - com mais um forte investimento numa máquina de corte e vinco, instalada em 2017, para a expansão da área da embalagem. A Artipol é conhecida no mercado pela sua dedicação e especialização na obra de livro. São mais de 46 anos de experiência reconhecida pelos seus pares, já que muitas outras empresas gráficas recorrem à Artipol sempre que precisam de impressão de qualidade em offset, especialmente no formato 70x100. Este facto revela bem do desempenho da empresa já que consegue manter uma parceria, ainda que informal com as empresas que concorrem no mesmo mercado de impressão. Segundo Sílvia Antunes, directora geral da empresa, “somos verdadeiros parceiros para os nossos clientes, compreendemos todas as necessidades de quem recorre a nós e, dedicamo-nos com o máximo de rigor e profissionalismo para que o resultado final seja excelente e nada menos do que isso!” Com uma equipa de 40 profissionais que colaboram entre si, a empresa sabe que só desta forma é possível responde às exigências de trabalhos muito diversificados. António Antunes, fundador da Artipol, director de produção e pai de Sílvia Antunes, diretora geral, costuma dizer que “isto não é uma fábrica onde entra barro e sai tijolo!” A frase de António Antunes surge do facto da Artipol se encontrar inseria numa zona com muita tradição na área da cerâmica. O director de produção é visto na empresa como “um líder excepcional e um grande responsável pela “cultura” do rigor e do cumprimento dos compromissos, mas sempre com um forte cunho humano. António Antunes e o sócio fundador, Jorge Gomes (o responsável pela ideia de fazer nascer a Artipol em 1974) passaram, há oito anos, a gestão da empresa para os filhos, respectivamente Sílvia Antunes e Bruno Fernandes. Tanto um como outro dizem que não foram influenciados pelos pais para que assumissem a gestão da empresa. A formação de Sílvia em Química Tecnológica e o Ensino de Matemática e Ciências da Natureza de Bruno

António Antunes António Antunes, fundador da Artipol, director de produção e pai de Sílvia Antunes, directora geral, costuma dizer que “isto não é uma fábrica onde entra barro e sai tijolo!”

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diriam muito pouco sobre o que se passaria no futuro já que ambos chegaram ao comando da empresa depois de exercer outras funções fora e dentro da Artipol. Mas a verdade é que por sorte e coincidência os dois gestores são apaixonados pelo que fazem e mantêm um excelente entendimento sobre todas as áreas que dizem respeito ao desempenho da empresa de Águeda. Com algum orgulho tanto Sílvia como Bruno referem que “é este entendimento muito semelhante ao que os nossos pais sempre tiveram e que trouxe a Artipol até às nossas mãos, que queremos manter. Queremos seguir os princípios que ambos defenderam sempre e que continuam a passar pela valorização dos clientes fiéis e de um serviço profissional e humano. À espera do certificado FSC depois de uma auditoria irrepreensível, a Artipol considera que apesar do momento actual “vai correr tudo bem” porque afinal, as bases em que assenta são fortes e estruturadas!

A Artipol é conhecida no mercado pela sua dedicação e especialização na obra de livro. São mais de 46 anos de experiência reconhecida pelos seus pares


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DRUPA CANCELADA

Messe Dusseldorf

Drupa 2021 cancelada acontecerá como evento virtual online

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PÓS UMA EXTENSA E PROFUNDA CONSULTA AOS EXPOSITORES E PARCEIROS, A EDIÇÃO DE 2021 da drupa, a fei-

ra mundial líder em tecnologias de impressão, foi cancelada devido ao impacto da pandemia. O próximo evento acontecerá entre 28 de maio e 7 de junho de 2024. Para manter o ritmo até então, os organizadores realizarão um evento digital de quatro dias intitulado ‘virtual.drupa‘, que acontecerá de 20 a 23 de abril de 2021. “A pandemia causou uma grande incerteza entre expositores e visitantes em termos de participação na drupa 2021. Restrições de viagens e restrições orçamentais agravaram ainda mais a situação na indústria gráfica”, explica Erhard Wienkamp, COO da Messe Düsseldorf. “Tomamos esta decisão depois de consultar os nossos parceiros, que a apoiam inteiramente. A decisão precedida por um processo detalhado de consideração das condições atuais e das necessidades da indústria. ” Sabine Geldermann, Diretora de

Projetos de Tecnologias de Impressão, acrescenta que, “o nosso principal objetivo continua a ser apoiar a indústria de todas as formas que pudermos para nos mantermos em contato a nível nacional e internacional, desenvolver ainda mais a rede e gerar leads. Para isso, realizaremos um evento provisório de 20 a 23 de abril, proporcionando aos nossos expositores e visitantes um canal de vendas adicional e permitindo que façam planos fiáveis. ” Claus Bolza-Schünemann, presidente da König & Bauer e presidente da drupa, considera esta abordagem positiva, referindo que “um evento virtual é exatamente o formato certo no tempo atual. “Participar na drupa sob os parâmetros habituais era um risco muito grande para muitos expositores, dado os números decrescentes de exportação e faturação, bem como as significativas restrições de viagens que também afetariam os visitantes. O novo fórum digital é uma plataforma virtual, de confiança e uma oportunidade para manter a comunicação dentro da indústria até 2024. ” Lançada em outubro, a plataforma de visualização da drupa já oferece uma impressão de como será o ‘virtual.drupa’. Isso

dará às empresas a oportunidade de mostrar as suas inovações virtualmente, manter os contatos existentes e estabelecer novos, através do recurso de matchmaking. Além disso, a programação da conferência com cinco pontos importantes da drupa fornecerá incentivos importantes e definirá a agenda para uma transferência de conhecimento. Por exemplo, palestrantes internacionais de mercados verticais apresentarão histórias de sucesso no Future Technologies in the Cube, delineando o futuro de nossa indústria. Os nossos membros dizem nos que as feiras impulsionam os seus negócios e têm grande procura. O valor da drupa permanece intactos. A decisão de suspendê-la em 2021 deve-se inteiramente à pandemia”, enfatiza Markus Heering, Diretor Executivo da Associação de Tecnologia de Impressão e Papel, VDMA. “A longo prazo, é importante para todos nós manter a drupa como uma plataforma internacional na Europa, pois ela mostra a diversidade da nossa indústria. 200 anos de experiência estão enraizados na Europa e devem continuar, no entanto, saudamos a introdução da nova plataforma digital como uma solução provisória até 2024. ”


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HEIDELBERG INNOVATION WEEK

Clientes demonstram alto nível de interesse na Innovation Week Heidelberg faz uma avaliação positiva Heidelberg conseguiu registar contactos com clientes especializados numa escala semelhante a uma feira internacional


HEIDELBERG INNOVATION WEEK

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ÁRIOS MILHARES DE REGISTOS DE MAIS DE 100 PAÍSES, VÁRIAS CENTENAS DE CONVERSAS INDIVIDUAIS REALIZADAS COM OS TOMADORES DE DECISÃO E CERCA DE 100.000 acessos em

vídeos - este é o resultado da Innovation Week, que durou cinco dias, realizada pela Heidelberg. Este evento online, sem precedentes no sector, acaba de terminar. Tendo como lema “Unfold your potencial”, apostou na transferência de conhecimentos relativos às questões urgentes do sector. Com apresentações de produtos sobre as últimas novidades, conversas sobre inovação e conversas pessoais via vídeo-chat, a Heidelberg forneceu uma visão geral abrangente das suas ofertas nos segmentos comercial, rótulos e embalagens. “O feedback que recebemos até agora dos participantes e dos nossos parceiros foi realmente impressionante”, disse Ludwig Allgoewer, chefe de vendas globais e marketing na Heidelberg. “Os participantes elogiaram o formato e o conteúdo apresentado.” A combinação de vídeos curtos produzidos profissionalmente e conversas sobre inovação com a opção de chats ao vivo nos quais o conteúdo apresentado pode ser discutido em mais detalhe com cerca de 300 especialistas da Heidelberg de todo o mundo caiu bem entre os participantes. “Como resultado, a Heidelberg conseguiu registar contactos com clientes especializados numa escala semelhante a uma feira internacional”, continuou Allgoewer. “Estamos confiantes de que as inúmeras discussões com clientes também irão gerar contratos de negócios num futuro próximo.” Produção de lés-a-lés em destaque No centro de todas as apresentações estava a optimização de todo o processo de impressão offset e digital, toda a produção de lés-a-lés. Tudo baseado na aprimorada tecnologia Push to Stop com todas as suas vertentes, incluindo optimização automática das sequências de trabalho e impressão navegada, acompanhada por facilidade de uso para os operadores graças aos interfaces de utilizador que são fáceis de entender, todas - combinadas com “inteligência integrada”- permite

operações altamente produtivas com menos funcionários e pessoal qualificado. A Heidelberg também forneceu informações suplementares sobre ofertas nas áreas de fluxo de trabalho Prinect, consumíveis e contratos de negócio. O evento não se concentrou na apresentação de funções individuais do produto, mas sim em responder às necessidades mais urgentes dos clientes nos respectivos segmentos de mercado. “A prioridade não é mais simplesmente atingir a maior velocidade de impressão possível - em vez disso, pretendemos tornar todo o processo o mais eficiente possível. O aumento da produtividade oferece maior capacidade de receita para as gráficas industriais. A digitalização é a chave para isso - e isto é precisamente o que demonstramos na Innovation Week ”, disse o CEO da Heidelberg, Rainer Hundsdörfer. “A resposta à nossa Innovation Week mostrou-nos que é possível usar formatos digitais para entrar em contacto com sucesso com os clientes e entusiasmá-los com as inovações, mesmo

Heidelberg forneceu uma visão geral abrangente das suas ofertas nos segmentos comercial, rótulos e embalagens no meio de uma pandemia global.” Todo o conteúdo e vídeos da Innovation Week, muitos deles para download, continuam disponíveis para todos os clientes registados e demais interessados. A inscrição também é possível após o evento.

Contactos com especialistas em escala semelhante a uma feira internacional Os participantes elogiam a combinação de formato e conteúdo Discussões digitais com clientes promoveram actividades de investimento em tempos desafiadores Conteúdo e vídeos disponibilizados na área do evento.


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HEIDELBERG INNOVATION WEEK

“COMO ALTERNAR ENTRE IMPRESSÃO OFFSET E DIGITAL A QUALQUER HORA”

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NUMA ALTURA EM QUE O MUNDO VIVE UMA CRISE PANDÉMICA, em que não é

fácil realizar eventos presenciais, em que as feiras foram canceladas mas o mercado necessita de se manter a par das novidades que os fabricantes têm vindo a preparar nos últimos tempos, a Heidelberg decidiu dar um passo em frente e mostrar que não tem parado. Assim, o gigante alemão da área de impressão optou por realizar o Heidelberg Innovation Week 2020, um evento virtual que decorreu online e disponibilizou informação privilegiada sobre digitalização e flexibilidade. Com o lançamento de vídeos temáticos apresentados por especialistas da marca, a Heidelberg mostrou soluções interessantes para empresas de média dimensão, quais as oportunidades na área da digitalização coerente e ainda, como melhorar a rentabilidade e ampliar a oferta. A Heidelberg apresentou novidades in-

Escolher de modo flexível entre offset ou impressão digital? Isso é possível graças ao desempenho da Versafire que oferece as vantagens de uma produção integrada

teressantes na área da impressão digital, na área do offset folha a folha, na pós-produção designada como acabamento, além de outras novidades relacionadas com a produção e o fluxo de trabalho. Numa das apresentações sobre como decidir imprimir em offset ou digital, como alternar entre uma e outra impressão, Marc Schmitz, Product manager Versafire, refere que a flexibilidade é o diferencial decisivo que aumenta o lucro. Quais os benefícios quando selecionamos impressão offset e digital a partir do mesmo fluxo de trabalho? Quais as novas opções disponíveis para reduzir custos através da escolha inteligente entre várias máquinas? Escolher de modo flexível entre offset ou impressão digital? Isso é possível graças ao desempenho da Versafire que oferece as vantagens de uma produção integrada. A Versafire está totalmente integrada no fluxo de trabalho Prinect. Quando os dados do trabalho estão registados tornam-se a base para todos os meios de produção, tanto para a impressão digital como para o offset.


HEIDELBERG INNOVATION WEEK

Esta base possibilita escolher, pouco antes da produção, em que equipamento o trabalho vai ser produzido e assim responder rapidamente aos desejos mais extravagantes do cliente. O Prinect Digital Frontend ajuda a simplificar a produção, criação de pedidos, verificação preflight, gestão de cores ou imposição. Todos os passos podem ser automatizados. As pequenas tiragens que antes eram feitas em offset podem se agora produzidas rapidamente. As amostras preliminares ou provas podem ser produzidas de modo rápido e fácil. Os operadores conhecem o fluxo de trabalho do ambiente de offset e não precisam de se especializar ou adaptar e, as falhas são reduzidas e a rentabilidade aumenta. A integração permite definir a produção ideal de modo rápido dependendo da situação de custos, da ocupação da instalação e da pressão do tempo para a entrega dos trabalhos. Tanto a impressão digital como a impressão offset são meios de produção de um mesmo fluxo de trabalho digital. O importante é cumprir prazos, per-

A integração permite definir a produção ideal de modo rápido dependendo da situação de custos, da ocupação da instalação e da pressão do tempo para a entrega dos trabalhos

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manecer dentro da base de custo e ter uma boa qualidade. Com mais de 1600 instalações em todo o mundo, a Versafire é uma solução de impressão digital há muito estabelecida e reconhecida no mercado. Além da integração, a Versafire oferece um amplo leque de materiais de impressão como substratos sintéticos, estruturados, metalizados e pré-impressos. A Versafire oferece possibilidades de enobrecimento do trabalho, uma 5ª cor, bem como impressão de banners até 1,26m. Neste momento a procura por impressão de qualidade em curtas tiragens continua a aumentar e a personalização está a ser cada vez mais apreciada, sendo evidente que a impressão digital oferece inúmeras e impressionantes possibilidades que podem ser exploradas pelos clientes e oferecidas a estes pelos profissionais de impressão. A gestão de cores e o meio tom da Versafire é idêntico à impressão offset e, na maioria das vezes, o cliente nem percebe que não se trata de offset nem percebe a diferença. A soluções são imensas e muitas vezes o cliente imprime o miolo em digital e a capa em offset e outras, faz precisamente o contrário, dependendo do objectivo do cliente com aquele trabalho especifico. A tudo isto a Heidelberg juntou o Digital Cluster, uma interconexão inteligente para várias máquinas e desta forma os trabalhos são produzidos em sequência, de forma inteligente, sem quebras na produção com mais rendimento e sem necessidade de pessoal adicional. A relação custo benefício permite um retorno rápido e eficiente do investimento.

Além da integração, a Versafire oferece um amplo leque de materiais de impressão como substratos sintéticos, estruturados, metalizados e pré-impressos


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TECNOLOGIA MONALISA

MONNA LISA 8000 DA EPSON É O NOVO STANDARD PARA IMPRESSÃO TÊXTIL DE ALTA QUALIDADE A ML-8000 é o novo modelo de entrada da série Monna Lisa, incorporando 8 cabeças com a mais recente tecnologia PrecisionCore. Este novo modelo combina o potencial e o desempenho da tecnologia de impressão a jacto de tinta da Epson e as tecnologias de fabrico mais avançadas numa única unidade.


TECNOLOGIA MONALISA

EPSON ADICIONOU À SUA LINHA DE TECNOLOGIAS PRÓPRIAS PARA IMPRESSÃO TÊXTIL DIGITAL A NOVA ML-8000, o modelo básico da série Monna Lisa que combina desempenho e uso para responder às necessidades do sector têxtil digital em termos de flexibilidade e sustentabilidade. Com 8 cabeças com a mais recente tecnologia PrecisionCore, a ML-8000 atinge uma velocidade de impressão de 155 metros quadrados por hora (600x600 dpi - 2 passadas1). A ML-8000 é uma impressora têxtil digital de nova geração com alta qualidade de impressão, produtividade, estabilidade de uso, com tempo de inactividade mínimo de produção e que oferece fácil utilização a um preço económico, tornando-a na impressora ideal para empresas que desejam converter-se à impressão digital. A elevada qualidade de imagem da

Pontos-chave da ML-8000: • Cabeça de impressão: 8 cabeças PrecisionCore. A última geração de chips de impressão MicroTFP combina qualidade, precisão e velocidade. • Produtividade: Velocidade de impressão de 155 m2 / h (600x600 dpi - 2 passagens1) Velocidade máxima de impressão: até 250 m2 / h (300 x 300 dpi, 1 passagem2) • Resolução: até 1200 dpi • Largura: 180 cm • Tintas coloridas: 8 • Tipos de tintas: Ácido Genesta, Reativa, Dispersa e Pigmentada. As tintas à base de água Genesta permitem precisão de cores em alta velocidade na impressão têxtil. As tintas Genesta oferecem a mais alta qualidade em qualquer tipo de tecido. • Capacidade de tinta: 10 ou 3 litros. 2 Con 300x300 dpi; 2 camadas Halftone

A ML-8000 também inclui a capacidade de alinhar cores simetricamente ML-8000 é alcançada devido à alta qualidade das cabeças de impressão da Epson. As tecnologias exclusivas de Microweave e tabela de busca (LUT) reduzem o efeito banding e grão, enquanto a avançada tecnologia Multi-Layer Halftone (MLHT), que renderiza os padrões de pontos halftone em cada camada, reduz os gradientes de imagem causados por pontos desalinhados. A tecnologia Dynamic Alignment Stabilizer (DAS) também garante maior estabilidade na qualidade de impressão, controlando as formas de onda em cada chip da cabeça de impressão para maior precisão no posicionamento de pontos e maior uniformidade na densidade de cada passagem. A ML-8000 também inclui a capacidade de alinhar cores simetricamente, para sobreposição precisa de cores durante a impressão bidirecional de passagem lenta, bem como controlo preciso da posição da correia (Accurate Belt Position Control, ABPC) para a detecção automática da distância de alimentação da correia, garantindo o avanço preciso do tecido. O resultado é uma qualidade e velocidade ideais, com excelente reprodução de gradação de cores, detalhes finos e padrões geométricos complexos. OPERAÇÃO ESTÁVEL COM TEMPO DE INACTIVIDADE MÍNIMO Com mecanismos de limpeza avançados e funções de ajuste automático, a operação estável é alcançada com usabilidade sem precedentes. Um sistema de remoção de pó remove os fiapos da superfície dos tecidos antes que estes entrem na área de impressão, enquanto o sistema de remoção de vapor de tinta evita que cole na superfície dos injectores. A tecnologia de verificação de injectores (NVT, Nozzle Verification Technology)

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TINTA GENESTA: responsável com o meio ambiente As tintas Epson GENESTA estão disponíveis nas formulações Ácida, Reativa, Dispersa e Pigmentada, em embalagens seladas a vácuo. Todas elas são certificadas ECO PASSPORT para responder aos padrões mundialmente reconhecidos para impressão em tecido ambientalmente responsável. Além disso, a tinta ácida tem aprovação bluesign®, enquanto as tintas reativa e pigmentada são verificadas pelo GOTS, ECOCERT. Com 300x300 dpi; 4 camadas Half Tone

deteta a ausência de manchas que implicam obstrução em injectores e ajusta o nível de tinta a ser ejectado para manter a qualidade da imagem e reduzir os erros de impressão. O rolo de limpeza de pano fácil de substituir, limpa contínua e automaticamente os injectores do cabeçote, reduzindo a necessidade de manutenção manual diária. A alta precisão da tecnologia de alinhamento das cabeças permite que o utilizador a substitua rapidamente. Graças à função de calibração automática via câmara RGB, o operador pode realizar a substituição do cabeçote e os ajustes necessários em menos de 30 minutos. O sistema de monitorização remoto Epson (monitoramento 24 horas por dia, 7 dias por semana) facilita a obtenção de respostas rápidas para problemas potenciais, reduzindo o tempo de inactividade da produção e as chamadas de serviço técnico. A facilidade de uso desta máquina é alcançada com um painel de toque de 9 polegadas que exibe o status actual da impressora, instruções de uso e procedimentos de manutenção comuns e cartuchos de tinta duplos de alta capacidade (3 a 10 litros) e a substituição a quente permitem uma produção ininterrupta.


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XEROX NOVOS PRODUTOS

Xerox revelou nove novos produtos para o mundo da impressão

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OI NUM EVENTO VIRTUAL QUE JUNTOU MILHARES DE PESSOAS DE VÁRIOS PAÍSES E CONTINENTES QUE A XEROX apresentou aqueles que são os

novos produtos pensados para dar resposta às necessidades dos seus clientes da área de impressão. O gigante americano Xerox anunciou recentemente uma série de inovações para impressão de produção que incluem novas impressoras, melhoramentos de tecnologia para impressoras já existentes, bem como inteligência artificial e recursos de automação que aumentam a velocidade e a produtividade. O evento virtual reuniu além de parceiros, clientes de todo o mundo e essa partilha de conhecimento acaba por dar à Xerox um know how de extrema importância. Neste evento a Xerox revelou as seguintes inovações:

• Um módulo acelerador de cores para a Baltoro, que expande os aplicativos de jacto de tinta e automatiza a economia de tinta. • Incorporação do rosa fluorescente à máquina de produção Iridesse, aprimorando a sua gama de cores metálicas, brancas e claras. • Três novas impressoras com capacidade para volumes maiores, opções de substratos e cores na família VersaLink e Versant. • Duas actualizações da Xerox Nuvera que melhoram a velocidade de impressão para superar a concorrência. • Software de gestão de media AI que permite imagens de alta qualidade com configuração mínima de tempo e pessoal. • Actualizações de fluxo de trabalho auto-

matizadas para impressão de embelezamento perfeita com FreeFlow Core 6.0. Durante o evento, ficou claro que Xerox assume a sua liderança do mercado na produção de cores, estando focada em ajudar os clientes a expandir os seus negócios, melhorar a produtividade com novas tecnologias e proteger os investimentos existentes com novas ferramentas e recursos. Entre outras afirmações foi dito que “as melhorias na impressão digital aumentam o lucro, oferecem margens mais altas e permitem que os clientes de impressão possam expandir-se para novas áreas.” De acordo com a Keypoint Intelligence, a melhoria da impressão digital deve gerar 25 bilhões de dólares por ano e pode aumentar os lucros das empresas de impressão em 50 a 400%. Ao facilitar a personalização e acelerar a produção, a tecnologia Xerox acaba por oferecer várias opções de entrada para os clientes expandirem os seus negócios e aumentarem os lucros. “O aprimoramento da impressão é o segmento de crescimento mais rápido na impressão e a Xerox oferece o mais amplo conjunto de soluções para ajudar os clientes a expandir seus negócios”, explicou Tracey Koziol, vice-presidente sénior de ofertas globais da Xerox. “A nova tecnologia e os recursos que lançamos expandem as capacidades e o potencial de lucro dos dispositivos existentes, ao mesmo tempo que introduzimos novas impressoras que respondem à procura de maiores volumes e media e gama de cores. Por alguma razão A Xerox continua na vanguarda do mercado de impressão de produção. “ O Xerox Color Accelerator para a Baltoro, a plataforma da impressora jacto de tinta industrial Xerox Baltoro High Fusion, líder de mercado em jacto de tinta e formato B3, agora inclui um módulo actualizável que expande o seu alcance. O Color Accelerator para a impressora a jacto de tinta Xerox Baltoro HF permite maior qualidade de impressão, mais opções de media e automação para tornar a impressão a jacto de tinta viável para aplicações lucrativas como marketing directo, impressão de postais e catálogos. Com a automação inteligente, a Baltoro usa 50% menos tinta do que as impressoras da concorrência,


XEROX NOVOS PRODUTOS

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aumentando o tempo de actividade e a produtividade, ao mesmo tempo que oferece qualidade consistente e fiável. Desde a sua introdução no ano passado, a Baltoro está a redefinir o mercado de jacto de tinta. Com apenas uma fracção do tamanho, peso e consumo de energia das impressoras concorrentes, a Baltoro oferece um custo total de propriedade (TCO) mais baixo, sendo a única plataforma escalável e personalizável na sua classe. ROSA FLUORESCENTE PARA A IRIDESSE

A Xerox possui a maior capacidade de cores e a oferta além do CMYK de todo o seu portfólio. Ninguém oferece a gama de cores, acabamentos, metalizados, opções de substratos e tecnologias de aprimoramento digital numa única etapa do processo como a Xerox. A Xerox Iridesse Production Press adiciona a opção de tinta seca especial rosa fluorescente à sua gama Beyond CMYK existente de tons dourados, prateados, brancos e claros. Essas opções permitem que os fornecedores de impressão se diferenciem e ofereçam aos seus clientes designs e aprimoramentos atraentes. A mais recente chegada à família VersaLink é a Xerox VersaLink C8000W, o ponto de entrada mais acessível para o mercado de acabamentos. Utilizando o toner branco como base em materiais escuros e coloridos, os tonners cyan, magenta e amarelo destacam as imagens em aplicações como menus, envelopes, vinil de janelas, decalques e etiquetas. A C8000W é um dispositivo de baixo impacto que oferece clareza e qualidade que se destaca da impressão típica em quatro cores. A Xerox está a expandir a família de impressoras Versant com duas novas máquinas que suportam opções de media mais amplas e adicionam recursos de automação que reduzem os requisitos de pessoal e o tempo de configuração. A Xerox Versant 280, é uma impressora de média produção, agrega valor com opções de materiais mais espessos (400 g / m²) para aplicações como cartões de visita. Com este recurso, a Versant 280 é a mais rápida entre a concorrência na impressão de materiais pesados. Os clientes podem imprimir um milhão de cores

especiais usando um kit CMYK + adaptável que aproveita as vantagens dos tons de branco, dourado, prata, transparente e fluorescente exclusivos da Xerox nesta classe de produtos. A impressora Xerox Versant 4100 processa volumes maiores e uma produção mais pesadas do que a Versant 280, atraindo mais trabalhos para o negócio, reduzindo o tempo de configuração e imprimindo em mais tipos de substratos do que qualquer impressora do mercado. A 4100 também aceita papéis de gramagem mais elevada, até 400g / m². A gestão automatizada de materiais economiza tempo e reduz erros humanos. NOVOS MODELOS MAIS RÁPIDOS DA XEROX NUVERA

A família Xerox Nuvera foi projectada para ambientes de alta produção, com mais de 35 bilhões de impressões produzidas pelos clientes no ano passado. O sistema de produção Xerox Nuvera 157 MX e as impressoras de produção monocromática do sistema de produção Xerox Nuvera MX Perfecting melhoram as velocidades de impressão de reconhecimento

Desde a sua introdução no ano passado, a Baltoro está a redefinir o mercado de jacto de tinta

de caracteres de tinta magnética (MICR) para exceder as de qualquer impressora da concorrência. O Reconhecimento de Caracteres de Tinta Magnética (MICR), a linha numérica que permite a certos computadores ler e processar informações, é a chave para o processamento de cheques bancários, folhas de pagamento do governo com a segurança comprovada e fiável da Xerox Nuvera. EFICIÊNCIA IMPULSIONADA PELA TECNOLOGIA SOFTWARE DE GERENCIAMENTO DE MÍDIA COM AI.

O software PredictPrint Media Manager está incluído na nova Versant 4100 e pode ser adicionado à Iridesse. Usando inteligência artificial, o software identifica automaticamente o substrato usado e faz as configurações de impressão necessárias. Os utilizadores precisam apenas de digitalizar um código de barras, colocar o papel na bandeja e usar o assistente de configuração para definir a optimização do sistema para esse aplicativo. O FreeFlow Core 6.0 automatiza o processo de preparação de um arquivo para impressão e agora inclui o aplicativo Beyond CMYK Enhancements. O FreeFlow Core usa fluxos de trabalho pré-criados para aplicar perfeitamente enfeites dourados, prateados, brancos, transparentes e fluorescentes sem alterar o arquivo de origem. “Esses novos produtos e recursos representam o avanço da tecnologia, onde soluções ponta a ponta apoiam a diferenciação e a expansão dos negócios dos nossos clientes em qualquer ambiente económico”, explica Marybeth Gilbert, vice-presidente da Xerox e gestor de produção. “Os nossos clientes sabem que podem contar com a inovação da Xerox em resposta às necessidades dos seus negócios.”


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SUSTENTABILIDADE OCEANOS

Sappi participou no 2020 Plastic Free World Summit

A

SAPPI, FORNECEDORA LÍDER GLOBAL DE PRODUTOS DE FIBRA DE MADEIRA SUSTENTÁVEIS E SOLUÇÕES DE BASE BIOLÓGICA, APRESENTOU OS SEUS PRODUTOS RENOVÁVEIS NO 2020 PLASTIC FREE WORLD VIRTUAL SUMMIT. Realizado ao vivo de 9 a 10 de

Novembro e a pedido durante 30 dias depois, este evento teve como objectivo partilhar os mais recentes conhecimentos da indústria para ajudar o mundo a lidar com a questão crescente de resíduos plásticos no meio ambiente. A Sappi teve uma presença global com representação de todas as suas regiões, mostrando a amplitude de seus produtos e experiência. Desde papéis funcionais com tecnologia de barreira integrada e biocompósitos derivados de fibra de celulose a cartão com óptica aprimorada e papéis especiais premium para as indústrias de alimentos e etiquetas, a Sappi destacou uma variedade de soluções sustentáveis baseadas em papel que podem substituir alternativas não renováveis baseadas em combustíveis fósseis. Além disso, o stand da Sappi apresentou novos vídeos, incluindo um sobre como as árvores lutam e contribuem naturalmente contra as mudanças climáticas. Beth Cormier, vice-presidente de Pesquisa, Desenvolvimento e Sustentabilidade da Sappi América do Norte fez uma apresentação intitulada “Extraindo Valor das Árvores”. Esta apresentação destacou o trabalho inovador que a Sappi está a realizar em matéria de alternativas mais sustentáveis e com menos carbono. “Tudo o que pode ser feito com um combustível fóssil, pode ser feito com a celulose natural das árvores” - esse mantra orienta o

trabalho de Beth Cormier, vice-presidente de P&D e Inovação da Sappi América do Norte. Cormier supervisiona o desenvolvimento de novos processos na região para extrair ainda com mais responsabilidade, o valor de cada árvore. Beth partilhou a experiência da Sappi sobre como está a criar novas e inovadoras utilizações de celulose, o polímero mais abundante na terra, que está a abrir uma ampla gama de opções para mitigar os impactos do carbono, aumentando a reciclabilidade e compostabilidade dos produtos e ajudando a mitigar os impactos do ciclo de vida. A Sappi assumiu um compromisso global de contribuir para os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), com foco principal em sete dos objectivos em que a Sappi pode fazer uma diferença real. No Plastic Free World Summit, a Sappi mostrou o seu alinhamento com o ODS 12, intitulado “Consumo e Produção Responsáveis” com o seu compromisso de produzir produtos com benefícios de sustentabilidade definidos. Para saber mais sobre os produtos e soluções da Sappi visite: https://plasticfree-world.com.

HP Expande Programa Planet Partners para Reduzir os Plásticos nos Oceanos A HP anunciou a expansão do Planet Partners, programa de devolução e reciclagem de consumíveis, que está agora disponível em 68 países, incluindo Portugal, Argentina, Chile, e Papua Nova Guiné. A expansão do programa de reciclagem de consumíveis de impressão originais da HP para novos mercados aumenta o


SUSTENTABILIDADE OCEANOS

economia circular. “Como muitos desafios globais deste ano, a crise climática revela quão interligados estamos”, disse Guillaume Gerardin, director global e director geral de consumíveis de impressão na HP. “O nosso objectivo é mobilizar os nossos parceiros e clientes para se juntarem a nós na condução de uma mudança significativa e de uma economia mais circular. É por isso que estamos empenhados em desenvolver iniciativas importantes, como o nosso programa HP Planet Partners, para reduzir os resíduos que vão para aterros sanitários e a abertura de uma nova linha de lavagem no Haiti para ajudar a reduzir o plástico que acabaria no oceano”. Reduzir a utilização de plásticos que teriam os oceanos como destino

A HP investiu 2 milhões de dólares numa nova linha de lavagem de plástico no Haiti que produz plástico limpo e reciclado

compromisso de longa data da empresa com os seus parceiros e clientes no sentido de adoptar uma economia circular e de baixo carbono. O programa HP Planet Partners permite que os clientes HP tomem opções sustentáveis, adoptando medidas simples para alcançarem os seus próprios objectivos de redução de resíduos. Até à data, o programa já reciclou mais de 875 milhões de tinteiros e toners HP. Ao comprarem e reciclarem tinteiros e toners originais HP, os clientes fazem parte do processo de circuito fechado da HP e contribuem para os esforços da empresa no sentido de criar um futuro sustentável para a impressão que seja positivo para a floresta, neutro em termos de carbono e que suporte uma

A HP investiu 2 milhões de dólares numa nova linha de lavagem de plástico no Haiti que produz plástico limpo e reciclado de alta qualidade para utilização em produtos premium HP, incluindo tinteiros originais HP e o portfólio de PCs mais sustentável da empresa, abrindo também novos mercados para a equipa do Haiti. Este investimento numa cadeia de fornecimento de plástico com estas características dá continuidade ao compromisso de longa data da HP em desviar o plástico com destino aos oceanos e contribuir para uma economia circular de baixo carbono, ao mesmo tempo que proporciona aumentar os rendimentos e oportunidades de educação para as comunidades locais. A linha de lavagem já está em pleno funcionamento, graças à equipa de engenharia local do Haiti e um parceiro da HP, o Grupo STG da Alemanha.

DARPA homenageia Xerox PARC para melhor conhecer os Oceanos A PARC, área de divisão de pesquisa da Xerox, acaba de ser homenageada pela Defense Advanced Research Projects

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Agency (DARPA) no pelo contributo dado à próxima fase de desenvolvimento do Ocean of Things, um projecto que visa ampliar o conhecimento dos cientistas sobre os mares. Este projecto, anunciado inicialmente pela DARPA em 2017, tem vindo a colocar, no sul da Califórnia e no Golfo do México, pequenos drifters para recolher dados sobre o impacto humano no meio ambiente. Alguns dos dados recolhidos são a temperatura da superfície do mar, o estado do mar, as atividades na superfície e até mesmo informações sobre a vida marinha existente na região. “Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície da Terra, mas ainda sabemos muito pouco sobre eles”, afirma Ersin Uzun, vice-presidente e director geral da equipa de IoT, da Xerox. “Os drifters possibilitam uma recolha de dados nunca antes pensada, permitindo assim uma consciência marítima em tempo real.” Cada drifter é movido a energia solar e é composto por aproximadamente 20 sensores, incluindo uma câmara, GPS, microfone, hidrofone e acelerômetro. Os diferentes sensores podem fornecer dados muito amplos que vão desde a poluição do oceano, à aquicultura e às rotas de transporte. Foram os mais de 50 anos de experiência do PARC que permitiu desenvolver e projectar, através de tecnologias de última geração, o drifter que melhor se adaptaria aos requisitos deste projecto da DARPA. Entre muitos outros factores, o flutuador tinha de ser produzido com materiais ambientalmente seguros, ser capaz de sobreviver um ano ou mais em condições marítimas adversas, antes de submergir com segurança e usando técnicas analíticas avançadas, processar e partilhar os dados recolhidos. O PARC construiu, para a primeira fase do projecto 1.500 drifters e para esta segunda fase cerca de 10.000, sendo estes agora ainda mais compactos e económicos. Os dados obtidos nesta primeira fase vão ajudar a optimizar ainda mais o projecto final, altura em que a DARPA espera instalar uma grande quantidade destes drifters para fornecer informações contínuas e uma melhor compreensão dos oceanos.


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IMPRESSÃO 3D E O OCEANO

O MUNDO GRÁFICO E DA COMUNICAÇÃO

NA SAÚDE DO OCEANO O papel da indústria da impressão na regeneração da vida marinha e no combate às alterações climáticas.

O

CRESCIMENTO ACELERADO DA POPULAÇÃO MUNDIAL E A ESCASSEZ DE RECURSOS conduziram a humanidade a ousar o desconhecido sobre os 70% da crosta terrestre cobertos pelo Oceano, compreendendo a sua importância na resposta às necessidades globais de segurança alimentar, de energia, de medicamentos, de matérias-primas, de vias de comunicação e de lazer. Muitos de nós pertencemos a uma geração que cresceu a acreditar que o pulmão da Terra era verde e ficava na Amazónia. No entanto, o conhecimento conquistado ao longo das últimas décadas permitiu-nos descobrir que o Oceano está na primeira linha do combate às alterações climáticas que, para além de ser responsável pelo sequestro do CO2 é, ainda, responsável pela produção do ar que respiramos. Hoje, sabemos que o oxigénio produzido pela população de algas é superior ao produzido pelas florestas, levando a que o verdadeiro pulmão do Planeta seja azul e não verde conforme crescemos a acreditar.

Cientistas de todo o mundo têm vindo a desafiar o potencial da impressão 3D nas mais diversas aplicações, destacando-se o papel que esta tecnologia tem tido na construção de recifes de corais artificiais


IMPRESSÃO 3D E O OCEANO

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A inovadora indústria da impressão tomou um lugar de na primeira linha do combate às alterações climáticas, através da regeneração dos ecossistemas marinhos.

Paradoxalmente, a saúde do nosso Oceano está no limite! A pressão que a humanidade colocou sobre o Oceano resultou no aumento da temperatura, na acidificação da água e na consequente perda de biodiversidade. Uma em cada quatro espécies marinhas depende dos frágeis recifes de corais para viver, tornando estes ecossistemas imprescindíveis para a sobrevivência de mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo. Nas últimas décadas, cerca de 35 milhões de recifes de corais foram destruídos pelo Homem. Atualmente, o aumento da temperatura da água do Oceano está, literalmente, a “cozinhar” os recifes de coral, levando os cientistas a acreditar que assistiremos à sua extinção ainda no decorrer das nossas vidas. Pela sua importância para a saúde do planeta e para a prosperidade da humanidade, a proteção e regeneração de ecossistemas marinhos tornou-se uma prioridade imperiosa inscrita nas bandeiras erguidas pelos líderes mundiais, na agenda de desenvolvimento sustentável para próximas décadas. Um pouco por todo o mundo, empreendedores e cientistas de diferentes domínios do conhecimento procuram soluções para travar este ciclo de destruição.

Hugo Metelo Diogo Diretor-Executivo da Bluegrowth Hugo Metelo Diogo, especialista em inovação no setor da Economia Azul, com duas décadas de experiência profissional na transformação digital dos setores económicos ligados ao Oceano. Foi consultor da Comissão Europeia para os assuntos da segurança marítima e digitalização do setor marítimo-portuário, foi embaixador do Plano de Investimentos da Europa em Portugal e exerce, atualmente, as funções de Diretor-Executivo da Bluegrowth, consultora portuguesa especializada nas atividades económicas, sociais e ambientais ligadas ao Mar.

Os moldes do recife foram impressos ao longo de 24 horas

A comunidade científica acredita que os recifes artificiais poderão ser menos vulneráveis às alterações climáticas e mais resistentes às flutuações químicas dos oceanos do que os recifes naturais. Cientistas de todo o mundo têm vindo a desafiar o potencial da impressão 3D nas mais diversas aplicações, destacando-se o papel que esta tecnologia tem tido na construção de recifes de corais artificiais, um pouco por todo o mundo, inclusive em Portugal. A criação de recifes artificiais não é nova – já no passado foram utilizados navios naufragados e blocos de betão para atrair corais. A impressão 3D, no entanto, permite que a estrutura natural dos recifes de coral seja imitada, o que facilita que os pólipos de coral residentes na coluna de água se liguem mais facilmente a estas estruturas, originando o reaparecimento natural do ecossistema e, consequentemente, o regresso das espécies que dele dependem. Vários recifes e outros elementos da vida marinha foram já impressos e afundados no Oceano. O Reef Design Lab (organização australiana dedicada à criação de recifes artificiais) criou o maior recife de coral artificial impresso até agora. Os moldes do recife foram impressos ao longo de 24 horas e depois usados para moldar as estruturas em cerâmica (semelhante ao carbonato de cálcio encontrado em recifes de coral), tendo sido expedidos


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para as Maldivas, onde repousam sete metros abaixo da superfície. Numa parceria entre a Volvo e a Reef Design Lab foi projetada uma solução para fomentar o aparecimento de vida marinha na linha costeira da cidade de Sydney na Áustralia. Esta solução consiste na impressão de um conjunto de mosaicos - com formas semelhantes àquelas que encontramos nas barreiras de coral – destinados a serem fixados nos paredões das infraestruturas costeiras e portuárias da cidade australiana. Foi, também, com a impressão 3D de uma estrutura de ladrilhos feita em argila, que os cientistas da Universidade de Hong Kong contribuíram para a recuperação dos recifes de coral, destruídos por um tufão, em 2018. Na Europa a aplicação da tecnologia de impressão 3D tem vindo a resultar em inúmeros casos de restauro de ecossistemas marinhos. A organização francesa de preservação marinha, em parceria com a empresa XtreeE, apostou na inovação dos materiais utilizados para a impressão, com um material descrito como “biomimético e poroso”, com características semelhantes ao próprio coral. O primeiro recife foi afundado no Golfo Pérsico em 2012. Desde então, surgiram vários outros, no Caribe, no Mediterrâneo, na Austrália e em outros lugares. Atualmente, está em

A comunidade cientifica portuguesa tem vindo a acompanhar as tendências internacionais, trazendo o potencial da impressão 3D para a esfera dos desafios costeiros de Portugal.

IMPRESSÃO 3D E O OCEANO

No panorama da Estratégia Nacional para o Mar (2021-2030), recentemente em discussão pública, a impressão 3D surge elencada a objetivos estratégicos curso um plano de monitorização, com o objetivo de documentar a capacidade das estruturas em fixarem, mais facilmente, os pólipos de coral suspensos na água. Esta inovação, em torno de novos materiais, tem encontrado interesse de outras organizações, tendo já sido explorada a impressão de estruturas de carbonato de cálcio, componente dos esqueletos naturais do coral. As comunidades científicas, políticas e empresariais portuguesas estão atentas ao potencial tecnológico da impressão 3D. Em Portugal temos empresas especialistas nas tecnologias utilizadas nos mais diversos casos de estudo internacionais. No entanto, para além da capacidade industrial de fazer acontecer, a comunidade científica portuguesa tem vindo a

acompanhar as tendências internacionais, trazendo o potencial da impressão 3D para a esfera dos desafios costeiros de Portugal. Recentemente, investigadores do Centro Interdisciplinar de Investigação do Mar e Ambiente (CIIMAR) e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) avançaram com a colocação de nove recifes artificiais, produzidos por impressão 3D, junto ao terminal de cruzeiros do Porto de Leixões, com o objetivo estudar a sua colonização por organismos marinhos. No panorama da Estratégia Nacional para o Mar (2021-2030), recentemente em discussão pública, a impressão 3D surge elencada a objetivos estratégicos, “Apostar na Garantia da Sustentabilidade e Segurança alimentar”, que se foca na garantia de uma exploração sustentável de recursos marinhos vivos e no fomentar dos conceitos de desperdício zero e da valorização integral dos resíduos na indústria de transformação alimentar. Não sabemos como é que o Mundo Gráfico e da Comunicação se irá projetar no mundo de oportunidades que emergem do potencial da nova “Economia Azul” que domina a atualidade nacional, europeia e mundial. No entanto, analisada a última década, facilmente percebemos que a inovação no setor trouxe novas capacidades em resolver problemas complexos de forma sustentável. A impressão 3D poderá não ser a panaceia para curar o Oceano de todos os males que a humanidade lhe plantou, no entanto há um novo e imenso horizonte azul para a expansão do setor, num país cujo território é 90% Mar.


NXE 400 A IMPRESSORA 3D

MAIS RÁPIDA DO MERCADO

RESINA XCAST Resina de fundição, de elevada precisão, que queima sem deixar resíduos, ideal para a produção de moldes de cera perdida para a produção de peças metálicas.

A NXE 400 é o equipamento da NEXA3D, representada em Portugal pela EMETRÊS

RESINA XPRO410 Resina de impressão rápida, de grande durabilidade e elevado detalhe, ideal para protótipos mas também peças rígidas.

RESINA XMED412 Resina biocompatível de grande durabilidade e resistência ao impacto, ideal para aplicações que necessitem que a peça esteja em contacto com o corpo.

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OPINIÃO RAFAEL MATEUS

IMPRESSÃO

A IMAGINAÇÃO É O LIMITE

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omo a fabricação aditiva respondeu a todos os desafios e se apresenta como um argumento diferenciador em indústrias cada vez mais competitivas A impressão 3D foi alvo de muito interesse nos seus passos embrionários, quando se especulava sobre as potencialidades da fabricação aditiva e sobre a forma como ela poderia moldar o mercado ou mesmo criar novos mercados. Passado o tempo do deslumbramento com a tecnologia, adotámos os naturais passos para aplicar a inovação inerente a esta área no nosso dia a dia, tanto profissional como pessoal, para dela recolhermos os frutos prometidos por artigos de especialistas e analistas de mercado. Talvez a face mais visível da impressão 3D neste momento seja o seu contributo para a renovação de modelos de negócio e cadeias de valor nas mais diferentes indústrias. Compreender as vantagens da impressão 3D e a forma como elas podem ser aplicadas ao nosso dia a dia e à maneira de operar das empresas torna-se indispensável para avaliarmos as verdadeiras potencialidades de uma tecnologia que promete revolucionar processos. Em jeito de resumo, consideremos algumas áreas onde a impressão 3D se assume como um argumento diferenciador e com a capacidade de ser um game-changer. Responsabilidade social e ambiental e novos timings de desenvolvimento de produto Para além do enquadramento médico que a conjuntura atual impõe, consideremos a questão de responsabilidade social e sustentabilidade que a fabricação aditiva faculta. A possibilidade de impressão de peças para a construção de casas reduz significativamente o tempo de construção e o valor de produção das mesmas. Num planeta onde o acesso a acomodações básicas ainda é um desafio em diferentes geografias – com o problema mais gritante em África, naturalmente – a fabricação aditiva pode assumir-se como um argumento de peso no combate à pobreza e à exclusão social. Mesmo em sociedades onde a falta de habitação não é gritante mas onde o preço e o tempo de produção das casas se encontra desajustado face ao poder de compra médio dos seus habitantes, esta tecnologia tem a capacidade de se apresentar como um nivelador económico com claros benefícios sociais. Além disso, e uma vez que o desperdício é reduzido, permite um processo produtivo ambientalmente mais responsável e com claros ganhos face

Por Rafael Mateus, Responsável pela área de Fabricação Aditiva na Emetrês

a processos tradicionais que implicam utilização de matérias e processos mais nocivas ao meio ambiente. Tenhamos ainda em conta que a célere prototipagem para um rápido teste das peças ou dos produtos é essencial não apenas para reduzir substancialmente o time to market de novos produtos mas para responder a qualquer área de engenharia – mesmo em setores tradicionalmente mais complexos como a enge-


OPINIÃO RAFAEL MATEUS

A impressão 3D assumese como um argumento diferenciador e com a capacidade de ser um game-changer

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nharia aerospacial. A elevada velocidade que a impressão 3D aporta ao desenvolvimento dos produtos é um elemento diferenciador, e algo disruptivo para quem desenvolve e testa componentes ou soluções nas mais diferentes indústrias. Tomemos como exemplo a indústria aeroespacial, onde a aplicação de novos materiais e a possibilidade de recorrer a geometrias diferenciadoras garantem a produção 3D de peças mais leves e mais resistentes – argumentos de grande importância para esta indústria Da mesma forma, a impressão 3D apresenta-se como um aliado de peso e um dínamo de inovação para o setor do ensino, permitindo uma nova era de experimentação para toda uma nova geração de inovadores e de pessoal docente e ligado à investigação científica. Nos dias que correm, a rapidez de resposta e a inovação são linhas primordiais para traçarmos o nosso caminho neste “novo normal”. Nele, a impressão 3D está no processo de implementação de uma nova cultura de fabrico de produto que rescreve processos, tempos de resposta e processos de produção para se apresentar como uma tecnologia repleta de potencialidades, algumas das quais ainda nem descobrimos.


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ENTREVISTA JOÃO MATEUS

“Na Emetrês oferecemos inovação”

J

OÃO MATEUS É DIRECTOR COMERCIAL DA EMETRÊS, empresa que está no

São 40 anos de actividade junto do mercado gráfico, uma relação de proximidade com os clientes e uma busca contínua pela oferta dos melhores equipamentos e tecnologias. João Mateus, director comercial é o rosto que os clientes melhor conhecem e explica como é que a Emetrês se reiventa, renova e é hoje um fornecedor líder em Portugal e nos Palops.

mercado há mais de 40 anos. Conhecida pela representação de marcas de equipamentos de referência para a área de impressão, a empresa tem também apostado num vasto conjunto de consumíveis que abrange a área gráfica e cartonagem. A “cereja no topo do bolo” é, sem dúvida, a oferta de equipamentos e tecnologia de impressão 3D! A Emetrês tem hoje uma oferta global de equipamentos e consumíveis para dar resposta às necessidades de produção na área das gráficas e cartonagem. De que forma esta oferta de consumíveis tem ganho importância junto dos vossos clientes?

João Mateus – Como todos sabemos, a área de impressão é muito competitiva e os pequenos pormenores fazem toda a diferença. Assim, na Emetrês decidimos apostar numa abrangente selecção de consumíveis, preparada para satisfazer todas as necessidades de produção e cumprir os mais exigentes standards de qualidade e segurança. O segmento de gráficas e cartonagem é uma área em crescimento com provas dadas no mercado nacional e as empresas estão a procurar processos e consumíveis que consigam juntar a qualidade, simplicidade e a rapidez de aplicação e segurança. Estes argumentos são essenciais para a apresentação dos trabalhos finais.

Ao longo de mais de 40 anos de actividade e como empresa especializada nesta área, a Emetrês tem vindo sempre a reforçar o portfólio de consumíveis para todo o tipo de equipamentos e aplicações....

João Mateus – Sim, como player activo há mais de 40 anos neste segmento, a Emetrês tem vindo a reforçar a oferta nas diferentes áreas do sector gráfico, com propostas de valor acrescentado. O que queremos é sempre garantir uma elevada performance na impressão que resulte em excelentes resultados. Te-


ENTREVISTA JOÃO MATEUS

mos conseguido representar produtos de grande qualidade e isso, também nos garante que possamos estar tranquilos porque sabemos que estamos a oferecer aos nossos clientes o que de melhor existe no mercado. Os clientes já nos conhecem, sabem do nosso serviço, da forma de estar, da qualidade dos produtos e equipamentos, da assistência técnica e, sobretudo do know how e experiência. Não é por acaso que temos a sorte de ver a nossa carteira de clientes crescer, já que na Emetrês trabalhamos verdadeiramente em equipa. Em Março, quando surgiu a pandemia e o país encerrou para um confinamento, na Emetrês não cruzámos os braços e acabámos por, de forma unida dar resposta a uma necessidade do mercado, produzindo viseiras e outras peças em impressão 3D. Cumprimos todas as regras de segurança e, todos juntos,

O segmento de gráficas e cartonagem é uma área em crescimento com provas dadas no mercado nacional

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Os clientes já nos conhecem, sabem do nosso serviço, da forma de estar, da qualidade dos produtos e equipamentos, da assistência técnica, do know how e experiência

delineamos uma estratégia que passou pela produção de produtos essenciais no combate ao Covid19, sobretudo para forças de segurança e profissionais médicos. Temos muito orgulho no trabalho que realizámos e na nossa equipa. Com mais de 4 décadas de actividade a vossa empresa tem procurado oferecer ao mercado tecnologias inovadoras, como é o caso da impressão 3D. Como é que analisa o impacto que a impressão 3D tem tido junto do mercado?

Com mais de 40 anos de experiência na comercialização de produtos e equipamentos gráficos e de comunicação, na Emetrês temos sempre tentado oferecer inovação em termos de equipamentos, técnicas e recursos de última geração tecnológica. Hoje, o que queremos oferecer ao mercado em geral e aos nossos clientes em concreto, são novas tecnologias de impressão e acabamento convencionais e digitais, integrando mais recentemente duas novas áreas de negócio: 3D Fabricação Aditiva, conhecida como impressão 3D, e 3D Holográfico, direccionada para a promoção e marketing de marcas através da criação de conteúdos animados. Posso assegurar que


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ENTREVISTA JOÃO MATEUS

Estamos há muitos anos em mercados como Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e representamos marcas e fabricantes de equipamentos consagrados

o impacto da impressão 3D é enorme e tem muita margem de crescimento. São inúmeras as áreas em que a impressão 3D está a mostrar-se como disruptiva e fundamental. Se antes se pensava que a impressão 3D servia apenas a área do marketing e publicidade, rapidamente se percebeu que o seu alcance é enorme. A área médica, aeronáutica, industrial e mesmo na economia dos mares, é impressionante. Quem pensa em ser fornecedor de impressão 3D tem de estar preparado para sair fora do universo da impressão convencional e dirigida a mercados ditos tradicionais. Claramente que as empresas que têm adquirido equipamentos de impressão 3D, não só aqui em Portugal como em outros países da Europa ou outros continentes, estão a experimentar e a trabalhar para clientes considerados improváveis, onde a tecnologia de impressão 3D faz toda a diferença. Recentemente, com a questão da pandemia, isto ficou ainda mais confirmado, com a produção de peças como viseiras ou mesmo sistemas

Quem pensa em ser fornecedor de impressão 3D tem de estar preparado para sair fora do universo da impressão convencional e dirigida a mercados ditos tradicionais para ventiladores e outros equipamentos que beneficiaram de uma impressão rápida, à medida, e única, que de outra forma não seria possível de executar.


PRODUTOS

A Emetrês é uma empresa que tem um profundo conhecimento dos mercados designados por Palops. Como é que esta vossa presença se mantém agora com a pandemia?

Estamos há muitos anos em mercados como Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e representamos marcas e fabricantes de equipamentos e soluções consagrados internacionalmente o que nos garante um reconhecimento dos clientes. A nossa proximidade às empresas tem sido construída com base numa relação de confiança, já que somos mais do que fornecedores, somos sobretudo consultores e parceiros de negócio. Tentamos informar os nossos clientes sobre o que de melhor existe no mercado, quais as soluções mais adaptadas ao tipo de trabalho, os métodos e processos. No fundo, sabemos que os clientes contam connosco para estar a par das novidades e ajudá-los a obter uma melhor performance no que à área de impressão diz respeito. Isto é verdade tanto para os mercados dos Palops como para os nossos clientes nacionais. A verdade é que nestes mais de 40 anos, a indústria gráfica e da comunicação tem contado sempre com a Emetrês.

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Completo conjunto de consumíveis para gráficas e cartonagem OFFSET

Chapas, tintas, vernizes, cauchus, substratos sintéticos e complementos de impressão.

TAMPOGRAFIA

Chapas Nyloprint de fotopolímero com base em poliéster flexível e revelação a água, que possibilitam uma utilização económica e ambientalmente correcta, bom desempenho e processamento rápido.

CORTE

Facas e réguas de guilhotina para a maioria das marcas de equipamentos de corte, incluindo guilhotinas trilaterais.

COLAGEM

Colas aquosas, formuladas através de resinas sintéticas dispersas em água que se aplicam à temperatura ambiente nos substratos. Estas colas aplicamse manualmente, por injector, por máquinas de rolos ou por máquinas de alta velocidade e são indicadas na colagem de papel, cartão, cartolinas, papel impresso, papel kraft, no fecho de caixas de cartão com ou sem verniz UV e outras colagens difíceis. Em alternativa, as colas hot-melt são resinas termoplásticas, isentas de solventes, que pela ação do calor passam ao estado líquido para permitir a sua aplicação. Com uma boa penetração nos mais diferentes substratos, ostentam excelentes níveis de flexibilidade e podem ser facilmente limpas, já que não apresentam acumulação de excessos de cola nas lâminas.

COSER

Na área de alcear e coser a Emetrês conta com nomes reconhecidos como a Overhoff Draht, a marca alemã de arame com provas dadas no mercado internacional. A excelente qualidade e compatibilidade com a maioria das máquinas de coser a arame tornam-na na melhor escolha para a produção de revistas, livros e blocos. Este arame leva um acabamento e tratamento contra oxidação que garante um agrafo de qualidade, flexível e duradouro. A utilização de um arame de qualidade evita paragens e avarias nas cabeças de agrafar provocadas por encravamentos e quebras do arame.

PLASTIFICAÇÃO

As películas de plastificação a quente da Emetrês contam com um revestimento de alta qualidade e são fabricadas com todo o rigor de um produto de excelência. Estes produtos estão disponíveis em rolos de película mate ou com brilho, mas, independentemente da versão, asseguram um acabamento perfeito e aumentam o tempo de vida do substrato. Numa altura de pandemia COVID-19, revelamse aliadas perfeitas para a plastificação de menus de restaurantes e outros semelhantes, garantindo não apenas a proteção dos produtos, mas também uma fácil higienização dos mesmos.

CINTAR

As fitas de cintar Busch são concebidas com material de alto desempenho e estão disponíveis em diferentes comprimentos e larguras em papel kraft (branco ou castanho) e em polipropileno transparente. Compatíveis com quaisquer equipamentos de cintar, as fitas da Busch são a opção de eleição para quem procura um produto de alta qualidade e com ímpar facilidade de aplicação.

CORTE E VINCO

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EMPRESA KONICA MINOLTA

O dinamismo da Konica Minolta em tempos de pandemia inclui... ...uma parceria com a MGI Technology...

S

ÃO TANTAS AS ACTIVIDADES DESTE FABRICANTE que, se torna difícil acompanhar tudo o que vai desenvolvendo para conseguir oferecer aos clientes não apenas mais e melhores equipamentos, como também softwares, ferramentas e aplicações que garantem uma digitalização total do processo. Para além disto, a Konica Minolta tem desenvolvido programas de parceria com outros fabricantes de modo a facilitar a vida das empresas de impressão. Foi o que fez já no final de setembro, quando anunciou a parceria com a

MGI Technology com vista a “criar uma abordagem de fornecedor único para os clientes.“ Segundo o fabricante, esta parceria vai acelerar ainda mais as actividades nos mercados de impressão digital comercial e industrial. Recorde-se que em 2016, a parceria estratégica e financeira entre as duas empresas já tinha sido reforçada com o aumento da participação da MGI para 40,5%. A Konica Minolta passou então a integrar soluções de produção e impressão de etiquetas e embalagens da MGI

no seu portfólio. Como resultado deste crescimento comum, as soluções MGI são agora vendidas directamente através da rede de distribuição da Konica Minolta. Na verdade, há ainda uma outra vantagem que passa pelo facto da Konica Minolta poder apoiar os clientes MGI num ponto de contacto único em todas as questões de venda e suporte no local, bem como no desenvolvimento de soluções à medida. Com este reforço da parceria, os clientes podem usufruir de um serviço e assistência nas áreas de produção profissional e embelezamento digital, a partir de um só fornecedor. É evidente para todos os que desenvolvem actividade na área de impressão que, hoje mais do que nunca, a questão do “embelezamento digital” é um factor-chave de crescimento no mercado da impressão profissional. Quanto aos fornecedores, esta é também uma forma rentável das gráficas comerciais e industriais se diferenciarem da concorrência. Com o objectivo de oferecer ao cliente uma solução no segmento do embelezamento digital, a Konica Minolta apresentou a MGI JETVARNISH 3D One, uma solução que utiliza o verniz UV localizado para obter efeitos 2D e 3D numa ampla gama de materiais. Além disso, o portfólio MGI inclui verniz UV localizado e estampagem digital a quente, oferecendo às empresas uma nova oportunidade de acrescentar


EMPRESA KONICA MINOLTA

valor às soluções. O portfólio também inclui aplicações de acabamento para outras tecnologias de impressão, como a impressão offset, até ao tamanho A1+. A alta precisão dos equipamentos, patenteada pela Konica Minolta, garante a redução dos custos de produção e a maximização da produtividade. ... o lançamento de um Showroom Virtual Todos temos sentido na pele o impacto desta pandemia e a quantidade de restrições que tem imposto à vida de cada um de nós e à das empresas. Na área dos eventos, uma das mais atingidas, também o mundo da impressão tem sofrido com o cancelamento e adiamento de feiras, congressos, seminários, workshops e outros certames que acabam por permitir mostrar equipamentos e soluções tecnológicas e mesmo formar e informar todos os profissionais gráficos, designers, de comunicação e marketing. Assim,a pensar em soluções que possam ir de encontro ao que se designa por “novo normal”, a Konica Minolta desenvolveu uma plataforma digital que permite conhecer as soluções na área da impressão profissional e industrial, as suas funcionalidades e benefícios, através de uma experiência interactiva e adaptada à nova realidade. Nesta fase de lançamento, o Showroom Virtual apresenta três das principais soluções de impressão da Konica Minolta, estando previsto alar-

O novo Showroom Virtual da Konica Minolta está disponível através de marcação prévia no site da empresa. As visitas são acompanhadas por um especialista da área O bizhub Evolution é a nova plataforma on-demand da Konica Minolta, equipada com Inteligência Artificial (IA), projectada para optimizar a gestão de informação das empresas

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gar, em breve, as apresentações a outras linhas de produtos. Segundo a Konica Minolta, “a estratégia tem como principal objetivo manter a proximidade com os actuais e potenciais clientes, considerando a situação epidemiológica mundial que está a impulsionar o acesso a informação a partir de casa ou do escritório. O enfoque da empresa está em adoptar novos formatos e experiências mais personalizadas que combinam o físico e o digital. O novo Showroom Virtual da Konica Minolta está disponível através de marcação prévia no site da empresa. As visitas são acompanhadas por um especialista da área, através de uma apresentação virtual, com cenários tridimensionais, a três dos principais produtos de impressão profissional e industrial da marca: AccurioLabel 230, para produção de etiquetas em curtas tiragens; AccurioJet KM-1e, solução de impressão de jato de tinta UV b2+; e AccurioPress C14000, a nova geração de soluções de produção em grande volume. Durante a apresentação, é possível percorrer galerias com amostras, assistir a conteúdos em vídeo e receber apresentações detalhadas sobre o modelo pretendido. Elementos interativos proporcionam uma visita virtual ao showroom, incluindo demonstrações animadas do fluxo de papel, diferentes tonalidades de cor, carregamento de papel e empilhamento de produtos pós-impressão. ... o anúncio de uma nova plataforma de serviços na cloud O bizhub Evolution é a nova plataforma on-demand da Konica Minolta, equipada com Inteligência Artificial (IA), projectada para optimizar a gestão de informação das empresas. Uma solução de gestão na cloud que permite às organizações acederem a uma vasta gama de serviços onde se inclui a possibilidade de conversão de documentos de texto e áudio, impressão na nuvem e móvel, colaboração e integração de utilizadores, ferramentas de conectividade, gestão administrativa e segurança de dados. Com o bizhub Evolution, a Konica Minolta mostra que quer continua a apoiar as organizações a optimizarem os seus


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EMPRESA KONICA MINOLTA

do sector a nível mundial. A distinção é atribuída a três produtos de áreas de negócio distintas pelo design excepcional e contributo para o desenvolvimento da indústria. Os equipamentos multifunções a cores da linha bizhub i-Series nos modelos C650i, C550i e C450i (formato A3) foram reconhecidos pela sua interface intuitiva, conectividade e segurança aprimorada, oferecendo ao utilizador um ponto de contacto único a vários serviços necessários no dia-a-dia de uma empresa. Estes equipamentos de última geração, foram concebidos para ajudar

processos diários, já que se trata de uma nova plataforma inteligente de serviços na cloud, completa e flexível, que permite uma poupança significativa de tempo com o processamento de documentos em papel, sendo acessível através de qualquer dispositivo conectado à internet como pc’s e os equipamentos multifuncionais bizhub da Konica Minolta. A nova solução de gestão na cloud da Konica Minolta possibilita às empresas tornar o local de trabalho digital mais inteligente e eficiente, promovendo a optimização das tarefas diárias dos colaboradores. Entre os serviços da bizhub Evolution destaque para a ferramenta de tradução de documentos que permite ao utilizador traduzir um texto automaticamente para alemão, francês, inglês, espanhol, português, italiano, polaco, holandês e russo, com uma elevada qualidade e mantendo a formatação original. Permite também a conversão de ficheiros para formatos específicos como PDF, Word ou Excel, bem como a conversão de texto digitalizado em ficheiros JPEG, PNG, PDF, BMP e MP3. ...e o Good Design Award 2020 O reconhecimento é sempre importante tanto a nível pessoal como organizacional e neste campo, a Konica Minolta pode, sentir-se satisfeita pela atribuição do prémio Good Design Award pelo Japan Institute of Design Promotion, uma das empresas mais conceituadas

Entre os serviços da bizhub Evolution destaque para a ferramenta de tradução de documentos que permite ao utilizador traduzir um texto automaticamente para alemão, francês, inglês, espanhol, português, italiano, polaco, holandês e russo

A nova solução de gestão na cloud da Konica Minolta possibilita às empresas tornar o local de trabalho digital mais inteligente e eficiente

as empresas na transformação digital e a acederem facilmente aos recursos de IT, promovendo formas de trabalho flexíveis e colaborativas dada a capacidade de personalização e expansão. Por sua vez, os equipamentos de professional printing AccurrioPress da Konica Minolta, nomeadamente as soluções de impressão digital a cores C14000 e C12000, foram distinguidas não só pelo design sofisticado, como também pelo alto desempenho e eficiência em produção de alto volume. Ao incorporarem a mais recente tecnologia de automação permite aumentar a produtividade, minimizar custos operacionais através da gestão de fluxos de trabalho, reduzindo ao máximo a intervenção humana. Estas inovações permitem às empresas de produção uma maior qualidade, velocidade de impressão, facilidade de utilização e assim abrir novas oportunidades de negócio.


COMO A LEMORAU REAGIU À PANDEMIA Apesar das limitações de distanciamento social impostas pela pandemia, a Lemorau realizou mais de duas dezenas de instalações remotas dos seus equipamentos em todo o mundo, seguidas por uma série de sessões de formação por videochamada para cada cliente.

Através de videoconferências e com a ajuda de vídeos tutoriais, foi possível efetuar as instalações durante a pandemia da Covid-19 em países como Sérvia, Espanha, Argélia, Marrocos, Tunísia, Jordânia, EUA, Peru, entre outros. Em alguns casos, estas instalações foram também garantidas com a ajuda dos nossos distribuidores e parceiros.

A Lemorau, desde a sua fundação nunca negligenciou a relação com os clientes, bem como o cumprimento de todos os compromissos de venda. Neste momento difícil da pandemia mundial, implementamos um programa abrangente para as instalações remotas das nossas máquinas, incluindo formação intensiva, permitindo que os operadores dos nossos clientes trabalhem com as mesmas de forma adequada e eficaz,” disse Susana Teixeira, CFO e gerente de vendas da Lemorau. “E tendo em conta a globalização da Lemorau, as nossas vendas chegam a países tão próximos quanto a vizinha Espanha e tão longínquos como a Tailândia, Jamaica e Nova Caledónia.

www.lemorau.com | geral@lemorau.com


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TEMA DE CAPA

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TEMA DE CAPA

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O QUE É QUE O NORTE TEM?!

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Três empresas do Norte que têm enfrentado este tempo de pandemia

RÊS EMPRESAS, TRÊS CEOS, TRÊS VISÕES sobre o mercado, três estraté-

gias que enfrentam a pandemia. Eigal, Maiadouro e Orgal contam como têm enfrentado uma crise inédita e inesperada provocada por um vírus que se espalhou por todo o mundo e ameaça a economia mundial. Não é uma amostra representativa nem pretende ser um RX exacto sobre aquilo que o Norte tem em matéria de impressão e, muito menos extrapolar os dados para a região do Porto ou o universo nortenho. O que reunimos nesta edição e que faz tema de capa, são três entrevistas a três empresas gráficas de destaque e, sobejamente conhecidas e reconhecidas que abriram as portas à IG para contar de que forma têm enfrentado a pandemia que começou em Março de 2020 e se estende até hoje, vai continuar por 2021 e esperemos, acabe nos primeiros seis meses deste ano que todos queremos seja de esperança.

Esta três empresas do Porto são o espelho do dinamismo, determinação e arrojo dos seus CEOS

Apesar da pandemia, estas três entrevistas transmitem confiança e coragem porque nos mostram três CEOS de três empresas situadas na zona do Porto e que, apesar das dificuldades, têm conseguido manter o rumo e, em alguns

casos, crescer. Por coincidência, as três empresas – EIGAL. MAIADOURO E ORGAL – trabalham em larga escala a obra de livro e em nenhum momento das entrevistas os seus responsáveis se mostraram reticentes em continuar a apostar nesta área. Antes pelo contrário, os três gestores falaram do futuro de forma determinada, avançaram com ideias para um futuro próximo e, deixaram mensagens de clara determinação quanto ao futuro e ainda visões que se tocam, quanto a atitudes e acções que podem melhorar a performance das empresas que têm no seu core business a impressão. Rui Ferreira da Eigal, Domingos de Oliveira da Maiadouro e Rui Costa da Orgal mostram nestas entrevistas que as empresas são feitas de pessoas, das suas estratégias e ideias. Estas três empresas do Porto são o espelho do dinamismo, determinação e arrojo dos seus CEOS e por isso representam bem aquilo de que o Norte é feito, aquilo que o Norte tem!


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TEMA DE CAPA EIGAL

“O nosso foco é a optimização dos recursos” Rui Ferreira, director geral da Eigal falou com a IG para nos contar mais sobre o presente e o futuro da gráfica do Porto

É

UMA DAS MAIS DESTACADAS EMPRESAS GRÁFICAS NA ÁREA DO LIVRO ESCOLAR E TEM ENFRENTADO a pan-

não foi substancial e temos ultrapassado tudo com organização e trabalho.

demia com uma estratégia que passa por dar continuidade ao trabalho, respeitando regras mas unindo ainda mais a equipa e preparando o futuro. Rui Ferreira, director geral da Eigal falou com a IG para nos contar mais sobre o presente e o futuro da gráfica do Porto.

Sentiram a paragem de actividade dos vossos clientes e o consequente envio de trabalhos para impressão?

Como está a Eigal a enfrentar esta situação de Pandemia que atinge o país e o mundo?

Na Eigal continuamos com a actividade normal e, obviamente respeitando todas as regras de segurança. Já lidámos com casos suspeitos mas, felizmente, nenhum confirmado. Claro que tivemos uma redução da actividade, mas

que iria existir uma melhoria e a verdade é que acabou por acontecer uma boa recuperação, já que este ano estamos mais ou menos alinhados com a facturação do ano passado. Este 2020 não será um ano mau. No ano anterior, 2019 tivemos um ano bastante interessante e tínhamos vindo nessa onda de boas perspectivas. Este ano, apesar de tudo, esperamos alguma retoma e alinhamento com anos anteriores. De que forma procederam com a área comercial, já que muitas empresas investem em aumentar os comercias para combater as perdas do mercado num ano de pandemia?

Na altura do confinamento houve uma necessidade de atacar novos desafios, pensar “fora da caixa”, ponderar novas oportunidades mas, os clientes não estavam disponíveis e, depois, simplesmente retomámos a nossa carteira normal de clientes e fomos recuperando os projectos que tinham ficado suspensos. Como vê o mercado, já perto do final de um ano difícil para a maioria das empresas portuguesas de diversas áreas e, sobretudo na área de impressão?

Na indústria gráfica temos muitos sub-sectores e nestes, o livro, as publicações em geral, são um mercado que procura sempre ter novidades, novos lançamentos e projectos e nós, somos o parceiro certo para que consigam uma retoma de forma mais efectiva. Este é um mercado que procura inovar, no sentido de aproveitar novas situações que agarrem novos clientes.

Podemos dizer que houve algum abrandamento mas nunca tivemos uma grande paragem. Na Eigal não tivemos layoff e isso, creio, diz bem da forma como sempre temos trabalhado. Demos resposta a todas as solicitações dos clientes, estivemos sempre disponíveis para cada um deles.

Quanta da vossa produção é para consumo interno ou exportação?

Depois do fecho e paragem do país por conta da pandemia, sentiram alguma “retoma”, tal como acharam que seria possível?

Como analisa o actual estado do mercado livreiro e, sobretudo, a situação do online na área de ensino escolar?

Pessoalmente tinha expectativas de

Nesta altura, estamos com números na ordem de 70 por cento de consumo para o mercado interno e 30 por cento de consumo para exportação. Na produção para consumo interno a área escolar tem um peso significativo.

Essa é uma preocupação porque queremos perceber o que vai acontecer no


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“Pessoalmente tinha expectativas de que iria existir uma melhoria e a verdade é que acabou por acontecer uma boa recuperação, já que este ano estamos mais ou menos alinhados com a facturação do ano passado.”

O que pensa das novas aplicações, da interactividade crescente entre o papel e o digital, aquilo que hoje se designa por Phydigital?

futuro, no relacionamento entre professor e aluno e, no funcionamento de toda uma escola. No meu ponto de vista, mesmo que exista uma complementaridade do ensino online com o ensino presencial, até mesmo em ensino superior, creio que isso torna mais necessário os elementos escritos. Se pensarmos numa aula online, em que o aluno está frente a um computador, é natural que este queria estar atento ao professor e construir uma relação com o profissional que ensina a matéria. Assim, é fundamental que o aluno disponha de um manual que permita acompanhar a aula que está a ser dada. No Brasil isso começou a acontecer e, aqui ainda não descolou mas, creio que o caminho do futuro passará por aí. Essa complementariedade entre o digital e os produtos físicos será cada vez mais necessária.

“Deveríamos ter quem “pensasse” sobre as novas oportunidades que o mercado nos pode oferecer porque não faz parte do nosso mindset”

São mundos que podem completar-se, potenciam-se de uma forma muito significativa e interessante. Aquilo que à primeira vista poderia parecer uma substituição é, apenas uma complementariedade. Boas ideias e desafios são geralmente propostos pelos clientes e nós, acompanhamos e sugerimos outras abordagens, outras ideias, outras aplicações. Estamos sempre disponíveis para ir à procura e estudar formas de reunir o mundo digital e o mundo físico. Trabalhamos em conjunto com os clientes e isso tem sido muito bom, permite resultados extraordinários. Considera que área de impressão poderia beneficiar de um ou mais “embaixadores” que conseguissem mostrar todo o seu potencial e alcance?

Faz muito sentido que existam pessoas, entidades, organizações que realizem exposições, façam divulgação da indústria e a promovam. Sim, seria uma boa ideia, já que é difícil pensar “fora da caixa”, porque estamos todos muito focados no processo produtivo, na eficiência e rentabilização dos processos. Deveríamos ter quem “pensasse” sobre as novas oportunidades que o mercado nos pode oferecer porque não faz parte


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TEMA DE CAPA EIGAL

do nosso mindset e, esperamos sempre que sejam os clientes a inovar. Creio que é preciso um impulso, uma abertura e mostrar mais a impressão e toda a sua beleza e potencial.

pandemia, tendo em conta que são as crises económica e sociais que mais impulsionam as empresas a inovar?

A Eigal trabalha sobretudo a impressão offset e o digital?

Trabalhamos sobretudo a impressão offset já que temos pouco trabalho de impressão digital, porque nos dedicamos a médias as grandes tiragens. A impressão digital pode ser uma solução para tiragens pequenas e até médias, mas a verdade é que, para que os processos sejam digitais, isso implica que haja uma automatização, que o acabamento também seja digital e tudo isso tem de ser cuidadosamente analisado. Na Eigal a produção é totalmente automatizada mas existe sempre uma pressão para o cumprimentos de prazos. Quais as mais valias que vos distinguem de outras empresas?

Na Eigal a questão da qualidade é central, não só a qualidade dos produtos impressos, mas também do serviço, que está relacionado com a capacidade de resposta, cumprimento de prazos e até o acto de passar essa informação ao cliente. É preciso que o serviço seja bom. Quando estamos a falar em impressão de grandes tiragens, de muitos

“Nesta altura estamos com números na ordem de 70 por cento de consumo para o mercado interno e 30 por cento de consumo para exportação.”

Automatização A impressão digital pode ser uma solução para tiragens pequenas e até médias, mas a verdade é que, para que os processos sejam digitais, isso implica que haja uma automatização, que o acabamento também seja digital e tudo isso tem de ser cuidadosamente analisado.

títulos e excelente qualidade, já não encontramos com facilidade, muitas empresas que consigam dar a resposta que damos. Uma empresa que passou a barreira de 50 anos de actividade atinge um marco e torna-se uma referência. O que é que a Eigal poderá trazer de novo ao mercado, ainda durante esta

O nosso grande foco tem sido sempre a optimização dos recursos. Por isso, a nossa evolução é no sentido de uma enorme produtividade/ homem /automatização e, uma maior eficiência no aproveitamento e optimização dos recursos. Na área da automatização de processos e optimização de recursos há ainda muito caminho a percorrer. É por isso que os fornecedores de equipamento estão sempre a introduzir novos instrumentos, ferramentas que permitem auxiliar e capacitar os recursos humanos das empresas para aproveitar esses instrumentos. Os fabricantes e fornecedores percebem que não estão a trazer para as empresas o verdadeiro aproveitamento das novas tecnologias porque a organização e capacitação da empresa não está preparada para o receber. Depois tudo isto está relacionado com a capacidade de resposta e o cumprimento de prazos. Tudo acaba por estar interligado. Dentro desta indústria, a Eigal trabalha de uma forma muito específica já que tem uma produção programada. A comunicação é cada vez mais importante e faz a diferença em todas as áreas, sendo por isso que a impressão tem uma relevância que não passa despercebida.


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“Apesar da pandemia, crescemos” Está no mercado há 60 anos, tem a sede, na Maia, num complexo industrial com mais de 11 mil metros quadrados e é uma referência na impressão de livros a nível nacional e internacional.

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OMINGOS FERREIRA DE OLIVEIRA , o fundador falou com a IG para explicar como é que a Maiadouro tem enfrentado a situação de pandemia. São poucas as empresas gráficas que conseguem permanecer no mercado por seis décadas e manter o dinamismo e qualidade como referência. A Maiadouro, fundada em 1960 consegue e, vai mostrando que a idade lhe trouxe a experiência e o impulsiono necessário para chegar mais longe e atingir melhores resultados. Domingos Oliveira o fundador da Maiadouro esteve à conversa com a IG para contar os “segredos” de uma empresa que conquistou o mercado na área da impressão de livros e que, se orgulha do percurso feito de muita dedicação e proximidade aos clientes. Como é que a Maiadouro ultrapassou este período da pandemia?

Há muito tempo que vejo o mercado

bastante tremido. É verdade que, em 60 anos de trabalho na área gráfica, sempre encontrei muitas dificuldades, muitos obstáculos, uma concorrência muito agressiva. O nosso país não tem uma estrutura e consciência de organização empresarial mas, em várias crises, sempre conseguimos progredir e ultrapassar as dificuldades. O mercado tem vindo a tornar-se mais agressivo e vive o que considero ser uma verdadeira guerra de preços, ao ponto de ser totalmente desconcertante. Não tenho memória disto acontecer desta forma. Andamos a bater em nós próprios e hoje, é o salve-se quem puder. Contudo, a Maiadouro tem sobrevivido com firmeza e com segurança a esta “tempestade”. Financeiramente, estamos bem, apesar dos investimentos que

temos feito ultimamente, com capital próprio, sinal de solidez e, continuamos com capital sobrante. Tudo isto, mercê de uma gestão rigorosa e que não vai atrás de outros, no que se refere a uma estratégia de preços baixos. Pugnamos pela qualidade, rigor, preço justo, fornecendo o melhor preço e proximidade aos clientes. Neste momento, apesar da pandemia e contra a corrente, durante o primeiro semestre deste ano, a Maiadouro facturou mais 11 por cento em relação ao ano anterior. O motivo deste crescimento, deve-se à pandemia, que todos queríamos que não acontecesse. A explicação, deve-se ao facto de que temos um cliente em Inglaterra, que nos deu, no primeiro semestre, mais trabalho que todo o


TEMA DE CAPA MAIADOURO

saber que o consumo interno, caiu muito. Se não fosse o trabalho que fazemos para fora das fronteiras, a nossa produção teria caído em mais de 60 por cento. Apesar de tudo isto, mantemos uma grande esperança no futuro. Pelo passado da Maiadouro e pela minha experiência de vida e nesta área, já não me preocupo em excesso porque sei que aquilo que tiver de acontecer, acontecerá. Há que estar atento, vigilante, confiante e isso é fundamental.

Domingos Oliveira o fundador da Maiadouro esteve à conversa com a IG para contar os “segredos” de uma empresa que conquistou o mercado na área da impressão de livros e que, se orgulha do percurso feito de muita dedicação e proximidade aos clientes.

ano anterior. O trabalho deste cliente era feito na China e em Itália e, foi canalizado para a Maiadouro. Desta forma, posso dizer que ficámos mais tranquilos em relação ao resto do ano. Pelas vendas actuais, conseguimos

Temos um cliente em Inglaterra, que nos deu, no primeiro semestre, mais trabalho que todo o ano anterior

Durante a sua vida profissional, passou por muitas outras crises. Como classifica a crise pandémica actual que estamos a viver?

Pessoal e profissionalmente passei por muitas crises e situações complicadas. Em 1960 houve uma crise muito grave com a entrada de Portugal na EFTA e com as fronteiras abertas e abolidas. Passámos por muitas dificuldades. Depois veio a crise do 25 de Abril, uma crise vulcânica que tudo parou. Nesse

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período, a Maiadouro sofreu imenso porque trabalhava muito para África, para as províncias, para o Ministério da Educação. De um momento para o outro, ficámos sem dinheiro porque trabalhávamos bastante para editoras que vendiam para África e estas também ficaram sem recursos financeiros. Como uma roda dentada, acabámos por não receber e ainda ficámos sem trabalho. Mas eis que o destino é por vezes isso mesmo e, como tal, depois dessa situação de verdadeira “miséria”, a Maiadouro começou a crescer. A situação melhorou porque havia uma empresa, a Inova Editora que, tinha ficado a dever-nos alguns trabalhos e, na negociação dessa dívida, tratei com um senhor que haveria de ser convidado pelo General Ramalho Eanes para assumir um cargo na Imprensa Nacional Casa da Moeda. Esse responsável, sabendo que tínhamos produzido um livro sobre a


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poesia de Eugénio de Andrade, (que não entreguei por causa da dívida), entrou em contacto comigo e perguntou se queria vender a composição metálica do livro. Disse-lhe que não vendia porque, se tratava de muitas toneladas de metal mas fazia um acordo para que o livro fosse feito na Maiadouro. E assim foi. A Imprensa Nacional Casa da Moeda é um organismo do Estado e fizemos para eles um trabalho de muita qualidade, de tal modo que, Vasco Graça Moura ficou sensibilizado, tendo a partir daí nascido uma relação frutuosa que nos levou a ter em produção um total de 63 livros. A nossa “miséria” acabou em três ou quatro anos e foi a partir daí que iniciamos a construção de novas instalações. Nessa altura, deu-se a transicção da composição mecânica para a foto composição. Os jornais “Comércio do Porto”, “Primeiro de Janeiro” e “Diário de Notícias” venderam as suas máquinas de composição a quente para passar para a foto-composição e comprámos seis máquinas deles, tendo começado a trabalhar dia e noite para aproveitar a vaga de trabalho que ia surgindo. Foi um sucesso. O nosso êxito ficou a dever-se não apenas ao trabalho que fazíamos para a Imprensa Nacional, mas também pelo facto desta nos recomendar a outros clientes. Ainda hoje temos muitos clientes que chegam através da INCM. Com que tipo de clientes trabalha actualmente a Maiadouro?

Na Maiadouro tivemos um período áureo em que trabalhámos para a Direcção Geral de Contribuições e Impostos, produzindo muitos códigos e muita propaganda, mas temos tido, felizmente, muitos outros clientes que confiam em nós, como o IPAR, Fundações, Bancos como a Caixa Geral de Depósitos, BCP, Culturgest e mesmo designers de relevo que querem um trabalho bem feito, de muita qualidade. E nisso, nós somos especialistas, sabemos fazer muito bem. Ainda assim, todos estes clientes não chegam porque temos muita capacidade de produção.

TEMA DE CAPA MAIADOURO

Considero que a exportação é uma solução que pode estar ao alcance de todos. A comunicação hoje é imediata, os transportes existem e Portugal é um país que tem tudo para poder exportar A Maiadouro tem tentado trabalhar para fora das fronteiras?

Esse é um ponto fraco na Maiadouro. Sempre fomos obrigados a procurar clientes fora da nossa zona, foi sempre isso que fiz, sobretudo indo para a zona de Lisboa, onde tinha muitas e boas relações. Os meus filhos já não vão muito por aí, dizem que o tempo mudou, têm outra visão, acham que a redes sociais são mais importantes. Sabemos que a internet é uma realidade, mas continuo a achar que não há nada como o contacto humano, nada como a relação que se estabelece com as pessoas, o sorriso, a empatia... a Internet é um auxiliar a todas estas situações. Os meus filhos têm outra visão, outra cultura. Contamos com os nossos comerciais mas sabemos que em determinados negócios, quem vende é o dono, ou responsável da empresa. O nosso mercado não é mercearia, é muito especifico, tem muita cultura envolvida, vender é uma arte porque é preciso dizer ao cliente que o que o produto que lhe faremos é para que ganhe dinheiro. É preciso ajudar o cliente a consumir, a vender, a ganhar dinheiro. Temos de ser criativos, suscitar a necessidade de existência de um livro. Por exemplo, é possível vender a ideia de um livro sobre a história de uma cooperação de bombeiros que depois o vende para ganhar dinheiro. A resposta de qualquer cooperação será que não dispõem de verbas mas se lhes for proposto dar seguimento a um projecto humanitário que lhes traga retorno financeiro, a a perspectiva muda. É possível fazer livros sobre aniversários de empresas, história dos funda-

dores, dos produtos, o importante é ter ideias e transmiti-las aos clientes. Eu acredito que, apesar de tudo, da diminuição do consumo, daqui a muitos anos ainda haverá papel. O grande perigo que vejo no consumo de papel é na tecnologia das máquinas, na grande velocidade que hoje conseguem atingir. Há alguns anos imprimíamos a uma velocidade de 1.500 à hora e hoje, sem dificuldade alguma, as máquinas imprimem a dez mil à hora. Para alimentar estas máquinas é preciso mito trabalho. Costumo dizer aos meus filhos que


TEMA DE CAPA MAIADOURO

não devem ter medo do mercado, que é preciso procurar o trabalho porque ele existe. A indústria gráfica emprega 22 mil pessoas. A Maiadouro tem 80 trabalhadores. Quantas toneladas de papel gasta a Maiadouro por ano? 1200 toneladas e quantas toneladas se gasta por ano? A Bélgica é um país pequeno, como o nosso ou ainda menor e no entanto, quando comprei a nossa última máquina à Grafopel, é fui a Bélgica ver gráficas equipamentos idênticos e, qual não foi o meu espanto quando vi que muitas gráfica tinham sete máquinas iguais as que queria comprar e estavam ali para comprar uma oitava. Como é que é possível? É que a Bélgica, apesar de ser um país pequeno, tem na exportação o motor da sua indústria. Considero que a exportação é uma solução que pode estar ao alcance de todos. A comunicação hoje é imediata, os transportes existem e Portugal é um país que tem tudo para poder exportar. Vi nascer muitas empresas, morrer algumas, sobretudo grandes empresas mas penso que a morte é inevitável. As razões prendem-se, em muitos casos,

com a falta de descendendentes ou porque por vezes os descendentes não sofreram na pele aquilo que sofreram os seus antecessores e que foi o mote que os impulsionou a chegfar mais longe. Tendo em conta o percurso da Maiadouro neste último ano, sente-se confiante perante o que pode surgir no ano de 2021?

Assusta-me sobretudo a evolução da pandemia. Não podemos parar de novo, seria muito arriscado ter uma economia parada porque as reservas de empresas e particulares começa a esgota-se.

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Que conselhos pode deixar aos seus colegas empresários e profissionais gráficos deste país, perante a situação actual que todos estamos a viver?

Não sei se posso deixar outro conselho que não seja o de “planar”. No fundo, creio que aquilo que devem fazer, é desligar o motor, deixar planar e escutar o mercado. Não adianta fazer grandes projectos. Neste momento é preciso estar atento ao que acontece, é preciso ajustar, poupar, deixar passar a onda, gerir de acordo com o que vai surgindo, preparar o futuro e, enquanto isso, aguardar por dias mais claros!

A Gráfica Maiadouro, S.A., foi fundada em 1960 tendo desde sempre uma presença muito especial na área cultural. Com sede na Maia, a empresa tem instalações que ocupam uma área de 11.000 m2 e conta ainda com uma delegação em Lisboa. A actividade da Maiadouro cobre todos os segmentos da produção gráfica. Na área da impressão offset, a Maiadouro conta com um parque de máquinas composto por 8 unidades, somando 36 corpos impressores, desde o formato 36x52 cm até 75x106 cm, que imprimem de 1 a 8 cores em simultâneo e de 1 a 4 cores em retroverso - apoiado por um sistema digital integrado das áreas de pré-impressão com a impressão (PrintNet). Na área de impressão digital a empresa tem 2 unidades a 1 cor e 4 cores.


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TEMA DE CAPA ORGAL

“A FLEXIBILIDADE É A NOSSA VANTAGEM” Rui Costa é director geral da Orgal, empresa do Porto que comemorou em 2020 50 anos de actividade. Especialista na impressão de livros, catálogos e brochuras, e por ser uma empresa que já passou por vários momentos da história económica do país, quisemos saber de que forma a crise pandémica impactou a sua actividade e alterou estratégias e perspectivas.

D

que ficou por realizar, mais os produtos impressos associados a todas estas actividades. A quebra na impressão é inevitável. A Orgal esteve em layoff durante quanto tempo?

Estivemos em layoff até ao verão, mas apesar de toda esta situação ser complicada, a empresa retomou o trabalho com um bom ritmo, sendo que Outubro, acabou por ser um mês difícil, o que ja é habitual, mas este ano, por causa da pandemia foi ainda pior. Sinceramente não sei se foi só por causa da pandemia ou se é mesmo uma questão referente às dinâmicas do mercado. O que tenho assistido é uma sequência de preços de impressão praticados abaixo do custo e isso é preocupante. O cliente vem com o preço do ano passado e tentamos sempre acompanhar, mas há situações incompreensíveis. É frequente encontrar situações em que os clientes têm acesso a orçamentos muito diferentes no que respeita à impressão mas sobre essa questão já muito se falou. Nunca se fez nada e não é possível chegar mais longe, porque são muitas empresas e, mesmo a Associação das Empresas Gráficas e Transformadoras de papel já tentou, mas acabou por não resultar. Como é que avalia este percurso de 50 anos de actividade da Orgal?

E QUE FORMA ESTA NOVA E DIFERENTE CRISE PANDÉMICA VEIO ALTERAR OS PLANOS DA ORGAL?

se concretizaram, não só para nós, como para a grande maioria das empresas.

A situação pandémica resultante do Covid19 trouxe à empresa algumas alterações. A Orgal tinha previsto comemorar durante 2020 os seus 50 anos de actividade, mas aquilo que seria um momento de festa acabou por ficar adiado. Tal como esta celebração, ficaram igualmente adiados ou cancelados muitos outros eventos espalhados pelo país, e essa é uma questão que tem influência directa no trabalho das empresas de impressão e comunicação. Julgava que 2020 seria um ano de crescimento mas, as expectativas não

O impacto da pandemia reflectiu-se muito nas áreas da cultura e turismo...

Sim, a suspensão de muitas actividades da área da cultura e sobretudo do turismo, teve muito impacto na indústria gráfica. Na Orgal, iríamos produzir, por exemplo, muitos catálogos para empresas que participariam em feiras nacionais e internacionais mas, esses eventos acabaram por ficar suspensos e, por consequência, esses são trabalhos que já não serão feitos. Depois é a situação da restauração, os hotéis, os congressos, os concertos e tudo o

A nossa empresa está nestas instalações há 47 anos e a verdade é que começou com uma área muito menor e foi crescendo. Actualmente contamos com 3.000 metros quadrados que acomodam toda a equipa e tecnologia. O grande investimento realizado pela Orgal é ainda a Heidelberg XL 106 a cinco cores + verniz, a primeira com LEUV, e que veio fazer a diferença no processo de produção. O investimento na XL 106 não foi algo que surgiu por impulso, foi pensado porque sabíamos que precisávamos de nos diferenciar da concorrência e quando pesquisámos, percebemos que seria por ali que teríamos de ir. Para trocar o equipamento que tínhamos, só faria sentido se fossemos para uma máquina mais rápida, com


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cidade de resposta para determinados tipos de trabalho. Temos procurado exportar e estamos a trabalhar para países como Angola mas, como este mercado também baixou em termos de encomendas, temos tentado outros. Espanha continua a ser o mais natural mercado de exportação e a Orgal tem seguido essa premissa, embora França e Holanda sejam também países de destino dos trabalhos impressos na nossa gráfica. A procura de novos mercados passa por uma presença directa ou hoje a tecnologia resolve parte do contacto?

Por causa da Pandemia, as reuniões presenciais tornam-se mais difíceis mas, com toda a tecnologia que temos hoje disponível, o contacto com os clientes, mesmo os que falam outras línguas e estão fora de Portugal, é muito acessível e imediato. Com a exportação na ordem do dia, o que pensa da possibilidade de criação de um cluster de empresas que possa “tentar” de forma mais assertiva e concertada ganhar clientes em outros países, sobretudo na Europa?

um excelente registo, acerto facilitado e que respondesse tanto a curtas como médias e grandes tiragens. É evidente que o UV facilita muito todo o processo, sendo que o cliente tem, por exemplo, acesso mais rápido ao trabalho. Sobre o processo de produção de uma empresa gráfica, posso dizer que as margens que temos são muito pequenas para o risco que corremos e, por isso, é imprescindível que possamos contar com tecnologia que nos garanta qualidade e minimize possíveis perdas. Foi por isso que escolhemos a Heidelberg XL 106 e, estamos satisfeitos com o desempenho e performance. A Orgal produz sobretudo trabalhos de impressão na área do livro. É uma área para continuar?

Na Orgal trabalhamos sobretudo livros, revistas, catálogos e pensamos continuar nesta área, já que podemos responder com este equipamento a

Assiste-se a uma sequência de preços de impressão praticados abaixo do custo tiragens curtas ou médias ou mesmo grandes tiragens. Com o mercado nacional a ser pequeno para tantas gráficas, a Orgal é apenas uma das empresas que tem apostado na exportação e nesse capítulo, é a flexibilidade que nos tem permitido entrar em mercados de outros países, como por exemplo em Espanha. A flexibilidade é a nossa vantagem. Lá fora as gráficas são muito grandes e não tem a nossa flexibilidade e capa-

Penso que seria possível que esse projecto se tornasse realidade se as empresas estiverem disponíveis para tal e, sobretudo se estivermos a falar de empresas aqui do Norte. A Orgal tem, por exemplo, parcerias com outras gráficas, sobretudo aqui no Norte, o que nos possibilita uma resposta atempada e adequada a qualquer pedido. Trabalhamos bastante com a Norprint, um excelente parceiro e, para além disto, trabalhamos a dois turnos de impressão e, sempre que é preciso, trabalhamos a três turnos. Acerca da colaboração entre as empresas, posso afirmar que, em Portugal não existe uma verdadeira cooperação, enquanto em toda a Europa, é muito normal ver gráficas que servem outras, sobretudo na área do acabamento. Aqui já se fizeram inúmeras tentativas mas, infelizmente, não resultaram. Considera que 2021 será um ano em que teremos de volta uma boa per-


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TEMA DE CAPA ORGAL

Em termos de equipamentos, a Orgal conta com dois equipamentos 70×100, uma Heidelberg retroverso extremamente competitiva na “obra de livro”, sendo nesse equipamento que imprime as obras da Fundação Calouste Gulbenkian e ainda uma Heidelberg XL 106: 5 cores + verniz + tinta UV + LEUV. No leque de ofertas e soluções de impressão a Orgal é especialista em livros de várias áreas, desde fotografia e arte, às obras científicas e literárias, produz livros em capa dura, mole e com acabamentos e soluções especiais. Ao leque de ofertas junta os catálogos e revistas, embalagens, estacionário, impressão de dados variáveis, flyers e cartazes e ainda a impressão digital

formance da indústria gráfica e um retorno ao crescimento?

Para ser sincero, não sei se será 2021 um ano de crescimento mas acredito que assim que o turismo voltar a “mexer”, haverá um acréscimo de trabalho já que esta área tem muita influência junto do mercado de impressão. Tal como disse, na Orgal, uma parte do nosso trabalho passa pela produção de catálogos para empresas que participam em feiras e, com a suspensão dos eventos, esses trabalhos não se fizeram nem farão tão cedo. Além disto ainda estamos a falar da área da restauração, hotéis, congressos, os concertos que estão totalmente parados e isso tem muito impacto em todo o trabalho que as empresas gráficas fazem.

Tendo em conta a situação actual, a Orgal conta efectuar alterações na sua actividade diária?

Temos mantido os colaboradores connosco e, o que verificamos, é que o continua a existir dificuldade em encontrar pessoas com formação nesta área de actividade. Acredito que os primeiros meses de 2021 não serão facéis mas com o tempo espero que a actividade normalize. Temos uma força de vendas composta por três comerciais e contamos muito com o “passa palavra” de quem gosta de trabalhar com a Orgal. A verdade é que tratamos bem todos os nossos clientes e isso ref lecte-se depois na forma como falam de nós. Gostamos muito do que fazemos e, por isso, costumo dizer que apesar do

negócio de impressão não ser “grande coisa”, de não ter margens absurdas, pelo menos que tenhamos prazer no trabalho que desenvolvemos. Sou um apaixonado pelo mundo da impressão e isso é o melhor de tudo. Por vezes, temos vantagens interessantes que resultam de trabalharmos com clientes de prestígio, como é o caso do Museu do Prado, em Madrid, que nos recebem sempre de forma simpática e proporcionam acesso a visitas especiais. Estamos de facto muito focados na nossa área. A área de embalagem, por exemplo, é interessante mas já é uma área esgotada e não é de fácil acesso, embora algumas empresas que entretanto se lançaram em projectos dessa natureza estejam com boas performances. Se pudesse descrever a Orgal quais as palavras que usaria?

Temos 46 colaboradores e considero que hoje, talvez devido a toda esta situação as pessoas estão mais unidas e isso espelha-se no dia a dia da empresa. Os prazos de entrega são um ponto em que nos focamos porque sabemos que são muito importantes para os nossos clientes. Diria que o que caracteriza a Orgal é, sem dúvida, a qualidade de impressão, a flexibilidade, produtividade e proximidade com os clientes.


Soporset tem uma das gamas mais completas do mercado oferecendo tudo o que precisa para um desempenho ainda mais elevado. Como produto da The Navigator Company, o papel Soporset é produzido com tecnologia de ponta e sempre com foco no futuro. A mais recente oferta de altas gramagens supera todas as expetativas garantindo uma performance soberba. Principais características:

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ENTREVISTA AUGUSTO MONTEIRO

assou, ao longo da sua vida por várias crises. Como vê esta crise tão diferente e única que está a colocar à prova não apenas Portugal como todo o mundo?

Uma análise rápida e incompleta de diferentes situações de crises que vivi, demonstraram-me que vivemos com um sentimento de permanente ameaça ao nosso bem-estar e à nossa existência. Em alguns casos, quando a incerteza foi criando maior incerteza, a salvação assentou numa dinâmica de luta pela sobrevivência usando todas as armas de que dispunha, sem esmorecimento. Neste caso particular da crise pandémica, que está a afetar a existência de milhões de pessoas em todo o mundo, ela tornou a opinião pública mundial consciente do facto de que o futuro de longo prazo – uma característica dos tempos passados – se descaracterizou, e que devemos, a partir de agora, orientar as nossas vidas com acções e modelos de comportamento diferentes. Países, empresas e pessoas têm de criar hábitos de poupança, que permitam independência financeira. As instituições, empresas e pessoas não podem nem devem estar alavancadas numa gestão de permanente endividamento. Se até aqui a teoria económica dominante tem sido negativa, é fundamental criar hábitos de vida mais austera, de forma a romper com uma concepção de vida de crédito fácil, que faz perigar a dependência económica e a capacidade de resistir com desafogo aos desafios contínuos que a vida coloca. Isto explica os problemas graves e financeiramente insolúveis em momentos como este, não fossem as ajudas da UE. Como está a observar a reacção da indústria gráfica perante esta pandemia?

As crises, por vezes, tornam inevitáveis as quebras de produtividade, que em muitas empresas passam a ser diminutas, afectando a sua saúde financeira. Há disponibilidade mental diferente de empresa para empresa para enfrentar os seus efeitos. Tudo depende de uma questão básica: as empresas terem capacidade económica para suportar, por um tempo indeterminado, uma situação de crise.

Augusto Monteiro, fundador da Grafopel e Presidente do Conselho de Administração

É, provavelmente o maior conhecedor da indústria gráfica nacional e mesmo internacional. Inicou a sua actividade laboral aos 11 anos como rapaz de escritório de uma litografia, fundou a Grafopel aos 37, e aos 93 continua no activo acompanhando a evolução da indústria e do seu mercado.

Nem todas, infelizmente, têm essa capacidade de gerar superavits financeiros capazes de lhes dar fôlego para vencer as crises sem vacilarem. As empresas gráficas do Norte do país parecem estar a conseguir ultrapassar este momento de pandemia com maior tranquilidade. Considera que isso se deve ao tipo de clientes com quem trabalham ou fruto de uma maior estruturação interna?

No contexto da globalização, é preciso um grande esforço, particularmente nas pequenas e médias empresas, para garantirem a sua sustentabilidade. Todo esse esforço, por vezes, esbarra nos limites estabelecidos pelos cenários internos e externos dos mercados em cada momento, como no caso presente de uma pandemia sem fronteiras, que está destruindo a economia mundial e fazendo perigar o futuro de muitas empresas. Alguns pressupostos que norteavam as suas vidas repentinamente viraram do avesso, deixando-as confrontadas com um árduo desafio pela frente, no sentido de continuarem a produzir e trabalhar. Constata-se, no entanto, num cenário como este, que gere incertezas e desconfianças quanto ao dia de


ENTREVISTA AUGUSTO MONTEIRO

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“O SECTOR AVANÇA COM A MUDANÇA DE MENTALIDADE” “A indústria gráfica tem de estar em condições de fazer frente aos desafios de uma economia globalizada”

Casal Monteiro ladeado pelos quatro filhos: José Augusto, Paulo Alexandre, Graça Maria e Rui Jorge

amanhã, haver empresários que estão seguindo o ditado popular: “Acendam uma vela antes de colocar a culpa na escuridão”, vão fazendo magia continuando a vencer etapas. Fala-me da sua surpresa ao observar em algumas gráficas do Norte a capacidade de enfrentarem e superarem esta barreira pandémica com relativo sucesso. Em qualquer situação, o sucesso do negócio nunca depende da coincidência nem da sorte, mas sim de uma combinação de trabalho duro, abordagem estruturante e persistente. Quando falta o elevador temos que utilizar a escada subindo e descendo, expondo-nos a um esforço suplementar. Em qualquer desafio há sempre um lado negativo e outro positivo. O facto de alguém ter a capacidade de tirar o melhor proveito de uma determinada situação, é saber e poder contornar os seus efeitos, contanto, é claro, que reúna um amplo espectro tecnológico, e de produtos e serviços, e saúde financeira que permitam vencer as difíceis barreiras que as crises colocam no seu caminho. Há um ditado que diz: ”Homem prevenido vale por dois”. Como se percebe, o mau momento que atravessamos não dispensa a adopção de esforços adicionais na estrutura das empresas, para que possam continuar sustentáveis e


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ENTREVISTA AUGUSTO MONTEIRO

equilíbrio financeiro de que carecem. A indústria gráfica nacional tem vivido demasiados anos de costas voltadas, desperdiçando oportunidades para projectos conjuntos. Tem estado longe de perceber as vantagens de um entendimento e cooperação mútua.

competitivas. Esta tem sido a política de várias empresas e uma das razões do seu sucesso. Quais as principais acções /medidas de gestão que as empresas gráficas, em geral, devem implementar perante uma situação difícil como que vivemos actualmente?

Crescer e procurar o equilíbrio financeiro deve ser a cultura dominante das empresas, mas o que é visível aos nossos olhos é que esta não é uma prática comum. Salvo algumas boas excepções de investimento em tecnologia de ponta, de um modo geral o parque de máquinas nacional envelheceu. Comparativamente à idade dos equipamentos em outros países, nomeadamente Espanha, estamos a milhas de distância. Ora, isto reflete-se na produtividade e qualidade do trabalho produzido. Apesar desta realidade, a indústria continua a comprar equipamentos que outros já usaram e deixaram. Enquanto esses se foram equipando para a nova realidade do mundo gráfico, onde imperam as tiragens pequenas, as repetições de trabalho e de agilidade na sua execução, nós continuamos ausentes dos desafios actuais. Disto resulta que dificilmente o sector poderá crescer e encontrar o seu equilíbrio financeiro. Soluções, sim, há sempre à mão soluções para tudo. Depende da vontade das pessoas. Face à descapitalização de muitas empresas, a lógica da fusão é fundamental para crescer e encontrar o tal

Um dos principais problemas apontados por todos os consultores e estudos de mercado é a questão da sobre capacidade produtiva da indústria gráfica. A União Europeia vai apoiar com fundos comunitários a fusão de empresas. Acha que esta oportunidade deve ser aproveitada pelos empresários que queiram ganhar dimensão e tornar mais competitivas as suas empresas?

É um exagero dizer-se que há sobre capacidade instalada de equipamentos gráficos. O que há é um parque enorme de equipamentos obsoletos e um crescimento quantitativo de material usado, que não serve para racionalizar a qualidade e a produtividade das empresas, e muito menos a sua internacionalização. É fundamental avaliar em que mercados opera um determinado sector, pondo em relevo o facto de muitas empresas não estarem inteiramente equipadas e habilitadas para produzir para a complexidade da mais variada natureza e dos mais variados níveis de exigência. Voltando ao quadro comunitário de apoio às empresas, o objectivo em vista

é melhorar as condições e o seu desenvolvimento tecnológico. É claro que os recursos financeiros colocados à disposição representam um importante papel tanto para as empresas de grande porte como para as mais modestas. Não podem nem devem perder esta oportunidade de ouro para reformarem as suas empresas com novos meios, para enfrentar os desafios que o mercado em constante mutação coloca. Temo pelas empresas que investem em equipamentos usados, pelas indesejáveis situações e consequências que irão ter no futuro, utilizando maquinaria que outros já rejeitaram Com a aproximação de um novo quadro comunitário de apoio às empresas, é altura de arriscar atitudes dando coragem à timidez, e tentar unir forças aderentes a projectos de fusão – buscando uma realização empresarial ambiciosa. Um dos factores que mais contribui para o sucesso de qualquer empreendimento, é a capacidade das pessoas assumirem riscos! O orgulhosamente só continua a prevalecer sobre o bom senso. Enquanto não mudarem as mentalidades, o sector em vez de avançar, definhará. A fusão permite estruturar, alargar a base de clientes e mercados e reduzir a concorrência. No fundo, ganhar massa critica, ganhar escala, ganhar novos mercados.


ENTREVISTA AUGUSTO MONTEIRO

Há algum “projecto” ou ideia que gostaria de ver implementada no mercado português de impressão que pudesse torná-lo maior, melhor, mais preparado?

Sim! Gostaria de ver alianças estratégicas entre empresas, ou fusões, um fenómeno que explodiu nos anos 80, mormente no sector gráfico, com grande sucesso. Esta pode ser a receita chave para construir um sector saudável, tendo como objectivo alvo a Europa, ou mesmo à escala global. Que conselhos daria aos empresários gráficos que estão a viver dificuldades nas suas empresas?

Qualquer que seja a empresa em constrangimento, de alta ou reduzida tecnologia, a sua recuperação depende, essencialmente, da sua estratégia de luta pela sobrevivência, começando pelo seu ajustamento estrutural e contenção económica, conferindo maior valor às formas agressivas de competitividade. Cada um de nós, pessoas e empresas, está hoje tão ligado e tão dependente da tecnologia, que já não a dispensamos. Ela fez evoluir o mundo em todos os aspectos da vida, criando mudanças na satisfação das necessidades individuais e colectivas de todos nós, com custos menores e maior qualidade.

“As instituições, empresas e pessoas não podem nem devem estar alavancadas numa gestão de permanente endividamento” Sendo uma das forças motrizes do desenvolvimento económico, estimula novos níveis de realização. Do ponto de vista da indústria gráfica, a tecnologia constitui um poderoso instrumento que tem contribuído para o desenvolvimento do sector e tem possibilitado a obtenção de elevados níveis de realização e de bem-estar económico. Mas como não há bela sem senão, com o crescimento exponencial de novos concorrentes, utilizando as mesmas tecnologias, o grau de competitividade,

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de forma crescente, acentuou a transformação da competição num campo de batalha, onde predominam os mais bem preparados para a luta. A luta é uma constante da vida. A competitividade entre empresas, embora seja em si mesmo auto-destruidora de recursos económicos, continuará sem compaixão ou descanso a agitar a vida das empresas na sua luta pela dominação do mercado. A entrevista terminou, mas gostaria de deixar aqui uma mensagem, que é a seguinte: A eficiência de uma empresa começa com a comunicação. Comunicar, informando ou influenciando o cliente, é permitir criar uma ligação emocional com ele. Explico por miúdos: é importante que os clientes conheçam os bastidores de uma gráfica em todos os aspectos da produção dos seus trabalhos, pois a maioria só conhece de longe as particularidades do sector das artes gráficas, não tendo sequer ideia da alta tecnologia utilizada nesta actividade para obter a qualidade dos trabalhos produzidos. É muito importante que os clientes percebam que a excelência da qualidade que exigem não cai do céu. Ela é o resultado de um conjunto de maquinaria altamente sofisticada e soluções de software, manuseados por profissionais especialistas de diferentes ofícios – um círculo de actividades distintas possibilitando alcançar resultados extraordinários. É igualmente importante demonstrar aos clientes que a empresa domina todo o processo de produção até ao momento de pôr tinta no papel e transformar cada trabalho numa obra de arte. Os clientes certamente também gostarão de ver que o seu fornecedor de trabalhos gráficos leva a limpeza muito ao “pé da letra”. E, naturalmente, ficará ainda mais bem impressionado se a equipa de colaboradores se apresentar uniformemente arroupada, ainda que com uma simples t-shirt com o logotipo da empresa. Muita coisa em torno de uma gráfica de sucesso tem a ver com a boa imagem que projecta. E, neste particular, em muitas empresas estas são duas “receitas ainda por aviar”…


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NORTE E SUL

NORTE E SUL Edmundo Marques Printing bussines developer elcmarq@gmail.com

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ISBOA É A CAPITAL. E A CAPITAL, É O CENTRO DE DECISÕES DA NAÇÃO. É LÁ QUE A SEDE DO GOVERNO E A RESIDÊNCIA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ESTÃO. Como também, estão instaladas grande parte das delegações das multinacionais existentes em Portugal. Não há dúvida que no contexto da produção gráfica, a capital e a sua Região, tem sempre o potencial de ser o grande comprador de produtos em papel. Basta para isso, entendermos que a proximidade às centrais de compras das marcas, às agências de publicidade, às marcas de consumo e às instituições públicas e privadas, por si, são uma fonte que diariamente permite um caudal de encomendas regulares. Para tal, o mercado gráfico está bem caracterizado, devidamente alinhado com a


NORTE E SUL

procura. Existe quase que uma especialização por tipologia de produção, contudo, muita coisa está e continuará a mudar. Esta mudança está a ser dura, muito dura. Em momentos de crise, entendem os decisores que a publicidade impressa faz parte das gorduras a cortar. E cortam-nas. Não nos podemos esquecer, também, que os meios de comunicação digitais têm impulsionado duas tendências a reter para os gráficos: uma é a proximidade entre as marcas e consumidor, e a outra, é as marcas conseguirem medir a forma como se estão a relacionar com o seu mercado. Confirma-se que o mercado gráfico é altamente volátil e efémero. Sempre que nos estamos a aproximar de uma crise a procura corta logo no papel impresso, e infelizmente, desta vez, ao fim de 9 meses tem-se criado, quem sabe se enraizado, hábitos no consumidor que levará as marcas a repensarem as suas prioridades na compra de meios. Como é sabido, os que trabalham nesta área, é assim que funciona o mercado da produção gráfica. Depois temos o Norte. Que é o Norte. Mais frio, pragmático, de muito trabalho – do mais duro – que gosta de castelos – mas daqueles em granito, robustos, impenetráveis que permitem ver lá do cimo. É neste quadrante onde estão instaladas as indústrias. Que, tal como em Lisboa e Vale do Tejo, também se vê a braços com as crises, com as quebras da procura, com as decisões centralistas Nacionais e Europeias facilitadoras da desindustrialização. Rijas, estas gentes. A robustez que a experiência dos negócios tem proporcionado, exige a contínua preparação dos seus gestores – pode não estar perfeito, mas trabalha-se para melhorar cada vez mais – na liderança dos seus negócios, que permitem aquela que considero a grande diferença entre as regiões. As equipas, mal ou bem, seguem os seus líderes, muitas vezes não concordando com as decisões, mas a decisão está tomada e acredita-se nela até prova em contrário. Os desafios diários focam-se na resolução de problemas. Este é um marco que justifica a elevada taxa de inovação que o Norte dá ao país. Trabalha-se para resolver os problemas dos outros, à boa maneira de Seth Godin - “Marketing é

Actualmente a área da embalagem, está a ser encarada como o “salvador” de muitas empresas, que pela falta de trabalho o packaging serve para ocupar as máquinas o ato generoso de ajudar as pessoas a resolverem os seus problemas”. E desta forma, as empresas gráficas estão alinhadas para responderem aos desafios dos seus clientes. À indústria Nortenha. Produzem para uma cadeia de valor de produção e raramente imprimem para alimentar a emoção das massas. Não que não sejam vaidosos, porque o são. Se há Região que imprime bem, essa é o Norte, sem dúvida. Se no Sul a impressão é pressionada pela “chapa 5” do urgente, no Norte, tudo é urgente porque o contentor tem data e hora para

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embarcar em Leixões. Mas, um catálogo tem que ser um autêntico vendedor. Que se dane o CIP3, se o azulejo ou a louça são brancos, é branco que tem que ser impresso, imagine-se, em papel branco. Atualmente a área da embalagem, está a ser encarada como o “salvador” de muitas empresas, que pela falta de trabalho o packaging serve para ocupar as máquinas. No Norte é diferente, o desafio é produzir uma embalagem cada vez mais inovadora, com ciclos de produção cada vez mais curtos e com preços cada vez mais competitivos, mas no fim de contas, tem que ser rentável para a continuidade do investimento intensivo que a área exige. Não se trata de discutir quem é melhor. Trata-se apenas de duas realidades distintas. Muitas vezes disse a empresários da Região de Lisboa que “quando vem um comercial do Norte cá a baixo, leva o trabalho. Vocês vão lá acima e não trazem nada comparado com eles”. Como também já comentei que “o trabalho lá em baixo nunca falta, é impressionante.” De ambas as partes, ainda não compreenderam que não se trata de dividir o país, o que importa é a soma das partes. Compreenderem-se e alinharem-se para o bem comum. Já chega estarmos numa ponta quando tudo acontece ao centro. A capital é a Capital. O Norte é o Norte. Portugal e as Artes Gráficas precisam de um Norte que nos leve ao sucesso. A um futuro mais promissor, porque as crises vão e vêm e nós cá estaremos para lidar com elas.


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TENDÊNCIAS IMPORTÂNCIA DOS RÓTULOS

A IMPORTÂNCIA DOS RÓTULOS E DAS ETIQUETAS NESTE NOVO PARADIGMA Hilário Galiano PP & IP Sales Manager da Konica Minolta Portugal

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A CRISE PANDÉMICA provocada pela Covid-19 entrou nas nossas vidas há aproximadamente 10 meses, de uma forma vertiginosa, escalou fronteiras e impactou todos os sectores de actividade de uma forma nunca antes vista nas gerações mais recentes. Desafios sem precedentes chegaram também à indústria gráfica, que naturalmente se ressente desta conjuntura. Independentemente dos obstáculos, e focando-me em particular no sector dos rótulos e das etiquetas, é importante reconhecer que este não deixou, nunca, de desempenhar o seu importante papel, mesmo quando tudo praticamente parou. É certo que, com o confinamento, as pessoas ficaram impedidas de circular livremente e passaram a trabalhar em casa, toda esta nova dinâmica – se assim a posso designar - contribuiu para uma alteração repentina no consumo, com o crescimento exponencial da venda através dos canais digitais. Isto resultou também, em alguns sectores, numa maior incidência de encomendas online, tendência que ainda hoje está em crescimento. Neste contexto, assistiu-se ainda a um pico na procura


TENDÊNCIAS IMPORTÂNCIA DOS RÓTULOS

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Estudo Um estudo desenvolvido pela Konica Minolta, que teve como amostra o volume de impressão dos equipamentos AccurioLabel na Europa, indica que houve um aumento de 150% no volume de impressão durante na primeira fase de confinamento.

de alguns bens, sobretudo de primeira necessidade, que chegaram a provocar quebras de stock, derivado à preocupação do consumidor em armazenar uma maior quantidade de produtos em casa, o que provocou um aumento repentino na procura e a necessidade de produzir mais, em pouco tempo. Com isto, vemos como o sector dos rótulos e das etiquetas, mas também das embalagens, mantiveram a importância ao longo de toda a cadeia de valor, desde o fabrico até chegarem às nossas mãos. São uma importante ferramenta de comunicação para todo o tipo de produtos que usamos no nosso dia-a-dia, nomeadamente em sectores considerados críticos, como o alimentar e o da saúde. O seu uso, embora possa não ser assim percepcionado por todos, é bastante mais abrangente e, diria mesmo,

universal. Independentemente da categoria do produto ou de tantos outros componentes, o certo é que há sempre informação que tem de ser comunicada, seja a dimensão, o peso, os ingredientes/ composição, as advertências ou outras

Tornou-se irreversível a necessidade de acelerar a transformação digital da indústria gráfica de forma a responder adequadamente às novas exigências do mercado

informações gerais. Posto isto, tornou-se irreversível a necessidade de acelerar a transformação digital da indústria gráfica de forma a responder adequadamente às novas exigências do mercado. Naturalmente, implica um investimento na tecnologia digital, que permita dar resposta ao novo paradigma, uma vez que a retoma económica surgirá e será mais proveitoso para quem conseguir incentivar esta transição, ao adoptar a tecnologia e as soluções de impressão mais adequada. Um estudo desenvolvido pela Konica Minolta, que teve como amostra o volume de impressão dos equipamentos AccurioLabel na Europa, indica que houve um aumento de 150% no volume de impressão durante na primeira fase de confinamento. Este crescimento é atribuído à necessidade de dar uma resposta ágil e eficaz aos desafios já referidos, sendo a tecnologia digital um elemento chave, ao permitir executar curtas e médias tiragens num período de tempo reduzido, bem como a impressão de dados variáveis. Agora, mais do que nunca é fundamental olhar para as etiquetas e os rótulos com outra importância, ainda mais num contexto tão imprevisível como o desta crise pandémica. Certamente será possível confirmar a sua relevância numa realidade cada vez mais digital e consequentemente individualizada para cada consumidor.


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MERCADO MUNDIAL DAS EMBALAGENS COM FORTE CRESCIMENTO NA CHINA

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MERCADO DAS EMBALAGENS ESTÁ EM CRESCIMENTO: de acordo com o estudo Smithers Pira 2019 “The Future of Global Packaging to 2024”, o valor total do volume global de embalagens para 2019 foi de quase 920 biliões de dólares americanos, e espera-se que cresça a uma taxa média de 2,8 % ao ano para cima de 1 trilião de dólares americanos até 2024. O estudo considera o volume para os materiais de cartão, embalagens flexíveis, plásticos rígidos, metal e vidro. A Ásia foi o maior mercado em 2018, respondendo por cerca de 40% do consumo global de embalagens, seguida pela América do Norte com cerca de 22% e a Europa Ocidental em terceiro lugar com

A China é o maior consumidor de embalagens do mundo, com mais de 200 biliões de dólares americanos

20%. A China é o maior consumidor de embalagens do mundo, com mais de 200 biliões de dólares americanos. Prevê-se também maior crescimento no consumo de embalagens no período de cinco anos, de 2019 a 2024, com uma taxa de quase 5%. Isto deve-se ao aumento do salário real, uma classe média em expansão, uma população crescente, a crescente urbanização e uma maior expansão do comércio eletrónico. A Heidelberg está claramente focada neste alto potencial do mercado. Esta está idealmente posicionada, em todo o mundo, no crescente mercado da impressão de cartão flexível e na China em particular. “O mercado chinês, que é tão


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importante para nós, é aquele onde, durante a pandemia, a procura retornou de forma mais rápida e com valores mais próximos do ano anterior”, confirma o CEO Rainer Hundsdörfer. “As perspectivas a longo prazo também parecem boas. No mundo, a China ainda é o mercado com crescimento mais rápido. A nossa quota de mercado, de cerca de 50%, coloca-nos aqui na frente e queremos consolidar ainda mais a nossa forte posição. Portanto, expandiremos ainda mais as nossas capacidades de produção em Xangai e aumentaremos lá a nossa competitividade com uma maior participação de valor agregado. Além da produção local, a Heidelberg China também fornecerá assistência com uma forte equipa de vendas e serviços. Acima de tudo, temos como principal foco as empresas de impressão de embalagens de sucesso.” PACKAGING DAYS NA PMC SHANGHAI COM MAIS DE 108.000 VISUALIZAÇÕES ONLINE A Heidelberg oferece as suas soluções no crescente mercado das embalagens para os segmentos de impressão de cartão flexível e etiquetas. O Covid-19 acelerou

A Heidelberg está claramente focada neste alto potencial do mercado

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a evolução para a comunicação digital e eventos mais a nível local. Por exemplo, a Heidelberg China realizou o evento Packaging Days de duas formas - presencial e online - no final de setembro. O objetivo era mostrar aos gráficos de caixas flexíveis o enorme potencial de produtividade que pode ser explorado com máquinas inteligentes de alto desempenho e processos optimizados. Esta é a resposta às tendências de mercado na indústria chinesa de impressão de embalagens, como tiragens cada vez menores e expectativas crescentes de acabamento. Com isto em mente, a Heidelberg apresentou o seu portfólio abrangente para todo o processo de produção.

MERCADO MUNDIAL DAS EMBALAGENS

Heidelberg China realizou o evento Packaging Days de duas formas - presencial e online - no final de setembro. O objetivo era mostrar aos gráficos de caixas flexíveis o enorme potencial de produtividade

Benny Huang, CEO da Heidelberg Greater China, afirmou que “o Packaging Days permitiunos apresentar as nossas inovações de forma eficaz quer online e quer offline e comunicar instantaneamente com os nossos clientes”

Na Print Media Center (PMC) de Xangai, 65 clientes puderam ver quatro aplicações diferentes a serem produzidas com mais de dez demonstrações ao vivo numa máquina de impressão Speedmaster CD-102 a nove cores. Os destaques foram as mudanças de trabalho a alta velocidade e os acabamentos sofisticados que agregam muito valor às embalagens. Estas embalagens premium são especialmente populares na China. Relatórios de clientes preparados e transmitidos de várias regiões da China mostraram as soluções em uso em ambiente real e, desta forma, a Heidelberg mostrou o quanto os clientes confiam e avaliam as máquinas Heidelberg. Paralelamente, as demonstrações ao vivo e os relatórios dos clientes também foram apresentados em duas plataformas de streaming ao vivo, que foram visualizadas por mais de 108.000 espectadores. As plataformas em questão são a Douyin (TikTok da China) e a Mudu. Os links do Mudu podem ser facilmente trocados no ecossistema WeChat e, desta forma, permitiu comunicação completa em todos os canais. O evento teve quase 70.000 likes. “No mercado da Grande China, investiremos mais em novos conceitos, plataformas e aplicações, bem como em eventos regionais, a fim de garantir uma comunicação mais directa com o cliente”, afirmou Benny Huang, CEO da Heidelberg Greater China. “O Packaging Days permitiu-nos apresentar as nossas inovações de forma eficaz quer online e quer offline e comunicar instantaneamente com os nossos clientes. Não poderíamos estar mais felizes com o resultado positivo: quase 20 oportunidades de negócio sobre máquinas de impressão com um valor total de quase 12 milhões de euros, três dessas oportunidades surgiram nas plataformas online. ” GRÁFICOS DE EMBALAGENS LÍDERES NA CHINA CONFIAM NAS SOLUÇÕES DA HEIDELBERG Em 2020, a Sichuan Kuanzhai Printing Co. Ltd. (Kuanzhai), uma das principais gráficas chinesas de embalagens de tabaco, expandiu a sua capacidade de impressão com a construção de uma nova fábrica em Suining. Como parte


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disso, a empresa fez uma encomenda à Heidelberg China para duas máquinas de impressão Speedmaster CX 102 com um total de 23 corpos de impressão. A primeira está prevista para ser instalada ainda este ano, em dezembro. Para Kuanzhai, esta é a primeira vez que faz parceria com a Heidelberg. O que motivou o negócio foram as inovações e a tecnologia da geração 2020 da Speedmaster CX 102 com o conceito Push to Stop. Isto deve aumentar a produtividade a um nível tal que irá permitir que a fábrica, em Suining, possa produzir mais de um milhão de caixas por ano. A empresa imprime principalmente embalagens de tabaco premium. Kuanzhai usa máquinas de impressão da concorrência na sua fábrica em Deyang. O Shenzhen Jinjia Group já trabalha com a Heidelberg há mais de vinte anos.

MERCADO MUNDIAL DAS EMBALAGENS

A Jinjia é uma das principais empresas de impressão de embalagens da China e compete no mercado de alto acabamento com marcas de prestígio

A Jinjia é uma das principais empresas de impressão de embalagens da China e compete no mercado de alto acabamento com marcas de prestígio nos segmentos do tabaco, licores, bebidas espirituosas e cosméticos. Neste segmento, os clientes têm expectativas muito altas no que toca ao desenvolvimento e design de inovação de novos produtos. As duas máquinas de impressão Speedmaster CD 102-6 + L construídas na fábrica da Heidelberg, em Xangai, foram instaladas em 2017 e 2019. Ambas as máquinas são usadas especificamente para o desenvolvimento de novos produtos impressos e provas de cores no centro de desenvolvimento de Jinjia. Todas as máquinas na sede, em Shenzhen, e nas outras filiais são Speedmaster CX 102 e CD 102 customizadas e longas, projectadas em conjunto com a empresa e adaptadas às necessidades dos


MERCADO MUNDIAL DAS EMBALAGENS

A Heidelberg tem parceria com a Masterwork, Tianjin, (MK) para as máquinas de acabamento no segmento de embalagens. A MK é o maior fabricante, na região asiática, de máquinas de corte-e-vinco, relevo e de estampagem a quente.

seus clientes finais. A gráfica Xian Jun Long, sediada em Shenzhen, recebeu este ano uma nova Speedmaster CD 102-9 + L - o 9.999o corpo de impressão produzido pela fábrica da Heidelberg em Xangai. A Xian Jun Long é uma das principais empresas de impressão de embalagens na China e é especializada em embalagens para bebidas espirituosas, cigarros e produtos de luxo. A parceria entre a Xian Jun Long e a Heidelberg remonta há vinte anos - e a Speedmaster CD 102 com o corpo de impressão com o número 999 da fábrica de Xangai também está lá em produção há vários anos. A Xian Jun Long deve receber mais duas máquinas de impressão Speedmaster CD 102-8 + L ainda este ano. A máquina de impressão de aniversário ocupará o seu lugar na extensa frota de sistemas Speedmaster CD 102 e Speedmaster CX. CRESCIMENTO DA HEIDELBERG IMPULSIONADO PELA FÁBRICA EM XANGAI E PELA PARCERIA COM A MASTERWORK A fábrica da Heidelberg em Xangai foi construída de acordo com padrões modernos e abrange agora uma área de produção de cerca de 45.000 metros quadrados, tornando-a numa das maiores fábricas de máquinas de impressão na Ásia, tendo por base a área de implan-

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tação. “Por agora, não estamos a sentir os efeitos colaterais da Covid-19 na capacidade produtiva da fábrica”, explica Achim Mergenthaler, Responsável pela fábrica da Heidelberg em Xangai. “As medidas de segurança que implementamos em meados de fevereiro permitiram-nos ser uma das primeiras fábricas em Xangai a retomar o trabalho. Desde o final de fevereiro que o fornecimento de peças por parte dos nossos fornecedores estava totalmente operacional. Em fevereiro e março tínhamos uma série de máquinas para serem produzidas e todas foram entregues no prazo acordado com o cliente. Desde então, gradualmente, voltamos ao trabalho estável e à vida normal em Xangai. ” A fábrica está a trabalhar na sua capacidade total e os números de produção, no último trimestre de 2020, são, na verdade, maiores do que no ano passado. A quota de exportação para este ano também é maior que a do ano passado, com alto índice de exportações para o Japão, por exemplo. Isto inclui a primeira máquina de impressão Speedmaster CD 102 a oito cores com corpo de verniz vendida para fora da China. A Heidelberg tem parceria com a Masterwork, Tianjin, (MK) para as máquinas de acabamento no segmento de embalagens. A MK é o maior fabricante, na região asiática, de máquinas de corte-e-vinco, relevo e de estampagem a quente. Para o mercado de embalagens, a MK desenvolveu várias novas máquinas e a Heidelberg já vendeu mais de 500 em todo o mundo – máquinas de corte-e-vinco e coladoras-dobradoras. O portfólio é constantemente ampliado para atender às necessidades crescentes dos clientes. O relacionamento foi fortalecido ainda mais em 2019, com a MK Masterwork a tornar-se num dos acionistas estratégicos de longo prazo na Heidelberg, com uma participação em acções de cerca de 8,5%. Isto permitirá que a Heidelberg expanda ainda mais, com a MK, a sua posição no crescente mercado da impressão de embalagens. A joint venture recentemente anunciada com a Masterwork fortalecerá ainda mais a posição competitiva de liderança da Heidelberg no mercado em crescimento da China.


ANÁLISE ABIGRAF E APIGRAF

Análise sobre período pós pandemia na área de impressão junta Portugal, Brasil e Espanha

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M EVENTO VIRTUAL QUE REUNIU, PELA PRIMEIRA VEZ, ASSOCIAÇÕES DE TRÊS PAÍSES para analisar o período pós-pandemia na área de impressão decorreu online. O evento teve ainda mais dois debates nos dias 12 e 13 de novembro. O evento virtual reuniu assim três associações da indústria gráfica de Portugal, Brasil e Espanha, para analisar o período pandêmico. Abigraf, Apigraf e Neobis acertaram agulhas para debater, de modo virtual, a indústria gráfica no período pós-pandemia e o que mudou no mercado. A patrocinar esta iniciativa estiveram dois grandes players no mercado da impressão, a Heidelberg e a Canon.

Alvaro Garcia NEOBIS Espanha

EVENTO VIRTUAL JUNTOU TRÊS ASSOCIAÇÕES

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“Este tipo de encontros são muito importantes”. Foi desta forma que Alvaro Garcia, da Neobis, associação de empresas gráficas de Espanha, iniciou a sua apresentação, para acrescentar que “pontos de vista distintos dão uma ideia global. Estamos a dar passos juntos entre as distintas associações. Na Neobis representamos mais de 350 empresas e, o que temos feito ao longo destes 43 anos no sector, é informar, assessorar os associados e acompanhá-los nos seus projetos.” Alvaro Garcia falou ainda sobre a descida do consumo de papel, mas que não teve a mesma relação na descida da faturacção. Uma curiosidade que é um dado relevante sobre o momento actual em Espanha foi avançado por Alvaro Garcia que, contou que no país vizinho há cada vez menos empresas, mas maiores. A grande dimensão das empresas passou a ser uma realidade. “Há uma mudança que leva a uma mudança social e isso afeta a comunicação gráfica, a forma como trabalhamos, comunicamos, colaboramos, a nível profissional ou pessoal. Este evento é um bom exemplo que mostra que o nosso sector vive de eventos presenciais e quando os fazemos online tudo muda.” Nesta sequência de ideias e revelações, Alvaro Garcia avançou que um inquérito realizado junto dos associados da Neobis conclui que são raras as empresas que planeiam investir mas que, por outro lado, há um claro aumento da necessidade de colaboração, de escuta e associação. “Neste estudo que fizemos, verificamos que os empresários querem colaborar mais, mas quando se passa à prática, já é demasiado tarde. Não o fazem por livre opção, mas por necessidade e, quando isso acontece já é muito tarde. A maioria das empresas desta área são familiares e, por isso, desvincular-se, por questões culturais é algo muito complexo para todos.” A terminar, Alvaro Garcia falou sobre as grandes áreas do mundo gráfico, a área comercial, packaging, editorial, etiquetas, considerando que estas estão a crescer, a transformar-se e a dar cartas no mercado.


ANÁLISE ABIGRAF E APIGRAF

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APIGRAF Portugal

José Manuel Lopes de Castro

Abigraf, Apigraf e Neobis acertaram agulhas para debater, de modo virtual, a indústria gráfica no período póspandemia e o que mudou no mercado

José Manuel Lopes de Castro, presidente da Apigraf, foi o primeiro a dar a sua visão sobre a forma como a indústria gráfica tem sido posta à prova durante a pandemia, tendo afirmado que, “a incerteza tomou conta dos nossos destinos (…) mas agora é preciso saber o que vai acontecer no período pós-pandemia, que oportunidades de negócio podem surgir e, ainda, o que vem aí em termos de inovação.” O presidente da Apigraf fez um resumo sobre a última crise que assolou o mundo, que destruiu empresas e levou à injeção de capital na economia e que, na sua opinião, “ainda não tinha acabado quando, inesperadamente surgiu esta crise tão diferente em que morrem pessoas e que obrigou os governos a atuar para evitar tragédias maiores.” Sobre a atual situação, o presidente da Apigraf acabou por fazer um RX que permitiu a quem assistiu, no Brasil e em Espanha, ter uma noção mais exata do que está a acontecer em Portugal. “Se não há turismo, se a atividade hoteleira não tem clientes, se não há eventos, a indústria gráfica não imprime. É preciso atuar porque as empresas precisam de oxigénio e esta indústria tem um grande contributo para a economia. Estaremos na linha da frente, nos momentos de crise estamos sempre presentes e nenhuma indústria deixou de ter resposta por parte da indústria gráfica”, concluiu. Numa abordagem ao que mudou no mercado e à digitalização da sociedade, Lopes de Castro sublinhou que a indústria gráfica sempre foi boa no uso e na introdução de novas tecnologias mas que, numa espécie de contrassenso, o Governo e as suas várias instituições têm optado por tomar más decisões acerca do uso do papel, o chamado paperless, legislando sobre a desmaterialização dos livros escolares e a redução do consumo de papel pela administração pública, tudo em nome de uma pseudo-sustentabilidade. “Alguma tecnologia já deu provas de tanta durabilidade quanto o papel?”, questionou o presidente a Apigraf, para logo de seguida falar sobre as margens negativas que veem desde a crise anterior. A pergunta que todos devemos fazer é, “Queremos continuar a viver assim? Os preços continuam a cair e temos de pensar sobre se conseguiremos voltar às margens positivas”, enfatizou.


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ANÁLISE ABIGRAF E APIGRAF

B2 Pack - Labels and Packaging Espanha

Nacho Manero Nacho Manero da B2Pack- Labels and Packaging centrou a sua apresentação numa análise pré COVID-19, classificando o mercado espanhol na área gráfica, composto por empresa familiares com gestão familiar pouco profissional, centrada no mercado nacional, com empresas de alto grau de endividamento, um sector com um excedente de capacidade de produção que se dedica na sua maioria à impressão comercial e consumo de papel. Entre os principais desafios deste mercado gráfico, Nacho Manero identificou a necessária adaptação a novos tipos de produtos e serviços, um constante aumento dos custos de produção, energia e matérias primas, concorrência de países de baixo custo e preços fortes, o endividamento das empresa com dificuldade por excesso de empréstimos, a elevada tecnologia das indústrias, a transformação digital e automatização dos processos, a questão ambiental, entre outros. A este itens junta-se os problemas que as empresas gráficas tiveram de enfrentar aquando do início da pandemia, como foi a adaptação das instalações das empresas, a incerteza e anulação de pedidos, atrasos no pagamentos, menor procura de impressos comerciais, ajustes, despedimentos, regulamento temporal do emprego, a divisão da carga de trabalho, a necessidade de mudar modelos operativos, o teletrabalho, a procura de oportunidade inovas, a resposta que foi necessária dar ao aumento da procura de sector do saúde e do governo, redução de produção, etc. Para combater isto, Nacho Manero referiu quatro pilares essenciais que passam pela investigação e inovação, adoção de mudanças e a mudança das mentalidades e que desta forma poderão ajudar na ação de transformação digital , otimização total de processos, integração, adequação da produção e da gestão, maior concertação, sustentabilidade, diferenciação dos concorrente de baixo custo e uma aposta na melhoria da imagem. Quanto à impressão digital o gestor apresentou palavras chave que têm de caracterizar o sector como são por exemplo a automatização, entregas rápidas, personalização, operações eficientes e tiragens curtas. Sem surpresa, Nacho Manero apontou os sectores que estão a crescer e que são o packaging, etiquetas, embalagens flexíveis, o que deixa uma perspetiva otimista para todas as empresas que desenvolvem atividade nestas áreas. Num claro plano delineado para o futuro, Nacho Manero destacou que é essencial que as empresas gráficas apostem na renovação da sua imagem, nas mudanças que estão a acontecer no mercado, na atenção a novas necessidades, na colaboração com outros players de mercado, na questão da sustentabilidade do meio ambiente, na internacionalização, na automatização dos processos digitais, transformação da gestão familiar, na observação de novos mercados, na urgência de criar parcerias e associar-se e ainda, na aposta numa transformação digital e automatização dos processos.

Nacho Manero destacou que é essencial que as empresas gráficas apostem na renovação da sua imagem, nas mudanças que estão a acontecer no mercado, na atenção a novas necessidades


HEAVY WEIGHTS

FINE ARTS

Onde o papel vai ao encontro dos desafios de impressão mais artísticos e criativos. Para além de uma gramagem mais alta, os papéis Inaset Heavy Weight – produzidos pela The Navigator Company – têm excelentes parâmetros ópticos e físicos. A sua brancura e brilho, bem como a sua rigidez e opacidade, permitem uma ampla gama de aplicações de impressão. Este é um mundo de possibilidades para ir ao encontro de toda e qualquer necessidade da indústria de artes gráficas.

Inaset Plus Offset / Inaset Plus Laser

De 135 gsm até 350 gsm


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Finieco Portugal

Paulino Ribeiro A Finieco está no mercado há 22 anos, foi a primeira empresa a produzir sacos de papel de forma automatizada, numa altura em que o país importava 100 por cento deste produto. Com um crescimento constante, a empresa revela que reinveste tudo o que a esta liberta em matéria de recursos humanos e tecnologia. A especialização da Finieco passa pela produção de sacos de papel com asas tradicionais, asa plana, saquetas e também os envelopes em papel, os chamados “Go and Return”. Com 218 trabalhadores, a empresa de Santo Tirso conseguiu mesmo, em plena pandemia, criar mais 40 postos de trabalho, o que é um feito de registo. Paulino Ribeiro refere que, “entre as papeleiras e os clientes damos importância ao serviço, apostamos na especialização, num produto conforme e, criamos parcerias de longo prazo com clientes e fornecedores.” Com uma consciência plena do tipo de produtos em que a empresa se especializou, Paulino Ribeiro revelou que “temos um produto que não tem valor percebido já que os nossos clientes só se lembram que não têm sacos, já em última análise. Assim, são os nossos “key accounts” que antecipam necessidade juntos dos clientes. Quando o cliente se esquece de comprar sacos, antecipamo-nos e isso tem conseguido atrair muitos clientes.” Quanto à estratégia financeira da Finieco, Paulino Ribeiro foi muito claro ao adiantar que, “desde o início, formulámos o preço não de acordo com o que a concorrência pratica, mas de acordo com os nossos custos de produção. Tentamos ter um endividamento baixo, o que nos tem permitido passar estes tempos conturbados com alguma segurança. Um outro dado relevante, é que a isto juntamos o facto de termos uma política de pagamentos pontuais, o que incentiva os clientes a pagar a tempo e horas. Acrescento ainda que, trabalhamos com seguros de crédito e isso, permite-nos ir a jogo com parceiros que nos dão mais segurança na análise de risco de crédito”, conclui. Ainda sobre o impacto que o COVID-19 teve na operação da Finieco, Paulino Ribeiro fez questão de relembrar que a crise é global porque estamos numa era globali-

zada e que, por esse motivo, a internacionalização tem sido uma aposta da empresa. Com alguma sorte a Finieco trabalha com empresas de cariz global como a Uber Eats, e com outras do segmento de vendas online onde o produto “Go and Return” tem um papel fundamental permitindo que o consumidor possa de modo simples devolver produtos aos fornecedores. “A internacionalização e o tipo de produto que produzimos permitiram à nossa empresa estar a ultrapassar a situação”, refere Paulino Ribeiro. É por tudo isto que os responsáveis da Finieco estão já a preparar 2021 com algum otimismo, mantendo o plano de investimentos de curto e médio prazo, no valor de 9 milhões de euros, reforçando investimento e formação de recursos humanos, realizando ações de acesso e admissão em contexto de trabalho.


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A um presidente seguiu-se outro e, entrou no écran Levi Cerigato, presidente da Abigraf, associação brasileira da área gráfica que, antes de analisar o período pós-pandemia, escolheu relembrar o impacto pré-pandemia. “De repente fomos surpreendidos com uma verdadeira guerra, uma guerra biológica que surgiu através de um vírus e que nos impactou a todos. Primeiro ficámos num enorme estado de letargia, com muitas gráficas a terem ficado paralisadas e com posterior adesão ao teletrabalho, o que mudou a paisagem das cidades, vazias, sem pessoas, sem automóveis…” Levi Cerigato fez alusão a um cenário apocalíptico, de fim do mundo, que levou pessoas comuns a usarem máscaras, antes usadas por bandidos. Sobre a atuação do Governo brasileiro, Cerigato revelou que foram tomadas medidas para ajudar as empresas, mas que, o endividamento destas cresceu, fruto de alguma lentidão na tomada de decisões e pelo agravamento do estado do país que regista até agora mais de 5 milhões de pessoas afetadas pelo vírus. “Temos 27 Estados e a Abigraf está em todos, e durante este período de pandemia emitimos mais de cem comunicados ao mercado, todos de temas diversos, para informar a indústria gráfica sobre os caminhos a seguir. Infelizmente, muitas gráficas ficaram pelo caminho, mas isso porque já estavam fragilizadas e a pandemia foi o empurrão final”, avançou o presidente da Abigraf. Mas o “dedo na ferida” foi direto ao tema “custo e preço” na indústria gráfica tendo Cerigato afirmado que, “normalmente as gráficas não conhecem os seus custos e vivem ao sabor da concorrência, do preço que outros dão. É necessário que os empresários tenham entusiasmo pelo lucro”, referiu. O presidente da associação brasileira, que defende os interesses das indústrias gráficas, foi mesmo mais longe e, num tom acutilante, referiu que se os empresários precisam do som das máquinas a funcionar, mais vale ter uma gravação porque ter apenas máquinas em funcionamento não significa resultados, já que é a margem de lucro o mais importante. Apesar desta dica, Levi Cerigato revela que os empresários brasileiros têm investido em instalações modernas, colaborares treinados, investimento tecnológico, procedimentos de uma indústria 4.0 e 5.0, mas que, na área comercial, no que se refere a margens as empresas estão no nível 1.0. “A pandemia fez-nos andar para a frente e reinventar-nos, passámos a alterar gestos e métodos, com entregas ao domicílio, produzindo, por exemplo, embalagens apropriadas para essas entregas ao domicílio, o que trouxe um incremento aos negócios”, concluiu.

Fábio Gabriel Leograf Gráfica e editora Brasil

ABIGRAF Brasil

Levi Cerigato

Do Brasil o encontro recebeu o testemunho de uma empresa que está no mercado há 21 anos, atua na área comercial, promocional e editorial, tendo dentro de portas impressão offset plana, rotativa e digital, personalização e impressão e grandes formatos. Sobre a pré-pandemia, Fábio Gabriel destacou os enormes desafios e adaptações da indústria gráfica brasileira, confessando que, antes de tudo, na sua empresa, o foco foi colocado na mudança. “Foi necessário proceder a uma redução da jornada, ter um plano de continuidade do negócio, um plano de contingência, um programa de prevenção um treinamento junto da equipa (orientação no combate à COVID-19), depois passámos a lançar de

novos produtos como máscaras de proteção (quatro tipos de máscaras, para diferentes necessidades). É óbvio que o impacto da mudança levou ao desenvolvimento de novos padrões sociais e de comportamento e houve uma adaptação ao novo cenário, aos desafios e ao impacto, sempre com a manutenção de valores chave que nos conduzem e a credibilidade dos nossos produtos”, sublinhou Fábio Gabriel. Esta empresa brasileira revelou também que encontrou novas formas de “achar” os clientes, já que a maioria passou a estar em teletrabalho e, por isso, mais de 70 vendedores por todo o país passaram a ter muitas reuniões com recurso ao zoom, Skype, WhatsApp… Outra solução para a entrega dos trabalhos passou pelo uso dos correios e houve uma especial preocupação na selagem dos trabalhos enviados para que os clientes pudessem ter a garantia de que recebiam produtos higienicamente desinfetados. Neste momento a Leograf já está com 80% da sua capacidade de trabalho e neste quarto trimestre, “estamos a analisar o que temos pela frente, como é o caso da campanha de Natal, da produção de cadernos, agenda, moleskines, tudo a pensar em 2021. Acredito que sairemos fortalecidos, estamos a projetar melhor o futuro e apesar de preocupados, sabemos que esta é uma oportunidade para aprender e melhorar!”, conclui de modo otimista o profissional gráfico brasileiro.


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ECO-EDIÇÃO NOVA TENDÊNCIA

Tendências na impressão

H

Á SEMPRE MUITAS ÁREAS QUE REGISTAM TENDÊNCIAS DE CRESCIMENTO, de remodelação, que sofrem alterações de acordo com a época e mesmo estilo de vida. As duas novas tendências que se registam na área de impressão são abrangentes já que se estendem a diverosos segmentos dentro do mundo da impressão. A eco-edição e o conceito de Phydigital podem aplicar-se a diversas áreas e por isso, estão para lá de ser uma tendência. ECO-EDIÇÃO É NOVA TENDÊNCIA EM IMPRESSÃO DIGITAL A sustentabilidade do planeta é uma questão que afecta tudo e todos. Cada vez mais a sociedade em geral procura novas formas e métodos ecológicos correctos que possam fazer a diferença. Sabemos que a impressão sustentável, ou eco-edição visa sobretudo uma redução do impacto ambiental, utilizando menos recursos ou mesmo recursos menos invasivos dentro da cadeia de produção, que respeitem o ambiente. Na verdade, actualmente, a questão ambiental e a sustentabilidade são tópicos que estão a impactar a todos e por isso mesmo têm sido alvo de atenção em muitos sectores mas sobretudo na área gráfica, acaba por ser altamente prioritária. A impressão tem vindo, ao longo dos últimos anos a procurar formas e ferramentas que reduzam o desperdício, que visão a eficiência dos processos para maximizar a automação e que interfiram o menos possível no ambiente. Quando se trata de impressão sustentável, a maior parte dos empresários gráficos pensa sempre que, antes de ganhar, terá de investir imenso para alcançar os

objectivos pretendidos. Há uma pressão muito grande, não apenas por parte das entidades governamentais, instituições, escolas, pensadores mas também por parte dos consumidores, o que empurra os empresários até escolhas mais ajustadas e ambientalmente correctas. Há uma clara tendência naquilo que se designa por consciência ambiental onde o mundo da impressão não pode fugir. Prevê-se que os regulamentos irão captar essas tendências e que serão obrigatórios para todas as empresas de impressão. Sem saber e um pouco de forma inconsciente, a indústria gráfica já vinha fazendo uma gestão ambiental e sustentável, à medida que integrou na sua produção a impressão digital. A impressão tradicional pressupunha um grande número de impressões, pouco ajustadas à realidade daquilo que realmente se precisava. Com a impressão digital, passou a ser possível imprimir um exemplar apenas de qualquer trabalho gráfico. A eco edição estava assim lançada,

sendo possível reduzir não apenas o consumo energético como o consumo de papel tinta e outros materiais. Para não falar na questão de que o próprio papel pode ser um produto FSC, com origem em florestas certificadas sustentáveis ou pode ser um papel reciclado que usa muito pouca fibra virgem. Há quem ache que a recilagem a 100 por cento é sempre possível, mas não, há sempre que integrar alguma percentagem de fibra virgem. Ainda assim é melhor do que não reintegrar e reciclar. O FSC cumpre todas as garantias de sustentabilidade. O importante é deixar claro que o papel é 100% renovável, sustentável e reutilizável. Hoje, 95% dos trabalhos de impressão podem ser usados com impressão ecológica e FCS ou papel reciclado. Nos casos em que isto não é possível, por exemplo em casos de embalagens, pode ser adaptado apesar de exigir normas não ecológicas. A globalização e o uso da impressão 3D também ajudam a tecnologia sustentável. Não se pode perder de vista o conceito


ECO-EDIÇÃO NOVA TENDÊNCIA

total da ideia verde no processo de impressão, que inclui também evitar a emissão de substâncias nocivas. Na hora de escolher o fornecedor de energia eléctrica, a primeira opção é a decisão por energias renováveis. Naturalmente os demais fornecedores preferencialmente têm a sua sede a uma curta distância da gráfica para evitar longas rotas de transporte. Na verdade, considera-se que as tendências sustentáveis, digitais e inteligentes no sector gráfico serão a quarta revolução industrial e é por isso que a impressão ecológica terá cada vez mais procura. OUTRA TENDÊNCIA...O PHYGITAL Hoje as pessoas estão ligadas, esperam personalização em todas as situações e interagem de forma contínua com gente espalhada por todo o mundo. Estando continuamente ligadas, o mundo digital passou a fazer parte da realidade diária de novos e velhos e a verdade é que acabamos todos por ter expectativas semelhantes em tudo o que é físico. Em 2018 a Amazon mostrou o conceito “Just walk out” e deixou-nos a todos de queixo caído. Pela primeira vez era possível ir a uma loja, escolher o produto, retirá-lo da prateleira e sair sem pagar, ou melhor, sem estar nas filas e caixas de pagamento, já que o valor é debitado do cartão de crédito. Quando compramos produtos, por exemplo num supermercado, conseguimos através do mundo digital, saber mais informações sobre o que queremos consumir e ter, não apenas informações e dados da marca como também opiniões de outros consumidores em diferentes pontos do globo. É como se a nossa janela para o mundo não tivesse fim. O novo consumidor é alguém que exige experiências, que transforma a compra numa experiência e que procura produtos de acordo com o seu gosto, o seu perfil, as suas ideias. Não há nada que impeça um consumidor de estruturar perfeitamente a sua compra, de decidir com base em factos e convicções. O Phydigital é a mescla de um só mundo que comporta o físico e o digital, já que a separação entre os dois deixou de existir. A realidade mostra-nos que qualquer produto físico está hoje no digital e vice-versa.

Phygital é o um termo que resulta da contração de Physical (físico em inglês) com Digital – é a intersecção destes dois mundos, a união de experiências de átomos e bits, o momento em que físico e digital se fundem. As tecnologias digitais e os elementos físicos (analógicos), estão interligadas e as marcas e empresas estão cada vez mais conscientes dessa interacção, sendo por isso que “desenham” ambientes onde o cliente pode beneficiar de uma relação frutuosa que resulta dessa ligação, tanto no espaço das lojas quanto no acto da compra com uma experiência integrada e personalizada. O Phygital surge porque a internet das coisas de tornou realidade, com ambientes inteligentes, inteligência artificial, realidade aumentada. Hoje temos smartphones mas podemos até passar a dispensar os mesmo porque há novos métodos, processos, canais que permitem esse cruzamento entre físico e digital. Há anos que vínhamos percebendo que a junção entre o mundo físico e digital seria o futuro e hoje é o presente com muito por acrescentar. O cruzamento de dados de compras, a compra online e levantada na loja física ou mesmo em pontos de entrega específicos (casos como a La Redoutte ou outras marcas de venda por catálogo),o conceito de omnicanal –uma experiência integrada, incluindo os canais de vendas e comunicação, assim como uma cadeia de fornecimento totalmente integrada e focada na construção de uma experiência de consumidor única. Ou o conceito contrario, quando muitas marcas de venda online passaram a sentir necessidade de ter lojas físicas que apesar de tudo, abrem

O novo consumidor é alguém que exige experiências

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com conceitos novos, sendo sobretudo show rooms em que os produtos podem ser experimentados, em que há demos e eventos com os produtos e em que os clientes podem comprar e esperar que entreguem em casa. Mas todo isto foi o suficiente para alterar o papel da loja física. A realidade aumentada e a inteligência artificial vieram oferecer experiências completas ao consumidor. Por exemplo, num hipermercado é possível ter um muppi ou cartaz em que o consumidor é desafiado a apontar o seu smartphone e ver um vídeo que lhe mostra onde e como são criados os frangos do campo que estão na prateleira do frio ou mesmo as Douradas de mar, criadas em águas livres mas controladas, no oceano. O objectivo é transformar os espaços, dando-lhes uma vida nova que vai muito para alem da venda e remete para experiências de compra mais informadas e convictas. O valor acrescentado existe e é perceptível pelo consumidor. A experiência Phygital integra realidade imediata e interacção, juntando digital e o mundo físico. Seja em loja, e-commerce ou numa aplicação, o consumidor quer ter acesso a todos os canais. Os consumidores habituaram-se ao imediato e não aceitam menos do que isso, porque querem que tudo aconteça agora e querem ser parte da experiência e que, as coisas aconteçam num momento exacto no tempo. A ligação entre a componente física e digital cria emoções que levam à compra. Aquilo que as marcas estão a ser desafiadas é a criar e oferecer experiências incríveis, fora da caixa que tenham objectivos definidos para que o phydigital seja uma realidade cada vez mais consiste. Enquanto consumidores, quanto menos nos apercebermos desta interacção entre o físico e o digital, melhor está a ser feita, já que nos conduz suavemente para um novo paradigma, uma nova realidade em que nos sentimos confortáveis.


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NÓS SOMOS SERIGRAFIA

VENTOS DO NORTE! Reinventar a Indústria é o Caminho!

David Forrester Zamith Ruy de Lacerda & Cª., S.A.

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EUROPA NÃO PODE PERMITIR UM ATRASO PARA O SEU PLANO DE RECUPERAÇÃO ECONÓMICO EUROPEU, instrumento fundamental no apoio às nossas indústrias para a manutenção da Liderança Tecnológica da Europa, competitividade global e criação de Empregos! Finalmente a UE aposta na Reindustrialização, nas Tecnologias Inovadoras em Automação no Chão da Fábrica, Digitalização, Sustentabilidade, nos Serviços, ancorada nas PME’s, como o Motor da Recuperação, na Formação, no Conhecimento (na academia e centros tecnológicos) e na manufactura de Produtos Sustentáveis com maior Valor Acrescentado! Vivemos tempos de urgência, não só para aliviar esta segunda vaga do vírus e proporcionar alívio a tantas pessoas e empresas que estão sofrendo, mas também para continuar avançando na ambiciosa agenda de Reindustrialização que

colocará a Europa no caminho de uma Indústria 4.0, resiliente, digital e verde! As empresas industriais estão a reinventar o seu negócio, já em crescendo antes da pandemia, e esse será o caminho para poder enfrentar um futuro que se desenha incerto e seguramente muito diferente dos tempos anteriores! Por cá os exemplos do Caminho da Reinvenção Industrial estão bem patentes em vários sectores industriais, como é o exemplo da Indústria Têxtil, que rápidamente “sentiu” quais as preocupações principiais dos seus clientes e quais as novas necessidades dos mercados, apoiando-se em Centros Tecnológicos, e num ápice nunca visto reajustou as produções tradicionais a novos sectores, ainda mais exigentes pela sua origem médica, minimizando assim estragos, investindo em novas tecnologias e processos. Visão, Competência e Resiliência, transversal ao tecido Industrial Português, mostram que a Indústria Têxtil em Portugal sofreu com o surgimento de fornecedores Asiáticos de baixo custo, mas o sector soube reestruturar-se e reinventar-se com sucesso, diversificando e acrescentando valor nas exportações. O volume de negócios total neste sector é de ca. de 8,0 mil milhões de euros, onde a participação de produção de Têxteis Técnicos ainda menor do que a dos têxteis convencionais, mas mostrando um mercado em rápido desenvolvimento. Focados

nos desenvolvimentos em Portugal, quase nenhum têxtil técnico era produzido em 2010, passando em 2018 para um volume de vendas, em Têxteis Técnicos, para ca. de 2,7 mil milhões de euros! OLHAR PARA A FRENTE No 19º Fórum da Indústria Têxtil “ITV Reforçar a Competitividade para crescer“, realizado no passado dia 29 de Novembro, no CITEVE, destaque para a conclusão da apresentação do Prof. Augusto Mateus: “Apesar de alertar para um 2021 «muitíssimo difícil, de grande exigência», o economista revelou-se optimista para o futuro da ITV. «Não interessa muito se a empresa é pequena, muito pequena, média ou grande. O que interessa é que sejam inovadoras, explorem os novos vectores competitivos da sustentabilidade, da circularidade, da economia e desenvolvimento e juntem a isso aquilo que é o orgulho que todos devem ter no que fizeram neste país ao longo dos últimos 30/40 anos, em que criaram riqueza em dimensão significativa “. Este sector é parceiro importante das Gráficas, nas Etiquetas, Transferes, Embalagens e muito mais! A aposta terá que ser de continuidade na Reinvenção Industrial, particularmente em termos de tecnologia, máquinas, digitalização e pelo Investimento em Tecnologias Avançadas de Fabricação! Lado a


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e de acordo com o actual Governador do Banco de Portugal, na recente Money Conference, veio confirmar, a saber:

lado com a Inovação Tecnológica em Automação e Digitalização a importância da Formação torna-se ainda mais relevante, sendo que aqui, e porque o nível geral de habilitações é cada vez maior, as qualificações terão que ser ajustadas nas empresas! Quanto mais tecnológico e digital for o enquadramento da empresa tanto mais a necessidade de qualificar “à medida” da cultura de cada empresa e num processo de aprendizagem contínua? VAB VALOR ACRESCENTADO BRUTO Dizem que a “escala” é um problema das nossas PME´s (99% do tecido empresarial Português), mas na Alemanha o tecido empresarial é também ancorado em 99% nas PME´s, contribuindo com quase 40% no seu PIB, ou seja, a escala será sempre um tema, mas a força das PME´s, de base maioritariamente familiar, é o motor da economia, da inovação e da criatividade na Europa, de forma isolada, em clusters ou em parcerias estratégicas!

O sector exportador português registou uma forte dinâmica nos últimos anos, com o peso das exportações no PIB a aumentar de 28% em 1996 para ca. de 45% em 2018. CCDR-N: O Norte foi a região de Portugal Continental que mais convergiu com a média da União Europeia, durante a última década, em matéria de inovação. Do lado das potencialidades em matéria de inovação, o Norte está entre as regiões mais inovadoras da Europa nos seguintes indicadores: as despesas de inovação não-I&D (investimento em máquinas numa lógica de modernização), os registos de marcas e de design, a percentagem das PME´s que praticaram actividades internas de inovação e a percentagem das PME´s com inovações tecnológicas (produto e processos). www.ccdr-n.pt/ norte-estrutura Importante, e aqui em polos opostos a Alemanha e Portugal, quando numa abordagem do VAB, onde mesmo assim,

“ Vejamos então qual a realidade das sociedades não financeiras portuguesas, cujo retrato o INE actualizou no final do mês de Outubro e que infelizmente passou quase desapercebido. As empresas não financeiras representam um universo de mais de um milhão e trezentas mil empresas. Desde o ponto mais baixo da crise de dívida soberana (2013 para a generalidade dos indicadores), este enorme universo produtivo teve uma transformação única e em si mesmo inédita. Inédita porque acrescentou sustentabilidade a sectores produtivos que muitos diziam que não conseguiriam promover a convergência da economia portuguesa com as médias europeias. Aconteceu. “ Podemos continuar a negar o país que temos, mas isso só ajuda os demais, não os portugueses. Ou seja, chegámos ao início de 2020 com uma dinâmica empresarial única em Portugal. Esta dinâmica é explicada pelo que aconteceu nas PME´s. O investimento das PME´s aumentou 131% e a produtividade 23%. A redução do peso da dívida no activo atingiu 65 pp e o índice de solvabilidade progrediu 18 pp. Todos estes indicadores acima da média nacional. A realidade sectorial é ainda mais impressiva da transformação que ocorreu em Portugal, em especial nos últimos cinco anos. O aumento da produtividade foi maior nos sectores mais atingidos pela crise pandémica: 50% no Alojamento e Restauração; 52% no Imobiliário; 32% na Indústria Transformadora e 26% no Comércio. https://www.bportugal.pt/intervencoes/intervencao-de-abertura-do-governador-do-banco-de-portugal-mario-centeno-na-money Temos que ser resilientes, vamos sobreviver a mais esta crise, e, vamos continuar a mostrar que o ADN dos empresários privados e as suas equipas, Micro, Pequenas ou Grandes empresas, serão competentes, firmes, continuando a dar cartas pelo mundo fora… queira o Estado ver o que todos estão vendo, apoiando finalmente à Re-Industrialização Inovadora Portuguesa e nas Exportações, seguindo as recomendações da UE!


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OPINIÃO MARIA JOÃO BOM

Maria João Bom Professora Assistente no Instituto Politécnico de Tomar, do Curso de Design e Tecnologia das Artes Gráficas mariajoaobom@ipt.pt

O Design gráfico ao serviço da prevenção da COVID19

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OSTUMA-SE DIZER QUE OS MAUS TEMPOS TRAZEM SEMPRE GRANDES COISAS em matéria de criatividade, mas no que diz respeito ao corona vírus não me parece que os exemplos que vejo à minha volta sejam grandemente criativos. Posso até falar mesmo num bloqueio de criatividade generalizado, com muito poucas exceções, quando na realidade o design gráfico é uma das melhores armas em termos de prevenção. Talvez o desconhecido assuste e não permita sentir a segurança devida para se fazerem grandes campanhas, movidas por esperanças e ideais. Talvez seja isso


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o que falta! Mas prevenir é o melhor remédio, e no caso da COVID19, por vezes nem mesmo prevenindo se tem a sorte de passar intocável. Uma das melhores campanhas que vi foi a da OK teleseguros com o slogan: Mudam-se as rotinas, mas os imprevistos são os mesmos, que relata com humor estas duas questões, a de continuarem a acontecer imprevistos, à medida que nos adaptamos às novas circunstâncias. Entre os melhores cartazes que encontrei está um chinês, com o mundo transformado num gigante corona vírus vermelho com uma grande máscara e os elementos da bandeira chinesa. Confesso que contava encontrar mais exemplos como estes, uma vez que a prevenção é agora mais importante que nunca, e a educação pela imagem sempre foi mais fácil do que apenas a palavra, afinal de contas como diz o provérbio chinês: uma imagem vale mais do que mil palavras. Mas a palavra é a segunda arma mais forte na prevenção, e deve ser utilizada por todos os que podem ser agentes de prevenção e, consequentemente, de salvação. Nem mesmo nos meus alunos reconheço grande interesse pela temática do design gráfico como arma de prevenção da COVID19, uma vez que lhes propus

Talvez o desconhecido assuste e não permita sentir a segurança devida para se fazerem grandes campanhas, movidas por esperanças e ideais.

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Entre os melhores cartazes que encontrei está um chinês, com o mundo transformado num gigante corona vírus vermelho com uma grande máscara e os elementos da bandeira chinesa abordarem esta temática nas aulas que lecciono de design gráfico, e a resposta não foi muito entusiasta. Nos materiais que desenvolveram sinto que lhes falta espírito, alma, mas penso que isso acontece por estarem a refletir sobre um elemento que lhes é desconhecido e que tem causado desolação e transtorno um pouco por todo o mundo. Por exemplo, penso que deveríamos investir mais a ensinar as pessoas a utilizarem uma máscara, pois é constante encontrar pessoas com o nariz de fora da máscara, acreditando que desta forma estão igualmente protegidas, o que é completamente falso. Neste aspecto a prevenção é fundamental, e apelo aos designers que ensinem a prevenir, mesmo que o que digam pareça insensato, ou que utilizem o humor para atenuar o impacto da mensagem em termos reais. Mas, prevenir é o melhor remédio, tal como rir, e esperemos que a breve trecho consigamos conciliar estas duas coisas no que diz respeito ao corona vírus.


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LIVRO FABIO RODRIGUES

“NA DÚVIDA, NÃO EMPREENDA!” AUTOR APONTA MITOS QUE LEVAM AO FRACASSO DOS EMPREENDEDORES E AJUDA A OBTER SUCESSO Qualquer um pode empreender, mas empreender não é para qualquer um!

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IVRO DE FABIO RODRIGUES revela os principais erros cometidos no momento de empreender, que podem levar ao fracasso de um novo negócio. Enriquecer, ser dono do seu próprio tempo, evitar despedimentos, não ter de lidar com chefias inconvenientes e ter o seu próprio negócio. Estas são algumas das razões que levam muitos portugueses a empreender. No seu livro, o empresário de sucesso Fabio Rodrigues põe em causa as verdades estabelecidas e revela os cuidados básicos a ter antes de empreender. Publicado pela editora ActiveUp/ Splash Books, o livro está à venda nas principais livrarias do país (Fnac, Bertrand, Wook, Almedina, Amazon, Splashbooks). Este é o relato pessoal de Fabio Rodrigues, que inicou a carreira nas áreas do marketing e vendas, passando por diversas multinacionais como a Microsoft e a Nokia, e se tornou um empreendedor bem-sucedido a fundar quatro empresas. Em “Na Dúvida, Não Empreenda!” o autor fala-nos das dificuldades sentidas, e num tom intimista, confessa toda a verdade, mesmo que seja difícil de ouvir. Não apresenta apenas as motivações erradas para a abertura de um negócio

próprio mas também chama a atenção para pontos importantes que devem ser observados na idealização de um projecto, e que são muitas vezes negligenciados pelos empreendedores. “Está preparado para investir o seu próprio dinheiro?”, “o que o leva a empreender?”, “sabe lidar com a ansiedade e a solidão?”, “sabe administrar sozinho o seu tempo e o seu dinheiro?”, “precisa mesmo de sócios?”: estas são algumas das respostas que Fabio Rodrigues oferece ao longo dos capítulos do livro. “Apesar da pandemia aumentar as incertezas e os riscos, traz também novas oportunidades para empreender. Pode parecer uma contradicção, mas não é. E os empreendedores tornam-se ainda mais importantes no processo de recuperação das economias. Para fazer o seu negócio vingar, a pessoa precisa de se preparar para empreender. É preciso dedicar-se: fazer cursos práticos sobre a área em que vai actuar, montar um plano de negócios, usar de imediato uma folha de cálculo de fluxo de caixa e mergulhar naquilo em que procura empreender”, comenta Fabio Rodrigues.

Ficha técnica Título: Na Dúvida, Não Empreenda! Autor: Fabio Rodrigues Editora: ActiveUp/ Splash Books

Sobre o autor CEO da U5 Marketing – “Designers as a Service”, uma empresa que tem possui mais de 65 designers espalhados entre Brasil e Portugal, entregando mais de 7.000 artes finais por mês para grandes clientes como Claro, Motorola, Herbalife, Abbott Laboratórios, Sephora, Embratel, Accor hoteis, Sacoor Brothers e outros. Fabio é Mestre em Ciências Empresariais pela Universidade de Lisboa (ISEG), Pós-graduado em Marketing pela ESPM e Administrador de empresas pela Universidade de Brasília (UnB) e foi durante 13 anos executivo da Americel, Microsoft e diretor de vendas da Nokia do Brasil, de onde saiu para empreender.




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