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#216 a revista do mundo gráfico Setembro/Outubro 2021 intergraficas.com.pt

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Ficha técnica DIRECTORA ANA PAULA CECÍLIA REDACÇÃO ANA PAULA CECÍLIA anapcecilia@intergraficas.com.pt DESIGN E PAGINAÇÃO DESIGNGLOW geral@designglow.com FOTOGRAFIA ISTOCKPHOTO, ANTÓNIO CAMILO E LUÍS FILIPE COLABORADORES AUGUSTO MONTEIRO, JOÃO FELGUEIRAS, DANIEL FURET, DAVID ZAMITH E MARIA JOÃO BOM MARKETING E PUBLICIDADE PEDRO SILVA WEBMASTER RJ LIMITADA PROPRIEDADE ANA PAULA CORDEIRO CECÍLIA E CARLA CECÍLIA Rua José Isidro dos Santos, nº 3, 5º esq.; 2625-089 Póvoa de Santa Iria TEL. +351 21 804 15 28 TLM. 91 991 35 27 E-MAIL anapcecilia@intergraficas.com.pt SITE www.intergraficas.com.pt Nº DE CONTRIBUINTE 503 898 007 Nº DE REGISTO NO I.C.S. 114 507/97 DEPÓSITO LEGAL 220 938 TIRAGEM 2 000 exemplares PERIODICIDADE Bimestral IMPRESSÃO TIPOGRAFIA PRISCOS LDA R. de São Tomé 6, 4705-578 Priscos TEL. +351 253 672 473 E-MAIL administracao@tipografiapriscos.com Os artigos de opinião integrados nesta revista são da responsabilidade dos seus autores e não expressam necessariamente a opinião do editor.

Ana Paula Cecília Directora da Revista Intergráficas anapcecilia@intergraficas.com.pt

EDITORIAL INTERGRÁFICAS #216

BAZUCAS, G3, KALASHNIKOV, E OUTRAS ARMAS DE ARREMESSO!

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em aí a Bazuca! O anúncio surgiu, revelando que uma das áreas a que esta Bazuca dará destaque é a digitalização das empresas. Uma das perguntas que podemos fazer, é de que forma isto pode ser aproveitado pelas empresas de impressão, quando estas já são altamente digitalizadas, tecnologicamente preparadas e trabalham com métodos e processos eficientes e eficazes. Apesar disto, há quem pense que esta é uma indústria de nicho. Nada mais errado. E, se alguém precisasse de uma prova maior, acabou por tê-la aquando da pandemia e dos sucessivos confinamentos, quando a indústria gráfica foi reconhecida pela União Europeia como fundamental para o funcionamento regular da sociedade. Às empresas gráficas foi concedido o direito e dever social de manter portas abertas e de prestar relevante contributo através de centenas de produtos essenciais, como por exemplo, embalagens alimentares, farmacêuticas, bulas, livros, revistas, jornais, materiais de ponto de venda, têxtil, etc. Ainda assim, sabemos que é preciso continuar a fazer crescer a credibilidade e notoriedade das gráficas. Ao longo dos anos, tenho tentado dar algum contributo a esta indústria, através da revista ou eventos que permitam o networking e palco para que surjam parcerias, sinergias e projecção dos profissionais e empresas. Sei que é pouco o que faço, mas acredito que há ainda muitas iniciativas que podem dar outra dimensão e estatuto ao mundo da impressão. É por isso que, há alguns meses, aproveitei a onda zoom e empreendi esforços para aquilo que acredito, pode ser uma campanha de impacto sobre a notoriedade e credibilidade da área de impressão. Numa altura em que tanta gente coloca em causa os produtos físicos que resultam desta actividade, é tempo de provar aos descrentes, o quão relevante é esta indústria, mostrando sobretudo aos consumidores finais que, sem a impressão de produtos em papel, cartão e mesmo em outros substratos, a vida seria totalmente diferente. A ideia passa por juntar figuras públicas, bloggers, influencers, cientistas, editores, livreiros, responsáveis de marcas, publicitários, directores de marketing e outros profissionais que usam a impressão em diversas áreas e, fazem uso dos produtos impressos. E são tantos os potenciais mensageiros que, não será difícil reunir quem possa dar a cara por uma campanha pensada, estruturada e orquestrada, que impacte a opinião pública e mostre uma indústria gráfica moderna, enérgica e produtora de produtos que têm tanto de essencial quanto de sexy e sedutor. A conhecida apresentadora Cristina Ferreira tem uma revista de banca, a influencer Vanessa Martins e a conhecida Maria Vaidosa também, os escritores têm no papel o substrato de eleição da sua actividade, tal como os jornalistas que trabalham na imprensa escrita, os designers de embalagens e rótulos, os responsáveis de marcas para quem o packaging é o principal veículo de comunicação com o consumidor final, os criativos que dão vida a campanhas que se espalham por cidades nos outdoors de cada rotunda do país… São tantos os protagonistas que “bebem” deste mundo da impressão que, se juntarmos as associações e profissionais deste sector, será ainda maior o “exército” que pode promover, provar e mostrar a força da impressão. Se à relevância dos produtos impressos juntamos a tecnologia, a sustentabilidade e a digitalização, temos a receita certa para uma indústria que é barómetro da economia e que, precisa, como nunca, de ser vista de uma nova forma. Esta é apenas uma ideia que surgiu à boleia da “Bazuca” e que pode agregar muitas outras, pois se ficarmos à espera dos grandes disparos do Plano de Recuperação e Resiliência, então o melhor é sentarmo-nos para não criar varizes! Para que esta área “cresça e apareça”, talvez seja preferível esquecer a Bazuca e pensar em novas armas de arremesso....



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OPINIÃO AUGUSTO MONTEIRO

Carta a um “velho” Amigo Gráfico

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AZ TANTO TEMPO JÁ QUE NÃO NOS VEMOS, QUE HOJE, COM A SAUDADE A RECORDAR os nossos almoços do passado, não resisti ao impulso de escrever-lhe a dar notícias minhas e a querer saber qualquer coisa de si. Quem diria a trágica realidade que nos esperava e que nos separou do habitual convívio social. De repente, o tempo em que a vida decorria ao ritmo frenético das horas, mas com ânimo e com estímulo para sonhar o futuro, levou sumiço. Agora, sob a ameaça deste vírus predador humano, impiedoso, que sem contemplações vem causando tanto desespero e morte, e a pôr em perigo o nosso futuro comum, a vida tornou-se numa cruciante caminhada em direcção a nada, e de credo na boca! Sim! Vivemos agora na ambiguidade que nos é imposta de todas as nossas horas ficarem condicionadas nos seus limites de liberdade e de latitudes de circulação. Além de nos vermos hipotecados ao futuro e o nosso pobre país, sem presente estável a que se agarrar, dia-a-dia mais desfigurado e empobrecido, que porvir risonho nos pode esperar com o resgaste da pátria por cumprir e a dívida pública

Olá, meu prezado e querido Amigo! Viva! Como tem passado?

a aumentar? Neste tempo de exílio estéril, em que a vida decorre de pés atados, valha-nos ao menos a certeza de que o pensamento continua livre, com todos os horizontes abertos para voar, e que ninguém pode metê-lo dentro de uma camisa-de-forças. Estando ambos numa idade crepuscular da vida e já pouco podendo futurar, quero aproveitar, enquanto ainda me sinto vivo entre os vivos e com vontade de conservar laços afectivos, para falar um pouco de nós, começando por lembrar o espírito sociável que sempre animava os nossos encontros, consubstanciados numa identificação quase perfeita de ver o mundo que nos rodeia. Evocá-los

Augusto Monteiro Presidente do Conselho de Administração da Grafopel augusto.monteiro@grafopel.pt

é trazer à memória uma época da nossa vida colectiva em liberdade, desinibida e sem medo, em contraste com o presente, de confinamento, temor e afastamento social; recordar e agradecer a sua amizade sempre fiel, generosa e dedicada, que senti profundamente. Por isso, estou a dever-lhe muitas provas de estima e confiança. Deu-me sempre a primazia de estar a par de todos os investimentos que pretendia levar a cabo. E sempre, ou quase sempre, a preferência. Razão porque nada me fará esquecer a sua cordialidade. Por isso, movido por um sentimento de gratidão, aqui lhe patenteio todo o meu reconhecimento. Fora da família propriamente dita, distinguimos no conjunto das nossas amizades, aquelas com as quais mantemos contactos mais frequentes e agradáveis. No entanto, uma sólida amizade precisa de actos que a confirme e abone. O seu exemplo choca com a atitude daqueles que só vêm na amizade uma forma de retirar vantagens ou recompensas pessoais. Uma circunstância feliz, caprichos do destino, identificou e envolveu a trama das nossas vidas numa teia que nos ligou nesta nossa longa aventura humana. Cada um por seu lado, com a mesma persistência, abnegação e vontade tenaz de modificar as nossas vidas, aventuramo-nos, discre-


OPINIÃO AUGUSTO MONTEIRO

tamente, por caminhos paralelos, por vezes arriscados e penosos, na esperança de alcançar o futuro. Uma aventura que doeu, muitas vezes num desespero sem lenitivo, de fazer cortar o coração. Sabe Deus, e nós também, o quanto custou legitimar a nossa pretensão aventureira de lutar por algo mais do que o ordenadozinho no final do mês, que mal dava para sustentar a família e educar os filhos. Por sorte, ou por acaso, vida fora fomos ficando ligados por fios invisíveis que nos enlaçaram. Eu, como fornecedor. Você, como cliente. Para chegarmos até aqui, quanto tivemos de “mourejar” no duro, danados da vida, para ganhar o pão que metíamos na boca dos filhos! E, honestamente, batalhar com todas as obrigações às costas para justificar a ousadia de nos fazermos empresários! Uma vida de cão, poupando em tudo, para no fim da vida termos alguma coisa de nosso, que nos permitisse gozar de um merecido descanso, sem ter que recorrer à ajuda dos filhos ou da segurança social para suprir as nossas necessidades mais básicas, como saúde, habitação, etc.. Terá valido a pena tanto esforço? É óbvio que sim! Só o prazer de sentir o que foi trilhar os difíceis caminhos da vida, enfrentá-los e vencê-los com algum sucesso, deixando neles marcas da nossa passagem, deixa-nos sem remorsos do passado e a envelhecer em paz e de boa consciência. MEU BOM AMIGO! Como bem deve estar lembrado, iniciar uma empresa a partir do ponto zero, fazer a travessia da vida e chegar a onde nos encontrámos, é caso para dizer que a nossa aventura foi uma proeza feliz, que calou algumas vozes desagregadoras. Mas, como ia dizendo, iniciar uma empresa não é coisa fácil. Leva tempo, é preciso muita paciência, capacidade de resistência, fazer das fraquezas forças e mesmo nas piores horas nunca perder a esperança; muitas falinhas mansas, muito melzinho na voz, muitos ressentimentos contidos de ofensas recebidas, muitas horas do dia e da noite roubadas à família a fazer pela vida e, mesmo assim, com toda a sedução que o sentido prático impõe,

Meditando sobre o que não fizemos e poderíamos ter feito, ou da distância a que ficamos da meta que ideamos, já foi bom chegarmos até aqui, não triunfantes mas realizados quantas vezes não conseguimos levar a água ao nosso moinho, nem agradar a gregos e a troianos? Mas o que seria hoje de nós se tivéssemos cingido o nosso tempo a correr atrás das canas dos foguetes dos outros? Meditando sobre o que não fizemos e poderíamos ter feito, ou da distância a que ficamos da meta que ideamos, já foi bom chegarmos até aqui, não triunfantes mas realizados. De vez em quando faz bem avivar da memória momentos que foram cruciais nas nossas vidas; voltar a sentir algo que fomos esquecendo e verificar com satisfação que valeu a pena desafiar o destino. As décadas que acabamos de viver colocaram-nos perante uma profusão de inovações e processos, que a um ritmo acelerado foram marcando uma viragem na orientação das nossas vidas profissionais. Muitas destas inovações e processos derrubaram concepções tradicionais e mudaram conceitos enraizados, favorecendo o progresso e estimulando a economia. Contemporâneos de muitas dessas inovações e processos que marcaram a nossa época, testemunhamos em muitos dos nossos parceiros de viagem um misto de cepticismo e perplexidade, face ao comodismo conservador de séculos fechados

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na história, negativamente renovadores. De entre todas as inovações que marcaram o nosso tempo, sei que estará de acordo comigo, aquela que se impôs como a mais prolongada e cada vez mais presente como processo revolucionário, foi o sistema de impressão offset. Se bem que fosse um processo de impressão inovador, que à luz do que se produzia tipográfica e litograficamente apresentasse vantagens tão evidentes: mais rápido, mais limpo, mais produtivo, mais económico e com uma qualidade incomparavelmente superior, a sua penetração entre nós foi lenta a expandir-se e instalar-se. Poucas foram as empresas que logo investiram no novo processo de impressão. O sector, ainda por muitos anos, continuaria alheio à sua eficácia e agarrado aos processos do passado, contrariamente à explosão que se verificou nos EUA e em vários países na Europa (Alemanha, França, Inglaterra, Itália, etc.). Atavicamente, continuaria na cómoda imobilidade da sua zona de conforto, convencido que tinha o “rei na barriga”. MEU CARO AMIGO, Nada a fazer quando alguém não entende que as inovações tecnológicas são projectadas e implementadas, fundamentalmente tendo em vista a melhoria e aumento da produtividade, redução de custos de produção, crescimento da produtividade do trabalho e melhoria da qualidade dos bens e serviços produzidos; nada a fazer quando alguém não quer entender nem comprometer a largar a sua cultura actual, aderindo a uma outra que lhe traga tremendas e novas oportunidades. Pessoas que não têm uma motivação mínima, mesmo quando as mudanças se tornam tanto necessárias como imperativas. O cepticismo de alguns, que continuaram duvidando do que ia sendo comummente aceite, tramou-lhes a vida. Há naturezas assim, sempre inseguras nas suas decisões. Depois, acabam por deixar de ser parte da história. Por isso, eu admiro-o pela bem estruturada e bem-sucedida empresa que criou, e pela crença que, na sua idade, de forma tangível, continua a mostrar a clientes, colaboradores e fornecedores. Falando agora de futuro, permanen-


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temente atento à nova realidade gráfica, começo a ficar inquieto por não ser capaz de distinguir a singularidade de cada empresa. Com algumas exemplares excepções, parecem-me todas iguais, igualmente agarradas à pequenez do nosso território, produzindo para os mesmos, não encontrando outros caminhos nem evitando a exiguidade de espaço e de clientes que lhes dão substância. Será que todas as empresas, no seu estado actual, poderão gerar um crescimento rentável, tal como a sua, quando o sector em geral está navegando em águas conturbadas? Será que todos os seus colegas podem garantir com certeza, ou apenas estão convencidos, que as suas empresas têm óptimas condições para pôr tinta no papel sem falhas e com rentabilidade, ou dominam todo o processo de produção? Quantas têm todo o processo integrado da pré-impressão à impressão e ao

OPINIÃO AUGUSTO MONTEIRO

acabamento, e a funcionar de igual para igual com a sua? De forma não surpreendente você sempre soube assegurar um sentido de direcção e segurança na sua empresa. Realço o facto de ter encarado sempre, de forma realista, que a garantia do seu presente e do seu futuro só podia estar realmente garantido se a empresa estivesse equipada com soluções tecnológicas que agilizassem profundamente os processos de produção, eliminando pontos mortos, desperdício, falhas humanas e mão-de-obra. E quantas mais, por outra parte, trabalham no duro, com muitas horas extras, e não conseguem gerar resultados? É que só trabalhar muito e muitas horas não é suficiente se não houver uma estratégia clara e uma meta a atingir. Estas são as estrelas-guia para o sucesso. Porém, ainda mais importante é questionar como e através de que meios podem conseguir chegar lá. Há certos pontos, para além destes,

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quase mandamentos, que formaram parte da nossa filosofia empresarial: uma política de colaboradores com formação ao mais alto nível, que sentissem a empresa como própria, infraestruturas propriedade da empresa, solidez financeira, e tudo isso com a clara orientação de darmos o melhor serviço aos nossos clientes. MEU QUERIDO E PRESTÁVEL AMIGO, Para finalizar estas considerações, acrescento apenas que ninguém vem ao mundo por acaso, e que todos temos um dever a cumprir na vida. Com ambição, entusiasmo, enfrentando e aceitando o risco, cumprimos a nossa parte. Que o nosso exemplo frutifique nos nossos seguidores com o mesmo espírito, a mesma vontade e atitude perante a vida. E assim termino, caro Amigo, com um abraço de grande amizade e à espera das suas notícias.


OPINIÃO JOÃO FELGUEIRAS

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Fazer Amigos João Felgueiras General Manager Africa The Navigator Company

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joao.felgueiras@thenavigatorcompany.com

LHANDO PARA TRÁS, UM DOS RESULTADOS de que mais me orgulho, é ter passado a minha carreira a

fazer amigos. Não têm que ser amigos de casa. Na maior parte dos casos, nem são. Mas, ainda assim, são verdadeiros amigos. Pessoas, com as quais, ao longo dos tempos fui tendo um contacto profissional que, por diversas razões gerou um respeito, uma confiança e uma estima que acabaram por configurar uma genuína amizade. É interessante observar como se geram estas amizades. Na verdade, elas resultam principalmente da confiança. Esta, por sua vez, resulta da verdade e de bons resultados. Ou seja: se formos sempre verdadeiros e transparentes para com os nossos interlocutores, isso alimenta a confiança. Se as nossas propostas potenciarem bons resultados, isso também alimenta a confiança.

Taxa de erro, ou taxa de reclamações Zero, só têm os mentirosos! Todos nós estamos sujeitos a errar. Os próprios clientes sabem isso

Contudo, é quando surge o erro que melhor se distingue o parceiro de confiança do trapalhão. Taxa de erro, ou taxa de reclamações Zero, só têm os mentirosos! Todos nós estamos sujeitos a errar. Os próprios clientes sabem isso. Há uns erros mais graves do que outros. Uns terão consequências piores do que outros e isso influenciará, certamente o desagrado do cliente. Contudo, a atitude do interlocutor perante o cliente que reclama, pode fazer a diferença entre um cliente que perdemos e passou a ser um agente de publicidade negativa sobre nós, ou um cliente que acaba por se fidelizar ainda mais, depois de resolvido o problema. Na verdade, em muitos casos, quando tudo corre bem, não se distingue um bom fornecedor de um fornecedor “normal”. Por exemplo, numa viagem de avião, quando tudo corre sem problemas, pouca diferença há entre duas companhias. Já quando o voo foi cancelado por um problema técnico, a forma como a companhia lida com os clientes que ficaram impedidos de viajar, fará toda a diferença. Se rapidamente encontra alojamento e alimentação e propõe a melhor solução de reencaminhamento, poderemos acabar bem impressionados com a Companhia. Se nos remeterem para filas de espera e não nos resolverem o problema, ficaremos furiosos. Assim, o erro, se for encarado de frente, com verdade e transparência e, principalmente, não tentando escapar às responsabilidades, pode acabar por reforçar a confiança de um cliente, em vez de o afastar.


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OPINIÃO DANIEL FURET

Daniel Furet Director de Operações e Membro da Administração da Lidergraf daniel.furet@lidergraf.pt

Continuamos a ser prisioneiros da nossa incompetência de praticar o que é justo.

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E ERRAR É SINÓNIMO DE APRENDER, os dias que se adivinham não parecem demonstrar isso. Continuamos a ser confrontados diariamente com os aumentos das matérias-primas que utilizamos, bem como o preço da energia que não só aumenta, como está a entrar em preços proibitivos. Estamos a falar de aumentos com 2 dígitos em quase tudo e não estamos a conseguir refletir o preço destes aumentos nos produtos que entregamos ao cliente. Se se continuar com estas políticas de adormecer, com uma justiça de uma lentidão assustadora, as empresas sãs ra-

pidamente vão passar por dificuldades. Empresas que supostamente defendem o consumidor ou que dizem seguir uma política de sustentabilidade, continuam a imprimir em empresas completamente falidas, sem quaisquer respeito pelos seus trabalhadores, com incumprimentos legais que só não vê quem não quer. Os próprios órgãos de comunicação social, recorrem a muitas destas empresas para colocarem as suas publicações na rua, ou mesmo empresas da grande distribuição que só se preocupam com o preço, mas se as empresas que contratam são ou não são cumpridoras de tudo aquilo a que as empresas compradoras exigem, isso já não interessa na hora da compra, quando os euros falam mais alto e se impõe a valores

e à tão falada responsabilidade social. Estamos a voltar a viver sobre a ditadura do preço, que se observarmos com atenção não faz qualquer sentido. Se formos ao supermercado pagamos o que está marcado e não reclamamos, não temos a quem, pagamos e vamos para casa só com a certeza de que pagámos mais do que da última vez e isto repete-se com qualquer serviço público que tenhamos que utilizar, pagamos o que nos é pedido e não temos como fugir a esta realidade. Os impostos não baixam e podíamos estar por aqui a queixarmo-nos que seria um poço sem fim. Mas o que interessa é o que sobra para a nossa indústria, que não pode ser mais o calar e empurrar com a barriga para ver onde vamos parar, estamos a ser assaltados pelos preços de energia, a nossa matéria-prima principal (o papel) que além da escassez bate records em preços de tonelada e as tintas a não ficarem atrás, sofremos com os valores de transporte, cada vez mais altos e prazos de entrega mais dilatados e quando chegamos ao nosso cliente e queremos refletir estes custos e somos logo ameaçados com o abandono do mesmo. Falamos muitas vezes que as empresas têm que se reinventar, para conseguirem diminuir os seus custos produtivos e irem de acordo com o preço do que o mercado pede, mas esquecemo-nos que este reinventar, este estudar de formas mais eficazes de produzir já está ultrapassado, as empresas, muitas delas, já o fizerem e estão com mecanismos mais do que implementados da melhoria continua. Temos é que combater todas as gorduras excessivas que estão no mercado e em particular na nossa área que continuamos a ter tantos intermediários que não acrescentam valor, só aumentam o preço e diminuem a margem do nosso lado, estão a delapidar o verdadeiro valor da indústria. Como já tive oportunidade de referir no passado, cada um na sua área e as coisas irão funcionar melhor. Errar só é benéfico se aproveitarmos a experiência de uma forma positiva, transformando os erros em oportunidades e em melhorias no processo. A pior frase que existe é: errar é humano e a mesma servir de escudo para a apatia e não para o progresso e inovação.


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Eikon implementa avançado sistema de gestão de cor A Eikon é a unidade industrial portuguesa do grupo multinacional AUTAJON, especializada na produção de rótulos e etiquetas auto-adesivas. Dando corpo à matriz dos 3S adoptada pelo grupo a nível mundial – “Secure”, “Simplify” and “Standardize”, a Eikon deu início à implementação de um avançado sistema de gestão da cor. José Galvão, director geral da Eikon, acredita que este investimento “vem contribuir para o reforço dos níveis de eficiência interna e para a competitividade da empresa no mercado, consolidando-se como referência onde as melhores práticas são absorvidas e implementadas com enorme entusiasmo. Qualidade e satisfação no serviço aos clientes em todas as suas vertentes, é o que nos orienta”. O primeiro passo consistiu na criação do laboratório de tintas, com vista a formular as tintas com o máximo de precisão minimizando os tempos de execução. As soluções fornecidas pela Tecnimprensa, incluíram equipamentos e software (sobretudo da marca X-RITE) que visam a optimização e rigor nos processos. Do pacote fizeram ainda parte módulos de formação e treino, nos quais participaram 31 profissionais dos sectores de pré-impressão, impressão e qualidade. Em paralelo a Eikon instalou um novo sistema de prova de cor baseado no software GMG ColorProof. O projecto foi coordenado pelo director de Produção da Eikon Filipe Leite, que apontou as metas a atingir, afimando que, “este programa tem três objectivos. O primeiro, foi o facto

de estreitarmos a faixa de variação da qualidade, o segundo, o acerto na cor à primeira quando um trabalho entra em máquina, e o terceiro, o conhecermos com rigor a qualidade dos produtos que saem para os nossos clientes. O nosso foco é sempre o resultado e a plena satisfação dos clientes”. Na opinião do director geral da Tecnimprensa, Duarte Alves de Sousa, “a gestão da cor passa muito por prevenir, para não ter de remediar. Quem produz um rótulo, uma etiqueta ou uma embalagem precisa de estar no controlo do processo desde o início, senão acaba por sofrer mais tarde. Práticas menos boas em produção são como um boomerang pois acabam sempre por nos atingir. A boa gestão assenta em boas práticas”. Questionado sobre a receptividade da Eikon , referiu que, “no caso da Eikon, não se pode falar em receptividade mas sim em pró-

catividade, porque tem uma equipa de gestão que sabe muito bem para onde quer ir. O nosso papel é apoiar a implementação das soluções técnicas no terreno, dar o melhor treino e formação possível, e formular recomendações de boas práticas que os ajudem a atingir os seus objetivos mais depressa”. A Eikon ocupa um edifício com uma área coberta de 12.000 m2 e labora em regime de três turnos. Iniciou a sua actividade em 1996, integrando o grupo AUTAJON desde 2016. Com tecnologias principais de impressão o offset e o digital, oferece também as tecnologias de serigrafia, estampagem e relevo. A AUTAJON é um dos principais grupos europeus de produção de rótulos e embalagens de cartolina, dispondo de 36 unidades distribuídas por 10 países, incluindo França, Espanha, Itália, Bélgica, Holanda, Alemanha, China e Estados Unidos.


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Livraria Letras Lavadas comemorou 2.º aniversário A CRIATIVIDADE DE ALGUMAS EMPRESAS DA ÁREA GRÁFICA

Plotterzone realizou Print Show para mostrar o melhor da impressão digital O Plotterzone Print Show decorreu nos dias 28 e 29 de setembro, no Espaço Vita, Braga. Tendo sido o único evento do ano na área da impressão digital em Portugal, o Print Show teve lugar no Espaço Vita em Braga nos dias 28 e 29 setembro, e contou com cerca de 100 visitantes. A empresa Plotterzone, apresentou no Print Show as mais recentes novidades incorporadas no seu catálogo de produtos, dirigido ao mercado de impressão digital e comunicação visual. Para além da área da publicidade em destaque no evento, foram apresentadas várias novidades para o segmento têxtil. Dentro da gama Epson Surecolor F, estiveram em exposição vários equipamentos como a F6300, F9400H e a mais recente novidade na área de sublimação, a Epson SureColor F10000, impressora de sublimação de 1,90m concebida para aliar qualidade e produtividade.

Outra novidade apresentada, foi a HP Látex 800W, agora com tinta branca, uma impressora robusta, inteligente e produtiva com cores saturadas em altas velocidades. Ainda dentro da gama da HP, na área têxtil esteve em exposição a HP STITCH S500, impressora de sublimação directa que produz uma qualidade de imagem fiável em diferentes tipos de tecido e material têxtil. Todas as demonstrações foram acompanhadas por um especialista da área, através da apresentação dos equipamentos, amostras e possibilidade de aplicações. E como os consumíveis são fundamentais, a Poli-Tape e a SEF complementam a proposta da Plotterzone com produtos inovadores para a área têxtil. O feedback a este evento, foi considerado muito positivo por parte da administração, já que os visitantes referiram a necessidade de participação física e contacto com os equipamentos e a sua performance.

é uma constante ao longo da sua actividade e em todas as áreas onde edifica projectos. Uma dessas empresas é a Nova Gráfica dos Açores e o seu mentor, José Ernesto Resendes. A Livraria Letras Lavadas comemorou em Julho dois anos de existência e, como não podia deixar de ser, a celebração desta data foi registada de forma muito especial: um bolo cujas fatias são livros editados durante este tempo, tornou este num projecto muito criativo e original. O ponto alto foi a inauguração da montra com um livro em formato de bolo, em que cada uma das suas doze ‘fatias’ correspondem a obras editadas pela Letras Lavadas, com 706 folhas cada uma. Este livro especial, elaborado pela Nova Gráfica, forma uma circunferência de 50x14 centímetros. Além do ‘livro-bolo’, a Nova Gráfica proporcionou um momento de personalização de capas de livros. Aos clientes foram oferecidos descontos até 50% em toda a loja e ainda uma fatia de bolo, que será uma réplica do ‘livro-bolo’, entre outras surpresas.

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Konica Minolta nomeada líder no mercado de Managed Print Services pela Quocirca

Breves

A Konica Minolta foi, mais uma vez, classificada como líder no mercado de Managed Print Services (MPS) pela Quocirca. A empresa global de pesquisa e análise conclui, desde 2017, que a Konica Minolta é uma referência na transformação digital das organizações, reforçando a liderança na capacitação de escritórios 100 % conectados e inteligentes em todo o mundo. Visão estratégica, amplitude do portefólio e capacidade de resposta são as razões que levam a Konica Minolta a liderar o mercado de MPS, conclui a Quocirca. De acordo com o relatório MPS Vendor Landscape 2021 - Transforming the hybrid workplace, a Konica Minolta atende, de uma forma global, às exigências actuais de diferentes tipos de organizações, de várias dimensões, proporcionando aos clientes uma oferta completa: de equipamentos a serviços de consultoria e implementação, de hardware a software. A Quocirca afirma que os investimentos realizados pela Konica Minolta «permitem à empresa executar o compromisso no fornecimento de serviços de IT integrados e ser um parceiro confiável para o local de trabalho digital.» Acrescenta que essa abordagem «permite obter soluções perfeitamente integradas entre si para otimizar os fluxos de trabalho e os processos digitais e de impressão dos clientes», com destaque para a impressão digital, IoT, inteligência artificial e realidade aumentada.

INTERNACIONAIS

A SMURFIT KAPPA ANUNCIA AQUISIÇÃO DA CARTONBOX, EMPRESA DE CARTÃO A SMURFIT KAPPA EMITIU UM COMUNICADO, onde fala de uma “conquista importante com a qual reforçou a sua liderança no mundo, e com a qual espera contribuir com maior valor” para os seus clientes locais e de países como Espanha e Portugal, com os quais o país asteca mantém uma estreita relação económica. A empresa é o único operador de grande escala pan-regional na América Latina, com presença em 13 países de toda a América. Teo Pastor, director de Vendas e Marketing da Smurfit Kappa Espanha, Portugal e Marrocos, assegura que “a nossa forte implantação em Espanha e a nossa presença reforçada no México depois desta aquisição oferece múltiplos benefícios aos nossos clientes mais internacionais de ambos os países, em sectores como o da automação ou o

químico. Benefícios como a homogeneidade das soluções de packaging, uma melhor economia de escala para reduzir custos e controlar riscos e stocks, maior controlo e coerência na sua imagem de marca e melhor fluxo de comunicação, através de conhecimentos partilhados entre os centros de inovação (Experience Centres) da Smurfit Kappa em cada país”. O mercado mexicano é o primeiro destino das exportações de Espanha para a América Latina e o quinto mais importante fora da Europa, segundo a CEOE, pelo que esta nova aquisição permite à empresa prestar um melhor serviço a clientes provenientes de indústrias relacionadas com a automação, electrónica, moda, embalagens PET, telas de plástico, agricultura ou bebidas. São sectores estratégicos que contam com cadeias de fornecimento


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com necessidades muito concretas, e que requerem embalagens sustentáveis, seguras e que realmente protegem o produto no transporte a longa distância. Juan Guillermo Castañeda, director geral da Smurfit Kappa The Americas, indica que, “como empresa global, o nosso objectivo tem sido sempre reforçar a nossa liderança em todo o mundo. A nossa máxima prioridade é gerar valor para os nossos grupos de interesses, e o México tem demonstrado ser um país chave para investir. Como tal, estou muito orgulhoso por anunciar que adquirimos com êxito a Cartonbox. Isto não só aumenta a nossa presença na região, como também nos permite responder às necessidades e expectativas dos nossos clientes. Estou certo de que nos ajudará a dar um passo em frente para nos convertermos na empresa líder de embalagens à base de papel no México”. Jorge Alberto Ángel, director geral da Smurfit Kappa México, acrescentou que “a Smurfit Kappa México dá as boas-vindas a 240 colaboradores da Cartonbox à nossa família. Não poderia estar mais satisfeito. Até ao momento, contávamos com três fábricas de cartão canelado no México, situadas na Zona Metropolitana da Cidade do México e em Tijuana. Esta aquisição oferece-nos a oportunidade de poder abastecer directamente os nossos clientes na região norte do país. Estou convencido de que, graças aos nossos melhores sistemas operativos, acordos de aquisição, mentalidade global, e enfoque no design e inovação, estamos bem posicionados para nos associarmos a novos e catuais clientes em sectores como os bens de consumo, alimentação e bebidas, panificação ou material de escritório”. Graças a esta compra, a Smurfit Kappa aumenta a sua presença no México até chegar às quatro fábricas de cartão canelado, reafirmando, assim, o seu compromisso com as embalagens sustentáveis à base de papel como seu principal negócio estratégico. Além disso, esta expansão na América permite beneficiar os seus clientes mais internacionais.

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Novo quartel militar no Texas é o maior edifício impresso em 3D da América do Norte No Texas há um novo quartel militar impresso em 3D. Este edifício é considerado o maior deste tipo na América do Norte e irá abrigar 72 estagiários. Nos últimos anos a impressão 3D está a atrair cada vez mais adeptos, que usam a técnica para a construção de infraestruturas. Casas, escolas, pontes, mobiliário urbano e doméstico e implantes já foram elaborados através deste processo, mas o que ainda não tinha sido construído ganha agora vida, já que as Forças Armadas do Texas estão a dar vida à maior estrutura impressa em 3D da América do Norte. Projectado pela Logan Architecture, o quartel foi construído através do uso do sistema de construção Vulcan da gráfica Icon. Com uma área de 353 metros quadrados, o quartel consegue abrigar 72 estagiários na base militar. Durante o processo, a gráfica Icon usou um material de construção muito específico. Através do uso da sua impressora Vulcan de última geração, a empresa provou que pode construir estruturas permanentes em velocidade aumentada, o que pode facilitar a vida dos militares dos EUA. A tecnologia está agora a ser avaliada para ser usada na construção rápida de instalações para soldados em locais implantados, ao mesmo tempo que se economiza nos custos. A empresa também quer implantar a tecnologia nas instalações da Guarda Nacional, que realiza missões de socorro durante desastres naturais. Em comparação com os métodos de construção tradicionais, a impressão 3D pode oferecer construções mais rápidas e com custos reduzidos, ajudando assim as comunidades locais no desenvolvimento dos seus projectos, destaca a empresa no seu comunicado à imprensa. Segundo noticia o Interesting Engineering, o projecto foi financiado pelos contratos de Aumento do Fundo Estratégico de Pesquisa para Inovação em Pequenas Empresas, para os quais o Departamento Militar do Texas contribuiu. A instalação já foi inaugurada e está a receber estagiários a partir deste outono. A gráfica Icon tem crescido cerca de 400% a cada ano desde a sua criação em 2018. A startup triplicou a sua equipa no ano passado, atingindo a referência de mais de 100 funcionários.


O GRUPO DURST, FABRICANTE DE TECNOLOGIAS DE IMPRESSÃO E PRODUÇÃO DIGITAL, ESTÁ A REESTRUTURAR O SEU SEGMENTO DE ETIQUETAS E EMBALAGENS FLEXÍVEIS. O actual director da divisão, Helmuth Munter, vai retirar-se no final de 2021, após mais de 40 anos na empresa. A este, sucederá como director de vendas de Etiquetas e Embalagens Flexíveis Globais, Thomas Macina. Thomas Macina, nascido no Tirol do Sul está radicado em Barcelona, tem uma carreira de mais de 15 anos e é considerado um especialista em tecnologia de impressão digital. Thomas Macina esteve em fase de preparação no Durst Group desde Fevereiro e assumiu a sua função para a área EMEA em Abril. Em Junho, assumiu a responsabilidade pelas vendas mundiais de embalagens flexíveis e produtos de etiqueta. Até à sua partida, Helmuth Munter continuará a acompanhar a transicção e fornecerá conselhos e suporte para a nova equipa de gestão, que também inclui Martin Leitner como gestor de produto. Nos últimos dez anos, o segmento de embalagens flexíveis e etiquetas tornou-se uma importante unidade de negócios do Grupo Durst e, com os sistemas de impressão Tau RSC, contribuiu significativamente para a transformação digital do sector. Enquanto isso, os sistemas de impressão de passagem única Tau alcançaram uma participação de mercado de aproximadamente 40% no segmento de mercado de jacto de tinta UV, com uma base de instalação de mais de 250 máquinas de impressão em todo o mundo.

A Domino e Procter & Gamble concebem embalagens com códigos tácteis para consumidores portadores de deficiência visual A Domino aliou-se à Procter & Gamble, um dos maiores e mais conceituados fornecedores de produtos para o consumidor e de cuidados pessoais, no desenvolvimento de uma solução táctil inclusiva para a etiquetagem de produtos, com o objectivo de auxiliar

os consumidores com deficiência visual na distinção dos produtos de cuidados pessoais durante a sua utilização. Para quem vive com deficiência visual, tarefas simples podem ser um problema, como por exemplo, distinguir a embalagem de champô da embalagem de amaciador. Até para os consumidores com visão fraca ou reduzida pode ser complicado identificar os produtos durante o banho, onde geralmente não são utilizados auxiliares de visão como óculos, lentes de contacto ou lupas. A P&G reconheceu este problema e procurou solucioná-lo. “Na maior parte dos casos, as embalagens de champô e de amaciador são concebidas para terem um aspecto idêntico”, afirma Sumaira Latif, consultora especializada em design inclusivo da P&G, também registada

INTERNACIONAIS

Thomas Macina assume direcção na Durst na divisão de rótulos e embalagens flexíveis

Breve

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como invisual. “Percebemos que temos uma enorme oportunidade para melhorar os nossos produtos e as nossas embalagens, encorajando outras empresas a fazerem o mesmo.” Tornou-se claro que o Braille não seria a solução ideal, uma vez que existem muito poucos utilizadores de Braille. Nos Estados Unidos, por exemplo, menos de 10% das pessoas com o mais elevado nível de deficiência visual, ou seja, as pessoas legalmente registadas como invisuais, sabem ler este sistema de escrita táctil. Por conseguinte, a P&G e a Domino procuraram desenvolver uma alternativa mais universal que pudesse tornar as embalagens mais acessíveis a todos os que têm perdas parciais ou totais de visão. “Fomos convidados a visitar os laboratórios de testes de laser espe-


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O primeiro camião a hidrogénio circula ao serviço da MEWA No que diz respeito à sustentabilidade e ecologia, a MEWA assume mais uma vez uma função pioneira. É a primeira empresa alemã, de um grupo de 20 empresas seleccionadas na Europa, com um dos primeiros camiões a hidrogénio do mundo em uso diário. O fabricante automóvel Hyundai já entregou à MEWA as chaves do primeiro camião de hidrogénio “Xcient Fuel Cell” que, desde finais de abril, circula sem emissões pelas estradas suíças para fornecer os clientes da MEWA. Actualmente, o hidrogénio é visto no mundo como uma das fontes de energia mais importantes do futuro. Na Suíça, um programa inovador de hidrogénio já é realidade. “O conceito de utilização de hidrogénio para camiões é uma estreia mundial para nós. A MEWA é a única empresa alemã a participar neste projecto até à data”, afirma Kay Simon, Director de Conceitos de Mobilidade e de Estratégia de Distribuição da MEWA, que acrescenta ainda que, “Temos muito orgulho em sermos pioneiros no hidrogénio.” A utilização de hidrogénio “verde”, ou seja, neutro em CO2 torna este projecto único. É gerado a partir de eletricidade neutra em CO2 de centrais hidroelétricas. Assim, as

cializados da Domino em Hamburgo, inicialmente para falar sobre os requisitos do projecto e, posteriormente, para uma sessão de trabalho de dois dias no sentido de se identificar a melhor solução possível. Juntos escolhemos a linha de champôs e amaciadores bio:renew da Herbal Essences como os produtos experimentais, uma vez que podiam ser facilmente marcados pelos codificadores a laser CO2 D-Series da Domino para criar um marcador táctil diferenciador”, explica Kevin Higgins, engenheiro na P&G. Stefan Stadler, líder de equipa da Laser Academy, liderou o trabalho

emissões do camião consistem exclusivamente em puro vapor de água. Este ciclo sustentável enquadra-se perfeitamente nas novas estratégias de distribuição da MEWA. “A entrega regular dos panos de limpeza aos nossos clientes e a recolha dos panos usados para lavagem provoca emissões de CO2”, explica Kay Simon. “Gostaríamos de reduzir de forma sustentável esta emissão de CO2 da nossa frota. Para o conseguir, a MEWA não está a contar com tecnologias de transição reduzidas em CO2, mas

sim com tecnologias futuras sem CO2, como é o caso do hidrogénio”. A Hyundai é o primeiro fabricante a lançar um veículo comercial pesado em série com accionamento a hidrogénio. A capacidade de armazenamento dos sete tanques de hidrogénio permite um alcance superior a 400 km. “É uma poupança de aproximadamente 65 toneladas de CO2 por camião e por ano. Este camião é um elemento-chave importante para o transporte com emissões zero”, refere Mark Freymüller, CEO da Hyundai Hydrogen Mobility. O camião “verde” combina perfeitamente com a MEWA que pratica o princípio sustentável de reutilização há 113 anos. É também um passo importante rumo à frota ecológica que a MEWA definiu como objectivo.

colaborativo com Latif e a sua equipa na busca da melhor abordagem. Identificaram o fundo da embalagem como a melhor localização para a codificação, pois o plástico é mais grosso e é mais fácil identificar o código sem comprometer a integridade da embalagem. “O design escolhido é composto por uma fila de linhas em relevo na parte inferior traseira das embalagens de champô – “S” de “shampoo” (champô) e “stripes” (linhas) –, e duas filas de pontos em relevo no mesmo local nas embalagens de amaciador – “C” de “conditioner” (amaciador) e “circles”

(círculos)”, indica Stadler. Para garantir que a nova abordagem de linhas e círculos funcionaria para os consumidores, a P&G apresentou as embalagens codificadas bio:renew da Herbal Essences ao Royal National Institute of Blind People (RNIB) no Reino Unido, para serem testadas por consumidores. Um grupo de acompanhamento composto por consumidores com deficiência visual aprovou por esmagadora maioria o novo design inclusivo das embalagens, recebendo diversas avaliações positivas por parte de quem vive com perda de visão parcial ou total. Com base no sucesso desta experiência inicial, a P&G passou a utilizar o seu design inclusivo em todas as linhas americanas de champôs e amaciadores bio:renew da Herbal Essences.

A MEWA recebe o primeiro camião a hidrogénio da Hyundai. Da esq. para a dir.: George Lazar, MEWA Suíça, Mark Freymüller, Hyundai HM, Kay Simon, MEWA Wiesbaden


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TECNOLOGIA DS SMITH

Este projecto integra o programa de I&D de economia circular da DS Smith no valor de 116 milhões de euros, anunciado este ano

DS SMITH DESENVOLVE PROJECTO PARA FABRICAR PAPEL E PACKAGING A PARTIR DE ALGAS

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DS SMITH, EMPRESA LÍDER EM PACKAGING SUSTENTÁVEL, ESTÁ A EXPLORAR A POSSIBILIDADE DE UTILIZAR FIBRAS DE ALGAS como matéria-

-prima para fabricar papel e produtos de packaging, dando assim resposta à crescente procura de produtos sustentáveis por parte dos clientes e consumidores. Este avanço poderá vir a tornar a DS Smith pioneira no sector na utilização de algas como fibra alternativa à madeira no seu packaging. Após os primeiros testes, a empresa começou igualmente a estudar o potencial das algas para contribuir também para a eliminação dos plásticos, actuando como um revestimento de barreira para substituir o packaging à base de derivados de petróleo, utilizado até agora para proteger muitos produtos alimentares. Assim, a DS Smith está em conversações com empresas de biotecnologia para explorar a utilização de fibras de algas numa gama de produtos de packaging, incluindo caixas, invólucros de papel e tabuleiros de cartão. Thomas Ferge, Paper and Board Deve-

A DS Smith, empresa líder em packaging sustentável poderá vir a utilizar algas como fonte de fibra alternativa à madeira. Esta possibilidade está a ser estudada pelo facto das algas contribuírem para a eliminação dos plásticos.

lopment Director da DS Smith, afirmou que, "enquanto líderes em sustentabilidade, a nossa investigação em matérias-primas e fontes de fibra alternativas tem potencial para ser uma real mudança de cenário para os nossos clientes e consumidores, que cada vez mais exigem produtos fáceis de reciclar e com um impacto mínimo no ambiente. As algas são um dos muitos materiais naturais alternativos que estamos a analisar atentamente e, embora a maioria das pessoas as associem à praia ou a um ingrediente do sushi, para nós podem ter aplicações muito interessantes que nos ajudem a criar a próxima geração de soluções sustentáveis de papel e packaging”. Graças à sua ampla variedade de utilizações, o mercado das algas para aplicações industriais está em pleno crescimento. Prevê-se que só o sector europeu das algas valha mais de 9 mil milhões de euros até 2030, criando potencialmente cerca de 115 mil postos de trabalho*. Este projecto integra o programa de I&D de economia circular da DS Smith no valor de 116 milhões de euros, anunciado este ano. O trabalho com fibras naturais inclui também outras matérias-primas naturais inovadoras, tais como palha, cânhamo, miscanthus e algodão, bem como fontes mais invulgares, como a planta de copa (silphium perfoliatum) e resíduos agrícolas, nomeadamente cascas de cacau ou bagaço de cana-de-açúcar (a fibra de celulose resultante do processamento da cana-de-açúcar). A economia circular está no centro da estratégia de sustentabilidade ‘Now and Next’ da DS Smith, focada em fechar o ciclo através de um melhor desenvolvimento, proteger os recursos naturais tirando o máximo proveito de cada fibra, reduzir os resíduos e a poluição através de soluções circulares e capacitar as pessoas para liderar a transição para uma economia circular. Até 2023, a DS Smith pretende produzir packaging 100% reutilizável ou reciclável e tem como objectivo que todo o seu packaging seja reciclado ou reutilizado até 2030.



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TECNOLOGIA EPSON + USAIN BOLT

EPSON E USAIN BOLT

ESTABELECEM PARCERIA PARA PROMOVER A IMPRESSÃO SEM TINTEIROS

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EPSON ANUNCIOU UMA AMPLA PARCERIA COM USAIN BOLT, o homem

mais rápido do mundo. Oito vezes medalhista de ouro olímpico, e considerado o maior velocista de todos os tempos, Usain Bolt será o rosto de uma grande campanha de notoriedade, na Europa, para as impressoras sem tinteiros Eco Tank da Epson. Mais de 60 milhões de impressoras EcoTank, com tanques de tinta de alta capacidade foram vendidas em todo o mundo, desde o seu lançamento em 2010, permitindo aos utilizadores poupar até 90% em custos de impressão. Estas impressoras têm origem em garrafas de tinta de alto rendimento, em vez de tinteiros. Um conjunto de garrafas de tinta equivale até 72 tinteiros. A Epson actualizou recentemente a sua premiada gama de impressoras EcoTank, para ajudar lares e famílias com muito volume de trabalhos e pequenos escritórios a desfrutar de uma impressão sem complicações, a um custo por página ultrabaixo. Todas as novas impressoras EcoTank da Epson incluem a tecnologia de impressão MicroPiezo sem calor, que permite reduzir o consumo de energia e de resíduos, com menos necessidade de peças de substituição. O presidente da Epson Europe, Yoshi-

Uma parceria com Usain Bolt vai permitir à Epson apostar numa campanha que inclui TV, publicidade exterior, acções no ponto de venda e redes sociais para aumentar a notoriedade das impressoras EcoTank da Epson ro Nagafusa, afirmou sobre esta colaboração que, "Usain é o parceiro perfeito para nós! Ele é uma das pessoas mais reconhecidas no mundo e o seu carácter divertido e envolvente vai ajudar a

dar vida às nossas soluções de impressão de baixo custo de uma forma engraçada, memorável e atrativa. Muitos de nós trabalhamos a partir de casa e a actual vida familiar fica cada vez mais atarefada, este é, exactamente, o momento ideal para lançar uma campanha de notoriedade sobre a nossas impressoras EcoTank e sobre os benefícios de poupança de custos que proporcionam". Usain Bolt referiu também que, "estou muito satisfeito por trabalhar com a Epson e ajudar a aumentar o conhecimento sobre as impressoras EcoTank em todo o mundo. Só estabeleço parcerias com marcas que acredito que fazem algo diferente, que marcam a diferença. As impressoras EcoTank eliminam várias frustrações que habitualmente existem em torno da impressão com tinteiros, e tudo o que possa ajudar a tornar a vida um pouco mais fácil tem de ser uma coisa boa. Mas, trata-se de muito mais do que isso! Partilhamos muitos dos mesmos valores, tais como a construção de um futuro melhor. Para a Epson, é tudo uma questão de construir confiança através dos seus produtos, produtos estes que ajudam as comunidades a crescer e prosperar. E para mim, trata-se de inspirar outros a seguir os seus sonhos, independentemente de quão grandes ou pequenos possam ser. “


TECNOLOGIA LINHA ECOLÓGICA

HEIDELBERG RENOVA A SUA LINHA MAIS VERDE

SAPHIRA ECO

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HEIDELBERG REALINHOU SEU PORTFÓLIO em torno de sua linha 'Saphira

Eco', após um estudo recente realizado na Alemanha na sequência da pandemia de coronavírus, que concluiu que para 75% dos entrevistados a sustentabilidade é a chave para a saúde e segurança e, dois terços afirmou que no futuro escolherão fornecedores cuja prioridade seja a solidariedade, o compromisso social e a sustentabilidade. Assim, a Heidelbeg concluiu que se "deve presumir que os produtos impressos também terão maior aceitação se forem claramente identificados como produtos que foram criados de forma sustentável. Além disso, um número crescente de compradores de impressão estão a exigir que os fornecedores de serviços de impressão ofereça evidência de sustentabilidade. " A gama 'Saphira Eco', que está no portfólio da Heidelberger há uma década,

Os revestimentos da linha 'Saphira Eco' são adequados para praticamente todas as áreas de aplicação padrão

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inclui chapas de impressão, revestimentos e tintas feitas a partir de matérias-primas renováveis e sem produtos químicos que geram menos resíduos. Com o novo portfólio de produtos, focado na preservação do meio ambiente, rentabilidade e produtividade, a Heidelberg visa tornar mais fácil para os clientes a busca por uma produção ambientalmente correcta de acordo com os seus requisitos específicos. Pontos principais adicionais, além das preocupações ambientais, incluem a rentabilidade e a produtividade do processo produtivo. Por exemplo, as tintas ecológicas 'Saphira Eco' estão na mesma faixa de preço das tintas padrão convencionais, mas não exigem nenhuma despesa adicional em termos de configuração, atingindo os mesmos padrões de produtividade. Na utilização de chapas de impressão sem revelação da linha 'Saphira Eco', não há necessidade de um processo de revelação, o que significa que as chapas podem ser alimentadas directamente no equipamento, imediatamente após a criação da imagem. Para chapas de impressão sem produtos químicos, a solução de limpeza ecológica substitui os reveladores convencionais e outros produtos. Os benefícios para os utilizadores traduzem-se em economia de espaço e uso de produtos químicos, além de redução nos custos de descartáveis e consumo de energia e água. Quando usadas com outros consumíveis aprovados da Heidelberg, as chapas de impressão sem revelação oferecem produção estável e alta produtividade sustentada. Os revestimentos da linha 'Saphira Eco' são adequados para praticamente todas as áreas de aplicação padrão. O portfólio inclui, por exemplo, revestimentos sem Teflon e com baixo teor de amoníaco ou mesmo sem amoníaco, soluções de lavagem sem COV e humedecimentos, respeitam o meio ambiente e facilitam a impressão sem IPA ou com IPA reduzido, sem afectar a produtividade e reduzindo o desperdício de papel. O uso de consumíveis ecológicos da linha 'Saphira Eco' torna mais fácil aos impressores a obtenção da certificação de produção de impressão sustentável de acordo com os padrões ambientais aplicáveis.


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TECNOLOGIA GALLUS

GALLUS LANÇA LABELFIRE

IMPRESSÃO DIGITAL À ESCALA INDUSTRIAL

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ARA RESPONDER ÀS NECESSIDADES EM CONSTANTE mudança dos clientes,

a Gallus está a lançar a «Série Diamond Core». A partir de agora, estão disponíveis quatro modelos da Gallus Labelfire, definidos de forma concisa e clara e adaptados às diferentes necessidades do mercado. O branco digital com alta opacidade está disponível opcionalmente em todos os modelos. O coração de cada Gallus Labelfire é a unidade de impressão digital, o chamado “núcleo de diamante”. Esta unidade de impressão digital (DPU) permite impressão de 1200 x 1200 dpi a jacto de tinta UV de alta qualidade com as já comprovadas, cabeças de impressão Samba da Fujifilm. Resultados de impressão perfeitos com módulos de fixação especialmente adaptados para as cabeças e tintas de impressão, bem como a excelente simulação da escala de cores Pantone Plus, permitem uma qualidade de impressão que não precisa

Alta produtividade aliada à qualidade perfeita é o argumento que garante a venda da Gallus Labelfire. Diamond Core, é o coração de cada Labelfire. temer uma comparação com outros fornecedores. Além disso, todos os modelos da série Labelfire Diamond Core convencem pela sua alta velocidade de produção de até

70 m/min e pela capacidade de imprimir uma variedade de substratos. Isto significa que estas máquinas são ideais para várias aplicações de impressão. Em quatro configurações de máquinas diferentes, os modelos Labelfire Diamond Core são divididos de D1 a D4 para atender às necessidades do mercado. GALLUS LABELFIRE D1 / D2: PRODUÇÃO DIGITAL À ESCALA INDUSTRIAL

Os modelos D1 e D2 são a «força de trabalho» desta série. Elas imprimem em escala industrial, são estáveis, fiáveis e rápidas, directo – bobine a bobine. Claramente definidas, com ou sem branco digital, são adequadas para todas as gráficas, que não precisam de acabamento em linha. A Labelfire D1 é um sistema de máquina de nível de entrada de 4 cores na impressão digital de 1200 dpi e perfeitamente adequada para etiquetas de conveniência com mudanças de pequena tiragem. A Labelfire D2 é a alternativa com 7 cores, CMYK mais a gama de extensão Verde, Laranja e Violeta para designs altamente desafiadores, por ex. produtos cosméticos e de cuidado corporal ou sempre que a combinação perfeita de cores for a chave do sucesso do produto. Com as sete cores, o D2 permite que até 94% da escala de cores Pantone Plus possa ser simulada. HYBRID GALLUS LABELFIRE D3 / D4: IMBATÍVEL NESTE SEGMENTO, VOLTADO PARA O FUTURO

Seja a 4 ou a 7 cores, com ou sem Branco Digital: A tecnologia híbrida oferece uma flexibilidade ampliada devido aos módulos integrados de acabamento e embelezamento em linha. A Labelfire D3, a impressora jacto de tinta UV com 4 cores (CMYK) e a Labelfire D4 com 7 cores (CMYK GOV) estão sempre equipadas com uma unidade de flexografia e uma de corte-e-vinco para facilitar a impressão numa única passagem - do ficheiro ao rótulo acabado com corte-e-vinco numa única passagem de impressão. Para além disso, se necessário, com módulo de plastificação/envernizamento ou unidade de estampagem a frio, é garantida uma produção económica de etiquetas acabadas, mesmo para tiragens muito pequenas.


TECNOLOGIA LIYU PLATINUM Q-CUT

LIYU PLATINUM Q-CUT

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Fiabilidade, Qualidade e Velocidade

“Uma performance feita de alta precisão”

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UANDO ASSISTI AO LANÇAMENTO DESTE EQUIPAMENTO, NA TURQUIA,

percebi desde logo que teria de ter a representação para o mercado português. A Liyu PLATINIUM Q-Cut conjuga performance e uma excelente relação qualidade/ preço e isso é tudo aquilo que os profissionais gráficos precisam.” É desta forma directa que Paulo Gomes, director geral da Dados, fala sobre a Liyu PLATINIUM Q-Cut, equipamento que representa para o mercado nacional. A Liyu PLATINUM Q-Cut é uma plotter de corte de mesa plana, tendo o seu sistema de corte digital em série sido desenvolvido para corte de amostras em embalagens e indústrias de impressão, e para produção personalizada de pequenas tiragens. Esta plotter de corte, está equipada com uma câmara de alta precisão e com o mais avançado sistema de controle de movimento de alta velocidade de 6 eixos, o que permite fazer corte total, meio corte, vinco, corte em V, marcação, gravação e fresagem com rapidez e precisão. O tampo de alumínio é constituído por células em favo, que garantem a estabilidade da estrutura em correlação com a expansão /contracção térmica. Quanto às cabeças de corte, são adaptáveis aos vários tipos de trabalho, ajuste de profundidade de corte, sistema de transporte e recolha automático, sistema de corte contínuo e dimensões ajustáveis. No que se refere aos tipos de materiais de

processamento podemos referir o papelão, cartão, cartão canelado, cartão alveolar, folha de parede dupla, PVC, acrílico, EPE, borracha, etc. Este equipamento é representado pela Dados – Soluções de Impressão e Corte, com sede nas Caldas da Rainha. A empresa tem apoiado inúmeras empresas que procuram equipamentos para uma produção mais ágil, eficiente e produtiva, sendo reconhecida pela prontidão nas respostas, assistência técnica e consultoria. Segundo Paulo Gomes, director geral da Dados, “este equipamento apresentou uma performance extraordinária numa demonstração onde estivemos na Turquia e, desde esse momento, decidimos ficar com esta representação.” No que se refere à relação qualidade/ preço, Paulo Gomes considera que “esta

é uma das melhores do mercado, senão mesmo a melhor, já que a gama de preço em função das suas características e potencial é referida por todos os clientes.” A Dados já instalou cinco máquinas Liyu PLATINUM Q-Cut no mercado, todas na zona norte do país e, prepara-se para fechar um novo negócio nos próximos dias. O responsável da Dados adianta ainda que são os clientes que têm ajudado a divulgar o equipamento, já que o “passa palavra” de quem comprou permite alertar outros profissionais para o seu potencial e características.” Segundo Paulo Gomes, a empresa está já a preparar um show-room nas suas instalações, onde além da Liyu PLATINIUM Q-Cut, mostrará também todo o portfólio de equipamentos e soluções para o mercado de impressão.


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PAPEL NOTÍCIAS SAPPI

Sappi e o mundo de notícias sobre papel Drew Barrymore lançou uma revista impressa? Porquê?

Drew Barrymore criou uma revista em papel

P ORQUE MOTIVO LANÇOU DREW BARRYMORE UMA REVISTA IMPRESSA e

o que é que isso revela sobre a relação marca-cliente neste ano de 2021? As marcas de luxo procuram cada vez mais conseguir formas de ligação aos seus clientes e estão até a usar métodos analógicos para que tal seja possível. “O objectivo não é utilizar o Direct Mail para chegar a todo o lado, mas construir relacionamentos com os clientes”, esta afirmação foi proferida por Jen Clinehens, directora de estratégia de experiência do cliente da Havas, uma empresa global especializada em media e relações públicas. É cada vez mais difícil para as marcas e anunciantes destacarem-se num mercado online cheio de conteúdos. Assim, estabelecer um relacionamento directo com os clientes por meio da impressão passou a ser uma forma vital de construir fidelidade à marca. Além de actriz, Drew Barrymore é também editora, apresentadora de talk show, directora de criação da Garnier e empreendedora de utensílios de cozinha e marcas de beleza. A actriz de 46 anos lançou já uma revista trimestral sobre lifestyle, em junho, em colaboração com a Bauer Media. Embora Barrymore admita que o mundo da imprensa escrita “não é a sua aposta mais natural”, para ela o lançamento de

uma nova revista pode ajudar a consolidar a fidelidade e a coesão da sua marca. A revista, chamada “Drew”, inspira-se no seu talk show, que cobre tópicos como compras, viagens e alimentação e, é também uma extensão de seu perfil no Instagram. Nesta revista Drew partilha dicas e promove a sua marca de produtos de cozinha e beleza para 14 milhões de seguidores. As revistas impressas prosperaram durante os confinamentos. A maioria das indústrias teve um 2020 desafiador, incluindo a publicação de revistas, mas os números mostram que, apesar das dificuldades, as assinaturas de revistas aumentaram durante o confinamento. Enquanto as assinaturas de revistas digitais aumentaram, a impressão em alguns segmentos registou maiores ganhos, crescendo pelo menos duas vezes. No Reino Unido, as assinaturas de revistas cresceram 13% em toda a indústria, com alguns segmentos a destacarem-se, como o das “crianças”, que cresceu mais de 500%, e “casa e jardim”, mais de 400%. A Global Publisher Bauer relatou um grande aumento nas assinaturas, algumas até 10 vezes, incluindo crescimento acentuado

para produtos como o Yours e Grazia. As assinaturas nos Estados Unidos da Condé Nast (editora da Vogue, The New Yorker, Wired entre outras) dobraram, com um crescimento mais sólido dos seus títulos na China, Alemanha, Índia, Espanha e Rússia. O CEO da Condé Nast, Wolfgang Blau, revelou que os leitores optam por dedicar o seu tempo a "revistas impressas de alta qualidade, o que levou a que algumas publicações tivessem de mudar alguns aspectos sobre conteúdos e layouts, para permanecerem relevantes. Embora esta crise tenha acelerado a aprendizagem de competências sociais digitais em grande escala, também contribuiu opara aumentar a vontade de obter experiências e interacções físicas, incluindo "tocar e ler revistas físicas". Anna Sampson, directora de Insight e Estratégia da Magnetic, órgão de marketing de revistas de consumo do Reino Unido, destacou os benefícios para o leitor e para as marcas pelo facto de mais pessoas terem passado a ler revistas. "É um ambiente positivo e optimista. As pessoas leem revistas para se entregar às suas paixões."


PAPEL NOTÍCIAS SAPPI

COMO ABORDAR

a estratégia de sustentabilidade empresarial

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ALA RAFI, EMBAIXADORA DO BANCO MUNDIAL PARA MUDANÇAS CLIMÁTICAS, CITOU O HISTÓRICO RELATÓRIO BRUNDTLAND DE 1987 que definiu sus-

tentabilidade como o acto de "responder às necessidades presentes sem comprometer as necessidades das gerações futuras de responderem às suas próprias." Nos negócios, a sustentabilidade é geralmente equiparada ao que é conhecido como ESG: ambiental (a energia e os recursos que uma empresa utiliza), social (relações de trabalho, diversidade e inclusão) e a governação (procedimentos para cumprimento de leis e regulamentos). Estudos da Nielsen mostram que mais de 80% dos consumidores em todo o mundo acredita fortemente que as empresas devem fazer algo pelo meio ambiente. Portanto, ter uma estratégia de sustentabilidade no centro de uma estratégia de negócios faz sentido. E também há benefícios práticos. Um estudo da McKinsey mostrou que colocar um ênfase claro no ESG pode reduzir os custos operacionais da empresa até 60%. As empresas conhecidas por terem fortes estratégias ESG também inspiram os

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80% dos consumidores em todo o mundo acredita fortemente que as empresas devem fazer algo pelo meio ambiente funcionários e aumentam a sua motivação, aumentando a produtividade. Quase 40 por cento dos millennials aceitaram um emprego por causa da postura ESG de uma empresa. A estratégia ESG da Sappi é baseada na missão de aproveitar o poder dos recursos renováveis para fazer produtos sustentáveis à base de fibra de madeira. O objectivo da empresa, é contribuir para um mundo próspero, promovendo a silvicultura sustentável, garantindo que os materiais são adquiridos com responsabilidade e procurando inovações práticas para criar materiais de uso diário que contribuam para uma economia circular de base biológica. Mas definir uma estratégia de sustentabilidade não é apenas para grandes corporações como a Sappi, é também algo que as PMEs devem aproveitar. Para uma pequena ou média empresa, uma estratégia de sustentabilidade não precisa de ser complexa para permanecer altamente eficaz. É possível começar com uma intenção simples, como valorizar a sua marca promovendo a sustentabilidade de seus produtos.

Um estratégia de sustentabilidade é algo que as PMEs devem aproveitar


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PAPEL NOTÍCIAS SAPPI

6 Tendências infalíveis DE DIRECT MAIL PARA 2021

O

DIRECT MARKETING EXPERIMENTOU UMA TAXA DE INTERACÇÃO COM O CONSUMIDOR, mais elevada do que

nunca, durante o confinamento em muitos países, incluindo o Reino Unido. Também houve níveis recorde de troca de correspondência e a vida útil das peças de Direct mail aumentou em quase 70%. Com a flexibilização do confinamento em 2021, os padrões de mercado mudarão

novamente. Aqui estão seis tendências a serem observadas para garantir que a sua estratégia de Direct mail será mais forte do que nunca. DIRECT MAIL ACTIVADO

O DM activado permite a entrega de e-mails exclusivos e personalizados que são accionados por um evento específico. Por exemplo, e-mails de acompanhamento

Os profissionais de marketing sabem que reunir o melhor da impressão e do digital é uma excelente forma de aprimorar uma campanha podem ser enviados se um cliente preencher um formulário do site ou subscrever um carrinho de compras online. O Direct mail também pode ser configurado para ser accionadas para eventos offline, por exemplo, o aniversário de um cliente pode fazer com que um cupão seja enviado ou, uma apólice de seguro que está prestes a expirar pode gerar um DM com os detalhes da renovação.

LISTA DE EXEMPLOS

COMPROVADOS SOBRE

como obter resultados em marketing directo CALL-TO-ACTION ACTIVADA POR VOZ

ASSOCIE DIRECT MAIL COM O DIGITAL

REALIDADE AUMENTADA

Os fornecedores de Diretc mail têm uma nova ferramenta na sua caixa de ferramentas: a voz do consumidor. O software de tecnologia mais recente permite que as empresas vinculem o direct mail com assistentes de voz como Alexa e Google Assistant. Isto funciona incluindo uma única palavra ou frase numa mensagem de direct mail. Após receber o email, o cliente fala as palavras para os seus assistentes inteligentes e acciona uma experiência (como enviar um cupão ou link do site para um smartphone). Com quase um quarto das pessoas entre 15 e 52 anos a utilizarem um assistente inteligente, esta é uma tecnologia que só vai crescer.

Os profissionais de marketing sabem que reunir o melhor da impressão e do digital é uma excelente forma de aprimorar uma campanha. É cada vez mais comum adicionar códigos QR ao direct mail, permitindo que os clientes usem os seus dispositivos móveis para aceder a conteúdos digitais. A combinação de direct mail com um simples e-mail também não deve ser subestimada: os consumidores-alvo têm maior probabilidade de responder a um e-mail se reconhecerem a marca ou tiverem recebido anteriormente um direct mail.

A realidade aumentada é outra óptima maneira de integrar tecnologia e impressão. Os clientes recebem um produto de direct mail impresso que podem digitalizar com o seu smartphone. Isso permite o conteúdo “oculto” de Realidade Aumentada no documento, geralmente um vídeo ou animação que parece ser reproduzido no cartão. Isto pode adicionar uma experiência incrível e envolvente ao cliente e também aumenta as possibilidades de análise para os especialistas em marketing. Em 2020, foi utilizado numa inovadora e bem sucedida campanha da Vodafone.

1. 2. 3. Trabalhando juntos, o direct mail, seguido por e-mail, pode aumentar as taxas de resposta em até 63%.

Fonte: USPS Future Direct Mail


TECNOLOGIA SAPPI

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BROCHURAS TÉCNICAS: O MELHOR DO NOSSO SABER-FAZER, AO SEU ALCANCE A Sappi divulga conhecimentos de fabrico e impresão em papel em acção

A

COLABORAÇÃO COM OS IMPRESSORES SIGNIFICA PARTILHAR conhecimentos

especializados e experiência de como trabalhar. Colocámos os nossos melhores funcionários na criação de uma gama de brochuras técnicas experimentadas e de confiança, das quais queremos que tire o máximo partido. Estas brochuras apresentam o melhor do nosso saber-fazer sobre o papel e a impressão. Criado para gestores e profissionais técnicos da indústria gráfica, este conteúdo enriquece a nossa conversa com conselhos técnicos pragmáticos que o podem ajudar a melhorar os seus processos e operações de impressão.

cobrindo tópicos como luz e cor, medição da tonalidade do papel, branqueadores ópticos e muito mais. CLIMA E PAPEL

Esta publicação irá esclarecer alguns dos efeitos negativos mais graves das circunstâncias climáticas. Ela oferece-lhe directrizes para o manuseamento correcto de papéis revestidos, uma das pré-condições para garantir o melhor controlo durante o processo de impressão propriamente dito. BROCHURA TÉCNICA DE DOBRAGEM E VINCO DO PAPEL

Esta brochura destina-se a fornecer uma explicação e ajuda na dobragem e vinco de papéis revestidos. Além disso, é apresentada uma visão geral simples das técnicas de dobragem.

O PROCESSO DE PRODUÇÃO DE PAPEL

Fique a saber como a Sappi produz o seu papel de alta qualidade, começando pela produção de madeira, convertendo-a em polpa e, finalmente, numa fina base de papel com revestimento. GESTÃO DE CORES

Domine o processo de gestão da cor para os seus projectos de impressão com dicas, exemplos práticos e conteúdos valiosos

BROCHURA TÉCNICA DE PAPEL, TINTA E QUÍMICA DE IMPRENSA

O produto final impresso tem três componentes: papel, tinta e solução de fonte emulsionada na tinta. Estes componentes-chave têm uma composição complexa e o processo de os reunir para satisfazer uma vasta gama de clientes é extremamente desafiante.

As brochuras encontram-se disponíveis em espanhol e em inglês.

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TECNOLOGIA MOTIONCUTTER

IDEIAS MAIS CRIATIVAS

COM CORTE DIGITAL A LASER DE

ALTA

VELOCIDADE

N

UMA ALTURA EM QUE A COMPETITIVIDADE se ganha pela diferenciação, esta

solução da Konica Minolta, designada por MotionCutter, acaba por ser determinante na luta pela distinção perante os clientes. O MotionCutter é um equipamento de corte digital a laser de alta velocidade que pode fazer meio corte ou corte em profundidade, gravar, vincar e micro-perfurar. Se se fizer uso da funcionalidade NAMECUT, é ainda possível utilizar todas estas funções para personalizar os trabalhos. Como resultado de uma colaboração com a MOTIONCUTTER, esta solução alia a versatilidade e funcionalidade da oferta da Konica Minolta no mercado da impressão industrial à qualidade reconhecida deste parceiro. A solução MotionCutter foi desenvolvida em 2015 com base numa abordagem prática, tendo em conta a experiência concreta do utilizador. Foram necessários vários anos de esforço e investimento em desenvolvimento para aperfeiçoar as seis diferentes aplicações do Motioncutter, protegidas por várias patentes que, desde então, têm sido alvo de grande interesse.

A Konica Minolta lançou mais uma solução imaginativa que permite que as empresas possam destacar-se no mercado, pela qualidade dos acabamentos, ao mesmo tempo que e ampliam a criatividade da sua oferta de impressão.

O PRINCÍPIO MOTIONCUTTER

A Solução Motioncutter oferece seis funções diferentes para utilizar individualmente ou em qualquer combinação. Podem mesmo ser combinadas todas em simultâneo, em cada folha- acrescentando possibilidades infinitas à concepção das produções. Em termos de corte, o leque de possibilidades é infinito, desde cortes técnicos simples a ornamentos complexos em filigrana. No que se refere ao meio corte, a precisão do laser permite cortar apenas a primeira camada de um papel autocolante sem marcar o papel de fundo. Também a gravação possibilita remover camadas da impressão ou do revestimento para criar incríveis efeitos. A utilização desta técnica em materiais mais grossos faz com que


TECNOLOGIA MOTIONCUTTER

A solução Motioncutter simplifica as etapas de todo o processo e fornece uma solução única que entrega o produto acabado estes acabem por sobressair e ganhar vida. O vinco oferece uma microperfuração aos pontos de fixação em que é possível escolher a perfuração mais adequada ao material e aos seus objectivos.

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10 vantagens MottionCutter

1. 3.

Aumenta a área de actuação e consegue atrair novos clientes e trabalhos criativos e rentáveis.

2.

Tecnologia única que permite formas cortadas com o laser em movimento, seguindo o movimento da folha.

4. 5.

VDP com um Twist que oferece a opção de trabalhos personalizados com a funcionalidade Namecut da MotionCutter.

NAMECUT

Para além de tudo o que já foi referido o Namecut é a possibilidade de recortar ou gravar qualquer informação (nomes, datas, por exemplo) a partir de um simples ficheiro CSV ou de um QR Code. Com esta opção, é mais fácil chegar às pessoas de uma forma emotiva e personalizada e alavancar o negócio. A solução Motioncutter simplifica as etapas de todo o processo e fornece uma solução única que entrega o produto acabado, separado do desperdício para um tabuleiro de saída ou, por exemplo, para a sua linha de embalagem. O software integrado é bastante flexível e económico. A Motioncutter tem baixos custos operacionais, não precisa de parar para a manutenção e apresenta um design preparado para utilização 24 horas por dia, 7 dia por semana. Isto é permitido pelas componentes de alta qualidade na fabricação através de fornecedores reconhecidos. A solução oferece seis funções diferentes para utilizar individualmente ou em qualquer combinação. Podem mesmo ser combinadas todas em simultâneo em cada folha, acrescentando possibilidades infinitas à concepção das suas produções.

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6. 7. 9.

Interface intuitiva, graças à aplicação inteligente MotionCutter App e ao écran táctil de 24 polegadas.

Design flexível e adaptável à escala, já que a empresa pode começar com o básico da Motioncutter e estender depois a outras funcionalidades, à medida que aumenta a procura por parte dos seus clientes.

10.

8.

Aplicações surpreendentes e criativas que impressionam os clientes com ideais novas e inspiradoras para a sua oferta de impressão, quer seja embalagens personalizadas, materiais de exposição inovadores, etc.

Produção altamente eficiente de etiquetas com o corte apenas das etiquetas e autocolantes e não o papel, graças à funcionalidade MotionCutter de meio corte com recorte preciso a laser.

Processamento com qualquer tipo de materiais e o facto de apresentar aplicações aprimoradas, o que é um impulso à criatividade.

Controlo da produção a 100%, o que transforma o MotionCutter num sistema autoexecutável com a App MotionCutter e a Automation Suite.

Excelente ROI visto que o MotionCutter impressiona pelos baixos custos operacionais, quase sem tempo de paragem para manutenção e um design de equipamento alemão preparado para laborar 24 horas por dia, 7 dias por semana, utilizando componentes de alta qualidade. A soma das várias características permite um rápido retorno do investimento.


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PEQUENO ALMOÇO XEROX

O PODER DA CRIATIVIDADE COMO IMPULSO PARA AS EMPRESAS

A

REVISTA INTERGRÁFICAS E A XEROX DECIDIRAM REUNIR PROTAGONISTAS DA ÁREA DE IMPRESSÃO, design,

marketing e publicidade, para debater a forma como a criatividade pode contribuir para a melhor performance das empresas. O resultado foi uma explosão de ideias sobre tudo aquilo que pode impulsionar as empresas a superar este momento de crise pandémica e encontrar soluções simples mas eficazes. Com a participação de empresários e profissionais gráficos, criativos, marketeers e representantes do fabricante Xe-

Falar sobre tecnologia e criatividade reuniu profissionais do mundo do marketing e da impressão

rox, o pequeno almoço abordou a criatividade como um factor essencial para as empresas que procuram diferenciar-se no mercado. A Xerox deu o mote para esta conversa informal entre todos os participantes, com base na sua tecnologia Iridesse e no potencial que este equipamento tem para diferenciar o negócio das empresas de impressão, bem como no valor acrescentado que oferece aos clientes, já que a criatividade é a ferramenta mais poderosa e transformadora que empresas e marcas têm à sua disposição.


PEQUENO ALMOÇO XEROX

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O papel não vai deixar de existir e a área digital é fundamental pelo que, nós criativos temos que saber aproveitar cada produto.

“Ser criativo é antecipar aquilo que o mercado está a pedir” Diogo Gama Rocha OM DESIGN “Na OM Design, costumo dizer aos criativos que não devemos ter medo de errar. Temos de procurar caminhos diferentes e isso pode, obviamente, levar ao erro mas não pode ser impedimento para que se faça diferente. A criatividade deve estar em todos os ní-

veis da organização e na nossa empresa, sempre que concebemos uma peça, uma campanha, precisamos de ter criatividade mas tem de estender-se a todos os departamentos da empresa e deve ser explorada e potenciada. A criatividade é tentar fazer diferente e adaptar aquilo que o consumidor e o mercado querem. Por causa da pandemia está tudo a mudar ainda mais rapidamente e por isso, é importante ser criativo a todos os níveis. Hoje o mercado é global mas o Porto e Singapura funcionam de forma diferente. A parte criativa implica isso mesmo, conhecer o processo, do principio ao fim e perceber como vamos atingir os objectivos a que nos propomos. O exemplo de uma garrafa de água das pedras portuguesa, 100 por cento natural, ilustra o que quero dizer. Esta água é única porque só o,5% das águas do mundo são naturais e isto tem de ser comunicado e potenciado. O consumidor tem de perceber qual o ciclo da água e entender que a água que estamos a beber água entrou no subsolo há

cem anos. Para que se faça uma campanha estruturada temos de saber o propósito e quem queremos atingir. A criatividade não é só o seu propósito final mas, tem de estar presente desde o início. Os vinhos são outro excelente exemplo. Somos produtores e temos muita história. O que fizeram os grandes produtores mundiais? Foram ao mercado, estudaram e perceberam aquilo que o consumidor quer. E o que quer o consumidor de vinhos? Prazer à mesa, estar com amigos, recordar momentos, sabores e sensações. O mercado tem de ter ferramentas para entrar na mesa do consumidor e saber dar-lhe o que este pretende, estudando tendências de consumo. Ser criativo é antecipar aquilo que o mercado vai querer no futuro. Muitas vezes, as empresas esperam pela resposta do mercado, mas devem ser elas a antecipar essas necessidades e agir em vez de reagir, apoiando-se em estudos de mercado, estudos do consumidor. A geração mais jovem quer resultados de imediato e é preciso uma adaptação. Há muitos produtos e áreas em que estamos a precisar de uma adaptação, caso contrário deixamos o produto ao sabor da sorte. Sobre a questão que se coloca, se há diferença entre inovação e criatividade, diria que as duas têm de andar lado a lado. Temos de seguir sem medo de ser copiados e fazer hoje melhor do que antes. A Xerox tem hoje a melhor máquina de impressão de produção do mundo mas, tem de estar já a trabalhar para apresentar a próxima. O papel não vai deixar de existir e a área digital é fundamental pelo que, nós criativos temos que saber aproveitar cada produto. A parte do luxo é possível de potencial mais. A guerra desse fundamentalismo entre o digital e produtos físicos, não faz sentido. O importante é aproveitar o melhor dos dois mundos. Os meus clientes usam muito a impressão. Em termos de comunicação e marketing para o produto e ponto de venda temos de ser altamente criativos. Temos clientes que são muito digitais e outros são muito físicos. Por exemplo uma grande marca de bebidas, tem de ser muito física, mas também tem de ser muito digital”.


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“A criatividade da indústria passa por saber tirar o melhor dos seus activos” Daniel Furet Administrador Lidergraf “Existe uma dicotomia entre produtos físicos e digitais. No entanto o efeito “Uauuu” que sentimos perante produtos físicos é diferente e cria um impacto muito maior do que apenas o que está online. A questão sobre a criatividade e o impulso e importância para as empresas nos nossos dias, é de facto pertinente. Na Lidergraf estivemos sempre, até há cinco ou seis anos, no topo da tecnologia. O que concluímos, é que já não precisamos estar no topo da tecnologia para conseguir oferecer tudo. Hoje, sendo criativos conseguimos oferecer mais. A criatividade da indústria passa por saber tirar o melhor dos seus activos, dos seus recursos humanos, e não apenas dos equipamentos. Na Lidergraf aprendemos a moldar as pessoas às nossas necessidades, deixamos que sintam a empresa como algo que é delas. Isso reflecte-se no Chão de fabrica, quando a pessoa sorri e se sente feliz por integrar a empresa. Actualmente, a oferta é muito ampla mas pode ser muito diferenciadora e nós, com alguns tipos de equipamentos conseguimos ter resposta para quase tudo, caso queiramos ser criativos.

PEQUENO ALMOÇO XEROX

Sobre os clientes, em muitos casos, quem gere as empresas, não tem informação suficiente, não se rodeia dos fornecedores ou profissionais certos que possam dar-lhes mais e melhor informação e cabe-nos a nós, mostrar tudo o que podem fazer em termos de criatividade na impressão. Na Lidergraf , sempre estivemos no topo da tecnologia mas hoje concluímos que já não é preciso estar aí para oferecer tudo. É preciso ser criativo. Na parte dos recursos humanos, conseguimos moldar as pessoas às nossas necessidades e fazer com que sintam a empresa como se esta fosse delas. As pessoas têm de ter um sorriso na cara. É claro que as novas tecnologias potenciam muito as empresas, mas hoje a oferta é pouco diferenciadora e para fazer mais é preciso juntar a criatividade. Muitas vezes os clientes não têm nas suas estruturas pessoas que estejam preparadas para descobrir novas possibilidades. A Lidergraf foi a primeira gráfica da Peninsula Ibérica a ter o certificado Ecolabel, na área da impressão em rotativa. A revista Lux foi a primeira e avançar e hoje já surgiram outras publicações com igual certificação. Isto teve um impacto enorme porque, por exemplo a certificação FSC é muito relevante mas devido à própria sigla, as pessoas não relacionam com nada. Enquanto o Ecolabel é um nome muito elucidativo e as pessoas associam de imediato ao ambiente. São estes pequenos pormenores que fazem a diferença. Depois é o nível de serviço que temos. Na Lidergraf, se somos inovadores em algo, é no nível de serviço que prestamos, na entrega, na forma como fazemos chegar, no cumprimento dos prazos, etc. Isto é inovar. As pessoas não estão à espera de cumprimento de todas as etapas. Temos clientes que foram embora e voltaram porque reconheceram o nosso nível de serviço porque se achavam que eramos mais caros, reconheceram depois a diferença. Isto também é ser criativo. Desde há quinze anos que contamos na empresa com um portal onde qualquer colaborador pode colocar as suas ideias. É verdade que as pessoas não avançam com muitas ideias mas as que são identificadas, tentamos sempre ir de encontro ao sugerido. Isto também é inovar. Em Portugal dificilmente encontramos uma logística como a nossa. Isto deve-se ao facto do nosso primeiro cliente ter sido o Grupo Sonae que, na altura, tinha uma necessidade de

Temos clientes que foram embora e voltaram porque reconheceram o nosso nível de serviço porque se achavam que eramos mais caros, reconheceram depois a diferença. Isto também é ser criativo fazer chegar a todo o mundo, revistas para informar sobre o que fazia e, sendo este um canal importante mas que teria de chegar a tempo. Para que assim fosse, estabelecemos uma relação com a TNT e isso deu-nos muita experiência em matéria de distribuição e logística”.


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“A criatividade faz toda a diferença mas é preciso ter uma estratégia definida” Hélio Cabral Vitaminas do Marketing “As marcas apreciam muito esta ligação entre o mundo digital e o mundo físico. No nosso caso, temos um cliente da área dos vinhos, que decidiu criar um jogo que leva o consumidor a interagir entre mundo físico, do rótulo da garrafa, e o mundo digital onde se desenvolve o jogo. Aquilo que os clientes mais nos pedem são Leads mas há as qualificadas e as não qualificadas. Há factores que influenciam a concretização ou não de Leads. Se por exemplo estivermos a falar de fábricas de máquinas de grande porte, então se conseguirmos duas Leads por mês, isso pode ser excelente porque estamos a considerar valores muito elevados. Em outras áreas, provavelmente cinquenta Leads pode ser pouco. Em todo este processo, o criativo e o copy têm de ser bons porque é preciso conseguir despertar a curiosidade de modo a que o

“Os nossos clientes são cada vez mais criativos” Luís Pedro Silva Ideias XL

PEQUENO ALMOÇO XEROX

utilizador clique no anúncio. É claro que a expectativa tem também de estar alinhada com aquilo que se promete ao utilizador. A verdade é que a criatividade é o que faz toda a diferença mas é igualmente preciso ter uma estratégia definida. Adaptamo-nos ao cliente e prestamos um serviço personalizado. Temos as vitaminas de marketing em que também elas existem recorrendo à Realidade Aumentada. Conseguimos essa simbiose entre o digital e o offline, dando um aporte criativo ao que é feito. Quando o cliente não tem estratégia ou percebemos que não está de acordo com o mercado actual, ajudamos a criar essa estratégia também para salvaguardar o trabalho em equipa, sabendo que caminho seguir. Surgem situações em que é preciso reagir rapidamente e é preciso ter um estudo, uma análise que nos indique qual o caminho e qual o plano B. Trabalhamos com clientes da área das embalagens onde a impressão é fundamental mas temos clientes, como por exemplo a BDR, que trabalha na área das bandeiras, em que o foco passa quase exclusivamente pelos eventos presenciais. O digital é apenas uma presença que cria notoriedade, permitindo que as pessoas se lembrem da marca e que, no momento em que precisem de bandeiras, recorram à BDR. Qualquer um pode estar no digital. Agora estar no mercado com um bom catálogo, ter presença em mupis, estar no ponto de venda, ter presença em televisão ou na rádio, já é um outro patamar, e aí, há que ser distintivo”.

“Trabalhamos muito com a contratação pública e a Ideias XL não é uma gráfica tradicional mas, como temos equipamentos queremos fazer outras coisas, queremos expandir para novos segmentos de mercado. Em 2014 fizemos uma alteração na empresa e olhámos para o mercado para perceber quem fazia parte dele e como. Tínhamos no mercado empresas como a CGI ou a Mailtec. O nosso projecto integrava três pessoas e tentámos perceber as lacunas e o que poderíamos acrescentar ao mercado. O que fizemos, foi aliar o mundo físico com o mundo digital. Foi possível transformar e

ter uma factura electrónica porque na época tivemos consciência de que não havia nada do que queríamos fazer no mercado. Criámos então um portal para que os clientes passassem a fazer o upload dos ficheiros e partir de aí terem acesso a tudo. A grande inovação foi o facto desta tecnologia permitir evitar os erros. Fomos sempre investindo mas também inovando, como foi a criação de um espaço nas facturas que pode ser aproveitado pelos nossos clientes, para integrar mensagens sugestões ou mesmo publicidade. Essas inovações continuam a ser muito


PEQUENO ALMOÇO XEROX

“Esta integração entre o mundo físico e digital é cada vez mais potenciadora” Paulo Carvalho Xerox Portugal “A Xerox tem sabido trabalhar as bases de dados. Procuramos ser criativos, estar à frente do mercado, trazer valor acrescentado e potenciar a criatividade. Em termos de construção e gestão das campanhas de comunicação,

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olhamos para elas de uma forma integrada. Esta integração entre o mundo físico e digital é cada vez mais potenciadora. Nem devemos ser fundamentalistas de que tudo vai passar para o digital, nem devemos olhar para o papel sem o conectar com o digital. Quando conectamos as duas realidades, acabamos por ter valor acrescentado. Uma outra perspectiva que a Xerox tem seguido é induzir na comunidade criativa esta ideia de valor acrescentado, mostrando novas características da impressão digital e do que existe em matéria de novidades. Um dos maiores handicaps referente à gestão das bases de dados é sobre medir o retorno. Muitas vezes é indiferente ter um flyer na caixa do correio ou receber um email porque ambos acabam no lixo. Agora, quando temos um catálogo em que há um histórico do cliente, das suas últimas compras, que tem a capacidade de segmentar a oferta, com ligações ao site para aquilo que o cliente precisa e prefere, aí começa um alto nível de personalização. A parte criativa faz parte do nosso ADN. É

impossível estar neste negócio e não estar permanentemente a reinventá-lo. Na nossa abordagem, procuramos ser mais consultores e oferecer algo diferenciador com a oferta do CMYK PLUS e dos vários níveis de equipamentos e do portfólio com cores adicionais. Se reunimos com um cliente que está a pensar trocar um equipamento de impressão digital e está focado nas quatro cores, aquilo que fazemos é explicar que é possível ir mais além com este tipo de ferramentas e equipamentos, dando asas ao potencial do seu negócio. A receptividade existe porque hoje todos procuramos diferenciação. Dois clientes que apostam na nossa tecnologia, têm diferentes abordagens ao mercado. Cada realidade é completamente distinta e há muito espaço para progredir. Da nossa parte falta-nos trabalhar mais a montante. Existe receptividade da indústria gráfica mas é preciso mostrar aos criativos todo o potencial que é hoje possível desenvolver”.

“Os clientes pagam mais por trabalhos especiais”

“Com a Iridesse passámos a ter um vasto leque de oferta aos nossos clientes. O que é importante é saber fazer a pergunta certa. Se tenho impressão directa em dourado com

a Iridesse, posso dar asas à criatividade. Isto é um elemento diferenciador porque em offset teria um outro custo. Na Qualquer Ideia, conseguimos surpreender o cliente e este acaba por passar a palavra a outros. Antes desta pandemia, tínhamos pouco tempo para estar com os clientes, mas depois, acabámos por ter mais tempo para estar com cada cliente, de uma forma individual e dar mais atenção ao que estes precisam. O que está a acontecer nesta fase é que temos muitos clientes que voltam sempre porque sabem que confiam em nós e não se importam de pagar mais por trabalhos especiais, diferenciados e de valor acrescentado”.

É imprescindível conhecer o mercado e saber adaptar o nosso negócio. De facto, é determinante entender que tudo aquilo que puder ser desmaterializado, acontecerá. Ainda assim, o futuro passa por esta oferta de conjugação entre os produtos físicos e digitais. A pergunta mais relevante que deveremos colocar é que temos profissionais em número suficiente, que consigam oferecer este tipo de soluções aos clientes? Quando me questionam sobre se vejo oportunidades neste momento que estamos a viver, penso sempre que temos de olhar o mercado e perceber que ninguém tinha

uma estratégia para isto. Nenhuma empresa estava preparada para o modelo que vivemos, para as reuniões zoom, o teletrabalho, nem tinha os sistemas informáticos adequados. Na Ideias XL estamos a olhar para novas áreas e divulgar aos nossos clientes a tecnologia que lhes disponibilizamos. Esta tecnologia Iridesse é fantástica e consegue alargar o nosso leque criativo. Juntamos profissionais de design, web e clientes para estudar novas formas de retirar partido dos equipamentos. Na nossa empresa simplificamos os métodos e processos”.

Luís Fernandes Qualquer Ideia

importantes e em todas as áreas onde estamos inseridos, vamos tentando introduzir funcionalidades que facilitam a vida ao consumidor. Continuamos sempre a olhar para o mercado para podermos dar as respostas que este precisa. Somos uma equipa de 8 pessoas e fazemos questão de trocar de cadeiras todos os meses, para que cada um possa experimentar o cargo dos outros. Sobre o rumo do mercado, considero que este precisa da ligação entre o mundo digital e o mundo físico.

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36 intergraficas.com.pt #216

TEMA DE CAPA WEB TO PRINT


TEMA DE CAPA WEB TO PRINT

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A QUESTÃO DE UM MILHÃO DE DÓLARES Já devia ter investido em web to print?

É

INQUESTIONÁVEL E NINGUÉM precisa realmente de receber um milhão de dólares para perceber que o mercado em geral mudou e que, no caso da impressão, o web to print é a solução que não sendo nova, se apresenta como a mais acertada face ao impacto que a pandemia trouxe, com o enorme aumento das compras online.


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TEMA DE CAPA WEB TO PRINT

WEB TO PRINT:

CRIAR UM CLUSTER DE IMPRESSÃO?

O

Consumir impressão de forma prática e eficaz? É possível!

QUE VALE REALMENTE UM MILHÃO DE DÓLARES é a questão que cada empresa gráfica tem de responder sobre se deve ou não investir ou, investir ainda mais em plataformas que lhe permitam estar disponíveis junto dos actuais e dos potenciais clientes, à distância de um click, durante 24 horas por dia? Quantos clientes podia conquistar se estivesse presente no mundo de impressão virtual com a oferta de uma plataforma web-to-print? Há dificuldades na implementação? Certamente que sim, mas uma vez em marcha, este é um processo que só pode crescer. Ninguém advoga o fecho das gráficas de portas abertas ou o fim de um relacionamento presencial que passa pelo contacto humano, altamente benéfico para todos, ou ainda pela anulação de métodos e processos que não estão disponíveis nas plataformas, sobretudo quando se trata de executar trabalhos de valor acrescentado, com impressão e acabamento diferenciado. O que acontece, é que as mesmas empresas gráficas que são exímias na arte e execução de produtos de valor acrescentado, fora de formato, de luxo, com pormenores específicos, são também as mesmas que podem dar resposta a produtos mais normais ou ditos vulgares que são requisitados por empresas de variadas gamas. Convenhamos que um cliente que precisa de uma embalagem de luxo, pode ser igualmente cliente de trabalhos gráficos como flyers ou brochuras, ou revistas ou

Um cliente que precisa de uma embalagem de luxo, pode ser igualmente cliente de trabalhos gráficos como flyers ou brochuras, ou revistas ou cartões de vista , etc e utilizar uma plataforma web to print para isso.

cartões de visita, etc. À medida que a economia volta a dar sinais de alguma retoma e depois de vários períodos de confinamento por causa da pandemia, as empresas de vários sectores, mas sobretudo na área de impressão começam a movimentar-se para que possam estar aptas a responder às novas solicitações do mercado. Para além de terem aproveitado a paragem forçada, sobretudo no início da pandemia, as gráficas têm feito uma “reestruturação” dos seus métodos e processos de produção de forma a responderem a novos hábitos de consumo dos seus clientes. Para a indústria gráfica, há algumas tendências que se tornaram absolutamente claras e que passam por ter: • Digitalização do processo • Controlo e acesso remoto a informações • Necessidade de reduzir custos operacionais • Entrada em novas áreas que possam criar sinergias


TEMA DE CAPA WEB TO PRINT

Quem não conhece a italiana Pixartprinting que se tornou um colosso europeu na área do web to print?

As gráficas de diferentes dimensões estão a explorar e a investir em plataformas web-to-print, para poderem ter uma presença mais alargada no mundo digital. A oferta de pedidos online, independentemente da hora do dia, significa um valor acrescentado para qualquer empresa já que mesmo no horário em que a

gráfica está fechada, as encomendas continuam a cair e, ainda por cima, o valor das mesmas já foi recebido, mesmo antes de ser produzido. Isto é, claro, o sonho de qualquer empresário, sobretudo dos empresários gráficos. Quem esteve atento ao período do confinamento, quem aproveitou para “fazer o trabalho de casa”, pôde perceber que as comprar online dispararam. Muitos grupos económicos de várias áreas, mas sobretudo na área do vestuário, como os gigantes de marcas como a Zara, perceberam que as vendas online cresceram como nunca e, por isso, é tempo de balanço, para analisar que lojas físicas terão de permanecer abertas e quais podem ser dispensadas, em função do online ter

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dado uma resposta tão positiva a nível de vendas. Assim, os responsáveis e CEOS de marcas de renome mundial ou mesmo de menor dimensão, acabaram por contratar serviços para melhoramento de plataformas online, tornado as ainda mais responsivas e práticas. No caso do mundo da impressão, o web-to-print tem sido alvo de grande atenção por parte de fornecedores de impressão que ainda não tinham apostado nestas plataformas. Há mais de duas décadas que empresas da área gráfica se posicionaram no web to print como uma das soluções para este sector. Quem não conhece a italiana Pixartprinting que se tornou um colosso europeu na área do web to print? Ou quem não conhece o poder da VistaPrint, um grupo alemão que é hoje líder nesta área, sobretudo porque de uma forma disruptiva trabalha a impressão através da web sem se limitar a uma padronização total, sem se limitar a pequenas quantidades, sem oferecer apenas digital. É óbvio que para chegar a este “standard”, foi preciso “comer muito pó” e investir de forma desmedida. Ainda assim, para muitos empresários


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TEMA DE CAPA WEB TO PRINT

As empresas que trabalham com essa modalidade oferecem uma plataforma virtual, onde o cliente pode não só enviar ficheiros prontos para imprimir como também criar, com base nos modelos disponíveis, previamente definidos.

gráficos que vinham lendo e escutando especialistas a falar sobre o assunto “web to print” e que foram adiando decisões porque “os dias actuais” ainda demorariam a chegar, a pandemia veio fazer tocar as campainhas de alarme. WEB TO PRINT COMO FERRAMENTA PARA ENFRENTAR A CRISE

Quem está no mercado gráfico, quem tem feito a sua actividade na área de impressão, sabe que existe uma premissa que não pode abdicar e que passa por acompanhar a evolução tecnológica com muita atenção. Para as empresas deste sector, importa observar não só a evolução ao nível dos equipamentos como a forma de os optimizar, a automação dos processos, inovações do mercado e novos comportamentos de consumo. É neste âmbito que se enquadra a questão da solução web to print que, não sendo nova, ganhou destaque nestes últimos anos, em especial os que cruzaram a pandemia. E O QUE É QUE O WEB TO PRINT PERMITE?

• Atendimento 24 horas • Vendas durante 24 horas • Pagamentos imediatos

O objectivo é que o consumidor não se disperse por um sem número de substratos, tipos de impressão e acabamento que dificultariam muito o processo produtivo • Emissão de facturas no acto de encomenda e pagamento • Melhorar a comunicação com o cliente • Criação, edição através de templates por parte dos clientes As empresas que trabalham com essa modalidade oferecem uma plataforma virtual, onde o cliente pode não só enviar ficheiros prontos para imprimir como

também criar, com base nos modelos disponíveis, previamente definidos. Conhecidas como gráficas online, muitas empresas inovaram no sector actuando somente com a solução web to print. Através de uma plataforma virtual, as gráficas oferecem a possibilidade de impressão de produtos que os clientes podem produzir tendo como base uma standartização que foi definida de acordo com o leque de equipamentos e substratos que colocados a favor do modelo desenhado. Isto significa que a empresa pode colocar à disposição da área web to print apenas equipamentos digitais de pequeno formato ou de grande formato ou mesmo só offset ou então oferecer um mix onde todos os processos são válidos, ainda que com substratos padronizados. O objectivo é que o consumidor não se disperse por um sem número de substratos, tipos de impressão e acabamento que dificultariam muito o processo produtivos. Tudo o que se pretende com o web to print é que a impressão seja rápida, com custos controlados e responda de acordo ao nível de exigência de qualidade de impressão requerido. Para o CEO da gráfica, o que conta, no final do dia, é que o seu fluxo de caixa seja o mais elevado possível, sobretudo que a empresa possa receber antes de executar o trabalho, o


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que é precisamente o que acontece com as gráficas tradicionais que estão de portas abertas. Mesmo que esta pandemia tenha empurrado muitos clientes das gráficas para uma situação de teletrabalho, a verdade é que a relação com as gráficas, suas fornecedoras não se alterou no que se refere à questão dos pagamentos. Os clientes, quer sejam directos, agências de publicidade, de comunicação ou departamentos de marketing, continuam a prescrever e adjudicar trabalhos de impressão, sem que estes sejam pagos no acto mas somente depois, ou durante a entrega ou mesmo 30 ou mais dias após. Assim, os processos de impressão baseados num modelo de layout previamente definido pelas plataformas facilitam e aceleram o processamento da venda. Os clientes podem assim adjudicar as suas encomendas a partir de casa ou dos escritórios, sem deslocações e sabendo que em X dias terão o trabalho impresso e nas suas mãos. A solicitação de impressão online proporciona ao cliente um acesso maior e mais fácil aos produtos e serviços da gráfica, e funciona tanto para trabalhos mais simples, como estacionários, produção de livros e material personalizado em grandes formatos, além de proporcionar mais flexibilidade, velocidade e conveniência às relações comerciais. A relação de confiança entre empresa e cliente é sempre questionada, mas apesar deste “distanciamento” físico, é, possível investir num serviço que proporcione uma garantia de verificação dos ficheiros antes da impressão, de uma manutenção de apoio para que o cliente saiba em que estado se encontra a produção dos seus trabalhos e mesmo um contacto permanente para colocação de questões e ainda, um serviço de pós-produção, que funcione como avaliador da qualidade do serviço prestado. Ter em funcionamento um serviço 100% digital, sem contacto humano durante toda todo o percurso de processo produtivo, não inviabiliza a satisfação final da compra. VALE A PENA INVESTIR EM WEB TO PRINT E QUANDO?

Investir numa solução web to print, especialmente num momento delicado da

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A solução web to print pode ser uma ferramenta estratégica para melhorar de performance e resultados nas gráficas economia mundial como o que estamos a viver implica muita ponderação, estudo, pesquisa e um olhar para dentro da própria estrutura da empresa. As mudanças são sempre boas mas têm de ser acompanhadas, de uma análise profunda sobre para onde caminha o mercado, quais as tendências de consumo e que novas vertentes estão a alterar a vida como a conhecemos.

Num mundo cada vez mais digital, não será difícil perceber que muitos negócios já passam ou terão de passar por aí. A não adaptação à realidade tem um custo muito grande quando não é feita no tempo certo. A solução web to print pode ser uma ferramenta estratégica para melhorar de performance e resultados nas gráficas. O medo de muitos empresários de dar mais autonomia e flexibilidade aos seus clientes, oferecendo processos mais automatizados com redução da necessidade de intervenção da gráfica, com menos contacto humano pode ser, ao início, “assustador” mas, a verdade é que na prática, todos esses itens acabam depois por contribuir para uma redução de custos redução de custos operacionais, de maior rapidez e sobretudo de uma facturação com incobráveis.


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Com modelos préfeitos e com uma utilização intuitiva de fácil acesso, o utilizador tem a possibilidade de fazer as adaptações que considera necessárias ao seu trabalho, personalizado-o de uma forma simples. A solução web to print beneficia a comunicação entre a gráfica e o cliente

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A grande vantagem do web to print além das já referidas, passa ainda pela possibilidade de personalização que o cliente tem disponível na plataforma. Com modelos pré-feitos e com uma utilização intuitiva de fácil acesso, o utilizador tem a possibilidade de fazer as adaptações que considera necessárias ao seu trabalho, personalizado-o de uma forma simples. A solução web to print beneficia a comunicação entre a gráfica e o cliente, sobretudo os clientes B2B, onde a autonomia e flexibilidade para customizar e enviar as solicitações são grandes vantagens. Para os clientes corporativos, o portal web to print pode ser um grande aliado do marketing, garantindo a padronização de materiais e a fidelidade à sua identidade visual – logo, cores, e formatos corretos. Todo o material da empresa fica registado o que garante que se se tratar de uma mesma impressão anteriormente já executada e aprovada por clientes e departamentos de marketing, não haverá surpresas ou erros Um outro argumento que o web to print chama para si é o da eficiência e re-

A impressão online conquista clientes Muitos fornecedores de impressão que ainda não tinham optado por oferecer serviços online estão agora muito interessados em adquirir softwares web-to-print que lhes permita seguir essa área de negócio. Quase 50% dos entrevistados na Europa e 18% na América do Norte esperam adquirir uma solução nos próximos dois anos. O objectivo é aumentar a eficiência da produção e atrair novos clientes. Devido à pandemia, os fornecedores de impressão têm enfrentado muitas adversidades e alguns obstáculos que são novos, face a outras situações anteriores de crise. As condições em que hoje se fazem negócios tornaramse mais complicadas em 2020 e estão a estender-se por este ano de 2021. As operações de muitos negócios foram interrompidas enquanto os responsáveis de várias empresas e marcas se focaram sobretudo na adopção de medidas de combate à covid19. Para cumprir regras e protocolos de saúde e segurança e ainda permitir o trabalho remoto, muitas empresas foram forçadas a deixar para trás áreas como as vendas. Assim, esta foi uma das áreas que mais sofreu, com uma queda na ordem dos 13%. Essa interrupção forçou os fornecedores de impressão a reagir e colocar uma maior atenção na questão da transformação digital e na digitalização dos processos manuais.

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Uma área que está assim em transformação é a impressão online, o que permite aos clientes a opção de imprimir de forma distanciada. Os estudos mais recentes da Keypoint Intelligence na América do Norte e na Europa, mostram que muitas empresas de impressão que ainda não tinham adoptado softwares web-to-print, estão agora interessados em comprar, com quase 50% dos entrevistados na Europa e 18% na América do Norte, num prazo máximo de dois anos. A razão é que 74% estão a adicionar os softwares para melhorar a experiência do pedido/encomenda dos seus clientes, aumentando a eficiência da produção e atraindo novos clientes. Durante o ano passado, quando os volumes de pedidos/ encomendas diminuiram, entre 30% e 80%, os fornecedores de impressão com soluções Web-to-print, foram capazes de mudar rapidamente, uma parte dos seus clientes para o online. O resultado disto levou a que mais de 30% dos entrevistados na América do Norte (e ainda mais na Europa) conseguiram aumentar os volumes de pedidos online derivados de outras áreas em declínio. O aumento dos pedidos online, embora acelerado pela pandemia, provavelmente continuará à medida que esse hábito se torna o novo normal.


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dução dos custos no que se refere às compras da empresa. Imagine que a standartização do processo torna desnecessário o investimento em substratos que não saberá se os clientes irão escolher. Um outro ponto que faz muito sentido abordar é o da transparência de preços. É comum o cliente poder visualizar várias plataformas de saber de imediato que valor irá pagar. Isto pode ser um argumento perfeito para as gráficas já que muitas vezes enquanto as empresas aguardam o orçamento por parte das gráficas, algumas situações surgem que as fazem recuar na decisão de impressão. Ou a demora na recepção do orçamento ou o preço final que não inclui todos os itens ou mesmo o assédio de outras formas de comunicação, são factores inibidores que podem levar à desistência do acto de imprimir. Quem conhece as várias plataformas que existem ou já é cliente do web to print, sabe que faz parte da estratégia das mesmas, as campanhas do mês, da quinzena ou mesmo da semana, que visam atrair maior número de encomendas de um determinado produto. Isto permite um sem número de cruzamento de dados e informação sobre os seus clientes. Imaginem por exemplo um cliente que habitualmente recorre apenas a uma paltaforma web to print para imprimir flyers e que, por conta de uma campanha de impressão de grandes formatos, decide experimentar e adjudicar esses produtos. A partir daqui a plataforma passa a saber que aquele cliente tem mais do que um tipo de produtos de impressão a que dá vida. Se a isto juntarmos um departamento de marketing que saiba trabalhar as vendas cross selling e construa campanhas de emissão de vouchers para impressão de outros produtos ou mesmo vouchers com desconto, então a porta pode abrir-se ainda mais. AS VANTAGENS DA SOLUÇÃO WEB TO PRINT PARA O CLIENTE

• Resposta sobre o orçamento de uma forma imediata • Atendimento 24 horas por dia • Eliminação de etapas que fazem parte de um atendimento presencial como deslocações

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Um departamento de marketing que trabalhe as vendas cross selling e construa campanhas de emissão de vouchers para impressão de outros produtos com desconto alarga o leque de oferta.

• A plataforma oferece uma ampla panóplia de produtos e serviços, ainda que standartizados • Oferta de modelos de impressão pré definidos o que lhe facilita o processo criativo • Plataformas web to print muito ágeis, rápidas que oferecem apoio num curto espaço de tempo. • O cliente pode seguir o processo produtivo • O prazo de entrega fica acordado no acto de adjudicação • O pagamento é feito no acto de adjudicação • A factura é emitida e recebida de imediato AS VANTAGENS PARA A GRÁFICA POR DETRÁS DA PLATAFORMA:

• Com uma plataforma a gráfica consegue ter uma maior exposição dos seus produtos e serviços ao mercado • Uma loja que vende durante 24 horas, sem ter feriados, fins de semana, férias ou dias santos de paragem. • Oferta de distanciamento social tão apreciado nos dias de hoje • Acompanhamento dos hábitos de consumo de compras online que dispararam

durante a pandemia • Recebimento do valor de cada trabalho no acto de adjudicação • Standartização dos substratos, equipamentos, métodos de impressão e acabamento. • Possibilidade de escalar a produção • Possibilidade de crescimento exponencial por parte da empresa • Stockagem mais facilitada • Rotina de trabalho, métodos e processos • Possibilidade de recolher informação sobre preferências e hábitos de consumo por parte dos clientes • Posterior possibilidade de aposta em novos segmentos de mercado com base nesses dados de preferências • Possibilidade de trabalhar a área do marketing com ferramentas disponíveis nas plataformas • Capacidade de maior uso de dados variáveis e impacto junto do cliente final • Centralização do processo de produção • Mudança nas acções da empresa e dos seus clientes • Possibilidade de obter maior flexibilidade, agilidade, mobilidade, eficiência, controle e segurança, redução do trabalho de pré-impressão, rapidez e controle total do processo de produção, introdução de novos serviços de acordo com o crescimento do negócio e de acordo com a expansão da plataforma.


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ESPECIAL 20 ANOS SISTRADE

SISTRADE COMEMORA

E PROGRAMA OS PRÓXIMOS10 ! O SDay 2021 foi realizado pela Sistrade não apenas para celebrar 20 anos de actividade, mas também para ser o palco perfeito onde foram apresentadas ideias e perspectivas que impulsionam a empresa para a próxima década. O evento decorreu no Porto e reuniu clientes e parceiros para mostrar todas as novidades em que a empresa tem vindo a trabalhar.

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EVENTO TEVE INÍCIO COM UMA APRESENTAÇÃO DE António de Sousa

Ribeiro, director geral, que abordou a qualificação interna e internacionalização na SISTRADE durante os últimos dez anos e perspectivou o caminho a percorrer nos próximos. Quem tem acompanhado o percurso da SISTRADE, sobretudo na última década confirma sem nenhuma dúvida que a empresa fez, desde sempre, uma aposta segura na qualificação, dando uma resposta aos desafios que o mercado enfrentou. A SISTRADE geriu sem mácula um processo de internacionalização que, fruto da persistência e excelente organização, acabou por atingir resultados de elevado nível. Tendo entrado no mercado nacional pela porta grande, devido à oferta de tecnologia de vanguarda que conseguiu dar resposta a centenas de empresas que viram nas soluções apresentadas um valor acrescentado imprescindível para o sucesso dos seus negócios, a SISTRADE conseguiu o mérito de insistir na investigação e desenvolvimento. Foram, estas premissas que permitiram alavancar o reconhecimento da SISTRADE junto do mercado nacional e internacional em geral e, dos empresários gráficos em particular. Quando apontou miras aos próximos 10 anos, António de Sousa Ribeiro sublinhou a mensagem de que “são as pessoas que continuam a estar no centro da razão de existir da SISTRADE”. A par disto, o director geral reforçou a inovação como “drive” permanente de desenvolvimento e competitividade e ainda a existência de um mercado global que disse, “está à nossa espera”. OS MERCADOS

Actuando nos mercados de embalagens flexíveis e etiquetas, embalagens e impressão gráfica, indústria e serviços e soluções de negócio, a SISTRADE aposta fortemente nos departamentos de desenvolvimento e núcleos de investigação, podendo hoje ser considerada uma fábrica de software. Por vários motivos, a SISTRADE é reconhecida como uma empresa diferente.

António de Sousa Ribeiro, reforçou a inovação como “drive” permanente de desenvolvimento e competitividade e ainda a existência de um mercado global que disse, “está à nossa espera”

“São as pessoas que continuam a estar no centro da razão de existir da SISTRADE” Apesar da presença em distintos países com requisitos próprios, dos vários processos de desenvolvimento de software e das diferentes versões e utilizadores, a SISTRADE consegue estruturar, organizar e orientar a empresa rumo a uma estratégia totalmente definida. Se quisermos saber qual o segredo de toda esta organização, dificilmente poderemos apontar apenas uma ou duas características, mas sem dúvida que aquilo que os clientes mais vezes referem como elemento distintivo é o facto da SISTRADE apostar numa equipa dedicada que oferece consultoria e gestão de projectos e que se envolve na complexidade de cada situação, não voltando costas até que seja possível fornecer a solução apropriada e que vai de encontro ao que os clientes

pedem e precisam. Durante anos, a empresa nacional tem sido presença assídua nos mais variados eventos internacionais, aproveitando as sinergias de feiras e congressos que permitem conhecer o mercado, sentir o pulso das empresas, dos empresários e das reais necessidades de cada organização. Os desafios foram sempre gigantes e passaram, naturalmente pela comunicação e línguas de cada mercado, pelo estabelecimento de uma rede de amigos e parceiros, pela escolha de pessoas, competências, cadeia de todo o processo, investimento numa solução CRM integrada e, gestão de uma equipa em permanente “volta ao mundo”. AS NOVIDADES COMO RESPOSTA AOS NOVOS DESAFIOS

Para uma empresa que tem no seu ADN a inovação, é normal que a apresentação de novidades seja uma constante e por isso os seus clientes já se habituaram a acompanhar o lançamento regular de novas ferramentas que potenciam o sucesso das empresas. Este evento foi recheado de novidades colocadas à disposição do mercado que passaram por exemplo pelo Sistrade SaaS, um Datacenter e o software como um serviço e ferramentas para um modelo de negócio SaaS.


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ESPECIAL 20 ANOS SISTRADE

“Tal como há 20 anos, decidimos desenvolver um software 100% web based porque acreditamos que o caminho se faz através da Cloud”, foi desta forma que António Sousa Ribeiro justificou o investimento numa plataforma de comercialização e utilização SaaS cloud e sistemas de gestão de pagamentos online. Sempre com um foco claro na investigação e desenvolvimento, Sousa Ribeiro voltou a falar na aposta que reforça a inovação e em levá-la aos utilizadores Sistrade. Para que tudo isto seja possível há dezenas de engenheiros a trabalhar de forma contínua e isso reflectiu-se, por exemplo na produção de quatro novas versões do software da Sistrade com cerca de 600 novas funcionalidades. A EQUIPA E O ACOMPANHAMENTO DO MERCADO

Passou de 22 colaboradores em 2010 para 65 em 2020 e integra uma maioria de licenciados e engenheiros em sis-

A EXPANSÃO DA SISTRADE NO MUNDO E A QUALIDADE COMO NORMA Hélder Martins Durante o Sady2021- Transformação Digital e o futuro das empresas, coube a Hélder Martins falar sobre as soluções Sistrade e os milhares de utilizadores espalhados por 30 países. Num breve resumo dos vinte anos da empresa, Hélder Martins referiu que esta nasceu no ano 2000 no Porto, abriu escritório em Lisboa cinco anos depois, posicionou-se em Madrid no ano seguinte, cresceu e chegou à Polónia, França, Equador, Angola, Itália, conquistou clientes na Costa do Marfim, na Bulgária, Croácia e Sérvia, México, Líbano, Qatar, abriu escritório na Eslovénia, Varsóvia, Istambul e Frankfurt, e acaba de conseguir os primeiros clientes em países como a Bélgica, Egito ou a longínqua China. De entre os destaques e porquês da SISTRADE ser uma multinacional de reconhecido prestígio está a certificação pelo Instituto Português de Acreditação e a ISSO 9001:2015. Sobre os pontos chave, Hélder Martins só precisou de referir os números e esses são bem expressivos já que os mais de 3000 utilizadores do sistema, a presença em trinta países e quatro continentes e os mais de 15 idiomas, são justificados por uma indústria 4.0, um sistema baseado na Cloud, interface web, SQL server, Business Intelligence e num modelo flexível e adaptável.

temas de informação. A Pandemia não foi argumento suficiente para impedir a progressão da Sistrade, antes pelo contrário, já que num mundo global e cada vez mais digitalizado, as empresas precisam adaptar-se e escolher sistemas de gestão e produção que as posicione mais rapidamente juntos dos clientes. Com presença em Portugal, Espanha, Turquia, Eslovénia, Sérvia, Polónia e Tailândia, a empresa nacional tem vindo a reforçar as parcerias e já revelou que nos próximos anos espera aumentar o número de colaboradores para as duas centenas. Para que seja possível dar corpo a esta meta, o director geral da SISTRADE fez questão de mostrar um mapa mundo com os pontos assinalados a vermelho onde a empresa já está e, destacou de imediato que o objectivo é entrar e mais mercados e países, consolidar a presença naqueles onde já se encontra e manter-se atenta a um mundo de oportunidades!

A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL Francisco Leiras Este tema é um dos temas que todos procuram saber mais devido à sua actual importância nas empresas. Quando já se chegou à fase da indústria 4.0, onde impera a internet das coisas e os ciber sistemas, o desempenho industrial é um conjunto de de métodos, processos e indicadores que têm o objectivo de acrescentar maior eficiência produtiva. Se esta frase não for suficientemente elucidativa então, basta falar o aumento de eficiência, na melhoria dos processos de decisão, na optimização dos processos organizacionais, expansão no mercado e fidelização dos clientes para que a atenção de quem gere uma empresa aumente substancialmente. Foi sobre tudo isto que Francisco Leiras debruçou a sua apresentação, avançando com as soluções da Sistrade que têm em conta itens assentes em Real Time, Paperless, Lot, Big Dat, Cloud Based, intebgration, KPIS e data security e que supor-

tam o MES – Manufacturing Execution System. Na verdade o Mês é uma solução Sistrade que permite a aquisição de dados da produção, a recolha de dados de operadores, máquinas e sensores para que seja possível, através do interface de Shop Floor ter acesso a um controlo com aquisição de dados. E aqui de facto tudo faz sentido, quando quem gere a empresa consegue saber, pro exemplo, se as máquinas estão a produzir, qual a velocidade, que ordens de fabrico estão em execução, a quantidade de substratos consumidos por turno, as presenças... No entanto, o MES vai muito além e integra a solução de gestão de armazéns, aumentando o seu desempenho e permitindo a integração com robots e um processo de paletização. Sobre a transformação digital Francisco Leiras resumiu no final todo o conteúdo apresentado ao afirmar que com a Sistrade é possível uma melhoria contínua com metodologia Lean.

INOVAÇÃO SISTRADE – PERSPECTIVAS FUTURAS João Mourinho Para além de ter referido as várias iniciativas desenvolvidas pela Sistrade e ter identificado projectos de parceria com variadas instituições, estratégias de colaboração e alianças, João Mourinho deu um destaque especial às competências em que a empresa quer apostar. Entre as competências que preten-

de intensificar está a transicção da indústria 4.0 para 5.0, o HMI, a gestão de operações e engenharia de software. Quanto à diversificação, a Sistrade pretende apostar em sectores criativos, na cyber segurança, eco eficiência, defesa, realidade aumentada, inteligência artificial, Big Data e saúde.


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ESPECIAL 20 ANOS SISTRADE

NOVIDADES MÓDULOS ERP SISTRADE G e s t ã o d e Ta l e n t o s

Catarina Gomes Talent Manager da SISTRADE A aplicação permite fazer uma avaliação 360º das competências dos colaboradores, criar planos de acção e de formação. O portal do colaborador permite assinalar férias, faltas, horas extra, etc. Para além disto, as acções de formação são avaliadas, há um histórico dessas competências e avaliação dos resultados, bem como da evolução dos mesmos. No final existe ainda a possibilidade de efectuar um inquérito de felicidade para saber como se sentem os colaboradores e propor melhorias de acordo com as suas carreiras, expectativas e áreas em que seja possível obter alguma especialização e evolução que contribua para o progresso individual e da empresa.

Gestão de Inovação

Mário Martins Consulting Engineer da SISTRADE Este módulo de Gestão de inovação é construído com base nas várias ideias dos colaboradores. É feito um registo de uma ideia, posteriormente classificada, avaliada por um conjunto de outros profissionais e, se for uma boa ideia, considerada benéfica para a empresa, é gerada uma ordem com indicações de modo a que esses colaboradores realizem tarefa que permita dar seguimento a essa ideia ou do plano inicial.

Gestão de Projetos

Pedro Santos Project Manager da SISTRADE Não basta ter ideias e é preciso fazer acontecer. Foi a pensar nisto que SISTRADE criou nesta plataforma um módulo que permite reflectir o processo, criar canais de comunicação entre o a equipa do projecto, a direcção, direcção de portfólio e carteira de projectos. O gestor de projecto suportar-se no sistema, no que respeita à documentação fornecida ao cliente e apresentações A plataforma permite fazer uma análise do projecto, custo e prazo, o tempo necessário da equipa envolvida, verificar possíveis atrasos e confirmar através de um conjunto de dashbords se o projecto está a cumprir os parâmetros previstos. Há ainda uma comunicação com a empresa, cabendo ao gestor do projecto manter a informação centralizada.


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Impressão de Etiquetas e Embalagens flexíveis

João Pereira Gestão da Qualidade, Plataforma de Comercialização e Utilização SaaS Cloud , Web 2 Print, Sistema de Gestão de Pagamentos Online

António Peixoto Consulting Engineer da SISTRADE O Sistrade software tem um sistema de gestão da Qualidade que permite controlar o produto em curso, assim como o produto final. A Plataforma de Comercialização e Utilização SaaS Cloud disponibiliza um catálogo de produtos em regime de comercialização electrónica – Software as a Service (SaaS) através da Internet, com alojamento na Cloud, planos de comercialização com matrizes de produto, gestão de meios de pagamento tais como cartões de crédito e Paypal. Por sua vez, o Web2Print tem a grande vantagem de ter interligação com o que os traders querem, como encomendas, ordens de fabrico ou facturas geradas. Esta plataforma também se distingue, por proporcionar várias formas de pagamento.

Smart WMS

João Nascimento Consulting Engineer da SISTRADE Esta é uma solução WMS, solução de Management System para dispositivos móveis, com processos de entrada e saída de material. Aqui os processos são executados pelo utilizador do armazém de modo a agilizar e simplificar os processos. A par disto existe também a integração com armazéns automáticos e funcionalidades de armazéns inteligentes. Todos os critérios associados a estes processos são personalizáveis por clientes que queriam o tornam o armazém inteligente e adicionar como sugestão de localização na recepção de materiais.

Project Consultant da SISTRADE Neste módulo sobre impressão de etiquetas, são analisados os possíveis tipos de etiquetas que podem ser introduzidas no sistema. Depois deste passo, passa-se à orçamentação com descrição do produto, das várias fases de produção e do próprio planeamento, em que o sistema sugere os cenários possíveis para esse processo. De seguida, são avaliadas as melhores combinações em termos de matérias primas, produtos, suportes, etc. Sempre que o cliente adjudica o orçamento, é gerada uma ordem de fabrico e as operações realizadas para cada produto. Cada ficha técnica do produto integra as várias combinações. Nesta área, a partir da orçamentação até à ordem de fabrico, são combinadas várias possibilidades. A partir das fichas técnicas são então definidas as melhores “receitas”, integrando as máquinas que executarão o trabalho, as matérias utilizadas, bem como todos os itens que entram na ordem de fabrico.

Sistema de Rastreabilidade do Processo de Desenvolvimento

Sérgio Gomes Research and Development Department Manager Quando surge uma ideia ou requisito de um cliente é criado um processo que é rastreável desde o inicio, até ao fim. Nesta fase há planeamento sobre todos os itens e, posteriormente, a actividade é testada e disponibilizada ao cliente. No final, há uma avaliação de desempenho. Cada módulo do software tem um gestor especializado nessa matéria. Se existe, por exemplo, um requisito de um módulo comercial, quem avança com opinião sobre o que deve e pode ser feito é esse especialista que tem depois um comité que o avalia. O módulo disponibiliza uma plataforma onde os clientes podem adquirir módulos para as suas empresas e no final há um pagamento por cartão de crédito, Paypal, etc.


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ESPECIAL 20 ANOS SISTRADE

Business Intelligence

Inventário Permanente – Stocks

Vanessa Fernandes

Porfírio Fernandes

Consulting Engineer da SISTRADE

Consulting Engineer da SISTRADE

Este módulo centra-se na gestão de sctokcs e inventário permanente de artigos e nos métodos de custeio e a valorização quer da matéria-prima, quer dos produtos fabricados e acabados. Este módulo mostra também quais os métodos de custeio que o sistema permite configurar e gerir em cada indústria, mostra o workflow do processo desde a valorização da matéria prima a partir do momento em que entra em fábrica até ao seu consumo. De seguida é feita a imputação desses mesmos custos na gestão das ordem de fabrico e do custeio industrial. No fundo, o resultado final será a análise das contas correntes e do inventário permanente e a comunicação desses mesmo stcoks à Autoridade Tributária.

Neste módulo, os dados que são reproduzidos em outros módulos, são transformados e carregamos para uma página web em que o utilizador pode escolher, filtrar e usar os dados. Os dados são posteriormente cruzados para que seja possível ter acesso a uma visualização sob a forma de gráficos ou tabelas. Toda esta informação permite descobrir anomalias e retirar informação útil para que os gestores possam tomar decisões.

MES – Manufacturing Execution System

Francisco Leiras Head of Industry Solutions Department da SISTRADE

Scheduling

O MES é um sistema de gestão industrial, uma solução tecnológica de apoio ao à chamada transformação digital. Além dos MES existe ainda as soluções Scada, supervisão industrial, a solução que é a gestão visual em “chão de fábrica” com painéis dinâmicos, interactivos e indicadores de desempenho. A isto junta-se a solução de melhoria contínua para as empresas industriais.

Fábio Coelho Consulting Engineer da SISTRADE Este é o módulo onde é feito todo o planeamento da produção, desde a aprovação do novo trabalho, da ordem de fabrico, até chegar a parte da recolha onde é produzido. São aqui reunidos um conjunto de operações que pertencem a um trabalho, são distribuídas temporalmente por vários equipamentos para que daí resultem dados que permitam o cumprimento em tempo real. São inseridos todos os factores para que se chegue a um planeamento real e fidedigno que permite às empresas o cumprimento de prazos nas entregas de trabalhos.

CRM

Bernardo Branquinho Consulting Engineer da SISTRADE

Neste módulo na área de pré-venda, cada tarefa gera uma interacção que por sua vez gera uma oportunidade de venda, um orçamento e de seguida, se o sistema concluir por uma adjudicação, seguir-se-á uma encomenda, ordem de fabrico e produção. Já no momento Pós Venda, há uma referência a todos os itens a enviar para o cliente, uma avaliação de satisfação, sendo que com base nisso, o cliente poderá proceder a reclamações. Se se verificar algum tipo de reclamação é aberta uma área de “Não conformidade”.


João Mourinho • Applied Research and Innovation Manager da Sistrade

ROJECTO

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P ro j ec to Pianism

Proje c to Cybe r f a cto ry

Este é um projecto que aposta na optimização e manutenção de equipamentos. O projecto antevê, com base na inteligência artificial, se o equipamento virá a falhar. Mesmo que falhas inesperada aconteçam, o projecto consegue reduzir de falhas imprevistas, interrupções produtivas e, permite que as empresas baixem custos ao nível da manutenção e das ocorrências imprevistas. Este projecto está a ser desenvolvido em colaboração com nacionais e internacionais.

Este é um projecto que visa a digitalização da indústria em matéria de segurança e eficiência e pretende abranger melhorias técnicas, económicas, na industria, produção distribuída, optimização da colaboração entre robots e seres humanos, e a segurança que, pelo impacto da digitalização traz desafios e oportunidades. Este projecto, desenvolvido em parceria com o gigante europeu Airbus, pretende ir ao encontro dos desafios impostos pela digitalização.

P ro j ec to Im pre sso Esta é uma plataforma que visa a customização em massa do produto por parte do cliente, neste caso, o livro. De forma colaborativa, as pessoas criam um livro em equipa e, cada uma dessas pessoas define o seu acabamento ou introduz conteúdos digitais. Isto surge na sequência de uma tendência global na área da personalização em massa de tornar o produto mais próximo das preferências dos clientes individuais, pessoas e empresas. Toda a cadeia de valor envolve editores, autores, produtores de conteúdos, empresas produtoras, e o projecto permite uma integração com os sistemas de produção desde a ideia inicial até às fases da execução do livro físico. O conceito que ainda integra experiências como realidade aumentada, abre um conjunto de possibilidades de exploração do próprio livro e da sua valorização.

Proje c to SPEAR Este é um projecto que assenta numa dinâmica de sustentabilidade. Projecto visa a optimização do consumo energético em ambiente industrial. O objectivo é desenvolver soluções quer em termos de economia energética, quer na minimização do consumo de energia na produção e nos equipamentos, antecipando picos de consumo para que as empresas sejam mais sustentáveis e com consequências positivas ao nível da produtividade que tornam o produto ainda mais competitivo.

P ro j ec to Produte c h SIF “Um dos grandes projectos estruturantes da indústria a nível nacional, um dos maiores de sempre, já que envolve 42 entidades”. É desta forma que João Mourinho descreve este projecto, adiantando que se trata de eficiência colectiva no sentido de desenvolver um conjunto de tecnologias com aplicação prática na questão industrial, desde a aquisição de dados, a passagem para o digital, a transformação, a colaboração e interacção entre o homem e máquina, a eco-eficiência, detecção de desperdício, melhoria a global de eficiência, shopfloor inteligente, simulação de shopfloor, gestão da produção eficiente e melhorias ao nível da manutenção. A nível do produto há um acompanhamento do ciclo de vida, desde que é concebido, desde o projecto atá à sua produção, gestão de maturidade e inclusão noutros produtos, garantindo uma visão 360º. Depois segue-se uma logística e armazenamento inteligente com o transporte de mercadorias dentro do shop floor, de modo optimizado e soluções inteligentes com a robótica.


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ENTREVISTA NORPRINT

“ESTAMOS COM A SISTRADE DESDE O INÍCIO”

J

osé Manuel Lopes de Castro, fundador da Norprint tem gerido a empresa de forma exemplar, apostando em produtos, equipamentos e tecnologia de última geração. A escolha do software de gestão da Sistrade é o ponto central de uma organização minuciosa e altamente eficiente, tal como explicou durante o evento Sday2021. QUE RESUMO FAZ SOBRE ESTES TRINTA ANOS DA NORPRINT?

A Norprint está a completar 30 anos de actividade, sendo um projecto consolidado. A empresa nasceu durante a crise económica de 1992 mas superou sempre os momentos conturbados da história do país. Estamos neste momento a iniciar uma nova fase que passa pela total digitalização da empresa. A NORPRINT MANTÉM, DESDE O INÍCIO, UM FOCO NO MESMO TIPO DE PRODUTOS...

Sim, somos conhecidos como a “Casa do Livro”, e continuamos a apostar nas brochuras, nos livros, catálogos, revistas, etc. Esta não é uma área fácil, sobretudo porque o livro atravessa um momento difícil e conturbado. Na Europa, Portugal é o único país onde o consumo do livro não cresce, estando mesmo em situação negativa, o que de alguma forma é o reflexo do momento

Conhecida como a “Casa do livro”, é uma referência na impressão editorial e está há trinta anos na liderança do mercado. actual do país. Apesar de tudo, a Norprint tem projectos em carteira, estamos a investir e continuamos a acreditar no produto e no mercado. A IMPLEMENTAÇÃO DO SISTRADE SOFTWARE CONTRIBUIU PARA O VOSSO SUCESSO? QUAIS OS GANHOS A NÍVEL DE CUSTOS E AGILIZAÇÃO DOS PROCESSOS DE NEGÓCIO?

Estamos com Sistrade desde o início porque é um parceiro tecnológico que neste momento está a diversificar para outras áreas mas que, no início, só estava nas artes gráficas. Hoje, na indústria gráfica, não se pode gerir um “chão de fábrica” que trabalha 24 horas por dia, sem que esta componente informática e de gestão funcione muito bem, não só a

nível de orçamentação, como na gestão da produção e nos inventários. Actualmente, a responsabilidade das empresas de prestar informação é tanta que, se não existir o apoio destes sistemas, destes softwares, torna-se impossível alcançar uma gestão eficaz e eficiente. É por isso aconselhável que as empresas invistam em softwares de gestão porque há ganhos a nível de custos de produção e de eficiência que, de outra forma não seriam possíveis. DE FORMA GLOBAL, A NORPRINT REGISTA UMA SATISFAÇÃO COM A SISTRADE ENQUANTO FORNECEDOR TECNOLÓGICO?

Esta é uma área sensível e por isso há que ter confiança no fornecedor. Não quero imaginar que alguém compra um programa de gestão sem que tenha uma relação de confiança com o seu fornecedor. A Norprint ter vindo a actualizar e comprar novos módulos do


ENTREVISTA NORPRINT

“Actualmente, a responsabilidade das empresas de prestar informação é tanta que, se não existir o apoio destes sistemas, destes softwares, torna-se impossível alcançar uma gestão eficaz e eficiente”

“É aconselhável que as empresas invistam em softwares de gestão porque há ganhos a nível de custos de produção e de eficiência” programa, o que demostra que estamos muito satisfeitos. O FACTO DA SISTRADE SER UMA EMPRESA PORTUGUESA, TEVE INFLUÊNCIA NA ESCOLHA DESTA COMO PARCEIRO?

Não teve. Nos anos 90, fizemos uma abordagem a uma empresa inglesa que não correu bem. Com a Sistrade, somos vizinhos, mantemos uma ligação muito próxima e, é um orgulho trabalhar com uma empresa que está hoje em todo o mundo. A Sistrade bebe muito nas empresas, sabe o que realmente precisam e, acredito que a Norprint deu um contributo para o software editorial, sobretudo na área do livro. Foram muitas horas de trabalho conjunto que se reverteram em resultados para a Norprint e para outros clientes que também beneficiaram desta informação. O SOFTWARE DA SISTRADE PERMITE GERIR A ORÇAMENTAÇÃO E A SUA TRANSFORMAÇÃO EM ORDENS DE PRODUÇÃO. ESTE FOI UM ASPECTO CRUCIAL NO PROCESSO DE DECISÃO E DE OPÇÃO PELA SISTRADE?

Esta é uma parte fundamental no processo. Estamos a viver tempos difíceis

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no que toca às matérias-primas, sobretudo devido à escassez, o que provoca prazos de entrega muito prolongados. Há aqui uma alteração completa de paradigma, já que antes da pandemia, estávamos a viver uma fase em que comprávamos a matéria prima just-in-time e isso hoje já não é possível. Ganhávamos o trabalho e comprávamos de imediato a matéria prima. A stockagem tem custos elevadíssimos e necessita de espaços disponíveis. Na Norprint temos uma relação com alguns clientes editoriais em que prestamos um serviço armazenando a matéria prima para seis meses de produção, o que nos obriga a ter muito espaço disponível. Esta gestão tem de ser feita de forma informatizada porque prestamos contas às finanças do nosso inventário e aos clientes do deles. E a Sistrade tem evoluído bastante para acompanhar e dar resposta a todos estes novos itens. COMO PRESIDENTE DA APIGRAF, CONSIDERA QUE AS SOLUÇÕES OFERECIDAS PELA SISTRADE SÃO FUNDAMENTAIS PARA A DIGITALIZAÇÃO NO PROCESSO PRODUTIVO?

Estou à vontade para dizer que o produto Sistrade não será de fácil implementação para algumas empresas, sobretudo as que são micro-empresas, com até 10 colaboradores, o que acaba por ser a maioria das empresas associadas da APIGRAF e mesmo do tecido empresarial nacional. Não é fácil uma empresa dispôr de competências internas para trabalhar com o programa da Sistrade e ter escala para formar pessoas nessa matéria. Apesar destas contigências, a APIGRAF tem um conjunto de associados que são micro-empresas e que poderão comprar módulos específicos, para uma situação concreta ou procurar alternativas mais ajustadas ao que pretendem. CONSIDERA QUE O MOTE DESTE EVENTO DA SISTRADE - TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E O FUTURO DAS EMPRESAS – ESTÁ ALINHADO COM AQUILO QUE A APIGRAF ANTEVÊ QUE POSSA SER ESTE O IMPACTO DA “BAZUCA” NO APOIO ÀS EMPRESAS?

Sim, estamos muito atentos, temos


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uma parceria com uma empresa que acompanha os chamados Quadros Comunitários de Apoio e que já está a produzir relatórios sobre o efeito “Bazuca” e, sobre tudo aquilo que os nossos associados podem de imediato, beneficiar com esta situação. Numa reunião da Direcção Nacional da APIGRAF, ficou assente a divulgação da informação sobre este assunto. Promovemos webinares para informar os associados sobre o PRR – Plano de Recuperação e Resiliência - sobre onde e como, poderemos usufruir destes valores. Garantidamente que há verbas destinadas à área da digitalização e que podem e devem ser aproveitadas.

ENTREVISTA NORPRINT

“Antes da pandemia, estávamos a viver uma fase em que comprávamos a matéria prima just-in-time e isso hoje já não é possível “

QUAIS SÃO AS SUAS PERSPECTIVAS, ENQUANTO EMPRESÁRIO E PRESIDENTE DA APIGRAF PARA OS PRÓXIMOS MESES QUE SE AVIZINHAM E, QUE ENGLOBAM 2021/2022?

É ainda arriscado avançar com previsões pois na APIGRAF, no final de 2020, desenhámos alguns cenários para 2021 que acabaram por não acontecer. Sobre a Norprint, o que posso dizer é que estamos a preparar-nos para investir, produzindo um plano de negócios para diferentes investimentos em diferentes áreas. Daremos uma vocação diferente à Brand Paper, uma empresa do Grupo que hoje presta serviços de corte de formatos para gráficas e papeleiras e que, vai investir e diversificar para outras áreas de negócios. Esta empresa tem ainda uma especialidade e vai avançar para novos projectos chave na mão, de edificação de unidades gráficas, tendo feito já dois projectos em África e está, neste momento a fazer um terceiro. Na Norprint vamos também fazer uma ligeira alteração de produção, apostando ainda mais na área ambiental, nas certificações, e numa outra área da energia, com a colocação de painéis solares. Há todo um conjunto de novos investimentos “não produtivos” mas igualmente importantes para a empresa. COM A PANDEMIA A NORPRINT REPENSOU A EMPRESA E O MODELO DE NEGÓCIO?

Sim, nunca estivemos parados e, fomonos ajustando aos acontecimentos. O

que produzem para outros mercados que não os da Norprint e existem mais-valias claras, visto que a Sprint pode imprimir para a Norprint e vice-versa. QUE PALAVRAS CHAVE DEFINEM A NORPRINT?

O que caracteriza a Norprint, é aquilo que fazemos dentro de portas, porque é isso que faz com que qualquer cliente que entre nesta empresa, nunca mais saia. Estabelecemos uma relação com as pessoas e as empresas, assente no rigor, na transparência e até no facto de sabermos dizer que não. A Norprint está a comemorar 30 anos de existência e temos preparado um conjunto de actividades que executamos em equipa. Celebramos os 30 anos de actividade em Dezembro de 2022 e iremos comemorar com os nossos clientes. A juntar a tudo isto, estamos a passar por uma fase de passagem de testemunho, já que quem está à frente das empresas são os meus filhos e, este sangue novo é fundamental porque acrescenta valor. COMO COMPARA ESTE 2021 COM O ANO ANTERIOR DE PLENA PANDEMIA?

O ano de 2019 foi o melhor de sempre para a Norprint e, acabámos por testar a capacidade de produção e resistência da equipa e todos esses itens se revelaram positivos. Em 2020 registámos uma quebra de actividade na ordem dos 20%, o que foi óptimo perante a pandemia instalada.

investimento na Sprint em Lisboa, não estava pensado para este momento. Criei a Sprint em 2001 a pensar numa vertente digital que pudesse surgir, mas este foi sendo sobretudo um projecto comercial. Decidimos assim avançar com um projecto de raiz, que está em curso porque tínhamos em Lisboa um espaço físico, sem uso, e queríamos diversificar. Temos instalações autónomas em Lisboa,

QUER DEIXAR UMA MENSAGEM PARA TODOS OS SEUS COLEGAS ASSOCIADOS, ENQUANTO PRESIDENTE DA APIGRAF?

Nesta indústria fomos todos “apanhados” com investimentos em curso e tivemos de gerir a pandemia da melhor forma. Este é um sector de capital intensivo, que investe milhões, o que se reflecte nas prestações que cada empresa tem de pagar. Quero deixar uma mensagem, não enquanto Presidente da APIGRAF, mas como empresário gráfico


ENTREVISTA NORPRINT

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ACREDITA QUE OS EMPRESÁRIOS DA ÁREA GRÁFICA PODEM SER MAIS CORPORATIVISTAS, CRIAR PARCERIAS E SINERGIAS ENTRE TODOS?

que sou. Considero que há um erro cometido por alguns empresários que baixam preços sempre que são confrontados com uma situação de quebra de produção. Todos sabemos que, quando baixamos os preços, nunca mais conseguimos voltar a subir o

valor destes porque o cliente fica habituado a preços baixos. Isto destrói o mercado, e é uma concorrência desleal porque a opção de colocar as máquinas a funcionar a qualquer custo, não é, na maioria das situações, a melhor solução.

Sempre defendi isso. A Norprint tem excelentes parcerias com várias empresas gráficas e que correm muito bem. Partilhamos trabalhos, somos fornecedores, somos clientes de gráficas e acredito de que isto poderia ser melhor, sobretudo ao nível do investimento em certos equipamentos. Perdemos muito em não partilhar, já que registamos há muito um excesso de capacidade instalada, o que se refecte nos preços que, em alguns casos, são praticados abaixo do razoável. O mercado já se habituou a explorar este tema, havendo uma culpa dos próprios empresários que os vão baixando, fruto da falta de diálogo e cooperação. Deveríamos cooperar mais, criar sinergias no processo de produção e, mesmo numa melhor rentabilização dos equipamentos.

O novo paradigma no grande formato A mais recente gama Acuity da Fujifilm Com um histórico em inovações pioneiras, a Fujifilm ajudou milhares de gráficas dedicadas à produção de sinalética e expositores a transformarem os respetivos negócios. Mas num mundo onde a mudança é constante, há três anos decidimos definir um novo paradigma no desempenho da impressão de jato de tinta UV. O resultado é uma novíssima gama de impressoras Acuity, concebidas e desenvolvidas pela Fujifilm, que redefinem o preço/desempenho e transformam o ROI da impressão. Conferem um novo significado à versatilidade e ao valor e renovam as expectativas relativamente à facilidade de utilização. Tendo sido desenvolvidas pela Fujifilm, usufruem da melhor tinta UV do mercado e a garantia de uma qualidade e fiabilidade impressionantes. A nova gama de impressoras Acuity concebidas e desenvolvidas pela Fujifilm. Saber mais: FujifilmAcuity.com/Intergraficas


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TENDÊNCIAS DICAS PARA A INDÚSTRIA

NOVAS

estratégias para

NOVOS TEMPOS

Os fornecedores da indústria e os profissionais gráficos estão a preparar-se para o futuro pós COVID-19. Há estratégias de negócios a ser delineadas, áreas novas que serão incorporadas e formas de funcionar que foram alteradas e se manterão. Ainda assim o importante é a adaptação!


TENDÊNCIAS DICAS PARA A INDÚSTRIA

OM O COVID-19 VEIO O “NOVO NORMAL” mas é claro que ninguém quer

continuar assim para sempre. Com a sociedade em geral a atingir níveis mais elevados de vacinação, as empresas começam a preparar aquilo que serão os seus próximos meses de actividade. As pessoas estão ansiosas para que os casos de Covid finalmente diminuam e a sociedade e a economia estão a aceitar a dura verdade de que o vírus ainda pode permanecer de alguma forma nos próximos anos mas que isso não pode ser impeditivo de avançar. Os fornecedores, com uma distribuição internacional, maior força de trabalho e mais facilidade em planear, fruto de dados e indicações de organismos oficiais, podem estar um pouco à frente do jogo. Quanto aos profissionais gráficos, é evidente que a estratégia deve ser adaptada à realidade, perspectivando momentos que naturalmente irão acontecer em termos de consumo.

Alguns dos pilares das estratégias passam por adaptar a gestão da empresa, apostar na venda de forma directa, sem esquecer o poder da venda através de plataformas e parceiros, a de novas criação de novas fontes de rendimento e a exploração de novas linhas de negócios. Apesar de parecer óbvio há aqui algo essencial que é o facto das empresas precisarem antes de mais, de novos líderes que tenham uma mente mais aberta, mais dinâmica e criativa. Não adianta nada sentar os responsáveis de uma empresa em volta de uma mesa para decidir a nova estratégia de uma empresa gráfica, se quem vai ditar tudo continua a ter uma visão limitada do mercado e insiste em fazer à boa velha maneira de sempre. O sangue novo nas empresas é fundamental e a mistura de gerações com visões diferentes e que se cruzam em certos pontos, pode ser o combustível certo que impulsiona o crescimento e visibilidade que precisam.

ESTRATÉGIA 1

O novo mundo pós-pandémico provavelmente exigirá um estilo de gestão diferente, à medida que a força de trabalho se torna mais remota e diversa em geral. Gerir uma empresa em teletrabalho não é o mesmo que tê-la ali presencialmente. A motivação toma contornos essenciais. O contacto cara a cara é residual e há laços que se quebram. Este

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O sangue novo nas empresas é fundamental e a mistura de gerações com visões diferentes e que se cruzam em certos pontos Quantas vezes é preciso sair da ilha para ver a ilha? Sempre! Uma pessoa que passou a sua vida toda ou parte dela à frente de uma empresa cujo “modus operandi” foi sempre o mesmo, tem dificuldade em fazer a mudança por sua própria decisão. É mais fácil essa pessoa acreditar em visões novas do que mudar a sua.

ESTRATÉGIA 2

Actualizar a equipa de gestão É por tudo isto que os especialistas em gestão advogam que uma das estratégias mais importantes para enfrentar uma crise é nunca ter medo de actualizar a equipa de gestão. A liderança é um dos principais activos para garantir a saúde de uma empresa. Isto não se aplica ao sucesso financeiro, mas aplica-se ao espírito da empresa.

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novo estilo de gestão não só precisa de se adaptar à realidade, mas também de abraçá-la. Se uma pessoa da administração se sente stressada, oprimida ou isolada por um ambiente de trabalho mais fluente, isso é totalmente compreensível. Mas também pode reduzir significativamente a capacidade da empresa de se adaptar às novas e inevitáveis circunstâncias. O perigo de continuar a usar estruturas de gestão desactualizadas é relevante para empresas familiares, como é o caso de muitas gráficas. É por isso que os líderes com visão de futuro se adaptam continuamente aos interesses de sua empresa, bem como aos seus objectivos pessoais na vida.

Vendas directas/encurtar a cadeia de valor Embora os parceiros de distribuição ajudem com conhecimento local e acesso do cliente, eles também precisam assumir a sua parte da receita e dos seus esforços. Muitas gráficas ainda vendem os seus produtos e serviços apenas ou, principalmente através de “intermediários”, como são o caso de agências de publicidade, brokers, vendedores comissionistas que trabalham no mercado para várias empresas gráficas, etc. Embora isto seja uma fonte de encomendas, acaba por impedir o contacto directo com o cliente final, aquele que de facto precisa e requisitou o trabalho. Ao tentarem trabalhar de forma directa com os clientes, as gráficas estão não apenas a encurtar a cadeia de valor mas também a encontrar uma oportunidade para que os preços sejam mais ajustados e até o processo seja mais fluído. Se isto for assim, é muito provável que as gráficas possam até pensar em configurar um canal directo (online) para manter o contacto mais estreito com os seus clientes.


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TENDÊNCIAS DICAS PARA A INDÚSTRIA

ESTRATÉGIA 3

Mantenha o contacto com os clientes Os fabricantes de equipamentos tecnológicos acabam sempre por ter um problema, que consiste em vender algo e saber que tão cedo não vão voltar a fazer nova venda, já que o investimento nestas empresas gráficas é sempre de milhares de euros e muitas vezes, de milhões. Isto poderia levar as empresas fabricantes e fornecedoras destes equipamentos a desinteressarem-se pelo clientes/ gráfica, mas não é assim. De facto além da venda, os fornecedores têm de prestar assistência e, sobretudo, devem ir acompanhando o cliente e ir percebendo o que este vai precisar em breve, quer seja em matéria de novos produtos ou equipamentos, softwares ou outros serviços. Todos sabemos que mudar de fornecedor é hoje cada vez mais fácil e por

isso, se repetir negócios é, por uma lado mais fácil, por outro, é um desafio. Desde que o acompanhamento do cliente seja efectivo é muito raro existir uma mudança mas, para que isso aconteça, importa tratar o cliente nas “palminhas das mãos”. Sim, é verdade, é assim que todos os clientes gostam de ser tratados. Em um futuro próximo, as empresas gráficas farão, muito provavelmente, a maior parte de seus negócios online e por isso, é crucial encontrar formas de construir um ecossistema para que seus clientes voltem sempre. Existem alguns protagonistas na indústria de impressão e sobretudo na área da comunicação visual, que já oferecem aos seus clientes principais, portais privados, onde podem facilmente solicitar os seus itens padrão, que variam de cartões de visita a materiais de PDV.

Com um portal gráfico online (são vários os fornecedores que existem no mercado que oferecem este serviço), é ainda possível incutir serviços de impressão directamente no marketing ou em outros departamentos. Os utilizadores podem projectar os itens que desejam de forma conveniente através de um navegador, usando modelos para garantir que estes seguem diretrizes estabelecidas previamente. Até mesmo círculos de aprovação internos podem ser aplicados. Enviar o design pronto para impressão para um equipamento/ impressora do seu parceira, quando tudo estiver concluído e aprovado, passa a estar apenas à distância de um clique. Neste caso se uma gráfica tiver esta possibilidade a oferecer aos seus clientes, é fácil apostar que dificilmente os clientes pensam em deixar de trabalhar com a gráfica. Além da economia de tempo, a comodidade é o grande trunfo.

ESTRATÉGIA 4

Não subestime o poder de um novo produto Aposte em novos produtos, não tenha medo de alargar o seu leque de ofertas. É claro que não se trata de investir “à maluca” mas sim olhar para tudo o que tem em termos de equipamentos dentro da sua empresa e fazer um check list sobre aquilo que já fazem com eles e aquilo que ainda poderia

ser feito. Depois trace um plano de negócios para novas áreas. Tem de estudar os seus clientes actuais e perceber se o que lhe pedem pode ser esticado e se aquilo que quer passar a fazer pode ser absorvido por uma parte dos seus clientes ou se será preciso ir procurar novos clientes ao mercado.


HEAVY WEIGHTS

FINE ARTS

Onde o papel vai ao encontro dos desafios de impressão mais artísticos e criativos. Para além de uma gramagem mais alta, os papéis Inaset Heavy Weight – produzidos pela The Navigator Company – têm excelentes parâmetros ópticos e físicos. A sua brancura e brilho, bem como a sua rigidez e opacidade, permitem uma ampla gama de aplicações de impressão. Este é um mundo de possibilidades para ir ao encontro de toda e qualquer necessidade da indústria de artes gráficas.

Inaset Plus Offset / Inaset Plus Laser

De 135 gsm até 350 gsm


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TENDÊNCIAS MARKETING MIX DO ERRO

TRANSFORMAR

O ERRO NUMA OPORTUNIDADE! Quantas vezes o erro não se tornou no maior obstáculo à concretização de um projecto, seja ele pessoal ou profissional?


TENDÊNCIAS MARKETING MIX DO ERRO

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C

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OM O OBJECTIVO DE DEITAR POR TERRA o assunto tabu em

que o erro se tornou, nasceu um evento que reuniu algumas das maiores empresas sem medo de revelar os seus erros e, sobretudo de mostrar como além de os assumir, ainda é possível capitalizar com eles! O medo de errar, a vergonha de cometer erros, de não acertar à primeira, de ser incapaz de ser perfeito são as maiores barreiras à criação, ao empreendedorismo e ao desenrolar de projectos que vão ficando na gaveta. O pior é sobretudo quando se erra e isso acaba por inibir novas acções. Enquanto em Portugal o erro é um assunto tabu, em outros países, o erro é visto como potencial aprendizagem e por isso, não é criticado e apontado como algo negativo. Nos EUA, por exemplo, se um empresário falhar na condução de um

O medo de errar, a vergonha de cometer erros, de não acertar à primeira, de ser incapaz de ser perfeito são as maiores barreiras à criação, ao empreendedorismo e ao desenrolar de projectos


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TENDÊNCIAS MARKETING MIX DO ERRO

Nos EUA os Bancos e a sociedade entende que se alguém errou com o seu próprio dinheiro, está mais apto para poder ter sucesso no projecto seguinte, uma vez que já sabe o que não deve fazer para que possa ter sucesso.

projecto, isso não é apontado como um argumento negativo para o empréstimo de capital para um novo projecto. Nos EUA os Bancos e a sociedade entende que se alguém errou com o seu próprio dinheiro, está mais apto para poder ter sucesso no projecto seguinte, uma vez que já sabe o que não deve fazer para que possa ter sucesso. Em Portugal o erro é claramente apontado como um aspecto negativo e que associa a si a culpa, a vergonha e incapacidade. É como se alguém que cometeu um erro pessoal ou de gestão tivesse de ficar imediatamente inibido de empreender, de trabalhar, de ter acesso a novas oportunidades de ser bem sucedido. Foi a pensar em tudo isto que surgiu em Portugal o primeiro evento dedicado ao Erro, neste caso, ao erro no marketing Mix. Pelas mãos de Hélio Cabral, foi possível juntar empresas que colocaram responsáveis das áreas de marketing a falar abertamente, sem tabus, sobre erros cometidos e a forma como estes foram contornados, aproveitados ou serviram mesmo de exemplo para melhorar as estruturas e as relações. Este primeiro evento Marketing Mix do Erro, juntou marketeers, e mais de 180

participantes que puderam ouvir relatos de profissionais da área do marketing a “desmontar” as várias vertentes do erro. Entre as marcas que tiveram a coragem de deitar por terra o erro como assunto tabu, esteve O Grupo Valor do Tempo, Salvador Caetano, Fricon, Grupo Nabeiro, Vinhos Soalheiro, Sumol e Dott.

Em Portugal o erro é claramente apontado como um aspecto negativo e que associa a si a culpa, a vergonha e incapacidade

O que cada participante que esteve no “Marketing Mix do Erro” pôde assistir, foi a uma chuva de apresentações altamente inovadoras, sobretudo no panorama nacional. O enorme potencial do erro foi também a oportunidade de mostrar que Portugal tem empresas e talento suficiente para catapultar o país para a linha da frente dos melhores da Europa e do mundo. Se além de gente de valor, temos projectos com história, então o país tem futuro. Todas as apresentações foram muito interessantes, já que mostraram, cada uma à sua maneira, que o Erro pode ser o mote que precisamos para acertar, encontrar o caminho certo e ter sucesso. Todas as apresentações tiveram relevância, mas algumas destacaram-se pela forma como contaram erros que depois foram aproveitados de forma brilhante pelos departamentos de marketing ou, simplesmente porque a paixão dos seus oradores faz a diferença ou mesmo porque os projectos apresentados são de elevado valor para o país e protegem o património. Trazemos duas apresentações de duas empresas que ao errarem tiveram a capacidade de repensar, reprogramar e aproveitar esse erro como alavanca de sucesso.


Se estes forem os seus novos produtos… …estes podem ser os seus novos clientes! A Dona Júlia que precisa de caixas de papel com as fotos dos seus bolos tradicionais O Sr. José da fábrica Enchidos do Monte que quer rótulos para os produtos de fumeiro A Queijaria Cabrinha, e o Júlio que encomenda rótulos redondos para os seus queijos O Sr. Amílcar da quinta da Boa Casta, que quer imprimir as caixas de madeira dos seus vinhos O João da fábrica de cervejas artesanais, que desenha os próprios rótulos A Boutique da Paula na baixa da cidade, que oferece sacos de papel aos seus clientes

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TENDÊNCIAS MARKETING MIX DO ERRO

Grupo O Valor do Tempo

Dar experiências e contar histórias Tiago Quaresma Administrador

O

ERRO DE UM GRUPO COMPOSTO por vários

projectos dentro de um mesmo projecto e relatado pelo seu administrador Tiago Quaresma, ganhou relevância pela forma como se tornou evidente a salvaguarda dos valores e tradições nacionais. O administrador do Grupo Valor do Tempo começou por dizer que as marcas portuguesas têm história e que foi esse item que despertou o interesse por “um grande nicho". Quem não ouviu já falar no Museu Nacional do Pão? Ou na Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau? E no Museu da Cerveja, A brasileira, Joalharia do Carmo, a Confeitaria peixinho, Quinta da Lagoa, Casa Pereira da Conceição ou simplesmente na COMUR, uma das bandeiras da indústria conserveira sediada na Murtosa?


TENDÊNCIAS MARKETING MIX DO ERRO

É claro que se todos os projectos são pensados ao pormenor, há um, dos mais recentes que teve já um impacto sem igual. Trata-se do Hastens Sleep SPA – CBR Boutique Hotel, situado em Coimbra, no largo da Portagem, com apenas 15 quartos e que conseguiu projecção internacional em revistas como a Vogue Wallpaper e jornais internacionais, tudo graças ao seu conceito que passa por ser um hotel que garante o melhor sono do mundo graças às camas exclusivas da marca Hastens, fabricadas à mão. Como se pode perceber, este Grupo Valor do Tempo aposta sobretudo em marcas com história, trabalhando o conceito e dando-lhes um refresh que as torna ainda mais importantes, sem que percam o sentido da tradição mas revestindo-as de uma modernidade apelativa, criando valor, dando experiências, contando a historia do país e dos produtos, apostando na valorização do património, na personalização, na memória e na proximidade. Depois de ter descrito o Grupo, a sua filosofia e estratégia, Tiago Quaresma escolheu um dos projectos para exemplificar de que forma o erro pode ser repensado e depois aproveitado, transformando-se em algo positivo. A escolha recaiu precisamente sobre a COMUR, a fábrica de Conservas da Murtosa afirmou o administrador deste Grupo. Entre outros projectos, o Grupo Valor do Tempo, decidiu comprar em 2015 uma fábrica de conservas na Murtosa, inaugurada em 1042. Convicto de que o primeiro passo para a melhor estratégia da empresa passava pela grande distribuição, o Grupo acabou por esbarrar sempre no preço como único argumento. A escolha recaia entre colocar no mercado um produto de preço baixo que pudesse estar nos supermercados ou entre pagar salários dignos a todos os colaboradores da conserveira. Depois de tentar tudo, a decisão atípica passou pela compra de um edifício inteiro na baixa Lisboeta, no Rossio apenas para abrir uma loja de rua desse prédio que albergasse um conceito inovador.

"O consumidor pensa assim, “se estes gajos só vendem isto, devem ser bons!” A alteração de estratégia passou então pela personalização das latas de conserva com a inscrição dos anos impressos na tampa. O objectivo foi oferecer ao mercado algo diferenciador que neste caso se trata de uma lata de conserva que contém impresso um ano e que cada cliente pode comprar para si, ou para oferecer, com o efeito simbólico de uma data de aniversário. Mas a aposta não se ficou pela transformação de cada lata num produto único mas foi também estendida a uma aposta na decoração cuidada, pensada para fazer parceria com uma impactante música ambiente e com um conceito inovador.

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O Grupo que tem hoje 22 lojas abertas, respeita o património de todas elas e no caso das latas de conserva, passou a vender cada uma a partir de 7 Euros. Tiago Quaresma contou que no Rossio, a menos de 100 passos está um supermercado que vende conservas a um euro e pouco. A pergunta que colocou aos presentes, foi a mesma que a administração e departamento de marketing se colocou quando pensou ter errado na estratégia de compra de uma conserveira para vender os seus produtos junto da grande distribuição que vive em permanente guerra de preços – “Será que o cliente quer apenas preço? “ Sobre o segredo do sucesso o administrador do Grupo o Valor do Tempo afirmou que o facto deste apostar em projectos monoproduto faz toda a diferença. "O consumidor pensa assim, “se estes gajos só vendem isto, devem ser bons!” E não é que são? O erro deste Grupo foi ter pensado que este projecto poderia passar pela cadeia tradicional de distribuição e isso fez com que procurassem uma alternativa, o que acabou por ser a razão actual do sucesso!

O objectivo foi oferecer ao mercado algo diferenciador que neste caso se trata de uma lata de conserva que contém impresso um ano e que cada cliente pode comprar para si, ou para oferecer, com o efeito simbólico de uma data de aniversário.


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TENDÊNCIAS MARKETING MIX DO ERRO

Dott

Demos o corpo às balas Alexandre Pereira Marketing Team Leader do DOTT

U

MA EMPRESA PORTUGUESA QUE NASCEU EM 2019, TEVE NO NATAL DE 2020 o seu grande desafio,

quando não conseguiu entregar 6 por cento das entregas referentes aos presentes dessa quadra festiva. Ao não conseguir cumprir com a entregas, a DOTT quebrou a confiança de clientes que esperavam as entregas para também eles poderem presentear os seus familiares mais próximos. Neste caso, este acontecimento revelou-se o pior pesadelo que a empresa poderia ter vivido, já que uma empresa de vendas online não conseguiu cumprir e isso, aconteceu numa data crítica. O pesadelo para qualquer equipa e o seu CEO, calhou em 2019 à DOTT. Foi precisamente isso que sentiram todos na empresa quando falaram com os clientes. A opção, perante as reclamações, passou pela decisão de oferecer um

A DOTT assumiu o erro e isso foi claramente valorizado pelos clientes

O evento, o fundador, os participantes e oradores

voucher de 50% de desconto no valor de entrega de uma próxima compra. A verdade é que mais de um mês depois, nenhum dos clientes que tinha recebido o voucher o tinha utilizado. A empresa, depois de avaliar o sucedido, preferiu assumir o erro e "dar o corpo às balas", reconhecendo de forma impactante que tinha errado, na sequência de centenas de emails recebidos em que os clientes afirmavam a vontade expressa de “balear funcionários e responsáveis da DOTT”Desta forma, a administração escolheu

Hélio Cabral, marketeer, foi o mentor deste primeiro projecto, fruto de muita insistência e determinação para que o evento não ficasse apenas pelo mundo virtual, já que a organização queria acima de tudo reunir pessoas, criar dinâmica e networking entre todos os participantes. Os patrocinadores do Marketing Mix do Erro não tiveram medo de errar e decidiram apostar no trabalho de Hélio Cabral e da sua equipa, o que acabou por ser determinante para o sucesso e


TENDÊNCIAS MARKETING MIX DO ERRO

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Aprender com os erros

mesmo balear o seu CEO. Num estúdio de Televisão, o CEO da DOTT aceitou vestir-se de rena, rementendo ao Natal que tinha corrido menos bem e, deixar-se balear com balas de paintball, por parte de vários funcionários da empresa. O acontecimento foi filmado e posteriormente enviado aos clientes que não receberam os presentes de Natal a tempo e horas. Foi criada uma newsletter que levava para um microsite onde estava então o tal vídeo impossível de ignorar. O impacto foi tão grande que

impacto do mesmo. Entre a recepção aos participantes, momentos de Networking, sorteio de produtos oferecidos pelas marcas, aula de fitness, dança e almoço, a cereja no topo do bolo ficou reservada para a parte da tarde, com e sessões de trabalho em que oradores de reconhecidas marcas de prestígio do mercado nacional expuseram erros cometidos e contornados, em alguns casos, aproveitados de forma positiva.

Lidar com as falhas através da observação dos erros cometidos é essencial para saber onde, quando ou porque aconteceu. Considerar o erro ou fracasso como uma derrota acaba por poder levar a outros problemas, que passam pela baixa da autoestima ou mesmo à desistência ou inacção. Erros e fracassos deveriam, pelo contrário, ser considerados oportunidades de aprendizagem mas na sociedade actual são ainda “mal vistos”. Na verdade aquilo que todos os especialistas, psicólogos e terapeutas aconselham é que se uma estratégia de resolução não foi bem-sucedida, o indivíduo ou a organização deve ensaiar outra diferente. É preciso aprender a lidar com esses sentimentos e aproveitar os erros para retirar lições, persistir na tarefa e fazer novas aprendizagens. Costuma dizer-se que "errar é humano" e por isso, aceitar os erros também deve ser. Não devemos trilhar o caminho de uma aceitação passiva, só porque sim, mas uma aceitação activa centrada no desejo de aprender e de melhorar, centrando a nossa atenção e acção no acto de tentar, persistir e conseguir. Saber reconhecer os erros é fundamental para que cada pessoa evolua, se respeite e trabalhe para melhorar. No caso das empresas a receita é precisamente a mesma já que no caso de serem cometidos erros, o maias acertado é assumir e trabalhar no sentido de reparar os danos e, em muitos casos, reverter o erro a favor da empresa.

Num país onde o erro é ainda assunto tabu e se reveste de vergonha por quem o comete, o facto de existir um evento que tem esta temática no centro e quebra preconceitos e barreiras acaba por ser uma lufada de ar fresco em mentes e estruturas organizacionais mais conservadoras. Entre os oito super oradores estiveram Ricardo Pereira, Head of Marketing and Communications da FRICON, Márcio Miranda, e-Commerce Manager do Grupo Nabeiro,

24 por cento das newsletters foram abertas de imediato no microsite e seguiram-se mais de 565 novos utilizadores, o que significou que a comunicação não chegou apenas aos 6% dos descontentes, mas sim a mais pessoas. Para o CEO, o facto da empresa DOTT ter assumido os seus erros, foi reconhecido pelos clientes e permitiu recuperar a confiança em relação à empresa. Com isso, mais de 40 por cento dos que não recebem encomendas no Natal, voltaram a comprar. Todos sabemos como e difícil voltar a ter um cliente que se sente defraudado nas suas expectativas mas, para a DOTT, esta micro acção foi fundamental. Aqui o ponto fundamental do sucesso desta acção passou pelo facto da ideia do departamento de marketing ter sido prontamente acolhida pelo CEO. O assumir dos erros mostrou que o grande problema não é errar mas sim aquilo que se faz com esse erro. Ao decidir protagonizar o vídeo vestido de Rena e dando verdadeiramente o corpo às balas, o efeito positivo foi alcançado e permitiu entender que o erro faz parte da aprendizagem. Recorde se que este erro aconteceu nos primeiros seis meses em que a empresa estava a crescer e isso poderia ter sido um sério revés na credibilidade da marca.

Paula Arriscado, Diretora Divisão Corporativa Pessoas, Marca e Comunicação no Grupo Salvador Caetano, Daniel Pereira, Diretor Executivo MindSEO, João Almeida, Responsável Comunicação do Vinho Soalheiro, Tiago Quaresma, Administrador no Grupo O Valor Do Tempo, Alexandre Pereira, Marketing Team Leader do Dott e Bruno Oliveira, Senior Brand Manager Sumol. O próximo evento "Marketing Mix do Erro" está já marcado para 14 de Maio de 2022.


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ENTREVISTA HÉLIO CABRAL

“O ERRO NÃO PODE SER UM TABU NO MARKETING

e numa estrutura organizacional”

C

omo é que surgiu a ideia de realizar um evento cujo tema central é o Erro?

Bem essa pergunta é fácil de responder, já que nós por cá adoramos ver o marketing ao contrário, estamos sempre atentos ao que acontece e, com isso antecipar ou até criar tendências. Como inspiração para o tema tivemos em conta a nossa experiência diária na viagem pelo mundo digital e facilmente percebemos que a maioria das partilhas são “sucessos atrás de sucessos.” Nós que trabalhamos o Marketing e com o privilégio de ser com diferentes realidades e contextos, sabemos bem que antes do sucesso existem outros fatores e um deles é o Erro, pois no Marketing não existem fórmulas mágicas e o Erro está sempre fará parte. Então porque não inovar e abordar algo demasiado importante no Marketing para ser descurado e na maior parte dos casos, sempre muito criticável? Surgiu assim o primeiro evento em Portugal que aborda a importância do Erro no Marketing, com o propósito de Inspirar para Transformar! Queremos continuar a demonstrar que o Erro não pode ser um tabu no Marketing e numa estrutura organizacional porque todos os erros cometidos são uma oportunidade incrível para aprender e crescer. Por trás de grandes sucessos estão li-

Hélio Cabral é um marketeer muito dinâmico, tão dinâmico que além das vitaminas de marketing que já criou, decidiu ir atrás do erro e mostrar que este não é um “bicho papão” e pode até ser importante no marketing mix! ções muito valiosas que resultaram de acções que falharam, de erros. Por isso, neste evento quisemos dar a devida importância aos bastidores, e aquilo que teve de correr mal para depois correr muito bem. Mais importante do que tentar e errar, é reconhecer o Erro e a capaci-

dade de sermos capazes de transformá-lo num indicador de desenvolvimento e de progresso. Quantas ações, campanhas de Marketing ou até mesmo produtos nascem tendo por base o Erro? Não estamos a ser convencidos, apenas realistas ao afirmar que fomos pioneiros no tema e na abordagem ao Marketing na perspetiva do Erro e, com isso, esperamos contribuir de forma positiva para valorizar a Importância do Erro no Marketing e do próprio Marketing nas empresas portuguesas e os seus benefícios. Porque mais importante de saber o que fazer, é saber o que não fazer.


ENTREVISTA HÉLIO CABRAL

Quais as principais dificuldades que encontraste na realização deste evento?

Como bem sabes organizar um evento tem tanto de desafiante como de stressante. E se em situações normais já é bastante exigente, imagina organizar um evento com esses mesmos desafios, mas em tempos de pandemia e em formato presencial, onde foi preciso muito mais que coragem. Foi uma jornada incrível, repleta de constantes incertezas, adaptações, de acompanhar a evolução da pandemia e todas as directrizes que o Governo implementava, a alteração das datas da realização do evento, ter planos B ou até C. O evento teve de ser reagendado por duas vezes e esteve na iminência uma terceira. No entanto o Marketing também é arriscar e nesse sentido, avançamos com a data de 15 de maio, a última data que tinha sido comunicada. Como era presencial, foram várias as adaptações necessárias devido à pandemia. Pensar em todos os detalhes, formas de evitar aglomerados de pessoas, lotação de espaço, entre muitas outras. Mas também tivemos de lutar contra outros obstáculos. Por exemplo, oradores que não puderam estar presentes porque, entretanto, era política das empresas onde trabalham evitarem o máximo de contacto com o exterior, tivemos mesmo oradores que depois de estarem confirmados, tiveram de cancelar a sua presença. Ultrapassada toda essa parte operacional, era necessário convencer empresas a apostarem no evento e que as pessoas viessem ao evento. Mas a prova de que é preciso arriscar e fazer acontecer, mesmo lutando contra as adversidades, é que passaram pelo evento cerca de 180 pessoas, ainda em tempos de pandemia e tivemos entre 43 parceiros, entre empresas, associações comerciais, revistas do sector e 8 super oradores. Posso afirmar, sem tabus, que ansiedade, stress e ao mesmo tempo muito entusiasmo e adrenalina foram sentimentos que tomaram conta de nós durante o último ano e meio, para que fosse não só possível dar vida ao primeiro evento em Portugal que aborda a importância do Erro no Marketing, como também foi o primeiro

“Foi precisa muita resiliência, muito foco e não desmotivar durante o processo, o que não foi fácil a determinadas alturas” evento de marketing presencial em 2021, com a máxima segurança possível. Que tipo de empresas se dispõem a abordar e revelar os seus erros?

Um dos objectivos era garantir diversidade no evento, tanto nas empresas parceiras como os oradores escolhidos. E esse foi um dos pontos-chave para o sucesso do evento. Queremos evidenciar as conquistas, e o que esteve na sua origem. E a

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importância dos erros e as lições aprendidas que estão por detrás de grandes estratégias e ações de Marketing. E a missão foi cumprida. Não consigo especificar o tipo de empresas dispostas a assumir e revelar os seus erros mas, encontramos um padrão e até se quisermos, uma tendência, que passa pelas empresas que, de uma forma geral, não têm problema em falar do que correu menos bem, assumir isso de forma natural e veem ao mesmo tempo uma oportunidade de inspirar outras empresas e pessoas a fazê-lo. Qual o feedback obtido com este evento?

O que é que nos nutre a todos? São as relações e as lições. E foi isso que procurámos que acontecesse durante o evento. E aqui quero ressalvar que existiu muito empenho e dedicação de uma equipa pequena em tamanho, mas grande em superação e super ágil para dar vida a um grande evento, juntamente com todos os intervenientes, directos ou indirectos. Estamos radiantes com o imenso feedback que recebemos, tanto durante e pós-evento, através de partilhas e comentários super motivantes e inspiradores, como

Não consigo especificar o tipo de empresas dispostas a assumir e revelar os seus erros mas, encontramos um padrão e até se quisermos, uma tendência, que passa pelas empresas que, de uma forma geral, não têm problema em falar do que correu menos bem


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ENTREVISTA HÉLIO CABRAL

faltará e de que quem não esteve não cometerá desta vez o erro de faltar. “Já dizia Einstein “Quem nunca errou, nunca tentou nada novo”. E no Marketing é fundamental tentar, ainda mais agora que estão sempre a surgir novos conceitos e ferramentas, onde o digital se tornou um importante meio de comunicação e de medição de resultados.”

Empresas que marcaram presença Como parceiros do evento tivemos a Smartidiom, BDR | BANDEIRAS E MASTROS, Quinta do Soalheiro, FRICON, IT TECH BUZ, ptisp, Associação Comercial de Braga, SETUP.TECH, ARMazing Live, Livro de Elogios, Digital Marketers, Macro Consulting, Vision Libraries, Cidade das Profissões, com alma – creative studio, izigo.pt, Opiniões Verificadas, Eat at a Local’s, FLAG, Associação Empresarial de Amarante, mhm artes gráficas, Proglobal, Efapel Cycling Team, MindSEO, Salvador Caetano, Happiness at Work, Empório Criativo, Associação Empresarial da Maia, dott, ISPGAYA, Fruut, Unveil, Ach.Brito, Caetano Baviera BMW, Proglobal, Fitness UP, event.ics, Grupo Comur, Ach.Brito, Aromagic, Event-ics, Revista Marketeer, APPM, ecommerce news, Revista Start & Go, Mais Digital, Rádio Nova Era e Tecmaia. E contámos com oito super oradores. Ricardo Pereira, Head of Marketing and Communications da FRICON, Márcio Miranda, e-Commerce Manager do Grupo Nabeiro, Paula Arriscado, Diretora Divisão Corporativa Pessoas, Marca e Comunicação no Grupo Salvador Caetano, Daniel Pereira, Diretor Executivo MindSEO, João Almeida, Responsável Comunicação do Vinho Soalheiro, Tiago Quaresma, Administrador no Grupo O Valor Do Tempo, Alexandre Pereira, Marketing Team Leader do Dott e Bruno Oliveira, Senior Brand Manager Sumol.

ainda hoje, passados cerca de 3 meses de ter sido realizado acontece. E sobre o dia do evento há um detalhe enquanto organizadores que nos deixou muito felizes e que foi o facto de olharmos para as pessoas durante o evento e constatarmos que estavam a falar, a relacionarem-se, em vez de estarem cada uma no seu mundo através do smartphone. Mais do que a nossa apreciação, foram as inúmeras mensagens que recebemos

e que nos transmitiram testemunhos incríveis de quem considerou o evento, o primeiro em Portugal a abordar a importância do Erro no Marketing como um dia de partilha e crescimento, um dia em que foi possível escutar as partilhas de todos os oradores excepcionais. Receber parabéns, por esta iniciativa e organização foi muito enriquecedor e é o que nos impulsiona para projectar o próximo, já com a certeza de que quem esteve não

Há algo que podia ter corrido melhor? Há algum erro que poderiam ter evitado?

Claro que sim, há sempre margem para melhorar e evoluir e ainda bem. Essas pequenas coisas que falharam foram analisadas durante o evento e depois reforçadas nas respostas no questionário pós-evento, estão devidamente identificadas e felizmente são “fáceis de corrigir ou implementar”. O que é muito importante ressalvar e apesar de não ter parecido, estava a acontecer um evento ainda em pandemia, com várias limitações para assegurar a segurança de todos e até foi notório alguns comportamentos de não saberem como agir em determinadas situações. Quais as perspectivas futuras para novos eventos?

Sinceramente continuar a errar. A primeira edição correu tão bem que seria um erro não existir uma segunda e por aí adiante. Além disso, na resposta ao questionário realizado após o evento, ficou clara a importância de continuarmos o nosso trabalho. O tema foi espetacularmente bem recebido e podemos afirmar que a versão 2.0 do evento Marketing Mix do Erro: Transformar o Erro numa Oportunidade está já a ser preparada. Antes de terminar quero destacar a responsabilidade social que também fez parte do evento. O objectivo do evento não foi gerar receita para os organizadores, mas sim conseguir pagar os investimentos necessários na criação e divulgação e depois todos o valor remanescente doado à instituição “Coração. Missão cumprida. O 1º Evento em Portugal que aborda a Importância do Erro no Marketing aconteceu… e em formato presencial. Deixo um grande aplauso à minha equipa, que deu tudo e um grande obrigado a todas as empresas, marcas, parceiros e participantes por acreditarem em nós, porque sem eles, o Primeiro Evento em Portugal que aborda a Importância do Erro no Marketing não teria acontecido sem todos vocês. A segunda edição terá lugar a 14 de Maio de 2022.


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ENTREVISTA CANON

“A CANON TEM O MAIOR PORTEFÓLIO DE SOLUÇÕES DE PRODUCTION PRINTING”

E

stá na Canon desde novembro de 2020. Qual foi a principal motivação que o levou a entrar neste projecto em Portugal?

A Canon é uma das maiores empresas do mundo, há 34 anos que está entre as cinco primeiras empresas dos EUA com mais registos de patentes (R&D) e por sua vez com o portefólio mais completo no segmento do Printing – onde tem soluções para todos os segmentos com produtos 100% Canon e, por fim a vontade da Canon em querer disponibilizar no mercado nacional as melhores soluções Production Printing com muita humildade e paixão. A entrada na Canon num período de plena pandemia trouxe algum género de entraves?

Desde muito cedo que aprendi que de um problema nasce uma grande oportunidade, é assim como vejo o actual cenário mundial. É uma enorme oportunidade de inovar e melhorar as organizações e a Canon é uma organização altamente preparada para as novas oportunidades, diria mesmo que as nossas respostas são tão eficazes que os nossos clientes não sentiram grandes alterações nas parcerias. Que cargo assumiu na Canon Portugal?

No projecto Canon assumi um compromisso no desenvolvimento da área de negócio de Production Printing, naturalmente o meu foco principal é a gestão de comercial, mas ao mesmo tempo tenho uma função híbrida onde assumo o desenvolvimento do negócio em toda a sua linha, Canal Directo, Canal Indi-

Manuel Matos entrou na Canon Portugal no final de 2020 com o objectivo de potenciar a área de Production Printing. Know how e experiência são os factores que estão na base da sua actividade

reto e dou suporte ao departamento de Marketing. O Production Printing é uma área de grande importância para a Canon, tendo sido anunciada como um dos pilares estratégicos para o crescimento da companhia, pelo que estamos focados em colocar as soluções Canon, com características diferenciadas e produtivas, indo ao encontro das necessidades do mercado. Quais as principais ações que conjuntamente com outras áreas da Canon, foram tomadas em consideração?

É a nossa grande oportunidade para o sector, o nosso vasto portefólio irá permitir desenvolver acções conjuntas com as Soluções de Folha Solta, Soluções de Grande Formato e uma das novidades em parceria com a área de fotografia (Marca Líder Mundial) com eventos a envolver


ENTREVISTA CANON

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os melhores fotógrafos do Mundo. Há uma clara estratégica de potenciar todo negócio em torno do nosso vasto portefólio a entregar ao mercado nacional.

São 20 anos de paixão pelo mundo da impressão digital com experiências fantásticas que naturalmente são uma mais valia para estes novos tempos, mas não posso deixar de dizer que encontrei um grupo de trabalho fenomenal

Como vê o actual posicionamento da Canon Portugal no mercado de impressão digital?

A Canon tem soluções de Production Printing há mais de 20 anos com instalações de relevância presentes em todos os continentes. Em Portugal fruto de uma política local da marca as soluções de ProPrint tiveram uma importância residual, e como consequência as quotas de mercado foram muito baixas e naturalmente essa história deixou a sua marca muito abaixo da sua real capacidade. Face a este histórico a Canon Portugal desenhou um plano de acção para os próximos anos onde temos a ambição de liderar o mercado, à semelhança do que se tem vindo a verificar num, cada vez maior, número de países. A sua vasta experiência e know how em matéria de impressão, sobretudo na área de impressão digital, é uma mais valia que agrega valor à Canon Portugal. Concretamente de que forma a sua entrada trouxe valor acrescentado a toda a equipa?

São 20 anos de paixão pelo mundo da impressão digital com experiências fantásticas que naturalmente são uma mais valia para estes novos tempos, mas não posso deixar de dizer que encontrei um grupo de trabalho fenomenal onde todos desejamos entregar ao mercado a nossa visão, conhecimento estratégico e as melhores soluções à medida dos clientes. A Canon é uma das empresas cujo portfólio é dos mais completos, no que à impressão se refere. Considera que isto é reconhecido pelo mercado ou há ainda muito a comunicar junto do cliente nacional?

Sim, de facto a Canon tem o maior portefólio de soluções de Production Printing, com o factor diferenciador de todas elas serem 100% desenvolvidas dentro do Grupo Canon.

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Este é o momento de inovar e melhorar as organizações e a Canon é uma organização altamente preparada para as novas oportunidades

Estamos empenhados em promover juntos do mercado todas as nossas soluções através dos novos parceiros, 8 novos parceiros nacionais, e pelas nossas equipas de especialistas. É uma enorme oportunidade para todos os colaboradores que fazem parte do mundo Canon. Neste momento, qual ou quais os equipamentos que mais têm despertado a atenção por parte do mercado de impressão em Portugal?

O nosso portefólio de ProPrint foi recentemente renovado em toda sua oferta e, tem despertado interesse por parte do

Showroom de Lisboa A Canon Portugal acaba de inaugurar o renovado Showroom de Production Printing. O Showroom será um centro de experiências inovadoras. O espaço conta com as novas soluções de ProPrint, Canon imagePRESS C170, Canon imagePRESS C910 e a nossa solução de topo de gama Canon imagePRESS C10010VP. Em paralelo oferecemos todo o nosso Line-Up de LFP´s e soluções de acabamento, como Guilhotina, Equipamento colocar Capas Obra de Livro, Mesa de Luz Certificada e um conjunto de suportes diversificados de aplicações onde é possível demostrar a qualidade dos nossos equipamentos digitais. O espaço tem em permanência dois Analistas de ProPrint para transformar as demostrações em experiências inovadoras e produtivas.


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ENTREVISTA CANON

pas adaptam as soluções à medida das necessidades identificadas em conjunto com os clientes. A Canon tem uma vasta equipa multidisciplinar que tem vindo a ser preparada para as novas tendências de mercado.

Ajudar as organizações a serem mais eficazes e com isso aumentar a sua rentabilidade. Nada disto será possível se a estrutura organizacional das empresas não for adaptada aos processos digitais

Novos Parceiros Especialistas ProPrint -Canal Indirecto: Smique, ld Camaracolour, ld Otherway, ld Printhouse, ld Printcontrol, ld Azevedo & Albuquerque, ld Um dos grandes objectivos da Canon Portugal era aumentar a sua rede de parceiros especialistas no segmento de Production Printing, e ao longo de 2021 fomos trabalhando nesse sentido. Temos um programa de canal muito bem estruturado e uma oferta muito competitiva. Fomos à procura de parceiros com larga experiência no sector gráfico nacional e onde a oferta da Canon seria um complemento nas suas ofertas.

mercado na sua capacidade de imprimir em papéis texturados (finepapers), na sua consistência de cor e assim como a qualidade da construção dos equipamentos, caracterizados por tempos de assistência técnica muito baixos – os projectistas da Canon Inc. desenham as soluções com foco no índice muito baixo de paragens e assistências técnicas, algo que achamos verdadeiramente fascinante num mundo onde os trabalhos são pedidos da manhã para a tarde. No segmento da cor destaco as Canon ImagePRESS C10010VP e no preto e branco a Canon VarioPRINT 6330 TITAN, soluções onde a procura tem sido relevante e que estão disponíveis em Showroom. A abordagem que a Canon e a sua equipa têm vindo a fazer junto dos clientes, passa sobretudo pela qualidade dos equipamentos, pela relação qualidade/preço ou pela adequação ao negócio?

Diria que todos os pontos são relevantes, mas a adaptação da solução às necessidades dos clientes é um ponto fundamental na nossa abordagem comercial. Os clientes são todos diferentes e as nossas equi-

Nesta altura, muitas empresas que têm a sua actividade no mundo da impressão, enfrentam as dificuldades inerentes a uma pandemia e a uma inevitável digitalização de métodos e processos. Acredita que este é o momento exacto para proceder a novos investimentos?

O momento actual ajudou as organizações a repensarem o seu negócio, a sua organização interna/externa e a sua visão estratégica – e naturalmente irão acontecer investimentos na modernização e na implementação dos novos processos digitais – estamos no caminho da Revolução Digital, o mundo nunca mais será igual e estas adaptações e investimentos são fundamentais para a sobrevivência das organizações. A dúvida no investimento, essa irá gerar ainda maiores atrasos no crescimento e na superação do momento actual. Como é muitas vezes referido, é nas crises que surgem as grandes oportunidades. De que forma pode a Canon ajudar as empresas que precisam de aconselhamento sobre o futuro próximo, no que se refere à entrada em novas áreas de negócio?

A Canon sendo uma das maiores organizações do mundo coloca toda a sua experiência ao serviço dos seus clientes, potenciando os mesmos por via de ferramentas inovadoras. Conforme está bem espelhado no European Insight Report (pós-SARS COVID 19), existe uma enorme oportunidade na Digitalização – as organizações devem apostar em aplicações sustentáveis e adequadas às necessidades dos seus clientes. Ajudar as organizações a serem mais eficazes e com isso aumentar a sua rentabilidade. Nada disto será possível se a estrutura organizacional das empresas não for adaptada aos processos digitais. Temos um longo caminho a percorrer e a Canon é o parceiro certo para o fazer.


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VISÃO MUNDO DA IMPRESSÃO

IMPRESSÃO AJUDA EMPRESAS A SUPERAR E LUTAR PELO REGRESSO AO SUCESSO COMERCIAL

H

Á MAIS DE UM ANO A VIVER NA DISRUPÇÃO CAUSADA PELA COVID-19, empresas de todas as dimensões têm resistido a uma tempestade que não estava no seu radar no início de 2020. Um ano e meio depois, o foco quotidiano da maioria dos gestores ainda é manter a continuidade, com vista à recuperação a médio prazo. Mas, com o progresso da vacinação a deixar antever um regresso gradual à vida como a conhecíamos, o ânimo está a mudar. Podemos finalmente olhar para o horizonte e ousar imaginar um período pós-pandemia em que os negócios possam prosperar. Deixo aqui as previsões macroeconómicas para os especialistas, mas podemos sentir-nos satisfeitos com o facto desta crise, como outras antes dela, ter acelerado as oportunidades de crescimento para as empresas que mantêm uma atitude positiva e uma compreensão clara daquilo que os seus clientes querem e precisam.

Mark Lawn Director, Professional Print, Canon EMEA

OPORTUNIDADES INIMAGINÁVEIS PARA ALCANÇAR NOVOS CLIENTES Todos somos consumidores e testemunhámos, em primeira mão, o modo como a pandemia alterou a nossa forma de viver, trabalhar, fazer compras e socializar. Esta mudança radical forçou empresas de

todas as dimensões a inovar rapidamente. As organizações tiveram de adoptar novos modelos de negócio, conceber novos produtos e propostas de serviços e pensar de forma diferente sobre as suas estratégias de posicionamento de mercado. A transformação digital deu um salto de gigante, mesmo para os mais resistentes à tecnologia; por exemplo, todos desempenhámos o nosso papel na mudança sistémica para as compras online. A chamada “economia das encomendas” tornou-se uma realidade e é provável que tenha um impacto duradouro nos hábitos de consumo, mesmo em grupos demográficos que antes evitavam o universo digital. Esta situação beneficiou claramente gigantes como a Amazon, mas também criou oportunidades inimagináveis para milhares de pequenas empresas, criadores e produtores, que têm tirado partido do poder do online e alcançado novos clientes através da entrega de produtos ao domicílio.


VISÃO MUNDO DA IMPRESSÃO

A transformação digital deu um salto de gigante, mesmo para os mais resistentes à tecnologia; por exemplo, todos desempenhámos o nosso papel na mudança sistémica para as compras online PESSOAL, LOCAL, ÉTICO: MUDANÇA NAS PRIORIDADES DE CONSUMO As mudanças nas prioridades dos consumidores, reforçadas pela pandemia, amplificam as oportunidades para as PME. Os períodos de confinamento estimularam-nos a comprar a nível local e de forma ética sempre que possível, e a apoiar os negócios no centro das nossas

comunidades – um comportamento que parece ter vindo para ficar. Estamos mais ligados aos fornecedores locais que nos acompanharam este ano, e suspeito que eles também nos valorizam mais como indivíduos, compreendendo mais do que nunca a importância da relação com cada cliente. As empresas que demonstraram estar focadas na sua

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comunidade foram recompensadas com lealdade e recomendações “boca a boca”. Adicionalmente, intensificou-se também a tendência da personalização, que já estava em pleno andamento antes da pandemia; somos atraídos por produtos únicos, feitos à medida e que refletem a nossa individualidade. Um exemplo disso é o sucesso do marketplace global Etsy, que liga os consumidores directamente aos fabricantes para que encontrem algo extraordinário – algo que é, em grande parte, possibilitado pela impressão personalizada a pedido. A Etsy registou um aumento homólogo de 42% no volume de vendedores ativos, de 55% em compradores activos e de 119% em vendas brutas. NOVOS PONTOS DE CONTACTO CRIAM NOVAS LIGAÇÕES Empresas pequenas e grandes têm utilizado as redes sociais para construir comunidades, interagir com potenciais clientes e estimular a procura pelos seus produtos. Sem lojas nem eventos físicos, as marcas descobriram um novo e vital ponto de contacto com os clientes – o momento do unboxing quando os produtos chegam às suas casas. Parte integrante da jornada de compra, este momento tornou-se mais importante do que nunca. As marcas estão a perceber que esta é uma oportunidade ainda pouco explorada para promover o envolvimento do consumidor e construir uma relação através da impressão promocional e do packaging. Temos visto fornecedores de caixas para alimentos a partilhar cartões com receitas impressas; cabazes de luxo com folhetos explicativos sobre os produtos e dicas de degustação; encomendas online de moda e beleza que incluem ofertas e cupões impressos; e bouquets de flores em caixas com cartões personalizados. Estas estratégias de marketing promocional e merchandising são fundamentais para a experiência do cliente: criam uma ligação emocional entre nós e a marca, tornando o produto mais memorável e aumentando a probabilidade de que o recomendemos ou façamos uma nova compra. As empresas que nos fazem sentir especiais colherão frutos do ponto de vista comercial.


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O FUTURO É HUMANO Quando as empresas puderem reflectir sobre este ano, muitas perceberão que ganharam novos insights inestimáveis sobre os seus clientes, bem como uma grande riqueza de dados. Os gestores sagazes podem utilizar esse conhecimento para adoptar uma abordagem mais individualizada ao marketing, com foco na optimização da experiência do cliente. O principal impacto da pandemia é a ênfase que colocou nas interações humanas. Aprendemos que todas as funcionalidades do mundo virtual não substituem a nossa necessidade de interação no mundo real, e a crescente “fadiga digital” faz com que os consumidores procurem experiências que possam viver com todos os sentidos, e não apenas através de um ecrã. As marcas de sucesso compreenderão isto, e – embora os seus modelos de negócio possam ser online – entenderão a necessidade de nutrir os consumidores com produtos personalizados e criativos, e maketing empático que os trate como pessoas reais e não como públicos-alvo ou números. A impressão encaixa perfeitamente neste requisito, oferecendo a marcas de qualquer dimensão uma abordagem criativa e rapidez, equilibradas com uma confiança e autoridade que o universo digital, por si só, não consegue igualar. TERRENO FÉRTIL PARA A INOVAÇÃO A pandemia estimulou a inovação e o empreendedorismo de forma inspiradora, com o aumento de novos registos empresariais em muitos países em desenvolvimento. Olhando para o futuro, podemos esperar que o cenário pós-COVID seja um terreno fértil para novos projectos florescerem; pois algumas empresas terão, por escolha ou extinção, libertado espaço para o sucesso de novas ideias, frescas e viáveis, apoiadas (esperemos) por estímulos governamentais e modelos de financiamento alternativos para PME, start-ups e empresas em grande crescimento. A agilidade e a antecipação serão fundamentais, o que pode ser útil tanto para empresas pequenas como para organizações corporativas mais complexas. Novas tendências surgirão à medida que saímos do confinamento. Podemos,

VISÃO MUNDO DA IMPRESSÃO

As marcas de sucesso compreenderão isto, e – embora os seus modelos de negócio possam ser online – entenderão a necessidade de nutrir os consumidores com produtos personalizados e criativos, e maketing empático que os trate como pessoas reais e não como públicos-alvo ou números.

Aprendemos que todas as funcionalidades do mundo virtual não substituem a nossa necessidade de interação no mundo real, e a crescente “fadiga digital” provavelmente, esperar uma nova era de frivolidade, à medida que a confiança dos consumidores se vá materializando em gastos em viagens, lazer, refeições fora de casa e outras experiências partilhadas e baseadas na interação. Estou certo de que os mais determinados a “fazer acontecer”, bem como quem tiver a criatividade necessária para se colocar no lugar do consumidor e acrescentar valor de forma única, serão os mais favorecidos. Isto não exige necessariamente

um grande investimento – pode ser uma questão de utilizar as ferramentas e tecnologias que as empresas já têm, aproveitando o seu potencial e transformando-as em vantagens competitivas de outros ângulos. Mudar de caminho não tem de dever-se a uma crise; pode ser a adopção de uma abordagem transversal para resolver um problema, ou para fugir ao óbvio e descobrir novas oportunidades. CRIAR NOVO VALOR Tenho visto grandes exemplos deste pensamento transversal inovador na nossa própria rede de clientes. Muitas PME reconhecem a sua capacidade de produzir impressões de grande qualidade, e colocam-na, de diferentes maneiras, no centro da sua proposta de valor. Pensar em grande, com um foco claro na tentativa de superar as expectativas dos clientes, demonstra espírito de “conseguir fazer” e vontade de tentar analisar e melhorar – o que, na minha experiência, traz quase sempre recompensas. A pandemia ofereceu a cada empresa uma oportunidade de ouro para pausar, reavaliar e encontrar novas formas de pensar. Com uma nova compreensão e intimidade renovada com os seus clientes, este é o momento certo para as empresas agirem de forma diferente, criando novas propostas de valor para os seus clientes, as suas comunidades, e para elas próprias.


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AUTOMAÇÃO Hoje, os quadros devem ser fabricados de forma reprodutível, de custo-eficiente e com óptima qualidade. Só então vai ser melhor que os seus concorrentes.

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ANTEVISÃO MERCADO DE PACKAGING

MERCADO DE PACKAGING em antevisão à Hispack 2022

Mais de 600 profissionais ficaram a par das últimas inovações na área de produção e fabrico de embalagens, durante um webinar que antecede a feira Hispack 2022, que decorre entre 24 e 27 de Maio.

O


ANTEVISÃO MERCADO DE PACKAGING

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Uma directiva da União Europeia indica que até 2030 todas as embalagens devem ser reutilizadas,

referiu Castellà, que destacou também o grande investimento que o sector está a fazer em inovação, especialmente em digitalização, a nível técnico e comercial. CINCO EXEMPLOS DE INOVAÇÃO

O

GRUPO ENPLATER, GRÁFICAS SALAET, MACSA ID, TAVIL E AND & OR apresen-

taram as suas novidades focadas em aspectos chave como embalagens sustentáveis, indústria 4.0, rastreabilidade de produtos e gestão de fim de linha. Este fórum serviu de antecipação ao Hispack que decorrerá entre 24 e 27 de Maio no recinto Fira de Barcelona Gran Via. Mais de 600 profissionais, 30% deles internacionais, acompanharam online as últimas novidades apresentadas pelos fabricantes espanhóis da cadeia de valor da embalagem (fabricantes de embalagens, tecnologia de embalagem, embalagem, envasamento) na sessão Unpack Spanish Innovation realizada pela Hispack e amec envasgraf, grupo que reúne empresas do sector. O evento, transmitido com tradução simultânea em espanhol, inglês e francês, serviu de antevisão do Hispack, que terá lugar em Maio, no recinto da Fira de Barcelona Gran Via. Para o director do Hispack, Xavier Pascual, “a indústria de embalagens é estratégica para a economia. O Hispack realizar-se-á durante os primeiros seis meses de 2022 e este será um encontro importante porque permitirá que as empresas voltem a estar em contacto

directo, num só local com todos os seus clientes e fornecedores”, afirmou. A directora da amec envasgraf, Carmina Castellà, explicou que as empresas espanholas de embalagens, pertencentes a um sector considerado essencial, tiveram um bom desempenho em 2020 apesar da pandemia, visto que o seu volume de negócios aumentou 3,2%, enquanto no primeiro trimestre do ano as exportações cresceram 17%. Para este 2021, “existiu um optimismo generalizado com a perspectiva de podermos recuperar contactos com potenciais clientes”,

Para o director do Hispack, Xavier Pascual, “a indústria de embalagens é estratégica para a economia

Empresas como a And & OR, Grupo Enplater, Gráficas Salaet, Macsa ID e Tavil, apresentaram as suas inovações e captaram o interesse de clientes e fornecedores do sector que acompanharam o webinar, e que no final colocaram um grande número de questões para saber mais sobre estas. O Grupo Enplater, empresa que se dedica às embalagens flexíveis desde 1962 e que exporta 42% do seu volume de negócios, está a adaptar-se para "passar de uma economia linear para uma economia circular" cumprindo a directiva da União Europeia que indica que até 2030 todas as embalagens devem ser reutilizadas, conforme lembrado por seu director de P&D, Pere Coll. A empresa está a transformar-se e isso implica uma mudança de procedimentos e aplicação de diferentes tratamentos nos seus produtos, com o objectivo de facilitar a reciclagem, incorporar materiais reciclados e compostáveis ou de base biológica. Para Coll, esse esforço para encontrar novas soluções está a receber uma óptima resposta dos clientes. A empresa Graphics Salaet está a conseguir transferir para os recipientes que produzem em papel e papelão todas as propriedades necessárias na embalagem (estanque, impermeabilidade, biodegradável, adequada para congelamento e cozedura, entre outras) sem a utilização do até então usual poliéster laminado ou extrudado (PET ) Graças a isso, “as possibilidades de utilização desses materiais aumentam em resposta à redução do plástico em muitos recipientes”, explica o director de vendas da empresa, Roger Villar. Por sua vez, Xavier Möller, director de vendas internacionais da Macsa ID, que desenvolve soluções de marcação e


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Ao imprimir um código QR único é possível acompanhar a rastreabilidade de um produto individual rastreabilidade para alimentos, bebidas, cosméticos ou indústria automóvel, apresentou a nova solução da empresa, o sistema BiDiLase. Ao imprimir um código QR único é possível acompanhar a rastreabilidade de um produto individual, sabendo desde a sua matéria-prima, transporte, distribuição e até a sua reciclagem. “Podemos identificar por onde o produto já passou e se existe algum tipo de problema, saber qual o percentual de embalagens recicladas, etc. Existe a possibilidade de obter muita informação por meio desse sistema de codificação, e o seu software associado”, revelou. A Tavil apresentou a sua inovação para o fim de linha, através da aplicação de tecnologia multi-formato que permite apenas com a leitura de um código alterar instantaneamente todo o fim de linha. “Os nossos clientes precisam ser capazes de produzir em alta velocidade e mudar de formato o mais rápido possível para responder a diferentes requisitos no sistema de etiquetagem, fecho ou paletização dos produtos”, explicou o director de exportação da empresa, Ramon Reguant. Por sua vez, Martín Rollán, da And

ANTEVISÃO MERCADO DE PACKAGING

& Or, testemunhou como a empresa tem trabalhado numa solução de robots com navegação natural e omnidirecional para a automação total dos processos do cliente nas suas diversas linhas. As novas tecnologias e inovações apresentadas suscitaram grandes expectativas e isso ficou claro face ao grande número de questões colocadas pelos participantes do webinar. Para a directora da amec envasgraf, Carmina Castellà, as empresas espanholas do sector destacam-se pela flexibilidade, qualidade, inovação, internacionalização, proximidade, confiança e empenho. As empresas do sector desenvolvem tecnologia para o fabrico de embalagens flexíveis, tecnologia e acessórios para embalagens e tecnologia de embalagens e acessórios para envasamento, etiquetagem, tecnologia de codificação e marcação, tecnologia para impressão de embalagens e para logística, manuseio, armazenamento e fim de linha. Essas empresas são voltadas para os sectores de alimentação e bebidas, farmacêutica, cosmética, químicos, limpeza doméstica e construção civil, entre outros. EXPORTAÇÕES A CRESCER

As exportações espanholas de empresas de tecnologia de embalagem aumentaram desde setembro passado. Apesar de uma pequena queda de 2,9% em 2020, no primeiro trimestre de 2021 estão a experimentar um crescimento de 17%, conforme revelou o director da amec envasgraf. Destaca-se a evolução de mercados como a Rússia, que com aumento de 50,6% em 2020, ocupa o terceiro lugar depois dos Estados Unidos e da França, assim como os chineses, que com 73,5%, subiram para a décima posição. Com periodicidade de três anos, a Hispack é a feira de embalagem, processo e logística de referência na Espanha e uma das primeiras na Europa na sua especialidade. Organizada pela Fira de Barcelona, a feira prepara a sua próxima edição, adaptada à situação actual, de 24 a 27 de Maio de 2022 no recinto de feiras Gran Via em conjunto com a feira de tecnologia Alimentaria FoodTech. A Hispack vai estruturar a sua oferta expositiva em cinco sectores com a participação prevista de mil empresas representadas.


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ESCASSEZ DE PAPEL E CARTÃO

“ESCASSEZ DE PAPEL E CARTÃO PODE SER NOVA MACHADADA NO MUNDO DA IMPRESSÃO“ “Não é possível. Couché brilho de 135 gramas? Só entregam segunda feira.” Hoje é sexta, respondi eu. “Pois, mas só entregam segunda de manhã. Não há papel no mercado. Agora andamos nisto”.

E

O ISTO, É PRECISAMENTE ISTO, UMA ESCASSEZ DE MATÉRIA PRIMA, de vá-

rias matérias primas, de peças, de chips, de válvulas e mais uma larga lista de itens que “desapareceram” do mercado. Dizem os gurus, os especialistas que investigam as evoluções e flutuações dos mercados, do rumo do trading, das importações e exportações, que a culpa foi, é e continuará por bom tempo a ser, da Pandemia. E esta culpa nunca morre solteira, vem sempre aos pares, neste caso, em duplas que podemos designar por “tempestade perfeita”. Por um lado, com a Pandemia e os consequentes confinamentos, disparou o consumo de embalagens, por força das compras online que qual seta teleguiada, encontraram nesta situação a mais poderosa e inesperada campanha de marketing. Começou aí a escassez de embalagens no mercado. A falta delas, fez disparar alarmes, campainhas e gritos de quem já vinha alertando para um mercado que a qualquer pequena subida de consumo, ficaria descalço.

O que o som destes alarmes provocou foi de imediato uma acentuada subida de preços, entre 15 e 50 por cento, sobretudo pela matéria prima em si e depois pelo valor de transporte e logística associado. Ninguém podia prever uma pandemia e muito menos a necessidade de confinamentos. Se alguém com bola de cristal o tivesse dito, durante o pujante momento económico de 2019, teria sido apelidado de louco. E se alguém ainda assim tivesse previsto tudo isto, teria de ter equacionado implicações imediatas a que não escaparia o crescimento do ecommerce como consequência natural do encerramento de grandes superfícies comercias e lojas de rua um pouco por todo o mundo. Na verdade, se as pessoas ficaram em casa, privadas de sair e continuaram a ter necessidade de comprar, o online foi a solução mais apropriada. As empresas gráficas foram, na sua maioria apanhadas desprevenidas. Foi preciso continuar a trabalhar e foi lhes mesmo atribuído o estatuto de organizações de interesse público e elevada im-


ESCASSEZ DE PAPEL E CARTÃO

portância para a à manutenção de áreas de relevo em funcionamento, como a editorial, livreira, comercial e packaging. O problema não se colocou de imediato. Havia papel, havia cartão em stock. Mas, porque é que de repente se deu esta escassez de matéria prima para produção de embalagem e de produtos impressos? Porque é que os preços subiram tanto? O confinamento, as compras online, a proibição de importação e aparas para a China, desde o início do ano são apenas alguns dos motivos que contribuiram para uma subida dos custos da matéria-prima.

Com a escassez de papel e cartão, há empresas que estão a organizar-se para fazer stock

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O reflexo desta soma, trouxe um inevitável aumento do preço final tanto dos produtos de embalagem como de outros produtos impressos. A par do aumento de custos, está a escassez. Para quem como eu segue esta área em especial, para quem como eu “absorve” como esponja toda a informação que é emitida por entidades, associações, empresas e publicações genéricas ou especializadas, o puzzle completa se com mais algumas peças. E uma dessas peças de encaixe fundamental diz respeito ao açambarcamento de stocks que foi sendo feito por grandes empresas de cariz mundial, como a Amazon e outros gigantes, que pelo imenso poder económico podem decidir “brincar” às casinhas, quando e como querem. Juntamos ainda outras peças vindas da China, quando também esta reteve mais matéria prima do que o necessário, não fosse o “Diabo tecê las” e, a peça final referente à demora na retoma da produção de papel em vários pontos do globo, quando algumas fábricas estiveram paradas, semi paradas ou em modo reduzido de laboração. Quem também deu um empurrão neste jogo do puzzle, foi os EUA, visto que o país deu sinais imediatos de uma procura esmagadora de papel e cartão. Como se não bastasse, reduziu de forma explícita a exportaçao para a Europa, tanto da matéria prima, como do produto acabado. Como uma desgraça nunca vem só, e se algo tem de acontecer, vai mesmo acontecer, ainda assistimos durante semanas a um episódio inédito de um barco de carga atravessado no canal do Suez, o que provocou atrasos nunca antes vistos no fornecimento de bens e produtos à velha Europa. O resultado? Preços que dispararam sem que alguém o contestasse. De repente não só o preço do papel e cartão subiu como escasseou no mercado. E agora já não é possível voltar atrás. Quem passou a comprar online, habituou se. E este consumidor, hoje mais desperto para as questões de sustentabilidade, já não quer receber as suas compras embru-


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lhadas em produtos plásticos. Quem o fez, percebeu, dado o número de reclamações dos seus clientes, que tinha dado um tiro no pé. A pandemia veio assim dar um empurrão ainda maior para a crise da área de impressão já que muitos produtos gráficos viram as suas tiragens definhar. A produção de produtos impressão, caiu a nível global mais de 18 por cento, enquanto especificamente o papel para impressão de jornal e papel e de documentos de escrita diminuiu respectivamente 20,5% e 18,4%. Apesar do mau momento, nem tudo é mau, já que esta pandemia veio forçar as empresas a uma reinvenção e diferenciação no que se refere a métodos e processos, a novas formas de cativar o cliente, de promover a impressão e mesmo de apresentar alternativas actuais que conjugam os produtos físicos e o mundo digital. O que é mesmo muito mau e preocupante, é que com aumento de preços e escassez de matéria prima, isto vem atrasar mais os prazos de entrega de material pronto, de material impresso a tempo e horas dos deadlines definidos por agências, marketeers e clientes finais e isso, pode “empurrar” ainda mais, algumas decisões para o mundo digital. A velocidade do mundo actual, a urgência das campanhas e necessidade de chegar ao cliente e consumidor final, não se conjuga com atrasos sucessivos no acesso à matéria prima. A solução não é fácil nem terá respos-

• Com todas estas contingências em cima da mesa, deverão as empresas de impressão informar os seus clientes sobre a situação actual de escassez de matéria prima, sobretudo de papel?

• Deverão as empresas de impressão fazer stock de alguns tipos de papéis mais correntes?

• Deverão as empresas de impressão sugerir soluções mais adequadas à produção de trabalhos gráficos?

ESCASSEZ DE PAPEL E CARTÃO

A China comprou produção futura em várias áreas de negócio. Os EUA investiram em logística. A Europa observa.

• Deverão as empresas de impressão trabalhar com os clientes no sentido de sensibilizar para a questão dos prazos de entrega face a esta escassez de matéria prima?

• Pode esta situação ser um entrave a campanhas que integram produtos físicos impressos em materiais mais “escassos” no momento?

ta a curto prazo, mas pelo menos, terão os responsáveis e profissionais gráficos de saber informar com antecedência os seus clientes, de que este mercado assiste a um desequilíbrio de oferta de matéria prima, que a todos pode prejudicar. Informar e jogar pelo seguro na encomenda de papel pode ser uma solução eficaz para quem não pode ter stock ou não tem como o fazer. Como diz o ditado, “cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém”.


FEIRAS E EVENTOS 2022

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FEIRAS E EVENTOS

D

A NÃO PERDER EM 2022

EPOIS DE MAIS DE ANO E MAIO DE PANDEMIA e consequente paragem na realização de eventos, é tempo de programar o próximo ano de 2022, marcando na agenda as feiras, fóruns e seminários a que não pode faltar. Assim, colocamos aqui em destaque os mais relevantes para que possa programar a sua vida pessoal e profissional

Feiras 2022

e manter e estar presente nos mais importantes eventos para o seu negócio. Estar atento a tendências de mercado, observar as novidades tecnológicas, antecipar estratégias e ouvir os especialistas de várias áreas, é essencial para definir o rumo e garantir uma gestão empresarial mais eficaz e eficiente.

Labelexpo 2022 Feira de etiquetas e embalagem

26 a 29 de Abril de 2022 Bruxelas – Bélgica

29 de Janeiro a 1 de Fevereiro de 2022 Frankfurt - Alemanha

Fórum sobre a importância do erro no marketing

14 de Maio de 2022 Porto – Portugal

Paperworld 2022 Feira de papelarias, estacionário, escritório, gifts, bazar, fornecedores de material e utensilios

Marketing Mix do Erro 2022

Print4All Feira de impressão e comunicação industrial, embalagem e etiquetas

3 a 4 de Maio de 2022 Milão – Itália

Hispack 2022 Feira de embalagens, processos e logística

24 a 27 de Maio de 2022 Barcelona – Espanha

C! Print 2022 Feira de comunicação visual, impressão digital e personalização

1 A 3 de Fevereiro de 2022 Madrid – Espanha

PRINTALKS 2022 Fórum sobre impressão e comunicação SUSTENTABILIDADE NA IMPRESSÃO

Digicom 2022 Feira de impressão digital e comunicação visual

4 e 5 de Maio de 2002 Mercado de Santa Clara Lisboa – Portugal

20 a 22 de Setembro de 2022 Madrid - Espanha

Portugal Print, Packaging & Labeling 2022

Graphispag 2022

LuxPack 2022

Feira de impressão, embalagens e etiquetas

Feira sobre impressão e comunicação visual

Feira de embalagens de luxo

10 a 12 de Fevereiro de 2022 Lisboa - Portugal

10 a 13 de Maio de 2022 Barcelona - Portugal

3 a 5 de Outubro de 2022 Mónaco - Mónaco


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NÓS SOMOS SERIGRAFIA

UM PASSO À FRENTE MOLDANDO O CAOS EM PRODUTIVIDADE! A impressão serigráfica adaptada à pandemia e o que ela precisa fazer para continuar evoluindo!

Formação: Centro de Competências da RuyDeLacerda

David Forrester Zamith

C

omo resultado da pandemia global Covid-19, o bloqueio em Portugal, como em outros lugares, fez com que a economia normal parasse, sem vendas e sem encomendas, e com a cadeia de produção e logística quebrada. Na Europa, uma situação caótica emergiu com a falta de máscaras faciais adequadas e equipamentos de protecção individual, devido à dependência externa, particularmente da Ásia. A abertura do mercado europeu para a Ásia e a crise financeira de 2008 causou uma hecatombe no Cluster Têxtil Português, mas a resposta “moda-lar-técnico” deu a volta por cima e surgiu como uma indústria avançada e competitiva, ancorada na capacidade da Universidade e Centros Tecnológicos Têxteis e de aumentar as exportações em têxteis técnicos de valor acrescentado! TRANSFERES TÊXTEIS Com o apoio do CITEVE – Centro Tecnológico para a Indústria Têxtil e de

Ruy de Lacerda & Cª., S.A.

Máscaras faciais decoradas com transferes têxteis serigráficos, cortesia da INO SD Print

Vestuário de Portugal, quando o Covid-19 ameaçou essas indústrias elas “reinventaram-se”, obtendo certificações médicas oficiais altamente procuradas, começando a produzir máscaras faciais e outros materiais de protecção, para agora exportarem-nos globalmente. Após o bloqueio, essas indústrias gradualmente mudaram-se para uma situação mais equilibrada, com mais e-commerce do que antes, mantendo máscaras faciais e materiais de protecção como parte das

suas linhas de produtos têxteis. Seja empregando a impressão directa (Serigrafia-Digital-Híbrido) ou usando transferes têxteis (Serigráficos-Digitais), tendo havido um boom no sector dos transferes de impressão serigráfica com vários investimentos relacionados à pré-impressão em automação, tecnologia CTS, equipamentos de impressão, estufas de secagem e unidades de transferência de pó adesivo hotmelt. Em toda a Europa, a taxa de transferes


NÓS SOMOS SERIGRAFIA

Exemplo de Decalcomania Cerâmica

INO SD: unidade de transferência de pó adesivo hotmelt MPA

têxteis usando tecnologia de impressão serigráfica está crescendo à medida que a tecnologia se encaixa nas exigências, seja pela intensidade de cor, depósito de tinta, repetibilidade de imagem, reprodutibilidade do fotorrealismo, pela durabilidade, bem como pela adição de adesivos ou retardantes de chama. A popularidade da Tecnologia Serigráfica na produção de transferes têxteis está relacionada à normalização garantida pela tecnologia de imaginação CtS digital

À medida que a digitalização no processo de automação continua a evoluir, as habilitações humanas também devem ser ajustadas! directa por luz (sem fotolito), não incorrendo em constrangimentos de processo no departamento da pré-impressão. De uma forma fácil, flexível e rápida, tornando possível produzirem-se de 50 a 500 ecrãs por dia! DECALCOMANIAS CERÂMICAS: Outro exemplo de resiliência e visão estratégica vem da Decordecal -Ílhavo, em Portugal. A empresa já era líder tecnológica quando, em 2012, instalou o primei-

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ro sistema STM-TEX (CtS) em automação total, das empresas suíças SignTronic & Grünig-Interscreen, e antecipando o que a Indústria 4.0 agora sinaliza como passos importantes para a automação digital no chão de fábrica ancorada em tecnologias inovadoras. Em pré-pandemia a Decordecal tinha acabado de instalar um novo sistema de imaginação CTS - STM, o avançado STM-TEX em Nova Geração 4 com Tecnologia Stencil Master. A empresa modernizou o seu modelo de negócio com novo layout industrial, investindo em um novo software de imagem ColorGATE, uma nova linha de impressão SPS Vitessa Cylinder e um novo secador wicket INO. “O nosso departamento de pré-imprensão é fundamental e o CTS é o coração da tecnologia de Impressão Serigráfica”, disse Paulo Mota, director geral da Decordecal. O plano de investimento da empresa está em andamento e a Decordecal tem como objectivo estar “totalmente actualizada” após o término da pandemia, com base “num novo layout do chão de fábrica, processos automatizados, com tecnologias digitalizadas avançadas e mais sustentáveis”, acrescentou. RECUPERAÇÃO E RESILIÊNCIA PRR - o plano de recuperação e resiliência está em vigor para ajudar as economias e as sociedades europeias a serem mais sustentáveis, resilientes e mais bem preparadas para os desafios e oportunidades de transicções verdes e digitais. À medida que a digitalização no processo de automação continua a evoluir, as habilitações humanas também devem ser ajustadas. Um novo plano interno de educação digital na estratégia industrial deve ser apoiado, em cada país, pela academia, centros de tecnologia e escolas profissionais, laboratórios técnicos locais, planos de formação interna nas empresas e pela utilização dos Centros de Competências e Formação Técnica existentes nos fornecedores da tecnologia de impressão serigráfica! Re-Skilling & Up-Skilling” é uma tendência emergente que precisa ser implementada de forma estratégica para fortalecer a inovação, a competitividade, o potencial de crescimento da economia e apoiar a criação de novos empregos.


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OPINIÃO MARIA JOÃO BOM

Maria João Bom Professora Assistente no Instituto Politécnico de Tomar, do Curso de Design e Tecnologia das Artes Gráficas mariajoaobom@ipt.pt

Errar é humano. Será?

O

erro no design, conhecido também como uma falha latente humana, é algo que acontece quando o design gráfico é pobre em termos visuais e/ou de conteúdo, ou quando uma empresa gráfica falha na reprodução de determinado objecto gráfico, após ter assumido que o produto final iria assumir determinada aparência que depois ficou aquém das expectativas. Mas a acepção do erro em design pode também assumir outras facetas, e pode ser inclusivamente entendida como algo de positivo. Sebastião Rodrigues, sem dúvida um dos melhores designers

portugueses, cuja obra é uma revelação visual, dizia que o imprevisto ou o improviso desempenhavam um papel importante na construção da sua obra. Isto é, o erro assumia no seu grafismo uma conotação positiva, uma vez que consistia numa forma de descoberta de novos caminhos, que não os pensados inicialmente. O erro surge aqui como revelação, deslumbramento pela fecundidade do acaso, do imprevisto como Sebastião Rodrigues dizia. Para tal, é no entanto, necessário encarar o exercício de design gráfico com parcimónia e abertura de espírito.

Diria, contudo, que mais de um terço do design gráfico produzido presentemente é pobre, é errado, não porque provenha da descoberta e incorporação do erro, quer nos seus conteúdos visuais quer conceptuais, mas sim porque lhe falta sentimentos e humanidade ou expertise na pura execução e manipulação das formas visuais. Chamaria a este design gráfico inexato, incorreto e, ainda, errático, porque parece estar a fazer doutrina, o que é deveras assustador, uma vez que existem formas de design gráfico, cuja compreensão imediata é uma condição sine


OPINIÃO MARIA JOÃO BOM

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Erro (derivação regressiva de errar ou do latim erros) 1. Ato ou efeito de errar. 2. Aquilo que resulta de uma má compreensão ou de análise deficiente de um facto ou de um assunto. = ENGANO, INCORRECÇÃO, INEXACTIDÃO 3. O que está imperfeito ou mal feito. = DEFEITO, FALHA, IMPERFEIÇÃO, SOLECISMO 4. Desvio em relação a uma norma (ex.: erro ortográfico). “erro”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/erro [consultado em 05-09-2021].

qua non, como sinais e cartazes de prevenção de qualquer ordem ou sinalética. Mas errar é humano, assim como é humano aprender com o erro, sobretudo quando este é de conduta de carácter ou profissional, nomeadamente quando se tentam convencer as outras pessoas de que não existe erro e o que foi feito foi bem feito. Mal feito! Pior a emenda do que o soneto! Os resultados são desastrosos pois quebra-se a confiança, os laços entre concidadãos, a própria autoestima de quem errou desce consideravelmente, pois o objectivo é convencer o outro. Mas a questão é, será capaz

A acepção do erro em design pode também assumir outras facetas e pode ser inclusivamente entendida como algo positivo

de se convencer e perdoar a si próprio, sobretudo quando tal pode conduzir à perda de um cliente? Espero que sim, pois todos nós erramos profissionalmente, familiarmente nas relações com os amigos, entre outros. Tal para dizer que o fundamental é retirar do erro que se comete as elações necessárias, por forma a que permitam que não o voltemos a cometer ou por forma a perceber quando o que ocasionalmente nos bate à aporta é bom e nos torna melhores designers gráficos se o incorporarmos nos nossos projetos. Nem sempre o erro é mau!


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Ana Bolina

OPINIÃO ANA BOLINA

Er.ro |ê| – Oops!

Diretora de Marketing Soc. Com. C. Santos, S.A. Porto / Maia

A

EVIDÊNCIA DO ERRO. Na linguagem informática, a palavra erro aparece frequentemente como tradução da palavra inglesa error, que no seu contexto significa avaria ou disfunção. Em inglês disfunção seria mistake. Por sua vez, o erro em português é sinónimo de ter um humano a atuar.

File could not be played. Mistake.

Women’s freedom cannot be achieved!

Falha no software humano.

“…Nenhuma praça, rua, avenida pode incluir a palavra mulher”

O erro paga-se com a vida.

Universal: o medo de errar está nos padrões comportamentais das pessoas.

Façamos uma viagem até Portugal, à mudança e evolução de uma era digital, que, mencionam as tendências, em que o futuro vai valorizar as competências dos “afetos”, a inteligência emocional… Será que estão a incluir a manutenção da espécie... a maternal? Esta é a altura das mulheres assumirem a responsabilidade pelas decisões e seguirem em frente, procurarem novos caminhos, simplificarem processos e deixarem aparecer um ambiente propício à geração de ideias. O contributo da mulher assume cada vez mais importância na nossa sociedade. Teve, e ainda tem, um papel a exercer na luta contra vários preconceitos: racial, sexual, político, cultural, linguístico ou económico.

Fala-se cada vez mais das mulheres no mundo empresarial. O mundo que foi construído por homens, num universo com regras próprias. Para se viver uma família, pressupõe-se o conhecimento das regras deste núcleo, integrar e construir novos projetos. Mas até que ponto as mulheres não continuam a ser as Anitas (ou as Martines, nome original da personagem criada pelos belgas Gilbert Delahaye e Marcel Marlier em 1954), nas empresas? Até que ponto nesta descoberta de integração de uma nova afirmação, a Mulher Fatal não acaba por prevalecer? Fala-se de desigualdade e, remetendo este discurso para Portugal, as mulheres ainda permitem de uma forma silenciosa as heranças culturais de um passado reprimido. Passemos ao exemplo do modo como permitem ser chamadas por diminutivos. Os homens afirmam-se na sonoridade do seu nome, pelo menos constata-se que assinam os três nomes, ainda que o do meio seja mais curto. Nomes esses que se não forem enumerados, quem os pronuncia sente vergonha alheia. Pelo contrário, as mulheres sentem-se mais acarinhadas quando são tratadas por diminutivos, sentem-se mais reconhecidas. Ora, o diminutivo, como o próprio nome indica, diminui, retira afirmação, é emitido um conjunto de palavras que amenizam a força da própria palavra, retira euros à competência. A maneira como um som nos identifica é uma das ferramentas mais fortes do marketing pessoal. É o nosso Bilhete de Identidade que constrói uma história conosco. Naturalmente que existem casos de todos os tipos e as desigualdades

“A maneira como um som nos identifica é uma das ferramentas mais fortes do marketing pessoal. É o nosso Bilhete de Identidade que constrói uma história connosco”. na igualdade de género ainda são notórias, mas, neste caminho, se não forem as mulheres a construir a sua identidade e ultrapassarem fragilidades de refúgio, possivelmente nos próximos 20 anos vão continuar a ser a “Anita que vai à empresa”. Estamos no final da era onde se acreditam em “achismos” e opiniões. Como dizia W. Edward Deming (economista que difundiu o conceito de qualidade total no Japão do pós-guerra): “In god we trust, all others must bring data”. Em Deus nós acreditamos, todos os demais têm de trazer dados.

Iniciar, executar, salvar. OK.

Shutdown? OOps!!

(Dois oolhos que não viram!!)


CAPAS 24 ANOS ANIVERSÁRIO

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anos de

V

Quando a IG surgiu no mercado, a indústria gráfica era totalmente diferente. Na verdade, parece ter sido em outra vida. Apesar de tudo, a forma como a revista foi recebida, foi fantástica e surpreendeu me bastante que muitas pessoas e empresas tivessem apoiado o projecto sem pestanejar. Se há algo que recordo e me orgulho, é o carinho que senti por dar vida a uma revista que sempre fez a ponte entre os diferentes protagonistas, profissionais da área gráfica, que deu voz a responsáveis, especialistas em matérias de relevo, opiniões, tecnologias, tendências e que me permitiu conhecer pessoas e lugares verdadeiramente inesquecíveis. Durante 24 anos vi surgir muitas empresas, acompanhei o desaparecimento anunciado ou repentino de outras, emergiram figuras de destaque, retiraram-se nomes sonantes, assisti ao lançamento de milhares de tecnologias, à substituição de métodos e processos, testemunhei a mudança de toda uma indústria e, sobretudo, tive a sorte de fazer amigos, de criar laços com algumas pessoas que sempre me apoiaram e deram um enorme contributo para que a revista rompesse a barreira destes 24 anos. 24 anos é de facto muito tempo, muitas coisas aconteceram e, creio que continuarão a acontecer cada vez mais rapidamente, levando-nos a todos a ter de estar ainda mais atentos a cada novidade, a cada tendência, tecnologia e comportamento. Para continuar no mercado, as empresas desta área e de todas as outras, têm de ter todas as antenas sintonizadas, precisam de ouvir, ler, assistir, participar, estar despertas e, antecipar situações. Hoje o mercado funciona de forma muito diferente mas, apesar de toda a tecnologia, há algo que não mudou e que continua a fazer a diferença e esse elemento é o contacto humano. É por isso que a pandemia nos incomodou tanto. É por isso que sentimos tanto a falta de contacto, de partilha, de inter-acção. Com a IG, queremos continuar a estar próximos do mercado, a cruzar dados, levar informações, partilhar experiências, alertar para as novidades, garantir que esta área tem visibilidade e se dá a conhecer. Não prometemos mais 24 anos, mas apostamos na nossa adaptação e no acompanhamento da área de impressão e comunicação para que cada um dos milhares de profissionais possa rever-se e ter orgulho na sua actividade. Ao longo de 24 anos agradeci muitas vezes por toda a ajuda, apoio, participação, colaboração e mesmo por todas as críticas que, na sua maioria construtivas, fizeram com que se ajustasse o rumo e os conteúdos. Agradeço a todos os que apoiam a IG com uma presença comercial nas páginas da revista, agradeço a quem lê a IG, agradeço a quem torce para que o projecto continue e, sobretudo, agradeço a quem continua a desafiar-me para que reinvente, inove e renove cada edição. A todos os que me inspiram com o exemplo de resiliência e determinação, o meu muito obrigada! Ana Paula Cecília

Nunca foi um percurso fácil. Nunca foi só uma revista Nunca foi só um negócio Nunca foi um projecto sem coração A IG foi sempre uma paixão!

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FOTOGRAFIAS DOS LEITORES

A IMAGENS DE QUEM LÊ A IG


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MAKING OF DE UMA PRODUÇÃO

A brochura especial sobre a tecnologia Iridesse foi impressa na gráfica M2, com a supervisão de José Martins e Sandra Andrade da Xerox

Making of produção brochura Iridesse

A

PRODUÇÃO DE UMA BROCHURA PARA A XEROX sobre a iridesse foi um

trabalho de valor acrescentado por todos os motivos. Para além de ser um projecto que deu a voz a duas empresas que têm já a experiência de trabalhar com o equipamento Xerox Iridesse, permitiu ainda que o mesmo seja uma “montra real” daquilo que é o resultado final de impressão. Desta vez a impressão feita com a mais valia do KIT PINK da Iridesse, adquirido pela empresa Gráfica M2, demonstra o que criativos, designers, departamentos de marketing e comunicação podem fazer, indo para lá da imaginação. Na produção desta brochura, estive-

Xerox+ IG+ M2 = Brochura especial Iridesse

ram envolvidos vários protagonistas, com os conteúdos a serem elaborados por Ana Cecília da Integráficas, o design pela Designglow, a supervisão técnica da responsabilidade da Xerox e a impressão realizada na empresa M2, com a experiência de José Martins, um dos maiores especialistas em impressão em Portugal e mesmo a nível internacional. A M2 é considerada um atelier de referência em matéria de impressão e esse é o motivo que leva os mais exigentes criativos a trabalhar com José Martins e a sua equipa. Durante a impressão da brochura, foram efectuadas filmagens para a realização de um vídeo.



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