INFORME ABIMDE ABRIL 2018

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ALA 2 e GAP-AN Em Anápolis, está localizada a ALA 2 e o Grupamento de Apoio de Anápolis (GAP-AN), estratégicos e decisivos para garantir a segurança do espaço aéreo brasileiro. No projeto de reestruturação da Força Aérea Brasileira (FAB), além dos esquadrões Guardião (2º/6º GAV) e Jaguar (1º GDA), que já operavam na organização, o esquadrão Carcará (1º/6º) foi deslocado do Recife (PE) para compor a ALA 2. E, a partir de 2019, a unidade deve receber e sediar os caças suecos Gripen NG. POLO DA BASE INDUSTRIAL DE DEFESA Por causa de todos esses motivos e também outros ainda mais estratégicos, em meados de 2015, a Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA) teve conhecimento de que, pela perspectiva da Escola Superior de Guerra, Anápolis reúne as condições mais favoráveis para sediar um Polo da Base Industrial de Defesa, seguimento que compreende armas, munições, veículos blindados, aeronaves, satélites, roupas e calçados, dentre outros. E, em junho do ano seguinte, em reunião ordinária na associação, o presidente Anastacios Apostolos Dagios recebeu o então delegado regional da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG), o jornalista Gilberto Alves Marinho. Ele destacou que o eixo econômico Brasília/Anápolis/Goiânia, de acordo com estudos estratégicos do Governo Federal, vai ser, em 30 anos, o segundo mais importante do país, ficando atrás, somente, do eixo Rio/São Paulo. Isso significa mais investimentos públicos e privados, melhoria na qualidade de vida e mais avanços educacionais para a região, e também alertou que as lideranças de Anápolis precisavam se mobilizar. A partir das informações fornecidas pela ADESG, a ACIA intensificou a mobilização de todos os stakeholders do seguimento empresarial, universitário, classista, então Base Aérea de Anápolis, hoje ALA 2 e GAP-AN, Militar do Planalto (Exército) e do Fórum Empresarial da cidade, para perscrutar essa possibilidade. O resultado foi positivo, e a partir daí desencadeou uma série de ações coordenadas para a atração de empresas desse seguimento para o município e que tem dado resultados significativos. COMDEFESA-GOIÁS O Comitê da Indústria de Defesa e Segurança (COMDEFESA-GO) é resultado dessas ações. A iniciativa partiu da ACIA e teve o apoio incondicional da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG), que lançou o Comitê no dia 26 de janeiro de 2018 na Casa da Indústria, em Goiânia.

O comitê atende aos padrões preconizados pelo Ministério da Defesa (MD) e é composto pelos representantes de 26 sindicatos filiados à FIEG e de mais seis representantes de entidades setoriais ligadas à cadeia produtiva do setor e instituições de ensino e pesquisa. Por indicação do presidente da FIEG, Pedro Alves de Oliveira, o Comitê é liderado por Anastácios Apostolos Dagios, presidente da ACIA, e Wilson de Oliveira, vice-presidente da FIEG e presidente da FIEG Regional Anápolis. O segmento de Defesa é responsável pela geração de mais de 25 mil empregos diretos e 100 mil indiretos, movimentando anualmente mais de US$ 3,7 bilhões, sendo US$ 1,7 bilhão em exportação e US$ 2 bilhões em importação, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde). ENTREVISTA Anastacios Apostolos Dagios Presidente da ACIA e do COMDEFESA-GO Informe Abimde - Quais as perspectivas de Anápolis com o novo Polo de Defesa do Brasil? Anastácio Apostolos Dagios - Anápolis se tornou o maior Polo Industrial do Estado com ciclos econômicos bem definidos: chegada da linha de trem (1936), construção de Goiânia (1947), construção de Brasília (décadas de 60/70), construção do DAIA (inaugurado em 1976), instalação do Porto Seco Centro Oeste (1997-1999) e agora a expectativa da inauguração do Aeroporto de Cargas da cidade. A perspectiva da classe empresarial com a implantação do Polo é que um novo ciclo de crescimento se instale no município como nos ciclos anteriores. IA - O que a Base Industrial de Defesa (BID) pode esperar desse novo Polo? AAD - Devido Anápolis já ter um Centro Industrial e Comercial já consolidado, a BID já encontrará as condições favoráveis necessárias, sobretudo com as facilidades que o Estado de Goiás já oferece; o acesso facilitado a recursos materiais devido à vocação logística da cidade e aos recursos humanos, com mão de obra especializada por causa das universidades presentes na cidade. IA - Quais as vantagens que a BID terá? AAD - A localização estratégica da cidade no centro do Brasil e com proximidade a Brasília possibilita uma logística boa e barata, os incentivos fiscais são de baixo custo e as condições de financiamentos são facilitadas (BNDS e FCO).


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