Tribuna do Espiritismo - julho de 2018

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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • JULHO DE 2018 • ANO 5 • Nº 58 • 15.500 EXEMPLARES • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br

Momento histórico Inscreva-se no EAC 2018 até 31 de julho com valor mínimo.

Encontro Anual Cairbar Schutel celebra 150 anos de nascimento de Cairbar Schutel, a ocorrer em 22 de setembro. Evento também terá importância social, pois a receita excedente será destinada à construção da nova sede da Casa de Fraternidade Chico Xavier, em Araraquara (SP), e também contribuirá com instituições de Matão (SP). Nosso companheiro Ismael Batista Um grande amigo retorna. Nossa homenagem de gratidão na inspiração de Walmor. Guaxupé (MG) o guarda na memória e no coração! Legado imenso de trabalho! Veja matéria na página 11.

Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT

Remetente: INSTITUTO CAIRBAR SCHUTEL Cx. Postal 2013 – 15997-970 – Matão-SP.


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Julho de 2018

Editorial

Schutel e o EAC

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o dia 15 de julho, em 1905, Schutel fundou em Matão o Centro Espírita Amantes da Pobreza (atualmente O Clarim), iniciando sua expressiva trajetória de divulgação espírita. Agora, em julho de 2018, 113 anos depois, estamos às vésperas de comemorar os 150 anos de nascimento desse benfeitor que influenciou gerações com seu exemplo de coragem e determinação, numa época de muitos preconceitos e inúmeras dificuldades. O sesquicentenário será lembrado com dois eventos na cidade onde laborou: o evento Espíritas em Ação (a ocorrer no sábado, 4 de agosto) e o tradicional EAC, em sua 8ª edição (a ocorrer em 22 e 23 de setembro), com foco nessa notável personalidade e sua obra. Informações sobre o evento de agosto devem ser obtidas pelo WhatsApp (16) 99620-7404, com Rose. Para o EAC, inscrições (com valor mínimo até 31 de julho) e informações diretamente no site: www.institutocairbarschutel.org. Participe desse momento histórico do Espiritismo nacional e internacional. São 150 anos de nascimento de uma vida de exemplos e dedicação. r

USEs renovam diretoria Federativa estadual já está com novo Presidente Redação

institutocairbarschutel@gmail.com

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USE – União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, órgão representativo do movimento de unificação espírita no CFN – Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, e atuando no estado com as USEs Regionais, Intermunicipais, Municipais e Distritais – face à extensão geográfica paulista, efetuou nos últimos meses a renovação das respectivas diretorias que dividem o estado por regiões, culminando no último dia 3 de junho, domingo, com a eleição da nova diretoria para a gestão estadual que coordena as divisões administrativas acima citadas. A gestão é para o período 2018 – 2021. Os membros da nova Diretoria Executiva são os seguintes: Presidente: Aparecido J. Orlando; 1ª Vice-Presidente: Rosana

Amado Gaspar; 2º Vice-Presidente: Pascoal Antonio Bovino; Secretário Geral: Hélio Alves Corrêa; 1º Secretário: Newton Carlos Guirau; 2ª Secretária: Eronilza Souza da Silva; 3º Secretário: Walteno Santos Bento da Silva; 1º Tesoureiro: Maurício Ferreira Agudo Romão; 2º Tesoureiro:

Elisabete Márcia Figueiredo; Diretor de Patrimônio: Silvio César Carnaúba da Costa. Em Matão Gustavo Marischen assumiu a presidência da USE Matão e em Araraquara, Braz Neves, que é de Gavião Peixoto e vinculado àquela USE, é o novo Presidente. A todos cumprimentamos com votos de muito êxito. Comprometidos com a divulgação espírita, na seriedade das tarefas ao longo das décadas em suas bagagens doutrinárias, os credenciam para tarefas de expressão em favor do movimento espírita. Nossos cumprimentos! r

USE Matão

USE Estadual

57ª Semana Espírita em Barretos (SP) e região Em Barretos: 8 a 14 de julho. Colina: 16 a 20 de julho. Guaíra: 16 a 20 de julho. Diversos palestrantes de diferentes cidades premiam o público

com as palestras em promoção da USE Intermunicipal Barretos. Mais informações pelos telefones: (17) 99773-0007, Sandra, ou (17) 99773-0420, Eduardo.


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Evangelização Espírita da Família Não basta apenas levar a criança para a evangelização Marcus De Mario

marcusdemario@gmail.com

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studiosos da educação sabem que a família é a base da sociedade, e que nela deve ser desenvolvida a educação moral dos filhos, que oportunamente serão aqueles que vão assumir importante protagonismo nas instituições sociais e na humanidade. Para nós espíritas, isso não é novidade, pois desde o lançamento de O Livro dos Espíritos, em 1857, esse assunto – da máxima importância – é muito bem tratado pelos Espíritos Superiores e também por Allan Kardec, o que levou o movimento espírita brasileiro a criar e incentivar projetos e ações de evangelização da criança e do jovem, desenvolvidos pelos Centros Espíritas, de expressivos resultados ao longo do tempo na formação das consciências, levando as novas gerações à compreensão e vivência do bem e do amor. Com a dinâmica social trazendo novos desafios, que adentram as portas do Centro Espírita, estamos agora ampliando o trabalho até o momento realizado no campo da evangelização espírita, no entendimento que não basta educar crianças e jovens, ou seja, não basta a preocupação apenas com a formação das novas gerações,

é preciso abraçar a família como um todo, inserindo no processo evangelizador igualmente os pais, os responsáveis, os avós, os tios, ou seja, os adultos que formam a família, seja em que contexto for a estrutura dessa família, pois o lar é a primeira escola, como nos alertam os amigos espirituais, e um lar sem harmonia, desequilibrado, afastado do Evangelho, terá influência muito grande sobre os filhos, até mais forte que a evangelização espírita. O convite que fazemos neste momento é o de ampliação da evangelização espírita infantojuvenil para evangelização espírita da família, com o atendimento inclusive aos pais e responsáveis, em rodas de conversa, grupos de pais, encontros da família, cursos de orientação, pois é preciso ter visão total, integral, não apenas do ser divino que somos, mas também do meio social em que vivemos. E esse atendimento aos pais e responsáveis, preferencialmente, acontecer no mesmo dia e horário em que as crianças e jovens são atendidas. Com essa nova visão vamos esclarecer aos adultos que não basta levar a criança para a evangelização. Isso é importante, mas não é sufi-

ciente. Pais e responsáveis devem se conscientizar que é essencial aprender como educar os filhos, como desenvolver bons relacionamentos com os familiares, a importância do evangelho no lar, o significado profundo dos bons exemplos e assim por diante, numa gama de temas da maior importância para que a família seja, de fato, uma instituição social educadora por excelência. Evangelização Espírita da Família é a bandeira que agora, paulatinamente, o movimento espírita levanta, numa visão integral, visão do todo. Para esse novo tempo, os evangelizadores da infância e da juventude precisam ampliar seus horizontes, entendendo que o atendimento aos pais e responsáveis não é de responsabilidade exclusiva de outros colaboradores do Centro Espírita, pois compete também a eles, num trabalho integrado, de equipe, atendendo as necessidades que vão se apresentando conforme o trabalho é desenvolvido, conforme a interação vai acontecendo. Evangelizar é ligar com o Evangelho, é sintonizar as almas com Jesus, é estudar, compreender e vivenciar as lições do Mestre de

todos os mestres, é sensibilizar os sentimentos, pois ainda estamos às voltas com o egoísmo, o orgulho e a indiferença, geradores de todos os males que mancham a humanidade. É fundamental evangelizar a família. Trabalho inadiável e essencial para que o amanhã seja um tempo de paz, fraternidade, solidariedade e prosperidade, lembrando que a reencarnação, lei divina para nosso progresso, fará com que aqui retornemos, e nada melhor do que poder renascer no seio de uma família evangelizada, numa família em cujo coração de seus membros vibra Jesus! Livros sobre educação Para saber mais sobre educação e espiritismo, leia meus livros Visão Espírita da Educação; Educação com o Cristo; Prática Educativa para Pais e Educadores; Pedagogia da Sensibilidade e Família, Espaço de Convivência. Evangelização espírita Acesse www.marcusdemario. com e solicite gratuitamente o Projeto Educação do Espírito, para uma evangelização espírita dinâmica, inovadora e moralizadora. r


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Da indignação e da parte que nos cabe Onde está o limite? Rodrigo Miranda

rodrigomiranda@terra.com.br

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ouvindo isso os dez, começaram a indignar-se contra Tiago e João.” (Marcos, cap.10, versículo 41) Quantas vezes nos sentimos indignados com as situações e fatos que nos surgem, seja na política, na economia, na sociedade e nos relacionamentos que mantemos. Possíveis desvios de conduta alheia, infrações de terceiros que acabam por nos lesar ou ao erário público, indiferença a nosso respeito... Quando identificamos esta vibração sendo acionada em nosso íntimo, importante nos questionarmos se, de nossa parte, já não mais cometemos tais delitos, se ainda possuímos a vibração do mal condenado e o que estamos fazendo de positivo diante da questão criticada. Allan Kardec questiona os imortais na pergunta de número 932 de

O Livro dos Espíritos: “Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?” E obtém como resposta: “Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem preponderarão.” Extremamente oportuna esta questão diante do tema, pois poderemos passar toda uma existência indignados com variadas situações, sem nunca termos feito nada para, ao menos, contribuir com a parte que nos cabe. Reflitamos: Ficamos indignados com a corrupção, mas aceitamos vantagens indevidas que nos são oferecidas? Blasfemamos contra a violência no mundo, mas continuamos a gritar com o nosso próximo, num perfil autoritário e a exigir atendimento diferenciado pelo cargo que ocupamos, pelo poder econômico que possuímos, pela

rede de relacionamentos que mantemos? Nos indignamos pela negligência alheia na condução dos veículos automotores diante dos acidentes que acompanhamos na televisão e nas redes sociais, mas ao volante

Se não podemos mudar o mundo, poderemos alterar os painéis de nosso mundo íntimo, pois as rédeas de nossas vidas se encontram em nossas mãos

respeitamos todas as leis de trânsito, sem nada transgredir? Nos indignamos com o tráfico de drogas que se amplia cada vez mais nas comunidades e guetos, bem como nos bairros mais categorizados do ponto de vista material e também com os próprios toxicômanos, usuários, mas refletimos se já possuímos o autocontrole para não mantermos

mais nenhum vício, ainda que seja socialmente aceito, como o álcool ou tabaco? Reclamamos do governo e da precária situação da educação, saúde e saneamento, mas nos habilitamos a dar aulas de reforço para as crianças da comunidade onde residimos, auxiliamos as pessoas carentes economicamente de nossa rua ou região, respeitamos o meio ambiente não jogando uma migalha que seja de lixo nas ruas? Primeiramente procuremos nos ajustar na disciplina que nos cabe, corrigindo em nós todo foco contrário às Leis Divinas e, pelo nosso exemplo e esforço renovador, todo um contingente de indivíduos acabarão também por se influenciar. Isto é o que está em nossas mãos fazer, sem dependermos de terceiros ou situações especiais. Se não podemos mudar o mundo, poderemos alterar os painéis de nosso mundo íntimo, pois as rédeas de nossas vidas se encontram em nossas mãos. r


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Os milhões de Kardec A história do Espiritismo surgia entre dificuldades e acusações Maroísa Baio

maroisafpb@gmail.com

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rezado leitor, não se impressione com o título deste artigo. Trata-se de uma fake news (notícia falsa) divulgada por um padre francês que, em 1862, passou a atacar a vida particular de Kardec, no aspecto financeiro. Segundo o tal padre, Kardec enriquecera com as vendas dos livros sobre Espiritismo, sobretudo na Inglaterra; em sua casa, havia somente pratarias finas, tapetes valiosos, mesas fartas; possuía uma carruagem, acompanhada sempre por um “trem principesco”. Dizia ainda que havia conhecido Kardec quando menino de família pobre, em Lyon. Kardec divertiu-se quando tomou conhecimento dessas acusações. Embora não tivesse que dar satisfações de sua vida particular e financeira a ninguém, achou melhor satisfazer os mais curiosos, com a seguinte declaração: “Sempre honrei os meus negócios, não importa a que preço de sacrifícios e de privações; nada devo a quem quer que seja, enquanto muitos me devem, sem o que teria mais do dobro do que possuo, com o que, em vez de subir, desci na escala da fortuna.”

Mas o fato que ele julgou mais importante para um esclarecimento melhor foi sobre a venda dos livros espíritas de sua autoria. Aliás, esse é um aspecto que não chegamos a considerar, levando em conta as facilidades para a venda de livros

Não podemos conceber que Kardec desperdiçasse o tempo ocupando-se com as vendas de seus livros espíritas e muito menos que ficasse preocupado com os lucros obtidos pelos livreiros

na atualidade. De que forma eram vendidos os livros de Kardec? Essa é a questão por ele tratada em seus esclarecimentos: “Se tivesse vendido meus manuscritos apenas teria usado do direito que todo trabalhador tem de vender o produto de seu trabalho; mas não vendi nenhum: alguns até dei pura e simplesmente, no interesse da causa e que são vendidos como querem, sem que me venha um tostão.”

Quando da primeira edição de O Livro dos Espíritos (1857), eis os “grandes lucros” que, segundo ele, conseguiu obter: “Fiz por minha conta e risco; não teve editor que dela quisesse encarregar-se e, feitas as contas, esgotada a edição, vendidos uns exemplares, dados outros, rendeu-me cerca de quinhentos francos, como posso provar documentadamente. Não sei que tipo de carruagem poderia ser comprada com isto.” Não podemos conceber que Kardec desperdiçasse o tempo ocupando-se com as vendas de seus livros espíritas e muito menos que ficasse preocupado com os lucros obtidos pelos livreiros. Sua postura sobre essa questão nos surpreende: “Na impossibilidade em que me encontrei, não possuindo ainda os milhões em questão, para enfrentar os gastos de todas as minhas publicações e, sobretudo, de me ocupar com as suas vendas, cedi por algum tempo o direito de publicação, mediante um direito do autor, calculado em uns poucos cêntimos por volume vendido; assim, estou inteiramente

estranho aos detalhes das vendas e às transações que os intermediários possam fazer com as remessas feitas pelos editores aos seus correspondentes, transação de cuja responsabilidade eu declino, obrigado, no que me concerne, a abrir conta nos editores, a um determinado preço por exemplar que retiro, vendo ou dou de presente.” Em relação ao possível lucro advindo das vendas de suas obras, ele não se sentia obrigado a dar satisfações, nem do montante recebido nem do emprego desse valor mas, sabendo das possíveis controvérsias futuras sobre esses fatos, esclareceu: “Deixarei memórias circunstanciadas sobre todas as minhas relações e todos os meus negócios, sobretudo no que concerne o Espiritismo.” Kardec levava vida modesta e laboriosa, o que talvez nos surpreendesse, enfrentando obstáculos sem conta para que sua conduta honrada não prejudicasse a história do Espiritismo! r


8 de julho de 1927 Primeira psicografia de Chico Xavier Livros e livros vieram...


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Sesquicentenário de Schutel em Matão (SP) Inscrições até 31 de julho, com valor mínimo, incluem dois coffee break. Experiência diferente com ação social visa materializar exemplo de Schutel Redação

institutocairbarschutel@gmail.com

Programa do EAC – 2018 Sábado 22 de setembro Recepção a partir das 12h30 13h – Abertura e Saudação 13h30 – Suzana Amyuni 13h45 – Joaquim Bueno 14h30 – David Liesenberg 14h50 – Renata Berti 15h00 – Homenagem a Schutel – FEB/USE/Martiniano 15h15 – Heloísa Pires 16h00 – Intervalo 17h00 – Artur Valadares 17h45 – Felipe Label 18h40 – Saudação da noite 18h45 – Encerramento Domingo 23 de setembro 08h00 – Recepção/Abertura 08h30 – Irvênia Prada 09h15 – Schutel – Leleco 09h20 – Paulo Fernandes 10h05 – Intervalo 11h00 – José Luiz Marchesan 11h40 – Raul de Mello 12h30 – Encerramento Tópicos especiais: a) Confirmadas presenças da FEB e USEs (estadual, regional e local).

b) Pré-abertura na sexta 21 com grande surpresa, na Comunidade Espírita Cairbar Schutel. c) Outras atividades que surpreenderão o participante. Crianças a) Terão programação especial, simultânea ao evento e com monitores, inclusive com show de ilusionismo com Felipe Label, visita ao Memorial Cairbar Schutel, diálogo com Irvênia Prada sobre animais e dinâmica com instrumentos musicais, entre outras atividades. b) Até 12 anos são isentas de qualquer valor na inscrição, mas a inscrição é obrigatória no site para dimensionarmos quantidade de crianças por faixa etária, visando planejamento das atividades. Inscreva-se até 31 de julho pelo valor mínimo. Em 1 de agosto o valor dobra. É um critério para as pessoas se inscreverem com antecedência visando termos noção da quantidade de inscritos com vistas à organização do evento. Para inscrever-se: acesse www. institutocairbarschutel.org r

Ação social Receita (pós cobertura dos custos) será destinada à construção da nova sede da Casa de Fraternidade Chico Xavier, em Araraquara-SP. Sua inscrição vai contribuir também com outras instituições de Matão.


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O que é a dor? Por que sofremos? Como sofrer? Inspirado autor e palestrante apresenta nova obra de pesquisa. Lançamento ocorre em Volta Redonda-RJ Orson Peter Carrara

orsonpeter92@gmail.com

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enitivo à dor: o autor apresenta a evolução histórica da dor e seus tratamentos desde a Antiguidade até o século XXI. Fundamenta-se em O Evangelho Segundo o Espiritismo para os capítulos: o que é a dor? Por que sofremos? Como sofrer? Apresenta a síntese e a saga de Paulo de Tarso

no capítulo Dor e Superação; traz para os leitores o médico dos pobres com um capítulo dedicado a Dr. Bezerra de Menezes. Nas considerações finais os pareceres de Léon Denis a respeito da dor. Cada capítulo recebeu uma poesia de Parnaso de Além-tú-

mulo de forma arrematar cada assunto tratado; além de contos de Tolstói, pesquisas nas obras de Joanna de Ângelis André Luiz, Amélia Rodrigues e Emmanuel, histórias e passagens do Evangelho da época de Jesus, casos e vivências, pelo autor, durante a realização do projeto da palestra

“A dor como roteiro de luz”, pela região Sul Fluminense. Lançamento: 05 de Agosto de 2018 – domingo – 10h – Salão de Festas Retiro Volta Redonda (RJ) – Apresentação da Obra: Hélio Ribeiro Loureiro (autor do Prefácio da Obra) – Niterói (RJ) r

Acordar para a Felicidade! Vençamos ilusões e busquemos reais objetivos do viver Francisco Rebouças

costareboucas@ig.com.br

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eduzidos pelas ambições desmedidas do poder que pode lhes propiciar luxo, popularidade, gozos etc., homens e mulheres de nossos dias levam suas vidas adormecidos frente as graves responsabilidades firmadas em compromisso para realização quando reencarnados no cumprimento das determinações superiores de realizações e progresso. Tratam esses assuntos como sendo de secundária importância, entendendo que a qualquer instante podem contornar suas situações íntimas de angústia, insegurança e infelicidade e assim, continuam a utilizar do livre arbítrio no exclusivo intuito de adquirir e acumular valores externos, com grande prejuízo para a sua harmonia interna. Preocupam-se e anseiam por possuir os bens e valores materiais, supondo equivocadamente que assim estarão imunes ao sofrimento,

às aflições e aos acontecimentos desagradáveis da vida de qualquer mortal comum, pelo simples fato de possuírem riqueza, como se os bens materiais fossem capazes de nos proporcionar a paz e a felicidade que almejamos desfrutar. Ocorre que os desafios propostos pela vida a todo ser humano são inevitáveis. Os fenômenos biológicos a que também estamos submetidos, as ocorrências de fundo moral que nos visitam inesperadamente, a presença da própria morte nos privando da faculdade do corpo físico, ou de sua passagem levando alguém muito querido dos que conosco habitam o mesmo, lar são experiências comuns na vida qualquer mortal. Iludidos pelas fugidias emoções dos jogos das ilusões, gastam todo tempo disponível na volúpia do prazer desmedido, esquecidos de qualquer compromisso de fundo


PÁGINA 9 moral elevado para com a vida, e esta os espera paciente e inflexível para convocá-los no momento certo à realidade inevitável.

Não restam dúvidas que serão convocados pelos mecanismos das sábias e imutáveis Leis divinas, para refazerem o que não fizeram como deveriam fazer no caminho da evolução do ser eterno e imortal a caminho da paz da consciência pura do dever retamente cumprido

Julho de 2018 Acreditam esses nossos irmãos, que a alegria de que desfrutam momentaneamente não terá mais fim, e que não mais perderão as vantagens adquiridas, esquecidos dos excessos cometidos para com a organização física que estará sem dúvida muito mais debilitada em razão do repouso não respeitado, da alimentação nem sempre adequada, do álcool e do fumo que lhe trarão sequelas inevitavelmente. “O homem vulgar, de muitos milênios para cá, vem comendo e bebendo, dormindo e agindo sem diferenças fundamentais, na ordem coletiva. De vinte séculos a esta parte, todavia, abençoada luz resplandece na Terra com os ensinamentos do Cristo, convidando-nos a escalar os cimos da espiritualidade superior. Nem todos a percebem,

ainda, não obstante envolver a todos. Mas, para quantos se felicitam em suas bênçãos extraordinárias, surge o desaf io do Mestre, indagando sobre o que de extraordinário estamos fazendo”. Não restam dúvidas que serão convocados pelos mecanismos das sábias e imutáveis Leis divinas, para refazerem o que não fizeram como deveriam fazer no caminho da evolução do ser eterno e imortal a caminho da paz da consciência pura do dever retamente cumprido. O conhecimento e a vivência dos ensinamentos de Jesus foram completamente desprezados pela sociedade em seu mais puro significado e conteúdo espiritual, e o desrespeito avulta, nutrindo e espalhando o desamor entre os

incautos que tudo acatam sem uma análise mais profunda e raciocinada do seu conteúdo moral. Jesus nos deu seu próprio testemunho de que só o amor irradia alegria verdadeira e os gozos indescritíveis de uma paz que nos deixa sentir a presença do divino sentimento do amor que há em nosso mundo íntimo. O Espiritismo, “Consolador prometido por Jesus”, chegou como providência divina do nosso Pai generoso à Terra aflita e carente de orientação, trazendo a Boa Nova como diretriz segura para que o homem realmente encontre dentro de si mesmo as razões para ser alegre, otimista, confiante e feliz. r - XAVIER, Francisco Cândido, pelo Espírito Emmanuel. Livro Fonte Viva, cap. 96.

Trabalhar, por quê? O trabalho desenvolve a mente e produz o progresso Roque Roberto Pires de Carvalho roquerpcarvalho@gmail.com

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interrogação é proposital e também oportuna! – Nas reminiscências, ao longo da vida ele tinha vários amigos e, dentre eles, um de saudosa memória. Nas conversas de bastidores esse amigo confidenciava... “tenho desprezo profundo pelo trabalho...” falava em tom de brincadeira, mas levava a sério seus compromissos. Era bem disciplinado. A expressão colocada era e é merecedora de reflexões sobre a importância do trabalho. Dentre as Leis Divinas a Lei do Trabalho se insere neste texto em pequenas adaptações e breve comentário. Se na época dessa confidência tivesse este subscritor melhor conhecimento da Doutrina dos Espíritos no tocante ao trabalho, com certeza

diria a ele, evidentemente sem menosprezá-lo; e que fique bem claro: - Amigo, permita-me ajudá-lo na compreensão do que seja o trabalho. Sócrates, sempre lembrado, já dizia que “o homem isolado é um mito”. Parece não haver necessidade de ir tão longe no tempo para entender claramente que a atividade humana desenvolve constante progresso de inteligência na aprendizagem, nas capacidades intelectivas, sociais, artísticas e morais, sem a prevalência de uma raça ou nação em detrimento de outras. O homem trabalhando desenvolve o processo de interação com outras pessoas e também sua autoestima. Realiza descobertas úteis que facilitam a solução de problemas não só individuais como também

coletivos. Pode colocar em prática sentimentos de solidariedade e também fraternidade no auxílio mútuo. Conquista-se espaço vertical através dos contatos na horizontalidade. Para prover à sua existência o homem procura um lugar para trabalhar, o que nem sempre acontece; e a ciência econômica procura remediar abrindo mercados visando o equilíbrio entre a produção e o consumo. Neste ponto é importante salientar a importância da educação, não somente a educação formal/ intelectual, mas a educação moral. Educação moral é em verdade a arte na formação do caráter de cada individuo. Quando essa arte for mais divulgada, mais compreendida e praticada, o homem terá no mundo hábitos de ordem e de

previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável, hábitos que vão permitir atravessar menos penosamente os maus e inevitáveis dias... Ao meu saudoso Amigo diria para concluir: - Observe junto aos seus familiares o incansável trabalho de seus pais e seus irmãos para hoje você ser o que é: um cidadão respeitável e possuidor de valores. Jesus não dispensou o trabalho braçal à carpintaria de seu pai e revelou-se o Mestre de valores eternos a uma humanidade que separava em hierarquia, os nobres que não trabalhavam pelo próprio sustento e os servos e escravos que lhes serviam. Fonte: “O Livro dos Espíritos”, 91ª ed. FEB. r


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Doutor Ismael Alonso y Alonso Uma pesquisa… Laurete Godoy

godlau@uol.com.br

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Plano Espiritual é incrivelmente surpreendente. Acabei de vivenciar uma situação que me encantou e gostaria de compartilhá-la com os amigos, especialmente os Espíritas. Há uma semana busquei no Google informações sobre o doutor Ismael Gusmão, cujo espírito faria, à distância, a cirurgia de uma amiga, conforme orientações que ela recebera do Templo Espírita Tupyara. Não encontrei quem eu procurava, porém surgiram vários links sobre outro médico, com o mesmo prenome, porém, outro sobrenome: doutor Ismael Alonso y Alonso. Humildemente, confesso que não o conhecia. Embora já tivesse ouvido falar muito sobre as curas extraordinárias que eram feitas no IMA - Instituto de Medicina do Além, de Franca, não sabia que a equipe espiritual que utilizava a abençoada mediunidade do senhor João Berbel era liderada pelo doutor Ismael, para mim, desconhecido. Porém, o sobrenome dele, Alonso y Alonso soou familiar. Entrei no site do Centro Espírita Amor e Caridade e descobri: ele nascera em

Peirópolis. Meu Deus! Ali estava a informação: doutor Ismael era filho do senhor Maximino Alonso! Isso, para mim, foi um fato de imensa importância, justificando a estrada percorrida pelo ilustre médico e político, aplaudido ex-prefeito da cidade paulista de Franca que, seguindo as pegadas abençoadas do Doutor Adolfo Bezerra de Menezes, transformou-se também em Médico dos Pobres. Do livro EURÍPEDES BARSAULFO - Maravilhosos Encontros, capítulo FREDERICO PEIRÓ E TIO SINHÔ - Pilares de Sustentação, publicado pela Cárita Editora, consta que o senhor Frederico Peiró, espanhol de Andaluzia, frequentava sessões espíritas em Uberaba. Espírito altamente humanitário, tornou-se espírita convicto e, em 1896, mudou-se para Paineiras, localidade distante 28 km de Uberaba. Homem de visão e arrojado uniu-se, profissionalmente, ao compatriota Maximino Alonso, que prestara serviços na Legião Estrangeira Francesa, era possuidor de competência, descortino e também fixara residência em Paineiras,

no ano de 1896. Eles exploraram rochas calcárias e dedicaram-se a outros empreendimentos, efetuando sociedades bem estruturadas. Tiveram sucesso, êxito financeiro e, com isso, graças a eles, o povoado obteve infraestrutura administrativa necessária ao conforto dos moradores: “a escola, a agência do Correio, o telefone, a farmácia espírita gratuita e outros benefícios”¹. TIO SINHÔ: Mariano Ferreira da Cunha Júnior, tio do professor sacramentano Eurípedes Barsanulfo, era apelidado “Tio Sinhô” e, desde criança, via “almas do outro mundo”. Ele residia em Santa Maria, localizada perto de Sacramento. Em 1897 foi trabalhar como contador nas indústrias extrativas de cal de Paineiras, e, quando fatos estranhos e inexplicáveis começaram a perturbar a paz da pacata Santa Maria, Tio Sinhô pediu ajuda a Frederico Peiró. Realizadas sessões espíritas, tudo voltou à tranquilidade e ficou evidenciado que Santa Maria era celeiro de grandes médiuns. As reuniões prosseguiram e, no dia 28 de agosto de 1900, na Fazenda Santa Maria, foi instalado o Centro Espírita Fé

e Amor, primeiro centro espírita do interior mineiro. Graças ao Tio Sinhô, foi lá que Eurípedes Barsanulfo deu os primeiros passos na Doutrina Espírita. Assim teve início, naquele plácido rincão de Minas Gerais, um consistente e consciente trabalho. Paineiras e Santa Maria unidas construíram os fortes pilares do Espiritismo incipiente em terras mineiras. E foi em Paineiras que, no dia 30 de dezembro de 1908, nasceu Ismael, filho do casal Rosa e Maximino Alonso. A JUSTA HOMENAGEM: Frederico Peiró desencarnou em 25 de outubro de 1915. Nove anos mais tarde, Paineiras passou a chamar-se Peirópolis, em justa homenagem ao empresário e médium pioneiro. Portanto, diante de todos esses fatos, pode-se deduzir que “não existiria o regato, se não existisse a fonte” e o doutor Ismael Alonso y Alonso teve na vida familiar, desde a infância, contato com os abençoados valores de Fé, Amor e Caridade, preconizados pela Doutrina Espírita. E, inegavelmente, Maximino Alonso, a exemplo de Frederico Peiró e Mariano da Cunha, foi também, um dos pilares de sustentação da Doutrina Espírita que teve início naquelas terras mineiras, que viram brotar e florescer o extraordinário dom mediúnico do Professor Eurípedes Barsanulfo, o abnegado e querido Apóstolo de Sacramento. r


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Amigo e Irmão Homenagem a Ismael Batista Walmor Zambroti (Inspirado) de Guaxupé (MG)

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uando é que nós consideramos alguém como amigo e ao mesmo tempo o temos como irmão? A natureza humana é surpreendente, vivemos e convivemos juntos, pois somos seres gregários, gostamos e desgostamos das pessoas com uma facilidade que nos assusta, tudo isso por causa da nossa condição evolutiva. Vivemos com o orgulho e o egoísmo implantado em nossa consciência, e teimamos em continuar como somos e pensamos acreditando que estamos no caminho certo. Quando vivemos muito próximo de alguém, e, esse alguém

tem certa elevação de destaque na sociedade em que estamos inseridos, nós o invejamos, quando na verdade deveríamos ficar feliz por ele. Neste ponto ainda não nos encontramos no patamar da irmandade universal. O tempo passa e com o trabalho de renovação e entendimento vamos conquistando aos poucos um grau mais consistente de consciência e elevação, e quando chegamos a este nível de entendimento começamos a considerar aqueles que jornadeiam conosco como irmãos em humanidade. Aí, um amigo comum com o qual convi-

vemos em grande escala na vida, em quase todos os setores em que estamos inseridos, o olhamos com outros olhos, poderíamos dizer com os olhos da alma, e assim o chamamos de irmão. Neste ponto nós já queremos o seu sucesso, nós o engrandecemos, pois confiamos plenamente no seu trabalho no bem, na sua capacidade de transmitir o calor humano, de distribuir seu amor fraterno e incondicional a todas as criaturas de igual modo. É assim que consideramos um “Amigo/Irmão” e deste dia em diante não queremos mais dele se separar. Mas um dia essa separação chega e tira da nossa presença aquele que agora nós amávamos de verdade.

Claro que o amor não vai acabar pela ausência física, nem as considerações reais que sentimos, mas fica uma espécie de vazio, pela falta do aconchego de que ainda necessitamos como seres gregários do corpo físico. Contudo estamos num aprendizado contínuo e este nos acalenta o coração e nos orienta os próximos passos a seguir. O Amigo/Irmão se foi, fica conosco aquilo que dele conseguimos extrair de conhecimento, de ternura, de probidade, de honradez e da certeza de nos encontrarmos no mundo espiritual um dia quando também voltarmos a Pátria Bendita das quais todos pertenceu. Vai Irmão, seus antecessores já o acolhem para a continuidade da Vida, e nós deste lado continuamos contigo na luta para dias melhores a favor da humanidade toda. Deus de infinito Amor e Bondade que O acolhe certamente nos dará guarida deste lado da vida para continuarmos com seu trabalho no bem, assim também nós outros contribuindo na construção de um mundo melhor. r

47ª Feira do Livro Espírita em São José dos Campos (SP)

Ismael Batista (14/11/1955 - 24/05/2018) De Guaxupé (MG), palestrante, escritor, médium. Deixou legado de exemplos, especialmente da humildade e da ternura junto aos inúmeros amigos que conquistou por toda parte. Ativo trabalhador

espírita em várias frentes, realizou por vários anos o Encontro Chico Xavier, com versões em S. J. R. Pardo (SP) e Guaxupé (MG). Foi o inspirador do EAC – Encontro Anual Cairbar Schutel.

Pela 47ª vez em São José dos Campos (SP). Tradicional evento reúne esforços de seis cidades. Data: 17 a 26 de agosto de 2018. Evento: Feira do Livro Espírita da USE São José dos Campos Local: Largo São Benedito – no centro da cidade. Perspectiva: 15.000 livros espíritas de 1.400 títulos, em 300 metros quadrados. Evento consta do Calendário Oficial da cidade (Lei 4.814/96, de 29/03/96. Movimentação: 300 voluntários e público estimado em 5.000 pessoas.

Promoção para os livros: descontos de até 70% e obras básicas a preço de custo. Simultaneamente ocorre a 24ª Feira do Livro Espírita Infantil. Pesquisa de ano anterior mostrou que de cada quatro pessoas que adquirem livros na Feira, uma não é espírita, evidenciando a necessidade de foco em simpatizantes e também no público de outras religiões e doutrinas. Inauguração: 18 de agosto, sábado, às 10 horas. Informações: A. J. Orlando, WhatsApp: (12) 98196-6878 – Comunicação USE São José dos Campos.


Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT Julho de 2018

REMETENTE: Instituto Cairbar Schutel. Caixa postal 2013 15997-970 - Matão-SP

O planeta que queremos A omissão é comprometedora www.facebook.com/edson.sardanoii

L

eon Tolstoi, que no final da vida tornou-se um fervoroso cristão, escreveu uma obra cujo título é: “O Reino de Deus Está em Nós”. Nesta obra, ele relata o conflito que vivemos entre nossas crenças, ainda superficiais e teóricas, e nossa conduta, ainda muito distante do que acreditamos ser o correto e, mais ainda, o ideal. Dessa distância, ou até melhor, dessa contradição, surge um incômodo moral, uma cobrança interior que constantemente nos aponta que acreditamos em uma coisa e acabamos fazendo outra. Tolstoi conclui o pensamento afirmando que a mudança, ou

Edson Sardano sardano@uol.com.br

seja, o encontro da teoria com a prática, só virá quando a cobrança interior tornar a vida insuportável, compelindo-nos, quase que compulsoriamente, à mudança de comportamento. Essa é a explicação do título do livro: “O reino de Deus está em nós”. O Livro dos Espíritos já traz essa mesma ideia quando descreve na resposta à pergunta de número 621, em que Kardec indaga aos espíritos sobre onde estaria escrita a Lei de Deus. A resposta é curta e direta: “na consciência”. A literatura complementar contemporânea, trazendo, pela psicografia, os ensinamentos de espíritos de alto grau de evolu-

Dois eventos em Matão (SP) Em comemoração aos 150 anos de nascimento de Cairbar Schutel, que serão completados em 22 de setembro deste ano, Matão se prepara para homenagear seu expoente mais ilustre. Programe-se e participe dos eventos em agosto e setembro.

Espíritas em Ação 4 de agosto, sábado. Inscrições e informações pelo WhatsApp (16) 99620-7404. EAC 2018 22 e 23 de setembro, sábado e domingo. Inscrições até 31 de julho com valor mínimo.

ção, encarregados da tarefa de apoiar-nos no dever de conduzir o planeta para um patamar mais elevado, têm-nos alertado sobre os tempos que vivemos hoje e a responsabilidade que temos, como espíritas, de enfrentar o mal com o bem, seja no campo das ações, seja no campo das opiniões. Não podemos mais assistir à toda sorte de escândalos e ficar calados em nome de uma humildade que, nas atuais condições, beira a covardia. Quando se fala de política então, a resposta parece que já está na ponta da língua: “não misturamos religião com política”. Basta olhar para a política atual e ver o que esse distanciamento das pessoas de bem acabou causando.

A corrupção tomou conta de todas as instâncias da administração pública pela simples razão de que, ao nos omitirmos, acabamos por pavimentar o caminho para os corruptos. Recorro mais uma vez ao O Livro dos Espíritos, na questão 932: ”Por que os maus sobrepujam os bons, perguntou Kardec? Pela fraqueza dos bons, respondem os espíritos”. Até quando? Não basta não fazer o mal. É imprescindível fazer o bem! Corrupção, violência urbana, promiscuidade sexual, são marcas dos espíritos imperfeitos que ainda vivem entre nós, mas nossa tarefa é mostrar, com equilíbrio, porém audácia, que não são eles que herdarão a Terra. r


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