Tribuna do Espiritismo - setembro/2019

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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • SETEMBRO DE 2019 • ANO 6 • Nº 72 • 3.000 EXEMPLARES • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.institutocairbarschutel.org

Kardec estudado em apenas um ano

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Setembro de 2019

Editorial

Sempre setembro

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mesmo setembro que foi adotado na valorização da vida, com a chamada “setembro amarelo” também é o mês em que nasceu Cairbar Schutel, em 1868, no dia 22, inspirador da iniciativa que o leitor tem frente aos olhos. E também o mês que, por nove anos acumulados, realizamos o Encontro Anual Cairbar Schutel. É uma forma de valorizar e divulgar o legado do benfeitor. Além de suas obras, de sua rica história, seu exemplo de trabalho e perseverança também inspiraram o conhecido EAC, hoje consolidado e respeitado evento que atinge dezenas de cidades em vários estados do país. No próximo ano, na 10ª edição, em dez anos de realização feliz, o evento toma outro formato, despertando ainda mais interesse pela dinâmica especial de aniversário de uma década e que gradativamente divulgaremos pelas mídias sociais. O jornal continua sua trajetória, agora virtual. Por isso pedimos a você que nos lê, ajude-nos na divulgação do portal do jornal: www.tribunadoespiritismo.org r

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Deus cuida de mim Uma frase motivou abordagem Rogério Miguez rogmig55@gmail.com

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etornando do Rio de Janeiro, cidade onde se popularizaram informes sobre as chamadas balas perdidas, observamos uma frase escrita na carroceria de um caminhão: Deus cuida de mim. É sempre oportuno refletir um tanto sobre estas frases decorando os veículos circulando em nosso país. Começamos a imaginar qual foi a motivação do motorista ao inscrever a frase em seu veículo? qual seria sua expectativa? estaria interessado em informar aos outros que: tinha fé em Deus? nada de mal lhe aconteceria nas perigosas estradas de nosso país, considerando o zelo divino pelas suas criaturas? De imediato fomos levados a ajuizar, recordando os princípios espíritas, que de fato O Supremo cuida de todos nós: religiosos ou ateus, do norte ou do sul, homens ou mulheres, cidadãos sob qualquer orientação sexual, crianças ou idosos, e mesmo dos irracionais. Lembramos de uma frase de Jesus afirmando que nenhuma ovelha do Pai se perderia, e, concluímos, segundo este ensino, que Deus sempre cuidou de todos nós, não é verdade? Se algumas ovelhas pu-

dessem se perder, poderíamos crer então que Deus não zela por todos. O Espiritismo ratifica o mesmo ensinamento deixado pelo Rabi da Galileia, isto é, O Grande Pai criou-nos a todos e não há um bom pai que abandone os seus filhos, independente da possível ingratidão cometida por estes, contudo, é preciso refletir sobre esta máxima, caso contrário, podemos concluir

A ajuda divina, não há dúvida, ocorre sempre, pois Deus deseja que todas as suas criaturas alcancem a relativa perfeição possível de ser atingida

equivocadamente que o Criador providenciará absolutamente tudo o que necessitamos, bens materiais, saúde..., prescindindo dos nossos esforços em obtê-los, e, principalmente merecê-los. Para que o cuidado do Senhor se faça presente em nossas vidas é indispensável apresentarmos as nossas obras, não há necessidade de serem faraônicas, qualquer peixe e qualquer pão oferecido já será um excelente começo. A nossa atuação é fundamental no desenrolar de nossas vidas, é o processo natural, vem da própria lei divina, Ele não nos criou para nos dar em seguida tudo que seja preciso para vivermos, não! Ele possibilita os meios cabendo-nos agir dentro dos princípios éticos e morais viabilizando a obtenção dos bens indispensáveis à nossa sobrevivência.

Quanto mais estivermos sintonizados com os postulados divinos, mais perceberemos a atenção do Senhor do Mundo em nossas vidas, só os que não estão vivendo segundo o princípio do fazer aos outros o que gostaríamos que nos fosse feito, não observam a “mão do Misericordioso” apontando os melhores caminhos a percorrer em nossa jornada evolutiva. A ajuda divina, não há dúvida, ocorre sempre, pois Deus deseja que todas as suas criaturas alcancem a relativa perfeição possível de ser atingida. A propósito, àqueles sinceramente preocupados com as notícias do Rio de Janeiro, hoje uma cidade, como tantas outras, com altos índices de violência, estejam convictos da inexistência da bala perdida. Esta infeliz expressão adotada por muitos, inclusive largamente utilizada pela imprensa alarmista, não possui qualquer sustentação lógica. Caso houvesse balas perdidas, o acaso, e o estar em um lugar errado, na hora errada, Deus não teria controle, tampouco conhecimento absolutos sobre sua própria criação, contrariando, desta forma, a sua Onipotência e Onisciência, consequentemente, seríamos obrigados a concluir que O Supremo Pai, eventualmente, não cuida de nós, seus filhos. Estejamos convictos de que Deus é por nós, contudo, Ele igualmente espera que nós também sejamos por Ele, em nossos atos, pensamentos e palavras, hoje e sempre. r


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Se acreditássemos na educação... Afinal, o que ocorre realmente? Marcus De Mario

marcusdemario@gmail.com

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ercebemos claramente que nós, os brasileiros, em grande parte, não acreditamos na educação. Isso é fácil de constatar. Diante da violência, cogitamos apenas de aparatos de segurança pública: mais policiamento, mas câmeras de segurança, modernização dos armamentos, construção de presídios de segurança máxima. Diante da corrupção, pensamos em elaborar leis mais rígidas, aparelhar melhor o sistema judiciário, aplicar em investigações técnicas. Diante da miséria, elencamos medidas de distribuição de alimentos, estabelecimento de bolsas de auxílio financeiro, mutirões pontuais de serviços públicos. Diante do desemprego, estabelecemos facilidades para o empreendedorismo informal, providenciamos liberação de fundos de programas sociais, estudamos reformas econômicas. E assim por diante. Em todas as questões de ordem social quase nunca pensamos na educação. Por quê? Porque sequer sabemos, verdadeiramente, o que é educação e quais as suas consequências para a sociedade. Entretanto, para os espíritas não é assim, ou não deveria ser assim, mas a história não muda quando se trata do movimento espírita brasileiro. Poucas iniciativas estão alinhadas com a educação do ser imortal. Vemos centros espíritas com muito mais prioridade nas atividades de tratamento espiritual e de mediunidade, do que no estudo da doutrina e na educação infantojuvenil. E quantos trabalhadores, ou tarefeiros, da seara espírita continuam com os mesmos vícios de sempre, sem combate efetivo

ao seu egoísmo e orgulho! Se, de fato, acreditássemos na educação, e não a confundíssemos com o ensino de conteúdos de disciplinas curriculares, estaríamos dando um grande passo para a transformação moral da humanidade. E o Espiritismo tem uma grande e profunda contribuição nesse sentido. Chegamos a uma questão fundamental, de essência: o que é educação? Allan Kardec não fugiu a esta questão, pelo contrário,

ção e o consumo, mas esse equilíbrio, supondo-se que seja possível, sofrerá sempre intermitências e durante essas fases o trabalhador tem necessidade de viver. Há um elemento que não se ponderou bastante, e sem o qual a ciência econômica não passa de teoria: a educação. Não a educação intelectual, mas a moral, e nem ainda a educação moral pelos livros, mas a que consiste na arte de formar os caracteres, aquela que cria os hábitos, porque educação é conjunto de hábitos adquiridos”.

encarou-a de frente na questão 685a de O Livro dos Espíritos, num comentário magistral a respeito da solidariedade social que deve gerir a relação entre os mais jovens e os mais velhos, quando o amparo aos que já muito deram de si reveste-se da força de uma lei moral: a caridade, e que esta tem de ser desenvolvida pela educação. As discussões teóricas nem sempre alicerçam no educador a compreensão sobre essa magna questão. Vejamos o que diz o Codificador: “A ciência econômica procura o remédio no equilíbrio entre a produ-

Aqui temos uma profunda colocação de Kardec. Não é a ciência econômica que resolverá os problemas sociais, ou seja, não são os economistas, administradores e outros, com seus estudos e fórmulas, que conseguirão promover uma sociedade equilibrada e justa. Isso porque falta à maioria deles dar importância à educação, ou melhor, falta entenderem o que realmente seja a educação, pois insistem em vê-la apenas como escolaridade onde se aprendem matérias curriculares, aprendizado esse avaliado por provas e notas, e coroada pelo

diploma de conclusão de curso. Essa é a chamada educação intelectual, que não leva em conta o sentimento, a afetividade, os valores humanos, as virtudes, a ética, a cidadania. Kardec refere-se à educação moral, e apressa-se em dizer que ela não se adquire pela leitura de livros, pelo conhecimento de regras, ou seja, não se limita a ensinos passados do professor para o aluno, ou do escritor para o leitor. Se ficar estacionada no campo da teoria, da discussão filosófica, não é a verdadeira educação moral. E no que ela consiste? A resposta está no próprio texto do Codificador: 1 - Arte de formar os caracteres; 2 - Conjunto de hábitos adquiridos. Com essa visão da educação, não podemos, os espíritas, não darmos maior importância à mesma, pois é a educação moral que poderá, com o tempo, transformar para melhor nossa humanidade. r ****** Escola inovadora, ensino humanizado Numa promoção do IBEM, acontecerá em 07 de dezembro, na cidade do Rio de Janeiro, o Encontro Novos Rumos para a Educação, com a participação dos educadores José Pacheco e Marcus De Mario. Veja a programação e faça a inscrição em www.ibemeduca.com,.br. Por uma nova evangelização Receba gratuitamente o projeto Educação do Espírito, uma nova proposta pedagógica para a evangelização espírita infantojuvenil. Basta solicitar através do e-mail marcusdemario@gmail.com ou pelo WhatsApp (21) 99397-1688.


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Depressão, tão longe e tão perto Doença, sintomas e visão espírita Luciana Vicente

AJES/MS – vozesespiritas.com.br

Crédito: fotógrafo A. Frota

Carlos Henrique, psicólogo clínico

dor emocional associada a uma perda de sentido existencial.” Uma pessoa com depressão pode apresentar dificuldades em desempenhar o seu trabalho, em manter os seus relacionamentos e até, nas condições mais graves, chegar ao suicídio. No levantamento da OMS, 800 mil pessoas se suicidam por ano. Essa é a segunda principal causa de morte entre a população de 15 a 29 anos. A depressão possui níveis. Em alguns casos, o tratamento terapêutico feito com a ajuda de profissionais pode ser suficiente para que o paciente volte a sua rotina diária. Em outros, é preciso recorrer a medicamentos para equilibrar a condição emocional do indivíduo e garantir que ele tenha a oportunidade de se recuperar. Apesar dos tratamentos serem cada vez mais avançados, estima-se que menos da metade das pessoas com depressão tenham acesso a eles. A avaliação imprecisa, o preconceito do próprio paciente e de seus familiares, e até, em alguns lugares, a falta de profissionais preparados para prestar atendimento são fatores que contribuem com o número tão grande de casos. Grandes traumas, como a perda de alguém da família e de um emprego, por exemplo, podem contribuir para o desencadeamento dos sintomas depressivos. Depressão e Espiritismo Uma das autoras mais atentas ao problema da depressão dentro do espiritismo, sem dúvida, é Joanna de Ângelis. Por Divaldo

Franco, ela amplia a dimensão sobre a doença. No texto ‘Nostalgia e Depressão’, alerta para o fato de que as síndromes de infelicidade se transformam em patologias num quadro nostálgico, que podem se agravar para uma depressão. Segundo a benfeitora, as pessoas possuem a necessidade de se expressar. Essa expressão verdadeira só é possível quando elas se sentem livres. No texto já citado, escreveu: “A depressão é sempre uma forma patológica do estado nostálgico. Esse deperecimento emocional, fez-se também corporal, já que se entrelaçam os fenômenos físicos e psicológicos. A depressão é acompanhada, quase sempre, da perda da fé em si mesmo, nas demais pessoas e em Deus... Os postulados religiosos não conseguem permanecer gerando equilíbrio, porque se esfacelam ante as reações aflitivas do organismo físico. Não se acreditar capaz de reagir ao estado

crepuscular, caracteriza a gravidade do transtorno emocional. “ Para superar a doença, Joanna ressalta a necessidade de liberar os sentimentos reprimidos. É preciso entrar em contato com o que causa dor realmente, sem subterfúgios, entender o que isso significa para a sustentação psicológica do indivíduo e a partir daí, aos poucos, buscar o reequilíbrio. Um indivíduo com depressão encontra-se em fase de doença, mas não é a doença. Retornar ao equilíbrio é possível. “Seja, no entanto, qual for a problemática nessa área, a criação de uma psicosfera saudável em torno do paciente, a mudança de fatores psicossociais no lar e mesmo no ambiente de trabalho constituem valiosos recursos para a reconquista da saúde mental e emocional. O homem é a medida dos seus esforços e lutas interiores para o autocrescimento, para a aquisição das paisagens emocionais”, completa a autora. r

Crédito: fotógrafo A. Frota

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aria tinha uma vida socialmente ativa, era cercada por amigos e muito querida pelos colegas de trabalho. Num certo dia, no entanto, ela começou a perder a vontade de conversar, de ir onde costumava ir e de manter hábitos antes rotineiros. Era como se toda sua vitalidade tivesse desaparecido. Por influência da família, Maria procurou um médico e foi diagnosticada com depressão. Quem nunca ouviu uma história como essa? Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, a estimativa é de que 300 milhões de pessoas sofram com a doença. Gente de todas as idades, de todas as classes sociais. Também de acordo com a OMS, a depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui significativamente para a carga global de doenças. O psicólogo clínico Carlos Henrique Ribeiro da Silva explica que “é muito comum as pessoas confundirem um quadro depressivo com falta de vontade ou mesmo com preguiça. A depressão é um sentimento genuíno, é uma


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Kardec estudado em apenas um ano Método simples que abrange toda a Codificação Affonso Soares

Da revista “Reformador” de julho de 2002, p. 16 – (206)

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entre as inúmeras e excelentes qualidades da saudosa irmã Yvonne do Amaral Pereira, como espírita e médium avultava sem dúvida alguma sua incondicional fidelidade ao critério de Allan Kardec, ao conteúdo de sua obra, cuja substância ela sempre tomou como guia por excelência para toda e qualquer atividade nos campos mediúnico e doutrinário. Para que assim fosse, ela cer ta mente deveria estudar sistematicamente os cinco pilares da Codificação com método, o que obviamente implicaria regularidade, paciência, disciplina. Lembramo-nos, mesmo, de que numa das incontáveis ocasiões em que dela recebíamos a caridosa gentileza de uma paciente atenção,

de um fraterno diálogo, ela chegou a declarar que não passava um ano sem que houvesse lido os livros de Allan Kardec. Guardamos a lição, mas à época não nos interessamos em saber como a querida irmã levava a cabo tal programa de estudo. O tempo passou sobre nossas lides na regeneradora seara de serviços e aprendizados do Espiritismo Cristão e muito nos têm sustentado as inesquecíveis lições da querida médium. Nos últimos tem pos nossa alma se inclina a uma leitura mais regular dos livros fundamentais da Revelação Espírita, seja por necessidades íntimas, seja por necessidades decorrentes do próprio trabalho, seja também por verificarmos quantos prejuízos

nascem para o Movimento Espírita quando negligenciamos o contato permanente com as obras fundamentais do Espiritismo. Pela despreocupação em registrar o método de estudo de Yvonne A. Pereira, cuidamos em imaginar

se seria possível efetivamente um estudo anual da Codificação, e qual não foi a nossa surpresa quando verificamos a extrema facilidade em programar tão útil empresa. Constatando que o texto daqueles cinco livros, nas edições da FEB, abrange cerca de 2.200 páginas, dividimos esse número pelos dias do ano e chegamos à conclusão de que lendo apenas 6 (seis) páginas por dia, ao cabo de um ano teremos percorrido todos os livros de Allan Kardec! Inicia-se com O Livro dos Espíritos, segue-se em O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, para concluir-se com A Gênese. Não se tratará de mera e superficial leitura. Destinando-se pelo menos 20 a 30 minutos diários ao conteúdo das seis páginas, pode-se realizar um efetivo estudo. Já iniciamos nosso programa, e como temos o Esperanto como segunda língua, consolidamos nossos conhecimentos do admirável idioma internacional pela leitura das boas traduções publicadas pela FEB, incluindo a de A Gênese. O esforço é mínimo, mas a recompensa é inavaliável! r


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Saúde preventiva Ozonioterapia: a ciência da nova era em favor da saúde Raul de Mello Franco Jr. raulmfranco@gmail.com

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chave do entendimento do mundo de regeneração que se abre não está nos cataclismos do mundo material, nos efeitos sobrenaturais fantásticos ou na letra fria de qualquer escritura sagrada. Está nas descobertas da ciência e nas leis do mundo invisível. É o que nos informam os espíritos, em “Obras Póstumas” (2ª parte - Regeneração da humanidade). Leis naturais não serão derrogadas e uma revolução moral impulsionará o homem a um maior zelo consigo mesmo, com o semelhante e com o planeta. É nesta perspectiva que se apresentam novos instrumentos para os cuidados com a saúde física e mental, ao mesmo tempo em que antigas fórmulas recobram o seu lugar, outrora usurpado pela vileza dos interesses materialistas. A ozonioterapia desponta nesse cenário de revoluções científicas e formas equilibradas de prevenir doenças e recobrar a saúde. No artigo anterior (a que remeto o leitor, para maiores informações), discorremos sobre as propriedades do ozônio e a sua redescoberta para múltiplos usos, verdadeira ferramenta de higienização de ambientes. Mas a aplicação do ozônio nos tratamentos de saúde (a “ozonioterapia”) é ainda mais encantadora. Um recurso da

natureza coloca-se, pelas mãos de novas tecnologias, acessível à população. O uso criterioso desse gás (gerado com bons equipamentos e na dose certa) é a base de uma terapia bio-oxidativa coadjuvante no tratamento de diversas doenças. A ozonioterapia tem demonstrado bons resultados, principalmente

A ozonioterapia é compatível com outros tratamentos, atenuando os efeitos colaterais e melhorando a resposta biológica do usuário. Com isso, agiliza a recuperação da saúde e permite o retorno do paciente, sem dor, às suas atividades produtivas normais.

nos processos inflamatórios, infecciosos e na dor, como aqueles que acometem as pessoas que sofrem com artrites, diabetes, doenças autoimunes, osteomielites, esclerose múltipla, doença de Crohn, dermatites, diversos tipos de câncer etc. Tecnologias patenteadas por Nicola Tesla (1896), hoje aperfeiçoadas, permitem que o gás (O3) possa ser coletado e manipula-

do em pequenas máquinas. São equipamentos elétricos, simples e baratos, que trabalham com o oxigênio medicinal (O2). Um fluxo regulado de oxigênio é bombardeado por correntes elétricas de alta voltagem. Uma fração desse conteúdo transforma-se em ozônio. A mistura gasosa (O2 + O3), devidamente dosada, é colhida na máquina (em uma seringa, por exemplo) e usada na terapia. A água e alguns tipos de óleo são ozonizados e empregados. O paciente também pode receber o gás em aplicações com agulhas (injeções), insuflações (retal, vaginal, auricular etc.) ou diretamente sobre a pele e feridas. Ainda existem técnicas para colher o sangue do paciente, ozonizá-lo e reaplicá-lo. Utilizada de forma correta, a ozonioterapia traz enormes benefícios à saúde, com índices baixíssimos de efeitos colaterais ou complicações (na ordem de 0,02%, insignificantes se comparados aos agravos provocados por qualquer tipo de medicamento alopático). É terapia segura, de fácil aplicação e grande eficiência. Os equipamentos são relativamente baratos, o que minimiza os custos de tratamento de doenças crônicas, encurta o tempo de internação e diminui a compra de medicamentos de alto custo. A ozonioterapia é compatível com outros tratamentos, atenuando os

efeitos colaterais e melhorando a resposta biológica do usuário. Com isso, agiliza a recuperação da saúde e permite o retorno do paciente, sem dor, às suas atividades produtivas normais. No Brasil, infelizmente, a ozonioterapia é uma novidade que incomoda certos setores capitalistas. Por ser um gás muito instável e altamente reagente, o ozônio deve ser produzido e logo administrado. Isso dificulta a sua estocagem e o seu comércio (o óleo ozonizado é uma exceção) e explica, em parte, o desinteresse de sua popularização no mundo dos negócios. O Conselho Federal de Medicina, em nosso país, proíbe ao médico a prescrição do tratamento, sob a alegação de que a ozonioterapia é carente de embasamento científico. Cerca de 20.000 trabalhos já foram publicados sobre o tema, no meio científico internacional. São estudos genotóxicos, toxicológicos, farmacológicos e clínicos que, mesmo sem ajuda financeira, avaliaram a aplicação desta terapia. Cidadãos de diversos países como Portugal, Alemanha, Rússia, Ucrânia, Japão, Cuba, Argentina, Dubai, Turquia, Itália, Áustria, Canadá e Estados Unidos (alguns Estados) são beneficiados pela terapia. Voltaremos a falar sobre ela no nosso próximo artigo. r


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Exortação à pacificação! Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Maroísa Baio

maroisafpb@gmail.com

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pós exaltar a misericórdia e a pureza de coração, Jesus enaltece os construtores da paz, considerando-os como verdadeiros filhos do Altíssimo! Importa ressaltar, mais uma vez, que Jesus se dirigia a uma multidão de aflitos. Nessa sétima exortação Ele os convida a se tornarem pacificadores! O convite foi dirigido a todos que O ouviam, sem nenhuma exigência, a não ser que fossem misericordiosos uns com os outros e buscassem a pureza de coração, tornando-se assim colaboradores da construção da paz! Jesus não dirigiu essa exortação aos eruditos religiosos, nem aos influentes políticos; não afirmou ser necessária uma formação acadêmica como embaixadores ou diplomatas em relações internacionais. Mais uma vez não! Entretanto, a exaltação à construção da paz não era desconhecida

dos judeus. Nesta exortação, mais uma vez Jesus recorria a vários ensinamentos da Torá e dos profetas nos quais a paz era enaltecida. O profeta Isaías (9:5-6) denominou Jesus como sendo o Príncipe da Paz! Eis que Ele vem convidando a todos a se tornarem pacificadores, contribuindo para o surgimento de um mundo melhor! No entanto, surge uma primeira dificuldade no exercício da pacificação. Como exercitá-la em nosso dia a dia? Como promover a paz em nosso ambiente doméstico, familiar, profissional, social, religioso? Para tanto, é preciso lembrar das exortações anteriores, sobretudo a da misericórdia. Sem compaixão pelo semelhante não é possível pacificar os que estão ao nosso redor! Os benfeitores espirituais ensinam que pacificar também é uma forma de caridade. Portanto, só pacifica aquele que está em paz consigo mesmo e com o Pai Criador! Em nosso auxílio, os amigos espirituais registraram vários apontamentos em relação a pacificação,

pela importância da aplicação dessa virtude neste período de transição pelo qual passamos, no qual somos constantemente testados nos valores cristãos. O benfeitor espiritual Emmanuel, no livro Ceifa de Luz (cap. 54), aconselha as seguintes posturas para a cultura da paz: - respeitar as opiniões alheias como desejamos seja mantido o respeito dos outros para com as nossas; - colocar-nos na posição dos companheiros em dificuldades, a fim de que lhes saibamos ser úteis; - calar referências impróprias ou destrutivas; - reconhecer que as nossas dores e provações não são diferentes daqueles que visitam o coração do próximo; - consagrar-nos ao cumprimento das próprias obrigações; - fazer de cada ocasião a melhor oportunidade de cooperar a benefício dos semelhantes; - melhorar-nos, através do trabalho e do estudo, seja onde for; - cultivar o prazer de servir; - semear o amor, por toda parte, entre amigos e inimigos;

Sábias frases Capítulo 12, item II – Reino de Deus, do livro em ilustração Observadas as leis criadas pela Sabedoria Infinita, estaremos vivendo em nós o Reino de Deus O Reino de Deus é, ao mesmo tempo, consequência, efeito, resultado, tanto quanto a causa e origem da paz entre os homens. O Reino de Deus é resultante da lenta e penosa montagem de um sistema íntimo de pureza, retidão e de amor. A ordem continuará sendo imposta pelo poder de polícia até que seja aceita por consenso geral, como decorrência mesma da disciplina íntima de cada um.

- jamais duvidar da vitória do bem. O benfeitor conclui seus apontamentos aconselhando: “Buscando a consideração de pacificadores, guardemos a certeza de que a paz verdadeira não surge, espontânea, de vez que é e será sempre fruto do esforço de cada um.” Falta ainda uma consideração a fazer sobre esta exortação de Jesus. Por que teria Ele prometido o título de “filhos de Deus” aos pacificadores? Não somos todos filhos de Deus? Por que estabelecer uma prerrogativa para alcançar esse título? A condição de filho implica no dever de conhecer a vontade de seu pai, obedecê-la e segui-la. Dessa forma, aquele que tem conhecimento das Leis Divinas, baseadas no amor a Deus e ao próximo, e as coloca em prática conquista o mérito íntimo de verdadeiro filho do Pai Criador, contribuindo com o estabelecimento do Seu Reino de paz e harmonia para toda a criação divina! r

(...) aquele que tem conhecimento das Leis Divinas, baseadas no amor a Deus e ao próximo, e as coloca em prática conquista o mérito íntimo de verdadeiro filho do Pai Criador, contribuindo com o estabelecimento do Seu Reino de paz e harmonia para toda a criação divina!


Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT Setembro de 2019

REMETENTE: Instituto Cairbar Schutel. Caixa postal 2013 15997-970 - Matão-SP

Suicídio: evite-o! O “setembro amarelo” busca conscientizar Roni Ricardo Maia

roniricardomaia@gmail.com

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presentaremos, aos leitores, um recorte adaptado de nosso livro Vida Futura, atualmente, na versão e-book reader, o qual traz por mote principal a valorização da vida e a temática prevenção do suicídio sob a ótica espírita. O suicídio ou autocídio é o ato humano de eliminar a vida, na maioria das vezes de forma direta, ou seja, com o ato praticado contra si próprio por meio de arma de fogo, queda proposital em lago, rio, enchente, mar, oceano, de abismo, montanha e prédio, enforcamento, envenenamento, automutilação etc. Há também a forma indireta, onde atitudes e comportamentos nocivos acabam por acarretar a morte do corpo físico; falamos, principalmente, dos adeptos dos vícios continuados como drogadição, álcool, fumo e outras substâncias tóxicas, pelas quais se arrastarão pessoas e fatalmente anteciparão o ciclo da existência corpórea programada. Ficamos sensibilizados muitas vezes, com alguns dos casos, por

nós, ouvidos, por meio de irmãos em jornadas terrenas, onde as dúvidas sobre a imortalidade os dominavam; daí, presumirmos por não conhecerem a Doutrina Espírita! Em primeiras visitas a um Centro Espírita recorriam ao convencimento à altura de sua apreensão e, pela credibilidade que o Espiritismo, ao longo das décadas, doou à população brasileira, se dirigiram ao pronto socorro espiritual para se restaurarem ou se aprumarem diante de dor sentimental imensa! O nosso recado a você, pai ou mãe, e a todos que perderam alguém de sua estima pelo suicídio é o recurso da prece. Não há refrigério melhor para o estado em que se encontrará um espírito suicida, a perturbação e a repercussão do ato que lhe cortou as ligações com a vida física poderão, no entanto, dominar-lhes e serão os pedidos a Deus e aos Bons Espíritos, o meio apropriado para redirecionarem o socorro àquele que precisa. Ademais os espíritos familiares em condições de interferên-

cias que também acorrem para o resgate dos enfermos, tão logo, os espíritos se desembaraçarem das apreensões e traumas comuns em suas consciências aturdidas pelo ato insano cometido contra si. Por conseguinte, é sobre a Legião dos Servos de Maria, instituição referenciada na obra Memórias de um suicida, sob a égide da mãe de Jesus, que queremos frisar. Este Espírito superior, com irradiação piedosa, constituiu uma grande instituição beneficente de obreiros a seus serviços de ajuda e resgate aos suicidas. Precisaremos informar às mães e aos pais que enderecem seu pedido à nossa Mãe maior, ela os escutará! Também aos que diante da perda de um familiar façam preces à Mãe Santíssima, sabedora das nossas inquietações, tão logo seja viável e possível o auxílio será prestado. Não há que se duvidar! Firmemos nossas convicções em orações. A generosidade do Espírito Maria de Nazaré é imensa, como é enorme o seu amor pela Humanidade terrena e Ela se comprometeu, junto ao seu filho bem-amado – o Cristo, a ajudar aos sofredores do planeta

que Ele espiritualmente governa, a mando de Deus. Ao Mestre Jesus, recorramos tantas vezes sejam necessárias para o fortalecimento espiritual e constantemente a Deus, Pai de infinito Amor, para o nosso caminhar diante de tormentas que porventura venham a ocorrer. Convidaremos a todos a fim de se juntarem ao nosso compromisso com a vida, quais sejam os espíritas em geral, profissionais da saúde, formadores de opinião, palestrantes, trabalhadores e médiuns de Centros Espíritas, outros credos religiosos, para acalmarem e consolarem todo ser humano disposto a eliminar a própria existência corporal. Enfim, quem se dispor ao somatório de forças diante desse flagelo íntimo que é o suicídio; para o qual as sugestões ocupam as mentes desavisadas de irmãos em peregrinação pela Terra e que tem levado inúmeros deles a um estado pior e deplorável, na categoria de espírito suicida. Como espíritas e seguidores do Cristo é nosso dever! E todo aquele que serve e segue a Jesus não está só! r


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