Tribuna do Espiritismo - agosto de 2018

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ÓRGÃO MENSAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA PARA TODO O BRASIL • AGOSTO DE 2018 • ANO 5 • Nº 59 • 13.500 EXEMPLARES • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.institutocairbarschutel.org – www.associacaochicoxavier.com.br

Consciência de voto

Foto: http://www.solidariedadece.org.br/wp-content/uploads/IMG-20140918-WA00221.jpg

Às vésperas das eleições, no quesito comprometimento com a Pátria, como estamos? Veja atualidade da entrevista com o vereador Marcos Papa, publicada em 2014. Páginas 10 e 11.

Belíssimo trabalho organizado por Marcelo Teixeira já à disposição

Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT

Remetente: INSTITUTO CAIRBAR SCHUTEL Cx. Postal 2013 – 15997-970 – Matão-SP.


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Editorial

Alegrias do EAC

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stamos em agosto, mês em que Schutel lançou, em 1925, a RIE – Revista Internacional de Espiritismo. Estamos igualmente às vésperas do evento que honra sua memória pelos 150 anos de nascimento, o EAC – Encontro Anual Cairbar Schutel. Seus participantes viverão momentos inesquecíveis e marcantes. Além das palestras com foco específico, várias atividades ocorrem durante a programação, inclusive dois lançamentos de obras oportunas para a efeméride. Motivação intensa, crianças e jovens integrados, confraternização que alimenta a alma e compromisso doutrinário de alta envergadura. Nossa gratidão pelo apoio e pela sua participação que, inclusive, vai auxiliar a construção da sede própria da Casa de Fraternidade Chico Xavier, em Araraquara. Você que agora lê essas linhas ainda pode fazer sua inscrição. Visite o site, veja a programação, inscreva-se e esteja conosco. O momento difícil da Humanidade tem nesses encontros um diferencial que não podemos ignorar. r

A divina palavra “amor” A palavra “amor” resume inteiramente a Doutrina de Jesus Rogério Coelho

rcoelho47@yahoo.com.br

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Lei de Amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e extingue as misérias sociais” – Lázaro1 Há quase dois milênios e meio afirmava Platão2 estar “(...) o amor por toda parte em a Natureza, convidando-nos ao exercício da inteligência; até no movimento dos astros o encontramos. É o amor que orna a Natureza de seus ricos tapetes; ele se enfeita e fixa morada onde se lhe deparem flores e perfumes; é o amor que dá paz aos homens, calma ao mar, silêncio aos ventos e sono à dor...” O amor – que há de unir toda a humanidade – é uma consequência dessa teoria de Platão sobre o amor universal, como Lei da Natureza. Joanna de Ângelis3 mostra nossa destinação para as faixas superiores do bem, “(...) que triunfará, embora a demorada presença do mal que elaboramos em nós mesmos para o suplício que preferimos. Por maior que seja esse período de dominação negativa, cessará, ao impositivo da evolução que jamais será detida. Portanto, é conveniente utilizar-se, desde logo, dos antídotos poderosos para as paixões que desgovernam os homens e a época, e de que nos dão conta e excelentes provas a química do amor e a dinâmica da Caridade

de que o Cristo Se fez paradigma excelente: pequenos esforços somam resultados expressivos; migalhas reunidas formam volume respeitável; átomos agregados constituem forças atuantes e vivas... Pequeno esforço agora contra a ira, uma migalha de Caridade logo mais, um átomo de amor que se dilata, e será formado o condicionamento para as arrancadas exitosas contra as grandes paixões aniquilantes que devem ser incessantemente combatidas. Um pensamento feliz, uma palavra cortês, um gesto de carinho, um aperto de mão e desabrocham os pródromos das paixões pela fraternidade e pelo mundo melhor que desde já está sendo construído pelos lutadores autênticos do Cristo”. Jesus legou-nos uma doutrina inteirinha resumida nesse divino sentimento: o Amor que segundo

Fénelon, “é de essência Divina”. Lázaro considera “(...) ditoso, aquele que, ultrapassando a sua humanidade, (leia-se: “suas limitações”), ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento. É ditoso porque não conhece nem a miséria da alma e nem a do corpo”. Quando cultivarmos o Amor segundo os parâmetros ofertados por Jesus, compreenderemos que ele é a argamassa que ligará toda a humanidade sob Suas bênçãos e todos, desprendendo-nos das constringentes amarras do egoísmo e do orgulho, passaremos a buscar os suavíssimos gozos da alma em prelúdios das celestes alegrias. r 1. KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 125.ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006, cap. XI, item 8, § 1º. 2. Idem, ibidem, Introdução. 3. FRANCO, Divaldo. Após a tempestade. 3.ed. Salvador: LEAL, 1985, cap. 4.

Não há necessidade de inscrição

Local: C E Verdade e Luz


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Educação e Felicidade Educação de qualidade exige comprometimento moral do educador Marcus De Mario

marcusdemario@gmail.com

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eportagens nas mais diversas mídias têm mostrado que alguns países europeus, como a Noruega, Finlândia, Dinamarca, Suécia e Holanda, possuem altos índices de educação, e suas sociedades vivem uma economia equilibrada, com pouca violência na sociedade, em ambientes culturais que prezam a autonomia e diversidade. O Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), em recente pesquisa, considerou que as crianças holandesas têm a melhor qualidade de vida entre todos as nações do planeta. São as crianças mais felizes do mundo. Diversos fatores contribuem para isso, sobressaindo-se a educação de qualidade. O desnível social é pequeno, e as oportunidades de educação são iguais para ricos e pobres. Diante disso, perguntamos: o que é educação de qualidade? Entendemos que educação de qualidade exige comprometimento moral do educador com a educação, não com o ensino, mas com a educação, com a formação total da pessoa, do ser humano que está presente na escola. Para alcançar esse comprometimento moral com a educação, pro-

pomos a adoção de cinco pontos. Para nós educação de qualidade, acima de tudo, é: 1. Adoção de uma nova filosofia de educação para reger o sistema de ensino, uma filosofia com base espiritualista, única forma de redimensionar a formação do professor e a estrutura da sociedade. 2. Incentivo, de forma contínua, na própria escola, à autoeducação do professor, para que ele transforme-se num educador, aquele que vai além do trabalho no campo do saber, dando prioridade ao trabalho no campo moral. 3. Realizar o ensino com amor, com sentimento, esforçando-se o professor para ser exemplo daquilo que fala. 4. Substituir o vestibular, e todos os exames nacionais que dão equivalência ao mesmo em acordos com as faculdades, por um sistema de avaliação consciencial do aluno, onde mais importante é o nível de capacidade em colocar em prática os aprendizados na própria vida. 5. Priorizar a educação básica, onde compreendemos a educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, com currículos

equilibrando a formação intelectual e a formação moral da criança e do jovem. Proclama-se muito a cidadania, a justiça social, a ética nas relações comuns. Compreendamos que não é a tecnologia, a remuneração, os equipamentos pedagógicos, o saber atualizado, que irão fazer a educação de qualidade, pois cidadania, justiça e ética somente são conquistadas com formação do caráter do homem, que assim não se deixará corromper por interesses que firam a regra de ouro da educação: aprender a fazer ao outro somente o que gostaria que o outro me fizesse. Num esforço de síntese, dizemos com toda convicção que educação de qualidade alcançaremos quando educação deixar de ser igual a sistema de ensino, e for sinônimo de educação moral - na escola, na família, na sociedade. Tudo isso o Espiritismo proclama desde seu surgimento, ao defender a educação moral do espírito reencarnado, destinado a alcançar a perfeição. Que os espíritas compreendam bem isso, realizando esforços em torno da educação, único caminho para

corrigir os males sociais e os desvios de caráter das pessoas, e gerar a felicidade. Quanto mais adiarmos esse trabalho, mais ficaremos comprometidos com a lei divina. A Holanda, e demais países aqui citados, mesmo sem a visão espiritual da vida, já entenderam que não há maior investimento do que a educação das novas gerações. O que estamos esperando para seguir esse exemplo? Cursos sobre educação O Instituto Brasileiro de Educação Moral – IBEM, a partir de agosto, está disponibilizando 26 cursos nas áreas de Educação e Gestão através da EAD. De qualquer parte do Brasil você pode se qualificar estudando com o IBEM. Acesse www.ibemeduca.com.br, escolha seus cursos e transforme a humanidade! Educação do espírito Estão disponíveis gratuitamente os livros que compõem o Projeto Educação do Espírito, desenvolvido para a evangelização espírita da família (infância, juventude, pais/ responsáveis). Solicite em www. marcusdemario.com. r


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Revista Espírita Um legado pouco lembrado Marildo Campos Brito 36odliram@gmail.com

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notoriedade com que as cinco obras basilares codificadas por Allan Kardec, passariam a representar e a exercer a partir do século XIX, constituindo a legitimidade da doutrina dos Espíritos como o Consolador Prometido da terceira revelação anunciada por Jesus, uma nova era de luzes e de conhecimentos científicos, filosóficos com consequências morais, passariam a despertar e regerem os homens na construção por uma sociedade mais justa e fraterna. Embora Allan Kardec, tivesse enfrentado os mais acerbos dissabores de vossos detratores e inimigos da época, jamais demonstrou-se irresoluto na grande marcha pelo bem e o progresso ante os deveres e compromissos abraçados. O Espírito de Verdade já o advertira ¹[...] a missão dos reformadores está cheia de escolhos e de perigos; a tua é rude, disso te previno, porque é o mundo inteiro que se trata de agitar e de transformar [...] E graças a proteção e a assistência dos bons Espíritos, permaneceu intimorato na intensa tarefa que lhe estava reservada no mundo, quando, debruçando-se exaustivamente em novo e arrojado trabalho sob

sua responsabilidade direta, circularia no dia 1º de janeiro de 1858 em Paris, como *nota de sua autoria em Obras Póstumas, seu primeiro número da Revista Espírita Jornal de Estudos Psicológicos; periódico mensal que totalizaria doze volumes numa sequência ininterrupta por onze anos e quatro meses, de maneira a complementar mais amplamente os aspectos doutrinários abordados em O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns. A Revista Espírita foi, todavia, seu mais importante instrumento de pesquisa e investigação, prodigiosa e verdadeira fonte de esclarecedoras informações acerca das variadas manifestações mediúnicas; sobre o magnetismo e o animismo; da natureza dos animais e de suas relações com os homens; o depoimento de Mozart e o desenho de sua morada no planeta Júpiter através do médium Victorien Sardou; do estado moral e físico deste orbe descrito pelo célebre oleiro Bernard

pouco lembrado, onde o eminente codificador do Espiritismo, não esmoreceu esforços e dedicação para que pudéssemos simplesmente relega-las em segundo plano. Em O Livro dos Médiuns, sempre é bom lembrarmos, Kardec, aconselha os estudos da Revista Espírita, dentro de uma quarta ordem aos que queiram e desejam realmente adquirirem os conhecimentos preliminares de suas obras ao afirmar ²[...] A Revista Espírita: é uma coletânea variada de fatos, de explicações teóricas e trechos destacados que completa o que se disse das duas obras precedentes [...] Não podemos mais omitir, nem tampouco considerar tal obra, como fruto de uma irrisória escolha de passatempo; mas sim, o resultado Palissy do século XVI, dentre outros de uma séria, árdua, fecunda e perassuntos. Contudo, aos espíritas, e severante conquista contemporânea, particularmente a aqueles que estão merecendo a nossa mais condigna investidos da responsabilidade de atenção pelo inestimável valor com orientação e critério doutrinário, que ela se reveste. r jamais deveriam prescindir do estudo desse extraordinário acer- 1. KARDEC, Allan. Obras Póstumas. 27.ed. pag. 198. Nota – pag. 206. Araras: IDE, vo, destacando-os igualmente em 2008. grupos de debates, cursos, palestras 2. KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. e seminários. Um autêntico legado 85.ed. pag. 31. Araras: IDE, 2008.


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O prodígio maior A ação moralizadora do Espiritismo regenerando corações! Maroísa Baio

maroisafpb@gmail.com

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m 1863, o Espirismo foi alvo de duras críticas por parte da Igreja, mas os sermões ofensivos dos padres surtiram efeito contrário. Entre os frequentadores de missas havia materialistas e ateus, que apenas cumpriam uma formalidade religiosa. Tomados de curiosidade pelo Espiritismo, passaram a ler as obras de Kardec! Alguns até escreveram a ele, testemunhando sua reforma interior após a leitura e meditação dos ensinamentos espíritas. Kardec citou dois casos na RE de novembro daquele ano. O primeiro era de um empresário de leilões que desde criança tinha horror ao dogma das penas eternas, o que o afastou da fé verdadeira. Eis o seu relato: “Durante a quaresma, um pregador falou do púlpito contra o Espiritismo. A circunstância excitou-me a curiosidade (...) Então li o livrinho Que é o Espiritismo? prometendo a mim mesmo não ceder tão facilmente (...) mas, ainda não havia chegado à página 50 e já havia reconhecido a inanidade de minha pobre bateria de argumentos. Durante alguns minutos fiquei como que iluminado, uma súbita revolução operou-se em mim (...)

Para gozar dos benefícios de Deus e deles tornar-me inteiramente digno, perdoei com solicitude aos meus inimigos, aqueles que me fizeram sofrer duras torturas morais, a todos enfim que me ofenderam e abjuro qualquer pensamento de vingança.” Dirigindo-se ao autor desta carta, Kardec lhe respondeu:

Eis desses milagres de que vos deveis orgulhar, que todos podeis operar e pelos quais não necessitais de nenhuma faculdade excepcional porque basta o desejo de fazer o bem. Se o Espiritismo tem tal poder sobre as almas manchadas, que não se deve esperar para a regeneração da humanidade, quando ele tiver convertido em crença comum e cada um o empregar na sua esfera de ação!

“Irmão, esta espécie de confissão que fazeis perante homens, é um grande ato de humildade; jamais há vergonha, mas grandeza, em reconhecer que se enganou e confessar os seus erros. Deus ama os humildes.” O outro caso era de um presidiário que conhecera o Espiritismo através de um operário que o visitava na prisão. Com grande respeito, ele escreveu a Kardec: “Senhor, tive a felicidade de ler, de estudar algumas de vossas excelentes obras tratando do Espiritismo; e o efeito desta leitura foi tal sobre o meu ser, que julgo dever com isso tomar-vos a atenção; mas, para que possais bem compreender, penso necessário vos dar a conhecer as circunstâncias em que me acho. Tenho a infelicidade de ter sido condenado a seis anos de reclusão, justa consequência de minha conduta passada (...) Há apenas um mês eu me julgava perdido. Por que hoje penso ao contrário e por que a esperança luz em meu coração? Não será porque o Espiritismo, desvendando-me a sublimidade de suas máximas, fez-me compreender que os bens terrenos nada são? que a felicidade só existe realmente para os que praticam as virtudes ensinadas por Jesus-Cristo?

(...) porque posso esperar renascer de alguma sorte e, deste ponto de vista, preparar minha alma para uma vida melhor pela prática das virtudes e meu amor a Deus e ao próximo? (...) Assim, senhor, permiti que vo-lo diga, esta carta tem por objetivo vos assinalar toda a minha gratidão.” Sensibilizado por esse depoimento, Kardec dirigiu-se então aos espíritas: “Eis desses milagres de que vos deveis orgulhar, que todos podeis operar e pelos quais não necessitais de nenhuma faculdade excepcional porque basta o desejo de fazer o bem. Se o Espiritismo tem tal poder sobre as almas manchadas, que não se deve esperar para a regeneração da humanidade, quando ele tiver convertido em crença comum e cada um o empregar na sua esfera de ação! (...) Ainda alguns anos e vereis muitos outros prodígios: não sinais no céu, para ferir os olhos, como pediam os fariseus, mas prodígios no coração dos homens.” O maior prodígio do Espiritismo é a moralização dos homens. Ele já ocorreu em nossos corações? r


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Um homem chamado amor Palestras disponíveis A USE Municipal de Matão realizou na cidade a 12ª edição da Semana Chico Xavier, no período de 24 de junho a 3 de julho, com diversas palestras nos centros espíritas da cidade e também na Câmara Municipal de Matão. O programa desenvolveu-se nas instituições abaixo relacionadas, com temas e palestrantes a saber: NOSSO LAR - Rose Silqueira - A Casa Mental. O CLARIM - Adriano Runho - Fundamentos da versatilidade mediúnica de Chico Xavier. CÂMARA MUNICIPAL DE MATÃO Artur Valadares - Cisco de Deus. COMUNIDADE ESPÍRITA CAIRBAR SCHUTEL - André Rosa - Refletindo com Emmanuel e Chico Xavier. ALLAN KARDEC - Orson Carrara - Kardec e Chico. BEZERRA DE MENEZES - Grupo Musical Família com Jesus - Chico, um homem chamado Amor. As palestras estão disponíveis na Web TV Nosso Lar, no YouTube.


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Inspirada melodia homenageia Schutel Letra e música foram recebidas no EAC 2013 (3ª. edição) por Gutemberg Paschoal, minutos antes da entrada no palco para a palestra Redação

institutocairbarschutel@gmail.com

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a voz de Leia e com Paulo no teclado (do casal Paulo e Leia, de São José dos Campos), a inspirada música apre-

sentada por Gutemberg (RJ) na palestra “Música para evolução do Espirito” está no YouTube para você ouvir. Acesse pelo código QR nesta

Contatos (Paulo): (12) 99678-9430

página. A música também está no CD que ilustra a presente matéria, do casal citado. A 3ª. edição do EAC ocorreu em Araraquara (SP) no

CEAR. Em momento inesquecível e marcante, a singela homenagem, cuja letra está abaixo, na íntegra, sem identificação do autor espiritual. r

Homenagem a Cairbar Gutemberg Paschoal

Um raio de luz Desce do céu Invade Matão Espalha o amor Dos pobres e humildes, se torna irmão Abraça e cuida Estende a mão Leva o nome do Senhor a todo canto do mundo Como um clarim de luz divulga o bem Com sentimento profundo Cairbar, amigo fiel Das coisas de Deus Da paz e do bem CD “Espiritismo com Música”, que contém a canção em homenagem a Cairbar, e Gutemberg Paschoal, compositor, cantor, médium

Guarda-nos em seu coração Sereno de paz, amor em ação


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A melhor lição, o melhor estudo, é dar o exemplo Continuem, mantenham seus propósitos, porque as plantas vão florescer e os frutos virão Lauret Godoy

godlau@uol.com.br

SINHÔ MARIANO E EURÍPEDES Reunião em Santa Fé do Sul – SP. Em 18 de junho de 2014 – Casa Benef icente André Luiz – 20h00. Mensagem de Mariano da Cunha Júnior, Sinhô Mariano ou Tio Sinhô, pela psicofonia da médium Dulcemar Augusta Rezende. Boa noite amigos! É com muita alegria, que renovo aqui os meus votos, meu compromisso. Eu tive uma vida feliz dentro da Doutrina Espírita, embora iniciando naqueles longínquos anos. Não era tão fácil como é agora, procurarmos e acharmos as orientações. Mas, como meu sobrinho* precisava dessa oportunidade eu procurei no O Evangelho Segundo o Espiritismo, as respostas para dar uma orientação melhor. Nós fomos apanhados de surpresa com a mediunidade dele. Uma mediunidade tão espontânea, porque como todos sabem, especialmente quem estudou a fundo a vida do meu sobrinho, sabe dos transtornos

que ele enfrentou... E ele foi para a minha casa e na minha casa eu recebi as bênçãos e as orientações, e mesmo na humildade, com pouco conhecimento, eu pude fazer do meu sobrinho um grande espírita, um espírita renomado, que deixou um legado muito grande para os seguidores da Doutrina. Eu falo disso não com orgulho, porque sempre fui um homem da terra, um homem simples, um homem que cultivava o amor familiar, que tinha como divertimento o trabalho e pegava duro no eito, para ganhar o pão de cada dia. Mas, foi o exemplo que nós passamos para o meu sobrinho, porque a melhor lição, o melhor estudo é dar o exemplo. Se nós plantarmos flores, vamos colher flores e, dando um bom exemplo, eu pude ver meu sobrinho transformar-se em grande trabalhador da doutrina espírita. Não que isso me envaideça, mas isso me faz sentir a tranquilidade do dever cumprido. Que Deus abençoe e que todos vocês quando forem cuidar da me-

diunidade, cuidem com carinho, com abnegação, porque nós precisamos de muita fé, muita força, para vencer as escabrosidades do caminho. Que Deus nos abençoe e nos ampare. É com muita alegria que vos trago essa pequena orientação e um abraço fraterno muito grande a todos. E a minha gratidão por ser recebido aqui e ter essa oportunidade de trabalho. Tio Sinhô pede a vocês, encarecidamente, que continuem,

que mantenham esses propósitos, porque as plantas vão florescer e os frutos virão. Boa noite, irmãos. São Paulo, 28 de abril de 2017. r - Lauret Godoy esteve presente na reunião e gravou as comunicações recebidas. Entre elas, a de Tio Sinhô, achando oportuno divulgá-la, por fazer menção à mediunidade de Eurípedes Barsanulfo, o Apóstolo de Sacramento. *O sobrinho a que se refere é Eurípedes Barsanulfo.


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A homoafetividade segundo Cairbar Tema foi abordado em publicação recente do CELD Rogério Miguez rogmig55@gmail.com

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Bandeirante de Matão, Cairbar de Souza Schutel, abordou incontáveis matérias e assuntos registrados em seus bem conhecidos livros, um de seus maiores legados. Análises evangélicas, debates doutrinários com os opositores do Espiritismo de então, esclarecimentos sobre uma temática variada, questões a lhe chamar a atenção na época e local de sua última existência. Tudo muito bem estruturado com a peculiar lógica de seus escritos. De lá para cá, tanta coisa aconteceu, o mundo girou intensamente, e, mais recentemente, uma questão vem atraindo a atenção da humanidade: a homoafetividade. Poucos sabem ter Cairbar abordado este tópico, todavia, como Espírito desencarnado. O Centro Espírita Léon Denis-CELD do Rio de Janeiro, uma referência para todas as Casas do movimento espírita brasileiro, nos derradeiros anos do século passado e início deste, criou um site pioneiro chamado à época de IRC-Espiritismo, agora atende pelo nome de Espiritismo.net. A proposta foi de realizar palestras e

estudos ao vivo, com participação de ouvintes questionando os expositores em pontos correlatos ao tema abordado. Para fortalecer o grupo e dar orientação sobre assuntos mais em voga, realizaram várias reuniões com o inesquecível médium Altivo C. Pamphiro, fundador do CELD, hoje desencarnado, e

Em síntese assim se expressou: a humanidade deve aceitar o direito do ser humano reencarnado escolher a homoafetividade como opção de vida

por sua mediunidade, exploraram inúmeros tópicos. Quem forneceu as orientações solicitadas foi nada mais, nada menos, do que Cairbar Schutel. Os frutos destas reuniões, colhidos quando Cairbar compareceu e respondeu diversas questões, foram consolidados em um livro, ainda pouco conhecido intitulado Cairbar Responde1. Nesta obra, o Apóstolo de Matão, foi de uma clareza ímpar,

não deixou qualquer margem de dúvida, sobre a posição doutrinária pós Kardec. Ressalte-se, não só defendida por Cairbar, pois, também é esposada por outros autores espíritas encarnados e Espíritos desencarnados. Em síntese assim se expressou: a humanidade deve aceitar o direito do ser humano reencarnado escolher a homoafetividade como opção de vida. Dissemos pós Kardec, pois não há opinião detalhada sobre o tópico nas obras fundamentais de Allan Kardec, tampouco nas subsidiárias, exceto ligeira menção do Mestre de Lion em Revista Espírita de janeiro de 1866, isto do que já nos foi possível conhecer sobre o assunto, contemplado na obra do Codificador. Naquela ocasião se referiu como anomalias aparentes, expressão feliz e muito bem colocada por Kardec, pois, então, percebeu serem de fato aparentes. A matéria foi considerada prematura para ser abordada em meados do século XIX, vindo daí a ausência de maiores elucidações de Kardec sobre a temática. O Pai dos pobres de Matão, em Cairbar Responde, ainda se fez entender utilizando o termo ho-

mossexualidade, porquanto, estas orientações por ele fornecidas datam do fim do século passado e início deste, atualmente, já se ajuizou ser o termo inapropriado, sendo de melhor alcance a expressão homoafetividade, pois, esta última abrange também a possibilidade da existência apenas da afetividade entre o casal, sem necessariamente haver intercurso sexual, conduta claramente sugerida pelo primeiro. Observou-se ser a afeição pura e simples o sentimento maior regendo a relação. Neste livro, por diversas vezes o sábio de Matão confirmou o seu entendimento de que não há qualquer base doutrinária para condenar esta escolha. r 1. PAMPHIRO, Altivo C. Cairbar Responde. Pelo Espírito Cairbar Schutel. Organizado por Mário Coelho. 1. ed. Rio de Janeiro: CELD, 2017. caps. VII e IX.


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“O poder não muda ninguém; ele revela” Vereador em Ribeirão Preto, Marcos Papa fala-nos sobre a relação que existe entre Política e Espiritismo e qual é, diante disso, a postura ideal do espírita Orson Peter Carrara

orsonpeter92@gmail.com

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um ano específico em que o país acumula Copa do Mundo e eleições, o tema político centraliza as atenções após o grande evento esportivo. Motivados pela grandeza do Espiritismo, entrevistamos Marcos André Papa, espírita de nascimento, natural de Ribeirão Preto, no interior paulista, onde reside, formado em Direito e atualmente exercendo mandato de vereador na cidade, onde presidiu a Comissão Permanente de Meio Ambiente, Indústria e Comércio da Câmara e foi relator da CPI dos Transportes. Vinculado à conhecida Unificação Kardecista da mesma cidade, é dela o atual presidente. Suas respostas oferecem ampla abordagem do campo político no país, seus desdobramentos e, claro, o que mais nos interessa, a lúcida visão espírita, especialmente para considerar o amadurecimento da consciência política, o uso do voto e outras importantes considerações.

Como medir o nível de amadurecimento político do País, considerando o conhecimento espírita que nos amplia a visão? Amadurecemos politicamente, mas ainda temos muito a avançar. A Democracia Representativa no Brasil está praticamente falida. Elegemos representantes que não vêm trabalhando pelos reais interesses da sociedade e sim pelos seus próprios, em conluio com os poderes econômicos, num círculo vicioso cruel e insustentável. Urge evoluirmos para a Democracia Participativa,

na qual pressionamos os eleitos e concursados a executarem a agenda necessária a cada comunidade. Sem isso, continuaremos a pagar impostos caríssimos e ter serviços públicos ruins, o que nos obriga a pagar duas vezes, pela segurança, educação e saúde por exemplo. Conferimos nossa evolução humana e política no texto “As Aristocracias”, de Kardec, que nos proporciona um olhar panorâmico desde a aristocracia da força física até a intelectual, mostrando que rumamos para a aristocracia intelecto-moral. Isso nos anima, mas ainda temos muito a fazer.

De que forma ligamos os temas Política e Espiritismo? Pela caridade! Exercendo cidadania, exigindo nossos direitos e levando a quem não tem o que a Vida nos deu, graças a Deus. Aprendemos a fazer o bem para sermos felizes e não para ir ao “céu”. Quando decididamente levarmos essa atitude para o exercício da cidadania, promoveremos a maior revolução pacífica a que a Terra já assistiu. À medida que nos sensibilizarmos pelas necessidades da comunidade e assumirmos mais espaços nas instituições públicas, teremos preponderante-

mente pessoas éticas promovendo as transformações necessárias ao bem comum. A atuação política do adepto espírita está facilitada ou dificultada nos dias atuais, diante dos imensos desafios sociais? Facilitada. O campo está aberto para abraçarmos compromissos no campo da política. Precisamos agir à moda espírita fazendo política por amor. A ganância se une facilmente para dominar. O amor é mais forte que a ganância, mas precisa de mais ação e menos indiferença. O “feixe de varas” mais forte hoje é o da ganância. Estamos formando o “feixe de varas” do amor em benefício de todos. É simples: quando tivermos pessoas éticas e talentosas ocupando posições estratégicas, o bem reinará com mais agilidade. Reencarnamos numa sociedade com muitas necessidades, portanto nossas oportunidades de serviços são divinamente grandes. Todas as gerações tiveram suas dificuldades. Estamos preparados

Reencarnamos numa sociedade com muitas necessidades, portanto nossas oportunidades de serviços são divinamente grandes. Todas as gerações tiveram suas dificuldades. Estamos preparados para enfrentar as nossas


PÁGINA 11 para enfrentar as nossas; basta arregaçarmos as mangas, ocuparmos espaços nas instituições e reformá-las, inspirados pelos valores cósmicos universais revelados pelo Cristo, relembrados e explicados pelo Espiritismo. Qual o maior obstáculo ao cumprimento ideal político saudável, considerando os objetivos do partidarismo político? O partido deve permitir que seus filiados elejam seus dirigentes; poucos são assim no Brasil. A maioria deles possui presidentes com poderes imperiais que nomeiam quem lhes atendem aos interesses eleitoreiros de cada eleição, desconsiderando a realidade de cada cidade. Cada cidadão deve conferir se o partido do seu candidato preferido é realmente um partido político ou uma agremiação de um dono. Se não encontrarmos um partido que espelhe melhor os nossos ideais, podemos e devemos fazer política fora dos partidos políticos. Os Conselhos de Direito criados pela Constituição de 1988 para a população determinar sua pauta de necessidades ao poder público estão ocupados pelos governos porque a sociedade ainda não acordou para isso e é do interesse do poder político estabelecido que continue dormindo e dizendo que não gosta de política, pois assim age como bem quer. Há o Conselho Municipal de Educação, de Saúde, de Cultura, de Segurança etc. Cada um de nós tem uma aptidão e pode colocar-se a serviço de sua comunidade num desses Conselhos. Dá trabalho, mas o amor deve prevalecer e aprendemos com Chico que com “disciplina, disciplina e disciplina” produzimos maravilhas que antes não acreditávamos ser capazes. Por que a política seduz tanto a ponto de corromper muitos?

Agosto de 2018 O poder não muda ninguém; ele revela! Se já realizamos em nós os valores éticos universais de justiça, fraternidade, caridade e lealdade, por exemplo, nada nos corromperá. Se estamos realizando aos poucos, posto que reencarnados na Terra, é bom lembrar que muito em breve estaremos reunidos perante a Vida com aqueles que intercederam em

Devemos cuidar da cidade. Cuidando da cidade, cuidamos das pessoas que vivem conosco e nos livramos dos políticos clientelistas que dependem da perpetuação da desgraça para fazerem favores individuais e terem vida longa na política

favor do nosso reencarne, os que nos ajudaram a escrever o nosso planejamento reencarnatório e nos será perguntado o que fizemos dos talentos que nos foram confi ados. Todos reencarnamos com tendências; hoje somos a síntese de um processo evolutivo multimilenário. Escolher quais tendências alimentar, o que plantar, é da nossa conta. A colheita será obrigatória. Aprendemos que “a cada um será dado segundo suas obras”. Qual a postura ideal do espírita diante da política? Defender o interesse público sempre, incondicionalmente, e primar por ações que venham dar transparência ao trato com a coisa pública. Usar o instrumento da política para servir à comunidade e não para servir-se dela. André Luiz, em Conduta Espírita, nos oferece excelente orientação: “nos embates políticos, situar em posição clara e

definida as aspirações sociais e os ideais espíritas cristãos, sem confundir os interesses de César com os deveres para com o Senhor”. Tem sido desafiador e estimulante viver isso na prática. O que dizer da consciência de voto? Imprescindível. Precisamos de caridade para com todos, porque vivemos em sociedade. Devemos cuidar da cidade. Cuidando da cidade, cuidamos das pessoas que vivem conosco e nos livramos dos políticos clientelistas que dependem da perpetuação da desgraça para fazerem favores individuais e terem vida longa na política. O voto é a oportunidade que temos de separar o “joio do trigo”. Urge aprimorarmos as leis eleitorais, como as sociedades desenvolvidas fizeram, mas enquanto as regras forem essas, precisamos usá-las com inteligência em benefício de todos. Algo marcante que gostaria de acrescentar? A sociedade, o cidadão comum, precisa urgentemente oferecer

apoio político aos que, por amor, abraçaram trabalhos no campo da política, do contrário, os operadores políticos tradicionais continuarão a controlar tudo segundo seus interesses gananciosos e não os da comunidade. Os modernos “vendilhões do templo” oferecem apoio político aos seus escolhidos. Os traficantes, os prevaricadores, etc., oferecem apoio e depois cobram de seus eleitos o retorno de seus “investimentos”. Precisamos romper esse círculo vicioso oferecendo apoio àqueles que realmente desejam servir à sociedade. Aqui um cuidado: sempre perguntar ao pretendente de nosso apoio o que ele já fez para que possamos acreditar no que está dizendo que fará. Ele deve necessariamente apresentar sua folha de serviços prestados. Devemos estudar, escrutinar sua biografia, porque papel e discurso aceitam de tudo, mas história tem quem realmente fez. r – Extraído parcialmente da revista eletrônica O Consolador, edição 308, ano 8, de 27/04/14.

Nota do entrevistador Convido os leitores a constatarem a atualidade das respostas, embora a entrevista seja de 2014. Igualmente na edição da RIE de julho/18, Papa também foi entrevistado com primorosas respostas.

Às vésperas das eleições, não podemos nos omitir diante de tão graves responsabilidades. A entrevista completa está disponível na edição citada da conhecida revista eletrônica O Consolador.


Fechamento autorizado Pode ser aberto pela ECT Agosto de 2018

REMETENTE: Instituto Cairbar Schutel. Caixa postal 2013 15997-970 - Matão-SP

Não se assuste, mãe! Ninguém que chegue ou parta, estará sozinho Vladimir Polízio polizio@terra.com.br

A

o longo de nossa existência ouvimos e vemos muita coisa referente à vida ou às pessoas, mas nossos sensores auditivos e óticos apenas e tão somente captam esses sons e imagens que nos chegam, sem contudo dar-lhes algum valor ou mesmo a importância que hoje merecem. Isso é natural, pelo menos com a grande maioria, pelo fato de ainda não estarmos devidamente preparados para certos assuntos. Na medida que os conhecimentos vão se somando à mente, com o passar do tempo e sendo do interesse, os esclarecimentos acontecem nos momentos oportunos. Este é um desses assuntos, que em meio a tantas outras notícias envolvendo crianças (nem todas, é verdade), que por desinteresse nos escapam e pode ser citado como exemplo. O que a maioria das mães consideram, por total desconhecimento de causa, é o fato de que alguns desses pequenos, justamente pela infantilidade e inocência que trazem consigo,

apresentam comportamentos próprios dessa fase. ‒ São bobinhos, mas criativos; dizem as mães ‒ alegam possuir amiguinhos, dão-lhes nomes, conversam e até brincam com eles. O pior de tudo é que são invisíveis! Coitadinhos; isso já é demais! Chegam a contar casos de crianças que quando são chamadas para tomar a sua refeição, pedem para ficar mais um pouco com “Fulano”, que acabou de chegar ou que está indo embora, isso quando não dizem que “Beltrano” e “Cicrano” vão participar do lanche, etc... São casos e mais casos que ocorrem diariamente sem que se perceba embutido no assunto, algo de extrema importância real na existência inicial dos que chegam à Terra, pelo nascimento. Essa é uma das provas da presença de espíritos junto aos encarnados. Sem explicações para alguns, especialmente os incrédulos, esse fenômeno é um fato reconhecidamente verdadeiro, cercado não de mistérios como muitos

querem, mas de um processo natural de apoio ao espírito reencarnante, uma ajuda àquele que está ingressando no cipoal da existência física; na verdade, um suporte necessário e importante, uma vez que os que dela saem, pela morte, também são auxiliados pelos espíritos quando do reingresso na esfera espiritual. O processo é igual. Ninguém que por aqui chegue ou parta, estará sozinho, sem o amparo dos espíritos que se encarregam desses dois fenômenos naturais da vida que conhecemos. Além dos responsáveis, também outros se fazem presentes em nome da solidariedade, cujos laços de simpatia, respeito e amor se acham ligados ao espírito que chega ou ao que parte do nosso meio. Enfim, mesmo invisíveis aos nossos olhos, esses irmãos solidários são constantes na vida de cada ser que se acha a caminho, creia ou não, este é um dos mecanismos da vida. O apoio existe sempre, porém nem sempre a visão se torna possível. Isso não significa que a criança tenha, necessariamente, mediunidade, pois esse processo

permanece desde o nascimento até a idade de 7 anos, pouco mais ou pouco menos, quando estará plenamente consolidado o procedimento da reencarnação. A partir de então, a visão infantil se enfraquecerá e o seu protetor continuará em sua assistência, mas à distância. Há os casos excepcion ais em que a criança prossegue nessa condição de vidente, tornando-se médium, qual seja, intermediando os dois planos da vida. O soneto Eu sempre vejo! homenageia a visão infantil dos recém-chegados à Terra: ‒ Eu sempre vejo! diz a criança inocente// Numa felicidade incontida!// ‒ Loucura! reage a mãe espavorida,// Antevendo a filha demente! ‒ Como poderei compreender,// Que meu anjinho adorado,// Possa estar equivocado,// enxergando o que não posso ver? ‒ Acalme-se mãezinha zelosa!// Clama uma voz silenciosa, com o nome de intuição! ‒ Toda Alma que chega à Terra,// Só depois de certo tempo que encerra,// O processo da reencarnação!... r


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