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Informação desviante

Informaçãodesviante

Umproblemaatual

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Éinquestionável que a informação, hoje em dia, chega de forma acessível e rápida. À distância de apenas um clique, é possível aceder aos websites dos mais conceituados jornais, quer nacionais, quer internacionais. Infelizmente, nos últimos tempos instalou-se a necessidade de ler a informação de várias fontes, para assegurar a leitura de uma notícia fiável.

Com a evolução da tecnologia, tem-se verificado uma maior facilidade na adulteração de sites de notícias falsas, tornando-os semelhantes aos sites fiáveis. Por consequente, estes órgãos de comunicação são utilizados como fonte de informação. Apesar deste problema preocupante, a velocidade com que as notícias se disseminam nos mais variados meios, como redes sociais, sites de notícias falsos, blogues, entre outros, tem demonstrado um perigo crescente. Esta disseminação é preocupante, na medida em que as fake news alimentam a descrença, a dúvida e podem incitar ao ódio. É instalada a incerteza, através da fabricação de informação, em que se misturam vídeos manipulados ou descontextualizados, mentiras, com o objetivo de influenciar a opinião pública e minar a credibilidade das instituições democráticas e dos media. As redes sociais, como o Facebook, Instagram ou Twitter podem ter um papel determinante nesta luta contra a desinformação. Devido ao seu grande público-alvo, era expectável que fossem as primeiras a distinguir as fake news da informação legítima, a fim de zelar pela segurança de todos os seus utilizadores. Deste modo, podem ser adotadas medidas, tal como:

Maior fiscalização nas publicações nas redes sociais: bloquear contas falsas, contas que incitem a desinformação (alegados formadores de opinião, que implantam mentiras forjadas para atraírem visualizações);

Utilizar mecanismos que apurem a autenticidade das publicações de forma imediata;

Garantir uma maior transparência em relação a conteúdos patrocinados;

Ter atenção aos alegados formadores de opinião, uma vez que implantam todo o tipo de histórias para ganhar visualizações. É então crucial que a população, ao navegar na internet, tenha especial atenção no que toca às fontes de toda a informação, sendo a desinformação existente no decorrer da pandemia um bom exemplo do porquê. Os mitos em relação às vacinas sempre estiveram presentes, desde a sua criação, e já foram muitas vezes desmentidos por especialistas. No entanto, as “forças da resistência à ciência” insistem em divulgá-los, com o intuito de criar discordância. Uma vez que, atualmente, a procura de informação rápida sobrepõe-se à procura de informação fiável, é necessário educar a sociedade a primar a informação factual, para que não sejam “sugados” para o lado da desinformação, numa espiral que lhes condiciona a capacidade de olhar para os episódios decorrentes da vida social e estatal com discernimento. Felizmente, uma quantidade exorbitante de factcheckers internacionais e nacionais atuaram e desmentiram muitas das mirabolantes teorias. Revistas como esta funcionam como um modo de combate à desinformação, para que no futuro as vacinas, e não só, sejam encaradas com maior positividade e confiança.

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