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Mitos

"Desmitoficando"asvacinas

Éum facto que a vacinação permite a proteção individual e de grupo. Quando surgem novas vacinas, é comum surgirem também algumas incertezas por parte da população, e, sendo o não esclarecimento das mesmas um fator gerador de mitos ou movimentos anti-vacina. Com o objetivo de educar a população para a inoculação, seguem-se alguns dos mitos mais conhecidos, e a respetiva desmistificação, sustentada por informação científica factual.

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Hoje em dia, algumas das doenças contra as quais a população é vacinada têm poucos casos a ser reportados em alguns países, tais como a poliomielite ou a difteria. Este facto leva as pessoas a pensarem, erradamente, que as vacinas já não são necessárias. A vacinação da população leva a que a incidência destas doenças seja diminuta, porém não é nula. No caso de se parar a inoculação, os grupos mais vulneráveis ficarão expostos, conduzindo a um aumento da disseminação da doença. Estes números crescentes já se fazem notar em doenças como o sarampo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), só na primeira metade de 2019 foram reportados cerca de 90 mil casos de sarampo nos 50 países que integram a região europeia, um valor superior ao registado durante todo o ano de 2018 (84 462 casos).

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svacinascausamautismo

Esta crença surgiu com base num artigo publicado em 1998, que associava a vacina tríplice, destinada ao sarampo, à papeira e à rubéola, ao aumento do número de casos de autismo. Porém, após terem sido identificados erros graves e escassez de argumentos sólidos neste estudo, os seus autores desmentiram publicamente as conclusões, em 2010, e o autor principal viu revogada a sua licença para exercer medicina. Há, de facto, evidência científica de que as vacinas não estão associadas ao autismo, com base num estudo dinamarquês realizado em centenas de milhares de crianças, em 2002. Ficou provado que não havia qualquer tipo de relação entre a idade no momento da vacinação e o tempo decorrido desde a mesma e o desenvolvimento do transtorno autista.

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vacinaçãotemaltorisco

É frequente ver-se nos noticiários a associação entre a morte de um vacinado e a vacina que tomou, mesmo que a causa de morte nada tenha a ver com a vacina. É desta má transmissão de informação por parte dos média que surge o mito que atribui à vacinação um elevado risco. A incorreta interpretação dos telespetadores pode também contribuir para o seu fortalecimento. Na verdade, a incidência de morte devido a vacinação é tão rara que nem é possível ser calculada. Por exemplo, apenas uma morte foi relatada ao Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos entre 1990 e 1992. A taxa geral de incidência de reações alérgicas graves em vacinas é geralmente estimada em um caso para cada um ou dois milhões de injeções.

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O alumínio e timerosal são dois ingredientes que estão presentes em algumas das vacinas, cruciais na produção de uma resposta imune mais forte e na diminuição da taxa de contaminação por bactérias e fungos. No que toca ao alumínio, há estudos que comprovam a não existência de problemas a longo prazo. Já o timerosal, usado como conservante, foi investigado por várias entidades, incluindo a OMS, na sequência da controvérsia surgida em torno das vacinas, nos anos 90. Concluiu-se não haver ligação entre este componente e a saúde dos vacinados. No entanto, foi retirado por precaução, não porque fosse prejudicial, mas para que os receios em torno de algumas vacinas desaparecessem.

e múltiplos micróbios, através do contacto com superfícies ou mesmo na interação com outras pessoas. A relação entre a vacinação e as doenças autoimunes ainda está sob investigação, mas os estudos existentes mostram pouca evidência de que estão relacionadas.

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svacinasprovocamdoençasautoimunes

Circula o mito de que as vacinas combinadas, responsáveis pela proteção de várias doenças, favorecem os efeitos secundários e sobrecarregam o sistema imunitário. No entanto, as vacinas contam com estudos que atestam a sua segurança e eficácia. O quotidiano também contradiz a ideia de sobrecarga, já que todos têm exposição diária constante a novos

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