Jovens QUARENTENADOS O que mudou e o que se mantém nas relações no período de isolamento social?
QUARENTENA Isolamento por tempo variável em decorrência de doenças contagiosas. Pode refletir uma série de mudanças na rotina de vida das pessoas, principalmente quando esta situação se estende por um longo período. https://www.dicio.com.br/quarentena/
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Tema
Comportamento de consumo no perĂodo de quarentena 3
Queremos entender as relações dos indivíduos durante esse período.
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Objetivo Geral Entender como o jovem de 18-24 anos percebe as suas principais relações no período de isolamento social, e como se darão as mudanças das relações para o futuro pós-isolamento.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS CARACTERIZAção
rotina
Estudo
Caracterizar o jovem de 18 a 24 anos sóciodemograficamente;
Compreender sua rotina, com possíveis mudanças e adaptações no período de isolamento social;
Entender e caracterizar como o jovem vê e sustenta suas diferentes relações acadêmicas no período de isolamento social;
trabalho
família
futuro
Entender e caracterizar como o jovem vê e sustenta suas diferentes relações profissionais no período de isolamento social;
Entender e caracterizar como o jovem vê e sustenta suas diferentes relações familiares e de amizade no período de isolamento social;
Compreender qual a expectativa do jovem em relação à realidade pós-isolamento social.
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SÍNTESE METODOLÓGICA
Desk research
Pesquisa qualitativa
Pesquisa quAntitativa
CONSIDERAÇÕES E IMPLICAÇÕES
Pesquisa de dados Secundários (23/03 - 06/04)
Entrevistas em profundidade
Questionário Coleta Análise (25/05 - 19/06)
Considerações finais
Small Talks Netnografia Análise de Dados (13/04 - 15/05)
Implicações mercadológicas (22/06 - 10/07) 7
01. Desk research Pesquisa de dados secundรกrios (23/03 - 06/04) 8
“A gente precisa se relacionar. Isso faz parte do ser humano” Em um ano, o Google Meet, cresceu
25x Em abril, o Houseparty foi de 304º para a
Era das videochamadas:
88%
dos brasileiros dizem já ter utilizado a ferramenta
1ª posição no ranking de downloads da Appstore
Buscas por conteúdos Ao vivo cresceram 4.900% durante a pandemia, segundo o Youtube Brasil https://brasil.googleblog.com/2020/04/covid19-googlecloud-apoio-empresas-governos.html https://www.istoedinheiro.com.br/ceo-da-zoom-diz-mundo-dos-negocios-se-beneficiara-muito-apos-a-pandemia/ https://tecnoblog.net/335783/como-as-chamadas-de-voz-e-video-aproximaram-pessoas-na-pandemia/ https://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/era-das-videochamadas-88-dos-brasileiros-dizem-ja-ter-usado-ferramenta.html https://exame.com/revista-exame/o-mundo-e-uma-live/
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tédio No Brasil e no Mundo, o termo “tédio” decolou no período de isolamento social https://trends.google.com.br/trends/explore?q=t%C3%A9dio,tedio
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Pessoas estão saindo do tédio fazendo memes e vídeos nas redes sociais sobre a nova rotina delas, nos mais variados segmentos. Muitos usuários estão “aproveitando” a quarentena para tentar novos hobbies, aprender conhecimentos novos, etc.
tiktok Plataforma de compartilhamento de vídeo virou o app mais baixado em 2020 com dancinha, aula de desenho, literatura, humor e contas com milhões de seguidores.
Fontes: Fisrt Insight https://vejasp.abril.com.br/cultura-lazer/15-segundos-de-fama-tiktok-bomba-durante-a-quarentena/
Pandemia pode tirar 484 mil alunos do ensino superior no país, projeta sindicato de mantenedoras
Mais de 210 mil alunos estão sem aulas
Além da evasão, em abril 1,6
Universidades estudam formas de atender estudantes que não tem acesso à internet em casa.
milhão de estudantes não conseguiram pagar mensalidades
https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2020/05/pandemia-pode-tirar-484-mil-alunos-do-ensino-superior-no-pais-projet a-sindicato-de-mantenedoras.shtml
em universidades públicas em meio a pandemia da Covid-19
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https://brasil.elpais.com/economia/2020-04-02/nova-mp-permitira-reduzir-drasticamente-salarios-com-seguro-desempre go-como-base-da-compensacao.html
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Em virtude da pandemia, o Brasil sofre com grande quantidade de trabalhadores que não conseguem buscar emprego, sobe o número de desempregados e o governo já não consegue mais manter os pagamentos de auxílio emergencial.
https://brasil.elpais.com/economia/2020-04-02/nova-mp-permitira-reduzir-drasticamente-salarios-com-seguro-desempre go-como-base-da-compensacao.html https://www.redebrasilatual.com.br/economia/2020/06/brasil-pandemia-home-office/
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Muitas são as especulações sobre o “novo normal”. Especialistas apontam tendências, dentre elas temos: -
https://www.uol.com.br/ecoa/reportagens-especiais/o-mundo-pos-covid-19-indice-da-serie/#cover
O mundo será mais feminista A ciência ganhará mais credibilidade O trabalho será menos hierárquico e mais colaborativo Os professores serão mais valorizados
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ANÁLISE | DESK RESEARCH
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Mais de 85% dos jovens estão on-line hoje em dia no Brasil; vorazes atrás de entretenimento e pertencimento, a quarentena é um prato cheio para empresas de streaming e redes sociais. Jovens muito acostumados a socializar tentam de diversas maneiras manter contato com amigos e colegas, seja por plataformas como o Zoom e o Hangouts ou através de criação de conteúdos para os stories no Instagram. Esses jovens fora do período de trabalho, agora se vêem usando a internet para a maior parte de seu entretenimento e ensino. Caso estudem em faculdades particulares usam a internet para estudar, já que as aulas se tornaram on-lines. Virou parte da rotina usar aplicativos de exercícios e não as academias, as salas de bate-pro ao invés da mesa de bar, a Netflix ao invés do cinema ou o Zoom para o clube do livro ao invés da cafeteria de domingo.
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O aumento por conteúdo informativo vai ao encontro dessa geração, uma geração que gosta de se sentir“por dentro” e ter conhecimento das últimas notícias, o que dá muito pano para manga na criação de conteúdo para os novos usuários do TikTok. O apelo nas redes sociais criaram, pelo menos para o jovem, uma espécie de fiscalização para quem sai de casa sem motivo, hashtags como #ficaemcasa, #ficaemcasacaralho chegaram aos trending tópics mundiais no Twitter. A longa estadia em casa fez disparar o consumo por delivery de comida e compras online, algo que as marcas vem incentivando como uma alternativa para não deixar sua renda chegar a 0.
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Como uma saída para o fechamento de bares, decretado pelos municípios e estados, muitos estabelecimentos entraram em aplicativos de delivery, que por sua vez criaram uma categoria no estilo “peça do pequeno” incentivando a economia local e agradando o jovem millennial, muito engajado em causas sociais. O consumo deste jovem tende a ficar menor e mais seletivo, devido a crise econômica e social, causada pelo desligamento de muitos funcionários e a suspensão obrigatória de outros.
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02. PESQUISA QUALITATIVA
Entrevistas em profundidade | Small Talks Netnografia | Análise de Dados Com jovens e profissionais (13/04 - 15/05) 20
Comportamento do jovem em relação a sua rotina
Percebe-se que o jovem gosta de sair com seus amigos para locais que gerem identificação.
Há uma necessidade de horários definidos para determinadas atividades
Com a rotina de trabalho e estudos estarem operando de modo remoto, há mais flexibilidade para outras atividades
A psicóloga, Camila Sartori, aponta a dificuldade de manter a rotina nesses novos parâmetros. Não só pela mudança, mas pela preguiça de realizar tarefas na presença constante da família, muitas vezes.
A liberdade de gerenciamento de horários, para os jovens, pode se tornar uma armadilha
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Comportamento do jovem em relação a trabalho e estudo
Trabalho e estudo somados ocupavam boa parte ou quase que a totalidade do tempo.
Existem dois grupos quando falamos em comportamento
Antes do isolamento, essas atividades estavam limitadas a espaços geográficos. Hoje, com as atividades remotas, tudo ocorre ao mesmo tempo e no mesmo local.
Os que estão trabalhando e sentem que trabalham mais à distância do que presencialmente.
Tanto no trabalho quanto nos estudos, o sentimento é de insegurança, afirmam as especialistas.
E os que não trabalham e estão com muito tempo ocioso.
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Comportamento do jovem em relação a família e amigos
O relacionamento dentr de casa melhorou
surge a necessidade de manter o contato e diminuir a sensação de distanciamento.
O que se percebeu na maioria dos casos foi uma união, carinho e mudança na maneira como se olha para o outro, segundo a psicóloga Susana Gib. Há uma consideração mútua.
Em casa, há uma questão delicada em relação à privacidade, por outro lado, os jovens buscam formas de se manter próximos de amigos e familiares.
Surge uma rede de apoio, tanto de amigos quanto de familiares e há uma reflexão sobre a valorização do contato físico.
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EXPECTATIVA DO JOVEM NO FUTURO PÓS-ISOLAMENTO
será difícil ignorar as mudanças ocorridas no período de isolamento e voltar a uma normalidade
O home office veio para ficar
Há uma expectativa de valorização do contato físico, à valorização de negócios locais, e ao impacto ambiental e social das nossas ações.
Muitas empresas precisaram se adaptar ao trabalho remoto muito rapidamente. Há uma expectativa que essa prática se popularize e há um foco maior nos resultados do que necessariamente o trabalho presencial.
“As pessoas irão valorizar mais o trabalho do outro e dar valor”
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ANÁLISE | EM RESUMO
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Para muitos jovens a flexibilidade na gestão do tempo é um grande facilitador, porém alguns não se adaptam e sentem necessidade de uma rotina mais rígida.
Há uma valorização maior do contato físico e do convívio. Além disso, há uma empatia maior entre familiares e amigos considerando o período de adaptação mútua.
Há uma expectativa que tanto clientes quanto empresas estejam mais atentos ao seu papel. Os clientes estarão mais atentos de modo geral
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03. PESQUISA QUANTITATIVA Questionário | Coleta Análise de Dados | Insights 400 respostas De 25/05 à 15/06
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MORADORES DE PORTO ALEGRE E REGIÃO METROPOLITANA
48%
Homens
250
Amostra
18 a 24 anos Jovens
52%
Mulheres
28
RENDA FAMILIAR da amostra
36,8%
22,8%
22,0%
16,4%
2,0%
Até R$1.045,00
De R$1.045,00 a R$3.135,00
De R$3.135,00 a R$5.225,00
De R$5.225,00 A R$15.675,00
R$15.675,00 ou mais
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CONHECENDO o público
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O que as pessoas consideram que deve ser prioridade nas tomadas de decisão?
5,2% ECONOMIA
94,8% SAÚDE
Quase 95% dos entrevistados priorizam a saúde em detrimento na economia. Essa dicotomia é muito comentada no país, fruto de um discurso presidencial que se transferiu para debates na população.
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Cruzamos dados de Renda familiar x Prioridade nas tomadas de decisão Será que a renda das pessoas pode influenciar no que julgam ser as prioridades que devem ser tomadas?
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O QUE SE PRIORIZA EM CADA FAIXA DE RENDA?
A grande maioria dos respondentes declara que a prioridade deve ser a saúde da população quando questionados sobre saúde ou economia.
36,8%
Como visto anteriormente, apenas 5% dos respondentes afirmaram que a economia deve ser priorizada.
25,0% 17,8% 14,5% 0,0% 1,5% 0,5% Até R$1.045,00
De R$1.045,00 a R$3.135,00
0,0% De R$3.135,00 a R$5.225,00
1,5%
Destes 5% (14 respondentes), 50% (7 respondentes) estão entre a fatia com a maior renda.
2,1%
De R$5.225,00 a R$15.675,00
Prioriza Saúde R$15.675,00 ou mais
Prioriza Economia
33
Como você caracteriza o seu isolamento?
54,4%
Mais da metade dos entrevistados afirma estar se isolando de forma controlada, ou seja apenas com saída para atividades de primeira necessidade. Em segundo lugar aparece o isolamento “moderado”, com saídas eventuais para casa de amigos/namorado(a)/familiares.
27,2%
0,4% Sem isolamento
5,2%
Leve
10,0% 2,8% Parcial
Moderado
Controlado
Percebemos que o jovem está bastante consciente em relação a principal medida de prevenção à pandemia, o isolamento social.
Total
34
QUEM ESTÁ EM ISOLAMENTO INTENSO CONCORDA COM AS MEDIDAS DE ISOLAMENTO? Concorda
97,2%
Não concorda nem discorda
0,4%
Discorda
1,8%
O grupo de pessoas que estão em isolamento intenso (sem nenhuma saída, ou apenas para primeiras necessidades) totaliza 64,4% dos respondentes. Nele, grande maioria concorda totalmente com as medidas de isolamento - o que nos mostra bastante coerência.
35
QUEM ESTÁ EM ISOLAMENTO regular CONCORDA COM AS MEDIDAS DE ISOLAMENTO? Concorda
98,9%
Não concorda nem discorda
1,1%
Discorda
0,0%
Quem está em isolamento parcial (com saídas eventuais para casa de amigos ou espaços públicos) somam 30% dos respondentes. Nesse grupo ainda se vê muitos que concordam com as medidas de isolamento, mas já percebe-se um comportamento menos intenso, afirmando concordar parcialmente ao invés de totalmente.
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QUEM ESTÁ EM ISOLAMENTO leve ou sem isolamento CONCORDA COM AS MEDIDAS DE ISOLAMENTO? Concorda
85,6%
Não concorda nem discorda
0,0%
Discorda
14,2%
Pessoas em isolamento leve (que trabalham presencialmente, por exemplo) ou totalmente sem isolamento são menos de 6% dos respondentes. Percebe-se novamente a tendência de concordar menos com as medidas de isolamento. Existe uma coesão na respostas do jovem, quanto mais frouxo é seu isolamento, menos ele concorda totalmente com ele. Em todos os grupos, o número de respondentes sem uma opinião formada é praticamente nulo, percebe-se então que os jovens procuram se posicionar sobre o tema em questão. 37
Agora que conhecemos nosso público, algumas das suas características e percepções a respeito do isolamento social, vamos navegar um pouco em sua:
38
rotina 39
Você é mais rolezeiro ou mais caseiro? Exatos 50% se consideram mais rolezeiros, ou seja, preferem exercer atividades fora de casa. Somados com os 38.4% que consideram gostar igualmente de ficar em casa e de sair, temos um total de 88.4% de jovens que pautam suas relações diárias em atividades externas, contra 11.6% de jovens que preferem passar seu tempo em casa.
Mais Caseiro
11,6% Meio a Meio
38,4% Mais Rolezeiro
50,0% 40
As 5 atividades mais praticadas antes do isolamento são:
Parques
25%
Esportes
28%
Shopping
33%
Festas
37%
Bar e restaurante
51%
Percebe-se que as opções com citadas também são as que exigem um maior contato social. As mesmas 5 categorias não podem ser realizadas em casa, algo que pode gerar um atrito na vida do jovem que se viu obrigado a fazer isolamento social.
41
As 5 atividades menos praticadas antes do isolamento são:
Ler jornal e revista
Museus
3%
7%
Videogames
15%
Dormir
15%
Filmes com amigos
18%
Já as 5 atividades menos citadas pelos respondentes evidenciam o comportamento sociável do jovem. Leitura, videogame, dormir e filme com os amigos são atividades que geralmente são realizadas em casa. Assim como leitura, museu, videogame e dormir são atividades que são realizadas de maneira individual. 42
98% Jรก assinava serviรงos
de streaming
desde antes do isolamento. 43
97,2% 89,6% 37,6%
netflix spotify Amazon prime
Como esperado, os mais usados são Netflix e Spotify (mais comuns entre os jovens e pioneiros em seus setores). O terceiro lugar fica bem abaixo desses dois. Entre os 5 serviços de streaming mais citados, 4 são de vídeos e 1 é de música/podcast.
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A pessoas aumentaram ou diminuĂram seu consumo de streaming? Diminui muito
Diminuiu
Diminui pouco
Manteve
Aumentou pouco
Aumentou
Aumentou muito
0% 2,4% 5,7% 25,3% 31,4% 24% 11,2%
Cruzando os dados de o quanto de streaming era consumido antes e durante o isolamento, vemos o que era esperado: o consumo aumentou. 25,3% mantiveram o mesmo consumo, mas bem mais (66,6%) aumentaram. Poucos (8,1%) diminuĂram seu consumo de streaming.
45
“Agora eu tenho mais tempo para fazer as atividades que quero." Concorda
37,2%
Não concorda nem discorda
30,4%
Discorda
32,4%
Vemos um certo equilíbrio nas respostas. Para quem concorda, podemos pensar que o isolamento social eliminou o uso de tempo em ações corriqueiras, como deslocamento para o trabalho, permitindo que encaixassem novas atividades ao longo do dia. Mas, por outro lado, podemos pensar que as pessoas ainda não se acostumaram com suas novas rotinas. O que não faz sobrar muito tempo livre.
46
“Neste período de isolamento social eu estou
conseguindo gerenciar melhor meus horários." Concorda
20,8%
Não concorda nem discorda
23,6%
Discorda
55,6%
Apesar de vermos no slide anterior que mais de 37% dos jovens afirmavam ter mais tempo para realizar atividades. Percebemos que devido ao fato deste ser o primeiro isolamento social de muitos jovens, há uma certa confusão sobre o gerenciamento de tempo. Visto que é um período de adaptação e testes, o jovem se encontra ainda um pouco perdido na gestão de seu tempo.
47
“Sinto falta de ter uma rotina com horários definidos." Concorda
71,6%
Não concorda nem discorda
11,6%
Discorda
16,8%
A necessidade por definição de horários mostra um anseio por algo que possa ser controlado. No meio de tantas incertezas, o jovem busca se ater a pequenas oportunidades de controle para sentir a sensação de segurança. Horários definidos também elimina o estresse de gerenciar o seu tempo, já que passamos essa responsabilidade para um terceiro. 48
“O isolamento social prejudicou o meu desempenho acadêmico/profissional." Concorda
Não concorda nem discorda
Discorda
54,4% 18% 27,6%
Era esperado que a situação de aulas e trabalho à distância fosse afetar o desempenho das jovens, que eram acostumadas com as suas atividades presenciais. Mais da metade considera que seu desempenho sofreu consequências do método EAD adotado pelas universidades. 49
“Estou conseguindo gerir bem trabalho, estudo e lazer." Concorda
26,4%
Não concorda nem discorda
27,2%
Discorda
46,4%
A situação atípica força as pessoas a se adaptarem a suas novas rotinas. Maior parte dos respondentes parece ainda não ter se adaptado totalmente, mas ainda sim temos um gráfico misto, sem muitas certezas definidas. De novo vemos uma imaturidade na atividade de gerenciar o tempo, dessa vez aplicado na prática. 50
“Estou passando mais tempo em redes sociais." Concorda
Não concorda nem discorda
Discorda
75,2% 10% 14,8%
Percebe-se que mais tempo em casa tem significado, para muitos, mais tempo rolando em intermináveis feeds de redes sociais. A busca por novas formas de entretenimento fez com que, além do boom de lives, muito jovens criassem contas em mídias sociais para se distrair/informar.
51
O QUE VIMOS ATÉ AQUI
Estranhamento
com a situação de isolamento social.
Impacto Quase sempre de forma negativa Acadêmico | Profissional | Lazer | Gerenciamento de horários
Para amenizar a situação Aumento de consumo de streaming e redes sociais 52
Trabalho e estudos 53
Atividade atual
50% 97% dos entrevistados exercem atividades remuneradas e precisaram se adaptar em virtude da pandemia e, destes, 95,6% trabalham e estudam. Há uma adaptação total na rotina, o que exige mais tempo de conexão com colegas de trabalho e faculdade.
20% 16% 11% 3% Sim, Estagiário ou Jovem Aprendiz
Sim, CLT
Sim, Outro
Sim, PJ
Não
54
Atividade atual
35% 24%
24%
Trabalho e estudo
Estudo e faço estágio
13% 4% Nem trabalho, nem estudo
Exclusivamente trabalho
Considerando uma rotina média de 6h de trabalho, 3h em aula e mais 1h em estudo extraclasse, estima-se que o jovem passa, em média, 10h em frente ao computador.
Exclusivamente estudo
55
Modo de trabalho
Concorda
Home Office
Híbrido Presencial
78% 12% 10%
90%
dos respondentes adotaram o trabalho remoto durante o período de isolamento social. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que o Brasil se torne o segundo país com mais adesão ao trabalho remoto na América Latina com cerca de 20 milhões de pessoas. O Rio Grande do Sul opera com 23,1% dos trabalhadores em teletrabalho. 56
"O número de demandas no trabalho aumentou" Concorda
56,70%
Não concorda e nem discorda
24%
Discorda
19,30%
Com as profundas mudanças no cenário econômico/corporativo, era esperado alguma oscilação nas demandas do trabalho. Esse aumento significativo pode se dar pela redução de funcionários nas empresas, o que faz sobrecarregar os profissionais empregados. Outra explicação é pela falta de barreiras que o home office implica. Visto que há pouco de ensino sobre trabalhos home-office, acarretando em muitos gestores terem a percepção que os profissionais estão sempre disponíveis.
57
GESTÃO DE PESSOAS
39% 27% 15%
Houve suspensão de contrato
19%
Houve contratações
Houve redução de carga horária/ salário
Houve demissões
78% dos respondentes apontam instabilidade em relação a gestão de pessoas nas empresas em que trabalham. Na etapa qualitativa desta pesquisa, as especialistas foram unânimes referente ao tema do sentimento de insegurança vinculado ao trabalho do jovem. Além disso, os jovens apontam uma angústia e medo em relação ao seu desempenho profissional.
58
Situação dos estudos
O Ensino à Distância vem sendo uma solução de diversas instituições de ensino no Brasil. Grande parte dos respondentes estão com as aulas mantidas de modo remoto. As aulas foram suspensas; 31%
Estou tendo aulas de modo remoto/EAD; 69%
59
Carga de trabalho de faculdade
Desempenho acadêmico
Nível desempenho
51% 35% 18% 8%
23%
20% 16%
14% 7%
Discordo totalmente
Discordo parcialmente
Nem concordo nem discordo
Concordo parcialmente
8% Concordo totalmente
É possível perceber uma tendência na discordância dos alunos em relação ao seu desempenho com as aulas EAD. Já em relação a carga de trabalho as opiniões são divergentes, possivelmente pelo desequilíbrio entre o papel de cada aluno na sala de aula e o EAD.
60
Pontos positivos Este questionamento foi colocado como um campo aberto e segmentamos as respostas pelos grandes grupos abaixo:
Menos estresse e mais flexibilidade em relação a deslocamentos
43%
Aumento de concentração nas atividades
27%
Maior conforto para estudos
13%
Possibilidade de rever as aulas
9%
Facilidade na gestão de tempo
8%
61
Pontos negativos Este questionamento foi colocado como um campo aberto e segmentamos as respostas pelos grandes grupos abaixo:
Falta de disciplina
27%
Falta de contato físico/comunicação
27%
Falta de ambiente adequado
24%
Falta de adaptação ao modo EAD
19%
Excesso de tempo no computador/ansiedade
3%
62
AMIGOS E FAMÍLIA 63
“A relação familiar mudou com o isolamento” Não mudou
48%
Mudou para melhor
31%
Mudou para pior
16%
Não soube responder
3%
48% dos jovens revelaram que a relação familiar não mudou. Mais de 30% revelaram que a convivência mudou para melhor. E a minoria, 16%, revelou que a mudança foi para a pior. Sendo assim, o isolamento refletiu de diferentes formas nas relações familiares.
64
Você está passando a quarentena acompanhado?
4,83%
95,17%
Menos de 5% dos jovens está passando a quarentena sozinhos. Nas próximas perguntas iremos ver que grande parte está passando com a família, isso se deve ao fato de que, dos 18 aos 24 anos ainda não possuímos liberdade econômica para sustentar uma casa sozinhos. Há, também, uma questão social, visto que lidar com o isolamento acompanhado pode ser menos estressante do que sozinho. Não, estou sozinho.
Sim.
65
Com quem você está passando a quarentena?
Pais
79%
Irmão(ã)
48%
Namorado(a)/Esposo (a)
25%
Outros integrantes da família
13%
Amigos
3%
A grande maioria dos jovens revelaram que estão passando o isolamento social em família, com pais, irmãos e outros integrantes da família. Namorados se destacam com 25% contra os 3% de amigos. Integrantes que moram sozinhos voltaram a casa dos pais em busca de companhia para o momento atípico que nos encontramos.
66
“Minha privacidade foi afetada no período de isolamento” Foi afetada
62%
Neutra
22%
Não foi afetada
16%
A maioria dos jovens (62%) responderam que sua privacidade foi afetada no isolamento. Poucos sentiram sua privacidade minimamente invadida (sendo estes (16%). E uma parcela deles respondeu que sua privacidade foi afetada de forma mediana (22%).
67
COMO VOCÊ CARACTERIZA A SUA RELAÇÃO COM OS AMIGOS DURANTE O ISOLAMENTO? Mais de 60% dos jovens revelaram que a relação com os amigos continua a mesma e a falta de contato físico não afetou as amizades, já que pode ser compensado com as mídias sociais. Já 28,10% revelaram que sim, foi afetada, devido a falta de contato, chegando a estremecer o relacionamento. 8,16% deles consideraram que suas amizades se fortaleceram.
Ficou melhor e mais próxima
8,16%
Ficou pior e mais distante
28,10%
Ficou igual a como sempre foi
63,75% 68
VOCÊ USA APLICATIVOS/REDES SOCIAIS PARA MANTER CONTATO COM SEUS AMIGOS DURANTE O ISOLAMENTO SOCIAL?
2,72%
97,28%
Quase todos os jovens revelaram utilizar redes sociais para manter contato com seus amigos. A falta de manter contato, saber o que se passa nas vidas de seus amigos faz com que o uso de aplicativos seja muito importante para a interação social no presente momento em que não se pode ter contato físico e a única alternativa é o on-line.
Não mantive contato com meus amigos Sim, mantive contato com meus amigos
69
QUE MEIOS DE COMUNICAÇÃO VOCÊS TEM USADO PARA ENTRAR Em CONTATO COM SEUS AMIGOS?
94%
97%
O Twitter foi selecionado por mais de 50%. As vídeo chamadas se devem pela falta de contato físico e Instagram e Whatsapp para se manter atento ao que outras pessoas também têm feito nesse período.
66% 55%
Sendo assim, o Facebook e outros meios foram eleitos como os menos utilizados. Fato que se explica por uma mudança comportamental que vem se construindo desde antes da crise pandêmica.
30% 1% Outros
Para se comunicar, o WhatsApp, o Instagram e as vídeo-chamadas têm sido os meios mais utilizados entre os jovens para manter contato. Os mais escolhidos foram selecionados por mais de 60% jovens, cada.
Videochamada
70
futuro 71
Nesta seção trazemos questões afirmativas, onde as respostas são em nível de concordância ou discordância da mesma. Encerramos com uma pergunta de resposta livre sobre o novo “normal”.
72
A sociedade estará preparada para eventuais situações semelhantes no futuro. Concorda
19%
Não concorda nem discorda
20%
Discorda
61%
Percebemos que mesmo que tenhamos ganho diversos aprendizados em decorrência da pandemia, mais da metade dos entrevistados discordam que a sociedade estará preparada para uma situação futura semelhante. Esse fato vai ao encontro dos movimentos que pregam a descrença na sociedade, que acontecem hoje nas ruas e mídias sociais. 73
A sociedade irá retornar ao normal exatamente como era antes da pandemia. Concorda
16%
Não concorda nem discorda
11%
Discorda
73%
Assim como mostrou a pesquisa qualitativa, aqui também aparece que grande parte (73,6%) das pessoas acreditam que não sairemos dessa situação da mesma forma que entramos.
74
As pessoas terão mais cuidado com a higiene após o isolamento social. Concorda
50%
Não concorda nem discorda
28%
Discorda
22%
As medidas mais adotadas nesse período foi o uso do álcool gel, uso de máscaras e higienização e dos ambientes/objetos. A maior parte dos entrevistados acredita que isso será uma herança que a pandemia irá deixar para a sociedade. Um curiosidade é que a opção do que nem concordam e nem discordam vem logo em segundo, o que significa que essas pessoas não conseguem imaginar a sociedade num futuro próximo, corroborando para a sensação de incerteza que é adotada ao longo do relatório.
75
83%
CONCORDAM QUE O convívio presencial com as pessoas será mais valorizado no período pós-pandemia 76
De forma geral, após a pandemia, as relações serão afetadas para melhor Aqui temos um empate técnico entre as pessoas que concordam e as que nem concordam e nem discordam.
46% 42%
12%
Concordo
Nem concordo e nem discordo
Isso pode significar que independente do distanciamento social, as relações permanecem as mesmas. O uso das redes sociais é o responsável por essa manutenção, com a menor quantidade de atritos possíveis. Fica a impressão que as relações só irão melhorar daqui pra frente.
Discordo
77
As relações pessoais vão ficar mais próximas após a pandemia Concorda
58%
Não concorda nem discorda
38%
Discorda
11%
Mais da metade acredita que as relações pessoais serão mais próximas no futuro. Mesmo assim, a resposta em segundo lugar vem as que acreditam que as relações não serão afetadas, reforçando a análise da pergunta anterior. 78
Pós-pandemia, o mundo será um lugar melhor para viver
49% 40%
Percebe-se que a opções menos votadas foram das que acreditam numa mudança para um mundo melhor.
11%
Concordo
Mais uma vez a opção dos que nem concordam e nem discordam, ou seja, acreditam que não sofrerá alteração, vem em segundo lugar na pesquisa. Desta vez é sobre o viver em mundo melhor, sendo em um contexto geral.
Nem concordo e nem discordo
Discordo
79
Qual será o prazo para a recuperação econômica no Brasil?
55%
Para mais da metade dos entrevistados essa recuperação está distante ainda.
25% 12%
Haverá uma recuperação econômica após mais de 10 anos
Já sobre a economia brasileira, a maioria da amostra tem a crença que será recuperada entre 5 a 10 anos. Não é difícil encontrar dados que comprovam que o Brasil foi gravemente afetado economicamente e passa por uma crise ainda maior por conta da pandemia.
7% Haverá uma recuperação econômica dentro de 5 a 10 anos
Haverá uma recuperação econômica dentro de 5 anos
Não haverá recuperação econômica no Brasil
80
INSIGHT
Neste capítulo conseguimos concluir que as pessoas não creem que estaremos preparados para uma futura situação semelhante a essa. Mesmo que as medidas de higienização se tornem um costume, as pessoas ainda acham que o mundo não mudará ou pelo menos não mudará para melhor. Algo que vai de contraponto a isso, é que sobre as relações pessoais e o convívio com as pessoas serão mais valorizados. E isso sim, a perspectiva é que mude para melhor.
81
CONSIDERAÇÕES FINAIS E IMPLICAÇÕES - CARACTERIZAção
Ao fim da coleta de dados, podemos perceber um comportamento bastante específico desse jovem. As respostas geralmente possuíam uma escolha protagonista, ou seja, uma opção que se destacava das demais. Algumas vezes essa resposta protagonista era a confusa "Nao sei", o que só ilustra quantitativamente que, apesar de ter acesso à informação e possuir um perfil mais ativo na busca por ela (informacao), o jovem se encontra perdido.
82
CONSIDERAÇÕES FINAIS E IMPLICAÇÕES - ROTINA
O jovem pauta grande parte de sua rotina em atividades sociais, esse fato fez com que eles fossem um dos grupos mais impactados durante o isolamento. Para equilibrar esse impacto, esse também é o grupo mais familiarizado com a tecnologia, ou seja, na hora de se entreter em casa ele sabia o que fazer. Esse fato pode ser tanto observado pelo gráfico que mostra o que esse público costumava fazer antes do isolamento social quanto pelo gráfico que mostra o impacto do isolamento em suas redes de amizade.
83
CONSIDERAÇÕES FINAIS E IMPLICAÇÕES - TRABALHO E ESTUDOS
Após analisar o comportamento do jovem perante seu trabalho e os estudos, nota-se que o mesmo foi muito impactado neste cenário. Desde ter suas aulas suspensas até o seu trabalho ter se tornado 100% home office. Em uma constatação geral sobre, podemos identificar que o jovem forçou-se a se adequar a estes novos padrões ocasionados pela quarentena e, muitos, não conseguiram tal feito. Identificamos, também, que muitos estão “empurrando” este semestre e, por conta disso, não aproveitando nem metade do que conseguiram estando em um ambiente presencial.
84
CONSIDERAÇÕES FINAIS E IMPLICAÇÕES - AMIGOS E FAMÍLIA
Vimos que, muito provavelmente pela situação financeiras que muito dos jovens se encontram nessa fase, muitos deles estão passando a quarentena acompanhados da família. Nessas idades, são em momentos de “fuga” de casa em ambientes como faculdade, trabalho e locais de encontros sociais que os jovens mais se sentem à vontade, podendo se expressar livremente. Quando se cortam esses espaços de escape e essas pessoas são forçadas a permanecer todo esse tempo em um mesmo ambiente, acaba-se por criar neles uma sensação de supressão de liberdade, sintoma da mudança de realidade Nas amizades, os laços criados pelos jovens têm sua funcionalidade testada em uma situação de distanciamento forçado, o que os obriga a encontrar maneiras de manter essas relações. Graças aos meios tecnológicos e redes sociais, o jovem sente um distanciamento que é real, porém não interfere de maneira significativa no seu envolvimento com os amigos pela possibilidade de manutenção de troca entre as partes.
85
CONSIDERAÇÕES FINAIS E IMPLICAÇÕES - FUTURO
O isolamento causa diversos sentimentos, mas a maioria está desacreditada no potencial da humanidade de aprender com essa crise pandêmica e melhorar para um convívio social e econômico mais saudável e respeitoso.
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QUESTIONĂ RIOS
Link utilizado na coleta: bit.ly/jovensquarentenados Roteiros da quali: https://drive.google.com/drive/folders/19nNcuXihRH59-5TNF3H2wifnByGSSm6E?usp=sharing
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OBRIGADO Artur Neves Bruna Ribeiro Gabrhyel Torma João Pedro Moritz Pietro Demichei Thiarles Muniz Vinicius Silveira CREDITS: This presentation template was created by Slidesgo, including icons by Flaticon, and infographics & Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS images by Freepik Escola de Comunicação, Artes e Design - Famecos Prof. Dr. Ilton Taidelbaun - Projeto de Pesquisa
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