Revista amigos do alecrim

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Necrópole

Lápides s a i r ó t s i h on t a m qu e c

Ao andar pelas ruas movimentadas do Alecrim, é possível sentir uma energia que irradia de maneira ativa e pulsante por todos lugares ensolarados do antigo bairro de Natal. Essa atmosfera se prolonga por várias avenidas, ruelas e becos até chegar na movimentada Fonseca e Silva, rua onde se localiza o Cemitério do Alecrim. É só passar pelos altos muros brancos e azuis para sentir uma calmaria e silêncio, um fator que contrasta fortemente com o que está do lado de fora de seus contornos. O cemitério, um dos maiores marcos da história de Natal, hoje é tido como um contraponto: a parada final de muitos falecidos e ao mesmo tempo um acervo histórico vivo, que contém

Lurdes de Sousa, funcionária do cemitério

18 | EDIÇÃO ESPECIAL | Amigos do Alecrim | NATAL/2015

nomes que sempre estarão na memória dos potiguares. Uma das apreciadoras e funcionárias do cemitério é Lurdes de Sousa. Trabalhando desde menina em atividades diversas no cemitério, Lurdes encara todos os dias a missão de zelar pelo espaço público, encerando túmulos, limpando, entre outras tarefas. “O que mais me agrada nesse trabalho é o fator da calmaria. Aqui não existem pessoas falando o tempo todo, nem carros de som. Aqui dentro tudo é paz. O cemitério geralmente só é movimentado no Dia de Finados ou outras datas comemorativas”, explica a funcionária, que sempre ao entrar no cemitério faz o sinal da cruz diante do túmulo do


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