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Festas da Vila e do Concelho e IV Exposição de Empresas ExpoMoncorvo
A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo promoveu, de 12 a 15 de agosto, as Festas da Vila e do Concelho e IV Exposição de Empresas – ExpoMoncorvo.
A ExpoMoncorvo decorreu nos dias 12 e 13 de agosto, em parceria com o CLDS Moncorvo 4G, no Largo da Corredoura. O certame foi inaugurado no dia 12 de agosto, pelas 11h30, com a presença do Presidente da Comunidade Intermunicipal do Douro (CIMDOURO), Carlos Santiago, e do Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves.
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A iniciativa contou com 122 expositores, entre eles expositores agrícolas, pecuários, empresas locais, produtos regionais, artesanato, máquinas agrícolas, equipamentos e restauração.
Os expositores pecuários ficam instalados no parque junto ao Pátio das Associações e no parque do Mercado Municipal, os expositores de máquinas agrícolas e equipamentos no Largo da Corredoura e os restantes no pavilhão municipal e numa tenda exterior instalada para o efeito.
No decorrer dos dois dias os vários produtos endógenos estiveram em destaque, nomeadamente a amêndoa Coberta de
Moncorvo IGP, o Borrego Terrincho e os vinhos, não estivesse o evento integrado na Cidade Europeia do Vinho 2023.
Importa realçar que nos dias 12 e 13 de agosto decorreu o fim-de-semana gastronómico do Borrego da Churra da Terra Quente, prato este que foi degustado nos vários restaurantes aderentes do concelho, nomeadamente a Taberna do Zé Relhas, o Cantinho da Terrincha, as Piscinas, o Artur, a Lareira, o Frango, o Lagar, o Romanzeira e a Taberna do Carró.
A ExpoMoncorvo contou com vários concursos: concurso de Pesca ao Achigã Embarcado, concurso de Raças Autóctones e concurso de Matilheiros. Destaque ainda para a largada de 800 peças de perdizes, patos e fai- sões e para o passeio do Motard Club de Moncorvo e espetáculo de Freestyle Stunt Rider Cajó.

Ao nível da animação salientamos a realização do Festival Cultural Douro Superior Com múltiplas vertentes, promovendo o vinho, o território, o turismo, as gentes do Douro que aqui trabalham todos os dias e aqueles que, com visão, nele investem”, sublinha Celeste Pereira. Informal, festivo e envolvente, o concurso conta com a participação dos principais produtores de vinho das quintas do Douro. É itinerante, realizando-se todos os anos numa quinta do Douro diferente. Iniciou na Quinta Dona Matilde, passou pelas quintas de la Rosa, Vallado Ventozelo, Nápoles (Niepoort) e este ano, tem a virtude de dar a conhecer um dos projetos mais ambiciosos do Douro atual, a Quinta do Seixo, da Sogrape, que abriu no final do verão passado o restaurante Seixo by Vasco Coelho Santos, o chefe estrela Michelin. Sobranceira ao rio Douro e situada na bonita marginal do rio Douro, entre a Régua e o Pinhão, a Quinta do Seixo é um dos projetos pioneiros do enoturismo no Douro.
A inscrição no jantar tem um custo de 50 euros. As inscrições são limitadas e requerem reserva e pagamento prévios via e-mail greengrape@greengrape.pt) ○
Vida e Movimento, que teve lugar no decorrer da ExpoMoncorvo.
As Festas da Vila e do Concelho e ExpoMoncorvo contaram com os concertos dos Karetus e Dj BA, no dia 12 de agosto, da Carminho e DJ Wilson Honrado no dia 13 de agosto, dos Xutos e Pontapés e Dj's Rich & Mendes no dia 14 de agosto e Emanuel no dia 15 de agosto. ○


O Vale do Douro, reconhecido, sobretudo, pelas suas paisagens deslumbrantes e pela produção do mundialmente famoso Vinho do Porto, há muito tempo que mantém uma ligação antiga e profunda à sua herança de património e tradição, que foram merecidamente consagrados, na atribuição do título de Património Mundial, pela UNESCO.
No entanto, diante dos rápidos avanços tecnológicos, a importância da inovação e transferência de tecnologia na região do Douro não pode ser subestimada. Essa revolução silenciosa, muitas
O papel vital da transferência de tecnologia na região do Douro
vezes obscurecida pelo apelo histórico da região, desempenha um papel crucial em preservar a tradição e em impulsionar este território para a era digital.
A inovação e transferência de tecnologia atua como um catalisador para o crescimento de negócios locais e da comunidade em geral. Por meio de parcerias com universidades e centros de investigação, os viticultores locais ganham acesso a recursos inestimáveis, incluindo avanços na viticultura, na agricultura de precisão e nas técnicas de produção. Essas ferramentas permitem que os viticultores otimizem os rendimentos, prevejam padrões climáticos e façam uma gestão de recursos de forma mais eficiente, resultando em melhor qualidade das colheita e au- mento da sustentabilidade.
Além disso, quando a academia e a indústria se unem, surgem novas ideias e emergem soluções inovadoras para problemas antigos. Essa sinergia tem o potencial de redefinir o papel do Vale do Douro no mercado global de vinhos, elevando a sua reputação além das ofertas tradicionais.
Em termos globais, a região deve procurar o crescimento sustentável e a gestão ambiental responsável. Num tempo marcado por crescentes preocupações com as mudanças climáticas e a sustentabilidade ambiental, a região do Douro enfrenta o desafio de manter o seu ecossistema frágil enquanto se posiciona e responde à procura global pelos seus produtos. A inovação e transfe- rência de tecnologia é uma ferramenta essencial nesse esforço. Através da implementação de técnicas de agricultura de precisão, sensoriamento remoto e tomada de decisão baseada em dados, os viticultores locais podem mitigar o impacto da variabilidade climática, otimizar o uso da água e reduzir o uso de produtos químicos.
Para concretizar plenamente o potencial da inovação e transferência de tecnologia, as partes interessadas devem fomentar um ecossistema propício que incentive a troca de conhecimento e a colaboração. Isso inclui incentivar a investigação, apoiar polos locais de inovação e facilitar programas de mentoria entre viticultores experientes e talentos emergentes. ○
Aumento dos impostos sobre bebidas alcoólicas no Reino Unido e seu impacto em Portugal
A entrada em vigor, no passado dia 1 de agosto do agravamento da tributação fiscal sobre bebidas alcoólicas no Reino Unido tem diversas razões na sua base. O Partido Conservador já havia indicado, no seu manifesto eleitoral de 2019, que queria iniciar uma revisão dos impostos sobre bebidas alcoólicas para “garantir que o sistema tributário apoia os produtores de bebidas britânicos.” Por outro lado, o governo britânico considerava que o sistema de impostos sobre bebidas alcoólicas precisava de uma reforma por ser “ultrapassado, complexo e cheio de anomalias históricas.” Por fim, outra motivação identificada foi a redução de consumo de álcool, relacionada com questões de saúde pública. Este caminho, que é uma tendência mundial, terá naturalmente repercussões internas, mas certamente terá um grande impacto nos países com relação económica com o Reino Unido, como é o caso de Portugal. Desde um longo período histórico que a diplomacia económica entre Portugal e o Reino Unido se enraizou, em particular no setor dos vinhos. Será, portanto, uma causa-efeito que devemos monitorizar com atenção e, se possível, antecipar estratégias para encontrar os melhores mecanismos de defesa no mercado exportador entre Portugal e o Reino Unido. Como sabemos, a produção dos vinhos do Porto e Douro tem neste mercado uma relação histórica firmada e estrutural. Assim, neste cenário é expectável uma queda nas exportações, pois será inevitável os preços sofrerem um aumento e, por consequência, uma diminuição do consumo dos nossos vinhos, em particular os que têm um teor alcoólico mais elevado, como é o caso do vinho do Porto. Importa, por isso, estarmos vigilantes quanto ao verdadeiro impacto que a medida terá e promover, desde já, uma reflexão conjunta para podermos agir rapidamente.
Para uma análise mais assertiva é importante ter em consideração que o agravamento dos impostos especiais de consumo no Reino Unido será tanto mais significativo quanto maior for o título alcoométrico volúmico adquirido (TAV), pelo que os vinhos fortificados, como o vinho do Porto, serão mais penalizados (aumentos de 1,3 £/garrafa para TAV de 20% e de 1,5 £/garrafa para TAV de 21%). Já os vinhos tranquilos com TAV entre 11,5% e 14,5% (entre os quais está a maioria do vinho do Douro exportado para o Reino Unido, com TAV entre 13% e 14%), estarão sujeitos a um regime transitório (até fevereiro de 2025) em que se aplicará uma taxa única, como se tivessem TAV 12,5% (aumento de 0,44 £/garrafa).
Num contexto ainda inflacionista, logo de alguma retração no consumo, um aumento no preço por garrafa terá obviamente impacto negativo nas exportações para o mercado britânico, sendo difícil avaliar a sua provável dimensão. As comparações homólogas a médio prazo irão permitir uma avaliação real do impacto destas medidas.
Os dados globais relativos ao primeiro semestre deste ano revelam quebras de 3,5% no valor das exportações de vinho do Douro e de apenas 1,1% no caso do vinho do Porto. Ambas as Denominações de Origem Protegidas (DOP) foram largamente compensadas pelo consumo no mercado nacional (graças ao turismo), que está a crescer 10,4% para o vinho do Porto e 7,7% para o do Douro. No acumulado do mercado nacional e das exportações de todos os vinhos da Região Demarcada do Douro, o crescimento é de 1,9% face ao primeiro semestre de 2022. Devemos, no entanto, de olhar para estes números com redobrada cautela. Esta variação positiva está influenciada por uma melhoria no valor das exportações de vinho do Porto registada no último mês, a qual poderá, naturalmente, corresponder a uma antecipação de compras dos operadores britânicos face ao cenário que se avizinha. Temos, portanto, de estar atentos e vigilantes nos próximos meses continuando a promover a valorização das DOP da Região Demarcada do Douro. ○
Domingos Nascimento
O município do Peso da Régua, comemorou os 38 anos de elevação à categoria de cidade. É uma importante data para esta tão relevante cidade desta região que é a mais glamorosa do país.
Que excelente momento para va- lorizar pessoas e instituições que contribuíram para o engrandecimento do Peso da Régua, mas, destaco, também do Douro.
Do Peso da Régua, veio um bom exemplo de abraço!
O gesto de atribuir a CHAVE DA CIDADE, a cada um dos presidentes de câmara dos 19 municípios que integram a COMUNIDADE DOURO, bem como à estrutura institucional Comunidade Intermunicipal do Douro, é um ABRAÇO marcante.
2023, ficará para a história, pelo facto do Grande Douro se ter feito CIDADE, a Europeia do Vinho.
Uma vez CIDADE, cidade para sempre! Ficam todos os 19 municípios comprometidos com o desígnio maiorzelarem, trabalharem, em conjunto, para que neste território incomum, as PESSOAS que são quem o faz, tenham melhor qualidade de vida e tenham futuro.
É neste conceito de Cidade conceptual e simbólica, a primeira em Portugal, que o Douro se fará Grande, Forte e Humanizante.
O Vinho foi o motivo, creio, convictamente, de que as PESSOAS serão sempre o objetivo!
COMUNIDADE DOURO - a CIDADE, de aldeias, vilas e cidades, que se abraçam! Assim, sim..! ○
