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Varosa Fest animou Tarouca durante quatro dias
Ao longo de quatro dias os caminhos dos amantes da música foram dar ao Parque Ribeirinho de Tarouca onde se realizou a segunda edição do Varosa Fest.
Dillaz, Mizzy Miles, Piruka, Blasted Mechanism, The Gift ou Julinho KSD foram alguns dos nomes que passaram pelo palco do festival e despertaram sorrisos nos mais de 5 mil festivaleiro diários que passaram pelo recinto.
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Momentos antes de subir ao palco, em conversa com a nossa reportagem, Piruka sentia já a vibração dos milhares que o aguardavam para uma atuação eletrizante.
"Na minha opinião é mais difícil chegar a locais menos citadinos do que numa cidade grande mas, é um prazer estar aqui. Sermos recebidos aqui da forma que estamos a ser é sinal que o nosso trabalho está a ser bem feito".
Satisfeitos estavam também os elementos dos Blasted Mechanism que, depois de um primeiro concerto em Vale de Cambra, rumaram ao palco tarouquense onde conduziram o público numa viagem psicadélica que durou pouco mais de uma hora.



No final da atuação, já nos bastidores a satisfação era evidente no rosto dos artistas que explicaram à nossa reportagem a importância da receção que o público lhes fez no Varosa Fest.
"Viemos de outro concerto em Vale de Cambra, mas o que aconteceu aqui foi emocionante, o público queria curtir o som e em cima do palco fomos sentindo as pessoas a puxar por nós o que foi ótimo porque vínhamos muito cansados. Metade do concerto foi possível graças a este fantástico público.


Garantidamente este evento surpreendeu-nos imenso, está com muito boa onda e estes miúdos fazem lembrar a malta dos anos 90, o que nos transmite uma vibração muito boa".
A satisfação era também evidente no rosto e na voz de José Damião, Vice-presidente da autarquia Tarouquense que, no final do evento, fazia um "balanço muito positivo".
"Conforme tenho dito a minha opinião é muito positiva, mas a opinião de quem esteve no Varosa Fest e daqueles que assistiram ao longe a esta edição é que, acima de tudo, foi uma aposta ganha.
Registamos um crescimento bastante considerável nesta segunda edição suportado por uma estrutura sustentável. Acreditamos que temos um verdadeiro festival no norte interior do país".
Questionado sobre a importância da realização destes eventos para os mais novos, o autarca referiu que a autarquia "não faz para os jovens, mas com os jovens. Fazer com os jovens é diferente, é torna-los parte não só na organização, mas também nas ideias e projetos que defendem. O sucesso está nesta diferença.
Neste momento os jovens tarouquenses reconhecem o que está a ser feito com eles e sentem um orgulho enorme na sua cidade e no seu concelho. Estamos com os jovens não só com uma visão do presente mas a olhar já para o futuro".
A ser pensada está já a edição do próximo ano como revela também José Damião, que explica ainda que este evento é também um ato de coesão territorial.
“Ainda ontem (último dia do festival), durante o final do dia já nos sentamos com alguns agentes dos artistas e já começamos a tentar perceber o que vamos fazer no próximo ano. Com milhares de jovens em Tarouca e no Parque Ribeirinho aproveitamos para os questionar quem gostariam de ver no palco no próximo ano e estamos a trabalhar para ir ao encontro das suas vontades.
Há aqui uma afirmação do território e de Tarouca aos jovens, à musica e a este festival e há sobretudo uma tentativa de alguma política de coesão territorial. Não conhecemos no norte interior um festival com estas características e isto é coesão territorial.
A maior parte dos nossos jovens não poderiam assistir a um festival de verão se não fosse realizado aqui”. ○