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WRevolução silenciosa

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Amarca bávara já deu a conhecer os seus planos futuros no caminho para a eletrificação: até 2025 apresentará um novo modelo a cada temporada e, a partir desse ano, a gama de propostas de mobilidade urbana será exclusivamente elétrica. Dando conta ainda que a eletrificação irá estender-se também

A para ur e ve a outros modelos convencionais. O primeiro exemplo desta estratégia é a nova maxi scooter CE 04, cuja forma final não é diferente do espetacular protótipo que a marca mostrou no ano passado: o seu design arrojado não deixa ninguém indiferente, com um grande comprimento que resulta da enorme distância entre eixos de

A BMW continua empenhada na propulsão elétrica e para a segunda geração da sua proposta de mobilidade urbana, apresenta uma maxi scooter com um design extremo e minimalista que se destaca da anterior, e mais convencional, C Evolution. A nova CE 04 sofre uma ligeira redução no desempenho e autonomia, mas também no preço e, mais importante, a sua versatilidade permanece intacta, ganhando muito na originalidade em termos de imagem.

1,675 mm, sensação que é ainda reforçada pela baixa altura do assento. O banco da CE está a uns escassos 780 mm de altura (800 mm com o assento de conforto opcional mostrado nas fotografias). Devido ao seu peso, endireitar a CE 04 a partir do descanso lateral deve ser feito com decisão; o descanso aciona o travão de estacionamento, como a BMW já utilizava nas suas scooters de grande cilindrada, uma solução prática e que assegura a melhor estabilidade ao estacionar, mas é menos confortável quando se manobra com a moto parada porque este tem de ser recolhido para a deslocar. Como tem marcha atrás, o melhor é utilizar a propulsão elétrica para a posicionar; entre outras razões, porque não emite qualquer ruído e não polui o ambiente.

SILÊNCIO, JÁ SE ROLA...

Os controlos e a disposição dos mesmos são semelhantes à arquitetura habitual da marca. O arranque da CE 04 requer apenas que se pressione o botão de ignição (a BMW dispõe de uma chave inteligente) e se cumpra mais um simples protocolo de segurança que requer que se aplique o travão e o interruptor de paragem de emergência, localizado ao lado do acelerador, a fim de poder seguir a marcha. Esta começa com um empurrão forte, mas que não chega a ser avassalador. O controlo da tração é proposto de série, mas raramente é percetível, excepto em situações de baixa aderência ou quando pisa uma tampa de esgoto ou as habituais listas pintadas nas estradas, tarefa na qual é ajudado pelos aderentes

Pirelli Diablo Rosso com que está equipada a CE 04.

Os 231 kg que acusa na balança mantêm-na sempre muito rente ao chão, uma sensação que é reforçada pela excelente estabilidade que transmite mérito do baixo centro de gravidade. A posição de condução é confortável, com o assento original suficientemente amortecido, apesar do desenho estilizado, e a CE 04 oferece muito espaço para os pés, que podem ser colocados em várias posições ao longo do amplo túnel central. O assento padrão não tem a pequena protrusão mostrada nas fotos, que pertence ao assento Pro. Está também disponível com função de aquecimento.

A suspensão é firme, mas não chega a ser seca. Todos esses quilos precisam de ser mantidos sempre sob controlo, e para os parar, o desempenho da travagem varia de eixo para eixo. À frente é suficiente, com um bom tato e uma dosagem fácil e eficaz. Na traseira é mais justa se não for suportada pela utilização do travão dianteiro, embora, em nome da mobilidade e da máxima eficiência energética, o ideal seja mesmo fazer uso do efeito de diminuição de velocidade proporcionado pela travagem regenerativa. Além disso, dependendo

Pontua O Bmw Ce04

Desenho Prestações Comportamento Suspensões

Travões Consumo Preço do modo de condução selecionado: ECO, Rain ou Road - opcionalmente, também pode dispor de um modo Dynamic – esta varia a sua ação com mais ou menos efeito travão e, consequentemente, capacidade de regenerar energia. Em qualquer caso, a sua ação é sempre evidente e eficaz.

Muito Est Vel

A generosa distância entre eixos determina o seu comportamento. A CE 04 é muito estável em linha reta e também dá uma grande dose de confiança nos apoios em curvas mais largas. Mas também é menos ágil do que gostaríamos, especialmente tendo em conta o seu carácter eminentemente urbano, na altura de serpentear entre os restantes veículos e para, por exemplo, encontrar o intervalo que lhe garante o acesso à primeira linha de “partida” nos semáforos, mas já não é tão desajeitada quando pões à prova a agilidade nas mudanças de apoios.

As vias interurbanas também fazem parte do seu habitat natural, graças às prestações que oferece, que são suficientes (embora a sua velocidade máxima esteja limitada a 120 km/h) dado o seu carácter urbano e a busca pela eficiência energética. A CE 04 cumpre a aceleração

Protec O

Escassa

boa de 0 a 50 km/h em apenas 2,6 segundos. No entanto, como vem de série com este ecrã frontal (que mais parece uma folha de papel), a ação do vento é percetível na zona do capacete, mas sem chegar a gerar verdadeira turbulência ou uma situação insuportável. Um ecrã mais alto é opcional e está disponível para aqueles que são mais críticos em relação à proteção aerodinâmica.

A autonomia declarada é de cerca de 130 km, o que varia em função da “sensibilidade” utilizada no acelerador e da utilização da regeneração de energia durante a travagem. Naturalmente, também dependerá dos declives do percurso. O nosso teste registou um consumo de cerca de 7,7 kWh por cada 100 km, o que é semelhante ao modelo anterior, mas sem ser particularmente cuidadoso com o consumo de energia. A CE 04 apresenta o mesmo enorme painel TFT de 10,25” que a R 1250 RT estreou no ano passado, embora, claro, com a informação e os gráficos devidamente adaptados à sua tecnologia elétrica. Este permite que o smartphone seja ligado para gerir a sua utilização, para além de uma função completa de GPS através da aplicação da BMW.

Pr Tico E Original

O design é muito marcante e atraente, destacando-se o assento com o seu suporte flutuante e também o original acesso lateral para guardar o capacete. Se achar que o seu capacete integral não vai caber, tente guardá-lo deitado. É também o local para guardar o cabo de carregamento, pelo que tem de es- abertura de acesso colher se armazena um ou outro, ou tentar tornar o seu armazenamento compatível. Existe também um pequeno porta-luvas para o telefone, que pode ser recarregado através da tomada USB-C. Do outro lado está a tomada de carregamento Mennekes que, se necessário, poderia ser trocada por qualquer das outras tomadas que são comuns na Ásia ou nos E.U.A. O seu motor síncrono de íman permanente arrefecido por líquido disponibiliza 31 kW (42 cv) e pode, portanto, ser conduzido com uma carta A2. Além disso, existe uma versão limitada a 11 kW (15 cv) que se destina aqueles com uma licença A1. A bateria tem uma capacidade de 8,9 kWh e uma fonte de alimentação de 2,3 kW é instalada de série, permitindo que seja carregada a 100% em 4 horas e 20 minutos e a 80% (a carga mais comum uma vez que a bateria, normalmente, não estará totalmente esgotada) em 3,5 horas. Estes valores são reduzidos em uma hora, respetivamente, na versão limitada. Além disso, está disponível como opção um carregador rápido de 6,9 kW, capaz de carregar completamente a bateria em menos de 2 horas e chegar aos 80% em uma hora. Com este carregador, contudo, a fonte de fornecimento de energia utilizada teria de ser adaptada.

O cabo de carregamento é do Tipo 2 ou Mennekes. Como opção está disponível um conector rápido de 6,9 kW, assegurando uma carga completa em 2 horas.

A ignição com chave inteligente é de série. O arranque requer um protocolo de segurança simples antes de poder arrancar.

A nova BMW CE 04 é uma proposta tentadora que, embora tenho visto o seu desempenho e autonomia significativamente reduzidos em comparação com a Evolution C, também viu o preço “cortado” em cerca de 5.000 euros. Além disso, também devemos ter em conta os possíveis apoios estatais para estes veículos eficientes e mais amigos do ambiente.

8.295 EUROS

7.125 EUROS

Motor twin paralelo, 689 cc e 73 CV de potência MT689 cc

CV p

Triumph Trident 660: Motor tricilíndrico em linha, 660 cc e 81 CV de potência 660 cc

Há não tanto tempo assim, podia obter a sua carta de moto passando no exame teórico (o mesmo que para uma carta de condução de automóvel) e num exame prático com manobras, que era feito, muitas das vezes, com uma velha Vespa de mudanças na mão. Uma vez aprovados em ambos os testes, era possível conduzir as primeiras japonesas que chegaram ao nosso país já com mais de 100 cv. O que aconteceu pouco depois é bem conhecido e a consequência foi, entre muitas outras coisas, a escalada dos passos para obter a licença atual e poder andar em qualquer moto, independentemente da sua potência. Quer o esquema em questão seja ou não apropriado, quer tenha ou não um interesse, talvez, mais económico do que didático, a verdade é que neste momento há excelentes motos não só para aprender a andar depressa, mas também para as desfrutar numa atividade tão intensa

TRIUMPH TRIDENT 660 Vs. YAMAHA MT-07

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