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REGIS BITTENCOURT

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PRÉ-COMPRA

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FIM DE UM PESADELO

DIVULGAÇÃO e O CARRETEIRO Fotos

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Cinco anos após a inauguração do trecho de pistas duplicadas na Serra do Cafezal, na rodovia Régis Bittencourt, a redução de acidentes mostra que a obra colocou fim a um grande problema enfrentado principalmente pelos motoristas de caminhão

JOÃO GERALDO

Entregue ao tráfego no final de 2017, a duplicação da rodovia Régis Bittencourt na Serra do Cafezal/SP, até então considerado como um dos trechos mais perigosos do País, teve a inauguração comemorada não somente pelos caminhoneiros como também por transportadores e embarcadores. Localizado em região de relevo irregular e de mata atlântica, nos 30,5 quilômetros de extensão muitas vidas, cargas foram perdidas por conta de colisões bem como a assaltos sofridos por motoristas presos por horas em longos congestionamento ocasionados por tombamentos, colisões e outras ocorrências envolvendo veículos de carga e de passeio.

Levantamento recente divulgado pela ANTT (agência Nacional de Transportes Terrestres) comparando os quatro anos antes da duplicação (2014 a 2018) e os quatro anos após a entrega da obra (2018 a 2021) apontou queda de 81% no número de colisões frontais, a mais comum em pistas simples, sem nenhuma fatalidade. As batidas traseiras sofreram

Duplicação reduziu número de Duplicação reduziu número de acidentes, assaltos e o tempo acidentes, assaltos e o tempo de viagem entre as capitais dos de viagem entre as capitais dos Estados de São Paulo ParanáEstados de São Paulo Paraná

redução de 38% e as laterais de 48%. Principal ligação entre as capitais dos Estados de São Paulo e do Paraná, a rodovia é administrada pela concessionária da Autopista Régis Bittencourt.

De acordo com as informações da ANTT, no período de quatro anos após a duplicação do trecho, o número de atropelamentos também caiu. A redução é

atribuída à implantação de passarelas e redução de 38% e as laterais de 48%. de campanhas de conscientização dirigiPrincipal ligação entre as capitais dos das a motoristas e pedestres que circuEstados de São Paulo e do Paraná, a ro lam na região. dovia é administrada pela concessioná Passagens para a travessia de aniria da Autopista Régis Bittencourt. mais silvestres também tiveram efeito De acordo com as informações da positivo, com redução para zero a taxa ANTT, no período de quatro anos após a de atropelamentos. Outro ponto destaduplicação do trecho, o número de atro cado como fator da diminuição de ocorpelamentos também caiu. A redução é rências é a área de escape construída no km 353 sentido Curitiba, que possibilita a parada de caminhões que enfrentam problemas de frenagem na descida serra. Segundo a ANTT, desde a inauguração foram salvas 72 vidas. Quando as pistas duplas foram liberadas, dados da Polícia Rodoviária Federal apontavam que nos últimos 10 anos haviam sido registrados 3.994 acidentes no trecho da Serra do Cafezal. A duplicação também reduziu o tempo médio de descida dos caminhões, de até três ho-Durante muitas décadas o trecho de Durante muitas décadas o trecho de ras dependendo das condições de tráfe-pista simples da Serra do Cafezal foi pista simples da Serra do Cafezal foi go para apenas 25 minutos.motivo de insegurança para os motoristasmotivo de insegurança para os motoristas

OBRA DEMORADA

Um dos principais motivos pela demora para o início da duplicação do trecho da Regis Bittencourt na Serra do Cafezal foi uma ação pública questionando a licença prévia para obra em 2002. Seis anos depois, em 2008, quando a concessionária Arteris assumiu a administração da estrada, a ação civil pública ainda tramitava. Somente em abril de 2009, após a ação ter sido julgada improcedente foi possível iniciar o processo de licenciamento junto ao Ibama. Para agilizar o processo, a Arteris optou por viabilizar o licenciamento, no âmbito de Licença de Instalação de dois segmentos (no início e no fim do trecho de serra) trechos onde os impactos das obras de duplicação se mostravam menores. Assim, a Serra foi “dividida” em três partes, sendo o trecho central o de maior complexidade ambiental. As Licenças de Instalação dos dois trechos nas duas extremidades, de 7 e 4 quilômetros, foram emitidos em abril de 2010, com as obras iniciadas no mesmo ano e concluídas em 2012. A Licença para o trecho central (do km 344 ao 363) saiu em janeiro de 2013. Os primeiros trechos liberados a partir de 01 de agosto de 2014 compreendiam uma extensão de 11 quilômetros do km 336,7 e 367, entre Juquitiba e Miracatu em região serrana coberta por mata atlântica. A duplicação total do trecho incluiu a construção de 36 pontes e viadutos, além de quatro túneis projetados para encurtar caminho e reduzir o impacto ambiental. O último trecho que selou a conclusão da obra, sete anos após ter sido iniciada, foi inaugurado em 19 de dezembro de 2017.

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