E-book - Identidade Bicultural (Set/2021)

Viajadamente A revista de saúde mental para imigrantes

Artigo exclusivo

O que é identidade bicultural, quais são os seus impactos psicológicos e como conviver com ela de forma saudável?

Questionário: Sou bicultural?

Descubra se você tem identidade cultural através de um questionário exclusivo!

Depoimentos inéditos

Leia 2 depoimentos reais e emocionantes de leitoras biculturais!

vol. 1 • ed. 2 setembro 2021 • €0

gunda notícia é que eu, seguindo a sugestão de vocês, comentarei os depoimentos recebidos com um viés clínico. Espero que gostem!

Acredito que esta edição sobre identidade bicultural pode interessar dois públicos principais: (a) qualquer pessoa que mora fora e se coloca diante da seguinte questão: Será que estou menos brasileiro(a/e)? e (b) pais de crianças nascidas fora do Brasil e criadas em ambientes multiculturais.

Ou você pode ser simplesmente um amante da psicologia intercultural que quer aproveitar uma oportunidade de se conhecer melhor e aprender mais!

Se você não me conhece, eu sou Gabriella, moro na França e sou psicóloga para brasileiras(os/es) imigrantes. Seja muito bem vinda(o/e) na nossa edição sobre Identidade Bicultural.

Já quero começar dizendo que este mês temos muitas novidades! A principal delas remete a peridiocidade da Viajadamente: Ela passará a ser bimestral (e não mensal), para que eu possa escrevê-la com a melhor qualidade possível - respeitando meu trabalho na clínica - e também para oferecer à vocês o tempo necessário para ler e aplicar as atividades! :) A seviajadamente set • 2021

Seja em qual grupo você se encontrar, eu quero te dar as boas vindas nessa edição, que foi feita com muito carinho e cuidado e que vai relatar a biculturalidade de um ponto de vista clínico, conceitual, mas sobretudo humano.

Como sempre, eu sugiro que você escolha um momento calmo para lê-la e transforme a leitura numa atividade de autocuidado. Não esqueça de recordar esse momento e utilizar a hashtag #revistaviajadamente em suas redes sociais! Eu irei adorar ver sua foto e compartilhá-la em meu instagram!

GABRIELLA D. S.

Psicóloga e editora-chefe 1

Nesta edição 3

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ARTI GO - ONDE PERTENÇO DI ANTE DE DUAS VERSÕES DE MI M?

RÚBRI CA CULTURAL

NOVI DADES + PRÓXI MO TEMA

Dica de um livro fascinante sobre imigração, questões sociais contemporâneas e biculturalidade

Anote em sua agenda as novidades do mês e descubra com exclusividade o tema da próxima edição.

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DEPOI MENTOS

ATI VI DADES

SE LI GA!

Confira aqui 2 depoimentos lindos de brasileiras que vivem na pele a identidade bicultural e comentários feitos por mim

Nesta edição, a atividade é um teste para você verificar se tem ou não identidade bicultural. E aí, vai arriscar?

Acompanhe páginas que abordam a temática de imigração e conheça uma psi que faz um trabalho lindo no quadro #psispelomundo

viajadamente ago • 2021

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ONDE PERTENÇO DIANTE DE DUAS VERSÕES DE MIM? Um dos desafios de morar fora é a negociação entre a nossa cultura e a nova cultura. Essa negociação difere-se nos imigrantes de primeira geração ou não, com qual idade emigramos, entre outros aspectos. Mas uma coisa é certa: Integrar diferentes elementos do que aprendemos a ser nas duas culturas em um senso de identidade coerente pode ser um desafio conhecido por muitos.

Na identidade bicultural, aprende-se a negociar o seu novo eu de uma forma que faça sentido e essa negociação é vivida por cada pessoa de forma diferente. Por vezes, essas identificações bi ou multiculturais advindas de diferentes países podem ser percebidas como conflituosas, gerando desconforto, sofrimento e a sensação de que se está perdido e não se pertence a nenhum dos países.

Pesquisas na área de psicologia intercultural demonstram que a identidade bicultural impacta em vários processos psicológicos. De um lado, ela pode influenciar em como nos sentimos, e se sentimos a coexistência de duas culturas de forma harmônica e compatí viajadamente set • 2021

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vel, gerando CONFORTO e LEVEZA, ou se, ao contrário, criamos sentimentos de tensão e conflito, gerando DISTÂNCIA. O CONFORTO acontece quando o sujeito se enxerga e se sente parte de uma identidade bicultural "misturada", harmônica, indissociável.

A DISTÂNCIA, ao contrário, acontece quando enxerga-se duas culturas compartimentadas e separadas uma da outra. Daí surge uma questão central:

Como Como me sentir bem pra ontem...

Estou indo na boa direção?

Antes de responder a essa pergunta, nos atentemos a compreender o que é identidade bicultural.

O que é identidade bicultural? É um termo usado para ilustrar o fato de nos identificarmos com mais de um grupo cultural. Este viajadamente set • 2021

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também aborda diferenças individuais que cada pessoa possui e que são resultados de duas orientações culturais diferentes e como essas orientações são experienciadas subjetivamente, se relacionando uma com a outra para formar quem somos, como pensamos e agimos.

O multiculturalismo pode ser definido como a exposição significativa a experiências de vida que contém mais de uma tradição cultural.

Segundo alguns autores, pode se aplicar a sujeitos de grupos étnicos minoritários, imigrantes, pessoas que possuem pais de diferentes origens raciais, étnicas, culturais e religiosas e imigrantes que passaram um período substancial vivendo fora de seu país de origem.

Esse termo é também aplicável aos filhos de imigrantes que - embora nascidos e criados na sociedade de acolhimento por vezes estão profundamente enraizados na cultura de herança no ambiente familiar através de pelo menos um dos pais. viajadamente set • 2021

Pode também se aplicar a indivíduos que vivem em enclaves étnicos onde a cultura patrimonial é suscetível de ser mantida através de gerações (por exemplo, comunidades indígenas no Mato Grosso do Sul). Aqui, nos interessamos pela identidade bicultural de imigrantes brasileiros, então usarei esse termo durante todo o artigo.

No que se refere aos aspectos psicológicos da identidade bicultural, podemos dizer que esta inclui um aspecto subjetivo onde o sujeito identifica a si mesmo como bicultural, se enxerga e se sente como tal pois possui aspectos de sua personalidade, comportamento, valores e identidade advindos de duas culturas diferentes. Isto dito, é possível que um sujeito com pais de diferentes naciona -

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lidades não se sinta bicultural?

Sim. É possível que um brasileiro com pais brasileiros, mas vivendo fora por um período prolongado, se sinta bicultural?

Sim. Estamos falando de seres humanos.

Tudo é possível.

E por que a identidade cultural é assunto de saúde mental?

Porque a biculturalidade pode ser fonte de saúde mental, mas também de conflitos internos. É possível viver a biculturalidade de forma harmoniosa, sentindo uma compatibilidade dos aspectos biculturais em sua experiência de ser, sentir e existir no mundo. Quando vivida de forma saudável e adaptativa, a identidade cultural representa conforto e familiaridade tanto com a cultura brasileira quanto com a do país ou região na qual nos instalamos.

de adolescentes, por exemplo) e mais integrada são suas redes de contato. E qual é o resultado de tudo isso na prática?

Quando o sujeito tem uma integração boa de duas (ou mais) culturas, ele é capaz de “trocar” entre uma identidade e outra de forma eficaz e harmoniosa, ativando conteúdos de uma cultura ou outra em momentos adequados à adaptação aos diferentes contextos.

Por exemplo, assoar o nariz em público na França mas ir ao banheiro para lavá-lo no Brasil; ou paquerar de forma mais calorosa e “agressiva” no Brasil e mais atenuada e tímida nos Estados Unidos, se comportando de forma adaptativa aos países em questão.

Estudos apontam que quanto maior for a integração dessa identidade bicultural pelo sujeito, maior é seu ajustamento psicológico, sua criatividade, mais adaptado é seu comportamento (em caso viajadamente set • 2021

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Sujeitos que se percebem com duas identidades culturais que são “opostas” não possuem a mesma facilidade, e isso pode gerar sofrimento social e sobretudo - interno. Também é possível - e nada raro - viver a biculturalidade de forma inter-

namente conflituosa, sentindo que não é possível acomodar um espaço flexível e harmonioso para as duas culturas dentro de si.

Nesse caso, o sujeito frequentemente se vê diante de profundos - e legítimos questionamentos:

Onde eu fico diante desses dois sistemas com valores tão diferentes?

Sou errado quando penso e ajo de forma diferente?

Como faço a gestão dos relacionamentos onde eu sou incompreendido, desafiado, estereotipado?

O que faço com essa confusão sentida diante da diversidade de opções identitárias?

Quem. Sou. Eu? Nós desenvolvemos uma identidade bicultural através das nossas experiências e das memórias biculturais carregadas na nossa narrativa.

Estudos identificaram que, quando temos memórias biculturais percebidas como positivas, favorecemos uma identidade bicultural vivida de forma mais integrada. E o mais interessante: Visto que todos os sujeitos biculturais (e todos viajadamente set • 2021

os seres humanos viventes na face da terra) passam por experiências boas e ruins, essa identidade bicultural integrada também aumenta quando as memórias positivas são mais facilmente acessadas do que as negativas. Ou seja: Você tem um papel ativo em como vive essa identidade quando escolhe enfatizar sua atenção nas experiências positivas ou negativas. Notícia boa, hein?

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Em terapia, a fim de facilitar uma experiência bicultural saudável, exploramos como o sujeito se enxerga atualmente, como essas memórias impactam na forma como ele se entende, se enxerga, se comporta e se sente. As nossas experiências fazem de nós quem somos, mas sobretudo a forma como percebemos essas experiências fazem de nós quem somos.

Questões centrais se colocam nesse processo inicial de autodescoberta: Como essas memórias são processadas no presente?

Como o sujeito se compreende e se situa diante do seu próprio ser?

Uma identidade cultural vivida de forma não saudável pode sinalizar problemas não resolvidos?

Falemos então problemas. Pois é!

desses

O bem estar não está necessariamente relacionado a quantidade de experiências vividas, mas sim em como per-

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cebemos os impactos dela na nossa situação atual.

São conclusões agradáveis, e não situações agradáveis, que fazem parte de uma narrativa saudável de construção de identidade bicultural.

E como ter uma percepção menos rígida e negativa da minha própria vida, Gabi? De várias formas!

Entre elas, tomando consciência dessas experiências difíceis em suas diferentes facetas, aceitando, ressignificando, aprendendo através de vários meios: Resolução de conflitos, recitando lições de vida, conhecendo melhor seus (bi)valores, abrindo possibilidades para se repensar problemas culturais, de raça, diversidade e sobretudo, se permitindo crescer das experiências difíceis respeitando sua identificação bicultural. É fácil? Nem sempre. Cada pessoa tem seus motivos específicos para enfrentar dificuldades internas. A forma de trabalhar isso é basicamente se abrindo para o novo (de novo), permitindo a si mesmo navegar entre esses dois mundos internos de forma curiosa, e então mais tarde, fluída.

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Sou bicultural?

E do lado prático, qual é a carinha do da identidade bicultural? Como sei que tenho uma?

Se você foi exposto por um tempo prolongado em uma nova cultura e precisa ter um conforto com as duas culturas para viver o seu dia-a-dia de forma funcional, você provavelmente está no caminho da biculturalidade. Entretanto, é preciso se atentar que viver em um ambiente bicultural não necessariamente classifica uma pessoa como bicultural.

Pra ilustrar, um estudo realizado com jovens adultos hispânicos em Miami avaliou práticas culturais, valores e identificações, juntamente com outras variáveis culturalmente

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importantes, tais como socialização étnica familiar, estresse aculturativo* e percepção de discriminação.

Embora Miami seja altamente bicultural e as transações comerciais e sociais ocorram tanto em inglês quanto em espanhol, um número considerável de pessoas se percebe como sobretudo estadunidenses e não muito hispânicos (ou vice-versa, super hispânicos e quase nada estadunidenses). Ou seja, a socialização étnica e familiar processo de aprendizado da língua, símbolos e tradições da cultura patrimonial da família, etc. - são importantes fatores que influenciam se o sujeito vai se descrever ou não como bicultural.

Quando falamos de imigrantes de primeira geração (não estou falando que é você, mas também não estou falando que não é!), estes também podem ser biculturais, mas essa socialização não acontece no período de desenvolvimento, mas sim através da adaptação cultural, abertura à nova cultura, exposição prolongada a

*O estresse aculturativo acontece quando o processo de aculturação confronta o indivíduo com dificuldades de ajuste. Esse estresse é o resultado do esforço que a pessoa faz para minimizar ou resolver as diferenças culturais com a cultura do país anfitrião. O indivíduo pode experimentar incerteza, ansiedade, sintomas depressivos associados à aculturação e somatizações.

esta, entre os aspectos já mencionados anteriormente.

Podemos, por exemplo, ter um brasil-estadunidense que miscigena um valor brasileiro essencialmente fundado na religião - como respeito e/ou até certa reverência aos pais com valores estadunidenses mais individualistas, como confrontar diretamente as discordâncias interpessoais ou trabalhar demasiadamente pelo sucesso e reconhecimento profissional.

Levando em conta a complexidade do construto, descreverei 3 sinais de que você viajadamente set • 2021

vive a biculturalidade de forma saudável. Bora imergir nessa descoberta?

Você se sente confortável nas duas culturas A biculturalidade aparece muitas vezes - mas não sempre - como a forma mais saudável da adaptação cultural. Ser bicultural é equilibrar e utilizar de forma espontânea práticas culturais da cultura de herança e do ambiente cultural acolhedor. Isso significa que, se vivida de forma saudável, a biculturalidade vai te ajudar a se sentir confortável nas duas culturas, utilizar estratégias de enfrentamento das duas culturas e interagir de forma adaptativa com as duas populações.

Você reconhece as partes bonitas do biculturalismo Quando você acomoda uma i 10

dentidade bicultural resolvida e saudável, consegue se perceber de forma positiva também.

Consegue integrar as duas culturas em si e enxergar todos os pontos bonitos da pessoa rica que se tornou. Se enxergar completo, e não com partes faltando, faz com que você aproveite o melhor de suas experiências e tome responsabilidade pelas suas emoções, aderindo sentido às suas experiências, e não se colocando no lugar de vítima, “pobre de mim que sou assim”, de forma a se afastar de uma experiência bicultural feliz e agradável de se viver.

Você sabe quando ser mais brasileiro, mais “extrangeiro” ou os dois ao mesmo tempo

Segundo estudos, sujeitos biculturais tendem a selecionar

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entre diferentes métodos de integrar suas duas culturas, e isso inclui (a) se comportar de forma bicultural em todas as situações (biculturalismo misto) ou (b) alternar seus comportamentos para que estes sejam mais consistentes com o contexto da situação (biculturalismo alternado).

Se você mora numa cidade multicultural como New York ou Paris, pode ser mais provável que você se sinta à vontade em se comportar de forma bicultural, mas se você mora em uma pequena comunidade monocultural na Irlanda, pode ser que seja do seu interesse se comportar de forma alternada se comportando mais de forma irlandesa do que brasileira para evitar conflitos e/ou resistência da comunidade local e se privar de situações discriminatórias.

Vamos também nos atentar ao fato de que você ainda tem uma terceira opção: Decidir expressar abertamente seu orgulho étnico mesmo diante do risco de discriminação ou perseguição.

Esses comportamentos resistentes podem eventualmente atenuar a resistência de comunidades monoculturais e facilitar o ajustamento delas à presença de imigrantes.

respeite, a honre e a viva da forma mais saudável possível.

Lembre-se que esta é uma escolha que você faz diariamente quando se levanta, e conte comigo nessa caminhada!

Gabriella Dantas dos Santos Psicóloga e editora-chefe

Claro, no final, você é quem decide se quer comprar a causa ou se vai priorizar sua paz de espírito por enquanto.

Se você leu até aqui, eu espero que este artigo tenha te ajudado a se conhecer melhor, refletir sobre sua identidade e sobre como você deseja vivê-la.

Espero que você reconheça a riqueza que há em você e que a

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Ainda tem dúvidas se você possui ou não uma identidade bicultural?

Responda um pequeno questionário de auto reflexão onde você poderá refletir sobre a aquisição da biculturalidade na página 25.

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LANÇAMENTO

GRUPO TERAPÊUTICO:

ANSIEDADE DO DIA 6/OUTUBRO AO DIA 8/DEZEMBRO

QUARTAS, 20H (HORÁRIO DE PARIS) Encontros online.

O que é? É um grupo terapêutico de modalidade temática que visa promover aos participantes um ambiente de escuta e troca benevolente. Os participantes aprenderão sobre ansiedade, gestão dos sintomas ansiosos, técnicas de respiração e relaxamento, entre outros.

Quem são as psicólogas responsáveis?

Gabriella Dantas dos Santos MSc. Psicologia da Orientação, Avaliação e Conselho Psicóloga clínica online para brasileiras(os) no exterior Justine Farias Psicóloga clínica presencial e online Pós graduanda em Terapia Cognitivo-Comportamental Quantos encontros teremos? Serão 10 encontros de 1h20 de duração que acontecerão todas as quartas do dia 6 de outubro ao dia 8 de Dezembro.

Quantas pessoas terá meu grupo? 10 pessoas (8 participantes e 2 psicólogas intervenantes em todos os encontros).

Quais são os benefícios da terapia em grupo na ansiedade?

Troca de experiências empática Desenvolvimento de habilidades sociais Investimento menor (vantagem financeira) Sistema de suporte múltiplo Oportunidade de ajudar outros Teste de habilidades em grupo Entre outros

INSCRIÇÕES LIMITADAS! Para fazer sua inscrição, clique aqui.

RÚBRICA CULTURAL Americanah (2013) Este livro é uma linda bagunça. Ele embala o que significa sair do nosso país, o que significa voltar, o que significa estar num relacionamento intercultural, ser bicultural, a diferença entre ser negro na Nigéria e nos Estados Unidos, tudo isso em um pacote só.

Americanah é um adjetivo que a autora, Chimamanda Ngozi Adichie, usa para descrever quem sai da Nigéria e retorna com um jeito de ser "americanizado".

Se você gosta de romance de qualidade e que envolve questões sociais contemporâneas tais como política, relação de poder, raça, imperialismo e feminismo, você vai amar ler este livro.

Ele conta a história de Ifemelu, uma jovem nigeriana que mora há 13 anos

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nos Estados Unidos e decide largar "tudo" o que tinha construído no país até então e voltar à sua terra-natal. Nos pequenos detalhes do livro, pode-se notar como Ifemelu muda sua percepção de si mesma, de racismo, de mundo, de riqueza e de assuntos que nunca tinha discutido na Nigéria, como a depressão.

Essa volta ao seu país de origem desperta em Ifemelu questões internas importantes e a mesma questiona não só o que se passa na sociedade americana, nigeriana, mas também em si mesma. Ifemelu não é mais a mesma quando retorna ao primeiro lar, ela vive na pele a identidade bicultural.

O ponto mais positivo é que além da história principal, a de Ifemelu, o livro conta histórias cativantes de outros personagens envolvidos nas questões que ele aborda.

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Na maioria das pessoas biculturais há um sentido primário de casa que nunca vai embora. Mas segue-se em frente para competir no mundo.

Aprende-se novos códigos, novos idiomas.

Alguns se entregam completamente e se tornam uma máscara. Alguns resistem e tentam compensar em demasia, através do perfeccionismo, da autocobrança ou da passividade.

Mas cada vez mais, a medida que avançam, é possível pegar uma terceira estrada: A de ser você mesmo.

GABRIELLA DANTAS DOS SANTOS

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setembro

Podcast: Migração e Carreira

A convite da psicóloga Daniele Ribeiro, participei do podcast Ser no mundo. Conversamos sobre meu percurso de migração, perda de status profissional, autoestima diante do mercado de trabalho extrangeiro, e muito mais! Para escutar, clique aqui.

Estamos na RFI! Pois é, é isso mesmo que você leu! A convite de Paloma Varon, dei uma entrevista para a RFI Brasil, onde falei sobre a revista, meu trabalho com brasileiros migrantes e até sobre dancinha no instagram! Para assistir a entrevista, fique ligado na minha página instagram pois será divulgado assim que sair!

11 setembro viajadamente set • 2021

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setembro

Encontro Zoom: Aspectos psicológicos de morar fora A convite da Cris, professora de francês, participarei de um apéro Zoom para conversarmos sobre os aspectos psicológicos num encontro especial Zoom! Para participar conosco, clique aqui.

11 de setembro, às 11h em São Paulo e 16h em Paris.

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10 setembro

#QuaseDeFrenteComGabi #LiveInstagram

Como lidar com xenofobia e assédio moral A meu convite, a advogada atuando na França Isadora Alvarenga vai conversar conosco sobre xenofobia e assédio moral. O que fazer quando você é discriminado no trabalho? E na rua?

Como se proteger? Como denunciar? Se você tem perguntas, ative o sininho lá na minha página Instagram para participar conosco ao vivo!

Blog: Como se preparar psicologicamente para um empreendimento fora do Brasil Este artigo aborda um passo-a-passo prático para você preparar-se psicologicamente e estratégicamente para empreender fora do Brasil. Para ler a partir do dia 20 de setembro, clique aqui.

20 setembro

Tema de Novembro: Depressão de inverno Se você quiser enviar seu depoimento anonimamente, envie um email para viajadamente.contato@gmail.com até dia 30 de setembro.

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DEPOIMENTOS Uma viagem reveladora aos Estados Unidos "Me chamo Vitória*, tenho 37 anos, era servidora pública e vim para a França aos 26 anos à principio para aperfeiçoar o francês e em seguida fazer um mestrado e estou até hoje.

Eu me percebi binacional recentemente, quando passei uma temporada nos Estados Unidos e Canadá. As pessoas me viam como francesa e eu percebi a dupla identidade que eu representava e como as duas culturas se impregnaram em mim. Por ter feito mestrado aqui, tive a possibilidade de pedir a nacionalidade. Foi muito útil e facilitou minha vida, que se tornou menos burocratica, me livrando da tortura de pedir a renovação do titre de séjour (visto para moradia). A nacionalidade me deu mais tranquilidade mas não me fez me sentir francesa.

O nascimento dos meus filhos me ajudou a encontrar outros pais franceses, criando assim um novo círculo de relacionamento, o que foi uma etapa importante para me sentir integrada.

Aprendo muito sobre a cultura local com meus desde as cantigas, histórias, até A nacionalidade filhos, vocabulário, hábitos e costumes que eles me deu mais adquirem na escola e trazem para casa. O fato tranquilidade do meu companheiro ser francês me ajudou mas não me fez enormemente na integração, em um certo momento neguei o meu lado brasileiro e me sentir atualmente tenho resgatado com mais energia e francesa. balanceando as duas culturas no meu viver. *nome fictício. viajadamente set • 2021

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Aprendi a entender a maneira de viver francesa, sou mais contestadora, às vezes reclamona, sou também mais racional e me tornei muito mais atéia. No Brasil a religião ou religiosidade é muito mais presente na nossa vida.

Percebo isto nos meus filhos embora eles não dominem a língua portuguesa tanto quanto a francesa.

Observando outras famílias brasileiras e francesas - percebi que existem traços comuns que se repetem, o jeito de viver nas famílias francesas me parece seguir um ritmo repetitivo, as atividades diárias seguem um padrão, horários fixos, atividades regulares, férias de verão na praia, de inverno na montanha, já as famílias brasileiras, a começar pela minha no Brasil, o ritmo era mais orgânico, comemos quando sentimos vontade, saímos quando queremos, não há uma pré-determinação tão marcante, tendo mais flexibilidade aos imprevistos e mais aptos à improvisação.

Faço Faço terapia terapia ee me me ajuda ajuda muito muito aa aceitar aceitar ee entender entender essas essas dualidades. dualidades.

A binacionalidade traz muitos desafios - a questão de dominar e compreender bem as duas culturas, línguas e modos de vida.

Quando se nasce binacional estas questões são entronizadas desde a infância e já se cresce com este modo de pensar bilateral, dominando os diversos aspectos das duas culturas com mais naturalidade. viajadamente set • 2021

Eu me torno cada dia mais consciente dessas diferenças culturais.

Às vezes me sinto bem confusa, até impotente ao esquecer alguma palavra em português ou não saber alguma em francês. Me sinto perdida por não ter a memória coletiva dos franceses, quando fazem uma piada ou se lembram de algo relacionado a um filme, música ou da cultura popular. Ao mesmo tempo o que tenho como bagagem da cultura brasileira não é recente, e se atualizar constantemente sobre as duas culturas é uma carga imensa da qual não dou conta."

Vitória, 37 anos, morando na França há 11 anos.

#ComentaPsi: O que aprendemos com o depoimento de Vitória?

Para começar, Vitória é um exemplo real de que ter cidadania em um segundo país não necessariamente te torna bi 20

bicultural. Ela, aliás, se deu conta disso somente quando o outro tornou isso possível. Por vezes, é o efeito que acontece em terapia: Tomamos consciência de algo nos enxergando através de uma perspectiva diferente.

Ter conseguido um passaporte francês a livrou de ter que pedir renovação do visto. Isso, por si só, já é um passo para o pertencimento - algo necessário à uma identidade bicultural saudável. Porém isso, por si só, não ofereceu à Vitória o “sentimento de ser francesa”.

Podemos notar que identidade bicultural é SENTIR. É viver a fluência de quem nos tornamos e sentir a plenitude das duas facetas culturais.

Foi somente com o contato que Vitória começou a sentir, a desenvolver a identidade bicultural. Ouso dizer que a necessidade percebida por Vitória a permitiu ajustar (e aceitar) em si mesma atitudes de uma “francesa”.

O seu relacionamento, os seus filhos, as mudanças sociais solicitaram de Vitória mudanças internas, novos compromissos, novas misturas.

Em uma palavra: Aculturação.

Algo no depoimento de Vitória merece uma atenção redobrada: Ela escreve que aprendeu “a entender a maneira de viver francesa”. Veja bem: É um processo consciente.

Vitória DECIDIU entrar em contato, se aviajadamente set • 2021

brir e - atenção - compreender a cultura francesa. Não julgar. Não condenar. Não resistir: Entender.

Por vezes, na clínica, percebo que a resistência à aculturação é exatamente dificultada pelo movimento de julgamento: O paciente julga não só a si mesmo, mas também aos outros, e esse lócus pelo qual se enxerga a vida pode afastá-lo de um real e genuíno envolvimento com o local no qual se vive. Vitória decidiu entender. Não concordar.

Não exaltar.

Não seguir religiosamente. Entender.

Em terapia, o movimento de auto-aceitação é muito parecido.

Primeiro a gente se compreende, se entende melhor. Assim então a gente se apropria das partes claras e escuras de nós, e então a gente se aceita, abrindo espaço para uma nova versão de nós.

Vitória finaliza falando sobre a confusão e a impotência sentidas diante da necessidade de estar “em dia” com as duas culturas.

Se sente também perdida ao não compreender piadas locais ligadas à memória coletiva - que Vitória não desenvolveu, pois viveu sua infância e adolescência no Brasil.

Vitória, carregar esses deveres de “estar em dia” pode ser pesado.

Os mecanismos adaptativos descritos por você me parecem funcionar e permitir esse diálogo muito fluente entre os dois 21

envelopes culturais que você carrega. Deixe agora, que essa adaptação te ofereça novos caminhos. Se eles riem da piada, ria de quem você é! Olha que coisa maravilhosa: Você é tão rica que não entende algumas piadas francesas, pois estava construindo parte de você em outro local.

Obrigada pelo seu lindo e sincero depoimento, eu desejo que você se aceite e se ame tanto que não permita que ninguém diminua o ser humano que você é - nem você mesma.

Londres, missa com líderes mulheres e uma cultura própria dentro de si "Meu nome é Laís*, tenho 44 anos e sou brasileira (paranaense).

Vivo em Londres/Inglaterra há 5 anos e me percebi bicultural quando comecei a namorar um inglês, nove meses atrás. Eu me sinto super confortável com a minha identidade, já que as culturas brasileira e inglesa possuem valores complementares.

São raras as ocasiões nas quais eu não sei como me comportar em relação a minha segunda cultura, que é a inglesa. Uma delas é durante as refeições, pois os ingleses têm o costume de viajadamente set • 2021

comer usando o garfo na mão esquerda. Outra situação é a quase igualdade de gênero que existe no país. Ainda estranho a maneira como meu namorado cuida dos filhos e da casa e não precisa da minha ajuda para nada no que diz respeito à funções domésticas.

Essa identidade bicultural tem um impacto muito grande na minha vida religiosa e, consequentemente, no meu psicológico.

Como católica apostólica romana, eu me sinto dividida toda vez que participo de uma missa anglicana, presidida por uma mulher usando batina.

Acho incrível ter uma ministra, mas ao mesmo tempo me sinto envergonhada por admitir isso, já que a Igreja da qual eu faço parte não aceita mulheres como sacerdotes.

*nome fictício.

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A parte boa da identidade bicultural é, sem dúvida, o resultado gastronômico que a união dos hábitos alimentares criou. Churrasco com cider gelada, pão de queijo no afternoon tea (chá da tarde), entre outras misturas exóticas.

A parte mais complicada para mim sempre foi, e continua sendo, o idioma. Falar com a língua entre os dentes é um desafio que eu enfrento diariamente.

Quando fiz terapia para superar um luto, de certa forma, isso também me ajudou a aceitar minha identidade bicultural com mais leveza.

Antes eu me via apenas como uma brasileira morando no exterior. Me faltava o essencial para ser feliz longe da pátria mãe: o sentimento de pertencimento. E para isso eu não preciso deixar de ser brasileira ou me tornar inglesa.

Eu tenho apenas que continuar sendo eu mesma.

dentidade bicultural é mais sobre como o sujeito se percebe e menos sobre a quantidade de anos que ele mora fora. Mesmo com relativamente pouco tempo morando em um país, é possível se sentir bicultural.

Como com Vitória, Laís se reconheceu bicultural através da lente do outro: Foi namorando um britânico que ela se percebeu mais britânica do que imaginava ser até então. Ponto importante citado por Laís foi citado ao longo do nosso artigo: A adaptação comportamental e social. Laís sabe como se comportar e agir em situações que um brasileiro turista em Londres provavelmente não faria com a mesma fluência. Isso é um sinal muito importante da identidade bicultural.

Outro fator comentado é o fato dela misturar comida brasileira com britânica: Parece besteira, mas não é. Esse ato, simbólico, ilustra a harmonia e aceitação das duas culturas em seu ambiente, o que é muito importante para uma vivência saudável da identidade bicultural.

#ComentaPsi: O Laís nos conta além das palavras escritas?

Laís é um belo exemplo de que iviajadamente set • 2021

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Isso, porém, não impede Laís de estranhar situações de igualdade de gênero que encontra em seu novo país. Por vezes, em terapia, precisamos nos acostumar a viver em um ambiente que é bom para nós.

que acolha com carinho as partes claras e escuras de ser quem é.

Espero que você reconheça seu valor, reconheça todos os dias que merece coisas boas, e que as coisas estas sejam acomodadas em você com mais naturalidade e aceitação do que as coisas tristes Um homem autônomo na limpeza e injustas. Obrigada pelo seu da casa e no cuidado com seus lindo depoimento. Um abraço. filhos é bom para as mulheres?

Mulheres alcançando lugares de liderança no mundo religioso é bom para as mulheres? Acredito que a resposta seja sim para quase uma unanimidade de Comentários por: leitores. Por isso, aqui, podemos nos perguntar se esse estranhamento de Laís não esconde uma possível resistência ao ambiente que a valoriza como mulher. Adaptação também toca a autoestima, autoimagem, as crenças do que podemos e devemos ser. Quando isso não é flexibilizado, é possível ter desconforto psicológico.

Por último, Laís compreende o ponto central de uma identidade bicultural através do seu sentimento de “homogeneidade” das duas culturas em si. Laís declara que não precisa negociar sua “brasilidade” ou se tornar inglesa.

Basta se sentir pertencente e continuar sendo ela mesmo.

Gabriella Dantas dos Santos Psicóloga e editora-chefe

Laís, te desejo toda sorte na sua caminhada. Você me parece se apropriar da sua história de uma forma tão bonita e real! Espero

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Atividades

QUESTIONÁRIO: SOU BICULTURAL? RESPONDA ESSE QUESTIONÁRIO E REFLITA SOBRE SUA BICULTURALIDADE!

Eu falo português e a língua do meu país atual.

Eu tenho amigos brasileiros e amigos do meu país atual.

Eu consumo conteúdo (TV, mídias sociais, livros) dos dois países.

Eu tenho alguns valores que somente foram adquiridos no país extrangeiro.

Eu misturo culinária brasileira com a culinária do meu país atual ou às vezes como brasileiro e às vezes como "extrangeiro".

Eu me comporto de formas razoavelmente diferentes no Brasil e no meu país de acolhimento.

Eu troco entre as duas línguas com fluência.

Eu uso palavras dos dois idiomas de forma misturada quando sei que as pessoas vão me compreender.

Eu me identifico com a cultura brasileira e com a minha cultura atual.

Quando as pessoas perguntam minha nacionalidade, eu respondo que sou binacional (ex: franco-brasileira ou américo-brasileira).

Quando vou ao Brasil, me sinto “menos brasileiro” se comparado aos locais.

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QUESTIONÁRIO: SOU BICULTURAL? RESPONDA ESSE QUESTIONÁRIO E REFLITA SOBRE SUA BICULTURALIDADE!

Quando estou no meu segundo país, me sinto mais brasileiro.

Eu posso dizer que sei me comportar de forma socialmente adequada nas duas culturas.

Eu conheço muito bem a cultura do país onde vivo. Às vezes, em casa, parece que tenho uma cultura própria.

Nem brasileira, nem local.

Se você tem maioria de respostas SIM You are provavalmente bicultural! Você vive na pele o que é se sentir pertencente em duas culturas diferentes, as partes bonitas e as partes "estranhas" de ter uma identidade bicultural. Provavelmente já passou (ou está passando) pela fase confusa onde você tenta se encontrar nos dois mundos. Mas hoje, saiba que você é um mundo só! Abrace essa parte de você com carinho, reconhecimento pela sua história e seus ancestrais e sobretudo, viva a biculturalidade de forma saudável e feliz. :)) Se você tem maioria de respostas NÃO Not yet, my friend. Você ainda não se sente bicultural. Pode ser que você ainda não tenha questionado afundo sobre sua nacionalidade e que você se sinta mais brasileiro do que nunca. Se você continuar morando fora, faça o questionário daqui 3 anos e verifique o seu novo eu em movimento. Aliás, vamos já escrever uma carta para o seu eu de 3 anos?

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QUESTIONÁRIO: SOU BICULTURAL? RESPONDA ESSE QUESTIONÁRIO E REFLITA SOBRE SUA BICULTURALIDADE!

Se você tem mais ou menos a mesma quantidade de SIM/NÃO Pode ser que você esteja no caminho para a aquisição da identidade bicultural ou simplesmente demonstrando sinais de adaptação cultural (o que por vezes pode se assemelhar em questão de sinais). Nesse caminho pode-se sentir uma certa confusão, mas não se preocupe, toda transição dá uma sacodida em quem somos e no que pensamos de nós. Seja paciente e compassivo com você mesmo, e o caminho será leve. :))

NÃO ESQUEÇA DE POSTAR SEUS RESULTADOS E MARCAR #REVISTAVIAJADAMENTE E @GABRIELLADANTASPSI NO SEU INSTA! :)

Observação: Este questionário é um instrumento de caráter de senso comum que objetiva facilitar a reflexão pessoal. Ele foi desenvolvido pela autora da revista baseado em leituras e prática clínica e não tem nenhuma validade psicométrica. Este questionário deve ser usado apenas para autoreflexão por parte dos leitores e a autora não autoriza o uso ou difusão dele para nenhuma prática profissional e/ou científica.

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ATIVIDADE 2: CONHECENDO MINHA HISTÓRIA Você conhece bem o sistema familiar de onde você vem?

Seja você um imigrante de primeira geração ou não, conhecer a árvore genealógica de sua família através das gerações pode te revelar coisas importantes para a compreensão do "eu presente". O genograma é um meio de compreensão do sistema que te envolve, um instrumento de compreensão e de descobertas.

Se você fizer terapia, pode sugerir à(ao) sua(seu) psicóloga(o) de verem

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juntos o seu genograma. Ele pode, no contexto psicoterapêutico, ser um instrumento ativo que oferece ao paciente e à psicóloga uma forma de acessar sua representação das relações interpessoais com os diferentes membros da família.

Dessa forma, é possível compreender melhor a representação subjetiva das experiências do paciente, definir melhor as problemáticas relacionais vividas pelo(s) indivíduo(s) Em terapia tanto individual quanto familiar, esse instrumento pode evoluir

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Como construir um genograma?

Para construir um genograma, geralmente peço em terapia para que o paciente realize um processo baseado em "3 Ds": Desenhar: Desinhar o esquema da estrutura familiar; Dizer: Recolher o que você sabe e como é sua relação com cada pessoa; Descobrir: Elaborar sua história familiar.

Pessoa central (você)

Homem

Mulher

Pessoa falecida Esse trabalho é feito colaborativamente com o terapeuta e por vezes demanda um processo de investigação da parte do cliente, mas nada impede que você faça um na sua casa para refletir de forma individual.

Como o intuito do genograma aqui não é necessariamente terapêutico, darei abaixo instruções para você desenhar um genograma simplificado para que você possa desenhar sua árvore na página 29, e também questões para que você possa trabalhar autoconhecimento através da sua árvore.

União/casamento

Separação/divórcio

Vamos lá?

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Rompimento de contato 28

Você também pode adicionar símbolos para sentimentos ou noções que fazem sentido para você. Dê vazão à sua criatividade e conte sua história, que é única!

Exemplo de símbolos extras que você pode adicionar para formar uma árvore genealógica intercultural:

Símbolo do país de origem da pessoa (ou simplesmente uma abreviatura, ex: BR)

Adoção ou tercerização dos cuidados à um membro da família

Exemplo de parte de uma árvore fictícia:

ES

(você também pode desenhar a continuação da família que você imagina ou sonha ter!)

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Aborto

Eu sou uma mulher. Já sofri um aborto.

Tenho dois irmãos: Um homem e uma mulher.

Sou filha de um casal héteroafetivo. Minha mãe é falecida, ela tem uma irmã ainda viva e seu pai, meu avô, também é falecido.

Meu pai está vivo e é filho único, pois teve um irmão biológico que não resistiu, mas isso foi na sua família biológica, de acordo com o que ele me contou. Ele é adotado, filho de dois pais homoafetivos. Um dos meus avôs vem da Espanha.

Rompimento de contato 29

Desenhe aqui o seu genograma! :) Perguntas para se fazer durante a criação da sua árvore genealógica num viés de identidade bicultural: O que eu sinto quando me vejo nesse sistema?

Quais partes de mim eu aprendi a ser com essas pessoas?

Quais valores eu aprendi nesse sistema e que, mesmo após anos morando fora, eu nunca negociei?

Quais valores desse sistema eu nego/quero fazer diferente?

Como eram as vidas dessas pessoas e como elas contribuíram para que eu estivesse aqui, hoje?

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Marina Livio, psicóloga hospitalar "Olá leitores da revista Viajadamente, meu nome é Marina LIVIO, sou psicóloga hospitalar especialista em psicologia da Saúde e em Sociologia das desigualdades. E como vocês, sou imigrante.

Imigrei para à França em 2014 com objetivo de fazer mestrado e ter uma experiência internacional. Atualmente atuo em um hospital público HDN, em um serviço de reeducacao física e funcional com adultos e tambem na função publica territorial.

Trabalhar em instituição pública sempre foi um dos meus objetivos. Mesmo tendo receios e medos, trabalhar com outras nacionalidades me provou que pouco importa sua língua materna e a cultura que voce foi criado, o sofrimento é humano e enquanto profissionais de saúde mental somos capazes de intervir e acolher todo o tipo de expressão de sentimento e sofrimento.

Quando me perguntam como é ser psicologa brasileira na França, digo sempre que no meu quotidiano minha nacionalidade não importa.

Na minha équipe multiprofissional eu sou a

especialista da santé mental. E ponto. Faço antendimento clínico breve, individual ou familiar, consultas multiprofissionais com a neuropsicóloga de psicoeducação e participo de reuniões multiprofissionais. O lugar da psicologia nos hospitais existe, mas ainda temos muita estrada na desmistificação da psicologia e na valorização da saúde mental.

Divido reflexões, experiências e um pouco do que é a vida de uma psicóloga imigrante na França no meu instagram. O objetivo é compartilhar. A imigração pode ser muito solitária e repleta de questionamentos. As redes sociais podem sim ser utilizadas para melhorar e facilitar a vida dos imigrantes."

Clique aqui para acessar o instagram da Marina

O sentimento de estar fora. lustrado.

Se você gosta de ler sobre imigração e cultura, e além disso ilustradas de forma simples e profunda, você vai amar a página da Brunna! Brunna é socióloga, mestra em Imigração e Cultura e aprendiz de ilustradora. Ela compartilha no seu instagram reflexões sobre a vida fora do Brasil e sobre as transformações internas que esta gera. Seus desenhos e textos são sensíveis, realistas e podem te ajudar no seu processo de autoconhecimento. Se você quer dar uma conferida, clique aqui. viajadamente set • 2021

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Verdadeiro ou falso?

Você está antenado nas aleatórias • C curiosidades ARTE DU D É J E U N Edos R •países? Confira aqui observações que seguidores fizeram dos respectivos países onde moram e conte quantos pontos você fará (mas não vale olhar no Google)! Se você segue meu stories, vai tirar de letra!

Na Croácia, no verão eles comem Clodnik, uma sopa quente à base de pepino e tomate. 5 pontos.

Em vários países europeus, come-se ovos cozidos coloridos na Páscoa. 2 pontos.

Na Alemanha, eles comem majoritariamente pipoca doce. 3 pontos.

Em Malta, os fogos artificiais são proibídos. 2 pontos.

Na Bélgica, come-se pão com manteiga e granulado de chocolate. 7 pontos.

Na Holanda, toma-se no almoço um leite doce chamado karnemelk. 6 pontos.

Quantos pontos você fez?

/25

Respostas: A - Falso. A sopa se chama clodnik, mas é uma sopa fria ou gelada preparada à base de legumes e/ou frutas misturadas. Dá vontade de provar?

B - Verdadeiro. De onde vem essa tradição? Pesquise e me conte, por favor.

C - Verdadeiro. Confirmei com uma segunda fonte.

D - Falso. Em Malta, os fogos artificiais não só são autorizados como incentivados! Uma seguidora nos contou que lá eles adoram soltar fogos pra tudo! Ainda bem que não moro lá, imagina fazer terapia online e o vizinho soltando fogos pois foi vacinado contra o covid!

E - Verdadeiro. Eu sinceramente não tenho o que comentar aqui pois psicóloga não pode julgar. Descanse em paz, pão com ovo.

F - Sim, toma-se karnemelk no almoço, mas uma seguidora nos contou que esse leite é azedo. Ficou tentado?

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