E-book - Autoconhecimento (Ago/2021)

Viajadamente A revista de saúde mental para imigrantes

Artigo exclusivo

3 exercícios para autoconhecimento

VOL. 1 • ED. 1 AGOSTO 2021 • €0

3 depoimentos inéditos

Aqui você está.

Estrangeiro demais para o primeiro lar.

Estrangeiro demais para aqui, agora.

Suficiente para quem?

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como das potencialidades e dificuldades cognitivas, emocionais e comportamentais que a experiência migratória gera no sujeito.

E isso nem sempre é simples por dois motivos principais: (a) Os processos migratórios internacionais humanos em números substanciais são relativamente recentes e (b) nem todo mundo compreende a linguagem utilizada na literatura psicológica.

Por isso por muito tempo refleti em algo que pudesse popularizar a psicologia (sobretudo a psicologia intercultural, da orientação e clínica) de forma profissional e rica, mas ao mesmo tempo prática e leve.

E foi assim que surgiu a Viajadamente.

Feliz em te ver na nossa primeira edição!

Muito prazer! Eu sou a Gabriella, moro na França e sou psicóloga para brasileiras(os/es) imigrantes. Gostaria de te dar as boas vindas na nossa edição de lançamento, que é muito especial!

Para te situar: A Viajadamente é uma revista mensal de saúde mental para brasileiras e brasileiros morando fora que tem como objetivos informar, fortalecer uma comunidade de imigrantes e facilitar o acesso à prevenção em saúde mental para imigrantes de todo o mundo.

Falar sobre saúde mental de imigrantes é falar sobre os efeitos do novo contexto social, climático e legal no bem-estar, assim viajadamente ago • 2021

É um prazer enorme contar com você nesta primeira edição! Ela é muito especial para mim, pois por muito tempo eu desejei no meu coração lançá-la com vocês e para vocês.

Eu espero que os conteúdos aos quais você terá acesso irão acrescentar na sua experiência de viver fora.

Eu sugiro que você escolha um momento calmo para lê-la, e transforme a leitura numa atividade de autocuidado! Espero que desfrute da nossa edição primogênita!

GABRIELLA DANTAS DOS SANTOS

Psicóloga e editora-chefe

ASSINATURAS Assine online para receber as edições todo mês no seu e-mail clicando aqui!

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Nesta edição 04

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ARTI GO - QUANDO A VI AGEM É I NTERNA...

RÚBRI CA CULTURAL

NOVI DADES + PRÓXI MO TEMA

Apontamentos sobre o processo de autoconhecimento facilitado pela experiência de imigração

Dica de um lindo filme sobre imigração e autoconhecimento

Anote em sua agenda as novidades do mês e descubra com exclusividade o tema da próxima edição.

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DEPOI MENTOS

ATI VI DADES

SE LI GA!

Confira aqui 3 perspectivas pessoais (e emocionantes!) dos leitores sobre morar fora e autoconhecimento.

3 atividades para você praticar autoconhecimento de forma simples e prática.

Acompanhe páginas que abordam a temática de imigração e conheça o quadro #psispelomundo

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QUANDO A VIAGEM É INTERNA . . .

Construir uma vida melhor, se distanciar de um sistema percebido como nãosaudável, buscar algo que falta em sua experiência de vida ou em si mesmo, ter mais liberdade, viver novas histórias, aprender um novo idioma… Independente das infinitas possibilidades - conscientes ou não - pelas quais um indivíduo emigra do Brasil, uma coisa é certa: A realização desse “desejo pelo que há fora” aumenta o nosso campo de existência, nos permitindo explorar novas possibilidades em nós mesmos.

Morar fora é definitivamente um tempo rico de descobertas que pode nos surpreender. Nos surpreender no sentido completo da palavra. Com isso, quero dizer que essa surpresa pode ser percebida como leve, boa, bonita, estável, mas também como árdua, estranha, pesada, desafiadora. Até porque imigrar não é só metamorfose, se liberar e se renovar.

O processo migratório na prática e burocracia é desafiador, mas o processo interno - ah, esse forma com certeza a viagem mais incrível. Incrível pois viver em outro país nos permite nos conectarmos com outras partes de nós mesmos, descobrindo desejos, riquezas, possibilidades, planos…

Pois é, tudo aquilo que pesa no nosso coração não fica no Brasil como num passo de mágica. Pelo contrário: Num novo ambiente, isso pode ser ainda mais acentuado, surgindo de forma ainda mais intensa e dolorosa. Diante desse intenso processo, nos resta olhar para um único lugar: Dentro. Olhar para aquela pessoa que já não é mais a mesma, mas também não é alguém 100% diferente.

Imigrar também é ter que enfrentar seus fantasmas.

Depois de um tempo fora, já se obtém sinais muito visíveis da nova pessoa que somos: Novas expressões, uma nova língua, uma nova tatuagem, um estranhamento ao perceber com novos olhares partes da nossa cultura primária que agora nos parecem estranhas, excên viajadamente ago • 2021

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Heloísa e Fernando* Nos atentemos ao caso de Heloísa.

Professora de química, ela decide se mudar para os Estados Unidos com seu esposo, que vai realizar uma formação numa base militar americana. Suas primeiras semanas de adaptação são muito duras.

Ela precisa melhorar seu inglês, se adaptar a uma cidade completamente desconhecida, a um clima diferente, e sobretudo, ela deve desenvolver laços com colegas internacionais da base e fora. Ela tem várias crises de ansiedade, recebe tratamento médico para atenuar os sintomas e começa um acompanhamento psicológico.

Ela se descreve como super desconfortável com as novas relações sociais, diz que "ou nunca sabe o que dizer" ou é "direta demais". Ela pensa em retornar ao Brasil antes do esposo, pois se sente incapaz de viver esse desafio. Porém, achando suporte na relação que desenvolve na terapia e aos poucos realizando testes comportamentais e confiando mais em pessoas que conheceu em ambientes seguros para ela, Heloísa acaba descobrindo parte dela que nunca tinha conhecido antes. viajadamente ago • 2021

Ela agora é capaz de se integrar em um grupo, e até mesmo inicia uma atividade de ensino do português. Ela descobre que ser capaz de socializar não significa querer estar em contatos sociais de forma permanente e incessante. Percebe que ela naturalmente favorece relações profundas e que seus momentos de solidão não são uma fraqueza, mas sim uma necessidade pessoal a ser respeitada.

Heloísa precisou movimentar parte de si que não conhecia para favorecer a adaptação ao novo país. Muitos imigrantes precisam. Em terapia, por vezes percebemos no sujeito imigrante um tempo rico em descobertas que lhe permite ser surpreendido por si mesmo.

dão e soli d s o t Momen mente a i r a s s e ão nec im não s mas s , a z e raqu l uma f pessoa e d a d ecessi uma n ada. respeit r e s a

Este movimento interno por vezes causa surpresa quando o sujeito responde as perguntas realizadas na sessão e coloca sua história de vida em perspectiva. Não só em terapia, mas também no caráter de “emergência de autoconhecimento” que a experiência de imigração traz por si só.

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*personagens fictícios inspirados em estudos de caso literários

tricas, estrangeiras… Opa! Estrangeiras?

Elementos do meu próprio país? Péra…

Quem sou eu agora? Onde me situo entre essa nova liberdade e esse “estrangeirismo” percebido?

A experiência de imigração traz por si só um caráter emergencial de autoconhecimento.

Vejamos agora o exemplo de Fernando, morando em Portugal há 2 anos. Fernando declara com amargura que ele “AINDA não é líder em nenhum grupo”. Ele se sente “transparente como se estivesse na segunda série”. Ele vive a mesma dificuldade em seu trabalho, duvida de suas competências, se compara com os colegas locais e raramente se sente satisfeito com o trabalho que realiza.

Não vai. E digo mais:

Essas experiências podem ser vividas por Fernando de forma muito dolorosa, e claro, ampliadas pela falta de uma rede de apoio sólida, pela diferença cultural e sua frustração e alta cobrança consigo mesmo.

Fernando se sente deprimido e desesperançoso diante do que tem vivido.

Entretanto, esses sentimentos podem estar solicitando de Fernando uma melhor aceitação de si mesmo. De sua condição atual. Do que vive no momento presente.

Muitas vezes estamos prestando tanta atenção nos nossos objetivos - falar um novo idioma perfeitamente, ser líder, ser reconhecido, ganhar X quantidade de dinheiro, ter um trabalho perfeito - que ficamos perdidos na própria superficialidade desses desejos. Não que não sejam objetivos importantes. São. Mas se revelam superficiais pois por vezes estão desconectados de quem realmente somos, de quem estamos nos tornando e do que realmente precisamos em dado momento.

Por vezes, o que é feito é o movimento contrário. Vê-se o sujeito imigrante se colocando em uma situação de fuga incessante de suas próprias falhas com a esperança irracional de que um dia, ele irá se tornar uma outra pessoa. viajadamente ago • 2021

ENQUANTO NÃO SE ACEITA QUEM SE É HOJE, NÃO É POSSÍVEL SE TORNAR VERDADEIRAMENTE QUEM DESEJA-SE SER AMANHÃ.

Por isso, nessa etapa, nos colocamos frequentemente no porquê desse movimento migratório para o sujeito. O que se está verdadeiramente buscando ao

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imigrar em um novo país? No seu novo local de trabalho? Na sua nova cidade?

Foge-se de que exatamente? Para onde?

Por quê?

Essas são questões frequentemente abordadas em terapia, mas a experiência imigratória por si só já desperta um movimento de introspecção que é favore -

cido pelas novas experiências e novas novas relações - ou a falta delas.

delas. Ativam-se recursos para lidar com momentos difíceis que a experiência no novo país pode oferecer. Aprende-se outras formas de lidar com suas emoções, com as pessoas e as situações de desafio.

Alargar esse campo de possibilidades permite ao sujeito de se distanciar cada vez mais do papel de vitimista (onde ele percebe pouquíssimo ou nenhum controle sobre sua vida).

Em terapia, esse movimento é favorecido através de um questionamento profundo sobre nossas emoções, nossas conclusões, nossos objetivos, nós mesmos: O sujeito olha a si mesmo, os outros e o mundo através de uma(s) nova(s) ótica(s) e aprende pouco a pouco a flexibilizar pensamentos e sentimentos que podem fazê-lo sofrer.

Essa flexibilidade cognitiva que é adquirida concede ao sujeito imigrante mais autonomia sobre sua própria experiência de vida. Sentimentos e pensamentos desagradáveis começam a ser vistos não como única opção, mas uma viajadamente ago • 2021

Assim, o imigrante se vê cada vez mais gestor de sua própria existência, gerando alívio a si mesmo e dando sentido à sua experiência atual.

E o mundo? Continua o mesmo.

10 formas de autoconhecimento 7

Mas afinal, o que é se autoconhecer? Poderíamos dizer que este é um assunto infinito, então vamos de TOP 10 afim de nos atentarmos no essencial do autoconhecimento : Conhecer suas competências Parece simples, mas não é. Já percebeu como pode ser difícil responder quais são nossas competências? Por vezes nos subestimamos e temos dificuldade em reconhecer coisas que fazemos bem, especialmente se nos cobramos demais. Ao imigrar, essa autocobrança disfuncional pode se acentuar ainda mais, visto que podemos ter a impressão de que nossas competências (profissionais ou pessoais) não serão úteis no novo país. Mas elas são, e muito. Reconhecer nossos pontos fortes deveria ser tão fácil como reconhecer nossos defeitos, pois isso nos permite explorar nosso potencial e assim nos sentirmos úteis, ajudando a atribuir sentido à experiência de imigrante. Um outro efeito importante de compreender nossas competências é que conseguimos ter mais segurança nas relações sociais e de trabalho, além de nos livrarmos da injusta armadilha de se comparar com o outro.

Conhecer suas qualidades pessoais Você sabe quais são as suas qualidades como ser humano? Como amiga(o), como filha(o), como irmã(o), como namorada(o), esposa(o)? Se a resposta estiver mais para não, é hora de refletir! Conhecer suas qualidades pessoais é imprescindível para manter relações saudáveis e para que as pessoas ao seu redor também compreendam sua forma de ser, existir e amar, evitando conflitos. Se você tem cons viajadamente ago • 2021

ciência de suas qualidades pessoais, sabe que elas irão com você onde quer que você esteja. Sabe que você não perde o valor porque mudou de país e que pode usar essas qualidades para criar uma nova rede de apoio no seu próximo destino. Você gosta de humor? Entre para um club de stand up no novo país! Você é altruísta?

Busque uma associação de ajuda ao próximo na sua cidade! E assim por diante.

Conhecer seus pontos de melhoria Tão importante quanto conhecer suas qualidades é saber os seus pontos de melhoria. O que eu percebo na prática clínica é que não há maiores dificuldades dos clientes em reconhecer seus pontos de melhoria. Que bom. Geralmente é assim que a pessoa chega na terapia: Tem algo a mudar, um verdadeiro desejo de tornar-se uma melhor versão de si mesmo, de se desfazer de sentimentos que doem na alma.

Ter consciência plena dos seus “defeitos” (leia-se: uma qualidade humana que te in 8

comoda e/ou incomoda os outros) é uma competência importante para manutenção das relações sociais e para o desenvolvimento pessoal.

Porém, atenção: Não caia no ciclo de autocondenação! Um ponto importante aqui é compreender que é preciso ter autocompaixão. Você escolheu ter defeitos ou eles foram resultados da sua história, da sua vida? Você é intencionalmente estressada(o), ansiosa(o) ou essas são emoções espontâneas? Se não é intencional, então por que se condenar? Quanto mais cedo você reconhecer que vem oferecendo o que tem condições, melhor.

Conhecer seus limites Limites. O significado que essa palavra carrega pode ser confuso quando mudamos para o novo país. Por vezes, no desespero de se fazer novos amigos, não se sentir só, colocamos nossos próprios limites de lado.

Como? Ao fazer coisas que não queremos para agradar outros. Ao nos relacionarmos com pessoas que não necessariamente apreciamos por medo de estar só. Ao deixar passar uma brincadeirinha xenofóbica por medo de ser chata(o) ou desagradar o outro. Ao deixar que pessoas se intrometam em escolhas que competem só a nós. E a lista é longa.

Conhecer seus limites e impor seus limites viajadamente ago • 2021

com educação também é importante na experiência migratória. Chegaria a dizer que é imprescindível. Por isso, se você nunca parou para pensar nos seus, a hora é agora!

Conhecer suas feridas e mágoas Se conhecer é ter sensibilidade em sentir aquilo que te incomoda. Imagine que um objeto muito pesado caia no teu pé. Se você resolver ignorar a dor e trabalhar o dia inteiro, pode olhar para baixo ao fim do dia e encontrar um pé roxo e muito doloroso.

Se você escuta sua dor o mais rápido que der, já vai logo colocando um gelo para atenuar possíveis pioras, ou irá ao médico para cuidar direitinho do seu pé. Com as emoções, acontece de forma parecida.

Ignorar uma dor não quer dizer que ela vai embora. Só quer dizer que você está adiando o trabalho que ela precisa fazer.

É necessário acolher nossas feridas da alma, mesmo que elas não sejam tão palpáveis quanto um pé.

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Isso não é simples, pois tendemos a reprimir ou colocar de lado os sentimentos e emoções que consideramos “negativos”.

Essa tomada de consciência às vezes não acontece somente com autorreflexão, mas é facilitada no processo terapêutico.

Conhecer suas preferências Saber o que você gosta e quer está intimamente ligado à colocar limites. Isso não acontece de um dia para o outro. Aliás, nenhum dos aspectos mencionados acontecem de um dia para o outro. Tudo é um processo. E saber o que você gosta é uma consequência de saber quem você é.

Conhecer suas preferências e defendê-las vai te permitir afirmar quem você é com carinho e assertividade a fim de moldar as novas experiências no novo país de acordo com seus valores, de acordo com coisas que são importantes para você, ajudando na adaptação cultural.

Conhecer seus sonhos, objetivos e desejos

A espontaneidade dos acontecimentos da vida do imigrante podem tornar essa parte um pouco delicada. De um lado, mais do que nunca as coisas não estão no nosso controle. De outro lado, sonhos e objetivos por vezes são o que nos permite acordar todo dia e enfrentar a rotina com esperança Na experiência migratória, você vai e sentido. perceber a necessidade de desenvolver novas preferências. Encontrar novos Não precisa ter sua vida traçada. Até hobbies, novas pessoas, novos estilos porque seria um pesadelo ter que viver um musicais, e assim por diante. É aí que está o script numa vida que nos taca imprevistos segredo: Você não precisa negociar todas todos os dias. Porém, conhecer seus as suas preferências antigas ao ponto de se objetivos é um aspecto importante do sentir perdida(o). Ter novas preferências autoconhecimento, pois está ligado com não deve necessariamente ser sinônimo de propósito. Por quê você faz o que faz? Para deixar de ser quem você é. quem você faz o que faz? Como você se sente quando faz algo do qual se orgulha?

Você pode começar a gostar de raclette sem Quando risca uma meta do dia, da semana, negociar o arroz com salada e bife. Você do mês, do ano? pode fazer novas amizades e isso não significa que você perdeu os novos amigos.

Se você não conhece os seus A vida não é feita de 8 ou 80, há muitos números além dessas duas opções desejos, comece anotando o que extremas. você não quer!

Como ouvi uma vez: Entre o ideal e o real, a gente faz o que dá conta. viajadamente ago • 2021

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Reconhecer suas conquistas Morar fora é ter planos. Reconhecer diploma, refazer uma faculdade, ter fluência no idioma, fazer amigos, viajar, formar uma família, ter X salário, etc. As possibilidades são imensas num novo país, não é mesmo?

Embora sonhar e traçar objetivos de trabalho para alcançar esses sonhos seja louvável, não podemos esquecer de tudo que fizemos até aqui.

Muitas vezes focamos muito em tudo o que temos para alcançar, para realizar, e sobretudo no que ainda não temos ou não realizamos. Esquecemos de olhar para trás e simplesmente ser gratas(os), agradecer por ter dado conta até aqui, reconhecer todo o caminho percorrido.

Olhe para trás, para quando estava planejando sua viagem, sonhando com um novo país… O que você sabe agora que não sabia então? Como você agia antes e quais são as formas como você age agora que você tem orgulho? Onde você chegou hoje?

Não precisa ter chegado à presidência.

Reconheça os seus esforços, os seus pequenos e grandes resultados! Isso vai te ajudar a trabalhar a autoconfiança, autoestima e te deixar orgulhosa(o) da sua própria história. Não tem coisa mais bonita para admirar do que as coisas da vida que transformamos em beleza.

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Conhecer suas emoções

Conhecer suas reações

Conhecer suas reações emocionais é ter sensibilidade ao que acontece dentro de si. É saber se aquele aperto no coração é ansiedade, raiva, tristeza, frustração, felicidade, medo. É se permitir sentir sem julgamentos.

Tão importante quanto conhecer as nossas emoções é conhecer como tendemos a reagir a elas. Você age de forma saudável quando sente emoções percebidas como negativas? Se alguém te tratar de uma forma hostil no novo país, qual é a sua reação habitual? Depende? E se depende, depende de quê?

A vida fora do Brasil não nos prepara para isso. Ao contrário: Ao viver fora, por vezes precisamos aprender a ser fortes. Aguentar os trancos sem ter que preocupar a família e amigos no Brasil. Morar fora é literalmente o momento no qual o filho chora e a mãe não vê. Parte disso porque o filho acha que tem que ser forte o tempo inteiro, não é mesmo?

Mas têm-se uma concepção bem distorcida de “forte”. Pois o forte por vezes adoece.

Por vezes explode. Por vezes passa por crises. Por vezes somatiza. Por vezes não dá conta de suas emoções e entra frequentemente em conflitos. Internos e com os outros.

Conhecer as nossas emoções é o que nos permite compreender como nós percebemos o que acontece ao nosso redor e sobretudo dentro de nós. E por que é importante se conhecer? Pois somente conhecendo nossas emoções, podemos acolhê-las saudavelmente e agir de forma reflexiva a algo que nos perturba. Exemplo: Quando você conhece de perto sua raiva e ao que ela é atribuída, ela não manda em você. Você pode então escolher entre reagir impulsivamente ou AGIR de forma reflexiva. viajadamente ago • 2021

Tomar consciência de suas reações típicas te permite refletir se essas reações estão sendo construtivas ou não na sua vida fora.

Por exemplo: Se você chega num novo país, começa a morar com pessoas desconhecidas e está triste diante da dificuldade de fazer novos amigos, o que você tende a fazer com o incômodo gerado?

Ceder a ele, colocar Marília Mendonça para tocar e ligar para sua família para dizer o quanto sua experiência fora está sendo horrível ou deixar de lado essa vontade inerente de se colocar no fundo do poço e agir para criar dias melhores?

Conheça suas reações e não terá que ser escrava(o) delas.

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Saber o que é autoconhecimento não quer necessariamente dizer que a gente se conhece. Mas se você chegou a ler até aqui, isso já é um ótimo sinal de interesse.

Se conhecer é um processo diário e demanda coragem. Por vezes, se conhecer é desconfortável, pois precisamos nos olhar sem julgamento, e se olhar sem julgamento quer dizer ser sincero consigo, reconhecer as partes escuras de si.

Por isso, se você decidir entrar nessa jornada de autoconhecimento (que, como dito antes, é por vezes imposta pela própria condição de imigrar), não esqueça de ser gentil consigo mesma(o), se divertir nesse processo, ir para o caminho do perdão e não da autocondenação. Escolher a aceitação ao invés do rancor e da autosabotagem.

E lembre-se sempre que você é um ser humano incrível e de valor, mesmo que não se sinta assim nos dias difíceis.

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RÚBRICA CULTURAL Broolkyn (2015) O filme se passa nos anos 50 e conta a história de expatriação de Eilis Lacey, uma jovem irlandesa que se muda para New York a fim de buscar uma vida melhor.

Atraída pelo “sonho americano”, Eilis deixa a Irlanda e o conforto da casa de sua mãe para descobrir um novo mundo. O filme mostra como Eilis vive o choque cultural, a saudade de casa, um amor internacional, o novo emprego e a nova vida na metrópole americana.

O que ela não contava viver é uma notícia inesperada que faz com que ela decida voltar para seu país por um tempo. Quando volta, Eilis nota que a

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sua cidade-natal não é mais a mesma e que esta oferece oportunidades que outrora não tinha.

Diante disso, Eilis é perturbada por seu passado e deve escolher entre dois países e as vidas ligadas a eles.

O ponto forte desse filme é que ele relata de forma muito real os altos e baixos da vida do imigrante, tais como choque cultural, ter que negociar a distância da família, aproveitar as novas oportunidades, receber notícias difíceis estando longe ou se apaixonar por alguém de outra cultura.

Para assistir ao trailer, clique aqui (mas se você gosta de suspense, tome cuidado, pois o trailer detalha muito o filme).

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Você vai sentir tanta saudade de casa que você vai querer morrer. E não há nada que você possa fazer sobre isso além de suportar. Mas você vai suportar, e isso não vai te matar.

BROOKLYN (2015)

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Novidades

05 agosto

-

agosto

20 agosto

Site no ar!

O meu site foi lançado e nele você encontra um pouco mais sobre o meu trabalho, além de materiais que serão inseridos, blog, link para assinatura da revista e muito mais! Para acessar, clique aqui.

Minha história de imigração Neste vídeo IGTV, que já está disponível, eu conto como vim para a França em fevereiro de 2018 com pouquíssimo dinheiro e sem nenhum euro para contar história. Para assistir, clique aqui.

Blog: Como se tornar psicóloga(o) na França?

Meu primeiro artigo no meu blog irá sair no dia 20 de agosto. Se você quer saber o que é necessário para se tornar psicóloga(o) na França, leia o post a partir do dia 20 de agosto aqui.

Tema do próximo mês: Identidade bicultural Se você quiser enviar seu depoimento anonimamente, envie um email para viajadamente.contato@gmail.com até dia 10 de agosto

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DEPOIMENTOS Altos, baixos e uma bela transformação...

"Me chamo Jamilly, tenho 33 anos e moro na provincia do Québec há 9 anos. En 2011, conheci meu marido que é canadense e entre idas e vindas ao Canadá, decidimos nos casar em 2014. Eu realmente não pensei muito bem no que estava fazendo. As coisas foram somente acontecendo e fui deixando-me levar pelo novo e desconhecido. A adaptação não foi fácil, sobretudo com relação ao clima invernal que é longo e bastante frio. Felizmente, já falava francês, o que me ajudou bastante nesse processo. No entanto, com o recuo depois de vários anos por aqui, posso fazer um “bilan” (relatório) de todo esse processo.

De maneira geral, eu me sinto muito mais confiante, segura das minhas ações e com certeza mais madura.

Logo quando cheguei, tive que me habituar com alguns aspectos culturais do Québec, moro em uma região distante com seus hábitos próprios, cidade pequena, todo mundo se conhece, enfim. Eu só me dei conta que devia mudar quando tive uma discussão com o meu marido, ele me disse que estava me fechando, ficando isolada.

Foi a partir desse momento que decidi que assim como os outros estavam abertos pra mim, eu também deveria fazer o mesmo, ou seja, me esforçar para fazer parte desse mundo que estava vivendo. Com o passar do tempo eu me descobri como uma pessoa ativa que adora a natureza, caminhar, fazer “randonnée” (trilha). Eu entrei em sintonia com a natureza que para mim é o essencial.

De maneira geral, eu me sinto muito mais confiante, segura das minhas ações e com certeza mais madura.

Viajar muda nossa maneira de pensar, morar em outro país te faz evoluir ainda mais como ser humano. Eu me sinto dividida entre duas culturas, eu tento me apropriar do melhor (e do pior :) ) que existe entre as duas, realmente é uma sensação muito estranha.

Eu não me sinto melhor que ninguém, mas posso afirmar que sou uma melhor pessoa com relação a Jamilly que chegou na Gaspésie no verão de 2012."

Jamilly Vieira Nogueira (Canadá - Province du Québec) viajadamente ago • 2021

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Quando a jornada não é o que se espera...

"Olá, eu me chamo Alexandre Rosa, Brasileiro de Belém-Pa, 29 anos e moro atualmente em Toulouse-França. Eu sempre sonhei e idealizei em morar fora do Brasil, quando eu era pequeno, gastava tempo pensando nessa possibilidade, mesmo que fosse bem longe da minha realidade naquela época. Quando cheguei na França, ja esperava que as coisas seriam dificeis (principalmente a lingua) mas nunca imaginei que o choque cultural fosse me impactar tanto.

Eu esperava estudar bastante, fazer amigos e me adaptar facilmente, afinal eu sempre fui muito comunicativo.

Todavia no decorrer dos meses não foi o que ocorreu e isso me desestabilizou. O processo de auto-conhecimento é unico e durante esse periodo eu comecei a me questionar o porque de determinados sentimentos/reações e o porque de ter decidido vir morar fora. Quando cheguei na França eu sentia muitas saudades de Belém e sempre reclamava de tudo relacionado a cidade onde eu moro.

Dizia pros 4 ventos que eu queria voltar.

Após 2 anos, a saudade continua mas ela se transformou e eu passei a olhar com outros olhos para Toulouse; passei a ter meus proprios habitos e quando percebi meu coração ja estava dividido entre Belém e Toulouse.

Creio que durante esse periodo de redescoberta, o “click” inicial para a viajadamente de mudanças veio no dia necessidade ago • 2021

a dia, no mestrado e com a necessidade de estabelecer novos vinculos.

Não saberia ao certo se as pessoas ao meu redor perceberam a minha mudança mas acredito que o periodo de estresse do mestrado, as crises de ansiedade e os famosos momentos de questionamentos sobre a minha capacidade foram um ponto crucial para perceber que eu precisava cuidar mais de mim. De maneira global aprendi que eu sou sim capaz de realizar qualquer projeto que eu tenha interesse e que sair da zona de conforto é primordial.

Acredito que esse tempo morando fora me permitiu evoluir enquanto pessoa, redescobrir pontos fortes, fracos e trabalha-los. Acredito que esse processo de autoconhecimento é uma etapa dolorida e de medos mas extremamente necessária.

O Alexandre que embarcou no Brasil definitivamente nao é o mesmo Alexandre que está escrevendo. O antigo Alexandre era um sonhador sem avaliar bem a realidade na qual ele estava inserido, sem estabelecer estratégias para realiza os objetivos e era um pouco mais sensivel as criticas.

O Alexandre atual é mais estratégico, mais maduro e mais seguro. A terapia sempre me ajudou, mas desde que me mudei para a França, eu parei! Acredito que o fato de ter um psicologo brasileiro inserido no mesmo contexto que eu, me ajudaria, e até o presente momento não havia encontrado alguém em que eu pudesse estabelecer essa confiança, mas a necessidade é real."

Alexandre, morando em Toulouse há 2 18 anos e meio.

Um mergulho em si mesma Olá, viajantes! Me chamo Luciana Paiva, sou psicóloga, tenho 34 anos e moro na França, na região dos Alpes Franceses. Eu sou uma amante de viagens e preciso dizer que essa paixão nasceu em 2011, quando eu saí do país pela primeira vez, após concluir minha graduação. O destino foi Vancouver no Canadá. Lembro que o que me motivou a fazer intercâmbio foi a vontade de adquirir independência e autonomia, queria crescer e aprender a me virar sozinha.

colocou em um lugar de passividade e observação. Queria entender a cultura e costumes, me cobrava para evoluir no idioma e sentia que tinha que ser legal com todos o tempo todo.

E assim fui vivendo, até 2020 chegar trazendo uma pandemia, a perda do meu primeiro amigo francês e um câncer na família, tudo assim, ao mesmo tempo.

Todo o estresse causado por essa situação me fez fazer algo que queria fazer a muito tempo, mas vinha adiando, procurar terapia. E essa foi a minha melhor escolha.

Além de me ajudar a gerir todas as emoções causadas pelas situações que citei, me ajudou a perceber que estava priorizando os outros e não a mim mesma, principalmente nas minhas relações aqui na França.

Foi uma experiência muito mais profunda do que poderia imaginar, um mergulho em mim mesma. Conhecer uma cultura completamente diferente da minha e mesmo diferenças da nossa cultura com os colegas brasileiros de diferentes regiões do país, ficar longe da minha família e amigos, ver diferentes relações de amizade e aprender um novo idioma, me fizeram Depois da terapia consegui deixar esse compreender o mundo de uma outra lugar de passividade e priorizar os meus forma. desejos e anseios independente das outras pessoas, e assim me relacionar de forma E desde então, comecei a viajar sempre mais transparente e me levando em que podia. Foi quando em 2017 em uma consideração. viagem de um mês à África do Sul conheci o meu noivo francês. Depois de um ano e Não pense você que foi fácil, mudanças meio de namoro a distância decidimos trazem desconforto e podem ser dolorosas morar juntos e optamos pela França. às vezes, nesse caso foi. Mas hoje exponho Me lancei no desafio de sair do meu minhas opiniões e “corto” na hora emprego de mais de dois anos e viver esse piadinhas cheias de estereótipos e amor, mesmo sem falar francês. comentários maldosos. Mostro o meu desconforto quando sinto e aceito melhor Muitos foram os desafios no começo: o as diferenças de referências e pontos de idioma, diferenças culturais, as diferenças vista devidos a cultura. relacionais a recolocação profissional e a saudade de casa. Toda essa situação me Luciana, morando na França há 2 anos e 10 meses. viajadamente ago • 2021

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Atividades

PLANO DE APLICABILIDADE DAS MINHAS FORÇAS

As pessoas que (re)conhecem seus pontos fortes tendem a ter uma autoestima mais elevada, melhor humor e menos estresse. Essas são habilidades de vida que qualquer imigrante faz um ótimo uso, não é mesmo? É pensando nisso que trouxe as atividades desse mês. A seguir, você vai encontrar uma sequência de três atividades. Elas possuem dois objetivos principais: (a) Te ajudar a identificar seus pontos fortes e (b) colocá-los em ação a fim de facilitar sua experiência migratória. É importante que você

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ATIVIDADE 3-EM-1

faça a atividade na sequência apresentada, pois elas seguem uma lógica. Com essas atividades, você criará um plano para usar seus pontos fortes todos os dias, durante uma semana. Num novo país, pode ser que você utilize seus pontos fortes de maneiras novas.

A ideia principal é usar seus pontos fortes de forma intencional, consciente. Assim, você não vai precisar depender do hábito ou de uma oportunidade para utilizá-los, pois você mesmo vai criar essas ocasiões. Vamos lá?

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Atividade 1 Circule 3 das suas qualidades/competências principais. Caso não esteja na lista, escreva-as. Se você tiver dificuldade, pergunte aos seus amigos de confiança e familiares o que eles acham.

Curiosidade

Criatividade

Amor por aprender

Afetividade

Honestidade

Gentileza

Perdão

Liderança

Humildade

Bom humor

Otimismo

Espiritualidade

Apreciação do momento

Persistência

Gratidão

Autocontrole

Coragem

Flexibilidade

Comunicação

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Atividade 2 Na próxima semana, escreva um pequeno plano estratégico para usar seus pontos fortes. Use o quadro a seguir:

DIAS

PONTOS FORTES

PLANOS

EXEMPLO 1

Curiosidade

Convidarei Glória para assistir um documentário sobre a França comigo e em seguida discutiremos sobre.

EXEMPLO 2

Gentileza

Irei levar café da manhã para minha equipe (até para a chata da Marie).

DIA 1

DIA 2

DIA 3

DIA 4

DIA 5

DIA 6

DIA 7

viajadamente ago • 2021

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Atividade 3 No fim da sua semana, tome um tempo para você. Sem celular. Sem interrupções. Só você e a sua tabelinha.

Durante alguns minutos, tome um tempo para conversar consigo mesma(o) sem julgamentos.

Responda as perguntas a seguir: Como eu me senti durante essa semana?

viajadamente ago • 2021

Quais sentimentos e sensações eu quero experienciar mais vezes?

Como eu irei tornar isso possível através de ações intencionais?

Sinta-se à vontade para realizar a atividade mais vezes. Você também pode realizar variações dela, por exemplo escrever qualidades que você gostaria de desenvolver melhor, o que te motiva e as recompensas que você (e outros) terá ao fazer isso.

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Daniele Ribeiro

Olá leitores da revista Viajadamente, meu nome é Daniele Ribeiro, sou psicóloga clínica na Abordagem Humanista e com enfoque intercultural.

Em 2019, imigrei para Portugal e foi vivendo na pele a migração que senti o desejo de iniciar meu trabalho voltado para a Saúde Mental da população migrante.

Em 2020 inaugurei oficialmente o meu consultório online, com o objetivo de servir a comunidade brasileira pelo mundo.

Oferecendo o espaço da psicoterapia individual, com o propósito de promover um espaço de crescimento, amadurecimento, autoconhecimento, superação de crises, traumas e a facilitar todo o processo de adaptação e integração na vida em um outro país.

Além disso, também desenvolvo o trabalho com grupos terapêuticos, que são utilizados principalmente como um espaço de suporte emocional, compreensão das relações interculturais e de troca mútua entre mulheres migrantes diante dos desafios de se viver em outro país. viajadamente ago • 2021

O Brasileiras do Mundo existe para combater a Xenofobia e desconstruir estereótipos associados a Brasileiras morando no exterior, empoderando imigrantes na escolha de morar fora do país e debatendo assuntos relevantes à migração através do depoimento de imigrnates brasileiras. (Fonte: Site) É possível enviar seu depoimento anonimamente. O site também conta com o projeto Conte Com Elas, que coloca em contato brasileiras imigrantes com brasileiras que planejam emigrar do Brasil.

O Brasileiras Não Se Calam é um projeto que tem como objetivo apoiar mulheres brasileiras que já sofreram algum tipo de assédio, discriminação e xenofobia no exterior de forma gratuita.

O projeto oferece atendimento jurídico, psicológico, aulas, cursos e divulgação do trabalho de brasileiras em busca de recolocação no mercado de trabalho.

Todo o trabalho é realizado por mulheres voluntárias. Para acessar o site, clique aqui.

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CONTATO viajadamente.contato@gmail.com www.gabrielladantas.com instagram.com/gabrielladantaspsi facebook.com/gabrielladantaspsi

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