Forum Estudante 331 - Março de 2021

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TRANSFORMA PORTUGAL Conhece alguns dos projetos de estudantes para combate à Covid-19 já apoiados

Revista Forum Estudante | Março 2021 | Edição nº 331 | Mensal l Diretor: Gonçalo Gil l Disponível apenas por assinatura com o custo mensal de 1€

Gaming 10 jogos indie para aguardar em 2021

IPDJ Já sabes se Naveg@s em Segurança?

IEFP Novidades sobre estágios e formação

Swipe Up IPC Sabe mais sobre as histórias do Politécnico de Coimbra, através dos seus estudantes.


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3 | Forum Estudante | mar’21

/Sumário

PASSATEMPOS

CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO: Estes passatempos decorrem até 30 de março de 2021, salvo indicação em contrário no próprio passatempo. Apenas serão atribuídos prémios a residentes em Portugal e somente um prémio por pessoa e morada em cada passatempo. Só será aceite, de cada concorrente, uma participação por dia. O não preenchimento correto do formulário de participação em www.forum.pt/passatempos, leva à desclassificação do participante. Aos vencedores, os prémios serão enviados via CTT. Após notificação, os vencedores têm um prazo de 15 dias para reclamar o prémio. Os prémios devolvidos não serão reenviados. A idade máxima de participação é de 25 anos, inclusive, a confirmar por documento de identificação. OS PREMIADOS SÃO ANUNCIADOS EM FORUM.PT. NOTA: as cores e modelos apresentados podem não corresponder às imagens apresentadas.

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Telefone 218 854 730 FAX 218 877 666 E-mail geral@forum.pt DIREÇÃO Gonçalo Gil goncalo.gil@forum.pt FOTOGRAFIA Fábio Rodrigues, Dreamstime, Freepik, Pexels, Unsplash DESIGN Miguel Rocha miguel.rocha@forum.pt REDAÇÃO Fábio Rodrigues fabio.rodrigues@forum.pt ASSINATURAS Paula Ribeiro Tel.: (218 854 730) pribeiro@forum.pt Anuidade: 10,00€ PUBLICIDADE Félix Edgar (Tel.: 218 854 103) felix.edgar@forum.pt COMUNICAÇÃO&DISTRIBUIÇÃO Vítor Silva (Tel.: 218 854 755) vitor.silva@forum.pt

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PROJETOS ESPECIAIS José Maria Archer josemaria.archer@forum.pt Diana Domingues diana.domingues@forum.pt

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PUBLICAÇÃO DIGITAL Esta publicação é apenas digital FORUM ESTUDANTE Revista de Cursos, Escolas e Profissões Propriedade e Edição de: Press Forum, Comunicação Social, S.A. Capital Social: 17.000,00¤ NIF: 502 981 512 Composição do Capital da Entidade Proprietária: Detentores de 5% ou mais do capital social: Rui Manuel Pereira Marques 29,9%; Roberto Artur Da Luz Carneiro 26,7%; Maria Francisca Castelo Branco De Assis Teixeira 21,7%; Jorge Vicente Franco Rodrigues dos Santos 21,7% Periodicidade Mensal Depósito Legal n.º 510787/91 Nº ERC: 114179 Sede da Redação e do Editor Tv. das Pedras Negras, nº 1 - 4.º 1100-404 Lisboa Tel.: 218 854 730 | Fax: 218 877 666 Estatuto Editorial Disponível em www.forum.pt

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TRANSFORMA PORTUGAL Conhece alguns dos projetos de estudantes para combate à Covid-19 já apoiados

Revista Forum Estudante | Março 2021 | Edição nº 331 | Mensal l Diretor: Gonçalo Gil l Disponível apenas por assinatura com o custo mensal de 1€

Gaming 10 jogos indie para aguardar em 2021

IPDJ Já sabes se Naveg@s em Segurança?

IEFP Novidades sobre estágios e formação

Swipe Up IPC Sabe mais sobre as histórias do Politécnico de Coimbra, através dos seus estudantes.

SUMÁRIO 04 Escolas A atualidade escolar 08 Tech O fenómeno da Clubhouse 10 Gaming Jogos Indie que estão para chegar 14 Cinema e TV Euphoria e adolescência televisiva 22 Transforma Portugal Os primeiros projetos apoiados 38 Profissões Opções para trabalhar... em casa 42 IEFP Duas novas iniciativas 46 IPDJ Naveg@ com segurança! 48 RdT Tendências de futuro na agricultura 54 Pancadas Fernão Mendes Pinto é influencer

A Forum Estudante e a Ecrinal têm para te dar 10 lápis de olhoas, 5 azuis e 5 pretos. Fica atent@ às redes sociais da Forum.

#24 As histórias que fazem o Politécnico de Coimbra Para conhecer melhor as várias escolas do Politécnico de Coimbra, estivemos à conversa com os presidentes das associações de estudantes de cada uma delas. Fica a conhecer as suas histórias e as principais características do ensino ali praticado. O ensino prático, a proximidade e os encantos de Coimbra são apenas alguns dos pontos destacados.

Revista Forum Estudante #331 // Março 2021 // e-mail: geral@forum.pt // www.forum.pt


4 | Forum Estudante | mar’21

/Escolas

TESTES EM ESCOLAS. Governo anunciou que será criada uma equipa móvel de testes à Covid-19 para a comunidade escolar. Primeira ronda de testes envolverá 500 mil pessoas.

Programa “Calmamente”. 500 alunos integrados em projeto de educação socioemocional

Desenhos de estudantes portuguesas publicados no site da NASA Duas alunas do Jardim Escola João de Deus, em Belas, Sintra, criaram e coloriram desenhos sobre as sondas Preservarance e Ingenuity que, desde 18 de fevereiro, estão a trabalhar em solo marciano. Lúcia Caetano (3.º ano) desenhou e coloriu, enquanto Maria Reis (1.º ano) apenas deu cor a um desenho enviado pela NASA. O resultado deste trabalho foi publicado no site da agência espacial norte-americana, revelou hoje a escola, em comunicado enviado às redações. Este projeto escolar envolveu todos os alunos entre os 5 e os 10 anos do Jardim Escola João de Deus – Belas, que trabalharam com os cientistas, os engenheiros e o staff do departamento educativo da NASA. Durante cinco semanas, o Jardim Escola João de Deus – Belas esteve em contacto com um representante da NASA, cumprindo os vários passos deste projeto: os alunos começaram por saber mais sobre Marte, para depois planear a sua missão, desenhar a sua nave espacial, lançar uma missão e simular uma aterragem no planeta vermelho.

O abandono escolar precoce atingiu um mínimo histórico no ano passado, fixando-se na taxa de

8,9%

. O valor representa uma redução de

1,7%

, face ao ano anterior, e fica abaixo da meta com que Portugal se tinha comprometido

10%

.

Desde o início do ano letivo, cerca de 500 alunos do Agrupamento de Escolas Abel Salazar, em Matosinhos, viram ser integrado, no seu horário curricular, um programa de educação socioemocional. O programa chama-se “Calmamente - Aprendendo a Aprender-se” e envolve a participação de estudantes de 19 turmas de quatro escolas, com idades compreendidas entre os 8 os 11 anos. A iniciativa é dinamizada pela associação Mente de Principiante, com sede na Maia, que assume como objetivo “promover o bem-estar integral, sobretudo, em contexto escolar e comunitário”. No mesmo sentido, o programa “Calmamente” tem como objetivo “promover a literacia emocional, bem como potenciar competências de comunicação, empatia e resolução de problemas”, explica a associação. O programa implementado conta com o cofinanciamento da Fundação Calouste Gulbenkian, depois de ter sido selecionado para integrar o projeto Academias Gulbenkian do Conhecimento.

Estudantes neozelandezas vão ter acesso gratuito a produtos menstruais A partir de junho, todas as escolas da Nova Zelândia vão armazenar produtos menstruais gratuitos para as estudantes. O anúncio foi feito pela primeira-ministra neozelandeza, Jacinda Ardern, que explicou que a medida pretende responder às necessidades de estudantes que faltam às aulas por falta de dinheiro para comprar produtos menstruais. De acordo com um inquérito da organização Youth19, na Nova Zelândia, uma em cada 12 estudantes afirma ter faltado às aulas por não conseguir pagar produtos de higiene menstrual. Alguns diretores de escolas do país chamaram à

atenção para o facto de algumas estudantes serem obrigadas a recorrer a papel higiénico, folhas de jornal ou de listas telefónicas. Esta falta de meios é designada por period poverty [pobreza menstrual], sendo que ativistas em vários países procuram chamar à atenção para estas dificuldades, como é o caso de Amika George, no Reino Unido.


5 | Forum Estudante | mar’21

/Deco Jovem

Publirreportagem

Sabes o que é a propriedade intelectual? Sabe mais sobre o conceito de propriedade intelectual, com a ajuda da DECOJovem e do seu projeto Brain Ideas – uma iniciativa que procura ajudar os jovens “a salvaguardar os seus direitos, a sua segurança e a sua saúde”. Nas últimas décadas, assistimos a um enorme desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação, em particular da Internet. Por um lado, este desenvolvimento trouxe inúmeras vantagens, como por exemplo o acesso a todo o tipo de informação. Mas, por outro, favoreceu também um aumento das ameaças à propriedade intelectual.

Mas então o que é a propriedade intelectual? A propriedade intelectual é um conjunto de direitos que abrange as criações do conhecimento humano, incluindo poemas, filmes, músicas, e que passam por todo um processo:

Para saber mais sobre direitos de autor, participa nas Consumer Talks, da DECOJovem desde uma invenção, uma descoberta ou o nome de uma marca. Este conceito tem duas áreas fundamentais: a propriedade industrial (relacionada com as empresas) e a área dos diretos de autor. A propriedade industrial protege as criações que as empresas produzem e são as marcas, as patentes e designs que são abrangidas por direitos para quem utiliza, produz e comercializa.

A contrafação é um dos seus maiores problemas: é crime; os produtos não têm garantia de qualidade e não podes reclamar sobre eles e, ainda, podem apresentar defeitos, visto que, não há normas de controlo e fiscalização podendo por em risco a tua saúde.

O autor e a obra No que diz respeito à área dos direitos dos autores, sabes definir autor e obra? Autor é o criador de uma obra, ou seja, se fazes um desenho és tu o autor. Este desenho é considerado uma obra porque tiveste uma ideia e colocaste em prática, neste caso na forma de um desenho. Se alguém utilizar o teu desenho sem a tua autorização estamos perante uma violação dos direitos de autor e o nome mais comum é de

pirataria. A pirataria ocorre sobretudo por razões económicas, porque se está a adquirir uma obra gratuitamente ou por um valor baixo. Caso sintas curiosidade por este tema e pretendas saber mais, podes contar com as Consumer.Talks da DECOJovem onde são criados momento de conversa, discussão e partilha sobre como podemos combater estes problemas e dar o devido valor ao do trabalho dos autores e das suas obras, das empresas e das suas criações. Para saber mais sobre o Brain Ideas, clica aqui.


10.ª EDIÇÃO

Conta histórias, salva vidas O desafio que te é colocado é simples: faz uma equipa e cria um vídeo que espalhe a mensagem da segurança rodoviária. Os cinco melhores vídeos serão escolhidos para participar na grande final BP Segurança ao Segundo, que incluirá vários prémios.

Sabe mais em: bpsegurancaaosegundo.pt

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EDUCAÇÃO


7 | Forum Estudante | jan+fev’21

/BP Segurança ao Segundo


8 | Forum Estudante | mar’21

/Tech

Bem-vindos à Clubhouse. Quer dizer, não é assim tão simples Em poucas semanas, a nova rede social que funciona exclusivamente com áudio invadiu os sites noticiosos de todo o mundo. O que é a Clubhouse? E o que explica o seu sucesso? Um dos grandes contributos para a popularidade da Clubhouse aconteceu a 13 de fevereiro, quando um tweet ligou dois “pesos-pesados” da Internet a esta nova aplicação. Foi neste dia que o fundador e CEO da Tesla, Elon Musk, convidou o presidente russo Vladimir Putin para uma conversa. “Gostaria de se juntar a mim para uma conversa na Clubhouse?”, perguntou Musk, através do Twitter, antes de acrescentar, em

russo: “Seria uma grande honra falar consigo”. A conta oficial de Putin não respondeu diretamente ao tweet de Elon Musk. Contudo, algumas horas depois, de acordo com a Reuteurs, um porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos jornalistas, que a proposta era “muito interessante”, sendo necessário “compreender o que isto significa, o que está a ser proposto”. Tal como

Dmitry Peskov, muitas pessoas tentam, nesta altura, perceber exatamente qual a proposta da Clubhouse. A primeira impressão é, no mínimo, misteriosa. O site oficial da aplicação oferece apenas um emoji de saudação e uma curta mensagem: “Hey, ainda estamos a abrir, mas qualquer pessoa pode juntar-se com um convite de um utilizador”. Na página da app store, os criadores repetem a mesma informação, garantin-


9 | Forum Estudante | mar’21

/Tech

como referem os criadores, para entrar nesta rede social, é necessário o convite de um utilizador já “aceite” na aplicação, sendo que cada utilizador possui, depois de entrar, apenas dois convites. Os criadores explicam ainda que os utilizadores que não possuam convite podem entrar numa “lista de espera”. Por outro lado, há ainda uma outra dimensão de exclusividade – a aplicação apenas existe na App Store, sendo exclusiva para iPhone. A empresa já anunciou, no início deste ano, que prevê lançar uma versão para Android.

O que encontra quem entra? Depois de ver a sua entrada validada, o utilizador tem à sua disposição um conjunto de tópicos de interesse como Tecnologia, Livros ou Saúde. A partir desta seleção de interesses, a aplicação gera uma lista de “utilizadores para seguir” e de “salas de conversação”. Estas salas de conversação funcionam como audioconferências, que podem ter formatos diferentes. Algumas são fechadas à participação dos utilizadores, funcionando como um podcast gravado ao vivo. Outras, são abertas a participação, podendo os utilizadores fazer ouvir a sua voz. Qualquer utilizador pode ser orador, criando a sua própria sala de conversação. Existe ainda a possibilidade de criação de “clubes” que são descritos pela aplicação como “grupos baseados em interesses”. Embora a aplicação não guarde registos das conversas realizadas, alguns utilizadores gravaram sessões que depois colocaram no YouTube. Nestes vídeos, é possível ver como o administrador da

do que “estão a trabalhar arduamente para conseguir adicionar pessoas à Clubhouse o mais rápido possível”.

O que é a Clubhouse? A aplicação Clubhouse foi fundada em São Francisco, nos Estados Unidos da América, em março de 2020. Esta rede social tem a particularidade de utilizar exclusivamente o formato áudio – os utilizadores podem ouvir conversas, entrevistas e debates que estão divididos por tópicos. Não há partilha de fotos (a não ser a de perfil), nem envio de mensagens, nem partilha de vídeos. O diário britânico The Guardian descreve a aplicação como “parte programa de rádio, parte audioconferência e parte Houseparty”. Outras das características desta aplicação é a sua aposta no conceito de “exclusividade” – um dado que fica inclusivamente claro no seu nome. Tal

A Clubhouse utiliza exclusivamente o formato áudio. O diário britânico The Guardian descreve a aplicação como “parte programa de rádio, parte audioconferência e parte Houseparty”. sala de conversação pode silenciar ou ativar os microfones dos participantes. O crescimento desta aplicação tem sido fulgurante. Dois meses depois do lançamento, em maio de 2020, a Clubhouse tinha 1500 utilizadores e valia 100 mil dólares. A 1 de fevereiro de 2021, tinha 2 milhões de utilizadores. Duas semanas depois, esse número fixava-se nos 6 milhões.

O que explica o sucesso? Para além de fazer o convite a Putin, Elon Musk tem sido um dos principais responsáveis pela exposição da Clubhouse. No início de fevereiro, o fundador da Tesla realizou uma “conversa surpresa” com o CEO da Robinhood, Vlad Tenev, que gerou muitos novos utilizadores, em parte devido à posição de Musk no “Caso Gamespot”. Outros nomes como o comediante Kevin Hart, o actor Ashton Kutcher ou os rapper Kanye West e Drake também ajudaram a consolidar a popularidade desta plataforma.

«Em maio de 2020, a Clubhouse tinha 1500 utilizadores [...]. A 1 de fevereiro de 2021, tinha 2 milhões de utilizadores. Duas semanas depois, esse número fixa-se nos 6 milhões» O sucesso da Clubhouse também tem levado alguns especialistas a destacar a popularidade do formato áudio – um fenómeno já registado com tendência crescente de consumo de podcasts, por exemplo. Num artigo intitulado “O futuro das redes sociais poderá ser o áudio”, publicado no portal MIT Technology Review, Tanya Basu destaca como a “intimidade da voz torna este formato muito mais apelativo, numa era de distanciamento social e isolamento”. Este aumento da popularidade do formato não é apenas visível no crescimento de apps como a Clubhouse, a Discord ou a Cappucino, explica Tanya Basu, recordando que, durante o verão de 2020, o Twitter implementou “tweets de voz”, por exemplo. Contudo, e para já, destaca Tanya Basu, “as redes sociais baseadas em áudio parecem oferecer algo que as plataformas tradicionais não conseguem”.


10 | Forum Estudante | mar’21

/Gaming

10 jogos indie para aguardar em 2021 Em 2020, assistimos a uma consolidação do mercado do indie gaming, com títulos como Spiritfarer ou Hades alcançarem sucesso e reconhecimento. Este setor da indústria de videojogos é conhecido pela sua oferta diversificada e pelas abordagens inovadoras. Fica a conhecer 10 dos títulos mais esperados para 2021.


#3 Venba shorturl.at/ksBX2 Com lançamento previsto para novembro de 2021, Venba é a prova da criatividade presente nos títulos indie – inovação que leva, muitas vezes, ao esbatimento de barreiras entre tipos de videojogos. Isto porque Venba é um “jogo de culinária narrativo”. A história acompanha uma mãe indiana que emigra para o Canadá durante a década de 1980. A partir desta premissa, a culinária regional do sul da Índia é o ponto de partida para explorar a história desta família e das relações existentes, recuperando antigas receitas.

#1 Sable shorturl.at/mvH39 Depois de anunciado em 2018, Sable já teve várias datas de lançamento, sendo a mais recente o adiamento para 2021. O entusiasmo da comunidade gaming por este título, contudo, não esmorece. A promessa é a de um jogo de “mundo aberto”, no qual vestimos a pele da jovem Sable, explorando um planeta alienígena, conhecendo monumentos antigos e decifrando puzzles em ruínas misteriosas. O objetivo é encontrar um artefacto antigo e essa é a única âncora de uma narrativa fragmentada, sendo que o design é inspirado no universo da Banda Desenhada.

#4 Minute of Islands shorturl.at/oNPS9 Outro dos títulos mais esperados para 2021 chega já este mês, a 18 de março. Minute of Islands mistura plataformas e puzzles para contar a história de Mo – uma jovem técnica de reparações que vive num arquipélago misterioso. A sua missão é a de salvar os povos destas ilhas, restaurando um conjunto de máquinas antigas. Nesta viagem para salvar o arquipélago, mo vai descobrir segredos, conhecer personagens e confrontar dúvidas que desconhecia. O estilo visual único deste título tem merecido grandes elogios, ainda antes do seu lançamento.

#2 Season shorturl.at/uU789 Uma aventura atmosférica durante uma road trip de bicicleta. Esta é a premissa de Season, um dos títulos mais esperados desta lista. Este entusiasmo começou no final do ano passado, altura em que foi lançado o trailer de gameplay, devido à beleza das imagens. A aventura do protagonista de Season tem como objetivo explorar e registar culturas que estão a desaparecer, com a ajuda de um bloco de notas e uma câmara, entre outros gadgets. “Explora um mundo pela primeira vez”, antecipa o videojogo, no seu site oficial.


12 | Forum Estudante | mar’21

/Gaming

#7 Hollow Knight: Silksong shorturl.at/hqrR5 Em 2017, Hollow Knight conquistou os elogios da crítica e de gamers de todo o mundo, com mais de 3 milhões de cópias vendidas. O título apresentou então a história de um cavaleiro anónimo que explora um reino infestado de pragas de insectos, num ambiente 2D ao bom estilo metroidvania. A sequela Silksong tem lançamento previsto para este ano e muda de protagonista, passando a acompanhar Hornet, a “princesa protetora do reino”, avança o estúdio, que já garantiu que o jogo será maior e incluirá várias novidades.

#5 The Ascent shorturl.at/hmoFG És uma das pessoas que acha que o Cyberpunk 2077 deveria ser “menos shooter, mais RPG”? The Ascent pode muito bem ser o jogo de que andas à procura. As semelhanças no ambiente são claras, sendo que The Ascent recorre a um motor de jogo de câmara isométrica, ao bom estilo dos role playing games clássicos como Diablo e Planescape: Torment. Incluindo uma mecânica de jogo co-op até 4 jogadores, The Ascent apresenta ainda uma novidade adicional: a narrativa começa no momento da falência da corporação que controlava este mundo distópico.

#6 Chinatown Detective Agency shorturl.at/brCW4 Uma das categorias mais populares no mundo dos títulos indie é a de point and click adventures, uma mecânica imortalizada em clássicos como Grim Fandango ou Monkey Island. A proposta de Chinatown Detective Agency é um mergulho no universo cybernoir, acompanhando a ex-detetive da Interpol Amira Darma, que se estabelece em Singapura como detetive particular, no ano de 2032. Os jogadores terão de explorar a cidade, recolher provas e falar com testemunhas, para avançar na narrativa. Com interesse? O estúdio disponibilizou um prólogo jogável para download.


#8 Open Roads shorturl.at/fhloG Mistério e suspense são as palavras de ordem em Open Roads, um jogo que aposta na dinâmica entre uma mãe e uma filha adolescente, durante uma road trip. O jogador controla Tess Devine, de 16 anos, que juntamente com a mãe explora um conjunto de propriedades com ligações misteriosas ao passado da família. Do ponto de vista do gameplay, este jogo aposta sobretudo num sistema de diálogos mecânico, sendo possível descobrir memórias enterradas, bem como novas verdades sobre as relações familiares.

#10 Stray shorturl.at/oADEQ A proposta de Stray é, no mínimo, inovadora. O jogador é desafiado a controlar um gato vadio numa cidade que é povoada por robôs. Mais uma aposta no ambiente cyberpunk, Stray integra uma mecânica de mundo aberto, inserindo elementos de stealth e resolução de puzzles. É a partir desta dinâmica que devemos auxiliar o nosso protagonista felino que está perdido, sozinho e separado da sua família. Os jogadores devem, por isso, procurar o caminho para casa, enquanto nos dá a conhecer mais sobre esta estranha civilização robótica.

#9 She Dreams Elsewhere shorturl.at/tCLY5 Sendo mais um dos representantes da categoria RPG desta lista, She Dreams Elsewhere tem a característica única de apostar no mundo dos sonhos. Isto deve-se ao facto deste novo título acompanhar os sonhos da protagonista Thania Sullivan, uma mulher que se encontra em coma e que procura derrotar os pesadelos que a impedem de acordar. O jogo possui semelhanças com o aclamado Undertale, sendo que o objetivo é também saber mais sobre a vida de Thania e descobrir “até que ponto os sonhos espelham a realidade”.


14 | Forum Estudante | mar’21

/Estreias

euphoria o lado sombrio da adolescência Depois de uma primeira temporada de sucesso, a série Euphoria estreou dois novos episódios no início de 2021 e prepara já uma segunda temporada. O conteúdo gráfico e o tom sombrio que caracterizam esta série confirmam a tendência dos últimos anos na categoria de dramas de adolescentes. As séries de adolescentes são uma das categorias com maior tradição no mundo televisivo norte-americano. Ao longo das últimas décadas, várias gerações de personagens marcaram o imaginário de outras tantas gerações de espectadores – das aventuras analógicas de Beverly Hills 90210 aos solos vocais de Glee, passando pelo drama de pequena cidade presente em Dawson’s Creek. Estes e outros títulos criaram uma espécie de linguagem comum para séries sobre adolescentes. Durante anos, as principais dinâmicas centraram-se nas diferenças socioeconómicas (como em The O.C.), no confronto entre subtribos “populares” vs. “nerds” (Freaks and Geeks), bem como nos elementos que podem marcar a adolescência como a descoberta sexual, as desventuras de triângulos amorosos ou a pressão das expectativas parentais, por exemplo, mas também problemas como a violência no namoro ou a dependência de drogas. Ainda que, nas séries adolescentes atuais, estes temas se mantenham representados, aos poucos, estas temáticas passaram a ser tratadas de forma cada vez mais sombria, apresentando versões mais cruas realidade. Esta é uma tendência que se verifica, por exemplo, na série 13 Reasons Why (2017), onde são incluídas cenas de violação ou de suicídio. Também a série Riverdale (2017) se destaca neste capítulo, incluindo vários homicídios, por exemplo. Como escreve a Paste Magazine, Euphoria é “a mais recente contribuição para a súbita explosão de conteúdo sombrio que tomou conta do género de série adolescente”. Esta viragem não significa abandonar as fórmulas

e temas tradicionais mas, antes, abordá-las de outra forma. O portal Nylon, por exemplo, destaca como os tópicos abordados continuam a “ser relevantes para os adolescentes de hoje”, sendo que a principal diferença no facto destes temas serem apresentados de forma mais explícita e noir. A mudança do ambiente político americano, nomeadamente a maior politização da Geração Z, nos Estados Unidos da América, é apontada como uma das explicações para esta mudança de tom nas séries de adolescentes. No caso de Euphoria, também é destacado o efeito da Internet numa geração que é nativa digital. “Euphoria é sobre adolescentes que crescem online. Mostra como uma geração vive e aprende através de uma Internet permanentemente acessível e sem filtro”, escreve o IndieWire.

O mundo de Euphoria Num artigo de 2019, o jornal The Guardian lançava a pergunta: “Será Euphoria a série de adolescentes mais chocante de sempre?”. A série assume-se como um retrato “cru e realista” da vida adolescente, incluindo cenas de sexo, overdose ou nudez. Uma das cenas mais polémicas apresenta ao espectador um slowmotion onde se contam... 30 pénis diferentes. “Há pais que vão passar-se completamente”, disse o criador de Euphoria, Sam Levinson, à Hollywood Reporter, referindo-se às cenas mais explícitas da série. No mesmo artigo, a atriz Maude Apatow, de 21 anos,


shorturl.at/fmqBV

“Não queria fazer algo que fosse tão baseado em personagens a falar sobre «Num artigo de 2019, sentimentos, porque um o jornal The Guardian dos aspetos mais difíceis de lançava mesmo a ser jovem é não ser capaz pergunta: “Será Euphoria a de descrever como nos série de adolescentes mais sentimos” Sam Levinson, chocante de sempre?» criador de Euphoria considera que esta é uma “boa forma de mostrar como é difícil crescer nestes tempos”, antes de destacar: “Não estamos a tentar fazer um Gossip Girl”. As declarações mostram o confronto entre as séries de adolescentes do passado e do presente. Em entrevista ao The Guardian, o criador explica que a aposta em “assuntos sérios e material duro” tem como objetivo fazer passar uma mensagem de uma forma adequada às características da juventude: “Não queria fazer algo que fosse tão baseado em personagens a falar sobre sentimentos, porque um dos aspetos mais difíceis de ser jovem é não ser capaz de descrever como nos sentimos”.

Sobre (mas não para) adolescentes? A narrativa de Euphoria segue a protagnista Rue Bennett, adolescente de 17 anos, que regressa de um verão passado numa clínica de reabilitação, recuperando de uma dependência de comprimidos. É a partir da voz narrativa de Rue que conhecemos outras personagens como a melhor amiga Jules, o atleta Nate ou Kat, que tem uma vida secreta na Internet. As cenas gráficas de Euphoria levam mesmo o seu criador a afimar, numa entrevista à IndieWire que não considera que a série seja para menores de 17 anos. Ainda assim, ressalva, “espero que crie um diálogo entre os pais e os seus filhos – se os pais quiserem ter

uma conversa esse tema, isso é uma coisa boa”. “Espero que as pessoas sintam alguma coisa, que vejam que não estão sozinhas, que o que estão a ultrapassar é real”, reforçou. No passado, várias vozes criticaram a série por levar conteúdo adulto a adolescentes e pré-adolescentes. Com uma segunda temporada a caminho, é expectável que Euphoria volte a pintar a realidade adolescente com conteúdo explícito. Um retrato que, escreve Doreen St. Félix, na revista New Yorker, “só destruirá a inocência dos adultos que querem manter a ilusão de que o sexo, a violência, a profanidade, o uso de drogas, para não falar do revenge porn, não existem na vida dos liceus [americanos]”.


16 | Forum Estudante | mar’21

/Notícias

Conhece a atualidade do Ensino Superior em Portugal, com notícias de instituições de norte a sul do país.

Politécnico de Viana do Castelo lança novo site O Instituto Politécnico de Viana do Castelo apresentou o seu novo portal institucional, acessível em ipvc.pt. Este lançamento de um novo portal surge na sequência da criação recente, em 2020, de uma nova marca de comunicação. A nova plataforma, criada de raiz, apresenta “uma interface mais intuitiva e otimizada a todos os dispositivos, de fácil acesso, com vista a potenciar a comunicação e a facilitar a interação com os diversos públicos”, explica o IPVC, em comunicado enviado às redações. A nova dinâmica do portal “facilita a consulta” de todas as informações académicas, notícias da atualidade, agenda, utilizando elementos de

navegação que “proporcionam uma melhor experiência de navegação ao utilizador”. O portal inclui ainda um motor de pesquisa mais avançado que permite encontrar todos os conteúdos do portal, bem como a oferta formativa do IPVC, através de uma consulta segmentada. Outra das prioridades na criação deste novo portal, explica o IPVC, passou por adaptar a plataforma “à realidade móvel, facilitando a sua navegação em todos os dispositivos móveis”. Por outro lado, também as escolas passam a ter páginas mais personalizadas, garantindo uma maior visibilidade. Para conhecer o novo portal do IPVC, clica aqui.

Investigação científica do IPCB entra para o ranking da SIR O Instituto Politécnico de Castelo Branco entrou, em 2020, para o ranking da SIR - SCImago Institutions Rankings. Esta é uma plataforma internacional de avaliação e análise dos resultados da investigação científica realizada nas instituições de ensino superior ou em centros dedicados à investigação científica e à inovação. Para entrar nesta lista, as instituições necessitam de publicar pelo menos 100 trabalhos de investigação com registo na base de dados SCOUPUS, durante o ano anterior ao período de tempo analisado. Atualmente, estão presentes no SIR 26 instituições de ensino superior portuguesas. Na sua newsletter, o IPCB explica que a entrada neste ranking reflete “o aumento da produção científica dos docentes e investigadores do Politécnico de Castelo Branco”, que está em linha com “as políticas de fomento da atividade de investigação implementadas pela instituição”. Recorde-se que, em 2018, o IPCB criou e registou na Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) cinco novas Unidades de Investigação e Desenvolvimento (UID), que se juntaram à já existente UID CERNAS.


17 | Forum Estudante | mar’21

/Notícias

FCH-Católica lança primeira licenciatura do país em Filosofia, Política e Economia

A Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa (FCH-Católica) anunciou o lançamento de uma nova licenciatura em Filosofia, Política e Economia - o primeiro curso de primeiro ciclo em Portugal a aliar estas três áreas de estudos. Este será um curso “inovador e interdisciplinar”, que permitirá aos estudantes obter “uma abordagem ampla e integradora dos desafios que se impõem às sociedades contemporâneas”, explica a instituição de ensino superior, em comunicado. A nova licenciatura em Filosofia, Política e Economia associa o “‘saber pensar’ ao ‘saber agir’ e ‘saber fazer’”, acrescenta a mesma fonte, capacitando os alunos para uma “intervenção ancorada na reflexão crítica”. “Nos dias de hoje é essencial formarmos os nossos estudantes para enfrentarem os desafios do futuro”, destaca o Diretor da FCH-Católica, Nelson Ribeiro. Este objetivo implica que os estudantes sejam “proficientes a cruzar conhecimentos de diferentes áreas disciplinares”, acrescenta, sendo essa a razão pela qual “todas as licenciaturas da Faculdade de Ciências Humanas têm uma natureza interdisciplinar”. A nova formação está organizada em três anos de formação, sob a coordenação dos docentes Michael Baum e Inês Bolinhas. O curso de Filosofia, Política e Economia arranca já no ano letivo de 2021/2022 e todas as informações sobre candidaturas podem ser conhecidas do site da faculdade.

Diplomada do Politécnico de Portalegre recebe bolsa internacional A diplomada em Enfermagem Veterinária pela Escola Superior Agrária de Elvas do Politécnico de Portalegre, Sandra Félix, tornou-se a primeira Enfermeira Veterinária a receber a bolsa do Global Pain Council da World Small Animal Veterinary Association (WSAVA). A bolsa “Teach the Teacher” destina-se a técnicos/enfermeiros Veterinários que queiram tornar-se nos primeiros líderes de opinião global em controlo da dor. A bolsa envolve um período de trabalho de investigação na North Carolina State University, que antecede uma segunda fase de comunicação com os enfermeiros veterinários em Portugal, partilhando conhecimentos e contribuindo para a evolução da profissão. Por essa razão, para Sandra Félix, a atribuição desta bolsa tem um duplo significado: “para além de ter a oportunidade de estudar e desenvolver mais competências”, será ainda possível, “partilhar esses mesmos conhecimentos com os pares, contribuindo dessa forma para o melhor entendimento dos mecanismos inerentes ao controlo da dor”.

Politécnico de Coimbra esclarece dúvidas sobre ensino superior em ações online Com o objetivo de ajudar e motivar os estudantes a prosseguir estudos no ensino superior e divulgar a oferta formativa das suas seis unidades de ensino, o Politécnico de Coimbra está a desenvolver a ação “Politécnico 4me - On The Road”. A iniciativa assume fomato digital e conta com a participação de colégios, escolas secundárias e profissionais de todo o país. Esta é a terceira edição desta iniciativa que arrancou em novembro de 2020, já adaptada à situação pandémica atual, ao ser realizada através da plataforma Zoom. Durante as sessões é oferecida “oportunidade a todos os estudantes de poderem assistir e esclarecer as suas dúvidas”, explica o Politécnico de Coimbra, em comunicado.
 De acordo com a vice-presidente do Politécnico de Coimbra, Ana Ferreira, esta ação “pretende dar resposta às dúvidas dos estudantes finalistas no que diz respeito às opções formativas que existem, formas de ingresso, apoios sociais, atividades e projetos existentes no nosso instituto”. Os interessados em participar nesta ação deverão enviar e-mail para estudaremcoimbra@ipc.pt.

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18 | Forum Estudante | mar’21

/Notícias

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH), do Instituto Politécnico de Coimbra, tem nova presidente

ESEC aposta em novos cursos de línguas online A Escola de Línguas da ESEC – a Knowledge Factory: Language and Culture School – vai alargar a sua oferta formativa no segundo semestre do presente ano letivo. A escola passa agora a contar com cursos de Alemão, Árabe, Espanhol, Francês, Holandês, Inglês, Italiano, Mandarim, Português para estrangeiros e Língua Gestual Portuguesa. Os cursos de línguas da ESEC destinam-se a “todos os interessados em conhecer uma nova língua ou ampliar as suas competências linguísticas, por razões pessoais ou profissionais”, explica a ESEC, em comunicado. Os cursos têm a duração de 60 horas, em regime pós-laboral, sendo ministrados online, devido à pandemia da Covid-19. As candidaturas estão a decorrer até dia 21 de março e as aulas têm início previsto para a terceira semana de abril. As formações são abertas ao público em geral e têm condições especiais para comunidade do Politécnico de Coimbra. Para saber mais, clica aqui.

A docente da ESTGOH, Vera Cunha, assumiu, no início de fevereiro, o mandato de quatro anos enquanto presidente desta instituição de ensino superior. Numa cerimónia sem público, tendo em conta o contexto pandémico vivido, a nova dirigente afirmou que a ESTGOH irá “continuar a melhorar e a crescer no interior, num território que agregue as pessoas que fazem parte da instituição e todas as entidades externas à escola”. A nova presidente garantiu que a estratégia da escola vai focar questões como “o reforço do papel da ESTGOH no contexto regional, a estabilização da oferta formativa, a aposta na investigação como um

fator de competitividade, a formação de jovens e as dinâmicas de internacionalização”. Para tal, acrescentou Vera Cunha, foi traçado um plano global de ação nas áreas do ensino, investigação e desenvolvimento regional, que procuram posicionar a ESTGOH como uma instituição “mais coesa, comunicativa, competitiva e participativa”. A nova presidente destacou ainda à celebração dos 20 anos de existência da escola, que se assinalam este ano, e a necessidade de novas instalações de alojamento para estudantes deslocados. Para saber mais sobre a ESTGOH, clica aqui.

Politécnico de Setúbal estreia Semana da Empregabilidade em formato online


19 | Forum Estudante | mar’21

/Notícias

Politécnico de Leiria lança cursos em Turismo Subaquático e Mergulho Científico A Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) do Politécnico de Leiria, em Peniche, tem duas novas pós-graduações em Turismo Subaquático e Mergulho Científico. Os cursos, de carácter pioneiro em Portugal, são cofinanciados pelo Programa Operacional Mar 2020, pelo Portugal 2020 e pela União Europeia. A pós-graduação em Turismo Suba-

adquirir conhecimentos no âmbito do Turismo Subaquático, sejam profissionais das empresas marítimo-turísticas, estudantes ou outros interessados na área marinha e marítima. Por sua vez, a pós-graduação em Mergulho Científico, cujas vagas já estão preenchidas nesta primeira edicão, destina-se a todos aqueles que pretendam adquirir conheci-

quático, cujo período de candidaturas decorre até dia 24 de fevereiro, tem como objetivos “proporcionar um conhecimento transversal dos assuntos relacionados com as atividades subaquáticas”, explica o Politécnico de Leiria, em comunicado, sendo que esta formação vai qualificar para a realização de imersões até 40 metros de profundidade. O curso destina-se a todos aqueles que pretendam

mentos no âmbito do Mergulho Científico, nomeadamente biólogos e profissionais de áreas afins, geólogos, arqueólogos, bem como estudantes e investigadores destas áreas. O Mergulho Científico trata-se de uma ferramenta de trabalho com a qual os cientistas/investigadores obtêm dados sobre o ambiente subaquático. Para mais informações, clica aqui.

O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) vai realizar mais uma edição da Semana da Empregabilidade, uma iniciativa organizada em parceria com a Associação Académica (AAIPS), que decorrerá entre 08 e 12 de março. Pela primeira vez, devido aos constragimentos causados pela pandemia da Covid-19, o evento realiza-se em formato online. A 7.ª edição da Semana da Empregabilidade vai juntar mais de 150 empresas e organizações, que marcarão

presença em sessões de apresentação e de recrutamento, com o objetivo de possibilitar “a interação direta entre os estudantes e os potenciais empregadores”, explica o Politécnico de Setúbal em comunicado. O programa de conferências vai, como habitualmente, refletir sobre a atualidade do mercado de trabalho. O foco este ano estará nos temas “Profissional do Futuro”, “Diversidade e Inclusão” e “Igualdade de Género”, estando também prevista a ação de

Prémio Literário Manuel Alegre. AAC lança concurso de escrita para estudantes Com o objetivo de “incentivar a criação de obras literárias por parte de escritores anónimos que sejam estudantes matriculados em qualquer instituição de ensino superior português”, a Associação Académica de Coimbra (AAC) fundou o Prémio Literário Manuel Alegre. A iniciativa está aberta a todos os estudantes, procurando obras literárias na área do conto (com entre 15 mil a 30 mil caracteres). O vencedor ou vencedora desta primeira edição, explica a organização, verá a sua obra editada e receberá um prémio de 2000 euros. Serão ainda editadas cinco obras adicionais. Com inscrições abertas até 26 de abril, o Prémio Literário Manuel Alegre conta com a participação de várias secções culturais da AAC na sua organização, como a Secção de Jornalismo, a tvAAC, a Rádio Universidade de Coimbra (RUC) e a SESLA - Secção de Escrita e Leitura. Para saber mais, clica aqui. networking “À conversa com…”, que dará aos estudantes a oportunidade de colocar questões e partilhar experiências, num registo informal, com representantes de várias organizações. Destaque ainda para a realização da Feira de Emprego, que decorre entre 10 e 11 de março. Para encerrar, a 12 de março, pelas 10h00, está agendado um workshop sobre LinkedIn conduzido pelo formador Pedro Caramez.


20 | Forum Estudante | mar’21

/Entrevista

«Temos de formar estudantes capazes de construir uma sociedade melhor» Nelson Ribeiro, Diretor da FCH-Católica

A Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa (FCH-Católica) apresentou, no início de fevereiro, a primeira licenciatura do país que agrega Filosofia, Política e Economia. O Diretor da FCH-Católica, Nelson Ribeiro, conta-nos tudo sobre esta nova formação e explica como ela se insere no ADN desta instituição de ensino superior. A nova licenciatura da FCHCatólica em Filosofia, Política e Economia foi descrita, na altura do lançamento, como inovadora e até única em Portugal. Quais as características que as distinguem? Trata-se da primeira a licenciatura do país em Filosofia, Política e Economia, mais conhecida pelo acrónimo que resulta da língua inglesa que é PPE (Philosophy, Politics and Economics). Esta é uma marca bastante conhecida em outros países. Contudo, em Portugal, esta será efetivamente a primeira oferta deste género. O que distingue este curso é o facto de aliar o saber-pensar ao saber-agir e ao saber-fazer. É um curso construído para promover a capacidade de reflexão e de pensamento crítico dos estudantes e, depois, desenvolver formas de aplicar essas competências na prática, tanto nas áreas da Política como da Economia.

De resto, na altura do lançamento, foi sublinhada a importância dessa abordagem para enfrentar os desafios atuais e do futuro... Parece-nos que esta é, hoje em dia, uma questão essencial. A realidade que temos à nossa volta é tão complexa que é impossível dissociarmos os assuntos políticos da economia ou a economia das políticas públicas, por exemplo. Por outro lado, se queremos formar uma geração de pessoas capazes de transformar a sociedade, acreditamos que esse efeito transformador terá de nascer do aliar este saber-pensar — ter um raciocínio próprio, crítico, analítico – ao saber-fazer e agir. Temos de conseguir de formar alunos que sejam capazes de construir uma sociedade melhor. O que pretendemos é formar pessoas capazes de agregar conhecimentos de várias áreas e que, no final, o resul-

tado seja mais do que a soma das três partes – que sejam diplomados com uma visão integrada e holística dos problemas.

Pensando precisamente no momento de conclusão desta nova formação, que tipo de saídas profissionais estarão à disposição dos diplomados? Aquilo que pretendemos é formar alunos que venham a ser agentes transformadores da realidade. Por isso, acreditamos que este é um curso para formar futuros líderes. O PPE é conhecido, sobretudo no mundo anglo-saxónico, como um curso frequentado por antigos primeiros-ministros e até presidentes, no caso dos Estados Unidos da América. Contudo, não queremos formar líderes políticos apenas. Queremos formar líderes para diferentes áreas da sociedade, que po-


21 | Forum Estudante | mar’21

/Entrevista

derão, como tal, atuar em vários tipos de organizações. Nesse sentido, os diplomados deste curso terão oportunidade de vir a ingressar num conjunto alargado de instituições políticas ou empresariais que estejam à procura de profissionais com esta capacidade de pensar os problemas de uma forma holística.

E como pensa que tem evoluído a procura por essas capacidades no mercado de trabalho? Cada vez mais as organizações procuram essas capacidades. Não procuram apenas alguém que tenha uma competência técnica muito específica para fazer uma coisa e cuja função, daqui a três ou quatro anos, poderá já não exis-

que será um perfil de aluno que, de alguma maneira, não tem definido o objetivo de ser “ultra especialista” numa determinada área, mas alguém que procura ter uma capacidade mais abrangente de olhar e transformar a realidade. Isto para além, obviamente, do interesse pelas áreas da Política e Economia e da apetência para desenvolver um raciocínio próprio sobre as questões.

Essa ideia de transversalidade que descreve é também destacada pela FCH-Católica como uma das marcas da sua oferta formativa. De que forma? No caso deste novo curso, essa característica é bastante fácil de constatar,

reflexo no corpo docente – nenhum dos nossos estudantes fará uma licenciatura tendo apenas professores especialistas numa área. Posso dar como exemplo a licenciatura em Comunicação Social e Cultural, onde os alunos não estudam apenas comunicação. Estudam também o fenómeno cultural e social, para melhor perceber os contextos em que a comunicação tem lugar. E têm, para além disso, um conjunto alargado de disciplinas opcionais de outras áreas que são incentivados a fazer. Inclusivamente, uma das grandes apostas da FCH-Católica para o próximo ano letivo é a reformulação do plano curricular deste curso que vai, precisamente, reforçar esta dimensão da transversalidade.

Não podemos formar as pessoas numa área muito fechada. Isto é algo de que nos orgulhamos muito, na FCH-Católica. A interdisciplinaridade faz parte do nosso ADN. Nelson Ribeiro, Diretor da FCH-Católica

tir. As empresas querem pessoas com capacidade de adaptação e de transformação da realidade. Nesse sentido, parece-me que os diplomados desta nova licenciatura em Filosofia, Política e Economia serão vistos como uma mais-valia por um conjunto alargado de instituições. Noutros países, vemos que há uma grande procura deste tipo de formação por parte do mercado de trabalho.

Olhando o momento de entrada neste novo curso, a que estudantes poderá interessar? Penso que este curso irá interessar sobretudo a alunos que tenham um leque de interesses diversificado. E também aos estudantes que tenham a ambição de vir a contribuir para pensar e mudar problemas complexos que existem na sociedade nas organizações. Por essa razão, penso

ao ser um curso que cruza, à partida três áreas do saber. Mas essa é também uma preocupação presente nos restantes cursos de licenciatura da FCH-Católica. Embora sejam licenciaturas focadas numa determinada área, não queremos que os alunos saiam da faculdade sem desenvolver competências noutros campos. Isto porque esse conhecimento permite-lhes ter uma visão mais completa e desenvolver capacidades muito úteis no seu futuro.

Como é que essa abrangência se concretiza na oferta formativa? Esta abrangência consegue-se, por um lado, através da construção dos currículos, onde existe um leque de disciplinas diversificadas. Depois, dentro das próprias disciplinas, procuramos fomentar uma visão interdisciplinar sobre problemas diversos. Isso também tem

E qual a principal mais-valia que os estudantes podem retirar dessa característica? Esta transversalidade é fundamental para quem está, hoje em dia, a tirar uma licenciatura, para que perceba que existem outras perspetivas para além da sua área específica. Não podemos formar as pessoas numa área muito fechada. Isto é algo de que nos orgulhamos muito, na FCH-Católica. A interdisciplinaridade faz parte do nosso ADN. Faz parte da filosofia da faculdade cultivar esta relação entre os vários saberes que, acredito, é fundamental para conseguirmos formar pessoas mais competentes, mais capazes. Não apenas para o presente, mas sobretudo para o futuro. Não nos podemos esquecer que estamos a formar alunos que vão ter de lidar com problemas que, hoje em dia, não existem.


22 | Forum Estudante | mar’21

/Transforma Portugal

TRANSFORMA

a apoiados po i a do s

Conhece os primeiros projetos pelo Transforma Portugal A movimento Transforma Portugal já está a apoiar financeiramente estudantes que apresentem uma proposta de combate à Covid-19, em várias áreas de ação (apoio a estudantes, saúde mental ou resposta de necessidades da comunidade, por exemplo). Conhece alguns dos primeiros projetos apoiados. E sabe como podes participar (ver caixa).

#1 Os Jovens Seniores da Calvaria sorriem

combater o isolamento das gerações mais velhas agravado pelo contexto de pandemia. Para tal, a sua proposta passa por implementar um movimento de trocas de cartas ou postais entre jovens e idosos. Esta ação intergeracional já está a ser realizada, sendo que o financiamento Transforma Portugal será destinado à divulgação do projeto e à compra de material de apoio.

#4 Easy Future

#3 Friends in the Arts Dinamizado por um grupo de três estudantes do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, este projeto vai apoiar os funcionários da IPSS da Calvaria de Cima, em Porto de Mós, na entrega de refeições ao domicílio e higiene pessoal aos utentes que, antes do confinamento, frequentavam centros de dia. O financiamento será destinado à compra de material de proteção e para apoio nas deslocações às moradas dos utentes.

#2 Já dizia a minha Avó

Um grupo de seis estudantes do Instituto Superior de Agronomia pretende

Com o objetivo de facilitar a procura de emprego no mundo da cultura e das artes, um grupo de estudantes de diferentes cursos e instituições de ensino superior da região de Lisboa dinamiza o projeto “Friends In The Arts”. A iniciativa inclui uma plataforma digital e a criação de uma revista mensal que inclua oportunidades nacionais e internacionais, bem como artigos de apoio à procura de emprego. O financiamento será destinado às tarefas de produção e impressão da publicação.

Desde abril de 2020, um grupo de 13 estudantes de 8 instituições de ensino superior tem prestado apoio à distância a todos os estudantes, com especial foco no acesso ao ensino superior. Nesse particular, o projeto “Easy Future” inclui a realização de webinars para troca de testemunhos ou a dinamização de grupos de WhatsApp para esclarecimento de dúvidas, por exemplo. O apoio financeiro destina-se a despesas logísticas e de comunicação.

Queres financiar até 400€ uma ação de combate à Covid-19? Envia-nos a tua proposta através da plataforma Transforma Portugal.


23 | Forum Estudante | mar’21

/Transforma Portugal

À procura da oportunidade de voluntariado ideal? Regista-te na plataforma Transforma Portugal e descobre como podes ajudar projetos adequados ao teu perfil

A iniciativa inclui uma linha telefónica para monitorização e suporte social, focando ainda a sinalização e encaminhamento de situações de risco. O financiamento Transforma Portugal vai ser utilizado em materiais para execução do projeto, bem como em equipamentos de proteção individual.

#7 Missão País Psicologia

#5 Linha de Apoio a Estudantes em Isolamento

Um grupo de 21 estudantes de diferentes cursos da Universidade da Beira Interior vai distribuir refeições da cantina da UBI a alunos que se encontrem em quarentena. Contando com o apoio de estudantes voluntários para realizar esta ação, o projeto centra-se na Covilhã e prevê a utilização do financiamento para despesas de comunicação, combustível, transporte e proteções individuais.

Estudantes de várias áreas do saber uniram-se para a dinamização do projeto “Missão País Psicologia”. O foco está na promoção da saúde mental durante o confinamento e na prevenção de contágios entre estudantes universitários, através da realização de atividades lúdicas e de reflexão online. As despesas são destinadas ao licenciamento do uso de plataformas e aplicações à distância.

#8 Sorrisos D’Arte

#6 Mais Comunidade

Tendo como objetivo promover o bem-estar e a qualidade de vida dos maiores de 65 anos residentes na cidade de Viana do Castelo, um grupo de sete estudantes do Instituto Politécnico de Viana do Castelo vai dinamizar, a partir de março, o projeto “Mais Comunidade”.

Uma Iniciativa

Unindo quatro estudantes das áreas de Finanças, Direito e Música, o projeto “Sorrisos D’Arte” está a levar espetáculos musicais a pacientes oncológicos e idosos que se encontram em isolamento. Estes eventos musicais já estão a realizar-se e o projeto conta com a participação de músicos e escolas superiores de música da cidade em que se realiza a ação. O apoio financeiro da Transforma Portugal será destinado às despesas de oficialização da associação.

Apoio institucional

Transforma Portugal. Ajudar os estudantes a fazer a diferença Com o objetivo de promover e apoiar esta inovação social dos estudantes do ensino superior na resposta à pandemia da Covid-19, a Forum Estudante, o Movimento Transforma Brasil e a UCTransofrma inauguraram, no dia 14 de janeiro, a plataforma Transforma Portugal. Desta forma, todos os estudantes de ensino superior que promovam ações solidárias de apoio à comunidade (no quadro das consequências da Covid-19) poderão candidatar-se a obter financiamento e a divulgar as suas ações. De igual forma, os estudantes interessados em encontrar oportunidades de voluntariado adequadas aos seus interesses e perfil poderão registar-se como voluntários na plataforma. Podes acompanhar as novidades nas redes sociais do Movimento Transforma Portugal e em forum.pt.

Outros apoios

TRABALHO, SOLIDARIEDADE E SEGURANÇA SOCIAL


24 | Forum Estudante | mar’21

/Politécnico de Coimbra


As histórias que fazem o Politécnico de Coimbra Fomos conhecer o Politécnico de Coimbra e as suas escolas, conversando com os presidentes das associações de estudantes. Sabe tudo sobre o ambiente vivido e as principais características do ensino aqui praticado.


26 | Forum Estudante | mar’21

/Politécnico de Coimbra

«Estudar na ESAC é como ter uma família maior» Pedro Fadiga é estudante da Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC) e frequenta o mestrado em Engenharia Agropecuária. O também presidente da associação de estudantes desta escola superior, de 22 anos, destaca o ambiente vivido nesta instituição que oferece “um equilíbrio perfeito para quem quer estudar no ensino superior”.


27 | Forum Estudante | mar’21

/Politécnico de Coimbra

#4 O emprego Existe uma grande componente de ligação ao mundo do trabalho. Há atividades e eventos organizados pela ESAC e pela associação de estudantes neste tema, que os podem ligar às ofertas de emprego e aos empresários, ajudando os estudantes a criar um rumo. Por outro lado, todos os cursos da ESAC têm estágio – isso faz toda a diferença. Dá-nos oportunidade de contactar com o mundo do trabalho e saber como aplicar os nossos conhecimentos.

#5 A união #1 A escolha Nos testes psicotécnicos, ainda no ensino secundário, ficou claro que tinha vocação para trabalhar ao ar livre e em espaços verdes. A minha família tem ligações ao mundo rural e, em específico, à agricultura e eu sabia que, na ESAC, poderia obter formação de qualidade nesta área, ao mesmo tempo ficando na minha cidade – Coimbra. Na minha licenciatura, acabei por encontrar uma componente mais científica do que esperava e, hoje, considero isso essencial. Foi uma boa surpresa.

#2 O espaço O espaço verde do campus da ESAC é óptimo para conviver com os colegas ou até apenas para passear. Estamos,

ao mesmo tempo, dentro e fora de Coimbra, ao estarmos localizados num espaço sossegado que é próximo do centro da cidade. Penso que o resultado é um equilíbrio perfeito para quem quer estudar no ensino superior.

#3 O ensino A componente prática é um foco que é transversal a todo o Politécnico de Coimbra. Na ESAC, temos acesso a espaços agrícolas e laboratórios equipados que são uma mais-valia para encontramos um ensino diferenciado. Nesta área em específico, a vertente prática é muito importante – seja no trabalho no terreno ou na componente laboratorial. É uma forma dos estudantes contactarem com o que pode vir a ser o seu futuro. Foi isso que encontrei aqui.

Sendo uma comunidade unida, a pandemia colocou-nos dificuldades acrescidas, ao impedir a realização de atividades presenciais. A associação de estudantes esteve sempre atenta às necessidades dos estudantes que tinham dificuldades. Fomos o elo de ligação entre estes alunos, os serviços de ação social e a própria escola, defendendo e representando os estudantes.

#6 O ambiente Estudar na ESAC é como estar em casa. É ter a ajuda de todos – colegas e professores. É como viver com uma família maior. Existe um contacto grande entre colegas de vários cursos e isso resulta numa ligação entre várias áreas do conhecimento. E também na partilha de contactos e conhecimentos sobre oportunidades no mercado de trabalho, por exemplo.

Vê a oferta formativa completa em:

www.esac.pt


28 | Forum Estudante | mar’21

/Politécnico de Coimbra

«Na ESEC encontrei uma experiência única» A presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação do Politécnico de Coimbra (ESEC), Sara Ferreira, é estudante do curso de licenciatura em Comunicação Organizacional. A estudante de 20 anos conta-nos tudo sobre esta instituição de ensino superior, destacando o foco na criatividade, trabalho de equipa e proximidade.


29 | Forum Estudante | mar’21

/Politécnico de Coimbra

Mesmo agora, à distância, há uma grande comunicação entre todos os estudantes, o que me faz sentir que estudar na ESEC é uma experiência única.

#4 A evolução

#1 A decisão Durante o verão, falei com uma amiga que estava na ESEC e fiquei interessada. Fiz a minha pesquisa e percebi que era uma escola com excelentes condições, ambiente e localização. Por outro lado, percebi que a licenciatura em Comunicação Organizacional seria uma boa opção, pelas várias saídas profissionais associadas. Hoje, sinto que foi uma boa decisão.

#2 O ambiente O ensino superior acaba por ser uma grande mudança para toda a gente. É um ambiente diferente, sobretudo se sairmos da casa dos pais, por exemplo. Mas, desde o momento em que entrei na ESEC, sinto um grande conforto – ainda

nem tinha feito a inscrição, já estava a ser acolhida de braços abertos. Cada vez mais, sinto esse ambiente de união. Mesmo agora, à distância, há uma grande comunicação entre todos os estudantes, o que me faz sentir que estudar na ESEC é uma experiência única.

#3 A diversidade Na ESEC, encontrei professores que têm a preocupação de ajudar os estudantes na adaptação ao ensino superior e isso ajudou-me muito, nomeadamente em tempos de pandemia. Por outro lado, acho importante a aposta que a escola faz na criatividade e no trabalho em equipa. Isso fica claro na proximidade entre estudantes da ESEC de áreas muito diferentes – Desporto, Gastronomia, Teatro, Música, Comunicação, etc...

Sinto uma grande evolução na minha maturidade e nas minhas competências. Na ESEC, pedem-nos sempre mais e o melhor de nós, acreditam na nossas capacidades, e eu sinto essa mudança em mim. Penso que ajudou também o facto de o meu curso ser bastante prático, uma vez que estou em contacto constante com empresas ou entrevistados, por exemplo… Desta forma, consigo vivenciar esta prática que, espero, será o meu futuro profissional.

#5 A associação Neste momento, a Associação de Estudantes da ESEC está a fazer tudo o que pode para ajudar os estudantes a criar maiores ligações apesar da distância. E também para que possamos dar voz aos estudantes, representando as suas necessidades ou sugestões. Apostamos em atividades à distância que foquem o estímulo à atividade física ou a saúde mental, por exemplo.

Vê a oferta formativa completa em:

www.esec.pt


30 | Forum Estudante | mar’21

/Politécnico de Coimbra

«A ESTeSC é a melhor escola do universo» Cristina Trigueiro tem 22 anos e é estudante de licenciatura de Saúde Ambiental, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC). A presidente da Associação de estudantes da ESTeSC explica as razões que a levam a descrever a sua escola como “a melhor do país, do mundo e do universo”.


31 | Forum Estudante | mar’21

/Politécnico de Coimbra em Coimbra, pelo espírito académico que aqui se vive. Coimbra tem sido tudo o que esperava e ainda mais. É uma cidade que nos acolhe totalmente, nunca me senti sozinha, não tive medo de deixar a minha terra, a minha família, para partir em busca de um futuro melhor e conhecer pessoas novas. Continua a ser muito gratificante estar aqui.

#5 A área

#1 O ambiente Por vezes, no secundário, temos a impressão que o ensino superior poderá possuir um ambiente menos próximo. A ESTeSC contrariou completamente essa expectativa. Fiquei muito contente ao perceber que os professores sabem o nosso nome e se preocupam connosco, por exemplo. E isso tem impacto grande na motivação. Muitas vezes, os estudantes de ensino superior estão sozinhos numa cidade, deslocados da família, ter alguém que se preocupa ajuda muito na adaptação.

#2 A escola Na escola, dizemos muitas vezes que a ESTeSC é a melhor escola do país, do mundo e do universo. É uma instituição de excelência na área da saúde, até porque os seus cursos são reconhecidos a nível nacional pela qualidade do

ensino, dos estágios e da prática clínica. Estudar na ESTeSC é uma aventura, uma experiência inesquecível, sem dúvida.

#3 O ensino Já sabia que iria encontrar uma grande componente prática, mas surpreendeu-me pela positiva a excelência e o grau de exigência envolvido, que nos leva a ser futuros profissionais muito preparados. Isso vê-se, por exemplo, quando realizamos estágio e nos sentimos preparados para desempenhar as tarefas envolvidas. Isso é muito importante para nós, por nos dar confiança nas nossas capacidades.

#4 A cidade Eu sou natural de Ponte de Lima. Antes de saber qual o curso que pretendia, sabia que queria estudar

Escolhi o curso de Saúde Ambiental por saber que envolveria áreas muito diversificadas. É uma profissão com várias formas de intervenção e, recentemente, nos meu estágio, pude confirmar isso. Nesse sentido, creio que a ESTeSC marca pela diferença também no sentido da interligação entre as licenciaturas. Penso que isso faz muito sentido, até porque, em âmbito hospitalar, vamos trabalhar todos juntos, em prol do utente e da comunidade.

#6 A associação Entrei na Associação de Estudantes no segundo ano e tem sido uma experiência muito gratificante. Tem sido uma aventura, com coisas novas para descobrir e obstáculos que ultrapassamos em equipa. Gosto de sentir que trabalho em prol dos estudantes e da comunidade. Durante a pandemia, por exemplo, o trabalho que temos feito tem sido inacreditável – não baixámos os braços e conseguimos ter um impacto direto na vida dos estudantes.

Vê a oferta formativa completa em:

www.estescoimbra.pt


32 | Forum Estudante | mar’21

/Politécnico de Coimbra

«Na ESTGOH há sempre alguém disposto a ajudar» Guilherme Machado tem 20 anos e é presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Coimbra (ESTGOH). O estudante da licenciatura em Gestão contou-nos tudo sobre a sua experiência, destacando o ambiente vivido em Oliveira do Hospital.


33 | Forum Estudante | mar’21

/Politécnico de Coimbra

#4 A cidade Estudar na ESTGOH é uma mais-valia. Existe um bom ambiente académico na cidade, com uma proximidade grande entre estudantes. O facto de ser uma comunidade mais pequena acaba por fazer a diferença. É como se fôssemos todos do mesmo curso. Isso é bom porque, se precisarmos de alguma coisa de um colega que é de outro curso, temos sempre essa possibilidade.

#5 A proximidade

#1 A escolha Fiz alguma pesquisa, antes de escolher a ESTGOH, e o facto de pertencer ao Politécnico de Coimbra ajudou-me a decidir. Também sabia que em Oliveira do Hospital iria encontrar um ambiente mais calmo, com um custo de vida mais barato. De facto, encontrei um meio acolhedor, em que todos se conhecem e onde os estudantes ocupam um papel importante dentro da comunidade da cidade. As pessoas têm uma simpatia natural pelos estudantes – e é como se fossemos família.

#2 O curso Penso que fiz uma boa decisão ao escolher este curso. É necessário gostar da área e dá trabalho, é verdade, mas é um curso muito abrangente, que passa

pelas várias áreas da Gestão. Estudar na ESTGOH significa também encontrar óptimos professores e ter acesso a um estágio que nos ajuda a aprender e a transitar para o mundo do trabalho. Vou começar o meu estágio em breve e estou confiante que vou aprender bastante.

Na ESTGOH, vive-se um ambiente muito familiar, há sempre alguém disposto a ajudar. Nesse sentido, a relação com os professores também é marcada pela proximidade. E penso que isso é uma grande vantagem. Desde logo, porque se tivermos uma dúvida ou uma questão, podemos entrar em contacto direto com eles, evitando as formalidades habituais. Isso acaba por fazer a diferença.

#3 A prática

#6 A associação

Sinto que existe uma grande componente prática no ensino da ESTGOH. Isso é uma mais-valia. Aprendemos fazendo, não nos limitamos a ouvir ou decorar a matéria. Penso que isto nos prepara para a vida real e para os desafios que vão chegar. A área da Gestão é a minha vocação – gosto de tarefas de organização, de liderança, por exemplo – na ESTGOH, estou a adquirir conhecimentos que serão muito importantes.

Oliveira do Hospital tem uma latada e queima própria. Este ano, essa vertente ficou adiada, devido à pandemia. Em alternativa, temos organizado torneios de desportos eletrónicos – de League of Legends, Counter Strike, entre outros – e palestras com profissionais sobre temas como a saúde mental, entre outros do interesse dos alunos. Isto para além de termos apoiado os estudantes que estavam em confinamento, durante a pandemia.

Vê a oferta formativa completa em:

www.estgoh.ipc.pt


34 | Forum Estudante | mar’21

/Politécnico de Coimbra

«Estudar no ISCAC é estudar em casa» Hugo Fonseca é estudante de Mestrado de Marketing e Negócios Internacionais no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Politécnico de Coimbra (ISCAC). O presidente da associação de estudantes conta-nos tudo sobre este espaço onde a criatividade e o conforto se encontram para garantir a motivação dos estudantes.


35 | Forum Estudante | mar’21

/Politécnico de Coimbra uma exploração por si próprios. Isso é o cerne do ensino superior, penso eu – abrir novas portas aos estudantes.

#4 A motivação Estudar no ISCAC é estudar em casa. É aprender com vontade de aprender, sentido-se bem. Várias coisas contribuem para esse conforto. O facto de o campus estar aberto 24 horas por dia, permite aos estudantes manter um contacto próximo, ajudar-se mutuamente, mesmo entre cursos. Isso é algo muito importante para a aprendizagem e que faz muita falta neste momento de pandemia.

#5 O espaço #1 A escolha Eu conheci o ISCAC ainda no ensino secundário, através de uma amiga que aqui estudava. Vinha aqui tomar café, via que o espaço era agradável, que o pessoal era simpático. Via como o campus estava sempre cheio, com 1000 a 1500 estudantes a circularem – isso cativa qualquer estudante de 17 ou 18 anos. Como tinha interesse na área da Gestão, juntei o útil ao agradável e acabei por vir para cá.

#2 A experiência A expectativa era elevada, quando cheguei ao ISCAC. Ainda assim, surpreendeu-me pela positiva o

espírito de companheirismo que existe. “Quando somos caloiros, somos um só” é um dos lemas da comissão de praxe. E esta frase espelha a realidade, toda a gente conhece toda a gente, não existe uma divisão marcada por grupos. O facto de nos sentirmos dentro da mesma família superou muito as minhas expectativas.

#3 A criatividade A aposta na criatividade dos estudantes é uma das marcas do ISCAC. Podemos falar sobre o piano que está disponível no campus para quem queira tocar. Isto é apenas um exemplo simbólico de como aqui se dá a oportunidade aos estudantes possam fazer

O espaço do ISCAC é clean do ponto de vista da sua arquitetura, com muita luminosidade e conforto – o bar, por exemplo, com a sua esplanada relvada, a biblioteca que aposta na luz natural... O conforto é uma prioridade e isso ajuda muito os estudantes na motivação de trabalhar. Penso que é uma das bases que se vive por aqui.

#6 A associação A pandemia tem sido uma das experiências mais complicadas, do ponto de vista pedagógico. Houve a necessidade de adaptação a um novo regime de ensino a distância e da compreensão das sensibilidades de estudantes e docentes. A associação tem tentado representar as necessidades dos estudantes. Tem sido muito gratificante, para mim, crescer em vários aspetos, graças a este trabalho.

Vê a oferta formativa completa em:

www.iscac.pt


36 | Forum Estudante | mar’21

/Politécnico de Coimbra

«Estar no ISEC é uma experiência que fascina» O presidente da Associação de Estudantes do Instituto Superior de Engenharia do Politécnico de Coimbra (ISEC), Nuno Mendes, é estudante de Engenharia Mecânica. O estudante de 24 anos descreve-nos a experiência de estudar no ISEC, destacando a componente prática do ensino e as oportunidades de transição para o mercado de trabalho.


37 | Forum Estudante | mar’21

/Politécnico de Coimbra acompanha todo o processo produtivo, facilitando essa transição.

#4 O ambiente No campus do ISEC, é possível fazer amizades com estudantes de vários cursos. E isto permite, por exemplo, um sentido de ajuda mútua, ao ser possível partilhar apontamentos e trabalhos ou complementar os nossos conhecimentos. Estar no ISEC é uma experiência que fascina, tanto pela vertente prática como pela proximidade.

#5 A motivação #1 A escolha Eu escolhi o ISEC por saber que iria encontrar um ensino de proximidade e, sobretudo, por ter a certeza que seria um curso com uma grande componente prática. A minha experiência, nesse sentido, superou mesmo as expectativas iniciais, seja nos trabalhos práticos de laboratório ou no âmbito de cadeiras específicas. Isso é uma mais-valia, porque nos prepara muito melhor para o mercado de trabalho.

#2 A comunidade Há uma grande proximidade e interação entre todos os estudantes. E também entre estudantes e professores – tenho um grande à-vontade para contactar os professores diretamente e penso

que isso é uma vantagem considerável, no momento de esclarecer dúvidas, por exemplo. Por outro lado, a vivência académica no ISEC é a que se pode esperar em Coimbra – com as atividades habituais, num contexto normal, os convívios, os eventos desportivos, a Queima das Fitas, entre outras.

#3 O mercado No ISEC, existe uma preocupação em facilitar a passagem para o mundo do emprego. A associação de estudantes organiza, por exemplo, a FENGE – Feira de Engenharia de Coimbra que tem o objetivo de aproximar os estudantes do mercado de trabalho, conhecendo empresas e entregando currículos, entre outras atividades. O trabalho durante o curso é também integrado,

Penso que a componente de trabalho prático tem um impacto grande na motivação dos estudantes. À partida, um estudante que vai para uma área das engenharias pretende “colocar as mãos na massa”. Tem interesse em estudar sempre com o foco no “porquê” de estarmos a fazer isto, ou seja, saber de que forma se aplica na vida real. Por essa razão, nota-se que os alunos estão motivados para o trabalho prático, adoram trabalhar por projeto ou em grupo.

#6 O apoio Durante a pandemia, em parceria com o ISEC, a associação de estudantes distribuiu computadores por todos os alunos que necessitassem, de forma a conseguirem acompanhar a transição para o online e realizar exames. As atividades da associação também foram adaptadas para o online e fazemos festa virtuais, torneios de eSports e palestras.

Vê a oferta formativa completa em:

www.isec.pt


38 | Forum Estudante | mar’21

/Profissões

ara p s õe s s i f ro p 0 1

a s a c em

uer q m que

r a h l a b a tr

e sab e a cas

em lhar de. a b tra ida s de modal n e ta tag van para es s e d ns e uadas e g q anta is ade v s a ea hec ssões m n o C fi pro das

mas u g l ea obr s s i ma


A chegada da Covid-19 veio fazer do trabalho em casa uma realidade habitual, em vários ramos de atividade. Contudo, já antes da pandemia esta opção gozava de uma popularidade crescente – a gestão mais flexível do horário e até a fuga ao trânsito ou às horas de ponta são habitualmente vistas como as suas principais vantagens.

A redução do tempo e dinheiro investido em transportes ou deslocações é também vista como outra das possibilidades, bem como o consequente aumento do tempo livre, gerando uma maior disponibilidade para a família, por exemplo. Por fim, o maior controlo do ritmo de trabalho, ao ser possível controlar de forma mais eficaz as interrupções, é também visto como um benefício.

Contudo, há também um outro lado quando falamos deste tipo de profissão, com um conjunto de desafios por que passam agora muitos profissionais. Desde logo, trabalhar em casa pode gerar alguma dificuldade em distinguir a vida pessoal da profissional – algo que poderá levar à ultrapassagem do limite saudável de trabalho realizado num dia, por exemplo.

#1 Designer Na categoria de designer, podemos incluir as modalidades de designer gráfico (que desenha e produz de conteúdos para impressão ou de estratégias de identidade visual, por exemplo) ou webdesigner (que desenha sites, páginas e conteúdos a publicar online). Em qualquer uma destas especialidades, o designer é um profissional que, por norma, trabalha por projetos e de forma individual, reunindo por isso as condições ideais para trabalhar a partir de casa. Talento para desenhar, criatividade, conhecimento em software de desenho e de edição, bem como capacidade de execução de projetos são algumas das características exigidas nesta profissão.

Por outro lado, a modalidade de trabalho a partir de casa pode criar um isolamento social face a colegas e contactos profissionais. Este é um dado importante, tendo em conta que o estabelecimento de relações saudáveis e próximas com colegas de trabalho é apontado como um dos pontos essenciais para a produtividade, não só em termos de motivação, como também em termos de integração e valorização do próprio trabalho.

#2 Tradutor/a Independentemente das benefícios ou desvantagens de trabalhar em casa, a crescente digitalização das relações (sociais, profissionais, comerciais) parece tornar a modalidade do teletrabalho uma realidade cada vez mais presente. Tendo em conta a importância da decisão, deves ponderar se as características deste trabalho se adequam ao teu perfil e interesses.

O/a tradutor/a trabalha sobretudo textos (como livros, revistas ou documentos), ao contrário de um/a intérprete, que fazem o elo de ligação entre pessoas que comunicam em línguas diferentes. Tendo com conta estas características, a tradução é uma área com bastante afinidade com o trabalho a partir de casa, seja nas áreas de edição de publicações, comércio, diplomacia ou atividade turística. Para além do conhecimento (muito!) aprofundado das línguas com que trabalham, estes profissionais necessitam ainda de conhecer as culturas associadas, de forma a conseguir traduzir frases ou expressões mais complexas.


40 | Forum Estudante | mar’21

/Profissões

#5 Produtor de Conteúdo A função de “produtor de conteúdo” designa um conjunto de profissões na área do Marketing Digital, num mundo marcado pelo crescimento exponencial de conteúdos (textuais e audiovisuais) produzidos e partilhados. Afinal de conteas, content is king. Desta forma, podemos incluir nesta categoria copywriters (produtores de textos publicitários), podcasters ou até designers e editores de vídeo. Estes conteúdos podem ir de um post numa rede social a uma infografia, passando por um ebook um vídeo. Habitualmente, esta produção implica um grau de independência elevado, sendo que competências como gosto pela escrita e leitura, criatividade e organização serão essenciais.

#3 Programador O/a programador/a é o/a responsável pela criação e gestão de várias soluções informáticas. Essa diversidade fica presente na quantidade de especializações existentes – software, web, mobile, sistemas, videojogos, entre outras. Em comum, estes profissionais desenvolvem (com recurso a códigos como Java, Python ou C++) instruções e algoritmos para controlo de um computador. Este é um trabalho com procura elevada, no mercado de trabalho atual, sendo que as características da sua atividade possibilitam o trabalho a partir de casa. Capacidade análise, de resolução de problemas, raciocínio lógico e resiliência serão qualidades importantes.

#6 Agente de Viagens (online) Poderá parecer um contrassenso que um agente de viagens possa ser primariamente um profissional que trabalha a partir de casa. Contudo, a evolução digital e informativa a que assistimos tem conduzido a esta transformação no sector, criando uma espécie de consultores de viagens independentes, que desempenham em casa, através do seu computador todo o seu trabalho – que passa por organizar e promover a venda de e a prestação de serviços turísticos, esclarecendo dúvidas e prestando informações. Boa cultura geral, capacidade de comunicação e conhecimento de línguas e informática serão essenciais, para além do gosto por viajar.

#4 Cientista de Dados Os cientistas de dados são os profissionais que analisam os indicadores que podem determinar o sucesso ou insucesso de uma empresa ou instituição, procurando desafios que, de outra forma, não seriam tidos em consideração. Nesse sentido, recorrendo à análise de Big Data, estes e estas profissionais estabelecem relações entre dados, apresentando tabelas estatísticas e relatórios. Todas estas etapas são predominantemente individuais e marcadas pelo cunho pessoal do ou da analista – detalhes que tornam esta profissão compatível com o teletrabalho. Aptidão pela matemática e estatística, capacidade de gestão de projetos e raciocínio analítico serão algumas das competências mais importantes.


#9 Editor de Vídeo No mundo do marketing digital, o vídeo é visto, atualmente, como o tipo de conteúdo mais importante para interagir com uma audiência. A explicação pode ser encontrada nas estatísticas de utilização do YouTube, por exemplo – a cada dia, são visualizadas mil milhões de horas de conteúdo nesta plataforma. A produção de vídeo assume, por isso, uma importância estratégica, bem como a edição deste tipo de conteúdos. Os editores e editoras de vídeo vão, a partir de conteúdo em bruto, criar um produto final, trabalhando por norma de forma independente. A qualidade do resultado dependerá da capacidade técnica, criativa e de resolução de problemas inesperados(como imagens com má qualidade, por exemplo).

#7 Social Media Manager À medida que a comunicação através das redes sociais ganhou protagonismo e relevância institucional, assistimos ao surgimento dos/das gestores/as de redes sociais ou social media managers. São eles e elas que desenham, implementam e avaliam uma estratégia de comunicação para as redes sociais, ajustando os conteúdos partilhados aos objetivos e missão da empresa ou instituição. Podem integrar as equipas de comunicação de uma empresa ou trabalhar de forma independente. As suas funções vão da criação de conteúdos à pesquisa de mercado, passando pela avaliação da estratégia. Por essa razão, esta função implica uma mistura entre criatividade, capacidade de análise e de adaptação.

#10 Vendas e Marketing Numa altura em que um número crescente de compras e vendas se realizam online, a área comercial tem visto a sua vertente de trabalho a distância ser reforçada, sobretudo em dimensões como o apoio e assistência ao cliente, a representação comercial (criando propostas e parcerias) ou gestão de e-commerce. Estes últimos são os e as profissionais que desenham estratégias de vendas online, definindo preços e promoções, por exemplo, bem como lidando com os processos logísticos para a entrega e comunicação. Capacidade de comunicação será um dos pontos mais importantes para desempenhar esta função, bem como criatividade e raciocínio analítico.

#8 Gestor/a de Equipa A gestão de equipas é uma das ocupações apontadas como emergente, seja na modalidade presencial ou a distância, sendo que, atualmente, muitas equipas se encontram a trabalhar a distância. Contudo, uma das aplicações desta ocupação é realizada por norma em modalidade de teletrabalho – por exemplo, a gestão de equipas de suporte tecnológico (que apoiam a instalação e resolução de problemas), que tem vindo a obter um protagonismo crescente no mercado de trabalho atual. Para além das óbvias capacidade de comunicação, organização ou de gestão de conflitos, por exemplo, outras competências como empatia ou capacidade de escuta ativa farão toda a diferença nesta função.


42 | Forum Estudante | mar’21

/IEFP

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Linguagens de Programação (Java, .NET, Python e Web), Cibersegurança, Gestão de Redes Sociais, Comércio Digital ou Análise de Dados são algumas das áreas em que se inserem os cursos do Programa Jovem + Digital.

Programa Jovem + Digital

Aceitas o desafio?


www.iefp.pt Conhece o novo programa do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) que procura garantir aos jovens competências na área digital — cada vez mais importantes no mercado de trabalho.

O contexto vivido atualmente, durante a pandemia provocada pela Covid-19, tem implicado várias e profundas alterações sociais e económicas. Uma das mais importantes diz respeito ao mundo do trabalho e das empresas, que agora procuram alargar os seus negócios ligados à área digital. Este processo de digitalização tem sido uma das tendências, ao longo da última década – mas não sem os seus problemas. Como recorda o IEFP, já antes da pandemia SARS-CoV-2 “se verificava uma falta de recursos humanos com as competências adequadas às necessida-

Uma formação “da máxima importância” No atual contexto, a formação de recursos humanos, sobretudo de jovens adultos, no quadro da área digital “assume a máxima importância e urgência”, destaca o IEFP. Por essa razão, acrescenta este instituto estão a ser mobilizados “todos os esforços nesse sentido”, sendo que o IEFP tem vindo a trabalhar para “um Portugal mais digital, uma maior inclusão social e uma maior adequação das competências dos recursos humanos ao mercado de trabalho” que resultem numa “maior empregabilidade, garantindo as condições fundamentais de qualidade e eficácia”.

des das empresas na área digital”. Agora, num contexto pandémico em que os recursos digitais são ainda mais importantes, o aumento desta necessidade tornou mais evidente a falta destes

Programa destina-se a todos os jovens com idades entre os 18 e os 35 anos que procurem garantir as competências digitais que vão fazer a diferença no mercado de trabalho atual.

profissionais no mercado de trabalho. Por essa razão, a utilização da formação e das qualificações para a resolução deste desencontro tem sido uma das prioridades do IEFP (ver caixa). Através da (re)qualificação digital, será possível aos trabalhadores encontrarem mais oportunidades de emprego, com melhores salários, aumentando a competitividade da economia nacional. É neste ponto que surge a nova iniciativa do IEFP – o Programa Jovem + Digital.

O que é o Programa Jovem + Digital? Lançado em outubro de 2020, o Programa Jovem + Digital procura reforçar a qualidade, a eficácia e a agilidade da formação e da qualificação profissionais,

“com vista à aquisição pelos jovens de competências específicas na área digital”. Por essa razão, esta iniciativa destina-se aos jovens com idades entre os 18 e os 35 anos, com habilitação de nível secundário ou superior, bem como os que não tenham concluído o último ano do ensino secundário e aos que estejam a realizar processos de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) deste nível de ensino. O Programa Jovem + Digital procura, assim, os jovens que estejam interessados em ganhar competências digitais que lhes permitam abordar de outra forma a entrada (ou reentrada) no mercado de trabalho.

Quais os (per)cursos digitais? Os jovens incluídos neste programa vão ter acesso aos percursos de formação na área digital em áreas como Linguagens de Programação (Java, .NET, Python e Web), Cibersegurança, Gestão de Redes Sociais, Comércio Digital, UX/UI Design, Análise de Dados, Business Intelligence, entre outros. Estes cursos têm uma duração que pode ir até às 350 horas. Todos os jovens que sejam integrados nestas formações têm direito a uma bolsa de formação e ao subsídio de alimentação, bem como ao seguro de acidentes pessoais, durante o período de formação. “Esta é, sem dúvida, uma oportunidade única para aumentares as tuas qualificações e potenciares o teu (re)ingresso no mercado de trabalho”, destaca o IEFP, dirigindo-se aos jovens, antes de concluir: “Aceita este desafio!”.


44 | Forum Estudante | mar’21

/IEFP

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Ativar a entrada no mundo do trabalho

Fica a saber mais sobre os Estágios ATIVAR.PT – uma medida do Instituto de Emprego e Formação Profissional dirigida aos jovens desempregados com menos de 30 anos. Foi no dia 15 de fevereiro que abriu a fase de candidaturas ao Programa ATIVAR.PT para potenciais entidades promotoras. Desta forma, até dia 30 de junho de 2021, os empregadores nacionais vão candidatar-se a abrir vagas de estágio nas suas empresas, naquela que é a primeira fase de candidaturas do programa em 2021. Este programa de estágios foi fundado “num contexto muito difícil”, em plena crise pandémica, salienta o IEFP, funcionando como um “apoio à

transição do mundo das qualificações para o mercado de trabalho”. Entre outros públicos, os estágios ATIVAR. PT destinam-se a todos os e as jovens com idade igual ou superior a 18 anos e menor ou igual a 30 anos e que detenham uma qualificação a partir do nível 3 do Quadro Nacional de Qualificações (Ensino Secundário). As oportunidades garantidas pela medida Estágios ATIVAR.PT respondem às necessidades dos “jovens recém-formados, com pouca experiência

profissional” e que necessitem de uma oportunidade para “consolidar e experimentar os seus conhecimentos”, potenciando oportunidades de emprego. Nesse sentido, estes estágios têm uma dupla valência. Tanto podem funcionar como um estímulo à inserção de jovens no mercado de trabalho ou como uma oportunidade de reconversão profissional por parte de alguém que se encontre desempregado.


www.iefp.pt

Para mais saber , port visita o al do IEFP .

T ATIVAR.P s io g á t s ens E Os dos os jov o t a e s m que destina 30 anos e s o a 8 1 s ão com do qualificaç a m u m a h adro deten el 3 do Qu ív n o d ir t es. a par ualificaçõ Q e d l a n io Nac

Bolsa de estágio varia em função da qualificação do estagiário e poderá ir dos 526,57€, no caso do Nível 3 (Ensino Complementar), até aos 1053,14€, no caso do Nível 8 (Doutoramento).

Qual a duração? E o vencimento? Os estágios ATIVAR.PT têm, habitualmente, uma duração de 9 meses não prorrogáveis. Nos casos em que o IEFP reconheça que o estágio é desenvolvido no âmbito de projetos de interesse estratégico, seja para a economia nacional ou para a região, a duração pode variar entre os 6, os 9 e os 12 meses. Estes estágios conferem também aos participantes a oportunidade de beneficiar de um rendimento obtido através de uma bolsa de estágio e subsídios. O valor desta bolsa varia em função da qualificação do estagiário – poderá ir dos 526,57€, no caso

Prémio ao Emprego A medida Estágios ATIVAR.PT procura ainda estimular a transformação destas oportunidades em postos de trabalho. Assim, caso seja celebrado com o estagiário um contrato de trabalho sem termo, até 20 dias depois da conclusão do estágio, a entidade promotora terá direito a um valor monetário que poderá ir até 2194€ crescido de diversas majorações.

do Nível 3 (Ensino Complementar), até aos 1053,14€, no caso do Nível 8 (Doutoramento). Para além da bolsa, o estagiário tem direito a refeição ou subsídio de alimentação, seguro de acidentes de trabalho e, nalgumas circunstâncias, a subsídio de transporte. Estes apoios são pagos pela entidade promotora do estágio, sendo comparticipados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). A medida prevê ainda a atribuição de um apoio financeiro aos empregadores que celebrem contratos de trabalho com os estagiários, logo após o final do estágio (ver caixa).


46 | Forum Estudante | mar’21

/IPDJ

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E tu? Naveg@s em Segurança?

Em 2021, o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) realiza mais uma edição da iniciativa “Naveg@s em Segurança?”, dinamizando sessões de esclarecimento para escolas e associações juvenis ou desportivas, entre outras. Cyberbullying Cyberbullying,, notícias falsas, proteção de dados ou dependências online são apenas alguns dos temas em destaque. Sabe tudo sobre esta iniciativa e descobre como podes participar!


ipdj.gov.pt

#3 Como participar? O desafio deixado pelo IPDJ a todas as escolas e outras entidades é que façam a sua inscrição, em qualquer altura, até dia 7 de dezembro, solicitando a realização de uma destas ações. A organização do “Naveg@s em Segurança?” deixa ainda alguns exemplos de temas que poderão ser tratados: fake news, cyberbullying, Internet das coisas, dependências online, proteção de dados, discurso de ódio ou redes sociais, entre outros.

#1 O que é? O “Naveg@s em Segurança?” é uma iniciativa do IPDJ promovida através do Centro Internet Segura que, de 1 de fevereiro a 7 de dezembro, realiza workshops ou ações de sensibilização e divulgação sobre o mundo digital. Estas sessões são destinadas à participação de escolas, associações juvenis e desportivas ou outras entidades, sendo dirigidas, por isso, a todos os estudantes, educadores, grupos, associações ou cidadãos em geral.

E se a tua escola participasse num webinar sobre como navegar em segurança no mundo digital? Partilha o projeto “Naveg@s em Segurança?” com um/a professor/a! As inscrições estão abertas aqui.

#2 Porquê participar? Cada vez mais, viajar pelo mundo digital nos apresenta desafios e possíveis dificuldades. Como posso garantir a minha segurança? Consigo prever as ameaças que me rodeiam? E quais são os meus direitos, no que toca à minha privacidade? Estas são algumas das respostas que o programa “Naveg@s em Segurança?” te poderá ajudar a responder, ao ensinar-te a realizar uma navegação segura, contornando os obstáculos do mundo digital.

Voluntariado Jovem “Naveg@s em Segurança?” As sessões informativas e de sensibilização do programa “Naveg@s em Segurança?” são dinamizadas por jovens voluntários interessados em partilhar conhecimentos sobre segurança e literacia digitais. No seu site, o IPDJ explica qual o perfil de voluntários/ as procurado: ter entre 18 e 30 anos, conhecimentos de tecnologias de informação e comunicação, bem como boa capacidade de comunicação e relacionamento interpessoal. Possuir um Certificado de Competências Pedagógicas ou ter participado em edições anteriores do projeto são ainda critérios preferenciais. A participação neste projeto de voluntariado inclui o acesso a uma formação específica e o pagamento de uma bolsa para eventuais despesas de transporte. Para saber como participar, clica aqui.

Se tens mais de 18 anos e interesse em ser voluntário neste projeto de literacia digital, partilhando o teu conhecimento sobre estas tecnologias, sabe como participar aqui.

#4 Como funcionam as ações? As ações de sensibilização ou sessões informativas serão dinamizadas por jovens animadores voluntários (ver caixa), tendo a duração de 45 a 60 minutos. Incluem uma apresentação multimédia e um momento de esclarecimento de dúvidas. Idealmente, estes eventos decorreriam nas Lojas Ponto JA do IPDJ. Contudo, devido à pandemia da Covid-19, as sessões poderão também ocorrer via streaming, assumindo a forma de webinars.

#5 Quem já participou? O programa “Naveg@s em Segurança?” realiza-se desde 2012. Desde então, milhares de estudantes já ficaram a saber mais sobre o mundo digital, conhecendo as oportunidades e ameaças, bem como os seus direitos. Em 2019, por exemplo, registaram-se mais 12 200 participantes, num total de 450 sessões realizadas.


48 | Forum Estudante | mar’21

/ReDescobrir a Terra

5 tendências de futuro na Agricultura A imagem do agricultor de enxada na mão, a trabalhar a terra com o suor do seu cansaço, está ultrapassada. Hoje, a Agricultura é uma atividade cada vez mais sofisticada e que utiliza muitas vezes tecnologia de ponta para obter os melhores resultados. Queres saber mais? Vamos mostrar-te as ferramentas que estão a transformar a Agricultura.

uma iniciativa

C o fi n a n c i a d o p o r :

parceiros

Escola Profissional Agrícola

Afonso Duarte


precisão. Os dados fornecidos pelos sensores são tratados e analisados ao segundo, permitindo uma intervenção exata e certeira, com poupança de recursos e maximização de resultados. A utilização da Inteligência Artificial avalia o desempenho e aponta soluções para todas as operações, analisando grandes volumes de dados e identificando padrões que nos passam despercebidos.

nutrientes específicos, durabilidade mais extensa nas prateleiras e menos tempo para atingir a maturação. Com isso, é possível conseguir produtos com uma qualidade superior, mais nutritivos e com um custo menor, tanto para o produtor como para o consumidor final.

#1 Drones Começamos por aquilo que pode, à primeira vista, não ter nada que ver com Agricultura: para que serve um drone no meio de um campo de milho ou cevada? Os drones são cada vez mais utilizados nos trabalhos agrícolas, para cumprirem uma variedade de papéis. Em primeiro lugar, ajudam a mapear e a fotografar os terrenos, permitindo ao agricultor um conhecimento aprofundado sobre os seus campos. Os drones são também utilizados para pulverizar as plantações ou para contar cabeças de gado, utilizando softwares que permitem uma maior precisão. Por outro lado, os drones podem ser utilizados como sistema de vigilância, quer em termos de segurança, quer também para localizar focos de incêndio antes de alastrar, por exemplo.

#2 Robots de alta precisão

Assim como os drones, existem já atualmente robots de alta precisão adaptados às exigências da atividade agrícola. Hoje em dia, é possível encontrarmos estufas inteiramente robotizadas, que demonstram as possibilidades de uma verdadeira agricultura de

#3 Hidroponia A hidroponia consiste em cultivar plantas sem terra, utilizando uma solução nutritiva que fornece, na medida exata e de forma constante, todos os nutrientes que os vegetais necessitam. As raízes das plantas estão, assim, suspensas em meio líquido ou apoiadas em algum substrato inerte (como lã de rocha, por exemplo), mas sem a necessidade de estarem em contacto com o solo. Esta técnica permite e facilita o cultivo de praticamente qualquer planta em qualquer época do ano. Por outro lado, é uma técnica que permite reduções substanciais no uso de água, abrindo a possibilidade da criação de plantas em ambientes hostis e secos.

#4 Alimentos geneticamente modificados Também conhecidos como “transgénicos”, os alimentos geneticamente modificados são fruto da engenharia genética que produz alimentos com base em organismos que sofreram modificações específicas no seu ADN. Algumas dessas alterações genéticas dão às plantas maior resistência a pragas, maiores teores de

#5 Hortas verticais Pode parecer uma tendência pouco tecnológica ou até já nem ser grande novidade, mas só recentemente é que as hortas verticais começaram a ser, mais do que cientificamente possíveis, também financeiramente viáveis. A verdade é que oferecem inúmeras vantagens, começando pela mais óbvia, que será a possibilidade de cultivar em ambientes urbanos com pouco espaço, obtendo assim produtos mais frescos e a um menor custo. As hortas verticais permitem também que os agricultores, em qualquer parte, façam um melhor uso do espaço disponível e possam, assim, cultivar culturas que não seriam, à partida, viáveis nas suas explorações.


50 | Forum Estudante | mar’21

/Internet Segura

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Entrevista Vânia Beliz

«Não devemos fechar-nos na vergonha»

Vânia Beliz é autora de vários livros sobre educação sexual. Em entrevista à FORUM, a psicóloga clínica especializada em Sexologia reflete sobre alguns dos principais riscos e consequências associados à ligação entre sexualidade e as novas tecnologias: “Perante uma situação de risco, não devemos fechar-nos na vergonha. Nunca devemos mergulhar no silêncio, pedir ajuda é muito importante”. Recentemente, o Centro Internet Segura realizou um webinar sobre o tema “Sexualidade e Comportamentos de Risco Online”. Pode dizer-nos quais são os principais comportamentos de risco adotados pelo jovens em Portugal? A Internet tem mudado a forma como nos relacionamos. Infelizmente multiplicam-se, também, as queixas de invasão e violação da privacidade com muitas queixas da divulgação de conteúdos da esfera íntima. A procura pela pornografia também tem trazido algumas dificuldades para os relacionamentos “reais”, uma vez que é usada para “aprender”, criando falsas expectativas .

Em entrevistas passadas, afirmou que a sexualidade continua a ser um tabu e que continua a ser necessário falar mais sobre esse tema. Que influência pode ter este contexto na ligação dos jovens aos comportamentos de risco? E de que forma se pode mudar esse paradigma? A educação sexual tem de se adaptar aos novos desafios. É importante que os jovens conheçam as potencialidades e os riscos destas novas formas de

relacionamento. Hoje, temos muitas com os mesmos interesses de forma entidades que nos podem apoiar numa mais rápida. O consumo de pornografia situação de risco. Por isso, divulgar pode banalizar a intimidade e dar contactos de apoio, por exemplo, ideias erradas do que é a satisfação é muito importante. Ainda assim, a e prazer. Também não queremos que aposta deve recair as pessoas vejam na na prevenção, Internet a única forma «As vítimas nunca para não sermos de serem felizes. Passar confrontados com são culpadas. muitas horas em frente uma situação que Quando somos alvo a um ecrã tem consesai do nosso conquências graves para de um crime, do o desenvolvimento – trolo e que pode prejudicar-nos. outro lado, existem nada substitui o toque a presença do outro, Do ponto de vista pessoas experientes eestes confinamentos do conhecimento, e manipuladoras» têm mostrado isso. existe acesso a Por outro lado, tenho muita informação, mas muita dela é errada e não contribui há 4 anos uma linha no WhatsApp de esclarecimento em sexualidade, por para uma sexualidade saudável. exemplo, que permite tirar dúvidas de As redes sociais e a Internet forma sigilosa e gratuita. Sem as novas são normalmente associadas a tecnologias, não seria possível.

fenómenos nocivos, no que diz respeito à sexualidade dos jovens. Pensa que a tecnologia pode ocupar um papel na construção de uma vida sexual saudável para os jovens? Se sim, de que forma?

No caso de algum jovem enfrentar alguns destes contextos adversos, existem alguns passos que possam ajudar à resolução da situação? Quais?

O sexo virtual diminui as principais situações de risco, como infeções e gravidez [indesejada], mas despersonaliza-nos. Penso que pode ser uma mais-valia para conhecermos pessoas

Perante uma situação de risco não devemos fechar-nos na vergonha. Entidades como as forças policiais, a APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, entre outras,

Sabe mais sobre sexualidade e comportamentos de risco online em www.internetsegura.pt


51 | Forum Estudante | mar’21

/Internet Segura

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/internetsegura.pt oferecem atendimento especializado perante uma situação de risco. As vítimas nunca são culpadas. Quando somos alvo de um crime, do outro lado, existem pessoas experientes e manipuladoras. Nunca devemos mergulhar no silêncio, pedir ajuda é muito importante.

Como pensa que se deve caracterizar a comunicação entre filhos e pais ou encarregados de educação sobre o tema da sexualidade? A comunicação deve existir desde cedo. Não precisamos de nos sentar no sofá e ter “aquela” conversa. Existem muitas formas de falar sobre as temáticas da sexualidade de forma aberta e sem rodeios. Começar na puberdade ou adolescência é um erro. É óbvio que existem temas que são da

/internet_segura

nossa esfera íntima e que não precisamos falar, mas devemos ter neles um porto seguro. Cabe às famílias educar para o estabelecimento de relações saudáveis de forma a evitar situações

«Começar [a abordar o tema da sexualidade com os filhos] na puberdade ou adolescência é um erro. Não precisamos de nos sentar no sofá e ter “aquela” conversa […] Educar para a sexualidade não é apenas falar de sexo»

/cispt

de abuso. Educar para a sexualidade não é apenas falar de sexo.

Há alguma mensagem que queira deixar aos estudantes portugueses? A Internet não é um bicho papão, tem muitas coisas que vieram melhorar os nossos relacionamentos. Mas viver dentro dos ecrãs pode ser redutor e dar-nos uma perspetiva de que precisamos de ser tão felizes ou tão bem-sucedidos como os influencers que conhecemos. Quanto à intimidade, é importante evitar enviar conteúdos que nos possam comprometer e refletir sobre cada mensagem enviada. Se, antes, o que acontecia num sítio ali ficava, agora nunca estamos sozinhos. Nunca estamos longe de uma câmara que nos pode catapultar para o mundo, pelo melhor e pelo pior motivo.


52 | Forum Estudante | mar’21

/Justiça para Tod@s

Justiça para Tod@s

Também se vai a tribunal para aprender Queres conhecer melhor o funcionamento da Justiça? O programa Justiça para Tod@s é o desafio ideal para ti. Juntamente com os teus colegas, simula um julgamento, num caso de diretos humanos, conhecendo o papel de todos os intervenientes, com a ajuda de advogados e juízes.

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Objetivos do Programa Justiça para Todos

#1 Reforçar o valor da participação e cidadania

#2 Promover valores democráticos através da compreensão do Estado de Direito

#3 Aproximar os jovens e o sistema judicial

#4 Despertar a consciência para a importância dos Direitos Humanos


54 | Forum Estudante | mar’21

/Pancadas

Entrevista a Fernão Mendes Pinto: «Prefiro a expressão ‘factos alternativos’» Encontrámos Fernão Mendes Pinto a praticar caravanismo na costa vicentina, com o patrocínio de uma conhecida marca de artigos de campismo. O explorador português e autor de “Peregrinação” explicou à FORUM que é agora instagrammer de viagens e, entre dois lives e uma selfie, aceitou responder a algumas perguntas sobre as suas aventuras. A primeira questão terá de ser esta. Algumas das histórias que conta em “Peregrinação” são mentira? Essa palavra: “mentira”... Sabes que não gosto muito desse tipo de palavras, percebes? Prefiro a expressão “factos alternativos” para falar das minhas aventuras. Quer dizer, o que é que é a mentira, não é? E, tipo, o que é que é a verdade? São coisas muito subjetivas e por isso...

[interrompe] Bem, neste caso a pergunta é objetiva. Viveu mesmo todas as aventuras que conta na sua obra que envolve piratas, naufrágios, prisões, tesouros e muito mais? Pá, é assim, isto é tipo as redes sociais, estás a ver? Hoje em dia, sou influencer e é um trabalho incrível. Acho que inspiro pessoas todos os dias e sinto-me mesmo blessed. E nós, quer dizer, mostramos a realidade. Mas é uma parte da realidade, tipo, há filtros que usamos e crops que fazemos, claro. Mas, no final, não podemos dizer que é mentira.

Pelo que estamos a perceber, nem tudo será verdade em “Peregrinação”... É assim, eu acho que podes acreditar no que quiseres, estás a ver? Tipo, não

vou ser eu a dizer-te “isto é preto” ou “isto é branco” ou “isto é um otomano pronto a fazer-te prisioneiro e vender-te a um mercador grego”. De qualquer forma, penso que essa obsessão com a verdade não é saudável. Pá, é um livro, percebes? Não é um live ou um stream ou assim. É suposto estimular a imaginação.

O que é que o levou a escrever esta obra? Olha, durante muitos anos acharam que eu era um grande mentiroso. Toda essa história do “Fernão, Mentes? Minto”, não é? Aliás, as perguntas que

me estás a fazer mostram que essa ideia ainda existe. Mas acredita que eu escrevi estas histórias com um único objetivo: deixar aos meus filhos um relato das aventuras por que passei, mostrando também um mundo novo que conheci. E dar a conhecer a forma como as pessoas se comportavam. Simples. Estes são os factos que tanto te parecem preocupar, okay? Straight Facts. A partir daí, cada um acredita no que quiser.

É justo. E qual considera ser o legado sua obra? Basicamente, eu inaugurei a literatura de viagem em Portugal. Só. Hoje em dia, é tudo muito fácil, não é? Tipo, dás três toques no rectângulo mágico que levas no bolso e já está – do outro lado do Mundo, alguém passa a conhecer uma nova realidade, a saber o que por lá acontece, de que forma uns fazem fortuna, de que forma outros tudo perdem. Agora, tenta fazer isto há mais de 500 anos, com uma pena e um pergaminho. Não, a sério. Estás a vontade para tentar. Tenho tempo. Só vou ter um Q & A com seguidores depois de jantar.


55 | Forum Estudante | mar’21 dez’20

/HorosCópos

As estrelas dizem que somos muito pequenos, vistos lá de cima Como sabem, ao contrário das pessoas, as estrelas não mentem. O último astro a mentir foi a estrela Sirius, em 1999, quando disse a toda a gente que era madrinha do Harry Potter. Afinal, era só para se armar em estrela. Enfim. Consultei o céu estrelado para vos dizer o que futuro vos reserva. Preparados? Touro (20/04 a 20/05) A trajetória de Marte não deixa margem para dúvidas, permitindo uma importante conclusão – este é um planeta que orbita o Sol. Esta informação revolucionária tem implicações na vida emocional dos nativos e nativas de Touro, que vão ter tendência para refletir sobre a qualidade cíclica da existência, durante o segundo passeio higiénico da semana. E novamente durante o terceiro. Gémeos (21/05 a 20/06) Olhando o mapa astral de Gémeos, verificamos que a distância do Sol a Vénus é, curiosamente, exatamente a mesma que de Vénus ao Sol. Como é óbvio, isto é uma clara indicação de que os nativos e nativas de Gémeos vão ter uma boa surpresa, lá para meio do mês de março. Pelos meus cálculos, vão conseguir finalmente fazer torradas que não ficam demasiado tostadas. Por aqui se vê que será um mês emocionante. Caranguejo (21/06 a 22/07) É curiosa a posição de Alpha Centauri A no mapa astral de Caranguejo, evidenciando que o período de tempo entre as 14h33 e as 15h17 de 27 de março poderá apresentar uma excelente oportunidade – dormir uma sesta. A rotação de Proxima Centauri, contudo, chama a atenção para o sentimento de desorientação que poderá surgir, durante as horas seguintes. Leão (23/07 a 22/08) Mercúrio decidiu armar-se em estrela e influenciar o mapa astral de Leão. A influência deste planeta reflete-se de uma forma pouco clara, permitindo apenas tirar conclusões difusas que, por serem tão abrangentes, podem ser aplicadas a qualquer ser humano, em qualquer altura. Como, por exemplo, que março será um mês que favorece a comunicação com as pessoas mais próximas. Por esta é que não esperavas. Virgem (23/08 a 22/09) No mundo da astrologia, o movimento retrógado é o movimento mais temido

do plano astral, sinalizando contratempos, imprevistos e dificuldades. Não deixa de ser curioso que este movimento, contudo, seja aparente. Afinal de contas, é sobretudo o movimento do planeta Terra que influencia a nossa perceção das estrelas. Portanto, nativos e nativas de Virgem, não liguem ao movimento retrógado de Júpiter. É apenas um planeta que precisa de atenção. Balança (23/09 a 22/10) Ainda mais interessante do que prever o futuro de um conjunto gigantesco de pessoas, tendo por base uma data de nascimento e a posição das estrelas no firmamento, é mesmo tirar conclusões genéricas sobre a sua personalidade. Aqui fica a minha leitura dos nativos e nativas de Balança, que são conhecidos pela sua timidez, sociabilidade, egoísmo, altruísmo, empatia e individualismo. Um perfil bastante completo. Escorpião (23/10 a 21/11) A sexta casa dos nativos e nativas de Escorpião é habitada por nada mais nada menos do que 6 planetas e 7 estrelas. Como deves calcular, esta é uma clara violação dos princípios de distanciamento estelar, pelo que poderão existir problemas com as autoridades, que pensarão tratar-se de uma festa ilegal. Sagitário (22/11 a 21/12) Há um grande alarido no mapa astral de Sagitário. O Sol está na casa da Lua e a Lua está na casa do Sol – um facto que parece indiciar um esquema de arrendamento temporário no mundo imobiliário astronómico. As autoridades estão já a investigar o caso, sendo que a consequência, para estes nativos, será passar grande parte do seu tempo em casa. Chocante. Capricórnio (22/12 a 19/01) Há muitos mentirosos e charlatões no ramo da astrologia. Uma estratégia habitual destes maus profissionais passa por misturar previsões positivas e genéricas com previsões negativas e condicionais. Algo que envergonha a profissão, sinceramente. Previsão para Capricónio? Este será um mês óptimo para executar projetos. Atenção aos

Signo do Mês

Carneiro (21/03 a 19/04) Como deves imaginar, uma estrela é muito mais do uma mera esfera gigante de plasma que arde no vazio do espaço sideral, a quatriliões de quilómetros de distância. É também uma fonte de informação muito fidedigna todas as pequenas decisões que deves tomar na tua vida. Nesse sentido, a minha previsão do mês para os nativos e nativas de Carneiro é que não devem acreditar em tudo o que leem.

relacionamentos, que poderão sofrer, caso não controles as emoções. Aquário (20/01 a 18/02) A posição de Plutão é problemática, sobretudo tendo em conta a tendência deste corpo celeste para oscilar entre ser planeta e não ser planeta. As consequências vão fazer-se refletir no mundo da saúde dos nativos e nativas de Aquário, que poderão sentir-se levemente maldispostos, depois de comer um pacote inteiro de gomas. Peixes (19/02 a 20/03) Há um fenómeno humano muito curioso com o nome de confirmation bias [tendência de confirmação]. Esta é a tendência que temos de recordar e destacar a informação que confirma a nossas expectativas iniciais. Talvez seja por isso que valha a pena dizer aos nativos e nativas de Peixe que a posição de um determinado corpo celeste num desenho do firmamento tem uma consequência clara: MARÇO VAI SER O MELHOR MÊS DE SEMPRE. De nada, amigos.



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