Guia dos Mestrados 2025 by Forum Estudante

XXIV | Anual | 2025 | Grátis

GUIA DOS MESTRADOS*

A caminho da formação avançada

*Mestrados, Pós-graduações e Doutoramentos

Ano

índice

E depois da licenciatura?

Terminar uma licenciatura é uma conquista importante, mas não significa que tenha de ser o final do teu caminho académico. Conhece as opções à tua disposição, para continuares o teu percurso.

Quais as razões para fazer um mestrado?

O número de estudantes de mestrado continua a aumentar em Portugal, tendo já ultrapassado a marca dos 80 mil alunos. Quais são algumas das razões que levam os estudantes em Portugal a escolher esta opção. Descobre tudo aqui.

Tese, Projeto ou Estágio? As tuas opções num mestrado

Para concluíres um mestrado, tens de escolher uma de três opções para trabalho final – tese, projeto ou (relatório de) estágio. Fica a saber mais sobre cada uma destas opções neste artigo.

Dicas para escrever uma tese de mestrado

Escrever uma tese ou dissertação de mestrado não tem de ser uma tarefa difícil. Segue os nossos oito conselhos para conseguires ultrapassar os teus obstáculos.

O momento de apresentar uma dissertação

O último passo para concluíres o mestrado envolve apresentar o teu trabalho perante um júri. Fica a saber como podes preparar este momento ao pormenor aqui.

Tudo sobre pós-graduações

A pós-graduação é uma oferta formativa de ensino superior com características únicas. Sabe tudo sobre as opções que tens à disposição aqui.

O retrato da investigação científica em Portugal

Tens como objetivo seguir um dia para doutoramento e fazer parte da comunidade de investigação científica?

Neste artigo, damos-te uma visão abrangente do ecossistema nacional de investigação.

Tudo o que precisas de saber sobre um estágio curricular

Os estágios curriculares são habituais no Ensino Superior, garantindo-te a oportunidade de uma primeira experiência laboral na tua área de estudos. Sabe tudo sobre esse momento.

Como é ser trabalhador-estudante?

Existem cada vez mais estudantes a trabalhar para cobrir os custos de vida que vêm com a entrada no ensino superior. Sabe mais sobre o estatuto que te reserva direitos e deveres.

Índice de Instituições

Edição 2025/2026

Ficha Técnica

Nº de registo ERC 121941

Telefone 218 854 730

E-mail geral@forum.pt

Direção Gonçalo Gil goncalo.gil@forum.pt

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Redação Fábio Rodrigues (editor) fabio.rodrigues@forum.pt José Piteira jose.piteira@forum.pt

Publicidade Félix Edgar (Tel.: 218 854 103) felix.edgar@forum.pt

Distribuição Vítor Silva (Tel.: 218 854 755) vitor.silva@forum.pt

MESTRADOS

CIÊNCIAS

Biologia Computacional e Bioinformática

Biomateriais e Nanomedicina

Bioquímica

Bioquímica para a Saúde

Biotecnologia

Ciências Gastronómicas

Educação

Ensino de Matemática no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário

Estatística Aplicada à Saúde

Genética Molecular e Biomedicina

Matemática Atuarial

Matemática e Aplicações

Microbiologia Médica

Paleontologia

Química Bioorgânica

Recursos Vivos Marinhos:

Ciência, Tecnologia e Sociedade

ENGENHARIA

Análise e Engenharia de Big Data

Engenharia Aeroespacial

Engenharia Biomédica

Engenharia Civil

Engenharia de Energias Renováveis

Engenharia de Fabrico Digital Avançado

Engenharia de Materiais

Engenharia de Micro e Nanotecnologias

Engenharia de Nanossistemas e Sistemas Embutidos

Engenharia de Robótica e Sistemas Inteligentes de Manufatura

Engenharia do Ambiente

Engenharia e Gestão Industrial

Engenharia Eletrotécnica e de Computadores

Engenharia Física

Engenharia Geológica

Engenharia Informática

Engenharia Mecânica

Engenharia Química e Biológica

PÓS-GRADUAÇÕES

Bioenergia e Biorrefinarias

Glyco e-learning course: From basic to applied Glycobiology

TECNOLOGIA

Arte e Ciência do Vidro e da Cerâmica

Bioenergia e Tecnologias Sustentáveis

Conservação e Restauro

Curadoria e Humanidades Digitais

Fitotecnologia Nutricional para a Saúde Humana

Logística Marítima

Materiais Avançados e Reciclagem Inovadora

Reabilitação de Edifícios

Sociedade Digital

Tecnologia de Fachadas

Tecnologia e Segurança Alimentar

Tecnologias de Produção e Transformação Agroindustrial

Tecnologias em Agricultura de Precisão

Urbanismo Sustentável e Ordenamento do Território

Tecnologias de Sistemas Alimentares e Recursos Naturais Tecnologia e Qualidade Alimentar

E depois da licenciatura?

Terminar uma licenciatura é uma conquista importante, mas não significa que tenha de ser o final do teu caminho académico. Conhece as opções à tua disposição, para continuares o teu percurso. OFERTA FORMATIVA NÚMERO DE INSCRITOS

Mestrado 2824 cursos

Doutoramento 896 cursos

Fonte: Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) – 2022/2023

Mestrado 82610 estudantes

Doutoramento 25202 estudantes

Pós-Graduação 2546 estudantes

Pós-Graduação ou Especialização

Normalmente, o nome pósgraduação implica um ano letivo no ciclo de estudos (com um total de 60 ECTS), mas estas formações podem ter uma duração variada, dependendo dos objetivos estabelecidos pela instituição de ensino superior, variando entre os 12 e os 60 ECTS. É ainda importante ter em conta que o trabalho realizado pode ser útil para o prosseguimento de estudos, uma vez que os créditos que sejam adquiridos podem garantir equivalências para outros cursos de formação avançada, nomeadamente o mestrado.

Estes são cursos que, apesar de não conferirem grau académico, conduzem à atribuição de um diploma após aproveitamento. Por essa razão, garantem um certificado de especialização ou um diploma de especialização, dependendo se são, respetivamente, de curta ou média e longa duração.

Tal como recorda a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), é frequente associar o termo ‘pósgraduação’ à conclusão do curso de especialização que constitui uma parte do ciclo de mestrado. Contudo, ressalva a mesma fonte, o conceito “é mais amplo, abrangendo outros exemplos” de formações. Ideal para: Adequação do profissional a uma área específica, Requalificação de trabalhadores já inseridos no mercado de trabalho, Aprofundamento de uma área de interesse, Complemento à formação de base (1.o Ciclo).

Mestrado

Em Portugal, a duração de um mestrado varia entre os 3 a 4 semestres, englobando 90 a 120 créditos ECTS, apresentando duas fases diferentes de avaliação. A primeira é constituída por unidades curriculares, enquanto a segunda integra um trabalho de natureza científica. De resto, esta é a grande diferença de um mestrado (2.o ciclo) para uma licenciatura (1.o ciclo) – a inclusão de uma componente de investigação dentro de uma área específica (dissertação) ou mediante uma experiência no mercado de trabalho (estágio), que envolve um trabalho de contextualização teórica.

No total, existem três opções à disposição de quem realiza um mestrado – elaborar uma dissertação ou tese, um trabalho de projeto ou um estágio e respetivo relatório. Todas estas opções implicam a apresentação do trabalho final perante um júri de avaliação. Para ser atribuído o grau de mestre, é necessário ter aprovação em todas as unidades da vertente curricular e científica. A orientação do trabalho será sempre auxiliada por um professor com o grau de doutoramento. Por outro lado, para além da aquisição de novos conhecimentos, o mestrado caracteriza-se pela capacidade de aplicação dos mesmos. Ou seja, é esperado que um estudante consiga resolver novos problemas que não lhe são familiares, mesmo que sejam relacionados com a sua área de estudo. Ligada a esta dimensão, a DGES refere “a capacidade de ligar com questões complexas” ou de decidir em situações onde há menos informação do que desejável.

A tónica está em, para além de saber mais, ser também capaz de pensar esse novo conhecimento, nomeadamente a profissão ou área de estudos, nomeadamente sobre “as implicações e responsabilidades éticas e sociais”. Por fim, o mestrado serve também, de acordo com a mesma fonte, como forma de garantir que o estudante fica capacitado para aprender ao longo da sua vida, de forma “autoorientada e autónoma”.

Ideal para: Especialização profissional, Diversificação e flexibilização de competências

Doutoramento

O número de estudantes que concluem doutoramentos tem aumentado bastante, em Portugal, ao longo dos últimos anos. De acordo com os dados da Pordata, em 2000, registaram-se cerca de 859 conclusões. Já o relatório Estado da Educação 2022, do Conselho Nacional de Educação, revela que, em 2022, se contaram 2317 estudantes graduados. Mas em que consiste exatamente um doutoramento? O ciclo de estudos que confere o grau de doutor inclui uma tese original e ainda unidades curriculares que formam os seus alunos para a investigação. Por essa razão, assenta no reconhecimento das capacidades e competências para desenvolver investigação num campo das ciências naturais ou sociais.

Este é um ciclo de estudos marcado por alguma flexibilidade. Desde logo, não há nenhuma duração fixa para um doutoramento, embora, normalmente, durem entre 3 a 4 anos, incluindo 180 ou 240 créditos ECTS. Por outro lado, cada estabelecimento de Ensino Superior define a estrutura curricular, o plano de estudos e as regras para elaboração da tese (incluindo orientação, apresentação, defesa e júri).

Uma das características distintivas é que a aprovação é sempre realizada através de um acto público de defesa da tese. Durante este momento, é apresentado o trabalho de pesquisa, recolha e tratamento de informação realizado com o objetivo de alcançar conclusões que sejam uma mais-valia para a comunidade académica e científica. Ideal para: Especialização profunda numa área específica, Vocação científica ou de investigação.

O TEU FUTURO É AQUI!

BARCELOS | BRAGA | FAMALICÃO

GUIMARÃES | ESPOSENDE | VILA VERDE

ENSINO SUPERIOR PÚBLICO

OFERTA FORMATIVA

ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO

PÓS-GRADUAÇÕES

› Auditoria Pública (em consórcio)

› Contabilidade Financeira Empresarial

› Contabilidade de Gestão e Estratégia Empresarial

› Contabilidade e Gestão Financeira na Administração Pública (em consórcio)

› Direito da Insolvência e da Recuperação de Devedores

› Direito do Trabalho

› Direito dos Registos e Notariado

› Fintech

› Fiscalidade

› Gestão de Fundos Europeus

› Investimentos Financeiros

› Sistemas de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas

MESTRADOS

› Auditoria

› Contabilidade e Finanças (APNOR)

› Fiscalidade

› Gestão

› Gestão Autárquica

› Gestão das Organizações (APNOR)

› Solicitadoria

MESTRADOS PROFISSIONAIS

› Gestão Fiscal

› Gestão para Executivos

DOUTORAMENTO

› Contabilidade

ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO

PÓS-GRADUAÇÕES

› Gestão de Alojamentos Turísticos

› Marketing Digital

MESTRADOS

› Direção e Gestão Hoteleira

› Gestão do Turismo

› Marketing

› Marketing Turístico

› Gestão Digital para Serviços Públicos

› Património Cultural Digital (em associação)

ESCOLA SUPERIOR DE DESIGN

PÓS-GRADUAÇÕES

› Design de Cerâmica e Olaria

› Design de Têxtil e Moda

› Digital Branding

› Ilustração

› UI Design

MESTRADOS

› Design Digital

› Design e Desenvolvimento do Produto

› Ilustração e Animação

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA

PÓS-GRADUAÇÕES

› CiberSegurança e Informática Forense

› Data Analysis for Business

› Fintech

› Transformação Industrial Sustentável

MESTRADOS

› Engenharia e Gestão Industrial

› Engenharia Eletrónica e de Computadores

› Engenharia em Desenvolvimento de Jogos Digitais

› Engenharia Informática

› Inteligência Artificial Aplicada

› Sistemas Integrados de Gestão QAS

MESTRADOS PROFISSIONAIS

› Cibersegurança Aplicada

› Gestão das Operações

› Logística e Gestão da Cadeia de Abastecimento

› Tecnologias de Apoio à Educação STEAM

DOUTORAMENTOS

› Engenharia da Digitalização

› Desenvolvimento de Jogos Digitais

ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO BEM-ESTAR E SISTEMAS BIOMÉDICOS

PÓS-GRADUAção

› Formação de Equipas Técnicas no Futebol

Quais as razões para fazer um mestrado?

Os números da Pordata são ilustrativos da forma como o papel do mestrado mudou em Portugal. Em 2006, o número de estudantes era de cerca de 6300. Década e meia depois, em 2023, o número de alunos inscritos neste ciclo de estudos ultrapassava os 82 mil –um crescimento de mais de 1200%. É importante ter em conta que, durante este período, o número total de estudantes no ensino superior aumentou muito significativamente em Portugal. Se havia 336 mil estudantes matriculados no ensino superior em 2007, em 2023/2024, esse número passou para os 448 mil. Há contudo, um valor que é revelador – a percentagem de estudantes de mestrado, que passou dos 3,4% de

2007 para 18,4%, em 2023. Quais algumas das razões que explicam este aumento?

Diversificar vs. Especializar

A implementação do Processo de Bolonha trouxe uma nova importância ao Mestrado (ver caixa).

As mudanças enquadram-se na criação de três ciclos de estudos que, mantendo as designações anteriores (licenciatura, mestrado e doutoramento), se caracterizam por durações mais curtas e por uma maior flexibilidade.

Tal como defendem Margarida Saraiva e Teresa Nogueiro, no artigo O Processo de Bolonha e o Desafio da Empregabilidade, a introdução de um “segundo ciclo permite aos estudantes obter uma maior

flexibilidade na área científica e no currículo”, o que facilitará “uma eventual mudança na carreira”

A fundação de um segundo ciclo de estudos trouxe a possibilidade de complementar a formação de licenciatura com formação avançada em instituições, áreas do saber ou países diferentes, nos casos em que não existe mestrado integrado. Contudo, há uma outra face do sistema de ensino superior pós-Bolonha: a necessidade de especialização. Isto porque a licenciatura é definida como um primeiro grau científico. Como explicam as autoras, durante uma licenciatura, é oferecido “treino científico que lhes permitirá aceitar um trabalho de nível intermédio, com funções gerais”. Por essa

OFERTA EDUCATIVA

Ano Letivo 2025/2026

UNIVERSIDADE DA MAIA - UMAIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO

MESTRADOS

› Análise do Jogo de Futebol (e-Learning)

› Ciências da Educação Física e Desporto - Especialização em Exercício Físico e Saúde

› Ciências da Educação Física e Desporto - Especialização em Treino Desportivo (Confere Grau II/III de treinador de Futebol, entre outras modalidades).

› Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

› Gestão do Desporto

PÓS-GRADUAÇÕES

› Análise do Jogo de Futebol (e-Learning)

DOUTORAMENTO

› Ciências do Desporto Especialidades: Exercício e Saúde; Rendimento Desportivo

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EMPRESARIAIS

MESTRADOS

› Gestão de Empresas

› Gestão Estratégica de Recursos Humanos

› Transformação Digital

› Turismo, Património e Desenvolvimento

PÓS-GRADUAÇÕES

› Gestão Empresarial

› Energias Renováveis e Eficiência Energética

POLITÉCNICO DA MAIA - IPMAIA

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E DESPORTO

MESTRADO

› Condição Física no Desporto e Exercício (NOVO)

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

MESTRADO

› Design e Desenvolvimento de Jogos Digitais (NOVO)

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO

MESTRADOS

› Comunicação em Desporto

› Informática (e-Learning)

› Tecnologias da Informação, Comunicação e Multimédia

Ramos: Informática e Segurança da Informação; Produção Multimédia; Telecomunicações.

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E DO COMPORTAMENTO

MESTRADOS

Criminologia

Ramos: Justiça Penal; Polícia, Prevenção e Segurança.

› Psicologia Clínica e da Saúde

› Psicologia Clínica ForenseIntervenção com Agressores e Vítimas

› Psicologia Escolar e da Educação

PÓS-GRADUAÇÕES

› Métodos de Investigação em Psicologia Clínica

DOUTORAMENTO

› Psicologia - Especialidade de Psicologia Clínica

razão, em muitos casos, o aluno sente que deve dar continuidade aos seus estudos no ciclo seguinte, que poderá ser em mestrado integrado.

De resto, nos casos em que a profissão ambicionada se relaciona diretamente com a área da licenciatura, opta-se, muitas vezes, pela continuação dos estudos num mestrado “de fileira”, com o objetivo de assegurar uma preparação mais eficaz para o mercado de trabalho numa área específica e, muitas vezes, um primeiro contacto com a realidade laboral, através de um estágio.

A empregabilidade

E de que forma pode um mestrado ter impacto na inserção e progressão no mercado de trabalho? As mudanças fizeram-se sentir pouco tempo depois de Bolonha. Em 2015, o jornal Público noticiava: “Mestrados já são condição para entrar mais rápido no mercado de trabalho”

O artigo detalha como, depois de Bolonha, o lugar das formações de segundo ciclo se alterou: “Se antes eram um passaporte para a vida académica, hoje as empresas preferem recrutar alunos com mestrado”

A tendência tem vindo a acentuarse, ao longo dos últimos 10 anos. De acordo com o relatório Estado da Nação 2024, da Fundação José Neves, “as ofertas de emprego com requisitos de qualificações superiores, nomeadamente ao nível de mestrado, assumem cada vez maior importância no total de ofertas de emprego”: “A tendência de ofertas de emprego no mercado laboral português para profissões que geralmente indicam

a necessidade de um mestrado ou doutoramento como requisito de acesso mostra uma tendência de crescimento que parece ter acelerado sobretudo a partir de 2022, já numa fase pós-pandemia (35,6% – janeiro de 2022; 38,5% –dezembro de 2023)”.

Em outubro de 2023, a diferença entre a percentagem de ofertas de emprego com requisitos de um mestrado ou de uma licenciatura era significativa – as ofertas que exigiam mestrado ou doutoramento perfaziam 38,5% do total, enquanto apenas 13,5% exigia uma licenciatura. Esta mudança reflete-se, naturalmente, na probabilidade de estar empregado. De acordo com a investigação da Fundação José Neves, “o prémio de empregabilidade associado à obtenção de um mestrado aumentou consideravelmente durante o período pandémico, dada a maior proteção conferida pelos vínculos de emprego dos diplomados deste nível de ensino”. A remuneração

As diferenças não se ficam apenas pelo acesso ao emprego, passando também pela remuneração. Em 2022, a Agência Lusa noticiava que “jovens com mestrado ganham em média mais 22% que os licenciados”. Os dados foram apurados pela investigação Livro Branco “Mais e Melhores Empregos para os Jovens” diferença da média salarial vai dos 1326€ de um licenciado para os 1617€ de um detentor de um mestrado.

De igual forma, um estudo do Banco de Portugal concluiu que, entre 2006 e 2020, o salário médio real de entrada no mercado de trabalho diminuiu, no caso dos

NÚMEROS QUE CONTAM

A percentagem de estudantes de mestrado, que passou dos 3,4% de 2007 para 18,4%, em 2023

“jovens com mestrado ganham em média mais 22% que os licenciados”

diplomados de uma licenciatura (de 1088€ para 1050€), mas aumentou no caso dos jovens com mestrado, passando de 1150€ em 2006 para 1178€ em 2020.

O prosseguimento de estudos depois da licenciatura para mestrado é ainda associado a outra vantagens como a especialização das competências (que pode ser valorizada no mercado de trabalho), a possibilidade de networking avançado (interagindo com colegas, docentes e especialistas) e o acesso à carreira de docência em determinados contextos.

O papel do mestrado no Pós-Bolonha

A Declaração de Bolonha foi assinada em 1999 e reconfigurou o sistema de ensino superior europeu, criando, desde logo, um sistema de créditos académicos transferíveis entre instituições de ensino – os ECTS. Esta reconfiguração acabou por oferecer uma nova importância ao Mestrado, uma vez que os ciclos de estudos, mantendo as designações anteriores (licenciatura, mestrado e doutoramento), passaram a ter durações mais curtas. No fundo, a duração da maioria das licenciaturas foi encurtada, fazendo com que possam ser completadas em 6 semestres.

Ofertas que exigiam mestrado ou doutoramento perfaziam 38,5% do total, enquanto apenas 13,5% exigia uma licenciatura.

Fonte: Pordata

Fonte: relatório Estado da Nação 2024

Fonte: Agência Lusa

MESTRADOS

ENGENHARIA E TECNOLOGIA

• Conservação e Reabilitação do Ediﬁcado

• Engenharia Biológica e Química

• Engenharia Biomédica

• Engenharia Civil parceria com a Universidade do Algarve

• Engenharia de Produção

• Engenharia de Software

• Engenharia e Gestão de Aquacultura parceria com a Universidade de Évora

• Engenharia e Gestão de Energia na Indústria e Edifícios

• Engenharia Eletrotécnica e de Computadores

ENSINO E EDUCAÇÃO

• Educação, Práticas Artísticas e Inclusão

• Educação Pré-Escolar

• Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico

• Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico e de Matemática e Ciências Naturais no 2º Ciclo do Ensino Básico

• Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico e de Português e História e Geograﬁa de Portugal no 2.º Ciclo do Ensino Básico

CIÊNCIAS EMPRESARIAIS

• Ciência de Dados para Empresas

• Ciências Empresariais

• Contabilidade e Finanças

• Gestão de Marketing

• Gestão de Sistemas de Informação

• Gestão Estratégica de Recursos Humanos

• Logística e Gestão da Cadeia de Abastecimento

• Segurança e Higiene no Trabalho

SAÚDE

• Enfermagem associação com os Politécnicos de Beja, Castelo Branco e Portalegre e as Universidades do Algarve e de Évora

• Fisioterapia em Condições Músculo-Esqueléticas parceria com a Universidade Nova de Lisboa

• Fisioterapia no Desporto (NOVO) parceria com a Universidade de Aveiro

• Prática Avançada de Fisioterapia em Neurologia

• Terapia da Fala

PÓS-GRADUAÇÕES

EDUCAÇÃO E DESPORTO

• Educação Especial - Domínio Cognitivo e Motor

CIÊNCIAS EMPRESARIAIS

• Contabilidade Pública

• Controlling

• Digital Supply Chain

• Logística Marítima e Portuária

• Negócios e Finanças Empresariais

• Procurement

• Smart Transition in Tourism and Hospitality Management parceria com a Universidade do Algarve

CURSOS DISPONÍVEIS EM: CAMPUS DE SETÚBAL CAMPUS DO BARREIRO

ENTRA NUM GRANDE CAMPUS EUROPEU PORTUGAL • ALEMANHA • ÁUSTRIA • BÉLGICA • FINLÂNDIA PAÍSES BAIXOS • HUNGRIA • LETÓNIA • ROMÉNIA

ATÉ ONDE VAI O TEU LIMITE?

CURSOS SUPERIORES EM ENGENHARIA E TECNOLOGIA

CIÊNCIAS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E DESPORTO CIÊNCIAS EMPRESARIAIS SAÚDE

Tese, Projeto ou Estágio? As escolhas de quem faz um mestrado

Para concluíres um mestrado, tens de escolher uma de três opções para trabalho final – tese, projeto ou (relatório de) estágio. Fica a saber mais sobre cada uma destas opções neste artigo.

Tese

A tese ou dissertação é ainda uma das opções mais associadas ao conceito de mestrado. Este é um trabalho mais centrado em investigação, selecionando um tema, colocando uma pergunta de partida e fazendo pesquisa aprofundada sobre esse mesmo assunto, explorando diferentes hipóteses. Por essa razão, é necessário refletir bastante sobre o tema a investigar,

que deverá ser algo que te cative. Afinal de contas, vais passar vários meses a trabalhar essas matérias. Depois de definido o tema a explorar, começa a fase de pesquisa. Esta etapa tem como objetivo tentar avaliar a originalidade do tema e a sua relevância para a área. De resto, durante o segundo ano do teu mestrado, normalmente no 1.o semestre, vais ter aulas e disciplinas

complementares que te permitem ir trabalhando o tema escolhido e ajudar a definir as hipóteses de investigação. Esta também será a altura em que conhecerás docentes com o perfil indicado para te orientar dentro dos temas escolhidos. Uma vez escolhidos o tema e o ou a docente que te vai orientar, vais começar a delinear a tua investigação. Esta é a fase em que

pensas a tua pergunta de partida, os objetivos, o Estado da Arte, metodologias de investigação (que podem ser qualitativas, quantitativas ou mistas), entre outros elementos. Todos estes assuntos são abordados e tratados através do contacto regular com o teu orientador ou orientadora, pelo que será importante partilhares sempre todas as dúvidas e novas ideias. Durante o período em que elaboras a tua dissertação, é natural encontrares barreiras. Para que consigas ultrapassar com maior facilidade possível estes desafios, aconselhamos-te apostar na organização e na disciplina. Dedica sempre um período do dia à tua investigação, tentando evitar distrações e fazendo um cronograma das tarefas a realizar. Regista todas as dúvidas e dificuldades para partilhar com o orientador ou orientadora e guarda sempre todos os elementos do trabalho numa pasta, num disco externo e numa cloud para evitar possíveis acidentes.

Estágio

A opção por um estágio inclui também uma vertente de investigação, uma vez que terás de produzir um relatório que contextualize, enquadre e interprete a tua experiência laboral dentro daquilo que é o conhecimento científico da respetiva área de atividade. Por essa razão, existem várias semelhanças com uma tese –a escrita de um Relatório de Estágio também incluirá uma pergunta de partida, objetivos, e o Estado da

Arte. A partir desta base teórica, vais analisar o resultado da tua experiência e rediges as conclusões que retiraste da mesma. Para te ajudar, neste caso, terás dois orientadores. Um docente que vai orientar a elaboração do teu trabalho e também um orientador de estágio, uma pessoa indicada pela empresa ou organização em que realizas a tua experiência laboral e que te vai acompanhar e auxiliar durante a mesma. Durante o estágio, será muito importante que escrevas um diário de bordo com todas as atividades que realizaste ao longo do dia, bem como com notas, dúvidas ou ideias a explorar no futuro. Será também útil tentares compreender as tarefas que te foram atribuídas e, no final do dia, fazer uma pequena reflexão sobre as aprendizagens que fizeste e as dificuldades que encontraste. Neste processo, partilha sempre todas as dúvidas com os teus orientadores, relatando experiências e ensinamentos que recebas de colegas, para assim ficares com um diário completo sobre a tua experiência de estágio.

Projeto

Nesta modalidade, o estudante deve desenvolver um projeto onde cria algo único que pode existir por si mesmo ou ser aplicado a uma empresa ou organização já existentes. O projeto pretende propor soluções ou novas respostas, tendo como objetivo final resolver um problema ou desenvolver algo de original.

Devido a esta vertente mais criativa, será importante que, quando escolheres o tema para um projeto de mestrado, optes por algo que vá ao encontro dos teus interesses pessoais e profissionais. Tens uma ideia nunca antes explorada e que achas ter potencial para criar impacto? Ou acreditas que há algo que possa ser melhorado? O projeto é a modalidade onde podes explorar essas possibilidades. O facto de gostares e teres interesse no tema em questão vai facilitar a tua pesquisa e vai motivar-te a fazeres mais e melhor.

Ao elaborar deves ter em conta diversos fatores: o alinhamento com o conteúdo do mestrado, a originalidade e a contribuição científica do teu projeto e também se existem referências biográficas consolidadas para que consigas prosseguir com o trabalho. No projeto estás a tentar explicar o porquê da ideia, da sua criação e o que este vem acrescentar ao que existe. Além de procurares uma escrita objetiva e sucinta, procura definir bem a tua ideia utilizando bibliografia que se enquadre no tema.

Na elaboração do projeto também é importante ter atenção às datas, por isso faz um cronograma que tenha em atenção as várias fases do trabalho, deixando espaços para possíveis imprevistos. Tal como na tese, também vais contar com o apoio de um orientador, por isso não te esqueças de recorrer a este em caso de dificuldades e de lhe apresentar as tuas ideias, pois este está lá para dar-te apoio e também controlar a ambição das tuas ideias.

MESTR ADOS INTEGR

ADOS

• CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS

• MEDICINA DENTÁRIA

• MEDICINA VETERINÁRIA

LICENCIATUR AS

• CIÊNCIAS BIOMÉDICAS

• CIÊNCIAS BIOMÉDICAS LABORATORIAIS

• CIÊNCIAS FORENSES E CRIMINAIS

• CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO

• ENFERMAGEM

• ENFERMAGEM VETERINÁRIA

• FISIOTERAPIA

• GASTRONOMIA NOVO

• PRÓTESE DENTÁRIA

• PSICOLOGIA

2024 IMPACT RANKINGS

# 1 NACIONAL

# 15 MUNDIAL

ODS 3 - SAÚDE E BEM-ESTAR

SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

# 1

RANKING NACIONAL DE INSTITUIÇÕES PRIVADAS 2022

RANKING NACIONAL DE INOVAÇÃO DE INSTITUIÇÕES PRIVADAS 2023 E 2024

RANKING NACIONAL DE INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE SAÚDE PÚBLICA AMBIENTAL E OCUPACIONAL 2025

• ANÁLISES QUÍMICAS E BIOQUÍMICAS

• APOIO AO CONSULTÓRIO CTESP

MÉDICO E DENTÁRIO

• GERONTOLOGIA

• MICROBIOLOGIA E BIOLOGIA MOLECULAR

Dicas para escrever uma tese de mestrado

Escrever uma tese ou dissertação de mestrado não tem de ser uma tarefa difícil. Segue os nossos oito conselhos para conseguires ultrapassar os teus obstáculos.

#1Começa cedo

O primeiro conselho é que comeces o mais cedo possível. Se fores escrevendo tudo à medida que vais fazendo, vai poupar-te imenso tempo. Por exemplo, enquanto lês artigos, começa logo a tirar notas do que queres usar. Começares a ver coisas escritas vai atenuar o “medo da página em branco”. Por outro lado, quando quiseres organizar as ideias só precisas de ligar o texto, já não tens de ler tudo de novo ou lembrar-te os artigos que eram interessantes.

#2Planifica a tua dissertação

Grande parte do sucesso de um texto está na sua

planificação. Tal como um arquiteto não inicia nenhuma obra sem a projetar primeiro, assim devemos proceder quando temos de escrever um texto, seja uma carta de apresentação, um relatório ou uma dissertação de mestrado. Planificar uma dissertação implica definir o tema, os objetivos, a metodologia de investigação, a revisão de literatura, a redação e a revisão.

#3Não esperes pela inspiração

Muita gente espera por aquele dia maravilhoso em que a inspiração virá e a tese fluirá. Infelizmente, para a maior parte das pessoas, esse

dia nunca chega. Podes, por exemplo, organizar as partes do texto por pontos, ir dividindo esses pontos em subpontos cada vez mais pequenos, até ao ponto em que cada ponto é basicamente um parágrafo. Depois vais escrevendo sobre cada um desses pontos e tentares escrever um bocadinho todos os dias. Mesmo que pareça que o que estás a escrever não faz sentido ou que não está muito bem escrito, não te preocupes, o importante nesta fase é conseguires ter o máximo de palavras e ideias no papel. Grande parte do sucesso de um texto está na sua planificação. Uma revisão atenta da dissertação

tem um objetivo valioso: mostrar ao leitor que teve cuidado na redação da sua dissertação.

#4Sê claro e objetivo/a

Dada a sua natureza científica, uma dissertação de mestrado é um texto longo. Porém, deve ter sempre em atenção um aspeto fundamental: escrevemos para sermos compreendidos. Na redação da tua dissertação, deves procurar ser claro, objetivo e evitar ambiguidades. A clareza é, sem dúvida, uma qualidade central de uma comunicação escrita eficaz. Quem lê quer compreender de imediato o que lê, quer ler sem

esforço. Frases demasiado longas, palavras difíceis e termos técnicos dificultam o processamento da mensagem, por isso. Mesmo tratando-se de um texto de cariz científico, deves explicitar sempre a terminologia técnica.

#5Sê rigoroso – no conteúdo e na forma

Uma dissertação de mestrado é um tipo de texto que deve conter um elevado padrão de excelência: não só na forma, mas também no conteúdo. Ser rigoroso no conteúdo e na forma tem um propósito: projetarmos uma imagem credível a quem nos lê e a quem nos avalia. Um texto sem gralhas, sem erros ortográficos, gramaticais, de pontuação e com uma imagem global impecável revela bons atributos sobre quem o escreveu. Em relação ao conteúdo, deverás fundamentar sempre muito bem tudo o que escreves: os autores, as referências e as fontes que te inspiraram.

#6Articula bem o texto

Além da clareza e do rigor, outra qualidade de um texto é a sua coesão. Para que todo o texto seja uma unidade coesa e não um conjunto de frases soltas, deverás recorrer a palavras que assegurem a articulação lógica entre as frases e os parágrafos. Outro mecanismo que assegura a coesão textual é a pontuação. Quando o leitor tropeça num sem número de vírgulas, parêntesis e travessões, acaba por perder o fio condutor da leitura. Devemos fazer um bom

uso da pontuação, dando especial atenção ao uso da vírgula.

#7Faz uma revisão atenta da tua dissertação

Uma revisão atenta da dissertação tem um objetivo valioso: mostrar ao leitor que teve cuidado na redação da sua dissertação. O que deverás ter em atenção na fase da revisão? Não só identificar gralhas, mas também aperfeiçoar todo o texto, cada capítulo, cada secção, clarificando ideias, eliminando informação supérflua, substituindo palavras por sinónimos, etc. Se desejas passar uma imagem altamente positiva a quem te avalia, a dissertação deverá espelhar um elevado padrão de excelência para alcançar o resultado que desejas.

#8Acaba de escrever algum tempo antes da data de entrega

Deves acabar com tempo de sobra para revisões, outro ponto importante, mas que é normalmente ignorado. Depois de escrever é preciso editar. E quando já tiveres um produto quase final, que deve ser uma versão o mais próxima do final possível e que já tem tudo o que querem incluir, tens ainda que o enviar para o teu orientador. Provavelmente vai darte um feedback e pedir algumas alterações e, portanto, tens que contar com tempo para isso. Deves também ir enviando os capítulos que vais terminando com mais tempo e ires discutindo com o orientador as dúvidas que vão surgindo.

Mestrados

PSICOLOGIA E CIÊNCIAS DO COMPORTAMENTO

› PSICOLOGIA CLÍNICA

› PSICOLOGIA CLÍNICA PSICANALÍTICA

› PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

› PSICOLOGIA FORENSE

› PSICOLOGIA E PSICOPATOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

› PSICOLOGIA DA SAÚDE

› PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES

› NEUROPSICOLOGIA

BIOCIÊNCIAS

› BIOLOGIA MARINHA E CONSERVAÇÃO

› NEUROCIÊNCIAS COGNITIVAS E COMPORTAMENTAIS

EDUCAÇÃO

› EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR

› EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E ENSINO DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO

Pós-graduações

> PSICOLOGIA DO DESPORTO E DA ATIVIDADE FÍSICA (E-LEARNING)

> PSICOLOGIA POLICIAL - A DISTÂNCIA (PÓS-LABORAL)

> ADMINISTRAÇÃO E ORGANIZAÇÃO EDUCACIONAL –PESSOAS, PEDAGOGIA E PROJETOS - B-LEARNING (PÓS-LABORAL)

> PSICOGERONTOLOGIA - A DISTÂNCIA (PÓS-LABORAL)

> CRIMINOLOGIA - PRESENCIAL (LABORAL)

> PROMOÇÃO DO BEM-ESTAR ANIMAL - A DISTÂNCIA (PÓS-LABORAL)

> LITERACIA EM SAÚDE NA PRÁTICA. MODELOS, ESTRATÉGIAS E INTERVENÇÃO - A DISTÂNCIA (PÓS-LABORAL)

> PSICOLOGIA FORENSE - PRESENCIAL (LABORAL)

> SAÚDE SEXUAL NA PRÁTICA CLÍNICA - B-LEARNING (PÓS-LABORAL)

O momento de apresentar o trabalho de mestrado

Depois da aprovação do orientador e da entrega da dissertação, projeto ou relatório, chegas ao último passo para concluíres o mestrado, o momento em que tens de apresentar o teu trabalho perante um júri. Fica a saber como podes preparar este momento ao pormenor aqui.

O primeiro ponto importante é perceberes que, provavelmente, és a pessoa que mais sabe sobre aquele trabalho. Por isso vai com calma e com confiança no trabalho que andaste a elaborar durante meses. À hora marcada, o presidente do júri abre a defesa e diz quanto tempo tens para apresentar o trabalho. Depois da apresentação segue-se um período em que os vários elementos do júri colocam as perguntas. Deixamos aqui algumas dicas para que te prepares da melhor forma!

Procura relaxar antes da defesa e ter bem claros os principais pontos do trabalho para poderes argumentálos quando fores interpelado.

Apresenta sucintamente a tua trajetória de pesquisa e os resultados obtidos, procurando ressaltar pontos cruciais à contextualização do trabalho.

#1 #2 #3

Os preparativos

Procura relaxar antes da defesa e ter bem claros os principais pontos do trabalho para poderes argumentá-los quando fores interpelado. Podes até tornar este momento menos tenso se antecipares aquilo que ocorrerá durante a mesmo. É sempre interessante assistir a uma defesa do grau que estás prestes a obter antes de defender o teu trabalho para saberes como são os procedimentos. Se for possível, assiste a defesas cujos trabalhos possuam temas próximos ao teu ou cujo painel seja composto por professoras que estarão na tua defesa, assim poderás conhecer o estilo de argumentação deles. É aconselhável que escrevas a apresentação do trabalho que antecede a defesa para que não excedas o tempo determinado e não te percas na argumentação. Caso faças parte de um grupo de pesquisa, faz uma “defesa teste” antes da defesa oficial para antever questões que poderão ser apontadas pela banca a partir da arguição dos colegas do grupo sobre o trabalho. Caso não faças parte de nenhum grupo, podes fazer este teste com o teu orientador ou amigos que tenham conhecimento sobre o trabalho e área de pesquisa.

A apresentação

Geralmente é dado ao aluno de mestrado entre de 15 a 20 minutos para fazer uma breve apresentação sobre o seu trabalho e trajetória de investigação. Certifica-te com antecedência acerca do tempo que terás para esta apresentação. Inicia a apresentação agradecendo à presença do júri, já que sem eles a defesa não seria possível. Após os agradecimentos, apresenta sucintamente a tua trajetória de pesquisa e os resultados obtidos, procurando ressaltar pontos cruciais à contextualização do trabalho, mas sem entrar em detalhes muito específicos. Lembra-te que as pessoas para que estás a falar já leram a tese e já têm uma opinião fundamentada sobre ela. Esclarece brevemente questões cruciais: Como surgiu o interesse pelo tema? Como chegaste ao problema central da pesquisa? Que avanços e descoberta foram feitos? Que dificuldades foram encontradas? Como foram (ou não) superadas? Em muitos casos a defesa é aberta ao público e é possível convidar amigos e familiares para dar apoio neste momento. Lembra-te, no entanto, de alertá-los para o código de conduta da defesa, uma vez que a mesma exige silêncio total e não permite que os que assistem manifestem opiniões ou façam perguntas durante o processo.

A defesa

No dia da defesa, não te esqueças de levar contigo uma cópia da tese com a mesma paginação da cópia enviada, já que serás questionado acerca de pontos específicos do texto e precisarás de lê-los durante a defesa para sustentar os argumentos ou esclarecer dúvidas. Procura responder às questões do júri de acordo com o que foi apresentado no trabalho, sabendo reconhecer aquilo que não pôde ser contemplado e justificando os pontos deixados de fora. Lembrate também de conectar as lacunas deixadas com futuros projetos de pesquisa que possas ter em vista para demonstrar que tens domínio sobre o mesmo. Considerando que cada membro da banca vê a tua tese de acordo com o ponto de vista das pesquisas que realizam, é natural que alguma pergunta (e até mesmo mais de uma) fuja ao espectro daquilo que trabalhaste até ao momento. Nestes casos, reconhece o teu desconhecimento e, se possível, procura reenquadrar e responder a questão dentro de uma perspetiva que te seja familiar, justificando a escolha metodológica. Anota as observações partilhadas referente às revisões solicitadas para não esqueceres. Antes de fazeres as alterações, discute com o teu orientador sobre a centralidade destas questões, uma vez que, muitas vezes, o tempo dado para a revisão da dissertação é curto e algumas observações feitas são mais pertinentes ao enquadramento de pesquisas futuras do que a modificações do trabalho apresentado. Por fim, tem em mente que as observações e sugestões do júri não são críticas pessoais, mas críticas construtivas que têm como principal objetivo ajudarte a melhorar a qualidade do teu trabalho e escolher caminhos para investigações futuras.

Politécnico de Coimbra Mestrados

Escola Superior

Agrária de Coimbra (esac)

Agricultura Biológica

Desenvolvimento Sustentável

Engenharia Agro-Pecuária

Engenharia Alimentar

Gestão Ambiental

Gestão de Empresas Agrícolas 1

Recursos Florestais

Escola Superior de Educação de Coimbra (esec)

Comunicação Social - Novos Media

Educação de Adultos e Desenvolvimento Local

Educação e Lazer

Educação Especial

Educação para a Saúde 2

Educação Pré-Escolar

Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB)

Ensino de Língua Gestual Portuguesa

Ensino do 1.º CEB e de Matemática e Ciências

Naturais no 2.º CEB

Ensino do 1.º CEB e de Português e História e Geografia de Portugal no 2.º CEB

Gerontologia Social

Gestão de Turismo e Inovação Territorial 3

Jogo e Motricidade na Infância

Marketing e Comunicação 3

Turismo Sustentável em Territórios no Interior

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (estgoh)

Gestão de Negócios

Gestão de Turismo e Inovação Territorial 3

Marketing e Comunicação 3

Escola da Saúde

Educação Farmácia FisiologiaFunçãoVentilaçãoFisioterapia e Aplicação Imagem

Saúde Ocupacional

1 Parceria esac / iscac

2 Parceria esec / estesc

3 Parceria esec / estgoh

Mestrados

Escola Superior de Tecnologia

Saúde de Coimbra (estesc)

Educação para a Saúde 2

Farmácia - Especialização em Farmacoterapia Aplicada

Fisiologia Clínica

Especialização em Ultrassonografia Cardíaca e Função Vascular;

Especialização em Fisiopatologia do Sono e Ventilação Não Invasiva;

Especialização em Eletroencefalografia Aplicada

Fisioterapia - Especialização em Avaliação Aplicação Clínica do Movimento

Imagem Médica e Radioterapia

Saúde Ambiental - Especialização em Saúde Ocupacional e Ambiente

Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (iscac)

Análise de Dados e Sistemas de Apoio à Decisão

Análise Financeira

Auditoria Empresarial e Pública

Contabilidade e Fiscalidade Empresarial

Contabilidade e Gestão Pública

Controlo de Gestão

Gestão de Empresas Agrícolas 1

Gestão de Recursos Humanos

Gestão Empresarial

Inteligência Logística e Gestão da Cadeia de Abastecimento

Marketing e Negócios Internacionais

Sistemas de Informação de Gestão

Solicitadoria

Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (isec)

Cidades Sustentáveis e Inteligentes

Engenharia Civil

Engenharia e Gestão de Ativos Físicos

Engenharia e Gestão Industrial

Engenharia Eletromecânica

Engenharia Eletrotécnica

Engenharia Mecânica

Engenharia Informática

Engenharia Química e Biológica

Instrumentação Biomédica

Sistemas Avançados de Gestão da Saúde

Tudo sobre pós-graduações. O final é apenas o começo

A pós-graduação é uma oferta formativa de ensino superior com características únicas. Sabe tudo sobre as opções que tens à disposição aqui.

No seu site, a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) explica que pós-graduação é “nome atribuído a um curso a que se acede depois de uma primeira ‘graduação’, por norma a licenciatura”. Estes cursos, acrescentam, são ministrados em estabelecimentos de ensino superior, “no âmbito da sua vocação formativa e projeto educativo, mas não conferindo, em todo o caso,

qualquer grau, razão pela qual não está sujeita a autorização por parte da tutela”.

Isto porque, em Portugal, as instituições de Ensino Superior podem realizar cursos que, apesar de não conferirem grau académico, conduzam à atribuição de um diploma após aproveitamento. A estes cursos, pode dar-se o nome de curso de pós-graduação

ou de especialização, de acordo com a denominação atribuída pelo estabelecimento de ensino. De igual forma, as condições de candidaturas, a duração e os objetivos são variáveis. Normalmente, o nome pósgraduação implica um ano letivo no ciclo de estudos (com um total de 60 ECTS). Os créditos que sejam adquiridos podem

O QUE É UMA PÓS-GRADUAÇÃO

OU CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO?

Duração: 1 a 2 semestres

Total de horas: 750 a 1800

Créditos ECTS: 12 a 60

Formatos: Presencial, online ou b-learning

Após conclusão: Diploma ou certificado de especialização

garantir equivalências para outros cursos de formação avançada, nomeadamente o mestrado. Uma das pós-graduações mais conhecidas é o MBA (Master in Business Administration), uma formação ligada às áreas da Gestão e Negócios que tem uma presença internacional (ver caixa).

Ainda que não confiram grau académico, as pós-graduações ou cursos de especialização possuem duas vantagens. Por um lado, são de curta duração. Por outro garantem, normalmente, competências e conhecimentos orientados para resultados. É habitual que estes cursos se caracterizem por uma abordagem prática. Um dos casos mais conhecidos na área das Pós-Graduações dá-se na área de Enfermagem, onde os estudos póslicenciatura permitem especializar em áreas como Enfermagem Comunitária, Médico-Cirúrgica ou Reabilitação.

A maior autonomia na criação e desenho destes cursos faz com que a oferta formativa seja bastante diversificada e flexível. Por essa razão, estas formações poderão ser

ideais para quem pretende ligarse a uma área específica dentro de uma profissão. Mas também podem ser perfeitos para quem, já estando inserido no mercado de trabalho, procure uma requalificação profissional. Isto, claro, sem esquecer os estudantes que terminaram o seu ciclo de estudos e que, simplesmente, procuram complementar a sua formação de base.

Uma pesquisa rápida da Internet pode fornecer-te alguns exemplos ilustrativos de pós-graduações recentes que evidenciam esta mais-valia. São exemplos uma pósgraduação em Turismo Literário, em Comunicação no Futebol Profissional, Aviação Privada de Luxo ou até Sommelier de Cervejas. Em 2022/2023, de acordo com a Direção-Geral das Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), em Portugal, inscreveram-se em pós-graduações um total de 2546 estudantes, a maioria dos quais no ensino universitário público. Este dado representa uma descida significativa face ao ano letivo anterior, em que o total foi de 3280 estudantes, uma diminuição superior a 22%.

MBA. Um tipo diferente de pós-graduação

Ao ser uma formação virada para os executivos na área de administração, o Master of Bussiness Administration (MBA) é um curso pós-licenciatura bastante específico. Desta forma, centra-se sobretudo em matérias de finanças, contabilidade, recursos humanos e marketing. Esta formação tem uma duração

variável (de um ou dois anos), tal como as pós-graduações, sendo que as competências que são desenvolvidas estão ligadas sobretudo ao trabalho em equipa, o networking e à comunicação. Estas formações são ainda conhecidas pelo seu preço elevado: em Portugal, os preços podem chegar aos 36 mil euros.

6 RAZÕES PARA FAZER UMA PÓS-GRADUAÇÃO OU ESPECIALIZAÇÃO

#1 Aprofunda uma vocação

Podes aprofundar os teus conhecimentos em áreas do teu interesse, aliando vocação e perfil profissional. Um exemplo: se completaste uma licenciatura em Jornalismo e gostas de desporto, podes apostar numa pós-graduação em jornalismo desportivo.

#2 Enriquece o teu perfil

Permite-te diferenciar o teu perfil no mercado de trabalho. A formação é uma forma importante de mostrar compromisso e paixão por determinados temas e áreas. Neste particular, uma pós-graduação ou especialização pode ser tua aliada.

#3 Encontra novos caminhos

Caso procures uma requalificação, estas formações podem ser uma porta de entrada, mesmo que a área não esteja ligada à tua formação. É um exemplo bastante comum a formação na área da programação, nos dias de hoje.

#4 Facilita a progressão

Dentro de uma organização ou empresa, a formação pode facilitar o acesso a posições e cargos de maior responsabilidade e remuneração. Neste particular, as pós-graduações e especializações, pela sua especificidade, podem ser vantajosas.

#5 Diversifica competências

Para além de te dotarem de competências técnicas, as pósgraduações são uma forma de ganhares competências transversais como comunicação, trabalho de equipa ou pensamento crítico, que podem fazer a diferença no teu futuro.

#6 Aumenta a rede de contactos

Fazer uma pós-graduação ou especialização vai levar-te a conhecer pessoas ligadas a uma determinada área profissional que, em princípio, partilham o teu gosto por aquele tema em específico. Este networking pode fazer a diferença no teu futuro.

Um retrato da investigação em Portugal

Tens como objetivo seguir um dia para doutoramento e fazer parte da comunidade de investigação científica? Neste artigo, damos-te uma visão abrangente do ecossistema nacional de investigação.

O papel da FCT

Em Portugal, cabe à Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) o apoio financeiro a investigadores de qualquer nacionalidade, em todas as áreas do conhecimento. A comunidade científica em Portugal é apoiada por este através de diferentes instrumentos de financiamento, dirigidos a cientistas, equipas de investigação e centros de I&D. A missão é “assegurar que o conhecimento gerado pela investigação científica é plenamente utilizado para o crescimento económico e o bem-estar dos cidadãos”. A formação avançada, a investigação e desenvolvimento, a criação de infraestruturas de investigação e o acesso às mesmas, promovendo redes e colaborações internacionais, conferências, comunicação de ciência e

Em 2023 residiam em Portugal 43.173 doutorados , um aumento de 14% face a 2020 , quando o número era de 37.113.

interação com as empresas, são o resultado desejável destes apoios. A FCT apoia ainda vários prémios na área da ciência e tecnologia, assegura a participação de Portugal em organizações científicas internacionais, promove a participação da comunidade científica nacional em projetos internacionais e estimula a transferência de conhecimento entre centros de investigação e a indústria.

Bolsas de doutoramento em números

No total, a FCT disponibiliza 7306 bolsas de doutoramento, segundo dados partilhados no seu site. Estes apoios representam um compromisso estimado de quase 524 milhões de euros. A maioria destas bolsas são relativas à área

científica das Ciências Biológicas (9%), seguindo-se as Artes (7,4%) e as Ciências da Saúde (6,5%). A Universidade do Porto (22,2%) e a Universidade de Lisboa (19,8%) são as duas instituições de ensino superior com maior número de estudantes de doutoramento apoiados. Existem mais mulheres com bolsa de doutoramento em Portugal (57,3%) do que homens (42,7%). A grande maioria das investigações apoiadas são realizadas em Portugal (82,5%).

As investigações apoiadas

No seu site, a FCT detalha os vários projetos de Investigação e Desenvolvimento que apoia em Portugal. No total, o financiamento solicitado ultrapassa os 7 mil milhões de euros, com um financiamento médio por

candidatura a rondar os 175 mil euros. Os dados partilhados mostram que os projetos apoiados são trabalhados sobretudo por pessoas de nacionalidade portuguesa (89,5%). No total, foram submetidas cerca de 41 mil candidaturas que envolvem 1353 instituições.

Aumento do número de doutorados

De acordo com os dados da DGEEC, em 2023, residiam em Portugal 43.173 doutorados, um aumento de 14% face a 2020, quando o número era de 37.113. As principais áreas do doutoramento concluído são Ciências Exatas e Naturais (28%), Ciências Sociais (25%), Engenharia e Tecnologias (19%), Humanidade e Artes (13%), Ciências Médicas e da Saúde (12%) e Ciências Agrárias e Veterinárias (3%). 95% dos doutorados em Portugal estavam empregados, em 2023, com a grande maioria (77%) a trabalhar no ensino superior. Os restantes trabalhavam no Estado (11%), em empresas (10%) ou em instituições privadas sem fins lucrativos (IPSFL) (3%).

Os objetivos das IPSFL

Em 2023, a Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) realizou um inquérito sobre as atividades de investigação e desenvolvimento (I&D) realizadas em Portugal nesse ano, por instituições privadas sem fins lucrativos (IPSFL). Em termos de objetivos socioeconómicos, as três grandes metas são a Saúde (58%), a promoção da produtividade e das tecnologias industriais (10%) e a Energia (9%). A maioria do investimento está localizado na Grande Lisboa (49%), com a região Norte a representar 25% do valor total.

Estímulo ao Emprego

Na sua missão, a FCT entende como prioritária uma política de emprego científico que “assegura a integração de investigadores altamente qualificados e internacionalmente competitivos nas instituições de I&D nacionais”. Por essa razão, dinamiza vários programas de contratação de Doutorados de qualquer nacionalidade, em todas as áreas do conhecimento.

É disso exemplo o atual programa de Estímulo ao Emprego Científico (Individual e Institucional). De acordo com a FCT, estes apoios financeiros, para além de contribuírem para o rejuvenescimento das instituições científicas e para a mobilidade internacional, reforçam o sistema científico e tecnológico nacional, “promovendo oportunidades de emprego para doutores, facilitando a formalização do emprego científico e contribuindo para a maior atratividade nacional para jovens altamente qualificados”. Os dados mais recentes disponibilizados pela FCT revelam a existência de cerca de 3000 contratos em execução neste programa. Em 2023, os pagamentos realizados chegaram aos 92 milhões de euros. Desde 2008, já foram investidos quase mil milhões de euros no Emprego Científico, tendo existido um aumento considerável no investimento, ao longo dos últimos cinco anos – os pagamentos realizados entre 2019 e 2023 representam mais de metade do investimento total realizado nos últimos 16 anos (55,2%).

Tudo o que precisas de saber sobre um estágio

curricular

Os estágios curriculares são habituais no Ensino Superior, garantindo-te a oportunidade de uma primeira experiência laboral na tua área de estudos. Sabe tudo sobre esse momento.

78% dos jovens entre os 18 e os 35 anos já realizaram pelo menos um estágio.

Fonte: Eurobarómetro de 2023

Normalmente [o estagiário] tem direito a dois orientadores, acesso a um plano de estágio, com objetivos, horário e tarefas definidas […]

Os dados falam por si. O estágio é, atualmente, uma realidade habitual na vida da grande maioria dos jovens. O Eurobarómetro de 2023, por exemplo, avança que 78% dos jovens entre os 18 e os 35 anos já realizaram pelo menos um estágio. Em 2023, avança o jornal Público, esse valor fixava-se nos 46%. A conclusão é avançada pela mesma publicação: “Os estágios são cada vez mais utilizados pelos jovens como forma de contactarem pela primeira vez com o mercado de trabalho”.

A legislação laboral prevê vários tipos de estágios que podem ser realizados. Existem os estágios profissionais cuja oferta tem também subido muito significativamente e que são remunerados e financiados, em parte, pelo Estado. Existem também os estágios extracurriculares, que não podem ter uma duração superior a três meses. No caso de um estudante do Ensino Superior que se encontra a frequentar um mestrado, interessa sobretudo focar os estágios curriculares, que podem fazer parte da estrutura do curso.

Os estágios curriculares são organizados pelas instituições de ensino, em articulação com as empresas ou organizações. Normalmente, existem já relações ou mesmo protocolos estabelecidos entre as instituições de ensino com um conjunto de entidades, sendo que o aluno pode sempre fazer uma proposta de um local específico a estagiar. Desde que todas as partes concordem em avançar com o estágio, em teoria, ele poderá ser realizado.

Estes são estágios que, por norma, não têm nenhum tipo de remuneração, ainda que, em alguns casos, a empresa ou organização pode escolher pagar algum valor, nomeadamente na forma de ajudas de custo ou transporte. De acordo com os dados do inquérito do Eurobarómetro, 67% dos entrevistados revelou ter recebido alguma compensação financeira no decurso no estágio, ainda que esta compensação não seja equivalente a um salário.

A duração de cada estágio curricular está dependente do acordo celebrado entre a instituição de ensino e do plano curricular de cada curso. Habitualmente, a sua duração fixa-se entre os três meses e os seis meses. Por outro lado, os direitos de um estagiário são diferentes de um trabalhador com contrato, não existindo uma legislação única. Os termos do trabalho podem ser definidos por regulamentos institucionais e pelos próprios protocolos entre a entidade de acolhimento e a instituição de ensino. Normalmente, o estagiário tem direito a dois orientadores (um académico e um na entidade de acolhimento), bem como acesso a um plano de estágio, com objetivos, horário e tarefas definidas, para que seja claro, desde o início, quais vão ser as funções do estudante.

A importância do estágio

Desde logo, este momento significa um primeiro contacto com o mundo do trabalho e com as especificidades que essa ligação implica: tomarás contacto com os organigramas, missões e objetivos próprios da empresa ou instituição. Este é o momento em que te aperceberás como os slogans ou lemas são colocados em prática, no dia a dia.

Do ponto de vista do teu crescimento pessoal, passar da teoria à prática, implica saber quais as competências mais valorizadas ou necessárias para a realização de um trabalho. Por outro lado, obriga-te também a desenvolver outros atributos, nomeadamente transversais: capacidade de organização, comunicação e trabalho em equipa são apenas alguns exemplos. Esta é também uma forma de enriqueceres o teu currículo, acrescentando novas entradas ao campo “Experiência Profissional” –algo que poderá ser decisivo para atrair potenciais empregadores, no futuro. Por outro lado, os novos conhecimentos que farás significam

também o alargamento da tua rede de contactos profissionais, o que poderá eventualmente abrir portas até aqui desconhecidas.

A tese de mestrado de Catarina dos Santos Prado, da Universidade de Lisboa, focou ainda outra das mais-valias dos estágios curriculares – a criação de competências transversais. A investigação conclui que existe uma “avaliação positiva” dos alunos inquiridos quanto ao desenvolvimento destas competências no âmbito dos estágios curriculares, vistos como “uma oportunidade de as colocar em prática”. No caso desta investigação, as mais identificadas como mais desenvolvidas pelos estudantes foram a comunicação escrita, criação de laços e redes, relacionamento interpessoal, autonomia, planeamento/ação, autoconfiança, motivação e compromisso ético.

E o relatório?

Por ser um momento enquadrado num percurso formativo, um estágio curricular implica obrigatoriamente a elaboração de um relatório. Este trabalho serve para que possas refletir sobre todos os contornos da tua experiência no mercado de trabalho, avaliando as principais dificuldades e refletindo sobre pontos em que poderás melhorar no futuro, por exemplo. Por essa razão, será necessário colocar “toda a experiência no papel”. Durante a realização de um estágio, deverás apontar todos os pormenores, como tarefas realizadas, horas de trabalho, etc... No momento da elaboração do relatório, estes apontamentos serão muito úteis, para que possas resumir com eficácia a tua experiência. Contudo, um relatório de estágio poderá não se resumir à mera descrição das tarefas realizadas. Antes, deverá incluir uma breve teorização sobre o âmbito da atividade desenvolvida, de forma a efetivamente auxiliar a compreensão deste momento. Neste ponto, destacam-se os papéis do docente orientador e do próprio orientador de estágio (da parte da instituição), que poderão fornecer indicações muito importantes para a conclusão do relatório. Podes saber mais sobre este momento na página 16 deste guia.

A duração de cada estágio curricular está dependente do acordo celebrado entre a instituição de ensino e do plano curricular de cada curso.

Do ponto de vista do teu crescimento pessoal, passar da teoria à prática, implica saber quais as competências mais valorizadas ou necessárias para a realização de um trabalho.

UNIVERSO IPL

Escola Superior de Comunicação Social

Escola Superior de Dança

Escola Superior de Educação de Lisboa

Escola Superior de Música de Lisboa

/ipl.politecnicolisboa

Escola Superior de Teatro e Cinema

Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa

Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

Escola Superior de Comunicação Social Escola Superior de Dança

Mestrados

• Audiovisual e Multimédia

• Gestão Estratégica das Relações Públicas

• Jornalismo

• Publicidade e Marketing

Pós-Graduações

• Branding e Content Marketing

• Comunicação Corporativa, Sustentabilidade e Cidadania

• Comunicação e Marketing na Indústria Farmacêutica

• Indústrias Criativas: Gestão e Tendências

• Jornalismo Desportivo

• Storytelling

Mestrados

• Criação Coreográfica e Práticas Profissionais

• Ensino de Dança

Escola Superior de Educação de Lisboa

Mestrados

• Administração Educacional

• Didática da Língua Portuguesa no 1.o e no 2.o Ciclo do Ensino Básico

• Educação Artística

• Educação Especial

• Educação Pré-Escolar

• Educação Social e Intervenção Comunitária

• Ensino de Educação Visual e Tecnológica no Ensino Básico

• Ensino do 1.o Ciclo do Ensino Básico e de Matemática e Ciências Naturais no 2.o Ciclo do Ensino Básico

• Ensino do 1.o Ciclo do Ensino Básico e de Português e História e Geografia de Portugal no 2.o Ciclo do Ensino Básico

• Intervenção Precoce

• Jogo, Brinquedos e Linguagens na Educação de Infância

Pós-Graduações

• Animação de Histórias

• Design de Produtos Interativos para Educação

• Didática da Matemática - Aprendizagens e Recursos

• Educação Digital

• Educação em Creche e outros Equipamentos com Crianças dos 0 aos 3 anos

• Marionetas e Formas Animadas

• Pedagogia Inclusiva

Escola Superior de Música de Lisboa

Mestrados

• Ensino de Música

• Música

Pós-Graduações

• Composição Musical Aplicada

• Produção Audiovisual na Área da Música

Escola Superior de Teatro e Cinema Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa

Mestrados

• Desenvolvimento de Projeto Cinematográfico

• Teatro

Mestrados

• Engenharia Biomédica

• Fisioterapia

• Gestão e Avaliação de Tecnologias em Saúde

• Nutrição Clínica

• Radiações Aplicadas às Tecnologias da Saúde

• Segurança e Higiene no Trabalho

• Tecnologias Clínico-Laboratoriais

Pós-Graduações

• Avanços em Oncobiologia Molecular Aplicada ao Diagnóstico e Terapêutica

• Comunicação e Marketing na Indústria Farmacêutica

• Health Data Science

Mestrados e Pós-Graduações

Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa

Mestrados

• Análise Financeira

• Auditoria

• Contabilidade

• Controlo de Gestão e Avaliação de Desempenho

• Fiscalidade

• Gestão das Instituições Financeiras

• Gestão e Empreendedorismo

Pós-Graduações

• Administração e Gestão Financeira Pública

• Comunicação Corporativa, Sustentabilidade e Cidadania

• Contabilidade e Gestão Pública

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

Mestrados

• Engenharia Biomédica

• Engenharia Civil

• Engenharia da Qualidade e Ambiente

• Engenharia Eletrónica e Telecomunicações

• Engenharia Informática e Multimédia

• Engenharia e Gestão Industrial

• Engenharia Eletrotécnica

• Engenharia Informática e de Computadores

• Engenharia Mecânica

• Engenharia Química e Biológica

• Matemática Aplicada para a Indústria

Pós-Graduações

• Conservação e Reabilitação de Construções

• Eficiência Energética e Sustentabilidade em Edifícios

• Engenharia e Gestão de Energias Renováveis

• Engenharia Optoeletrónica e Fotónica

• Especialização em Engenharia Ferroviária

• Matemática para Ciência de Dados

• Novas Abordagens em Acústica Aplicada e Áudio

• Processos Avançados de Fabrico

• Projeto e Manutenção de Instalações Elétricas

Como é ser trabalhador-estudante?

Em 2024, eram mais de 30 mil os alunos que frequentavam o ensino superior e aliavam os estudos com uma profissão. Existem cada vez mais estudantes a trabalhar para cobrir os custos de vida que vêm com a entrada no ensino superior. Sabe mais sobre o estatuto que reserva direitos e deveres a estes alunos do Ensino Superior.

A entrada no Ensino Superior é um momento muito aguardado por milhares de jovens, mas com ela vêm despesas acrescidas. Alojamento, alimentação, propinas, são só alguns dos gastos em que os estudantes incorrem nesta nova etapa e para fazer face às mesmas, muitos optam por aliar o trabalho aos estudos.

Prova disso são os dados mais recentes recolhidos junto das instituições de Ensino Superior (IES) pelo Jornal de Notícias, citado pelo Público, onde se verificou que, no final do ano letivo 2023/24 eram

mais de 30 mil estudantes do ensino superior que conciliavam os estudos com um trabalho. Tal correspondia a um aumento de 24% nos cinco anos anteriores no número de estudantes inscritos “no ensino superior público que também exercem uma profissão”. Aos olhos da lei portuguesa, considera-se um trabalhadorestudante “o trabalhador que frequenta qualquer nível de educação escolar, bem como curso de pós-graduação, mestrado ou doutoramento em instituição de ensino, ou ainda curso de formação profissional ou programa de

ocupação temporária de jovens com duração igual ou superior a seis meses” (artigo 89o da Lei n.o 7/2009).

Conheces o estatuto trabalhador-estudante?

Se queres estudar e trabalhar simultaneamente, deves conhecer o estatuto trabalhador-estudante. Nele tens direitos e deveres que deves cumprir e podes usufruir do mesmo em qualquer grau de ensino (da licenciatura ao doutoramento). Mas como é que que tens direito ao mesmo?

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Para requereres o estatuto trabalhador-estudante, deves fazê-lo junto à tua entidade empregadora, provando que és estudante. Terás de entregar-lhes o teu horário escolar e no final de cada ano letivo apresentar um comprovativo de aproveitamento. Deverás fazer o mesmo junto do estabelecimento de ensino onde estudas, mas neste caso deves comprovar que te encontras a trabalhar.

Como funciona?

No estatuto trabalhador-estudante encontram-se contemplados diversos mecanismos para defender os seus beneficiários. O direito a faltar por justa causa está contemplado na lei quando os estudantes se encontram em épocas de provas de avaliação, orais ou escritas. Mas atenção: não podes exceder, em cada ano letivo, o limite de faltas de quatro dias por cada disciplina e as faltas podem ser dadas na véspera e no dia da prova. Também podes faltar para fazer

a apresentação de um trabalho, quando este se revelar um meio de importante de avaliação, capaz de determinar direta ou indiretamente o aproveitamento escolar – pois é considerada como prova de avaliação e implica os mesmos direitos de dispensa laboral. Na eventualidade de incompatibilidade no horário, as faltas que forem dadas para prestar provas de avaliação também se encontram justificadas, com as entidades empregadoras a poder exigir prova da necessidade destas deslocações e o horário das provas. Enquanto beneficiário do estatuto trabalhador-estudante, também não és obrigado a fazer horas extraordinárias, exceto por “motivo de força maior”.

E os horários de trabalho?

E as férias?

Estas necessidades encontram-se todas contempladas no estatuto trabalhador-estudante. Segundo a lei, quando chega a hora de escolher os horários, as escolhas

DIREITOS NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

n Não é incluído no regime presencial obrigatório

n Não é incluído no regime de prescrição

n Dispõe de uma época especial de exames (em todas as disciplinas e cadeiras em que não exista época de recurso)

n Acesso a aulas de compensação ou de apoio pedagógico

n Exames e serviços de apoio ao estudante devem decorrer, na medida do possível, no horário escolhido previamente pelo aluno

devem ser feitas tendo em conta as necessidades da entidade empregadora. No entanto, está contemplado o direito a um horário específico de trabalho.

O trabalhador-estudante pode também trabalhar por turnos. Contudo se o turno onde se encontra inserido não for compatível com a frequência de aulas ou dispensa para as frequentar, este tem precedência na ocupação de um posto de trabalho que seja compatível com a sua qualificação profissional e com as aulas.

Quanto às férias, trabalhadorestudante deve ser concedido o direito de marcar as suas férias consoante as necessidades do regime escolar em frequência. A lei prevê que este possa marcar até 15 dias de férias interpoladas, tendo sempre em consideração as necessidades da entidade patronal. O trabalhador-estudante também tem a possibilidade de gozar de uma licença sem retribuição com a duração de 10 dias úteis.

DIREITOS NO LOCAL DE TRABALHO

n Possibilidade de dispensa do trabalho para frequentar aulas sem perda de direitos (se comprovada a impossibilidade de conciliar horários e com limites de utilização)

n Atribuição de período de descanso de metade do número de horas prestadas de forma suplementar

n Direito a marcar férias de acordo com necessidades escolares, podendo marcar até 15 dias de férias interpoladas, tendo em consideração as necessidades da empresa.

n Possibilidade de gozar de uma licença sem retribuição até 10 dias úteis (seguidos ou interpolados)

n Justificação de faltas ao trabalho no dia de exame e no dia anterior.

Índice alfabético

Instituições por distrito

Descobre o universo do ensino superior em Portugal com recurso a este índice de instituições portuguesas que lecionam cursos superiores (licenciatura, mestrado e doutoramento) e Cursos Técnicos Superiores Profissionais. O critério de organização é geográfico, com a agregação por distrito e com indicação de qual o sistema de ensino em que se insere a instituição (público, privado, politécnico, universitário, etc.). Para saber mais, visita forum.pt e utiliza a ferramenta “Pesquisa o teu Futuro”, onde encontras toda a informação sobre a oferta formativa de ensino superior em Portugal, bem como detalhes sobre estruturas, apoios ou projetos.

Legenda

n Ensino Concordatário

n Ensino Superior Privado

n Ensino Superior Privado Politécnico

n Ensino Superior Privado Universitário

n Ensino Superior Público - Militar e Policial Universitário

n Ensino Superior Público - Militar e Policial Politécnico

n Ensino Superior Público Politécnico

n Ensino Superior Público Universitário