Projecto Educativo de Escola 2010-2014

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EB1/PE do Caniçal

Projeto Educativo de Escola

Quadriénio 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014

Caniçal, julho de 2010


Índice

1. Introdução

3

2. Enquadramento Jurídico-Administrativo

4

3. Inserção no Meio – Caniçal

5

3.1 Identidade da Escola e sua Caracterização

5

3.2 Meio sócio - económico envolvente

6

3.3 Património Histórico, Cultural e Gastronómico

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4. Princípios e Valores Orientadores

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5. Identificação dos problemas educativos da escola

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6. Finalidades do P.E.E.

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7. Objetivos do P.E.E.

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8. Concretização de Objetivos - Meios e Estratégias

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9. Divulgação do projeto

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10. Avaliação do Projeto

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10.1. O que avaliar?

27

10.2. Como e quando avaliar?

27

10.3. Quem deve avaliar?

27

10.4. Metodologia

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11. Conclusão

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1. Introdução A Escola Básica do 1º ciclo com Pré - Escolar do Caniçal como instituição prestadora de serviços educativos, dentro do quadro legal e normativo a que está sujeita, tenta implementar soluções adaptadas à comunidade que serve, propondo-se responder às suas necessidades e expectativas criando oportunidades para todos e assumindo-se como agente de mudança. O tema do Projeto Educativo de Escola para o quadriénio 2010/2014 será a Literacia. Entende-se por literacia a capacidade de cada indivíduo de compreender e usar a informação (escrita ou outra da vida diária) de modo a atingir os seus objetivos, a desenvolver os seus próprios conhecimentos e competências (leitura, escrita, cálculo) e a participar ativamente na sociedade. O presente P.E.E. pretende não só chegar a todos os alunos mas a toda Comunidade Escolar através do tema Literacia de forma a haver um maior envolvimento parental/familiar no desenvolvimento do mesmo. Pretendemos assim, através de uma intervenção pedagógica no contexto sócio afetivo e nas práticas escolares, contribuir favoravelmente, para a aquisição da Literacia trabalhando em conjunto com o ambiente familiar dos educandos.

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2. Enquadramento JurídicoAdministrativo «A autonomia da escola caracteriza-se na elaboração de um projeto educativo próprio, constituído e executado de forma participada, dentro de princípios de responsabilização dos vários intervenientes na vida escolar e de adequação a características e recursos da escola e às solicitações e apoios da comunidade em que se insere.» Decreto-Lei n.º 43/89, de 3 de fevereiro

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3. Inserção no Meio 3.1) Identidade da Escola e sua Caracterização O atual edifício escolar foi inaugurado no dia 2 de outubro de 2006 pelo Sr. Presidente do Governo Regional Dr. Alberto João Jardim. Está a funcionar com 17 salas de aula (6 salas de aula curricular, 4 salas de pré-escolar e 7 salas de Atividades de Complemento Curricular) que serve a população escolar do 1º ciclo e do pré-escolar do Caniçal. É um estabelecimento de ensino moderno de grande dimensão e com boas condições de funcionamento. Para além das referidas salas de aula, a escola possui: Uma cozinha equipada;

Uma sala de reuniões;

Uma sala para refeições;

Cinco arrecadações;

Duas casas de banho para

Um elevador;

pessoas portadoras de deficiência

Uma passadeira aérea;

motora;

Uma instalação sanitária para

Três casas de banho

pessoal não docente;

masculinas;

Duas

Três casas de banho femininas; Uma casa de banho para o préescolar com banho; Duas

instalações

portas

de

entrada

principais; Quatro saídas de emergência; Um campo polivalente;

sanitárias

para professores; Uma sala de professores; Um gabinete de direção;

Um parque infantil (escorrega, si-só, balanço); Jardim; Um hidrante.

Um gabinete administrativo;

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Para além de tudo o que foi acima referido, a escola também possui vários armários e estantes de apoio às salas de aulas, mesas e cadeiras adequadas, televisão, máquina fotográfica, gravador de vídeo, aparelhos de som, telefone, fax, fotocopiadoras, computadores com acesso à Internet, scanner, projetor multimédia, impressoras e quadro interativo. A escola funciona em regime de tempo inteiro com: 4 Turmas de pré-escolar; 2 Turmas de 1º ano (turno da manhã); 3 Turmas de 2º ano (turno da manhã); 3 Turmas de 3ºano (uma no turno da manhã e duas no turno da tarde); 3 Turmas de 4º ano (turno da tarde) 1 Turma do Ensino Recorrente.

O corpo docente é atualmente formado por 1 Diretora, 1 Subdiretora, 8 Educadoras de Infância, 2 Educadoras da bolsa, 11 Professores Curriculares, 2 Professores de Apoio/Substituição, 3 Professores da bolsa 1º ciclo, 1 Professora do Ensino Especial, 2 Educadores do Ensino Especial, 2 Professores de Educação Física, 2 Professoras de Inglês, 2 Professoras de Estudo, 2 Professores de Informática, 1 Professora de Expressão Plástica, 2 Professores de Expressão Musical, 1 Professor do Ensino Recorrente e 2 Professoras em pré-reforma. A frequentar a escola estão 88 alunos do Pré-Escolar e 229 alunos do 1º Ciclo. O pessoal não docente é formado por 2 Técnicas superiores de educação, 1 Encarregada de pessoal não docente, 3 Assistentes técnicas, 4 Ajudantes de ação sócio educativa de educação pré-escolar e 13 Assistentes operacionais.

3.2) Meio sócio - económico envolvente

A Região Autónoma da Madeira é um arquipélago português dotado de autonomia política e administrativa através do Estatuto Político Administrativo da Região Autónoma da Madeira, previsto na Constituição da República Portuguesa.

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O arquipélago da Madeira, devido ao seu clima ameno, tanto no inverno como no verão é propício ao turismo que se verifica ao longo de todo o ano. Para além disso existe um leque variado de atrações que o potencializam, tais como o fogo de artifício no final do ano, o Carnaval, a Festa da Flor, o Festival do Atlântico e o Rali Vinho Madeira. Outros dos principais ícones da região são o vinho, mundialmente famoso, e a Floresta Laurissilva considerada Património Mundial pela UNESCO. O Caniçal é uma freguesia do concelho de Machico, com 11,46 km² de área e cerca de 6000 habitantes, sendo uma população essencialmente jovem. Foi elevada à categoria de vila em 1994. A maioria dos homens dedicam-se essencialmente à pesca e à construção civil, embora alguns jovens optem por tirarem um curso superior ou profissional. É também no Caniçal que se situa a única praia de areia natural da Madeira chamada Praínha sendo bastante famosa e onde no verão tem uma grande afluência de pessoas. Em 1981 foi fundado o Clube de Futebol do Caniçal que se encontra neste momento a disputar a segunda divisão nacional.

In WWW. Caniçal.com.

O Caniçal esteve isolado pelas montanhas que o separam de Machico até 1956, altura em que foi construído o Túnel Engenheiro José Nasolini. Até então a comunicação era feita por veredas de difícil acesso e por mar. Em outubro de 2004, com a inauguração da via rápida Machico - Caniçal, o acesso passou a ser mais fácil, mais cómodo e mais rápido. O desenvolvimento desta freguesia é ainda notório, nos mais variados aspetos: implementação da Zona Franca da Madeira, construção de uma nova Igreja, construção do Porto do Caniçal, do Centro Cívico (onde se encontra a Junta de Freguesia), do Complexo Balnear, da "Promenade", alteração da Frente-de-Mar e Monumento de Homenagem aos Pescadores. A população está distribuída por vários sítios que recebem os nomes de acordo com os fatores característicos do meio: Sítio da Palmeira de Cima, Sítio da Palmeira de Baixo, Entre – Águas, Serrado da Igreja, Serrado do Marmeleiro, Banda do Silva, Banda d´Além, Sítio da Cerca, Sítio do Barro e Sítio das Feiteirinhas.

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Atualmente, estão a ser atribuídos nomes às ruas da freguesia, embora seja um processo ainda em desenvolvimento. Assim, já são conhecidos os nomes de algumas ruas, tais como:  Rua da Banda do Silva;  Estrada de São Lourenço;  Rua da Urbanização da Longueira;  Beco da Palmeira;  Rua do Serrado dos Marmeleiros;  Beco da Palmeira de Cima;  Caminho de Entre Águas;  Largo Manuel Alves;  Caminho da Ribeira Natal;  Rua da Padra D’Eira;  Caminho do Âncora;  Caminho da Cova Grande;  Caminho da Rochinha;  Rua da Palmeira de Cima;  Estrada Banda D’Além;  Rua do Pescador;  Rua da Igreja Nova;  Rua do Calhau;  Rua de São Sebastião;  Largo São Sebastião;  Rua da Palmeira;  Caminho do Salsinha;  Rua da Vinha;  Rua das Feiteirinhas. Com exceção da parte povoada, esta freguesia é, em geral, muito montanhosa e com um grande acidentado nos seus terrenos, podendo fazer-se menção dos montes ou picos do Penedo do Saco, do Junqueiro, Lajedo, Cancela, Judeu, Dragoal, Tojal, Facho e Castanho (a mais de 600 metros acima do nível do mar). O pico da Cancela é uma EB1/PE do Caniçal | Projeto Educativo de Escola

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cratera extinta, e das suas imediações se avista a ponta de S. Jorge e a ilha do Porto Santo, sendo nesta eminência que verdadeiramente começa o cabo ou ponta de São Lourenço. A população do Caniçal conta ainda com o apoio do Centro de Dia para os idosos, Farmácia, Correios, G.N.R., Bomba de gasolina, Banco, Centro de Saúde, Segurança Social, Casa do Povo, Infantário “A Gaivota”, Escola EB1/PE do Caniçal e Escola Básica do 2º e 3º Ciclos do Caniçal.

3.3)

Património Histórico, Cultural e Gastronómico

Locais, coletividades e datas festivas de interesse pedagógico, educativo, cultural, gastronómico e histórico de que a escola poderá dispor para enriquecer a prática pedagógica.

Museu da Baleia Foi em 1940 que teve início a caça à baleia no Arquipélago da Madeira. Ao largo do Porto Moniz foram caçadas as primeiras baleias (cachalotes). A atividade estendeu-se a todo o arquipélago, à exceção das Ilhas Selvagens, tendo sido construídas seis vigias ao longo da costa da Madeira, três nas Ilhas Desertas e duas na Ilha do Porto Santo. Em 1943 existiam 4 portos com baleeiras: Porto Moniz, Caniço, Caniçal e Funchal. Foi na década de 50 que a caça à baleia, na Madeira, atingiu o seu auge, encontrando-se, funcionamento

nessa uma

altura, fábrica

em para

processamento dos animais caçados, no Caniçal. Nos anos 70, com o crescimento do movimento internacional para a defesa das baleias, a proibição da comercialização dos produtos extraídos destes animais por alguns países, nomeadamente, os EUA, Inglaterra e França (tradicionais compradores),

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conduziu ao fim voluntário da caça à baleia na Região, que provocou o encerramento da Empresa Baleeira do Arquipélago da Madeira (EBAM) em 1981. A partir de 1986, baleias, golfinhos e outros mamíferos marinhos, nomeadamente o raro lobo-marinho, passaram a ter o seu “santuário”, devido ao Decreto Legislativo Regional Nº 6/86/M, que delimitou as pescas até às 200 milhas. O Museu da Baleia, localizado na vila do Caniçal, aberto ao público desde 1990, constitui um núcleo museológico que imortaliza as memórias e narra a odisseia da caça à baleia e da indústria de extração do óleo e produção de farinhas de baleia no arquipélago da Madeira. Através de uma coleção de fotografias, de um vídeo com imagens da época, da exposição de artefactos e arpões utilizados na caça à baleia, as memórias desta atividade são perpetuadas e acessíveis aos que nos visitam. Podem ser observados modelos à escala das embarcações então utilizadas como também antigo artesanato feito a partir de dentes e ossos dos cachalotes. Uma réplica da antiga "fábrica das baleias", feita ao mais ínfimo pormenor leva-nos a um passado ainda não muito distante. Os aspetos da biologia e da proteção das baleias e golfinhos são abordados na exposição contribuindo para a sensibilização de todos para a necessidade de preservar estes animais espantosos. Atualmente o Museu da Baleia desenvolve um conjunto de estudos dos cetáceos no arquipélago da Madeira com vista ao seu melhor conhecimento e conservação. Entre estes, destaca-se o "Projeto para a Conservação dos Cetáceos no arquipélago da Madeira". Também têm sido desenvolvidos esforços no sentido de preservar a história da atividade baleeira no arquipélago da Madeira. Para tal, têm sido recolhidos e preservados, depoimentos, peças e documentos ligados à caça da baleia na Madeira. De forma a oferecer aos seus visitantes um serviço de maior qualidade e mais diversificado, encontra-se em fase final de construção o novo edifício do Museu da Baleia.

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Capela de São Sebastião

Foi na capela de São Sebastião, fundada por Garcia Moniz no primeiro quartel no século XVI, que se instalou a sede da nova freguesia. Por 1594 se acrescentou ou reedificou a mesma capela, deixando-a em tal estado de ruína o terramoto de 1748, que uma testemunha contemporânea diz que não tem outro remédio senão nova edificação. In www.freguesiadocanical.com. A 9 de junho de 1749 se lançou a primeira pedra para a construção do novo templo, que é o atual, procedendo-se à sua bênção solene no dia 13 de dezembro de 1750. Foi erigido em sítio um pouco afastado do da primeira igreja, conservando este ainda o nome de Sítio da Igreja Velha. Dado o crescimento demográfico da Vila do Caniçal, foi construída uma igreja nova que foi inaugurada a 12 de dezembro de 1999.

Capela de Nossa Senhora da Piedade

A capela foi construída no séc. XVII, no Monte Gordo ou da Piedade, debruçada sobre as águas do Oceano Atlântico, a uma distância de 4km da igreja paroquial. Reza a lenda que a sua construção se deve ao voto de marinheiros que estando prestes a naufragar prometeram erigi-la.

Ponte da Ribeira de Natal

A ponte de pedra sobre a Ribeira de Natal caracteriza-se pelo seu arco abatido em alvenaria de basalto irregular sem recurso a argamassa, ligando as EB1/PE do Caniçal | Projeto Educativo de Escola

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margens e integrando a antiga rede viária (pedestre) entre Machico e Caniçal. O mau estado de conservação da estrutura da ponte conduziu a uma intervenção minimalista no respeito pela autenticidade histórica e originalidade da técnica de construção primitiva. A obra de recuperação deu – se entre agosto e outubro de 2003.

Ponta de São Lourenço

A Ponta de São Lourenço, batizada com este topónimo pelo facto da caravela que trazia João Gonçalves Zarco se chamar São Lourenço, é um importante elemento caracterizador da Freguesia do Caniçal e de todo o concelho de Machico. Os seus cerca de 5km de extensão, associados a um belo conjunto de ilhéus (Ilhéus de S. Lourenço, de Agostinho, do Guincho e da Pedra Furada), proporcionam um local de grande valor geológica, biológico e paisagístico, todo ele incluído no Parque Natural da Madeira e integrado na rede europeia de espaços protegidos – Rede Natura 2000. Os penhascos erguem-se até 180 metros sobre o Atlântico, num cenário árido e sem árvores, com apenas flores silvestres a crescerem em algumas encostas abrigadas. No seu ilhéu adjacente encontra-se instalado o farol e a estação telegráfica e semafórica. Baía d’Abra Entre a Ponta de São Lourenço e a povoação fica a formosa Baía d’Abra abundante em peixe e onde existem viveiros artificiais para fomentar esta abundância. Praínha Situada perto da afamada Ponta de São Lourenço, entre a Baía d’Abra e a povoação, no fundo de uma pequena enseada, encontramos a Praínha, que constitui a única praia de areia negra, contrariando a realidade das praias de calhau madeirenses. EB1/PE do Caniçal | Projeto Educativo de Escola

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Bem diferente é a paisagem que a rodeia, já que os verdes dão lugar a uma paisagem árida, pintada de amarelos, castanhos e laranjas. Lá podemos encontrar um serviço de restauração, WC, balneários, guarda-sóis e espreguiçadeiras. Praia da Ribeira de Natal Situada também numa pequena enseada, a Praia Ribeira de Natal, contrariamente à Prainha, é formada por "calhaus". Com a construção da "promenade", esta praia passou a ter ligação através do "Cais da Pedradeira" e um notório melhoramento em termos de espaço para solário e de acesso ao mar, onde foram colocados guarda-sóis. Lá podemos encontrar um bar, WC e balneários.

Grupo de Folclore do Caniçal

Este grupo iniciou-se como grupo cultural em 1991, e as roupas refletem o modo de vestir de há 50/60 anos atrás. A partir de julho de 1993, afirma-se já como Grupo de Folclore da Casa do Povo do Caniçal, precedendo a esta data todo um trabalho de investigação, fundamentalmente no que concerne ao traje, para que remontasse a uma época mais antiga (princípios do século). É de salientar a participação em vários festivais regionais, nacionais e internacionais e também em diversos programas televisivos, assim como, num conjunto de festas religiosas. Merece lugar de destaque dado que tem sido responsável pela promoção cultural da população e pela divulgação de tradições locais.

Clube de Futebol do Caniçal

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O Clube Futebol Caniçal foi fundado em 1981. Tem desempenhado um papel chave ao nível da formação e do fomento de atividades desportivas, contribuíndo para apoiar as camadas mais jovens da freguesia. Vai participar novamente na 3ª Divisão Nacional em 2010/2011.

Clube Náutico da Madeira

A Associação Náutica da Madeira (A.N.M.) foi fundada a 12 de abril de 1984. O Centro de Formação e Treino da Ribeira de Natal foi inaugurado a 29 de setembro de 2000, onde a A.N.M. já desempenhava um papel importante ao nível da formação e da ocupação dos tempos livres da juventude local.

Associação - "O Calhau"

A Associação sócio-cultural do Caniçal "Calhau" nasceu formalmente a 3 de fevereiro de 2001, com a apresentação a várias entidades (autarquias locais e representantes de instituições públicas e privadas) e à população em geral. O surgimento desta associação teve como objetivo geral oferecer uma alternativa saudável à população do Caniçal. Carecendo esta freguesia de alternativas de ocupação de tempos livres, "O Calhau" pretende sensibilizar, informar e formar em várias áreas, nomeadamente a saúde, a educação, o ambiente e as artes entre outras. Estas temáticas têm sido o mote para a concretização

de

atividades,

umas

com

"tradição", que se celebram anualmente, como os Jogos Tradicionais durante o verão, Dia Mundial da Criança e a Feira da Saúde. Em parceria com a Associação de Escoteiros de Portugal, esta associação criou o "Grupo de Escoteiros do Caniçal", levando a cabo Sessões de Informação e Divulgação na freguesia para a adesão, por parte dos jovens, ao Movimento Escutista. EB1/PE do Caniçal | Projeto Educativo de Escola

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O Grupo 228 fica na freguesia do Caniçal, a sua sede situa-se junto ao parque Infantil, em frente à Igreja Velha. O Grupo iniciou oficialmente no dia 30 de junho de 2007. O lenço representa a bandeira do Caniçal, em que o amarelo representa o sol, o azul o mar e o vermelho a caç a à Baleia. in www.culturede.com (DRAC Madeira).

Associação “Jovens Canissalenses”

Esta associação desenvolve diversas atividades nomeadamente: passeios a pé, acampamento, exposições, atividades desportivas, limpeza de praias e serra. Também participa

em

diferentes

comemorações,

tais

como:

Dia

do

Trabalhador,

Acampamento"Serra limpar", Semana Gastronómica, Carnaval, Torneios de Futebol e de Voleibol, Atividades de verão, Santos Populares(Desfile e Sardinhada), Presépio, etc..... in www.culturede.com (DRAC Madeira).

Festa da “Senhora da Piedade”

Diz a lenda, que um grupo de navegantes, vendo-se no alto mar em aflição, prometeu que se salvasse, mandaria erguer uma capela a Nossa Senhora da Piedade. Como aquele monte foi o primeiro a ser avistado, foi então escolhido para a construção da Ermida. Desde há muitos anos, (não há registos do início) no terceiro fim de semana de setembro, o Caniçal vive um dos seus momentos mais importantes, no que se refere a festividades. A festa da Senhora da Piedade, com a sua procissão pelo mar, única na Madeira, faz mover toda a população que tudo prepara com muito empenho. A preparação começa na segunda-feira anterior ao fim de semana da festa e, dia após dia, as ruas e o adro da igreja vão ganhando cor e alegria, resultante das verduras, das flores, das luzes e das bandeiras de cores garridas e em cruz, que constituem as ornamentações. Duas semanas antes, é feito um sorteio, para a escolha da embarcação que levará a EB1/PE do Caniçal | Projeto Educativo de Escola

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imagem da Nossa Senhora, na procissão. As restantes embarcações acompanham-na, repletas de romeiros e residentes, que querem pagar as suas promessas. A procissão sai da igreja às 15h00 de Sábado, em direção à capela, onde se encontra a imagem da Senhora da Piedade é transportada para a igreja nova onde permanece até Domingo. Novamente, às 15h00 de Domingo, a imagem regressa à sua morada – a capela. No decorrer destas viagens por mar, toca a música (banda) e entoamse cânticos. Paralelamente a esta manifestação de fé, os caniçalenses preparam para a festa o pão de batata, o gaiado seco de escabeche e as lapas, não faltando as barraquinhas de comes e bebes, onde encontramos as espetadas. Os bailinhos e as romagens também estão sempre presentes neste arraial.

Festa do Santíssimo Sacramento

Realiza-se

no

domingo

de

setembro,

imediatamente a seguir à Festa de Nossa Senhora da Piedade.

Festa de São Sebastião – Padroeiro do Caniçal

Realiza-se nos dias 20 e 21 de janeiro, data da morte do Santo Mártir, nascido em Milão, favorito do imperador Dioclesiano e mais tarde morto por ordem do mesmo entre os anos de 288/300. Na escultura são evidentes os sentimentos de dor e de sofrimento, traduzidos na festividade religiosa. Após a missa, a procissão percorre a rua principal da freguesia, passando o andor com o santo sobre um tapete de algas marinhas e flores.

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Festa do Pescador

Visto que o Caniçal é uma vila piscatória e com tradições ligadas ao mar e à pesca faz sentido a realização da Festa do Pescador. Esta festa foi realizada pela primeira vez no ano de 2009. Uma iniciativa da Junta de Freguesia e Casa do Povo do Caniçal, da Câmara Municipal de Machico e da Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais. O programa do evento desenvolve-se em três vertentes: gastronomia, cultura e animação. Este certame decorre no último fim de semana do mês de junho.

Gastronomia

Sendo o peixe a base da alimentação da população do litoral, e o Caniçal terra de pescadores, dependendo da época do ano, pode-se apreciar um bom prato de peixe fresco (bodião, garoupa, salmonete, congro, polvo e moreia),nos diversos restaurantes locais, confecionados de diversas maneiras (caldeirada, cozido, grelhado, frito, seco, etc.). O “peixe-miúdo” (cavala, chicharros, bogas e ferreiras) é confecionado em escabeche, cozido, assado ou frito. O gaiado seco, salgado, bem como o bucho de atum são usados como conduto, revelando-se um verdadeiro petisco. O bife de atum constitui um prato regional. À abundância do passado contrapõe-se hoje a escassez das freiras, cracas, caramujos, lapas e as famosíssimas castanhetas, constituindo estas últimas uma deliciosa iguaria local. São usadas as carnes de vaca, porco, galinha, coelho e cabra, confecionadas nas formas de cozedura, guisadas, assada no forno e no espeto. Outrora o aproveitamento da carne de porco resumia-se à carne de vinho-e-alhos, banha e tripa recheada que era, normalmente, consumida salgada. A espetada constitui a principal refeição dos romeiros e excursionistas a qual já se tornou um prato regional.

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As cagarras, aves em vias de extinção, eram preparadas em salmoura e cozidas com couves ou em sopa, substituindo a carne de porco. A tartaruga, outrora abundante, era preparada para a sopa e guisada.

Artesanato / Osso de Baleia

Atualmente

existem

dois

artesãos

que

trabalham

minuciosamente o osso de baleia. Artefactos (miniaturas): esculturas de peixes, brincos, crucifixos, dentes de baleia, facas, arpões, pregadores, anéis e barcos. Devido à falta de matéria-prima (osso), muitos objetos já contêm elementos de madeira.

Bordado Madeira

Os tecidos usados nesta indústria são o linho, o algodão, a seda natural, o organdi e as fibras sintéticas. Utilizando o papel vegetal (previamente desenhado e picotado) este é pressionado sobre o tecido com uma espécie de almofada (também chamada de boneca) tingida de azul ou preto, assinalam as zonas a bordar. Artefactos em Canavieira

Os artefactos feitos em canavieira já só são trabalhados por algumas pessoas de idade avançadas. Utilizam a canavieira, que é trabalhada com um canivete, e criam utensílios vários, entre eles instrumentos musicais (como nas imagens). Não é uma tradição que tenha grande adesão das camadas mais jovens desta localidade.

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4. Princípios e Valores Orientadores Pretendemos

com

este

P.E.E.

promover

uma

educação

participada,

estabelecendo elos entre diferentes parceiros educativos, criando assim um ambiente agradável de aprendizagem e partilha de experiências educativas significativas. Assim sendo, temos o intuito de:  Promover nos órgãos de gestão pedagógica a reflexão sobre questões de literacia.  Criar situações que proporcionem aos alunos experiências que favoreçam a sua maturidade cívica e sócio-afetiva, criando neles atitudes e hábitos positivos de relação, cooperação e respeito pelo outro;  Dinamizar atividades que permitam o desenvolvimento cultural dos alunos, implementando estratégias de ensino conducentes a aprendizagens significativas que valorizem a teoria e a prática;  Dinamizar atividades e implementar metodologias e estratégias de ensino que facilitem o acesso ao currículo por parte dos alunos respeitando as suas necessidades educativas;  Apoiar e desenvolver projetos que promovam o conhecimento da realidade sócio-cultural local, regional, nacional e internacional, dinamizando relações de parceria educativa com a Comunidade Escolar;  Dinamizar atividades que desenvolvam uma consciência ambiental assertiva;  Reforçar a ligação Escola/Meio. Valores essenciais a promover 

Valorizar o uso da Língua Portuguesa;

Respeito pelos colegas, professores e funcionários da escola;

Valorizar a importância da literacia na vida escolar e do quotidiano;

Conhecimento e cumprimento das regras do estabelecimento escolar;

Preservar o ambiente valorizando a reciclagem/redução/reutilização;

Preservação do edifício e material escolar;

Valorização da cultura escolar e de tudo o que esta permite aceder.

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5. Identificação

dos

problemas

educativos da Escola 

Falta de empenho, por parte dos alunos, na sala de aula;

Desinteresse pela leitura.

Dificuldade dos alunos em usar a informação escrita para atingir os objetivos e competências que lhes são propostos.

Falta de um envolvimento persistente e exigente dos Pais/Encarregados de Educação no sucesso educativo dos seus educandos.

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6. Finalidades do PEE Pretendemos com o presente P.E.E. conseguir atribuir competências ao nível da literacia (sejam elas de escrita, de leitura ou de cálculo) de forma a melhorar o sucesso escolar/profissional de toda a Comunidade Escolar no seu quotidiano. Com a aposta também na literacia da informação desejamos desenvolver competências elementares ao nível da pesquisa com o intuito de tornar toda a comunidade escolar mais informada e autónoma. O estreitamento da relação da escola com a família é da maior importância no atual quadro de gestão escolar. Os resultados escolares dos jovens são tanto melhores quanto mais sólidos são as interligações familiares e mais equilibrada é a relação entre a família e a escola. Pretende-se corresponsabilizar os pais, no sucesso e insucesso escolar, informando-os sobre o sistema educativo em geral, e o estabelecimento de ensino em particular, e incentivá-los a participarem nas atividades que decorrem na escola, de modo a desenvolver uma cultura de educação partilhada na formação dos seus educandos.

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7. Objetivos do PEE - Implementar um modelo de desenvolvimento de literacia em articulação com P.C.E., P.A.E., P.C.T.’s, P.C.G.’s e Atividades de Complemento Curricular; - Promover eventos culturais que aproximem os alunos dos livros ou de outros materiais/ambientes, para incentivar o gosto pela leitura; - Envolver a família em projetos ou atividades na área da leitura; - Promover o aumento do nível da literacia em todos os indivíduos sem distinção; - Desenvolver a consciência da importância do saber escrever em toda a Comunidade Escolar, através de um permanente estímulo para a promoção de hábitos de leitura; - Estimular a autonomia da leitura nas crianças. - Incentivar o convívio entre pais e filhos com o intuito de aprofundar o domínio da língua e da leitura entre os elementos da família; - Criar um ambiente social favorável à leitura; - Desenvolver e valorizar práticas pedagógicas e outras atividades que estimulem o prazer de ler entre crianças, jovens e adultos; - Criar instrumentos que permitam definir metas para o desenvolvimento da leitura; - Enriquecer as competências dos atores sociais, através de formação e de ações de sensibilização; - Envolver os alunos em atividades de reciclagem / redução / reutilização de resíduos; - Consciencializar a Comunidade Educativa para a importância da poupança dos recursos naturais; - Consolidar e ampliar o papel da Biblioteca Escolar no desenvolvimento de hábitos de leitura.

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8. Concretização de Objetivos – Meios e Estratégias Acreditamos que só poderemos atingir os objetivos propostos, criando novos desafios para os alunos e envolvendo a comunidade em geral. É um facto que a grande maioria dos desafios terão de ser por iniciativa da Escola onde se pretende incutir em todos os agentes um dinamismo diferente e inovador. Assim, indicam-se algumas medidas a adotar: - Promover ações de formação e sensibilização de forma a enriquecer as competências dos atores sociais; - Incrementar a participação dos encarregados de educação em atividades de incentivo à leitura, aproveitando atividades como a Feira do Livro e a dinamização da Biblioteca incentivando a requisição de livros para leitura conjunta; - Promover canais de comunicação dedicados para a família, nomeadamente através da página de Internet da Escola, com o propósito de divulgar projetos, iniciativas e exposições; - Manter o relacionamento com a Liga Pais e Encarregados de Educação e convidá-los a participar nas atividades lúdicas e culturais; - Reforçar a ligação escola/meio. - Partilhar o sucesso e o insucesso dos seus educandos. Assim sendo, a Liga de Pais/Encarregados de Educação deverá ter uma participação ativa dentro da comunidade escolar, permitindo uma cooperação regular com os órgãos de gestão intermédia; - Disponibilizar meios e processos que visem a formação dos elementos da comunidade educativa; - Desenvolver estratégias para melhorar os circuitos de comunicação entre as diversas estruturas da escola (utilização de novas tecnologias); - Estimular a escrita criativa nos alunos. -Lançar programas de promoção da leitura para os diferentes setores da comunidade educativa.

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- Estimular nas crianças o prazer de ler, intensificando o contacto com o livro e a leitura na escola, designadamente nas salas de aula, nas bibliotecas e na família. - Criar oportunidades de leitura para as crianças, jovens e adultos que requerem meios especiais de leitura. - Reforçar a promoção da leitura em espaços convencionais de leitura, designadamente nas bibliotecas públicas. - Criar oportunidades de leitura e contacto com os livros em espaços não convencionais de leitura.

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9. Divulgação do PEE O presente Projeto Educativo é divulgado em suporte de papel junto de todos os órgãos da Escola, do pessoal não docente, da Liga de Pais e é disponibilizado na página da Internet

da escola. Encontra-se disponível para consulta nos Serviços

Administrativos. Ao longo dos anos letivos de implementação do projeto, o mesmo, será divulgado através de: - Trabalhos elaborados pelos alunos - Exposições - Panfletos informativos - Ações de formação para alunos e Encarregados de Educação - Publicação de artigos no Jornal Escolar “Algazarra” - Publicação de artigos e atividades realizadas on-line, na página da escola, na Internet - Convite aos media para divulgação das atividades - Convite aos Encarregados de Educação para participarem nas atividades escolares - Divulgação junto a outras escolas (convite para participar)

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10. Avaliação do Projeto 10.1) O que avaliar?

A avaliação assume um papel fulcral no desenvolvimento do Projeto Educativo. É este processo avaliativo que nos permite ajuizar da sua coerência com os objetivos e as finalidades do mesmo, da pertinência das ações nele inscritas e da sua eficácia, face aos efeitos desejados.

10.2) Como e quando avaliar? A avaliação do PEE irá ser feita de forma contínua e formativa de forma a poder aferir se as estratégias definidas estão a ser implementadas e se estão a ter sucesso. No final de cada ano letivo proceder - se - á a uma avaliação global do projeto, resultando em alterações do mesmo caso se verifique necessário. Assim a Avaliação será: 1. Do e no processo (continua / periódica / final) 2. Dos resultados (periódica / final) 3. Global do projeto (final). Deste modo, a avaliação do Projeto Educativo de Escola deve, em nosso entender, contemplar duas dimensões: o desenvolvimento do próprio projeto e os resultados alcançados. Este acompanhamento permitirá proceder às alterações consideradas necessárias, para que o Projeto Educativo de Escola mantenha a sua relevância e atualidade.

10.3) Quem deve avaliar? O Conselho Escolar terá como missão avaliar este projeto nomeadamente quanto à sua implementação e resultados.

10.4) Metodologia A metodologia utilizada será a seguinte: - lançamento de inquéritos para recolha de dados, críticas e sugestões para o futuro; EB1/PE do Caniçal | Projeto Educativo de Escola

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- elaboração de relatórios no final de cada atividade; - elaboração de um relatório crítico final a apresentar ao Conselho Escolar; - reformulação/atualização do Projeto Educativo de Escola, caso necessário, após avaliação.

Fontes de Informação - Junta de Freguesia do Caniçal (site); - Câmara Municipal de Machico (site); - Documentos provenientes do Ministério de Educação; - Projeto Educativo de Escola anterior; - Avaliação do Projeto Educativo do último quadriénio; -Inquéritos aplicados aos Encarregados de Educação.

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11. Conclusão O Projeto Educativo de Escola, e sua aplicação, pretende atenuar algumas das dificuldades sentidas pela Comunidade Educativa a vários níveis, designadamente o desinteresse pela leitura, dificuldade dos alunos em usar a informação escrita para atingir objetivos e competências que lhes são propostos e a falta de um envolvimento mais consciente e participativo da comunidade na vida da escola. Deste modo, os objetivos enunciados neste Projeto Educativo de Escola só serão exequíveis se todos os intervenientes no processo participarem de forma ativa. Este documento pretende trazer à escola maior taxa de sucesso escolar e procurando resolver os problemas detetados. Estes só poderão ser superados se toda a Comunidade Educativa, trabalhar unida e em sintonia. Com base na experiência adquirida do corpo docente e nos inquéritos aplicados aos Encarregados de Educação, iremos recolher, interpretar e analisar dados que servirão para programarmos o nosso trabalho e nos indicar qual o melhor caminho a seguir. Todo o trabalho a realizar será operacionalizado através dos documentos orientadores da nossa escola: P.C.E., P.A.E., P.C.T.’s e P.C.G.’s.

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.

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