Revista MS Industrial Ed.116

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Há vagas

radar

diretoria06 editorial07 charge

sumárioquanto

o

Como o aprendizado de robótica pode transformar a vida de alunos e abrir novos horizontes. PG.50

ISI Biomassa desenvolve novas fórmulas para cosméticos com o apoio de agência de inovação da Suécia. PG.14

peça por peça

09 Fala,

Em Brasília, diretores do Sistema Fiems analisam propostas de pré-candidatos à Presidência da República e discutem os rumos da indústria nacional. PG.18

41

você pagou? 54 industrial56 08 entrevista indústria giro da indústria22 ms que queremos

sindicatos60 artigo62

INDÚSTRIA NO CENTRO DO DEBATE

Diante do apagão de mão de obra vivido em MS, o Sistema Fiems lança o maior programa de qualificação profissional e de empregabilidade do Estado. PG.28

58 dicas

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inovação

Senai está com 2,4 mil vagas abertas para cursos técnicos em 12 municípios de Mato Grosso do Sul. PG.42

Fique por dentro de tudo o que acontece no Sistema Fiems

NA REDE

Com investimento chileno de R$ 15 bilhões, Mato Grosso do Sul terá a quinta fábrica de celulose. PG.24

MS INDUSTRIAL | 2022 • 5

Quem te conhece que te mercadoAbracompreasportasdodetrabalho

Nos trilhos do comércio exterior

Com apoio do Centro Internacional de Negócios, empresários brasileiros viajam para Bolívia e Argentina com o intuito de discutir rota ferroviária para escoamento da produção. PG.46

/iel_ms/senai_ms/sesi_ms/federacaofiems

Indústria de vestuário de Campo Grande é representante oficial da marca Disney no Brasil. PG.60

SISTEMA FIEMS

A ERA MEGAFÁBRICASDAS

sistema fiems

1ª Vice-pres: Cláudia Pinedo Zottos Volpini

3º Tesoureiro: Nilvo Della Senta

Gerente de Comunicação: Ana Paula Dantas Cruz

Superintendente do Sesi/MS: Régis Pereira Borges

diretoria

Diretor Executivo: Anatole Verlaine Etges

Endereço: Avenida Afonso Pena, 1.2064º BairroAndarAmambaí - Campo Grande/MS79.005-901 E-mail: dicom@sfiems.com.br Site: www.fiems.com.br Fone: (67) 3389-9244

1º Tesoureiro: Altair da Graça Cruz

João Batista de Camargo Filho Antônio Breschigliari Filho Julião Flaves Gaúna Marcelo Alves Barbosa Alfredo

Jornalistas: Ângela Schafer (MTB/MS 1083) Helder Rafael Regina (MTB/MS 690) Tainá Jara (MTB/MS 1269)

2º Tesoureiro: Edis Gomes da Silva

As opiniões contidas em artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, o posicionamento do Sistema Fiems

Revista Mensal - 10 mil exemplares 2019-2023

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Chefe de redação: Flávia Melo (MTB/MS 1032)

revista da federação das indústrias de Mato Grosso do SUl

Delegados Suplente junto à CNI: Efetivos: Sérgio Marcolino Longen Cláudia Pinedo Zottos Volpini

Fotos: Dicom/Fiems

1º Secretário: Silvana Gasparini Pereira

3º Vice-pres: José Francisco Veloso Ribeiro Vice-Pres Regional: Luiz Claudio Sabedotti Fornari Vice-Pres Regional: Roberto José Faé Vice-Pres Regional: Romildo Carvalho Cunha Vice-Pres Regional: Lourival Vieira Costa Vice-Pres Regional: Gilson Kleber Lomba

3º Secretário: Zigomar Burille

Conselho Fiscal: Efetivos: Milene de Oliveira Nantes Lenise de Arruda Viegas

JoséOmildsonSilvioVagnerWalterWalterRegisMarismarCláudioMarceloFernandesDeCarliFerreiraGeorgeMendonçaSoaresSantanaLuísComarellaFerreiraCruzGargioneAdamesRiciRobertoPadovaniRegisGuimarãesEduardoMaksoudRahe

Suplentes: Roberto José Faé José Francisco Veloso Ribeiro

Diretor Regional do Senai/MS: Rodolpho Caesar Mangialardo

Presidente: Sérgio Marcolino Longen

2º Vice-pres: Alonso Resende do Nascimento

2º Secretário: Antônio Carlos Nabuco Caldas

Superintendente do IEL/MS: Silvio Marães

Chefe de Gabinete da Presidência: Robson Del Casale

Diretores:

Suplentes: Egon EdsonHamesterLuizGermano de Souza

SÉRGIO LONGEN Presidente do Sistema Fiems

Há vagas disponíveis, mas não há profissionais aptos para ocuparem essas vagas. O que demonstra uma possível contradição num país que registrou no primeiro trimestre de 2022, taxa de desocupação de 9,8%, conforme dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com o levantamento, a população desocupada é estimada em 10,6 milhões de pessoas em todo o país.

O objetivo é levar às pessoas que estão mais afastadas da região central oportunidades e a chance de mudar de vida. Chance essa que passa, inevitavelmente, pela educação e pelo trabalho.

Além disso, é com emprego e educação que conseguiremos desenvolver cada vez mais o Mato Grosso do Sul e, também por isso, o “Minha Chance” é uma chance imperdível e essencial neste momento em que vivemos.

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Mato

editorialCHANCEIMPERDÍVEL

A mesma pesquisa apontou que, em Mato Grosso do Sul, a taxa de desocupação é de 6,5%, o equivalente a 91 mil pessoas desocupadas.

Diante deste cenário, a iniciativa privada não viu outra alternativa a não ser somar os esforços e criar o “Minha Chance”, maior programa de qualificação profissional, empregabilidade

e empreendedorismo que este Estado já viu. Para isso, o Sistema Fiems e o Sebrae levam, semanalmente, aos bairros de Campo Grande cursos de qualificação gratuitos, vagas de emprego e orientações para os empresários.

Grosso do Sul vive hoje o pleno emprego. Segundo estudos da Fiems, há atualmente aproximadamente 20 mil vagas de trabalho abertas no Estado, apenas aguardando quem se candidate. No entanto, são cargos que exigem o mínimo de qualificação profissional para o desempenho das atividades e, neste momento, os empresários estão sofrendo com um apagão de mão de obra.

É preciso qualificar as pessoas para que elas se tornem bons profissionais, conquistem uma vaga no mercado de trabalho e garantam o sustento de suas famílias, sem precisar de auxílios governamentais. O famoso clichê “o trabalho dignifica o homem” nunca fez tanto sentido, já que é por meio do trabalho que se conquista dignidade.

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em mais de 150 eventos por ano, como o TEDx no Brasil, Europa, Estados Unidos e América do Sul, autor do best-seller sobre inovação “Conveniência é o nome do Negócio” e cofundador da plataforma AAA Inovação com Ricardo Amorim.

ARTHUR IGREJA

Palestrante

ENTREVISTA

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“O profissional do futuro precisa ter sempre o mesmo espírito de quem recém chegou ao mercado de trabalho.”

PALESTRANTE

Arthur Igreja possui Master Masters in International Business nos EUA pela Georgetown University, Corporate Masters of Business Administration na Espanha pela ESADE, Mestrado Executivo em Gestão Empresarial pela FGV, certificação executiva em Harvard e Cambridge, pós-MBA em Negociação pela FGV e MBA pela FGV.

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Arthur Igreja esteve na Fiems para participar do painel “O futuro do trabalho”. Em entrevista exclusiva à revista MS Industrial, ele destacou a necessidade da mudança de comportamento de empresários e de trabalhadores, as constantes alterações no mercado de trabalho e da necessidade de o profissional da atualidade estar em constante atualização.

E qual a alternativa para as empresas e para esse profissional, para que esses caminhos se encontrem e dê certo o casamento lá na frente?

- ARTHUR IGREJA Palestrante

Em suas palestras, quando você fala em futuro do trabalho, você fala muito mais da mudança de comportamento da atuação do protagonismo do que do próprio cenário em si. O que você quer dizer com isso?

uma dica naquele dia, pode ser que na próxima semana já não seja valiosa. Então, eu acho que é muito importante dar esse foco, esses cutucões direcionados para a pessoa para que ela perceba: “Poxa! Eu tenho que me mexer mais e poder ser interessante que seja por aqui”.

A empresa tem que ter um ambiente atrativo. Ela tem que mostrar desafios, porque nós temos essas competições que se tornaram de fato global. Se a empresa não for atraente, se a empresa ainda estiver com aquela mentalidade de que ela está com a vaga aberta e isso for altossuficiente, ela vai passar por problemas. Pode ser que ela esteja com aquela vaga aberta porque as pessoas decidiram não trabalhar lá, então nós estamos começando a enxergar essa dificuldade. Por isso, a empresa precisa ser atraente, ela tem que estar conectada com o que está acontecendo, mas, principalmente, o indivíduo deve entender

No final das contas, a pessoa é quem tem que acordar para o que está acontecendo, porque o cenário é dinâmico. Se eu vier aqui e mostrar o cenário, ele vai ser uma fotografia, e nós temos que entender o filme, para onde as coisas estão indo, mas, principalmente, como a pessoa ganha competência para fazer essas leituras por conta própria. Se ela simplesmente tiver

“Se a empresa não for atraente e ainda estiver com trabalharpessoasabertacomPodepassarocomoestámentalidadeaqueladequecomavagaaberta,sesóissofossesuficiente,elavaiporproblemas.serqueelaestejaaquelavagaporqueasdecidiramnãolá”

Confira:

Não tem mais essa fase da capacitação e da execução. Ambas acontecem ao mesmo tempo. Além disso, valorizar cada vez mais o preparo, porque nós olhamos muito o resultado final e é por isso que, por vezes, as pessoas atrelam isso a lances de esporte. Ou a pessoa é muito talentosa ou ela tem um grande preparo por trás disso.

esse mercado, ele deve assumir o protagonismo da trajetória dele, do aprendizado dele. Ele tem muito mais responsabilidades do que tinha no passado.

Para estar competitivo no futuro, a coisa mais difícil que eu sempre falo, é ser contemporâneo. O que é ser contemporâneo? É você estar em forma com o que está acontecendo no mundo hoje e continuar fazendo isso amanhã. Esse é um desafio enorme, porque o que acontece muitas vezes quando você se desenvolve, alcança um determinado sucesso, isso pode se tornar uma armadilha para a pessoa falar “eu estou performando bem”, como se isso fosse garantia de alguma coisa, e não é. A pessoa tem que ter essa preocupação produtiva de que a trajetória que ela teve até então é uma trajetória que responde pelo passado, mas pode não responder pelo futuro. Ela tem que estar o tempo inteiro com aquele espírito de quem recém chegou ao mercado de trabalho.

Eu acredito que, principalmente, para esses profissionais fora da curva, possivelmente vai fazer mais sentido que eles tenham projetos múltiplos, paralelos. Então esse arranjo da empresa ter um funcionário full time, disponível o tempo inteiro, está caindo em certa medida para determinadas funções. Essa conexão e desconexão está se tornando cada vez mais comum.

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“Para competitivoestar no futuro, a coisa mais difícil que eu sempre falo, é issocontinuarnoestáformaÉcontemporâneo?Ocontemporâneo.serqueéservocêestaremcomoqueacontecendomundohojeefazendoamanhã”

Se eu quiser ser uma profissional do futuro, de destaque, o que preciso fazer? O que você me diria?

Quando a gente fala em mais trabalho e menos emprego, a gente tá falando sobre o quê?

O empreender e o progredir não é só a ação e a coragem. Precisa ser curioso, não pode parar de se capacitar, de estudar...

Fala, Indústria

Esse mundo admirável requer trabalhadores bem formados, conectados com as tecnologias digitais e capazes de interpretar e aplicar as inovações nas diversas atividades das empresas. Para isso, é necessário melhorar a qualidade da educação em todos os níveis.”

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ROBSON BRAGA DE ANDRADE presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), durante a abertura do 13º Encontro Nacional da Indústria

O diálogo com presidenciáveisosmostra a força da organização sindical da indústria brasileira. É importante ouvir as propostas, para que a gente possa cobrar do futuro presidente que os rumos da indústria estejam cada vez Precisamosmelhores.”

estudar juntos as estratégias para fortalecer esse projeto, utilizarmos a malha ferroviária e viabilizar uma opção de logística que será muito benéfica para todos os envolvidos.”

JUIZ DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MATO GROSSO DO SUL

PAULO FERNANDO PEREIRA BARBOSA

Temos vivido um apagão da mão de obra no Brasil e, em especial, no nosso Estado. A intenção deste programa é buscarmos as pessoas nos bairros, qualificálas e encaminhá-las ao mercado de trabalho. Essas pessoas terão oportunidade de se qualificar para garantir, além do emprego, melhores salários.”

ODILON MOURA

vice-presidente(Sinvesul)

para o setor de inovação aberta em Mato Grosso do Sul e o Sistema Indústria. Foram dez ideias geniais premiadas, que vamos continuar desenvolvendo para se tornar negócios, gerando riquezas.”

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SÉRGIO LONGEN

regional da Fiems, sobre a Rota Bioceânica, durante missão empresarial à Bolívia e à Argentina

A indústria está tentando encontrar um patamar de preços equilibrados, em que o produtor seja bem remunerado. A indústria também, mantendo seus investimentos, sem que a população deixe de consumir. No entanto, estamos passando por um período de ajuste de Émercado.”ummarco

gerente da Startup do Sistema Fiems, sobre o desafio Startup Challenge By Fundect presidente da Fiems, sobre o lançamento do programa Minha Chance

GILSON KLEBER LOMBA LOURIVAL VIEIRA vice-presidente do Sindicato das Empresas do Vestuário Industrial da Região Sul de Mato Grosso do Sul

ISI Biomassa desenvolve novas fórmulas para cosméticos com o apoio de agência de inovação da Suécia

inovação

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A TECNOLOGIA DA INDÚSTRIA A SERVIÇO DA SAÚDE

é com a indústria. A capacidade de se transformar pela tecnologia e otimizar entregas é inspiração para os mais diversos setores. Melhor ainda quando tal potencial é utilizado para ajudar muito mais pessoas. O caráter da parceria firmada entre o IST (Instituto Senai de Tecnologia) em Eficiência Operacional - Senai Empresa e a Santa Casa de Campo Grande, maior hospital de Mato Grosso do Sul, é justamente esse.

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Inovação

JEANCARLOS LUCIETTO coordenador da área de manutenção e adequação industrial do Senai Empresa

Empresa, Jeancarlos Lucietto, a Santa Casa conta com um grande parque de equipamentos médicos hospitalares e ativos de infraestrutura para controlar e gerir.“Manter o gerenciamento adequado dos ativos hospitalares é primordial para o bom funcionamento da instituição. O uso do SSMI permite a gestão e o controle de forma ágil, inteligente e eficaz, otimizando processos e auxiliando na prevenção de eventos adversos. Isso permite aos gestores a redução da preocupação com os ativos e a maior concentração no cuidado em saúde”, explica.

16 • MS INDUSTRIAL | 2021

Centenário, o hospital realiza mais de 150 mil atendimentos por ano, entre urgência/emergência e cirurgias, sendo a maioria via SUS (Sistema Único de Saúde).

De acordo com a pesquisa da empresa de consultoria de inteligência do mercado Aberdeen Research, é possível aumentar 73% da produtividade com uma boa gestão de manutenção. A pesquisa também aponta que adotar uma boa gestão de

saúde.”noconcentraçãoecompreocupaçãoreduçãogestorespermiteadversos.deprevençãoauxiliandoprocessosotimizandoeinteligenteágil,eficaz,enaeventosIssoaosadaosativosamaiorcuidadoem

O papel estratégico em prol da saúde pública, com alta demanda e fluxo contínuo de pacientes, exige eficiência. A solução apresentada é o Software Senai de Manutenção Industrial (SSMI).

Um dos principais produtos criados pelo Senai Empresa, o software vai melhorar a gestão de ativos da unidade hospitalar, além de otimizar serviços e equipes de Completo,manutenção.intuitivo e integrado, o SSMI permite a gestão de ativos por meio de planejamento preventivo e preditivo, além de apoiar a tomada de decisões através de indicadores.Deacordo com o coordenador da área de manutenção e de adequação industrial do Senai

“O uso do SSMI permite a gestão e o controle de forma

Sobre o SSMI

Presente em 10 Estados do país, o SSMI atende clientes como a Ericsson, líder mundial na construção de plataformas digitais e redes móveis.

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manutenção pode diminuir em 18% os custos operacionais e em 16% as despesas realizadoInicialmente,administrativas.estásendoomapeamentoeocadastrodosativosnoSSMI,feitoemconjuntoporequipesdoSenaiedaSantaCasa.Emparalelo,érealizadootreinamentodasequipesdemanutençãoparagestãodeserviçoseutilizaçãodasfuncionalidadesdosoftware.“Esteatendimentonãoincluiapenasosoftware,mastambémotrabalhodeconsultoriaparaaperfeiçoamentodaáreademanutençãodohospital”,detalhaJeancarlosLucietto.

O desenvolvimento do projeto começou em 2015. No ano seguinte, foram implantados pilotos da plataforma em 25 indústrias do Estado para, então, serem comercialmentelançadosem2017.

Para a Santa Casa, a adoção do SSMI vai proporcionar otimização do trabalho e até mesmo dos recursos da instituição. O engenheiro de controle de automação do hospital, Rogério Oliveira, afirma que há grandes desafios na gestão de ativos. “Não queremos trabalhar de forma aleatória como é hoje. São ordens de serviço abrindo em todo e qualquer lugar. Nós queremos estar um passo à frente para termos mais tranquilidade no planejamento e o máximo possível de controle de manutenção”, destacou.

Com

No primeiro dia do evento, a CNI recebeu Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT) e Jair Bolsonaro (PL) para o tradicional

olhar voltado para o futuro e sem descuidar dos desafios do presente, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) promoveu, em Brasília, a 13ª edição do Encontro Nacional da Indústria (ENAI). Mais de 1,5 mil empresários e representantes de federações industriais reuniram-se na capital federal nos dias 29 e 30 de junho para discutirem ideias e soluções para tornar a indústria brasileira mais competitiva, inovadora e sustentável. Mato Grosso do Sul foi representado no ENAI por uma delegação de 17 diretores do Sistema Fiems e empresários.

18 • MS INDUSTRIAL | 2021 Fiems

Em Brasília, diretores do Sistema Fiems analisam propostas de pré-candidatos à Presidência da República e discutem os rumos da indústria nacional

NOINDÚSTRIACENTRODODEBATE

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Julião Flaves Gaúna, presidente regional da Associação Brasileira das Indústrias Gráficas (Abigraf-MS), destacou o papel do presidente da Fiems, Sérgio Longen, em viabilizar a participação dos diretores ao diálogo com os presidenciáveis. O líder sindical fez um balanço das apresentações assistidas em Brasília. “Vejo que cada um tem uma vertente. Uns mais conservadores, outros

reforçar o compromisso dos pré-candidatos com as reivindicações do segmento industrial. “Os précandidatos sabem o que deve ser feito. O problema é, depois de eleito, dar continuidade ao plano de governo e fazer aquilo que é necessário para que o país cresça e tenha prosperidade. Esse debate dá muita força à CNI e dá a responsabilidade, a quem for eleito, de atender as reivindicações da indústria”, afirmou.

Na avaliação do vice-presidente do Sindiplast/ MS (Sindicato das Indústrias Plásticas e Petroquímicas de Mato Grosso do Sul), Zigomar Burille, os debates são proveitosos e servem para

diálogo com os pré-candidatos à Presidência da República. Cada convidado teve direito a cerca de uma hora para expor suas propostas para o segmento industrial, ouvir sugestões da classe industrial e responder questionamentos dos representantes das federações.

O evento permitiu uma análise comparativa das propostas apresentadas pelos pré-candidatos. Com essas informações, os industriais poderão avaliar as perspectivas para o cenário econômico e planejar investimentos para os próximos anos. Desde 1994, a indústria apresenta suas propostas aos pré-candidatos à Presidência da República.

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mais liberais, outros mais fechados, mas cabe a cada um de nós, com sua capacidade de observação, entender o que é melhor para o povo e fazer o melhor voto para que a gente possa viver em liberdade”, disse.

Já no segundo dia do encontro, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, destacou o exemplo sul-matogrossense de crescimento industrial. Enquanto a indústria nacional perdeu participação no PIB brasileiro nos últimos anos, em Mato Grosso do Sul o segmento avançou, no mesmo período e hoje corresponde à 22% da soma das riquezas produzidas no Estado.

Longen leva o exemplo de crescimento da indústria de MS para o Brasil

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Para o líder empresarial, ainda há desafios a serem superados para que a indústria continue a crescer. “Temos enfrentado resistência da equipe econômica do Governo Federal, que avalia que o agronegócio é mais importante do que a indústria. Entendemos que precisamos rever esse conceito. Entendemos que a agroindústria é muito importante para o Brasil. Esse é o entendimento que nós temos em Mato Grosso do Sul e tem feito a diferença. A agroindústria de Mato Grosso do Sul avança, e nós precisamos cada vez mais trazer esse exemplo de sucesso para a pauta a nível nacional”, disse Longen.

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, reafirmou a importância de discutir as bases do Mapa Estratégico da Indústria para os próximos dez anos. Segundo o líder empresarial, a ideia é definir as diretrizes de propostas das políticas públicas e das medidas necessárias para que o Brasil e suas empresas possam avançar, a partir da avaliação das tendências e das tecnologias que vão transformar os modelos de produção e de negócios na próxima

“Entenderdécada.esses desafios e traçar as estratégias adequadas para enfrentá-los é imprescindível para garantir o futuro das empresas e o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, explicou Robson Braga.

22 • MS INDUSTRIAL | 2022 giro da

ESTRUTURANDO A BIOCEÂNICA

O Governo do Estado vai investir R$ 31 milhões no município fronteiriço de Porto Murtinho, principal entroncamento da Rota Bioceânica – corredor que visa interligar a América do Sul aos litorais do Oceano Atlântico e do Oceano Pacífico, facilitando as exportações. Há obras previstas nas áreas de saúde, educação e infraestrutura. Os investimentos autorizados incluem duplicação de 1,5 km da BR-267, na entrada da cidade, e outras obras de infraestrutura, como recapeamento do perímetro urbano, iluminação pública, moradias, implantação da arena esportiva do Programa “MS Bom de Bola” e construção de quadras de esportes nas aldeias indígenas de Tomázia e São João.

A operação faz parte do plano de desinvestimento da estatal. Documento divulgado pela empresa prevê que o comprador se comprometa

RETOMADOindústria

A Petrobras retomou a venda da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III, em Três Lagoas (UFN3). Para a operação, a estatal contratou o Banco Bradesco como assessor financeiro exclusivo para realizar a transação envolvendo a venda de 100% da fábrica.

com a conclusão da planta, além de definir critérios de elegibilidade para a seleção de potenciais participantes. Para participar do processo, um potencial comprador deve atender a pelo menos um dos critérios: patrimônio líquido superior à US$ 300 milhões; receita líquida igual ou superior à US$ 750 milhões ou caso seja player financeiro, possuir ativos sob gestão (AuM) superior à US$ 300 milhões.

No segundo ano de pandemia, a indústria apresentou o maior percentual de investimento em 7 anos, isso em 2021. A pesquisa Investimento na Indústria 2021-2022, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que 79% das grandes indústrias realizaram investimentos no último ano, o maior desde 2014. O valor representa um aumento importante em comparação com 2020, quando 69% dos grandes industriais investiram. De acordo com a pesquisa, houve ainda redução na frustração dos planos de investimento: 62% das empresas executaram seu plano conforme o planejado. Em 2020, o percentual foi de 47%.

LEILÃO À VISTA

PROFLORESTA

1,2% feita em dezembro de 2021, antes da guerra na Ucrânia e do agravamento da pandemia. Esses fatores levaram a CNI, em abril, a prever uma expansão da economia menor, de 0,9%. No entanto, o primeiro semestre de 2022 tem sido marcado por um bom desempenho da atividade econômica no Brasil, com melhoria no mercado de trabalho e o aumento da demanda do setor de serviços.

Diante do crescimento da indústria florestal em Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado lançou o Plano Estadual de Desenvolvimento Sustentável de Florestas do Estado de Mato Grosso do Sul - PROFLORESTA. Desenvolvido em parceria com o Sebrae-MS, o plano é resultado do trabalho técnico da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), e consiste na revisão e aprimoramento do plano para o setor, elaborado em 2009. De acordo com secretário Jaime Verruck, o setor florestal de Mato Grosso do Sul é responsável pela geração de 27,2 mil empregos, sendo 14.901 diretos e 12.312 indiretos.

REVISÃO

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou para cima a previsão do Produto Interno Bruto brasileiro devido à melhoria no mercado de trabalho e ao aquecimento do setor de serviços no primeiro semestre. O crescimento projetado é de 1,4% para o PIB do Brasil neste ano, de acordo com o Informe Conjuntural do 2º trimestre. O percentual se aproxima da previsão de alta de

O projeto da Nova Ferroeste, do Governo do Paraná em parceria com os Governos de Santa Catarina e de Mato Grosso do Sul, deve ir para leilão no segundo semestre de 2022. A estrada interestadual visa a ampliação da Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A, trecho de pouco mais de 200 quilômetros em operação entre Guarapuava e Cascavel. Com 1.567 quilômetros, o novo traçado vai ligar os municípios de Maracaju (MS) e Paranaguá, além de criar um ramal entre Foz do Iguaçu e Cascavel e entre Chapecó (SC) e Cascavel. A contraprestação mínima, o chamado lance inicial, segundo o edital, será de R$ 110 milhões, valor que será revertido integralmente para a Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A., administradora do atual trecho em operação

MS INDUSTRIAL | 2022 • 23

MAIOR EM 7 ANOS

geral 24 • MS INDUSTRIAL | 2022

A empresa chilena será a responsável pela quinta fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul. Há atualmente três fábricas em operação em Três Lagoas e outra em construção em Ribas do Rio Pardo. Somados, os empreendimentos vão garantir, nos próximos anos, que o PIB sul-mato-grossense avance 5%, segundo estimativas do Governo Estadual.Aoparticipar da cerimônia de anúncio da nova fábrica, em junho, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, destacou que

A ERA MEGAFÁBRICASDAS

Grosso do Sul vai contar com uma megafábricanova

Com investimento chileno de R$ 15 bilhões, Mato Grosso do Sul terá a quinta fábrica de celulose.

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Mato

de celulose, que promete gerar milhares de empregos e dinamizar a economia. Com previsão de início das operações em 2028, a unidade do grupo chileno Arauco terá capacidade para processar 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano. Serão investidos cerca de R$ 15 bilhões para a construção da planta no município de Inocência, região leste do Estado.

O anúncio foi feito no auditório do Bioparque Pantanal, durante o evento de lançamento oficial do Plano Estadual de Florestas Plantadas (Profloresta). O governador do Estado, Reinaldo Azambuja, assinou termos de compromisso com diretores da empresa chilena e com autoridades estaduais e municipais.

O presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa, destacou que o Sistema Fiems poderá contribuir para a transformação da

o projeto representa a concretização de um sonho para o setor industrial. Na avaliação do líder empresarial, o desafio será contribuir para a capacitação de mão de obra que atende à demanda do segmento.

A obra deve contar com 12 mil trabalhadores no pico da construção, com término previsto para o primeiro trimestre de 2028. Quando entrar em operação, a

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“Hoje é um dia de alegria para todos nós da indústria. Depois de muito trabalho e espera de vários anos, o projeto se concretiza. Essa nova unidade fabril é um grande avanço. Já estamos com um grande desafio em Ribas do Rio Pardo. Agora, surge um novo

fábrica da Arauco deve gerar 250 empregos diretos e 300 indiretos apenas na planta industrial, enquanto que no ramo florestal devem ser gerados outros 1,8 mil empregos.

projeto na região do Bolsão. É um desafio muito grande para toda a nossa equipe da Federação das Indústrias, do Sesi e do Senai, pois colaboraramos para o avanço da industrialização do Estado. Devemos nos movimentar para atender a demanda dessa grande indústria”, disse Longen.

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Para o governador Reinaldo Azambuja, a unidade da Arauco vai gerar empregos, oportunidades, renda e desenvolvimento social. “A vinda desta fábrica mostra a confiança dos investidores em Mato Grosso do Sul, na nossa política de incentivos fiscais, na segurança jurídica de quem investe e na estrutura logística que estamos criando para quem precisa escoar a produção”, disse.

e Agricultura Familiar), destacou os compromissos que o poder público deve assumir para apoiar Inocência nesse novo ciclo de desenvolvimento econômico que se inicia. “Quando chega uma indústria, o Estado precisa dar o apoio necessário e

realidade socioeconômica de Inocência. “A gente estava muito feliz com a maior fábrica de papel e celulose da América Latina se instalando em Ribas. Agora, estamos mais felizes ainda com a fábrica em Inocência. É um sonho de geração de emprego e renda. Com a Arauco, Mato Grosso do Sul vai ser o maior produtor de papel e celulose do mundo. E a Federação das Indústrias, na gestão do Sérgio Longen, tem o dever e a possibilidade de fazer a maior capacitação do mundo em papel e celulose”, afirmou o parlamentar.

Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção

ajudar no impacto econômico. Construindo hospital, ampliando escolas, implantando Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e assistência social. O poder público tem que estar muito presente”, afirmou.

O prefeito de Inocência, Antonio Ângelo Garcia dos Santos, projetou que o município vai triplicar de população nos próximos anos, e por isso os moradores devem se preparar para o novo ciclo. “Precisamos colocar no mercado de trabalho as pessoas que vivem em nosso município. Precisamos que nossos empresários façam cursos junto ao Senai, Fiems e Sebrae, para que possam atender às necessidades das pessoas que estarão em Inocência”, afirmou.

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Diante do apagão de mão de obra vivido em MS, o Sistema Fiems lança o doempregabilidadeprofissionalqualificaçãoprogramamaiordeeEstado

há va gas

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Grosso do Sul vive um apagão de mão de obra. Enquanto a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), referente ao primeiro trimestre de 2022, apontou que no Estado a taxa de desocupação é de 6,5%, com 91 mil pessoas entre 14 anos ou mais, as empresas têm disputado bons funcionários, já que há falta de pessoas capacitadas para ocupar os cargos vagos.

A “incoerência” faz parte de um dos questionamentos do presidente da Fiems, Sérgio Longen, que afirma que o Estado tem 20 mil vagas de empregos abertas, aguardando profissionais qualificados para ocupa-las. “Se temos essas vagas e se temos um grande número de pessoas desempregadas, por que não buscar esses desempregados, qualificar essas pessoas e encaminhar para o mercado de trabalho? Precisamos efetivar essas oportunidades para a retomada definitiva da nossa

Mato

são a maioria da mão de obra contratada na Cativa e são peças fundamentais na nossa produção. Normalmente, quando contratamos alguém, essa pessoa passa por um período de experiência e capacitação dentro da própria linha de produção, sendo treinada por outros profissionais mais experientes.

economia”, afirmou.

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A dificuldade em encontrar pessoas qualificadas para contratar é um dos gargalos encontrados pela indústria têxtil Cativa, localizada em Campo Grande. Segundo o gerente da empresa, Israel de Azevedo, a fábrica conta com 300 colaboradores, mas é raro encontrar um profissional preparado. Por isso, uma das alternativas tem sido treinar as

pessoas interessadas nas vagas depois de contratadas.“Ascostureiras

Para quem passou pelo “Minha Chance”, o evento significou uma oportunidade concreta de emprego.

- Willian Bento Santander, 31 anos, açougueiro e desossador.

Na mesma linha, a gerente de produção da fábrica Isogrande, também da capital, Renata Milani, destacou que mão de obra qualificada é um dos maiores desafios desde que ela e o pai abriram a indústria de blocos de EPS, há três anos. “Atualmente, nossa empresa tem 10 funcionários e tenho vagas abertas. Uma das principais

dificuldades é encontrar caldeirista, que é um profissional que está escasso no mercado. É muito difícil encontrar pessoas qualificadas”, dise.

São raros os casos em que o profissional chega pronto, já com a qualificação que precisamos”, pontuou.

A indústria representa quatro marcas, entre elas a Disney, com clientes de todo Brasil e de vários países da América Latina, e confecciona cerca de 9 mil peças de roupas por dia.

Ela ressalta que quando chega um profissional interessado, a própria indústria encaminha a pessoa para qualificação. “Quando o profissional tem interesse na vaga, nós mesmos procuramos qualificação, seja pelo Senai ou em empresas especializadas na área de atuação em que esse profissional será contratado”.

concretaOportunidade

Renata Milani ainda contou que os últimos dois anos, mesmo com a pandemia, a empresa cresceu, o que dificultou ainda mais o cenário da mão de obra. “Nossa empresa, por ser única no segmento em

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“Já vim com a intenção de procurar um emprego. Me ofereceram duas vagas para açougue e uma delas era aqui perto, já agendei a entrevista. Além disso, aproveitei que estava aqui e fiz uma inscrição para a oficina de panificação do Senai.”

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MINHA CHANCE - Diante do cenário desafiador, o Sistema Fiems e o Sebrae estão somando esforços para dar oportunidade a milhares de pessoas de ingressar no mercado. O resultado dessa parceria é o programa “Minha Chance”, que promete ser o maior evento de qualificação profissional no Estado.

Tito Estanqueiro explica que a ideia é percorrer os bairros da capital para fazer um “match” entre empregadores e trabalhadores. “Qual a

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O presidente da Fiems, Sérgio Longen, que também preside o Conselho Deliberativo do Sebrae, fez o lançamento oficial do programa “Minha Chance” no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco, em Campo Grande. Acompanhado do diretor-superintendente em exercício do Sebrae em Mato Grosso do Sul, Tito Estanqueiro, e de autoridades estaduais. O líder industrial falou sobre a preocupação das empresas com a falta de trabalhadores qualificados.

capa Campo Grande, ficou com as portas abertas para atender a demanda do mercado, que inclusive cresceu muito por conta da pandemia. No entanto, não encontramos mão de obra suficiente para acompanhar esse crescimento. Outra preocupação que temos é que nos próximos meses vamos receber maquinários novos da China, que são bem mais modernos, e vamos precisar de colaboradores preparados para operar as novas máquinas”, completou.

“Mato Grosso do Sul vem se desenvolvendo a passos largos. Mas temos vivido um apagão de mão de obra no Brasil e, em especial, em nosso Estado. A intenção desse programa é buscarmos as pessoas nos bairros, qualificá-las e encaminhálas ao mercado de trabalho. Essas pessoas terão oportunidade de se qualificar para garantir, além do emprego, melhores salários”, disse Longen.

grande dor que o empresário tem? Ele precisa de pessoas qualificadas e não encontra disponíveis no mercado. Nesse contexto, a gente está se associando ao Sistema Fiems para qualificar as pessoas que hoje estão desempregadas nos bairros. A melhor forma de qualificar, é a gente envolver as lideranças dos bairros, para que elas possam estimular as pessoas”, disse o gestor do

Chance” funciona como um feirão itinerante que aproxima empregadores e candidatos a vagas de trabalho. A proposta é percorrer os bairros mais populosos da capital, levando oportunidades de emprego e serviços para quem busca recolocação profissional. Em uma segunda fase, o programa poderá ser expandido para o interior do Estado.

Em cada edição, diversas empresas fazem recrutamento de profissionais no local do evento. A Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) divulga as vagas abertas e também cadastra currículos. Já o IEL vai oferece oficinas para quem quer “turbinar” seu currículo e divulgar vagas de estágio para estudantes dos níveis médio e superior.

Além da oferta de vagas, o “Minha Chance” disponibiliza cursos gratuitos à população. O Senai disponibiliza 2 mil vagas para cursos nas mais diversas áreas profissionais, como padeiro, instalador hidráulico, assistente administrativo e eletricista.Seoaluno

não consegue ir à sala de aula, no “Minha Chance”, a sala de aula é quem vai até o aluno. Em cada bairro que receber a ação, dois contêineres sala de aula serão instalados e permanecerão por dois meses, para que a população possa fazer os cursos. Já o Sebrae leva orientações de empreendedorismo aos empresários da região.

Sebrae.O“Minha

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Isso significa que, da necessidade de formação nos próximos quatro anos, 80% serão em aperfeiçoamento. As ocupações industriais são aquelas que requerem conhecimentos tipicamente relacionados à produção industrial, mas estão presentes também em outros setores da economia.

Em volume, ainda prevalecem as ocupações de nível de qualificação, que respondem por 74% do emprego industrial no Brasil hoje. Contudo, chama atenção o crescimento das ocupações de nível técnico e superior, que deve seguir como tendência. Isso ocorre por conta das mudanças organizacionais e tecnológicas, que fazem com que as empresas busquem profissionais de maior nível de formação, que saibam executar tarefas e resolver problemas mais complexos.

Em todo o país, a demanda é de 9,6 milhões de trabalhadores qualificados. Os dados e a avaliação são do Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, estudo realizado pelo Observatório Nacional da Indústria para identificar demandas futuras por mão de obra e orientar a formação profissional de base industrial no país.

As áreas com maior demanda por formação são: Transversais, Metalmecânica, Logística e Transporte, Alimentos e Bebidas; Construção. As ocupações transversais são aquelas que permitem ao profissional atuar em diferentes áreas, como técnico em Segurança do Trabalho, técnico de Apoio em Pesquisa e Desenvolvimento e profissionais da Metrologia, por exemplo.

Até 2025, o Mato Grosso do Sul precisará qualificar 137,5 mil pessoas em ocupações industriais, sendo 26,8 mil em formação inicial – para repor inativos e preencher novas vagas – e 110,6 mil em formação continuada, para trabalhadores que devem se atualizar.

Mato Grosso do Sul precisará qualificar 137 mil trabalhadores em ocupações industriais até 2025

O mercado de trabalho passa por uma transformação, ocasionada principalmente pelo uso de novas tecnologias e pelas mudanças na cadeia produtiva; e, cada vez mais, o Brasil precisará investir em aperfeiçoamento e requalificação, para que os profissionais estejam atualizados.

- Liege Vitório Ferreira, 30 anos, desempregada.

concretaOportunidade

“Eu sou moradora do bairro Centenário e soube da ação pelo programa do Tatá. Me inscrevi para o curso de Controle de Qualidade, do Senai, para poder buscar por uma empresa que me valorize e me ajude a crescer profissionalmente.”

Jaime Verruck destacou que o programa tem como principal qualidade a busca ativa pelo profissional. “Esse é o grande desafio, identificar as pessoas e aproximá-las da vaga de emprego. Muitos se qualificam, mas não conseguem chegar às empresas e ocupar esses postos. Parabéns à Fiems e ao Sebrae por essa iniciativa”, disse o secretário.

Para quem passou pelo “Minha Chance”, o evento significou uma oportunidade concreta de emprego.

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No último ano, mesmo com os impactos da pandemia, a instituição formou cerca de 20 mil profissionais em cursos pagos e gratuitos, em nível técnico, de iniciação, qualificação, especialização e graduação, em Campo Grande e no interior.

“Nós temos oportunidade de investimento nas melhores salas de aula, nos melhores equipamentos, nos melhores professores e nas melhores capacitações. Ou seja, estamos preparados para qualificar não apenas 137 mil, mas 237, 537 mil pessoas, conforme for a

Senai pelademandadosprofissionaisparapreparadoestáqualificarindústria

necessidade do chão de fábrica da indústria em Mato Grosso do Sul”, garantiu.

Com ampla estrutura, inovações tecnológicas e professores habilitados, o Senai está preparado para qualificar os profissionais demandados pela indústria nos próximos anos. De acordo com o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, a instituição trabalha com estudos indicando as necessidades das empresas, inclusive, apontando tendências da produção e processos de transformação da área do eucalipto, por exemplo, que se fortalece no interior.

Entre os novos investimentos realizados com a finalidade de levar formação para qualquer lugar do Estado, está a aquisição de 50 salas de aulas móveis. Com a capacidade de serem transformadas em laboratórios, as estruturas viabilizam a qualificação dos profissionais, tanto no campo como em áreas urbanas, e estão disponíveis para atender empresas, prefeituras e instituições de ensino.

os especialistas, a pandemia acelerou o processo de transformação, novas competências surgiram. Com tantas transformações, os especialistas em RH reforçaram a importância de desenvolver novas habilidades. Para Wellington, a transformação foi rápida e exige resultados na mesma medida. “Antes da pandemia falávamos sobre a transformação digital, existia muito receio em relação a isso, se essa transformação traria riscos aos empregos. Hoje, o que estamos vendo é que o emprego não somente ressurgiu como vem demandado cada vez mais nossos talentos”.

Na avaliação de Wellington, o caminho

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Para quem passou pelo “Minha Chance”, o evento significou uma oportunidade concreta de emprego.

Para os profissionais, a principal chave para acessar esse novo modelo de trabalho é a qualificação. Fabiana Galetol reforçou que o processo de transformação exige que o profissional pense a curto, médio e longo prazo. “Estamos vivendo muitas mudanças e isso nos estimula a desenvolver novas habilidades para que, independente do que acontecer, possamos estar preparados para o que vem pela frente. Temos inúmeras oportunidades e desafios para lidar”.

Para Fabiana, é preciso se adaptar as mudanças. “Adaptabilidade é o grande desafio. Especialmente para as pequenas e as médias empresas que sofreram com perdas. As organizações têm o papel importante, mas as pessoas também têm o desafio de buscar essas habilidades e de desenvolverem seus talentos”.

doHabilidadesfuturo

- Fernando Roberto Fernandes, 66 anos, motorista.

Não é novidade para ninguém que o mercado vem sofrendo transformações, especialmente durante a pandemia. Ficou claro que a necessidade de se adaptar a novos modelos de trabalho são necessários para acompanhar as demandas que surgem, principalmente pelo uso de novas tecnologias e mudanças na cadeia produtiva.

“Quero fazer o curso de eletricista para ter uma base e conseguir uma renda extra. Aproveitei o evento para vir me inscrever num curso do Senai.”

é seguir com foco no desenvolvimento de pessoas e humanizar cada vez mais o trabalho. “Muitas competências se reinventaram, o papel das organizações também é apoiar a sociedade diante dessas mudanças e oferecer ferramentas para uma transformação, para que as pessoas tenham oportunidade para se desenvolver e se adaptar aos novos modelos de trabalho”, Segundopontuou.

concretaOportunidade

O tema foi amplamente discutido durante o painel sobre o futuro do trabalho, promovido pela Fiems. Especialistas em recursos humanos e com grande experiência no tema, os diretores de RH Fabiana Galetol, da Sodexo Benefícios e Incentivos Brasil, e Wellington Silvério, da John Deere na América Latina, falaram sobre os grandes desafios que o mercado enfrenta e as tendências em relação à qualificação de mão de obra, o recrutamento de bons profissionais e como mantê-los no quadro de funcionários.

Hoje a preparação das futuras gerações tem feito a diferença entre o primeiro mundo e o “resto” e esse é o primeiro aspecto que vou abordar. O Mato Grosso do Sul do futuro passa por uma educação que seja dinâmica, não se limite a matérias básicas e que tenha nossas unidades escolares todas conectadas, com a totalidade de nossos alunos em rede, e ligadas em seus terminais, ou em uma proporção que não crie gargalos dentro de escolas e salas de aula, a ponto de dificultar o fluxo normal.

Não menosprezando nossa agroindústria, interessante seria que premiássemos também outros polos industriais, notadamente os tecnológicos. Esse mix, além de enriquecer a economia e criar uma versatilidade que nos deixa a salvo das intempéries econômicas de um único setor, agrega um valor significativo em todo o processo. O Estado vive mais que

aqui pode ser resumido no conceito modernidade. Mato Grosso do Sul tem de estar cada vez mais ao lado a lado do dinamismo, das inovações e aplicando as formatações que se alteram dia a dia e fazem com que um programa novo hoje sequer seja aceito por um celular daqui a cinco anos.

O Mato Grosso do Sul que queremos

- DANILO COSTA

Sejamos otimistas sempre Diretor executivo do Jornal de Domingo

O Brasil tem hoje um quadro de intensa polarização, que cria dificuldades de toda ordem. Por Melhor que uma ideia seja, se ela vier de um dos lados, o outro será contra, o que amplifica nossa dificuldade de estabelecer soluções negociadas ou consensuais. O Estado que queremos não pode em hipótese alguma trazer para o plano regional esse nível de tensionamento. Por mais que haja reflexos, não reprisamos aqui os mesmos níveis de embate que vemos país afora. Reproduzirmos isso aqui jamais. Quanto mais plural e tolerante for nosso Estado, mais rápido alcançaremos nossas metas.

Mais do que escolas, precisamos de “usinas” de conhecimento e formação de talentos nas mais diversas áreas. E que tenham uma grade curricular que reflita o que vem pela frente.

Falar sobre o Estado que queremos nos leva a uma reflexão. Afinal, escrever sobre o ideal ou sobre o possível? O olhar das perspectivas sobre essa questão é impossível de ser feito sem enquadrarmos para frente e sem vislumbrarmos sobre o futuro.

Os rumos traçados nos últimos anos e que atraíram, além de grandes investimentos, um modelo que premia sustentabilidade e que tem tido êxito em associar nossa produção primária com parques industriais, que as transformarão agregando valor e mercado, em uma dimensão até agora apenas sonhada, não podem se perder em hipótese alguma.

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Outra seara que me parece vital é a atividade turística. Vislumbramos novas regiões crescendo, como a Costa Leste, onde o Rio Paraná puxa a fila, e a região de Piraputanga, onde, de forma inusitada, até uma vinícola surgiu. Essas novas opções diversificam possibilidades que não nos deixam apenas no binômio Corumbá – Bonito. Resta fazer com que o poder público saiba suprir essas novas frentes, não somente com possibilidades de financiamento e fomento, mas com infraestrutura, divulgação, e qualificação de Tudofuncionários.oquefalamos

um bom momento, mas um “boom” em seu ambiente de negócios, e esperamos que o futuro governador tenha a leitura do quão importante isso é e a dificuldade de décadas que vivemos até chegarmos nesse ponto.

ABRA

TRABALHOMERCADOPORTASASDODE

do que vagas a preencher, dar um passo para se aperfeiçoar pode ser decisivo para abrir as portas do mercado de trabalho. Para capacitar e suprir a falta de mão de obra na indústria, o Senai está com 2.475 vagas abertas para 20 cursos técnicos, nas modalidades presencial e a distância, no segundo semestre de 2022.

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Senai está com 2,4 mil vagas abertas para cursos técnicos em 12 municípios de Mato Grosso do Sul

As formações são oferecidas nos seguintes municípios: Aparecida do Taboado, Campo Grande, Corumbá, Dourados, Maracaju, Naviraí, Nova Andradina, Rio Verde, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia, Sonora e Três Lagoas.

Mais

Para o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, o preenchimento das vagas é essencial para geração de empregos e fortalecimento

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- RODOLPHO CAESAR MANGIALARDO DIRETOR-REGIONAL DO SENAI

“A qualificação é essencial para gerar mão de obra, além de ser osmesmotrabalhonogarantiroportunidadeumadepostosmercadodeantesdeconcluircursostécnicos.”

Serão disponibilizados, ainda presencialmente nas unidades do Senai, os cursos de técnico em manutenção e suporte em informática, técnico em eletromecânica, técnico em segurança do trabalho, técnico em móveis, técnico de planejamento e controle de construção, técnico em açúcar e álcool, técnico em planejamento e controle de produção, técnico em celulose e papel e técnico emNaflorestas.modalidade EaD, são 845 vagas. As inscrições estão abertas para os cursos de técnico em automação industrial, técnico de manutenção automotiva, técnico em refrigeração e climatização, técnico em administração, técnico em segurança do trabalho, técnico em eletrotécnica, técnico em química, técnico em

da indústria. “As empresas estão com vagas sobrando e dificuldade de contratar. A qualificação é essencial para gerar mão de obra, além de ser uma oportunidade de garantir postos no mercado de trabalho antes mesmo de concluir os cursos técnicos”, destacou.Dototal de vagas oferecidas, 1.630 são na modalidade presencial. Os cursos ofertados são: técnico em química, técnico em administração, técnico em eletrotécnica, técnico em automação industrial, técnico em manutenção automotiva, técnico em mecânica, técnico em vestuário, técnico em refrigeração e climatização, técnico em recursos humanos, técnico em qualidade e técnico em edificações.

Somenteatualizado.teráamatrícula confirmada o candidato que tiver concluído ou comprovar estar regularmente matriculado no Ensino Médio e realizar o pagamento da primeira parcela do curso no período de três dias úteis posterior a data de matrícula. O pagamento da mensalidade poderá ser efetuado no setor financeiro das unidades operacionais do Senai por meio de cartão de crédito ou de débito e em instituição bancária por meio de boleto

80 vagas para pós-graduação

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ou declaração da Receita Federal (original e cópia), histórico escolar do Ensino Médio ou documento comprovando que o interessado está cursando a etapa de ensino tida como requisito (original e cópia) e comprovante de residência

Os interessados podem se matricular pelo link parasegundanagraduacaosistemafiems.ms.senai.br/matriculas-2022-graduacao-e-pos-https://ounasecretariaacadêmicadaunidade,localizadaRuaVintedeDezembro,2.445,BairroJardimRasslem,deasexta-feira,das8hàs21horas.Cominícioprevisto5deagosto,aformaçãoteráduraçãode12meses.

edificação, técnico em eletrotécnica, técnico em alimentos, técnico em edificação, técnico em mecânica e técnico em celulose e papel.

As oportunidades também estão à disposição de quem deseja se aperfeiçoar. A Faculdade Senai de Dourados está com 80 vagas abertas para pós-graduação lato sensu. Oferecidos na modalidade presencial, os cursos são de MBA em Engenharia de Produto e MBA em Gestão de Energias Renováveis. As formações são voltadas para profissionais graduados em cursos reconhecidos pelo MEC (Ministério da Educação). A previsão para início das aulas é no dia 5 de agosto de 2022.

A educação profissional técnica de nível médio é destinada aos alunos matriculados ou egressos do Ensino Médio, que devem comprovar a escolaridade ou o vínculo com instituição de ensino, e as matrículas podem ser feitas pelo link identidadematrículaRuadeaulasSenaitambémagosto.Senai.secretariasms.senai.br/matriculas-2022https://sistemafiems.ounasdasunidadesoperacionaisdoAprevisãoédeiníciodasaulasemEmSãoGabrieldoOeste,asmatrículaspodemserfeitasnassecretariasdodeCampoGrandeedeRioVerdeeasserãoministradasnoCequap(CentroQualificaçãoProfissional),localizadonaBahia,nº2.961,JardimPrimavera.Osdocumentosnecessáriosnahoradasão:foto3x4recente,carteiradeouCNH(originalecópia),CPF

Serviçobancário.–Mais informações pelo telefone 0800 7070 745 ou pelo WhatsApp (67)92639000.

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Empresários

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Na avaliação do vice-presidente regional da Fiems, Lourival Vieira, essa foi uma chance única para promover o diálogo que trará muitos resultados para Mato Grosso do Sul. “O corredor bioceânico rodoviário é interessante, mas tem um custo muito maior. O corredor ferroviário já existe e pode ser melhorado e utilizado, dando mais competividade para os produtos. É uma oportunidade para trazer bons negócios não só para o Mato Grosso do Sul, mas para outras regiões do Brasil também”, afirmou.

Com apoio do dapararotaintuitoArgentinaparabrasileirosempresáriosdeInternacionalCentroNegócios,viajamBolíviaecomdediscutirferroviáriaescoamentoprodução.

brasileiros estiveram, durante uma semana, reunidos com autoridades e representantes do comércio internacional da Bolívia e da Argentina para apresentar a viabilidade da rota ferroviária para escoamento da produção, além de conhecer parte da estrutura ferroviária existente nos dois países. A missão empresarial, organizada pela Associação Comercial e Empresarial de Corumbá, pelo Sebrae/MS e com apoio da Fiems, passou pelas cidades bolivianas Santa Cruz de La Sierra e Yakuíba e pelas cidades argentinas Jujuy e Salta.

NOS TRILHOS DO EXTERIORCOMÉRCIO

Na sede do Governo do Departamento de Santa Cruz, a missão empresarial foi recebida pessoalmente pelo governador Luis Camacho. “Mato Grosso do Sul tem um mercado muito interessante, é forte no setor do agronegócio, tem matériasprimas que nos interessam e também temos muito a oferecer. É totalmente necessário investir nesse diálogo e fortalecer nossas relações”, salientou o governador.

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Em cada encontro, as propostas e potencialidades de Mato Grosso do Sul foram apresentadas aos líderes latinos. A coordenadora pelo CIN/MS (Centro Internacional de Negócios), Sthefany Miyeko, explica que a viabilização da rota ferroviária não será só um salto na questão logística para o Brasil, mas também um salto para economia do país. “O que apresentamos aqui vai fortalecer a integração regional com os países vizinhos. Nós já temos acordos comerciais que beneficiam todos nas exportações e importações. Essa questão logística com certeza vai ser muito favorável para o Brasil”, pontuou.

A proposta é defendida por empresários e gestores que acompanharam a missão, como a chefe de logística nacional e internacional, Cassia Ortiz Oros, que administra a logística de diversas empresas. “Precisamos contribuir para o fomento da produção do nosso Estado. Estamos aqui apresentando o que Mato Grosso de Sul pode oferecer e Corumbá com certeza tem potencial para ser a porta de entrada dessas negociações, resolvendo os desafios que os países enfrentam e viabilizando a logística”, disse.

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Já para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Corumbá, André Campos, o resultado foi o melhor possível. “Completamos a missão e o sentimento é de dever cumprido. Fizemos muitas conexões, grandes possibilidades e, de fato, isso coloca Corumbá de volta aos trilhos do desenvolvimento”, finalizou.

Marques, a missão empresarial volta para o Brasil com grandes expectativas. “Vimos que aquilo que anteriormente havíamos detectado se tornou fato, uma realidade. O que nós precisamos agora é continuar essa interligação logística. É muito importante que a questão da integração ferroviária se concretize, tivemos grandes notícias aqui em relação a isso. Depois precisaremos trabalhar setorialmente pra fazer uma prospecção dos produtos de importação e de exportação que serão mais viáveis no momento, e começarmos a nossa integração com Chile, Argentina e Bolívia”, concluiu.

Já na Argentina, um dos encontros chave para a discussão foi com o ministro da Província de Salta, Martin de Los Rios, que ressaltou já ter negócios sólidos com o Brasil bem como acordos comerciais importantes envolvendo a Rota Bioceânica terrestre. “A rota ferroviária é uma alternativa interessante. Por meio desse acordo podemos desenvolver novas oportunidades de negócios. Vamos levar a proposta às nossas autoridades”, disse.Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Corumbá, Cássio Augusto

Como o aprendizado de robótica pode transformar a vida de alunos e abrir novos horizontes

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PEÇAPORPEÇA

Torneios

de robótica promovidos pelo Sesi mobilizam todos os anos milhares de estudantes no Brasil inteiro. Em cada competição, seja em nível local ou nacional, as equipes se esforçam para superar os desafios e alcançar o tão sonhado pódio.

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Só que a robótica não se resume a montar robôs para disputar torneios. No Sesi, os alunos são protagonistas do processo de aprendizado, por meio

de aulas divertidas e atrativas, desde as séries iniciais até o ensino médio. Com a robótica, eles aprendem fazendo.

“Sempre fui muito organizado, e quando entrei na escuderia pude aprender a maneira certa de trabalhar com o dinheiro. Por isso,

“NaSousa.robótica, o aluno participa de aulas práticas que envolvem conhecimentos em Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática. Além disso, eles desenvolvem várias habilidades, como trabalho em equipe, apresentação em público e resolução de problemas. A construção dos robôs é a maneira pela qual os alunos adquirem essas competências. Por isso dizemos que robótica não trata apenas de montar robôs, mas sim, de engajar e motivar os alunos”, explica Sousa.

As aulas de robótica são adequadas a cada faixa etária, do ensino fundamental ao médio. Os pequenos começam a montar robôs com peças de LEGO, enquanto os adolescentes desenvolvem projetos mais complexos, com peças reutilizáveis de madeira ou metal. Em alguns casos, o robô pode pesar até 50 quilos! Os desafios também são maiores e se assemelham aos de empresas reais, como elaboração de estratégias de marketing e de plano de vendas.

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Robótica abre novas perspectivas de vida para os alunos

Afinal, qual o diferencial desse método de ensino na vida do aluno? Quem nos conta é o assessor de tecnologias educacionais do Sesi, Fábio

Quando se fala que a robótica muda a vida do estudante, não é força de expressão. Que o diga o aluno Júlio César Santos, da Escola Sesi de Dourados. Ao ingressar na escuderia BR Racing, da modalidade F1 in Schools, Júlio assumiu a responsabilidade de montar orçamentos e comprar peças para a equipe. O conhecimento adquirido em gestão financeira fez com que o jovem ajudasse os pais a economizar na reforma da casa dos avós.

minha mãe começou a me pedir ajuda para encontrar os melhores preços dos materiais de construção. Sempre que ela precisava, eu fazia pesquisa de preços e elaborava as planilhas”, conta o aluno.

A robótica também contribuiu para melhorar, ao longo dos anos, o convívio social de alunos com transtornos neurobiológicos. Foi o caso do estudante André, diagnosticado com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). A diretora da Escola Sesi de Naviraí, Paula Nudimila de Oliveira Silva, conta como foi esse processo.“Noinício, ele era extremamente agressivo e difícil de lidar. Começamos diminuindo a ansiedade da mãe e trabalhando os pilares da educação tecnológica com o aluno. Em seguida o convidamos a fazer um teste na equipe de robótica, pois é um ambiente que exige dos alunos um alto grau

Onde encontrar a robótica em MS

Júlio César fez parte da equipe por cerca de um ano e meio. Agora, prestes a concluir o ensino médio, faz planos para o futuro profissional. “Graças à robótica, eu já sei o que quero para a vida e qual a melhor forma de administrar minha carreira. Me sinto bastante preparado. O conhecimento que aprendi é algo que vou levar por toda a vida”, conclui.

de dedicação. Ele foi se encantando, evoluindo e, hoje, é um aluno que não dá problemas. Criou um vínculo forte com a escola, desenvolveu muitas competências e habilidades”.

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Atualmente, a robótica está presente na grade curricular da Escola Sesi, em suas unidades situadas em Campo Grande, Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Maracaju, Aparecida do Taboado e Naviraí. Além do ensino nas escolas, o Sesi oferece cursos de iniciação à robótica em 39 cidades do interior do Estado, por meio da Biblioteca da Indústria do Conhecimento. As matrículas são gratuitas para crianças de 7 a 11 anos que estão matriculadas em escolas públicas. Procure o Sesi mais próximo de você e venha fazer parte do mundo da robótica!

André está no 3º ano do ensino médio e se tornou uma referência para toda a escola. “Ele é um aluno que tem total responsabilidade sobre os processos da robótica. Quando os professores não estão em sala, ele organiza o cronograma, acompanha a equipe, desenvolve projetos e faz orçamentos”, ressalta a diretora.

dicas

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Não é preciso colocar informações de documentos, como números de CPF, RG, nem comprovante de residência.

primeiro grande passo para uma grande oportunidade profissional. “Muitas pessoas têm uma boa qualificação, mas são eliminadas logo na apresentação do currículo. Não adianta produzir um material com várias páginas, se nada do que estiver ali interessa ao contratante. É preciso ser assertivo”, afirma.

Para a gerente de gestão e negócios do IEL, Jackeline Magalhães, o currículo é o

Por isso o IEL preparou dicas que podem ajudar o candidato nesse momento.

ÉIMPRESSÃOPRIMEIRAAQUEFICA

O abre de qualquer currículo é feito pelo nome do candidato. Então, a primeira dica é colocar o nome em destaque! É comum as pessoas diminuírem o nome para dar mais espaço para outros campos, mas a dica de ouro é que seu nome merece destaque e deve estar completo!

Conheça as dicas do IEL para elaborar um bom currículo

COMO COMEÇO O CURRÍCULO?

PRECISO COLOCAR DADOS DE DOCUMENTOS?

A

O currículo é uma breve apresentação do candidato e as pretensões em relação à área de atuação desejada. Para quem almeja uma boa colocação no mercado de trabalho, ele pode ser a chave que vai abrir a porta tão esperada. Essa apresentação não é um bicho de sete cabeças, mas muita gente tem dúvidas na hora de montar.

POSSO SER CRIATIVO NA APRESENTAÇÃO?

QUE TIPO DE INFORMAÇÃO PESSOAL PRECISO DAR?

Esse é um erro muito popular, mas a dica é: não coloque idade, estado civil, onde nasceu, nomes dos pais. Esse tipo de informação que não vai aumentar o seu valor profissional. Quanto ao endereço, bairro e cidade são suficientes.

COMO FALAR SOBRE OS IDIOMAS E O MEU NÍVEL DE CONHECIMENTO?

É RECOMENDÁVEL COLOCAR MEUS PERFIS DE REDES SOCIAIS?

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O mais importante de tudo é que o seu telefone e o seu e-mail profissional estejam corretos. É por esses canais que recrutadores vão entrar em contato com você.

COMO FALAR SOBRE CURSOS E CAPACITAÇÕES?

Em casos de programas digitais, especifique o nome e, se possível, tenha também um portifólio para ilustrar. O portifólio só deve ser enviado caso solicitado, em um documento a parte do currículo.

COMO APRESENTO O MEU CURRÍCULO?

O ideal é inserir seu perfil se tiver alguma ligação com a vaga que você está disputando, como por exemplo para um perfil de fotos para vaga de fotógrafo ou um perfil com artes para vaga de designer.

Sim, mas lembre-se que é preciso estar em sintonia com o tipo de trabalho que você está buscando. Então, profissões mais criativas, como publicitários e designers têm mais abertura para ousar. Pode ser um pouco estranho tentar disputar uma vaga em um escritório de advocacia com um currículo muito extravagante. O currículo, além de combinar com o seu perfil, tem que combinar também com o da empresa.

É legal deixar os idiomas mais pro final do currículo, em que você especifica quais línguas fala e em qual nível. Tipo: inglês intermediário, espanhol fluente, francês básico.

O layout é a oportunidade que você tem de mostrar um pouco da sua personalidade. Atualmente, existem várias ferramentas que ajudam na edição e criação de um currículo original que combine com quem você é. É possível encontrar sites com modelos prontos para apenas editar o conteúdo e mudar uma coisa ou outra, como o Canva, Google Docs e o próprio Word. Aproveite esse momento para colocá-lo à sua maneira.

industrial EXPORTAÇÃOINDUSTRIALPRODUÇÃO

radar

Quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 69% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul. Já no acumulado do ano, a participação está em

anterior.comEm59%.comparaçãoomêsReceita total acumulada em 2022 US$60%17%2,39 bilhões Crescimento de 13% em relação ao mesmo período de 2021 US$ 456,5 milhões

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das empresas industriais de Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade das empresas industriais de Mato Grosso do Sul apresentaram crescimento

Obras de infraestrutura (+715)

Fabricação de brinquedos e jogos recreativos (+349)

Confecção de peças do vestuário (+74).

Fabricação de álcool (+757)

Abertas pela indústria de janeiro a maio

EMPREGO

Ribas do Rio Pardo (+1172) Campo Grande (+1109)

EMPREGARAMMUNICÍPIOSQUEMAIS

Construção de edifícios (+1.388)

Abate de bovinos (+165)

Fabricação de açúcar (+431)

Acabamento, instalações e serviços especializados (+1.134)

Com esse resultado, o conjunto da atividade industrial foi responsável por 6.923 vagas

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Fabricação de celulose (+150)

27% do total de vagas abertas em Mato Grosso do Sul no período indicado.

ATIVIDADES QUE MAIS EMPREGARAM NO ACUMULADO DO ANO:

Aparecida do Taboado (+794)

Dourados (+512) Rio Brilhante (+409) Nova Andradina (+378)

Três Lagoas (+697)

58 • MS INDUSTRIAL | 2022 INDICADOR DE ARRECADAÇÃO Evolução ICMS mato grosso do sul R$ milhões 20212022 1.046 1.015 1.074 1.156 JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO Janeiro a dezembro de 2021 janeiro a junho de 2022 r$ 13.831.325.628 r$ 7.376.512.441 janeiro a junho de 2021 r$ 6.482.901.620 VariaçãoNoperíodo 13,78% 1.198 1.158 1.069 1.121 1.173 1.207 1.247 1.237 1.235 1.251 1.207 1.260 1.259 1.294 Fonte: Boletim de arrecadação de tributos estaduais - CONFAZ / Minstério da Economia. Elaboração: SFIEMS COEP COMPORTAMENTO EM RELAÇÃO AO MÊS ANTERIOR EXPECTATIVA DO MERCADO • DESEMPENHO ESPERADO EM 2022 Fonte: Banco Central do Brasil - Boletim Focus de 24 de Junho e 22 de Julho. 60,0013,758,275,101,503,81 VARIÁVEIS Índice oficial de inflação - IPCA (%) Taxa de câmbio fim de período (R$/US$) Taxa básica de juros Selic fim de período (%a.a.) PIB (% do Investimentocrescimento)Diretono País (US$ InflaçãoBilhões)dosPreços Administrados (%) JUNHO(24/06) = QuedaEstável(piora)57,8513,755,207,301,930,01 Queda (melhora) Queda (melhora) JULHO(22/07) AumentoAumento (melhora) quanto você pagou ?

Grandes clássicos marcam nossa vida pra sempre, as músicas, os personagens, as histórias, e nesse aspecto a Disney e todos os seus enredos dificilmente ficam fora de nossas memórias. O Mickey, a Minie, o Pateta, o Tio Patinhas e tantos outros nomes tão queridos por todas as gerações.

Localizada no Polo Industrial de Campo Grande, a fábrica têxtil Cativa tem a missão de levar a alegria da marca Disney para clientes de todo Brasil e vários países da América Latina. A indústria conta com 300 colaboradores e a maioria são verdadeiras fadas da costura que artesanalmente confeccionam cerca de 9 mil peças de roupas por dia.

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2012 e as peças produzidas são enviadas de norte a sul do país para 80 representantes comerciais oficiais. Além disso, a empresa ainda conta com um site de vendas e os clientes podem adquirir suas peças preferidas direto pelo link https://www.cativastore.com.br/.

MS INDUSTRIAL | 2022 • 59

INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO DE CAMPO GRANDE É REPRESENTANTE OFICIAL DA MARCA DISNEY NO BRASIL

Para o gerente da fábrica, Israel de Azevedo, representar a marca Disney no Brasil é muito mais do que vender um produto, é alimentar o sonho de muitos fãs e admiradores. “Todas as nossas peças são desenhadas por profissionais da moda e retratam o que os fãs mais gostam nos personagens. Cada peça é feita com um rigoroso processo de qualidade, além de serem confeccionada uma a uma, com todo cuidado”.

Quem te conheceQue te compre

Mato Grosso do Sul abriga uma das quatro lojas da Cativa, empresa que atualmente é representante oficial da marca Disney no Brasil. A unidade foi inaugurada em

Acesse o Site

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS EXTRATIVAS DE CORUMBÁ - SINDIECOL CORUMBÁ

SINDICATO DAS METALÚRGICAS,INDÚSTRIASMECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DE CORUMBÁ - SIMEC CORUMBÁ

Nilvo Della Senta 3324-1963 simemae@fiems.com.br

60 • MS INDUSTRIAL | 2022

SINDICATO DAS METALÚRGICAS,INDÚSTRIASMECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DO ESTADO DE MS - SIMEMAE CAMPO GRANDE

SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO, TECELAGEM E FIAÇÃO DE MS - SINDIVEST CAMPO GRANDE

Altair da Graça Cruz 3325-6161 sindgraf@uol.com.br

Edis Gomes da Silva 99987-1604 edis@fiems.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA ALIMENTAÇÃO DE CORUMBÁ - SIACO CORUMBÁ

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA DO ESTADO DE MS - SINDEPAN CAMPO GRANDE

Irma Tinoco Atagiba Asseff 99925-8687 irma.lindinha@hotmail.com

Marcelo Alves Barbosa 3324-1963 sindpan@fiems.com.br

Alfredo Fernandes 99983-8477 aefe@terra.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE CORUMBÁ - SINDICOM CORUMBÁ

Antônio Carlos Nabuco Caldas 3324-1963 sindmadms@fiems.org.br

SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS IND. DE MÓVEIS EM GERAL, MARCENARIAS CARPINTARIAS, SERRARIAS, TANOARIAS, MADEIRAS COMPENSADAS E LAMINADAS, AGLOMERADOS E CHAPAS DE FIBRAS DE MADEIRAS, DE CORTINADOS E ESTOFADOS NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDMAD CAMPO GRANDE

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO DE CORUMBÁ - SINDIVESC CORUMBÁ

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDIGRAF CAMPO GRANDE

Sindicato Presidente Telefone E-mail

sindicatos

José Francisco Veloso Ribeiro 3324-1963 veloso@fiems.org.brsindivestms@fiems.com.br

Marcelo de Carli 98126-5758 postofronteirao@terra.com.br

SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO DO ESTADO DE MS - SINDUSCON CAMPO GRANDE

Amarildo Miranda Melo 3387-16083387-8884 superintendencia@sindusconms.com.br

Lenise de Arruda Viégas 99962-2471 la_viegas@hotmail.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE CERÂMICAS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDICER CAMPO GRANDE

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DE PEQUENO E MÉDIO - SINERGIA CAMPO GRANDE

Sérgio LongenMarcolino 3324-1963 sindicato@siams.org.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDICAL CAMPO GRANDE

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DOS VESTUÁRIO, TECELAGEM E FIAÇÃO DE TRÊS LAGOAS - SINDIVESTIL TRÊS LAGOAS

João Batista Camargo 3324-1963 sindicalms@fiems.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PLÁSTICOS E PETROQUÍMICAS DE MATO GROSSO DO SUL - SINDIPLAST CAMPO GRANDE

MS INDUSTRIAL | 2022 • 61

Roberto Hollanda 3324-3499 erico.paredes@biosulms.com.brroberto.hollanda@biosulms.com.br

Ivo Cescon Scarcelli 3383-1511 sicadems.ind@gmail.com

Natel Henrique Farias de Moraes 3324-1963 sindicer.ms@fiems.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PAPEL E CELULOSE DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINPACEMS CAMPO GRANDE

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA ALIMENTAÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SIAMS CAMPO GRANDE

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FRIO, CARNES E DERIVADOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SICADEMS CAMPO GRANDE

Marcelo Galassi 3324-1963 sindivestms@fiems.com.br

Gilson Kleber Lomba 3421-5995 sinvesul@hotmail.com

Roberto Hollanda 3324-3499 erico.paredes@biosulms.com.brroberto.hollanda@biosulms.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FABRICAÇÃO DO AÇÚCAR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDAÇUCAR CAMPO GRANDE

Élcio Trajano 3324-1963 sinpacems@fiems.com.br

Fabricio Berton 3324-1963 sindiplastms@fiems.com.br

Sindicato Presidente Telefone E-mail

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDAL CAMPO GRANDE

Roberto Hollanda 3324-3499 erico.paredes@biosulms.com.brroberto.hollanda@biosulms.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SILEMS CAMPO GRANDE

Milene de Oliveira Nantes 3324-1963 silems@fiems.com.br

SINDICATO DAS EMPRESAS DO VESTUÁRIO INDUSTRIAL DA REGIÃO SUL DO MS - SINVESUL DOURADOS

- PAULO AFONSO FERREIRA Vice-presidente executivo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente do Conselho de Assuntos Legislativos (CAL)

No Brasil há algumas propostas de reforma em tramitação e mesmo que estejamos em ano político há oportunidade do tema avançar, principalmente por meio da PEC 110/2019, que está no Senado Federal, um projeto construído com debate e participação de vários segmentos da sociedade e que adota práticas utilizadas com sucesso em outros países.

muito caro pela legislação tributária vigente, com custo administrativo alto, via da contratação de contadores, advogados e consultores tributaristas e sem a expectativa do consumo se expandir. Em alguns segmentos da indústria podemos perceber desaceleração na produção.Enosso

É necessário implementar reformas necessárias e possíveis, conforme experiências de países que souberam aproveitar as oportunidades e construíram sistemas modernos e eficientes, tendo como exemplo, Austrália e Canadá.

O consumidor tem seu poder de compra cada vez mais comprimido e todos esses impactos econômicos e sociais influenciam no ambiente dos negócios, inibindo investimentos, crescimento e desenvolvimento.Asempresaspagam

O cenário mundial está cada vez mais acirrado, temos perdido empresas para outros países na busca de um ambiente mais favorável para os negócios.

O Brasil passa por momento de instabilidade econômica, com baixo crescimento, inadimplência, inflação, juros e elevada carga tributária, uma das maiores do mundo, correspondente a 33,90% do PIB.

62 • MS INDUSTRIAL | 2022

sistema judiciário é também asfixiado, todos os dias, por ações de natureza fiscal. Ou seja, o sistema tributário nacional é penoso para o consumidor, ruim para as empresas e caro para os governos.AConfederação

Ao longo dos anos, diante de cenários de mudanças econômicas e sociais, o nosso sistema apresenta características de 5 décadas atrás, complexo, com perfil fiscalista, primando pela arrecadação.

O conteúdo publicado nesta página é de inteira responsabilidade do autor e as opiniões no texto não representam o posicionamento do Sistema Fiems

Lutamos há vários anos por uma reforma no sistema e temos a expectativa de que nossos parlamentares contribuirão com o avanço da PEC e atenderão aos anseios da sociedade, que busca um sistema tributário justo e eficiente e que estimule investimentos que contribuam com o desenvolvimento socioeconômico, com melhoria da distribuição de renda, redução dos desequilíbrios regionais e o mínimo possível de conflitos entre governos, contribuintes e consumidores.

O ALTO PREÇO DA CARGA TRIBUTÁRIA

artigo

Desde a Constituição de 1988 até 2017 foram criadas mais de 5 milhões de normas tributárias e o valor da causa de todos processos tributários no Brasil chega a 5 trilhões de reais.

Nacional da Indústria (CNI) tem atuado com veemência e de forma propositiva junto ao Congresso Nacional e governo, com objetivo de que sejam realizadas mudanças necessárias para aumentar a competitividade das empresas.

A proposta é positiva, traz benefícios, corrige distorções entre setores da economia, apresenta avanços e se aproxima dos anseios da sociedade, sendo um importante passo para desonerar investimentos, simplificar, eliminar a cumulatividade e a insegurança jurídica.

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