Revista MS Industrial Ed.118

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sindicatos 60 artigo 62

Lavouras mais saudáveis

ISI Biomassa desenvolve biodefensivo alternativo a partir de bagaço da canade-açúcar.

PG.14

Indústria

atuante

Fiems participa de entrega de projetos de lei que melhoram ambiente de negócios em Mato Grosso do Sul.

PG.18

A árvore do desenvolvimento

Pequenos municípios se preparam para tornarem-se grandes potência econômicas com a chegada das indústrias de celulose . PG.30

ONDE ESTUDAR EM 2023?

Escola Sesi prepara várias novidades para incrementar a qualidade do ensino oferecido em suas sete unidades. PG.51

4 • MS INDUSTRIAL | 2022 sumário
quanto você pagou? 58 dicas 54 radar industrial 56 diretoria 06 editorial 07 charge 08 entrevista 09 Fala, indústria 12 giro da indústria 22

A volta de quem ama correr

Com mais de 15 mil participantes, Corrida do Pantanal consolidase como o maior evento esportivo do Centro-Oeste. PG.24

Emprego garantido

Em Mato Grosso do Sul, 80% dos ex-alunos dos cursos técnicos do Senai são empregados no mercado formal.

PG.43

TREINANDO LÍDERES

Com relatos de promoção e de crescimento profissional, IEL é referência em treinamento de líderes.

PG.47

SISTEMA FIEMS NA REDE

Fique por dentro de tudo o que acontece no Sistema Fiems

/federacaofiems /sesi_ms /senai_ms /iel_ms

Quem te conhece que te compre

My cookies é a empresa sul-mato-grossense de sucesso que já tem mais de 50 franquias espalhadas pelo Brasil. PG.59

MS INDUSTRIAL | 2022 • 5

diretoria

2019-2023

Presidente: Sérgio Marcolino Longen

1ª Vice-pres: Cláudia Pinedo Zottos Volpini

2º Vice-pres: Alonso Resende do Nascimento

3º Vice-pres: José Francisco Veloso Ribeiro

Vice-Pres Regional: Luiz Claudio Sabedotti Fornari Vice-Pres Regional: Roberto José Faé Vice-Pres Regional: Romildo Carvalho Cunha Vice-Pres Regional: Lourival Vieira Costa Vice-Pres Regional: Gilson Kleber Lomba

1º Secretário: Silvana Gasparini Pereira

2º Secretário: Antônio Carlos Nabuco Caldas

3º Secretário: Zigomar Burille

1º Tesoureiro: Altair da Graça Cruz

2º Tesoureiro: Edis Gomes da Silva

3º Tesoureiro: Nilvo Della Senta

Diretores:

João Batista de Camargo Filho

Julião Flaves Gaúna

Marcelo Alves Barbosa

Alfredo Fernandes

Marcelo De Carli Ferreira

Cláudio George Mendonça Marismar Soares Santana Regis Luís Comarella

Walter Ferreira Cruz

Walter Gargione Adames Vagner Rici Silvio Roberto Padovani

Omildson Regis Guimarães José Eduardo Maksoud Rahe

revista da federação das indústrias de Mato Grosso do SUl

Conselho Fiscal: Efetivos: Milene de Oliveira Nantes Lenise de Arruda Viegas

Suplentes: Egon Hamester Edson Luiz Germano de Souza

Delegados Suplente junto à CNI: Efetivos: Sérgio Marcolino Longen Cláudia Pinedo Zottos Volpini

Suplentes: Roberto José Faé José Francisco Veloso Ribeiro

sistema fiems

Chefe de Gabinete da Presidência: Robson Del Casale

Diretor Executivo: Anatole Verlaine Etges

Superintendente do Sesi/MS: Régis Pereira Borges

Diretor Regional do Senai/MS: Rodolpho Caesar Mangialardo

Gerente de Comunicação: Ana Paula Dantas Cruz

Chefe de redação: Flávia Melo (MTB/MS 1032)

Jornalistas: Ângela Schafer (MTB/MS 1083)

Helder Rafael Regina (MTB/MS 690) Tainá Jara (MTB/MS 1269)

Fotos: Dicom/Fiems

Endereço: Avenida Afonso Pena, 1.2064º Andar Bairro Amambaí - Campo Grande/MS79.005-901 E-mail: dicom@sfiems.com.br Site: www.fiems.com.br Fone: (67) 3389-9244

As opiniões contidas em artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, o posicionamento do Sistema Fiems

Revista Mensal - 10 mil exemplares

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OURO VERDE

Se até meados de 2007 a economia sul-mato-grossense era baseada no binômio boi-soja, a partir dessa época tivemos um “boom industrial”. De 2007 até 2022, a indústria estadual realizou investimentos superiores à R$ 30 bilhões, com destaque para a consolidação e a expansão de setores ligados a toda cadeia florestal de eucalipto, com a produção de celulose, madeiras laminadas e outros produtos.

A instalação das indústrias de celulose em Ribas do Rio Pardo e Inocência vem para transformar o que um dia foi pasto e teve o boi como motor econômico. De ar rural, os municípios se preparam para tornarem-se grandes potências, em um curto espaço de tempo, a partir das plantações de eucalipto. A mudança de cenário, iniciada em Três Lagoas, traz um futuro de expectativas e também de grandes desafios.

Atento a essa transformação, o Sistema Fiems se faz mais uma vez presente e atuante. O anúncio de um CISS (Centro Integrado Sesi Senai) ainda em 2021, em Ribas do Rio Pardo, é uma das ações da instituição em apoio à industrialização de Mato Grosso do Sul. Mas

antes mesmo de a unidade estar pronta, cursos do Senai já são oferecidos no município por meio de unidades móveis de sala de aula para atender a nova fábrica da Suzano.

O mesmo se pode dizer de Inocência, onde o Sistema Indústria já alinha parcerias com a Arauco. Apesar de a obra da indústria estar prevista para começar apenas em 2015, desde já sabemos da necessidade de preparar a mão de obra local para atender as demandas que surgirão.

Demandas essas que não são exclusivas das indústrias, mas de todo o município, que precisará se estruturar com profissionais qualificados em todas as áreas, já que haverá aumento considerável da população local, e na busca por comércio, moradia e serviços.

Mais uma vez o Sistema Fiems se coloca à disposição para apoiar o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. Afinal, o eucalipto vem se mostrando nosso novo “ouro verde”, com geração de emprego e renda para nosso Estado.

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SÉRGIO LONGEN Presidente do Sistema Fiems
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ENTREVISTA

Mineiro de Juiz de Fora, Guilherme Augusto Caputo Bastos é formado em Ciências Econômicas e Direito, além de possuir doutorado em Direito Desportivo. Ingressou na magistratura trabalhista como Juiz do Trabalho Substituto em 1989. Já em 2007, tomou posse como Ministro do Tribunal Superior do Trabalho. Em dezembro do ano passado, foi eleito CorregedorGeral do Trabalho para o biênio 2022 / 2024.

Em entrevista exclusiva à revista MS Industrial, o ministro Caputo Bastos falou sobre reforma trabalhista, correição ordinária no Tribunal Regional do Trabalho e investimentos privados na indústria sul-matogrossense.

GUILHERME AUGUSTO CAPUTO BASTOS MINISTRO CORREGEDOR-GERAL DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST) MS INDUSTRIAL | 2021 • 9

O senhor esteve em Campo Grande, acompanhado de sua equipe, para promover a correição no Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região. Gostaria que o senhor detalhasse como é essa atividade e qual a importância para o aperfeiçoamento do serviço público.

Essa é a oportunidade que o Tribunal Superior do Trabalho tem para visitar os Estados e os Tribunais Regionais do Trabalho, nesse trabalho que tem um quê fiscalizatório. Saber se o tribunal está andando bem, se o andamento dos processos está em uma velocidade razoável. Mas tem uma das missões, que estão entre as mais sublimes nessas visitas, que é o do saber a relação da Justiça do Trabalho com a sociedade.

Venho com a equipe de assessores, e na semana fazemos toda essa investigação, conversando com as pessoas. Eu tenho os números, e por trás dos números há um trabalho com muita dedicação e esforço de todos os juízes e os servidores de todas as áreas. É isso o que a gente faz em uma correição ordinária, em termos de corregedoria geral. Fora que a gente aproveita para fazer muitas visitas, como ao governador do Estado, presidente da Assembleia Legislativa, as entidades sindicais, enfim. Esse é o trabalho do ministro corregedor-geral quando visita os Estados.

Quais suas primeiras impressões sobre a Justiça do Trabalho em Mato Grosso do Sul?

Eu diria que este tribunal caminha para uma situação quase ideal na prestação jurisdicional. É a plena aceitação e a credibilidade que nós, enquanto Justiça do Trabalho, passamos para a sociedade. Digo isso baseado nas visitas que tenho recebido, tanto de entidades patronais como de entidades de

GUILHERME AUGUSTO CAPUTO BASTOS Ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)

trabalhadores, que é a sociedade a qual servimos, através dos processos que envolvam essas relações sociais. Eles têm buscado o ministro corregedor não para fazer queixas, como é comum acontecer em qualquer um dos lugares que visito. Aqui em Mato Grosso do Sul, as pessoas têm me procurado para dizer que a Justiça do Trabalho cumpre a sua missão constitucional no Estado. Isso é uma coisa que me deixa extremamente orgulhoso, é o que a gente busca em todos os Tribunais Regionais do Trabalho e também no Tribunal Superior do Trabalho. Vejo que aqui eles estão conseguindo uma coisa fantástica. Enquanto se faz a semana da conciliação, dirigida pelo TST, aqui se fez um mês todo de conciliação com adesão absoluta de trabalhadores e de empregadores. E estão todos absolutamente satisfeitos. Saio daqui e posso adiantar que eles podem se sentir bastante orgulhosos, como estou me sentindo agora, como representante do TST. O tribunal está funcionando em perfeitas condições, quase que sem cometer equívoco algum.

O senhor prestigiou o anúncio de investimentos privados da ordem de R$ 15 bilhões para a construção de uma fábrica de celulose em Inocência. Gostaria que o senhor comentasse sobre esse expressivo investimento privado em nosso Estado.

O senhor governador Reinaldo Azambuja foi extremamente gentil me convidando para acompanhálo nesse compromisso. Eu o fiz com muito prazer. É a Justiça do Trabalho se comunicando com a sociedade a qual serve. Vim acompanhá-lo para uma coisa incrível. Era um investimento de R$ 15 bilhões, mais R$ 5 bilhões, aqui em Inocência, em uma fábrica de celulose. E eu dizia ao governador: “curiosidade de juiz de trabalho: 12 mil trabalhadores no pico da obra?”

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“Aqui em Mato Grosso do Sul, as pessoas têm me procurado para dizer que a Justiça do Trabalho cumpre a sua missão constitucional no Estado. Isso é uma coisa que me deixa extremamente orgulhoso, é o que a gente busca em todos os Tribunais Regionais do Trabalho e também no Tribunal Superior do Trabalho.”

E ele disse: “é, a Justiça do Trabalho vai ter trabalho neste momento”. Eu respondi que nós iremos nos antecipar a isso. O Tribunal Regional do Trabalho já se antecipará e irá acompanhar todo esse processo, antecipando qualquer acontecimento, dúvida ou equívoco que possa acontecer no projeto, que tem inauguração prevista para 2028.

Um dos principais desafios atuais é a questão da empregabilidade. Muitos empresários oferecem vagas, mas não encontram profissionais qualificados. Na sua opinião, qual o papel do Estado e da iniciativa privada na qualificação profissional?

Foi outra pergunta que fiz ao senhor governador: “como é que essas pessoas serão qualificadas e capacitadas?” E ele de pronto respondeu: “não só nós, como a Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul terá um papel fundamental”. E é exatamente onde acho que a Fiems, através de seu diligente e dedicado presidente Sérgio Longen, deve atuar. Tenho certeza de que a federação terá todo esse planejamento de qualificação dos trabalhadores. Já conheço alguma coisa que está sendo feita, preparando esse grande projeto de investimento. E a Federação das Indústrias dará pronta resposta com objetividade, treinando esses trabalhadores, capacitando-os e qualificando-os para este projeto. Quando se traz um investimento dessa natureza, ele criará outros investimentos secundários ao redor. Acho que não só o Estado, mas sobretudo a Fiems e a potência que vocês representam saberão dar essa resposta de forma muito tranquila.

Nos últimos anos, a legislação trabalhista brasileira passou por reformas que impactaram a relação entre patrões e empregados. Na sua opinião, em quais pontos a legislação ainda pode avançar, por meio de discussões no legislativo?

Essa reforma foi alvo de muitos comentários, de quem a defendia ou a rejeitava, cada qual apresentando suas razões. Como juiz, minha análise é que o juiz deve interpretar e aplicar a lei, não fazer comentários e nem tentar buscar uma intenção que a lei não autoriza. Seria um ativismo absolutamente reprovável. Mas um aspecto que posso trazer de benefício dessa reforma de 2017, é que hoje estamos vencendo e diminuindo o percentual de desempregados. Pode ser um reflexo da reforma. E vejam que, depois da reforma de 2017, com a vacatio legis até 2018, em seguida tivemos a maior crise que este mundo já inventou. Uma crise sanitária e econômica sem precedentes no mundo. Mesmo assim, o percentual de desempregados diminuiu significativamente. Ao mesmo tempo, deparo-me com o número que tem aumentado de pessoas vulneráveis ou quase passando fome no Brasil aumentando. Alguma coisa nós temos que fazer. Através da empregabilidade, nós conseguiríamos ultrapassar essa fase. Politicamente, vi que inclusive partidos que eram contrários à reforma e diziam que iriam atacar a reforma, hoje já mitigaram o discurso. Falam em adaptá-la ou mitigá-la para certas situações. Esse é o papel que, modestamente eu acho, está nas mãos do Congresso Nacional. É fazer com que as leis sejam mais adequadas. Isso é natural. Você promulga uma lei e às vezes ela “não pega”. Quer dizer que ela não foi aceita pela sociedade. Nós temos sempre que estar buscando esse equilíbrio, fazendo essa ponderação de que a lei não beneficie ninguém. Ao contrário, essa lei é voltada para a sociedade, para aqueles que precisam se valer dessa lei. A reforma trabalhista não passaria desapercebida desse crivo. Ela foi muito boa em vários aspectos. Talvez devesse sofrer alguma nova avaliação em um ou outro aspecto, isso é natural. Mas sem dúvida, eu diria que foi muito boa.

“Tenho certeza de que a federação terá todo esse planejamento de qualificação dos trabalhadores. Já conheço alguma coisa que está sendo feita, preparando esse grande projeto de investimento. E a Federação das Indústrias dará pronta resposta com objetividade”

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ACESSE

governador eleito de mato grosso do sul

O setor industrial é um dos que mais cresceu no Estado, então, depois de eleito, venho até a Fiems reafirmar meu compromisso com o setor, buscar as políticas públicas de fomento à atratividade dessas empresas e tornar Mato Grosso do Sul competitivo, fortalecendo nosso Estado e gerando oportunidade para nossa gente.”

12 • MS INDUSTRIAL | 2022

O planejamento da Fiems faz com que a indústria alcance resultados satisfatórios. Estamos em um cenário muito bom, com visibilidade e apresentando bons números, que têm colocado nossa indústria em importantes patamares no Estado e também no país.”

CLÁUDIA VOLPINI

O Sistema S é imprescindível para qualificar os colaboradores e os parceiros. O programa de qualificação precisa estar alinhado com o cronograma do projeto, e esta parceria que está se desenvolvendo garante que as pessoas obtenham as ferramentas necessárias para participar de diferentes fases de implantação.”

MARIO NETO

diretor de desenvolvimento e novos negócios da Arauco

O Ação Cidadania em Rio Verde é fundamental para transformar o município polo de turismo em Mato Grosso do Sul. Toda a parceria do Sistema Fiems com a cidade culmina hoje com o Ação Cidadania. Encontramos aqui um parceiro importante. Vamos juntos transformar Rio Verde em uma grande recepção.”

CLAUDIO

O Senai Corumbá é um parceiro fundamental para nós, por oferecer profissionais qualificados e preparados para os desafios reais do mundo do trabalho.”

A parceria com a Fiems para levar cursos de qualificação para o município está dando certo. Muitos ladarenses que se inscreveram nos cursos já estão sendo inseridos no mercado de trabalho mesmo antes de terminar o curso técnico do Senai.

Acredito que o poder público e a iniciativa privada podem fazer muito para transformar a vida de pessoas.”

IRANIL DE LIMA SOARES prefeito de Ladário

FABIO PEREIRA

gerente de Recursos Humanos da Mineração Corumbaense Reunida

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LUIZ SABEDOTTI FORNARI vice-presidente regional da Fiems vice-presidente da Fiems

inovação

14 • MS INDUSTRIAL | 2022

LAVOURAS MAIS SAUDÁVEIS

ISI Biomassa desenvolve biodefensivo alternativo a partir de bagaço da cana-de-açúcar.

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Encontrar soluções sustentáveis e inovadoras para avançar na preservação do planeta está entre as grandes missões do ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação em Biomassa), localizado em Três Lagoas. Alternativas voltadas para vocação econômica de Mato Grosso do Sul ganham espaço nesse sentido, como a criação de biodefensivo a partir da cana-de-açúcar.

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O Projeto Bioprotec tem a intenção de preservar as lavouras utilizando produtos mais saudáveis. “A pesquisa é voltada para a obtenção de um biodefensivo a partir de extrato ácido produzido por pirolise de bagaço de cana-energia”, explica a pesquisadora industrial do ISI Biomassa, Desireé Soares da Silva.

A pirolise consiste em um processo de degradação térmica de qualquer material orgânico. Já a cana-energia se trata de uma cana-de-açúcar geneticamente modificada para se tornar mais produtiva na fabricação de biocombustível, bioquímicos e geração de energia renovável.

Realizado em parceria com as empresas Tecnored, voltada para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, e a Agrivalle, plataforma de bioinsumos agrícolas, a pesquisa é desenvolvida em três fases.

A primeira etapa, já concluída, é referente ao mapeamento dos estudos realizados anteriormente no mesmo segmento: busca de patentes da tecnologia e a obtenção do extrato ácido.

Finalizada neste ano, a fase 2 do projeto foi focada na caracterização química do extrato ácido. De acordo com a pesquisadora, o próximo passo consiste na testagem do extrato em microrganismos nas culturas agronômicas. “Estamos analisando o potencial biodefensivo contra doenças e pragas que atacam as lavouras”, explica a pesquisadora.

O controle biológico desses males são uma tendência mundial e o acesso a inúmeros materiais orgânicos no Brasil aumenta o potencial para o desenvolvimento de tais produtos.

Os agrotóxicos biológicos, também conhecidos como bioinsumos ou biodefensivos, são extremamente importantes como ferramenta de controle, tanto no manejo integrado de pragas na agricultura tradicional como nos cultivos orgânicos e agroecológicos.

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INDÚSTRIA ATUANTE

Fiems participa de entrega de projetos de lei que melhoram ambiente de negócios em Mato Grosso do Sul

AFiems participou da apresentação de dois projetos na Assembleia Legislativa. O primeiro deles, em 20 de outubro, trata do projeto de lei que institui o Sistema Ferroviário Estadual. O documento foi entregue ao presidente da Casa de Leis, deputado estadual Paulo Corrêa. Segundo o chefe de gabinete da presidência da Fiems, Robson Del Casale, por determinação do presidente Sérgio Longen, a Fiems compôs o grupo técnico responsável pela elaboração do texto. “O projeto é fundamental para o desenvolvimento da indústria do Estado e é fundamental que seja revista essa questão da ferrovia com a ideia de dar competitividade aos produtos que aqui são produzidos. O foco nesse momento é na celulose, para que seja dada mais agilidade nesse transporte, e no minério que sai de Corumbá. Mas, a aprovação abre

18 • MS INDUSTRIAL | 2022 Fiems

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uma possibilidade gigante para o transporte de outros produtos industrializados”, explicou.

De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura, Jaime Verruck, até o ano passado era vedado aos Estados legislar sobre a questão ferroviária. “Isto era uma competência exclusiva da União. Houve uma modificação na lei federal e a Assembleia Legislativa, em junho deste ano, aprovou uma emenda constitucional autorizando a gestão do transporte ferroviária pelos Estados”, explicou.

Com a aprovação do projeto, as próprias empresas

poderão fazer um pedido de autorização ferroviária para ter um terminal conectado a uma das ferrovias estaduais. Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com a Malha Norte (375 quilômetros), Malha Oeste (780 quilômetros) e Malha Sul (600 quilômetros). A expectativa é elevar para 6 mil quilômetros a estrutura de transporte sobre trilhos. A previsão é de que o texto seja aprovado até o final deste ano.

Estatuto Estadual da Microempresa

O chefe de gabinete da presidência da Fiems, Robson

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Del Casale, também participou da apresentação do projeto de lei que institui o Estatuto da Microempresa, da Empresa de Pequeno Porte e do Microempreendedor Individual em Mato Grosso do Sul. A proposta, de autoria do governo do Estado, foi entregue ao presidente da Casa de Leis, deputado estadual Paulo Corrêa.

O documento foi entregue pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, e pelo secretário de Estado de Fazenda (Sefaz), Luiz Renato Adler Ramalho. O encontro contou com a presença de deputados estaduais e representantes de entidades do setor produtivo.

Pela proposta, micro e pequenas empresas em Mato Grosso do Sul terão tratamento diferenciado e favorecido. Entre os pontos do projeto, estão o incentivo à participação dos pequenos negócios nas compras públicas do Estado, prioridade de contratação de empresas locais até o limite de 10% do melhor preço e reserva exclusiva aos pequenos negócios da participação em processos licitatórios de menor valor.

Representando no evento o presidente da Fiems, Sérgio Longen, Robson Del Casale disse que as indústrias sul-mato-grossenses terão muito a ganhar com a conversão do projeto em lei.

“Cerca de 95% das indústrias do Estado são micro

e pequenas empresas. Estamos falando em 5,5 mil estabelecimentos com mais de um empregado. Desse universo, 78% são microempresas de até nove empregados. Desburocratizar e fazer com que a legislação seja orientativa, e não punitiva, é uma conduta que preserva empregos e negócios. A Fiems vê com muito bons olhos a entrega desse marco regulatório para que a gente possa facilitar a vida do micro e pequeno industrial, e que assim ele consiga gerar emprego e recursos para o Estado”, afirmou.

O deputado estadual Paulo Corrêa enalteceu a importância do pleito do setor produtivo. “Trata-se de uma reivindicação antiga dos 24 deputados estaduais, do Sebrae, da Fecomércio e da Fiems. Na prática, o Estatuto Estadual irá facilitar e desburocratizar os negócios dos micro e pequenos empresários sul-mato-grossenses”, destacou.

Jaime Verruck explicou que o Estatuto Estadual beneficiará 88% do total dos estabelecimentos comerciais de Mato Grosso do Sul, que empregam mais de 300 mil trabalhadores. “O objetivo da Lei Complementar é conferir aos pequenos negócios, inclusive aos pequenos produtores rurais e agricultores familiares, um tratamento favorecido frente às médias e às grandes empresas”, disse.

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COP 27

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) aproveitou a COP 27, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, realizada no Egito, para divulgar dados comprovando que sustentabilidade é cada vez mais parte da estrutura organizacional da indústria brasileira. Seis em cada 10 empresas têm área dedicada ao tema, segundo uma pesquisa inédita realizada com executivos do setor. Os números representam um salto em relação ao ano passado, quando 34% dos entrevistados afirmaram ter no seu organograma área para lidar com o assunto.

POSICIONAMENTO GLOBAL

Representando o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, o presidente do Conselho de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e diretor do Instituto Amazônia+21, Marcelo Thomé, participou da COP27. Na ocasião, ele ressaltou que enfrentar o desafio do aquecimento global e seus efeitos negativos para a população, o mundo precisa encarar, com urgência, duas importantes questões. A primeira é a transformação dos modelos de produção e dos hábitos de consumo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e conter o aquecimento global em 1,5°C. A segunda é a adoção de medidas voltadas à adaptação e ao aumento da resiliência dos países, em especial os mais pobres, aos impactos dos eventos extremos causados pelas mudanças climáticas.

MS NO EGITO

Com meta de se tornar Estado Carbono Neutro, Mato Grosso do Sul também enviou representantes para Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima. Equipe técnica da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e da PGE (Procuradoria-Geral do Estado) estiveram em Sharm El Sheikh, no Egito. A delegação apresentou o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa de Mato Grosso do Sul; os avanços já obtidos neste sentido e participou das ações e atividades do Ministério do Meio Ambiente e do grupo de governadores do CBC (Consórcio Brasil pelo Clima).

22 • MS INDUSTRIAL | 2022 giro da indústria

ENERGIA RENOVÁVEL

O Governo do Estado regulamentou a forma de concessão do benefício tributário que fomenta o uso de energias renováveis em Mato Grosso do Sul. As regras que regulamentam os incentivos previstos no MS Renovável (Programa Estadual de Incentivo ao Desenvolvimento das Fontes Renováveis de Produção de Energia Elétrica) foram publicadas no Diário Oficial do Estado, em outubro. O decreto é assinado pelo governador Reinaldo Azambuja, o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e o secretário de Fazenda, Luiz Renato Adler Ralho.

PEQUENAS, MAIS EFICIENTES

As micros e pequenas indústrias brasileiras tiveram mais facilidade para adquirir insumos, produzir, contratar e utilizar a capacidade instalada das empresas no terceiro trimestre de 2022. Segundo o levantamento trimestral Panorama da Pequena Indústria (PPI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a falta ou alto custo de matériaprima deixou de ser o principal problema para as indústrias de pequeno porte do setor extrativo e da construção. Na indústria da transformação, o entrave ainda lidera o ranking dos principais problemas, mas em menor intensidade. A mudança impactou positivamente o desempenho e as condições financeiras das empresas.

LOGÍSTICA

A empresa Consórcio Way Brasil venceu o certame para prestação de serviços de recuperação, operação, manutenção, conservação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade do sistema rodoviário da MS-112 e dos trechos da BR-158 e BR-436. O leilão foi realizado na Bolsa de Valores de São Paulo, a B4. O prazo de concessão dos serviços públicos será de 30 anos. A licitação foi realizada na modalidade de concorrência pública, pelos critérios de maior oferta de outorga. A empresa vencedora do certame ofereceu R$ 150,730 milhões para assumir o projeto.

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Com mais de 15 mil participantes, Corrida do Pantanal consolida-se como o maior evento esportivo do Centro-Oeste

geral 24 • MS INDUSTRIAL | 2022

A Corrida do Pantanal, realizada no último domingo (09/10) pelo Sesi em parceria com a TV Morena, consolidouse como a maior prova de rua do Centro-Oeste brasileiro em termos de participantes, estrutura por metro quadrado e premiação. Mais de 15 mil atletas amadores e profissionais coloriram as ruas e as avenidas de Campo Grande para uma celebração ao esporte e à boa saúde, além de comemorar os 45 anos de Mato Grosso do Sul. Os números revelam a grandiosidade da prova: em apenas 17 dias de divulgação, todas as 15 mil vagas foram preenchidas. A caminhada atraiu 7 mil inscritos, enquanto que a corrida de 7 km recebeu 6 mil inscritos e a corrida de 15 km, outros 2 mil. Entre os participantes das corridas, 61,8% eram homens e 38,2% eram mulheres.

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Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, a corrida busca enaltecer o nome do Pantanal. “Queremos valorizar nosso Estado e a região. Estamos orgulhosos por conseguir reunir, em parceria com a TV Morena, 15 mil pessoas em um ambiente alegre e descontraído, estimulando a prática esportiva. Mato Grosso do Sul completa 45 anos e é uma marca que merece ser comemorada. Por isso o Sistema Fiems retornou, neste ano, com a corrida de rua e pretendemos realizar essa prova todos os anos”, afirmou.

Na avaliação do padrinho da Corrida do Pantanal e campeão paralímpico, Yeltsin Jacques, a primeira edição do evento é motivo de orgulho. “É uma prova linda e estou muito feliz por estar aqui, prestigiando meus amigos e todas as 15 mil pessoas que vieram correr. A Corrida do Pantanal traz de volta esse amor ao atletismo e à corrida de rua do Mato Grosso do Sul. Estou fantástico, deslumbrado por hoje poder fazer parte da volta desta prova maravilhosa”, comentou.

O diretor de negócios da Rede Matogrossense de Comunicação, Antônio Alves, também comemorou a realização do evento. “Está todo mundo de parabéns! Estamos vendo, aqui, uma estrutura muito profissional e mais importante: muita gente! É um evento para a família. A gente está muito feliz depois de realizar essa grande corrida em Mato Grosso do Sul”, disse.

Estrutura

Para garantir o conforto e a segurança dos atletas, foi montada uma estrutura de 3 mil metros quadrados em frente ao Bioparque do Pantanal. Foram instalados 450 metros de arquibancada e 3 mil metros de grades de contenção para dar segurança aos competidores durante as provas.

No dia da prova, mil cones foram distribuídos durante todo o percurso para direcionar os atletas durante as corridas dos 15km e 7km e a caminhada de 5km. Para hidratar e garantir a saúde dos participantes, foram disponibilizados 4 mil caixas de água, sendo 192.000 mil copos. Os pontos de hidratação foram instalados a cada 2,5 km no percurso das provas. Além da água, 15.500 bananas e maçãs e 15.500 isotônicos estiveram à

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disposição dos participantes.

Também havia, no evento, seis unidades de saúde de suporte avançado com UTIs móveis, duas motolâncias e um posto médico central com um médico, quatro enfermeiros e quatro técnicos de enfermagem, além de 40 brigadistas.

Prova de 15 km

A prova de 15 quilômetros reuniu cerca de 2 mil corredores, entre brasileiros e estrangeiros. Os cinco primeiros colocados nas categorias elite, indústria

e PcD (pessoas com deficiência) ganharam troféus e premiações em dinheiro.

Na categoria elite feminina, a prova foi vencida pela atleta Yadeny Alemayehu Weltej, da Etiópia, com o tempo de 43 minutos e 56 segundos. Já na categoria elite masculina, o queniano Vestus Cheboi Chemjor cruzou a linha de chegada em primeiro lugar, com o tempo de 46 minutos e 4 segundos.

Entre os competidores com deficiência, venceu o corredor Alcides Luiz de Campos, de 63 anos, acompanhado do atleta-guia Altair Ferreira Dias, de 52 anos. Já Welliton Luiz Baptista, de 34 anos, venceu na categoria indústria masculina. Ele divide o tempo entre as provas de rua e o trabalho em uma indústria em Ibiporã (PR).

Prova de 7 km

Para alguns, competir nos 7 km da Corrida do Pantanal, maior evento esportivo da região Centro-Oeste, foi quase um passeio. Para outros, o trecho representou um verdadeiro desafio a

ser superado. Atletas olímpicos e amadores estão entre os campeões do trecho, que também reuniu trabalhadores da indústria.

Primeiro a romper a fita de largada, Lutimar Paes é de São Paulo. No currículo, carrega competições que vão desde as Olimpíadas do Rio até campeonatos mundiais de atletismo. Já para a servidora pública Joana Miguel de Oliveira, de Chapadão do Sul, o primeiro

lugar feminino na categoria geral foi uma verdadeira surpresa. Ela viu na prática uma alternativa para se exercitar, já que foi impedida de praticar outros esportes e acabou pegando gosto.

Sorteio de carros e motos

Para sete competidores da Corrida do Pantanal, cruzar a linha de chegada teve um sabor

especial. É que além de completarem a prova, eles foram sorteados com dois carros e cinco motocicletas zero km. Os prêmios foram oferecidos pelo Sesi como forma de incentivar a participação popular na corrida de rua, que este ano atraiu 15 mil atletas amadores e profissionais para a caminhada de 5 km e as corridas de 7 e 15 km.

Cada competidor inscrito que cruzou a linha de chegada teve que

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Relação de ganhadores do sorteio:

Motocicleta zero km

Automóvel zero km

depositar um cupom na urna e permanecer durante o sorteio para ter direito a ser contemplado. Uma empresa de auditoria externa acompanhou o sorteio e fez a validação do resultado.

Sorteado com uma motocicleta, Juarez Borges voltou às corridas de rua depois de um período praticando ciclismo. Ele conta que correu a prova de 15 km sem grandes expectativas. Acabou contemplado com uma motocicleta. “Vim participar dessa prova e não esperava ganhar nada. Vim pela diversão de participar, porque gosto de correr. Saí no lucro, e foi muito bom! Gosto muito de moto, então ela vai me ajudar bastante”, disse Juarez.

O primeiro automóvel zero km saiu para o pedreiro Robson Souza, de Aquidauana, que correu a prova dos 15 km. “É muito emocionante, eu vim participar dessa competição maravilhosa e tive a sorte de ganhar um carro. Vai ajudar muito no dia a dia, vou usar para me locomover na minha cidade. É só alegria!”, contou Robson.

Já o ganhador do segundo carro foi o empresário Ygor Fabrício Baicere Costa, de Campo Grande, também participante da prova de 15 km. Entre a emoção de completar a prova e ganhar o carro, com certeza o carro foi mais emocionante. O percurso é muito bom, e a prova foi super bem organizada. Meu domingão fechou com chave de ouro”, concluiu Igor.

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Robson

Confira os resultados dos vencedores da Corrida do Pantanal:

15 km – Elite masculino

1º - Vestus Cheboi Chemjor – 46:04 2º - Wendell Jerônimo Souza – 46:39 3º - Antonio de Souza Dias – 47:08 4º - Gustavo Barros de Souza – 47:32 5º - Gleinson Gilbert de Carvalho – 55:16

15 km – PcD

1º - Alcides Luiz de Campos (atleta-guia Altair Ferreira Dias) – 01:20:53

15 km – Indústria masculino

1º - Welliton Baptista – 56:52 2º - Marcelo Henrique Rocha – 57:17 3º - Ederson Rodrigo de Jesus Amorim – 58:57 4º - Eneias Teodoro Gomes – 01:01:45 5º - Uander Marcos de Paula e Silva – 01:02:55

7km – Geral masculino

1º - Lutimar Abreu Paes – 24:03 2º - Edilson de Ávila Almeida – 26:01 3º - Samael Medieros Coelho Cavalcante – 26:05 4º - Elenilson da Silva – 26:23 5º - Flávio Bezerra de Carvalho – 27:44

7km – Geral feminino

1º - Joana Miguel de Oliveira – 33:55 2º - Anelise Portel Soares – 33:58 3º - Francielle Magalhães Ferreira – 34:21 4º - Ar Aguero Tenório – 35:42 5º - Luciana dos Santos Gaspar – 35:47

7km - Indústria masculino 1º - Erismar Ávila Almeida – 26:25 2º - Rogério Lucio Onoratto – 30:31 3º - Paulo Cezar Pereira Camargo – 33:23 4º - Rildo Ferreira dos Santos – 34:27 5º - Bruno Rodrigues da Silva – 34:42

7km - Indústria feminino 1º - Azle Comarella – 44:23 2º - Pâmela Oliveira da Silva – 52:07 3º - Vanessa Juliana Rosendo Correia da Silva – 52:27 4º - Rosevane Fernandes da Silva – 01:00:17 5º - Fabiana Oliveira Nogueira Valeriano – 01:03:01

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capa A árvore do desenvolvimento

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Pequenos municípios se preparam para tornarem-se grandes potência econômicas com a chegada das indústrias de celulose.

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Avocação agropecuária de Mato Grosso do Sul é reconhecida internacionalmente. Mas uma nova atividade econômica pinta de verde intenso o horizonte da região leste do Estado e promete transpor fronteiras. A instalação das indústrias de celulose em Ribas do Rio Pardo e Inocência vem para transformar o que um dia foi pasto e teve o boi como motor econômico. De ar rural, os municípios se preparam para tornarem-se grandes potências, em um curto espaço de tempo, a partir das plantações de eucalipto. A mudança de cenário, iniciada em Três Lagoas, traz um futuro de expectativas e também grandes desafios.

Com pouco mais de 25 mil habitantes, Ribas do Rio Pardo, distante 102 quilômetros de Campo Grande, já sente o impacto da instalação da fábrica de celulose da Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos a partir do eucalipto. “São dois canteiros de obras na cidade”, descreve o prefeito João Alfredo, lembrando que a unidade vai ficar a 10 quilômetros do perímetro urbano, o que leva as mudanças estruturais a ocorrerem simultaneamente.

No município, as obras de infraestrutura vão desde a implantação das vias de mão única, inexistentes até então, até a ampliação do hospital municipal, com a instalação de 10 leitos de UTI e 20 novos leitos de enfermaria. Parte da nova estrutura está prevista o Plano Básico Ambiental (PBA), com um investimento social de R$ 48 milhões nas áreas de saúde, educação, habitação, segurança pública e segurança no trânsito do município.

De acordo com o diretor de engenharia de obra da nova fábrica da Suzano, Maurício Miranda, o empreendimento receberá investimento total de R$ 19,3 bilhões, sendo considerado o projeto mais eficiente da empresa em função do baixo nível de emissão de carbono previsto após o início de operação.

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Já as ações junto à comunidade, somam mais de 20 iniciativas que incluem o apoio a projeto habitacional; a adequação do trevo de acesso à cidade na BR-262; a implantação de uma nova delegacia de Polícia Civil; uma nova base para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-262; além de apoio na melhoria da estrutura física da Polícia Militar para comportar o aumento do efetivo, o que possibilitará a transformação do batalhão em companhia.

Há ainda ações de apoio técnico a agricultores familiares dos assentamentos Avaré e Mutum iniciarem a produção de alimentos por meio do Sistema Agroflorestal (SAF); investimento na qualidade do ensino

Mão de obra qualificada é com o Senai

A mão de obra qualificada está entre os grandes desafios para que as indústrias de celulose passem a funcionar a todo vapor, em Mato Grosso do Sul. O Sistema Fiems, através do Senai, assume papel estratégico neste sentido seja pelo trabalho reconhecido, seja pela a capacidade estrutural de estar presente em vários lugares. Somente neste ano, o Senai, em parceria com a Suzano, formou 197 novos técnicos e técnicas para atuar nas áreas de eletrotécnica, mecânica, automação e química. Para incentivar a comunidade a se inscrever e a participar das qualificações, são oferecidos benefícios atrativos, como bolsaauxílio e alimentação.

O aluno do terceiro ano do Ensino Médio, Eduardo Rafael Soares, morador de Ribas do Rio Pardo de 19 anos, é um dos que aproveitou a oportunidade para se qualificar no curso de mecânico de máquinas florestais. Antes disso, o jovem estava trabalhando em um

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frigorífico em Santa Rita do Pardo. Voltou há cerca de seis meses na expectativa de arranjar um emprego na cidade. “Planejo um futuro aqui, a partir de agora”, ressaltou. A qualificação também atraiu quem já tinha uma vida de serviços prestados. Aposentado da Marinha do Brasil, Gerson Nascimento de Souza, 50 anos, já se qualificou no curso de mecânico comboísta e agora vai em busca de uma segunda formação como mecânico de máquinas florestais. “A deficiência de mão de obra está grande. É praticamente impossível uma empresa dar bolsa-auxílio, alojamento, alimentação e nos qualificar, mas Suzano está fazendo isso”, ressaltou.

Após a conclusão de cada qualificação, grande parte das pessoas que concluem os cursos são convidadas para atuar nas operações da empresa. Aquelas que não conseguem uma oportunidade na indústria, estão qualificadas no mercado de trabalho para atuarem em outras empresas.

Com início das obras previstas para o primeiro trimestre de 2025, a fábrica da Arauco também vai necessitar de parcerias com o Senai para qualificação de mão de obra. Conforme o diretor de desenvolvimento e novos negócios do Grupo Arauco no Brasil, Mário Neto, em virtude da escala do empreendimento, os principais desafios são: a preparação da infraestrutura do município e a capacitação das pessoas para receber o projeto e suas diferentes demandas. “Para fazer frente a estes desafios precisaremos muito da ajuda do Sistema Fiems atuando junto com o governo, o município e a Arauco”, destacou.

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Centro Integrado Sesi Senai

Para ajudar a suprir as demandas educacionais de Ribas do Rio Pardo, a Fiems prepara o início das obras do Centro Integrado Sesi Senai (CISS). Em setembro do ano passado, o presidente Sérgio Longen lançou a pedra fundamental da construção. A unidade vai atender as demandas surgidas pela instalação da Suzano.

A área de 16 mil metros quadrados, doada pela prefeitura, fica próxima à rodovia BR-262, que corta a zona urbana da cidade. Assim que começarem as obras para tirar do papel um projeto arquitetônico moderno, a expectativa é de que sejam concluídas em 18 meses.

O Centro Integrado vai oferecer cursos de formação profissional do Senai e serviços de saúde, educação, cidadania e lazer do Sesi. A meta é atender 350 pessoas mensalmente na unidade.

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público em parceria com a prefeitura por meio do desenvolvimento profissional de educadores e do envolvimento comunitário com foco na aprendizagem de estudantes, além de programas de apoio à gestão municipal em relação ao desenvolvimento territorial.

“Acreditamos que a nossa chegada a Ribas do Rio Pardo é um marco importantíssimo para o desenvolvimento sustentável do município - por meio da geração de emprego e renda - e de divisas para a cidade, além dos programas sociais que a Suzano está implementando”, ressaltou o diretor.

O prefeito João Alfredo lembra quando a implantação da fábrica ainda era um sonho distante. Ainda em 2014, quando não tinha sido eleito, lembra de debater o assunto em audiência pública e descreve a situação do município até então. “Ribas, historicamente, estava numa situação de decadência econômica e desemprego”, relembra.

Com o anúncio do início das obras,

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no ano passado, o que era apenas uma possibilidade distante, tornouse algo concreto, mas pegou muitos de surpresa. “O projeto representa o renascimento do município. Ou seja,

uma nova Ribas que está surgindo. Uma Ribas com pleno emprego, qualificação da mão de obra e uma cidade em que a população vai ter orgulho de morar”, afirma o gestor.

O impacto no orçamento da cidade vem com menos de um ano do início das obras. A receita, que no ano passado foi de R$ 120 milhões, tem previsão de atingir os R$ 200 milhões em 2022. A expectativa é tornar-se a quinta economia do Estado. Até então, o município ocupava o 12º lugar.

Se em Ribas, a obra já gera grandes transformações, em Inocência as mudanças devem ser ainda mais impactantes para os pouco mais 7,5 mil habitantes. Com obras anunciadas em junho deste ano, a Arauco será a quinta indústria de celulose a se instalar em Mato Grosso do Sul.

A gigante chilena é uma das principais madeireiras da América Latina e é pioneira entre as empresas florestais do mundo a ser certificada como carbono neutro. A proposta sustentável, ancorada nas práticas de ESG (Meio Ambiente, Sociedade e Governança), prevê atuação direta com a comunidade local.

No município, o projeto tem como diferencial a distância do perímetro

25.310 habitantes

PIB R$ 1,123 bilhão

Crescimento de 6% nos últimos 5 anos. Ribas do Rio Pardo conta com a 23ª maior população entre os municípios do MS. Crescimento nominal de 214% nos últimos 10 anos. Ribas do Rio Pardo conta com o 21º maior PIB entre os municípios do MS. Entre os setores econômicos, o PIB de Ribas do Rio Pardo está dividido da seguinte forma: 61% Agropecuária 17% Adm. Pública 15% Serviços 7% Indústria Considerando apenas os 20 municípios com população entre 20 mil e 30 mil habitantes a cidade de Ribas do Rio Pardo apresenta o 7º maior PIB.
é

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urbano. Serão 47 quilômetros até o local de instalação da indústria, o que ajuda no melhor planejamento das transformações.

De acordo com o diretor de desenvolvimento e novos negócios do Grupo Arauco no Brasil, Mário Neto, a previsão é de investir US$ 3 bilhões, equivalente a R$ 15 bilhões de reais no Projeto Sucuriú. “Queremos deixar um legado positivo para as futuras gerações”, ressaltou.

A instalação é fundamentada em estudos e análise de cooperação com o município e o Governo Estadual, apoiados por especialistas da área de planejamento urbano, para definição da melhor forma de atender os colaboradores que construirão a fábrica, incluindo a localização e a quantidade de alojamentos, e garantindo a convivência harmônica com a comunidade.

“Questões fundamentais como qualidade de vida dos moradores da cidade, infraestrutura básica e sustentabilidade de Inocência e de nossa operação, conectividade, bem como acesso aos serviços básicos, como saúde, bancários, entre outros, também foram considerados nestes estudos”, explicou Neto.

Quem voltou, quem passa e quem fica

O fato de ser cortada pela BR-262 sempre fez de Ribas do Rio Pardo um local de passagem. A chegada da indústria, no entanto, fez com que a cidade recebesse muito além de caminhoneiros e comerciantes de gado. Fez com quem foi embora, voltasse; quem não conhecia, fixasse residência; e quem já morava, não pensasse mais em deixar o interior.

É em torno do impacto populacional que se dão as grandes mudanças trazidas pela instalação da Suzano para a cidade. De acordo com o prefeito João Alfredo, atualmente, o município conta com 5,5 mil pessoas ligadas a obra. Quase 20% a mais da população atual. Além disso, há cerca de 3 mil pessoas indiretamente

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965 empresas com pelo menos 1 empregado formal (RAIS – 2020 Último ano disponível) Distribuídos da seguinte forma: 69,7% 671 empresas Agropecuária - 671 12,5% 121 empresas Comércio - 121 3,5% 35 empresas Indústria de Transformação, Extrativa e Serv. Industriais 0,5% 5 empresas Indústria da Construção
MS INDUSTRIAL | 2022 • 39 10.491 trabalhadores com carteira assinada Crescimento de 68,6% em relação ao final do ano passado. Em 2022, até o mês de setembro, foram criados 4.268 novos postos formais de trabalho no município. AGROPECUÁRIA 4.031 trabalhadores com carteira assinada (589 empregos criados em 2022) SERVIÇOS 1.234 trabalhadores com carteira assinada (456 empregos criados em 2022) INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 3.068 trabalhadores com carteira assinada (2.849 empregos criados em 2022) INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO, EXTRATIVA E SERV. INDUSTRIAIS 1.113 trabalhadores com carteira assinada (246 empregos fechados em 2022) INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 1.045 trabalhadores com carteira assinada (128 empregos fechados em 2022) ACESSE AS FOTOS DESTA MATÉRIA

ligadas ao empreendimento. “Então, nós temos quase 8 mil pessoas a mais na cidade. Em janeiro do ano que vem, teremos 10 mil pessoas ligadas a obra”, calcula.

Abrigar tais pessoas está entre os principais desafios da gestão municipal e da própria indústria. O prefeito estima a necessidade de construção de 6 mil casas populares. Além dos alojamentos necessários para o andamento das obras, a prefeitura precisou construir uma Casa de Passagem, de responsabilidade da Secretaria Municipal de Assistência Social. O local visa dar respaldo principalmente aos que tentam se “aventurar” na cidade em busca de emprego. O número de viajantes também aumentou. Porém, o local chegou a abrigar até censores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

As empresas prestadoras de serviço na instalação da Suzano recorrem aos alojamentos para garantir a mão de obra. Tem quem viu potencial de negócio e trouxe estruturas antes instaladas nas obras da Usina de Belo Monte, no Pará. Desta forma, verdadeiros bairros surgem nos descampados da cidade.

Construído a cerca de sete meses, o alojamento Tucumann Engenharia possui 300 quartos, quadra de areia, lavanderia, refeitório e área de convivência, além de gerador próprio de energia.

O espaço acaba sendo reflexo da logística necessária a construção de uma indústria. Histórias de norte, nordeste e centro-oeste se cruzam para concretizar o projeto. Há quem veio por necessidade e não vê a hora de voltar para casa, como é o caso do pedreiro, Alexandro da Silva de Souza, 42 anos.

De Salvador, ele relata que os trabalhos ficaram escassos na Bahia com o início da pandemia. A alternativa para sustentar a família foi procurar emprego em outro Estado. “Viemos para longe, porque precisamos trabalhar. Mas dizer que é fácil, não é”, relata. A distância, no entanto, tem garantido a

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7.566 habitantes PIB R$ 472,7 milhões Redução de 1% nos últimos 5 anos. Inocência conta com a 18ª menor população entre os municípios do MS. Crescimento nominal de 215% nos últimos 10 anos. Inocência conta com o 44º maior PIB entre os municípios do MS. Entre os setores econômicos, o PIB de Inocência está dividido da seguinte forma: 64% Agropecuária 16% Serviços 14% Adm. Pública 6% Indústria Considerando apenas os 26 municípios com população até 10 mil habitantes a cidade de Inocência apresenta o 4º maior PIB. 446 empresas com pelo menos 1 empregado formal (RAIS – 2020 Último ano disponível) Distribuídos da seguinte forma: 73,5% 328 empresas Agropecuária 14% 63 empresas Comércio 10% 44 empresas Serviços 2% 9 empresas Indústria de Transformação, Extrativa e Serv. Industriais 0,5% 2 empresas Indústria da Construção

comida na mesa.

Ao mesmo tempo que fez gente se deslocar de longe, a obra oportunizou que outros se fixassem ao lado da família. O estudante de Educação Física, Caio Guilherme, 20 anos, já saiu do município mais de uma vez para trabalhar e hoje atua como porteiro no alojamento. “Aqui sempre foi uma cidade mal estruturada de emprego. Não tinha nada. Hoje está melhorando bastante”, relata Natural de Ribas, agora ele tem oportunidade de continuar a morar com a mãe e vislumbra um futuro mais estável na cidade. Além dele, outras pessoas da família foram contempladas com emprego de boa remuneração depois que a Suzano começou a se instalar no local.

Com mais pessoas da cidade, outras atividades econômicas adquiriram maior potencial. A expansão do setor hoteleiro, por exemplo, é evidente. Só no trecho de rodovia é possível ver pelo menos cinco hotéis em construção, outros em reforma e até um de contêineres, entregando o caráter urgente da demanda.

Mesmo que ainda esteja em obras, o Cerrado Plaza Hotel já recebe hóspedes. A ideia é entregar 204 quartos quando tudo estiver pronto. Até o início deste mês, 140 estavam prontos para uso e 80 estavam ocupados. “A construção foi rápida e a ideia é realmente proporcionar esse avanço na parte de hospedagem da região”, explica a gerente Juliana Placco.

Assim como para a indústria, a mão de obra também é desafio para o estabelecimento. A gerente relata dificuldade para contratar. O local precisa de pelos 45 funcionários, mas opera apenas com 15.

Quando Ricardo Alegre, 40 anos, veio do interior de São Paulo, há sete anos, a instalação da Suzano na cidade era apenas um sonho distante. Proprietário de um restaurante, ele teve que contratar mais gente e fazer adequações no negócio para atender a nova demanda. “Servíamos em média 70 refeições por dia e hoje a gente serve em torno de 170. Estamos bastante otimistas

a chegada da indústria”,

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AGROPECUÁRIA 790 trabalhadores com carteira assinada (6 empregos criados em 2022) SERVIÇOS 163 trabalhadores com carteira assinada (13 empregos criados em 2022) COMÉRCIO 251 trabalhadores com carteira assinada (25 empregos criados em 2022) INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO, EXTRATIVA E SERV. INDUSTRIAIS 136 trabalhadores com carteira assinada (22 empregos fechados em 2022) INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 36 trabalhadores com carteira assinada (12 empregos fechados em 2022) 1.376 trabalhadores com carteira assinada Crescimento de 0,73% em relação ao final do ano passado. Em 2022, até o mês de setembro, foram criados 10 novos postos formais de trabalho no município. ACESSE AS FOTOS DESTA MATÉRIA
com
ressaltou.
42 • MS INDUSTRIAL | 2022 senai

EMPREGO GARANTIDO

Em Mato Grosso do Sul, 80% dos ex-alunos dos cursos técnicos do Senai são empregados no mercado formal

Aqualidade dos cursos oferecidos pelo Senai, somada às inúmeras oportunidades de trabalho presentes em Mato Grosso do Sul, têm impacto real na vida das pessoas. Pesquisa de acompanhamento de egressos do Senai, edição 202022, mostrou que 81,2% dos ex-alunos formados em cursos técnicos da instituição no Estado saem com emprego no mercado formal.

Mesmo os cursos de qualificação profissional, de menor carga horária, fazem a diferença para quem quer ingressar no mercado. Conforme o levantamento, 66,8% dos formados possuem vínculo empregatício, seja com carteira assinada ou no setor público.

Para o diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, são mais de 20 mil vagas disponíveis atualmente e os cursos da instituição podem ser determinantes para uma contratação em um bom cargo. “O potencial é muito alto. Os alunos terminam de estudar em qualquer um dos nossos cursos e praticamente já saem empregados”, ressaltou.

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Conforme a pesquisa, os índices no Estado superam os nacionais. No Brasil, 64,8% dos egressos de cursos de qualificação estão em empregos formais, enquanto em nível técnico o porcentual é de 74%.

Mangialardo atribui também a abrangência da instituição tanto na oferta de cursos quanto de estrutura física o sucesso dos números. “Se preciso for, levamos os laboratórios e levamos as carretas para os alunos colocarem a mão na massa onde quer que seja”.

Da sala de aula direto para o mercado

Foi justamente a capacidade de mobilidade das estruturas e equipes do Senai que levaram a Luiza Valentina de Melo Pina a se formar no curso técnico de administração. Moradora do município de Ivinhema, ela fez as aulas nas unidades móveis instaladas no pátio da Adecoagro, empresa produtora de alimento e energia renovável instalada no município, onde hoje a jovem trabalha.

Em 2019, Luiza participou do programa de aprendizagem industrial. “Para uma jovem de 16 anos, entrar em uma multinacional é uma responsabilidade muito grande. O preparo que o Senai me deu gerou confiança em mim mesma”, lembrou.

Depois de dois anos como aprendiz, a jovem foi efetivada e agora também cursa o sexto

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semestre do curso superior em Administração. “Até então, eu não sabia o que queria de fato e eu me apaixonei pela Administração. Já penso em me especializar na área, pois abrange muitas oportunidades”, afirmou.

A motivação para dar continuidade aos estudos também é uma marca entre os ex-alunos do Senai. Conforme a pesquisa de egressos, 43,9% dos que se qualificaram se mantêm estudando, enquanto em nível técnico o índice é de 35,6%.

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“O potencial é muito alto. Os alunos terminam de estudar em qualquer um dos nossos cursos e praticamente já saem empregados.”
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46 • MS INDUSTRIAL | 2022

TREINANDO LÍDERES

Com relatos de promoção e de crescimento profissional, IEL é referência em treinamento de líderes.

Divisor de águas na carreira, evolução no aperfeiçoamento pessoal e mudança de visão profissional estão entre as principais definições citadas pelos novos líderes formados pelo treinamento de liderança do IEL. A regra é simples, nem todos entram líderes, mas todos saem, e isso não está relacionado a função propriamente dita, e sim a

postura profissional adotada após uma imersão profunda em temas que desenvolvam as habilidades de liderança.

Durante o treinamento, os participantes trocam experiências e têm acesso a ferramentas importantes para ampliar as técnicas de liderança dentro e fora da empresa onde atuam, trabalhando temas como autoconhecimento, gestão do

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tempo, inteligência emocional, produtividade e outras técnicas fundamentais para exercer a liderança dentro de suas funções.

A gerente de gestão e negócios do IEL, Jackeline Magalhães, explica que o programa de liderança foi desenvolvido justamente com o objetivo de ensinar cada um a extrair sua melhor versão dentro do ambiente profissional e consequentemente na vida pessoal. “Ser um líder é assumir responsabilidades e coordenar a situação da melhor maneira para direcionar a equipe. A liderança adequada também aumenta as chances do profissional dentro da empresa ou instituição em que atua”.

Experiente no assunto e responsável por conduzir as últimas edições, a Master Coach Mariluce Lemos, reforça a importância de conhecer as ferramentas de liderança para obter sucesso profissional e pessoal. “A maior lição foi ter clareza do que queremos, quais são nossas prioridades e isso está presente no nosso dia-a-dia. Precisamos definir as prioridades, metas daquilo que realmente é importante. Manter-se ocupado nem sempre é estar sendo produtivo”.

Academia de líderes do

IEL proporciona troca de experiências e crescimento profissional

Para o acadêmico de administração Igor Borges, o treinamento foi um divisor de águas na carreira, o estudante iniciou o treinamento como estagiário e durante o curso foi desenvolvendo sua capacidade de liderança e conseguiu uma promoção na empresa. “A academia me proporcionou um olhar diferente sobre mim mesmo, durante todo o treinamento falamos sobre autoconhecimento, aprendi a reconhecer meus pontos fortes e fracos e a lidar com o próximo, estar com pessoas mais experientes fez muita diferença para meu aprendizado e posso dizer que o aprendizado, mudou minha visão enquanto profissional”.

Já o diretor administrativo da Inflex em Dourados, César Augusto Scheide, apostou no sucesso de toda a equipe, 14 colaboradores foram inscritos no treinamento. “Estamos otimistas com o resultado, acreditamos que o aperfeiçoamento das técnicas de análise e de gestão é muito importante para todo profissional que lidera pessoas, inclusive como ferramenta para evoluir suas características pessoais”.

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IEL

Conheça o programa de treinamento de líderes do IEL

O programa de liderança do IEL é estruturado com base em três pilares, o primeiro deles é o “Eu”, que trabalha o olhar para dentro, estimulando, por exemplo, o autoconhecimento, as forças e as vulnerabilidades, a chamada auto responsabilidade. O segundo pilar é “O Outro”, que desenvolve as interações e os relacionamentos necessários para o resultado, trabalhando temas como gestão de conflitos, empatia, cooperação e a união da equipe. Já o terceiro pilar é “O Meio”. Nessa etapa, o líder aprende a importância de criar um ambiente propício para seus resultados, nessa fase são trabalhados temas como a criatividade, a cultura, a saúde, a qualidade de vida no trabalho e o foco na solução.

Ficou interessado ?

A agenda de 2022 já está no fim, mas novas turmas serão formadas para 2023, não fique de fora. É só acessar o site: www.iel.org.br ou ligar nos telefones: (67) 3044-2113/2111.

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ONDE ESTUDAR EM 2023?

Escola Sesi prepara várias novidades para incrementar a qualidade do ensino oferecido em suas sete unidades.

Fim de ano é época de os pais decidirem onde os filhos vão estudar no ano seguinte. Entre as diversas opções de matrícula no mercado, a Escola Sesi se apresenta com uma proposta pedagógica inovadora e sintonizada com o futuro. Da educação infantil ao ensino médio, a Escola Sesi está com matrículas abertas em suas sete

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unidades: Campo Grande, Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Maracaju, Naviraí e Aparecida do Taboado.

O currículo escolar conta com aulas de programação de jogos, inglês personalizado, empreendedorismo, robótica e estrutura para esportes. Entre as vantagens de ser aluno do Sesi, estão: plataformas de aprendizado direcionadas para gamificação; aprendizagem em 3D; ampliação do tempo de estudo do ensino médio; LEGO curricular (ensino fundamental e médio); aprimoramento da proficiência na matemática; iniciação científica; entre outros.

Com uma proposta pedagógica inovadora, a Escola Sesi proporciona aos alunos a possibilidade do exercício da liderança, do trabalho em equipe, da criatividade e da solução de situaçõesproblema. Esta é uma experiência de aprendizagem estimulante, vivenciada de forma imersiva e tecnológica. Na Escola Sesi, o aluno adquire valores e atitudes que são levados por toda a vida.

EXCELÊNCIA ACADÊMICA

Já temos feito um trabalho forte de preparação dos alunos para o Enem, mas a partir de agora vamos ampliar essa preparação para os vestibulares das principais universidades do Estado, como UFMS, UFGD e UEMS. Além disso, investiremos em aulas de reforço aos estudantes do ensino fundamental, para auxiliá-los a superar as dificuldades de aprendizado impostas por dois anos de pandemia.

GRADE ESTENDIDA DE INGLÊS

Nosso plano é ampliar a carga horária do ensino de língua estrangeira em nossas unidades. Todo o ensino fundamental terá três aulas de inglês por semana, o triplo do que vêm sendo praticado em 2022. Teremos núcleos de inglês para preparar nossos próprios materiais e, com isso, oferecer aulas de forma mais assertiva aos alunos.

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ENSINO PARA 2023
PILARES DE

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EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

Nós, do Sesi, acreditamos que a robótica educacional não se resume a montar e a programar robôs. Em nossas escolas, os alunos são protagonistas do processo de aprendizado e desenvolvem habilidades e valores que são levados por toda a vida. Por isso, a robótica vai estar cada vez mais presente nas disciplinas da grade curricular. O foco na robótica continua, pois está no DNA do Sesi. A partir de agora, as aulas serão mais frequentes e presentes em outras disciplinas, além da matemática.

Para 2023, a Escola Sesi está preparando várias novidades para incrementar a qualidade do ensino oferecido em suas sete unidades. O gerente de educação do Sesi, Filipe Simões Alves Corrêa, explica que o currículo disciplinar será estruturado em quatro pilares: excelência acadêmica, grade estendida de inglês, educação tecnológica e apoio ao esporte.

Começaremos a implantar dois programas de apoio à prática esportiva. O primeiro é o Programa Atleta do Futuro (PAF), uma experiência bem-sucedida na rede Sesi e que leva iniciação esportiva aos alunos no contraturno escolar. Esse é um programa de desenvolvimento de habilidades esportivas, não necessariamente ligado a uma modalidade específica. A outra estratégia é o Programa de Incentivo ao Atleta (PIA), direcionado a alunosatletas de alto rendimento. Nesse contexto, queremos investir em escolinhas nas unidades onde houver estrutura para isso. O objetivo é oferecer apoio não apenas ao atleta, mas também ao esporte sul-mato-grossense de modo geral.

Filipe enumera as principais vantagens competitivas da Escola Sesi frente à concorrência. “Seu filho vai ter acesso a coisas que nenhuma outra escola oferece, em termos de investimento em tecnologia, materiais e infraestrutura. Em nossa escola, tudo é criado e desenvolvido para que sejamos o melhor possível. Buscamos oferecer uma escola capaz de pensar nas necessidades futuras do aluno, ou seja, quais as habilidades e competências que esses jovens vão precisar daqui a cinco ou dez anos. Temos condições de ser inovadores, sem perder excelência acadêmica. Esse é o grande diferencial do Sesi”, conclui o gerente de educação.

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dicas

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A nova realidade nos obriga a viver conectados, mas para muitos idosos, a inclusão digital é um tema difícil. Foi pensando em eliminar barreiras entre a tecnologia e os idosos que o Sesi criou o Projeto 60+. O objetivo principal é auxiliar as pessoas com mais de 60 anos a lidar com o grande fluxo de informações do mundo virtual e se conectar à internet, seja por meio do celular ou do computador. O curso é oferecido gratuitamente nas unidades da Biblioteca da Indústria do Conhecimento do Sesi, que está presente em 44 municípios do interior de Mato Grosso do Sul. Além de terem acesso a computadores com conexão à internet nas bibliotecas, os alunos também aprendem com uma cartilha: o bêa-bá digital. O livro reúne

conhecimentos essenciais para que os idosos aproveitem ao máximo o mundo digital. A ideia é torná-los seguros para fazer uso de aplicativos que antes eram desconhecidos ou pareciam de difícil acesso. Por meio do Projeto 60+, idosos poderão realizar encontros online, participar de salas de conversação, aprender a gravar e encaminhar vídeos, escrever mensagens, entre outros. O principal motivo por trás de tudo isso é aproximá-los dos amigos, dos familiares e dos netos.

54 • MS INDUSTRIAL | 2022

É importante deixar o celular parado em uma posição em que os outros consigam vê-lo o tempo todo. Isso é essencial para que todo mundo possa interagir adequadamente. Para isso, o ideal é estabilizar o celular em alguma superfície (como uma mesa, por exemplo) e apoiá-lo com algum objeto atrás.

Se a reunião por vídeo for uma espécie de aula, é importante que todos os participantes (exceto o professor) deixem os microfones desativados, para que todo mundo possa ouvir o mediador da reunião. E claro, não esqueça de ativá-lo novamente quando quiser falar!

1) O autor da notícia ou do vídeo não informa de onde ele retirou a informação, cita apenas “um médico descobriu” ou “foi feito um estudo”.

2) Verificar a data de publicação. A notícia pode ser verdadeira, porém “velha”, e acabar induzindo o leitor ao erro.

3) Verificar o mesmo assunto em outros sites. Quando uma notícia é verdadeira, geralmente é divulgada em vários meios de comunicação.

4) Observar se o site ou vídeo em questão é de conteúdo humorístico.

5) Leia a notícia até o fim, pois o título pode ser verdadeiro, mas escrito de forma sensacionalista, sem relação com o conteúdo da matéria.

As empresas nunca pedem informações pessoais ou financeiras, então, cuidado! Se recebeu uma mensagem pedindo para clicar em algo, desconfie. Geralmente, golpistas usam indevidamente o nome de empresas conhecidas e enviam mensagens acompanhadas de links que parecem legítimos, afinal, as mensagens vêm disfarçadas. Entretanto, esse link te levará a um site que irá coletar suas

informações pessoais para algum fim. Portanto, não abra os links enviados por mensagem desconhecida. Caso abra, não insira seus dados ou nenhuma conta.

Se receber uma mensagem de lojas que você nunca comprou um produto ou desconfiar do tipo de mensagem, mesmo que seja de uma loja com nome conhecido, nunca clique em nenhum link.

MS INDUSTRIAL | 2022 • 55
REUNIÕES POR VIDEOCHAMADA FAKE NEWS: COMO SABER SE UMA NOTÍCIA É FALSA?

PRODUÇÃO INDUSTRIAL EXPORTAÇÃO

63% 66%

das empresas industriais de Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade. dos empresários industriais disseram que, a utilização da capacidade instalada esteve igual ou acima do usual para o mês, sinalizando queda de 4 pontos percentuais na comparação com a última pesquisa.

US$ 4,28 bilhões

Receita total acumulada em 2022.

Crescimento de 8% em relação ao mesmo período de 2021.

US$ 481,1 milhões

A receita com a exportação de produtos industriais em outubro.

Quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 72% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul. Enquanto no acumulado do ano, a participação está em 61%.

56 • MS INDUSTRIAL | 2022 radar industrial
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ATIVIDADES INDUSTRIAIS

QUE MAIS ABRIRAM VAGAS NO ACUMULADO DO ANO:

Construção de edifícios (+3.139)

Obras de acabamento, instalações e serviços espec. (+1.911)

Obras de infraestrutura (+1.292)

Fabricação de açúcar (+1.034)

Fabricação de álcool (+958)

Fabricação de brinquedos e jogos recreativos (+656)

Abate de bovinos (+638)

Fabricação de celulose (+497)

11.659 vagas

Abertas pela indústria de janeiro a setembro.

Com esse resultado, o conjunto da atividade industrial foi responsável por

27% do total de vagas abertas em Mato Grosso do Sul no período indicado.

MUNICÍPIOS

QUE MAIS EMPREGARAM

Ribas do Rio Pardo (+3.095)

Campo Grande (+2.198)

Três Lagoas (+1.103)

Aparecida do Taboado (+850)

Dourados (+512)

Nova Andradina (+455)

Rio Brilhante (+426)

MS INDUSTRIAL | 2022 • 57
58 • MS INDUSTRIAL | 2022 INDICADOR DE ARRECADAÇÃO Evolução ICMS mato grosso do sul R$ milhões 2021 2022 1.046 1.015 1.074 1.156 JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO Janeiro a dezembro de 2021 janeiro a setembro de 2022 r$ 13.831.325.628 r$ 11.417.518.143 janeiro a setembro de 2021 r$ 10.109.194.594 Variação No
12,94% 1.198 1.158 1.069 1.121 1.173 1.207 1.247 1.237 1.235 1.251 1.207 1.260 1.259 1.294 1.264 1.421 1.356 Fonte: Boletim de arrecadação de tributos estaduais
CONFAZ
COMPORTAMENTO EM RELAÇÃO AO MÊS ANTERIOR EXPECTATIVA DO MERCADO • DESEMPENHO ESPERADO EM 2022 Fonte: Banco Central do Brasil - Boletim Focus de 29 de Novembro e 28 de Outubro (Último boletim disponível - Acesso em 29/11) 5,61 5,20 13,75 2,76 74,21 -4,24 VARIÁVEIS Índice oficial de inflação - IPCA (%) Taxa de câmbio fim de período (R$/US$) Taxa básica de juros Selic fim de período (%a.a.) PIB (% do crescimento) Investimento Direto no País (US$ Bilhões) Inflação dos Preços Administrados (%) OUTUBRO (28/10) = Estável Aumento 5,91 5,27 13,75 2,81 80,00 -3,55 Aumento (piora) NOVEMBRO (25/11) Aumento (melhora) Aumento (melhora) Queda menos intensa (piora) quanto você pagou ? BAIXE OS GRÁFICOS
período
-
/ Ministério da Economia. Elaboração: SFIEMS COEP

Quem te conhece Que te compre

Quentinho, com casquinha crocante, muito recheio e sabor. Desde a criação, a principal proposta da receita é que o doce fosse servido logo após sair do forno para realçar ainda mais os sabores. A marca sul-mato-grossense nasceu em 2016, fundada pela empresária Natalie Pavan, em Campo Grande. Com um toque especial, Natalie começou a vender os cookies em frente a escolas e não demorou muito para as encomendas chegarem e uma nova marca de sucesso nascer, a My Cookies.

“É um desafio diário e muito amor na receita”, revela a empresária que protagoniza uma história digna de um bom livro. Tudo começou com um quiosque alugado dentro de um supermercado, nessa época a aposta era grande, “tudo ou nada”, já que o aluguel do mesmo mês seria pago com as vendas realizadas. A intuição da empresária estava certa, afinal, esse seria apenas o primeiro espaço de uma rede que estava prestes a surgir e uma marca que conquistaria milhares de pessoas.

“Ter nascido aqui no Estado é uma honra gigantesca, as pessoas sempre perguntam se a My Cookies é uma franquia de fora, de uma grande capital, poder responder que somos sul-mato-grossenses só nos enche de orgulho”, conta a empresária.

O sucesso fez com que novos produtos fossem criados, atualmente a marca tem no cardápio brownies, cafés, bebidas refrescantes e até sorvetes. A franquia virou um negócio rentável para vários empreendedoras que, a partir da marca, começaram novas lojas e ampliaram as vendas dos produtos. Atualmente são mais de 50 unidades espalhadas por Mato Grosso do Sul e outros nove Estados brasileiros, entre eles Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Maranhão.

Outro detalhe, que segundo a empresária faz toda diferença na qualidade dos produtos, é o padrão na produção dos doces. Os cookies são produzidos na fábrica e enviados para todas as franquias, mantendo assim o formato, o tamanho e especialmente o sabor.

My cookies é a empresa sulmato-grossense de sucesso que já tem mais de 50 franquias espalhadas pelo Brasil.

Conheça mais sobre a My Cookies

Sindicato Presidente Telefone E-mail

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA ALIMENTAÇÃO DE CORUMBÁ - SIACO CORUMBÁ

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS EXTRATIVAS DE CORUMBÁ - SINDIECOL CORUMBÁ

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE CORUMBÁ - SINDICOM CORUMBÁ

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO DE CORUMBÁ - SINDIVESC CORUMBÁ

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DE CORUMBÁ - SIMEC CORUMBÁ

SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO DO ESTADO DE MS - SINDUSCON CAMPO GRANDE

Edis Gomes da Silva 99987-1604 edis@fiems.com.br

Irma Tinoco Atagiba Asseff 99925-8687 irma.lindinha@hotmail.com

Alfredo Fernandes 99983-8477 aefe@terra.com.br

Lenise de Arruda Viégas 99962-2471 la_viegas@hotmail.com.br

Marcelo de Carli 98126-5758 postofronteirao@terra.com.br

Amarildo Miranda Melo 3387-8884 3387-1608 superintendencia@sindusconms.com.br

SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO, TECELAGEM E FIAÇÃO DE MS - SINDIVEST CAMPO GRANDE

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DO ESTADO DE MS - SIMEMAE CAMPO GRANDE

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDIGRAF CAMPO GRANDE

José Francisco Veloso Ribeiro 3324-1963 sindivestms@fiems.com.br veloso@fiems.org.br

Nilvo Della Senta 3324-1963 simemae@fiems.com.br

Altair da Graça Cruz 3325-6161 sindgraf@uol.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA DO ESTADO DE MS - SINDEPAN CAMPO GRANDE

SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS IND. DE MÓVEIS EM GERAL, MARCENARIAS CARPINTARIAS, SERRARIAS, TANOARIAS, MADEIRAS COMPENSADAS E LAMINADAS, AGLOMERADOS E CHAPAS DE FIBRAS DE MADEIRAS, DE CORTINADOS E ESTOFADOS NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDMAD CAMPO GRANDE

Marcelo Alves Barbosa 3324-1963 sindpan@fiems.com.br

Antônio Carlos Nabuco Caldas 3324-1963 sindmadms@fiems.org.br

60 • MS INDUSTRIAL | 2022
sindicatos

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDAL CAMPO GRANDE

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FABRICAÇÃO DO AÇÚCAR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDAÇUCAR CAMPO GRANDE

Roberto Hollanda 3324-3499 roberto.hollanda@biosulms.com.br erico.paredes@biosulms.com.br

Roberto Hollanda 3324-3499 roberto.hollanda@biosulms.com.br erico.paredes@biosulms.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DE PEQUENO E MÉDIO - SINERGIA CAMPO GRANDE

SINDICATO DAS EMPRESAS DO VESTUÁRIO INDUSTRIAL DA REGIÃO SUL DO MS - SINVESUL DOURADOS

Roberto Hollanda 3324-3499 roberto.hollanda@biosulms.com.br erico.paredes@biosulms.com.br

Gilson Kleber Lomba 3421-5995 sinvesul@hotmail.com

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PLÁSTICOS E PETROQUÍMICAS DE MATO GROSSO DO SUL - SINDIPLAST CAMPO GRANDE

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PAPEL E CELULOSE DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINPACEMS CAMPO GRANDE

Fabricio Berton 3324-1963 sindiplastms@fiems.com.br

Élcio Trajano 3324-1963 sinpacems@fiems.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SILEMS CAMPO GRANDE

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FRIO, CARNES E DERIVADOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SICADEMS CAMPO GRANDE

Milene de Oliveira Nantes 3324-1963 silems@fiems.com.br

Regis Comarella 3383-1511 sicadems.ind@gmail.com

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE CERÂMICAS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDICER CAMPO GRANDE

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDICAL CAMPO GRANDE

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA ALIMENTAÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SIAMS CAMPO GRANDE

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DOS VESTUÁRIO, TECELAGEM E FIAÇÃO DE TRÊS LAGOAS - SINDIVESTIL TRÊS LAGOAS

Natel Henrique Farias de Moraes 3324-1963 sindicer.ms@fiems.com.br

João Batista Camargo 3324-1963 sindicalms@fiems.com.br

Sérgio Marcolino Longen 3324-1963 sindicato@siams.org.br

Marcelo Galassi 3324-1963 sindivestms@fiems.com.br

MS INDUSTRIAL | 2022 • 61
Sindicato Presidente Telefone E-mail

DESAFIOS

E

OPORTUNIDADES

NA ECONOMIA DE BAIXO CARBONO

Relatórios recentes da Organização das Nações Unidas (ONU) alertam que o mundo deve acelerar a redução das emissões de gases de efeito estufa para conter o aquecimento global. Isso requer investimentos robustos na descarbonização da economia, e medidas voltadas à adaptação e à redução dos prejuízos causados por furacões, enchentes, secas e outros fenômenos extremos.

Em paralelo, é indispensável a adoção de políticas efetivas para garantir a segurança alimentar da população e para afastar o risco de desabastecimento de energia, dois problemas que se agravaram com a pandemia da covid-19 e com a guerra na Ucrânia.

Felizmente, o Brasil reúne as condições necessárias para ser um dos líderes do esforço global que visa a superação dessas adversidades. Para alcançar esse objetivo é fundamental que haja planejamento e vontade política.

É preciso combater o desmatamento ilegal e controlar as queimadas, sobretudo na Amazônia, o maior bioma do mundo.

Temos potencial para ampliar a capacidade de geração de energia limpa. Estamos entre os maiores produtores mundiais de alimentos e desempenhamos um papel relevante nas negociações do Acordo de Paris, o pacto multilateral que visa controlar o aumento da temperatura do planeta.

No ano passado, durante a 26ª Conferência das Nações Unidas para a Mudança do Clima (COP26), em Glasgow, na Escócia, o Brasil, em sintonia com as nações desenvolvidas, anunciou a ampliação de suas metas climáticas. Nos comprometemos a reduzir pela metade as emissões de gases de efeito estufa até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Também antecipou para 2028 o compromisso de zerar o desmatamento ilegal.

Os objetivos são ambiciosos. No entanto, o país pode alcançálos plenamente e se transformar em um líder mundial da transição para a economia de baixo carbono. Temos um extraordinário patrimônio natural em que se destacam a rica biodiversidade, a floresta amazônica e a maior reserva de água doce do planeta. Além disso, há muitos anos, empresários e governantes vêm implementando ações e políticas sustentáveis.

Nossa matriz energética, em que as fontes renováveis têm uma participação de quase 45%, é uma das mais limpas do mundo. Também somos um dos poucos países que podem ampliar esse percentual, sobretudo por meio da produção de hidrogênio verde e da instalação de parques eólicos em alto-mar.

O Brasil também foi pioneiro no desenvolvimento e no uso de biocombustíveis, confirmando que é possível combinar a produção de combustíveis renováveis e de alimentos com respeito ao meio ambiente. Também criou o RenovaBio, um programa que estabelece metas de descarbonização do setor e tem contribuído para o aumento da oferta de energia limpa no país.

A legislação ambiental brasileira é abrangente e dispõe de instrumentos avançados e de regras de proteção dos recursos naturais que atendem aos rigorosos preceitos mundiais. Para garantir a implementação do arcabouço normativo, desenvolvemos sistemas de controle e de monitoramento florestal por satélite que são considerados referência internacional.

Neste momento em que há risco de uma nova recessão global, as ações de combate às mudanças do clima devem ser combinadas com medidas que estimulem a retomada do crescimento econômico sustentado em todo o mundo para garantir a redução das desigualdades sociais e o bem-estar da população.

É igualmente importante rejeitar a imposição de barreiras

ambientais ao comércio internacional. Essas ações unilaterais podem causar enormes prejuízos às exportações brasileiras, atingindo, principalmente, setores produtivos menos organizados e fabricantes de produtos com baixa intensidade tecnológica. Há, ainda, a possibilidade dessas restrições afetarem os preços de matérias primas e insumos, elevando os custos dos segmentos que dependem de importações.

Por isso, é imprescindível que os setores público e privado mantenham um diálogo permanente sobre as políticas de meio ambiente e os compromissos climáticos que devem ser assumidos pelos países na COP27, que está sendo realizada no Egito.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vem acompanhando de perto as negociações internacionais e está ao lado dos empresários brasileiros na Conferência do Clima, pois as ações do setor produtivo são essenciais para o Brasil cumprir as metas do Acordo de Paris.

A indústria brasileira, que vem adotando medidas eficientes para a redução das emissões de gases do efeito estufa, tem sido fundamental para o estímulo dos investimentos em tecnologias limpas e para a criação de soluções voltadas à consolidação da economia de baixo carbono.

A CNI também tem incentivado as iniciativas empresariais e atuado para que o país adote uma estratégia nacional sólida que contribua para o enfrentamento dos desafios das mudanças climáticas. Defendemos que esse plano deve se basear em quatro pilares.

O primeiro é a transição energética, que requer a expansão do uso de fontes renováveis, o reconhecimento da importância dos biocombustíveis e o estímulo ao consumo racional de energia.

O segundo é a precificação do carbono e a adoção de um mercado baseado no sistema ‘cap and trade’, em que empresas com volume de emissões inferior ao autorizado podem vender o excedente para companhias que lançam uma quantidade maior de gases de efeito estufa na atmosfera. Isso ajudará os países a reduzir as emissões e estimulará os investimentos em tecnologias limpas.

O terceiro ponto relevante desse plano é a economia circular, que privilegia a reciclagem para diminuir a demanda por recursos naturais e outras matérias primas. Atualmente, o Brasil reaproveita quase 400 mil embalagens de vidro ao ano e recicla cerca 66% do papel consumido, 56% dos produtos de alumínio e 97% das latas de bebidas. Valorizar essas e outras práticas de reaproveitamento de resíduos e de outros materiais é fundamental para o futuro do planeta.

O quarto pilar é a conservação das florestas. Isso requer uma ação mais efetiva de combate ao desmatamento ilegal e de controle das queimadas, sobretudo na Amazônia, o maior bioma do mundo, que ocupa quase metade do território nacional e tem grande influência sobre o clima global.

Esse plano nacional e outras propostas da indústria para a descarbonização da economia vêm sendo amplamente discutidos com o setor produtivo e com outros segmentos da sociedade. Nossa expectativa é que as sugestões sejam consideradas nos projetos do governo eleito, ajudando o país a avançar nos próximos quatro anos e a construir um futuro mais sustentável, que ofereça oportunidades para todos os brasileiros.

O conteúdo publicado nesta página é de inteira responsabilidade do autor e as opiniões no texto não representam o posicionamento do Sistema Fiems

62 • MS INDUSTRIAL | 2022
artigo
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