Revista MS Industrial Ed.115

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sumário

06

diretoria

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editorial

08

charge

09

entrevista

12

Fala, indústria

28

giro da indústria

35

o ms que queremos

58

dicas

60

radar industrial

62

quanto você pagou?

64

sindicatos

66

artigo

PARA O ALTO E AVANTE Sesi investe no esporte escolar por meio de parcerias de sucesso e apoio à formação de alunos atletas. PG.54

futuro governador ? O presidente da Fiems, Sérgio Longen, recebeu os pré-candidatos a governador de MS. PG.14

inovação ISI Biomassa desenvolve novas fórmulas para cosméticos com apoio de agência de inovação da Suécia. PG.18

CARTÃO-POSTAL DE MS PARA O MUNDO Obra icônica aguardada há uma década, Bioparque Pantanal promete movimentar a indústria do turismo sul-mato-grossense. PG.30

Parceria pelo desenvolvimento Sistema Fiems e Sebrae/MS se unem para levar projetos que contribuem com a melhoria da qualidade de vida da população em todo o Estado. PG.36

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Educação e qualificação: construindo o caminho para liberdade Senai oferece cursos gratuitos aos internos do semiaberto durante reforma de escolas públicas e abre portas para ressocialização.

Mais perto das pessoas

PG.46

Made in MS

Depois de intervalo de quatro anos, Sistema Fiems retoma Ação Cidadania e leva serviços gratuitos para população do Estado. PG.22

CIN ajuda empresas sul-mato-grossenses a negociar com o mercado internacional. PG.50

SISTEMA FIEMS NA REDE Fique por dentro de tudo o que acontece no Sistema Fiems. /federacaofiems /sesi_ms /senai_ms /iel_ms

Quem te conhece que te compre Fábrica de chocolate orgânico traz experiência de conexão com a biodiversidade do Pantanal. PG.63

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diretoria 2019-2023 Presidente: Sérgio Marcolino Longen 1ª Vice-pres: Cláudia Pinedo Zottos Volpini 2º Vice-pres: Alonso Resende do Nascimento 3º Vice-pres: José Francisco Veloso Ribeiro Vice-Pres Regional: Luiz Claudio Sabedotti Fornari Vice-Pres Regional: Roberto José Faé Vice-Pres Regional: Romildo Carvalho Cunha Vice-Pres Regional: Lourival Vieira Costa Vice-Pres Regional: Gilson Kleber Lomba 1º Secretário: Silvana Gasparini Pereira 2º Secretário: Antônio Carlos Nabuco Caldas 3º Secretário: Zigomar Burille 1º Tesoureiro: Altair da Graça Cruz

Conselho Fiscal: Efetivos: Milene de Oliveira Nantes Ivo Cescon Scarcelli Lenise de Arruda Viegas Suplentes: Egon Hamester Edson Luiz Germano de Souza Delegados Suplente junto à CNI: Efetivos: Sérgio Marcolino Longen Cláudia Pinedo Zottos Volpini

2º Tesoureiro: Edis Gomes da Silva Suplentes: Roberto José Faé José Francisco Veloso Ribeiro

3º Tesoureiro: Nilvo Della Senta Diretores: João Batista de Camargo Filho Antônio Breschigliari Filho

sistema fiems

Julião Flaves Gaúna Marcelo Alves Barbosa

Chefe de Gabinete da Presidência: Robson Del Casale

Alfredo Fernandes Marcelo De Carli Ferreira

Diretor Executivo: Anatole Verlaine Etges

Cláudio George Mendonça Marismar Soares Santana Regis Luís Comarella

Superintendente do Sesi/MS: Régis Pereira Borges

Walter Ferreira Cruz Walter Gargione Adames

Diretor Regional do Senai/MS: Rodolpho Caesar Mangialardo

Vagner Rici Silvio Roberto Padovani Omildson Regis Guimarães

Superintendente do I EL/MS: Silvio Marães

José Eduardo Maksoud Rahe

revista da federação das indústrias de Mato Grosso do SUl

Gerente de Comunicação: Ana Paula Dantas Cruz Chefe de redação: Flávia Melo (MTB/MS 1032) Jornalistas: Ângela Schafer (MTB/MS 1083) Helder Rafael (MTB/MS 690) Tainá Jara (MTB/MS 1269) Fotos: Dicom/Fiems

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Endereço: Avenida Afonso Pena, 1.206 4º Andar Bairro Amambaí - Campo Grande/MS 79.005-901 E-mail: dicom@sfiems.com.br Site: www.fiems.com.br Fone: (67) 3389-9244 As opiniões contidas em artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores, não refletindo, necessariamente, o posicionamento do Sistema Fiems Revista Mensal - 10 mil exemplares


editorial

SÉRGIO LONGEN Presidente do Sistema Fiems

MOMENTO DE OPORTUNIDADES

M

uito já falamos sobre o momento de retomada da economia, principalmente neste período de pós-pandemia de covid-19. Os desafios ainda são inúmeros e os setor empresarial precisa de atenção quando o assunto é oportunidade e suporte. Por isso, as parcerias entre o setor produtivo são cada vez mais importantes. Desde o início da pandemia de covid-19, o Sistema Fiems e o Sebrae atuaram em conjunto para apontar o norte em meio a tantas incertezas para os empresários, oferecendo consultorias de biossegurança para que os empreendimentos pudessem permanecer abertos, mesmo diante da crise sanitária, garantindo a manutenção dos empregos em Mato Grosso do Sul. Ao mesmo tempo, foram necessárias ações que pudessem apoiar as empresas quanto à competitividade e, novamente, as duas instituições se unira m pa ra oferecer, gra tuita mente, consultorias que reduzissem desperdícios e melhorassem a produtividade das empresas. O momento agora é de a mplia r as oportunidades para os empresários e, para isso, o Sistema Fiems e o Sebrae voltam a dar as mãos em prol do desenvolvimento de todo o

Mato Grosso do Sul com o programa Cidade Empreendedora. O objetivo é impulsionar os resultados socioeconômicos dos municípios, levando estratégias de empreendedorismo, com ações voltadas ao fomento de geração de emprego, renda e oportunidades de negócios. Para isso, carretas do Senai equipadas com maquinário de ponta percorrem as cidades, levando cursos para a população de forma gratuita. A qualificação de mão de obra ainda é um dos principais desafios para os empresários e, com este trabalho, levamos formação de qualidade. Nossa missão é apoiar as indústrias do Estado, mas também todos os pequenos empresários que precisam de apoio para se desenvolver e crescer. O momento é de oportunidades para todo Mato Grosso do Sul, e o Sistema Fiems em parceria com o Sebrae trabalham para que nosso Estado seja cada vez mais próspero, com mais emprego e renda para nossa população.

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ENTREVISTA NELSINHO TRAD SENADOR DA REPÚBLICA POR MATO GROSSO DO SUL

“Foi o gol mais bonito que nós fizemos em parceria com a Fiems e com todos os senadores do Centro-Oeste” – sobre a redução das taxas de juros do FCO na modalidade não-rural.

N

elsinho Trad possui extensa folha de serviços prestados em benefício de Mato Grosso do Sul, em mais de 30 anos de vida pública. Exercendo atualmente o mandato de senador, Nelsinho integra importantes comissões no Senado Federal, como a de Relações Exteriores e a de Assuntos Econômicos. O parlamentar também tem atuação marcante na defesa dos interesses de Mato Grosso do Sul em Brasília. Em entrevista à Revista MS Industrial, Nelsinho fala das recentes conquistas obtidas em prol do setor produtivo sulmato-grossense e dos principais desafios do mandato. Fiems - Após intensas articulações entre setor produtivo, governo e parlamento, as taxas de juros de financiamento do FCO foram revistas.

Saiba mais sobre o senador Nelsinho Trad

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“Muitas vezes, os gestores têm que dar um passo para trás na cobrança de impostos e incentivos fiscais para, em seguida, poder dar dez passos à frente’” - NELSINHO TRAD

Senador da República por Mato Grosso do Sul

Essa foi uma conquista importante para Mato Grosso do Sul. Como o senhor avalia essa soma de esforços que garante benefícios para a economia local? Nelsinho Trad - Todas as vezes que se tem um problema, faço uma analogia com a medicina, como médico que sou. O Sérgio Longen apresentou o problema, que é a doença, e me disse que o tratamento tem que ser a correção, que é o remédio. Foi assim que a gente atuou nesta questão. Existia um valor considerável de recursos para o setor empresarial no FCO, cerca de R$ 1,2 bilhão, que estavam adormecidos. Não era bom negócio para o empresário captar esse recurso no FCO e empreender, porque os juros tornavam a operação inviável. Tinha que se equiparar aos juros do crédito rural, este sim atrativo. Estimulados pelo Sérgio, nós lideramos uma ação a nível de Congresso Nacional, envolvendo os setores que precisavam ser envolvidos, como o Ministério da Economia, Ministério do Desenvolvimento Regional, Banco Central, superintendência da Sudeco, senadores do Centro-Oeste. Qual foi o resultado? Conseguimos equiparar ao crédito rural, em juros muito próximos, para que a classe empresarial pudesse disponibilizar esse recurso. Foi uma conquista que você não tem noção do tamanho. Isso repercutiu nas outras bancadas, porque essa é uma questão inerente ao Centro-Oeste. O pessoal do Nordeste, do Sul, do Sudeste e do Norte ficou aceso

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para tentar conseguir algo como a gente conseguiu. O que isso quer dizer? É um trabalho integrado, um trabalho sem vaidade, ninguém quer ser melhor nem maior do que ninguém. O setor econômico, liderado pelo presidente Sérgio Longen, estimulou a nós, parlamentares, para fazermos com que esse resultado chegasse como chegou. Ao buscarmos novos recursos para empreender, o que vem em seguida? Geração de emprego, renda, investimentos novos. É toda uma cadeia econômica que se move pelo bem da sociedade e da população. Esse foi o gol mais bonito que nós fizemos em parceria com a Fiems e com todos os senadores do Centro-Oeste. Fiems - A Rota Bioceânica é um sonho antigo para Mato Grosso do Sul, que finalmente saiu do papel. O senhor é um grande entusiasta desse projeto, que promete ser a redenção econômica do Estado. Como o senhor projeta os ganhos para o comércio e o turismo sul-mato-grossense com essa ligação rodoviária? Nelsinho Trad - O canal do Panamá, quando foi inaugurado, transformou a economia de todos os países pelo que ele influenciou direta ou indiretamente. No caso da Rota Bioceânica, vai ser a mesma coisa. Ela vai transformar a economia de Mato Grosso do Sul e dos países por onde passa, Paraguai, Argentina e Chile. É uma rota inteligente, é


uma rota que gera redução de custos e tempo de viagem. Para você ter uma ideia, daqui para o Sudeste Asiático são 14 dias a menos de viagem, 8 mil quilômetros marítimos a menos e redução em até 40% do custo com frete. Não é só quem leva o produto que tem que gostar de toda essa engenharia, mas, principalmente, quem recebe. Nós apresentamos essa realidade para quem vai receber os produtos. Antes da pandemia, trouxemos para uma reunião, que teve como sede a Fiems, nove embaixadores do Sudeste Asiático, que vieram de Brasília para Campo Grande. Eles viram como estava idealizado o projeto e saíram encantados, convictos de que essa rota é a grande transformação econômica do século. Fiems - Diante desse cenário de apreensão com a guerra entre Rússia e Ucrânia, e seus efeitos negativos na economia mundial, como o senhor vê a repercussão desse conflito para o Brasil? Nelsinho Trad – Nós, brasileiros, temos um DNA característico da nossa alma e do nosso espírito, o DNA pacífico, o DNA da paz. Aonde você vai mundo afora e fala do Brasil, isso remete a alegria, carnaval, futebol, povo pacífico e alegre. Então, como brasileiro, não posso concordar com esse encaminhamento que está acontecendo entre a Rússia e a Ucrânia. Eu acho que deveria haver outro caminho para buscar um entendimento entre os dois países. Infelizmente isso vai gerar consequências graves para toda a humanidade. Nos tempos atuais, com uma guerra com alto poder destrutivo, ninguém sabe no que isso pode acarretar no futuro. Se isso tencionar ao ponto de alguém apertar um botão e detonar uma bomba nuclear. Então, a humanidade tem que interferir de uma forma mais incisiva, os organismos internacionais precisam interferir para poder realmente parar com essa situação e promover o diálogo entre esses dois líderes. Na vida, nada se resolve sem diálogo. Nem um simples relacionamento entre duas pessoas. Tem que botar na mesma mesa, sentar, conversar e tentar chegar a um entendimento, sempre de forma civilizada, porque é com a paz reinando que temos desenvolvimento.

uma novidade tão grande, com suas consequências e implicações, que a cada mês você tem algo novo a respeito. A vacinação foi um ponto fundamental para atingirmos um estágio de calmaria. A pandemia ainda não acabou, mas pelo menos você tem uma arma a mais para fazer o enfrentamento da covid-19. A doença paralisou economias no mundo todo, fechou cidades inteiras como Nova York, Paris e São Paulo. Colocou todo mundo nas suas casas e ninguém podia mais sair. Gerou um impacto em toda a humanidade. A partir de agora, quando as coisas começam a voltar ao normal, na minha avaliação, deve ser feito um programa de desenvolvimento econômico e social. Muitas vezes, os gestores têm que dar um passo para trás na cobrança de impostos e incentivos fiscais para em seguida poder dar dez passos à frente. Penso que haverá que ter uma união entre gestores das esferas municipal, estadual e federal, no sentido de promover o desenvolvimento geral e reorganizar a situação para que o empresário possa se sentir confortável em voltar a investir e gerar emprego e renda. Fiems - Em seu mandato, quais têm sido as principais pautas de discussão em favor da indústria sul-mato-grossense e da atração de investimentos ao Estado? Nelsinho Trad – No Congresso Nacional, as discussões são dinâmicas, constantes e frequentes. Nós temos a reforma tributária, que gera impacto diretamente na questão do setor da indústria. É uma reforma que todo mundo fala que tem de ser feita, mas na hora de fazer, alguém diz “não, espera, não pode tirar recurso do município, do Estado, da indústria, do agro...”. Ou seja, querem fazer omelete sem quebrar os ovos. Dessa forma, é praticamente inviável e impossível. Mas o parlamento é uma casa de debate, de articulação, é o fórum legítimo de se buscar entendimento. Para ser o mais justo possível, nada melhor do que sentar e ouvir o setor que está diretamente envolvido, que vai sentir na carne qualquer reforma tributária.

Fiems - Já faz mais de dois anos que o Brasil combate a pandemia. O senhor, inclusive, foi uma das pessoas que sofreu as consequências da covid-19, ainda em 2020. Como médico e parlamentar, como o senhor avalia as ações que precisam ser tomadas para controlarmos o novo coronavírus, conciliando saúde e economia? Nelsinho Trad - Essa pandemia do covid-19 pegou todos de surpresa. Faço parte de um grupo no WhatsApp de médicos que se formaram comigo, e três deles trabalham na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. A lição que a gente tirou é que ainda estamos aprendendo com essa doença. Ela veio como

ACESSE AS FOTOS DA

ENTREVISTA

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Fala, Indústria

SÉRGIO LONGEN PRESIDENTE DA FIEMS

Vivemos um momento diferente, em que as empresas precisam contratar, mas não estão encontrando trabalhadores no mercado. Quando se avalia o porquê, temos grande preocupação com os benefícios de assistencialismo que estão sendo criados.”

A inauguração da nova subestação de distribuição de energia elétrica é um grande progresso. Um investimento altíssimo que coloca Campo Grande, hoje, numa posição diferenciada. E isso possibilita que a gente traga empresas para cá, para fazermos do nosso polo industrial cada vez mais pujante.”

J A I ME VERRUCK secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar

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Existe um represamento do setor empresarial por conta da elevação da taxa de juros. Para se ter uma ideia de como a taxa de juros atual impacta no FCO, 70% das operações feitas em janeiro e fevereiro foram no rural. A partir dessa modificação, esperamos ter um aumento da demanda.”

PAULO CORRÊA PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MATO GROSSO DO SUL

O Compliance é uma mudança de cultura que hoje é uma tendência, uma necessidade nacional, e que, sem dúvida nenhuma, todo o Sistema S vai utilizar a Fiems como uma referência pelo trabalho que vem desenvolvendo nos últimos dois anos.”

DANI EL CASTRO JUIZ DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MATO GROSSO DO SUL


Nós temos que atuar de forma preventiva para garantir que uma ação, uma liminar, uma decisão judicial ou mesmo a recomendação de um membro do Ministério Público não venha impedir o empreendedor de desenvolver o seu negócio dentro da lei, frustrando a circulação de riquezas, a geração de empregos e o desenvolvimento econômico e social.” AUGUSTO ARAS PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

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futuro governador ?

FUTURO GOVERNADOR? 14 •

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O

presidente da Fiems, Sérgio Longen, recebeu os pré-candidatos a governador de Mato Grosso do Sul: André Puccinelli, Eduardo Riedel e Marquinhos Trad. Durante os encontros, foram abordados temas de interesse para a indústria, como a situação econômica do Estado, a falta de mão de obra qualificada para atender as empresas e a importância do Sesi e do Senai. Confira nas próximas páginas o que cada um falou.


Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande. E depois, no governo do Estado, também em parceria com a Fiems, desenvolvemos os setores em que deveríamos investir e que tinham mais aptidão e aplicabilidade. Um dos exemplos foi o investimento maciço no setor sucroenergético. Depois, na indústria de celulose. E nós temos pleno conhecimento de que hoje, a indústria, num percentual muito maior do que outrora, participa da economia de Mato Grosso do Sul. Portanto, o investimento em indústrias fará com que o Estado cresça mais e gere inúmeros empregos. Governo que queira desenvolver o Estado tem que investir na indústria, com as inovações e a tecnologia utilizadas hoje.

ANDRÉ PUCCINELLI PRÉ-CANDIDATO A GOVERNADOR DE MATO GROSSO DO SUL

Como o senhor vê o cenário econômico atual do Estado, e quais são os desafios para fazer o Estado de MS se desenvolver? Os tempos são outros. Nós temos que pensar no futuro. Nós temos que nos valer do conhecimento do passado, mas investir em inovação e tecnologia. Sem inovarmos e sem utilizarmos as ferramentas tecnológicas, nós não teremos um futuro de desenvolvimento para o nosso Estado. Entendo que devemos reunir quem entende de governança, quem conhece como funciona a máquina estatal, desburocratizá-la para ser o menos ineficiente possível, e investir nos técnicos para que possamos desenvolver o nosso querido Mato Grosso do Sul. Assuntos de inovação e tecnologia passam inevitavelmente pela indústria, que sempre está na vanguarda da evolução. Quais são seus compromissos, enquanto pré-candidato, para o desenvolvimento do setor industrial? Muito tempo atrás, quando passamos da prefeitura de Campo Grande para o governo do Estado, em 2007, tínhamos uma incidência do setor comercial de uma forma preponderante e absoluta. A dualidade entre os grãos e a carne se estabelecia no Estado, e a indústria era incipiente. Em uma parceria importantíssima da Fiems em nosso governo, desenvolvemos o Programa de

Um dos principais desafios atuais é a questão do emprego. Muitos empresários não conseguem preencher as vagas abertas porque faltam profissionais qualificados. Como o Estado pode contribuir com a iniciativa privada para alcançar o equilíbrio? Nós vimos, recentemente, uma oferta de mais de 10 mil empregos na capital de São Paulo. Não preencheram as vagas porque não havia qualificação dos trabalhadores. Um governo que se preze tem que se unir em parceria com o setor empresarial, prefeituras e entidades do Sistema S, para qualificar uma mão de obra que possa ter melhores resultados de produtividade. Sem qualificação, não se obtém bons empregos. Mais do que isso, em nível de segundo grau nas escolas, devemos ter ensino profissionalizante com as entidades da indústria para que possamos qualificar a gurizada, e que possam entrar no mercado de trabalho. Ou seja, quem tem melhor qualificação, consegue melhores empregos. O governo tem que investir, maciçamente, com seus parceiros empresariais, para que nós possamos ofertar mão de obra qualificada ao mercado. Nesse contexto da empregabilidade, o senhor enquanto governador trabalhou muito tempo em parceria com Sesi e Senai. Fale um pouco mais sobre sua impressão dessas duas entidades. Nós devemos, como tivemos no passado, ser parceiros. Hoje, nos dias modernos, não é só do “eu”, é do coletivo, da parceria e da integração. A Fiems pode representar a possibilidade de fazer com que nós ofertemos mão de obra qualificada, preparemos nossos técnicos, busquemos, em parceria, as indústrias nos setores empresariais que têm aptidão no nosso Estado.

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muitos municípios encontrem dificuldades para obter sinal. Existem cidades populosas em que o cidadão precisa subir em morro ou em árvore para efetuar uma ligação telefônica. Na questão das indústrias, temos que rever a pauta tributária. A carga tributária em Mato Grosso do Sul é extremamente onerosa ao bolso dos empresários, o que atinge o consumidor e a dona de casa. Se você buscar, em qualquer setor, sobre o aumento de carga tributária em Mato Grosso do Sul, você vai ver como o Estado é bom para arrecadar. Em questões de cartório, por exemplo, as pessoas estão optando por obter suas escrituras em outros Estados, porque em Mato Grosso do Sul a carga é muito alta. IPVA aumentou 40%. ICMS da gasolina está na alíquota máxima. Isso tudo sem falar na substituição tributária. Tem uma pauta que, quando entrou em discussão em 2014, havia apenas 34 setores atingidos pela margem de valor agregado. Hoje são mais de 80. E essa margem, que impacta na base de cálculo para depois se apurar a alíquota de ICMS, ela varia de 20% a 88%. É muito difícil prosperar em Mato Grosso do Sul com essas cargas tributárias tão contundentes e agressivas.

MARQUINHOS TRAD PRÉ-CANDIDATO A GOVERNADOR DE MATO GROSSO DO SUL Como o senhor vê o cenário econômico atual do Estado, e quais são os desafios para fazer o Estado de MS se desenvolver? Mato Grosso do Sul é um Estado de contrastes muito grandes. É um Estado que bate recordes de arrecadação, que aumentou o PIB em mais de 3% de um ano para o outro. É um Estado que teve superávit de quase R$ 2 bilhões, mas em contrapartida você vê uma população pobre, com extrema dificuldade. Uma população que não tem acesso à moradia, pouquíssimas casas populares construídas. Uma população que, quando necessita da saúde pública, tem que ir à capital. Uma população cujos filhos convivem com seus pais até os 16, 17 anos, e daí vêm à capital para buscar serviço. Não há política de geração de emprego e renda, e isso tem dado um contraste muito grande entre o que se arrecada e o que se devolve à população. Tenho dito que o Estado é um leão para cobrar impostos, mas é um gatinho para ajudar a população. Assuntos de inovação e tecnologia passam inevitavelmente pela indústria, que sempre está na vanguarda da evolução. Quais são seus compromissos, enquanto pré-candidato, para o desenvolvimento do setor industrial? Não há desenvolvimento de um Estado se não houver indústria e tecnologia, e ambas devem caminhar de mãos dadas. Infelizmente isso não ocorre em Mato Grosso do Sul. Na questão da tecnologia, por exemplo, Mato Grosso do Sul é o 22º Estado no ranking de velocidade de internet. É uma das últimas colocações do país. Diferentemente do que ocorre na capital. Em cinco anos aqui em Campo Grande, fomos líderes em velocidade de internet e somos uma das poucas cidades do país aptas a receber o sinal 5G. Além disso, a infovia não tem nenhum tipo de velocidade, o que faz com que

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Um dos principais desafios atuais é a questão do emprego. Muitos empresários não conseguem preencher as vagas abertas porque faltam profissionais qualificados. Como o Estado pode contribuir com a iniciativa privada para alcançar o equilíbrio? Fazendo política séria de geração de empregos, e não fazendo política na geração de empregos. É uma coisa muito óbvia. Aqui em Campo Grande, nos últimos cinco anos, oferecemos 260 cursos de qualificação. Primeiro você qualifica, para depois capacitar. Dentre essas qualificações e cursos, oportunizamos e encaminhamos ao mercado de trabalho mais de 80 mil vagas. Campo Grande foi a capital que mais gerou empregos nos últimos cinco anos, ainda que enfrentando retração econômica e a pandemia. E a maioria deles são jovens entre 16 a 24 anos de idade, o que nos trouxe orgulho. As pessoas precisam de oportunidades, não querem auxílio financeiro. Isso ajuda, mas elas precisam de oportunidades. A pessoa acorda de manhã e precisa ter para onde ir, tomar seu banho e ir trabalhar. O trabalho dignifica. E o que vemos hoje é uma geração que não tem essas oportunidades. É uma geração discriminada, que tem instrução, certificados e diplomas, mas vive desempregado. Está na hora de mudar essa situação. Só iremos mudar a partir do momento em que nós olharmos a questão com seriedade. Por que não buscar apoio do Sistema S, como Sesi e Senai? Por que não buscar apoio da UEMS, que tem polos em 15 municípios de Mato Grosso do Sul? Eles deveriam estar dando esses cursos de qualificação de maneira gratuita. A Fiems é um parceiro, mas é um setor esquecido e deixado de lado pelo Estado. Poderia ajudar muito, dando cursos gratuitos para qualificar o cidadão. Volto a repetir: as pessoas estão passando dificuldades porque não estão tendo oportunidades. Nesse contexto da empregabilidade, como o senhor vê a importância do trabalho desenvolvido pelo Sesi e Senai no Estado? Aquele que faz um curso do Sesi ou do Senai já sai na frente. Ele já sabe como se portar ao ser entrevistado. Vai ter competência técnica e qualificação profissional. Aí as portas das empresas estarão bem mais escancaradas do que hoje a gente assiste em Mato Grosso do Sul. É um Estado no qual existem vagas, mas as pessoas não têm condições de entrar para trabalhar. O que acontece? Importam mão de obra de fora. Olhe o caso da celulose em Ribas do Rio Pardo. Cerca de 80% dos funcionários são pessoas vindas de fora. Os 20% que sobraram para Mato Grosso do Sul são salários mínimos. Os maiores salários, vão ser depositados em contas de outros Estados, e não ficam em Mato Grosso do Sul. Está na hora de inverter isso, e para inverter, só o envolvimento dos segmentos organizados para ajudar o Estado.


Assuntos de inovação e tecnologia passam inevitavelmente pela indústria, que sempre está na vanguarda da evolução. Enquanto pré-candidato, quais são seus compromissos com o setor industrial?

EDUARDO RIEDEL PRÉ-CANDIDATO A GOVERNADOR DE MATO GROSSO DO SUL Como o senhor vê o cenário econômico atual do Estado, e quais são os desafios para fazer com que Mato Grosso do Sul continue a se desenvolver? Mato Grosso do Sul tem hoje uma condição privilegiada. Diante de duas grandes crises, as maiores que o país já enfrentou, que são a recessão de 2015 a 2017 e a pandemia entre 2020 até agora, Mato Grosso do Sul soube fazer o enfrentamento a essas crises e se saiu bem. Tanto é que foi o estado que mais cresceu no Brasil, com taxa de 4,9% entre 2020 e 2022, sem perder qualidade no atendimento à população. Foi o estado que mais vacinou no país também. Nossa avaliação é que o estado “apertou o cinto”, soube dar a volta por cima diante das crises e fez investimentos estruturantes para que os setores econômicos ficassem cada vez mais competitivos. Implantamos uma política fiscal moderna, realizada junto aos setores produtivos, para que a gente pudesse ter mais competitividade. Por isso, o estado é o sexto colocado no Brasil em competitividade, liderando vários rankings com indicadores expressivos. Estamos passando por um momento de muito investimento do capital privado no estado, fruto de todo esse ambiente construído, o que ajuda muito na geração de emprego, renda e oportunidade para a nossa população. O grande desafio hoje é a qualificação. É saber encontrar essas oportunidades de emprego com pessoas qualificadas para ocupar esses postos. Aí teremos um novo salto de geração de renda ao estado, que ajuda a impulsionar toda a economia.

Entendo que este é um setor crucial para o nosso desenvolvimento. Durante muitos anos, o Estado se caracterizou como produtor de matérias-primas e commodities agrícolas. Ainda o é. Só que com o diferencial de diversificação de sua matriz de produção, o que atraiu indústrias de processamento. Isso é feito com essa política de indução do investimento local. Essas indústrias acabam atraindo também clusters de indústrias de apoio, que levam essa modernidade e tecnificação que estamos assistindo no parque industrial sul-mato-grossense. A política tem que continuar arrojada para poder trazer cada vez mais novos empreendimentos ao Estado. Hoje, quem quiser se estabelecer e ser competitivo, vai ter que inovar. As indústrias que estão vindo são modernas e que têm a condição de fazer frente a qualquer indústria do Brasil e do mundo, em termos de competitividade. É o que a gente tem visto acontecer em Mato Grosso do Sul. Nossa política de atração dessas empresas é buscar com que elas se instalem em Mato Grosso do Sul e, a partir desse movimento, você tem uma série de outros investimentos que se somam a um principal e ajudam no crescimento da economia do Estado. Um dos principais desafios atuais é a questão do emprego. Muitos empresários não conseguem preencher as vagas abertas porque faltam profissionais qualificados. Como o Estado pode contribuir com a iniciativa privada para alcançar o equilíbrio? Entendo que isso pode ser alcançado com um programa robusto do ponto de vista da educação, desde os anos iniciais até as séries finais, e também a qualificação ao longo dessa trajetória. O Estado pode prover ou criar parcerias, como o Sistema S, por exemplo, que tem um trabalho fantástico nesse sentido. Podemos apoiar ainda mais o Sistema S e atuar, enquanto Estado, para massificar a formação de gente especializada, para qualificar e para fazer com que encontre esses empregos disponíveis. Estamos falando de uma transformação no perfil do emprego, que hoje possui mais valor agregado e melhor remuneração. Precisamos dar condições às pessoas para poderem acessar essas vagas. Nesse contexto da empregabilidade, como o senhor vê a importância do trabalho desenvolvido pelo Sesi e Senai no Estado? O Sistema S contribui muito para o Estado. Cabe ao governo ser parceiro do Sistema S, pois este faz com muita qualidade. Acredito que podemos ampliar e muito essa parceria para, no momento de alta demanda por qualificação, a gente consiga atender essa demanda e formar pessoas. Isso contribui para a renda dessas famílias. Sem dúvida nenhuma, o Sistema S é parceiro estratégico de qualquer governo estadual.

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inovação

Novos

usos

para a

Ce lu lo se

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ISI Biomassa desenvolve novas fórmulas para cosméticos com apoio de agência de inovação da Suécia

A

indústria de cosméticos tem promovido vá rias pesquisas pa ra desenvolver produtos ecologicamente corretos, a partir

de ingredientes naturais de plantas. Uma dessas pesquisas avalia a celulose e a lignina – dois dos principais componentes das plantas - como base para a formulação de cremes hidratantes para a pele. Pesquisadores do ISI Biomassa (Instituto SENAI de Inovação em Biomassa), localizado em Três Lagoas, em parceria com empresas, laboratórios e institutos internacionais de pesquisa, estão desenvolvendo esses materiais, bem como seu potencial de mercado e desempenho frente aos níveis de segurança para uso humano.

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ACESSE

AS FOTOS DESTA MATÉRIA

“Os objetivos são melhorar a percepção tátil e a bioatividade dos cremes desenvolvidos para a pele, aumentando o teor de lignina nas formulações dos ingredientes híbridos.” L U CI A N O D. VA RA N DA pesquisador industrial Pesquisadores do ISI Biomassa utilizam celulose e lignina – dois dos principais componentes das plantas - como base para a formulação de cremes hidratantes para a pele

20 •

O projeto de pesquisa intitulado “LNCF

objetivos são melhorar a percepção tátil e

2.0 - Lignina & Híbridos de micro/nano

a bioatividade dos cremes desenvolvidos

celulose como ingredientes multifuncionais

para a pele, aumentando o teor de lignina

naturais para cosméticos” foi aprovado em

nas formulações dos ingredientes híbridos.

dezembro de 2021 em um edital internacional

Para isso, ligninas de madeiras mole e dura

de inovação para a indústria. O edital é

de qualidade comercial serão adicionadas aos

promovido pela VINNOVA – agência sueca

diferentes materiais de nano e microcelulose.

de inovação. Participaram da autoria do

Uma avaliação toxicológica, de mercado

projeto, pelo ISI Biomassa, os pesquisadores

e econômica, também será incluída para

industriais Luciano Donizeti Varanda e Tiago

aumentar o nível de maturidade tecnológica

Rodrigues e Silva.

desses ingredientes híbridos naturais”.

Varanda, gestor do projeto, explica o que

A pesquisa conta com vários parceiros,

se pretende alcançar com a pesquisa. “Os

cada um com funções específicas. A RISE,

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instituto sueco de pesquisa, será a gestora do

Brasil Celulose, indústria com unidade em

projeto e irá liderar a produção de híbridos

Três Lagoas, também participa do projeto

de lignina e micro ou nanocelulose, além

e se propõe a contribuir com o processo

de conduzir a avaliação de toxicologia

de biorrefinaria para isolar a lignina. O

e a caracterização da formulação. O ISI

ingrediente poderá ser posteriormente

Biomassa fará o isolamento da nanocelulose

valorizado como ingrediente para produtos

e da lignina de biomassa residual. Em

cosméticos.

conjunto com a RISE, a FineCell irá

O projeto tem prazo de execução de dois

produzir e identificar a melhor forma de

anos e começou em março. Serão destinados,

microcelulose. Já o Instituto SENAI de

ao todo, R$ 1,1 milhão para os estudos, entre

Inovação em Biossintéticos e Fibras (SENAI-

contrapartidas financeiras e econômicas do

CETIQT) irá liderar a avaliação econômica e

SENAI, da Eldorado e da Assessa.

de mercado junto com a Assessa. A Eldorado

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Fiems

MAIS PERTO DAS PESSOAS Depois de intervalo de quatro anos, Sistema Fiems retoma Ação Cidadania e leva serviços gratuitos para população do Estado

A

pós um hia to de qua tro a nos, o Sistema Fiems retomou o Ação Cidadania, programa que oferece à população a tendimentos gratuitos em saúde, educação, la zer, cultura e cidada nia. A inicia tiva é realizada em parceria com a TV Morena e

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conta com o apoio de dezenas de entidades públicas e privadas, que levam serviços como emissão de documentos, atendimento médico e encaminhamento ao mercado de trabalho. Uma cerimônia no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande, marcou a formalização da parceria. Assinaram o acordo


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Ação Cidadania 2022

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Ação Cidadania 2022

o presidente da Fiems, Sérgio Longen, e o diretor-geral da Rede Matogrossense de Comunicação, Nicomedes Silva Filho. O evento contou ainda com a presença do presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, desembargador André Luís Moraes de Oliveira; do reitor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Marcelo Turine; de representantes

de entidades parceiras. Sérgio Longen destacou a importância de retomar o Ação Cidadania para apoiar a população em um período de dificuldade econômica e restrições impostas pela pa ndemia. “A retomada é importa nte para a base da economia e também para o convívio social. Para nós é uma alegria enorme retomarmos esse grande projeto, que é o Ação Cidadania, em parceria com a TV Morena, e mais de 20 parceiros dentro de um projeto importantíssimo para todo o Estado”, afirmou. Ação Cidadania 2022

Ainda conforme o presidente da Fiems, Ca mpo Gra nde foi a primeira cidade escolhida pa ra a realização do evento, mas nos próximos meses outras cidades do interior do Estado devem receber edições do programa. “Avançar para o interior também é uma meta para este ano. Cada vez que se lança um projeto dessa magnitude, nós recebemos demandas de muitos municípios. A ideia é construir a ação possível de ser realizada com esses parceiros”, frisou. RETOMADA DE AÇÕES - O diretorgeral da RMC, Nicomedes Silva Filho, chamou a atenção para o momento difícil

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pelo qual passa a sociedade, em especial a população menos favorecida. “O sentimento é de que a gente vai retomar nossos compromissos com o Estado: desenvolvimento e inclusão social, em especial no momento dramático em que vivemos recentemente. As pessoas estão em desalento, pouco assistidas pelo poder público. Nosso objetivo, aqui liderado pelo Sistema Fiems, é a gente retomar com serviços essenciais, de saúde e de educação. A gente quer levar um pouco de esperança para essas pessoas”, disse. Um dos parceiros confirmados para o Ação Cidadania, o Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, oferece serviços como orientação jurídica, consulta a processos e conciliação entre empregados e empregadores. “O Tribunal do Trabalho tem que estar cada vez mais perto da comunidade, e essa é uma forma objetiva de prestarmos serviço público nas áreas de orientação jurídicas, acordos e mediações. A Fiems e a TV Morena estão de parabéns, porque

essa retomada representa a possibilidade de a nossa população ser objetivamente atendida em todos os serviços públicos”, afirmou o presidente do órgão, desembargador André Luís Moraes de Oliveira. Na mesma linha, o reitor da UFMS, Marcelo Turine, parabenizou as entidades parceiras por levar cidadania a quem mais precisa. “Quero parabenizar esse grande programa, que integra várias instituições parceiras. Com educação, sa úde e cidada nia, nós tra nsforma mos nossa sociedade. A UFMS, junto com várias universidades, vai contribuir com ações na área de educação para nossas crianças e jovens, e também junto com o Tribunal Regional do Trabalho, com as práticas jurídicas”, salientou.

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HISTÓRICO

AÇÃO CIDADANIA Criado em 2013, o programa já passou por 19 cidades sul-mato-grossenses ao longo de 34 edições. Nesse período, foram beneficiadas 57,4 mil pessoas com 182,3 mil atendimentos. Entre os principais serviços oferecidos no programa Ação Cidadania, estão: emissão de documentos, atendimentos médicos, exames preventivos, vacinação, cursos e oficinas educacionais, atividades culturais, corte de cabelo, entre outros.

Ação Cidadania 2014 MS INDUSTRIAL | 2022 • 25


PRIMEIRA EDIÇÃO DO ANO ATRAIU 3,1 MIL PESSOAS E FEZ MAIS DE 11 MIL ATENDIMENTOS NA MORENINHA A primeira edição do Ação Cidadania foi realizada em maio, em Campo Grande, na região das Moreninhas. O evento atraiu 3.132 pessoas e realizou 11.247 atendimentos nas áreas de saúde, educação, cidadania e lazer. Foram oferecidos à população atendimento oftalmológico e odontológico, coleta de amostras de HPV feminino, vacinação contra covid-19, Influenza e sarampo, emissão de RG, CPF e carteira de trabalho, entre outros serviços totalmente gratuitos, além do sorteio de 15 bicicletas. Segundo o chefe de gabinete da presidência da Fiems, Robson Del Casale, a retomada do evento, que ficou suspenso por quatro anos, representa o trabalho do Sistema Indústria para levar inclusão e desenvolvimento para Mato Grosso do Sul. “Sabemos da importância do evento para a população e vamos percorrer o Estado com serviços de cidadania, saúde e educação, para atender quem tem dificuldade de acesso”, afirmou. O diretor-geral do Rede Matogrossense de Comunicação, Nicomedes Silva Filho, relembrou o caráter inclusivo da iniciativa. “Estamos muito felizes por retomarmos essa parceria com o Sistema Fiems e dar continuidade a esse evento tão importante para Mato Grosso do Sul”, afirmou.

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Na avaliação do diretor-superintendente do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça, a instituição não poderia deixar de ser parceira do evento. “É muito importante a inclusão das pessoas por meio da busca por qualificação e a melhoria da saúde. A Fiems está mais uma vez de parabéns pela realização desse evento, que reúne diversos serviços gratuitos para a população”, declarou. Para a prefeita Adriane Lopes, a realização desta edição do Ação Cidadania é simbólica. “É um momento de recomeço. É um momento de muito trabalho. Ficamos dois anos em uma pandemia, em que deixamos de lado assuntos importantes do nosso cotidiano e da nossa vida. E essa ação oferece vários desses serviços”, disse. APROVAÇÃO - Quem passou pelo evento elogiou a organização do Ação Cidadania, que reuniu diversos serviços gratuitos para a população em um único lugar. Com dificuldade de conseguir atendimento oftalmológico pelo SUS, a aposentada Vera Lúcia Lhanos, 63 anos, viu no projeto a oportunidade de conseguir um diagnóstico preciso e rápido. “O médico me adiantou que vou precisar realizar uma pequena cirurgia. Além disso, verificou que meu grau aumentou e deu receita para óculos novos. Também passou um colírio para aliviar a secura nos olhos”, contou. Pensando em ingressar futuramente no mercado de trabalho, a estudante Amanda Azevedo Martins, 14 anos, procurou o evento para emissão da primeira via do RG. Ela veio há menos de um mês da cidade de Rio Brilhante para morar nas Moreninhas. “Minha mãe ficou sabendo que iam tirar o documento e me avisou. Como é aqui do lado de casa, eu vim”.

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giro da indústria

MA IS AVA NÇO Dados do Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontam que os investimentos avançam no Brasil e, no acumulado de 12 meses, em 2021 têm crescimento de 17,2%. O indicador é composto por máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos. A evolução representa aumento da capacidade produtiva da economia e a reposição da depreciação do estoque de capital fixo.

P I B AVA N Ç A O Produto Interno Bruto (PIB) do país avançou 0,5% no quarto trimestre de 2021 e encerrou o ano com crescimento de 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgados no início de março, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o levantamento, o crescimento da economia foi puxado pelas altas nos serviços

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(4,7%) e na indústria (4,5%), que juntos representam 90% do PIB do país. Por outro lado, a agropecuária recuou 0,2% no ano passado. O avanço recuperou as perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9% devido à pandemia. O PIB per capita alcançou R$ 40.688 no ano passado, um avanço de 3,9% em relação ao ano anterior (-4,6%).


MA L HA O E S T E R E A T IVA DA Após a desativação em 2015, a ferrovia Malha Oeste, que liga Corumbá a São Paulo, está operando com o escoamento de minério de ferro. De acordo com o secretário de Produção, Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, a ideia é intensificar a exploração do trecho pela iniciativa privada, já que a atuação ainda é aquém da capacidade da estrutura de transporte. Até o momento, existe operação da mina da Vale até Porto Esperança; existe outra operação da mina até Ladário; uma terceira operação que é a Arcelor Mittal que traz vergalhões de ferro de Mairinque (SP) até Mato Grosso do Sul. O secretário reforçou que o Governo do Estado está fazendo estudos para antecipar a relicitação da Malha Oeste e melhorar as condições da via.

M A I O R C A PA C I DA D E E N E RG É TI C A Mato Grosso do Sul terá maior capacidade energética com a assinatura de contrato para mais 5 anos de distribuição de gás para a UTE William Arjona. A quantidade diária contratada para distribuição é de 1.350 mil m³/dia e há possibilidade de duplicação deste volume ao longo do contrato, que vai até janeiro de 2027. A usina termelétrica William Arjona foi reativada em julho do ano passado, após 4 anos sem operação,

pela Delta Geração, empresa do Grupo Delta Energia, e possui uma capacidade instalada de 190 megawatts, podendo abastecer mais de 50% da capital do Estado. Dados recentes divulgados pela Empresa de Planejamento Energético (EPE), de Projeção do Plano Decenal de Expansão 2029, apontaram que a matriz energética brasileira irá incorporar, até 2029, aproximadamente 23 GW de térmicas à gás natural.

PA R A L I SA Ç Ã O N A R E C E I TA As indústrias foram afetadas pelas paralisações dos auditores fiscais da Receita Federal iniciadas no final de 2021. De 186 empresas consultadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 96% sentiram o impacto da medida adotada em busca de melhor remuneração. Entre as exportadoras afetadas pela paralisação, o problema mais recorrente citado é lentidão no desembaraço das mercadorias (70,3%), seguido por demora nas inspeções das cargas (37,8%) e custos adicionais de armazenagem de cargas em função dos atrasos nas alfândegas (34,2%). Nesse

grupo, 23,4% das empresas registram atrasos na entrega de mercadorias a clientes no exterior, 3,6% tiveram que interromper a produção e 1,8% precisaram cancelar contratos. Quanto às importadoras impactadas pela greve, a lentidão no desembaraço das mercadorias também é o principal problema (65,1%), seguido por custos adicionais de armazenagem de cargas (41,9%) e demora na inspeção das cargas (31%). Nessa categoria, 7,8% tiveram que interromper a produção e 4,7% tiveram contratos cancelados.

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geral

o ã t r a c l a t s o p

A R A P S M DE O MUNDO a, uma décad r a á h a d a rd ovimenta ica agua Obra icôn antanal, promete m ssense P ro Bioparque turismo sul-mato-g o d ia tr s indú

M ACESSE

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ato Grosso do Sul é reconhecido internacionalmente por suas belezas naturais, que rendem até tema de novela. Agora, um novo empreendimento promete ser o cartão-postal do turismo local para o Brasil e o mundo: é o Bioparque Pantanal. A construção icônica está situada no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, e foi inaugurada em março após mais de uma década em obras. Com traços arquitetônicos únicos, o espaço é a

mais nova parada obrigatória para turistas brasileiros e estrangeiros que querem explorar as riquezas naturais sul-mato-grossenses. Na opinião do presidente da Fiems, Sérgio Longen, o Bioparque Pantanal projeta as potencialidades de Mato Grosso do Sul para além de suas fronteiras e representa o fortalecimento da indústria do turismo. “Entendemos que a indústria do turismo está sendo prestigiada e, cada vez mais, o Estado enxerga nesse segmento um potencial de desenvolvimento e


crescimento econômico e social. A indústria do turismo é o futuro e deve ser olhada como um grande vetor de crescimento para Mato Grosso do Sul”, afirmou o líder empresarial. A força da indústria do turismo sul-mato-grossense pode ser traduzida em números. De acordo com o Observatório do Turismo de MS, o setor gera cerca de 6 mil empregos formais diretos nos mais de mil estabelecimentos distribuídos nos ramos de transporte, agências de viagem, hotelaria, entre outros. Com relação ao fluxo de passageiros e à ocupação hoteleira no Estado, houve aumento em todos os indicadores na alta temporada

O presidente da Fiems, Sérgio Longen MS INDUSTRIAL | 2022 • 31


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(dezembro/2021 e janeiro/2022), se comparados com o mesmo período do ano anterior. Esses índices demonstram a recuperação do setor turístico após a fase mais crítica da pandemia de covid-19. Toda essa cadeia do turismo deverá ser impactada positivamente com a divulgação de atrativos, como o Bioparque, e de encantos naturais, como é o caso da novela “Pantanal”. O remake do sucesso televisivo da década de 1990 estreou em março na Rede Globo e tem apresentado ao telespectador paisagens

exuberantes e traços culturais marcantes do povo pantaneiro. Com Mato Grosso do Sul em destaque nacional e internacional por meio da telinha, a expectativa é ter ainda mais ganhos para o turismo local, na opinião de Sérgio Longen. “O Pantanal está em alta. Estamos na moda. Ter essa novela novamente exibida no Brasil é motivo de orgulho para todos nós. A indústria do turismo está sendo movimentada com a volta da novela. Todos nós vamos ter esse ganho na retomada da economia”, disse o presidente da Fiems.

AGENDE SUA VISITA O Bioparque Pantanal está aberto ao público, mas a visitação deve ser agendada pela internet. No site oficial, o visitante deve fazer o cadastro e escolher a data e o horário disponíveis. As visitas guiadas são gratuitas até o fim do ano. A capacidade diária de visitação é de 600 pessoas, sendo 300 pela manhã e 300 à tarde. Horários de visitação: - segunda a sexta-feira: das 9h30 às 11h30 e das 14h às 17h30 - sábado: das 7h30 às 11h30 Site oficial: agendamento.bioparquepantanal.ms.gov.br

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Mato Grosso do Sul e o Brasil ganham destaque internacional com o maior circuito de aquários de água doce do mundo

Volume de água:

6 milhões

de m³, entre tanques de abastecimento e de descarte de efluentes

220

Espécies

151 nativas do Pantanal; 55 da Amazônia; 14 africanas e demais da Oceania, Ásia e América Central

8 TANQUES externos Área construída: 19 mil m²

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INFOGRÁFICO

23 TANQUES internos

Autoridades e lideranças comemoraram inauguração. O governador Reinaldo Azambuja classificou a obra como um marco na história do Estado. “Nós transformamos essa obra em um Bioparque que vai fomentar a pesquisa, a ciência e o desenvolvimento. Aqui se consuma um ato de respeito institucional. Nossas ações devem estar sempre acima das políticas partidárias, aqui prevaleceu o interesse público coletivo”. Já o diretor superintendente do Sebrae, Cláudio Mendonça, espera que a obra estimule a economia local. “Assim vamos atrair muitos turistas, que poderão visitar nosso Estado e apoiar nossa economia”. Além de representar um enorme estímulo à atividade turística, o Bioparque Pantanal também vai fomentar estudos científicos sobre a fauna pantaneira. O local conta com laboratório voltado à pesquisas nas áreas de Biologia, Zootecnia, Geografia, Engenharia Florestal, entre outros. Para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Paulo Corrêa, o empreendimento valoriza a biodiversidade regional. “Os turistas vão sair daqui tendo a certeza de que nós fazemos a preservação do nosso meio ambiente. As pessoas de fora vão entender um pouco mais da nossa história”, disse o parlamentar.

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O Mato Grosso do Sul que

queremos

Mato Grosso do Sul é meu Estado do coração, aqui cresci e criei raízes. Nasci no interior de São Paulo e vim para cá ainda criança, constituí família e me consolidei profissionalmente. Quando falamos em Mato Grosso o Sul, é inevitável não falar de

natureza e de agronegócio. Sabemos da importância do desenvolvimento, por isso, espero um Estado industrializado em todos os setores, mas preservando o que temos de mais valioso, o nosso meio ambiente, ou seja, um progresso consciente.

- MAURI CI O ANDREOLI Diretor SBTMS

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par ce ria

desenvolvimento 36 •

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O presidente da Fiems, Sérgio Longen; o diretor-superintendente do Sebrae, Cláudio Mendonça; o prefeito de Nioaque, Valdir Júnior

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Sistema Fiems e Sebrae/MS se unem para levar projetos que contribuem com a melhoria da qualidade de vida da população em todo o Estado.

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S

e você já passou por algum estabelecimento comercial de Mato Grosso do Sul onde havia um selo escrito “Ação Empresa Segura” ou cruzou, pelas estradas do Estado, com alguma carreta do Senai levando qualificação profissional por meio de unidades móveis, saiba que isso é resultado da parceria entre Sistema Fiems e Sebrae/MS. O objetivo do trabalho conjunto é ajudar a transformar a economia dos municípios e contribuir com o desenvolvimento de todas as

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regiões. Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, a união do Sistema S é fundamental para esse desenvolvimento. “Sabemos da importância desse trabalho integrado entre todas as instituições que compõem o Sistema S. São ações que apoiam o desenvolvimento do Estado e com certeza fazem a diferença na vida de milhares de pessoas, além de ajudar na geração de empego e de renda para os municípios”, afirmou.


Por meio de ações conjuntas entre Fiems e Sebrae, o “Cidade Empreendedora” merece destaque. Trata-se de um programa que tem como objetivo impulsionar os resultados socioeconômicos dos municípios, levando estratégias de empreendedorismo, com ações voltadas ao fomento de geração de emprego, renda e oportunidades de negócios. “Cada vez mais, o Sebrae tem avançado com trabalhos nos municípios, fazendo a diferença

para a retomada da nossa economia. Essa atuação com as pequenas e médias empresas é feita em parceria com o Sistema S, que compõe a base, inclusive do nosso Conselho do Sebrae. Hoje, temos agentes em todo o Estado, dando suporte para as pequenas empresas, e a grande maioria desse apoio é oferecida de forma gratuita ou em parceria com as prefeituras, como é o caso do programa Cidade Empreendedora”, destacou Longen.

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Segundo o diretor-superintendente do Sebrae/MS, Claudio Mendonça, as estratégias trazidas pelo Cidade Empreendedora promovem mais do que um impacto na realidade local e possibilitam o desenvolvimento das regiões como um todo. Atualmente, 22 municípios já são atendidos pela instituição por meio do programa e mais 11 assinaram termo de adesão, subindo para 33 o número de cidades

contempladas pela iniciativa neste ano, o que representa 41% dos municípios do Estado. “Em cada município, trabalhamos em parceria com a Prefeitura Municipal e lideranças locais, como Associação Comercial e Sindicato Rural, para que juntos possamos promover o desenvolvimento. O Cidade Empreendedora atua para melhorar o ambiente de negócios de cada cidade, desburocratizar os processos, e, principalmente, para dar apoio

No ciclo 2021-2022, as prefeituras escolheram dois eixos:

Cidade de Negócios 16 cidades

O QUE É? É um programa desenvolvido em parceria com as prefeituras para transformar a economia e promover o desenvolvimento local a partir do fortalecimento dos pequenos negócios. São 15 meses em que a cidade é acompanhada pelo Sebrae/MS e o trabalho é desenvolvido a partir de um eixo competitivo escolhido pelo próprio município.

São duas linhas de atuação do programa: uma voltada para a melhoria do ambiente de negócios e a outra direcionada para auxiliar e propor soluções, tanto para o pequeno empresário quanto para os pequenos produtores rurais. Dentre as ações previstas está a desburocratização de processos na abertura e alterações de

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Voltado para transformar desemprego em novos empreendimentos e alavancar o desenvolvimento por meio do empreendedorismo.

Cidade Agro 6 municípios

Focado no potencial produtivo da cidade com a proposta de estimular o pequeno produtor e criar incentivos para impulsionar a economia agrícola local.

empresas; incentivos às compras locais; promoção de uma cultura empreendedora e a inovação nas escolas; melhorias na sala do empreendedor; estímulo ao desenvolvimento empresarial; formação de lideranças que exerçam uma gestão pública empreendedora.


PRINCIPAIS AÇÕES DO PROGRAMA CIDADE EMPREENDEDORA EM PARCERIA COM O SISTEMA FIEMS:

Empresa Segura Em 2021, 1.743 pequenos negócios foram atendidos pela Ação Empresa Segura. A iniciativa foi realizada em parceria com o Sesi e ofereceu consultoria gratuita aos empreendedores para a implantação de protocolo de biossegurança, além da vacinação contra H1N1 para os colaboradores registrados pelas empresas.

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Capacitação itinerante por meio de unidades móveis O Sebrae/MS, em parceria com o Sistema Fiems, por meio do Senai, oferece capacitação gratuita para a população de 22 municípios que integram o programa Cidade Empreendedora. Em 2021, foram sete carretas equipadas com maquinários de ponta que percorreram as cidades e disponibilizaram para os interessados 36 opções de cursos em áreas diferentes – Panificação, Automotiva, Construção Civil, Transformação Digital, Informática, Costura e Solda. A ação teve início em agosto e cerca de 4.500 pessoas foram capacitadas no ano passado. Em 2022, a iniciativa teve início em fevereiro com um diferencial: mais uma opção de unidade móvel foi incluída na ação – a carreta de Marcenaria. Com isso, o número de capacitações oferecidas foi ampliado para 44 opções. Ao contrário do ano passado, em que cada município recebeu quatro carretas diferentes, neste ano, cada cidade poderá escolher três, de acordo com a necessidade da sua região.

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ACESSE AS FOTOS DESTA MATÉRIA aos empreendedores. Queremos que o empresário se fortaleça para que ele consiga melhorar o seu negócio, gerar emprego e renda, para dessa maneira, alavancar o desenvolvimento”, explicou Cláudio Mendonça.

Cursos percorrem o Estado por meio de salas móveis em carretas.

TRANSFORMAÇÃO – O Cidade Empreendedora já atende os municípios de Amambai, Bandeirantes, Camapuã, Chapadão do Sul, Corumbá, Costa Rica, Dourados, Inocência, Jaraguari, Jardim, Maracaju, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Paraíso das Águas, Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Rio Verde de Mato Grosso, Selvíria, Sonora e Terenos. Em maio deste ano, mais 11 municípios passaram a integrar o programa: Água Clara, Bataguassu, Coxim, Bela Vista, Nioaque, Naviraí, Batayporã, Santa Rita Do Pardo, Pedro Gomes, Caarapó e Ponta Porã. O prefeito de Nioaque e presidente da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), Valdir Júnior, enfatizou a importância do Cidade Empreendedora para apoiar o desenvolvimento de cada região. “Além de trazer um plano de ação para que a gente promova o desenvolvimento, o programa dará suporte para as pequenas e médias empresas, fortalecendo o comércio local. Nós nos preocupamos com a saúde, a educação e a infraestrutura da cidade, e o programa também prevê um apoio direto à gestão pública, para que possamos capacitar os nossos secretários, para que eles trabalhem com expertise em todos os setores”, pontuou. Uma das beneficiadas com a parceria entre Sistema Fiems e Sebrae é a empresária Vanuza de Souza, da “Santos Bolos”. Ela aproveitou a oficina de panificação e confeitaria, oferecida de forma gratuita pelo Senai, para melhorar a produtividade de sua empresa, que vende bolos. “Fiz um curso de uma semana e consegui aprender coisas que não aprenderia numa vida toda, provavelmente. Eu já tinha a empresa, mas além de dicas para melhorar a produção, também tive orientação sobre como precificar meus produtos”, comentou.

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MAIS PARCERIAS rendendo inúmeros projetos, ações e parcerias para ajudar as empresas de Mato Grosso do Sul em diversas frentes, seja em relação à saúde e segurança do trabalho, à internacionalização e até mesmo para ganhos de produtividade.

As ações conjuntas entre Sistema Fiems e Sebrae não se resumem ao Cidade Empreendedora. Pelo contrário, a união entre as duas instituições se intensificou ainda mais desde o início da pandemia de covid-19,

Internacionalização No segundo semestre de 2021, um novo convênio entre Sebrae e CIN/IEL foi firmado, visando a realização de capacitações para empresários na área de internacionalização, com foco em micro e pequenas empresas. A iniciativa apoia a transformação de empresas rumo ao processo de internacionalização, passando pela captação de possíveis parceiros internacionais até o fechamento das negociações. Ao longo de um ano, os empresários também

recebem consultoria e acompanhamento do negócio para que, ao final do cronograma, o empreendimento esteja pronto para iniciar as negociações com o mercado internacional. São acompanhadas pelo projeto 15 empresas sulmato-grossenses. Não é a primeira vez que as entidades realizam ações nessa temática. Em 2020, convênio similar tinha a mesma proposta, com capacitações em relação à determinados temas na internacionalização.

Ganhos Rápidos de Produtividade Em 2021, parceria entre Sebrae/MS e Senai Empresa disponibilizou a consultoria gratuita “Ganhos Rápidos de Produtividade”, voltada a micro e pequenas empresas de qualquer segmento. A solução promove melhorias de processos por meio da inovação e da tecnologia. Com ferramentas da manufatura enxuta, a iniciativa estrutura e organiza setores da empresa, reduzindo desperdícios e elencando metas e objetivos.

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Com a implantação das recomendações apresentadas pela consultoria, as empresas podem obter melhores práticas para alavancar vendas, fidelizar clientes e aumentar receita, definir ações de gestão de recursos e indicadores para decisões assertivas com relação a insumos, aumentar ou otimizar a capacidade produtiva com a redução de desperdícios operacionais e atender à legislação e organização dos setores, processos e fluxos da empresa. A ação será repetida neste ano.


eSocial Desde o dia 10 de janeiro de 2022, pequenas empresas que possuem empregados são obrigadas a enviar os dados de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) ao Governo Federal por meio do sistema eSocial. Pensando em soluções para apoiar este público, neste ano, Sebrae/MS e Sesi/ MS lançaram a Consultoria em eSocial. O objetivo é orientar os empresários no atendimento às exigências do eSocial nos eventos relacionados a SST.

A consultoria apresenta os principais impactos, desafios e ações de melhoria para as empresas, objetivando o cumprimento legal vigente. Entre os benefícios para o empreendimento, ao realizar a solução, estão a redução de custos, padronização de processos, e segurança jurídica. Até o momento, cerca de 90 empresas se inscreveram e as inscrições seguem abertas para interessados.

Missões Técnicas Por meio de missões técnicas, Sebrae/MS e Sistema Fiems vem viabilizando a ida de empresários sul-mato-grossenses para grandes eventos de mercado do Brasil e até do exterior. A proposta, com essa iniciativa, é gerar networking para os participantes, além do contato com as últimas tendências do seu segmento de atuação, para que possam adquirir novos conhecimentos e melhor gerir seus negócios.

Entre as missões técnicas em parceria, desde 2019, foram realizadas caravanas para o 17º CONGRAF – Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, ocorrido em Porto Alegre (RS); Feira Minas Láctea, em Juiz de Fora (MS); Feira K (feira voltada ao segmento da indústria de plásticos e borracha) em Düsseldorf, na Alemanha; mais recentemente, para a feira ExpoPrint e ConverExpo 2022 Latin America em São Paulo, sendo considerado o maior evento de impressão das Américas.

Bonito Seguro Em 2020, diante da pandemia, uma iniciativa do Sistema S (Sebrae/MS, Sistema Fiems e Sistema Fecomércio), em parceria com a governança local do turismo, permitiu que empresas de Bonito participassem de orientações técnicas para implementar protocolos de biossegurança. A iniciativa denominada “Bonito Seguro” foi fundamental para que o destino fosse um dos primeiros a reabrir para o Turismo com segurança, proporcionando resultados de demanda bastante positivos na retomada da atividade.

O programa Bonito Seguro auxiliou na elaboração de plano de retomada com as associações representativas do trade turístico; capacitou empresas do município nos protocolos de biossegurança; entregou o selo Bonito Seguro para os empreendimentos que cumpriram 100% das medidas de saúde e segurança; reforçou aos turistas a importância das medidas da vigilância sanitária, entre outras ações. Ao todo, o programa alcançou 2.413 empresas e 693 protocolos de biossegurança, foram entregues aos empreendimentos do município.

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senai

EDUCAÇÃO E QUALIFICAÇÃO CONSTRUINDO O CAMINHO PARA A LIBERDADE Senai oferece cursos gratuitos a internos do semiaberto durante reforma de escolas públicas e abre portas para ressocialização

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DE FOTOS


O

ensino pode dar mais uma chance para quem um dia, por algum motivo, deixou ele para trás. Para os internos do regime semiaberto da Gameleira, em Campo Grande, a oportunidade de se reconciliar com o futuro vem através do projeto “Revitalizando a Educação com Liberdade”. Em parceria com o Senai, a iniciativa, criada pelo TJMS (Tribunal

de Justiça de Mato Grosso do Sul), em 2014, oferece qualificação à mão de obra prisional, que coloca os ensinamentos em prática com a reforma de escolas públicas da capital. Por meio do projeto, realizado em parceria com a comunidade, que recebe uma unidade escolar em melhores condições, já os detentos aprendem uma nova profissão para se reintegrar

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13

ESCOLAS REFORMADAS

3 milhões

de recursos públicos economizados

10%

DO SALÁRIO PAGO AOS PRESOS É DESTINADO ÀS REFORMAS

80

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INTERNOS COM PENA REDUZIDA 1 DIA A MENOS DE PENA PARA CADA 3 DIAS TRABALHADOS

“O projeto busca contribuir com a melhoria de duas das maiores mazelas do país: o sistema prisional e a educação pública. A partir do trabalho prisional, o preso se torna protagonista de sua própria ressocialização, mostrando à comunidade escolar, a maior beneficiada, o seu novo papel” - JUI Z ALBI NO COI MBRA NETO

à sociedade, e os gestores públicos economizam recursos, gastando menos para contratar um serviço de qualidade. No início de abril, a comunidade recebeu a 13ª reforma viabilizada pelo projeto. A Escola Estadual Joselina de Almeida Xavier, no Bairro Jardim Guanabara, foi contemplada. Além de nova pintura, a unidade escolar teve toda a parte elétrica renovada, estruturação do corredor central, reforma dos banheiros e uma nova biblioteca. Os detentos que participam de todas as fases do projeto, desde a alvenaria até a pintura, recebem três certificados do Senai: pedreiro de alvenaria, pedreiro de revestimento e pintor de obras. Para o diretor regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialardo, o

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INFOGRÁFICO


Diretor-regional do Senai, Rodolpho Mangialardo

projeto de revitalização das escolas é uma poderosa ferramenta de reinserção do detento à sociedade. “A gente identificou que mais de 90% das pessoas que trabalham em projetos como esse saem ressocializadas. Temos exemplos de internos que hoje são empreendedores na área da construção civil e a gente fica muito feliz em poder oportunizar isso a todos”. Idealizada pelo juiz Albino Coimbra Neto, da 2ª Vara de Execução Penal (VEP), da capital, a iniciativa surgiu no final de 2013 para garantir trabalho aos presos do regime semiaberto e amenizar a falta de infraestrutura a que são submetidas as instituições públicas. “O projeto busca contribuir com a melhoria de duas das maiores mazelas do país: o sistema prisional e a educação pública. A partir do trabalho prisional, o preso se torna protagonista de sua própria ressocialização, mostrando à comunidade escolar, a maior beneficiada, o seu novo papel”, explica o juiz. Para a diretora da Escola Estadual Joselina de Almeida Xavier, Roselena Padoa Barbosa, a reforma trouxe não só benefícios estruturais,

mas também estimulou o aumento da participação das famílias na rotina escolar. Na unidade, estudam 190 alunos do 5° ao 9° ano do Ensino Fundamental. “São duas transformações sociais: uma na educação, ao transformar a estrutura física da escola, instigando os alunos a estudarem e permanecer mais tempo dentro do ambiente escolar; e a transformação penal, que dá aos detentos a chance de se reintegrar à sociedade, sair com um ofício”, lembrou a professora. A obra é custeada pelos próprios presos, com o dinheiro arrecadado do desconto de 10% do salário pago. Além dos benefícios sociais, o convênio representou, até hoje, uma economia de mais de R$ 3 milhões aos cofres públicos.

Entre os que agarram a nova chance está o interno Adailton da Mata. O desejo de dedicar aos estudos para ingressar ao mercado de trabalho, tão logo acerte as contas com a Justiça. A Lei de Execuções Penais estabelece que a cada três dias trabalhados um é diminuído da pena. “Aqui é uma vaga, uma porta de emprego e um meio para você se reintegrar à sociedade, com uma nova mente, um novo futuro, como uma nova pessoa. Apesar de estar cumprindo pena, tenho esse privilégio, graças a Deus, de poder hoje estar me profissionalizando cada vez mais. No futuro, quero continuar no ramo da construção civil, que é o que eu gosto de fazer”.

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CIN ajuda empresas sul-mato-grossenses a negociar com o mercado internacional

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IEL

S

eja grande ou pequena, um dos objetivos de qualquer empresa que deseja ampliar seus negócios e crescer no mercado é exportar seus produtos, mas nesse caminho existe uma dificuldade enfrentada pela maioria: a falta de conhecimento e estratégias para entrar no mundo do Comex, inicialmente desconhecido e rodeado de burocracia. Pensando nessa dificuldade que as empresas têm em iniciar sozinhas as negociações, o CIN (Centro Internacional de Negócios) desenvolveu toda expertise para atender essa demanda e é especialista em realizar capacitação e consultoria necessária para preparar a empresa que deseja começar.

Quem apostou na capacitação e já estão negociando com o mercado boliviano são os empresários Carmelo de Avila e a esposa Mirella Oliveira de Avila. Com 55 funcionários e 15 anos atuando no mercado de Dourados e região, a empresa Agricar, gerida pelo casal, produz maquinários agrícolas e o primeiro produto exportado foi uma plataforma draper para colheitadeira, negociada com o mercado de Santa Cruz, na Bolívia, mas essa história começou meses antes. Sem conhecimento necessário, a empresa procurou o CIN e foi inserida no programa de internacionalização de empresas. Neste programa, que é uma

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parceria do Centro Internacional de negócios com o Sebrae, são 12 meses de capacitação, consultorias e toda assistência necessária para que o empresário aprenda desde a condução das negociações, a preparação da documentação, bem como estratégias na hora de encontrar o melhor parceiro para os negócios e até a finalização do negócio. “É a p r i m e i r a v e z q u e exporta mos, e o CIN foi fundamental nesse processo. Não sabíamos ao menos como iniciar a negociação, todo processo é muito burocrático, mas com a consultoria foi simples, tivemos toda assistência necessária”, disse Carmelo de Avila. Mirella de Avila complementa dizendo que procurou ajuda anteriormente, mas encontrou no programa de capacitação o auxílio que a empresa precisava.

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Ação Cidadania 2014

“Antes da consultoria, parecia muito difícil iniciar os negócios no mercado externo. Agora temos uma boa noção do que fazer e toda ajuda de que precisamos até o fechamento do contrato, além de um acompanhamento contínuo no processo”, comentou.

Pa ra a coordenadora do CIN/MS, Sthefany Nishikawa, o grande diferencial do programa é o acompanhamento personalizado para cada empresa, que tem total atenção desde a primeira etapa da capacitação, até a análise do mercado e como reconhecer os clientes em potencial para as negociações. “A capacitação é essencial para a empresa que deseja negociar com o mercado externo, além de uma capacitação completa sobre os processos de exportação, o CIN também realiza o acompanhamento de perto, com consultoria para conduzir a negociação até o fechamento do negócio, seja para importação ou exportação”, afirmou. Outra empresa que ganhou espaço no mercado internacional


“...o CIN também realiza o acompanhamento de perto, com consultoria para conduzir a negociação até o fechamento do negócio, seja para importação ou exportação.”

Carmelo e Mirela de Avila, Sthefany Nishikawa e Andrea Afif

e tem levado o nome de Mato Grosso do Sul para fora do país, é a Imperial Cutelaria. Acompanhada pelo CIN desde o início do processo, atualmente a empresa, inclusive, fidelizou clientes nos Estados Unidos com as facas artesanais e utensílios de churrasco que conquistaram o mercado americano. Há 13 anos no mercado, a empresa conta com um time de 40 funcionários. A diretora executiva, Edilce Mesnerovicz, comentou que a principal dificuldade no início foi o desconhecimento sobre os processos para iniciar as negociações. “Começamos a exportar após cerca de 6 anos de trabalho, conhecemos uma americana que

veio ao Brasil, em um evento que participávamos em São Paulo. Na época, ela se interessou muito pelos nossos produtos, no entanto enfrentávamos uma dificuldade similar à maioria dos empresários que começam a exportar, a falta de conhecimento, o CIN foi fundamental nesse processo. Iniciamos a capacitação e as consultorias e hoje já pensamos em expandir nossos negócios”, salientou. A empresária comenta ainda sobre a intenção de vender para novos mercados, o Canadá, por exemplo. “Nosso foco é a construção da nossa nova fábrica, que vai a mplia r a nossa produção, nossa capacidade atualmente é

de fabricar 10 mil peças por mês, com a nova estrutura vamos ampliar essa produção para 80 mil peças mensais, isso vai aumentar as nossas oportunidades e com certeza proporcionar novos negócios, inclusive para exportação”, finalizou. Todo o processo de capacitação tem duração de um ano. Empresas que também desejam exportar seus produtos e receber a qualificação e acompanhamento podem entrar em contato com o CIN pelo telefone (67) 3389-9150.

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sesi

PARA O ALTO E

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ACOMPANHE OS DESTAQUES ESPORTIVOS DA ESCOLA SESI


Sesi investe no esporte escolar por meio de parcerias de sucesso e apoio à formação de alunos atletas

O

ano de 2022 representa um ponto de virada para as escolas da Rede Sesi de Educação em Mato Grosso do Sul. A partir deste ano, o esporte ganha lugar de destaque por meio de incentivo aos alunos e de investimento em parcerias com entidades que são referência nacional no assunto. Progresso acadêmico e desempenho esportivo passam a caminhar lado a lado nas unidades da Escola Sesi.

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O programa de incentivo ao esporte escolar é amplo e se estende por todas as sete unidades escolares da rede, como explica o superintendente do Sesi, Régis Borges. “Teremos uma base de alunos para formar equipes de competição, que vão representar a Escola Sesi em campeonatos. A partir dessa base, vamos identificar e investir nos talentos esportivos. Inicialmente, estamos priorizando atividades de esporte coletivo para algumas unidades. Neste ano, a proposta é contar com pelo menos um esporte coletivo bem estabelecido, com equipes bem estruturadas nos naipes masculino e feminino”. Já os esportes individuais serão apoiados conforme a realidade de cada unidade escolar, complementa o superintendente. A estreia da Escola Sesi de Campo Gra nde nos 35º Jogos Escola res municipais, em abril, representou o pontapé inicial do projeto esportivo na Rede Sesi de Educação em Mato Grosso do Sul. Ao incluir a prática esportiva na rotina dos estudantes, o Sesi não visa apenas conquistar medalhas e atrair os holofotes. A missão principal é desenvolver, nos alunos, as habilidades e competências únicas que o esporte ensina como nenhuma outra atividade: disciplina, dedicação, respeito às regras e aos adversários, aprendizado com a vitória e com a derrota. O estímulo a uma vida saudável também integra os objetivos da educação esportiva no currículo escolar. Régis Borges, que na juventude foi atleta de vôlei, reconhece a importância dos valores do esporte em sua formação pessoal. “São aspectos como resiliência, força de vontade, não desistir e se superar, saber que seu limite pode ser desafiado. A gente resgata isso em vários momentos na vida adulta, seja como

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ACESSE O VÍDEO DA ABERTURA DOS 35º JOGOS ESCOLARES DE CAMPO GRANDE


profissional, seja nas relações familiares. Tem sido uma grande felicidade esse meu envolvimento com a atividade esportiva à frente do Sesi”, conta. Superintendente do Sesi, Régis Borges

Parceria com Sesi SP pode expandir horizontes para atletas de destaque A Rede Sesi de Educação em Mato Grosso do Sul também busca firmar parcerias com entidades de ponta, como o Sesi São Paulo. O ramo paulista de Serviço Social da Indústria é nacionalmente reconhecido pelo trabalho esportivo de excelência em diversas modalidades, como vôlei, basquete e natação. O intercâmbio entre as duas entidades promete render bons frutos para a comunidade escolar sulmato-grossense.

“Va mos receber as melhores práticas que o Sesi SP desenvolve. Em contrapartida, aqueles talentos que tiverem potencial para serem atletas de alto rendimento poderão ser convidados a ganhar bolsas de estudo para defender o Sesi SP. Sem dúvida, eles são um ícone, com anos de investimento e larga experiência em esporte de base e de alto rendimento. Essa parceria abre um horizonte promissor para pais e alunos da nossa Escola Sesi”, afirma Borges.

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dicas

DIREÇÃO ECONÔMICA Senai ainda não tem curso de produção de gasolina, mas dá dicas de como fazer o combustível render mais A possibilidade de fabricar o próprio combustível para manter os meios de transporte tornou-se piada na internet com as constantes altas nos preços. Mesmo com as inúmeras

capacitações oferecidas, os técnicos do Senai não garantem a produção do insumo, porém é possível adotar algumas medidas para fazer com que ele renda mais.

O INSTRUTOR DE MECÂNICA DO SENAI DE CAMPO GRANDE, MAICO PETRALIA DA SILVA, DEU 10 DICAS PARA ECONOMIZAR COMBUSTÍVEL NA HORA DE DIRIGIR. CONFIRA:

ESCOLHA DO CARRO MAIS ECONÔMICO

Conforme Maico, é importante se atentar para o tamanho do motor do veículo. “O recomendado é um carro 1.0 para deslocamento urbano”.

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COMBUSTÍVEL DE QUALIDADE SISTEMA DE INJEÇÃO ELETRÔNICA E DIRETA

Dê preferência para utilização de veículos com injeção eletrônica e direta. A tecnologia permite que o comando mande combustível diretamente para câmara de combustão.

Quanto menor a qualidade do combustível, maior a quantidade consumida. Procure por postos de confiança, que passem por vistorias regulares do Inmetro.

PNEU EM BOAS CONDIÇÕES

EVITAR O AR CONDICIONADO

Segundo o instrutor do Senai, o uso do ar condicionado é um fator que aumenta consideravelmente o consumo de combustível, principalmente em veículos de motor 1.0, que na cidade apresentam um consumo maior entre 7% a 10%.

O uso de pneus fora das características do veículo e manutenção em dia são fatores que interferem no consumo de combustível.

NÃO ABUSE DA ACELERAÇÃO

É importante lembrar que a aceleração é diferente da velocidade. “Há motoristas que aceleram muito, mesmo não correndo. Por isso, é importante acelerar apenas quando necessário para evitar o aumento da aceleração.

MANUTENÇÃO DO MOTOR EM DIA

Também é importante que esteja em dia a manutenção preventiva do motor.

TECNOLOGIA DE START STOP

QUANTO MENOS CARGA, MELHOR

O peso de cargas nos veículos também é um fator determinante para o consumo de gasolina.

Disponível apenas em modelos mais recentes, a tecnologia permite que o carro desligue automaticamente quando para no semáforo, por exemplo.

USE VIAS RÁPIDAS

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Evitar se locomover por ruas com tráfego intenso de veículos também pode ajudar a otimizar o uso de gasolina.

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radar industrial

PRODUÇÃO INDUSTRIAL

BAIXE O RADAR INDUSTRIAL

76% das empresas industriais de Mato Grosso do Sul apresentaram estabilidade ou crescimento da produção (58% das empresas com produção estável e 18% com crescimento)

ASSISTA AO VÍDEO

EXPORTAÇÃO

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US$ 398,7 milhões Receita total acumulada em 2022

US$ 1,44 bilhão

Crescimento de 19% em relação ao mesmo período de 2021 Quanto à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 58% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul. Já no acumulado do ano, a participação está em 57%.

ASSISTA AO VÍDEO

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ACESSE A MATÉRIA COMPLETA NO SITE


EMPREGO

5.040 vagas Abertas pela indústria de janeiro a março Com esse resultado, o conjunto da atividade industrial foi responsável por

30% do total ACESSE A MATÉRIA COMPLETA NO SITE

de vagas abertas em Mato Grosso do Sul no período indicado.

ATIVIDADES QUE MAIS EMPREGARAM NO ACUMULADO DO ANO: Construção de edifícios (+933) Fabricação de álcool (+605) Fabricação de açúcar (+580) Obras de infraestrutura (+492) Obras de terraplanagem (+236) Fabricação de brinquedos e jogos recreativos (+173) Fabricação de celulose (+157) Obras de alvenaria (+156) Confecção de peças do vestuário (+120) Tratamentos térmicos, acústicos ou de vibração (+114) Fabricação de calçados de material sintético (+112)

MUNICÍPIOS QUE MAIS EMPREGARAM

Campo Grande (+830) Aparecida do Taboado (+597) Dourados (+588) Ribas do Rio Pardo (+580) Três Lagoas (+543) Rio Brilhante (+464) Nova Andradina (+341)

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BAIXE OS GRÁFICOS

quanto você pagou ?

INDICADOR DE ARRECADAÇÃO 2022

mato grosso do sul R$ milhões

Evolução ICMS

2021

1.247 1.198 1.046

JANEIRO

1.207

1.158 1.015

1.260 1.069

MARÇO

Janeiro a dezembro de 2021

r$ 13.831.325.628

ABRIL

1.237

1.207

1.173

1.156

1.074

FEVEREIRO

1.259

1.235

1.251

1.121

JUNHO

MAIO

JULHO

AGOSTO

SETEMBRO

janeiro a maio de 2021

janeiro a maio de 2022

r$ 5.361.409.527

r$ 6.082.106.366

OUTUBRO

NOVEMBRO

Variação No período

DEZEMBRO

13,44%

Fonte: Boletim de arrecadação de tributos estaduais - CONFAZ / Minstério da Economia. Elaboração: SFIEMS COEP

EXPECTATIVA DO MERCADO • DESEMPENHO ESPERADO EM 2021 MARÇO (25/03)

Índice oficial de inflação - IPCA (%)

7,89

6,86

Aumento (piora)

Taxa de câmbio fim de período (R$/US$)

5,00

5,25

Queda

Taxa básica de juros Selic fim de período (%a.a.)

13,25

13,00

Aumento (piora)

PIB (% do crescimento)

0,70

0,50

Aumento (melhora)

60,00

59,00

Aumento (melhora)

7,31

6,03

Investimento Direto no País (US$ Bilhões) Inflação dos Preços Administrados (%)

Fonte: Banco Central do Brasil - Boletim Focus de 25 de Março e 29 de Abril.

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COMPORTAMENTO EM RELAÇÃO AO MÊS ANTERIOR

ABRIL (29/04)

VARIÁVEIS

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Aumento (piora)


Quem te conhece Que te compre Proporcionar experiências é o ponto forte da pequena e charmosa fábrica de chocolates Angí, localizada em Campo Grande. A empresária Beatriz Branco explica que o chocolate traz a harmonização do cacau com os sabores do cerrado, como a bocaiúva, a castanha de baru, a guavira e tantos outros frutos tradicionais do bioma pantaneiro. “A mistura do chocolate com o fruto vira uma explosão de aromas”, explica. A empresária começou a criar as receitas em 2017 e a inspiração teve início ainda na infância, por influência do pai que sempre proporcionou esse contato com a natureza. “Colhíamos os frutos do cerrado e eu sempre fui apaixonada pelos sabores. Angí é uma homenagem ao Pantanal. O nome vem de uma árvore nativa, o angico, que é a minha preferida, e a proposta sempre foi proporcionar mais do que chocolate, queremos que as pessoas tenham experiências únicas ao experimentar os sabores”. Atualmente, a fábrica recebe grupos de pessoas para visitas guiadas. Os clientes conhecem todo o processo de produção e o passeio termina com uma deliciosa degustação dos produtos. Além dos sabores dos chocolates, a Angí também oferece outros produtos produzidos a partir do cacau e dos frutos

FÁBRICA DE CHOCOLATE ORGÂNICO TRAZ EXPERIÊNCIA DE CONEXÃO COM A BIODIVERSIDADE DO PANTANAL

do cerrado, como chás, granolas e os próprios frutos que são oferecidos na degustação. Outro ponto forte da marca são as embalagens que trazem estampadas o que o pantanal tem de mais rico: a fauna e a flora. “Nossos produtos têm uma identidade forte, além da homenagem aos nossos animais e nossa biodiversidade, nossas embalagens também são biodegradáveis, nossa proposta é conscientizar sobre a preservação das nossas riquezas naturais e também valorizar a cultura regional”. A Fábrica Angí fica localizada na rua Iolanda Giordano, 149, no bairro Tayama Park. Os produtos também estão disponíveis no site angichocolates.com/loja.

Assista a Entrevista

Acesse o site

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sindicatos Sindicato

Presidente

Telefone

E-mail

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA ALIMENTAÇÃO DE CORUMBÁ - SIACO CORUMBÁ

Edis Gomes da Silva

99987-1604

edis@fiems.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS EXTRATIVAS DE CORUMBÁ - SINDIECOL CORUMBÁ

Irma Tinoco Atagiba Asseff

99925-8687

irma.lindinha@hotmail.com

Alfredo Fernandes

99983-8477

aefe@terra.com.br

Lenise de Arruda Viégas

99962-2471

la_viegas@hotmail.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE CORUMBÁ - SINDICOM CORUMBÁ

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO DE CORUMBÁ - SINDIVESC CORUMBÁ

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DE CORUMBÁ - SIMEC

Marcelo de Carli

98126-5758

postofronteirao@terra.com.br

CORUMBÁ

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SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO DO ESTADO DE MS - SINDUSCON CAMPO GRANDE

Amarildo Miranda Melo

3387-8884 3387-1608

SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS INDÚSTRIAS DO VESTUÁRIO, TECELAGEM E FIAÇÃO DE MS - SINDIVEST CAMPO GRANDE

José Francisco Veloso Ribeiro

3324-1963

sindivestms@fiems.com.br veloso@fiems.org.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DO ESTADO DE MS - SIMEMAE CAMPO GRANDE

Nilvo Della Senta

3324-1963

simemae@fiems.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDIGRAF CAMPO GRANDE

Altair da Graça Cruz

3325-6161

sindgraf@uol.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PANIFICAÇÃO E CONFEITARIA DO ESTADO DE MS - SINDEPAN CAMPO GRANDE

Marcelo Alves Barbosa

3324-1963

sindpan@fiems.com.br

SINDICATO INTERMUNICIPAL DAS IND. DE MÓVEIS EM GERAL, MARCENARIAS CARPINTARIAS, SERRARIAS, TANOARIAS, MADEIRAS COMPENSADAS E LAMINADAS, AGLOMERADOS E CHAPAS DE FIBRAS DE MADEIRAS, DE CORTINADOS E ESTOFADOS NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDMAD CAMPO GRANDE

Antônio Carlos Nabuco Caldas

3324-1963

sindmadms@fiems.org.br

superintendencia@sindusconms.com.br


Sindicato

Presidente

Telefone

E-mail

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDAL CAMPO GRANDE

Roberto Hollanda

3324-3499

roberto.hollanda@biosulms.com.br erico.paredes@biosulms.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FABRICAÇÃO DO AÇÚCAR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDAÇUCAR CAMPO GRANDE

Roberto Hollanda

3324-3499

roberto.hollanda@biosulms.com.br erico.paredes@biosulms.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA DE PEQUENO E MÉDIO - SINERGIA CAMPO GRANDE

Roberto Hollanda

3324-3499

roberto.hollanda@biosulms.com.br erico.paredes@biosulms.com.br

SINDICATO DAS EMPRESAS DO VESTUÁRIO INDUSTRIAL DA REGIÃO SUL DO MS - SINVESUL DOURADOS

Gilson Kleber Lomba

3421-5995

sinvesul@hotmail.com

Fabricio Berton

3324-1963

sindiplastms@fiems.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PAPEL E CELULOSE DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINPACEMS CAMPO GRANDE

Élcio Trajano

3324-1963

sinpacems@fiems.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SILEMS CAMPO GRANDE

Milene de Oliveira Nantes

3324-1963

silems@fiems.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE FRIO, CARNES E DERIVADOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SICADEMS CAMPO GRANDE

Ivo Cescon Scarcelli

3383-1511

sicadems.ind@gmail.com

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE CERÂMICAS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDICER CAMPO GRANDE

Natel Henrique Farias de Moraes

3324-1963

sindicer.ms@fiems.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE CALÇADOS DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SINDICAL CAMPO GRANDE

João Batista Camargo

3324-1963

sindicalms@fiems.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DA ALIMENTAÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL - SIAMS CAMPO GRANDE

Sérgio Marcolino Longen

3324-1963

sindicato@siams.org.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DOS VESTUÁRIO, TECELAGEM E FIAÇÃO DE TRÊS LAGOAS - SINDIVESTIL TRÊS LAGOAS

Marcelo Galassi

3324-1963

sindivestms@fiems.com.br

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE PLÁSTICOS E PETROQUÍMICAS DE MATO GROSSO DO SUL - SINDIPLAST

CAMPO GRANDE

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artigo

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PARA O NOVO MUNDO DO TRABALHO - R O B S O N B R A GA D E A N D RA D E Empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Entre os muitos componentes ligados ao mundo do trabalho que a nova era digital deixou para trás – além de objetos, equipamentos e comportamentos caídos em desuso –, está a sensação de que é possível concluir os estudos. No cenário atual, que exige profissionais não só antenados com o que está acontecendo no mundo, mas também dotados de espírito inovador, a aprendizagem precisa ser continuada e ocorrer ao longo de toda a vida (long life learning, no termo em inglês). Alguns podem encarar esse fato como uma dificuldade, mas a atitude correta, diante das múltiplas oportunidades profissionais que surgirão, é não desistir nunca. O ambiente de trabalho está passando por profundas transformações, em consonância com as mudanças nos modelos de negócios e na produção, ocasionadas pela revolução digital. Muitas ocupações tradicionais estão se alterando radicalmente ou sendo extintas. Enquanto isso, outras surgem a todo instante. Nesse panorama de renovação, terão vantagens aqueles que tiverem habilidades tecnológicas, pensamento crítico, velocidade na execução de tarefas, flexibilidade e capacidade de aprender e de trabalhar em equipe. Essas são algumas das competências técnicas e emocionais que devem fazer parte da educação profissional para dotar os trabalhadores dos instrumentos necessários ao bom desempenho de suas funções. O ensino, em todos os níveis formais e técnicos, precisa ser multidisciplinar, pois as tarefas serão cada vez mais complexas em praticamente todos os setores da economia – em especial, na indústria. É imprescindível preparar estudantes e trabalhadores para essa nova realidade, com a máxima urgência possível. O Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, lançado em maio pelo recém-criado Observatório Nacional da Indústria, identificou a demanda futura por mão de obra para orientar a formação profissional de base industrial no país. Segundo o estudo, até 2025, o Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas em ocupações na indústria: 2 milhões em formação

inicial – para repor inativos e preencher novas vagas – e 7,6 milhões em formação continuada, que são os trabalhadores que precisam se atualizar. Ou seja, 79% da necessidade, nos próximos quatro anos, será em requalificação e aperfeiçoamento. Uma boa notícia é que devem ser criadas 497 mil vagas formais em ocupações industriais, saltando dos atuais 12,3 milhões de empregos no setor para 12,8 milhões em 2025. Esses postos de trabalho demandarão conhecimentos em níveis de qualificação, técnico e superior. De acordo com o estudo, as maiores oportunidades estarão nas áreas de construção, metalmecânica, logística e transportes, alimentos e bebidas, têxtil e vestuário, automotivo, tecnologia da informação, eletroeletrônica, gestão e couro e calçados. Para estimular a mudança nos sistemas de educação profissional no mundo, o Fórum Econômico Mundial lançou a Aceleradora de Competências (Closing the Skills Gap Accelerator, no original em inglês). O objetivo do programa é qualificar 1 bilhão de pessoas em todo o mundo em oito anos, especialmente em setores de alta tecnologia, como automotivo, de energia e de biotecnologia. No Brasil, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) coordena a força-tarefa, em parceria com o governo federal e a Microsoft. A meta é qualificar 4,2 milhões de trabalhadores em novas tecnologias até 2025. O SENAI vai potencializar o trabalho que já realiza em formação profissional – com mais de 2 milhões de alunos por ano. Trará para a iniciativa o maior número de empresas que queiram apoiar a qualificação por meio de compartilhamento de informações e experiências, além de apoio no desenvolvimento de novos cursos. Nesse enorme esforço de capacitação para as exigências do novo mundo do trabalho, o Brasil pode contar com o SENAI, cuja excelência é reconhecida mundialmente, e com todas as instituições do Sistema Indústria.

O conteúdo publicado nesta página é de inteira responsabilidade do autor e as opiniões no texto não representam o posicionamento do Sistema Fiems

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Esquadrão SEBRAE

Cada vez mais perto para sua empresa ir mais longe.

2 5 0 N OVO S AG E N T E S S E B R A E E M TO D O O E S TA D O

O Esquadrão Sebrae está mais perto e preparado para atender mais de 31 mil empreendimentos em todo o Estado, com consultorias personalizadas e soluções inovadoras. Tá esperando o que pra levar sua empresa mais longe?

PARA MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE: WWW.MS.SEBRAE.COM.BR MS INDUSTRIAL | 2022 • 67


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