Livro de resumos XX JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA E IX SIMPÓSIO PARAIBANO DE BIOMEDICINA

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Sejam bem-vindos a XX JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA FACULDADE SANTA EMÍLIA DE RODAT E IX SIMPÓSIO PARAIBANO DE BIOMEDICINA. Em 2013, a Faculdade Santa Emília de Rodat – FASER foi adquirida pelo Grupo UNIESP. Com a nova administração, viu-se a necessidade de um maior envolvimento dos alunos no sentido de investimento intelectual em pesquisas. Essa nova visão fez com que os eventos que aconteciam separadamente ocorressem juntos e de uma forma maior, acontecendo assim, a partir de 2013.2 a XIV JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E VI SIMPÓSIO PARAIBANO DE BIOMEDICINA DA FACULDADE SANTA EMÍLIA DE RODAT. Dando continuidade ao evento que acontece semestralmente, tivemos em 2014.1 a XV JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E I SIMPÓSIO DE RADIOLOGIA DA FACULDADE SANTA EMÍLIA DE RODAT E VII JORNADA DE BIOFÍSICA RADIOLÓGICA DA UFPB e 2014.2 a XVI JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E VII SIMPÓSIO PARAIBANO DE BIOMEDICINA DA FACULDADE SANTA EMÍLIA DE RODAT/UNIESP, 2015.1 a XVII JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA FACULDADE SANTA EMÍLIA DE RODAT E 77ª SEMANA DE ENFERMAGEM 2015.2 a XVIII JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, VIII SIMPÓSIO PARAIBANO DE BIOMEDICINA E I SEMANA DE RADIOLOGIA DA FACULDADE SANTA EMÍLIA DE RODAT, 2016.1 a XIX JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA FACULDADE SANTA EMÍLIA DE RODAT E 78º SEMANA DE ENFERMAGEM, e agora em 2016.2 a XX JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA FACULDADE SANTA EMÍLIA DE RODAT E IX SIMPÓSIO PARAIBANO DE BIOMEDICINA. Nossa visão é que os alunos da FASER, assim os de outras Instituições de Ensino, profissionais das áreas de saúde ou pessoas que tenham interesse pelas áreas de Enfermagem, Biomedicina, Cosmética e Estética, e Radiologia venham participar desse momento de troca de conhecimento. Esperamos que todos os participantes aproveitem as palestras, minicursos, oficinas e workshops que serão oferecidos. Estamos sempre buscando melhorar, e para que consigamos, precisamos sempre está ultrapassando os limites do que nos é proposto, pois assim não nos limitamos ao comum.

Msc. Clenia Mª Pereira Batista Presidente da Comissão Organizadora

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J82v

Jornada de Iniciação Científica da FASER XX Jornada de Iniciação Científica e IX Simpósio Paraibano de Biomedicina: evento direcionado a estu_ dantes e profissionais das áreas de saúde, e pesquisa_ dores interessados na área / Faculdade Santa Emília de Rodat – João Pessoa : FASER, Nov. ; 2016. 43p. ( Livro de Resumos)

1- Pesquisa Cientifica – Jornada. 2. Biomedicina - Simpósio. I. Faculdade Santa Emília de Rodat/UNIESP. II. Título CDU 001.8 : 61

2- 3. 3I Faculdade Santa Emília de Rodat. II.Título CDU 001.8:816-083 UNIPÊ / BC

CDU - 658:004


XX JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA FACULDADE SANTA EMÍLIA DE RODAT E IX SIMPÓSIO PARAIBANO DE BIOMEDICINA Msc. Clenia Mª Pereira Batista – Presidente da Comissão Organizadora e Científica COMISSÃO ORGANIZADORA ALINE DIAS DE SOUZA ALEKSANDRA FERREIRA CLEMENTINO ANDREA SOUZA FERNANDES ANNA KAROLINA DA SILVA PEREIRA BRUNA MONTEIRO FREIRE CAMILA MONTEIRO BARBOSA EFIGÊNIA ROSA FAUSTINO FABIANA MACIEL MADUREIRA MARQUES GENECIERE SEMIRAMIS ARAÚJO FERNANDES GILDONBERG FERNANDES COSTA CRUZ INGRID ALESKA ARAÚJO FERREIRA JANDERLAN DO NASCIMENTO GOMES FILHO JOSÉ FAUSTINO LEVI EDREY DE ANDRADE MACÊDO LUCAS EDUARDO RODRIGUES DA CRUZ LUCAS RAINDSON BEZERRA DA SILVA MYRNNA KELLY DUARTE FAUSTINO RODRIGO NISKIER TAYNNA HENRIQUE PERERIRA TERCÍLIA RODRIGUES DE OLIVEIRA THAMIRIS BENTO DA SILVA VALDOMIRO DO NASCIMENTO ALVES VALÉRIA SANTANA DA COSTA WINNE FERNANDES DE OLIVEIRA

COMITÊ CIENTÍFICO ANA FLÁVIA PINHEIRO SALES PEREIRA ANDREA SOUZA FERNANDES CLENIA MARIA PEREIRA BATISTA FÁBIO FORMIGA NITÃO HELOÍSA RAQUEL FERREIRA DA SILVA ISA FERNANDA MARTINS SANTOS DE MOURA KELLY RIBEIRO SÁ LENILDE DIAS RAMALHO MAGALI ANDRADE DINIZ MÁRCIO DE LIMA COUTINHO MARIA DAS GRAÇAS DA SILVA MARINÊS LIMA DE FARIAS ALMEIDA MONALISA CAVALCANTE CARTAXO DO NASCIMENTO NILSONETE GONÇALVES LUCENA FERREIRA ROSA MARIA ARAÚJO GUEDES DE CARVALHO ROSALY NOGUEIRA LEAL SOCORRO MARIA PEREIRA VENTURA OLIVEIRA

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SUMÁRIO 1- CRIANÇA PORTADORA DE HIDROCEFALIA: cuidados intensivos ...............................5 2- DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ: riscos para a puérpera e o feto ..............................................................................................................................................10 3- ENCEFALOPATIA TRAUMÁTICA CRÔNICA: o enigma da neuropatologia ................14 4- ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: erros e acertos .........19 5- MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS IMPLICADOS NO DESENVOLVIMENTO DAS FORMAS GRAVES DA DENGUE ....................................................................................24 6- OCORRÊNCIA DE Listeria monocytogenes EM DIFERENTES TIPOS DE ALIMENTOS: uma breve revisão ................................................................................................................30 7- PARTO HUMANIZADO E A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DURANTE OS PERÍODOS CLÍNICOS ......................................................................................................35 8- SÍNDROME DE PRUNE BELLY .......................................................................................40

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CRIANÇA PORTADORA DE HIDROCEFALIA: cuidados intensivos Fabiana Maciel Madureira Marques 1, Winne Fernandes de Oliveira¹, Clenia Maria Pereira Batista2, Vivianne Almeida Dore2. 1- Alunos de graduação da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: fabianasmaciel@hotmail.com; winne_fernandes@hotmail.com 2- Professor da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: clenia.batista@outlook.com; vivianne.dore@hotmail.com

Palavras-chave: LCR. Patologia neurológica. Cavidade intracraniana. Drenagens valvuladas. Hipertensão intracraniana.

1 INTRODUÇÃO O líquido cefalorraquidiano (LCR) é um fluido biológico que está em íntima relação com o sistema nervoso central (SNC) e seus envoltórios. É um ultrafiltrado produzido pelos plexos coróides e está presente nos ventrículos cerebrais e no espaço subaracnóideo. A principal função do LCR é a proteção mecânica que amortece o encéfalo e a medula espinhal contra choques e pressão. O LCR também tem a capacidade de flutuação, de defesa do SNC contra agentes infecciosos, de remover resíduos e de circular nutrientes, mantendo, assim, o dinamismo dos elementos nele presentes (DIMAS; PUCCIONI-SOHLER, 2008). Em condições normais, o LCR é constituído de pequenas concentrações de proteína, glicose, lactato, enzimas, potássio, magnésio e concentrações relativamente elevadas de cloreto de sódio, é límpido e incolor. Em condições patológicas, o LCR pode apresentar aspecto turvo devido ao aumento do número de células, hiperproteinorraquia, hipoglicorraquia ou hiperglicorraquia (DIMAS; PUCCIONI-SOHLER, 2008). Considerando uma das patologias neurológicas causadas pela alteração do LCR, conforme Andrade, Dupas e Wernet (2009) a hidrocefalia é caracterizada como uma condição na qual há mudança da produção, do fluxo ou da absorção do mesmo, o que gera um volume anormal desse material dentro da cavidade intracraniana, levando à dilatação dos ventrículos e compressão do tecido nervoso. Desta forma, justifica-se esse trabalho, pela importância do conhecimento da equipe de enfermagem sobre a hidrocefalia, o curso da doença e seus tratamentos. Julga-se ser de extrema importância a assistência de enfermagem no tratamento da criança acometida por essa patologia.

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Esse estudo tem como objetivo geral analisar aspectos gerais da hidrocefalia, seus tipos e formas de tratamento, a fim de adquirir conhecimentos dessa patologia e saber utilizá-los no desempenho da função da enfermagem numa abordagem multidisciplinar. O objetivo específico é identificar a importância da assistência de enfermagem nos cuidados intensivos às crianças portadoras de hidrocefalia.

2 METODOLOGIA Trata-se de uma revisão de literatura, utilizando as palavras-chave: hidrocefalia, assistência de enfermagem, LCR, patologia neurológica, drenagens valvuladas e hipertensão intracraniana em base de dados como Scielo, revistas científicas digitais, bibliotecas físicas onde foram selecionados os textos relevantes para a construção do trabalho.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Segundo Bim (2012) comparando com as outras faixas etárias, existe uma prevalência de hidrocefalia em neonatos. As repercussões orgânicas dessa patologia variam de criança para criança e dependem das áreas do cérebro afetadas, da sua etiologia, da resposta às intervenções adotadas e outros aspectos. Dentre essas, prejuízos nas habilidades motoras, na aprendizagem, na atenção e no comportamento, o que faz da doença uma situação crônica que afeta tanto a vida da criança como a de sua família (ANDRADE; DUPAS; WERNET, 2009).

Segundo Kliemann e Rosemberg (2005), os sinais e sintomas iniciais da hidrocefalia são: Hipertonia bilateral, Ataxia, Hipotonia central, Hemiparesia, Paraparesia flácida, Paraparesia espástica, Macrocrânia, Cefaléia (lactente: irritabilidade extrema), Vômitos, Alteração da acuidade visual, Alteração do nível de consciência, Paralisia aguda de nervos cranianos VI nervo, III nervo, VI e VII nervos , Déficit cognitivo. O período de tempo dos primeiros sinais e sintomas até o diagnóstico dura em média seis meses.

A hidrocefalia tem etiologias múltiplas e podem ser do tipo comunicante ou obstrutiva, sendo elas congênitas ou adquiridas. Na hidrocefalia comunicante ocorre a má absorção do líquido ou o aumento da produção do mesmo, já na obstrutiva o que ocorre é o bloqueio do líquor, que não flui normalmente para o encéfalo e medula espinhal (SOUSA et al; 2012). As principais causas da hidrocefalia são: Má formação do sistema nervoso central (SNC),

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neoplasias do SNC, meningite purulenta, toxoplasmose congênita, neurotuberculose, hemorragias e traumatismo crânio-encefálico (KLIEMANN; ROSEMBERG, 2005). Segundo Juca (2002) o uso de drenagens valvuladas unidirecionais foi de grande contribuição para o tratamento adequado da hidrocefalia, sua principal função seria de drenar a grande quantidade do líquido existente nos ventrículos cerebrais para outras cavidades corporais ou até para fora do corpo, contribuindo para a diminuição da hipertensão intracraniana. Depois da utilização desse tratamento, foi constatada uma diminuição gradativa da mortalidade e morbidade em crianças hidrocéfalas. A derivação ventricular peritonial com válvula (DVP) é um mecanismo no qual o excesso de líquido é derivado unidirecionalmente para outras cavidades do corpo como átrio e peritônio (MUNIZ; PAIVA; ARAÚJO, 2015). A derivação liquórica para um meio externo, chamada de derivação ventricular externa (DVE) (Figura 4) é feita por meio de um procedimento cirúrgico que consiste na implantação de um sistema de drenagem (BIM, 2012). Os sistemas de drenagem externa são componentes empregados para drenagem do excesso do fluido cefalorraquidiano para um recipiente coletor, disposto fora do corpo humano (PINTO, 2005). Por outro lado, a infecção e as disfunções mecânicas do sistema de derivação constituem as principais complicações do procedimento. As complicações mecânicas têm sido relatadas com freqüência entre 30% e 60%, ocorrendo mais freqüentemente nos primeiros dois anos pósderivação. O índice de infecção do sistema de drenagem varia entre 2% e 15%, com grande influência sobre a morbidade e qualidade de vida dos pacientes e com risco de mortalidade entre 30% e 40% (KLIEMANN; ROSEMBERG, 2005). Dessa forma, conclui-se que a hidrocefalia é um problema permanente em que a criança necessitará de avaliação e acompanhamento regularmente. O tratamento para a criança com hidrocefalia é uma tarefa difícil, tanto para a família quanto para os profissionais de saúde. A assistência prestada para com a criança portadora de hidrocefalia deve ser realizada com sólido conhecimento técnico-científico, para que as ações sejam praticadas de forma segura (ALVES; JAQUES; BALDISSERA, 2010). A sistematização da assistência de enfermagem às crianças com hidrocefalia é uma forma de organizar o cuidado e reduzir a ocorrência de complicações durante a internação hospitalar, favorecendo o trabalho e a comunicação entre a enfermagem e outros membros da equipe de saúde (ALCÂNTARA, 2009).

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4 AGRADECIMENTO/FINANCIADORES Agradecemos primeiramente a Deus que esteve conosco durante toda nossa vida, nos dando saúde e força para seguir no nosso caminho, aos nossos parceiros e familiares que nos deram todo o apoio que precisamos, agradecemos a nossa faculdade e aos nossos mestres por todos os ensinamentos e referências que foi nos passado ao longo da nossa vida acadêmica. Todos vocês contribuíram para nosso futuro de forma que jamais esqueceremos.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALCANTARA, MCM. Cuidado clínico à criança com hidrocefalia: Construção e validação de instrumento para a Sistematização da Assistência de Enfermagem. 2009.120f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Mestrado Acadêmico em Cuidados Clínicos em Saúde, Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza. 2009.

ALVES, Emilene Raquel Simonetto; JAQUES, André Estevam; BALDISSERA, Vanessa Denardi Antoniassi. Título: Ações de enfermagem fundamentadas à criança portadora de hidrocefalia / Nursing actions directed to hydrocephalus infant. maio-ago. 2010. Disponível em: <http://revistas.unipar.br/saude/article/view/3420/2322>. Acesso em: 30 de março de 2016.

ANDRADE, Mariana Beserra de; DUPAS, Giselle; WERNET, Monika. Convivendo com a criança com hidrocefalia: experiência da família. Ciênc. cuid. saúde, Maringá , v. 8, n. 3, set. 2009.

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BIM, Camila. Estudo experimental de sistemas de drenagem externa do líquido cefalorraquidiano. 2012. 89 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, 2012.

DIMAS,

Luciana

Ferreira;

PUCCIONI-SOHLER,

Marzia.

Exame

do

líquido

cefalorraquidiano: influência da temperatura, tempo e preparo da amostra na estabilidade analítica. J. Bras. Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro , v. 44, n. 2, p. 97106,

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JUCA, Carlos Eduardo Barros et al . Tratamento de hidrocefalia com derivação ventrículoperitoneal: análise de 150 casos consecutivos no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Acta Cir. Bras., São Paulo , v. 17, supl. 3, p. 59-63,

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KLIEMANN, S.; ROSEMBERG, S. Hidrocefalia Derivada Na Infância. Um estudo clínicoepidemiológico de 243 observações consecutivas. Arquivo de neuropsiquiatria. São Paulo , v. 63, n.

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MUNIZ, Nayana Thaysse Araújo; PAIVA, Maria Luiza de Faria; ARAUJO, Lúcia Inês de. Atuação fonoaudiológica na hidrocefalia congênita com derivação ventrículo peritoneal: relato de caso. Rev. CEFAC, São Paulo , v. 17, n. 4, p. 1351-1354, Aug. 2015 . Available from

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PINTO, José Ricardo Camilo. Simulação hidrodinâmica e caracterização experimental de mecanismos anti-sifão em sistemas de drenagem externa de líquido cefalorraquidiano. 2005. xxi, 96 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, 2005.

SOUSA, N., JORGE Feijão, E., FARIAS, A., LIMA, A., SOUZA, K., CONCEIÇÃO, P.. Hidrocefalia: revisão de literatura. Revista de trabalhos acadêmicos, América do Norte, 05, fev. 2013. Disponível em: <http://revista.universo.edu.br/index.php?journal=1reta2&page=article&op=view&path%5B %5D=567&path%5B%5D=557>. Acesso em: 04 de abril de 2016.

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DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ: riscos para a puérpera e o feto Fabiana Maciel Madureira Marques 1, Winne Fernandes de Oliveira¹, Rômulo Wanderley de Lima Cabral2. 1 – Alunos de graduação da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: fabianasmaciel@hotmail.com; winne_fernandes@hotmail.com 2- Professor da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: romulopits@gmail.com

Palavras-chave: Hipertensão. Gestante. Morbimortalidade. Assistência de enfermagem. Eclâmpsia.

1 INTRODUÇÃO A gestação é considerada um fenômeno natural e fisiológico da mulher, entretanto em torno de 10% delas podem ser afetadas pela Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG). Além disso, a DHEG é uma das principais responsáveis pelas altas taxas de morbimortalidade materna e fetal, especialmente nos países em desenvolvimento como o Brasil (SILVA, 2011). A DHEG, na sua forma pura, caracteriza-se pelo aparecimento, em grávida normotensa, após a vigésima semana de gestação, da tríade sintomática: hipertensão, proteinúria e edema. A DHEG é uma doença incurável, exceto pela interrupção da gravidez, e pode evoluir para quadros ainda mais complexos como eclâmpsia, síndrome Hellp e coagulação intravascular disseminada (CID). Esta doença está associada à vasoconstrição generalizada, anormalidades da coagulação e deposição de fibrina na microcirculação da placenta. A fibrina compromete a perfusão adequada da placenta, contribuindo para a prematuridade, o baixo peso fetal e a mortalidade neonatal (DUSSE; VIEIRA; CARVALHO, 2003). A DHEG, também denominada pré-eclâmpsia, é apresentada, como sendo merecedora de maiores investigações, tendo em vista a multiplicidade de fatores que podem predispor a mulher gestante a desenvolver a doença. Entre eles destacam-se: paridade; gemelaridade; nível sócio-econômico, principalmente no que se refere ao acesso aos serviços de saúde; estado nutricional; entre outros (GONÇALVES; FERNANDES; SOBRAL, 2005). Desta forma, justifica-se esse trabalho, pela importância do conhecimento da equipe de enfermagem sobre a DHEG, o curso da doença e seus tratamentos. Julga-se ser de extrema importância a assistência de enfermagem no tratamento da mulher gestante acometida por essa patologia.

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Esse estudo tem como objetivo geral analisar aspectos gerais da DHEG, seus tipos e formas de tratamento, a fim de adquirir conhecimentos dessa patologia e saber utilizá-los no desempenho da função da enfermagem numa abordagem multidisciplinar. O objetivo específico é identificar a importância da assistência de enfermagem nos cuidados da mulher gestante, desde o pré-natal até o pós-parto.

2 METODOLOGIA Trata-se de uma revisão de literatura, utilizando as palavras-chave: hipertensão, gestante, morbimortalidade, assistência de enfermagem, eclâmpsia, em base de dados como Scielo, revistas científicas digitais, bibliotecas físicas onde foram selecionados os textos relevantes para a construção do trabalho.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) é uma das complicações mais comuns e de maior morbimortalidade materna e perinatal ocupando o primeiro lugar dentre as afecções próprias do ciclo grávido-puerperal (GONÇALVES; FERNANDES; SOBRAL, 2005). No ano de 2013, cerca de 790 mulheres morreram todos os dias no mundo em decorrência de complicações da gestação ou do parto, a maioria dessas mortes ocorreram em regiões com poucos recursos e poderiam ter sido prevenidas. As causas primárias de morte foram hemorragia, hipertensão arterial, infecção e causas indiretas, sendo a maior parte devida à interação entre comorbidades preexistentes e a gestação (SILVA JUNIOR et al., 2016) É importante salientar que a hipertensão arterial pode ser uma entidade pré-existente, ou seja, ao invés de ser induzida pela gravidez, ela pode ser dos tipos: Coincidente - hipertensão arterial que antecede a gravidez e persiste após o parto; Agravada pela gravidez - hipertensão prévia e/ou sub-clínica que se agrava com a gravidez; ou ainda, Transitória - hipertensão que se desenvolve após a primeira metade da gestação e caracteriza-se por elevação leve da pressão arterial, sem prejuízo para a gravidez. Essa forma de hipertensão arterial regride após o parto, mas retorna em gestações subseqüentes. Outro quadro de maior gravidade denominase eclâmpsia e caracteriza-se pela ocorrência de convulsões e/ou coma, não relacionados a outros distúrbios cerebrais, podendo ocorrer durante o ciclo gestacional, parto e puerpério (GONÇALVES; FERNANDES; SOBRAL, 2005).

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A consulta de enfermagem em ginecologia e obstetrícia pode apresentar um alto grau de resolutividade, tendo em vista o artigo 11º, inciso II do COFEN (1986), normatizada pela resolução C, que autoriza o enfermeiro a prescrever medicamentos, com base em dois condicionantes: aqueles medicamentos estabelecidos em programa de saúde pública, ou aqueles estabelecidos em rotina aprovada pela instituição de saúde. (PEIXOTO; MARTINEZ; VALLE, 2008). Dessa forma, pode-se concluir que serão necessários cuidados que vão além de condutas obstétricas, tais como suporte emocional para as gestantes e suas famílias, haja vista que o nível de ansiedade e de apreensão tende a sobressair nesta condição. Para tal, é preciso que mais estudos qualitativos sejam realizados para melhor compreender como as mulheres e suas famílias percebem e vivenciam as complicações da gestação. Embora programas e ações de saúde tenham sido implementados no país, como a assistência pré-natal, a redução dos riscos à gravidez, apresentando melhoria nos indicadores de saúde materna e neonatal, ainda se tem muito que avançar. Para tal, é necessário que haja adoção das ações de melhoria da qualidade da saúde e ampliação da acessibilidade à assistência durante gestação, parto, puerpério e recém-nascido.

4 AGRADECIMENTO/FINANCIADORES Agradecemos primeiramente a Deus que esteve conosco durante toda nossa vida, nos dando saúde e força para seguir no nosso caminho, aos nossos parceiros e familiares que nos deram todo o apoio que precisamos, agradecemos a nossa faculdade e aos nossos mestres por todos os ensinamentos e referências que foi nos passado ao longo da nossa vida acadêmica. Todos vocês contribuíram para nosso futuro de forma que jamais esqueceremos

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DUSSE, Luci Maria Sant'Ana; VIEIRA, Lauro Mello; CARVALHO, Maria das Graças. Avaliação do dímero D (D-Di) na doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG). J. Bras. Patol. Med. Lab., Rio de Janeiro , v. 39, n. 3, p. 199-202, Sept. 2003 .

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GONCALVES, Roselane; FERNANDES, Rosa Aurea Quintella; SOBRAL, Danielle Henriques. Prevalência da doença hipertensiva específica da gestação em hospital público de São Paulo. Rev. bras. enferm., Brasília , v. 58, n. 1, p. 61-64, Feb. 2005 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003471672005000100011&lng=en &nrm=iso>. access on 17 Oct. 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672005000100011.

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ENCEFALOPATIA TRAUMÁTICA CRÔNICA: o enigma da neuropatologia Diogo dos Santos Oliveira1, Priscilla Maria de França Correia2, Natália Peixoto De Souza1 , Andrea Rolim3, Isis Fernandes Gomes3 1- Aluno de graduação da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: diogo.genetica@gmail.com; nataliapeixotosouza@gmail.com 2- Biomédica graduada da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: primariafc@gmail.com 3- Professora da Faculdade Santa Emília de Rodat. E-mail: andrearpaz@gmail.com; isisfarmacia@hotmail.com

Palavras-chave: Encéfalo. Concussão. Degeneração. Proteína Tau

1 INTRODUÇÃO O sistema nervoso central é uma estrutura bilateral e essencialmente simétrica, com duas partes principais, a medula espinal e o encéfalo. O encéfalo controla todos os aspectos da vida humana. O tronco encefálico é composto pelo bulbo, a ponte e o mensencéfalo. Suas principais funções estão conectadas aos batimentos cardíacos, digestão, pressão sanguínea e respiração (GAVETT et al., 2011). O cérebro pesa menos de 1,5 kg e possui uma rede de neurônios altamente compactada. (GUYTON; HALL, 2010). As encefalopatias são conjuntos de doenças que afetam o cérebro. Elas apresentam-se de diversas formas com sintomas diferenciados de acordo com a área afetada do encéfalo. A Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), também conhecida como Demência Pugilística, é caracterizada clinicamente por redução cognitiva, transtornos comportamentais e sinais parkinsonianos; é uma doença neurodegenerativa progressiva, que afeta principalmente pessoas com histórico de danos constantes na cabeça. A doença produz o acúmulo da proteína TAU que origina o processo degenerativo no cérebro (FEGYVERES et al., 2007 ). A forma mais clara para se evitar a ETC, teoricamente, seria impedir que ocorra repetidas lesões na cabeça, podendo gerar uma concussão. A concussão é um tipo de lesão traumática no cérebro que ocasiona disfunção e está presente há décadas em atividades desportivas, sendo os atletas os mais propensos a desenvolver, aumentando o risco de futuramente prolongar-se para uma doença neurodegenerativa ao longo da vida, acomete principalmente boxeadores, jogadores de futebol, de rugby, hóquei, esquiadores , esportes de contato de maneira geral (MONTENIGRO, 2014). Com isso, o objetivo deste trabalho é esclarecer a neuropatologia e o tratamento da ETC.

2 METODOLOGIA

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A metodologia utilizada consiste em uma pesquisa bibliográfica realizada em livros artigos, e sites relacionados. Esse conjunto de obras incluiu publicações de distinta natureza, a saber: livros especializados, artigos em revistas científicas coletados em bancos de dados, tais como: Scielo, PubMed, Lilacs. Esta pesquisa foi iniciada no mês de Agosto de 2016 até Outubro do mesmo ano. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Neuropatologia, Sinais Sintomas e Diagnósticos da ETC A Encefalopatia Traumática Crônica foi diagnosticada pela primeira vez pelo médico Harrison Martland em 1928. Obervou-se nos ex boxeadores profissionais o comprometimento da memória, transformações motoras; equivalente aos sintomas parkisonianos e alteração de personalidade, a doença também é conhecida como Demência Pugilística (FEGYVERES et al., 2007). Após algumas análises em atletas acometidos com impactos repetitivos na cabeça foi observado que os mesmos sofreram alterações neuronais afetando a totalidade do tecido constituinte. Entretanto, características fisiopatológicas adicionais resultam no atrofiamento do córtex frontal e temporais. Uma das estruturas do sistema límbico que é afetada são os corpos mamilares, que é interligado com hipotálamo que acomete a regulação do sono e prejudica os reflexos alimentares (GAVETT et al., 2011). Um dos pontos lesionados do mesencéfalo é a substância nigra, que sucede na alteração dos pigmentos da melanina, fazendo com que ocorra a baixa produção de dopamina alterando o estado emocional; e uma das partes mais atingidas é a memória recente, localizada no hipocampo. Tudo isso faz com que a massa cerebral se reduza de forma integral (CALIGNON, 2010). A ETC é caracterizada microscopicamente, por um excesso de inclusões neurofibrilares, sob o aspecto de agrupamento de proteína TAU, sendo a principal proteína neurofibrilar imunorreativa, uma vez ativada ela desequilibra toda a conexão simpática e parassimpática. No entanto, pouco se sabe por que a proteína TAU só é acionada quando o cortéx cerebral recebe pancadas sucessivas (VALOVICH, 2011). Uma das principais características da ETC é que a doença continua a evoluir décadas após os momentos que as lesões traumáticas foram produzidas, é mais provável que várias reações patológicas continuem exercendo os seus efeitos em toda a vida do indivíduo (SOUZA, 2005).

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Uma vez que são desencadeadas por traumas repetitivos, quanto mais longa a sobrevivência após os acontecimentos iniciais e quanto mais graves as lesões originais, maior será a gravidade da neurodegeneração. Certamente haverá perda neuronal, atrofia cerebral e aumento ventricular, que são características determinantes da patologia (LACE, 2007). P

ode ser considerado também que a fosforilação da proteína, truncamento, agregação e

polimerização em filamentos representa um ganho de função tóxica e a contínua acumulação de tau leva a neurodegeneração (GAVETT et al., 2011). Um peptídeo que também caracteriza a ETC é o Beta Amilóide. Ele vem de uma proteína superior encontrada na membrana gordurosa que envolve as células nervosas, a beta amiloide é quimicamente "gelatinosa" e se junta aos poucos formando as placas senis (REYNOLD, 2010). A neurociência identificou que as formas mais nocivas da beta- amilóide talvez sejam os grupos de pequenos pedaços do que as placas em si. Os pequenos agrupamentos podem obstruir a sinalização entre as células das sinapses, afetando diretamente a comunicação elétrica e química. No entanto, podem impulsionar as células do sistema imunológico que causa inflamações e fagocitam as células deficientes (BRENNER et al., 2011). Além de encontrar a proteína TAU e as placas de senis, estudos mais recentes identificaram a TDP-43 essa terceira proteína tem a função de sensibilizar os cornos anteriores da medula espinal sendo assim, diagnosticado a doença do neurônio motor tendo semelhança com a esclerose lateral amiotrófica; a lesão traumática pode também acelerar o TDP-43 aumentando assim a sua neurotoxicidade (MCKEE, 2009). Alguns neuropatologistas afirma que a ETC é uma “Sindrome” clínica por ter um diagnóstico associado a uma história de trauma cerebral repetitivos associando a uma síndrome de enfefalopatia traumática, mas esse termo ainda está em aprimoramento (FROMMER et al., 2011). Os sintomas da patologia crônica da encefalopatia traumática é definido em dois estágios, o estágio inicial avalia a parte motora, alteração da expressão, tremores, descontrole de uma mão dominante; e a parte congnitiva que avalia atenção diminuída para tarefas complexas; e a aréa psiquiatra que analisa a euforia, irritabilidade, desconfiança excessiva, agressão fácil e indivíduo falante (TIERNEY et al., 2010). O estágio tardio tem por objetivo observar a região motora identificando lentidão dos movimentos, rigidez, tremores, falta de coordenação; qualificar a parte congnitiva como a lentidão do pensamento e da fala, amnésia, déficit de atenção, disfunção executiva; e a

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psiquiatria que define se o indivíduo tem idéias infantis, paranóia, estado psicótico, violência e desinibição, podendo chegar a um estado de demência total (GAVETT et al., 2011). Atualmente o diagnóstico ainda é um enigma porque a doença se assemelha com outras doenças tau fosforiladas e as pesquisas estão no seu momento inicial. O tensor de difusão de ressonância magnética tem a capacidade de identificar alterações morfológicas na substância branca. A espectroscopia de ressonância magnética tem a função de medir as modificações da proteína TAU identificando o estágio do distúrbio (VALOVICH, 2011). Com a evolução da medicina, há estudos em que mostra que a ciência é capaz de desenvolver biomarcadores para reconhecer a ETC no início do seu aparecimento para prevenir sua progressão e para desenvolver tratamentos para diminuir ou reverter o avanço da doença (MONTENIGRO et al., 2014).

4 AGRADECIMENTOS Agradecemos as nossas orientadoras, Professora. Dra. Andrea Rolim e Professora Dra Isis Fermandes, pelas valiosas discussões e sugestões no decorrer deste trabalho, e por incentivar o desenvolvimento do mesmo.

5 REFERÊNCIAS BRENNER, LA; IGNACIO, RV; BLOW, FC: Suicide and Traumatic brain injury among individuals seeking veterans health administration services. J. Head Trauma Rehabilitation, 2011.

CALIGNON, A; FOX, LM; PITSTICK R: Caspase activation precedes and leads to tangles. Revista Nature, 2010.

FEGYVERES, Renata Areza; ROSEMBERG, Sérgio; CASTRO, Rosa Maria; PORTO, Cláudia Sellito; BAHIA, Valéria Santoro; CARAMELLI, Paulo; NITRINI, Ricardo: Dementia pugilistica with clinical features of Alzheimer’s disease. Arquivos de Neuropsiquiatria, 2007.

FROMMER, LJ; GURCA KK; CROSS KM: Sex differences in concussion symptoms of high school athletes. J.Athletic Train, 2011.

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GAVETT, Brandon E; STERN, Robert A; MCKEE, Ann C. : Chronic Traumatic Encephalopathy: A potential late effect of sport – related concussive and subconcussive head trauma. Clinic Sport Medical, 2011.

LACE GL, WHARTON SB, INCE PG. A brief history of tau: the evolving view of the microtubule-associated protein tau in neurodegenerative diseases. Clin Neuropathology, 2007.

MCKEE, Ann C: Chronic Traumatic encephalopathy in athletes: progressive tauopathy after repetitive head injury. Jornal Neuropathol Experience Neurology, 2009.

MONTENIGRO, Philip H; KATZ, Douglas; CANTU, Robert C; BAUGH, Christiane: Subtipos Clínicos de Encefalopatia Traumática Crônica: Revisão da literatura, critérios de diagnósticos. Alzheimer's Research & Therapy, 2014.

REYNOLD, G: Looking at how concussions when young influence later life. The New York Times, 2010.

SOUZA, Carlos Alberto Crespo: A Concussão e a síndrome do segundo impacto: o que é e a sua importância na clínica neurológica, dos esportes e psiquiátrica. Revinter, 2005.

TIERNEY, RT; MANSELL, JL; HIGGINS, M; TONNE, N: Apolipoprotein e genotype and concussion in college athletes. Jornal do Esporte de Clínica Médica, 2010.

VALOVICH, MTC: Clinical outcomes assessment for the management of sport-related concussion. J.Sport Rehabilitation, 2011.

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ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: erros e acertos Bruna Monteiro Freire 1, Camila Monteiro Barbosa 1 , Maria das Graças da Silva 2. 1 – Discente de graduação da Faculdade Santa Emília de Rodat/Uniesp, e-mail; bruna.monteiro.freire@gmail.com; camiila_monteiro@live.com; 2-Docente da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: silvagraça@bol.com.br;

1 INTRODUÇÃO A administração medicamentosa se traduz em uma das maiores responsabilidades da equipe de enfermagem, pois, tal condição determina que a prática exercida seja de modo adequado e seguro ao paciente e neste sentido, os erros sejam evitados. O conhecimento do enfermeiro e dos demais profissionais de enfermagem sobre aspectos ético-legais que envolvem o desvio da qualidade na prestação da assistência, particularmente no processo da medicação e suas implicações, é de suma importância tanto como forma de conscientizar, quanto de garantir uma maior segurança na assistência assegurando os direitos do paciente (FAKIH; FREITAS; SECOLI, 2009). A administração de medicamentos, prática realizada nas instituições hospitalares sob responsabilidade da equipe de enfermagem, deve ser vista por todos os profissionais de saúde envolvidos como a terapia medicamentosa como apenas uma das partes do processo de medicação. A enfermagem desempenha um importante papel no processo de medicação e, especificamente, na fase final desse processo, que implica na administração dos medicamentos aos pacientes. Esta fase compreende o preparo, a administração, a avaliação da efetividade da droga administrada e a documentação do cuidado realizado (MAGALHÃES et al., 2015). A utilização de medicamentos é uma das intervenções mais utilizadas no ambiente hospitalar, no entanto, estudos, ao longo dos últimos anos, tem evidenciado a presença de erros no tratamento medicamentoso causando prejuízos aos pacientes que vão desde o não recebimento do medicamento necessário até lesões e mortes. A administração de medicamentos corresponde a última oportunidade de prevenir um erro na medicação que pode ter surgido já na prescrição ou na dispensação dos medicamentos. (TÁXIS; BARBER, 2003). Os profissionais de saúde devem estar cientes e alertas para este fato e buscar, medidas de prevenção de erros através de conhecimentos novos, condutas ou de táticas que visem proteger todos os envolvidos, principalmente o paciente (TÁXIS; BARBER,2003).

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Uma das atribuições da prática de enfermagem merecedora de concentração é a administração de medicamentos, que envolve aspectos legais e éticos de impacto sobre a prática profissional. No campo da segurança do paciente na administração de medicamento é que a equipe de enfermagem exerce uma das suas principais responsabilidades durante o exercício profissional (COIMBRA; CASSIANI,2001). Este trabalho tem como justificativa na observação assim como na prática assistencial a responsabilidade do enfermeiro sobre a administração de medicamentos devendo ser uma prática melhor assistida, discutida e pesquisada durante toda formação do enfermeiro, e não somente durante a disciplina de Semiologia e Semiotécnica, pois trata-se de uma atividade fundamental e de responsabilidade do enfermeiro. A equipe de enfermagem está apta e preparada para administrar os medicamentos corretamente? A responsabilidade são obrigações, os encargos, o compromisso, o dever de satisfazer ou executar alguma coisa assim como o conhecimento técnico e científico a responsabilidade ética deve estar intrínseca na atividade da enfermagem, de modo que, estes profissionais têm a obrigação de prestar ao cliente uma assistência livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência, consoante que estabelece o código de Ética de Enfermagem. Este trabalho tem como objetivo identificar os problemas relacionados a administração de medicamentos na atuação da enfermagem, e apresentar melhores cuidados que serão prestados aos pacientes.E como objetivos específicos: Enfocar sobre tipos e causas de erros na medicação e sobre a importância de que haja uma visão ampla do sistema de medicação dentro da instituição hospitalar;Identificar as precauções necessárias para garantir que o medicamento certo está sendo preparado para o paciente; Memorizar e relatar as abreviaturas padronizadas associadas ao planejamento do esquema terapêutico.

2 METODOLOGIA Segundo Gil (2010), a pesquisa bibliográfica de natureza exploratória realizada a partir de livros e artigos científicos que já foram elaborados anteriormente. Embora seja exigido, na maioria dos estudos, algum tipo de trabalho científico, há pesquisas que são elaboradas apenas com base em fontes bibliográficas. Esta é uma pesquisa de cunho bibliográfico e foram utilizados como descritores da Enfermagem na administração de medicamentos: Erros e acertos , os cuidados de enfermagem e segurança, sendo realizadas em bibliotecas públicas e privadas da cidade de João Pessoa, no

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período de março a junho de 2016. Os resultados serão apresentados de forma textual, fazendo ao mesmo tempo uma análise do mesmo.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A prática de administração medicamentosa em uma organização hospitalar é um processo complexo e multidisciplinar, cujos profissionais têm um objetivo comum, que é prestar assistência de qualidade, com segurança a eficácia ao cliente. A segurança, a efetividade e a eficiência prestadas aos clientes, em uma unidade hospitalar, dependem da organização dos processos envolvidos e da gestão do plano terapêutico. O processo se inicia no momento da prescrição médica, continua com a provisão do medicamento pela farmácia e termina com o preparo e administração aos clientes. Diversos autores enfatizam a complexidade do processo de administração de medicamentos e muitos até dizem ser a mais importante responsabilidade atribuída a equipe de enfermagem. Essa condição determina que essa prática seja exercida de modo seguro aos pacientes e que os erros sejam prevenidos. Assim, o enfermeiro deve conhecer todos os aspectos e fases envolvidas para de evitar danos ao paciente (BOHOMOL et al., 2007). O processo de medicação em hospitais inclui várias etapas desde a prescrição médica, transcrição ou verificação da prescrição, dispensação e administração de medicamentos. A entrega de um único medicamento pode envolver 30 a 40 etapas e, a cada uma, aumenta a possibilidade de erros (LEVINE; COHEN,2007) O transporte, a organização, o armazenamento, o preparo, a administração, o descarte e o registro dos medicamentos fazem parte da rotina dos profissionais de enfermagem, inclusive enfermeiros, demandando expressivo tempo do turno de trabalho, além de representarem chances de falhas no processo de medicações em todas as etapas (MAGALHÃES et al., 2015) Existe crescente evidência de que a carga de trabalho da equipe de enfermagem está associada com a segurança do paciente em hospitais, no entanto, ainda persistem várias lacunas de conhecimento sobre a natureza da relação entre a carga de trabalho da equipe de enfermagem e a segurança dos pacientes (MAGALHÃES et al., 2015). Os erros podem trazer prejuízos diversos aos pacientes, desde o aumento de sua permanência em um ambiente hospitalar, necessidade de intervenção diagnóstica e terapêutica, até mesmo a morte. Além de danos ao cliente, há, também, aspectos econômicos, /como, aumentos dos custos das internações hospitalares (FRANCO et al., 2010).

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O erro de medicação muitas vezes, só é descoberto quando o paciente apresenta alguma manifestação clínica após a administração, ou algum dano foi percebido ao cliente. Perante um erro, o supervisor deve não só avaliar as falhas técnicas, mas também os outros fatores que podem desencadeá-lo, como organização do trabalho, sobrecarga de trabalho, recursos humanos insuficientes. Profissionais mal treinados, locais desprovidos de recursos financeiros, como planta física inadequada, presença de ruídos e baixa luminosidade (COIMBRA, 2001). Com relação a administração correta de medicamentos precisamos ter segurança e eficiência, o enfermeiro deve conhecer a ação do mesmo no organismo, métodos e vias de administração e eliminação, reações colaterais, dose máxima e terapêutica, efeitos tóxicos, além do conhecimento da técnica de administração e do cliente. O enfermeiro, embora não sendo o responsável pela prescrição do medicamento, deve conhecer todos os aspectos e fases envolvidas na administração do mesmo, a fim de prevenir erros e enganos que lesem o paciente (MIASSO; CASSIANI, 2000).

Podemos concluir que na administração dos medicamentos podem existir erros e acertos que com relação aos erros as falhas técnicas e vários fatores podem desencadeá-los, como: organização do trabalho, sobrecarga de trabalho, recursos humanos insuficientes, profissionais mal treinados, locais desprovidos de recursos financeiros, como planta física inadequada, presença de ruídos e baixa luminosidade, podendo levar aos pacientes diversos prejuízos , desde o aumento de sua permanência em um ambiente hospitalar, necessidade de intervenção diagnóstica e terapêutica, até mesmo a morte.

Com relação a administração correta de

medicamentos precisamos ter segurança e eficiência, o enfermeiro deve conhecer a ação do mesmo no organismo, métodos e vias de administração e eliminação, reações colaterais, dose máxima e terapêutica, efeitos tóxicos, além do conhecimento da técnica de administração e do cliente. O enfermeiro, embora não sendo o responsável pela prescrição do medicamento, deve conhecer todos os aspectos e fases envolvidas na administração do mesmo, a fim de prevenir erros e enganos que lesem o paciente.

4 REFERÊNCIAS ÁVILA, A. F. M. et al. 10 passos para a segurança do paciente. São Paulo: Conselho Regional de Enfermagem-SC, 2010.

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BOHOMOL, E. ; RAMOS, L. H. Erro de medicação: importância da notificação no gerenciamento da segurança do paciente. Ver. Bras. Enferm, 2006. p. 32-36 Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v60n1/a06v60n1.pdf. Acesso em 14/03/20106.

CASSIANI, S. H. B. (Org). Gerenciamentos de risco e comitês de segurança do paciente. In: ______. Hospitais e medicamentos. São Caetano do Sul: Yendis Editora; p. 95-122. 2010.

MALCOLM, E.; YISI, L. The nine rights of medication administration: an overview. Br J.Nurs. 2010; 19:(5):300-05.

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MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS IMPLICADOS NO DESENVOLVIMENTO DAS FORMAS GRAVES DA DENGUE Natália Peixoto de Souza 1, Diogo dos Santos Oliveira 1, Ísis Fernandes Gomes2, Joelma Rodrigues de Souza2. 1 – Aluno de graduação da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: nataliapeixotosouza@gmail.com; diogo.genetica@gmail.com; 2 - Professora da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: isisfarmacia@hotmail.com; joelmasouza@hotmail.com.

Palavras-chave: Dengue. Fisiopatologia. Resposta imune. 1 INTRODUÇÃO A dengue é uma das principais arboviroses humana causada por quatro sorotipos antigenicamente distintos (DENV-1-4). Sendo considerada um grave problema de saúde pública em várias regiões do mundo, acometendo cerca de 128 países com 3,9 bilhões de pessoas em áreas de risco. Estima-se que ocorram cerca de 390 milhões de infecções por ano, das quais 96 milhões apresentam manifestações clínicas graves (BHATT et al., 2000; OMS, 2016). A infeção por qualquer um dos quatro sorotipos pode provocar uma variedade de síndromes clínicas variando desde uma doença febril aguda autolimitada (dengue), à uma doença grave com o aumento da permeabilidade vascular e choque (dengue grave). Clinicamente a dengue inicia se de forma abrupta após 3-15 dias de incubação, caracterizandose por dois ou mais dos seguintes sintomas: febre alta, cefaleia, dor retro orbital, mialgia, artralgia e exantema com ou sem prurido. Na dengue grave adicionalmente ocorrem fenômenos hemorrágicos com extravasamento de plasma e trombocitopenia ≤100.000/mm³. O grupo dengue não grave pode apresentar sinais de alerta como dor ou sensibilidade abdominal, vômito persistente, aumento do fígado ≥ 2cm, aumento do hematócrito com simultânea e rápida diminuição de plaquetas (MALLHI et al., 2015). A resposta imune contra o DENV é homotípica e duradoura. Contudo, infecções sequenciais ocasionadas por sorotipos distintos podem facilitar a infectividade viral e resultar em formas graves da doença. No entanto, existem relatos de casos graves associados com primoinfecções. Nesses casos, a virulência da cepa viral e fatores genéticos e imunológicos do hospedeiro podem contribuir para o fenótipo grave (TWIDDY et al., 2002; HOLMES et al.,

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2007). Adicionalmente, anticorpos gerados contra proteínas virais podem induzir uma


autoimunidade transitória contra proteínas plaquetárias e/ou endoteliais, agravando os fenômenos clínicos (PAGNI; FERNANDEZ-SESMA, 2012). Diante disso, este trabalho tem por objetivo descrever os mecanismos fisiopatológicos implicados no desenvolvimento das formas graves da dengue. 2 METODOLOGIA Trata-se de um estudo exploratório descritivo, tipo revisão literária, baseado nas bases Scielo, Bireme e Pubmed. Além disso, foram considerados artigos publicados até 2016, nos idiomas

português

e

inglês,

utilizando-se

como

descritores

“DENGUE”,

“IMUNOPATOLOGIA DA DENGUE”, “RESPOSTA IMUNE”. Terminado o levantamento bibliográfico deu-se início a revisão das obras relacionadas que contemplavam o objetivo proposto. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO No organismo humano, o vírus interage primeiramente com células dendríticas (DCs) permitindo que a proteína E interaja com sítios de ligação ao receptor DC-SIGN. Após essa ligação, a partícula viral é internalizada no endossomo, onde ocorrerá uma série de eventos como adsorção, penetração, desnudamento, tradução, replicação, montagem, e brotamento das partículas virais. Iniciando o período de viremia, dando início aos primeiros sintomas no indivíduo (GANDINI, 2014). Imunologicamente, o rápido início e desencadeamento da resposta inata pode ser limitante na infecção pelo dengue. As DCs passam a secretar as citocinas interferons tipo I (IFN-α/β), bem como apresentam os antígenos virais aos linfócitos T helper(LT-CD4), que passam a produzir várias citocinas como as interleucinas-2 (IL-2), IL-6 e IL-10, fator de necrose tumoral (TNF), e as quimiocinas CCL8 e CXCL10. Em acréscimo, a ativação de LT citotóxicos(LT-CD8) também favorecem a gravidade da doença. (HALSTEAD, 2015; PINHO, 2013; SILVA,2013). A resposta humoral desenvolve-se em aproximadamente seis dias (IgM) após a picada do mosquito infectado, e podem permanecer por até dois meses. Os anticorpos IgG antidengue surgem após um período de 7-10 dias de evolução, sobem muito na convalescência e voltam a cair, persistindo em títulos baixos por toda a vida, conferindo imunidade soro específica. Anticorpos anti-E, prM e NS1 têm sido identificados no decurso da infecção, sendo anti-E e anti-prM com capacidade de neutralização viral, enquanto anticorpos contra NS1 ativam o

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sistema complemento e parecem desencadear a autoimunidade transitória reagindo cruzadamente com proteínas plaquetárias, hepáticas e endoteliais (GROMOWSKI; BARRET, 2007; LIN et al., 2006). A resposta imune contra a dengue parece estar associada com as manifestações clínicas da doença. Assim, infecções sequenciais por sorotipos distintos aparecem como hipótese primária de desencadeamento de fenótipos grave. Nesse contexto, a resposta humoral previamente estabelecida numa infecção primária, aparece como o fenômeno ADE no qual anticorpos gerados contra a primo-infecção, reagem cruzadamente com o sorotipo da segunda infecção, mas de forma subneutralizante. Esse imunocomplexo interage com receptores Fc presentes nos monócitos/macrófagos facilitando a entrada do vírus na célula. Posteriormente, ocorre apresentação de antígenos aos LT-CD4, com forte e elevada produção de citocinas, promovendo aumento de permeabilidade vascular, com extravasamento de plasma, hipotensão e choque, evidenciados nas formas grave da doença (HALSTEAD; DEEN, 2002). Em acréscimo, LT memória(LB) oriundas de uma primo-infecção, reconhecem cruzadamente epítopos de proteínas não-estruturais, sobretudo NS3, em resposta aos sorotipos heterólogos em uma infecção secundária, resultando em uma exacerbada produção de citocinas pró-inflamatórias como IFN- , TNF, IL-6 e IL-2. Estas citocinas aumentam a permeabilidade vascular, contribuindo para imunopatogênese da dengue grave. Este fenômeno é conhecido como a teoria do pecado antigênico original, onde as LB competem pelas LT virgens específicas da

infecção

atual

reconhecendo

com

elevada

avidez

os

epítopos

conservados

(MONGKOLSAPAYA et al., 2006; PAGNI; FERNANDEZ-SESMA, 2012). Entretanto, casos grave de primo-infecções por dengue têm sido descritas em várias regiões do mundo. Portanto, sugere-se que diferenças na virulência da cepa parecem estar relacionadas com a capacidade de infecção em diferentes células podendo favorecer a gravidade da doença, e justificar o aparecimento de fenótipos graves em primo-infecções. Deveras, altas taxas de mutação genética podem gerar genótipos virais com diferentes distribuições espaciais, alguns com grande poder de propagação (cosmopolitas), indicando que o fluxo gênico e a subdivisão populacional são importantes na estruturação da diversidade e tropismo celular, implicando em diferentes manifestações clínicas (HOLMES, 2007). Adicionalmente, fatores genéticos do hospedeiro como polimorfismos nos genes do complexo MHC podem induzir respostas imunes patogênicas ou protetoras, associando-se com peptídeos antigênicos de diferentes sorotipos/genótipos promovendo formas clínicas variando de assintomática, passando por uma infecção viral febril autolimitada até formas graves com

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extravasamento de plasma, hipotensão e choque (GANDINI, 2014; OMS, 2009; PINHO, 2013; SILVA, 2013; STEPHENS, 2010). A grande variabilidade de manifestações clínicas na dengue parece ser multifatorial com os fatores genéticos do hospedeiro, a imunidade prévia e a cepa viral infectante determinantes no desfecho clínico e nas exacerbações dos fenótipos grave. Assim, estudos que visem determinar fatores do hospedeiro e/ou virais implicados com a resposta imune desenvolvida após a infecção, podem proporcionar o desenvolvimento de biomarcadores de diagnóstico e/ou prognóstico, antirretrovirais específicos e vacinas seguras e eficazes contra a doença. 4 AGRADECIMENTO Agradecemos a Faculdade Santa Emília de Rodat/UNIESP, pela oportunidade, a Professoras Joelma e Ísis que foram de suma importância para esta pesquisa de revisão bibliográfica. Em acréscimo, agradecemos aos nossos pais e amigos, pelo apoio e incentivo. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARTH, O. M. Atlas of Dengue viroses morphology and morphogenesis. Rio de Janeiro: Instituto Oswaldo Cruz, 2000.

GANDINI, M. Dengue e imunologia inata: Estudo dos fatores antivirais e citotóxicos em células dendríticas plasmocitóides e células NK durante infecção pelo vírus Dengue. Rio de Janeiro: Instituto Oswaldo Cruz, 2014.

GROMOWSKI, G.D; BARRETT, A.D. Characterization of an antigenic site that contains a dominant, type-specific neutralization determinant on the envelope protein domain III (ED3) of dengue 2 virus. Virology, New York, v.366, p. 349–360, 2007.

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HOLMES, E.C. The evolution and epidemiology of dengue virus. Salud Publica Mexico. Cuernavaca. v.49, p.296-300, 2007.

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MALLHI, T. H. et al. Clinico-laboratory spectrum of dengue viral infection and risk factors associated with dengue hemorrhagic fever: a retrospective study. BMC Infectious Diseases, v. 15, n. 1, p. 399, 2015. MONGKOLSAPAYA, J. et al. T cell responses in dengue hemorrhagic fever: are cross – reactive T cells suboptimal? Journal of Immunology,Baltimore, v. 176, n. 6, p. 3821 – 3829, 2006.

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ORGANIZAÇÃO

MUNDIAL

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STEPHENS, H. A. F. HLA and other gene associations with dengue disease severity. Current Topics in Microbiology and Immunology, Berlin, v. 338, p. 99-114, 2010.

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TWIDDY, S.S. et al. Phylogenetic relationships and differential selection Pressures among genotypes of dengue-2 virus. Virology. New York, v. 298, p.63–72, 2002.

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OCORRÊNCIA DE Listeria monocytogenes EM DIFERENTES TIPOS DE ALIMENTOS: uma breve revisão Rouselaine Marinho Maia¹; Amanda de Araújo Alencar² 1- Aluna de graduação da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: laininha_02@hotmail.com; 2- Professora da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: amandaalencar@yahoo.com.br. Faculdade Santa Emília de Rodat/UNIESP - Praça Caldas Brandão s/n, Tambiá - João Pessoa / PB CEP 58020-560

Palavras chave: Qualidade de alimentos. Listeria Monocytogenes. Listeriose.

1 INTRODUÇÃO Atualmente a indústria alimentícia tem aumentado significativamente a demanda de alimentos práticos, devido ao fato de que o perfil do consumidor mundial é baseado na exigência de produtos com um tempo de preparo mínimo e um maior prazo de validade. Porém, fatores como a qualidade microbiológica deste setor tem chamado atenção em ocorrências de surtos de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA), tonando-se uma problemática para a saúde pública (SANTOS, 2014; SILVA, 2011). De acordo com MAFFEI e colaboradores (2016), em 2012 nos Estados Unidos houve aproximadamente 831 surtos de DTA, onde 14.972 casos de doenças resultaram em 794 hospitalizações e 23 mortes. No Brasil, entre os anos de 2000 – 2014, a Secretaria de Vigilância em Saúde registrou 9.928 surtos de DTA, que resultaram em 195.753 doentes (BRASIL, 2014). Os surtos de doenças de origem alimentar podem ser ocasionados por patógenos como: vírus, fungos e bactérias, onde estas últimas tem se destacado devido a sua grande população e capacidade de se desenvolver em vários tipos de ambientes, causando a contaminação de alimentos através da manipulação inadequada associada às más condições de conservação, transporte, armazenamento e distribuição dos mesmos (LIMA et al. 2015). Dentre tantas, a Listeria monocytogenes apesar de ser responsável por apenas 0,02% das DTAs, é a causa de 28% das mortes resultantes dessas doenças, se destacando devido a sua patogenicidade, ocasionando Listeriose em humanos, com graves manifestações clínicas, podendo comprometer o Sistemas Nervoso Central e consequentemente levar o paciente a óbito (SILVA et al. 2011; SILVÉRIO et al. 2014; IGARACHI, 2015). Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo verificar a ocorrência de Listeria monocytogenes em diferentes tipos de alimentos, através de estudos encontrados na literatura.

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2 METODOLOGIA A presente pesquisa trata-se de um estudo descritivo na área de Microbiologia de Alimentos, baseado em artigos científicos originais e de revisão literária pesquisados em base de dados: BIREME, Pubmed, SCIELO, Periódicos Capes, além de anais de congressos, publicados até o ano de 2016, utilizando-se os seguintes descritores: “Qualidade de alimentos”, “Listeria Monocytogenes e “Listeriose.”

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Listeria monocytogenes é um bacilo curto, Gram-positivo, anaeróbio facultativo, não esporulado e não formador de cápsula, móveis a 25°C com flagelos peritríquios, podendo se desenvolver e multiplicar-se em largas faixas de temperaturas (1ºC – 45ºC), pH (4.3 – 9.6) e em concentrações salinas maiores ou iguais a 10%. Estas características contribuem para sua proliferação em alimentos refrigerados e com vida de prateleira elevada como: leite cru e pasteurizado, queijos, carne bovina, suína, de aves e seus derivados, frutos do mar, além de produtos de origem vegetal, crus ou processados e refeições preparadas industrialmente (CRUZ; MARTINEZ; DESTRO, 2008; SILVA et al. 2011). É o agente causador da Listeriose, uma enfermidade oportunista veiculada por alimentos que pode chegar a causar aborto, meningite e septicemia principalmente em pacientes imunodeprimidos, idosos, crianças, grávidas, dentre outros (BRASIL, 2003). Para garantir um maior controle de qualidade em alimentos nos Estados Unidos a legislação exige a ausência de Listeria monocytogenes em 25g de amostra, enquanto que em países da Europa o valor máximo permitido é de até 100 células/mL de amostra. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, através da RDC nº12 de 02 de Janeiro de 2001, aprovou a ausência deste microrganismo em 25g de amostra apenas para queijos de média, alta e muito alta umidade (SILVÉRIO et al., 2014; MANSKE; PAGGI; PILETTI, 2016). De acordo com Fonseca, Reis e Santos (2016), durante os anos de 1998 a 1999 foram isoladas cepas de Listeria monocytogenes em manteiga na Finlândia, ocasionando 4 mortes de 80 infectados, e em leite pasteurizado, 3 mortes de 5 infectados. Em 2008 no Canadá houve um surto de Listeriose com 53 casos confirmados, 6 suspeitos e 20 mortes, devido ao consumo de carne processada contaminada (MONTEIRO, 2015). Em uma pesquisa realizada por SILVÉRIO e colaboradores em 2014, das 2309 amostras analisadas de frango (carcaça e corte), suínos (corte), embutidos (variados) e bovinos (carcaça

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e corte), 1,65% apresentaram-se positivas para L. monocytogenes, das quais a maior taxa de ocorrência da mesma se deu em amostras de suínos (corte), como mostra a Tabela 1.

Tabela 1 - Ocorrência de Listeria monocytogenes em alimentos (SILVÉRIO et al. 2014). Tipo de alimento Frango Suíno Embutido Bovino

Quantidade de amostras (%L.monocytogenes encontrada) 21 (2,3%) 4 (3,6%) 4 (3,3%) 0 (0,0%)

Segundo Silva et al. (2011) no Brasil, nos anos de 2000 - 2009, um estudo em 63 amostras de leite cru, revelou (4,1%) positivas para L. monocytogenes, e em 48 amostras de leite pasteurizado (3,1%) indicaram a presença do microrganismo. O mesmo estudo mostrou 111 amostras de um total de 1.432 queijos contaminados por essa bactéria, dentre outros tipos de alimentos. Em 2016, pesquisa realizada por Fonseca, Reis e Santos analisando a presença de Listeria em leite cru e pasteurizado na cidade de Campina Grande/PB encontraram 44% de amostras contendo Listeria spp. das quais 51% pertenciam a espécie L. monocytogenes. Esse patógeno também pode ser encontrado em vegetais como mostra SANTOS (2014), observando um índice de contaminação de 1,04% em 96 amostras de vegetais orgânicos fiscalizados. Além disso, a L. monocytogenes pode ser encontrada em superfícies de trabalho, ambientes da recepção dos alimentos, equipamentos utilizados no processamento, locais com alta umidade e resíduos como: ralos, pisos e paredes (MANSKE; PAGGI; PILETTI, 2016). Contudo, podemos concluir que a incidência de isolados da Listeria monocytogenes em alimentos tem aumentado a cada ano, porém, ainda são necessários mais estudos a fim de estabelecer a relação entre alimento contaminado e doença, com o intuito de alertar tanto o produtor como os consumidores para que haja um maior controle de qualidade em alimentos por parte dos órgãos fiscalizadores responsáveis, evitando assim possíveis danos à saúde global.

4 AGRADECIMENTOS/FINANCIADORES Este trabalho teve como colaboradora a orientadora: Doutora Amanda de Araújo Alencar.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BRASIL. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Manual das Doenças Transmitidas por Alimentos. Centro de Vigilância Epidemiológica, acesso: 2003;

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmitidas por Alimentos – VE-DTA. São Paulo: Ministério da Saúde, 2014.

CRUZ, C. D.; MARTINEZ, M. B.; DESTRO, M. T. Listeria monocytogenes: UM AGENTE INFECCIOSO AINDA POUCO CONHECIDO NO BRASIL. São Paulo/SP, Faculdade de Ciências Farmacêuticas – USP, v.19, n.2, p. 195-206, abr./jun. 2008;

FONSECA, B. C. P.; REIS, J. N.; SANTOS, M. S. Avaliação microbiológica de produtos lácteos comercializados na cidade de Vitória da Conquista - Bahia. Vitória da Conquista/BH, Revista Saúde.com, 12(2): 575-583 2016;

IGARACHI, M. C. Incorporação de antimicrobianos naturais em filme biodegradável à base de alginato para o controle de Listeria monocytogenes em embutido cárneo fatiado. 2015. 105f. Tese (Doutorado) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015;

LIMA, A. C. M. et al. Pesquisa de Listeria monocytogenes em queijo muçarela fatiado comercializado em estabelecimentos varejistas na cidade de Goiânia, GO. Goiânia/GO, Eletronic Journal of Pharmacy, vol. XII n. 4, p. 87-92, 2015;

MAFFEI, D. F. et al. Práticas educativas em segurança alimentar: uma experiência de extensão universitária. Araraquara/SP, Revista Ciência em Extensão, v.12, n.2, p.153-161, 2016;

MANSKE, G. A.; PAGGI, G.; PILETTI, R. Controle de Listeria monocytogenes em ambiente de frigorífico de abate de suínos. Itapiranga/SC, Revista Ciências Agroveterinárias e Alimentos, ISSN: 2525-4235 n. 1, 2016;

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MONTEIRO, F. C. Avaliação de Listeria monocytogenes como controle de qualidade no processamento de carnes. Defesa: 2015, 103 páginas. Dissertação de Mestrado – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Mestrado em Engenharia de Produção, Ponta Grossa/PR, 2015;

SANTOS, V. A. Alimentos orgânicos em Salvador, BA: um estudo Exploratório em estabelecimentos comerciais de refeições e Ocorrência de Listeria monocytogenes em vegetais in natura. Defesa: 2014, 91 páginas. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal da Bahia, Mestrado em Alimentos, Nutrição e Saúde, Salvador/BA, 2014;

SILVA, A. S. et al. Listeria monocytogenes em Leite e Produtos Lácteos no Brasil: Uma Revisão. Londrina/PR, Revista UNOPAR Científica Ciências Biológicas e da Saúde, 13(1): 59-67 2011;

SILVÉRIO, K. I. et al. Incidência de Listeria monocytogenes Em Alimentos. Florianópolis/SC, XX Congresso Brasileiro de Engenharia Química, Out./2014;

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PARTO HUMANIZADO E A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DURANTE OS PERÍODOS CLÍNICOS Alana Gomes de Oliveira¹, Lilian Cristina Pontes da Silva ², Lilian Raquel Soares da Cunha ³, Michele Salvador Ribeiro4 , Rômulo Wanderley de Lima Cabral2 1- Alunas de Graduação da Faculdade Santa Emília de Rodat, email: allanamarcelogomesoliveira@gmail.com; lilian_cristinajp@hotmail.com; lilian_raqueljp@hotmail.com; xellekaenfermeira@gmail.com 2- Prof. Mestre da Faculdade Santa Emília de Rodat-FASER, email: romulopits@gmail.com

Palavras-chave: Humanização. Parto. Assistência. Períodos clínicos.

1 INTRODUÇÃO O parto é um momento único na vida de uma mulher. De forma em geral representa uma fase muito importante na vida do casal. É a fase resolutiva do ciclo gravídico onde ocorre a expulsão e nascimento no parto e seus anexos do organismo materno. Um parto humanizado significa respeito dado para que todas as dimensões do ser humano sejam atendidas nos objetivos espirituais, psicológicos, biológicos e sociais. O parto humanizado ocorre quando as mulheres são ouvidas de forma diferente dandolhes direito de escolha e decisões sem alterações, deixando a natureza fazer o seu trabalho levando em conta a segurança e saúde total da mãe e do bebê. Orientar e mudar o ponto de vista de todos com um objetivo de uma humanização durante todos os períodos do parto especializado totalmente humanizado. No final do estudo constatar que a humanização de parto que se refere a um conjunto de condutas e atividades, procedimentos capazes de promover o parto e o nascimento totalmente saudáveis, atuando para um processo natural e evitando condutas desnecessários que possam causar riscos para a mãe e o bebê. Neste contexto, esta pesquisa tem a finalidade de descrever os períodos clínicos do trabalho de parto e do parto (dilatação, expulsão, secundamento e o período de Greemberg) e a atualização assistencial do enfermeiro no trabalho de parto.

2 METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa descritiva e bibliográfica, tendo em vista que a pesquisa descritiva se propõe a descrever o fenômeno que será estudado a partir de informações teóricas. Segundo Gil (2006), a pesquisa bibliográfica é fruto de material já publicado, “construído

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principalmente de livros e artigos científicos com o objetivo de analisar posições diversas em


relação a determinado assunto”. Portanto, este estudo foi realizado no acervo da biblioteca João Paulo II da Faculdade Santa Emília de Rodat e em artigos científicos publicados nos principais periódicos da internet.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Segundo os preceitos de Silva (2007), a humanização do parto corresponde a um conjunto de condutas e procedimentos capazes de promover o parto e o nascimento saudáveis, por respeitar o processo natural e evitar condutas desnecessárias ou de risco para mãe-bebê. O parto normal é um processo natural, e por isso não deve sofrer interferência no seu curso. De acordo com a lei nº 7.498/86, que regulamenta o exercício profissional da enfermagem, relata que compete à enfermeira, como membro da equipe de saúde, prestar assistência à gestante, à parturiente e à puérpera; acompanhar a evolução do trabalho de parto e a execução do mesmo sem distocia (FREITAS, 2006). A assistência no primeiro período clínico do trabalho de parto (dilatação) de acordo com Ricci (2008), Nesse período a enfermeira proporcionará assistência de enfermagem com muito apoio e pouca tecnologia, ao admitir a cliente e orientá-la até a sala de parto. A assistência incluirá a obtenção de um histórico de internação; a verificação dos resultados dos exames laboratoriais de rotina e outros mais específicos; o questionamento da cliente sobre as expectativas e preparação para o parto; e uma completa avaliação física para estabelecer os valores dos dados para uma avaliação futura. Sem deixar de promover uma assistência para o binômio mãe-bebê, tanto fisicamente, como psicologicamente. Assistência no segundo período clínico do trabalho de parto (expulsão) ocorre quando a dilatação do colo está completa, pode-se dizer que se iniciou o trabalho de parto. Neste momento a descida da apresentação fetal promove compressão no períneo, e a paciente normalmente refere sensação semelhante ao desejo de defecar (ZUGAIB, 2008). Barros (2008) afirma que neste período a oxigenação fetal está gradualmente reduzida pela contração uterina e diminuição da circulação placentária. A vitalidade do concepto deve ser monitorada pela ausculta fetal a cada cinco minutos para evitar comprometimentos futuros. Durante o período expulsivo, é muito importante que a enfermeira esteja atenta ao controle da pressão arterial, pulsação e respiração. Controlar a frequência cardíaca fetal, antes, durante e depois da contração; observar os esforços de expulsão da parturiente (puxos) para ajudá-la a ficar de modo que facilite o trabalho de parto; e permitir que a mulher adote a posição em que ela se sinta mais cômoda. É importante que haja um controle na administração de

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líquidos intravenosos ou medicação específica que está sendo dada à parturiente e preparar o material para a recepção do recém-nascido, com tudo identificado de acordo com a rotina da instituição (GARCÉS, 2006). Assistência no terceiro período clínico do trabalho de parto (dequitação) De acordo com Garcés (2006), há alguns sinais que indicam separação placentária, e a equipe deve estar atenta; ou seja, quando o fundo uterino apresentar contração firme e se elevar no abdome; ou mudar de uma forma discóide para uma forma globular, na medida em que a placenta se desloca para o segmento uterino; ou quando aparece um jorro de sangue no intróito vaginal e o cordão descender cerca de 07 cm na vagina. Após a dequitação, deve-se realizar a inspeção da placenta para se certificar de que ela foi expulsa totalmente da cavidade. Segue-se fiscalizando a superfície materna para identificar qualquer solução de continuidade na distribuição regular dos cotiledôneos – isso nos permite descartar a possibilidade de que sobrem restos aderidos à parede uterina. Deve-se verificar a presença de nós falsos ou verdadeiros, varicosidades ou outras anomalias; e se há áreas de desprendimento, infarto ou calcificação (GARCÉS, 2006). Silva (2007) afirma que os cuidados imediatos após a saída da placenta é providenciar o peso e identificá-la; realizar a laqueadura do cordão e conferir se existem duas artérias e uma veia; limpar a região genital após liberação da paciente; realizar movimentação passiva dos membros inferiores – MMII; verificar sinais vitais, sangramento vaginal e infusões venosas; e anotar no prontuário o horário, o tipo de parto, presença ou não de episiotomia e episiorrafia, sexo, Apgar, intercorrências com o RN, dequitação e sangramento, nome dos profissionais que assistiram ao parto, encaminhar a paciente ao leito, juntamente ao prontuário; anotar o parto no livro de centro obstétrico e preparar a sala para o próximo parto. O principal objetivo da inspeção da placenta é para evitar que restos permaneçam dentro da mulher, provocando assim infecções; e que tenha a garantia de os vasos sanguíneos já tenham estancado, pois a hemorragia pós-parto é uma das principais causas de mortalidade materna (BRASIL, 2001). Assistência no quarto período clínico do trabalho de parto (Greemberg) ocorre de acordo com Barros (2009), após a expulsão do bebê, é recomendado esperar a dequitação para que ocorra o deslocamento e descida espontânea da placenta. Esse período, da primeira hora logo após a saída da placenta é denominado Período de Greenberg, onde é muito suscetível a hemorragias na ocorrência de pouca ou ausência no tônus uterino – hipotonia ou atonia. Essas complicações exigem habilidade do profissional e conhecimento. A revisão do canal de parto

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deve ser feita, a fim de verificar e prevenir as possíveis lacerações no trajeto e reparação vaginal. Deve ser realizada a palpação abdominal para analise do tônus e volume uterino, e verificar se ele está na altura da cicatriz umbilical. Isso assegura hemostasia uterina. A atenção humanizada ao parto trás muitos benefícios à mulher, pois faz com que o nascimento deixe de ser algo encarado como ruim, e passe então a ser desejado; e ao bebê, pois há um menor sofrimento ao vir ao mundo. A equipe de saúde deve ser capacitada e o mais entrosada possível, para que o parto ocorra de forma tranqüila, tanto para a equipe, quanto para a parturiente. A enfermeira tem um papel fundamental durante o trabalho de parto e nascimento, pois é ela quem fica a maior parte do tempo acompanhando e avaliando seus sinais e sintomas. É ela quem faz o acompanhamento da evolução do trabalho de parto, quem realiza as auscultas e avalia a contratilidade uterina; enfim, quem faz parte inteiramente do processo de nascimento. A participação da enfermeira no processo do inicio do trabalho de parto, da expulsão e do nascimento, proporciona fundamentalmente satisfação à parturiente e ao profissional. Dessa forma, o enfermeiro deve conhecer a situação da mesma, para poder interpretar e obter uma compreensão informada das suas necessidades. O objetivo dessa compreensão informada é selecionar estratégias mais adequadas para resolver o problema da parturiente, com o menor sofrimento possível.

4 AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus e segundo nosso orientador Prof. Rômulo Wanderley por essa grande oportunidade de poder compartilhar o que aprendemos sabendo que fará uma grande diferença na vida de todos.

5 REFERÊNCIAS BARROS, Sonia Maria Oliveira de. Enfermagem obstétrica e ginecológica: guia para a prática assistencial. 2 ed. São Paulo: Roca, 2009.

FREITAS, Fernando. Rotinas em obstetrícia. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

GARCÉS, Maria de Lourdes Velasco (coord.). Manual de enfermagem: enfermagem maternoinfantil. Cotia, SP: Vergara Brasil, 2006. (vol. 3)

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RICCI, Susan Scott. Enfermagem materno-neonatal e saúde da mulher. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.

SILVA, Janize C. Manual obstétrico: guia prático para a enfermagem. 2 ed. São Paulo: Corpus, 2007.

ZUGAIB, Marcelo. Zugaib Obstetrícia. 1 ed. Barueri, SP: Manole, 2008.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ªedição. São Paulo: Atlas, 2006.

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SÍNDROME DE PRUNE BELLY Alana Gomes de Oliveira1, Annyele de Lima Pinto1, Lilian Christina Pontes da Silva1, Lilian Raquel Soares da Cunha1, Emanuelle Medeiros2 1-Aluno da Graduação de Enfermagem da Faculdade Santa Emilia de Rodat, e-mail: allanamarcelogomesoliveira@gmail.com; annyeledelima@gmail.com; lilian_cristinajp@hotmail.com; lilian_raqueljp@hotmail.com 2- Professora da Faculdade Santa Emilia de Rodat. E-mail: emmanuelamederos@hotmail.com

Palavras Chaves: Síndrome. Abdômen de Ameixa Seca. Anomalia.

1 INTRODUÇÃO A Síndrome de Prune Belly, também conhecida como síndrome de Eagle-Barret, ou ainda, Síndrome do Abdômen da Ameixa Seca, é uma doença rara e grave em que o bebê nasce com deficiência ou mesmo ausência dos músculos na parede do abdômen, ficando como os intestinos e a bexiga apenas cobertos pela pele. Esta doença tem cura quando diagnosticada desde cedo e a criança pode vir a ter uma vida normal. A síndrome é mais comum em bebês, estima-se que afete 1 a cada 35.000 a 50.000 indivíduos nascidos vivos, sendo que a maior parte dos casos ocorrem no sexo masculino (95%) (GUERRERO, 2010). Contudo, mulheres também podem nascer com esta síndrome, manifestando anomalias na genitália externa. É frequente que portadores deste transtorno morram ainda dentro do útero da mãe, ou até mesmo alguns meses após nascer. Embora a etiologia ainda não tenha sido esclarecida, existem duas hipóteses: Defeito no desenvolvimento do mesoderma primário, ocorrido entra a sexta e a décima semana de gestação, interrompendo o desenvolvimento da lâmina lateral do mesoderma, dificultando o surgimento da parede abdominal e trato geniturinário; Obstrução do trato urinário durante o desenvolvimento fetal, que leva ao retorno da urina e consequente expansão da bexiga. Uma hipoplásica ou displasia prostática pode ser responsável por essa distensão da bexiga e do trato urinário superior, estirando os músculos da parede abdominal, lesando essa musculatura.

2 METODOLOGIA Trata-se de um trabalho de caráter descritivo que segundo Gil (2002), têm como objetivo

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primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o


estabelecimento de relações entre variáveis, que aborda o surgimento, desenvolvimento e as consequências da síndrome de Prune Belly.

3 RESULTADO E DISCUSSÃO Apesar de vários trabalhos na literatura médica relatarem a ocorrência de Síndrome de Prune Belly, esta associada a anomalias cromossômicas, poucos são aqueles que descrevem sua associação. É importante ressaltar que mulheres com idades acima de 38 anos constitui fator de risco para anomalias cromossômicas. Por outro lado, em estudo, a síndrome de Prune-Belly afeta homens e mulheres em proporção de a cada 35.000 a 50.000 indivíduos nascidos vivos, sendo que a síndrome completa ocorre somente em pacientes do sexo masculino (BOUZADA, 2003). A síndrome de Prune Belly é causada por um possível defeito à nível da placa intermédiolateral do mesoderma ou da proeminência genital. O diagnóstico pode ser confirmado ainda intra-útero, por volta da 13° semana, com a evidência de megacistos, megabexiga , ascite fetal, poli ou oligohidrâmnio (GUERRERO, 2010). O paciente apresenta, além das características externas da síndrome, alterações do trato urinário, devem ser acompanhadas porque intervenções podem ser necessárias para assegurar drenagem eficaz da urina. Afecções como infecção do trato urinário devem ser evitadas para que não ocorra comprometimento ainda mais grave da função renal. A cefalosporina de primeira geração é a droga indicada até o terceiro mês de vida, a nitrofurantoína está contraindicada devido à imaturidade renal. Cerca de 25% a 30% dos pacientes com essa síndrome desenvolvem insuficiência renal, sendo que a elevação das escórias, o acometimento renal bilateral e a pielonefrite podem ser prenúncio de falência renal. As lesões renais observadas na fase aguda persistem, como cicatriz permanente, em 36% a 52% das unidades afetadas. Além disso, alguns estudos clínicos e experimentais têm comprovado que o tratamento precoce da pielonefrite aguda pode reduzir a incidência de dano renal, aquelas que evoluem para insuficiência renal crônica terminal têm indicação para se submeterem a transplante renal, devendo ser avaliadas criteriosamente quanto à dinâmica do funcionamento do trato urinário, o que influenciará sobremaneira no êxito do transplante (BOUZADA, 2003).

A Síndrome de Prune Belly, é uma doença rara e grave em que o bebê nasce com deficiência ou mesmo ausência dos músculos na parede do abdômen, ficando como os intestinos e a bexiga

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apenas cobertos pela pele. Esta doença tem cura quando diagnosticada desde cedo e a criança pode vir a ter uma vida normal. Ela é mais comum em bebês, estima-se que afete 1 a cada 35.000 a 50.000 indivíduos nascidos vivos, sendo que a maior parte dos casos ocorrem no sexo masculino (95%) (GUERRERO, 2010). Embora, mulheres também podem nascer com esta síndrome, manifestando anomalias na genitália externa. É frequente que portadores deste transtorno morram ainda dentro do útero da mãe, ou até mesmo alguns meses após nascer.

4 AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus primeiramente, aos nossos amigos e familiares que nos acompanham na luta diária pelo conhecimento, e em especial a professora Emanulle Medeiros da faculdade Santa Emília de Rodat UNIESP-FASER que nos estimulou na busca de novos conhecimentos a cerca da temática desenvolvida neste artigo, em especial a Janderlan do Nascimento Gomes Filho e Jonas Emannuel Galdino da Silva pela ajuda na construção desse artigo.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOUZADA, Ferrarez Cândida Maria. ET AL. Trissomia do 21 e Síndrome de Prune Belly: relato de caso. Revista medica de Minas Gerais. Minas Gerais. V.13.1. P56-59, 2003

Gil, Antônio Carlos, 1946- Como elaborar projetos de pesquisa/Antônio Carlos Gil. - 4. ed. - São Paulo : Atlas, 2002

GUERRERO, Franz Albert. ET AL.Síndrome de Prune Belly: Presentación de un caso y revisión de la literatura. Rev. Univ. Ind. Santander. Bucaramanga. V.42. N.1 P.78-85, 2010

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