Livro de resumos XV JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E I SIMPÓSIO DE RADIOLOGIA

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Jornada de Iniciação Científica da FASER XV Jornada de Iniciação Científica e I Simpósio de Radiologia: comemoração a semana de enfermagem : evento direcionado a estudantes e profissionais das áreas de saúde, e pesquisadores interessados na área / Faculdade Santa Emilia de Rodat – João Pessoa,PB : FASER, maio ; 2014. 215p. (Livros de resumos) 1- Pesquisa Científica – Jornadas. 2- Radiologia – Simpósio. 3 – Enfermagem. I - Faculdade Santa Emília de Rodat. II.Título CDU 001.8:615.849:816-083


Cronograma 12/05/2014 Comemoração ao dia Internacional da Enfermagem Manhã: 8h às 12h – Entrega dos materiais 9h às 10h30min – Palestras 1- TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS HUMANOS – Drª Myriam Carneiro de França, gerente de Ações Estratégicas da Central de Transplantes do Estado (SALA 13) 2- BANCO DE LEITE HUMANO – Campanha para doação de vidros – de 12 a 16 de maio (SALA 10) 3- LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS: INSTRUMENTO DE HUMANIZAÇÃO NA SAÚDE – Esp. Francisco Roberto Coura, Pedagogo e filósofo pela UFPB, especialista em libras e docência do ensino superior pela Faculdade Evangélica Cristo Rei e mestrando em educação Faculdade Espano-Guarani (SALA 14) 10h30min às 12h – Apresentações Orais - Saúde do Homem (SALA 12) 10h30min – Paternidade e gravidez não desejada 11h – Fimose e Balanopostite 11h30min - Síndrome de Fournier Tarde:

14h às 17h – Colocação e exposição dos banners

Noite:

17h30min às 19h30min – Minicurso I - INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA VIVA – Profº Dr. Ideltônio José Feitosa Barbosa, UFPB / FASER (SALA – LABORATÓTIO DE SEMIOLOGIA I)

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18h – Abertura oficial HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DOS ENFERMEIROS 19h às 20h30min – Palestra 4- DRENAGEM LINFÁTICA REVERSA – Giovana Pontes Vidal, Graduada em Fisioterapia hospitalar e Dermatofuncional / Professora da Faculdade Maurício de Nassau e FAMENE (SALA 14) 5- PROJETO SEMENTE DE MOSTARDA – Dr. Klecius Leite Fernandes, Hospital São Vicente de Paula (SALA 15) 19h às 21h – Programa de Saúde da Família Apresentação dos alunos do 7º período de enfermagem – Profª Msc. Ana Flávia de Brito (SALA 12) 19h30min às 20h – Coffee Break 20h às 21h – Palestra 6- UTILIZAÇÃO DA RADIAÇÃO SINCRONTON PARA ELUCIDAR ESTRUTURAS TRIDIMENSIONAIS DE PROTEÍNAS – Profª Drª Daniela Priscila Marchi Salvador, Universidade Federal da Paraíba, UFPB (SALA 13) 20h30min às 22h – Palestra 7- TERAPIAS NATURAIS – UMA REALIDADE NA SAÚDE – Francisco Douglas, Fisioterapeuta pela UFPB, esp. em acupuntura pela ABA e facilitador de Yoga pela associação internacional Yoga integral (SALA 14) A- MOSTRA DE BIOSSEGURANÇA – Profª Anna Cláudia e alunos do 1º período de Biomedicina (SALA 11) 21h às 22h – Palestra 8- AVALIAÇÃO DAS DOSES DE RADIAÇÃO EM EXAMES DE RAIOS X DE TÓRAX EM PACIENTES PEDIÁTRICOS – Msc. Willian Jaramilo Garzón, Universidade Federal de Pernambuco, UFPE (SALA 13)

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13/05/2014 Manhã: 8h às 12h – Campanha para doação de sangue HEMOCENTRO – UNIDADE MÓVEL (SALA 10) 8h às 11h – Apresentações orais - Alunos de enfermagem da disciplina Doenças Transmissíveis – Profª Msc. Ana Flávia de Brito (SALA 12) - Alunos de enfermagem da disciplina SCA – Profª Msc. Ana Flávia de Brito (SALA 11) 9h – Ação do projeto de extensão ENFERMEIROS DO SORRISO - Comemoração do dia “D” (SALA 13) 9- LUDOTERAPIA – Esp. Karla de Castro Oliveira, especialista em pediatria e neonatologia e enfermagem do trabalho, mestranda em educação pela Florida Christian University. 10- COREN - Participação do projeto de extensão do Prof. Felix (primeira resposta) e Prof. João e Profª. Viviane com aferição de pressão arterial e glicemia -GINCANA E KARAOKÊ 9h às 12h – Minicursos II- PARTOS E NASCIMENTOS ATIVOS: o fisiológico e natural – Rômulo Wanderley de Lima Cabral (SALA – LABORATÓRIO DE SEMIOLOGIA I) III – SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM - Profª Mona Lisa Cavalcante Cartaxo, Docente FASER (SALA – LABORATÓRIO DE SEMIOLOGIA II) Tarde:

14h às 17h – Colocação e exposição dos banners

Noite:

17h30min às 19h30min – Minicurso (continuação do dia 12) I - INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO COM A MATÉRIA VIVA – Profº Dr. Ideltônio José Feitosa Barbosa, UFPB / FASER (SALA – LABORATÓRIO DE SEMIOLOGIA I) 18h30min – Ação do projeto de extensão

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ENFERMEIROS DO SORRISO - Comemoração do dia “D” (continuação) - ABERTURA DO EVENTO - grupo de dança Enfermeiros do Sorriso - Apresentação da Peça teatral - Momento de beleza (acadêmicos de Estética) - Aferição de pressão arterial e glicemia - Gincana e Karaokê - Hemocentro- coleta de sangue 18h30min às 20h – Mostra INSTRUMENTAÇÃO LABORATORIAL – Profª Anna Cláudia e alunos do 3º período de Biomedicina (SALA 12) 19h às 20h30min – Palestra 11- REGULAÇÃO DO SUS PARA HOSPITAL DE PORTA FECHADA – Vânia Lúcia Frazão de Araújo, Chefe da Seção de Pessoal e Patrimônio do Hospital Santa Isabel da Secretaria da Saúde de João Pessoa (SALA 14) 12- A IMPORTÂNCIADA INTELIGÊNCIA E EMOCIONAL NA VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL – Demetrius e José Paulo Fernando Leão Junior, Associação Brasileira de COACHING e Desenvolvimento (SALA 15) 19h30min às 20h – Coffee Break 20h às 21h – Palestra 13NOVAS TECNOLOGIAS APLICADAS À RADIOTERAPIA – Dr. José Marques Neto, CNEN e Hospital Napoleão Laureano (SALA 13) 14- INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA – Msc. Maria das Graças da Silva, mestre em produtos naturais, sintéticos e bioativos. Farmacêutica 20h30min às 22h – Dramatização Vítima com politraumatismo craniano (SALA 11) 20h30min às 22h – Apresentações orais - Saúde do Homem (SALA 12) 20h30min - Ginecomastia e andropausa 21h – Disfunção erétil 21h30min – Ejaculação precoce 21h às 22h – Palestra 15APLICAÇÕES DATOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO (TCFC NO COMPLEXO) – Porf. Dr. Marcelo Augusto de Oliveira Sales, FASER (SALA 13) 16- QUEIMADURAS – Diego Augusto Malheiros Diniz, Diretor da Capacitec, Graduado em Biomedicina, cursando especialização em urgência e emergência; cursando especialização em citologia. (SALA 14) –5–


14/05/2014 Manhã: 7h às 9h – Oficina - LIBRAS INSTRUMENTO DE HUMANIZAÇÃO – Esp. Francisco Roberto Coura, Pedagogo e filósofo pela UFPB, especialista em libras e docência do ensino superior pela Faculdade Evangélica Cristo Rei e mestrando em educação Faculdade Espano-Guarani (SALA 12) 8h às 11h – Programa de Saúde da Família – Apresentação dos alunos do 8º período de enfermagem – Profª Msc. Ana Flávia de Brito (SALA 15) 8h às 12h – Atividade - TESTAGEM RÁPIDA DE HIV, SÍFILIS E HEPATITE COM PROFISSIONAIS DO HOSPITAL CLEMENTINO FRAGA (SALA 11) 9h às 10h30min – Palestra 17- IMPORTÂNCIA DOS REGISTROS ELETRÔNICOS DE ENFERMAGEM – Prof. Fábio Formiga Nitão, FASER (SALA 13) 18- INSTABILIDADES, QUEDAS E IMOBILIDADE – Profª Nilsonete, FASER (SALA 14) 9h às 12h – Minicursos (continuação do dia 13) II- PARTOS E NASCIMENTOS ATIVOS: o fisiológico e natural – Rômulo Wanderley de Lima Cabral, FASER (SALA – LABORATÓRIO DE SEMIOLOGIA I) III – SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM – Profª Mona Lisa Cavalcante Cartaxo, FASER (SALA – LABORATÓRIO DE SEMIOLOGIA II) Tarde: 14h – Workshop - Depilação – PANDHY’S – Brenda Cícero, Diretora da empresa IDEA COSMETICOS LtdaFormada como profissional e treinadora da técnica “sugaring” desde 2012 pela Beauty Academy PANDHY’S™- em Budapest, Hungria. No ano passado a Beauty Academy PANDHY’S™, em Budapest, foi o primeiro e único centro de treinamento em Cosmetologia na Hungria a ter o maior nível de formação teórica e prática, além da moderna infraestrutura e instalações, a ser condecorada pela

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CIDESCO, após rigorosa e longa inspeção por sua formação profissional. O Cidesco (Comité International d'Esthétique et de Cosmétologie), foi fundado em 1946, em Bruxelas, com sede em Zurique, na Suíça. Com essa certificação a Academia passa a ter um prestígio internacional e seus treinamentos são reconhecidos como preparatórios para o exame da Entidade. O Diploma CIDESCO é o mais prestigiado e mais reconhecido diploma que o setor profissional de estética tem, sendo símbolo de qualidade e uma garantia de excelência a nível mundial. 15h às 17h – Apresentações dos banners Noite:

17h30min às 19h30min – Minicurso IV – TÉCNICAS ESPECIAIS DE LOCALIZAÇÃO PARA EXAMES INTRA-ORAIS – Profº José Damião Inácio (UFPB) (SALA – LABORATÓRIO DE SEMIOLOGIA I) 17h30min às 20h30min – Minicurso V- ESTOMAS INTESTINAIS – Profª Mona Lisa Cavalcante Cartaxo, FASER (SALA – LABORATÓRIO DE SEMIOLOGIA II) 19h30min às 20h – Coffee Break 19h às 20h30min – Palestras 19- INDECORRÊNCIAS CARDIOLÓGICAS – Dr. Ítalo Kumamoto (SALA 15) 20- OS EFEITOS DATÉSNICA DA IONTOFORESE NAREDUÇÃO DA ADIPOSIDADE ABDOMINAL EM MULHERES – Profª Valéria Laudelino de Lima e Prof. Valdeni Laudelino de Lima, FASER (SALA 14) 20h às 21h – Palestra 21DOSIMETRIA TERMOLUMINESCENTE – PRINCIPAIS APLICAÇÕES – Profº Msc. Daniel Andrade Azevedo de Vasconcelos, Universidade Federal de Pernanbuco, UFPE (SALA 13) 21h às 22h – Palestra 22- PRINCÍPIOS DE OTIMIZAÇÃO EMPREGADO NAS TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS – Profº José Damião Inácio, Univerrsidade Federal de Pernambuco, UFPE (SALA 13) 20h30min às 22h – Apresentações orais - Saúde da Mulher (SALA 12) 20h30min – Distúrbios menstruais e dismenorréia 21h – Síndrome pré-menstrual e Síndromes dos ovários policísticos 21h30min – Miomatose uterina –7–


15/05/2014 Manhã: 8h às 9h30min – Apresentação oral - Saúde da Mulher (SALA 12) 8h – Síndrome pré-menstrual 8h30min – Síndrome dos ovários policísticos 9h – Endometriose e Violência Sexual 8h às 12h – Dramatização - ATENÇÃO HUMANIZADA DO ENFERMEIRO A MULHER EM TRABALHO DE PARTO – Profª Magali Diniz e Profª Socorro Ventura, FASER (SALA 13) - CLÍNICA – Apresentação dos alunos do 4º período de enfermagem – Profª Msc. Ana Flávia de Brito (SALA 11)

Tarde: Noite:

14h às 17h – Apresentação oral 17h30min às 19h30min – Minicurso (continuação do dia 14) IV – TÉCNICAS ESPECIAIS DE LOCALIZAÇÃO PARA EXAMES INTRA-ORAIS – Profº José Damião Inácio, Universidade Federal de Pernambuco, UFPE (SALA – LABORATÓRIO DE SEMIOLOGIA I) 17h30min às 20h30min – Minicurso (continuação do dia 14) V- ESTOMAS INTESTINAIS – Profª Mona Lisa Cavalcante Cartaxo, FASER (SALA – LABORATÓRIO DE SEMIOLOGIA II) 19h às 20h30min – Palestra 23- MASSOTERAPIA – Tereza Shimento (SALA 14) 19h30min às 20h – Coffee Break 20h às 21h – Palestra 24- UTILIZAÇÃO DOS EFEITOS DA RADIAÇÃO IONIZANTE EM MÉTODOS DE DATAÇÃO ARQUEOLÓGICA – Profº Dr. Sérgio Torres de Santana, IFPE (SALA 13) 20h30min às 22h – Palestras 25- ACUPUNTURA COMO TRATAMENTO PRINCIPAL NO TRATAMENTO DA OBESIDADE – Guilherme Ribeiro Lisboa (SALA 14)

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26- ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO CAPS - Kellen Christine (SALA 15) 21h às 22h – Palestra 27SEGURANÇA EM PROCEDIMENTOS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA – Profº Wilvisson Portela (SALA 13) 20h às 22h – Apresentação oral - Saúde da Mulher (SALA 12) 20h – Endometriose 20h30min – Doença Inflamatória Pélvica 21h – Climatério 21h30min – Violência Sexual

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16/05/2014 Manhã: 8h às 11h – Apresentações orais (SALA 12) 8h30min às 10h – Mostra cultural E- FILOSOFIA E ANTROPOLOGIA – Profº Francisco Roberto Coura e os alunos do 1º período de enfermagem 9h às 11h30min – Palestra 28ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO ALEITAMENTO MATERNO – Érica (SALA 13) 9h30min – I ENCONTRO DOS COORDENADORES DAS INSTITUIÇÕES CONCEDENTES DE ESTÁGIO – Profª Fátima Vieira, Coordenadora de estágio da FASER (SALA 14) Tarde:

14h – Workshop - Maquiagem MARY KAY - Flávia Manzatti, Diretora de beleza independente Mary Kay Organização interna para entrega dos certificados

Noite:

18h às 21h - Apresentação de painéis 18h30min às 20h30min - Clinica – Apresentação dos alunos do 4º período de enfermagem – Profª Msc. Ana Flávia de Brito (SALA 11) 19h30min às 20h – Coffee Break 19h às 20h – Mostra cultural - FILOSOFIA E ANTROPOLOGIA – Profº Francisco Roberto Coura e os alunos do 1º período de enfermagem 19h às 20h30min – Palestras 29- FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES ESTÉTICAS – Edna Cristina Cabral de Lima, Fisioterapeuta pela UFPB e Esteticista pelo centro de estética avançada PAYOT. Esp. em Fisioterapia dermatofuncional pela Universidade Estácio de Sá. Mestranda em Ciências da Educação pela Universidade Lusófona (Portugal) / Docente do curso de estética e cosmética da FASER (SALA 14) 30- ESCRITA CIENTÍFICA: COMO ESCREVER MEU TRABALHO? – Profª Msc. Clenia Batista, Bióloga pela

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UFPB, especialista em Gestão Ambiental e mestre em ecologia e conservação pela UEPB e docente da FASER (SALA 13) 20h30min – Encerramento do evento ENTREGA DA PREMIAÇÃO DOS 3 MELHORES TRABALHOS E SORTEIO DE BRINDES ENTREGA DOS CERTIFICADOS (SALA 13)

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XV Jornada de Inciação Científica Castração Química como Forma Terapêutica para Pedofilia Evelyn Andressa Barbosa Fernandes de Almeida1#; Ewellin Rhayane da Silva Nascimento1*; Niviane Gomes da Costa1+; Lenilde Dias Ramalho2

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Humanização em Unidade de Terapia Intensiva Amon Suassuna Ferreira¹#; Dorgival Fernandes¹*; Suellen Amara de Brito Ferreira¹+; João Batista Rodrigues de Albuquerque²

26

Humanização no Processo da Morte na UTI Flávia Gomes de Melo¹#; Glaucieny Correia Paiva1*; Joseane Flor dos Santos1+; Lúcia de Fátima Anacleto Pereira1$; João Batista Rodrigues de Albuquerque2

Língua Brasileira de Humanização na Saúde

Sinais:

Instrumento

31

de

Francisco Roberto Coura de Assis1#, Carlos Bezerra de Lima2 35

Segurança do Paciente nos Serviços de Saúde Renata Thaís Alves do Nascimento¹#, Julliane Alline Medeiros Carlos¹*, Renata Maria Bezerra César¹+, Clenia Maria Pereira Batista²%, João Batista Rodrigues de Albuquerque2$

39

A Importância de um Atendimento Humanizado Queiroz, A.D.¹*; Gomes, K.K.S.¹#; Alves, M.C.¹$; Araújo, T.J.V.¹+; Albuquerque, J.B.R.2

44

A Importância do Diagnóstico Precoce da Fibrodisplasia Ossificante Progressiva para uma Melhor Qualidade de Vida do Portador Ewellin Rhayane da Silva Nascimento1#; Jamaciara Antunes dos Santos1*; Niviane Gomes da Costa1+; Claudia Maria de Souza2

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A Síndrome do Envelhecimento Precoce e seu Mecanismo Molecular Jamaciara Antunes dos Santos¹; Priscilla Anne Castro de Assis ²

51

Abordagem do Autocuidado nas Incapacidades das Reações de Hanseníase Bruno Alves Moura¹; Lidiany Karla dos Santos Medeiros¹, Rosa Maria2

54

Aspectos Clínicos da Anemia Falciforme Assistência de Enfermagem aos Portadores desta Doença Crônica

e

Ana Karine Santos de Lima¹#, Anna Karolina da Silva Pereira¹*, Dyanna Karine Justino da Silva¹+, Ana Flávia Gomes de Britto Neves²

58

Aspectos Imunológicos na Fisiopatologia da Dengue CAVALCANTI, V. M.1; SOUZA, J. R.2

62

Assistência de Enfermagem à Pessoa Submetida à Psicofarmacoterapia Maria José Brito da Silva1; Lenilde Dias Ramalho2

67

Assistência de Enfermagem aos Pacientes Acometidos pela Síndrome da Angústia Respiratória Aléx Valério de Souza1#; Sandra Maria Romão Lopes1+; Julliane Alline Medeiros Carlos1*; João Batista Rodrigues Albuquerque2$, Clenia Maria Pereira Batista²%

Assistência de Enfermagem Unidade de Terapia Intensiva

Humanizada

71

em

Antônio Yuri Oliveira Pereira¹#; Marli Ribeiro da Silva¹*; Sarita da Silva Leão¹+; Valdicleide da Silva Trajano¹% ; João Batista Rodrigues de Albuquerque²

75

Assistência de Enfermagem na Admissão de um Paciente na Unidade de Terapia Intensiva Dannyelle de Medeiros Rocha¹#; Jussara Aires Vilar¹*; Karla Angelina Silva de Souza¹+; Waldynélia dos Santos Silva¹% . João Batista Rodrigues de Albuquerque² – 13 –

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Assistência de Enfermagem na Aspiração das Vias Aéreas

Anna Karolinna Baracuhy¹#; Josilene dos Santos Lima¹*; Vagnier Almeri da Palma Pavão¹+, João Batista Rodrigues Albuquerque2%, Clenia Maria Pereira Batista2$

82

Assistência de Enfermagem na Prevenção de Úlceras por Pressão

Anna Karolina da Silva Pereira¹#; Antonio Yuri Oliveira Pereira¹*; Francivaldo Firmino da Silva¹+; Laura Polyanna Dantas de Oliveira¹%; Wemison Hélio Uchoa Arruda¹$

86

Assistência Prioritária de Enfermagem para Pacientes com Staphylococcus aureus Resistentes à Meticilina (MRSA) Joseane Flor dos Santos1#; Flávia Gomes de Melo1*; Mona Lisa Cavalcanti Cartaxo do Nascimento 2

90

Cateterismo Vesical de Demora Feminino: uma Apresentação da Semiotécnica Josefa Costa Correia de Araújo¹

Cuidados ao Paciente Crítico: Assistência de Enfermagem

Importância

95

da

Julliane Alline Medeiros Carlos1#; Renata Maria Bezerra Cézar1*; Renata Thaís Alves do Nascimento1+; João Rodrigues Albuquerque2$, Clenia Maria Pereira Batista2

99

Cuidados de Enfermagem ao Potencial Doador de Órgãos e tecidos Ennio Guilherme da Silva¹#; Mônica Ferreira de Moura¹*; João Batista Rodrigues de Albuquerque²

103

Dor no Idoso Lúcia de Fátima Anacleto Pereira¹#; Joseni Silva Santos1*; Marcos Antonio da Costa1+; Lenilde Dias Ramalho2

108

Espécies Reativas do Oxigênio e as Lesões Celulares Amon Jeddy Caju do Egito1, Martha Mª de Albuquerque Belo1, Suênia Paulino de Melo1, Priscilla Maria de França Correia1; Gregório Fernandes Gonçalves2 – 14 –

112


Humanização no Processo da Morte na UTI Flávia Gomes de Melo¹; Glaucieny Correia Paiva1; Joseane Flor dos Santos1; Lúcia de Fátima Anacleto Pereira1; João Batista Rodrigues de Albuquerque2.

Instabilidade Postural Consequências

do

Idoso

e

117

suas

Flávia Gomes de Melo1; Maria das Graças da L. Albuquerque1; Joseane Flor dos Santos1; Lenilde Dias Ramalho2

121

Lúpus Eritematoso Sistêmico: Aspectos Clínicos Evidenciados na Literatura com Enfoque na Enfermagem ¹

Arthur Lucena Silva¹ Fabiana Maciel Madureira Marques¹ Marcos Iuri Arnaud¹ Vital Garibaldi Andrade da Silva¹ Winne Fernandes de Oliveira

126

Neurofibromatose Múltipla Isleyne Rodrigues de Almeida¹; Laís Antunes do Vale¹; Raquel Limongi de Sousa Morais¹; Cecilia Daniele Bezerra Oliveira²; Clenia Maria Pereira Batista³.

129

Neuromielite Óptica: uma Abordagem Literária Antônio Yuri Oliveira Pereira¹; Juliana Oliveira da Silva¹; Jussara Aires vilar¹; Karla Angelina Silva de Souza¹; Ana Flávia Gomes de Britto Neves².

134

O Enfermeiro como parte Integrante na Elaboração da Estrutura Física na Unidade de Terapia Intensiva

Joseane Flor dos Santos1; Maria das Graças da L. Albuqerque1; Genicleide Pontes de Lima1; João Batista Rodrigues Albuquerque2

137

O Envelhecimento Muscular Facial e Tratamento para Combater e Retardar o Processo Verônica Barbosa da Silva1, Anna Paula De Almeida Oliveira1,Georgia Echeverria Miranda Fernandes Medeiros1, Alexsandro F. Marinho2

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De

142


O Prognóstico da Miocardiopatia Insipiência Cardíaca Isquêmica no Cardíaco

Dilatada e Transplante

Júlia Vitorino Jales¹, Iasmym Pontes de Araújo Barbosa¹, Andrea Maria Rolim¹, Renato Guedes Pinto

Pré-Eclampsia Sendo uma Complicações Hipertensivas

das

146

Principais

Arunna Thallyta Alexandre de Pontes, Bruna Monteiro Freire, Felipe Augusto Maia de Barros Nobrega, Francivaldo Firmino da Silva1, Karla de Castro Oliveira2

Prevalência de Bactérias Gram-Positivas e GranNegativas Isoladas a Partir de Uroculturas Avaliação do Perfil de Resistencia

151

e

Fabilene Souza da Silva1, Amanda de Araújo Alencar2

155

Regulamento Técnico para Funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva: Descrição e Importância Renata Maria Bezerra Cézar1; Julliane Alline Medeiros Carlos1; Renata Thaís Alves do Nascimento1; João Batista Rodrigues Albuquerque2, Clenia Maria Pereira Batista2

160

Síndrome de Regressão Caudal Kaliane Pequeno Ribeiro de Almeida1; Ana Nélida Ramalho1; Janaína Cristina da Silva1; Clenia Maria Pereira Batista2; Ana Flávia dos Santos Britto2

165

Tenissonovite: Alteração Muscular Waldynélia dos Santos Silva¹ , Claúdia Maria de Souza²

170

Hipertermia Maligna, uma Doença Potencialmente Letal Márjory Medeiro Passos Teixeira1; Daniela Priscila MarchiSalvador2

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174


7ªJornada de Biofísica Radiológica & I Simpósio de Radiologia da Faculdade Santa Emília de Rodat Ambiente Lúdico Como Método Facilitador para execução de Exames Radiográficos em Utentes Pediátricos Adriana da Silva Fonseca; Thamires Nunes dos Santos

Amanda

Rezende

Carneiro;

181

Aplicações da Radioatividade na Agricultura Thassya Matias Ribeiro1; Thays Matias Ribeiro1; Rayner Anderson Ferreira do Nacimento2; Daniela Priscila MarchiSalvador3

182

Aplicações da Radioatividade na Indústria Gabriel Gouveia Rodrigues1; Gylvann Second Maciel de Andrade1; Rayner Anderson Ferreira do Nacimento2; Daniela Priscila Marchi-Salvador3

183

Aplicações da Radioatividade na Saúde Carlos Eduardo Menezes da Silva1; João Aragão Filho1; Lucas Rodrigues de Santana1, Giuseppe Gianini Figueiredo Leite2; Daniela Priscila Marchi-Salvador3

184

Bases Físicas Para o Exame de Mamografia Jhonata Roberto da Silva Carneiro1; Rayner Anderson Ferreira do Nacimento2; Daniela Priscila Marchi-Salvador3

Tratamento Laserterapia

de

Queloides

por

Betaterapia

ou

Chirley Paiva do Amaral1; Leânia Geriz Pereira de Oliveira1; Silvana Venceslau1; Rayner Anderson Ferreira do Nacimento2; Daniela Priscila Marchi-Salvador3

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185

186


Contaminação Por Radionuclídeos Fernando Leonel da Silveira Pereira; Icaro Vasconcelos Pereira; Giuseppe Gianini Figueiredo Leite2; Daniela Priscila MarchiSalvador3

Análise de Padrões de Difração de Raios X em Cristais Ronaldo Aparecido Coelho1; Plinio Delatorre2

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Elucidação Estrutural de Macromoléculas Proteicas Utilizando a Radiação Sincrotron Laísa Vilar Cordeiro1, Jephesson Alex Floriano dos Santos1, Daniela Priscila Marchi-Salvador2

189

Elucidação Estrutural de Uma Fosfolipase A 2 Básica Complexada com N-acetil Galactosamina Jephesson Alex Floriano dos Santos1, Laísa Vilar Cordeiro1, Daniela Priscila Marchi-Salvador2

Exposição de Pacientes e Qualidade de Imagem em Radiografias de Tórax nas Projeções em AP e Perfil Aline Dayana Pereira da Silva1; José Bruno da Silva Leite2

190

191

Índice de Radiografias Rejeitadas na Cidade de PatosPB Aline Dayana Pereira da Silva1; José Bruno da Silva Leite2

196

Avaliação da Integridade de Aventais Pumblíferos Utilizados na Radiologia Aline Dayana Pereira da Silva1; Jéssica Vieira Dantas1; José Bruno da Silva Leite2

201

Prólogo da Jornada de Biofísica Radiológica da UFPB

206

1ª Jornada de Biofísica Radiológica da UFPB

207

2ª Jornada de Biofísica Radiológica da UFPB

208

– 18 –


3ª Jornada de Biofísica Radiológica da UFPB

209

4ª Jornada de Biofísica Radiológica da UFPB

210

5ª Jornada de Biofísica Radiológica da UFPB

211

6ª Jornada de Biofísica Radiológica da UFPB

212

Comissão Organizadora

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Comitê Científico

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Apoio

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XV Jornada de inIciação científica

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Castração Química como Forma Terapêutica para Pedofilia Evelyn Andressa Barbosa Fernandes de Almeida 1#; Ewellin Rhayane da Silva Nascimento1*; Niviane Gomes da Costa1+; Lenilde Dias Ramalho2 1

Discente de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat, FASER, e-mail: andressa_bfa@hotmail.com; *ewellin_rsn@outlook.com; +nivianeflor@hotmail.com; 2 Docente, Faculdade Santa Emília de Rodat, FASER, e-mail: lenildedias@uol.com.br #

Palavras-chave: Violência sexual infantil. Tratamento hormonal. Impulso sexual Introdução Segundo Moreira (2010), a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Classificação Internacional de Doenças (CID- 10) a pedofilia é classificada como uma doença, um transtorno de preferência sexual por crianças e adolescentes na idade pré-puberal. Sendo o pedófilo um indivíduo adulto e incapaz de controlar seus impulsos sexuais contra a esta faixa etária. Cabe ao Estado a responsabilidade de recuperar esses indivíduos e favorecer novas possibilidades de reinserção social. Estes indivíduos, porém ao praticar tal ato são isolados da sociedade e levados para cumprir pena em regime prisional. Todavia, ao sair do cárcere, o pedófilo estará apto a retornar para o crime, pois os estabelecimentos prisionais não oferecem tratamentos adequados e, quando o “reeducando” regressa à sociedade continua com o transtorno parafílico, ademais, com conhecimento de técnicas mais avançadas para a prática de delitos. É devido a essa situação que o pedófilo deve ser tratado com as técnicas correspondentes ao seu problema. Para Deblinger e Heflin (1995), os casos de pedofilia causam um grande impacto emocional tanto nas vítimas quanto em seus familiares. As sequelas podem ser psicossociais, com graus diferentes de perturbações psíquicas, que vão desde efeitos mínimos ou não aparentes, até graves problemas de comportamento, dependência de drogas, disfunções sexuais, depressão grave, tendências suicidas e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Com base no artigo 227 da Constituição Federal de 1988 e nos artigos 3 e 4 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990), Paula (2013) expressa que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à – 21 –


liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. A castração química não “castra” a pessoa e também não é uma forma de esterilização, é, apenas, um tratamento hormonal para contenção da libido. Essa pena já é aplicada em países desenvolvidos como é o caso dos Estados Unidos da América, Canadá e Itália e está em fase de implantação na França e Espanha, entre outros países que estão em discussão (SILVA JÚNIOR, 2010). O estudo é importante por vários fatores, entre os quais, vários países desenvolvidos já terem adotado tal alternativa e, também quanto aos benefícios obtidos com a aplicação desse tratamento ao pedófilo, principalmente as estatísticas de não reincidência. Deste modo, diante da impotência da prevenção de novos casos, há, portanto a necessidade em disseminar junto ao acadêmico de enfermagem acerca da castração química como forma de tratamento ao pedófilo. Visto que, tal método é administrado pela equipe de enfermagem e já se encontra em uso em alguns países. Portanto, esse estudo tem como objetivo, investigar na literatura pertinente à temática em destaque acerca da castração química como forma de tratamento para a pedofilia. Metodologia O estudo é do tipo bibliográfico, que Segundo Gil (2006), este tipo de estudo é desenvolvido com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Foi realizado no acervo da biblioteca da Faculdade Santa Emília de Rodat - UNIESP, e através de sites eletrônicos indexados como: Scielo e BIREME, no período de 4 de março á 21 de abril de 2014.

Resultados e discussão De acordo com Vieira Júnior (2006, p114), a castração química é reversível, realizada com versões sintéticas do hormônio feminino progesterona, como o levonorgestrel, o gestodeno, noretisterona, ciproterona e o acetato de medroxiprogesterona (depo-provera) que é a mais utilizada, sendo MPA seu ingrediente ativo. De acordo com Stinneford (2006), a administração geralmente é semanal, injetável e por via intramuscular, com dose inicial entre 100 e 500mg. A substância é liberada na corrente sanguínea, atuando na hipófise (glândula do cérebro que regula a produção e liberação da testosterona), inibindo o efeito da testosterona, o principal hormônio masculino responsável – 22 –


pela libido. Gottesman e Schubert (1993) dizem que a administração da droga também pode ser por via oral, em doses diárias de 60mg. Para Silva Júnior (2010), no Brasil, existem muitas discussões sobre a viabilidade desse tipo de pena – ou tratamento –, levando-se em consideração a questionada eficácia desse método em reabilitar o condenado, garantindo a proteção aos interesses coletivos. Segundo Thibaut et al (2010), após um período de seis meses sob uso da terapia, levando em consideração os padrões profissionais atuais é sugerido a afinação da dose para um nível suficiente para manter a testosterona baixa, minimizando os efeitos colaterais. Este nível de dosagem de manutenção é altamente variável e determinada pelo médico que preside com base na sintomatologia do réu. Para Heide (2007), o método mais comum consiste na aplicação de antiandrógenos que agem diminuindo os níveis de testosterona circulante. O uso do hormônio Depo-Provera, não obstrui a sexualidade do agressor. Somente diminuirá a compulsão sexual. Proporcionando aos mesmos uma saúde sexual equilibrada, diminuindo também a reincidência dos crimes contra a liberdade sexual. Nessa sequência, Aguiar (2007) afirma que a reincidência de criminosos sexuais cai de 75 para 2% após a aplicação do hormônio feminino. Para GAGNE (1981), o tratamento combinado da psicoterapia com aplicação de hormônios, que reduzem a ação da testosterona, melhora o impulso sexual e o controle comportamental do agressor, pois os efeitos são a curto prazo, dentro de duas a três semanas após o início de um curso de MPA. O mesmo cita estudo com 48 homens, onde quarenta deles responderam positivamente à MPA. Vale ressaltar que, nesse estudo, todos os participantes experimentaram baixa fantasia sexual, como a excitação e impulsos (especialmente a masturbação). Corroborando, Moscatello (2010) explica a eficácia da castração química como sendo um tratamento que pode ser farmacológico e/ou psicoterapêutico (cognitico-comportamental). Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (fluoxetina e sertralina entre outras drogas antidepressivas) também são usados no tratamento inicial ou em formas mais leves da doença. O autor citado informa ainda que as taxas de recidiva para crimes sexuais são sempre menores entre aqueles pedófilos submetidos a tratamento medicamentoso se comparados com os sem tratamento. Foi possível concluir que, a castração química embora não ponha fim aos casos de abuso sexual infantil, é uma medida mais eficaz que a prisão, visto que o tratamento apresenta resultados positivos, como a diminuição do número de casos. Dessa forma, promove a proteção da dignidade de possíveis vítimas, que estão sujeitas a vir sofrer tal violência, caso o tratamento não venha a ser adotado. E, ainda permite aos agressores o contato regular com o seu médico, assegurando-lhe uma administração adequada da dose, e cumprindo com as disposições de supervisão de ordem judicial, – 23 –


refletindo de forma direta na preservação da saúde física e mental de crianças e adolescentes. Referências AGUIAR, A. M. F.M. (2007). O “direito” do condenado à castração química. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/10613/o-direitodo-condenado-a-castracao-quimica > Acesso em: 12 de abr.2014. DEBLINGER, E.; HEFLIN, A. H. Abuso sexual infantil. In.: DATTILIO, F.; FREEMAN, A. Estratégias cognitivo-comportamentais para intervenção em crises. Campinas: Editora Psy II, 1995. GAGNE, P. (1981). Treatment of sex offenders with medroxyprogesterone acetate. American Journal of Psychiatry, 138, 644-646. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2006 GOTTESMAN, H. G. & SCHUBER, D.S. (1993). Low-dose oral medroxyprogesterone acetate in the management of paraphilias. Journal of Clinical Psychiatry, 54, 182-188. HEIDE, M. P. Castração Química para Autores de Crimes Sexuais e o Caso Brasileiro. Revista Jus Navigandi, Teresina, Ano 12, nº 1400, mai. 2007. Disponível em: <http://jus.com.br/revista/texto/9823>. Acesso em: 22 de mar. 2014. MOREIRA, A. S. Pedofilia: aspectos jurídicos e sociais. Leme: Cronus, 2010. MOSCATELLO, R. Pedofilia é doença passível de inimputabilidade, Disponível em: < http://www.conjur.com.br/2010-jun-10/pedofilia-doencamental-passivel-semi-inimputabilidade> Acesso em: 12 de mar.2014. PAULA,V. M. PEDOFILIA CRIME OU DOENÇA? A FALSA SENSAÇÃO DE IMPUNIDADE. 2013. (Gaduação em Direito)-Centro Universitário Salesiano de São Paulo,2013. Disponível em: <http://atualidadesdodireito.com.br/eduardocabette/2013/08/03/pedofiliacrime-ou-doenca/> Acesso em: 22 de mar. 2014. SILVA JÚNIOR, A. C. Castração química X Dignidade da pessoa humana. São Luís, Maranhão, 2010. Disponível em: – 24 –


<http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=2989> em: 21 de abr.2014.

Acesso

SINNEFORD, J. F. (2006). Incapacitation through maiming: Chemical castration, the eighth amendment, and the denial of human dignity. University of St. Thomas Law Journal, 3, 559-599. THIBAUT, F., de la Barra, F., Gordon, H., Cosyns, P., Bradford, J., & the World Federation of Societies of Biological Psychiatry (WFSBP) Task Force on Sexual Disorders. (2010). The WFSBP guidelines for the biological treatment of paraphilias. World Journal of Biological Psychiatry, 11, 604-655. VIEIRA JÚNIOR, A. Considerações sobre o tratamento dos criminosos sexuais. In.: SERAFIM, A. de P.; BARROS, D. M. de, RIGONATTI, S. P. (Orgs.). Temas em psiquiatria forense e psicologia jurídica II. 1 ed. São Paulo: Vetor, 2006. p. 139-154.

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Humanização em Unidade de Terapia Intensiva Amon Suassuna ferreira¹#; Dorgival Fernandes¹*; Suellen Amara de Brito Ferreira¹+; João Batista Rodrigues de Albuquerque² 1

Discente de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat, FASER, e-mail: amon_suassuna@yahoo.com; *dorgival_fernandes@hotmail.com; + suellen_amara@hotmail.com 2 Docente, Faculdade Santa Emília de Rodat, FASER, e-mail: jbrodrigoll@hotmail.com #

Palavras-chave: Paciente crítico. Cuidado. Profissionais de saúde. Família Introdução A humanização é um processo que deve envolver todos os membros de uma UTI. Segundo Souza (2004), a responsabilidade da equipe de enfermagem se estende para além das intervenções tecnológicas e farmacológicas focalizadas no cliente, incluindo avaliação de necessidades dos familiares, bem como preservação da integridade do próprio cliente como ser humano. O conceito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, quando se concluiu que era mais seguro isolar pacientes em estado grave numa sala especial. Desde então, a UTI tem sido vista como um local de esperança, mas principalmente de angústia e sofrimento, tanto para pacientes quanto para familiares (SOUZA, 2004). A partir de 1995, começou um movimento que se tornou conhecido como humanização do atendimento na UTI. Os envolvidos na interdisciplinaridade das UTI’s passaram a refletir profundamente sobre o assunto, procurando saber por que, apesar de todos os esforços, a imagem da UTI como local de isolamento e angústia não deixava de ser, parcialmente, uma realidade (SOUZA, 2004). O principal objetivo da humanização é gerar satisfação ao cliente interno e externo implementando o conceito “cuidar do outro como você gostaria de ser cuidado”, criando um ambiente menos hostil, o que ajuda o paciente a diminuir o nível de estresse e, consequentemente, se recuperar mais rápido (GENILDA, 2012). A palavra humanização pode ser entendida como a maneira de ver e considerar o ser humano a partir de uma visão global, buscando superar a fragmentação da assistência, um dos aspectos que envolvem uma prática dessa natureza está relacionado ao modo como lidamos com o outro (SOUZA, 2004). – 26 –


Assim, essa característica implica em fazermos a diferença no modo como lidamos com outro, tratando-o com dignidade e respeito, valorizando seus medos, pensamentos, sentimentos, valores e crenças, estabelecendo momentos de fala e de escuta (REICHERT; LINS; COLLET, 2007). Humanizar não é uma técnica ou artifício, é um processo vivencial que permeia toda a atividade das pessoas que assistem o paciente, procurando realizar e oferecer o tratamento que ele merece como pessoa humana, dentro das circunstâncias peculiares que se encontra em todos os momentos no hospital (LIMA, 2004). Este trabalho tem como objetivo buscar na literatura corrente informações essenciais sobre como se da o processo de humanização nas UTIs e levar os profissionais de saúde confrontar essas informações com a sua realidade (GENILDA, 2012).

Metodologia Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada no acervo da biblioteca da instituição de ensino superior Santa Emilia de Rodat (UNIESP), João Pessoa-PB. O estudo foi elaborado baseado em tratados, artigo de revistas científicas, livros e sites indexados à rede mundial de computadores. Resultados e discussão A UTI é um ambiente destinado ao atendimento de pacientes em estado crítico ou potencialmente crítico, de ambos os sexos. A realidade vivida neste local com relação às atividades desenvolvidas trata-sede um dia-a-dia dinâmico e intenso, muitas vezes pelo número superior e leitos ocupados e inferior de profissionais qualificados e ofertados pelo serviço (GENILDA, 2012). O aspecto humano do cuidado de enfermagem, com certeza, é um dos mais difíceis de ser implementado. A rotina diária e complexa que envolve o ambiente da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) faz com que os membros da equipe de enfermagem, na maioria das vezes, esqueçam de tocar, conversar e ouvir o ser humano que está à sua frente (GENILDA, 2012). A responsabilidade dos profissionais se estende para além das intervenções tecnológicas: inclui a avaliação das necessidades dos familiares, grau de satisfação desses sobre os cuidados realizados, além da preservação da integridade. A idéia não é que o profissional se envolva emocionalmente, mas acolha a família, dando, por exemplo, as – 27 –


informações em uma linguagem acessível e não muito científica (REICHERT; LINS; COLLET, 2007). A família frequentemente sente-se desamparada e temerosa à beira do leito de um paciente gravemente enfermo. Os tubos, curativos, fios e aparelhos, com os quais a equipe médica está tão acostumada, são amedrontadores para os membros da família. Eles vêem estes equipamentos fixados ao seu ente querido e podem relutar em tocar o paciente por medo de causar dano a ele ou ao equipamento (REICHERT; LINS; COLLET, 2007). As normas não permitem que os familiares fiquem junto ao paciente e o distanciamento dos entes queridos acaba sendo um dos maiores problemas enfrentados pelos que estão internados na UTI. O conceito de humanização busca resgatar o valor da proximidade com o paciente, evitando que o alto desenvolvimento tecnológico na medicina coloque o relacionamento e o calor humano em segundo plano (REICHERT; LINS; COLLET, 2007). A palavra humanização pode ser entendida como a maneira de ver e considerar o ser humano a partir de uma visão global, buscando superar a fragmentação da assistência. Um dos aspectos que envolvem uma prática dessa natureza está relacionado ao modo como lidamos com o outro. Assim, essa característica implica em fazermos a diferença no modo como lidamos com outro, tratando-o com dignidade e respeito, valorizando seus medos, pensamentos, sentimentos, valores e crenças, estabelecendo momentos de fala e de escuta (REICHERT; LINS; COLLET, 2007). Humanizar não é uma técnica ou artifício, é um processo vivencial que permeia toda a atividade das pessoas que assistem o paciente, procurando realizar e oferecer o tratamento que ele merece como pessoa humana, dentro das circunstâncias peculiares que se encontra em todos os momentos no hospital (LIMA, 2004). A essência da enfermagem em cuidados intensivos não está nos ambientes ou nos equipamentos especiais, mas no processo de tomada de decisões, baseada na sólida compreensão das condições fisiológicas e psicológicas do paciente (GENILDA, 2012). É importante abordar a necessidade de humanização do cuidado de enfermagem na UTI, com finalidade de provocar uma reflexão da equipe, e em especial dos enfermeiros. A participação do enfermeiro junto aos familiares, além de possibilitar a visita aos pacientes internados na UTI, envolve o fornecimento de informações precisas, favorecendo o contato com a realidade (LIMA, 2004). Apesar de ressaltada a importância de orientar os familiares, poucas vezes, os enfermeiros participaram dessa atividade. De modo geral, muitas vezes a única informação que é dada é sobre a rotina, o horário de visitas, o que pode e o que não pode, tornando-o a visita da família ao paciente cada vez mais angustiante por falta de informações – 28 –


concretas ou até mesmo de uma atenção. Apesarde muito se falar de humanização e de sua importância existe uma realidade que, em muitos aspectos, fere o conceito de humanizar (LIMA, 2004). O ambiente tem influência direta no bem-estar do paciente, família e equipe multiprofissional. As estratégias que facilitam o contato, a interação e a dinâmica no contexto da UTI podem ser consideradas premissa básica para o cuidado humanizado. O ambiente físico pode ser responsável pelo desenvolvimento de distúrbios psicológicos, pela desorientação no tempo e no espaço, privação de sono devido aos ruídos constantes (GENILDA, 2012). Alguns diferenciais podem ser adotados para evitar esses transtornos: unidades com número de quatro a seis leitos, leitos privativos para pacientes conscientes, janelas com vista para o exterior, permitindo a entrada de luz natural, quadros decorativos e cores leves nas paredes, flexibilidade para que a família traga objetos pessoas do paciente (fotos, desenhos etc), existência de relógio com data e hora, para auxiliar na orientação temporal, iluminação efetiva, mas que proporcione descanso ao paciente, temperatura constante em torno de 24°C, cuidados com a monitorização dos equipamentos (KNOBEL, 2006). O processo de humanização do cuidado mantém o tratamento focado no paciente e não na doença, cuidar do cliente como um todo, considerando o seu contexto familiar e social. (LIMA, 2004). Observa-se que nas UTI´s que as ações desenvolvidas pelosprofissionais de saúde apresentam ênfase na técnica, e eles esquecem do cuidar, do toque, do ouvir e atenção a família para que haja o desenvolvimento como o de humanização, é preciso levar em consideração as condições dos trabalhos dos profissionais da UTI ( INCA, 2010). A humanização parte de cada um, a relação profissional, cliente, família e bastante próxima e há sempre uma troca de informações, cuidando ao cliente como um todo visando a sua autonomia, segurança, tratamento adequado e bem estar do cliente (INCA, 2010). Referências FERREIRA,GENILDA. Saberes e práticas: guia para ensino e aprendizado de enfermagem, 7.ed. São Paulo, Difusão editora, 2012. INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER - INCA. Humanizar SUS: ações e programas, 2010. KNOBE, ELIAS. Enfermagem em terapia intensiva:- São Paulo: editora Atheneu, 2006.

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SOUZA, M.; POSSARI, J.F; MUGAIAR, K. Humanização da abordagem nas unidades de terapia intensiva: 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. VIANA, RENATA PIETRO PEREIRA; WHITKER, IVETHY AMAGUCHI. Enfermagem em terapia intensiva: práticas e vivências. – Porto Alegre, Artmed, 2011.

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Humanização no Processo da Morte na UTI Flávia Gomes de Melo¹#; Glaucieny Correia Paiva1*; Joseane Flor dos Santos1+; Lúcia de Fátima Anacleto Pereira1$; João Batista Rodrigues de Albuquerque2 1

Discente de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat, FASER, e-mail: flaviamellojp@hotmail.com #; galmell@hotmail.com *; josy-lorzinha@hotmail.com+; lucia.anacleto@hotmail.com $. 2 Docente, Faculdade Santa Emília de Rodat, FASER, e-mail: jbrodrigoll@hotmail.com;

Palavras-chave: Pacientes, Familiares, Hospital, Óbito.

Introdução A trajetória profissional no cuidado dos pacientes em estado crítico na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) possibilita a reflexão sobre o cotidiano da equipe de enfermagem nos cuidados dispensados aos familiares visitantes (SILVA, 2006). A visita é uma extensão do paciente e cuidar dele também requer cuidar das pessoas queridas. De várias formas os visitantes sofrem muito das mesmas crises que os pacientes hospitalizados na UTI, frequentemente mostram-se ansiosos, temerosos e sentem-se muito desamparados em suas capacidades de contribuir e ajudar ao paciente (HUDAK, 1997). A família, inicialmente e de modo frequente, encontra-se fragilizada e angustiada frente à possibilidade da morte, dificultando ainda mais o enfrentamento desta situação pela enfermagem. Por isso, é necessário que a equipe fique atenta aos acontecimentos à sua volta, ao que está ocorrendo com os familiares de pacientes internados na UTI, a suas diferentes manifestações, pois não é possível planejar, programar e avaliar as ações de enfermagem que contemplem a humanização de sua relação com estas famílias sem ser um observador hábil. A observação é um instrumento indispensável quando pretendemos construir uma relação interpessoal com o outro (LOURENÇO, 2008). A informação é uma forma de humanizar, e deve ser oferecido aos familiares, principalmente para conhecer o que é uma unidade de terapia intensiva, o que se faz para os clientes internados e como é o trabalho dos profissionais desse lugar. A necessidade de intervir nessa dinâmica família-serviço-cliente deu-se por visualizar carência de humanização da equipe com os familiares, às vezes por não reconhecerem a família como instrumento terapêutico do tratamento intensivo. Com isso, negligenciando a saúde da família, que de igual

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maneira, precisa de cuidados especiais, de cuidados intensivos (DINIZ, 2005). Na produção do vídeo apresentado em sala de aula o objetivo maior é informar aos acadêmicos de enfermagem quanto à importância dos cuidados prestados a paciente e seus familiares no processo de morte, dando-lhes tratamento individualizado frente às necessidades de cada indivíduo e auxiliar os futuros profissionais de saúde interessados no assunto a compreender de forma científica o processo de humanização aos familiares dos pacientes em UTI. Metodologia Trata-se de um estudo com descritivo com abordagem na literatura, realizado no mês de abril de 2014, em fontes seguras como Lilacs, Bireme e na Biblioteca virtual de saúde (BVS). Para um melhor entendimento visual, foi produzido um vídeo de curta metragem baseado em fatos reais onde houve a participação dos docentes abordando o contato direto com a paciente e evolução de todo processo de complicação e óbito como também uma humanização com seus familiares e/ou visitantes. A produção do vídeo foi realizada no laboratório de UTI da FASER. Resultados e discussão Quando o assunto é morte, muitas pessoas preferem evitar o tema, pois se trata de um processo que acarreta profundas reações emocionais. A morte é um acontecimento difícil para todos, sejam filhos, sejam pais, familiares e profissionais da área da saúde, por gerar sentimentos de dor, inconformidade, negação e saudade. Existe dificuldade em se falar sobre a morte, no entanto mais complexo é conviver em um ambiente em que esta se faz presente, como é o caso da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), tendo em vista a gravidade dos pacientes que lá se encontram (AGNOLON, 2007). É preciso valorizar a presença da família no cuidado prestado, principalmente quando ela vivencia a internação de um familiar na UTI. Mesmo a família encontrando-se em um estado de fragilidade emocional ou de crise, continua ocupando um papel de destaque para o paciente, contribuindo para que se sinta protegido, mais seguro, amado e significativo para o seu grupo familiar; tais sentimentos, na maioria das vezes, o estimulam a lutar pela vida (SOARES, 2007). Daí, nossa percepção da relevância da presença da família na UTI seja para conversar com o paciente, tocá-lo ou simplesmente observá-lo, mesmo quando este se encontra inconsciente. Entretanto, a possibilidade de – 32 –


construir outros paradigmas, requer sensibilidade, disponibilidade para aprender o novo, capacidade para reconhecer a si mesmo e depois tentar conhecer o outro e, principalmente, a crença de que os significados e afetos presentes na relação familiar são insubstituíveis para a melhora e recuperação do paciente. Nesse contexto vale salientar a humanização de forma holística também com familiares do paciente de modo acolhedor, ágil e resolutivo, com foco nas necessidades do mesmo, para lhes oferecer uma atenção humanizada (AGNOLON, 2007). Ao falarmos em cuidado de enfermagem ao ser humano, seja voltado para a assistência direta ou para as relações de trabalho, implica essencialmente falar de cuidado humanizado. Contudo é importante ressaltar que muitas vezes devido à sobrecarga imposta pelo cotidiano do trabalho, a enfermagem presta uma assistência mecanizada e tecnicista, não reflexiva, esquecendo-se de humanizar. (COLLET & ROZENDO, 2003). A avaliação cuidadosa destas necessidades fornece subsídios importantes para a melhoria da compreensão, da satisfação e da capacidade para participar nas decisões relacionadas ao cuidado de alguém, que na maioria das vezes não poderá decidir por si próprio (RÊGO et al, 2011). Por ocasião da admissão em uma UTI, tanto o paciente como os familiares visitantes experimentam uma das maiores crises de sua vida. A preocupação e o medo da morte parecem tomar conta de ambos. Dessa forma, fica claro que, durante uma internação, os conflitos emocionais tendem a alterar seus comportamentos. Entrar nesse ambiente para visitar um interno e se deparar com fios, telas, monitores, ruídos e pessoas se movimentando a todo instante parece impressionar e gerar medo, dúvidas e ansiedades, motivo pelo qual o visitante também deve ser acalentado e ajudado pelo profissional. A necessidade de intervir nessa dinâmica família-serviço-cliente deu-se por visualizar carência de humanização da equipe com os familiares, às vezes por não reconhecerem a família como instrumento terapêutico do tratamento intensivo. Com isso, negligenciando a saúde da família, que de igual maneira, precisa de cuidados especiais (SOARES, 2007). A partir dos conceitos descritos, podemos entender o processo da morte como também a humanização, onde a enfermagem tem importância em todas as situações relacionadas ao ser humano. O enfermeiro como um profissional da saúde, visando o relacionamento saudável, deve procurar sempre dialogar com o paciente e seus familiares, e na sua atuação dentro do hospital, como um profissional da saúde, deve envolver o indivíduo e as áreas sociais, buscando sempre o bem-estar de todos. Acompanhar a dor, sofrimento, angústias, e medos por parte dos familiares, encontrar a melhor maneira de enfrentar e vivenciar a doença e a perda de um ente querido é uma das funções do profissional. Portanto a humanização não implica apenas a qualidade clinica científica e prática dos profissionais, mas na exigência de qualidade de comportamento assim – 33 –


como considerar o bem estar não só orgânico, mas como também psíquico social e moral, oferecendo um tratamento que o atenda integralmente de forma humanitária. Espera-se contribuir com essa pesquisa para o conhecimento dos acadêmicos de enfermagem no tocante ao processo da morte e humanização com familiares. Referências AGNOLON AP, FREITAS GF. Ocorrências éticas de enfermagem em terapia intensiva. Remos - Rev Min Enferm. 2007;11(2):155-60. DINIZ ZS. Conhecendo Barra do Garças. 2ª ed. Barra do Garças: Multicor; 2005. GIL, ANTONIO CARLOS. Como elaborar projetos de pesquisa. 4° Ed.São Paulo: Atlas, 2002. HUDAK C, GALLO BM. Cuidados Intensivos de Enfermagem: uma Abordagem Holística. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan;1997. LOURENÇO EC, NEVES EP. As Necessidades de Cuidado e Conforto de Visitantes em UTI Oncológica: uma Proposta Fundamentada em Dados de Pesquisa. Revista Brasileira de Cancerologia. 2008; 54(3): 213220. RÊGO KVM, ALVES RGD, DOUGLAS FC. Permanência de acompanhantes em Unidade de Terapia Intensiva: revisão de literatura. Revista Intensiva. 2011; 6(32):18-23. SILVA DE SOUZA SRO, CHAVES SRF, SILVA CA. Visita na UTI: um encontro entre desconhecidos. Rev Bras Enferm. 2006; 59(5): 609-13. SOARES M. Cuidando da família de pacientes em situação de terminalidade internados na Unidade de Terapia Intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2007;19(4):481-484.

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Língua Brasileira de Sinais: Instrumento de Humanização na Saúde Francisco Roberto Coura de Assis1, Carlos Bezerra de Lima2. 1

Docente de Libras, Faculdade Santa Emília de Rodat, FASER, e-mail: profcoura@gmail.com; 2 Docente Orientador, Faculdade Montenegro, e-mail: carlos.bezerra.lima@gmail.com;

Palavras-chave: Inclusão, Lei, Política, Saúde.

Introdução Para inserir este tema, faz-se necessário entender a importância das fases no tocante a compreensão da pessoa surda dentro de um contexto social no anglo da saúde. De maneira que, saber da história é uma das maneiras importantes para conhecer os conteúdos da inclusão surda, sendo uma tarefa que exigirá respeito e reflexão, e assim respeitando sua diversidade e peculiaridade o entendimento ficará mais compreensivo. Conhecer a inclusão, em sua estrutura social não é tarefa fácil, pois nem sempre a história contada foi protagonizada pelos que necessitavam da inclusão, mas os mesmos foram vítimas de um sistema social que por sua vez é político. Daí será explicitado o modo de pensar, as aspirações, intersubjetividade e subjetividade dos presentes em cada contexto social com logo da história. Ao analisar a história da inclusão no tocante a pessoa surda verifica-se uma mudança de visão pontual, em relação à pessoa com deficiência. No Egito antigo, os surdos eram tratados como verdadeiros deuses, como expõem VELOSO (2012; p.27): “Acreditava-se que eles se comunicavam em segredo com os deuses. Havia um forte sentimento humanitário e de respeito, protegiam e tributavam aos surdos a adoração”. Assim, como se constata no Egito tanto na cultura politeísta como na monoteísta o respeito é garantido ao surdo. Na Grécia “[...] os surdos eram considerados incapazes para o raciocínio, invisíveis e um incômodo para a sociedade [...]” (Idem, Ibidem, p.27). Já na China “[...] os surdos eram lançados ao mar.” (Idem, Ibidem, p.27). Entre outras civilizações os deficientes eram tratados como seres condenados a morte, por ter o estigma da deficiência, sendo penalizados desde afogamento até serem lançados de precipícios. É neste dinamismo não salutar que o percurso histórico vai se dando e chega à idade medieval – como se sabe a Igreja Católica tinha o domínio dos saberes em suas universidades – assim, o surdo era considerado indigno dos sacramentos e consequentemente um ser de – 35 –


alma mortal. “Ao surdo era proibido receber a comunhão por serem considerados incapazes de confessar seus pecados [...], só sendo permitidos aqueles que recebiam autorização do Papa”. (Idem, Ibidem, p.28). Como é constatado, a história não nega a falta de compreensão das pessoas surdas. A visão da pessoa surda faz parte do desenvolvimento reflexivo da saúde também, não se pode confundir deficiência com doença, porque uma doença pode gerar uma deficiência que não implica que é uma doença; muitas pessoas nascem com deficiências, outras a adquirirem no transcorrer da vida, como lembra Lilian Martins: “É importante salientar que não devemos colocar a deficiência dentro de uma concepção puramente médica, ficando associada exclusivamente à doença. Se bem que a deficiência possa ser causada por uma doença, ela não se caracteriza como doença, não devendo, portanto, ser confundida com uma das causas que a podem gerar, e que não a constitui de fato” (MARTINS, 2008, p.28). Os processos sociais de mudanças ocorridas ao longo do ciclo do que seja inclusão, cultura surda e direitos das pessoas com deficiências, necessita de uma compreensão desde a fecundação até a maturação social no âmbito da saúde e suas políticas públicas. É importante detectar os papéis que a sociedade, a família e a saúde desempenham no contexto de evolução do que seja a inclusão. Esses papéis constituem-se necessários para todas as pessoas em uma sociedade justa e igualitária. Metodologia Este trabalho trata-se de um estudo bibliográfico e documental, fundado na experiência do projeto de extensão desenvolvido no Hospital da Polícia Militar General Edson Ramalho na cidade de João Pessoa capital da Paraíba. A pesquisa foi fundamentada na revisão de literatura, sendo desta forma, feita a busca bibliográfica em livros, artigos científicos e documentos oficias dos ministérios da educação e da saúde, não deixando de lado a experiência vivida nos três anos do projeto de extensão. Como se sabe as mudanças não são rápidas, mas necessárias quando falamos em pessoas com alguma deficiência, pois cada profissional da saúde tem seu tempo de aprendizagem diferente do outro, cabendo sempre mais a visão importante e singular do profissional da saúde humanizado na construção de uma sociedade justa. – 36 –


Quando observa-se na lei, fica clara a compreensão para quem está destinada a inclusão, mas cabe observar as diretrizes básicas da Política Nacional de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, por se tratar de uma estrutura social, que por sua vez é política. A prática social só vai surtir efeito quando desenvolver uma consciência consistente e fundada nas raízes da experiência vivida, porque quando não se experimenta os efeitos da lei na sociedade, ficamos na teoria, e ela em si é morta. A lei carece da vivência humana, para atualizar e avaliar os efeitos positivos e negativos da mesma, vindo a despertar o verdadeiro entendimento no desenvolvimento da inclusão. Pois assim garante a lei, no Decerto de nº 3.298, no seu Art. 5º: “I - desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de modo a assegurar a plena integração da pessoa portadora de deficiência no contexto sócio-econômico e cultural; II estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e operacionais que assegurem às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o seu bem-estar pessoal, social e econômico; e III - respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem privilégios ou paternalismos” (Decreto nº 3.298- Art. 5º).

Com base no exposto, foi constato que, a necessidade de profissionais na área de saúde que tenha conhecimento básico em Libras,vem facilitar toda o desenvolvimento de inclusão social. Tendo em vista, que é no ambiente hospitalar que tudo vai ganhando uma conotação de inclusão ou exclusão, pois todo ser humano no seu acompanhamento do pré-natal, e pós nascimento vai ter uma assistência de um profissional da saúde. Aqui não basta a lei falar em direitos, mas ajudar os diretos serem garantidos no cotidiano. Resende chama atenção: “O direito à igualdade perante a lei em virtude dela é tido como regra de equilíbrio entre as pessoas que têm e as que não têm uma deficiência, uma vez que determina a todos, que todas as pessoas formam a população de um país. No direito, sempre se diz que a igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades, cuidando para que não haja equiparações fortuitas ou injustificadas (MELLO, 1998). Para a pessoa com deficiência significa que não pode haver nenhuma restrição ou impedimento apenas em razão da deficiência” (RESENDE, 2008, p. 37).

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Neste prisma de pensamento a Libras no caso da pessoa surda é uma área de conhecimento ainda pouco explorado na formação dos profissionais da saúde. Bem se sabe que o fundamento da inclusão vai sendo edificado constantemente, cabendo aos pesquisadores neste tema a responsabilidade humana e social de forma-se sempre mais. Na busca constante de desenvolver momentos de reflexão e descoberta cientifica sempre mais elaboradas, entre outros, que vem a somar na plena inclusão da pessoa surda.

Resultados e discussão Consciente de que o mundo busca a inclusão social em todas as áreas humanas, é importante ampliar a visão conceitual da Libras na inclusão das pessoas com deficiência auditiva no sistema de saúde. Por ainda encontrarmos uma má interpretação social no tocante a formação dos profissionais da saúde quando se trata da surdez não como doença, mas como uma nova forma de se determinar como sujeito social. Neste estudo foi constatada a necessidade de uma melhor preparação do profissional da saúde no domínio da Libras, pois foi visível a qualidade no atendimento as pessoas surdas por funcionários que dominam a Libras. O surdo e os funcionários poderão passar por uma transformação social significativa. Os espaços comuns do hospital foram efetivando a pratica da Libras como necessidade comunicativa e humanizada. Não bastava só a lei com a fiscalização, mas a articulação da lei, dos diagnósticos emitidos em relação a tal deficiência, bem como, o melhor aprofundamento do valor da Libras no contexto da saúde.A inclusão faz a sociedade, e a sociedade faz a inclusão, mas a lei vai orientar na estruturação do como fazer a inclusão. Referências A convenção sobre os Diretos das Pessoas com Deficiência- Versão Comentada- Coordenação de Ana Paula Crosara Resende e Flavia Maria de Paiva Vital. – Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Coordenação Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, p.28 e 37. 2008. BRASIL. Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Constituição Federal. VELOSO, Éden; MAIA, Valdeci. Aprenda LIBRAS com eficiência e rapidez. . Editora: Mãos Sinais, Curitiba-PR. 6 edição; Vol. I e II , p. 27 e 28. 2012. – 38 –


Segurança do Paciente nos Serviços de Saúde Renata Thaís Alves do Nascimento¹#, Julliane Alline Medeiros Carlos¹*, Renata Maria Bezerra César¹+, Clenia Maria Pereira Batista²%, João Rodrigues de Albuquerque²$ 1 Discente de Graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat, FASER, e-mail: # renatinhathais_alves@hotmail.com; *julliane.a20@hotmail.com; +renatayah@hotmail.com 2 Docentes, Faculdade Santa Emília de Rodat, FASER, e-mail: %clenia.batista@outlook.com; $ jbrodrigoll@hotmail.com.

Palavras-chave: Ministério da Saúde. Organização Mundial de Saúde. Programa nacional de segurança do paciente. Portaria 529/2013. Introdução A qualidade dos serviços de saúde é um elemento determinante para assegurar a redução e o controle dos riscos a que o paciente está submetido. Nesse sentido, um conjunto de ações complementares entre si, incluídas, é imprescindível para identificar precocemente a ocorrência de eventos que afetam a segurança do paciente, com o objetivo de reduzir o dano e evitar riscos futuros (OMS, 2004). Em 2004, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou o projeto Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, cujo objetivo fundamental é prevenir danos aos pacientes, que são mensurados pela ocorrência de eventos adversos. Já em 2007, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) preparou uma proposta nacional para a segurança do paciente, projetado para se ajustar à proposta da OMS. O objetivo foi identificar os tipos específicos e a natureza dos problemas de segurança nos serviços de saúde. A proposta para a segurança do paciente visa melhorar a qualidade do serviço hospitalar. Além disso, a ANVISA, em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), promoveu o workshop Segurança do Paciente: um Desafio Global, que promoveu debates e levantou sugestões acerca dos assuntos relacionados à temática. Nessa ocasião, alguns dos aspectos discutidos foram à importância da higienização das mãos, segurança do sangue e hemoderivados em transfusões, a administração segura de injetáveis, a segurança da água usada nos estabelecimentos e a segurança em procedimentos cirúrgicos (ANVISA, 2007). A“Safe Surgery Saves Lives” (cirurgia segura salva vidastradução nossa) foi um dos elementos centrais da OMS, que tem como – 39 –


objetivo tornar a cirurgia segura uma realidade constante nas instituições de saúde, vencendo os desafios relacionados à estrutura física, equipamentos, prevenção de infecções e à capacitação dos profissionais de saúde (ANVISA, 2007). Portanto de acordo com o exposto, surge a seguinte indagação: Quais são as ações que podem ser efetuadas para garantir a segurança do paciente nos serviços de saúde? Sua importância é fundamentada na existência de inúmeros erros decorrente da prestação de serviços, alto índice de mortalidade cirúrgica e efeitos adversos, que são originados pela falta de conhecimento dos profissionais acerca das ações desenvolvidas para garantir a segurança do paciente nos serviços de saúde. Estima-se que cerca de um a cada dez pacientes são vítimas de danos oriundos da assistência prestada ao paciente. (OMS). Além disso, poderá proporcionar o interesse de outros profissionais e ampliará o acesso as informações sobre o tema elucidado. Esse estudo tem como objetivo descrever a importância das ações e dos protocolos desenvolvidos para garantir a segurança do paciente nos serviços de saúde. Metodologia Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, que segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) trata-se do levantamento, seleção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o mesmo. A metodologia utilizada no desenvolvimento da referida temática foi à revisão bibliográfica com abordagem exploratória realizada no acervo da biblioteca da Faculdade Santa Emília de Rodat – FASER, na Universidade Federal da Paraíba – UFPB e em artigos científicos indexados online, Bireme, Lilacs e Scielo. Resultados e discussão A segurança do paciente envolve todos os profissionais da área de saúde e tem relevância significativa na assistência prestada ao paciente, tornando-se um requisito fundamental na gestão de qualidade. Pacientes em todo o mundo, inclusive no Brasil, estão sujeitos a erros de assistência na saúde. Como estimado pela OMS, no mundo um em cada dez pacientes pode ser vítima de erros e eventos adversos durante a prestação à saúde e que medidas de prevenção precisam ser adotadas para reverter esse panorama. (DOMINGUES et al., 2002). – 40 –


Por isso, os serviços de saúde deverão estruturar, em um prazo de 120 dias, contados a partir da data de publicação da RDC 36/ 2013, o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), que irá desenvolver um Plano de Segurança do Paciente (PSP), tendo como princípios norteadores a melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de tecnologias da saúde, a disseminação sistemática da cultura de segurança, a articulação e a integração dos processos de gestão de risco e a garantia das boas práticas de funcionamento do serviço de saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013a). O PSP deve estabelecer estratégias e ações de gestão de risco para a identificação do paciente, a higiene das mãos, a segurança cirúrgica, os cuidados com a prescrição, o uso e a administração de medicamentos, entre outros (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013a). Será de responsabilidade NSP realizar a notificação dos eventos adversos a ANVISA em até quinze dias após a ocorrência, com exceção para os casos que resultar em morte, os quais deverão ser notificados em até 72 horas. Quedas de pacientes, infecções hospitalares e o agravamento da situação de saúde por falhas ocorridas durante cirurgias são exemplos que se enquadram como eventos adversos decorrentes da prestação de serviços de saúde. O registro destas notificações será feito por meio de ferramentas eletrônicas disponibilizadas pela ANVISA (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013a). Diante da preocupação com qualidade do cuidado e com a segurança do paciente o Ministério da Saúde (MS) instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), pela Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013, que tem por objetivo geral contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013b). Para ratificar o PNSP e garantir a segurança do paciente o MS estabeleceu as Portarias nº. 1.377 de 9 de julho de 2013 que aprova os protocolos para Cirurgia Segura, prevenção de úlcera por pressão e higiene das mãos; e, a portaria n° 2.095 de 24 de setembro de 2013 que aprova os protocolos de prevenção de quedas, identificação do paciente e segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013c, 2013d). As ações de segurança do paciente englobam inúmeros fatores como, por exemplo, para prevenção das úlceras por pressão (UPP), é necessário que ocorra a mudança de decúbito a cada duas horas, além disso, sua incidência aumenta proporcionalmente à combinação de fatores de riscos, dentre eles, idade avançada e restrição ao leito, portanto, devese realizar no momento da admissão a avaliação do paciente pela escala de Braden que determina o risco de desenvolvimento de UPP (ANVISA, 2013a). Para prevenir as infecções hospitalares relacionadas à assistência de saúde (IRAS) e à segurança do paciente e dos profissionais – 41 –


de saúde, é realizada a higiene das mãos como medida primordial para redução da microbiota da pele. Já para diminuir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência e os danos dela decorrente, devem ser implantadas medidas que contemplem a avaliação de risco do paciente, garantam o cuidado multiprofissional em um ambiente seguro, e promovam a educação do paciente, familiares e profissionais (ANVISA, 2013b). Portanto, conclui-se que a aplicabilidade do programa nacional de segurança do paciente é essencial para garantir qualidade no cuidado, e as ações desenvolvidas pelos protocolos básicos para segurança do paciente é de extrema importância para prestar aos usuários uma assistência livre de eventos indesejáveis tais como: erro na administração de medicamentos, infecção hospitalar, úlceras por pressão, dentre outros. Referências ANVISA. ANVISA promove debate sobre segurança do paciente no Brasil. Ministério da Saúde. 2007. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/DIVULGA/noticias/2007/171007.htm. Acessado em 22 de março de 2014. ANVISA. Protocolo para prevenção de úlcera por pressão. 2013a. http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/julho/P ROTOCOLO%20ULCERA%20POR%20PRESS%C3%83O.pdf. Acessado em 22 de março de 2014. ANVISA. Protocolo prevenção de quedas. 2013b. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/segurancadopaciente/documentos/julho/P rotocolo%20-%20Preven%C3%A7%C3%A3o%20de%20Quedas.pdf. Acessado em 22 de março de 2014. DOMINGUES, A. N; LURENTI, T. C; GRAZZIANO, E. S; MASCARENHAS, S. H. A enfermagem e a segurança do paciente. 2002. Disponível em: http://www.revistaespacosaude.com.br/aenfermagem-e-a-seguranca-do-paciente/#sthash.ajAhDf56.dpuf. Acessado em 22 de março de 2014. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Pesquisa. Técnica de pesquisa.3.ed. rev.e ampl. São Paulo: Atlas, 1996. cap. 1, p. 15-36. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Resolução RDC Nº 36, de 25 de julho de 2013. 2013a. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_20 13.html. Acessado em 22 de março de 2014. – 42 –


MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. 2013b. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0529_01_04_2013.h tml. Acessado em 22 de março de 2014. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013. 2013c Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2095_24_09_2013.h tml. Acessado em 22 de março de 2014. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 1.377, de 9 de julho de 2013. 2013d. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt1377_09_07_2013.h tml. Acessado em 22 de março de 2014. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. 26ª Conferência Sanitária Panamericana 54ª Sessão do Comitê Regional -Qualidade da Assistência: Segurança do Paciente. Organização Pan-Americana da Saúde. 2004. Disponível em: http://www.ops-oms.org/portuguese/gov/csp/csp26-26p.pd. Acessado em 22 de março de 2014.

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A Importância de um Atendimento Humanizado Queiroz, A.D.¹*; Gomes, K.K.S.¹#; Alves, M.C.¹$; Araújo, T.J.V.¹+; Albuquerque, J.B.R.2 1

Discentes de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: * aluskadqueiroz@gmail.com, # kamillakarlags@gmail.com, $ terezinhajva@hotmail.com, + mirienfer@hotmail.com; 2 Discente, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: jbrodrigoll@hotmail.com;

Palavras-chave: Humanização, Auxílio, Comunicação, Tratamento.

Introdução A humanização visa uma melhoria no atendimento e nas condições de trabalho, de modo acolhedor, ágil e resolutivo, com foco nas necessidades dos cidadãos, para lhes oferecer uma atenção em saúde igualitária sem distinção de origem, etnia, idade ou gênero sexual, através de uma participação coletiva. Essa interação social e coletiva se dá com o estabelecimento de vínculos solidários e com a valorização dos usuários, gestores e trabalhadores, visto que há um aumento da responsabilidade dos mesmos em prol de um melhor atendimento. Com este trabalho, o nosso objetivo é mostrar a valorização do cuidado do ponto de vista técnico, o significado da humanização da assistência de enfermagem a ser compreendido, a dignidade da profissão e do paciente, orientar a quem cuida a dar o tratamento individualizado frente às necessidades de cada indivíduo e auxiliar os futuros profissionais de saúde interessados no assunto a compreender de maneira básica a proposta de humanização. A justificativa para tal, de acordo com o que foi exposto, mediante a ampliação e a complementação de conhecimentos acerca da temática abordada, e em nosso consentimento de equipe, ao realizar um estudo aprofundado a respeito do tema referente à pesquisa, a fim de que seja possível contribuir para um aprimoramento estudantil e eficaz, visando uma grande melhoria no futuro profissional para o aprendizado de acordo com os princípios elaborados para tal fim, onde se faça presente o uso da sabedoria referente a um bom aproveitamento do mesmo. Metodologia O estudo foi desenvolvido em dois momentos. No primeiro momento, utilizamos em nosso trabalho a apresentação de uma – 44 –


dramatização, onde esta foi baseada em fatos reais, acontecidos com uma integrante da equipe e seus familiares. Apresentamos também slides com imagens e frases sobre o tema referido para complementação da dramatização já apresentada. No segundo momento, através de uma pesquisa bibliográfica, este tipo de pesquisa foi desenvolvido a partir de material já elaborado em livros e artigos científicos e tem por objetivo nos colocar em contato com o que já foi escrito sobre o assunto, permitindo aprimorar os conhecimentos e explorar novas ideias. A identificação e localização das fontes que foram utilizadas neste estudo foi possível através da busca de automação da biblioteca da Faser/Uniesp e em sites de pesquisa na internet, acessados no período de 01/04/14 a 27/04/14. Além de material disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Resultados e discussão Humanização significa civilizar o atendimento a um determinado paciente de modo a suavizar os problemas de saúde e compadecer-se do próximo. O cuidado humano envolve atos, princípios, valores e ética, que fazem com que a ação de cuidar seja moralmente correta, para livrar o sofrimento e aliviar os sintomas que fazem parte do cotidiano. A enfermagem é uma profissão da área da saúde cuja essência e especificidade é o cuidado do ser humano no âmbito individual familiar e da comunidade desenvolvendo atividades de promoção, recuperação, reabilitação da saúde e prevenção de doenças. O atendimento humanizado é um processo importante para que se possa mudar a qualidade do atendimento com ações/atitudes, motivados por pensamentos éticos, humanitário e holísticos de prestar uma assistência de cuidar/assistir, acima de tudo realizado para seres humanos, situando-os num contexto afetuoso e nas dimensões psíquicas e sociais tratando-os com respeito e educação. O desafio maior não é só compreender e auxiliar no tratamento, mas buscar desenvolver uma prática humanizada de modo que as ações, reações e atitudes com os pacientes seja contínua. A comunicação verbal e as expressões usadas na hora da fala é a ponte entre o profissional e o cliente. Um atendimento humanizado significa muito para a melhora do paciente e para o conforto da família. Os profissionais da saúde de hoje serão os pacientes do futuro, e cabe então o esforço de um trabalho em prol disso, pois um dia será preciso um auxílio de saúde, e para colher um bom atendimento é necessário plantar um bom atendimento. Humanização começa a partir de cada pessoa que queira fazer o seu papel para contribuir. Os profissionais de saúde devem se colocar no lugar dos pacientes e enxergá-lo como um ser biopsicossocial com necessidades – 45 –


diferentes, que precisa de certos cuidados e equipamentos para sua sobrevivência, pois estão sendo cuidados por pessoas estranhas, em um local estranho, perdendo suas intimidades e sentindo dor. A humanização visa justamente trazer o máximo de conforto e cuidado para o paciente como pessoa. Referências 1 - BERGAMINI, A.C.A.G. Humanização em uma UTI-adulto no Distrito Federal. Brasília/DF: Universidade de Brasília/Faculdade de Ciências da Saúde, 2008. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde). 2 - DIAS, G.T.; SOUZA, J.S.; BARÇANTE, T.A.; FRANCO, L.M.C. Humanização do cuidado na UTI: Uma possibilidade real. Portal do Enfermeiro, 2010. Disponível em: http://www.portaldoenfermeiro.com.br/artigos/. Acessado em: 19/04/14. 3 Disponível em: http://enfermagemaqui.blogspot.com.br/2008/09/importncia-da-humanizaoda-assistncia.html. Acessado em: 07/04/14. Disponível http: .fen.ufg.br fen revista revista 3 13 Revisao3.html>. Acessado em: 26/04/14.

em:

5 – Disponível em: http://www.revistarene.ufc.br/revista/index.php/revista/article/view/364. Acessado em: 05/04/14. 6 - Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/humanizacao/. Acessado em: 27/04/14.

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A Importância do Diagnóstico Precoce da Fibrodisplasia Ossificante Progressiva para uma Melhor Qualidade de Vida do Portador Ewellin Rhayane da Silva Nascimento1#; Jamaciara Antunes dos Santos1*; Niviane Gomes da Costa1+; Claudia Maria de Souza2 1

Discentes de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat, e mail: # ewellin_rsn@outlook.com; * jamaciara@yahoo.com.br; + nivianeflor@hotmail.com 2 Docente, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: claudaudmsz@ig.com.br

Palavras-chave: Doença Genética, Ossificação, Imobilidade Articular. Introdução A Fibrodisplasia Ossificante Progressiva - FOP é uma doença genética rara, caracterizada pela má formação dos dedos grandes dos pés e pela formação progressiva de ossos no interior dos músculos, tendões e ligamentos. Por volta da segunda década de vida, a maior parte dos pacientes já perdeu a mobilidade de todas as grandes articulações do corpo inclusive da articulação da mandíbula (ATM), sendo assim, nesta época da vida, a maioria dos pacientes com FOP se encontram restritos a cadeira de rodas ou a uma cama e com imensas dificuldades para se alimentar. É uma doença que tem seu início caracterizado pela deformidade nos primeiros podálicos, os portadores apresentam os hálux virados para dentro, e a progressão varia de paciente para paciente, existem indivíduos que convivem com a FOP por anos e outros morrem já nos primeiros anos de vida, tudo vai depender da rapidez com que ela se manifesta. (Sferco A. 2001) A FOP foi relatada pela primeira vez em 1693 por Guy Patin (“mulher de madeira”), mas só foi descrita cientificamente em 1736, pelo médico John Freke, em comunicação na Real Sociedade de Medicina de Londres. Tal médico relatou o caso de um menino de 14 anos com tumorações nas costas (Kaplan FS 2005; Connor JM, Evans DA). Em 1924, Noble propôs dividí-la em três categorias: miositeossificante progressiva, miositeossificante circunscrita progressiva e miositeossificante circunscrita. Em 1969, Munchmever unificou a denominação como FOP, que abrange a afecção de tecidos moles, além do músculo. Não é possível existir um conceito único e definitivo sobre qualidade de vida, mas se pode estabelecer elementos para pensar nessa noção enquanto fruto de indicadores ou esferas objetivas (sociais) e – 47 –


subjetivas, a partir da percepção que os sujeitos constroem em seu meio. (Barbosa, 1998). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS,1995) qualidade de vida é a percepção do indivíduo de sua inserção na vida no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Por ser uma doença hereditária, rara, progressiva de difícil diagnóstico e suas manifestações clínicas facilmente confundidas com os de outras doenças, faz com que na maior parte das vezes a FOP seja diagnosticada de forma equivocada, e estes erros no diagnóstico da mesma têm causado muita dor e sofrimento aos pacientes, que são em sua maioria diagnosticados e tratados como portadores de cânceres. Acreditamos que esse estudo contribuirá para os profissionais da área de saúde, tendo em vista que no Brasil há casos de pacientes sendo tratados com quimioterapia, radioterapia e medicamento para câncer. Este trabalho tem por objetivo de promover discussão sobre a importância de um diagnóstico precoce da FOP com intuito de retardar o avanço das instalações das sequelas, promovendo desta forma uma melhor qualidade de vida aos portadores. Metodologia Trata-se de um estudo exploratório com abordagem descritiva. Segundo Gil Pesquisa Exploratória: proporcionar maior familiaridade com o problema (explicitá-lo). Pode envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado. Geralmente, assume a forma de pesquisa bibliográfica e estudo de caso. Esta pesquisa foi realizada através de sites eletrônicos indexados como: Scielo e Bireme, Google acadêmico no período de 21 à 24 de abril de 2014. Resultados e discussão A fibrodisplasia ossificante progressiva (FOP) é uma doença de origem genética que se desenvolve durante o período embrionário, devido a uma mutação do gene autossômico dominante responsável pela regulação do receptor da proteína osteomorfogênica, que é formadora do osso endocondral. Este receptor causa uma superprodução e desregulação dessa proteína, o que resulta em calcificações progressivas de fáscias, aponeuroses, ligamentos, tendões e tecido conectivo intersticial do músculo esquelético, gerando uma imobilidade articular progressiva. – 48 –


A FOP é uma condição rara de malformações esqueléticas como o hálux valgo bilateral e a ossificação heterotópica progressiva de tecidos moles, ou seja, produz-se osso novo não neoplásico em lugares onde este não deveria existir, levando, com o tempo, à imobilidade permanente. (Connor, 1982; Kaplan et al 2008) . É causada por uma mutação em uma das cópias do gene que codifica o receptor I da proteína morfogenética óssea, denominado Activin tipo 1, ou ACVR1.( Kaplan et al. 2009). Afeta igualmente homens e mulheres, sendo calculada atualmente uma prevalência global de aproximadamente um caso a cada 2 milhões de indivíduos (Kaplan et al 2008; Sferco, 2001). Os episódios de reagudização da FOP podem ocorrer espontaneamente ou podem ser precipitados por procedimentos invasivos como injeções, biópsias, flebopunções ou bloqueios anestésicos, daí a importância do diagnóstico preciso e não invasivo (Connor,1982).O diagnóstico clínico deve ser realizado através da história clínica, achados radiológicos e exame físico (Nucci et al. 2000). A fisioterapia motora e respiratória podem trazer grandes benefícios ao fortalecer a musculatura não envolvida e melhorar a capacidade respiratória do indivíduo (Kaplan et al 2000; Shafritz et al. 1996) . A ossificação ocorre nos recrudescimentos da doença, ou seja, a heterotrópica é anunciada pelo surgimento de grandes e dolorosos tumores de tecido fibroproliferativo altamente vascularizado (Gonçalves et al. 2011; Forero et al 2011). A rigidez os torna dependentes para atividades da vida cotidiana. Muitos sofrerão severa perda de peso, resultante da anquilose mandibular. Poderiam desenvolver pneumonias ou insuficiência cardíaca como resultado da rigidez da parede torácica, de modo que a sobrevida é de aproximadamente 45 anos. A morte frequentemente resulta de complicações de uma síndrome de insuficiência torácica (Kaplan et al., 2010). Por enquanto, a FOP ainda não tem cura ou tratamento, no entanto há relatos que ressaltam acerca da eficácia dos corticoides para conter a inflamação e a progressão da ossificação heterotrópica durante os surtos, reduzindo a inflamação e o edema tecidual apresentados nas primeiras fases da ossificação. A FOP é uma doença incurável, no entanto o diagnóstico correto e precoce pode proporcionar ao portador melhor qualidade de vida. Sendo portanto de extrema importância a detecção da patologia para impedir o avanço das incapacidades ocasionadas pelas sequelas . Deste modo, somente a educação de profissionais da área de saúde, familiares e pacientes pode fazer com que a pessoa com FOP não tenha uma evolução de sua doença ainda pior do que a sua própria evolução natural.

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Referências BARBOSA, SÔNIA REGINA DA CAL SEIXAS. Qualidade de Vida e ambiente: uma temática em construção. In: BARBOSA, Sônia Regina da Cal Seixas (org.). A temática ambiental e a pluralidade do Ciclo de Seminários do NEPAM. Campinas: UNICAMP, NEPAM, 1998, p. 401-423. CONNOR J.M. , EVANS D.A. Fibrodysplasiaossificans progressiva. The clinical features and natural history of 34 patients. J Bone Joint SurgBr1982;64:76-83 FORERO MELO J.F., VARGAS BAZURDO M.C., ALARCÓN F. FibrodisplasiaOsificanteprogresiva: reporte de RevColombRadiol2011;22:3113-6.

caso.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. Gonçalves A.L., Masruha M.R., de Campos C.C., Delai P.L., Vilanova L.C. Fibrodysplasia ossificans progressiva: case report. ArqNeuropsiquiatr 2005;63:1090-3. KAPLAN F.S., ZASLOFF M.A, KITTERMAN J.A., SHORE E.M., HONG C.C., ROCKE D.M. Early mortality and cardiorespiratory failure in patients with fibrodysplasia ossificans progressiva. J Bone Joint SurgAm 2010;92:686-91. KAPLAN F.S., LE MERRER M, GLASER D.L., PIGNOLO R.J., GOLDSBY R.E., KITTERMAN et al. Fibrodysplasia ossificans progressiva. Best Pract Res ClinRheumatol 2008;22:191-205 KAPLAN F.S., XU M, SEEMANN P, CONNOR J.M., GLASER D.L., CARROLL et al. Classic and atypical fibrodysplasia ossificans progressiva phenotypes are caused by mutations in the bone morphogenetic protein (BMP) type I receptor ACVR1. Hum Mutat 2009;30:379-90. KAPLAN F.S. Fibrodysplasia ossificans progressiva: anhistorical perspective. ClinRevBoneMineral Metab 2005;3:179-82. OMS. The World Health Organization Quality of Life Assessment (WHOQOL): position paper from the World Health Organization. Social scienceand medicine. v.41, n.10, 1995, p.403-409 SFERCO A. Fibrodisplasia osificante progresiva: pautas para sureconocimiento. ArchArgentPediatr 2001;99:249-52. Disponível em: <http://www.rampadeacesso.com/medicina/pesquisa/fop.htm>. Acesso em 24 de abril de 2014. – 50 –


A Síndrome do Envelhecimento Precoce e seu Mecanismo Molecular Jamaciara Antunes dos Santos¹; Priscilla Anne Castro de Assis ² 1

Discente de Biomedicina, Faculdade Santa Emília de Rodat, jamaciara@yahoo.com.br 2 Docente, Faculdade Santa Emília de Rodat, E-mail:priscilla_anne@yahoo.com.br

E-mail:

Palavras chaves: Síndrome de Progéria, Lâmina A, Progerin.

Introdução A síndrome de Hutchinson-Gilford Progéria, também conhecida como a Síndrome do Envelhecimento precoce, é uma síndrome rara, fatal, presente mais em crianças do sexo masculino, causada por uma desordem autossômica dominante. A doença acomete cerca de um em quatro milhões de nascidos vivos e suas primeiras manifestações são vistas entre doze e vinte e quatro meses de idade [1]. Essa doença apresenta como manifestações clínicas: o retardo do crescimento sem retardo mental; perda de gordura corporal e de cabelos; alterações na pele; rigidez das articulações; deslocamento do quadril; aterosclerose generalizada; doença cardiovascular (coração) e derrame cerebral (Figura 1). Os portadores da síndrome apresentam uma aparência muito semelhante, apesar de a doença afetar crianças de diferentes origens étnicas. As crianças acometidas, aproximadamente 13 anos após o seu nascimento (com uma variação entre 8 e 21 anos), morrem devido a doenças cardiovasculares em que apresentam infarto agudo do miocárdio, sendo a morte precedida por hipertensão, e/ou ataques isquêmicos transitórios e acidentes vasculares cerebrais. Em 2003, foi descoberta a mutação pontual responsável por esta síndrome, a qual afeta o gene de uma proteína denominada Lâmina tipo A, importante para a manutenção da forma e da função do núcleo. Com esta alteração no DNA, a criança sintetiza uma proteína anormal, a Progerin, que acumula no corpo devido à produção pelas células dos vasos sanguíneos, da pele e ossos levando ao desenvolvimento das diversas manifestações clínicas. O presente estudo tem como objetivo fazer um levantamento bibliográfico acerca do mecanismo molecular responsável pelo desenvolvimento da síndrome do envelhecimento precoce. Metodologia O levantamento bibliográfico foi realizado através da leitura de artigos científicos recentes disponíveis em banco de dados como Science – 51 –


Direct, Scopus, Web of Science e Google acadêmico. Inicialmente, foram pesquisados artigos científicos que esclarecessem as caraterísticas da síndrome, tais como manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento. Posteriormente, tendo as informações básicas da doença, foram pesquisados os mecanismos mais aceitos para justificar o desenvolvimento da doença em questão. Resultados e discussão O núcleo é um componente da célula eucariótica que contém o ácido desoxirribonucléico responsável pelas informações genéticas, além de controlar a síntese de proteínas, o crescimento e divisão celular. Essa organela esférica, com aproximadamente 10-20 µm de diâmetro, é delimitada por uma membrana dupla chamada envelope nuclear que auxilia na manutenção da forma do núcleo e na regulação do fluxo de moléculas através dos poros nucleares, permitindo a comunicação com o citoplasma da célula. Neste contexto, é importante ressaltar que o formato da célula, assim como a localização da cromatina, não ocorre de maneira aleatória, sendo os mesmos necessários para uma atividade celular adequada. A lâmina nuclear é formada por uma rede de filamentos estruturais, que contribuem para essa organização nuclear. Existem três tipos de lâminas: lâmina tipo A, tipo B e tipo C, mas apenas as duas primeiras são encontradas em humanos. As lâminas revestem internamente a carioteca, formando a lâmina nuclear (Figura 2); ou se estendem pelo núcleo, formando o véu nucleoplasmático. Essas proteínas são importantes para a manutenção do formato e para fixação do material genético (cromatina) nas paredes do núcleo. Conforme McClintock, mutações no gene da lâmina A (LMNA) forma 12 distúrbios, conhecidos como laminopatias, o que envolve diferentes tipos de tecidos, como muscular, nervoso, adiposo, ósseo e tecido epitelial. Apresentando distintos fenótipos clínicos associados com características como: miopatia, cardiomiopatia, lipodistrofia, neuropatia e envelhecimento prematuro (Progéria). Segundo o banco de dados médicos e de pesquisa Progeria Research Foundation (2011) a mutação que ocorre no gene da Lâmina A em indivíduos com a síndrome produz uma proteína anormal denominada Progerin. O defeito apresentado nessa proteína torna o núcleo instável, o que irá liderar o processo de envelhecimento prematuro apresentando-se em concentração significativa nas células de pacientes com a síndrome, o que resulta em distorção da membrana nuclear e diminuição da vida útil da célula. A produção de Progerin está relacionada à síntese de um mRNA com 150 pares de bases a menos do que deveria. Desta forma, esta – 52 –


transcrição é então traduzida em uma proteína que apresenta 50 aminoácidos a menos, próximos à terminação carboxila da proteína. Essa alteração é conhecida por ser a mutação mais prevalente, na qual teremos a troca de uma citosina por uma timina, levando os portadores apresentarem defeitos na estrutura nuclear e em sua função, incluindo a regulação genética.

Desta forma, podemos concluir que o mecanismo molecular prevalecente da Síndrome de Hutchinson-Gilford Progéria é a mutação pontual causada pela troca de citosina por timina em uma proteína denominada Lâmina A, responsável pela fixação da cromatina na carioteca, assim como a manutenção do formato do núcleo, desestabilizando-o, interferindo na sua regulação genética e contribuindo para o envelhecimento prematuro. Referências [1]. GOLDMAN, R.D., et al. Accumulation of mutant lamin A causes progressive changes in nuclear architecture in Hutchinson–Gilford progeria syndrome. Proc Natl Acad Sci U S A.,v. 101(24): 8963–8968,2004. [2 ]McCLINTOCK, D. The Mutant Form of Lamin A that Causes Hutchinson-Gilford Progeria Is a Biomarker of Cellular Aging in Human Skin. PLoS ONE.; v.2(12): e1269,2007. [3] Progeria Research Foundation. Acesso em 28/04/2014. Disponível em: http://www.progeriaresearch.org/index.html.

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Abordagem do Autocuidado nas Incapacidades das Reações de Hanseníase Bruno Alves Moura¹; Lidiany Karla dos Santos Medeiros¹, Rosa Maria 2 ¹Discente de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat. ²Docente, Faculdade Santa Emília de Rodat.

Palavras-chave: Hanseníase, Reações Hansenicas, Autocuidado.

Introdução A hansenose ou Hanseníase é uma doença infectocontagiosa de origem bacteriana causada pela Mycobacterium leprae que acomete pele e nervos, causando a perda da sensibilidade, fraqueza muscular e paralisia, dividido em dois grupos paucibacilar (não contagiante) e o grupo multibaucilar (contagiante), dessa forma, aumentando o risco de acidentes como queimaduras, feridas, infecções, amputações e outros. A característica maior da hanseníase são as reações, a inflamação aguda no curso de uma doença crônica pede levar a graves danos, e perda da função originada no edema e pressão no nervo. A inflamação é causada pela reação do sistema imunológico do hospedeiro, atacando o Mycobacteruim leprae, e as características são: edema, calor, rubor, dor e perda da função. Uma vez que os bacilos afetam pele e nervos , acontecem as reações hansenicas nestes lugares, pacientes que apresentam lesão de pele são raramente graves, enquanto os que apresentam nervos inflamados tem sintomas graves, e outros não presentam nenhum sinal. O bacilo da Hansen tem tropismo pelas fibras nervosas acometendo derme e troncos nervosos, a sensibilidade cutânea é alterada em suas modalidades térmica e tátil, essas manifestações podem ser acompanhadas por dor intensa, hipersensibilidade, e são identificadas por meio de exames de sensibilidade, tornando importante a visita periódica a avaliações continuas. A transmissão e realizada principalmente através das vias aéreas superiores e áreas de pele e/ou mucosas erosadas, de qualquer área do tegumento, inclusive, genitais, dos doentes bacilíferos. Em 2005 houve queda de 24,27%, ou seja, 10.900 pessoas deixaram de contrair a doença, incidência de 2,76 por 10mil habitantes em 2005 ( 38, 4 mil novas notificações) contra 2,09 por 10 mil habitantes em 2004 ( 49,3 mil novas notificações). Em 2006 houve queda de 13,45% na taxa de prevalência em 2005 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). A Hanseníase é moléstia de evolução crônica, mas esta pode ser interrompida, por fenômenos inflamatórios agudos ou subagudos, – 54 –


denominados “reações”, existindo dois tipos principais de reações, tipo I e tipo II. A reação do tipo I que ocorrem nos doentes interpolares, que possuem algum grau de imunidade celular como tuberculoides subpolares e dimorfos, essas manifestações ocorrem nos doentes interpolares, isto é, nos que apresentam Hanseníase tuberculoide subpolares, dimorfos e, em alguns doentes dimorfos muito avançados, semelhantes aos virchowianos e que na classificação de Ridley e Jopling são denominados virchowianos subpolares, essas reações podem ocorrer antes de qualquer tratamento, durante ou após a alta medicamentosa, na reação tipo I pode ser de piora ou de melhora, sendo denominado “reação de degradação” ou na reação I de melhora sendo denominada “reação inversa”, “reação reversa”. Já na reação tipo II são mediadas por imunecomplexos que ocorrem nos virchowianos (subpolar e polar) e também nos dimorfos virchowianos, essas manifestações são denominadas de “eritema nodoso hansenico” em virtude de clássicas lesões nodulares da pele, onde pode ocorrer antes do inicio do tratamento especifico, mas é mais frequente durante o tratamento e começa a aparecer ao redor do 6º mês, pode também ocorrer após a alta medicamentosa. Cerca de 60% dos virchowianos sofrem essas reações que no inicio, são discretas e podem aumentar progressivamente de intensidade. Na reação do tipo II desaparece quando os antígenos são totalmente eliminados e admite-se que quando um paciente volta a apresentar eritema nodoso hansenico, dois anos após a negativação vaciloscopica pode haver reexposição a antígenos que estavam encarcerados ou menos, reaparecimento dos bacilos, ou seja, recidiva da moléstia. Metodologia Trata-se de uma pesquisa descritiva, bibliográfica, elaborada a partir de literaturas publicadas recentemente, constituída principalmente por livros, manuais do Ministério da Saúde e artigos científicos. A busca dos artigos foi realizada entre fevereiro e março de 2014 onde foi consultada a Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde e a SciELO (The Scientific Electronic Library Online). Na Biblioteca Virtual de Saúde foi consultado pelos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): efeitos hanseníase; reações hanseníase; causas hanseníase; tratamento hanseníase. Na SciELO foram utilizados os mesmos descritores. Os artigos foram criteriosamente analisados de maneira exploratória e os dados foram organizados enfatizando a ação do enfermeiro e a situação dos pacientes que possuem reações durante o tratamento da hanseníase.

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Resultados e discussão A maioria das reações acontecem durante o primeiro ano e após do diagnostico, em pacientes com hanseníase MB, podem aparecer em qualquer momento durante o tratamento e por muitos anos após o tratamento ter sido concluído. As reações nem sempre são semelhantes, às vezes há somente uma inflamação da lesão cutânea de pele e os nervos não são afetados, mas as mais frequentes ocorrem nos nervos e não causam mudanças nas lesões de pele, podendo também afetar os olhos por isso a importância do profissional ao exame do paciente com hanseníase verificar pele, nervos e olhos, afim de certificar-se que não há nenhuma reação hansenica. Na palpação dos nervos os que são mais afetados são o ulnar, mediano e fíbular, observando a presença de dor. Qualquer paciente com hanseníase pode ter reação hansenica, os que têm apenas 2 lesões corporais sem espessamento neural tem baixo risco de ser acometido pelas reações. O diagnostico precoce, o tratamento e a prevenção, são ações primordiais para impedir a transmissão da doença e reduzir as incapacidades e deformidades, dependendo das gestões de serviços de tratamento e reabilitação, no qual deve-se promover a base do controle da doença que é o diagnostico e o tratamento precoce; isto feito, o tratamento reabilitador orna-se quase irrelevante, pois se interrompe a evolução, inclusive para as sequelas. A reabilitação do doente de hanseníase, como um todo, segue os mesmos princípios que regem a daqueles indivíduos com incapacidades devidas a outra causas, inclusive a readaptação social e profissional. As sequelas, já instaladas, podem ser corrigidas cirurgicamente por varias técnicas que utilizam principalmente transferências tendinosas para doentes com deformidades causadas exclusivamente pelos bacilos e a reação inflamatória. Devido a isso, existe o processo do autocuidado, o qual, deve ser iniciado no momento em que o paciente chega a unidade de saúde, a partir do diagnostico, ele deve ser informado, orientado e esclarecido sobre a patologia, todos os profissionais devem estar aptos a participar deste processo, com a mesma linguagem, esclarecendo dúvidas. Durante esta avaliação cada passo deve ser discutido de forma que o paciente possa entender o porquê de cada atividade, e sua importância para o tratamento, sendo realizadas junto com paciente, estimulando o autocuidado. O objetivo do autocuidado é para a prevenção de problemas e/ou detecta-los precocemente para evitar suas complicações. Varias estratégias como grupos de auto cuidado, trabalhos individuais, e grupos de ajuda mútua, é de extrema importância o paciente ouvir , ver e fazer para que ele crie habilidades e adquira novos hábitos. A hanseníase é uma doença dermatológica, debilitante que traz diversos agravos para a vida do indivíduo acometido. É vista pela – 56 –


sociedade com muita discriminação, o que dificulta seu tratamento. O estímulo do autocuidado a estes pacientes é de relevância fundamental, pois aumenta a independência do usuário acometido elevando a confiança do mesmo acerca da melhora seguida da cura. Várias podem ser as medidas adotadas pelos profissionais de saúde a fim de ajudar estes pacientes a obterem a recuperação total da autoestima, e da capacidade de cuidar de si. Contudo alguns estigmas ainda precisam ser quebrados a fim de aumentar o índice de pacientes tratados e curados com independência e preservação de sua dignidade humana. Referencias FOCACCIA; VERONECE, Tratado de Infectologia; Editor Cientifico: Roberto Focaccia , Ed Atheneu, 4ºed revisada e atualizada, vol 1. 2009. MINISTÉRIO DA SAÚDE, Manual de prevenção de incapacidades Caderno de Prevenção e Reabilitação em Hanseníase; 3º ed. revisada e ampliada, Brasília - DF, 2008. RODINI, GONÇALVES, BARROS, et al, Prevenção de incapacidade na hanseníase com apoio em um manual de autocuidado para pacientes, Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.17, n.2, p.157-66, abr/jun. 2010 BAIALARDI, C. S, O estigma da hanseníase: relato de uma experiência em grupo com pessoas portadoras, Hansenologia Internationalis, Porto Alegre – RS, V. 32, p. 27-36, 2007.

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Aspectos Clínicos da Anemia Falciforme e Assistência de Enfermagem aos Portadores desta Doença Crônica Ana Karine Santos de Lima¹#, Anna Karolina da Silva Pereira¹*, Dyanna Karine Justino da Silva¹+, Ana Flávia Gomes de Britto Neves² 1

Discentes de Enfermagem, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail:

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netofbn@yahoo.com.br; * anninhaksp@hotmail.com; dyannadk@hotmail.com 2 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição, Universidade Federal da Paraíba. Docente, Faculdade Santa Emília de Rodat. E-mail: anabritto_ufpb@hotmail.com

Palavras-chave: Anemia falciforme, Hemoglobinopatias, Cuidados de enfermagem. Introdução A anemia falciforme (AF) é uma anemia hemolítica crônica grave, hereditária autossômica recessiva, característica, mas não exclusiva da raça negra. Foi através do tráfico de escravos que essa doença chegou ao Brasil e tornou-se mundial através da miscigenação de raças (VACARINI, 2010; VICARI; FIGUEIREDO, 2011; FANTI; MAZAROTTO, 2010). O nome falciforme é devido à forma semelhante à de foice das hemácias quando expostas a uma baixa concentração de oxigênio, acidose e desidratação. Os eritrócitos ficam facilmente emaranhados e retidos, resultando em aumento da viscosidade do sangue, oclusão vascular e necrose tecidual. Apesar de a anemia falciforme ser a doença hereditária prevalente no Brasil, a literatura nacional carece de investigações a respeito da temática na área de Enfermagem no que se refere à assistência aos portadores desta patologia. Considerando a necessidade para o Enfermeiro de conhecimento dos processos fisiológicos da AF, bem como os fatores desencadeantes de crises, a atuação do profissional de Enfermagem visa, além de afastar esses fatores, a orientação e educação do paciente e aplicação de intervenções necessárias a cada situação. O estudo tem por objetivo investigar na literatura os aspectos clínicos da anemia falciforme evidenciando a importância da Enfermagem na assistência aos portadores desta patologia crônica. Metodologia Trata-se de uma revisão de literatura, cujas fontes de dados foram artigos indexados em bases de dados relevantes para Enfermagem e – 58 –


livros disponíveis na biblioteca João Paulo II localizada na FASER. Utilizando o descritor “anemia falciforme” e considerando o objetivo do estudo, foram selecionados cinco documentos para leitura e análise crítica, segundo categorização temática de conteúdo proposta por Bardin (2009), resultando na discussão deste artigo. Resultados e discussão O processo de formação de foices das células sanguíneas é o responsável por todo quadro clínico apresentado pelos pacientes com anemia falciforme. Os eritrócitos falciformes são frágeis e rapidamente destruídas da circulação, tem uma sobrevida aproximadamente de 6 a 20 dias em comparação com tempo de sobrevida de 120 dias dos eritrócitos normais (FANTI; MAZAROTTO; 2010); SMELTEZER et al., 2011). O reconhecimento precoce e a posterior avaliação clínica de crises são de extrema importância para a diminuição da morbimortalidade da AF. Ocorrem vários tipos de crises e, podem ser classificadas em: vasooclusivas (dolorosas), aplásticas e megaloblásticas, de seqüestração, e hemolíticas (HAMERSCHLAK, 2010). As crises vaso-oclusivas (VO) ou falciformes são as mais comuns, características do paciente com AF. A crise VO resulta da obstrução dos vasos sanguíneos por hemácias falciformes, onde ocorre hipóxia tecidual, morte tecidual e dor localizada. As crises aplásicas e megaloblásticas consistem em parada transitória da eritropoiese caracterizada por quedas abruptas dos níveis de hemoglobina, contagem de reticolócitos e percussores eritroides da medula óssea. A seqüestração e caracterizada pelo aprisionamento de eritrócitos especialmente no baço, levando a exacerbação aguda da anemia, baço hipersensível, e de tamanho aumentado e, por vezes, hipovolemia (HAMERSCHLAK, 2010; FIGUEIREDO, 2011; SMELTEZER et al., 2011). A crise hemolítica ocorre quando a taxa de hemólise é aumentada, é raro acontecer e pode representar outras complicações da AF. As hemácias alteradas não circulam adequadamente, provocando obstrução do fluxo sanguíneo capilar e sua própria destruição, ocasionando sérias manifestações clínicas, como: dor aguda, icterícia, febre, infecções, cegueira, convulsões, problemas ósseos, vasculares, respiratórios e sexuais (HAMERSCHLAK, 2010; SMELTEZER et al., 2011; NETTINA, 2011). O diagnóstico é confirmado pela eletroforese da hemoglobina. Habitualmente pacientes com AF são diagnosticados com 1 ou 2 anos de idade quando começam a sofrer as crises, a expectativa média de vida é de 42 a 48 anos, porém em alguns pacientes, no decorrer de 30 anos, os sintomas diminuem e com isso ele pode chegar aos 60 anos ou mais (NETTINA, 2011). – 59 –


De acordo com a ANVISA (2002), não há tratamento específico para as doenças falciformes. Há medidas gerais e preventivas para minimizar as consequências da anemia crônica, crises de falcização e vulnerabilidade às infecções, que são fundamentais na terapêutica do paciente. A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) elaborada para o paciente portador de AF tem como objetivo atender a todas as necessidades desses indivíduos com a preservação e promoção da saúde. As medidas assistenciais incluem: estimular a ingestão de líquido, redução de atividade física excessiva, identificação pelos familiares de sinais, infecciosos, desidratação, dor, crise de falcização, de seqüestro esplênico (intercorrência grave), conhecimentos dos processos iniciais frente a estas manifestações, recursos de saúde disponíveis (SMELTEZER et al., 2011; NETTINA, 2011). A equipe de Enfermagem deve utilizar seus conhecimentos, para a observação dos sinais e sintomas relacionados às complicações. Nota-se que existem poucas informações e orientações a cerca dos cuidados de enfermagem com relação ao paciente portador de AF, e dessa forma dificultando o diagnóstico, a intervenção e o tratamento. É necessário que os profissionais de Enfermagem e as instituições se adequem para prestar atendimento qualificado ao paciente, proporcionando-lhe conforto e melhora do quadro clínico. O conhecimento técnico-científico e as observações do Enfermeiro, são essenciais para o tratamento, e até mesmo para diagnosticar o indivíduo em crise, dessa forma a assistência oferecida trará um efeito positivo na qualidade de vida do portador de anemia falciforme. Referências FANTI F. C., MAZAROTTO J. M. Assistência de Enfermagem ao Portador de Anemia Falciforme. Revista Científica das Faculdades Integradas de Jaú, Jaú/SP; Vol. 7; n.1. 2010. FIGUEIREDO M. S.; KERBAUY J.; LOURENÇO, D. M. Guia de hematologia. Barueri, SP; manole, 2011 – (Série guia de Medicina ambulatorial e hospitalar / editor Nestor Schor). p. 115 – 124. HAMERSCHLAK, N. Manual de Hematologia: programa integrado de Hematologia e transplante de medula óssea / Manual of hematology: hematology and integrated program of bone marrow transplantation. Barueri, SP: Manole, 2010. p. 51 -57.

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NETTINA, Sandra M., Prática de enfermagem. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan, 2011. Vol. 2. p. 951 - 956. Vol. 3. p. 1659 - 1668). SMELTEZER S. G.; BARE B. G.; HINKLE J. L.; CHEEVER K. H. Brunner & Suddarth, tratado de enfermagem medico cirúrgica. 12ª ed. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan, 2011. Vol. 1. p. 924 - 929.

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Aspectos Imunológicos na Fisiopatologia da Dengue CAVALCANTI, V. M.1; SOUZA, J. R.2 1

Discente de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: vanessa_mjp@hotmail.com; 2 Docente, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: profa.joelma@hotmail.com.

Palavras-chave: Resposta imune, DENV, Imunopatologia.

Introdução A dengue é uma arbovirose endêmica em mais de 100 países, sendo tratada como a principal doença viral re-emergente do mundo e de rápida propagação 1. Ela pode ser causada por um dos quatros sorotipos antigenicamente distintos (DENV 1, DENV-2, DENV-3, DENV-4) pertencentes à família Flaviviridae, gênero Flavivirus2, transmitidos pelas espécies de mosquito Aedes aegypti e Ae. Albopictus3. O genoma viral compreende um RNA que após tradução origina três proteínas estruturais (capsídeo -C, prM, o precursor de membrana, M, e envelope - E) e sete proteínas não estruturais envolvidas com a replicação viral NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B e NS51,4. A infecção pelo DENV pode resultar em casos de dengue grave ou dengue não grave, conforme recente classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS). A forma dengue não grave caracteriza-se por febre, cefaleia, artralgia, dor retro orbitária, mialgia, náuseas, vômitos, leucopenia e prova do laço positiva. Esta forma pode ainda apresentar-se sem ou com sinais de alerta, como dor abdominal, hepatomegalia, irritabilidade, vômitos persistentes, acumulação de líquidos, hipotensão postural, sangramento de mucosas, hemoconcentração. Já a dengue grave caracteriza-se por choque, sangramento grave e comprometimento grave de órgãos1. A resposta imune contra o DENV é homotípica e duradoura. No entanto, infecções sequenciais ocasionadas por sorotipos distintos pode facilitar a infectividade viral e resultar nas formas clínicas graves da doença. Porém, infecções primárias também têm sido associadas com os casos graves da doença. Nesses casos, a virulência da cepa viral e fatores genéticos e imunológicos do hospedeiro podem contribuir para o fenótipo grave5. Assim, o presente trabalho tem por objetivo descrever os principais fatores que podem contribuir para o desenvolvimento dos quadros graves da dengue, sobretudo em seus aspectos imunológicos.

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Metodologia A presente pesquisa trata-se de um estudo exploratório descritivo que iniciou-se com um levantamento bibliográfico baseado nas bases de dados Scielo (Scientific Electronic Library Online), Bireme (The Latin American and Caribbean Center on Health Sciences Information) e Pubmed (U.S. National Library of Medicine National Institutes of Health). Foram considerados artigos publicados até 2014, nos idiomas português e inglês, utilizando-se como descritores “DENV”, “DENGUE”, “LINFÓCITOS T”, “RESPOSTA IMUNE CELULAR”, “RESPOSTA IMUNE HUMORAL”, “IMUNOPATOLOGIA”, “PATOGÊNESE”. Terminando o levantamento bibliográfico, deu-se início a revisão das obras relacionadas. Resultados e discussão A patogênese das formas severas da dengue é multifatorial. As condições ecológicas, epidemiológicas, virais, como a virulência da cepa e condições do hospedeiro são fatores que podem contribuir para o desenvolvimento dos quadros graves da doença 5,6. A experiência anterior de uma infecção por DENV pode favorecer o desenvolvimento de uma forma clínica mais grave durante uma segunda infecção por um sorotipo distinto7. Em relação à imunidade adaptativa, a presença de citocinas T helper 1 (Th1) e 2 (Th2) tem sugerido o envolvimento dos linfócitos T CD4+ na patogênese da doença. Em acréscimo, a presença de marcadores de ativação de células T CD8+ sugerem que essas células também contribuem para gravidade da doença 8. Outro ponto é a presença de células do sistema inato como os macrófagos e as células dendríticas interagindo com os linfócitos T e B e reagindo contra a partícula viral4. Assim, durante a infecção pelo DENV têm sido descritas células T CD8+ reagindo contra proteínas não estruturais (NS3 e NS5) e contra a proteína E9,10. Adicionalmente, as células T CD4+ atuam na presença das células infectadas que expressam receptores HLA tipo II, produzindo INF-ɣ, IL-2 e o fator estimulador de colônias de macrófagos e granulócitos. Essas células tem como alvo as mesmas proteínas reconhecidas pelos LT CD8+11. Outros mecanismos imunológicos envolvidos na imunopatogenia da dengue, enfatiza a interação do sistema inato com o adaptativo. Neste aspecto, tem sido descrito que macrófagos ativados pelos linfócitos e agredidos ou lisados pelas células citotóxicas, liberam tromboplastina, iniciando fenômenos da coagulação e proteases ativadoras do sistema complemento, causadoras de lise celular e morte 12. O TNF (Fator de Necrose Tumoral) de origem macrofágica e linfocitária, encontra-se em níveis séricos elevados, em casos de dengue grave, – 63 –


afetando células inflamatórias e endoteliais, contribuindo para a trombocitopenia, induzindo IL-8, estimulando liberação de histamina pelos basófilos e aumentando a permeabilidade vascular 9,13. A IL-6 sérica elevada, observada em alguns casos graves, provavelmente, induz a hipertermia apresentada por esses pacientes12. Nos pacientes com dengue, a resposta humoral, produzida por plasmócitos resultantes da ativação de linfócitos B costuma ser vigorosa14. Os anticorpos IgM antidengue começam a ser produzidos a partir do quinto e sexto dia15. Eles são capazes de neutralizar o vírus de forma que seu aparecimento marca o declínio da viremia e permanecem detectáveis no soro por aproximadamente dois meses 16. Os anticorpos IgG antidengue surgem após um período de sete a dez dias de evolução 15, sobem muito na convalescência e voltam a cair, persistindo em títulos baixos por toda a vida, conferindo imunidade soro específica. Na infecção secundária, devido os linfócitos de memória, a produção de IgG começa mais precocemente e atinge níveis mais elevados15,17. O risco de doença grave na infecção secundária é maior do que na infecção primária. Isso ocorre porque na infecção primária o paciente produz anticorpos que são neutralizantes para o sorotipo específico dessa infecção (imunidade homóloga) e que vão permanecer por toda a vida18. Porém, esses anticorpos vão conferir proteção contra os outros sorotipos (imunidade heteróloga) por apenas alguns meses (três a seis meses). Depois desse período, se o paciente for infectado por sorotipo de vírus diferente daquele que ocasionou a infecção primária, esses anticorpos ligam-se ao vírus, mas não conseguem neutralizá-lo. Essa ligação do anticorpo subneutralizante acaba facilitando, por meio de mecanismos de opsonização, a entrada do vírus na célula, fazendo com que uma quantidade maior de vírus ganhe o interior dos fagócitos19. Apesar de alguns mecanismos imunológicos já tenham sido esclarecidos na infecção da dengue, ainda há muito o que ser estudado, pois é extremamente importante compreender a resposta imunológica no combate à essa infecção para que haja uma perspectiva futura de desenvolvimento de uma vacina tetravalente e/ou um antirretroviral específico contra o DENV.

Referências 1. OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Dengue: Guidelines for Diagnosis, Treatment, Preventions and Control. New Edition. Geneva: World Health Organization, 2009. 2. GUZMAN, M.G.; HALSTEAD, S.B.; et al. Dengue: a continuing global threat. Nat. Rev Microbiol, 2010. – 64 –


3. CHENG, W. J., S. L. CHEN, L. J. CHIEN, C. C. CHEN, C. C. KING, M. R. HARN, K. P. HWANG E J. H. FANG. Silent transmission of the dengue virus in southern Taiwan. American Journal Tropical Medicine Hygiene, v.55, n.1, Jul, p.12-6. 1996. 4. PAGNI, S; FERNANDEZ-SESMA, A. Evasion of the human innate imune system by dengue vírus. Immunol Res, 2012. 5. TWIDDY, S.S. et al. Phylogenetic relationships and differential selection Pressures among genotypes of dengue-2 virus. Journal of Virology. New York, v. 298, p.63–72, 2002. 6. HOLMES, E.C. The evolution and epidemiology of dengue virus. Salud Publica Mexico. Cuernavaca. v.49, p.296-300, 2007. 7. SIMMONS, C. P. et al. Early T-cell responses to dengue virus epitopes in Vietnamese adults with secondary dengue virus infections. Journal of Virology. Washington, v. 79, n.9, p. 5665-5675, 2005. 8. LIBRATY, D. H. et al. Differing influences of viral burden and immune activation on disease severity in secondary dengue 3 virus infections. The Journal of Infectious diseases. Chicago, v. 185, n. 9, p. 1213-1221, 2002. 9. KURANE, I.; EENNIS, F. E. Immunity and immunopathology in dengue virus infections. Semin Immunol. 1992; 4:121-127. 10. CHAMBERTS, T. J.; et al. Flavivirus Genome Organization, Expression, and Replication. Annu Rev Microbiol. 1990; 44:649-688. 11. RIVINO, L.; KUMARAN, E. A. P.; et al. Differential Targeting of Viral Components by CD4+ versus CD8+ T Lymphocytes in Dengue Virus Infection. Journal of Virology, 2013. 12. MONATH, T. P.; TSAI, T. F. Flaviviruses. Clinical virology, 1997. 13. HOBER, D.; et al. Serum levels of tumor necrosis factor-α (TNF-α), interleukin-6 (IL-6), and interleukin-1b (IL-1b) in dengue infected patients. Am J Trop Med Hyg. 1993; 48:324-331. 14. FIGUEIREDO, L. T. M.; et al. Study on an enzyme immunoassay for dengue IgG and IgM Aantibodies detection using infected mosquito cells as antigen. Trans R Acad Trop Med Hyg, 1989. 15. GUZMAN, M. G.; KOURI G. Dengue: an update. Lancet Inf Dis. 2002; 2:33-34. – 65 –


16. TSAI, T. F.; VAUGHN, D.; SOLOMON, T. Flaviviruses (Yellow Fever, Dengue Hemorrhagic fever, Japanese Encephalitis, St Louis Encephalitis, Tick-borne Encephalitis). Principles and Practice of Infectious Diseases, 6 ed. 2005. 17. GUBLER, D. J. Dengue and dengue hemorrhagic fever. Clin Microbiol Rev, 1998; 11(3):480-496. 18. NOGUEIRA, R. M. R.; et al. Dengue haemorrhagic fever/dengue syndrome (DHF/DSS) caused by serotype 2 in Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz, 1991; 86:269. 19. ZAGNE, S. M. O.; et al. Dengue haemorrhagic fever in the State of Rio de Janeiro, Brazil: a study of 56 confirmed cases. Trans R Soc Trop Med Hyg, 1994; 88:677-679.

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Assistência de Enfermagem à Pessoa Submetida à Psicofarmacoterapia Maria José Brito da Silva 1; Lenilde Dias Ramalho2 1

Discente de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: prdvaldo@hotmail.com 2 - Docente, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: lenildedias@uol.com.br

Palavras-chave: Saúde mental, Enfermagem psiquiátrica, Psicofármacos.

Introdução Grandes mudanças houve após a descoberta dos psicofármacos para as pessoas que tem algum tipo de transtorno mental até os dias atuais. Os doentes tiveram seu tempo de internação reduzido. Os enfermeiros tiveram mais tempo para se especializar. Houve uma grande evolução na responsabilidade do enfermeiro em relação ao tratamento das pessoas antes e depois de 1950. Essas mudanças melhoraram a relação enfermeiro/paciente. Isso porque o paciente passava muito tempo longe das pessoas que ele ama. Hoje ele pode fazer o tratamento em casa perto da família. Com este trabalho pretendemos mostrar aos acadêmicos de enfermagem ou a quem interessar que os tratamentos à base de psicofarmacoterapia proporciona ao cliente (usuário) melhores condições para a participação da psicoterapia, tanto individual quanto em grupo. Bem como de atividades profissionais, educacionais, de lazer, entre outras. Não pretendemos com esse estudo, apresentar os tipos de medicamentos, e sim, discorrer sobre a evolução histórica dos tratamentos em psiquiatria, relação entre as descobertas dos psicofármacos, o papel do enfermeiro e ações de enfermagem em relação aos diferentes tipos dessa classe medicamentosa, bem como prestar orientação aos clientes e familiares quanto à importância de tê-los como parceiros durante todo o processo do tratamento.

Metodologia Trata-se de um estudo descritivo do tipo bibliográfico, que Segundo GIL (2006), é desenvolvido com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Foi realizado no acervo da biblioteca da Faculdade Santa Emília de Rodat - UNIESP, acervo pessoal e, também através de sites eletrônicos indexados à rede mundial de computadores, no período de fevereiro a abril de 2014. – 67 –


Resultados e discussão Segundo Stefanelli, Fukuda e Arantes (2008), o divisor de águas da história da psiquiatria foi aproximadamente o ano de 1950, quando surgiram pesquisas sobre novos fármacos e suas indicações no tratamento mental, até então, os enfermeiros passavam grande parte de seu tempo na contenção e na vigilância de clientes graves e agitados. A partir daí houve mudanças radicais no cenário dos hospitais psiquiátricos e na vida das pessoas que passaram a fazer uso desses medicamentos. Os doentes antes confinados em “quartos fortes” de grandes hospitais e asilos passaram a andar livremente pelas enfermarias. Tiveram seu tempo de internação abreviado aumentando as chances de voltar a um convívio na comunidade. Nesse sentido os enfermeiros tiveram a oportunidade de observar e perceber no seu dia-a-dia, o efeito da comunicação entre eles e o cliente. Com isso, esses profissionais ganharam mais tempo para estudar suas ações, visando restabelecimento da saúde mental e a reintegração social do paciente. Para os autores acima citados, a assistência de enfermagem aos clientes submetidos à psicofarmacoterapia teve um desenvolvimento considerado. A princípio limitava-se a administração dos medicamentos e a observação das manifestações de comportamento dos clientes. Estes foram sendo refinados até o surgimento das drogas de última geração. De acordo com Hansis e Zaslavsk (2005), as ações de cuidados ao cliente exige atenção e orientação ao preparo dele e da família. O paciente deve se submeter a avaliação completa, incluindo exames laboratoriais. Sendo fundamental o conhecimento dos resultados dos exames ao o enfermeiro para o melhor desempenho de uma assistência e tratamento adequados. A observação das manifestações de comportamento do cliente deve ser constante e sempre discutida entre os membros da equipe terapêutica. Essa é uma das tarefas mais importantes do enfermeiro, pois constitui um dos parâmetros para avaliar a manutenção, a suspensão ou a alteração da prescrição de psicofármacos. Sendo assim, o enfermeiro deve adquirir maior conhecimento a respeito dos psicofármacos e das habilidades na sua administração, para fazer frente a mais esse avanço científico, prestando assim uma assistência de enfermagem adequada aos clientes. (PICCOLOTO, et al., 2003). O enfermeiro deve prestar orientações aos clientes e familiares em tratamento com psicofármacos, em relação aos efeitos colaterais e oferecer condições para diminuir o desconforto; monitorar o peso semanalmente e registrar no prontuário para observação, em caso de alterações acentuadas, encaminhar para a nutricionista prescrever uma dieta adequada e um educador físico para o início de um programa de atividades físicas; administrar a medicação seguindo às orientações – 68 –


médicas e conversar com o cliente logo após da ingestão do medicamento para averiguar se o medicamento ainda está na boca. Em caso de boca seca, oferecer água; visão turva, deve-se esclarecer que esse sintoma deve regredir em algumas semanas. Orientar para não dirigir. Deve-se alertar em relação a alterações cardiovasculares, diminuição de hábitos intestinais e prestar orientação à ingestão de alimentos ricos em fibras e aumentar a ingesta hídrica, evitando sedentarismo. Quanto à disfunção sexual, informar ao cliente que essa alteração é passageira. Importante abster-se do uso de bebidas alcoólicas e orientar quanto á importância do controle ambulatorial antes que o medicamento acabe. Deve-se também esclarecer que o apoio familiar é muito importante, sendo mais ainda durante o tratamento. É importante que a família sinta que pode fazer algo para ajudar o seu familiar a recuperar-se, mesmo quando não se sinta capaz. Acompanhar o paciente, dando apoio, compreensão, carinho e dedicação é primordial para o sucesso em todas as fases do tratamento. Portanto, o enfermeiro deve obter todos os dados relativos ao cliente para prescrição e continuidade dos psicofármacos e o ajuste da dosagem a cada cliente, como também para a avaliação do mesmo no curso do tratamento e cuidados de enfermagem apropriados. Além disso, o enfermeiro deve dominar o conhecimento sobre diversos aspectos desse tratamento, sabendo identificá-los quanto à manifestação de sinais e sintomas no comportamento do cliente e sobre a conduta de enfermagem a ser adotada. É necessário ainda, o conhecimento dos efeitos desejados, colaterais, adversos ou tóxicos, contraindicação, indicação, dosagem e superdosagem de cada fármaco em uso. Nessa pesquisa pudemos verificar que um dos elementos facilitadores para uma boa assistência de enfermagem ao paciente em uso de psicofarmacoterapia é o estabelecimento da confiança enfermeiro/paciente, visto que, saber ouvir seus relatos e suas queixas com atenção é fundamental para a obtenção de êxito no tratamento. Deste modo, concluímos que é importante o enfermeiro conhecer a história pregressa e realizar uma observação completa do comportamento do cliente antes do início do tratamento, e uma apurada avaliação de suas condições gerais, mas o sucesso desejado depende em grande parte da atitude positiva dos profissionais, do paciente e dos familiares, pois tudo isso deve ser um conjunto de fatores, pois essas pessoas precisam de apoio, de carinho, amor e muita compreensão. Por isso, o enfermeiro deve informar sobre a relevância da participação em programas psicoeducacionais, englobando clientes e seus familiares, amigos e profissionais. Contudo, o desenvolvimento de responsabilidades compartilhadas com a família são fatores importantes para o sucesso do tratamento.

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Referências GIL, ANTONIO CARLOS; FUKUDA. Como elaborar Projeto de Pesquisa. São Paulo - SP: Editora Atlas S.A., 2008. HANSIS, F.; ASLAVS , J. Psiquiatria no século 21: integrando conceitos. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, v. 27, p. 121-2, 2005. PICCOLOTO, N. et al. TCC e Farmacoterapia: tratamentos combinados. In: CAMINHA, R. M. (Ed.). Psicoterapias cognitivas comportamentais. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. p. 247-59. STEFANELLI, M. C.; FUKUDA, I. M. K.; ARANTES, E. C. Enfermagem Psiquiátrica em Dimensões Assistenciais. Barueri - SP: Editora Manole, 2008. Site pesquisado: <www.unliica.com.br>

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Assistência de Enfermagem aos Pacientes Acometidos pela Síndrome da Angústia Respiratória Aléx Valério de Souza1#; Sandra Maria Romão Lopes1+; Julliane Alline Medeiros Carlos1*; João Batista Rodrigues Albuquerque2$, Clenia Maria Pereira Batista²% 1

Discentes de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: # alextr2005@hotmail.com; + sanndalopes@hotmail.com; * julliane.a20@hotmail.com. 2 Docentes, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: $ jbrodrigoll@hotmail.com, % clenia.batista@outlook.com.

Palavras-chave: Ventilação Mecânica. UTI. Hiponímia grave.

Introdução A descrição completa da Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA),foi publicado por Ashbaugh et.al.(1967), ao identificar pacientes com ventilados mecanicamente que evoluíam com dispneia grave, taquipnéia, cianose refrataria à oxigenoterapia, baixa complacência pulmonar e evidência de infiltrados difusos na radiografia de torácica (CHEREGATTI, AMORIM, 2010). De acordo com o autor supracitado, em 1088, Murray et al. desenvolveu um escore de lesão pulmonar com a finalidade de diagnosticar e avaliar sua gravidade, levando em conta quatro parâmetros: radiografia de tórax, hiponímia através da relação entre a pressão parcial de oxigênio arterial e a fração inspiratória de oxigênio, complacência pulmonar e o valor da pressão positiva ao final da expiração (PEEP) (CHEREGATTI, AMORIM, 2010 ). O escore não diz o desfecho durante as primeiras 24-72 horas após o início da SARA. Entretanto quando usado entre quatro e sete dias do início da síndrome, valores iguais ou maiores que 2.5 podem ser preditivos de complicações, com necessidade de ventilação mecânica prolongada (CHEREGATTI, AMORIM, 2010). As causas mais frequentes incluem sepses, pneumonia grave, peritonite e politraumatismos (ANTONIAZZI et al., 1990). A incidência de SARA foi estimada em 79 casos por 100 mil habitantes ao ano, com variações sazonais nítidas, sendo mais frequente com 376 casas no inverno. Também se observou que a incidência é crescente com a idade, sendo que chega a 306 casos por 100 mil habitantes/ano, na faixa dos 75 aos 84 anos. A mortalidade da SARA é alta, estimada entre 34% e 60%. Os pacientes que sobrevivem têm permanência prolongada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e – 71 –


apresentam significativas limitações funcionais, afetando principalmente a atividade muscular, reduzindo a qualidade de vida e persistem por, pelo menos, um ano após a alta hospitalar (CHEREGATTI, AMORIM, 2010). Diante do exposto surgiu o seguinte questionamento: Qual a importância dos cuidados de enfermagem ao paciente com SARA? Justifica-se esta pesquisa pela necessidade do conhecimento dos enfermeiros a cerca da SARA para que eles possam prestar uma assistência de qualidade com base científica e com isso diminuir as complicações e o menor tempo de permanecia na UTIs. Assim, temos como objetivo descrever assistência de enfermagem aos portadores da SARA na UTI. Metodologia Este estudo será do tipo bibliográfico com abordagem descritiva, que para Marconi e Lakatos (2006) a pesquisa bibliográfica é aquela que “abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico, etc.”. E para Brevidelli e Sertório (2013) as pesquisas descritivas têm o objetivo de buscar informações apuradas a respeito de sujeitos, grupo instituições ou situações ou situações, a fim de caracterizá-las e evidenciar um perfil. Foram realizadas consultas nos bancos de dados da Scielo e Bireme, além de livros, que permitiu a compreensão e interpretação da Síndrome da Angústia Respiratória (SARA) a partir dos estudos analisados. A pesquisa foi realizada no período de fevereiro de 2014 a abril de 2014.

Resultados e discussão A síndrome da angústia respiratória aguda (SARA) é definida, de acordo com a Conferência de Consenso Européia-Americana, como uma síndrome de insuficiência respiratória de instalação aguda, caracterizada por infiltrado pulmonar bilateral à radiografia de tórax, compatível com edema pulmonar; hiponímia grave, definida como relação PaO2 FIO2 ≤ 200; pressão de oclusão da artéria pulmonar ≤ 18 mmHg ou ausência de sinais clínicos ou ecocardiográficos de hipertensão atrial esquerda; presença de um fator de risco para lesão pulmonar (CHEREGATTI; AMORIM, 2010). Algumas condições ou fatores de risco desencadeiam a reação inflamatória e lesão pulmonar, seja de forma direta, como no caso de pneumonia, de aspiração do conteúdo gástrico; ou de indireta, como na – 72 –


sepse, na pancreatite, no choque e em múltiplos traumas (SMELTZER et al., 2011). Os sinais e sintomas são taquipneia, dispneia, cianose, estertores respiratórios finos e raio-x de tórax com infiltrado bilateral difuso e os posteriores são paciente mas cianótico, aumento da dispneia, os estertores mas proeminentes, o raio-x de tórax mostra completa opacificação. O diagnóstico diferencial é edema pulmonar agudo cardiogênico, pneumonia bacteriana ou viral. A insuficiência respiratória que acontece em pacientes politraumatizados com fraturas múltiplas, principalmente de fêmur com ocorrência de embolia gordurosa pode se beneficiar de uma descompressão cirúrgica do hematoma fechado e fixação da fratura óssea. Pacientes que desenvolvem a síndrome ou pioram a função respiratória associada ao uso de múltiplas transfusões sanguíneas devem ser criteriosamente avaliados frente à necessidade de novas transfusões (ANTONIAZZI et al., 1998). O tratamento tem por objetivo drenar a cavidade pleural e obter uma expansão completa do pulmão. A drenagem do líquido pleural depende do estágio da doença. A enfermagem tem cuidados específicos tanto na drenagem do líquido pleural, ajudando o paciente nas instruções para os exercícios respiratórios de expansão do pulmão a fim de restaura a função respiratória normal (SMELTZER et al., 2011). Em situações normais, os tecidos possuem um mecanismo de auto-regulação local, fundamental para a preservação das necessidades celulares de oxigênio. Assim, extração de oxigênio pelos tecidos (EO 2) pode ser regulada de acordo com a oferta de oxigênio aos tecidos (DO 2), de tal forma que qualquer diminuição na oferta de oxigênio aos tecidos (anemia, hipovolemia, etc.) se acompanha de um aumento proporcional na extração do oxigênio ofertado (com consequente queda na saturação venosa), conservando-se assim o consumo tecidual de oxigênio (VO2) (CHEREGATTI; AMORIM, 2010). A SARA se caracteriza por um distúrbio generalizado da microcirculação, em que a extração tecidual do oxigênio ofertado pelos capilares da microcirculação encontra-se seriamente prejudicada, numa situação análoga ao comprometimento da captação alveolar do oxigênio pelos capilares pulmonares. No pulmão conhecemos como distúrbio da relação ventilação/perfusão, manifesta-se a nível periférico como distúrbio da relação oferta-consumo (DO2/VO2) de oxigênio (ANTONIAZZI et al., 1998). A assistência de enfermagem deve ser feita de maneira individualizada, atendendo as necessidades de cada paciente. O plano de cuidados deve incluir diagnóstico de enfermagem, resultados esperados e intervenções. Entre os diagnósticos podemos citar: ansiedade relacionada com a possibilidade de que a SARA se transforme em insuficiência respiratória aguda e resulte em óbito; troca gasosa prejudicada, relacionada com a lesão pulmonar direta ou indireta; incapacidade de – 73 –


manter a ventilação espontânea, relacionada com o edema e a fibrose dos pulmões (BOUNDY et al., 2004). Ainda para Boundy (2004) as principais intervenções de enfermagem incluem: explicar a síndrome ao cliente e aos familiares, quanto aos sinais, sintomas que podem ocorrer e revisar o tratamento que pode ser necessário; fazer aspiração para manter pérvia uma via respiratória, assegurando a umidificarão adequada do oxigênio para ajudar a liquefazer as secreções tenazes; drenar qualquer condensação acumulada nas conexões para assegurar o fornecimento de oxigênio. Concluímos com esta pesquisa que a assistência de enfermagem ao paciente com SARA é de fundamental importância por se tratar de indivíduos em estado crítico que necessitam de intervenções imediatas e resolutivas, uma vez que esta patologia afeta um dos principais sistemas do organismo, o sistema respiratório. Assim, esperamos que sirva como referencial para os enfermeiros e demais profissionais da área, para que estes saibam intervir diante destes casos. Referências ANTONIAZZI, P. et al. Síndrome da angústia respiratória aguda (SARA). Medicina, Ribeirão Preto, v. 31, p. 493-506, out./dez. 1998. BOUNDY, J. et al. Enfermagem Médico-Cirurgica. 3 ed. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso Editores, 2004. BREVIDELLI, M. M.; SERTÓRIO, S. C. M. Trabalho de Conclusão de Curso. 4 ed. São Paulo: Iátria, 2013. CHEREGUATTI, A. L; AMORIM, C. P. Enfermagem em Terapia Intensiva. 2 ed. São Paulo: Martinari, 2010. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos da Metodologia Científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2006. SUZANNE, C. S.; BARE, B. G.; HINKLE, J. L.; CHEEVER, K. H. Tratado de Enfermagem Medico-cirúrgica. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

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Assistência de Enfermagem Humanizada em Unidade de Terapia Intensiva Antônio Yuri Oliveira Pereira¹#; Marli Ribeiro da Silva¹*; Sarita da Silva Leão¹+; Valdicleide da Silva Trajano¹%; João Batista Rodrigues de Albuquerque² 1

Discente

de

graduação,

Faculdade

Santa

Emília

de

Rodat,

+

e-mail:

anttonioyuri@gmail.com; * enf.marli.ribeiro@gmail.com; sarita_ssl@hotmail.com; valdicleide71@hotmail.com. 2 Docente, Faculdade Emília de Rodat,e-mail: jbrodrigoll@hotmail.com.

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Palavras chave: Assistência de enfermagem. Humanização. UTI.

Introdução A unidade de terapia intensiva (UTI) é o local para onde são encaminhados os doentes graves recuperáveis que necessitam de cuidados de enfermagem e médicos especializados em tempo integral, profissionais capacitados para assistência não apenas física, mas também psicológica e espiritual. Na UTI há equipamentos e materiais necessários à manutenção da vida, tais como: aparelhos de ventilação mecânica, oxímetros de pulso, monitores multiparamétricos, bombas de infusão e tantos outros (CHEREGATTI, 2010). O paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) encontra-se comumente com sérios comprometimentos orgânicos ou em risco de vir a tê-los. Isto requer assistência contínua e permanente e um aparato tecnológico considerável, com vistas à recuperação e manutenção de suas condições de saúde e da sua qualidade de vida, quando da melhora do seu quadro clínico. Frequentemente, por estar internado em uma unidade com essas características, o paciente pode encontrar-se em situação de profundo isolamento (BARLEM et. al., 2008). De acordo com Murta, 2006 Quanto mais intensivo é o tratamento, menos profundo e efetivo parece ser o contato da equipe de enfermagem que, muitas vezes, pouco toca, conversa e ouve o ser humano que está à sua frente. Quanto mais isolado está o paciente, menos a equipe parece interagir com ele. Quanto mais ele precisa ser entendido e entender, menos parece ser compreendido e menor ser sua compreensão do que se passa consigo. Considerando a negligência por parte dos profissionais na área da saúde, principalmente pela enfermagem que possui um contato diário com o cliente, resultando em uma assistência desumana. O estudo tem por objetivo, identificar na literatura pertinente ao tema, a importância da – 75 –


humanização no âmbito hospitalar correlacionada com a assistência de enfermagem, proporcionando ao cliente, cuidados minuciosos que contribua para sua recuperação. Metodologia Trata-se de uma revisão da literatura dos últimos 10 anos. O método utilizado para o desenvolvimento da temática em discussão é decorrente de um apanhado de caráter bibliográfico efetivado no acervo da biblioteca da Faculdade Santa Emília de Rodat - FASER, como também em revistas referentes ao conteúdo abordado e informações adquiridas em sites de credibilidade, durante o período de 01 de março a 28 de abril de 2014. Os dados foram analisados e interpretados criticamente à luz da literatura concernente o tema. Resultados e discussão Humanizar a UTI significa cuidar do paciente como um todo, englobando o contexto familiar e social, pequenas atitudes dos profissionais de enfermagem podem indicar o processo de humanização e resgatar a dignidade do ser humano, muitas vezes abalada pela situação de internação (AMIB, 2004). De acordo com autor supracitado paciente na UTI precisa ser respeitado e atendido em suas necessidades e seus direitos humanos, a exemplo de: controle da dor, privacidade, individualidade, direito a informação, ser ouvido nas suas queixas e angústias, ambiente adequado para o sono, atenção ao seu pudor, atenção a suas crenças e espiritualidade, a presença de sua família e, principalmente, direito a cuidados paliativos, quando não houver mais possibilidade terapêutica, e direito à compaixão. De acordo com KNOBEL, 2006 a humanização pode ser desenvolvida a partir dos seguintes princípios básicos: cada individuo é único e tem necessidades e valores específicos; a busca da humanização não deve comprometer a segurança do paciente, nem deve traspor as barreiras éticas ou legais; o cliente e sua família são as próprias fontes de conhecimentos das sua necessidades; a autonomia do paciente e da família deve ser preservada; a privacidade do paciente e da família deve ser respeitada. Algumas ações diárias, fortalece a assistência de enfermagem humanizada, são elas: todo profissional deve identificar-se pelo nome ao receber o cliente, demonstrando disponibilidade para atende-lo; todo paciente deve ser tratado pelo nome e não pelo numero do leito ou pela doença; oferecer segurança emocional e física, permanecendo à beira do – 76 –


leito mantendo-o com as grades elevadas; saber ouvir o cliente e valorizar as suas queixas; aliviar a dor e o sofrimento com todos os recursos tecnológicos, farmacológicos e psicológicos; proporcionar privacidade; respeitar e apoiar os momentos difíceis dos familiares; respeitar e colaborar com os colegas do ambiente de trabalho; demonstrar paciência com o grupo e paciente; ser tolerante diante de situações de conflito; permitir a presença de um familiar por mais tempo conforme a necessidade do cliente; permitir a visita de representantes religiosos respeitando a particularidade de cada individuo; permitir que os familiares acompanhasse ativamente o processo de tratamento dos clientes; oferecer informações pessoalmente sobre o quadro clinico do cliente diariamente, por meio de boletim médico; manter os cuidados assistenciais em fase terminal; demonstrar na comunicação e na atitude respeito, profissionalismo e atenção ao próximo; individualizar a assistência de acordo com cada paciente; informar ao paciente todos os procedimentos a serem utilizados e preserva a autonomia do cliente e familiar (CHEREGATTI, 2010). É necessário olhar o paciente por outro ponto de vista, como sujeito e cidadão que carrega consigo, para dentro das instituições, seus desejos, temores, sofrimentos e expectativas. Ainda, muitos pacientes sentem-se vulneráveis, angustiados e com medo, uma vez que a internação em UTI não apenas vem impregnada de mitos e fantasias, mas também da possibilidade constante da ocorrência da morte. Desse modo, o cuidado holístico abarca um processo comunicativo eficaz entre enfermeiro/equipe de enfermagem-paciente, que se concretiza de diferentes formas. Referências ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA - AMIB; Humanização em cuidados intensivos; Editora Revinter, Rio de Janeiro, 2004. BARLEM Et. al. Comunicação como instrumento de humanização do cuidado de enfermagem: experiências em unidade de terapia intensiva; Disponível no site: < http://repositorio.furg.br:8080/bitstream/handle/1/1170/Comunica%E7%E3 o%20como%20instrumento%20de%20humaniza%E7%E3o%20do%20cui dado%20de%20enfermagem:%20experi%EAncias%20em%20unidade%2 0de%20terapia%20intensiva?sequence=1>. Acesso em: 25.04.2014. CHEREGATTI, A. L. Enfermagem em unidade de terapia intensiva. São Paulo: Martinari, 2010. – 77 –


KNOBEL, E. Condutas no paciente grave; Vol. 2, 3ª ed. São Paulo: Ed. Atheneu, 2006. MURTA, G. F. Saberes e práticas: guia para ensino e aprendizado de enfermagem; 2ª ed. rev. Ed. Difusão, São Caetano do Sul-SP, 2006. ORIÁ; M. O. B.; MORAES; L. M. P.; VICTOR J. F. A.; Comunicação como instrumento do enfermeiro para o cuidado emocional do cliente hospitalizado. Rev. Eletr. Enf. 2004. Disponível no site: < http://www.fen.ufg.br/revista/revista6_2/comunica.html>. Acesso em: 28.04.2014.

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Assistência de Enfermagem na Admissão de um Paciente na Unidade de Terapia Intensiva Dannyelle de Medeiros Rocha¹#; Jussara Aires Vilar¹*; Karla Angelina Silva de Souza¹+; Waldynélia dos Santos Silva¹%. João Batista Rodrigues de Albuquerque² 1

# Discente de Enfermagem, FASER dannymedeiros@outlook.com; + jussaravilar@gmail.com; stephanny_karla@hotmail.com; waldyneliasantos@outlook.com.br 2 Docente de Enfermagem, FASER jbrodrigoll@hotmail.com

* %

Palavras-chave: Cuidados de enfermagem, Admissão, Unidade de Terapia Intensiva. Introdução Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é a área destinada dentro de um hospital, a pacientes graves que requerem atenção profissional especializada de forma continua, materiais específicos e tecnologias necessárias ao diagnostico, á monitoração e á terapia. O cuidado intensivo tem sua sustentação em três pilares: paciente grave, alta tecnologia e multidisciplinaridade. Nas últimas décadas, as UTIs vêm evoluindo rapidamente em termos de organização, estrutura física e equipamentos, tornando a monitoração mais complexa. Como em todo processo assistencial, o enfermeiro é o gerenciador das atividades sendo responsável pelo êxito das intervenções da equipe multidisciplinar. O processo de admissão em uma UTI segue rotinas e procedimentos específicos com as particularidades para cada tipo de internação. Nas internações eletivas que geralmente são decorrentes de procedimento cirúrgico programados é solicitada a reserva de um leito considerando o quadro clínico do paciente e a probabilidade de complicações operatórias. Nas internações de urgência/emergência podem ser provenientes de pronto-socorro, unidades de centro cirúrgico (transferência interna) nesses casos há uma alteração no estado geral do paciente, sendo necessários cuidados intensivos. Nas internações provenientes de transferência externa (outra instituição) seguem a rotina de contato para a solicitação de vaga com fornecimento de informações sobre o quadro clínico do paciente. Os responsáveis pela Unidade de Terapia Intensiva devem elaborar rotinas, procedimentos e elaboração de protocolos de conduta para a admissão do paciente. O estudo surgiu da necessidade de aprofundar-se acerca da temática, tendo em vista a importância do conhecimento técnico e – 79 –


científico do enfermeiro no processo de admissão. E tem por objetivo contribuir para o bom desempenho dos profissionais envolvidos no processo de admissão na Unidade de Terapia Intensiva, prática comum na rotina hospitalar.

Metodologia Trata-se de uma revisão da literatura dos últimos 10 anos. Utilizouse como banco de dados para pesquisa o site da Scielo, onde foram identificados, considerando o descritor admissão em UTI, um total de 10 artigos científicos. Após leitura dos títulos e resumos, desse total, apenas cinco (5) artigos científicos cadastrados no banco de dados ora referidos comporiam o estudo, utilizando como critério de inclusão o idioma (Português) e o objetivo proposto neste estudo. Realizou-se, ainda, um apanhado de caráter bibliográfico no acervo da Faculdade Santa Emília de Rodat – FASER, durante o período de 14 de abril a 25 de abril de 20143. O método utilizado para análise do conteúdo foi o proposto por Bardin (2009), considerando as unidades temáticas, sendo, dessa forma, analisados e interpretados criticamente à luz da literatura concernente o tema.

Resultado e discussão Para que a admissão do paciente na Unidade de Terapia Intensiva seja realizada de forma rápida e segura, poderá ser estabelecido um protocolo que descreva as atividades e responsabilidades das equipes envolvidas. O inicio do processo começa com a solicitação de vaga/leito disponível onde a unidade de origem solicita a vaga para o medico responsável pelo plantão que avalia com o enfermeiro o melhor leito a ser designado ao paciente sendo de responsabilidade da unidade de origem o transporte e a segurança do paciente bem como a manutenção das suas condições clínicas de hemodinâmicas e o enfermeiro do setor de origem deve transmitir por telefone para o enfermeiro da Unidade de Terapia Intensiva os dados relevantes sobre a hipótese diagnostica, dias de internação, breve exame físico, condições gerais do paciente, necessidades de suporte ventilatório, bombas de infusão ou outro equipamento que poderá ser utilizado pelo paciente. O enfermeiro da Unidade de Terapia Intensiva designa o funcionário que ira receber o paciente mediante escala e transmite a ele informações necessárias para montagem do box/leito do paciente (JERONIMO, 2010). Após a montagem e a liberação do leito, com a entrada do paciente na unidade a equipe multidisciplinar prossegue a assistência, ao enfermeiro e sua equipe compete, identificar o paciente através de – 80 –


pulseiras ou placas no leito, abertura dos impressos conforme política institucional em seguida estabilizar o paciente providenciando monitorização eletrocardiográfica contínua, acesso venoso central, controle de vias aéreas com certificação de oxigenação e ventilação adequadas, monitorização especifica e clínica através de medidas das pressões venosa central, intracraniana e intra-abdominal, realização da gasometria arterial, exames laboratoriais sanguíneos e culturas. Na avaliação é obtida um conjuntos de dados não detectados na fase de estabilização clínica através de informações colhidas com o medico responsável pelo paciente com os familiares e com o próprio paciente se possível que poderão contribuir para a adequação da conduta terapêutica em seguida deve-se realizar um exame físico completo e minucioso cefalocaudal com ênfase no sistema fisiológico afetado, identificação de riscos e medidas de controle como quedas, flebites, úlcera por pressão, pneumonia relacionada ou não a ventilação mecânica, infecção de corrente sanguínea associada a cateter venoso profundo, infecção do trato urinário relacionada a dispositivo e obter resultados de exames laboratoriais já solicitados. Após a coleta de dados propriamente dito será avaliada a condição geral do paciente cabendo ao profissional responsável manter um registro da evolução completa e atualizada do quadro clínico apresentado pelo cliente. O registro de no mínimo três evoluções diárias deve ser objetivo e claro, identificado as intercorrências e traçando um plano de ação para ser seguido. O registro de enfermagem e a garantia da comunicação entre profissionais, fornecendo respaldo legal e segurança pois e um documento que relata todas as ações de enfermagem aplicadas ao paciente. O enfermeiro estabelece o plano de cuidado e a prescrição de enfermagem, porém as anotações de enfermagem é uma descrição dos cuidados ministrados e a resposta do paciente. Na evolução de enfermagem será realizado os registros de dados analisados com reflexão e análise por um período de vinte e quatro horas sendo precedida por horário e registrar a compreensão das orientações educacionais feita ao cliente e acompanhante (PIETRO, 2011). Referências 1- E.G.A. Enfermagem em unidade de terapia intensiva.2 ed, editora AB, goiânia, 2009. 2- R.A.P; I.Y.W.Enfermagem em terapia intensiva práticas e vivências.1 ed, artmed, São Paulo, 2011. 3- R.A.J; A.C. Técnicas de UTI.1ed, rideel, São Paulo, 2010.

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Assistência de Enfermagem na Aspiração das Vias Aéreas Anna Karolinna Baracuhy¹#; Josilene dos Santos Lima¹*; Vagnier Almeri da Palma Pavão¹+, João Batista Rodrigues Albuquerque 2%, Clenia Maria Pereira Batista2$ 1

Discente de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat, email: # + karol.baracuhy@gmail.com; * josilenesantos81@hotmail.com; wagnieralmeri@hotmail.com. 2 Docentes, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: % jbrodrigoll@hotmail.com; $ clenia.batista@outlook.com.

Palavras-chave: Sistema Secreção. Tubo orotraqueal.

respiratório.

Benefícios.

Complicações.

Introdução O sistema respiratório é composto de estruturas que facilitam as trocas gasosas, que consistem na entrada do oxigênio no sangue através da inspiração e a saída do dióxido de carbono para o meio externo através da expiração. O mesmo também é responsável pela regulação do equilíbrio acidobásico, metabolismo de alguns compostos e a filtração de materiais indesejados na inspiração (MORTON et al., 2013). Em algumas situações, pacientes no qual estão com dificuldade de realizar as trocas gasosas; sendo necessário o uso de uma via aérea artificial. O uso de um tubo orotraqueal (TOT) faz com que a glote permaneça aberta, porem consequentemente o paciente fica incapacitado de realizar a tosse, facilitando o aumento da secreção, sendo assim de suma importância a realização da aspiração removendo a secreção e facilitando as trocas gasosas (MORTON et al., 2013). O trabalho é de suma importância para todos aqueles que estão envolvidos na saúde, deixando esclarecido que é atribuição da enfermagem a realização da aspiração assim como a importância do procedimento. O objetivo desse trabalho foi esclarecer a importância da realização da aspiração das vias orais e quem deve realizar este procedimento. A realização da aspiração é atribuição da enfermagem, sendo assim este trabalho tem como objetivo deixar esclarecido a importância da aspiração assim como a assistência de enfermagem executada de forma correta durante o procedimento. – 82 –


Metodologia Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, no formato de pesquisa documental que é desenvolvida de acordo com material já disponibilizado na literatura (GIL, 2002). Foi realizada nos meses de março a abril do ano de 2014, na Biblioteca João Paulo II, localizada na Faculdade Santa Emília de Rodat – FASER/UNIESP, assim como em artigos científicos disponibilizados em revistas científicas em meio eletrônico.

Resultados e discussão A presença de um tubo artificial impede o fechamento da glote, em consequência, o paciente é incapaz de usar o mecanismo da tosse, isto é, a tosse efetiva. Além disso, o corpo estranho aumenta a produção de secreções. Portanto a aspiração torna-se primordial para se remover secreções e manter a permeabilidade das vias aéreas (MORTON et al., 2007). A aspiração é utilizada com grande frequência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), naqueles pacientes que necessitem do procedimento, podendo estar ou não com o uso da ventilação artificial. Devido a uma série de eventos negativos e prejudiciais ao cliente internado mantido muitas vezes em uma mesma posição, a qual colabora para o aumento de secreção da árvore brônquica, este também em uso do TOT ou traqueostomizado muitas vezes, somando-se com a debilidade patológica (FARIAS et al., 2006; ). A aspiração oral é importante para manter a higiene nessa cavidade quando o paciente é intubado, porque a capacidade do paciente de deglutir pode estar limitada. A aspiração oral é empreendida quando necessário para as secreções orais copiosas e depois da aspiração de tubos orotraqueais ou traqueostomias para manter a higiene oral e o conforto (MORTON et al., 2007). Apesar de trazer benefício ao paciente à aspiração é um procedimento invasivo, incomodo e que oferece complicações, segundo RENATA, S. ET AL; as mais importantes são quanto à aspiração prolongada podendo levar à hipóxia, que pode manifestar-se como alterações cardíacas (p. ex. taquicardia). A pré-oxigenação do doente ajuda na prevenção da hipoxemia. Alem disso, durante um período de aspiração, podem ocorrer arritmia cardíaca por causa da hipoxemia arterial, que leva à hipoxemia miocárdica ou estimulação vagal secundaria à irritação traqueal. A estimulação vagal intensa pode causar bradicardia grave e hipotensão (Scavone et al., 2011). As complicações devido ao acúmulo de secreção (Rolha) podem levar a acidose respiratória que é definida como um distúrbio clinico em que o pH é inferior a 7,35 e a PaCO2 é maior que 42 mmHg, sempre – 83 –


decorrente de uma excreção inadequada de CO2 (SMELTZER et al., 2011). A acidose respiratória é um problema clínico consequente da hipoventilação. Há uma produção acelerada de dióxido de carbono, com aumento de PaCO2 devido à insuficiência ventilatória imediata. As manifestações clínicas podem iniciar-se com cefaleias e sonolência. Também podem estar presentes dispneia, tosse, sudorese, desmaio, cianose, arritmias, taquicardia, tremores e convulsão. O quadro pode evoluir para um estado comatoso (MORTON et al., 2007; SMELTZER et al., 2011). Por outro lado destaca-se que a simples inserção do cateter de aspiração orotraqueal, com aplicação de pressão negativa pode gerar efeitos deletérios à oxigenação, com a hipoxemia, apontados como uma das mais sérias complicações decorrentes da aspiração (MARTINS et al., 2008), o que leva a uma acidose respiratória, caso o paciente ainda não se encontre com esse quadro. Em virtude do que foi apresentado pode-se concluir que o enfermeiro é peça fundamental do cuidado de pacientes críticos que necessitem a qualquer momento de aspiração, visto os efeitos deletérios já supracitados, sendo imprescindível que todo profissional detenha o conhecimento fisiopatológico e suas manifestações clínicas, junto com o saber agir com destreza para que o cliente tenha o mínimo de danos possíveis e o máximo de conforto e qualidade ventilatória desejável. Referências EDJANE, G. A. Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva. 2. Ed. Goiânia: Cultura e Qualidade, 2009. GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisas. 4ª ed. São Paulo: Atlas. 2002. MARTINS J. J; MAESTRI E; DOGENSKI D; NASCIMENTO E. R. P; SILVA R. M; GAMA F. O. Necessidade de Aspiração de Secreção Endotraqueal: critérios utilizados por uma equipe de enfermagem de uma unidade de terapia intensiva. Elaboração final: out/ dez de 2008. Cenc cuid Saúde. Disponível em: <http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/do w nload/3118/6741> Acessado em: 22 de abril de 2014.

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FARIAS G. M; FREIRE I. L. S; RAMOS C. S. Aspiração Endotraqueal: estudo em acientes de uma unidade de urgência e terapia intensiva de um Hospital da região Metropolitana de Natal – RN. Elaboração final: 10/04/2006. Revista eletrônica de enfermagem. Disponível em: <http://www.fen.ufg.br/revista/revista8 1/original 08.htm> acessado em: 22 de abril de 2014. PATRÍCIA, G. M; DORRIE, K. F; CAROLYN, M. H; BARBARA M. G. Cuidados Críticos de Enfermagem um Abordagem Holística. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. PATRÍCIA, G. M; DORRIE, K. F; CAROLYN, M. H; BARBARA M. G. Cuidados Críticos de Enfermagem um Abordagem Holística. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. RENATA, S. ET AL. Atendimento Pré- Hospitalar ao traumatizado, PHTLS/ NAEMT. 7. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. SUZANNE, C. S; BRENDA, G. BARE; JANICE, L. H; KERRY, H. CHEEVER. Tratado de Enfermagem Medico-Cirúrgica, vol 1. 12. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2011.

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Assistência de Enfermagem na Prevenção de Úlceras por Pressão Anna Karolina da Silva Pereira¹ #; Antonio Yuri Oliveira Pereira¹*; Francivaldo Firmino da Silva¹+; Laura Polyanna Dantas de Oliveira¹ %; Wemison Hélio Uchoa Arruda¹$ 1

Discentes de Enfermagem, FASER, email: # anninhaksp@hotmail.com; anttonioyuri@gmail.com; + francivaldomme@gmail.com; % laurapolyanna@hotmail.com; $ wemisonuchoa@hotmail.com

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Palavras-chave: Lesão na pele, Cuidados, Rotina hospitalar.

Introdução A úlcera por pressão (UPP) é uma lesão localizada na pele, tecido, músculo, osso, causada por pressão intensa e/ou contínua, levando à diminuição da circulação sanguínea e consequentemente a morte e necrose da pele. A UPP tem sido motivo de preocupação por parte da equipe multidisciplinar, principalmente dos enfermeiros, devido ao seu envolvimento direto no cuidado prestado ao cliente, resultando em um problema que acarreta um grande desconforto, aumentando o período de internação na unidade hospitalar, sendo de extrema importância utilizar medidas preventivas tais como: à mudança de decúbito, o uso de colchões especiais como o de ar, água, casca de ovo, a limpeza do leito e higienização do cliente. O estudo surgiu da necessidade de aprofundar-se acerca da temática, considerando o que está sendo produzido cientificamente na atualidade, tendo em vista, a falta de cuidados por parte da enfermagem na prevenção de úlceras por pressão, evidenciado na prática hospitalar. Tendo por objetivo compreender a assistência de enfermagem na prevenção de úlceras por pressão com base na visão semiotécnica, justifica-se por contribuir para a ampliação do conhecimento e produção de literatura acerca deste procedimento comum na rotina hospitalar. Metodologia Trata-se de uma revisão de literatura efetivada no acervo da Biblioteca João Paulo IIda Faculdade Santa Emília de Rodat - FASER, como também em revistas e sites de credibilidade referentes ao conteúdo abordado, durante o período de 20 de março a 24 de abril. Sendo, dessa forma, analisados e interpretados criticamente à luz da literatura – 86 –


concernente o tema. Resultados e discussão A úlcera por pressão (UPP) é uma lesão localizada na pele, tecido, músculo, osso, causada por pressão intensa e/ou contínua, levando à diminuição da circulação sanguínea e consequentemente a morte e necrose da pele. Qualquer posição mantida por um paciente hospitalizado durante um longo período de tempo pode provocar lesão tecidual, principalmente em tecidos que sobrepõe uma proeminência óssea, devido à presença de pouco tecido subcutâneo nessas regiões (SCHWARTS et al., 2007). Blanck e Barros (2008) diz que a úlcera por pressão representa risco para a vida das pessoas, podendo levar a óbito por septicemia, quando o paciente tem associado doenças graves ou terminais. Além disso, tem sido motivo de preocupação por parte de profissionais da área de saúde principalmente para os enfermeiros, pelo seu envolvimento direto no cuidado prestado a esses clientes. As úlceras por pressão não ameaçam a vida num primeiro momento, mas é um problema que acarreta um desconforto ao paciente, aumentando o período de internação, dificultando o retorno ao convívio familiar e aumentando a probabilidade de infecção com agentes patogênicos podendo levar à morte (LIMA, CALLEGARIN e SILVA, 2008). Bressane et al. (2007) ressalta que entre as formas conhecidas de prevenção de UPP é extremamente importante a mudança de decúbito frequentemente a cada (2 a 3 horas tempo máximo) procedendo-se a massagem de conforto para melhorar a circulação e assim podendo evitar as úlceras de pressão. É citado por Goulart et al. (2008) que o uso de colchão próprio, tipo colchão de espuma, ar estático, ar dinâmico, gel ou água, redistribui o peso corporal, desta forma ocasionando a redução da pressão sob as proeminências ósseas à medida que o paciente afunda no fluído, propiciando uma superfície adicional que auxilia na sustentação do corpo, além da redução do peso corporal por unidade de área. Segundo Geovanini, Oliveira Junior e Palermo, (2008), o uso de hidrocolóide também faz-se necessário na prevenção de úlceras por pressão, é dito pelos mesmos autores que a limpeza do leito é essencial, pois contribui para o bem-estar, conforto e recuperação do cliente e protege contra infecções e úlceras de pressão. Em sua pesquisa Carvalho (2007), afirma que a mudança de decúbito deve ser realizada a cada 2 horas, pois serve para alívio das áreas de pressão nos tecidos e melhora da circulação local, reduzindo a força de cisalhamento e a pressão no local. – 87 –


O uso de colchões especiais como o de ar, água, casca de ovo, é essencial para sustentar o corpo do paciente uniformemente diminuindo a pressão nas regiões da proeminência óssea. Carvalho (2007) afirma que é errônea a idéia que o uso exclusivo desses colchões garantira a manutenção da integridade cutânea do paciente. A limpeza do leito e higienização do paciente são descrita por Gomes et al. (2009) como imprescindível para preservar a integridade da pele e que a equipe de enfermagem deve atentar-se para não deixar restos de comida no leito, secreções, certificando-se sempre, de que estes encontram-se limpo e secos, evitando o aparecimento de UPP. Tendo como atribuição, a enfermagem realiza limpeza do leito e higiene do paciente, como medidas de prevenção de UPP, apesar de constituírem importantes meios simples e eficazes, deixam de realizar tais medidas devido à falta de tempo resultantes da grande demanda de clientes e poucos profissionais para prestar atendimento. Segundo Pianucci (2008) para prevenir a UPP os familiares devem ser orientados a mudar o cliente de decúbito de duas em duas horas; proteger as saliências ósseas; manter a cama limpa e os lençóis esticados; fazer massagem corporal, principalmente nas regiões de grande atrito; secar totalmente a pele do paciente que faz uso de fraldas, trocar as fraldas com frequência; estimular a alimentação e a hidratação. Bressane et al. (2007) complementam que a higienização corporal do paciente pode prevenir doenças e lesões na pele e que a massagem corporal é de grande utilidade para melhorar a circulação do corpo, pois previne escaras e interage com o cliente e a alimentação favorece a recuperação da saúde do mesmo. Algumas medidas de prevenção adotadas pela equipe de enfermagem são eficientes, porém existem vários obstáculos para sua implementação, como o número insuficiente de profissionais e escassez de equipamentos como coxins de espuma, hidratantes, hidrocolóide, colchões especiais, ácidos graxos e outros. Vale ressaltar que medidas básicas como higienização do paciente, higiene do leito e o uso do lençol esticado poucos profissionais realizam e orientam aos familiares na alta hospitalar. É necessário que se realizem oficinas de capacitação para aperfeiçoar os profissionais de enfermagem e desta forma haver um melhor atendimento para com os clientes, pois independente do conhecimento que cada um possa ter, sempre surgem novos métodos e técnicas mais eficazes na prevenção da UPP, sendo essencial o profissional estar sempre atualizado.

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Referências BLANCK, M.; BARROS, M. C. D. Cuidados com as úlceras por pressão (UPP’s). Revista Hosp, 2008. Disponível em: <http://www.sobenfee.org.br/entrevista_02.asp>. Acessodo em: 22.04.2014. BRESSANE, A. C. et al. Técnicas básicas de enfermagem. São Paulo: Martinari, 2007. CARVALHO, L. S. et al. Concepções dos acadêmicos de enfermagem sobre prevenção e tratamento de úlceras de pressão. Revista Baiana de Saúde Pública, 2007. GOMES, R. C. et al. Úlcera por pressão: proposta de sistematização da assistência de Enfermagem em unidade de cuidados intensivos à luz da literatura. Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição, 2009. GOULART, F. M. et al. Prevenção de úlcera por pressão em pacientes acamados: Uma revisão da literatura. Revista Objetiva 2008. n. 8, 2008. KOCH, R. M. et al. Técnicas Básicas de Enfermagem. 20ª ed. Curitiba: Século XXI, 2004. LIMA, G. C.; CALLEGARIN, V. R. K.; SILVA, L. J. S. O enfermeiro doutor em úlcera de pressão. 2008. PIANUCCI, A. Saber cuidar: procedimentos básicos em enfermagem. 12ªed. São Paulo: Editora Senac, 2008. SALOMÉ, G. M.; ASSUNÇÃO, I. A.; SANTOS, L. F. Elaboração de um protocolo para prevenção de úlcera por pressão numa Unidade de Terapia Intensiva em um Hospital do Estado de São Paulo. Revista Científica dos Profissionais de Enfermagem: Enfermagem Brasil. Ano 3, n. 1, jan/fev, 2004. SCHWARTS, A. Y.; BUENO, S. D.; CASTRO, V. A atuação do enfermeiro frente a pacientes adultos hospitalizados com úlceras por pressão. PubliSaúde, 2007.

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Assistência Prioritária de Enfermagem para Pacientes com Staphylococcus aureus Resistentes à Meticilina (MRSA) Joseane Flor dos Santos1#; Flávia Gomes de Melo1*; Mona Lisa Cavalcanti Cartaxo do Nascimento 2 1

Discente de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat. e-mail: # josyflorzinha@hotmail.com * flaviamellojp @hotmail.com 2 Docente, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: mona.cartaxo@gmail.com

Palavras-chave: Infecção hospitalar. Planos de cuidado. Sepse.

Introdução Staphylococcus aureos é uma bactéria responsável por uma gama de variedades de enfermidades infecciosas. A grande preocupação do Ministério da saúde e dos gestores hospitalares está relacionada principalmente, com os pacientes isolados acometidos pelo S. aureos resistentes a meticilina (MRSA), pois esses são susceptíveis a evoluírem e complicar de forma rápida até o óbito, e que tradicionalmente estão limitados aos hospitais (RIBEIRO, 2003). Este impacto do incremento de infecções por S. aureos pode ser compreendido conforme aumento de contaminação, despreparo na arte das técnicas assépticas por parte da equipe multiprofissional e pela habilidade dos microorganismos em processos de adaptação às mudanças ambientais contínuas. Ainda como fatores de risco, podemos descrever: o aumento do número de cirurgias, HIV, doenças pulmonares, uso de cateteres, prematuridade, ventilação mecânica, imunossupressores, pacientes internados em UTI, peritonite em pacientes submetidos à diálise peritoneal, idosos com baixa imunidade e novas cepas bacterianas resistentes a antimicrobianos (SOUSA, 2008). Cepas de S. aureos portadoras de resistência múltipla são mais comuns em ambiente hospitalar tendo como conseqüência problemas clínicos e epidemiológicos, essas bactérias apresentam resistência a todos os antibióticos beta lactâmicos (KOLLEF, 2008). No Brasil, indicativos de pesquisas, mostram que pacientes infectados com MRSA apresentam probabilidade de morte até cinco vezes maior do que os não infectados, onde a taxa de mortalidade chega a 34%, em intervalos de 30 dias, e tem sido fator de alerta para a saúde pública no País (RIBEIRO, 2003). – 90 –


Sendo assim, a partir dos achados clínicos será possível realizar plano de cuidado relacionado à enfermagem, firmar uma busca literária com embasamento científico que servirão para nortear as ações da enfermagem no cuidado ao paciente com MRSA, elaborar diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem para pacientes com MRSA, é o principal objetivo desse trabalho. Metodologia Trata-se de uma revisão da literatura, com caráter descritivo, realizada entre março a abril de 2014, na Biblioteca Virtual em Saúde e em livros pertinentes à temática. A construção dos diagnósticos de enfermagem foi a partir das características definidoras que foram elaborados com base na Taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Association – International (NANDA-I, 2013). Para intervenções de enfermagem, foi utilizado o referencial teórico proposto por Doenges, Moorhouse e Murr (2012). Os diagnósticos, resultados e as intervenções foram priorizados, por grau de necessidades fisiológicas. Resultados e discussão Pacientes acometidos por MRSA terão desordem em nível de sistemas, podendo ser renal, tegumentar, cardiovascular, gastrintestinal, hematopoiético e principalmente respiratório. E diante dessa desordem fisiológica encontramos características definidoras como: anemia, leucocitose, hipotensão, acidose e alcalose respiratória, hipertermia, hipotensão, taquicardia, dispnéia (MARTINS, 2007). O padrão respiratório ineficaz gera um desequilíbrio na respiração onde a expiração e inspiração não estão provendo a ventilação adequada aos órgãos e tecidos (MARTINS, 2007). O enfermeiro deve está atento diante desse aspecto e para as características definidoras, como uso da musculatura acessória, batimento de asa nasal e dispnéia, pois não havendo correção desse desequilíbrio, pode haver rebaixamento do nível de consciência levando o paciente a um quadro mais grave. As intervenções são: monitoração e interpretação da oximetria de pulso; Determinar a freqüência e a profundidade das respirações e o tipo; rever os resultados laboratoriais (determinar o grau de retenção de CO 2); administrar oxigênio na melhor concentração e fármacos prescrito; elevar cabeceira do leito (caso indicado); Realizar coleta de gasometria arterial (DOENGES; MOORHOUSE; MURR, 2012).

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Figura 1: Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem, prioritários para pacientes com MRSA, João Pessoa- PB, 2014. Diagnóstico de Resultado Esperados Intervenções de enfermagem O paciente deverá: Enfermagem (NANDA-I) Padrão respiratório Estabelecerá um padrão Oxigenoterapia ineficaz normal e eficaz. Controle de dor Dor aguda Controle e alívio da dor. Métodos para controle da dor; Promover o bem estar; Avaliar a resposta do cliente à dor. Hipertermia Manterá a temperatura Avaliar efeitos e da central dentro da faixa gravidade hipertermia; normal. Aplicar medidas para recuperação da função normal do corpo. Débito cardíaco Apresentará Cuidados cardíacos: diminuído estabilidade fase aguda hemodinâmica. Troca de gases Terá melhora da Controle Acidobásico: prejudicada ventilação e oxigenação acidose respiratória; adequada dos tecidos. Controle das vias aéreas; Fonte: NANDA-I (2013); DOENGES, MOORHOUSE E MURR (2012) A dor aguda é uma experiência sensorial e emocional desagradável causada por lesões que podem ser de origem internas ou externa, relacionada nesse caso com processos inflamatório e infeccioso evoluído, devido às toxinas circulantes que podem levar a problemas como endocardite e osteomielite e evidenciada por comportamento expressivo do paciente (EGIDO, 2003). Conforme situação supracitada as intervenções serão: administrar analgésicos conforme a prescrição; avaliar e registrar resposta do paciente a terapia analgésica; descobrir modos de atenuar a dor, como imobilização da incisão ao tossir; utilizar escalas de graduação da dor apropriada à idade e a condições do cliente (p. ex., avaliação em idosos demenciados); monitorar a cor e a temperatura da pele e os sinais vitais (DOENGES; MOORHOUSE; MURR, 2012). A hipertermia caso não tratada pode levar a lesões cerebrais, insuficiência renal e outros problemas graves, essa elevação está diretamente relacionada à infecção por MRSA instalada, onde será evidenciada por rubor cutâneo e elevação da temperatura acima do normal (SALES, 2006). Diante disso as intervenções serão: Monitorar – 92 –


pressão arterial sistêmica e os parâmetros hemodinâmicos (p. ex., pressão arterial média, pressão venosa central); monitorar todas as fontes de perda de líquidos, inclusive urina; avaliar a resposta neurológica e atentar para nível de consciência e orientação; administrar líquidos e os eletrólitos de reposição; utilizar técnicas de resfriamento vitais (DOENGES; MOORHOUSE; MURR, 2012). A diminuição do débito cardíaco se dá quando o miocárdio encontra-se insuficiente para manter o débito cardíaco em níveis regulares para garantir as necessidades metabólicas. Os órgãos terão diminuição circulatória e inadequação da oxigenação, onde o volume de sangue apresenta-se mantido, mas a quantidade de sangue bombeada pelo coração está diminuída devido à falha do coração (BORGES, 2005). O enfermeiro deve executar as intervenções: Obter eletrocardiograma; Monitorar os valores laboratoriais relativos a eletrólitos (potássio e magnésio séricos) que podem aumentar o riso de arritmia; Limitar a ingestão de cafeína, sódio, colesterol e alimentos ricos em lipídios; Alternar o paciente de decúbito a cada duas horas e administrar pequenas doses de anticoagulantes para prevenir trombos (BULECHEK; BUTCHER; DOCHTERMAN, 2010). E por fim temos a troca de gases prejudicada onde está diretamente relacionada ao desequilíbrio da ventilação-perfusão. O endotélio dos capilares pulmonares aumenta sua permeabilidade com permanência da bactéria, desencadeando edema intersticial pulmonar e conseqüentemente redução da complacência pulmonar, prejudicando dessa forma a hematose levando a um quadro de confusão, hipóxia, dispnéia, gases sanguíneos arteriais anormais e sudorese. Diante desse aspecto é necessário o enfermeiro: monitorar a pressão sanguínea, pulso, temperatura, padrão respiratório e oximetria de pulso; monitorar cuidadosamente taxa de infusão dos fármacos IV utilizando bombas de infusão conforme o caso, para evitar infusão rápida; manter o controle das vias aéreas por meio do posicionamento e administrar oxigênio, conforme apropriado; e obter gasometria arterial (DOENGES; MOORHOUSE; MURR, 2012). Portanto, a contaminação por MRSA tem crescido, e é preciso o enfermeiro ter habilidades e conhecimentos para nortear suas ações de forma correta, para lidar com o caso. Nesse estudo foram elaborados cinco planos de cuidado prioritário, as necessidades fisiológicas merecem destaque no tocante aos cuidados, pois são a partir das prioridades que se obterão os êxitos na recuperação do paciente, lembrando que as necessidades psicossociais não deverão ser negligenciadas. Por fim, espera-se contribuir com esse estudo para o crescimento acadêmico e reconhecimento dos principais diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem que poderão ser aplicados pelo enfermeiro.

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Referências BORGES, E.S. Insuficiência cardíaca congestiva [Internet]. 2005. Disponível em: http://educacao.cardiol.br/manualc/PDF/d_insuficiencia_cardiaca_conges tiva.pdf. Acesso em: 03 de abril de 2014. BULECHEK, G.M; BUTCHER, H.K; DOCHTERMAN, J.M. Classificação das intervenções de enfermagem NIC.5a Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. DOENGES, E.M.; MOORHOUSE, F. M.; MURR, C. A. Diagnósticos de Enfermagem. 12. ed. Rio de Janeiro:GuanabaraKoogan, 2012. EGIDO, M.; BARROS, M.L. Preliminary study of community-acquired Staphylococcus aureus infection in Manaus Hospital, Amazonas Region, Brazil. Rev Soc Bras pg 36: 707-709, 2003. GIL, ANTONIO CARLOS. Como elaborar projetos de pesquisa. 4° Ed.São Paulo: Atlas, 2002. MARTINS, A.; CUNHA, M.L.R.S. Methicillin resistance in Staphylococcus aureus and coagulase negative Staphylococci: epidemiological and molecular aspects. Microbiol Immunol 51: 787-795, 2007. KOLLEF, M. SMART Approaches for Reducing Nosocomial Infections in the ICU. Chest 2008; 134(2):447-56. RIBEIRO, I.; CASTANHEIRA, R. Tratamento e Prevenção das Infecções e da Colonização por Staphylococcus aureus. Rev Portug Pneumol 51: 395-409, 2003. SALES JÚNIOR, J.A.L. et al. Sepse Brasil: Estudo Epidemiológico da Sepse em Unidades de Terapia Intensiva Brasileiras. Rev. Bras. Ter. Intensiva.v. 18, n.1, p. 9-17, 2006. SOUSA, C.P. Mecanismos de patogenicidade de células bacterianas: resistência a agentes antimicrobianos. Laes Haes 2008a; 171:130-42.

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Cateterismo Vesical de Demora Feminino: uma Apresentação da Semiotécnica Josefa Costa Correia de Araújo¹ 1

Discente de Enfermagem FASER (josefa.tomaz@hotmail.com)

Palavra-chave: Genitália Cateterismo vesical.

feminina,

Cuidados

de

Enfermagem,

Introdução O cateterismo urinário é um procedimento amplamente utilizado na prática clínica da enfermagem e consiste na inserção de uma sonda ou cateter na bexiga através da uretra. De inestimável valor para o diagnóstico e tratamento de processos patológicos, possui eficácia para aliviar a retenção e a incontinência urinária e salvaguardar a função renal. Em sua realização, requer conhecimento científico e habilidade técnica e deve ser utilizado com critério e quando estritamente necessário (MAZZO et al., 2012). O cateter de demora é introduzido na bexiga com finalidade de esvaziá-la, porém com a permanência prolongada. Geralmente, é utilizado o cateter de Folley, com balonete de retenção na extremidade; cateteres especiais, de três vias, podem, da mesma maneira, serem inseridos variando a finalidade (pós cirurgia, presença de sangue, etc.) (MOZACHI, 2009). O cateterismo vesical de demora, de acordo com Smeltzer & Bare (2005), é realizado para aliviar a obstrução do trato urinário, assistir com a drenagem pós-operatória nas cirurgias urológicas e em outras cirurgias, fornecer um meio para monitorar o débito urinário adequado em pacientes criticamente doentes, promover a drenagem urinária nos pacientes com disfunção da bexiga neurogênica ou retenção urinária e evitar o extravasamento urinário em alguns pacientes com ulceras por pressão. Alguns cuidados baseados em conhecimento técnico-científico devem ser considerados antes da sondagem vesical de demora feminino, tendo em vista complicações que estão associadas ao uso incorreto da técnica. (MOZACHI, 2009). O estudo surgiu da necessidade de aprofundar-se acerca da temática, considerando o que está sendo produzido cientificamente na atualidade, tendo em vista, as falhas técnicas cometidas por enfermeiros durante o procedimento asséptico do cateterismo, evidenciado na prática hospitalar. tendo por objetivo compreender a técnica de cateterismo – 95 –


vesical de demora feminino com base na visão semiotécnica, justifica-se por contribuir para a ampliação do conhecimento e produção de literatura acerca deste procedimento comum na rotina hospitalar. Metodologia Trata-se de uma revisão da literatura dos últimos 10 anos. Utilizouse como banco de dados para pesquisa o site da Scielo, onde foram identificados, considerando o descritor cateterismo urinário, um total de 23 artigos científicos. Após leitura dos títulos e resumos, desse total, apenas cinco (5) artigos científicos cadastrados no banco de dados ora referidos comporiam o estudo, utilizando como critério de inclusão o idioma (Português) e o objetivo proposto neste estudo. Realizou-se, ainda, um apanhado de caráter bibliográfico no acervo da Faculdade Santa Emília de Rodat – FASER, durante o período de 05 de janeiro a 24 de abril de 2014. O método utilizado para análise do conteúdo foi o proposto por Bardin (2009), considerando as unidades temáticas, sendo, dessa forma, analisados e interpretados criticamente à luz da literatura concernente o tema.

Resultado e discussão O cateterismo vesical de demora feminino resulta na introdução de um cateter permanente ou de Foley, que permanece na uretra feminina por um período de tempo maior até que o cliente seja capaz de urinar de modo voluntário ou que medições contínuas apuradas não sejam mais necessárias (POTTER & PERRY, 2009). Os microorganismos atuantes no processo de infecção podem colonizar o trato urinário de forma endoluminal durante a inserção do cateter, ascendendo por meio do lúmen ou pelo tubo de drenagem e da bolsa coletora; de forma extraluminal pelo espaço existente entre o cateter e a uretra; e ainda pela contaminação cruzada ocasionada, quando a equipe de enfermagem esvazia a bolsa coletora sem os cuidados assépticos necessários (MAZZO et al., 2012). O material necessário para a realização deste procedimento inclui: luva estéril, pacote de cateterismo vesical (um cuba rim, uma cuba redonda, gazes, bolas de algodão (5), pinça (1), e um campo fenestrado (aberto com uma fenda da borda ao centro, para facilitar a retirada após conexão da sonda com sistema de drenagem), sonda de Folley (adequada ao tamanho do paciente), gel anestésico (xylocaína 2%) para lubrificação da sonda, seringa de 20 ml (adultos), ampolas de água destilada, solução antisséptica (PVP-I), fita adesiva, coletor de urina sistema fechado, – 96 –


recipiente para lixo, compressas de gaze, biombo (POTTER & PERRY, 2009). A técnica segue como protocolo: explicar ao paciente o procedimento que será realizado (se lúcida) separando o seu leito com biombo; realizar higiene íntima se necessário; realizar a assepsia das mãos; Colocar a cliente em decúbito dorsal, com os joelhos flexionados, e os pés apoiados sobre a cama e as pernas afastadas; Abrir as ampolas de água destilada, deixando-as fora do campo com a sonda vesical estéril sobre a cama e bolsa de drenagem urinária estéril; Abrir o pacote de cateterismo vesical; retirar a seringa da embalagem original, dispondo sobre este campo junto com a agulha; Expor a região perineal; Despejar o PVP-I tópico na cuba redonda; Calçar as luvas de látex estéreis com técnica asséptica; Aspirar para o interior da seringa o volume necessário de água destilada indicada na sonda para introduzir no balonete, cuidando para não contaminar as luvas. Deixar sobre o campo estéril; retirar a sonda vesical da sua embalagem e colocar sobre o campo estéril (sem contaminar ambos); com a pinça, bolinha de algodão (ou chumaço de gaze) embebida em PVP-I tópico realizar a antissepsia da região perineal como segue: afastar os lábios da vagina com a mão sem a pinça, utilizando o polegar e o primeiro ou segundo dedos (com uma gaze em cada lado para não deslizar), friccionar o PVP-I iniciando pelos grandes lábios, passando pelos pequenos lábios e meato uretral, utilizando uma bolinha (ou gaze) por vez, aplicando do púbis em direção ao ânus, esperar secar, e desprezar a pinça; colocar o campo fenestrado sobre o paciente de maneira a permitir a visualização do meato urinário através da janela; colocar a cuba rim próximo ás nádegas da paciente, para receber o fluxo de urina que drenará pela sonda vesical; lubrificar a ponta da sonda com gaze contendo anestésico gel a 2%, estéril; introduzir a sonda vesical, até iniciar drenagem de urina e então avançar a sonda cerca de 3cm; Insuflar o balonete, com a quantidade de água destilada indicada na sonda; Conectar a sonda vesical ao sistema da bolsa de drenagem urinária; fixar o cateter com fita adesiva na face interna da coxa; retirar o campo fenestrado e as luvas; fixar na cama do paciente a bolsa de drenagem urinária, em nível inferior ao da bexiga; anotar na bolsa da diurese a data do cateterismo; recolher o material utilizado e encaminhar ao centro de material; registrar o procedimento, dificuldades, sangramentos, quantidade de urina drenada e outras intercorrências (MOZACHI, 2009).

Referências MAZZO, A. et al. Cateter urinário: mitos e rituais presentes no preparo do paciente. Acta paul. enferm. [online]. 2012, vol.25, n.6 [cited 2013-1111], pp. 889-894. Disponível no site: – 97 –


<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010321002012000600010&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 11.11.2013. MOZACHI, N. O hospital. Curitiba: Ed. Manual real. 3ª ed, 2009. p. 212214. SMELTZER & BARE. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10ª ed. V.3. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2005. POTTER & PERRY. Fundamentos de enfermagem. Rio de janeiro: Ed. Elsevier. 7ª Ed. 2009. p. 1152-1163.

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Cuidados ao Paciente Crítico: Importância da Assistência de Enfermagem

1.

Julliane Alline Medeiros Carlos1#; Renata Maria Bezerra Cézar1*; Renata Thaís Alves do Nascimento1+; João Rodrigues Albuquerque2$, Clenia Maria Pereira Batista2%.

Discente de graduação Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: *julliane.a20@hotmail.com; #renatayah@hotmail.com; +renatinhathais_alves@hotmail.com. 2. Docente da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: $jbrodrigoll@hotmail.com; % clenia.batista@outlook.com.

Palavras-chave: Unidade hemodinâmicas, RDC 50.

de

Terapia,

Intensiva,

Alterações

Introdução A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um conjunto de elementos funcionalmente agrupados que se destina ao atendimento de pacientes graves ou de risco que necessitam de assistência médica e de enfermagem continuamente, além de equipamentos e recursos humanos especializados (AMORIM; SILVERIO, 1998). As UTI’s foram criadas a partir da necessidade de atendimento do paciente crítico, cujo estado exigia assistência e observação contínua de médicos e enfermeiros. Florence Nightingale já demonstrava esta preocupação, durante a guerra da Criméia no século XIX, procurando selecionar indivíduos mais graves, acomodando-os de forma a favorecer o cuidado imediato (LINO; SILVA, 2001) Villa e Rossi (2002) afirmam que as UTI’s surgiram a partir da necessidade de aperfeiçoamento e concentração de recursos materiais e humanos para o atendimento a pacientes graves, em estado critico, mas tidos ainda como recuperáveis, e da necessidade de observação constante, centralizando os pacientes em um núcleo especializado. A evolução do conceito de UTI está associada aos avanços tecnológicos e farmacológicos desenvolvidos com o tempo na área da saúde, somados ao aumento do conhecimento sobre patologias, por meio de pesquisas e descobertas, que muito colaborou para assistência ao paciente crítico (JERONIMO, 2011). No Brasil, as primeiras UTI’s foram instaladas na década de 70, com a finalidade de concentrar pacientes com alto grau de complexidade em uma área hospitalar adequada, requerendo a disponibilidade de infraestrutura própria, com provisão de equipamentos e materias, além da capacitação de recursos humanos para desenvolvimento do trabalho com segurança (CHEREGATTI; AMORIM, 2011). – 99 –


Projetar uma UTI ou modificar uma unidade já existente exige conhecimento das normas dos agentes reguladores. A Resolução – RDC Nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde e descreve algumas exigências para a construção e funcionamento de UTI’s. Dessa forma, o profissional deve possuir experiência em terapia intensiva e estar familiarizado com as normas, elaborando um projeto que atenda a tais requisitos. O trabalho em Unidade de Tratamento Intensivo é complexo e intenso, devendo o enfermeiro estar preparado para atender, a qualquer momento, pacientes com alterações hemodinâmicas importantes, as quais requerem conhecimento específico e grande habilidade para tomar decisões e implementá-las em tempo hábil. Desta forma, pode-se indagar: qual o papel que enfermeiro desempenha na assistência ao paciente crítico no âmbito da Unidade de Terapia Intensiva? Diante do exposto, o presente estudo possui como objetivo determinar a importância da capacitação e qualificação do enfermeiro, enquanto líder da equipe de enfermagem, na assistência ao paciente crítico. Metodologia Quanto aos objetivos, trata-se de um estudo de caráter bibliográfico, que para Gil (2008) “É o tipo que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas”. Já de acordo com os procedimentos técnicos utilizados, a pesquisa é classificada como bibliográfica, uma vez que é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos (GIL, 2008). Para isso, realizou-se um levantamento bibliográfico, no período de março a maio de 2014, bem como uma análise exploratória, que teve por finalidade investigar pesquisas com enfoque semelhante, na literatura, livros disponíveis no acervo da Biblioteca João Paulo II da Faculdade Santa Emília de Rodat – FASER, além de revistas, artigos e periódicos indexados online nas principais bases de dados.

Resultados e discussões A enfermagem vem acumulando no decorrer de sua historia, o conhecimento científico, executando suas atividades baseadas não somente em normas disciplinares, mas também em atividades que exigem – 100 –


conhecimento e qualificação específica. Com a afirmação da Enfermagem como ciência e o avanço tecnológico, a prática da profissão deixa de ser mecânica, massificada e descontinuada, utilizando-se de métodos de trabalho que favorecem a individualização e a continuidade da assistência de Enfermagem, bem como a avaliação do atendimento prestado (ALENCAR et al., 2004). Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), adicionalmente, incluem-se entre as responsabilidades privativas do Enfermeiro, cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida e cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas; e, como integrante da equipe de saúde, a participação nos programas e nas atividades de assistência integral à saúde individual e de grupos específicos, particularmente daqueles prioritários e de alto risco. A capacitação e qualificação da equipe de enfermagem são imprescindíveis para o bom desempenho das atividades e assistência prestada ao paciente na Unidade de Terapia Intensiva. Os profissionais devem ter preparo para lidar com pacientes graves e instáveis, confusos ou incapazes de se comunicar, com a alta rotatividade dos pacientes; além do contato com a morte que, frequentemente, não são enfrentados com facilidade pela equipe (CHEREGATTI; AMORIM, 2011). De acordo com Gratton (2000) a tecnologia pode ser copiada, assim, o grande diferencial no mercado competitivo são as pessoas. Desta forma o preparo adequado do profissional constitui um importante instrumento para o sucesso e a qualidade do cuidado prestado na UTI. O enfermeiro de UTI precisa estar capacitado a exercer atividades de maior complexidade, para as quais é necessária a auto confiança respaldada no conhecimento científico para que este possa conduzir o atendimento do paciente com segurança. Assim, o treinamento deste profissional é imprescindível para o alcance do resultado esperado (GOMES, 1998). O treinamento da equipe de enfermagem faz parte e está incluso nesse processo. O enfermeiro deve compreender que é um educador e deve ser o primeiro a orientar sobre as mudanças das rotinas ou procedimento no setor, pois é visível que uma equipe treinada atende às necessidades dos pacientes com maior tranqüilidade (CHEREGATTI; AMORIM, 2011). Portanto podemos concluir que o enfermeiro é imprescindível na tomada de decisão, trabalho em equipe, liderança e responsabilidade. Seu trabalho deve ser sempre baseado em conhecimentos técnico-científicos, que são essenciais para liderar um grupo que deve estar treinado e apto para atender o paciente e manejar os equipamentos necessários. Desta forma, a assistência de enfermagem qualificada ao paciente crítico é de – 101 –


suma importância para sua recuperação, reduzindo o número de danos e/ou complicações decorrentes da internação. Referências AMORIN, R. C, SLVÉRIO, I. P. S. Perspectiva do paciente na UTI na admissão e alta. Revista Paulista de Enfermagem, v 22, n.2, p. 209-212, 2003. BRASIL, Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002: Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. D.O.U. – Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 21 de fevereiro de 2002. CHEREGUATTI, A. L; AMORIM, C. P. Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva. 2 ed. São Paulo: Martinari, 2011. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução n. 146/1992, de 1º de junho de 1992: Normatiza em âmbito nacional a obrigatoriedade de haver enfermeiro em todas as unidades de serviço onde são desenvolvidas ações de enfermagem durante todo o período de funcionamento da instituição de saúde. Brasília; 1992. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. GOMES, A. M. Enfermagem na unidade de terapia intensiva. 2 ed., São Paulo, EDU, 1988. JERONIMO, R. A. S. Técnica de UTI. 2 ed. São Paulo: Rideel, 2011. LINO, M. M.; SILVA, S. C. Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva: a história como explicação de uma prática. Nursing, v. 41, n. 4, p. 25-29, out 2001. VILA, V. da S. C.; ROSSI, L.A. O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva: “muito falado e pouco vivido”. Rev. Latino. Am. Enfermagem, v.10, n.2, Ribeirão Preto, mar/abr., 2002.

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Cuidados de Enfermagem ao Potencial Doador de Órgãos e Tecidos Ennio Guilherme da Silva¹#; Mônica Ferreira de Moura¹*; João Batista Rodrigues de Albuquerque². 1

Discente de graduação Faculdade Santa Emília de Rodat. E-mail: ennio-ufpb@hotmail.com; monicaferreira_jp@hotmail.com; 2 Docente da Faculdade Santa Emília de Rodat. E-mail: jbrodrigoll@hotmail.com;

Palavras-chave: Enfermagem. Morte. Encefálica.

Introdução Os cuidados a um paciente em morte encefálica é vivenciado pela equipe de enfermagem como um desafio do ponto de vista ético e profissional, pois o mesmo exige ações de grande responsabilidade onde nada pode dar errado no que se refere ao encontro com a família e em termos de conhecimento e cuidado com o potencial doador (FLODÉN, 2009). Esse processo da morte encefálica geralmente se dá nas UTI’s ou em locais que possuam serviços de Emergência, no qual deve-se ter uma equipe multiprofissional preparada e apta para lhe dar com esse tipo de situação, prestando os devidos cuidados de enfermagem ao potencial doador. O quanto antes for identificado a morte no cliente, aumentara as chances de se tornar um doador efetivo, ao contrário, poderá ocorrer uma cascata de eventos tais como: infecção, instabilidade hemodinâmica ou parada cardio respiratória, e assim tirando as chances de pessoas que necessitam se beneficiarem dando a eles uma “nova vida”. No ano de 2006, foramnotificados 5.627 casos de potenciaisdoadores no Brasil, sendo que apenas 1.109 se tornaram doadores efetivos. As principais causas da não efetivação da doação são: a não autorização familiar (1.539 casos), a contra-indicação médica (2.173 casos), a ME não confirmada (186 casos) e infra-estrutura inadequada (62 casos). Como pode ser observado pelos dados apresentados, a contraindicação médica é a que apresenta maior taxa para a não efetivação da doação de órgãos; As situações que determinam a contra-indicação absoluta da captação de todos osórgãos de um potencial doador são: a presença de anticorpos contrao vírus da imunodeficiência adquirida, a presença de infecções virais de evolução lenta, a história de uso de drogas endovenosas, apresença de neoplasias (exceto quando primária do sistema nervosocentral) e de sepse bacteriana corporal (KNOBEL,1998). – 103 –


Portanto, este trabalho justifica-se pela importância de se destacar os cuidados inerentes ao potencial doador de órgãos e tecidos, tendo em vista que é um assunto pouco abordado e discutido dentro das instituições e serviços de saúde, e que é de grande valia para salvar inúmeras vidas. O objetivo deste estudo foi de aprimorar os conhecimentos, principalmente da equipe de enfermagem, com relação a assistência da mesma no que se refere aos cuidados com os pacientes com morte encefálica, onde os mesmos poderão passar de potencial doador para doador efetivo. Metodologia Trata-se de um estudo descritivo do tipo revisão de literatura, realizado no mês de Abril de 2014, em acervo de dados eletrônicos: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), SciELO, todos eles em língua portuguesa, utilizando-se os seguintes descritores: morte encefálica, assistência, enfermagem. A escolha dos artigos foi feita levando em consideração o título e o assunto abordado no mesmo, fazendo uma analogia com o tema proposto que atendiam o objetivo do estudo.

Resultados e Discursão A resolução de número 1.140/97 de 8 de Agosto de 1997 do Conselho federal de Medicina(CFM), estabelece critérios para caracterização da morte encefálica, considerando que a parada total e irreversível das funções encefálicas equivale à morte, e que a mesma deverá ser consequência de processo irreversível e de causa conhecida. A constatação da morte encefálica será caracterizada através deexames clínicos e complementares durante intervalos de tempo variáveis, próprios para determinadas faixas etárias. Os intervalos mínimos entre as duas avaliações clínicas necessárias para a caracterização da morte encefálica serão definidos por faixa etária, conforme abaixo especificado: a) de 7 dias a 2 meses incompletos - 48 horas; b) de 2 meses a 1 ano incompleto - 24 horas; c) de 1 ano a 2 anos incompletos - 12 horas; d) acima de 2 anos - 6 horas. Também se faz necessário exames específicos para a veracidade da morte encefálica que incluem testes motores, avaliação das respostas pupilares, avaliação do reflexo oculocefálico (fenômeno dos olhos de boneca), avaliação do reflexo oculovestibular (teste calórico com água gelada), avaliação dos reflexos corneal, de tosse e de náusea e teste da apnéia. Os exames comprobatórios de ME, incluem angiografia cerebral – 104 –


completa (para verificar a ausência de fluxo sanguíneo cerebral), angiografia cerebral radioisotópica, eletroencefalograma, Doppler transcraniano, tomografia computadorizada com contraste ou xenônio, SPECT (tomografia por emissão de fóton único para estudar os neurônios pré e pós-sinápticos), entre outros. Os dados clínicos e complementares observados deverão ser registrados no termo de declaração de morte encefálica(MATIA et Al.,2010; SOUZA,2010). Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) considera que alguns exames complementares deverão ser observados para constatação de morte encefálica de demonstrando de forma inequívoca: ausência de atividade elétrica cerebral ou, ausência de atividade metabólica cerebral ou ausência de perfusão sangüínea cerebral. Após a detecção do paciente em ME é preciso realizar a manutenção do potencial doador com o objetivo deotimizar a perfusão tecidual, assegurando a viabilidade dos órgãos. Nessa etapa, é recomendado o monitoramento cardíaco contínuo; da saturação de oxigênio; da pressão arterial onde a sistólica deve ser maior que 100 mmHg; da pressão venosa central onde a mesma tem que ser maior que 10mmHg; do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido base; do débito urinário que devera se apresentar maior que 100 ml/hora e da temperatura corporal. Segundo Araújo (2005) é de responsabilidade da equipe de enfermagem realizar o controle de todos os dados hemodinâmicos do potencial doador. Para isso é necessário que o enfermeiro desta equipe possuaconhecimentos a respeito das repercussões fisiopatológicas própriasda ME, da monitorização hemodinâmica, e repercussões hemodinâmicas, advindas da reposição volêmica e administração de drogas vasoativas. Um controle hídrico rigoroso deve ser realizado, pois baseadasneste, atitudes terapêuticas serão tomadas. Além disso, as drogasvasoativas deverão ser rigorosamente controladas, de acordo coma resposta hemodinâmica deste paciente. Atentar-se ao paciente em uso de Nitroprussiato de Sódio, pois seu gotejamento deve ser rigorosamente controlado e a pressãoarterial deve estar monitorizada, de maneira invasiva ou não, porum membro da equipe de enfermagem deverá controlar a pressão arterial de forma intensiva. A reposição volêmica deverá ser realiza através de uma veia calibrosa periférica, lembrando que as drogas vasoativas devem seradministradas em veias centrais, sempre utilizando-se de viasexclusivas, evitando-se o uso concomitante de medicações e/oureposição volêmica rápida pelas mesmas. A hiperglicemia deve ser controlada realizando-se dosagens seriadas de glicose sanguínea. Se isto não for possível, o enfermeirodeve orientar a equipe a realizar controle de glicemia capilar, nomínimo, de quatro em quatro horas. Se houver persistência dodistúrbio, os intervalos de controle devem ser diminuídos. – 105 –


A monitorização eletrocardiográfica deve ser realizada com ointuito de se detectar presença de arritmias, para um possívelintervenção o mais precocemente possível. O controle e a manutenção da temperatura é função exclusiva da enfermagem. No aquecimento do potencial doador utilizam-se soluções aquecidas (37º-38ºC), para lavagens gástricas e vesicais, para administração endovenosa, a instalação e controle de cobertorestérmicos e a nebulização aquecida. A manutenção de uma adequada ventilação e oxigenação deveser monitorada através de coleta de material para dosagem dosgases sanguíneos e do controle dos parâmetros do ventilador. Oenfermeiro envolvido com a manutenção do potencial doador deve possuir conhecimento do equilíbrio ácido-básico e da fisiologia respiratória, a fim de assistir adequadamente a este paciente. Na ocorrência de uma parada cardíaca, o enfermeiro, junto como médico, deve instituir as manobras ressuscitadoras básicas e avançadas. Concluimos que este trabalho foi de grande valia para o nosso conhecimento, ressaltando que o mesmo é pouco debatido pela equipe de saúde e até mesmo durante a graduação dos profissionais de saúde, e esperamos que tenhamos conseguido atingir nosso objetivo, que é mostrar a importância dos cuidados com paciente com morte encefálica onde o mesmo é um potencial doador, não apenas para os profissionais de enfermagem, mas para todo profissional de saúde e a quem interessar. Referências ARAÚJO, S.; CINTRA, E. A.; BACHEGA, E. B. Manutenção do potencial doador de órgãos. In: Cintra, E. A.; Nishide; V. M.; Nunes, W. A. Assistência de enfermagem ao paciente gravemente enfermo. São Paulo: Atheneu; 2005. p. 443-56. Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Diretrizes Básicas para captação e retirada de múltiplos órgãos e tecidos da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. São Paulo: ABTO; 2009. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução n. 1.480/97, de 08 de agosto de 1997. Estabelece os critérios para caracterização de morte encefálica [Internet]. Brasília; 1997 [citado 2010 dez. 01]. Disponível em: http://www.hc.unicamp.br/servicos/cco/formularios/07_form.pdf . FLODÉN, A.; FORSBERG, A. A phenomenografic study of ICU-nurses's perceptions of and atitudes to organ donation and care of potential donors. IntensiveCritCareNurs. 2009;25(6):306-13. – 106 –


KNOBEL, E. Condutas no paciente grave. 2ª ed. São Paulo (SP): Atheneu; 1998. MATTIA, A. L.; ROCHA, A. M.; FREITAS FILHO, J. P. A.; BARBOSA, M. H.; RODRIGUES, M. B.; OLIVEIRA, M. G. Análise das dificuldades no processo de doação de órgãos: uma revisão integrativa da literatura. RevBioethikos. 2010; (1)4:66-74. SOUZA, S. S. Estratégias de enfrentamento da enfermagem no cuidado ao potencial doador de órgãos [dissertação]. Florianópolis: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina; 2010.

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Dor no Idoso Lúcia de Fátima Anacleto Pereira¹ #; Joseni Silva Santos1*; Marcos Antonio da Costa1+; Lenilde Dias Ramalho2 1

Discente de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat. e-mail: lucia.anacleto@hotmail.com; *josenyss@hotmail.com; +marcos.a.costa1@hotmail.com; 2 Docente, Faculdade Santa Emília de Rodat #

Palavras-chave: Contemporânea.

Anódina,

Paralelo,

Assistência

de

enfermagem,

Introdução O termo dor vem do Latim, “DOLOR”, que originou ainda “DOLOROSUS”, doloroso, que significa: “o que sente dor ou angústia”. Ambas foram registradas no Português a partir do século XIII. No Grego, o termo dor é “ALGIA”. A literatura nos relata que no período Neolítico (9.000 a.C), ou Idade da Pedra Polida, a dor se fazia anódina com a utilização de plantas, sangue de animais, frio ou calor. Os homens desta época ainda realizavam ritos mágicos e comunicação com os deuses. A civilização do Egito antigo acreditava que a dor era conseqüência do castigo dos deuses onde a via de entrada das enfermidades e morte era por meio do orifício nasal esquerdo e ambos os ouvidos. E assim cada civilização conservava seu conceito concernente a dor. O mundo vive uma importante mudança na distribuição etária de sua população. Nos países desenvolvidos a porcentagem da população com mais de 65 anos subirá para 36,3% até 2050, enquanto que o grupo com mais de 80 anos mais do que triplicará (HELME; GIBSON, 2001). Nos dias atuais a dor é um problema muito comum entre os idosos, sendo que a dor persistente (dor crônica) afeta mais de 50% dos idosos vivendo no ambiente da comunidade, e mais de 80% dos residentes em clínicas de repouso para idosos. A alta prevalência de dor em idosos está associada a desordens crônicas, particularmente doenças musculoesqueléticas como artrites e osteoporose. Além disso, o aumento na incidência de câncer, a necessidade de procedimentos cirúrgicos, as úlceras de pressão e as doenças cardiovasculares contribuem para o aumento das queixas álgicas nesse grupo etário. Dor em indivíduos idosos é um sério problema de saúde pública, que necessita ser diagnosticado, mensurado, avaliado e devidamente tratado pelos profissionais de saúde, minimizando a morbidade e melhorando a qualidade de vida. Os pontos imprescindíveis à colher a historia da dor são: localização; intensidade; qualidade; temporalidade; fatores de agravamento e alívio; significado da dor, observando, inclusive, se há – 108 –


alguma manifestação de simpatia, medo ou rejeição à determinada droga. Nesse contexto, interessa, e muito, o que o paciente acredita que possa melhorar sua dor ou agravá-la. É necessário redobrar a atenção nos idosos frágeis, nas demências e nas alterações cognitivocomportamentais, quando não apenas sinais indiretos de dor, como taquicardia, elevação da pressão arterial, gemidos, piscar rápido dos olhos, taquipneia e fáscies de dor, têm importância, mas quando são igualmente relevantes as alterações de humor, o comportamento, como irritabilidade e agressividade, diminuição da interação social, o padrão do sono e a inapetência, sugerindo uma dor não controlada. A dor aguda instala-se subitamente, tem curta duração e sua e sua etiologia é facilmente identificada (traumas, pós-operatório, úlcera gastrintestinal, Infarto Agudo do Miocárdio, infecções abdominais, como a pancreatite, colecistite e apendicite. A dor aguda também pode estar relacionada diretamente ao câncer, como fraturas patológicas, perfurações, obstruções e infecções e aos eventos trombóticos. A dor lombar ocorre de maneira aguda, podendo significar fratura espontânea por trauma, por osteoporose, ou patológica, como no mieloma múltiplo e nas metástases. Embora um episódio de dor lombar possa ter recuperação espontânea, em geral é uma condição recorrente e que com frequencia torna-se crônica (FREITAS, 2012). Habitualmente, tem inicio insidioso, e é causada pela degeneração de estruturas da coluna vertebral relacionada ao processo de envelhecimento, levando a um achatamento dos corpos vertebrais e à perda de massa óssea, que poderá predispor a fratura, além de modificações discais e ligamentares da coluna vertebral. A dor lombar no idoso também pode estar relacionada à coxartrose, por isso recomenda-se sempre examinar os quadris. A espondilolistese degenerativa ocorre com mais freqüência entre L4 e L5. A hérnia discal lombar é pouco frequente. Na síndrome facetaria a dor aumenta com a extensão da coluna podendo irradiar-se para a face posterior da coxa. Relatamos a classificação quanto o diagnóstico da dor. Agora relataremos concernente à classificação neurofisiológica da dor. Esta se divide em dor nociceptiva, resultado da ativação de nociceptores (fibras A-delta e C), são a somática, desencadeada pelo movimento tendo alívio pelo repouso e a visceral, provocada por distensão da veia oca, de característica opressiva, constritiva ou em cólicas, de difícil localização, acompanhada ou não de náuseas, vômitos e sudorese. Pode ser à distância, chamada de dor referida. Exemplo: dorsalgia relacionada ao câncer de pâncreas. Além da dor nociceptiva há ainda a dor neuropática e a dor complexa (também chamada de mista). A dor neuropática é em função de uma disfunção do Sistema Nervoso Central ou Periférico. Apresenta-se em forma de ardor, choque queimação, ferroadas, podendo ser persistente ou episódica, aguda ou crônica. Enquanto que a dor complexa ou mista é encontrada frequentemente em pacientes com tumores cujo crescimento provoca – 109 –


inflamação e compressão, originando dor com padrões complexos, que exige, quase sempre, a associação de drogas para seu controle. A avaliação e o diagnóstico da dor nos idosos devem começar com uma anamnese completa e um bom exame físico. A informação proporcionada pelos familiares cuidadores pode ser particularmente útil, em especial quando o paciente apresenta alterações cognitivas concomitantes, por causa das complexidades dos relatos de dor feitos pelo paciente e pela família, os clínicos devem avaliar os pacientes tanto na presença de membros da família quanto, se possível, isoladamente. Durante a avaliação dos pacientes idosos com dor, cinco tópicos essências devem ser abordados: mudanças na percepção da dor, polifarmácia, estado funcional, escalas de mensuração da dor e avaliação da dor em pessoas com alterações cognitivas (ROENN, 2011). É importante que o profissional de enfermagem ofereça o tempo suficiente para o idoso processar suas perguntas e então respondê-las, sem qualquer tipo de pressão. A assistência de enfermagem é primordial, pois alem de ajudar a diagnosticar deve ainda administrar fármacos prescritos, orientar familiares e ou responsáveis quanto às mediadas de conforto, promover terapia cognitiva e apoio emocional, pois o profissional de enfermagem é o que sempre está próximo. Metodologia O texto foi produzido após revisão literária e apontamentos das aulas teóricas. Resultados e discussão Quando apresentado em sala de aula para os discentes a receptividade foi positiva. Unanimemente, foi verbalizada a importância de priorizar a atenção ao idoso quando surgirem queixas de dor ou quando esta for diagnosticada. Esta sensação desagradável, frequentemente presente na vida dos idosos, acompanha-se, a maior parte das vezes, de reações psicológicas que podem aumentar a sua intensidade. Para um bom número de pessoas, envelhecer será um processo senil, uma experiência dolorosa, pois elas associam o início do envelhecimento ao aparecimento de dores lombares, articulares e musculares. A transição demográfica é um fenômeno de amplitude mundial, assim, a longevidade é um fato que está também presente na sociedade brasileira. Envelhecer não é um obstáculo à vida, mas sim, o envelhecimento senil sem assistência que diminui a qualidade de vida. Diante destas considerações, observa-se a necessidade de se ter um olhar mais crítico e reflexivo em relação a essa problemática. – 110 –


Referências FREITAS. Elizabete Viana... [et al]. Manual prático de geriatria. -1.ed.Rio de Janeiro: A. C. Farmacêutica, 2012. HELME, R. GIBSON S. The epidemiology of pain in elderly people. Clin Geriatr Med, 2001. ROENN, Jamie. PAICE, Judith. Current: diagnóstico e tratamento da dor. – Porto Alegre: AMGH, 2011.

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Espécies Reativas do Oxigênio e as Lesões Celulares Amon Jeddy Caju do Egito1, Martha Mª de Albuquerque Belo1, Suênia Paulino de Melo1, Priscilla Maria de França Correia1; Gregório Fernandes Gonçalves2 1

Discente de graduação Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: amonegito@hotmail.com; marthaabelo@gmail.com; suenimelo10@gmail.com; primariafc@hotmail.com 2 Docente da Faculdade Santa Emília de Rodat

Palavras-chave: Radicais livres. Estresse oxidativo. Mutação. Câncer.

Introdução Os radicais livres ou espécies reativas do oxigênio (ROS Reactive Oxygen Species) são moléculas que contém elétrons não pareados na última camada eletrônica, por isso, estão aptos a reagir com estruturas próximas. São formados de maneira natural ou por exposição a agentes externos (COIMBRA E ROSA, 2009). Estes vêm sendo foco de estudos nas últimas décadas por terem demonstrado grande influência na formação de processos fisiopatológicos importantes, dentre eles, o envelhecimento celular, diabetes e até a formação de cânceres (GREEN et al., 2004). O estresse oxidativo é caracterizado por uma intensa sobrecarga de radicais livres que podem ser extremamente nocivos tanto às estruturas celulares como ao material genético, em virtude de seus elétrons desemparelhados podendo oxidar compostos como proteínas, DNA e lipídios ao reduzir-se (COIMBRA E ROSA, 2009). Estes compostos oxidados podem promover mutações que desfavorecem a regulação do ciclo celular, assim como, a formação de intermediários reativos, como os radicais superóxidos, hidroxiperoxila e hidroxila, mesmo os radicais livres ou espécies reativas de oxigênio sendo encontrados em todos os sistemas biológicos em condições fisiológicas normais do metabolismo celular aeróbio (DUSMAN et al, 2012). Dentre as principais espécies reativas do oxigênio, encontramos o O2 - que apresenta uma baixa capacidade oxidante, e o OH – que tem uma pequena capacidade de difusão, mas é o mais reativo na indução de lesões celulares. Além destes, o óxido nítrico, peroxinítrico e o radical semiquinona também são patológicos (RIBEIRO et al.2006) A formação de ROS in vivo ocorre principalmente pela exposição a fatores exógenos (xenobióticos), que exercem efeitos tóxicos por meio de geração secundária de agentes oxidantes, através de sua metabolização. A catabolização de agentes quimioterápicos, cigarros, – 112 –


poluentes do ar, radiação gama e UV, condições nutricionais, dentre outros fatores, pode diminuir os níveis de antioxidantes celulares. A defesa antioxidante é constituída principalmente pelas vitaminas A, C e E, e das enzimas catalase (CAT), glutationa reduzida (GSH), glutationa peroxidase (GPx) e superóxido dismutase (SOD) (BARREIROS et al., 2006). Estudos mostraram que a ingestão de álcool também resulta no aumento de espécies reativas de oxigênio e se ingerido cronicamente contribui para a formação de diferentes agentes lesivos ao DNA (Yu et al., 2010). Sendo assim, os danos ao DNA causados pelos radicais livres contribuem para os processos de mutagênese e carcinogênese, dependendo da proporção e da exposição. Portanto, o objetivo deste trabalho é indicar a ação dos radicais livres em mutações ao DNA e suas relações com os processos carcinogênicos. Metodologia A metodologia utilizada para a realização deste estudo partiu de uma pesquisa bibliográfica através de artigos, livros e sites relacionados. Esse conjunto de obras incluiu publicações de distinta natureza, a saber: livros especializados da biblioteca, artigos em revistas científicas coletados em bancos de dados, tais como: Scielo, PubMed, NCBI, Web of Science, entre outros. Resultados e discussão Os primeiros estudos relacionados às espécies reativas de oxigênio surgiram pelo interesse de esclarecer a ligação destes com a patogênese de diversas doenças, como aterosclerose, doença de Alzheimer e câncer. São, em sua maioria, derivadas de reações metabólicas de óxido-redução e possuem um importante papel na destruição de microrganismos, pois induzem a apoptose. Porém, por influenciarem na produção de substâncias resultantes do metabolismo final do ácido araquidônico, podem vir a ocasionar lesões nos tecidos (SILVA, NAGEM, LEÃO, 2002). As ROS são geradas no ambiente intracelular e podem produzir alterações diretas em uma fita ou na dupla fita de DNA, oxidando as bases pirimídicas, púricas e desoxirriboses levando a mutagênese (COIMBRA E ROSA, 2009). Quando a mutação ocorre nas células somáticas, as consequências mais comuns são: formação de tumores benignos ou malignos, morte celular, envelhecimento precoce, má formação e abortos durante o desenvolvimento embrionário (DUSMAN et al, 2012). As espécies reativas de oxigênio são consideradas uma significante classe de carcinogênicos, participando da iniciação, – 113 –


progressão e metástase das neoplasias. Um excesso de peróxido de hidrogênio é produzido e excretado pelas células tumorais o que confirma sua importância na propagação e invasão destas células (COIMBRA E ROSA, 2009). Considerando que o processo de carcinogênese é iniciado por uma alteração irreversível do DNA, com sua replicação e a proliferação celular, normalmente os processos de mutagênese e carcinogênese estão ligados. Define-se carcinogênese como o processo de conversão de uma célula normal em uma célula maligna, e carcinógenos os agentes que induzem esse processo. Faz-se necessária repetidas exposições a esses carcinógenos para que haja desenvolvimento de tumores malignos (LOUREIRO et al. 2002). Como exemplo, podemos citar o câncer de pulmão, que é o tipo de neoplasia maligna mais letal, sendo 80% dos casos de carcinoma pulmonar de não-pequenas células (NSCLC). Tumores sólidos desenvolvem-se num microambiente de inflamação crônica caracterizado por elevado estresse oxidativo (EO) gerado pela infiltração leucocitária e alta pO2, favorecendo a formação de espécies reativas de oxigênio e agravando a tumorigênese (MINOTTO, 2010). Diversos estudos epidemiológicos mostram que o câncer de pulmão é mais comum em áreas urbanas do que em áreas rurais, devido à presença de substâncias carcinogênicas no ar urbano e o aumento de aberrações cromossômicas em pessoas expostas a condições de tráfego intenso (HEUSER et al.,2001). A apoptose e senescência são programas de segurança celular contra mutações excessivas de oncogenes ativados. Sendo assim, a supressão destes programas é pré-requisito para a formação de tumores, pois é essa a habilidade das células cancerosas em alterar esse processo que permitem sua longevidade. Os oncogenes dirigem a hiperproliferação celular e estabelecem defeitos nos mecanismos de reparo, levando as lesões celulares ao câncer (SILVA E SILVA, 2005). Mediante os estudos realizados, podemos concluir que apesar do organismo humano possuir mecanismos para manter as concentrações de ROS dentro dos limites fisiológicos funcionando como sinalizadores em mecanismos celulares, a exposição a determinados fatores podem elevar essas concentrações e ocasionar lesões celulares, gerando o estresse oxidativo. Esse estresse pode levar o organismo a condições patológicas sérias, como o câncer. Desta forma, é primordial conhecer estes possíveis agentes mutagênicos que o homem é exposto regularmente, visto que muitos o contato é inevitável e outros podem ser evitados, e associa-los a mudanças comportamentais, visando melhora em sua saúde e qualidade de vida.

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Referências BARREIROS, L. B. S.; DAVID, J. M.; DAVID, J. P. Estresse oxidativo: relação entre geração de espécies reativas e defesas do organismo. Química Nova, São Paulo, v. 29, n. 1, 2006. COIMBRA, V. C.; ROSA, E. F.; Câncer de cólon e estresse oxidativo. O Mundo da Saúde, 33(4):415-418, São Paulo, 2009. GREEN, K.; BRAND M. D.; MURPHY M. P.; Prevention of mitochondrial oxidative damage as a therapeutic strategy in diabetes. Diabetes. 2004; 53(Suppl 1):110-8. HADDAD, J. J. Oxygen homeostasis, thiol equilibrium and redox regulation of signalling transcription factors in the alveolar epithelium. Cellular Signalling, New York, v. 14, n. 11, p.799-810, Nov. 2002. HEUSER, V.D.; FREITAS, T.R.O.; SILVA, J. Avaliação da genotoxicidade induzida por emissões de veículos automotores – Ctenomys minutus como organismo indicador. 2001. 87f. Dissertação – 115 –


(Mestrado em Genética e Biologia Molecular) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2001. LOUREIRO, A.P.M.; DI MASSIO, P.; MEDEIROS, M.H.G. Formação de adutos exocíclicos com bases de DNA: Implicações em mutagênese e carcinogênese. Química Nova, São Paulo, v. 25, n. 5, p. 777-793, 2002. MINOTTO, J. B. "Estresse Oxidativo na Malignidade em Câncer de Pulmão de Não-Pequenas Células (NSCLC)." Salão de Iniciação Científica (22.: 2010 out. 18-22: Porto Alegre, RS). Livro de resumos. Porto Alegre: UFRGS, 2010. Rabahi MF, Ferreira AA, Reciputti BP, Matos TO, Pinto SA. Achados de fibrobroncoscopia em pacientes com diagnóstico de neoplasia pulmonar. J Bras Pneumol, 38(4):445-451. 2012; Disponível em: < http://www.jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.asp?id=1227> RIBEIRO, Sônia Machado Rocha, et al. "A formação e os efeitos das espécies reativas de oxigênio no meio biológico." Bioscience journal 21.3, 2006. SHAM E MOREIRA. Rev. Licopeno como agente antioxidante. Nutr., Campinas, 17(2):227-236, abr./jun., 2004. SILVA, Marcos Mendes; SILVA, Valquíria Helena. Envelhecimento: importante fator de risco para o cancer. Arq. Med. ABC. v.30, nº 1, Jan./Jun., 2005. SILVA, R.R; OLIVEIRA, T. T; NAGEM, T. J; LEÃO, M. A. Efeito de flavonóides no metabolismo do ácido araquidônico, Medicina Ribeirão Preto, 35: 127-133, abr./jun. 2002. Gross, et al. Diabetes Melito: Diagnóstico, Classificação e Avaliação do Controle Glicêmico. Arq Bras Endocrinol Metab, 2002. YU, H.S.; OYAMA, T.; ISSE, T.; KITAGAWA, K.; PHAM, T.T.P.; TANAKA, M.; KAWAMOTO, T. Formation of acetaldehyde-derived DNA adducts due to alcohol exposure. Chemico-Biological Interactions, Amsterdam, v. 188, n. 3, p. 367-375, 2010.

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Humanização no Processo da Morte na UTI Flávia Gomes de Melo¹#; Glaucieny Correia Paiva1*; Joseane Flor dos Santos1+; Lúcia de Fátima Anacleto Pereira 1; João Batista Rodrigues de Albuquerque2. 1

Discente de graduação Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: flaviamellojp@hotmail.com; galmell@hotmail.com; josy-florzinha@hotmail.com; lucia.anacleto@hotmail.com. 2 Docente da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: jbrodrigoll@hotmail.com;

Palavras-chave: Pacientes. Familiares. Hospital. Óbito.

Introdução A trajetória profissional no cuidado dos pacientes em estado crítico na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) possibilita a reflexão sobre o cotidiano da equipe de enfermagem nos cuidados dispensados aos familiares visitantes (SILVA, 2006). A visita é uma extensão do paciente e cuidar dele também requer cuidar das pessoas queridas. De várias formas os visitantes sofrem muito das mesmas crises que os pacientes hospitalizados na UTI, frequentemente mostram-se ansiosos, temerosos e sentem-se muito desamparados em suas capacidades de contribuir e ajudar ao paciente (HUDAK, 1997). A família, inicialmente e de modo frequente, encontra-se fragilizada e angustiada frente à possibilidade da morte, dificultando ainda mais o enfrentamento desta situação pela enfermagem. Por isso, é necessário que a equipe fique atenta aos acontecimentos à sua volta, ao que está ocorrendo com os familiares de pacientes internados na UTI, a suas diferentes manifestações, pois não é possível planejar, programar e avaliar as ações de enfermagem que contemplem a humanização de sua relação com estas famílias sem ser um observador hábil. A observação é um instrumento indispensável quando pretendemos construir uma relação interpessoal com o outro (LOURENÇO, 2008). A informação é uma forma de humanizar, e deve ser oferecido aos familiares, principalmente para conhecer o que é uma unidade de terapia intensiva, o que se faz para os clientes internados e como é o trabalho dos profissionais desse lugar. A necessidade de intervir nessa dinâmica família-serviço-cliente deu-se por visualizar carência de humanização da equipe com os familiares, às vezes por não reconhecerem a família como instrumento terapêutico do tratamento intensivo. Com isso, negligenciando a saúde da família, que de igual maneira, precisa de cuidados especiais, de cuidados intensivos (DINIZ, 2005). – 117 –


Na produção do vídeo apresentado em sala de aula o objetivo maior é informar aos acadêmicos de enfermagem quanto à importância dos cuidados prestados a paciente e seus familiares no processo de morte, dando-lhes tratamento individualizado frente às necessidades de cada indivíduo e auxiliar os futuros profissionais de saúde interessados no assunto a compreender de forma científica o processo de humanização aos familiares dos pacientes em UTI. Metodologia Trata-se de um estudo com descritivo com abordagem na literatura, realizado no mês de abril de 2014, em fontes seguras como Lilacs, Bireme e na Biblioteca virtual de saúde (BVS). Para um melhor entendimento visual, foi produzido um vídeo de curta metragem baseado em fatos reais onde houve a participação dos docentes abordando o contato direto com a paciente e evolução de todo processo de complicação e óbito como também uma humanização com seus familiares e/ou visitantes. A produção do vídeo foi realizada no laboratório de UTI da FASER.

Resultados e discussão Quando o assunto é morte, muitas pessoas preferem evitar o tema, pois se trata de um processo que acarreta profundas reações emocionais. A morte é um acontecimento difícil para todos, sejam filhos, sejam pais, familiares e profissionais da área da saúde, por gerar sentimentos de dor, inconformidade, negação e saudade. Existe dificuldade em se falar sobre a morte, no entanto mais complexo é conviver em um ambiente em que esta se faz presente, como é o caso da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), tendo em vista a gravidade dos pacientes que lá se encontram (AGNOLON, 2007). É preciso valorizar a presença da família no cuidado prestado, principalmente quando ela vivencia a internação de um familiar na UTI. Mesmo a família encontrando-se em um estado de fragilidade emocional ou de crise, continua ocupando um papel de destaque para o paciente, contribuindo para que se sinta protegido, mais seguro, amado e significativo para o seu grupo familiar; tais sentimentos, na maioria das vezes, o estimulam a lutar pela vida (SOARES, 2007). Daí, nossa percepção da relevância da presença da família na UTI seja para conversar com o paciente, tocá-lo ou simplesmente observá-lo, mesmo quando este se encontra inconsciente. Entretanto, a possibilidade de construir outros paradigmas, requer sensibilidade, disponibilidade para aprender o novo, capacidade para reconhecer a si mesmo e depois tentar – 118 –


conhecer o outro e, principalmente, a crença de que os significados e afetos presentes na relação familiar são insubstituíveis para a melhora e recuperação do paciente. Nesse contexto vale salientar a humanização de forma holística também com familiares do paciente de modo acolhedor, ágil e resolutivo, com foco nas necessidades do mesmo, para lhes oferecer uma atenção humanizada (AGNOLON, 2007). Ao falarmos em cuidado de enfermagem ao ser humano, seja voltado para a assistência direta ou para as relações de trabalho, implica essencialmente falar de cuidado humanizado. Contudo é importante ressaltar que muitas vezes devido à sobrecarga imposta pelo cotidiano do trabalho, a enfermagem presta uma assistência mecanizada e tecnicista, não reflexiva, esquecendo-se de humanizar. (COLLET & ROZENDO, 2003). A avaliação cuidadosa destas necessidades fornece subsídios importantes para a melhoria da compreensão, da satisfação e da capacidade para participar nas decisões relacionadas ao cuidado de alguém, que na maioria das vezes não poderá decidir por si próprio (RÊGO et al, 2011). Por ocasião da admissão em uma UTI, tanto o paciente como os familiares visitantes experimentam uma das maiores crises de sua vida. A preocupação e o medo da morte parecem tomar conta de ambos. Dessa forma, fica claro que, durante uma internação, os conflitos emocionais tendem a alterar seus comportamentos. Entrar nesse ambiente para visitar um interno e se deparar com fios, telas, monitores, ruídos e pessoas se movimentando a todo instante parece impressionar e gerar medo, dúvidas e ansiedades, motivo pelo qual o visitante também deve ser acalentado e ajudado pelo profissional. A necessidade de intervir nessa dinâmica família-serviço-cliente deu-se por visualizar carência de humanização da equipe com os familiares, às vezes por não reconhecerem a família como instrumento terapêutico do tratamento intensivo. Com isso, negligenciando a saúde da família, que de igual maneira, precisa de cuidados especiais (SOARES, 2007). A partir dos conceitos descritos, podemos entender o processo da morte como também a humanização, onde a enfermagem tem importância em todas as situações relacionadas ao ser humano. O enfermeiro como um profissional da saúde, visando o relacionamento saudável, deve procurar sempre dialogar com o paciente e seus familiares, e na sua atuação dentro do hospital, como um profissional da saúde, deve envolver o indivíduo e as áreas sociais, buscando sempre o bem-estar de todos. Acompanhar a dor, sofrimento, angústias, e medos por parte dos familiares, encontrar a melhor maneira de enfrentar e vivenciar a doença e a perda de um ente querido é uma das funções do profissional. Portanto a humanização não implica apenas a qualidade clinica científica e prática dos profissionais, mas na exigência de qualidade de comportamento assim como considerar o bem estar não só orgânico, mas como também – 119 –


psíquico social e moral, oferecendo um tratamento que o atenda integralmente de forma humanitária. Espera-se contribuir com essa pesquisa para o conhecimento dos acadêmicos de enfermagem no tocante ao processo da morte e humanização com familiares. Referências AGNOLON AP, FREITAS GF. Ocorrências éticas de enfermagem em terapia intensiva. Remos - Rev Min Enferm. 2007;11(2):155-60. DINIZ ZS. Conhecendo Barra do Garças. 2ª ed. Barra do Garças: Multicor; 2005. GIL, ANTONIO CARLOS. Como elaborar projetos de pesquisa. 4° Ed.São Paulo: Atlas, 2002. HUDAK C, GALLO BM. Cuidados Intensivos de Enfermagem: uma Abordagem Holística. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan;1997. LOURENÇO EC, NEVES EP. As Necessidades de Cuidado e Conforto de Visitantes em UTI Oncológica: uma Proposta Fundamentada em Dados de Pesquisa. Revista Brasileira de Cancerologia. 2008; 54(3): 213220. RÊGO KVM, ALVES RGD, DOUGLAS FC. Permanência de acompanhantes em Unidade de Terapia Intensiva: revisão de literatura. Revista Intensiva. 2011; 6(32):18-23. SILVA DE SOUZA SRO, CHAVES SRF, SILVA CA. Visita na UTI: um encontro entre desconhecidos. Rev Bras Enferm. 2006; 59(5): 609-13. SOARES M. Cuidando da família de pacientes em situação de terminalidade internados na Unidade de Terapia Intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 2007;19(4):481-484.

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Instabilidade Postural do Idoso e suas Consequências Flávia Gomes de Melo1; Maria das Graças da L. Albuquerque 1; Joseane Flor dos Santos1; Lenilde Dias Ramalho2 1

Aluna de graduação da Faculdade Santa Emília de Rodat. flaviamellojp@hotmail.com; graceeluz@hotmail.com; josy-florzinha@hotmail.com; 2 Docente da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: lenildedias@uol.com.br

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Palavras-chave: Quedas e Fraturas; Assistência de Enfermagem; Envelhecimento. Introdução É notório observar que o declínio do processo de envelhecimento depende de cada função orgânica, podendo variar de indivíduo para indivíduo e sofre influência da genética, dos hábitos sociais, da cultura, do tipo de alimentação e de múltiplos fatores ambientais (PAULA et al., 1998). A população acima dos sessenta anos de idade tem crescido de forma significativa no Brasil, levando a um aumento no número de idosos (SILVESTRE et al., 1996). Dados epidemiológicos mostram estimativas que existam cerca de dois bilhões de pessoas com 60 anos ou mais no mundo para o ano de 2050, a maioria vivendo em países em desenvolvimento. No Brasil, estima-se que exista, atualmente, cerca de 17,6 milhões de idosos, um número de 30% a 60% cai anualmente apresentando quedas múltiplas (BRASIL, 1999). O controle do equilíbrio postural requer a manutenção do centro de gravidade sobre a base de sustentação durante situações estáticas e dinâmicas. Este processo ocorre de forma eficaz pela ação, principalmente, dos sistemas visual, vestibular e sensorial (GUCCIONE, 2002). Com o envelhecimento, esses sistemas são descompensados e várias etapas do controle postural podem ser atingidas, reduzindo a capacidade compensatória do sistema, levando a um aumento da instabilidade postural (GUSTAFSO et al,.2000). A queda é um fator etiológico de grande relevância epidemiológica, social e econômica é o tipo de acidente mais freqüente no idoso e suas complicações a principal causa de morte nos maiores de 65 anos (ROMERO, 2001). Associada a instabilidade postural, existe um componente multifatorial externo que pode modificar o risco de queda nas pessoas com mobilidade comprometida. Além do risco de fraturas, há perda de confiança para caminhar, temendo novas quedas, fazendo o idoso reduzir sua mobilidade, formando-se um círculo vicioso, pois com a restrição de atividades há – 121 –


diminuição da força muscular, enfraquecimento dos membros inferiores, levando à condição de dependência e isolamento social (YUASO, 1999). O principal objetivo dessa pesquisa foi entender o processo dessa desestabilização postural do idoso com enfoque no aspecto do envelhecimento, as quedas e suas conseqüências, fazendo uma abordagem qualitativa nos aspectos de cuidados da enfermagem. Metodologia Trata-se de um estudo descritivo, do tipo revisão da literatura, onde foi realizada entre Março a Abril de 2014, através de livros específicos à temática encontrados no acervo da biblioteca na Faculdade Santa Emília de Rodat e documentos eletrônicos, como base de dados foi utilizado sites de busca como Bireme, Scielo e Lilacs. Foi coletada ainda uma amostra, onde na oportunidade convidamos duas idosas para entrevista, na qual aceitaram nosso convite e se dispuseram a atender nossa pesquisa, que foi realizada no Parque Arruda Câmara na Rua Gouveia Nóbrega S/Nº, Roger - João Pessoa / PB, como ferramenta de entrevista foi abordado um questionário com sete perguntas objetivas, proposto por Perracine (MORELLI, et al, 2006). Tal revisão e entrevista tiveram como objetivo identificar dados relevantes como fatores de risco, manifestações clínicas e conseqüências da instabilidade postural. Resultados e discussão O envelhecimento é conceituado como um processo dinâmico e progressivo, onde o ser humano nasce, cresce, reproduz e morre, esse ciclo trará alterações funcionais, morfológicas, bioquímicas e psicológicas, levando a perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente e principalmente redução da reserva funcional, fazendo com que aumente a vulnerabilidade e a incidência de processos patológicos que terminam por levá-lo à morte (ROMERO, 2001). A instabilidade postural é a falta de capacidade para corrigir o deslocamento do corpo, durante o movimento no espaço onde acarreta o risco de queda, no qual existem inúmeros fatores que a geram, os traumas mecânicos acabam limitando a vida por medo de cair, levando o mesmo a um ciclo vicioso de incapacidade gerando sedentarismo (FREITAS, 2006). A origem dos fatores de risco podem ser intrínsecos, extrínsecos e iatrogênicos, seguidas das intervenções oportunas e apropriadas, é fundamental na prevenção de quedas. (ROMERO, 2001). Os idosos devem ser sempre avaliados realizando comparativos com relação ao sistema sensorial, por meio de testes de visão, percepção e vestibular; sistema efetor por meio de testes de força, amplitude de – 122 –


movimento e flexibilidade, resistência; como também é essencial uma avaliação ambiental (FARIA 2003). É proposto um questionário que possibilita obter quantidade significativa de informações relativas à queda do idoso, onde é possível determinar a história precisa do evento e, assim, adotar medidas terapêuticas (MORELLI, et al, 2006). Esse mesmo questionário foi aplicado com as idosas na qual entrevistamos, onde observamos as causas, fatores desencadeantes e o ônus de seqüelas que ficou na vida de cada uma delas. Quantas vezes o Sr.(a) caiu no último ano? Houve alguma conseqüência, como fratura, luxação, ou escoriação, contusão, corte? Houve necessidade de procurar um médico, serviço de emergência em algum hospital? O Sr.(a) restringiu suas atividades habituais por causa da queda? A queda aconteceu de dia ou de noite? Como a queda ocorreu?Desequilibrou-se, sentiu-se fraco subitamente, sentiu-se tonto? Em que lugar aconteceu a queda? Houve perda de consciência? O que ficou na vida sua vida em conseqüência dessa queda? Conforme respostas das idosas entrevistadas observou que no ano anterior sofreram duas quedas por conta de fraqueza e redução da força muscular, onde deixou seqüelas irreversíveis na vida de cada uma delas, pois hoje sentem restrições em suas atividades diárias e medo de caminhar só. Com os resultados é possível traçar planos de cuidados e alcançar as metas para manutenção da vida. Diagnosticando a instabilidade postural, significa a presença de alto risco de quedas, e esse diagnóstico deve ser feito nas seguintes situações: História de duas ou mais quedas no último ano; teste de levantar e andar 3 metros com duração igual ou superior a 20 segundos, observando alterações qualitativas da marcha (FARIA, 2003). Diante da coleta de dados na consulta de enfermagem, é possível traçar medidas diagnósticas preventivas, de recuperação (caso esteja com as conseqüências da queda) e manutenção da instabilidade postural do idoso.

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Figura 1: Diagnósticos de enfermagem para pacientes com risco e conseqüências de quedas conforme NANDA-I (2013). João Pessoa- PB, 2014. Domínio Diagnósticos de Enfermagem (NANDA-I) (NANDA-I) Percepção/cognição Conhecimento deficiente Atividade/repouso Mobilidade física prejudicada Segurança/proteção Risco de quedas Fonte: NANDA-I (2013) É possível observar e admitir que o número de idosos tenha crescido de forma significativa, o envelhecimento é um processo dinâmico sendo ele de forma senescente ou senil, ambos merecem destaques, pois trarão conseqüências a vida das pessoas, e o enfermeiro deve está preparado com embasamento científico para lidar com todas as situações, e elaborar estratégias para condições melhores de vida desses pacientes. Com essa pesquisa, espera-se contribuir de forma significativa para o conhecimento acadêmico de enfermagem no tocante ao envelhecimento, instabilidade postural do idoso, as quedas, fatores de risco, prevenção e conseqüências. Referências BRASIL. Ministério da saúde. Departamento de informática do SUS. DATASUS. 2009. Disponível em: < http:// www.datasus.gov.br>. Acesso em: 17 de abril de 2014. FARIA, J.C. et al. Importância do treinamento de força na reabilitação da função muscular, equilíbrio e mobilidade de idosos. Acta Fisiátrica, n.3, p. 133137, 2003. FREITAS, E.V.; MIRANDA, R.D. Parâmetros clínicos do envelhecimento Tratado de Geriatria e Gerontologia. 2ª ed. Rio de Janeiro: Koogan, 2006.cap. 93, p.900 GIL, ANTONIO CARLOS. Como elaborar projetos de pesquisa. 4° Ed.São Paulo: Atlas, 2002. GUCCIONE, AA. Fisioterapia Geriátrica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

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GUSTAFSON A. S; NOAKSSON, ACG. et al. In balance performance physically 73-80. Scandinavian Journal Rehabilitation Medical. 2000; 32: 168-172. MORELLI, J.G.S.; REBELATTO, J.R.; BORGES, C.F: Geriátria – A prática da assistência ao idoso. 2ª ed. Barueri, São Paulo: Manole, 2007. cap. 5, p. 167. PAULA, J. A. M.; TAVARES, M. C. G. C.; DIOGO, M. J. D. Avaliação funcional. Gerontologia. V. 6, n. 2, p. 81- 88,1998. ROMERO, CA; Gil, CL; LEGENDE, IM e SANTIAGO, AL. Atividades Preventivas em Idosos. Atenção Primária. 2001; 28: 161-190. SILVESTRE, J. A. et al. O envelhecimento populacional brasileiro e o setor saúde. Arquivos de geriatria e gerontologia. P. 81-89, 1996. YUASO DR, SGUIZZATTO GT. Fisioterapia em pacientes idosos. In: Netto MP. Gerontologia: a velhice e o envelhecimento em visão globalizada. São Paulo: Atheneu; 1999.

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Lúpus Eritematoso Sistêmico: Aspectos Clínicos Evidenciados na Literatura com Enfoque na Enfermagem Arthur Lucena Silva¹ Fabiana Maciel Madureira Marques¹ Marcos Iuri Arnaud¹ Vital Garibaldi Andrade da Silva¹ Winne Fernandes de Oliveira¹ 1

Discentes da graduação de Enfermagem da Faculdade Santa Emília de Rodat. E-mail: arthur.samu@hotmail.com; fabianasmaciel@hotmail.com; yuriarnaud.surf23@gmail.com; vital.garibaldi@hotmail.com; winne_fernandes@hotmail.com

Palavras-chave: Inflamação crônica, Autoimune, Genética, Anticorpos.

Introdução O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença inflamatória crônica, multissistêmica, de causa desconhecida e de natureza autoimune, caracterizada pela presença de diversos auto-anticorpos. Evolui com manifestações clínicas polimórficas, com períodos de exacerbações e remissões (FREIRE, 2014). Essa patologia é rara e acomete frequentemente mulheres de idade entre 15 e 65 anos, numa proporção de nove a dez mulheres para cada homem afetado, independentemente da raça (XAVIER; ZANOTTI; RIBEIRO, 2013). De etiologia não esclarecida, o desenvolvimento da doença está ligado à predisposição genética e aos fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos. É uma doença rara, incidindo mais frequentemente em mulheres jovens, ou seja, na fase reprodutiva, numa proporção de nove a dez mulheres para um homem (SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2006). São conhecidos dois tipos principais de Lúpus: o cutâneo, que apresenta apenas manchas na pele, geralmente em forma de borboleta no rosto, e nas partes mais expostas. E o sistêmico, que atinge tecidos internos do corpo (NETTINA, 2011). O estudo tem como objetivo identificar na literatura os aspectos clínicos do Lúpus Eritematoso Sistêmico com enfoque na enfermagem. Metodologia Trata-se de revisão da literatura, cujas informações foram coletadas na base de dados do Scielo e materiais bibliográficos da Biblioteca João Paulo II da Faculdade Santa Emília de Rodat, utilizando como palavra-chave “Lúpus Eritematoso Sistêmico”. Foram adotados – 126 –


como critérios de inclusão para pesquisa na base de dados: artigos indexados, em português, publicados nos últimos 10 anos. Para análise e discussão dos dados, após triagem por título e resumos, considerando os objetivos do estudo e relevância para a área, foram selecionados quatro artigos. Estes foram lidos na íntegra e analisados criticamente. Resultados e discussão Apesar do Lúpus não ter suas causas conhecidas, sabe-se que fatores genéticos, ambientais e hormonais contribuem para o desenvolvimento da patologia, portanto pessoas que já tenham predisposição para a doença devem evitar os outros fatores de risco que possam levar a desenvolvê-la (NETTINA, 2011). Entre as primeiras manifestações destaca-se como queixas constitucionais, as quais são comumente observadas no período de atividade da doença, como febre, emagrecimento, fraqueza, perda de apetite e desânimo. Entre as específicas, a depender do órgão, estão a artrite, serosites, lesões mucosas, lesões cutâneas, comprometimento renal, neurológico, pulmonar, cardíaco e hematológico, vasculite e outras (XAVIER; ZANOTTI; RIBEIRO, 2013). O lúpus caracteriza-se por ser de difícil diagnóstico, seja devido ao polimorfismo das manifestações clínicas da doença seja pela ausência de signo patognomônico e falta de exame laboratorial específico. Porém, alguns conjuntos de fatores levam as características de diagnósticos do Lúpus, tais como: úlceras na boca, lesão nas regiões laterais do nariz, fotossensibilidade e dor articular (XAVIER; ZANOTTI; RIBEIRO, 2013). Por ser uma doença do sistema imunológico, o lúpus se caracteriza pela produção de vários autoanticorpos patogênicos e imunocomplexos. Estes autoanticorpos reagem com proteínas do organismo, causando inflamações em diversos órgãos e sistemas (XAVIER; ZANOTTI; RIBEIRO, 2013). O tratamento medicamentoso deve ser individualizado para cada paciente e dependerá dos órgãos ou sistemas acometidos, e da gravidade destes acometimentos. Quando houver manifestação que não responda a uma droga, pode ser necessário fazer uso concomitante de diversos medicamentos, principalmente nos casos comprometimento de múltiplo. O tratamento age na modulação do sistema imunológico e se constitui a base de corticóides, antimaláricos e os imunossupressores (SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2006). O atendimento multiprofissional nos casos de lúpus se justifica pelos aspectos abarcados no tratamento desse tipo de doença autoimune. No tratamento não-medicamentoso, o profissional de enfermagem, tendo com base a Teoria do auto-cuidado, deve promover a qualidade de vida deste paciente. – 127 –


De acordo com Reis, Loureiro e Silva, (2007) compete ao Enfermeiro, como educador em saúde, orientar sobre a doença e seu tratamento, atividade física e repouso, proteção contra a luz solar, alimentação balanceada, acompanhamento ginecológico e de planejamento familiar, controle da hipertensão, prevenção de infecção e de complicações, formas de amenizar sinais e sintomas que comprometem a auto-imagem e auto-estima, além de oferecer apoio psicológico e social ao paciente. A aplicação do Processo de Enfermagem utilizado como estratégia metodológica para assistir o paciente é de grande importância. Compete ao Enfermeiro prestar assistência sistematizada levando dessa forma, segurança e qualidade na assistência prestada, a fim de atender as necessidades individuais do paciente, família e comunidade, além de abranger aspectos emocionais, sociais e espirituais do indivíduo. Referências FREIRE, Beatriz Funayama Alvarenga et al . Lupus eritematoso sistêmico: novo fator de risco para aterosclerose? Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 87, n. 3, Sept. 2006 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066782X2006001600012&lng=en&nrm=iso>.accesson 30 Apr. 2014. http://dx. doi.org/10.1590/S0066-782X2006001600012. NETTINA, S. M. Prática de Enfermagem. Vol.2. Editora: Guanabara. Rio De Janeiro, 2011 REIS, M. G.; LOUREIRO, M. D. R.; SILVA, M. G. Aplicação da metodologia da assistência a pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico em pulsoterapia: uma experiência docente. Rev. bras. enferm., Brasília, v. 60, n. 2, Apr. 2007. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S00347167200700 0200020&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 29 Apr. 2014. SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. Lúpus eritematoso sistêmico: acometimento cutâneo/articular. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 52, n. 6, Dec. 2006. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010442302006000600012&lng=en&nrm=iso. Acesso em 28 Apr. 2014. XAVIER, H. V; ZANOTTI, S. V.; RIBEIRO, M. A. T. Concepções atribuídas por mulheres ao processo de adoecimento por Lúpus. Psicol. estud., Maringá , v. 18, n. 2, June 2013 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141373722013000200004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 28 Apr. 2014. – 128 –


Neurofibromatose Múltipla Isleyne Rodrigues de Almeida¹; Laís Antunes do Vale¹; Raquel Limongi de Sousa Morais¹; Cecilia Daniele Bezerra Oliveira²; Clenia Maria Pereira Batista³. 1

Discentes do curso de graduação em Enfermagem da Faculdade Santa Emília de Rodat/UNIESP, e-mail: isleyne_jl@hotmail.com; laaaisdovale@hotmail.com; raquel_limonge@hotmail.com 2 Docente da Universidade Federal de Campina Grande/UFCG, e-mail: cecilia.dani@hotmail.com 3Docente da Faculdade Santa Emilia de Rodat/UNIESP, e-mail: clenia.batista@outlook.com

Palavras-chave: Incidência, Tumor, Benigno.

Introdução A neurofibromatose (NF) é uma denominação genérica para três doenças de origem genética autossômica dominante: neurofibromatose tipo 1 (NF1), neurofibromatose tipo 2 (NF2) e Schwannomatose. É uma doença de transmissão dominante, com penetrância e expressão variável, sendo a taxa de mutação bastante elevada. A NF1 é a doença humana mais frequente causada pelo defeito em um único gene. (HUSON; HARPERR; COMPSTON, 1998; CARVALHO, 1996). A primeira publicação de um caso confirmado de NF1 ocorreu em 1768, com a descrição de um paciente com neurofibromas cutâneos e que teria herdado a condição de seu pai. Em 1882, o médico Von Recklinghausen descreveu a patologia de maneira praticamente completa, confirmando a origem nervosa dos tumores e, até hoje, a doença ainda é reconhecida com o seu nome. A NF1 era também reconhecida como doença do "homem elefante", um erro histórico, desde que foi comprovado que o "homem elefante" era portador da Síndrome de Proteus (ARKENSID, 1768; KORF; RUBESEIN, 2005). A complexidade da referida patologia e a problemática aborda a necessidade de esclarecer: quais as informações abordadas na literatura sobre a neurofibromatose e quais os meios de se diagnosticar esta patologia; enfim, quais os aspectos relevantes apontados pela literatura na neurofibromatose? Justifica-se esse trabalho pela observação da escassez de publicação acerca dessa patologia e o desejo de colaborar com a produção científica sobre a neurofibromatose. Assim este estudo tem como objetivo elaborar um referencial teórico que sirva de subsídio para melhor conhecimento acerca da doença. – 129 –


Metodologia Trata-se de um estudo bibliográfico, em forma de pesquisa documental que segundo Gil (2002) é desenvolvido com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Segundo Prestes (2003), a pesquisa bibliográfica é aquela que se efetiva tentando-se resolver um problema ou adquirir conhecimentos a partir do emprego predominante de informações provenientes de material gráfico, sonoro ou informativo. Já para Fachin (2003), diz respeito ao conjunto de conhecimentos humanos reunidos nas obras, tendo como finalidade conduzir o leitor a determinado assunto, proporcionando produção, armazenamento, utilização e comunicação das informações coletadas para o desempenho da pesquisa. O estudo foi realizado nas bibliotecas das universidades públicas e particulares de João Pessoa, sendo prioritário o acervo da Faculdade Santa Emília de Rodat (FASER), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), como também artigos científicos disponíveis na internet. Resultados e discussão A NF1, também chamada de neurofibromatose periférica ou Doença de Von Recklinghausen, caracteriza-se como uma doença autossômica dominante (AD) com alto grau de variabilidade da expressão clínica (KORDIC et al., 2005). A NF1 é caracterizada por mutações herdadas ou novas no cromossomo 17, as quais resultam em disfunção de uma proteína supressora de tumores denominada neurofibromina, as principais características clínicas da NF1 são as manchas café-com-leite (MCL), os neurofibromas dérmicos e plexiformes, as falsas efélides axilares e/ou inguinais e os nódulos de Lisch. Contudo trata-se de uma patologia multissistêmica com possibilidade de comprometimento oftalmológico, osteomuscular, cardiovascular, endócrino, do sistema nervoso central e periférico e da aprendizagem (SOUZA et al., 2009;). Fazem parte da doença manchas cutâneas pigmentadas, isoladas ou disseminadas, devidas a hiperpigmentação melânica da camada basal da epiderme, tumores pediculados e nódulos subcutâneos, em geral pequenos, mas às vezes de grandes dimensões (BRASILEIRO FILHO et al.,1994). Já a NF2 e a Schwannomatose resulta de mutações no cromossomo 22, levando à disfunção de outra proteína, a melina, a qual também é supressora de tumores, provocando o crescimento de tumores múltiplos no sistema nervoso que causam desequilíbrio e perda auditiva, e aparecem tipicamente no início da vida adulta (BRASILEIRO FILHO et al., 1994). – 130 –


A NF1 afeta 100.000 pessoas nos Estados Unidos, 80.000 no Brasil e 1,5 milhão no mundo. É relativamente comum, com uma incidência de 1:3.000. Entretanto, raramente apresenta-se na infância (BRASILEIRO FILHO et al., 1994). A NF1 é herdada de um dos pais em cerca de 50% dos casos. Os demais pacientes não apresentam história familiar de NF1 sugerindo alta incidência de novas mutações (BRASILEIRO FILHO et al., 1994). Ela acomete igualmente ambos os sexos e é herdada de forma autossômica dominante com penetrância completa (BARKER et al., 1987). O diagnóstico da NF1 tem como base no achado de, pelo menos, dois critérios de acordo com o National Institute of Health (NIH) dos EUA: seis ou mais manchas café-com-leite, maiores que 0,5 cm de diâmetro no pré-púbere, e maior que 1,5 cm de diâmetro no pós-púbere; dois ou mais neurofibromas de qualquer tipo ou 1 neurofibroma plexiforme; efélides em áreas de dobras (regiões axilares e inguinais); displasia da asa do esfenóide ou afilamento da cortical dos ossos longos, com ou sem pseudoartrose; dois ou mais nódulos de Lisch (hamartomas benignos da íris); presença de glioma no nervo óptico e parente de primeiro grau (pai, irmão ou filho) com diagnóstico de NF1 (NIH et al., 1988). A NF2 se manifesta normalmente na fase de jovem adulto (entre 20 e 30 anos). Portadores de NF2 costumam apresentar tumores benignos no nervo auditivo (neurinomas do acústico) podendo levar a surdez por compressão. Outros tumores benignos também podem se desenvolver no sistema nervoso central (ASSOCIAÇÃO DA NEUROFIBROMATOSE, 2008). O diagnóstico da NF2 é definitivo quando existir um schwannoma vestibular bilateral, o qual pode ser constatado por meio de técnicas apropriadas de imagem (tomografia computadorizada e ressonância magnética); é provável quando existir um parente em primeiro grau com NF2 ou quando o afetado possuir uma massa tumoral unilateral no oitavo par craniano ou duas das seguintes manifestações: neurofibroma, glioma, meningioma, schwannoma ou catarata precoce. Os critérios acima, da mesma maneira que os usados para diagnóstico da NF1, foram elaborados pelo NIH dos Estados Unidos em 1991 (ASSOCIAÇÃO DE NEUROFIBROMATOSE, 2008). O tratamento consiste no desgaste local ou na ressecção segmentar. Atualmente tanto a NF1 quanto a NF2 não tem cura. As pessoas com neurofibromatose precisam realizar cirurgias quando tem problemas com algum tipo de tumor. Testes de sangue podem comprovar a presença de NF2, através deles é possível identificar a alteração genética de um indivíduo, após esta identificação (caso o indivíduo deseje ter um filho) é possível a realização de testes pré natais que podem ser feitos com aproximadamente 10 semanas de gestação e são capazes de identificar se o bebê é portador de NF2 (NEURINOMA, 2001). – 131 –


Não existe terapia específica para a neurofibromatose. Portanto, o tratamento é frequentemente direcionado para a prevenção ou o tratamento de suas complicações. As lesões cutâneas podem ser excisadas cirurgicamente, mas seu grande número usual exclui qualquer tentativa cirúrgica além das superfícies expostas, como a face, por motivos estéticos, ou cirurgias de lesões que afetam a função do aparelho estomatognático (SILVA, et al., 2001). Portanto a realização do presente estudo proporciona uma maior interação com a complexa problemática que envolve a vivência dos portadores de uma doença autossômica e degenerativa como a neurofibromatose, proporcionando conhecer e aprender suas necessidades e limitações, que interferem de diferentes formas no seu estilo de vida. Foi observado que a maioria dos pacientes sofre o impacto diante do diagnóstico da neurofibromatose devido á falta de informação, de conhecimento sobre o assunto abordado. Contudo, fica evidente a importância de profissionais informados e atualizados no assunto sobre esta patologia para que os mesmos possam manter os pacientes e familiares informados sobre as causas, diagnósticos e formas de tratamento desta determinada patologia, assim como sua evolução. Sendo assim, diante do exposto, espera-se que este estudo possa subsidiar novas pesquisas sobre a temática, dando suporte a novas estratégias eficazes em prol dos pacientes. Referências ARKENSIDE, M. Observation on cancer. Trans Med Soc Lond. 1768;1:64-92. ASSOCIAÇÃO DA NEUROFIBROMATOSE. <www.nf.org.br> . Acesso em 20/11/2013.

2008.

Disponível

em:

BARKER D, WRIGHT E, NGUYEN K, CANNON L, FAIN P, GOLDGAR D. Gene for von Recklinghausen neurofibromatosis is in the pericentromeric region of chromossome 17. Science. 1987; 236(4805):1100-2. BRASILEIRO FILHO, G.; PITTELLA, J.E.H.; PEREIRA, F.E.L.; BAMBIRRA, E.A.; BARBOSA, A.J.A. Bogliolo Patologia. 5.ed.. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1994. CARVALHO, E.S.; CARVALHO, W.B. Terapêutica e Prática Pediátrica. São Paulo; Atheneu, 1996. FACHIN, O. Fundamentos da metodologia, 4ª ed. São Paulo; Saraiva, 2003. – 132 –


GIL, A.C. Como Elaborar Projetos de Pesquisas. 4ª ed. São Paulo: Atlhas, 2002. HUSON, S.M.; HARPER, P.S.; COMPSTON, D.A. Von Recklinghausen neurofibromatosis: a clinical and population study in south-east Wales. Brain. 1998;111:1355-8. KORDIC, R.; SABOL, Z.; CEROSVICK, B.; KATUSI, D.; JUKIC,T. Eye disorders in neurofibromatosis (NF1). CollAntropol. 2005; 29 Suppl 1:29-31. KORF, B.R.; RUBESTEIN, A.E. Neurofibromatosis: a handbook for patients, families and health care professionals. 2nd ed. New York (NY): Thieme Medical Publishier; 2005. NATIONAL INSTITUTE OF HEALTH (NIH). Consensus Development Conference Neurofibromatosis. Arch Neurol. 1988;45:575-8. NEURINOMA. Disponível em: <www.neurinoma.com.br>. Acessodo em 23/12/2013. PRESTES, M.L.M. A Pesquisa e a Construção do Conhecimento Científico do Planejamento aos textos, da escola à academia, 2ª ed. São Paulo: Rêspel, 2003. SOUZA, J.F.; TOLEDO, L.L.; FERREIRA, M.C.M.; RODRIGUES, L.O.C.; REZENDE, N.A. Neurofibromatose tipo 1: Revista de Associação Médica Brasileira. 2009. SILVA, F. M.; PORTOLAN, F. B. A. M.; LEMES, R. S. Vol 13. Neurofibromatose Múltipla. 2001.

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Neuromielite Óptica: uma Abordagem Literária Antônio Yuri Oliveira Pereira¹; Juliana Oliveira da Silva¹; Jussara Aires Vilar¹; Karla Angelina Silva de Souza¹; Ana Flávia Gomes de Britto Neves². 1 Discentes de Enfermagem FASER (anttonioyuri@gmail.com; juliana.vitoria19@gmail.com; jussaravilar@gmail.com; stephanny_karla@hotmail.com; 2 Enfermeira. Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Ciências da Nutrição da Universidade Federal da Paraíba. Docente da Faculdade Santa Emília de Rodat (anabritto_ufpb@hotmail.com).

Palavra-chave: Desmielinizantes. Aquaporina4. Medula espinhal.

Introdução A neuromielite óptica (NMO) ou Síndrome de Devic, é uma doença crônica, inflamatória e desmielinizante que acomete o sistema nervoso central com predileção para lesar a medula espinhal e o nervo óptico (SILVA, 2013). Atualmente, é diagnosticada como uma doença própria, deixando de ser considerado subtipo de esclerose múltipla (EM) (SILVA, 2013). Síndrome rara com etiologia ainda incerta, a literatura refere envolvimento de um mecanismo imunológico de dano tecidual. A NMO afeta pessoas de qualquer idade, embora seja mais comum em adultos de meia idade. As mulheres são mais susceptíveis à doença que os homens na proporção 8:1 (SATO; FUJIHARA, 2011). O estudo tem por objetivo realizar uma revisão atualizada da literatura acerca da neuromielite óptica. A ampliação e a complementação de conhecimentos acerca da temática abordada visam contribuir para o aprimoramento estudantil e melhoria da Assistência de Enfermagem à pacientes com síndromes raras, de acordo com os princípios elaborados para tal fim, onde se faça presente o uso da sabedoria referente a um bom aproveitamento do mesmo. Metodologia Trata-se de um estudo bibliográfico, realizado no acervo da biblioteca João Paulo II da Faculdade Santa Emília de Rodat – FASER. Como também em revistas e sites de credibilidade referente ao conteúdo abordado, no período de 04 de fevereiro a 28 de abril de 2014. Por fim, o material foi lido e analisado criticamente para discussão e elaboração desta revisão. – 134 –


Resultados e discussão A neuromielite óptica (NMO), que por muitas décadas foi considerada uma variante da esclerose múltipla (EM), é uma doença inflamatória auto-imune que afeta o sistema nervoso central (SNC), associada a um aumento significativo de incapacidade neurológica. Caracteriza-se por neurite óptica bilateral recorrente e mielite transversa, que ocorre concomitantemente ou não (BICHUETTI et al, 2013). Segundo o autor supracitado, sua etiologia ainda é incerta, No entanto, acredita-se que exista o envolvimento de um mecanismo imunológico de dano tecidual. Por ser uma doença autoimune ou de autoagressão o organismo produz proteínas chamadas de anticorpos que atacam componentes do seu próprio tecido. As aquaporinas atacam uma proteína que transporta água no sistema nervoso (SATO; FUJIHARA, 2011). Alguns estudos evidenciam a presença de anticorpos anti-Epstein Barr em pacientes portadores da NMO e possível associação com tuberculose (SILVA, 2013). Outros associam esta moléstia com a esclerose múltipla ou com encefalomielite aguda disseminada (BICHUETTI et al, 2013). O processo de desmielinização é secundário e pode estar ligado a diferentes fatores. Afeta mais comumente a população asiática, africana e sul-americana, com incidência inferior a 1% na população caucasiana. Sua proporção é de três a cinco vezes mais elevada no sexo feminino, iniciando-se, em média, aos 40 anos de idade (SATO; FUJIHARA, 2011). Os sintomas da neuromielite óptica incluem perda marcante da visão, alterações de sensibilidade, fraqueza muscular, espasticidade, náuseas, vômitos, hipersonia, incoordenação, ataxia, incontinência urinária, fecal e disfunções autonômicas em partes do tronco e membros supridos por nervos que saem da espinha abaixo da lesão espinha. A doença leva a perda de mielina, que é uma substância protetora que rodeia as fibras nervosas e ajuda a mover os sinais nervosos de uma célula para a outra, também pode danificar as fibras nervosas, por razões que ainda não são claras, células do sistema imunológicos e os anticorpos atacam e destroem as células de mielina nos nervos ópticos e da medula espinhal (SATO; FUJIHARA, 2011). O tratamento da neuromielite óptica está em fase experimental, por conta do pequeno número de casos reconhecidos. Ainda não foi possível haver um ensaio clínico que permita a liberação de drogas especificamente para esta condição. Inicialmente foram liberados os mesmos medicamentos utilizados para a esclerose múltipla, ambas as doenças são inflamatórias, ambas as doenças são desmielinizantes, mas como o substrato imunológico de ambas é diverso, verificou-se que a resposta era diferente, passou-se então a utilizar na neuromielite óptica, alguns medicamentos que vem sendo utilizados para outras patologias imunológicas sistêmicas e até para pacientes com neoplasias. Atualmente – 135 –


o tratamento da NMO é dividido em duas fases: a primeira fase é a do surto, do acometimento agudo que é muito mais grave habitualmente do que ocorre com pacientes de esclerose múltipla (SILVA, 2013). Na fase aguda dos surtos, os pacientes em geral perdem a acuidade visual uni ou bilateral e quando a medula é acometida, tornam-se paraplégicos ou tetraplégicos, necessitando em alguns casos internação para controle respiratório, pois muitas vezes a respiração é afetada. Os surtos precisam ser energicamente tratados imediatamente com potentes substâncias anti-inflamatórias. A pulsoterapia é uma forma de administração de medicamentos por via intra-venosa em grandes quantidades e o medicamento a ser usado é o metilprednisolona que é um tipo de corticoterapia muito eficaz e com pequenos efeitos colaterais. Este fármaco deve ser administrado por vários dias, depois com intervalos, acompanhando sempre a evolução do caso. Sendo essa medida insuficiente, a segunda opção seria a plasmaférese, que é uma intervenção na qual se faz a retirada do sangue do paciente para ser filtrado como em uma diálise. Parte das substâncias que estão causando a inflamação e até mesmo os anticorpos são filtrados, com isso se consegue reduzir a atividade inflamatória e, indiretamente, se obter uma melhora clínica do paciente. A terceira opção de tratamento é a imoglobulina humana em altas dosagens. Geralmente consegue-se tirar o paciente da crise, mas as sequelas são graves e a mais frequente é a visual. Referências BICHUETTI, Denis Bernardi et al. Patients with neuromyelitis optica have a more severe disease than patients with relapsingremitting multiple sclerosis, including higher risk of dying of a demyelinating disease. Arq. Neuro-Psiquiatr. [online]. 2013, vol.71, n.5, pp. 275-279. ISSN 0004-282X. http://dx.doi.org/10.1590/0004-282X20130020. SATO, D. FUJIHARA, K. Atypical presentations of neuromyelitis optica. Arq. Neuro-Psiquiatr. 2011, vol. 69, n.5, pp. 824-828. ISSN 0004282X. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2011000600019. SILVA et. Al.; Doença de Devic: relato de caso; Disponível no site: < http://www.scielo.br/pdf/jped/v77n6/v77n6a17.pdf>. Acesso em: 23.04.2014. SILVA. F. V. G.; Espectro da neuromielite óptica: estudo clínico, imunológico e de neuroimagem; <Disponível no site: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000908137>. Acesso em: 23.04.2014. – 136 –


O Enfermeiro como parte Integrante na Elaboração da Estrutura Física na Unidade de Terapia Intensiva Joseane Flor dos Santos1; Maria das Graças da L. Albuqerque1; Genicleide Pontes de Lima1; João Batista Rodrigues Albuquerque 2 1

Discente de graduação da Faculdade Santa Emília de Rodat e-mail: josyflorzinha@hotmail.com graceeluz@hotmail.com; cleide.29@hotmail.com; 2 Docente da Faculdade Santa Emíliade Rodat, e-mail: jbrodrigoll@hotmail.com

Palavras-chave: RDC 50, Regulamento, Projeto físico.

Introdução É um grande desafio frente à crise política e econômica que se instalou no Brasil e principalmente no setor da saúde ter uma gestão de serviços eficazes, onde diante de tal crise, os gerentes das unidades de saúde deparam-se, com um desafio ainda maior, necessitando articular-se com os demais segmentos da sociedade a fim de obter a utilização racional e eficiente dos recursos que dispõe para melhorias de funcionamento, pois a vida de um paciente depende não apenas de diagnósticos, exames médicos e cuidados de enfermagem, mas da qualidade e disponibilidade de diversos fatores, como a estrutura física e os recursos materiais, humanos e financeiros voltados para assistência de saúde (SANTOS, 1992). Os estabelecimentos assistenciais de saúde devem ter seus espaços para atender às necessidades dos pacientes, considerando, por exemplo, as diferenças de faixa etária para o qual prestam assistência, decorrente desse fato, o gerente defronta-se com crescentes dificuldades no desenvolvimento da prática da equipe de saúde pela utilização de procedimentos e tratamentos complexos, que exigem uma estrutura física adequada, e materiais cada vez mais modernos, pois os níveis de complexidade tecnológica refletem a natureza das tarefas a serem executadas, onde a estrutura física vai ter influências no âmbito de prevenção secundária e terciária, todos os aspectos físicos devem ser levados em consideração, desde a mais simples divisória do Box do paciente a instalações elétricas, sistemas de gás e piso (DODSON, 1999). O objetivo dessa pesquisa foi explorar a RDC 50, deixando claros os aspectos legais nela contida, enriquecendo ainda mais o conhecimento do Enfermeiro e da sua participação nesse projeto de estrutura física.

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Metodologia Trata-se de um estudo na abordagem literária com caráter descritivo e qualitativo, realizado no mês de abril de 2014 em fontes seguras como Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Lilacs e Bireme. A pesquisa foi realizada identificando os aspectos legais, com embasamento científico para planejamento, organização, reforma e construção de estrutura física em unidade de terapia intensiva (UTI). Buscando um melhor entendimento, com os dados obtidos foi elaborada uma estrutura física em forma de maquete de uma UTI adulto, composta por cinco leitos e um isolamento toda projetada conforme RDC 50 e RDC 26 onde oferece todo respaldo dos recursos físicos, humanos e materiais. Resultados e discussão A Unidade de Terapia Intensiva é destinada ao acolhimento de pacientes em estado grave com chances de sobrevida, que requerem monitoramento constante e cuidados muito mais complexos que o de outros pacientes. Projetar uma UTI ou modificar uma unidade existente exige conhecimento das normas, dos agentes reguladores e experiência dos profissionais de terapia intensiva, que estão familiarizados com as necessidades específicas da população de pacientes, frente a esses aspectos é preciso revisões periódicas, para atualização de conhecimentos, e acompanhamento evolutivo da terapia intensiva (WEDEL et al, 1995) . A RDC 50 de 21 de fevereiro de 2002 dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, é preconizada em unidades funcionais. A RDC 50 trás a diferenciação do espaço do adulto do espaço da criança, como por exemplo, na unidade de quimioterapia, na unidade de internação de tratamento intensivo de queimados, na UTI de recém-nascidos na unidade de internação geral de longa duração e sala de observação da unidade de urgência e emergência. (BRASIL, 2002a). Desse modo, um projeto físico-funcional para UTI deve contemplar todos os componentes, características e materiais a serem utilizados, definindo todos os aspectos do ambiente necessário ao desenvolvimento das atividades previstas para esta edificação, com vistas à qualidade do cuidado para pacientes e prestadores de serviços, sendo isto também, de responsabilidade dos gerentes desses serviços. O projeto deve ser abordado por uma equipe multiprofissional composto por médico, enfermeiro intensivista, arquiteto, administrador hospitalar e engenheiros (BITENCOURT, 2007). A humanização hospitalar não envolve somente as questões relacionadas à assistência por parte dos profissionais, engloba também os – 138 –


aspectos que dizem respeito à estrutura física do edifício, gerada a partir de projetos de arquitetura. (MEDEIROS, 2004). Essa humanização inclui o conforto visual, hidrotérmico, luminoso e acústico, o conforto visual é promovido pela iluminação natural, pela cor suave no ambiente, uso de relógio de paredes. O programa estrutural exigido pela RDC 50 em UTI está apresentado no quadro a seguir (BRASIL, 2002a): Quadro 01: Lista de ambientes para unidade de terapia intensiva (UTI). AMBIENTES Posto de enfermagem Sala de utensílios limpos e sujos Banheiro de paciente Sala de serviços gerais Armazenamento de equipamentos Laboratório Sala de reuniões Área de descanso dos funcionários Conforto médico Conforto de enfermagem Sala de estudos Recepção da UTI Sala de espera dos visitantes Rota de transporte dos pacientes Secretaria administrativa Todo sistemas de iluminação e gás Fonte: RDC 50 (BRASIL, 2002a) A estrutura físico-funcional nesses setores deve favorecer a manipulação segura dos equipamentos utilizados para dar suporte à vida dos pacientes, considerando as normas de operação destes, tanto em relação ao próprio paciente, quanto ao profissional de saúde, que os adota como ferramenta indispensável para o desenvolvimento de suas atividades assistenciais (MEDEIROS, 2004). Toda UTI deve ser uma área geográfica distinta dentro do hospital, sem tráfego excessivo de pessoas, pois se trata de uma área crítica tendo acesso controlado, sua localização deve ser próxima de elevador, serviço de emergência, centro cirúrgico, sala de recuperação pós-anestésica (MARTINS, 2006) Áreas semi críticas devem ter revestimento de parede, pisos e tetos adequados e resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes, as

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divisórias só podem ser utilizadas se forem, também, resistentes ao uso de desinfetantes e a lavagem com água e sabão (BRASIL, 2002a). A importância do conhecimento teórico com fundamentos em bases legais relacionado a estrutura física e funcional por parte do enfermeiro é de grande relevância, pois a partir deste é que vai favorecer as condições adequadas para toda equipe de enfermagem trabalhar em espaço físico adequado, e essa interação teórica é primordial e inerente ao enfermeiro. Acreditamos que a atuação do enfermeiro nos serviços de saúde deve contemplar, entre outros fatores: a previsão e o controle dos recursos necessários a prestação do cuidado aos pacientes sob a sua responsabilidade, capacitando os Rh para a manipulação segura e eficiente dos materiais e, sobretudo, dos equipamentos de suporte a vida; saber a adequação das instalações físicas como citadas na RDC 50, favorecendo assim a manutenção de um ambiente terapêutico, agradável e seguro para os profissionais e pacientes. Esse estudo teve o objetivo de contribuir para o conhecimento do enfermeiro no tocante a estrutura física e o porquê da participação do mesmo no planejamento, projeto, construção e mudanças na unidade de terapia intensiva. Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada, RDC nº. 50, de 21 de fevereiro de 2002a. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Parâmetros Básicos de Infra-estrutura para Instituições de Educação Infantil: Encarte 1. Brasília : MEC, SEB, 2006.31 p. BRASIL, 2002b BITENCOURT, Fábio. Ergonomia: Promovendo Conforto e Bem Estar no Ambiente de Trabalho. Rio de Janeiro, 2007. DODSON Jr., B. Facilities in clinical engineering: principles and pratices. Englewood Cliffs: Pratice Hall, 1999. MARTINS, M.L.R. O Serviço de Enfermagem: administração e organização. São Paulo: CEDAS, 2006. MEDEIROS, Luciana de. Humanização Hospitalar, ambiente físico e relações assistenciais: Dissertação de mestrado, Universidade Federal do rio Grande do Norte, 2004.

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SANTOS, S. Cálculo de pessoal de Enfermagem : estudo de dois métodos. Rev. Esc. Enfermagem USP, v. 26, n. 2, p. 137–154, ago. 1992. WEDEL, S.MD, FCCM et al. Guidelines for intensive care unit desing: American College Care Medicine, Society of Critical Care Medicine, v.23 n.3, p.582-588, 1995

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O Envelhecimento Muscular Facial e Tratamento para Combater e Retardar o Processo Verônica Barbosa da Silva1, Anna Paula De Almeida Oliveira1, Georgia Echeverria Miranda Fernandes De Medeiros 1, Alexsandro F. Marinho2 1

Discente de graduação da Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: veronicaciadabeleza@hotmail.com; 2 Docente Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: alexsandrof.marinho@gmail.com;

Palavras-chave: Músculos Faciais, Envelhecimento, Eletroterapia.

Introdução Enquanto envelhecemos muitas mudanças ocorrem em nossa pele e músculos faciais, este processo é fisiológico, natural e universal, e está intimamente relacionado às alterações que ocorrem a nível molecular, celular, tecidual e orgânico, envolvendo desgaste constante das reservas do sistema orgânico e de controle homeostático, de forma progressiva e irreversível com a idade. Estas mudanças são provocadas também por fatores externos que aceleram o processo, com destaque para a radiação solar, o uso de cigarro e álcool, alimentação inadequada, sedentarismo, entre outros. Não podemos parar o processo de envelhecimento, entretanto, é possível retardá-lo através de atitudes e cuidados diários que possibilitam chegar à terceira idade com auto-estima elevada. Nesse sentido, a área da estética tem muito a oferecer, como por exemplo os dermocosméticos, nutricosmecêuticos, e a eletroterapia. A face é o local onde o envelhecimento se apresenta mais acentuado do que as outras áreas do corpo, e é também onde encontramos uma infinidade de músculos com diferentes funções. Os músculos da face, sob esta denominação, são de caráter funcional e de aspecto puramente anatômico e sem dúvida apresentam a maior capacidade de expressão e de relação com a mastigação, fonação e piscar de olhos. Os músculos da mímica ou da expressão facial são conhecidos como dérmicos, já que são fixados no esqueleto, em apenas uma das suas extremidades, sendo que sua inserção se dá na camada profunda da pele, diferente do que ocorre com os outros músculos. As contrações desses músculos alteram a fisionomia e exteriorizam os sentimentos das pessoas, pois movimentam a área da cútis a qual são inseridos, produzindo depressões em forma de linhas e de fossas perpendiculares à – 142 –


direção das fibras dos músculos, que, com o tempo, se transformam em pregas ou rugas, associadas com a diminuição progressiva do tecido gorduroso, muscular e ósseo. As linhas de tensão fornecem a base para o enrugamento da pele. Elas ocorrem no corpo todo, mas só quando a pele perde sua elasticidade, com o avançar dos anos, é que elas formam rugas permanentes. A função dessas linhas é fornecer à pele certo grau de extensibilidade em direções correspondentes às demandas naturais da região. As principais alterações são as do tecido colágeno e elásticas. Com o envelhecimento, o tecido colágeno, componente fundamental do tecido conjuntivo, torna-se gradualmente mais rígido e há uma perda clássica da estriação longitudinal e das moléculas de água, além da diminuição da substância amorfa, resultando assim em diminuição de força e dificuldade de difusão dos nutrientes pelo aumento da rigidez tecidual. Os músculos faciais, principalmente os responsáveis pela expressão, não possuem bainhas faciais, característica dos músculos esqueléticos, e situam-se logo abaixo da pele, formando uma camada quase única. Desta forma, a contração destes, movimenta a cútis provocando depressões caracterizadas por linhas ou fossas perpendiculares à direção das fibras musculares. A diminuição do tônus nos músculos da face, em especial dos bucinadores e zigomáticos maior e menor, configura o que se denomina de flacidez facial, acarretando a face baixa resistência à tração, com aspecto de “face caída”. Durante as modificações do envelhecimento facial, os músculos dos terços médio e inferior sofrem diminuição do seu tônus gerando a flacidez muscular. Em contrapartida no terço superior a um aumento do tônus intrínseco dos músculos (frontal, corrugador, procerus e orbicular), ocasionando rigidez local, ou seja, as rugas. O objetivo deste trabalho é propor alguns artifícios que venham a combater e retardar o processo de envelhecimento muscular facial. Metodologia Para retarda e combater o processo de envelhecimento muscular facial, apresentamos quatro tratamentos distintos, com a utilização do princípio ativo DMAE, utilização do tratamento eletroterápico, Corrente Farádica, Microcorrentes e Corrente- Russa. Cosméticos O uso de cosméticos para o cuidado da pele deve ser estimulado visto que proporcionam a melhora da qualidade do tecido cutâneo. Os cosméticos são constituídos por substancias naturais ou sintéticas, como por exemplo, o DMAE. O DMAE é uma substancia precursora da acetilcolina, extraído de peixes, utilizado com a finalidade de amenizar linhas de expressões diminuindo ruga e devolvendo o tônus muscular. Ele – 143 –


estimula a liberação do neurotrasmissor acetilcolina, que por sua vez,estimula os músculos da face ocasionando o efeito tensor da pele. Microcorrentes A eletroestimulação facial tem o objetivo de proporcionar maior tonicidade à musculatura e causar um enrijecimento adequado. Pode ser realizada em conjunto com outras técnicas como o eletrolifting, ionização de ativos, além de técnicas cosmetológicas e manuais, o que auxilia na modelação da face e na atenuação das linhas de expressão. Corrente Farádica É uma corrente do tipo alternada, ou seja, que muda sua polaridade em um determinado tempo pré-estabelecido, e que realiza uma estimulação muscular por excitação nervosa. Cada estímulo provoca uma contração e em seguida há um período de repouso. Esta técnica tem por objetivo proporcionar um trabalho isométrico passivo melhorando o contorno facial e reduzindo o quadro de flacidez muscular com conseqüente melhora da circulação periférica. Corrente russa A corrente russa tem sido utilizada nos tratamentos de combate ao envelhecimento com o objetivo de prevenir a hipotonia fisiológica através da melhora da circulação e nutrição tecidual. Esses efeitos são atingidos com o aumento do metabolismo muscular, promovendo um aumento na oxigenação e liberação dos resíduos metabólicos, dilatação das arteríolas com consequente aumento da irrigação sangüínea do músculo e estimulação de maior trofismo.

Resultados e discussões A flacidez muscular que ocorre à medida que envelhecemos é devido à diminuição das substâncias químicas e precursores nutricionais dos músculos que dão a pele o tônus máximo. O sistema nervoso sofre um declínio em suas atividades de comunicação do bulbo na extremidade do nervo com o músculo em decorrência, levando a uma redução da quantidade de acetilcolina, diminuindo assim o efeito dessa substância no músculo resultando em deficiência da contração e consequentemente a flacidez muscular. Além do processo de envelhecimento existem outros fatores capazes de desencadear alterações no tônus da musculatura facial que são as alterações nas funções orofaciais e as irregularidades respiratórias e posturais. Portanto, a flacidez facial não está relacionada, exclusivamente, à perda de tônus muscular durante o processo natural de envelhecimento, e pode estar presente em crianças, jovens e adultos, e não somente nos idosos. – 144 –


Portanto, hoje uma maior conscientização na prevenção para retardar o envelhecimento e também em tratar o mesmo, porém ninguém quer envelhecer; pois todos desejam chegar à maturidade e à velhice conservando a beleza. Tem se verificado o uso constante do filtro solar apropriado para cada tipo de pele, bem como o uso de eletroterapias, dermocosmeticos entre outros recursos existentes hoje nas clínicas de estética. Porém, quaisquer destes recursos citados, devem ser aplicados por um profissional qualificado na área, pois as aplicações requerem conhecimentos específicos na área da saúde. Referencias NETO, MIGUEL FRANCISCHELLI – TRATAMENTO PARA REJUVENESCIMENTO FACIAL DA CLÍNICA NATURALE - Disponível em: http://www.naturale.med.br/texto_facial.pdf. Acesso em 25/04/2014. MADALENA, NATÁLIA NOLDIN, et al – ALTERAÇÕE DECORRENTES DO ENVELHECIMNTO FACIAL TRÊS DIMENSÕES Disponível em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Natalia%20Madalena,%20Regiane%20Wichoski.pdf. Acesso em 25/04/2014. PINTO, LINDALVA LIMA DE OLIVERA, MEJIA, DAYANA PRISCILA MAIA – ENVELHCIMENTO CUTÂNEO FACIAL: RADIOFREQUÊNCIA, CARBOXITERAPIA, CORRENTE DE MÉDIA FREQUÊNCIA, COMO RECURSOS ELETROTERAPÊUTICOS EM FISIOTERAPIA DERMTO-FUNCIONAL NAREABILITAÇÃO DA PELE – RESUMO DA LITERATURA - Disponível em: http://www.portalbiocursos.com.br/artigos/dermfuncional/18.pdf. Acesso em 25/04/2014. PEREIRA, JULIANA SILVA VIDAL – ESTÉTICA FACIAL E ESTÉTICA CORPORAL Disponível em: http://lms.ead1.com.br/webfolio/Mod4141/estetica_facial_e_estetica_corporal.pdf. Acesso em 26/04/2014. MEDINA, GRACIELI, et al – FOTOENVELHECIMENTO: CUIDADOS COM O COLO E MÃOS Disponível em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Gracieli%20Medina%20e%20Maiara%20Bez.pdf. Acesso em 26/04/2014. LIMA, DELÉZIA, et al - UTILIZAÇÃO DO DIMETILAMINOTNOL (DMAE) NO ENVELHECIMNTO CUTÂNEO Disponível em: http://www.bellebonelli.com.br/cursos/biblioteca/UtilizacaodoDimetilaminoetanolNo EnvelhecimentoCutaneo.pdf. Acesso em 26/04/2014. Mello, Fernanda de Souza et al – A FISIOTERAPIA DERMATO-FUNCIONAL NA PREVENÇÃO E NO TRATAMENTO DO ENVELHECIMENTO FACIAL Disponível em: http://www.sogab.com.br/eletroesteticafacial.pdf. Acesso em 26/04/2014. – 145 –


O Prognóstico da Miocardiopatia Dilatada e Insipiência Cardíaca Isquêmica no Transplante Cardíaco Júlia Vitorino Jales¹, Iasmym Pontes de Araújo Barbosa¹, Andrea Maria Rolim¹, Renato Guedes Pinto² 1-

Discente de Graduação, Faculdade Santa Emília vitorino_jales@hotmail.com; iasmympontesbio@gmail.com; 2Docentes, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: renatoguedespinto@hotmail.com.

de

Rodat,

e-mail:

andreapaz@gmail.com;

Palavras Chave: Transplante cardíaco, Histopatologia, Complicações.

Introdução O transplante de aloenxertos cardíacos atualmente é realizado com freqüência de aproximadamente 3.000 por ano no mundo todo, sendo as causas mais comuns a miocardiopatia dilatada e a insuficiência cardíaca isquêmica1. No Brasil, o primeiro transplante cardíaco humano foi realizado em São Paulo no ano de 1967 1 e nos últimos anos teve um aumento do número de pacientes transplantados, sendo o Ceará o estado que mais realizou transplantes cardíacos por milhão de população2. Três fatores principais contribuíram para a melhora do prognóstico do transplante cardíaco: (1) terapia imunossupresora mais eficaz, (2) seleção cuidadosa dos candidatos e (3) diagnóstico histopatológico precoce da rejeição aguda do aloenxerto por meio da biópsia endomiocárdica¹. A biópsia endomiocárdica é o único meio confiável de diagnosticar a rejeição cardíaca aguda antes que ocorra um dano miocárdico e numa fase ainda reversível na maioria dos casos1. O transplante cardíaco é uma cirurgia na qual um doente com um problema do coração potencialmente fatal recebe um novo coração saudável de uma pessoa que morreu, podendo levar um paciente terminal com expectativa de vida em meses em um cidadão produtivo da sociedade e assintomático3. Este estudo teve por objetivo apresentar a miocardiopatia dilatada e insuficiência cardíaca isquêmica como principal fator da realização do transplante cardíaco e seu prognóstico nos pacientes.

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Metodologia Trata-se de uma pesquisa bibliográfica do tipo revisão de literatura sobre o tema: transplante cardíaco. Para isto foi realizado um levantamento bibliográfico no acervo da Faculdade Santa Emília de Rodat - UNIESP, na Universidade Federal da Paraíba - UFPB e de periódicos indexados nos sistemas LILACS, SCIELO, BDENF. O recorte temporal foi de 2005 a 2013 e selecionados apenas os artigos em português. Os materiais foram analisados por meio de leitura analítica e de síntese, selecionando-os de acordo com as categorias temáticas. As categorias temáticas resultantes para atingir o objetivo proposto foram: As causas; As complicações; A melhora no prognóstico. As Causas A miocardiopatia dilatada e a insuficiência cardíaca isquêmica são as principais doenças da realização do transplante cardíaco, sendo a primeira caracterizada por dilatação cardíaca progressiva e disfunção contrátil, geralmente com hipertrofia. Além disso, a gravidade das alterações morfológicas não reflete no prognóstico do paciente 1. A maioria das células musculares da miocardiopatia dilatada encontra-se hipertrofiada com núcleos aumentados, mas muitas estão irregulares. Há fibrose intersticial e endocárdica de graus variáveis, e pequenas cicatrizes subendocárdicas podem substituir células individuais ou grupos de células, provavelmente refletindo a cicatrização de uma necrose isquêmica prévia dos miócitos causada por um desequilíbrio entre perfusão e demanda1. A insuficiência cardíaca é uma complicação grave, geralmente progressiva e irreversível, que pode comprometer a maioria dos pacientes cardíacos4. Ocorre quando o coração é incapaz de bombear o sangue em uma taxa proporcional às necessidades metabólicas, essa doença desenvolve-se devido aos efeitos cumulativos da sobrecarga de trabalho crônico ou cardiopatia isquêmica 5. Segundo dados do DATASUS, referentes ao ano de 2011, as doenças do sistema circulatório são a primeira causa de mortalidade no Brasil (21%), sendo a insuficiência cardíaca a principal responsável pelos óbitos de origem cardiovascular neste período (27,6%) e a principal causa cardiovascular de internação hospitalar (22,5%). As Complicações Das principais complicações, a rejeição do aloenxerto é uma importante complicação do transplante cardíaco e requer vigilância. A rejeição é caracterizada por uma inflamação linfocitária intersticial que, em estágios mais avançados, danifica os miócitos adjacentes tendo semelhança histológica à da miocardite 1. – 147 –


Quando a lesão do miocárdio não é extensa, a rejeição é geralmente autolimitada ou revertido de forma satisfatória pela terapia imunossupresora aumentada1. A rejeição crônica ocorre depois de alguns meses a anos e é a causa mais comum de morte de pacientes transplantados 6. A rejeição afeta as porções proximal e distal das artérias coronárias epicárdicas, ramos da artéria perfurante e até mesmo as arteríolas. Microscopicamente, a rejeição vascular crônica se caracteriza por proliferação concêntrica da camada íntima, que pode levar a oclusão coronária e infarto do miocárdio. Esta complicação é silenciosa porque o coração transplantado é desnervado. Assim, pode ocorrer lesão miocárdica extensa antes de o paciente transplantado perceber que ocorreu oclusão isquêmica7. Outros problemas pós-operatórios incluem infecção viral e malignidades, em particular os linfomas de células B e freqüentemente demonstra associação com o vírus de Epstein-Barr que surgem em decorrência da imunossupressão pela célula T 8. A incidência dos pacientes transplantados cardíacos desenvolverem neoplasias malignas é alta comparada com a população no geral, a neoplasia mais freqüente nesse grupo de pacientes transplantados é a neoplasia de pele. Apesar desses problemas, o prognóstico é bom, com uma taxa de sobrevida de 1 ano de 70% a 80% e de 5 anos, de mais de 60%1. A Melhora no Prognóstico A seleção dos candidatos ao transplante cardíaco envolve o uso de variáveis prognósticas como: pressão arterial pulmonar, resistência vascular pulmonar, redução da concentração de sódio sérico, no sentido de identificar pacientes com insuficiência cardíaca avançada. Esse processo de seleção requer equipe multidisciplinar com profundo conhecimento do prognóstico e manejo dos pacientes com a insuficiência cardíaca9. A biópsia endomiocardica é o padrão para o diagnóstico de rejeição aguda do aloenxerto, pois possui alta sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de rejeição celular aguda 9. A realização de biópsias endomiocardicas rotineiras de vigilância traz como principal benefício prático a detecção precoce da rejeição, e a possibilidade de reduzir a quantidade de miocárdio com dano permanente com o tratamento imunossupressor adequado, preservando o enxerto cardíaco10. Resultados e discussão O transplante cardíaco é atualmente um procedimento eficiente no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca terminal, entre elas a – 148 –


miocardiopatia dilatada11. É uma opção terapêutica para muitos pacientes, pois a sobrevida após o transplante cardíaco teve melhora acentuada, proporcionando o crescimento da população ao longo prazo, devido a fatores que contribuíram para a melhora no prognóstico 12. Pacientes com insuficiência cardíaca isquêmica têm sido associados a um prognóstico pior13. Conclui-se que a curva do aprendizado sobre o transplante de coração foi longa e mesmo nos dias de hoje algumas questões ainda se encontram sem resposta. Os resultados obtidos nos dias atuais são satisfatórios, mas problemas como rejeição crônica necessitam de maiores estudos para o seu controle13. Referências 1. ROBBINS; COTRAN. Patologia: Bases patológicas das doenças. 8°edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Cap. 537, p. 580-591. 2. ISAAC, R.M.; FRANCIANE, S. A atuação do enfermeiro no transplante cardíaco, 2009. Disponível em: <http://www.unisa.br/graduacao/biologicas/enfer/revista/arquivos/2009-103.pdf>. Acesso em 17 de abril de 2014. 3. PROGRAMA HARVARD MEDICAL SCHOOL PORTUGAL. O que é um transplante cardíaco?, 2011. Disponível em:<http://hmsportugal.wordpress.com/2011/10/10/o-que-e-umtransplante-de-coracao/> Acessado em 24 de abril de 2014. 4. LOURES, V. A.; NORONHA, M. F.A.; BASTOS, R.G.; Girardi, J.M. Aspectos clínicos e epidemiológicos da insuficiência cardíaca, 2009; 89 (1): 89-96. Disponível em:<http://hurevista.ufjf.emnuvens.com.br/hurevista/article/viewFile/379/24 0> Acessado em 21de abril de 2014. 5. VIANA, J. T. T. Doença Cardíaca: Visão geral da Fisiopatologia, 2013. Disponível em: <http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_275_desc_Cl%C3%ADnica_pagina_ _subtopico_3_busca_> Acessado em: 24 de abril de 2014. 6. SABISTON JR, D. C. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna.Tradução da 17° edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. Cap. 26, p. 679.

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7. RUBIN, E.; GORSTEIN, F.; RUBIN, R.; SCHWARTING, R.; et al. Patologia: Bases clinicopatológicas da medicina. 4° edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. Cap. 535, p. 580-593. 8. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Arquivos brasileiros de cardiologia. Complicações após transplante cardíaco, 1999; 32(1):1-11. Disponível em: <http://publicacoes.cardiol.br/abc/1999/73s5/73s50005.pdf> Acessado em: 15 de abril de 2014. 9. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. II diretriz brasileira de transplante. Arq. Bras. Cardiol. vol. 94 no.1 supl.1 São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0066782X2010000700001&script=sci _arttext Acessado em 21 de abril de 2014. 10. CIPULLO, R. Vasculites e lesões isquêmicas imunomediadas como fatores preditores de mau prognóstico no transplante cardíaco, 2010. Disponível em: http://www.incor.usp.br/sites/incor2013/docs/egressosteses/2010/Set_2010_Reginaldo_Cipullo_Integra_Vasculites_lesoes_isque micas_imunomed.pdf> Acessado em: 22 de abril de 2014. 11. MUNIZ FILHA, M. J. M.; SILVA, A. P. A. D.; RODRIGUES, C. S.; SOUZA, M. C. Transplante cardíaco em paciente portador de miocardiopatia dilatada: Um estudo de caso, 2009. Disponível em: http://www.abeneventos.com.br/anais_61cben/files/02477.pdf Acessado em: 24 de abril de 2014. 12. FILHO, G. B. Bogliolo patologia. 8° edição. Rio de Janeiro: koogan, 2012. Cap13, p. 487. 13. ARQUIVO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIA. Arq. Bras. Cardiol. vol.87 no.2 São Paulo, Aug. 2006. Preditores de letalidade hospitalar em pacientes com insuficiência cardíaca avançada. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066782X2006001500018 Acessado em 24 de abril de 2014.

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Pré-Eclampsia Sendo uma das Principais Complicações Hipertensivas Arunna Thallyta Alexandre de Pontes, Bruna Monteiro Freire, Felipe Augusto Maia de Barros Nobrega, Francivaldo Firmino da Silva 1, Karla de Castro Oliveira2. 1 Discente de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: arunna2@hotmail.com, brunna_bubu@hotmail.com, felipe_augusto91@outlook.com, francivaldomme@gmail.com; 2- Docente, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: karla_decastrooliveira@yahoo.com;

Palavras-chave: Síndrome hipertensiva. Pré-eclâmpsia. Eclampsia.

Introdução Os distúrbios hipertensivos da gestação abrange um amplo espectro de doenças dentre elas a pré-eclâmpsia, sendo caracterizada pela elevação da pressão arterial e proteinúria, em mulheres previamente normotensas (DALMÁZ,2006). A hipertensão arterial está entre as causas mais frequentes de morte materna. Entre os tipos presentes na gravidez destacam-se as manifestações específicas, isto é, a pré-eclâmpsia e a hipertensão gestacional, definidas clinicamente por aumento dos níveis da pressão arterial após a 20ª semana de gestação, associado (pré-eclâmpsia) ou não (hipertensão gestacional) à proteinúria. Na fase inicial a doença é assintomática, porém, quando não tratada ou não se interrompe a gestação, sua evolução natural é desenvolver as formas graves, como a eclampsia e a síndrome HELLP (PERAÇOLI;PARPINELLI,2005). Segundo os autores supracitados, a eclampsia é definida pela manifestação de uma ou mais crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas e/ou coma, em gestante com hipertensão gestacional ou pré-eclâmpsia, na ausência de doenças neurológicas. Pode ocorrer durante a gestação, durante o trabalho de parto e no puerpério imediato. É comumente precedida pelos sinais e sintomas de eclampsia iminente (distúrbios do sistema nervoso central, visuais e gástricos). O objetivo do presente estudo é focar a pré-eclâmpsia como uma das principais complicações hipertensivas tendo um diagnostico precoce para que não ocorra a morte da mãe e do bebê.

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Metodologia Trata-se de uma pesquisa de caráter bibliográfico consumada na biblioteca da Faculdade Santa Emília de Rodat - UNIESP, bem como em outras fontes, tais como artigos indexados da internet no período de 20 a 22 de abril de 2014. Resultados e discussão Dentre as complicações mais graves no binômio mãe e filho incluise a pré-eclâmpsia. Esta síndrome hipertensiva tem como principal característica uma resposta anormal o que leva muitas vezes a controvérsias em sua definição. Embora sua etiologia seja desconhecida, está demostra que sua fisiopatologia é influenciada diretamente pela placenta (DALMÁZ, 2006). A pré-eclâmpsia é uma alta taxa de morbimortalidade materna e perinatal, principalmente nos países em desenvolvimento, onde o prognostico é dependente de alguns fatores, como: idade gestacional do inicio da doença; gravidade da doença; qualidade das assistências; e associação de outras doenças pré-existentes (SOUZA et al.,2006). Segundo Azevedo (2009), a pré-eclâmpsia tem causa desconhecida, sendo desenvolvida pela diferenciação da trofoblática, invasão trofoblática, diferenciação placentária e endotelial, má-adaptação imunológica aos antígenos do pai e resposta inflamatória. Dentre os fatores de risco que levam a pré-eclâmpsia: primeira gravidez, história anterior de pré-eclâmpsia, intervalo maior ou igual a dez anos desde a última gestação, idade maior ou igual a 40 anos, IMC maior ou igual a 35, fatores hereditários, alterações hipertensivas, doenças renais, diabetes, anticorpos antifosfolipídicos. Se destaca como um grande fator de risco a obesidade, onde as mulheres deveriam atingir o peso ideal antes de engravidar prevenindo complicações futuras(AZEVEDO, 2009). Ainda de acordo com o autor supracitado, as ocorrências mais comuns da pré-eclâmpsia são: hipertensão e proteinuria, tendo ainda como sintomatologia, isquemia occipital cortical, cefaleia persistente, refletindo em isquemia cerebral ou edema, dores epigástricas, dispneia e/ou dor no peito, que indica edema pulmonar. Essa síndrome se caracteriza por achados clínicos e laboratoriais diversos que podem se manifestar como a síndrome materna com associação de vários outros sintomas e podem também se manifestar como uma síndrome fetal que conduz a restrição no crescimento. Ainda não há critérios plenamente estabelecidos, em termos de diagnostico, a respeito das inúmeras pesquisas sobre esta patologia. A dificuldade aumenta quando a hipertensão e a proteinúria antecedem a préeclâmpsia. Os critérios atuais para diagnosticar, pré-eclâmpsia e seus – 152 –


subtipos em moderada, severa e sobreposta; esta classificação divide a doença em: hipertensão crônica, pré-eclâmpsia, eclampsia, hipertensão gestacional. (AZEVEDO, 2009). Alguns estudos buscam um método eficiente que reduza a incidência e a gravidade da pré-eclâmpsia dentre eles uma dieta com restrição de proteína ou sal, exercícios, suplementação com zinco, magnésio, vitaminas antioxidantes e com óleo de peixe ou outras fontes de ácidos graxos, heparina e heparina de baixo peso molecular e drogas anti-hipertensivas em mulheres com hipertensão crônica. As complicações maternas agudas podem ocasionar derrame, coagulação intravascular disseminada, ruptura de placenta, síndrome de HELLP, hemorragia hepática, edema pulmonar, falência renal aguda e morte (SOUZA et al.,2006). Mulheres que apresentaram pré-eclâmpsia em gravidez anteriores tem uma grande chance de apresentar novamente a doença numa próxima gravidez. Portanto a utilização do sulfato de magnésio para a profilaxia de convulsões em gestantes com pré-eclâmpsia grave / eclampsia está sendo amplamente utilizado nos dias atuais (SOUZA et al.,2006). Diante do que foi exposto pode-se dizer que a pré-eclâmpsia é uma síndrome que ainda necessita de conhecimento tanto na prevenção como no tratamento, sabendo-se que se trata de um acontecimento extremamente grave para a saúde da mãe e do filho. Referências AZEVEDO, D.V.de. A experiência da pré-eclâmpsia vivenciada por gestantes e profissionais de saúde. Natal, Rio Grande do Norte, 2009. Tese. Disponível em: http://www.repositorio.ufrn.br:8080/jspui/bitstream/1/9092/1/DanielaVA.pdf. Acesso em: 20 de Abril de 2014. DALMÁZ, C.A. Fatores genéticos de risco na doença hipertensiva da gestação. Porto Alegre, Rio Grande do Sul,2006.Tese.Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/8362/000574539.pdf?.Ac esso em: 15/04/2014. LOURENÇO, N.C.V. Avaliação de citocinas pró e anti-inflamatorias e de fatores pró e anti-angiogenicos em placenta de gestante com preeclâmpsia. Botucatu, São Paulo, 2009. Tese. Disponível em: http://www.ibb.unesp.br/posgrade/teses/bga_do_2009_naila_lourenco.pdf. Acesso em 20 de Abril de 2014.

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PERAÇOLI,J.C.,PARPINELLI,M.A. Síndromes hipertensivas da gestação: identificação de casos graves. Rev. Bras. Ginecologia e Obstétricia. vol.27, n.10, Rio de Janeiro, Outubro de 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010072032005001000010&script=sci_arttext. Acesso em: 17/04/2014. SOUZA, A.S.R.de et al. Pré-eclâmpsia. Revista Femina-Julho, 2006. v.34, n.7. Disponivel em:http://www.febrasgo.org.br/site/wp/content/uploads/2013/05/femina_347-551.pdf. Acesso 22 de Abril de 2014.

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Prevalência de Bactérias Gram-Positivas e GranNegativas Isoladas a Partir de Uroculturas e Avaliação do Perfil de Resistencia Fabilene Souza da Silva1, Amanda de Araújo Alencar2 1 2

Discente de Biomedicina, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: fabi_lene@hotmail.com Docente Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: amandaalencar@yahoo.com.br

Palavras-chave: infecção urinária, uroculturas, resistência bacteriana.

Introdução As infecções urinárias apresentam-se como uma das principais infecções bacterianas que afetam o ser humano. Considera-se infecção urinária a presença de bactérias em qualquer parte do sistema urinário (rins, ureteres, bexiga), com exceção da uretra que poderá ser colonizada com flora normal, como os lactobacilos e as bactérias do gênero Neisseria não patogênicas. Dependendo do local anatômico atingido, a infecção recebe nomes diferentes. Assim, a colonização do rim designa-se de pielonefrite, da bexiga cistite e da uretra denomina-se uretrite. As mulheres apresentam uma prevalência maior, devido a fatores fisiológicos, como a maior proximidade da uretra com o ânus e o fato de ser uma uretra muito mais curta do que a masculina (RODRIGUES, BARROSO, 2011).O diagnostico de ITU depende da comprovação de bacteriúria significativa obtida por meio do exame de urocultura quantitativa, colhida de maneira asséptica. A importância do diagnostico precoces de ITUs foi demonstrada em estudos que revelaram maiores riscos de lesão renal quando o inicio da terapêutica foi tardio (LO et al., 2013).A resistência bacteriana pode ser adquirida pela genética, por mutações ou por transferência de outra bactéria. Estas causas estão ligadas a utilização indiscriminada, empírica e cotidiana de antimicrobianos (GRILLO et al., 2013). A resistência aos antimicrobianos é um fenômeno genético, relacionado à existência de genes contidos no micro-organismo que codificam diferentes mecanismos bioquímicos que impedem a ação das drogas. A resistência pode ser originada em mutações que ocorrem durante seu processo de divisão celular e resultam de erros de cópia na seqüência de bases do DNA cromossômico. A outra origem da resistência é a importação dos genes causadores do fenômeno, consistindo na resistência transferível. Isto ocorre devido aos mecanismos de transdução, transformação e conjugação e, frequentemente, envolve genes situados em plasmídios e transposons (SAUNDERS, QUEIROZ e BENICIO, 2014). Assim, diante da – 155 –


importância do correto diagnóstico e tratamento das ITUs, os objetivos dessa pesquisa são realizar um estudo retrospectivo de uroculturas positivas, avaliando a presença de bactérias Gram-positivas e Gramnegativas em urina, e analisar o perfil de resistência aos antimicrobianos.

Metodologia No presente estudo foram analisados 391 resultados de uroculturas positivas com seus respectivos antibiogramas, obtidos a partir de amostras de pacientes entre todas as faixas etárias, obtidos do banco de dados do setor de Microbiologia de um laboratório privado,localizado na cidade de João Pessoa, Paraíba. Os dados coletados foram referentes ao período de janeiro a dezembro de 2013. Resultados e discussão A partir dos resultados positivos das uroculturas analisados nesse estudo, foi possível observar a presença de bactérias Gram-negativas em 363 dos resultados, o que representa 92,9% do total de uroculturas estudadas. As bactérias da família Enterobacteriaceae foram bem mais frequentes que as demais espécies, tendo sido encontradasEscherichia coli (71,9%), Klebsiella pneumoniae (9,6%) e Proteus mirabilis (6,8%). Dentre os micro-organismos Gram-negativos, foram isolados ainda Pseudomonas aeruginosa(4,6%) e outras cepas de menor prevalência (6,8%) (Tabela 1). Resultados semelhantes foram obtidos em pesquisa realizada por Silva e colaboradores (2014), ao analisarem a presença de bactérias Gram-negativas isoladas de uroculturas, em laboratório localizado na cidade de Campinas, SP. Os autores observaram a prevalência de espécies da família Enterobacteriace, sendo E. coli a espécie mais frequente. De acordo com outros autores, tal espécie é a mais incidente em infecções urinárias no mundo inteiro. A frequência de bactérias Gram-positivas observada foi significativamente menor, representando 7,1% do total das uroculturas positivas. As espécies mais frequentes foram: Enterococcus sp. (35,7%), Streptococcus agalactiae (28,5%), Staphylococcus coagulase-negativas (17,8%) e Staphylococcus saprophyticus (17,8%) (Tabela 2). Outros autores, analisando uroculturas de gestantes na região Sul do Brasil, obtiveram Enterococcus e Streptococcus agalactiae como as bactérias Gram-positivas mais incidentes (SCHENKEL, DALLE, ANTONELLO, 2014). Tais resultados foram semelhantes ao encontrado no presente estudo. – 156 –


Tabela 1 - Bactérias Gram-negativas isoladas a partir de uroculturas e seu perfil de resistência aos antimicrobianos. Bactéria Prevalência Resistência a (%) antimicrobianos Escherichia 71,9 Cefalotina, Cefalexina, coli Cefadroxil, Ampicilina,Amoxicilina Klebsiella 9,6 Cefalotina, Cefalexina, pneumoniae Cefadroxil, Ampicilina,Amoxicilina Proteus 6,8 Nitrofimantoina mirabilis Levofloxacina Pseudomonas 4,6 aeruginosa Outros 6,8 -

Tabela 2 - Bactérias Gram-positivas isoladas de uroculturas e seu perfil de resistência aos antimicrobianos. Bactéria Resistência a Prevalência antimicrobianos (%) Enterococcus spp. 35,7 Ampicilina,Amoxicilina Streptococcus agalactiae 28,5 Não houve resistência Staphylococcus 17,8 Sulfametoxazolsaprophyticus Trimetoprim Staphylococcus coagulase- 17,8 Ampicilina, Amoxicilina negativos O sexo feminino possui condições anatômicas favoráveis ao desenvolvimento de ITUs: uretra mais curta e mais próxima a áreas densamente colonizadas, como a região perianal e vulvar. As mulheres em idade fértil geralmente são as mais acometidas provavelmente devido ao trauma uretral, provocado durante a relação sexual, o uso de preservativos, diafragma e espermicidas. Pacientes adultas têm 50 vezes mais chances de adquirir ITU do que os homens (RODRIGUES et al.,2013). Do total deuroculturas positivas analisadas, 350 foram obtidas a partir de pacientes do sexo feminino, enquanto 41 amostras foram provenientes de pessoas do sexo masculino. Na presente pesquisa foi observada ainda uma variação na faixa etária dos pacientes analisados, sendo maior a prevalência de pacientes do sexo feminino, principalmente na faixa etária que compreende a idade fértil, de 16 a 40 anos. Conforme observado nas tabelas 1 e 2, as espécies bacterianas isoladas mostraram-se resistentes a diversos antimicrobianos, como ampicilina, amoxicilina, cefalotina, cefalexina, entre outros. A resistência – 157 –


de E. coli à ampicilina é também confirmada por outras pesquisas, assim como a semelhança entre E. coli e espécies de Klebsiella quanto ao perfil de resistência antimicrobiana. Enterococcus apresentou-se resistente ao antibiótico ampicilina, comportamento diferente daquele encontrado na mesma espécie isolada de uroculturas de gestantes, que demonstrou boa sensibilidade a esse antibiótico (SCHENKEL, DALLE, ANTONELLO, 2014; SILVA, SOARES, GONÇALVES, 2014). S. agalactiae apresentou-se sensível a todos os antibióticos testados, sendo ampicilina e penicilina as drogas habitualmente utilizadas no combate a infecções por esse microorganismo. Em diversos países, tem sido observada a resistência dessa espécie à eritromicina (BORGER et al., 2005). A diversidade de comportamento frente às drogas antimicrobianas demonstra a necessidade da realização desses estudos de forma periódica. A antibioticoterapia realizada de forma incorreta contribui para o surgimento de resistência bacteriana, situação que agrava o tratamento dessas infecções. Assim, a caracterização do perfil de resistência serve como base para a administração correta de antibióticos, combatendo de forma eficiente as ITUs de origem bacteriana. Referências BORGER, I. L. et al., Streptococcus agalactiae em gestantes: prevalência de colonização e avaliação da suscetibilidade aos antimicrobianos. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 27, n. 10, p. 575-579, 2005. GRILLO, V. T. R. S.; et al.; Incidência Bacteriana e Perfil de Resistência a Antimicrobianos em Pacientes Pediátricos de um Hospital Público de Rondônia, Brasil. Revista de Ciências Farmacêuticas Básicas e Aplicada, v. 34, n.1, p. 117-123,2013. LO, D. S.et al.; Infecção urinaria comunitária: Etiologia segundo idade e sexo. Jornal Brasileiro de Nefrologia.Hospital Universitário de São Paulo, Rio Pequeno-SP, v. 35, n.2, p. 93-98, 2013. RODRIGUES, C. E. F. B. et al.; Perfil Epidemiológico das Infecções Urinarias Diagnosticadas em Pacientes Atendidos no Laboratório Escola da Universidade Potiguar Natal RN. NewsLab Edição 119, 2013. RODRIGUES, F. J. B.; BARROSO, A. P. D. Etiologia e sensibilidade bacteriana em infecções do tracto urinário. Revista Portuguesa de Saúde Pública, v. 29, n. 2, p. 123-131, 2011.

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SAUNDERS, T.; QUEIROZ, L.; BENICIO, L.; Bactérias Gram-positivas Resistentes a antibióticos. Revista Brasileira de Medicina - RBM .p. 2326, 2014. SCHENKEL, D. F.; DALLÉ, J.; ANTONELLO, V. S. Prevalência de uropatógenos e sensibilidade antimicrobiana em uroculturas de gestantes do Sul do Brasil, Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 36, n. 3, 2014. SILVA, J. C.; SOARES, M. M. S. R.; GONÇALVES, S. A. Estudo retrospectivo de bactérias Gram-negativas isoladas a partir de uroculturas e determinação de seu perfil de resistência. NewsLab, edição 122, 2014

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Regulamento Técnico para Funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva: Descrição e Importância Renata Maria Bezerra Cézar1; Julliane Alline Medeiros Carlos1; Renata Thaís Alves do Nascimento1; João Batista Rodrigues Albuquerque 2, Clenia Maria Pereira Batista2 1

Discente de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: renatayah@hotmail.com; julliane.a20@hotmail.com; renatinhathais_alves@hotmail.com. 2 Docente, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: jbrodrigoll@hotmail.com; clenia.batista@outlook.com.

Palavras-chave: RDC 50, Ambiente hospitalar, Planejamento.

Introdução A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma unidade hospitalar com infra-estrutura especializada, dispõe de assistência médica e de enfermagem ininterruptas, equipamentos específicos, recursos humanos extremamente qualificados e acesso a tecnologias diagnósticas e terapêuticas sofisticadas (VILLA; ROSSI, 2002). A tentativa de otimizar tais recursos e a necessidade de restaurar a saúde e manter a vida, fez surgir as unidades especializadas, entre as quais, as UTI’s. Estas centralizam recursos de apoio às atividades assistenciais no âmbito hospitalar, contribuindo para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde, alterando o processo diagnósticoterapêutico (DODSON Jr., 1979). Os componentes do ambiente físico e social, quando em equilíbrio e harmonia, modificam e qualificam os espaços, criando ambientes acolhedores, importantes no processo de produção da saúde (CHAVAGLIA et al., 2011). As exigências arquitetônicas para construção e reforma de estabelecimentos de saúde estão determinadas na Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde e descreve algumas exigências para a construção e funcionamento de UTI’s. Nessa Resolução, os estabelecimentos de saúde têm orientações sobre aspectos obrigatórios que compõem um projeto arquitetônico na área da saúde. Desse modo, um projeto físico-funcional para estas unidades deve contemplar todos os componentes, características e materiais a serem utilizados, definindo todos os aspectos dos ambientes necessários ao desenvolvimento das atividades previstas para esta edificação, com vistas – 160 –


à qualidade do cuidado para pacientes e prestadores de serviços, sendo isto também, de responsabilidade dos gerentes desses serviços (MADUREIRA et al., 2000). Diante do exposto, surge o seguinte questionamento: qual a importância do cumprimento das normas estabelecidas pela Resolução – RDC nº 50? A importância desta pesquisa está fundamentada no fato de que os enfermeiros precisarem ter conhecimento das normas técnicas para a elaboração e reformas das UTI’s, pois estes atuam diretamente na contribuição para elaboração dos projetos desses estabelecimentos de saúde. Assim, o presente estudo tem por objetivo caracterizar a estrutura física das UTIs enfatizando a importância do cumprimento das normas estabelecidas pela Resolução – RDC nº 50, na tentativa de melhorar qualidade dos serviços prestados aos clientes. Metodologia A pesquisa é classificada quanto aos objetivos em descritiva, que para Gil (2008) busca “descrever as características de determinadas populações ou fenômenos. Uma de suas peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados”. Ainda para Gil (2008) a pesquisa é classificada quanto aos procedimentos técnicos utilizados, em uma pesquisa bibliográfica, uma vez que é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Para o desenvolvimento da temática em discussão, realizou-se um apanhado bibliográfico, no período de março a maio de 2014, efetivado no acervo da biblioteca da Faculdade Santa Emilia de Rodat – FASER, como também em artigos científicos referentes ao conteúdo abordado, durante o período de março a maio de 2014. Resultados e discussões A Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Segundo a resolução supracitada, todos os projetos de estabelecimentos assistenciais de saúde – EAS deverão, obrigatoriamente, ser elaborados em conformidade com as disposições desta norma. – 161 –


De acordo com a resolução em discussão, é obrigatória a existência de UTI/Centro de Terapia Intensiva (CTI) em hospitais terciários e em hospitais secundários com capacidade superior à 100 leitos, bem como nos especializados que atendam pacientes graves ou de risco e em EAS que atendam gravidez/parto de alto risco. Neste último caso o EAS deve dispor de UTIs adulto e neonatal. As UTIs devem contar com um posto de enfermagem/área de serviços de enfermagem, na quantidade de 01 para cada área coletiva ou conjunto de quartos, independente do nº de leitos, onde ao menos um dos postos (quando houver mais de um) deve possuir 6 m². Além de uma área para prescrição médica, medindo em torno de 1,5 m2. O posto de enfermagem deve estar instalado de forma a permitir observação visual direta ou eletrônica dos leitos ou berços. No caso de observação visual por meio eletrônico, deverá dispor de uma central de monitores. É necessário dispor de quarto (isolamento ou não) medindo 10 m² com distância de 1m entre paredes e leito, exceto cabeceira e pé do leito, que devem possuir a distância de 1,2 m. Uma área coletiva de tratamento (exceto neonatologia), com o mínimo de 05 leitos podendo existir quartos ou áreas coletivas, ou ambos a critério do EAS, com 9 m² por leito com distância de 1m entre paredes e leito, exceto cabeceira, de 2m entre leitos e pé do leito com 1,2 m (o espaço destinado à circulação da unidade pode estar incluído nesta distância. Os boxes das áreas coletiva de tratamento devem possuir dispositivos que permitam a privacidade dos pacientes quando necessário, como no caso de cortinas para individualização dos boxes. Vale ressaltar que na UTI pediátrica deve ser prevista poltrona para acompanhante junto aos leitos, sem que isto implique em aumento de área prevista para cada leito. O número de leitos de uma UTI deve corresponder ao mínimo de 6% do total de leitos do estabelecimento. Devendo ser previsto um quarto de isolamento para cada 10 leitos de UTI, ou fração. A sala de higienização e preparo de equipamento/material, pode ser dispensável se esta função ocorrer na Central de Material e Esterilização – CME, caso contrário, necessita de uma área com 4 m² (com dimensão mínima permitida igual a 1,5 m). A sala de entrevistas deve dispor de uma área com 6 m2. Por fim, a UTI necessita de ambientes de apoio, como sala de utilidades; sala de espera para acompanhantes e visitantes (anexo à unidade ou não); quarto de plantão; sala administrativa (secretaria); rouparia; depósito de material de limpeza; depósito de equipamentos e materiais; copa; banheiro para quarto de plantão; área de estar para equipe de saúde; sanitários com vestiários para funcionários (masculino e feminino); sanitário para público (junto à sala de espera); sanitário para pacientes (geral) que pode ser substituído, quando se fizer uso de quartos individuais, por equipamento ou bancada contendo lavatório e bacia sanitária juntos. – 162 –


Portanto podemos concluir que devido à complexidade e à quantidade elevada de atendimentos, a UTI necessita de considerações distintas de outros setores/serviços assistenciais de saúde, devendo seguir rigorosamente a resolução RDC 50. Desta forma, o enfermeiro precisa estar ciente das exigências mínimas estabelecidas, uma vez que atua como integrante principal na elaboração de projetos arquitetônicos para construção e reforma de UTIs.

Hospital São José, 2014. Referências BRASIL, Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002: Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. D.O.U. – Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 21 de fevereiro de 2002. CHAVAGLIA, S. R. R. el al. Ambiente do Centro de Terapia Intensiva e o trabalho da equipe de enfermagem. Rev Gaúcha Enferm., v. 32, n. 4, p. 654-661. Porto Alegre (RS), dez. 2011. DODSON Jr., B. Facilities in clinical engineering: principles and pratices. Englewood Cliffs: Pratice - Hall, 1979. – 163 –


MADUREIRA, C. R.; VEIGA, .; SANT’ANA, A. F. M. Gerenciamento de tecnologia em terapia intensiva. Rev. latino am. enfermagem, Ribeirão Preto, v. 8, n. 6, p. 68-75, dezembro 2000. VILA, V. da S.C.; ROSSI, L.A. O significado cultural do cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva: “muito falado e pouco vivido”. Rev. Latino. am. Enfermagem, v.10, n.2, Ribeirão Preto, mar/abr. 2002. Imagem 01. Hospital São José. Disponível em: <www.hospitalsaojose.org/servicos.php?area=6>. Acessado em 20 de abril de 2014 às 22:00hrs.

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Síndrome de Regressão Caudal Kaliane Pequeno Ribeiro de Almeida 1; Ana Nélida Ramalho1; Janaína Cristina da Silva1; Clenia Maria Pereira Batista2; Ana Flávia dos Santos Britto2. 1

Discente de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: aninha3000@gmail.com; janacris06@hotmail.com; kalianepequeno@hotmail.com. 2 Docente, Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: clenia.batista@outlook.com; anabritto_ufpb@hotmail.com.

Palavras-chave: regressão caudal, cirurgias ortopédicas, urologia.

Introdução A Síndrome de Regressão Caudal (SRC) é a designação dada a um conjunto de anomalias congênitas que afetam a região caudal, a medula espinhal, o intestino grosso, o sistema urogenital, e os membros inferiores (KAISSI et al., 2008). A etiologia exata não é clara, porém o diabetes mellitus materno insulino-dependente parece atuar como um teratogênico, assim como fatores genéticos e hipoperfusão vascular que também desempenham um papel na etiologia. Com avaliação convencional ultra-sonográfica (USG), ele pode ser facilmente diagnosticada no início da gestação (TEMIZKAN et al., 2013). O tratamento possui intuito de observar e controlar os possíveis problemas cardíacos, pulmonares e renais. É importante a realização de cirurgias ortopédicas, a fisioterapia e do tratamento urológico para melhorar a qualidade de vida do paciente. Além disso, um controle metabólico na gestação se faz necessário neste sentido (KAHILOGULLARI et al., 2006). O prognóstico da doença depende da gravidade do defeito espinhal e das anomalias associadas, em casos mais complicados, geralmente há associação com problemas cardíacos, renais e respiratórios, que são responsáveis por morte neonatal adiantada (AGUIAR et al., 2008). Diante da extensão que o tema pode seguir, surgem os seguintes questionamentos: O que é a Síndrome de Regressão Caudal? E qual sua importância para os profissionais de enfermagem? Justifica-se esse trabalho pela relevância do tema para área, como referencial e fonte de pesquisa, uma vez que existem poucos trabalhos nessa linha de abordagem, e ainda, por possibilitar uma melhor

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compreensão da síndrome pelos profissionais de enfermagem, que são os principais responsáveis pelo cuidado direto aos pacientes. Sendo assim, a pesquisa tem como objetivo descrever a Síndrome de Regressão Caudal à luz da literatura.

Metodologia O estudo é classificado, quanto aos objetivos, em descritivo, que para Gil (2008) possui o intuito de “descrever as características de determinadas populações ou fenômenos”. E com base nos procedimentos técnicos empregados, como bibliográfico, que Marconi e Lakatos (2005) definem pesquisa bibliográfica como o levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. A sua finalidade é fazer com que o pesquisador entre em contato direto com todo o material escrito sobre um determinado assunto, auxiliando o cientista na análise de suas pesquisas ou na manipulação de suas informações. Ela pode ser considerada como o primeiro passo de toda a pesquisa científica. Para concretização deste trabalho, foi realizado um apanhado na literatura nacional e internacional, utilizando como referencial teórico livros e artigos publicados em revistas e disponíveis nas principais bases de dados, no período de março à maio de 2014.

Resultados e discussão A síndrome de regressão caudal (SRC) é uma má formação congênita de aspecto raro, proveniente de uma perturbação no desenvolvimento normal do mesoderma caudal (DINIZ et al., 2005). Descrita pela primeira vez em 1960, por Bernard Duhamel, como um conjunto de malformações congênitas que consiste em anomalias da continuação dos sistemas urinário e genital, da espinha lombar e sacral das extremidadesinferiores. Hoje, caracteriza-se como uma anomalia anorretal e do sistema genital e desenvolvimento incompleto do sacro (AGUIAR et al., 2008). A SRC é a designação dada a um conjunto de anomalias congênitas que afetam a região caudal, a medula espinhal, o intestino grosso, o sistema urogenital, e os membros inferiores (KAISSI et al., 2008). Trata-se de uma anomalia congênita complexa e rara, caracterizada por agenesia do sacro e da região lombar da coluna. Pode ainda existir anormalidades na pélvis, extremidade inferior, sistema

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geniturinário, problemas cardíacos e neurológicos, além de déficit no desenvolvimento motor (TEMIZKAN et al., 2013). As principais alterações estruturais na região caudal, que estão associadas à SRC, possuem características variadas, incluindo: desenvolvimento incompleto do sacro e, em menor extensão, das vértebras lombares; ausência do corpo sacral, ocasionando o achatamento das nádegas; diminuição da fenda interglútea; ruptura da medula espinhal distal com comprometimento neurológico. O comprometimento neurológico pode levar a uma incontinência urinária ou fecal e até mesmo, a uma lesão neurológica completa, promovendo uma diminuição acentuada da região caudal consequente da pouca movimentação das pernas, que surge como fator secundário a tal comprometimento (KAHILOGULLARI et al., 2006). Outras anormalidades incluem agenesia renal, ânus imperfurado, lábio leporino, fenda palatina, microcefalia e meningomielocele, assim como também a implantação dentária anômala na arcada dentária superior. Ainda é caracterizada por malformação da coluna vertebral, coluna bífida e meningocele (AGUIAR et al., 2008). Sua incidência, embora ainda não seja bem determinada, ocorre aproximadamente em 1:60000 nascidos vivos, com maior prevalência do sexo masculino. Em casos de gêmeos monozigóticos, a incidência pode aumentar de 100 a 150 vezes em relação a partos únicos, havendo a evidência de que a incidência global seja de 1:7500 nascidos vivos (ADECK et al., 1985). A etiologia exata não é clara, porém o diabetes mellitus materno insulino-dependente parece atuar como um teratogênico, fatores genéticos, hipoperfusão vascular também desempenham um papel na etiologia (TEMIZKAN et al., 2013). Há relatos de que a SRC acometa mais pacientes com história materna de diabetes insulino-dependente, com prevalência de 200 vezes mais. Já em pacientes normais, a incidência da SRC ocorre em 0,2 a 1% (ZAW; STONE, 2002). Muitos autores têm desenvolvido suas teorias a cerca do mecanismo da patogênese da SRC, no entanto, ainda não conseguiram entrar em um consenso. A maioria associa a distúrbios da neurulação primária ou secundária, desarranjo do mesoderma caudal precoce, abrangendo o seguimento mais caudal e a alteração generalizada na migração das células mesodérmicas durante o período do broto primitivo no desenvolvimento embrionário (ZAW;STONE, 2002). O diagnóstico da SRC constitui-se basicamente dos achados clínicos, sendo possível o diagnóstico ultra-sonográfico entre a 11ª e 23ª semanas de gestação, porém em alguns casos o diagnóstico só é confirmado por volta da 20ª semana (DINIZ et al., 2005). O tratamento possui intuito de observar e controlar os possíveis problemas cardíacos, pulmonares e renais. É importante a realização de cirurgias ortopédicas, a fisioterapia e do tratamento urológico para – 167 –


melhorar a qualidade de vida do paciente. Além disso, um controle metabólico na gestação se faz necessário neste sentido (KAHILOGULLARI et al., 2006). O prognóstico da doença depende da gravidade do defeito espinhal e das anomalias associadas, em casos mais complicados, geralmente há associação com problemas cardíacos, renais e respiratórios, que são responsáveis por morte neonatal adiantada. As crianças sobreviventes geralmente possuem função mental normal (AGUIAR et al., 2008). Com isso, concluímos que a SRC é uma patologia rara, com etiologia ainda desconhecida, porém, com forte relação com o diabetes materno insulino-dependente; que afeta o desenvolvimento da extremidade inferior, incluindo a região lombosacral, podendo ser identificada durante a gestação através de exames de imagem e o tratamento consiste basicamente em oferecer uma melhor qualidade de vida ao portador. Portanto, espera-se que os profissionais de saúde, especialmente enfermeiros, tenham informações a cerca do tema e busquem ampliar seus conhecimentos através de novas pesquisas, já que a enfermagem necessita estar capacitada para oferecer um cuidado eficaz e humanizado a portadores de doenças crônicas.

Referências ADECK, L. S. R; LEONE, R. C; RAMOS, A. L. J; KIM, A. C; GONZÁLES, H. C; BARBA, F. M, et al. Síndrome da regressão caudal em filhos de mãe diabética pós pancreatectomia. J Pediatr, v.58, p. 211-5, 1985. AGUIAR, S, M, H, C, A; MENEZES, T. E. C; ALMEIDA, P. O. Síndrome Da Regressão Caudal: Um Relato De Caso. Revista Odontológica de Araçatuba, v.29, n.1, p. 75-79, Janeiro/Junho, 2008. DINIZ, P; LIMA, M. A. C; WERNER, C; PORTARI, E. A; DALE, L. F; SIMÕES, S. L. Síndrome de Regressão Caudal em ICSI: Relato de Caso e Revisão da Literatura. JBRA - Jornal Brasileiro de Reprodução Assistida, v. 9, nº2, 2005. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa.4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. KAHILOGULLARI, G et al. Caudal regression syndrome diagnosed after the childhood period: a case report. Neuroanatomy, v. 4, p. 16–17, 19 July 2005.

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KAISSI, A. A; KLAUSHOFER, K; GRILL, F. Caudal regression syndrome and popliteal webbing in connection with maternal diabetes mellitus: a case report and literature review. Cases Journal. v. 1, p. 407, 2008. MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2005. PONCE, A. C. P; MONSALVE, M. C. R. M; GARIBAY, M. A. P; ANDRADE, S. I. Efecto de la diabetes materna eneldesarrollo fetal de humanos y ratas. Ginecol Obstet Mex, v. 73, p. 544-52, 2005. TEMIZKAN, O; ABIKE, F; AYVACI, H; YILMAZ, A; DEMIRAG, E; SANVERDI, I. Prenatal diagnosed caudal regression syndrome. Open Journal of Obstetrics and Gynecology, v. 3, p. 227-231, 2013. ZAW, W; STONE, D. G. Sindrome De Regressão Caudal Em Gestante Gemelar Com Diabetes Tipo II. J Perinatol. v. 22, p. 171-174, 2002.

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Tenissonovite: Alteração Muscular Waldynélia dos Santos Silva¹; Claúdia Maria de Souza² 1

Discente de graduação, Faculdade Santa Emília de Rodat, waldyneliasantos@outlook.com.br; 2 Docente,Faculdade Santa Emília de Rodat, e-mail: claudaudmsz@ig.com.br;

e-mail:

Palavras-chave: Inflamação, Tendões, Músculos. Mãos

Introdução A tenossinovite é uma inflamação do tendão ou da bainha sinovial de um músculo envolvido principalmente, acometido nos pulsos, mãos e pés são normalmente afetados. No entanto, a condição pode ocorrer em qualquer bainha de tendão. Esta inflamação pode ter uma evolução aguda ou crônica, assumindo uma forma serosa ou purulenta, e sendo específica ou inespecífica. A principal causa é relacionada a realização de movimentos repetitivos, porém existem outras etiologias que pode desencadear esta patologia. Diante do exposto, o estudo tem por objetivo, identificar na literatura pertinente ao tema tenissonovite: alteração muscular para um embasamento teórico profundo sobre as alterações anatomopatológicas preexistentes na patologia. A escolha do presente tema se deu por ser um assunto atual e bastante preocupante para as empresas que operam com tarefas repetitivas. Porém a população é leiga referente a esta doença por falta de divulgação, programas, palestras para diminuição da incidência sendo assim ocorrendo a prevenção e o diagnóstico precoce, para que de imediato possa ser realizado o tratamento junto com a equipe multiprofissional principalmente o enfermeiro para as orientações e recomendações ao cliente e os familiares. Metodologia O método utilizado para o desenvolvimento da temática em discussão é decorrente de um apanhado de caráter bibliográfico concretizado no acervo da Faculdade Santa Emília de Rodat – FASER/UNIESP, bem como em periódicos alusivos ao conteúdo abordado e informações adquiridas através de bancos de dados como SCIELO e MEDLINE, no período de 22 de março a 22 de abril de 2014.

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Resultados e discussão A Tenossinovite é utilizada usualmente para definir uma inflamação da membrana que recobre o tendão comum no abdutor longo e extensor curto do polegar do punho. Esta membrana tem a dupla função de lubrificação e nutrição do tendão, sendo que no seu interior é que ocorre o deslizamento dos tendões, quando da execução de qualquer movimento. Do ponto de vista anatômico o diagnóstico de tenossinovite é firmado toda vez que existe um componente inflamatório que engloba tanto a membrana sinovial quanto o tendão, como um bloco. É a tenossinovite, na grande maioria das vezes, uma consequência de alguma doença sistêmica. Podemos citar como exemplo de doenças que causam tenossinovite alguns reumatismos, doenças metabólicas, infecções, alterações hormonais e distúrbios imunológicos. Pode ainda a tenossinovite ser também secundária a trauma direto ou micro traumas de repetição. (STEVE PARKER,2012) Por vezes, a tenossinovite pode se instalar após um período de hiperatividade envolvendo uma determinada unidade músculo-tendínea, onde o estímulo anormal ou em excesso induz a sinóvia a aumentar a quantidade de líquido, na tentativa de melhora da lubrificação. Tal condição pode estar relacionada a um esforço repetitivo que, se ocorre dentro do trabalho.Em sua fase inicial, as tenossinovites por micro traumas de repetição são de fácil tratamento. A simples supressão do estímulo nocivo gerador da inflamação associado a medidas anti-inflamatórias locais e sistêmicas são, na grande maioria das vezes, suficientes para a cura do processo. Dentre os locais mais comumente acometidos pelas tenossinovites de MMSS temos os tendões flexores e extensores dos dedos das mãos, o tendão do abdutor longo e extensor curto do polegar (Síndrome de De Quervain), e os tendões dos flexores dos dedos (dedo em gatilho). (ANTONIO CARLOS , 2014) Os sinais e sintomas apresentado por esta patologia são diversificados como movimentação difícil de uma junta, inchaço articular na área afetada, dor e sensibilidade ao redor da junta, especialmente na mão, pulso, pé ou tornozelo, dor ao movimentar uma junta, vermelhidão no comprimento do tendão, acompanhado de febre, inchaço e vermelhidão podem indicar uma infecção, especialmente se uma punção ou corte tiver ocasionado esses sintomas. (ADAM, 2014) O diagnóstico será detectado durante a entrevista e anamnese do paciente com relação ao exame físico e com outros meios para detecção da patologia incluindo exames laboratoriais com o hemograma, raio-x, provas reumáticas para prestação de um atendimento imediato. A tenossinovite pode ser prevenida quanto antes for o diagnóstico precoce, melhor para não ocorrer complicações graves ao cliente, então incluindo na sua vida cotidiana meios saudáveis para não desencadear manifestações no paciente como na correção de posturas viciosas nos – 171 –


postos de trabalho, respeito as suas limitações em ritmo de trabalho, força física, pausas compensatórias, condicionamento físico adequado para a realização das tarefas a que se propõe (EDGARD IBRAHIM, 2011). A maioria das pessoas se recupera completamente com o tratamento. No entanto, se a condição for causada pelo esforço excessivo e a atividade não for interrompida, a tenossinovite pode voltar. Em condições crônicas, o tendão pode ser danificado e a recuperação pode ser lenta ou incompleta. São necessários antibióticos para tenossinovite causada por infecção, antiinflamatórios não hormonais, corticóides. Sem tratamento imediato, pode ocorrer rigidez ou dor permanente, então realização de fisioterapia e imobilização do membro. Os medicamentos antiinflamatórios não-esteroidais (FAINE), como ibuprofeno, podem aliviar a dor e reduzir a inflamação, em alguns casos graves, pode ser necessária cirurgia para retirar o pus ao redor do tendão. Se não houver infecção, uma injeção de esteroides pode ser usada para reduzir a inflamação na bainha do tendão. Depois de recuperado, realizar exercícios para fortalecimento usando os músculos ao redor do tendão afetado para ajudar a evitar a volta da lesão. (ADAM,2014) Cabe ao profissional de enfermagem incentivar o paciente a realizar exercícios específicos e apropriados de reabilitação, já que esse hábito pode proporcionar condicionamento muscular, evitando o surgimento de dores. Com a orientação do médico reumatologista e do fisioterapeuta, o profissional de enfermagem pode aplicar técnicas de força e resistência na reabilitação do paciente . Além disso o profissional deve proporcionar ao cliente repouso articular, cuidando com as atividades que possam agravar seu estado e trazer complicações ao cliente. Outras terapêuticas e cuidados também podem ser aplicados, e é de responsabilidade da equipe de enfermagem identificar cada caso e cuidar da melhor forma a situação que o paciente venha evoluindo. (SUZANNE SMELTZER et al.,2011). Referências 1-G.B.F. Bogliolo patologia. 8ed , guanabara koogan , rio de janeiro , 2012. 2- S.C.S;B.G.B et al . Tratado de enfermagem médico-cirúrgico. 12 ed , guanabara koogan , rio de janeiro,2011. 3- C.C.P. Vandececum de clinica médica . 3 ed, guanabara koogan , rio de janeiro , 2011. 4- S.P. O livro do corpoo humano. 1 ed, ciranda cultural , são paulo , 2012.

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5- C,A,N; Disponível em :http://www.lerdort.com.br/dd_tenossinovite.php , acesso em 15/04/14. 6J,M; Disponivel http://fisioterapiajoaomaia.blogspot.com.br/2013/10/protocolo-defisioterapia-para.html , acesso em 25/03/14.

em:

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Hipertermia Maligna, uma Doença Potencialmente Letal Márjory Medeiro Passos Teixeira1; Daniela Priscila Marchi-Salvador2 1

Discente do Programa Jovens Talentos para a Ciência, 4º Semestre do Curso de Medicina da UFPB, João Pessoa PB. 2 Docente, Departamento de Biologia Molecular, CCEN, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, João Pessoa PB, e-mail: danimarchi@dbm.ufpb.br

Palavras-Chave: Hipertermia Maligna, Temperatura Corporal, Doença Farmacogenética.

Introdução Miopatia rara e potencialmente fatal [1,2], a hipertermia maligna (HM) caracteriza-se por ser uma doença farmacogenética de herança autossômica dominante[2], sendo desenvolvido um estado hipermetabólico como resposta ao contato de um indivíduo com anestésicos voláteis (isoflurano, sevoflurano, desflurano e haloflurano)[3], relaxantes musculares despolarizantes (succinilcolina)[4,5] ou a partir da execução de uma atividade física extrema em locais com elevada temperatura [1,2]. É considerada a principal causa de morte por anestesia [6] (incidência estimada em 1:14.000 a 1:200.000 pacientes submetidos à anestesia geral) podendo ser desencadeada durante um primeiro contato com um anestésico ou em anestesias subsequentes, como ocorre em um terço dos casos[7]. Associada a mutações em variados genes, como, por exemplo, o MHS1 (gene situado no cromossomo 19 (19q13.1), o qual codifica o receptor rianodina do músculo esquelético) [8], a HM apresenta expressão clínica variável e penetrância incompleta [9-11], acometendo, mais comumente, crianças e indivíduos do sexo masculino, com rara incidência em idosos[9]. Em condições normais, a concentração de cálcio mioplasmático é regulada pelo receptor rianodina (RYR1) do canal lento de cálcio do retículo sarcoplasmático [12], porém, alterações funcionais do RYR1 acarretará em modificações na homeostasia do cálcio com rápido aumento intracelular desse íon pela hiperativação do RYR1, o que causa profundas mudanças no metabolismo das células musculares[13]. Com a redução dos níveis de ATP durante o estado hipermetabólico, há dificuldade de ocorrência do relaxamento muscular com consequente diminuição da concentração de oxigênio sanguíneo, produção de ácido lático (acidose lática), aumento da produção de dióxido de carbono e lise celular[14]. – 174 –


O aumento intracelular na concentração de íons cálcio (hipercalcemia) promove a ativação da fosfolipase A2 - enzima responsável pelo rompimento da membrana plasmática da célula muscular (sarcolema) com extravasamento de elementos constituintes do citoplasma (potássio, creatinina, mioglobina e creatinofosfoquinase e de proteases - enzimas capazes de degradar estruturas proteicas) [14, 15]. A hipercalemia (aumento dos níveis de potássio na corrente sanguínea) altera o potencial de membrana da célula muscular podendo comprometer a função cardíaca e gerar arritmias ventriculares. Ainda, o excesso de potássio em conjunto com o metabolismo do ácido lático contribui para o estabelecimento da acidose metabólica [16-18]. O excesso de mioglobina no sangue (mioglobinúria) [19], além de causar o escurecimento da urina, acarreta em lesão renal aguda com consequente falência renal. O aumento significativo da concentração da enzima creatinofosfoquinase (CPK) na circulação sanguínea observado em pacientes em crise de HM está relacionado à lise de células musculares esqueléticas, pois a CPK não possuir a capacidade de atravessar a membrana sarcoplasmática. A alteração na concentração da CPK hemática é um interessante indicador de lesões musculares [19] e, consequentemente, da instauração da HM. O objetivo do presente levantamento bibliográfico foi descrever a base biomolecular da Hipertermia Maligna, uma doença que é potencialmente letal, de origem em um canal de cálcio anômalo o qual promove a contração muscular sustentada. Ainda, informar a comunidade acadêmica e científica sobre a existência da doença, sua forma de desencadeamento e correlacionar com a biofísica de canais iônicos. Metodologia Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o funcionamento de canais iônicos anômalos e seu papel no mecanismo fisiopatológico da Hipertermia Maligna.

Resultados e discussão No decorrer da crise de HM, observam-se alguns sinais clínicos relevantes para o estabelecimento do diagnóstico: elevação do dióxido de carbono expirado, rigidez muscular (especialmente espasmo do masseter), hipertermia (podendo aumentar até 1°C a cada 5 minutos), taquicardia, rabdomiólise, hipercalcemia, hipercalemia, lactacidemia, mioglobinemia e insuficiência renal aguda [20]. Diagnosticada a crise de HM, deve-se interromper a exposição do paciente às substâncias que – 175 –


desencadearam a crise (anestésicos halogenados e bloqueadores neuromusculares despolarizantes), iniciar, imediatamente, a administração de dandrolene sódico (medicamento capaz de reverter até 70% das crises) e estabelecer medidas capazes de controlar ou prevenir as complicações associadas ao quadro clínico da doença (resfriamento corpóreo interno e externo do paciente, hiperventilação com oxigênio puro, controlar a acidose metabólica, tratar arritmias cardíacas, diálise para eliminar os resíduos do anestésico e auxiliar na filtração sanguínea para reverter a hipercalcemia, hipercalemia, lactacidemia e mioglobinemia)[21-25]. O método utilizado para o diagnóstico da HM é o Teste de Contratura Muscular à Cafeína e Halotano (CMCH). Para o exame diagnóstico é realizada uma biopsia extraída do músculo vastus lateralis ou vastus medialis. O fragmento muscular é longitudinalmente dissecado em tiras e o nível de contração muscular é avaliado antes e após a exposição à cafeína - halotano[26-30]. Indivíduos que possuem susceptibilidade à HM apresentam resultado positivo a pelo menos uma das substâncias utilizadas[31]. A importância do conhecimento e difusão desta doença na sociedade médica está relacionada à prevenção e a recuperação de pacientes em crise de HM. A necessidade de compreender detalhadamente os mecanismos fármaco-genéticos e biofísicos envolvidos nesta síndrome pode estimular a comunidade acadêmico-científica a desenvolver projetos de pesquisa para o estudo minucioso desta patologia de tão pouco conhecimento atual e de acentuada letalidade. Referências [1]

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7ª Jornada de biofísica radiológica DA UFPB

I Simpósio de radiologia da Faculdade santa emÍlia de rodat – 180 –


Ambiente Lúdico Como Método Facilitador para execução de Exames Radiográficos em Utentes Pediátricos Adriana da Silva Fonseca1, Amanda Rezende Carneiro1, Thamires Nunes dos Santos1 1

Tecnólogo em Radiologia, Faculdade Santa Emília de Rodat, FASER

Existe uma forma de terapia destinada a crianças que usa o brincar como forma de ajudar os pequenos a resolver situações ou dificuldades: a ludoterapia. A palavra ludoterapia é derivada da palavra inglesa playtherapy, podendo ser literalmente traduzida como terapia pelo brincar. Assim é possível afirmar que lúdico é aquilo que provoca lazer e divertimento. Nosso objetivo foi o de fazer comparações às reações comportamentais dos utentes pediátricos durante as realizações dos exames, antes e após a adaptação da sala de radiografia para um ambiente lúdico, observando suas reações. No âmbito da radiologia o lúdico é de grande estima para acalmar o paciente pediátrico possibilitando um exame mais tranquilo. Foi realizado uma pesquisa de campo descritiva e observacional com utentes pediátricos na sala de exames radiológicos no Hospital Infantil Arlinda Marques João Pessoa/PB. Durante a realização dos exames nos utentes pediátricos foi solicitada que os acompanhantes respondessem a um formulário elaborado pelas pesquisadoras como auxílio complementar da pesquisa de acordo com a escala de Likert. O primeiro questionamento abordado foi se a sala de radiografia com ambiente lúdico facilitou a realização do exame; de acordo com as respostas obtidas (39,7%) opinaram que esta foi uma ótima abordagem. O segundo questionamento levantado foi qual seria a opinião do participante com relação à abordagem realizada pelo profissional aos acompanhantes; (35,7%) revelou que eles receberam um excelente atendimento por parte dos profissionais. O último questionamento levantado para os acompanhantes foi com relação à abordagem do profissional quanto à faixa etária da criança; (39,3%) expressaram que tiveram uma excelente abordagem com relação aos utentes. Concluimos que o processo de intervenção da sala de radiografia permitiu a essas crianças uma resposta mais tranquilia quando comparadas as que realizaram exame antes das modificações, isso confirma a hipótese que o lúdico favorece a realização de exames em utentes pediátricos.

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Aplicações da Radioatividade na Agricultura Thassya Matias Ribeiro1; Thays Matias Ribeiro1*; Rayner Anderson Ferreira do Nacimento2; Daniela Priscila Marchi-Salvador3 1

Discente de Farmácia, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, e-mail: * thaysmribeiro1@gmail.com 2 Discente do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, Universidade Federal da Paraíba, UFPB 3 Docente, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, e-mail: danimarchi@dbm.ufpb.br

A aplicação da radioatividade na agricultura é uma técnica utilizada para melhoramento dos produtos alimentícios. A mesma age com bom poder de penetração sob todo o conteúdo do alimento, todavia não se podem usar radiações de alta energia, pois estas poderiam tornar o alimento radioativo. O objetivo desse trabalho é mostrar ao público que tal aplicação radioativa garante melhoramento e maior conservação dos alimentos, já que a irradiação de frutas, legumes, cereais, entre outros, diminui a quantidade de fungos e bactérias e a multiplicação desses microrganismos que são um dos principais causadores do apodrecimento dos alimentos. Trata-se de um trabalho de revisão da aplicação da radioatividade na agricultura cujo processo garante-nos segurança, pois a irradiação de 40 tipos distintos de alimentos foi aprovada pelas autoridades de vigilância sanitária e segurança alimentar de 37 países, incluindo o Brasil. Por sua eficácia e segurança, esse processo é recomendado sem restrições pela OMS e pela Organização para Alimentos e Agricultura das Nações Unidas (FAO). O mecanismo de ação da radiação de alimentos age diretamente nos componentes essenciais da célula (proteína e DNA) e indiretamente através de radicais livres formados a partir da água. Porém, o alvo principal do método é o DNA cromossômico. Por isso, devem ser utilizadas radiações do tipo beta e gama, visto que são capazes de penetrar o alimento superficial e internamente. Sabendo, porém que essa radiação é controlada, ou seja, acontece por um tempo prefixado e com objetivos bem determinados. Por exemplo, se o alimento for submetido a uma radiação de 200 000 a 500 000 rad (dose de radiação absorvida), ocorre sua pasteurização, ou seja, ele terá mais tempo de conservação, mas desde que seja guardado de forma específica. Todavia, se essa radiação for maior, entre 2 e 4 milhões de rad, ocorre o que é chamado de esterilização, sendo que o alimento poderá ser conservado por mais tempo mesmo em temperatura ambiente. Conclui-se então que os efeitos da aplicação radioativa tendem a espalhar seus benefícios, sendo essa a proporcionadora das melhorias na agricultura e saúde humana.

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Aplicações da Radioatividade na Indústria Gabriel Gouveia Rodrigues1; Gylvann Second Maciel de Andrade1*; Rayner Anderson Ferreira do Nacimento 2; Daniela Priscila MarchiSalvador3 1

Discente de Fisioterapia, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, e-mail: * gylvannsecond@gmail.com 2 Discente do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, Universidade Federal da Paraíba, UFPB 3 Docente, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, e-mail: danimarchi@dbm.ufpb.br

Através da tecnologia empregada aos diversos meios de produção, a radioatividade é um auxílio para a indústria. O foco é oferecer benefícios e segurança para a população. O objetivo do presente estudo é apresentar e descrever os tipos mais úteis de aplicações conhecidas. O processo de radiografia do tipo gama consiste na impressão de raios em um filme fotográfico, é fundamental para empresas aéreas a fim de analisar partes metálicas e soldas essenciais sujeitas a maior esforço. Outra aplicação é a técnica de verificação de níveis, onde é colocado uma fonte radioativa em um dos lados do recipiente e no outro um detector conectado a um aparelho de medição, quando o líquido atinge a altura desejada é soado um alarme e automaticamente o fluido para. Temos também a verificação de espessura em fábricas de papel, onde depois de pronto uma lâmina é colocada através de uma série de rolos, a fonte radioativa nesse processo é geralmente colocada por baixo da folha, em cima da lâmina há um dispositivo para interceptar os raios beta que atravessam o papel e registrar a consistência desse, quanto mais denso for maior é o número de raios atravessados, esse método é um dos mais precisos e de baixo custo. A técnica de esterilização é importante para instrumentos médicos como luvas, gases e outros materiais que não podem ser expostos a altas temperaturas, a radiação nesses casos consegue eliminar os patógenos encontrados sem danificar a forma original. Outro uso é o aperfeiçoamento de fibras, deixando-as resistentes, por exemplo o polietileno, a radiação une as cadeias paralelas muito longas das moléculas, fazendo com que o polietileno irradiado seja mais resistente ao calor tornando-o um ótimo revestimento para fios elétricos, já tecidos de lona, se tornam mais resistentes ao solo devido a união por radiação de um polímero adequado a uma fibra-base. Outro meio de aplicação na indústria é a geração de energia através do gerador de radioisótopo, que é uma fonte de energia leve, compacta e confiável reservada geralmente para o uso em locais remotos, a exemplo de operações espaciais como a apolo 12. Tendo como base o levantamento feito, percebemos que a radiação colabora positivamente com a indústria, desenvolvendo técnicas eficazes para melhor resultado e oferta de produtos. – 183 –


Aplicações da Radioatividade na Saúde Carlos Eduardo Menezes da Silva1; João Aragão Filho1*; Lucas Rodrigues de Santana1, Giuseppe Gianini Figueiredo Leite2; Daniela Priscila MarchiSalvador3 1

Discente de Fisioterapia, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, e-mail: * aragao.joaofilho@gmail.com 2 Discente do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, Universidade Federal da Paraíba, UFPB 3 Docente, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, e-mail: danimarchi@dbm.ufpb.br

A Radioatividade foi descoberta por volta de 1896, pelos físicos Antoine Henri Becquerel, Pierre Curie e Marie Curie, através da observação da instabilidade nuclear de alguns átomos. Já a introdução da mesma na saúde ocorreu inicialmente com a descoberta do raio X. Assim, o objetivo deste resumo é destacar principais formas de aplicações atuais, que vão desde os diagnósticos das enfermidades, até seus tratamentos; através de pesquisa bibliográfica com base em fontes especializadas no assunto. A própria Radiografia foi um dos primeiros métodos da utilização de radiação, no caso, um feixe de raios X ou raios gama atravessa a região de estudo e interagem com uma emulsão fotográfica ou tela fluorescente; sendo atualmente, comumente usada para diagnósticos. Já na Tomografia, que também serve para diagnósticos, há uma ligação do tubo de raios X a um filme radiográfico por um braço rígido que gira ao redor de um determinado ponto em um plano paralelo e, dessa forma, durante a rotação do braço, os pontos do plano do corte dão uma imagem nítida no filme, ao passo que nos demais planos, a imagem sai distorcida; então, obtêm-se imagens de planos de cortes sucessivos, como fatias secionadas, por exemplo, do cérebro. Um bom exemplo de tratamento é a Radioterapia, utilizada no combate a tumores malignos de câncer, com exposição específica das células contaminadas a grande quantidade de radiação gama () do cobalto-60, que consegue alcançar órgãos mais profundos, sendo mais eficiente na cura. Não há dúvidas da importância da radioatividade na vida humana, mas vale muito ressaltar que a exposição do corpo humano a radiação pode ser prejudicial, já que ela pode alterar o “relógio biológico” da célula, dependendo do tempo de exposição e até da região do corpo atingida, além da dose aplicada. Os pulsos, por exemplo, são mais resistentes à radiação, enquanto que a medula óssea é o órgão mais sensível. A relação estabelecida é de que a cada 10 milisieverts (unidade de medida dos danos biológicos) de radiação, o risco aumenta 0,17% de se ter um câncer.

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Bases Físicas Para o Exame de Mamografia Jhonata Roberto da Silva Carneiro1; Rayner Anderson Ferreira do Nacimento2; Daniela Priscila Marchi-Salvador3 1

Discente de Fisioterapia, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, e-mail: jhonataroberto@gmail.com 2 Discente do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, Universidade Federal da Paraíba, UFPB 3 Docente, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, e-mail: danimarchi@dbm.ufpb.br

Na última década cresce a preocupação com a melhor tecnologia que envolve a qualidade da imagem na mamografia, por exemplo, pelo melhor contraste das estruturas a serem analisadas, pois não há diferença nas densidades radiológicas no tecido mamário normal e o patológico. Os fatores que limitam o contraste inclui energia do feixe, processamento do filme, quantidade de radiação e condições de visualização. O equipamento de mamografia chamado de mamógrafo é constituído por tubos de raios X, filtros, colimadores, compressor, grade antidifusora, detector e controle de exposição. Os tubos de raio X são formados por uma ampola de vidro a vácuo, onde há o cátodo que e um alvo do ânodo. O ânodo possui uma janela por onde ocorre a passagem do feixe útil. O vácuo existente na ampola de raio X é necessário para evitar que os elétrons termiônicos colidam com os do ar a usando ionização e redução de energia cinética. A radiação de uma mamografia é a quantidade de raios X que são absorvidos no tecido mamário. Os médicos físicos sempre avaliam as doses de radiação para garantir uma dose suficiente para os exames do paciente, para que não exceda os limites regulamentares o intervalo de energia mais adequado está compreendido entre 14 e 25 kev. Logo, o benefício da mamografia é a capacidade de detectar o câncer precocemente, para que haja o devido tratamento e a obtenção da cura ou prevenção e para que o mamógrafo operar numa faixa de energia na qual crie uma imagem nítida, sem exceder a dose ao paciente, é necessário levar em consideração o alvo do tubo de raios X, filtração utilizada, tensão e intervalo de energia, superando o risco da radiação do exame.

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Tratamento de Queloides por Betaterapia ou Laserterapia Chirley Paiva do Amaral 1; Leânia Geriz Pereira de Oliveira1*; Silvana Venceslau1; Rayner Anderson Ferreira do Nacimento2; Daniela Priscila Marchi-Salvador3 1

Discente de Fisioterapia, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, e-mail: * leaniageriz@hotmail.com 2 Discente do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, Universidade Federal da Paraíba, UFPB 3 Docente, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, e-mail: danimarchi@dbm.ufpb.br

Queloides são um dos maiores problemas relacionados ao processo de cicatrização, se caracterizam por hiperplasia celular devida à presença de fibroblastos policlonais, intrinsecamente normais, que respondem a um sinal extracelular anormal. Existem diversas formas de tratamento. Entre as condutas terapêuticas destacam-se o uso de radioterapia local, betaterapia, placas de silicone, injeções de corticosteroides, laserterapia e cirurgias redutoras. O presente estudo teve como objetivo investigar na literatura pertinente subsídios capazes de identificar os tratamentos de queloides por betaterapia e laserterapia a partir de uma pesquisa bibliográfica. A laserterapia constitui-se em uma radiação eletromagnética específica obtida a partir de um mecanismo especial de emissão, em que determinada substância é estimulada a emitir radiação, a partir do fornecimento de energia aos seus átomos. A aplicação de laser sobre a cicatriz, após um procedimento cirúrgico, também pode ajudar a amenizar o desenvolvimento da queloide, porque o tratamento promove a bioinibição seletiva da produção do colágeno, uma vez que a energia emitida de um laser vascular é absorvida pela hemoglobina que gera calor e leva à necrose de coagulação e, consequentemente, à redução da cicatriz. Já a betaterapia é uma modalidade radioterápica que utiliza-se de radiação beta, proveniente de placas dermatológicas ou oftálmicas para tratamento de lesões à poucos milímetros de profundidade. O estrôncio-90 (Sr-90) é uma fonte de radiação beta de curta penetração, depositando altas doses à pequenas profundidades, reduzindo muito o risco de danos à tecidos sadios mais profundos. O ideal é iniciar a betaterapia o mais precocemente possível após a cirurgia. Concluir-se que os tratamentos de betaterapia ou laserterapia empregados em cicatrizes queloideanas respondem bem aos resultados, quando realizados precocemente.

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Contaminação Por Radionuclídeos Fernando Leonel da Silveira Pereira1*; Icaro Vasconcelos Pereira1; Giuseppe Gianini Figueiredo Leite2; Daniela Priscila Marchi-Salvador3 1

Discente de Farmácia, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, e-mail: * fernandoleonel.sp@hotmail.com 2 Discente do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, Universidade Federal da Paraíba, UFPB 3 Docente, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, e-mail: danimarchi@dbm.ufpb.br

O objetivo deste levantamento bibliográfio foi expor alguns exemplos de danos causados pela dispersão dos radionuclídeos no ambiente, assim como sua interação bioquímica no organismo do ser humano. Os radionuclídeos são átomos que estão em equilíbrio energético instável, por terem prótons ou nêutrons em excesso, têm “origem” antropogênica e dentre os mais de 200 existentes, destacamos os mais significantes na questão da poluição radioativa no ambiente, são o Césio-137, o Estrôncio90, o Urânio-235 e o Plutônio-239, sendo este último altamente nocivo, e é utilizado em reatores nucleares. A dispersão dos radionuclídeos na atmosfera resultou, inicialmente, de testes nucleares ocorridos no século passado, posteriormente, de acidentes com reatores nucleares e atualmente, do descarte inadequado de material radioativo (caso Goiânia/Césio-137), afetando o biótopo onde os resíduos são depositados. A ação química dos radionuclídeos (Césio-137 e Estrôncio-90) no organismo do ser humano, interagindo mais precisamente nos processos biológicos, é semelhante ao que ocorre com a interação do potássio e do cálcio, que tendem a se depositar nos tecidos muscular e ósseo, nessa ordem, causando mutações cromossômicas e gênicas de diversas ordens. A contaminação ocorre no organismo humano pela inalação, ingestão, exposição externa que se dá pela deposição do material radioativo no solo, ou pela água contaminada, que serve para irrigação de plantios e para o consumo da população. Há medidas que minimizam os efeitos da contaminação da chamada Síndrome Aguda da Radiação, são terapias que aceleram a eliminação dos resíduos radioativos do organismo, seguindo normas internacionais de descontaminação. A prevenção do impacto ambiental proveniente da radiação se dá pelo rigoroso controle da legislação, dos órgãos governamentais reguladores, da opinião pública e na prática, pelo armazenamento dos resíduos de forma que fiquem hermeticamente isolados do meio. Contudo, haverá a necessidade de aplicação de medidas mitigadoras, caso haja o vazamento de radiação, sendo necessária a recuperação de áreas e das populações atingidas pela radiação, mantendo dessa forma o equilíbrio ambiental.

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Análise de Padrões de Difração de Raios X em Cristais Ronaldo Aparecido Coelho1; Plinio Delatorre2 1

Discente do Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, Universidade Federal da Paraíba, UFPB 3 Docente Orientador, Universidade Federal da Paraíba, UFPB, e-mail: pldelatorre@gmail.com

Padrões de difração de raios X são observados quando a radiação eletromagnética colide com estruturas periódicas que apresentam variações de tamanho e comprimento de onda, fazendo com que estes apresentem características intrínsecas. O primeiro modelo de difração foi proposto por William Lawrence Bragg em 1912, como um meio para analisar a estrutura de cristais. As radiografias foram gravadas numa câmara de ionização e o nível de ionização foi medido em função do ângulo de incidência dos raios X. Usando este método, os Bragg foram capazes de determinar o espaçamento cristalino para um grande número de substâncias. Em 1919 A. W. Hull publicou um estudo intitulado "Um Novo Método de Análise Química" destacando que "(...) cada substância cristalina dá um padrão; a mesma substância dá sempre o mesmo padrão; e em uma mistura de substâncias cada um produz o seu padrão independente do outros." Uma boa análise do padrão de difração de raios X, permite uma melhor orientação para que a coleta de dados de difração de raios X possa ser efetiva e a estrutura molecular venha a ser resolvida. Este trabalho mostra várias situações reais de padrões de difração de cristais de proteína, de proteínas geminadas, de proteínas com formação de gelo, proteína em deformação, sal, DNA, pole cristais de proteínas. Os padrões de difração de raios foram obtidos no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron – LNLS, em Campinas/SP. As coletas dos padrões foram realizadas na linha de luz DB03-MX1. O comprimento de onda do feixe de raios X foi de 1,43 Å. Os padrões de difração obtidos permite uma boa análise de dados e mostram de forma clara as variações pertinentes a cada padrão de difração.

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Elucidação Estrutural de Macromoléculas Proteicas Utilizando a Radiação Sincrotron Laísa Vilar Cordeiro1*; Jephesson Alex Floriano dos Santos1; Daniela Priscila Marchi-Salvador2 1

Discente de Farmácia, Universidade Federal laisavilar@gmail.com 2 Docente Orientador, Universidade Federal danimarchi@dbm.ufpb.br

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Paraíba, Paraíba,

UFPB, UFPB,

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e-mail:

A cristalografia de raios X é o método mais utilizado para a determinação de estruturas tridimensionais de proteínas. A elucidação e análise estrutural de macromoléculas são possibilitadas após a obtenção de monocristais, os quais são submetidos a experimentos de difração de raios X. Os experimentos de cristalização requerem miligramas de amostra altamente pura e livres de contaminantes. Após obtenção da amostra purificada é o utilizado o processo salting-out – método da difusão de vapor. Formado um monocristal proteico, este é submetido à coleta de dados por difração utilizando um feixe de raios X com comprimento de ondas entre 50 a 0.5 Å. O subsequente processamento dos dados, bem como a determinação da estrutura oligomérica de macromoléculas é realizado “in silico”, utilizando softwares específicos. A fonte da radiação eletromagnética empregada no processo de elucidação estrutural de proteínas é do tipo Sincrotron e, o Laboratório Nacional de Luz Sincrotron (LNLS), localizado em Campinas – SP, dispõe de duas estações experimentais (linhas de luz MX1 e MX2) designadas para este tipo de experimento. A radiação Sincrotron é produzida por elétrons de alta energia acelerados por um acelerador de partículas e inseridos dentro de um anel metálico em meio a um ambiente de ultra vácuo. O raio X é emitido quanto os elétrons são obrigados a fazem curvas em uma órbita elíptica, pois a aceleração centrípeta faz com que um cone estreito de radiação seja emitido paralelo à velocidade instantânea do elétron quando este é desacelerado. Análises de estruturas tridimensionais de proteínas permitem inferir relações entre estrutura e função biológica, auxiliando na compreensão de seus mecanismos de ação e na proposição de inibidores alvos como protótipos para o planejamento e desenvolvimento racional de fármacos.

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Elucidação Estrutural de Uma Fosfolipase A2 Básica Complexada com N-acetil galactosamina Jephesson Alex Floriano dos Santos1*, Laísa Vilar Cordeiro1, Daniela Priscila Marchi-Salvador2 1

Discente de Farmácia, Universidade jephesson@gmail.com 2 Docente Orientador, Universidade danimarchi@dbm.ufpb.br

Federal

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Federal

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Paraíba, Paraíba,

UFPB, UFPB,

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Fosfolipases A2 (PLA2s) são enzimas pequenas, estáveis e cálcio dependentes que, especificamente, hidrolisam a ligação éster sn-2 de fosfolipídeos liberando lisofosfolipídeos e ácidos graxos. O objetivo deste estudo foi elucidar e analisar a estrutura tridimensional da BthTX-I (uma PLA2 básica isolada do veneno da serpente Bothrops jararacussu) cocristalizada com N-Acetil Galactosamina (sacarídeo presente em biomembranas). A estrutura do complexo BthTX-I+G foi obtida com o emprego da cristalografia de raios X. Experimentos para coleta de dados de difração de raios X da BthTX-I+G foram realizados no Laboratório Nacional de Luz Sincrotron (LNLS) em Campinas, SP, utilizando raios X com comprimento de onda de 1,43 Å, produzidos por uma fonte de luz Sincrotron. A elucidação estrutural foi realizada por substituição molecular e em seguida foram realizados ciclos de modelagem manual e refinamentos estereoquímico e posicional dos átomos que compunham a estrutura do complexo. A BthTX-I+G pertence ao grupo espacial P21 e apresentou resolução máxima de 1,95Å. Os valores de Rfactor e de Rfree foram 17,43% e 23,87, respectivamente. A estereoquímica do complexo foi satisfatória, apresentando 94,96% dos resíduos de aminoácidos dispostos em regiões permitidas do gráfico de Ramachandran. O complexo BthTX-I+G é composto por duas moléculas proteicas, quatro moléculas de sulfato, duas moléculas de polietilenoglicol 4000 e 258 moléculas de água. As informações obtidas nas análises estruturais tornam-se relevantes e podem ser empregadas no desenvolvimento racional de medicamentos e derivados de toxinas que poderão ser utilizadas, por exemplo, na obtenção de soros antiofídicos mais específicos.

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Exposição de Pacientes e Qualidade de Imagem em Radiografias de Tórax nas Projeções em AP e Perfil Aline Dayana Pereira da Silva1; José Bruno da Silva Leite2 1 2

Discente de Graduação, Faculdades Integradas de Patos, FIP Docente, Faculdades Integradas de Patos, FIP, e-mail: brunoleite82@gmail.com

Palavras-Chave: Exposição, Qualidade, Radiografias.

Introdução No Brasil, em 1998, foi publicada a Portaria nº 453/98, que estabelece as “Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, o que obriga serviços que utilizam raios X a se enquadrarem nessas diretrizes como também implantando programas de controle de qualidade em serviços de radiodiagnóstico (AZEVEDO, et al. 2005). A portaria contribui principalmente na exigência de implementação de programa de controle de qualidade em serviços de radiodiagnóstico, além de regulamentar os critérios de qualidade de imagem. Por outro lado a dose de radiação também poderá influenciar no resultado final do exame, além de produzir maiores efeitos deletérios ao organismo (LUZ, 2008). O Colégio Americano de Radiologia propõe técnicas de alta tensão (kV) para radiografias de tórax entre 120 a 150 e doses limites de 0.4 mGy para projeção em PA e 1.5 mGy para projeção em Perfil. A Comissão das Comunidades Europeias (CCE) recomenda tensões entre 100 a 150 e doses 0.3 mGy para projeção em PA e 1.5 para Perfil (ACR, 1990; CCE,1997). A Comunidade Europeia organizou um comitê que elaborou critérios para qualidade de imagem de radiografias de tórax em projeções PA e Perfil. Uma versão mais recente a cerca desses critérios foi publicada em 1996 (EUR 16260 EN- European Guidelineson Quality Criteria for Diagnostic RadiographicImages). Na nova versão são encontrados critérios classificados em três graus: VISUALIZAÇÃO – características anatômicas são detectadas, porém não são totalmente reproduzidas; REPRODUÇÃO – os detalhes anatômicos são identificados, mas não estão necessariamente claramente definidos; REPRODUÇÃO NÍTIDA – os detalhes anatômicos estão claramente definidos, observando os critérios determinados pela Comunidade Européia para critérios de controle de qualidade do tórax. – 191 –


Esse trabalho tem o objetivo de avaliar as condições de exposição dos pacientes submetidos a exames de raios X de tórax nas projeções anteropostarior (AP) e em perfil bem como a qualidade das imagens adquiridas. Esse estudo se torna relevante pelo fato de que a má qualidade de imagem radiográfica do tórax poderá interferir no diagnóstico médico podendo levar a um falso positivo e vice – versa, como também a alta quantidade de Kilovoltagem e miliamperagem, consequentemente dose de exposição, poderá levar a sérios danos a longo prazo tantos dos pacientes como também dos profissionais envolvidos no procedimento radiográfico. Metodologia A pesquisa trata-se de uma abordagem quali-quantitativa e exploratória. O estudo foi elaborado entre os meses de Fevereiro a Abril de 2014 no Hospital Regional na Cidade de Patos – PB no setor de Radiodiagnóstico por Imagem. O projeto de pesquisa passou pela aprovação do Comitê de ética e Pesquisa – CEP das Faculdades Integradas de Patos respeitando assim a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde que rege a ética na pesquisa envolvendo seres humanos direta ou indiretamente, além do projeto ser assistido pela Resolução 466/2012. Após a aprovação do CEP e autorização Institucional, os pesquisadores munido de um questionário contendo 5 questões de caráter sociodemográfico dos pacientes: Sexo, idade, peso, espessura do tórax e queixa, um Formulário contendo os critérios a serem avaliados nas radiografias de tórax em projeções PA e Perfil num total de 10 itens em projeção PA e 7 itens em projeção Perfil classificando cada critério em VISUALIZAÇÃO, REPRODUÇÃO E REPRODUÇÃO NÍTIDA além dos critérios de valores de Energia (kV e mAs) e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE, foram encaminhados ao campo de estudo. Foi utilizado sempre um tamanho único de filme (35x35 cm) a uma DFoFi de 1,80cm. Equipamento de raios X modelo EMIC 500 mA micro processado, uma processador convencional Macrotec, além de um negatoscópio de 1 corpo, uma fita métrica para mensurar a espessura do tórax do paciente. Resultados e Discussão Durante os meses de Fevereiro e Abril de 2014 foram avaliadas 75 radiografias apenas em projeções PA de pacientes atendidos no referido Hospital Regional. Dentre os pacientes analisados 38 pacientes (50,7%) eram do sexo Masculino e 37 (49,3%) eram do sexo Feminino. Quanto a idade dos pacientes 42 (56%) tinham acima de 43 anos e apenas 3 (4%) – 192 –


tinham entre 18 e 22 anos. Com relação ao peso dos pacientes a média foi de 65,78 kg apresentando um resultado mínimo de 35 kg e Máximo de 98 kg. Observado a espessura do tórax dos 75 pacientes analisados verificou-se que a média de espessura foi de 33,39 cm, tendo como espessura mínima 22 cm e espessura máxima 52 cm. Como queixa principal os pacientes apresentaram uma frequência maior 36 (48%) que estavam realizando o exame de tórax por suspeita de bronquite. A Tabela 1 apresenta os valores de Energia que foram analisados em radiografias de tórax em projeções PA. VARIÁVEL

MÉDIA

MÍNIMO

MÁXIMO

DesvPad

kV mA mAs

69,46 283,62 27,5

58 150 18

77 300 80

4,10 41,80 17,75

Tabela 3 - Valores médios, mínimo, máximo e desvio padrão dos dados energéticos Observa-se que o valor médio de kV foi de 69,46 em projeção PA obtendo um valor de 58 de tensão mínimo aplicado e 77 o valor máximo de tensão e um desvio padrão de 4,1. No tocante ao mA observou-se uma média de 283,62 de valores de corrente, um valor mínimo de 150 mA e um valor máximo de 300 mA, apresentando um desvio padrão de 41,8.Quanto ao mAs (miliamperágem x tempo) foi observado uma média de valor de 27,5 com valores mínimos e máximos de 18 e 80 respectivamente, desvio padrão de 17,75. Observa-se que os valores de kV estão abaixo do recomendado pela comunidade europeia que determina que os valores estejam entre 100 e 150 kV, além disso foi verificado que os valores de mA foram relativamente altos para uma radiografia de tórax em projeção PA o que justifica os valores baixos de tensão aplicada, no estudo, os valores de mA altos deixa claro que foram métodos de compensação para kV mais baixos, o que consequentemente aumenta a dose de entrada na pelo (DEP). No que se refere aos critérios de qualidade de imagem, avaliados 10 itens em radiografias de tórax em um total de 75 radiografias gráfico 1, observou-se que o ítem 1 correspondente ao critério – Executada em inspiração profunda (dez arcos posteriores) e apnéia em projeção PA esteve ausente em todas as radiografias de tórax avaliada que indica que todas foram executadas em inspiração profunda aumentando o arcabouço torácico e melhorando a qualidade da imagem radiográfica o que justifica o grande volume de exames radiográficos apontando reprodução nítida nesta variável 62 radiografias. Verificou-se que no ítem 10 que corresponde a variável do critério de visualização da coluna através da sombra cardíaca, 23 radiografias apresentaram apenas Visualização – 193 –


caracterizando que imagens anatômicas são detectadas, porém não são totalmente reproduzidas o que indica que a energia utilizada para estes exames produziram uma imagem sub exposta ou sobre exposta, verificouse também que no ítem 7 houve uma frequência de 26 radiografias que apresentaram reprodução nítida do diafragma e ângulos costo-frênicos. Dentre as variáveis avaliadas 13% apresentaram visualização entre os itens 2 a 10, 28% apresentaram reprodução do ítem 1 ao ítem 10 e 59% apresentaram reprodução nítida também do ítem 1 ao ítem 10.

Gráfico 1 - Frequência de 194 itens avaliados Quais foram os 10 ítens avaliados? O estudo demonstrou que os valores encontrados nos fatores de exposição (kV e mAs) demonstram uma disparidade no que diz respeito ao que é indicado pela comunidade europeia, valores baixos de kV justificam os valores altos de mA, e de certa forma potencializando a dose de exposição nos pacientes. Além disso, o indicador Reprodução Nítida esteve presente com maior frequência em todas as variáveis analisadas denominadas por itens de 1 a 10 o que de certa forma caracteriza um grande número de exames realizados com boa qualidade de imagem radiográfica.

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Referências AZEVEDO, A. C. P; MOHAMADAIN, K. E. M; OSIBOTE, O. A; CUNHA, A. L. L; FILHO, A. P. Estudo comparativo das técnicas radiográficas e doses entre Brasil e Austrália. Radio Bras, 2005. 343-346. AMERICAN COLLEGE OF RADIOLOGY.Standards for performance of adult chest radiography.Reston, VA: ACR, 1990 e 1993. BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico. Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária nº 453, Brasília, 1/6/98. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Cardeno de educação popular e saúde – Brasília: Ministério da saúde, 2007. 160p.:Il. Color,-(serie B. Textos Básicos de Saúde). COMMISSION OF THE EUROPEAN COMMUNITIES.CEC quality criteria for diagnostic radiographic images and patient exposure trial (EUR 12952).Maccia C, Moores BM, Nahrstedt U, et al., eds. Bruxelles, Belgium: CEC, DG XII, Radiation Protection Programme, 1997. LUZ, R. M. Estudo comparativo de dose e qualidade deimagem em exames de tórax realizados em sistema analógicos e digitalizados. Pontífica Universidade Católica do Rio Grande do Sul – TCC. Porto Alegre: 2008.

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Índice de Radiografias Rejeitadas na Cidade de Patos-PB Aline Dayana Pereira da Silva1, José Bruno da Silva Leite2 1 2

Discente de Graduação, Faculdades Integradas de Patos, FIP Docente, Faculdades Integradas de Patos, FIP, e-mail: brunoleite82@gmail.com

Palavras-Chave: Radiografias, Rejeição, Qualidade.

Introdução Segundo Bontrager (2003), a radiografia consiste em um filme ou película radiográfica que, após processada, forma a imagem de uma determinada área anatômica do paciente, cuja imagem formada é produzida a partir da interação dos raios X com o paciente, tanto pela absorção como pela atenuação da radiação X e consequentemente a interação destes com a emulsão constituinte no filme radiográfico. A imagem quando formada revelará no filme o contraste como elemento fundamental, sendo este definido pela escala de cinza, proporcionando melhor detalhe das estruturas anatômicas, como também as técnicas de posicionamento que podem influir diretamente na imagem final (RODRIGUES et al., 2010). Esta recebe influência de inúmeros fatores para que após ser revelada, a película apresente boa qualidade para o diagnóstico clínico. No entanto, erros técnicos ou de posicionamento do paciente podem induzir a rejeição de uma radiografia. A rejeição de filmes radiográficos acontece no momento em que a imagem projetada na película apresenta uma má qualidade para o diagnóstico médico e quando comparada a padrões de qualidade de imagem (NARDI et al., 2010). A realização deste estudo ocorreu devido à necessidade de uma pesquisa pioneira na cidade de Patos-PB, visando demonstrar a importância da qualidade de imagem no radiodiagnóstico médico atrelada a uma boa qualificação dos profissionais técnicos em conjunto com ótimas condições dos equipamentos de trabalho. Neste sentido, este trabalho teve o objetivo de avaliar o índice de rejeição dos filmes radiográficos na cidade de Patos-PB, bem como identificar os principais motivos para rejeição das películas radiográficas e ressaltar a importância do controle de qualidade em diagnóstico por imagem nos procedimentos radiográficos.

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Metodologia A pesquisa trata-se de um estudo quantitativo das radiografias rejeitadas pelo serviço público do Hospital Regional Deputado Janduhy Carneiro na cidade de Patos-PB, entre o período de Março 2011 e Abril de 2012. O material analisado foi composto por 1050 radiografias. Como critérios de inclusão dos exames radiográficos as radiografias rejeitadas por erro técnico, erro de processamento e rejeição médica. Como critérios de exclusão, o extravio de exames radiográficos. A coleta de dados ocorreu por meio de uma ficha de avaliação, contendo todos os fatores de rejeição das radiografias executadas no respectivo hospital, onde eram marcados os principais interferentes que ocasionaram erros durante a técnica e o processamento radiográfico. Os exames radiográficos foram realizados em um equipamento da marca EMIC de 500 mA convencional e processados em uma processadora da marca Macrotec Automática. Após as imagens serem processadas foram levadas até um nagatoscópio de um corpo e analisadas, levando em consideração os critérios de qualidade de imagem, tais como densidade, contraste, definição, artefatos, processamento, posicionamento correto da parte da ser estudada. Resultados e discussão Observa-se na Figura 1 o resultado da quantidade de radiografias consideradas adequadas e inadequadas ou rejeitadas para a avaliação médica. Constatou-se que do total de 1050 radiografias analisadas 974 (93%) foram satisfatórias para o diagnóstico clínico enquanto 76 (7%) foram consideradas insatisfatórias para a realização do laudo médico de acordo com os critérios médicos, consequentemente foram rejeitadas. Para Carvalho (2009) a radiografia de boa qualidade é de suma importância, pois acaba sendo, por diversas vezes, o único método para o diagnóstico de alterações patológicas anatômicas, complementando também a análise de diversos tipos de lesões de tecidos. Quanto aos erros nas técnicas de raios X, ao aparecimento de artefatos e falhas na revelação, a Figura 2 demonstra que, das 76 radiografias que foram rejeitadas 58 (76%) foram devido a falhas no momento da realização da radiografia. A presença de artefatos e problemas durante a revelação representaram 18 películas (24%) do total da rejeição. De acordo com Guimarães (2011), como requisitos para se obter uma imagem livre de rejeição, a mesma deve possuir definição de estruturas corporais com pouca distorção, maior grau de nitidez possível, excelente contraste, localização exata do filme sem presença de artefatos. – 197 –


Figura 1 - Índice de rejeição das radiografias em um Hospital Público de Patos- PB.

Figura 2 - Principais causas de rejeição das películas radiográficas em um Hospital Público de Patos- PB. – 198 –


Dos 58 filmes rejeitados por erros técnicos 36 (62%) ocorreram devido à técnica inadequada correlacionada com o excesso ou carência da quantidade de energia incidente sob o biotipo de cada paciente. Das 22 radiografias (38%) restantes, o erro técnico estava relacionado ao movimento do paciente durante a realização do exame radiográfico. De acordo com Rodrigues (2010) falhas no sistema de processamento automatizado de filmes provavelmente seja uma das causas do maior número de rejeição de películas. Das 18 radiografias rejeitadas por presença de artefatos na imagem e problemas na revelação dos filmes, 13 (72%) ocorreram devido a problemas técnicos com a processadora, 3 (17%) representam rejeição médica por aparecimento de manchas ou riscos e 2 radiografias (11%) correspondem a rejeição médica sem descrição do motivo. Segundo Magalhães (2002) na maioria das vezes a processadora encontra-se danificada pela ausência de manual de instrução, pela falta de manutenção e calibração correta e pela qualidade dos produtos químicos utilizados nos tanques. O baixo número de radiografias rejeitadas 76 unidades (7%) encontradas no estudo é preocupante devido a necessidade de uma nova exposição de dose de radiação X, além de demonstrar a falta de capacitação e excelência dos profissionais técnicos radiológicos que atuam no referido campo de pesquisa. É preocupante também o número de radiografias rejeitadas pela falta de manutenção no sistema de processamento, visto que o referido hospital é referência em Urgência e Emergência e realiza uma grande quantidade de exames diários, necessitando assim de otimização e qualidade no serviço. Outro ponto alarmante é que mesmo com essa quantidade de radiografias classificadas como rejeitadas pelo pesquisador, o médico emitia o laudo dessas imagens radiográficas sem qualidade. Os resultados encontrados demonstram a necessidade de buscar novas formas de aprimoramento das técnicas radiográficas, implantando programas e capacitações para os profissionais das técnicas radiológicas, e que permitam reduzir ainda mais o número de radiografias que são rejeitadas diariamente pelo serviço de diagnóstico por imagem, além de treinamento em proteção radiológica, a verificar que os profissionais das técnicas radiográfica envolvidos não utilizam dosímetros a 3 anos Referências BONTRAGER, Kenneth L. Tratado de Técnica Radiológica e Base Anatômica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. p. 15.

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CARVALHO, P. L.; NEVES, A. C. C.; MEDEIROS, J. M. F.; ZÖLLNER, N. A.; ROSA, L.C.L.; ALMEIDA, E. T. D. C. Erros técnicos nas radiografias intrabucais realizadas por alunos de graduação, RGO, Porto Alegre, v. 57, n.2, p. 151-155, abr./jun. 2009. GUIMARÃES, C.S.; PONTUAL, A. A.; KHOURY, H. J.; RODRIGUES, C. D.; ESTRELA, C.; SILVEIRA, M.M.F. Qualidade de imagens radiográficas processadas em consultórios odontológicos e em laboratório, Revista Odontológia do Brasil Central 20(52), p.79-80, 2011. MAGALHÃES L.A.G.; AZEVEDO A. C. P.; CARVALHO A. C. P. A importância do controle de qualidade de processadoras automáticas, Radiologia Brasileira 35, 357-363, 2002. NARDI, M.T.; MARQUES, B.S.; PORTO, L.V.D.; BACELAR, A.; FURTADO, A.P.A. Avaliação dos rejeitos radiográficos no serviço de radiologia do hospital de clínicas de porto alegre. Porto Alegre: Hospital das clínicas de porto alegre, 2007. RODRIGUES, R.P.; PALATO R.S.; LUVIELMO R.M.; GÓES E.G.; DITZ A.G. Controle de qualidade de imagens radiográficas em Hospital de Médio Porte, in: Congresso de Iniciação Científica XIX, Mostra Científica, Pelotas, 2010. p. 3-5.

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Avaliação da Integridade de Aventais Pumblíferos Utilizados na Radiologia Aline Dayana Pereira da Silva1; Jéssica Vieira Dantas1;José Bruno da Silva Leite2 1 2

Discente de Graduação, Faculdades Integradas de Patos, FIP Docente, Faculdades Integradas de Patos, FIP, e-mail: brunoleite82@gmail.com

Palavras-Chave: Análise, Avental, Radiologia.

Introdução A exposição a radiação ionizante é conhecida por produzir no ser humano efeitos deletérios, que podem ser imediatos ou tardios. É notório o crescimento do uso da radiação para fins diagnósticos devido o avanço tecnológico, trazendo modernidade e agilidade aos equipamentos, fazendo com que várias patologias sejam diagnosticadas precocemente, possibilitando também a realização de terapias de outras doenças por meio da radiação ionizante (SOARES et al., 2011). É de fundamental importância que os profissionais que atuam nessa área e que estão expostos diariamente a esses riscos tenham o conhecimento sobre radioproteção e as leis nacionais e internacionais, as quais objetivam propor medidas para reduzir a exposição de profissionais ou pessoas que por qualquer motivo submetem-se a processos de exposições radiológicas (SEARES e FERREIRA, 2002). As vestimentas de proteção radiológica é uma maneira simples e de baixo custo de se tentar reduzir a dose da radiação durante procedimentos radiográficos, dentre eles: óculos, luvas, protetor de tireóide, coletes, protetor de gônadas, aventais entre outros (SOARES et al., 2011). A Portaria 453/98, no item 4.45 obriga que seja feito um teste anualmente nessas vestimentas de proteção individual, para que se comprove que estão realmente íntegras e assim proteger o profissional e o indivíduo que necessite de um processo radiológico (PEREIRA e SOARES, 2011). Os aventais pumblíferos, utilizados por profissionais da radiologia, acompanhantes no auxílio a realização do procedimento e pacientes, fazem parte desse processo de radioproteção e que em muitos serviços de radiodiagnóstico por imagem os aventais não são acondicionados de forma correta, sendo utilizados em condições precárias de uso e em conseqüência diminuindo a integridade física do equipamento, aumentando assim a exposição a dose de radiação ionizante. Sabe-se – 201 –


que para manter a eficácia eles devem estar íntegros em toda sua estrutura, muitas vezes há falta de conhecimento por parte de profissionais da importância de se manter a integridade destes e, de se fazer anualmente um teste em vestimentas de proteção radiológica para confirmar se estão realmente protegidos, pois sabe-se que pacientes, meio ambiente e o próprio profissional estão sujeitos aos riscos inerentes à radiação ionizante. O interesse pelo tema do projeto surgiu da inquietância do pesquisador em verificar a eficácia das vestimentas pumblíferas, Município de Patos – PB. A pesquisa teve como objetivo avaliar a integridade física de aventais pumblíferos usados para radioproteção individual utilizados na radiologia diagnóstica e o acondicionamento das vestimentas correlacionando ao contexto da Portaria Nº 453/98 ANVISA/MS. Metodologia Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa, exploratória e descritiva relacionada à avaliação da integridade física dos aventais plumbíferos e opinião dos profissionais sobre o estado de conservação das vestimentas utilizados nos setores de radiodiagnóstico em clínicas e hospitais localizado na cidade de Patos no Estado da Paraíba. A população foi constituída por 40 profissionais que formam o plantão do hospital/clínicas de radiodiagnóstico por imagem correspondente a 100%, a amostragem foi constituída por 20 profissionais das técnicas radiológicas correspondente a 50% escolhidos de forma aleatória, quanto aos aventais foram investigados todos os aventais, correspondendo a 100%, que estivessem disponíveis na instituição. A coleta de dados foi realizada através de questionário biodemográfico com os profissionais das técnicas radiológicas de clínicas e hospitais da cidade de Patos - PB, foi utilizado também um formulário original para obtenção dos dados dos aventais e procedimentos realizados. Antes da realização dos testes nas vestimentas plumbíferas foram realizados testes pilotos nos equipamentos de raios X para verificação quanto ao seu estado de funcionamento como também avaliado por pré-teste o funcionamento do sistema de processamento das imagens radiográficas. Os dados foram obtidos utilizando um sistema tela-filme convencional e digital nos tamanhos 25 x 43 cm realizando duas imagens para cada vestimenta, dividindo assim o avental em duas partes, sendo uma na parte superior, região torácica, e outra na parte inferior, região gonodal. Logo em seguida as imagens foram processadas a analisadas em negatoscópios e tela computacional.

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Resultados e discussão Dos 20 profissionais que compõem a população em estudo, 10 (50%) são do sexo feminino e 10 (50%) do sexo masculino, no que diz respeito à idade dos inquiridos, esta variou de 20 até 65 anos, com média de idade de 32,4 anos Tabela 1. Foi observado que da amostragem pesquisada 16 (80%) tinha formação como Técnico ou Tecnólogo em Radiologia Médica e 4 (20%) não tinha formação na área. O número de horas que os profissionais trabalhavam por dia expostos a radiação ionizante tinham entre uma carga-horária mínima de 8 horas e máxima de 48 horas com média de 32,1 horas. O estudo constatou também uma média de realização de exames pelos profissionais de 50,6 exames durante a carga-horária de cada pesquisado com valor mínimo de 30 e máximo de exames 80. Foi observada, a resistência por parte dos profissionais de usarem as vestimentas de proteção radiológica, visto que 13 (60%) afirmaram usarem às vezes os aventais, 7 disseram não usarem (35%) e apenas 1 afirmou fazer uso do protetor de tireóide e do avental (5%), o que corresponde, dos 14 (100%) que utilizam algum tipo de EPI, 13 (92,9%) somente avental e 1 (7,1%) avental e protetor de tireóide. Em relação ao uso do dosímetro, 12 (60%) relataram não utilizar dosímetro, apenas 8 (40%) afirmaram utilizar o dosímetro. Quanto ao treinamento, 17 (85%) não receberam treinamento específico sobre prevenção e perigos no manuseio de equipamentos utilizando radiação ionizante e apenas 3 (15%) receberam o treinamento. Após a avaliação de 20 aventais pumblíferos utilizados por 5 instituições de diagnóstico por imagem, entre clínicas particulares e hospitais públicos Figura 1.

Figura 1 - Avaliação da integridade física de todas as instituições avaliadas – 203 –


Verificou-se que 15 aventais, correspondente a 75%, tinham sua integridade física interna e externa totalmente preservados sem a presença de fissuras na folha interna de chumbo como também na parte externa, foi constatado também que 4 aventais, se encontravam parcialmente íntegros, correspondendo a 20% da amostra inicial, pois apresentavam alguma alteração interna ou externamente mas que não comprometia totalmente a radioproteção do técnico ou do paciente. Apenas 1 avental, representando 5% da amostra estava totalmente não integro. A pesquisa mostrou que 20% dos profissionais avaliados não tinham formação técnica ou tecnológica em radiologia o que retrata a falta de conhecimento da utilização do EPIs. Mesmo com um número maior de profissionais que tinham uma formação foi visto que 95 % não utiliza nenhum tipo de EPI e apenas 60% utilizavam o dosímetro individual e 85% não havia recebido nenhum treinamento sobre radioproteção. Apesar de algumas anormalidades que puderam ser vistas nas instituições pesquisadas existe um grande número de vestimentas plumbíferas, em especial o avental plumbífero, que se encontravam em perfeito estado de conservação e integridade física, em consequência disso pode afirmar que a utilização desses aventais encontrados totalmente íntegros e em perfeito estado protegem os profissionais técnicos em radiologia como também pacientes contra a radiação ionizante utilizada em aparelhos de raios X, seguindo assim o determinado pela Portaria Nº 453 / ANVISA. Referências BRASIL. Portaria 453, 1º de junho de 1998. Diretrizes de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico. Diário Oficial da União, Brasília, 1998. DALENOGORE, M. O.; LUZ, R. M.; HOFF, G. Avaliação da integridade de vestimentas de proteção individual utilizadas na área de radiologia diagnóstica. In: XI Salão de iniciação cientifica, 2010, Rio Grande do Sul, PUCRS, 09 a 12 de agosto, p. 873-875 FERNANDES, G.S.; CARVALHO, A. C. P.; AZEVEDO, A. C. P.;Avaliação dos riscos ocupacionais de trabalhadores de serviços de radiologia, RadiolBras, Rio de Janeiro, p 279-281,2005 PEREIRA, A. G.; SOARES, F. A.P. Desenvolvimento de teste de integridade para vestimenta de proteção radiológica, Caderno de publicações acadêmicas, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, p. 27-32, 2011 – 204 –


SOARES, M. C.; FERREIRA, C. A. A importância do conhecimento sobre radioproteção pelos profissionais da radiologia, Núcleo de Tecnologia Clínica, Florianópolis, 2002 SOARES, F. A. P.; PEREIRA, A. G.; FLÔR. R. C. Utilização de vestimentas de proteção radiológica para redução de dose absorvida: uma revisão integrada da literatura. RadiolBras, Instituto Federal de Santa Catarina, p.97-103, mar/abr, 2011 SOARES, F. C. S. Avaliação de dispositivos de proteção individual utilizados em radiologia diagnóstica, 2006, 130 f. (dissertação para obtenção do grau de mestre em ciências na área de tecnologia nuclearaplicações) Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares autarquia associada à Universidade de São Paulo, 2006.

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A Jornada de Biofísica Radiológica da UFPB nasce em decorrência de um difícil instante de nossas disciplinas no Departamento de Biologia Molecular, imperativo, àquele tempo, revitalizar a Biofísica e valorizar seu conteúdo dentro dos diversos cursos que ela atende. Assim, as turmas atendidas por mim, no início de 2009, passaram a ter apresentações de painéis em sua terceira unidade como estratégia para aproximar o aluno de nossos temas, mecanismo que durante os três semestres seguintes teve bastante êxito. O redimensionamento da relação do aluno com a Disciplina encontra seu objetivo e renova a Biofísica, que passa a interagir mais fortemente com cada curso. Porém, o júbilo desta iniciativa estava restrito às turmas de enfermagem e medicina, os demais professores não aderiram à idéia. Com a chegada da Professora Daniela P. Marchi Salvador, enfim, surge a JORNADA DE BIOFÍSICA RADIOLÓGICA DA UFPB, aquele embrião toma outras dimensões. Em 2010.2 a 1ª Jornada de Biofísica Radiológica da UFPB foi uma realidade, muito pela iniciativa e força de trabalho da recém-chegada Daniela, porém, infelizmente, nem todas as turmas puderam participar deste primeiro evento. A revelia das dificuldades, a idéia da professora Daniela por um evento maior permitiu a integração dos alunos da maioria dos cursos atendidos pela Biofísica, mas ainda não de todos. Chega 2011.1 e o período de retrocesso das disciplinas de Biofísica, o qual durou de 2005 a 2010, finalmente acaba. Atualmente, as disciplinas de Biofísica contam com os Professores Ideltônio J. F. Barbosa, Daniela P. Marchi-Salvador e Plínio Delatorrre. A 2ª Jornada de Biofísica Radiológica da UFPB alcança todos os alunos matriculados em disciplinas de Biofísica oferecidas pelo Departamento de Biologia Molecular da Universidade Federal da Paraíba e, juntamente com a renovada equipe de professores a área de Biofísica se lança para novos horizontes, ruma à terra desconhecida, o futuro.

João Pessoa, 15 de junho de 2011

Prof. Dr. Ideltônio J. F. Barbosa – 206 –


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Comissão Organizadora Ana Sibelli Cordeiro Amorim (FASER) Aline Dias de Souza Andrade (FASER) Arunna Thallyta Alexandre de Pontes (FASER) Boal Jorge Silva Rocha (FASER) Bruna Monteiro Freire (FASER) Catiuchele de Vasconcelos Castro (FASER) Prof Clenia Maria Pereira Batista (FASER) Profª. Daniela Priscila Marchi Salvador (UFPB) Efigênia Rosa Faustino (FASER) Evelyn Andressa Barbosa Fernandes de Almeida (FASER) Ewellin Rhayane da Silva Nascimento (FASER) Felipe Augusto Maia de Barros Nóbrega (FASER) Giuseppe Gianini Figueiredo Leite (UFPB) Iderline Silva dos Santos (FASER) Ivancia Donato de Luna Sousa (UFPB) Josefa Correia de Araújo (FASER) Júlia Vitorino Sales (FASER) Kaline Mariano Valério (FASER) Kamilla Karla de Sá Gomes (FASER) Katiuce Monteiro da Silva (FASER) Maiara Joane Gonçalves Barreto (FASER) Nathalie Christinnan da Silva (FASER) Niviane Gomes da Costa (FASER) Patrícia Otávia da Silva Brito (FASER) Priscila Grazielle Araújo de Sousa (FASER) Rayner A. F. Nascimento (UFPB) Rodrigo Niskier (FASER) Sandra Maria Romão Lopes (FASER) Sidiane Ramos de Souza (FASER) Simony Ramos de Souza (FASER) Socorro Ventura Pereira Oliveira (FASER) Tatiana Francisca Barros de Oliveira (FASER) Taynna Henrique Pereira da Silva (FASER) Thales Henrique Pereira da Silva (FASER) Thayza Leonor Pereira Bezerra (FASER) Valgricia Matias de Sousa (UFPB)

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Comitê Científico Prof. Ariosto Teles Marques (FASER) Alexsandro Fernandes Marinho (FASER) Amanda de Araújo Alencar (FASER) Andrea Maria Rolim da Paz (FASER) Anna Cláudia de Andrade Tomaz (FASER) Ana Flávia Gomes de Britto Neves (FASER) Prof. Brígido Barbosa de Oliveira Júnior (FASER) Profª. Daniela Priscila Marchi Salvador (UFPB) Clenia Maria Pereira Batista Fábio Formiga Nitão (FASER) Isa Fernanda Moura (FASER) Ivancia Donato de Luna Sousa (UFPB) João Batista Rodrigues de Albuquerque (FASER) Karla de Castro Oliveira (FASER) Giuseppe Gianini Figueiredo Leite (UFPB) Prof. Gleydson Nicolau Bastos de Costa (FASER) Prof Max Well Caetano de Araújo (FASER) Mona Lisa Cavalcanti Cartaxo do Nascimento (FASER) Nilsonete Gonçalves Lucena (FASER) Rayner A. F. Nascimento (UFPB)

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Apoio

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