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Projetos Especiais EMPRESA RURAL

Aliando empreendedorismo e agropecuária, Programa Negócio Certo Rural orienta sobre práticas empresariais

Aplicar conceitos e iniciativas de gestão, com intuito de estimular o empreendedorismo no campo, transformando propriedades em verdadeiras empresas rurais. Esse é o objetivo do Programa Negócio Certo Rural (NCR), uma iniciativa do Senar/MS em parceria com o Sebrae/MS.

O NCR é um curso de curta duração, com foco no desenvolvimento empreendedor dos produtores rurais. Os encontros são divididos em cinco módulos, distribuídos em seis etapas. Todas as atividades são feitas para au- xiliar na melhoria do negócio rural já existente, ou na implementação de um novo projeto.

O instrutor da iniciativa em Mato Grosso do Sul, Hélcio Sandim, comenta que os produtores rurais do Brasil já mostram as competências e capacidade nas suas atividades. Porém, com o curso, a eficiência das propriedades pode ser elevada, transformando o entendimento dos produtores de que no campo existem grandes empresas rurais.

“No começo de cada turma sempre faço uma pergunta: ‘quem é um empresário rural?’ Às vezes, tem turma que ninguém levanta a mão. Os produtores não se veem como empresários. No curso buscamos alavancar a propriedade rural a partir de um objetivo, visando renda através da produção. Assim, nós mudamos o comportamento. Transformamos o sentimento também, o produtor passa a entender que ele faz parte da mudança e pode alavancar o agronegócio. Ele passa a se ver como um empresário rural, e a propriedade como uma empresa”, descreve Hélcio. Além de gerar conhecimento, o

Curso

Munir os produtores de informações. A partir deste tópico que os cinco módulos vão se desenhando para oferecer algumas condições aos proprietários. Hélcio explica que ao longo da capacitação os participantes conhecem conceitos e ferramentas para a elaboração de um plano de negócio.

Os cinco módulos do programa são:

1. Realize o diagnóstico da propriedade rural;

2. Identifique ideias de negócios;

3. Descreva o negócio;

4. Verifique a viabilidade do negócio;

5. Organize e administre o negócio.

Negócio Certo Rural pretende desenvolver atitudes que contribuem para a mudança de postura em relação ao planejamento e gestão da propriedade no campo. Ao fim dos encontros, os proprietários colocam em prática todos os aprendizados ao elaborar um plano de negócio que irá auxiliá-los nas tomadas de decisões.

“Todos os módulos são pensados para que os produtores tragam e aprendam cada vez mais. Tudo isso gera uma mudança. Eles produtores passam a pensar para além do sentido empírico, já que apresentamos a técnica. O grande objetivo é fazer com que a propriedade rural seja vista como uma empresa no campo. Apresentamos um norte para tudo isso”, comenta Hélcio.

O programa é oferecido pelos sindi- catos rurais de cada cidade do estado. O produtor também pode ser indicado após ter passado pelo atendimento da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG).

Cha

Todo o curso é fundamentado sob uma metodologia intitulada de CHA, que é a sigla para as palavras: Conhecimento; Habilidade; e Atitude. Hélcio explica que a partir dos primeiros encontros, os participantes começam estimular habilidades empreendedoras, que posteriormente vão gerar atitudes diferentes, com ênfase nas propriedades rurais.

“Através do treinamento, trazemos o conhecimento. A habilidade será trabalhada no programa com as ferramentas de gestão. Apresentamos formas de cálculo, utilização de calculadoras e técnicas empresariais para o campo. Realizamos também dinâmicas em grupo, para que o participante desenvolva atitude. Se ele enxergar de forma diferente, a atitude também será diferente”, disse.

O instrutor deixa claro que a metodologia, com visão empreendedora, tem a capacidade de ampliar os horizontes, oferecer possibilidades e evidenciar o potencial empresarial no campo.

“Vemos a mudança das realidades. Nós trazemos para o produtor uma visão para que ele enxergue sua propriedade como uma empresa. Além da teoria, nos últimos encontros vamos até a propriedade e buscamos entender os potenciais e déficits”, finaliza.