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Tendências de Mercado

Os analistas técnicos do Sistema Famasul, Eliamar José de Oliveira e Jean Carlos da Silva Américo, retratam o panorama atual de produtos do agro e as tendências baseadas nos principais indicadores e previsões de mercado. Confira:

BOVINOCULTURA DE CORTE

FRANGO DE CORTE

O segundo semestre teve início sem demonstrar direção clara para o preço da arroba. Constata-se o desequilíbrio entre oferta e demanda. A exportação segue em alta. A expectativa é que a retomada dos empregos e o recurso injetado na economia por meio dos auxílios financeiros do governo resultem em aumento de consumo e, combinado ao bom desempenho das exportações, possam reverter o movimento de queda dos preços da arroba.

O mercado de carne de frango tem se mostrado resiliente e registra desempenho positivo no início do 2º semestre. O preço do frango abatido no atacado de Campo Grande valorizou pelo quinto mês consecutivo e em agosto apresentou alta de 29,6% em relação ao mês de janeiro. A produção do setor ocorre de modo a se adequar ao consumo. Outro fator que contribui para reduzir o excedente no mercado interno é a exportação, o que ajudou a garantir menor volume de carne internamente.

Suinocultura

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção de suínos enfrentou muitas adversidades no primeiro semestre de 2022, em especial os produtores independentes. A remuneração foi prejudicada com o preço do suíno em baixa, o custo de produção em alta pressionando a rentabilidade do setor e reduzindo o poder de compra do produtor. Para o segundo semestre o cenário tende a ser melhor, porque o valor do suíno vivo se recupera, por conta das exportações e a melhora do consumo interno, enquanto os preços dos insumos cederam.

A produção de leite registrou queda de 4,83% nos sete meses de 2022 em relação a 2021. Os menores volumes foram nos meses em que as chuvas estão mais escassas e interferem na qualidade da pastagem. A perda na qualidade do pasto impacta no volume produzido, assim como o aumento do custo de produção. Os altos valores de insumos utilizados na alimentação animal, a valorização de combustível e a energia desestimularam incrementos na produção. A menor oferta elevou o preço.

Com área cultivada de 3,842 milhões de hectares (2,5% a mais que no ciclo passado) e produtividade de 53,4 sacas por hectare, a previsão é de uma safra recorde de 12,318 milhões de toneladas – segunda maior da história. Sexto maior exportador brasileiro, MS destina quase 80% dos embarques para a China. O aumento do custo dos insumos e a expectativa de crescimento na demanda favorecem o aumento dos preços da oleaginosa no mercado interno. SOJA

MILHO

Na segunda safra, a área cultivada deve totalizar 1,992 milhão de hectares. Com a expectativa de que a produtividade alcance 96 sacas por hectare, a produção deve atingir os 11,477 milhões de toneladas. Mato Grosso do Sul é o terceiro maior exportador do cereal. Os maiores compradores são Irã (41,18%), Japão (14,82%) e Egito (10,68%). A demanda internacional está aquecida, o que, junto com a alta dos custos dos insumos, favorece o aumento de preços no mercado local.

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