Edição comemorativa 30 anos FAJDP

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ENTREVISTA

EDIÇÃO COMEMORATIVA

VITOR DIAS PRESIDENTE DA DIREÇÃO FAJDP DE 1990 A 1991

Este ano a FAJDP completa 30 anos de existência e foste um dos elementos que esteve por detrás da sua criação aquando o 1º encontro regional de associações juvenis do distrito do Porto. Ainda te recordas desse dia? Qual a principal motivação por detrás da criação da FAJDP?

Em 30 anos quais as principais conquistas a nível do associativismo juvenil no Porto? O Porto e o Norte sempre foram pioneiros em muitas matérias. Existe na região uma forte tradição associativa e de participação social, cívica e politica. Também na área da juventude isso aconteceu. O reconhecimento político da importância do movimento associativo juvenil de base local foi muito importante. O estatuto de parceiro na definição das políticas de juventude, a participação nos processos de cogestão da área da juventude, a consolidação dos programas de apoio ao associativismo juvenil, o direito de associação de menores, o estatuto de dirigente associativo juvenil, o estabelecimento de programas de formação ou o apoio para a criação de infraestruturas e equipamentos de apoio à atividade associativa, foram algumas conquistas fundamentais e nas quais a FAJDP participou ativamente.

Sim, fui um dos que participei no processo de criação da FAJDP. Curiosamente, não consegui participar no 1º encontro. Era jogador de futebol e nesse domingo tive jogo e não pude. Foram outros colegas da minha associação, a Associação Avense AA78 que foram ao encontro mas eu fui eleito para a direção. A FAJDP surge num contexto muito próprio: tudo começa com o ano internacional da juventude, em 1985, e com a falta de apoios e de reconhecimento do movimento associativo juvenil de base local. O Conselho Nacional da Juventude também não permitia a integração de associações juvenis locais, só aceitava as de âmbito nacional. O que começou como uma luta para o reconhecimento da E quais as mudanças a serem, ainda, implementadas? importância deste movimento e de reivindicação por apoios financeiros, rapidamente se transformou numa A ideia que tenho é que houve algum retrocesso nos lógica de parceria e compleúltimos tempos. É necessário mentaridade. Tivemos intertrabalhar na consolidação da “É necessário trabalhar na locutores políticos a nível importância da educação não local e nacional que reconheconsolidação da importância formal; na criação de espaços ceram o nosso papel e a ime condições efetivas de partida educação não formal;” portância da nossa atividade cipação social e política, na e que nos integraram como participação efetiva dos jovens interlocutores e parceiros, representantes de um setor nos processos de decisão. Não basta dizer que há diálogo associativo que envolvia e envolve milhares de jovens e estruturado, que há políticas de juventude ou que há prode dirigentes associativos e de um movimento com uma gramas de apoio financeiro para as associações juvenis, atividade bastante relevante para as comunidades onde é preciso uma estratégia integrada, multidisciplinar que se inseriam, substituindo muitas vezes o estado central possibilite a criação de condições objetivas de descrimie as autarquias locais em muitas das suas atribuições. nação positiva, valorizando o movimento associativo e


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