Pombal ComVida | Verão 2022

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POMBAL ENGALANADA PARA VOLTAR A RECEBER FESTAS DO BODO

AGOSTO NÃO SERIA TÃO QUERIDO SEM AS TRADICIONAIS FESTAS POPULARES

INDÚSTRIA DOS CASAMENTOS SEM MÃOS A MEDIR A TANTO TRABALHO

POMBAL: O PRINCÍPIO DE UMA NOVA VIDA PARA MUITOS UCRANIANOS E BRASILEIROS

FALTAM BOMBEIROS NA CORPORAÇÃO DE POMBAL

ROTEIRO POR TERRAS DO MARQUÊS: ONDE COMER, PARA ONDE SAIR E ONDE DORMIR?

Imagem: DR
Pombal ComVida - Edição Especial Verão 2022

Editorial D

Ficha Técnica

PROPRIEDADE:

Festas e romarias a (A)gosto

epois de dois anos reduzidos à inércia de uma pandemia, que paralisou o país e o mundo, eis que, progressivamente, vamos regressando à (dita) normalidade das nossas vivências. E, desta forma, retomando certos hábitos, costumes e tradições que, até então, tínhamos como certos, mas que, subitamente, fomos forçados a abdicar, por tempo indeterminado, em prol de um bem maior: a nossa saúde.

Neste contexto, enquadram-se, entre tantas outras iniciativas de cariz sociocultural, as festas populares, os bailes de arraial e os não menos apreciados festivais de verão. Eventos que estão, finalmente, de volta às nossas aldeias, vilas e cidades para preencher a agenda dos meses mais quentes do ano, com a promessa de muita música, animação e momentos de convívio e confraternização, dos quais todos sentimos falta nestes últimos tempos.

É o que se espera, também, desta tão aguardada edição das Festas do Bodo, que regressa ao seu formato habitual, com espetáculos musicais, exposições, folclore, animação de rua, celebrações religiosas, carrosséis, mostra associativa e de artesanato, bailes, provas desportivas… tudo a que os visitantes têm direito! Numa programação, também recheada de novidades, em que não faltam motivos de interesse para visitar Pombal nos próximos dias. Sendo esperadas ainda mais pessoas do que o habitual, provenientes de várias regiões do país. Sem esquecer, os filhos da terra, dispersos

pelos quatro cantos do mundo, que, por estes dias, estão de regresso à sua terra natal para passar férias, matar saudades da família e amigos e, naturalmente, desfrutar do Bodo. O ponto de encontro privilegiado dos pombalenses!

De regresso, e sem quaisquer restrições de ordem pandémica, estão também os casamentos, tantos deles adiados sucessivamente. E se, para os casais, o adiamento das cerimónias foi um duro revés nos seus planos pessoais, não menos difícil foi para as empresas ligadas a este setor, que sofreram quebras de faturação altíssimas, em muitos casos superiores a 90%.

Casamentos, festas e romarias à parte, merecem também destaque nesta 3ª edição do ‘Pombal ComVida’ temas bem mediáticos da atualidade, entre eles o combate ao desperdício alimentar, a vaga de imigração, a crise de refugiados ucranianos, a importância do destralhar em prol de uma vida mais leve, havendo, ainda, lugar a uma entrevista com o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pombal, que traça um cenário pouco auspicioso para o concelho, em matéria de incêndios florestais!

Boas férias! Ótimo verão! E um Bodo com muita diversão!

B7 Agência de Publicidade & Factos Studio

REDAÇÃO:

Patrícia Ribeiro

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PAGINAÇÃO & GRAFISMO: Factos Studio

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Distribuição Gratuita

Edição pontual isenta de registo na ERC, ao abrigo da Lei de Imprensa 2/99, 13 de Janeiro, artº 9º, nº 22

3.500 exemplares

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Pedro Pimpão quer criar um concelho onde as pessoas se sintam bem e felizes

"Podemos construir grandes infraestruturas, mas se as pessoas não se sentirem melhor no seu território, esses investimentos não têm impacto nenhum!"

Pombal ComVida (PCV): Iniciou o mandato num período um pouco peculiar. Como tem sido gerir o Município de Pombal em tempo de pandemia? Quais as maiores dificuldades/constrangimentos sentidos no exercício da atividade?

Pedro Pimpão (PP) – O maior constrangimento sentido tem sido, de facto, a instabilidade, a vários níveis, causada pela pandemia do covid-19, que nos trouxe um conjunto de desafios, nem sempre fáceis de gerir. Quer a pandemia, quer agora também os efeitos colaterais da guerra, na Ucrânia, têm levado a que haja falta de matéria-prima para fazer face aos nossos compromissos, inflacionando muito os preços. O que, naturalmente, acaba por ter grandes implicações, nomeadamente, nas obras que queremos implementar no concelho. Este é, sem dúvida, um dos principais desafios que temos tido: o querermos avançar com um conjunto de investimentos importantes para

o concelho e sermos confrontados com muitas dificuldades de contexto, porque não há um nível de compromisso dos empreiteiros que seja de confiança para grandes investimentos em termos de obras públicas.

Quanto ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estamos atentos a ele e já submetemos várias candidaturas, o problema é que ainda não temos a real noção de quais serão as linhas de financiamento no âmbito do Portugal 2030. Portanto, e para quem quer preparar um mandato a quatro anos e pretende avançar com um conjuntode projetos no território, era importante que soubéssemos quais as linhas de financiamento que temos ao nosso serviço para implementarmos esses investimentos. Não sabendo, torna tudo mais difícil!

Não menos complicado, são os constrangimentos derivados da apertada malha jurídica e burocrática, nos diversos domínios, a

É, possivelmente, um dos mais jovens autarcas da região a liderar um Município, tendo feito 42 anos há menos de uma semana. No entanto, apesar da tenra idade para desempenhar estas funções, experiência nas lides políticas e autárquicas é coisa que não falta a Pedro Pimpão, que, antes de assumir, em outubro de 2021, a presidência da Câmara Municipal de Pombal, já havia passado pela Assembleia da República, onde foi deputado eleito pelo círculo de Leiria entre 2011 e 2019, e pela Junta de Freguesia de Pombal, a que presidiu entre 2017 e 2021. Pelo meio, contam-se, ainda, participações como presidente da Comissão Política da Secção de Pombal do PSD (2011-2017 e 2019-2021), membro da

nível nacional, que também não nos permite ter a agilidade necessária para avançar com um conjunto de projetos que pretendemos implementar durante o nosso mandato. Apesar de tudo, acreditamos que as dificuldades podem também ser um estímulo à criatividade e que os constrangimentos são desafios para superar, através de uma crença férrea na nossa comunidade e nas potencialidades do nosso território.

PCV: Não obstante todos esses constrangimentos, o novo executivo apresenta já alguma obra feita. Quais os principais projetos já implementados no concelho desde que assumiu a liderança da Câmara Municipal?

PP: O projeto mais relevante, em que as pessoas reconhecem essa intervenção física, não tenho dúvidas de que foi a construção do corredor ribeirinho do Arunca. Um investimento, avaliado em cerca de 700 mil euros, cuja implementação

Assembleia Intermunicipal da Região de Leiria (2013-2017), vereador da Câmara Municipal de Pombal (2009-2013), membro do Conselho Nacional do PSD (20182021), etc.

Em entrevista ao ‘Pombal ComVida’, Pedro Alexandre Antunes Faustino Pimpão dos Santos, casado e com dois filhos, falou dos grandes desafios e das principais conquistas alcançadas nestes 9 meses de liderança municipal, e revelou alguns dos projetos que espera vir a concretizar até ao final do mandato, tendo como prioridade “a felicidade e bem-estar” de quem escolher Pombal para viver ou trabalhar.

assenta em dois objetivos essenciais: por um lado, incentivar as pessoas a adotar estilos de vida mais saudáveis e a praticar exercício físico, seja a andar de bicicleta ou a fazer caminhadas ao longo do percurso de cerca de 4km; por outro, é também uma forma de devolvermos o rio à comunidade, fazendo com que esta desfrute mais do potencial e belezas paisagísticas deste importante património natural. Mas este projeto não se fica por aqui! A ideia é estendê-lo até Albergaria dos Doze, onde está situada a nascente do Rio Arunca, e depois, mais a norte, até Almagreira. Neste momento, estamos já a trabalhar na 2ª fase, que vai da Ranha de Baixo até Vermoil. É um projeto muito interessante! Outra intervenção relevante, levada a cabo nestes 9 meses de liderança autárquica, é a requalificação do Viaduto Engenheiro Guilherme Santos, no troço entre a fonte luminosa, no Largo do Cardal, e a rotunda de acesso à Zona Industrial da Formiga. Do conjunto de

trabalhos executados, fizeram parte a melhoria da rede de drenagem de águas pluviais, requalificação do pavimento betuminoso, instalação de sinalização e marcações rodoviárias e beneficiação da paragem Pombus, junto à rotunda de acesso à Zona Industrial da Formiga, onde têm ocorrido alguns constrangimentos no tráfego rodoviário. Trata-se de uma obra há muito desejada pela população, que veio dar uma maior dignidade à entrada sul da cidade de Pombal.

Entretanto, já inaugurámos as obras de requalificação do Largo da Machada e a bolsa de estacionamento na encosta do Castelo.

Mais importante do que as obras físicas, são, no entanto, os investimentos com impacto em termos imateriais na nossa comunidade

Mais importante do que as obras físicas, são, no entanto, os investimentos com impacto em termos imateriais na nossa comunidade, entre os quais destaco a assinatura de um protocolo com a AGILidades, uma spin off do Politécnico de Leiria, criada em 2018, que visa o desenvolvimento de Jogos Terapêuticos adaptados à comunidade geriátrica, logo com intervenção direta em instituições sociais que acolhem idosos, seja em centro de dia ou na valência de lar. Com a adesão a este projeto, que visa a reabilitação de pessoas com disfunção psicomotora ou cognitivo- motora, úteis no processo de reabilitação, Pombal passou a ser reconhecido como um Município que promove o envelhecimento feliz da população, e acho que isso é muito relevante. Paralelamente, realizámos também, em maio deste ano, o Congresso Internacional de Envelhecimento Ativo, onde fomos distinguidos como o primeiro Município, a nível nacional, a ser reconhecido como mérito social, pelo trabalho que desenvolvemos na área social e de apoio aos idosos, o que também é muito positivo. Em matéria de distinções, fomos também distinguidos com o prémio Autarquia do Ano, pelo projeto ‘Cacifo de Leitura’. Um projeto, promovido durante a pandemia pela Biblioteca Municipal, que permitiu o livre acesso ao livro e à leitura, de forma segura, numa altura em que o país vivia em confinamento.

Entretanto, avançámos também já com algumas candidaturas ao PRR, que, à partida, vão ser aprovadas. Nomeadamente, para a implementação, na zona histórica da cidade, de um espaço de coworking, de uso livre, para os profissionais

liberais poderem desenvolver e fazer crescer os seus projetos; e outra com vista à criação da Residência para Estudantes, em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria, com capacidade para acolher 42 alunos do Ensino Superior.

PCV: Que outros projetos tem na mira para os próximos anos?

PP: Um dos principais projetos para o futuro prende-se com a criação do novo Polo Inovação e Conhecimento, compromisso que já assumimos com o Instituto Politécnico de Leiria e que estamos a conceber conjuntamente. Muito brevemente, vamos avançar com as obras de requalificação da Escola Conde Castelo Melhor, na cidade de Pombal, a última grande intervenção que falta realizar ao nível das escolas do 1º ciclo do concelho, avaliada em mais de três milhões de euros. Estamos na fase final de preparação do projeto, para depois podermos avançar com o procedimento contratual. Estamos, ainda, em parceria com as várias Juntas de Freguesia do concelho, a fazer o levantamento dos principais investimentos necessários em cada uma delas, para, depois, fazer a ligação aos mecanismos de financiamento comunitário, no sentido de saber em que níveis vamos fazer essa intervenção. Portanto, projetos para os próximos anos não nos faltam! Tenhamos nós tempo para os conseguir pôr em prática!

Projetos para os próximos anos não nos faltam! Tenhamos nós tempo para os conseguir pôr em prática!

PCV: Como deseja ver o concelho de Pombal no final do mandato?

PP: O tempo passa rápido e quatro anos é muito pouco tempo para executar todos os projetos idealizados. Uma pessoa que chegue à Câmara pela primeira vez, que queira estar por dentro de todas as pastas e dossiers, projetar, envolver os diversos intervenientes e, posteriormente, lançar procedimentos concursais, com todos os pareceres necessários e sujeitos a tanta burocracia, não tem, de facto, muito tempo para conseguir implementar toda uma agenda reformuladora, como nós queremos implementar no concelho. Assumimos uma agenda de desenvolvimento para a próxima década, assente em três pilares, que promovam um concelho cada vez mais verde, mais digital e mais atrativo ao investimento económico e à fixação de pessoas, valorizando o nosso principal ativo:

os pombalenses.

O que eu desejo mesmo é criar condições para aumentar a qualidade de vida e o bem-estar de quem escolheu Pombal para viver ou trabalhar

Podemos construir grandes infraestruturas, mas se as pessoas não se sentirem melhor no território, esses investimentos não têm impacto nenhum e, portanto, o que eu desejo mesmo, e estou a trabalhar ferreamente nesse sentido, é criar condições para aumentar a qualidade de vida e o bem-estar de quem escolheu Pombal para viver ou trabalhar. Que, daqui a quatro anos, Pombal seja um concelho onde as pessoas se sintam bem e felizes, vivam de bem com a vida e tenham todas as condições para usufruir das várias dinâmicas no território. Para isso, é necessário dotar o concelho de uma oferta cultural dinâmica; espaços desportivos e de promoção de atividade física de qualidade; oportunidades de emprego qualificado; escolas modernas e acolhedoras; espaços verdes e de fruição da natureza; fóruns de inovação e criatividade; ter boas infraestruturas públicas, etc. Atrativos que possam contribuir para a fixação de mais pessoas no concelho, invertendo a tendência de diminuição e de envelhecimento da população verificada nos Censos de 2021.

Tudo faremos para honrar estes desígnios até ao final do mandato!

PCV: Para alguém que visita o concelho pela primeira vez, como é que o apresentaria? Que características distinguem este território do ponto de vista económico, empresarial, cultural e patrimonial?

PP: Pombal é um concelho onde se pode ter a melhor qualidade de vida a nível nacional, com o maior conforto e bem-estar. Um concelho muito privilegiado ao nível de acessibilidades, sendo atravessado pela principal estrada nacional (o IC2) e por duas importantes autoestradas (A1 e A17), e com uma ligação privilegiada ao interior do país e à Europa, através do IC8. Possui também duas importantes infraestruturas ferroviárias: a linha do Norte e a Linha do Oeste. A localização geográfica do concelho é extremamente atrativa não só para quem aqui vive e trabalha, como também para os investidores, pois

para além de ser equidistante entre as duas maiores cidades do país, está também muito próximo de grandes polos de Ensino Superior (Leiria e Coimbra), garantindo, assim, a facilidade de contratação de recursos humanos qualificados. Do ponto de vista patrimonial, apresenta características singulares resultantes de uma pitoresca conjugação do seu território, que se estende desde a serra até ao mar. A sua paisagem conjuga o cenário montanhoso da serra, em contraste com a mancha verde da Mata do Urso, onde brota uma praia (Osso da Baleia) com características ímpares: praia dourada, praia com bandeira azul e praia acessível a todos. Para além disso, é um concelho com um património históricocultural riquíssimo, que se orgulha de estar, também, associado a uma das figuras históricas mais relevantes da nossa história: o Marquês de Pombal. Destaco, ainda, o castelo templário, mandado erigir por Gualdim Pais, que dá alguma dimensão histórica e patrimonial a Pombal, fazendo com que as pessoas aqui tenham experiências únicas e diferenciadoras, que as deixem com vontade de regressar. Por isso, e para quem nos visita pela primeira vez, o que posso dizer é: venham a Pombal, aproveitem o que temos para vos oferecer e voltem sempre, porque de certeza que não se vão arrepender!

PCV: Uma mensagem aos nossos emigrantes que, nesta altura do ano, estão de regresso ao concelho para desfrutar das férias e matar saudades da família.

PP: Como estive meio ano a viver e a estudar em Espanha, no âmbito do programa Erasmus, tenho a perfeita noção do quão difícil é estar longe da família e das nossas origens.

A todos os nossos emigrantes que, por estes dias, regressam ao nosso concelho, o nosso Muito Obrigado por tudo o que têm feito por Pombal e pela sua terra

Portanto, a todos os nossos emigrantes que, por estes dias, regressam ao nosso concelho, o nosso Muito Obrigado por tudo o que têm feito por Pombal e pela sua terra. Que voltem cada vez mais vezes a Pombal e, sobretudo, que aproveitem as boas relações com o nosso território para aqui investir, porque precisamos que tenham um papel cada vez mais ativo no desenvolvimento do nosso território. Estaremos sempre de braços abertos para vos receber!

Pombal

Festas do Bodo retomam formato habitual, com muitas novidades

Após um interregno de dois anos, por culpa da pandemia do covid-19, que obrigou a organização a optar, em 2020 e 2021, por um modelo bem mais contido e discreto, as Festas do Bodo estão de regresso à cidade de Pombal entre os dias 28 de julho e 2 de agosto, retomando o formato a que há muito estávamos habituados. Entre espetáculos musicais, exposições, folclore, animação de rua, celebrações religiosas, carrosséis, mostra associativa e de artesanato, bailes, provas desportivas, há atividades para todos os gostos e idades na edição deste ano, que se apresenta recheada de novidades!

Desde logo, ao apostar numa nova imagem, “mais dinâmica, apelativa e inovadora”, precisamente para demonstrar a vitalidade, pujança e robustez dos seculares festejos, associados à modernidade. Patente, este ano, também na tecnologia 5G, que permitirá, entre outras vantagens, calcular o número exato de pessoas no recinto, de

forma a avaliar o real impacto do evento na economia local.

Novidade, é também a inclusão, no programa festivo, do Dia da Diáspora (2 de agosto), dedicado a todos os emigrantes do concelho que, nesta altura do ano, regressam à sua terra natal para passar férias e matar saudades da família e amigos.

Destaque, ainda, para a realização do Bodo dos Pequeninos, no espaço exterior das Piscinas Municipais, que contará com diversas atividades concebidas a pensar na diversão dos mais novos, desde jogos tradicionais, insufláveis, uma quinta pedagógica, pinturas faciais, modelagem de balões, concertos musicais, etc.

Também ao nível desportivo haverá novas atrações, designadamente a realização do I Passeio de BTT – Circuito dos Fornos do Bodo. Prova à qual se juntam as já habituais Caminhada do Bodo (3 km), Corrida das Farturas (3 km) e a 38ª Prova do

Bodo (10 km), este ano batizada de ‘João Faria’ como forma de homenagear “uma personalidade ímpar de Pombal” que, durante vários anos, enquanto atleta, conferiu algum brilho a esta atividade.

Mas a maior atração dos festejos são, sem dúvida, os espetáculos musicais que, como habitualmente, terão lugar no Largo do Arnado. Pelo palco passarão nomes bem conhecidos do panorama musical nacional, nomeadamente Dino D’Santiago, Pedro Abrunhosa, Wet Bed Gang, Anjos, Os Quatro e Meia e Quim Barreiros. Havendo também espaço para os artistas locais que, quase todas as noites, farão a abertura dos concertos. Uma forma que a autarquia encontrou para valorizar e dar visibilidade aos projetos musicais made in Pombal.

Estas e outras novidades foram anunciadas pelo presidente da Câmara Municipal, na cerimónia de apresentação do programa,

que decorreu a 27 de junho, no Jardim das Tílias, junto aos Paços do Concelho.

Na ocasião, Pedro Pimpão não escondeu a sua satisfação e entusiasmo pelo retomar do evento na sua plenitude, agora sem restrições de ordem pandémica. O qual, a seu ver, “espelha a alma e essência do povo pombalense”, associados à matriz religiosa de devoção à Nossa Senhora do Cardal. “É uma festa diferente de todas as outras, porque mantém uma matriz muito vincada do ponto de vista religioso, que queremos preservar”, afirmou o autarca, convicto de que, se a pandemia não evoluir negativamente, as Festas do Bodo vão atrair ainda mais gente do que em edições anteriores. Não só porque “as pessoas anseiam por estes momentos de convívio, diversão e confraternização”, mas também porque “a qualidade e diversidade do programa festivo” assim o determinam. “Tem tudo para ser um sucesso”, rematou.

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Um programa para todos os gostos e idades

Apesar de terem início na quinta-feira (28 de julho), com a realização, na Igreja do Cardal, da tradicional missa e proclamação da palavra, seguida da procissão de velas, sendo a noite animada, musicalmente, pela atuação de Dino D’Santiago, só na tarde de sexta-feira (29 de julho) é que terá lugar a sessão solene de abertura das Festas do

Bodo. A mesma terá início cerca das 17h30, no salão nobre dos Paços do Concelho, seguindo-se a visita das entidades oficiais às várias exposições, patentes em vários espaços da cidade. Pelas 21h30, será disputado um jogo de futebol entre Pombal e Biscarrose, no Estádio Municipal e, às 22h30, subirá ao palco do Largo do Arnado a banda pombalense Quinta-Feira

12, seguida do conhecido artista Pedro Abrunhosa.

A animação prossegue no sábado (30 de julho), com as cerimónias comemorativas do XV Capítulo da Confraria do Bodo (11h), concerto dos Super Wings/ Clube Panda (16h30 e 18h), 38ª Prova do Bodo ‘João Faria’ (19h30), Corrida das Farturas (20h) e Caminhada do Bodo (20h). Às 22h30, haverá dois concertos: o da Filarmónica Artística Pombalense, com a participação de João Silva e Ricardo Silva, no Jardim do Cardal; e o dos Wet Bed Gang, no Largo do Arnado.

O momento alto do domingo (31 de julho) acontecerá às 17h, com a missa solene em honra de Nossa Senhora do Cardal, seguida da procissão pelas ruas da cidade com as tradicionais insígnias de todas as capelas da Paróquia. Pelas 21h30, terá lugar, no Jardim do Cardal, o Festival de Folclore com transmissão em direto pela Folclore TV. Para as 22h30 está prevista a atuação dos Anjos, finda a qual terá início o espetáculo piromusical, com lançamento de fogo de artifício a

partir do castelo e Rio Arunca. A noite de segunda-feira (1 de agosto) será preenchida com o concerto de Tiago Silva, que contará com a participação de Íris Silva, previsto para as 21h30, no Jardim do Cardal; e com a atuação de Os Quatro e Meia, que subirão ao palco do Largo do Arnado cerca das 22h30, trazendo consigo duas convidadas especiais: Bárbara Tinoco e Carolina de Deus.

Para o último dia dos festejos (2 de agosto) está reservada a homenagem aos emigrantes de Pombal (Dia da Diáspora), sendo de destacar, também, a atuação do artista Quim Barreiros (22h30).

Do programa festivo, que poderá ser consultado na página do Facebook do evento, constam, ainda, os famosos bailes da pérgula, a atuação de vários Dj´s prata da casa, arruadas com gigantones e grupos de gaiteiros, sessões de videomapping na Casa Varela, animação de rua, etc.

Motivos de sobra não irão, certamente, faltar para visitar as Festas do Bodo entre os dias 28 de julho e 2 de agosto.

Imagem: DR
Os Quinta-Feira 12 voltam a tocar no palco do Arnado no dia 29

Festas populares regressam sem restrições, mas com orçamentos mais reduzidos

oucas foram as festas populares e demais iniciativas de cariz sociocultural que se realizaram, nas aldeias, vilas e cidades dispersas por esse país fora, nestes dois anos de pandemia do covid-19. Os poucos eventos que resistiram fizeramse sob apertadas medidas restritivas, impostas pela Direção Geral de Saúde (DGS), adotando formatos bem diferentes daqueles a que estávamos habituados.

Com a entrada de Portugal numa nova fase da gestão pandémica e com o fim das restrições, já sendo possíveis os ajuntamentos e as atividades de toda a espécie, muitas comissões, paróquias, municípios e autarquias já começaram a anunciar a retoma dos seus eventos e, em Pombal, não é exceção.

O ‘Pombal ComVida’ contactou algumas dessas entidades organizadoras para tentar perceber que alterações foram introduzidas, de que novidades se revestem e em que moldes irão decorrer, este ano, os tradicionais festejos populares, dos quais praticamente todos sentiram a falta, quanto mais não fosse pelos momentos de convívio e confraternização que proporcionam.

O que aqui lhe apresentamos é apenas uma pequena amostra do tanto que se faz no concelho de Pombal a este nível, sobretudo em agosto, o mês por excelência das festas, romarias e bailaricos, sendo que muitos desses eventos já decorreram, também, nos meses de junho e julho.

com Bodo em Abiul

Agosto sempre foi sinónimo de festa rija em Abiul. Exceto nos últimos dois anos, em que não se puderam realizar as tradicionais Festas do Bodo, que estão de regresso a esta vila e sede de freguesia entre os dias 4 e 8 de agosto, numa organização partilhada entre a Junta de Freguesia e a Igreja.

Com epicentro na zona histórica, os dois primeiros dias dos festejos estarão por conta da Igreja, numa vertente mais religiosa, em que se evoca a padroeira do lugar: Nossa Senhora das Neves, com a celebração, no dia 5, da habitual missa, seguida de procissão.

Mas falar do Bodo de Abiul é, também, falar das tradicionais corridas de touros, que acontecerão, na mais antiga Praça de Touros de Portugal, tanto na noite de 6 de agosto (22h), com a corrida de touros à portuguesa, como na tarde de 7 de agosto (18h), com a corrida de touros mista (a pé e a cavalo). Ambas consideradas as maiores atrações dos festejos, que trarão, certamente, muita gente às ruas da vila. “As expetativas são muito altas, até porque, no sábado, vamos ter a participação de um dos melhores cavaleiros do mundo, o espanhol Pablo Hermoso”, afirmou-nos a presidente da autarquia local, Sandra Barros, fazendo votos para que a Praça de Touros consiga lotação esgotada. Destaque, ainda, para a noite de fados no último dia dos festejos, bem como para os tradicionais bailes populares, a terem lugar todas as noites.

Festas de Carnide mais cautelosas no que toca ao orçamento

Em Carnide, ultimam-se também os preparativos para as tradicionais Festas de Santo Elias, que terão lugar de 4 a 8 de agosto. Este ano, contando com um orçamento bem mais contido comparativamente ao de edições anteriores, já

que os tempos não estão para grandes ‘esbanjamentos’, conforme nos deu conta um elemento da Comissão de Festas da Igreja. “Vivemos tempos, financeiramente, muito difíceis e com tendência a piorar, causados pela pandemia e guerra na Ucrânia. Por isso, não quisemos arriscar e optámos por um orçamento mais reduzido, até porque os apoios que dispomos também são escassos”, justificou Odete Pereira, realçando a aposta, nesta edição, em teclistas, bandas e DJ’s da região.

Os únicos artistas a vir de longe serão mesmo o Quim Roscas e Zeca Estacionâncio, que atuarão na noite de segunda-feira (dia 8), naquele que será, provavelmente, o dia mais concorrido dos festejos.

Agosto rima
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dos

Apesar desta paragem forçada pela pandemia, a Comissão de Festas em honra de Nossa Senhora dos Remédios, nos Vieirinhos, na freguesia do Carriço, constituída só por mulheres (contando, forçosamente, com a ajuda dos maridos!), nunca deixou de trabalhar. E, nestes últimos dois anos, continuou com a habitual venda, porta à porta, de tremoços e merendeiras para angariar dinheiro para a realização dos tradicionais festejos anuais. O mesmos irão decorrer entre os

Em período pós pandemia, e há dois anos sem se fazer nada, também a Comissão de Festas de Matos da Ranha optou por “jogar pelo seguro”, dispensando, este ano, a contratação de artistas do panorama nacional musical, que absorve sempre uma boa parte do orçamento. “Como é o primeiro ano desta Comissão e o primeiro depois do covid, temos que ter um pouco de juizinho para não haver derrapagens!”, afirmounos Toni Calvario, garantindo que, embora sem esses artistas de renome, animação e diversidade não irão faltar nos quatro dias dos

dias 4 e 7 de agosto, dentro dos moldes das edições anteriores, mantendo a aposta num programa vasto e diversificado em termos de animação musical, com atuações sucessivas de organistas, bandas e DJ’S, todas as noites. “São 8 ou 9h seguidas de música sem parar! Já fazemos este formato há vários anos e tem corrido muito bem, porque, não havendo momentos mortos, as pessoas acabam por permanecer no recinto durante muito mais tempo!”, referiu-nos o porta-voz do grupo feminino, Celso Pisco, realçando, também, a aposta da organização em grupos musicais oriundos da região. “Há que valorizar o que é nosso! E isso serve, igualmente, para os profissionais do som, da eletricidade, etc., que também são todos aqui da zona”, dissenos, fazendo votos para que a edição de 2022 alcance o mesmo sucesso de anos anteriores.

as idades

festejos (de 5 a 8 de agosto), que contam com algumas novidades. Nomeadamente, em matéria de atividades desportivas, com a realização da 1ª Caminhada Noturna (dia 5) e do 1º Passeio de Motas (dia 6).

Também pela primeira vez, haverá, na tarde do dia 7, um Espaço Kids, com atividades concebidas a pensar na diversão dos mais novos, desde insufláveis, pinturas faciais, modelagem de balões e espetáculo de dança.

A estas iniciativas somamse, ainda, uma exposição de artesanato, bailes, atuação de DJ’s, arruadas, fogo de artifício, etc. “Não será, com certeza, por falta de animação que as pessoas vão deixar de vir”, afiançou Toni Calvario, mostrando-se bastante expetante relativamente à afluência de visitantes. “As expetativas são altas, porque as pessoas estão desejosas para sair de casa e divertirem-se”, considerou.

junho, o presidente da autarquia local, José Manuel Marques, que tenciona manter este modelo nos próximos três anos.

De resto, mantém-se tudo mais ou menos idêntico, com as habituais exposições, tasquinhas, procissão de velas, folclore,

sem esquecer os tão apreciados espectáculos musicais, que voltarão a contar com nomes bem conhecidos do panorama nacional. Nomeadamente: Farra Minhota (dia 12), Bárbara Tinoco (dia 13), Amor Electro (dia 14) e Toy (dia 15).

Festas do Cabeço sem artistas nacionais

Também em formato mais económico é como se apresentam, este ano, os festejos em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem, no Cabeço, na freguesia do Carriço, que terão lugar nos dias 14 e 15 de agosto. “Como não sabemos se vamos ter muita ou pouca gente e com que apoios poderemos contar da parte de quem vem, optámos por não trazer cá grandes nomes da música popular portuguesa”, disse-nos um dos elementos da Comissão, Ricardo Grilo, justificando a redução do

orçamento também com o facto da Comissão de Festas se encontrar em fase de transição, sendo, nos próximos anos, assegurada por um grupo de jovens, com idades compreendidas entre os 19 e os 30 anos. “Nesta edição já vamos contar com a ajuda desta juventude e, também por isso, decidimos fazer algo mais pequeno para que se integrem mais facilmente neste espírito festivo, porque, para o ano, já vão ser eles a pegar nisto!”, congratulou-se.

Do programa das festas constam a atuação, na noite de 14 de agosto, da Banda 3D, seguida da animação com DJ e, no dia 15, a celebração da missa, seguida de procissão, venda do ramo e atuação da Filarmónica da Guia, sendo a noite animada musicalmente pela Banda JL6.

Mais um dia de festa na Ranha de S. João

Depois de uma paragem de dois anos, sendo que, em 2021, apenas se fez um pequeno convívio para assinalar a data, a nova Comissão da Capela da Ranha de S. João, na freguesia de Vermoil, está cheia de vontade de devolver à comunidade a grandiosidade dos festejos E a prova é que, em vez dos habituais três dias, a festa em honra de Nossa Senhora da Nazaré irá prolongar-se, este ano, por mais um dia, decorrendo de 13 a 16 de agosto. “Como o dia 13 calha a um sábado, aproveitámos para estender a festa por mais um dia, até porque as pessoas estão

Sobejamente conhecidas a nível regional, as festas em honra de Nossa Senhora da Boa Morte estão de regresso à vila do Louriçal entre os dias 12 e 15 de agosto, com uma grande novidade: a entrada será gratuita, de forma a compensar as populações dos efeitos causados por estes dois anos de pandemia.

Disso mesmo deu conta, na cerimónia de apresentação oficial do cartaz, realizada a 30 de

desejosas por estes momentos. Foram dois anos muito difíceis e agora é tempo de aproveitar e usufruir do que de melhor se faz no concelho em matéria de eventos socioculturais”, afirmou Virginie Ferreira.

No dia 13, o destaque vai para a Festa da Cerveja com a animação a cargo do DJ Ruben. Já no dia 14, a animação musical estará por conta do duo Rodrigo e Filipa. O ponto alto dos festejos acontece no dia 15, com a celebração da missa, seguida da atuação de ranchos, grupo de concertinas e, para animar a noite, a Band NBK.

A animação prossegue no dia 16, com a tradicional garraiada, estando a animação noturna por conta dos D’Arromba.

Destaque, ainda, para o lançamento de fogo de artifício, na noite de 14 de agosto.

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Festas da Charneca com programa preparado à última da hora

A pouco mais de duas semanas do dia 15 de agosto, data em que costumam ter lugar, mantém-se alguma controvérsia em torno da realização das Festas do Sagrado Coração de Jesus, na Charneca.

Fonte ligada à Comissão de Festas assegurou ao ‘Pombal ComVida’ não estarem ainda reunidas as condições para a realização dos festejos, numa decisão que foi tomada em janeiro deste ano. “Quando reunimos, em janeiro, ainda havia muita incerteza relativamente às restrições pandémicas e sobre como estariam as coisas em agosto. Por isso, por precaução, optámos por não fazer ainda nada este ano, até porque uma festa destas não se prepara em dois ou três meses! Assim que uma acaba, começamos logo a preparar a próxima, nomeadamente com a contratação de artistas, e como isso não foi possível por causa do covid, acabou por inviabilizar a realização dos festejos”, dissenos Hugo Pedro. No entanto, nas redes sociais

circulou, por estes dias, a informação de que um grupo de populares, contestando aquela decisão, decidiu arregaçar as mangas e levar avante a organização dos festejos. “Na passada sexta-feira fomos informados que a Comissão nomeada para as grandiosas Festas do Sagrado Coração de Jesus não teria condições para a sua organização (este ano). Assim, e de acordo com a vontade de inúmeros Charnequeiros, vamos arregaçar as mangas!!!!

A programação já está a ser ultimada e aproveitamos para anunciar a primeira contratação, a Filarmónica Artística Pombalense está confirmada para o dia 15! Contamos com todos! Vamos ao trabalho, que vai ser uma festa valente”, lê-se na referida publicação, partilhada no Facebook da Capela da Charneca, onde, entretanto, também já foi publicado o programa oficial dos festejos. Do qual constam, entre outras iniciativas, espetáculos musicais, bailes, DJ’s, jogos tradicionais, insufláveis, folclore, arruada de gaiteiros, etc, numa programação que se estenderá de 12 a 15 de agosto.

O ‘Pombal ComVida’ tentou obter esclarecimentos junto da Capela da Charneca, mas, até ao fecho desta edição, não recebeu qualquer resposta às mensagens enviadas, via Facebook, o único contacto de que disponhamos.

Cultura e gastronomia de mãos dadas em Alitém

O melhor da cultura e da gastronomia de S. Simão de Litém, Santiago de Litém e Albergaria dos Doze vai estar em destaque no último fim de semana de agosto (dias 25, 26 e 27), naquela que será a 20ª Mostra Gastronómica e de Artesanato da Região de Litém. Após uma paragem forçada de dois

anos, o evento está de regresso ainda com mais vitalidade, contando com muita animação, música, actividades desportivas, artesanato, sem esquecer as tradicionais tasquinhas, onde poderão ser apreciadas algumas das principais iguarias da região, com destaque para o carneiro e os tortulhos. No total serão quatro as tasquinhas existentes, este ano asseguradas pelo Dino Clube – Desporto e Cultura de Santiago Litém; Arcuda –Associação Recreativa, Cultural e Desportiva de Albergaria dos Doze; Associação Recreativa e Cultural de S. Simão de Litém; e Garecus.

Embora contando com algum

apoio da Câmara Municipal, é a União de Freguesias de Santiago, S. Simão de Litém e Albergaria dos Doze quem suporta todas as despesas do evento, cujo investimento deverá rondar, este ano, os 45 mil euros. “É um investimento avultado para uma Junta de Freguesia como a nossa, mas que, ainda assim, não nos permite voos muito altos,

até porque a Junta tem outras prioridades ao longo do ano, mas julgo que estão reunidas as condições para ser um excelente evento, onde privilegiamos a cultura, a gastronomia, o desporto e o lazer”, disse-nos o presidente da autarquia local, Manuel Nogueira Matos, confiante no sucesso de mais uma edição da Mostra Gastronómica.

Grupo de amigos assegura continuidade das Festas de Vermoil

As festas em honra do Sagrado Coração de Jesus, em Vermoil, estiveram, este ano, quase na iminência de não se realizarem por falta de uma comissão organizadora, que não se juntou, como era suposto acontecer, na reunião convocada para o efeito pelo padre da Paróquia. Valeu, no entanto, o espírito bairrista de um grupo de amigos da freguesia, liderado por Luís Martins, que, à falta de voluntários, resolveu arregaçar as mangas e levar avante a organização dos festejos. Cujo pontapé de saída será dado no dia 24 de agosto, com uma noite de fados, no adro da Igreja, numa tentativa de rentabilizar e tirar proveito do habitual Concerto de Verão da Sociedade Filarmónica Vermoilense, a ter lugar nessa

noite. “Já que vamos abrir o bar do Coreto para o Concerto, aproveitamos e fazemos uma noite de fados ao ar livre, dando, assim, início aos festejos”, dissenos aquele responsável.

Festejos esses, que serão retomados nos dias 26, 27 e 28 de agosto, destacando-se, na primeira noite, o baile com o conhecido organista Graciano Ricardo.

As atividades prosseguem no dia seguinte (27 de agosto), com a tradicional vacada, sendo a animação noturna assegurada pela Banda 69 Graus e pelo DJ Bagunçada.

No dia 28, à habitual eucaristia seguem-se as atuações da Sociedade Filarmónica Vermoilense e do Rancho Folclórico ‘As Ligeirinhas’, dos Antões (Guia), estando o baile a cargo da acordeonista Zezita e da Banda Mov. “Já agarrámos nisto tarde, não tivemos muito tempo para organizar eventos para angariar dinheiro para as festas, mas esperamos que sejam do agrado da maioria e que, para o ano, seja nomeada uma comissão que dê continuidade a esta tradição”, almejou Luís Martins.

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OPINIÃO

É tempo de agitar as grades da gaiola!

m 2020 a nossa vida foi colocada em suspenso sem qualquer aviso, o mundo ficou ao contrário e fomos confrontados com uma pandemia, com confinamentos, restrições que nos tiraram a liberdade e nos roubaram os afectos! Fomos colocados à prova, tivemos de lidar com a solidão, com o isolamento como um pássaro preso na sua gaiola…todas as nossas rotinas foram quebradas...tanto se reclamava por falta de tempo que o tempo fez questão de nos parar! E agora existia tempo para tudo…e para a maioria

esse tempo era em casa! Tivemos de ser resilientes, criativos para lidar com a ausência e a distância dos nossos.

Tivemos de nos adaptar e reinventar para não perder a nossa sanidade mental! Muitos perderam alguém da família, amigos…como podiam dizer que ia ficar tudo bem?! Para muitos não ficou e para outros o mundo que existia nunca mais será o mesmo. O nosso próprio eu está diferente, voltar à tal dita “normalidade” será um exercício individual mas não

solitário porque temos de reaprender a socializar, a interagir, a construir e a fortalecer laços….mas o importante é continuar no caminho, mesmo que por outros atalhos!

Passaram dois anos e finalmente a porta da gaiola está aberta….agora é preciso abrir as asas e voar! Existem cantos e recantos para descobrir, viagens e aventuras para acrescentar ao nosso livro de memórias felizes! Bem aqui ao lado deixo a sugestão de um lugar mágico onde tantas vezes vou com a minha filha Teresa retemperar energias, o Canhão do Vale dos Poios na freguesia da Redinha, a natureza no seu estado puro! Prepare um piquenique e leve a sua família para uma caminhada ou até para uma experiência de escalada. A paisagem é de cortar a respiração!

Não deixe também de visitar o magnífico miradouro da Nossa Senhora da Estrela e o “Monstro das bolachas”! Vá para perto ou para longe mas vá com a certeza de que temos de voltar a encantar-nos pela Vida! Porque é isso que vou vendo nos olhos das pessoas com quem me cruzo na rua….há um desencantamento generalizado! Aprenda a sorrir, já sabemos que vamos continuar a viver lado a lado com os vírus, que teremos de lidar com outras crises, com outros caos….a guerra, os incêndios… mas por agora, é preciso serenar e celebrar a Vida sem medos! Mantenho a esperança de que aprendemos a valorizar mais o tempo que passamos com os nossos!

Mantenho a esperança de que teremos capacidade para desacelerar, escutar e olhar o mundo que nos rodeia! Quero acreditar que aprendemos a colocar mais empatia e Amor nas nossas vidas! Somos afinal seres sociais, precisamos dos convívios, dos afectos, da pele com pele, dos olhos nos olhos….precisamos do abraço que nos conforta e reinicia! E as festividades finalmente regressaram…um pouco por todo o lado há cartazes coloridos que despertam a nossa atenção e chamam-nos para a festa! Como recusar tal convite? Sabe tão bem sair à rua em Pombal e perceber a movimentação da cidade para as Festas do Bodo! As luzes brilhantes que já se encontram por toda a cidade, prontas a iluminar as noites, o calor das pessoas que se voltam a abraçar e a matar saudades, os aromas da comida de rua que pairam no ar, as exposições, a fé e as procissões, os carrosséis que nos trazem as gargalhadas felizes das crianças… .e como não lembrar o ponto de encontro nos recintos dos concertos para juntos vibramos com a Música! Encontro marcado? Afinal, dizem que a música tudo cura! Que consigamos viver cada um destes momentos com intensidade para nos lembrarmos de que ainda temos o poder de sonhar e realizar sonhos! Estamos cá! Temos uma nova oportunidade, uma tela em branco...que a saibamos pintar com cores fortes! Podemos finalmente recomeçar do ponto em que ficámos há dois anos….agite as grades da gaiola, abra as asas e voe!

Jovem de Almagreira dá cartas" no mundo da arte urbana

ara uns, é considerado uma arte; para outros, ainda é visto como uma manifestação de vandalismo e, possivelmente, até de alguma delinquência; mas, para João Pedro Ribeiro, residente em Assanha da Paz, na freguesia de Almagreira, o graffiti sempre foi uma paixão, que cedo haveria de lhe moldar o percurso académico e profissional.

Tinha apenas 14 anos de idade quando começou a fazer graffitis na rua, de forma ilegal. Um pouco à revelia dos pais que, embora não o proibissem, também não compactuavam muito com esta forma de expressão artística do jovem, atualmente com 21 anos, cuja paixão pelo desenho já vem desde os tempos de criança,

quando enchia de rabiscos e pinturas as toalhas de mesa descartáveis do restaurante dos pais. “Enquanto eles estavam a trabalhar no restaurante, eu entretia-me a fazer desenhos nas toalhas de papel. Não precisava de mais nada para passar o tempo, bastavam-me um lápis ou caneta, cola e tesoura”, afirmou-nos João Pedro, que nunca teve dúvidas da área pela qual pretendia enveredar no futuro, encontrando-se, neste momento, a terminar a Licenciatura em Artes Plásticas, na Escola Superior de Artes e Design, nas Caldas da Rainha.

Do seu portfólio, contam já largas dezenas de trabalhos, os quais foi concebendo, em regime de parttime, enquanto estudava. Na

sua maioria, murais, em spray, realizados em espaços de âmbito privado, nomeadamente em salas de jogos, cafés, bares, garagens e piscinas de habitações. “Por norma, tenho tido um trabalho por fim de semana, quase sempre na zona de Pombal, mas também já fiz alguns em Leiria, Coimbra, Caparica e Serra da Estrela. Encomendas que me chegam, quase sempre, através das redes sociais, aonde tenho dado a conhecer o meu trabalho”, dissenos.

Porém, de todos os trabalhos já realizados, o que mais gozo e maior projeção lhe deu até à data foi, sem dúvida, o mural, em spray, que, desde meados de maio, figura numa das fachadas laterais do edifício da antiga escola primária de Almagreira, hoje sede do Rancho Folclórico e Etnográfico de Almagreira. Não só pela sua dimensão (cerca de 9 metros de altura por 6 de largura), mas, acima de tudo, por se tratar da sua primeira obra realizada em espaço público. Facto que lhe deu uma visibilidade muito maior e mais abrangente, a que não estava habituado. “Há muito que aquela parede me tinha despertado a atenção, devido à sua dimensão e excelente localização e, sempre que ali passava e olhava para ela, crescia a vontade de ali pintar algo”, confidenciou-nos.

Da ideia à conceção passaramse cerca de dois anos e, em dezembro de 2021, começou a trabalhar, afincadamente, na elaboração do projeto, de forma a apresentá-lo ao executivo da Junta de Freguesia, presidido por Humberto Lopes. “Elaborei um documento todo detalhado com a imagem que iria pintar, os materiais a utilizar, os objetivos em benefício da freguesia e o orçamento. Posteriormente,

remeti-o à Junta de Freguesia, que aceitou a proposta com muito agrado”, congratulou-se o jovem artista, que, uma vez obtida a aprovação também por parte do Município de Pombal, pôs mãos à obra, tendo demorado apenas dois dias e meio a concluí-la.

Inspirada numa fotografia de Guilherme Silva, que teve como modelo Tatiana Oliveira, ambos amigos de João Pedro Ribeiro, também residentes na freguesia de Almagreira, mais concretamente no lugar de Barros da Paz, a pintura que agora dá vida à sede do Rancho Folclórico retrata uma figura feminina vestida com um traje popular, a posar numa paisagem campestre, perpetuando a história, a tradição e a memória coletiva do povo de Almagreira. “Sendo Almagreira uma zona rural e estando o Museu Etnográfico situado mesmo aqui ao lado, faz todo o sentido pintar uma imagem da memória coletiva”, considerou o jovem artista, que, desde que pintou o referido mural, viu duplicar o número de encomendas. “A projeção com este trabalho foi de tal ordem, que me estão constantemente a chegar pedidos para a realização de trabalhos. Tem sido extraordinário!”, congratulou-se.

Embora não saiba o que o futuro lhe reserva, de uma coisa João Pedro Ribeiro tem a certeza: “Quero mesmo viver da pintura, fazer do que, hoje, é apenas um part-time, um emprego a tempo inteiro, custe o que custar!”, concluiu.

Refira-se que, para além de murais, João Pedro Ribeiro faz também pinturas em tela e outros suportes, elegendo a utilização de sprays e tintas acrílicas nas suas composições artísticas.

João Pedro Ribeiro junto do mural que o mediatizou

Fim das restrições pandémicas concretiza sonhos adiados

Carolina Vieira e Gonçalo

Neves tinham o casamento marcado para o dia 1 de agosto de 2020, mas a pandemia do covid-19, que ‘rebentou’ quando estavam a começar a entregar os convites, obrigou-os a adiar a concretização deste sonho. Não uma, nem duas, mas cinco vezes! Até surgir a oportunidade de casarem a um sábado e no verão, como sempre foi sua pretensão. “Como adiámos, tivemos que nos cingir às datas disponibilizadas pela Quinta, mas, como fazíamos questão de casar a um sábado e no verão, por causa dos nossos familiares emigrantes, fomos adiando, sucessivamente, à medida que iam surgindo vagas, com datas mais apelativas e que mais iam ao encontro das

nossas expetativas”, contou-nos o casal, que, entre vários avanços e alguns recuos, só ao fim de cinco tentativas é que conseguiu concretizar o enlace matrimonial, ocorrido cerca de um ano depois, a 10 de julho de 2021, ainda em tempo de pandemia e de algumas restrições. “Em vez de estarmos noivos um ano, como é o normal, estivemos dois, por isso nem tudo foi mau!”, gracejou Carolina, de 38 anos, ressalvando que, não obstante o azar, também tiveram o fator sorte do lado deles. “Sei de noivos que tiveram uma dificuldade tremenda em remarcar tudo, mas com os nossos fornecedores correu sempre tudo muito bem! A começar pela Quinta, que sempre foi muito cooperante, na tentativa

de encontrar uma data alternativa que nos agradasse. A senhora da loja dos vestidos também foi impecável e guardou-me o vestido até uma semana antes do casamento, quando houve, por aí, noivas que tiveram de os levar para casa! Só a almofada onde iam as alianças é que levou bordada a data desatualizada, mas até acabou por se tornar engraçado, porque, na verdade, todas estas datas fizeram parte da história do nosso casamento”, reconheceu.

Dessa história, fizeram também parte a redução do número de convidados, devido às restrições pandémicas; a entrega de convites com diferentes datas; a testagem dos convidados à entrada da Igreja; e, pior do que isso, a confirmação de um caso positivo na segunda-feira a seguir à boda. Esta sim, uma “verdadeira dor de cabeça” para os noivos, que acabaram por perder dois dias da sua lua-de-mel, em Menorca (Espanha), a resolver burocracias com a delegada de Saúde Pública. “Estávamos a acordar da sesta, quando o meu sogro nos liga a contar que um convidado havia testado positivo nessa segundafeira, numa ida ao hospital para ser operado. Escusado será dizer que, nos dois primeiros dias de lua-de-mel, não aproveitámos

rigorosamente nada, porque tivemos que fornecer à delegada de saúde a lista de convidados, a disposição das mesas…uma série de coisas! Só na quartafeira, à tarde, é que conseguimos finalmente sair do hotel e começar a aproveitar!”, lamentou-se, realçando que, felizmente, tudo não passou de um enorme susto, já que tudo indica ter-se tratado de um “falso positivo”.

Com tantos impasses e alguns imprevistos à mistura, momentos houve em que Carolina e Gonçalo se deixaram vencer pelo desânimo e cansaço. Um estado de espírito que, ainda assim, por momento algum, os fizera ponderar, sequer, na possibilidade de desistir do casamento. Dia que garantem ter vivido “a 300%” e com a mesma alegria e entusiasmo de um casamento pré-pandemia. “Já estávamos à espera deste dia há tanto tempo, que o vivemos ainda com mais intensidade! Apesar da pandemia, tivemos o casamento dos nossos sonhos, graças, também, aos nossos familiares, amigos, fornecedores e padre, que foram incansáveis connosco”, enalteceu Carolina Vieira, rematando: “Acho que estas peripécias todas foram um grande teste à relação!”

Após adiado 5 vezes, Carolina e Ricardo casaram a 10 de julho de 2021

Empresas ligadas à organização de casamentos voltam a ter a agenda cheia

se Carolina e Gonçalo já conseguiram concretizar o sonho do matrimónio depois do pesadelo do Covid-19, noivos há, no entanto, para quem esse dia ainda continua envolto de receios e incertezas. “Há noivos ainda muito reticentes e, por isso, decidiram adiar o casamento ainda mais um ano, para 2023! Outros acabaram mesmo por desistir, não sei se do casamento em si, ou se, por dificuldade em arranjar nova data, acabaram por procurar outro serviço, mas a maioria das bodas que tivemos que adiar por causa da pandemia realiza-se no decurso deste ano”, confirmou-nos Helder Jesus, proprietário de dois dos mais conceituados espaços de restauração do concelho de Pombal (o restaurante Pedro’s, situado no Travasso, e a ‘Quinta do Ti Lucas’, mais vocacionada para a organização de grandes eventos), que, entre os casamentos adiados em 2020/ 2021 e os deste ano, garante que já tem a agenda “bastante preenchida” até ao final do ano. “Voltámos aos números de 2019, antes da pandemia. Estamos novamente em velocidade cruzeiro”, congratulou-se, referindo que, em tempos normais, costumava realizar uma média de 50 casamentos por ano. Número que prevê ultrapassar este ano.

Para esta aparente retoma no setor muito contribuiu o fim das restrições pandémicas, que, nos últimos dois anos, causaram

uma crise, sem precedentes, na indústria dos casamentos. Que o diga este empresário, que, em 2020 e 2021, afirma ter sofrido quebras na ordem dos 90% e 60%, respetivamente. “A pandemia rebentou em março, precisamente quando íamos começar a trabalhar. Nesse domingo, ainda sem haver quaisquer restrições, ia ter o Pedro’s cheio de gente, mas, na véspera, era só pessoas a ligar para cancelar marcações. Em 150 pessoas, não sei se servi 20!”, disse-nos, referindo que, nas duas primeiras semanas da pandemia, passou “horas ao telefone” a tentar reagendar novas datas com os noivos que, por receio, decidiram adiar a boda. “Alguns ainda avançaram com o casamento nesse ano, mas muito poucos! A larga maioria adiou”. Inicialmente para 2021 e, numa fase posterior, ao aperceberem-se que ainda não estavam reunidas as condições, para os anos de 2022 e 2023.

Um protelar no tempo que acabou por acarretar outro problema. “Apesar de termos tentado colaborar sempre com os noivos, nem sempre foi fácil arranjar novas datas que fossem de encontro às suas pretensões. É que, para além desses adiamentos, já tínhamos a agenda normal de marcações para este ano, que é sempre feita com 2 ou 3 anos de antecedência! Por isso, muitos tiveram que se sujeitar às vagas que tínhamos! E, depois, ainda a dificuldade em conciliar as novas datas com a disponibilidade dos

fotógrafos, padres, músicos... Foi mesmo muito complicado gerir tudo isto! Foram 15 dias altamente desgastantes, mas tudo se ultrapassou”, afirmou-nos. Superadas todas essas dificuldades, impostas pelo covid-19, Helder Pedro diz enfrentar agora outros desafios. Por um lado, o aumento do custo das matérias-primas, e, por outro, a redução do número de convidados por parte dos noivos. Não tanto por causa do covid-19, mas, acima de tudo, devido às dificuldades financeiras que se começam a sentir cada vez mais no seio das famílias. “A pandemia e, agora, a guerra estão a mexer muito com a carteira das pessoas e isso já se nota bastante, porque os casamentos já começam a ser mais pequenos”, lamentouse, não perdendo, no entanto, a esperança em dias melhores. “Se conseguimos resistir ao covid-19, acho que estamos preparados para tudo!! Levámos aqui uma grande vacina”, rematou.

Dessas preocupações comunga também Rui Jardim, proprietário da ‘Espuma de Hortelã’, uma empresa de catering especializada na organização de eventos e aluguer de materiais, que, embora acredite que o pior já tenha passado em termos de pandemia, teme que o aumento da inflação volte a trazer grandes dissabores, particularmente, no sector em que trabalha. “Tendo em conta o número de eventos que já temos em agenda para este ano, seria motivo para estar muito otimista,

mas estou com receio que os consecutivos aumentos nos levem a uma quebra e a eventuais cancelamentos de alguns dos eventos já agendados”, admitiu. E são já bastantes! Tantos que, “por não ter forma de dar resposta com a qualidade que distingue a empresa”, viu-se obrigado a recusar já uma série de pedidos. “Cerca de 70% dos serviços encontravam-se adiados de anos anteriores. Contudo, nos meses de fevereiro e março, tivemos uma nova avalanche de pedidos ainda para o corrente ano”, disse-nos. Embora também faça casamentos, a maior parte dos serviços solicitados à ‘Espuma de Hortelã’ é para a realização de batizados, sendo agosto o mês do ano que mais continua a ser requisitado. “Ainda assim, noto um crescimento no mês de outubro”, frisou Rui Jardim, que faz votos para que não se voltem a repetir os números de 2020 e 2021, em que registou uma quebra acentuada na atividade, na ordem dos 100% e 45%, respetivamente.

A avaliar pelas estatísticas, tudo leva a crer que 2022 vai ser, de facto, um bom ano para a indústria dos casamentos, tendo, no primeiro trimestre deste ano, e segundo os dados do INE, sido celebrados “mais do que o quádruplo” dos matrimónios ocorridos no período homólogo de 2021. Números que revelam uma tendência de regresso à normalidade. E as empresas ligadas ao setor agradecem!

Equipa da “Quinta do Ti Lucas”
Equipa da empresa de catering “Espuma de Hortelã”

Brasileiros e ucranianos entre as maiores comunidades estrangeiras a viver em Pombal

o início de 2021, a Câmara Municipal de Pombal fez o levantamento do número de cidadãos estrangeiros a viver no concelho e, dos cerca de 450 identificados, distribuídos por cerca de 20 nacionalidades, a grande maioria eram provenientes do Brasil.

Comunidade que, cerca de ano e meio depois, continua em forte expansão no concelho, aliás bem à semelhança do que acontece a nível nacional. Segundo os dados divulgados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em março deste ano encontravam-se a residir em Portugal 211.958 brasileiros, ao passo que, em 2021, eram 209.558. Um número que, na realidade, deverá ser ainda mais elevado, já que, de fora das estatísticas do SEF, ficaram não só os brasileiros com dupla nacionalidade, como também os que estão em situação ilegal no país.

E se, nessa altura, a maior concentração de cidadãos brasileiros verificava-se na freguesia de Pombal

e União de Freguesias da Guia, Ilha e Mata Mourisca, neste momento eles encontram-se dispersos um pouco por todo o concelho, com maior incidência na cidade de Pombal e nas sedes de freguesia da Guia e Louriçal, trabalhando, sobretudo, nos setores da restauração e do comércio.

Disso mesmo deu conta, em declarações ao ‘Pombal ComVida’, a vereadora do Município com o pelouro da Inovação e Coesão Social e Imigração, Catarina Silva, que diz tratar-se de uma comunidade “muito bem informada e organizada”, na medida em que, quando chegam a Portugal, “já conhecem muito bem os seus direitos e sabem aonde se dirigir para obter as informações que precisam. É uma comunidade que não recorre muito aos serviços de apoio disponibilizados pela autarquia”, observou.

Já o mesmo diz não acontecer com os ucranianos, a segunda comunidade estrangeira mais representativa em Pombal, que, quando aqui chegam,

são integrados em programas de apoio para lhes dar respostas a questões relacionadas quer com a legalização, emprego, saúde, sem esquecer, naturalmente, a língua. “Se, para os brasileiros, a língua até poderá ser um fator atrativo e decisivo na escolha de Portugal como destino para morar, para os ucranianos é uma grande barreira, que dificulta imenso o processo de integração”, realçou aquela responsável.

Com os vários pedidos de proteção temporária feitos a Portugal, em consequência da guerra, os ucranianos são, de facto, neste momento, a segunda comunidade estrangeira mais populosa em território português, a seguir à brasileira. Uma tendência a que não escapa o concelho de Pombal, onde vivem, atualmente, 167 cidadãos oriundos diretamente dos confrontos na Ucrânia.

É o que nos dá conta o diagnóstico efetuado, a 21 de junho, pelo Gabinete de Acolhimento à Comunidade Ucraniana (GACU) da Câmara Municipal, que refere que, desses 167 refugiados, 30 estão alojados nos vários Centros de Acolhimento Comunitários de Emergência, disponibilizados pela autarquia, distribuídos pelas freguesias de Pombal, Carriço, Vila Cã e União de Freguesias da Guia, Ilha e Mata Mourisca. Os restantes, que são a maioria, encontram-se a residir em casa de familiares ou amigos, radicados, há vários anos, no concelho. “O nosso objetivo é tentar realojar estas pessoas e torná-las mais autónomas, mesmo as que vivem em casa de amigos ou familiares, mas este tem sido um desafio tremendo, porque os processos de legalização são muito morosos. Há pessoas que chegaram em março e ainda não têm o processo concluído, logo não têm direito a nenhum tipo de apoio estatal, seja relacionado

com o emprego, habitação ou para obtenção do Rendimento Social de Inserção (RSI)”, fez saber Catarina Silva, acrescentando que, no universo de 115 ucranianos em idade laboral, apenas 43 encontram-se inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e 50 já efetuaram pedido de RSI. “A integração laboral tem sido um dos desafios maiores para estes cidadãos, uma vez que a barreira linguística é condicionante na inserção no mercado de trabalho, bem como a inexistência de transporte próprio para deslocação para os locais de trabalho disponíveis”, frisou.

Ainda assim, e segundo o mesmo relatório, são já cerca de 20 os ucranianos inseridos no mercado de trabalho, encontrando-se, atualmente, disponíveis 55 ofertas de emprego, sobretudo em unidades fabris e no setor da restauração, ao abrigo da Medida Compromisso Emprego Sustentável.

Já no que diz respeito às crianças em idade escolar, Catarina Silva assegura que estão todas devidamente integradas nas escolas do concelho, num total de 29 alunos, dos quais 10 estão a frequentar o Agrupamento Gualdim Pais, 12 o Agrupamento de Escolas de Pombal, 7 o Agrupamento da Guia, 1 o Colégio João de Barros, nas Meirinhas, e outra a APEPI, em Pombal.

“Entre os apoios prestados ao nível do fornecimento de refeições, alojamento, encaminhamento para consultas, ensino da língua portuguesa, etc., temos feito de tudo para que estas pessoas se possam integrar na nossa comunidade e aqui se sintam bem e felizes, pelo menos enquanto aqui viverem”, afirmounos a vereadora, convicta de que, quando terminados os conflitos entre a Rússia e a Ucrânia, a maioria vai querer regressar ao seu país.

Uma nova vida, numa nova cidade, longe do seu país natal!

uito mais do que o parentesco que as une (são cunhadas), Lesya Loginova, de 39 anos, Anna Romashchuk, de 47, e Olena Korolova, de 30, têm em comum uma história de vida recente marcada pela dor, tristeza e sofrimento de quem, de um momento para o outro, teve que largar tudo (a casa, o trabalho e, nalguns casos, até a própria família!), para fugir ao terror da guerra, em busca da sobrevivência do outro lado da Europa. E foi em Portugal que encontraram a paz e o conforto que há muito não tinham e tanto necessitavam.

São as três refugiadas da guerra na Ucrânia e, desde março deste ano, que se encontram a viver em Pombal, em Centros de Acolhimento Comunitários de Emergência disponibilizados pela autarquia. “É uma cidade calma, confortável e com gente muito simpática! Faz-me lembrar muito a cidade onde eu vivia na Ucrânia. Sintome segura aqui!”, disse-nos a jovem e tímida Olena, natural de Kharkiv, que viu a sua casa bombardeada pouco tempo depois de ter sido acolhida em casa de uns amigos, ao ter a sua cidade debaixo de fogo.

Apesar de ter vindo para Portugal só com as cunhadas, não tardou a que a

mãe e os dois filhos, de 5 e 9 anos, se juntassem a ela, tencionando ficar por cá uma boa temporada. “Não há para onde regressar! Está tudo destruído!”, lamentou-se a inspetora de segurança alimentar, que, em pouco mais de três meses de estadia em Pombal, já conseguiu arranjar trabalho num salão de estética. “Eu já tinha experiência a fazer unhas e, por isso, não foi difícil a adaptação. O pior é mesmo a língua!”, contou-nos, valendo-lhe o Google Tradutor para falar com as suas clientes.

Também para Anna e Lesya a língua constitui o maior entrave no processo de adaptação, encontrando-se as três a frequentar o Curso de Português Língua de Acolhimento, promovido pelo Centro Qualifica, que decorre, desde maio, na Escola Secundária de Pombal, contando com um total de 18 inscritos. “Está a ser muito interessante aprender o português e até já sei dizer algumas palavras”, gracejou Anna Romashchuk, para quem o mais difícil são mesmo as saudades da família que deixou na Ucrânia, onde trabalhava como tosquiadora de animais e onde espera regressar, com o seu fiel amigo, o cão Chico, assim que haja condições para o fazer.

Esse é também o desejo de Lesya, que não esconde a dificuldade sentida em adaptar-se a uma nova vida, numa nova cidade, longe do seu país de origem. Não sendo, de todo, alheio o facto de estar privada da companhia do marido, que ficou em Kyiv a lutar contra as tropas russas.

Sem conhecerem ninguém em Pombal, Lesya, Anna e Olena vieram para cá por intermédio de um grupo de voluntárias ucranianas, há vários anos radicadas na cidade, que as foi buscar a Lisboa, em carrinhas cedidas pela Câmara Municipal. Desse grupo, liderado por Dina Honcharenko, a nossa intérprete nesta reportagem, fazem também parte, entre outras, Iryna, Tetyana, Svitlana e Oksana, que foram peças fundamentais no processo de resgate de refugiados para Pombal, servindo de interlocutoras entre a sua comunidade e a Câmara Municipal.

São também elas quem, acompanhadas pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, asseguram a dinamização do Centro de Recolha de Bens, que funciona nas antigas instalações do Centro de Formação da Cercipom, junto à estação da Rodoviária, responsabilizando-se pela angariação de bens alimentares, calçado, cobertores e produtos de higiene para, posteriormente, enviar para a Ucrânia. País onde, quem conseguiu escapar aos bombardeamentos, (sobre) vive agora com muitas dificuldades. “Felizmente, temos tido muita gente na comunidade pombalense a ajudar, pessoas particulares e muitas empresas também! Há tempos conseguimos enviar para a Ucrânia dois camiões carregados de mantimentos, com 33 paletes cada!”, congratularam-

se, manifestando o seu profundo agradecimento a todos quantos, das mais variadas formas, têm estado envolvidos neste processo de auxílio ao povo ucraniano, quer dos que lá continuam a resistir, quer dos que se viram obrigados a fugir. “Não temos palavras para agradecer tamanha generosidade. A todos, e são muitos, o nosso Muito Obrigada!”

E porque ainda há muitas carências por colmatar, apelam à comunidade pombalense para que continue a contribuir com a oferta de bens alimentares, pois os que ainda restam no Centro de Recolha são já muito poucos para fazer face a tantas necessidades. “Estamos a precisar muito de bens alimentares! Os que ainda temos são muito à base de enlatados, farinha e açúcares, mas é preciso muito mais do que isso!”, alertou o grupo de voluntárias, que tem feito de tudo o que está ao seu alcance para ajudar o seu povo. “Cada um ajuda como pode! Há pessoas nas linhas da frente do combate, outras a ajudar a nossa tropa com mantimentos e nós, à distância, também tentamos dar o nosso contributo, e o mínimo que podemos fazer é acolher os nossos refugiados! Esta é a missão de quem está longe!”, disse-nos Dina Honcharenko.

Sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que não acreditavam pudesse vir a acontecer, muito embora soubessem que as tropas de Putin cercavam a Ucrânia há vários anos, Iryna, Tetyana, Svitlana e Oksana e Dina não têm dúvidas quanto a uma futura vitória! “Acreditamos na nossa tropa, no nosso presidente e no nosso povo! Vamos lutar até ao último fôlego, mas vamos conseguir ganhar esta guerra, custe o que custar!”, afirmaram, confiantes, depositando toda a esperança em Volodymyr Zelensky, a quem não poupam elogios. “A Ucrânia nunca teve um presidente tão bom e tão sensato, que luta verdadeiramente pelos interesses do nosso povo. É o nosso herói!”

Em pé:Oksana , Tetyana, Iryna
Sentadas: Svitlana, Lesya, Anna, Olena e Dina
É nas antigas instalações das oficinas da Cercipom que funciona o centro de recolha de bens para a comunidade ucraniana

Projetos 'Cacifo de Leituras' e 'ETAP' vencem Prémio Autarquia do Ano

OMunicípio de Pombal foi duplamente distinguido com o Prémio Autarquia do Ano, atribuídos aos projetos “ETAP”, na categoria Educação e subcategoria Ligação entre Escolas e Empresas, e “Cacifo de Leituras”, na categoria Cultural e Património, e subcategoria Medidas Covid-19.

O Prémio Autarquia do Ano, promovido pela Lisbon Awards Group, em parceria com o jornal Eco, tem como objetivo reconhecer os municípios e freguesias que se destacam, nas mais variadas áreas, pelas suas práticas inovadoras e de gestão rigorosa do interesse público. Os respetivos projetos candidatos foram avaliados por um júri constituído por personalidades da sociedade civil, que se distinguiram pelo seu percurso cívico, académico e profissional.

O projeto ETAP – Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal foi premiado tendo em conta o seu modelo de governança, estrutura

societária e tipologia de oferta formativa, onde a ligação com as empresas é um fator primordial no desenvolvimento da sua atividade, podendo e devendo servir de exemplo para outros territórios, considerando os resultados conseguidos assentes no rigor, inovação, dinamismo e ambição formativa.

Por sua vez, o projeto “Cacifo de Leitura” apresenta-se como uma iniciativa diferenciadora desenvolvida num contexto em que a pandemia de Covid-19 obrigou a consecutivos períodos de confinamento que ditaram o encerramento de vários serviços públicos, como foi o caso da Biblioteca Municipal de Pombal.

Cada utilizador pode usar o “Cacifo de Leituras” para levantar livros, pedidos ao serviço, ou para entregar exemplares que tenha na sua posse, as vezes que quiser ao longo do ano. Em qualquer um dos processos, não há qualquer contacto com nenhum funcionário nem horário definido, sendo este um serviço totalmente gratuito.

Academia Sénior de Verão promove o envelhecimento ativo

OMunicípio de Pombal, através da Unidade de Desenvolvimento Social, e a ANGES – Associação Nacional de Gerontologia Social, irão promover uma Academia Sénior de Verão, destinada a todos os idosos do concelho, podendo ser admitidas pessoas com idade a partir dos 55 anos, que se encontrem numa situação de reforma antecipada ou que pretendam iniciar um processo de transição para a reforma.

A iniciativa inovadora decorrerá entre os dias 8 e 12 de agosto, entre as 10h00 e as 16h30, no Centro Escolar de Pombal, e visa desenvolver um conjunto de atividades de estímulo e bemestar que sejam promotoras de um envelhecimento ativo,

saudável e feliz.

Serão realizadas diversas oficinas de jogos terapêuticos e de jogos tradicionais; estimulação cognitiva: cérebro ativo; estimulação físico-motora: movete; ritmos e sons: expressar-te; multissensorial: aromaterapia; história e património cultural; costumes e tradições; turismo e lazer: atividade de encerramento a desenvolver na Praia do Osso da Baleia.

A participação na Academia Sénior de Verão será totalmente gratuita e incluiu os almoços, mas está sujeita a inscrição prévia até 3 de agosto de 2022, através dos seguintes contactos: geral@anges.pt ou telemóveis 912092520 / 911997434.

ONDE COMER

A Cavilha

Restaurante simpático, com ambiente familiar, com uma lista de pratos regionais diversificados, com destaque para os bifes, os peixes, e claro, os mariscos, que são a especialidade.

Tlf.:236 024 482

Morada: Largo Casal Galego nº. 12 3100-522 Pombal

Buda Ristobar

Risto Bar “Dance Concept” com um ambiente boémio animado, arrojado e repleto de requinte, onde se pode desfrutar da boa comida italiana, da vasta carta de bebidas e uma playlist eclética e dançante.

Tlf.: 910 294 368

Morada: Rua da Fábrica Velha, 1 e 3 Pombal

Cervejália

A Cervejália é um restaurante / cervejaria reconhecido com vários anos de existência, que se tem afirmado pela qualidade da sua oferta.

Tlf.: 236 217 680

Morada: R. Bombeiros Voluntários de Pombal, 13 3100-481 Pombal

Hell Bull

No Hell Bull pode degustar das melhores carnes maturadas da região, de uma francesinha, um hambúrguer, ou uns ovos rotos para abrir o apetite. Acompanhe com uma extensa oferta de vinhos.

Tlf.: 236 036 148

Morada: Avenida Heróis do Ultramar, nº76, Pombal

Mergulhar nos Sabores

Mergulhe nos sabores deste restaurante tranquilo, onde poderá degustar os melhores grelhados no carvão. Desde o frango ao coelho, sem esqucer o bacalhau.

Tlf.: 236 098 142

Morada: Estrada da Guia, Carnide de Cima

Amigos da Velha Caroca

Restaurante com ambiente familiar e cozinha típica portuguesa. Ementa diversificada e vasta oferta de vinhos de qualidade.

Tlf.: 236 215 204

Morada: R. S. João Deus, 65 3100-Pombal

Casa das Gatas

Com um ambiente moderno e acolhedor, a Casa das Gatas pauta-se por apresentar uma carta arrojada, onde as carnes maturadas se destacam, bem como a francesinha e até mesmo o risotto de cogumelos.

Tlf.: 912 282 463

Morada: Rua do Louriçal Nº 32 Pombal

Cruz de Cristo

Cruz de Cristo é um restaurante especializado em grelhados a carvão. Com uma vasta gama de opções, aqui será bem servido.

Tlf.: 926 444 088

Morada: Estrada Nacional 1, IC2 Relvão, Redinha

Manjar do Marquês

O Manjar do Marquês, referência na gastronomia nacional, onde servem diariamente os pastéis, os filetes, croquetes e chamuças, panados e torresmo, sempre acompanhados do arroz de tomate, salada de feijão frade ou migas de nabiças.

Tlf.: 236 200 960

Morada: Estrada Nacional 1, Km 151 Lameiras, 3100-373 Pombal

O Pote do Leitão

Especialidade em leitão assado, entradas de leitão, refeição de leitão e até sobremesa de leitão.

Alternativas: Bacalhau à Pote, naco de vitela na brasa

Tlf.: 236217639

Morada: Estrada do Louriçal Nº46Alto da Granja, Pombal

ONDE COMER

O Tirol

Cozinha típica portuguesa, com uma vasta carta de vinhos de excelência. Espaço acolhedor, com duas salas e uma esplanada.

Tlf.: 236 212 404

Morada: Rua de Ansião, 15, Pombal, Portugal

Pedro's

O Restaurante Pedro’s conquistou ao longo dos anos o respeito e a fidelidade de muitos clientes, graças ao seu trabalho dedicado e rigoroso, apenas com um objetivo: o de agradar a todos os que o elegem para desfrutar do prazer que é a refeição.

Tlf.: 236 218 189

Morada: IC2,3100-371 Pombal

Pérola dos Frangos

Churrasqueira take-away em Pombal, com uma vasta gama de grelhados em carvão e pratos diários, esta é uma excelente opção para o seu piquenique em família.

Tlf.: 236 218 276

Morada: Rua Professor Mota Pinto n53 r/c 3100-492 Pombal

S. João

Restaurante típico português, com especialidades mediterrâneas, entre elas o bacalhau à S. João, espetada de lulas, picanha, naco na pedra, cabrito assado e o leitão assado.

Tlf.: 236 947 398

Morada: Rua Fernandes Tomás 3100 Pombal

Variante

Restaurante típico português com uma sala ampla e esplanada fechada, cujas especialidades são: naco de touro, espetada de touro, entre muitas outras.

Tlf.: 910 294 368

Morada: Rua Maria Fogaça nº13 3100-535 Pombal

Paulo Tipicamente Moderno

Restaurante bem no centro da cidade de Pombal, com uma cozinha de fusão entre a cozinha moderna internacional e o típico português, com um ambiente acolhedor e moderno.

Tlf.: 967 976 178

Morada: Rua Primeiro de Maio nº 16 Pombal

Paris

Conhecido por servir um dos melhores frangos assados do país, o “Frango à Paris” é uma das grandes especialidades desta casa, a par das carnes grelhadas.

Tlf.: 236 948 476

Morada: Rua de Comércio nº1 3105-235 Meirinhas de Baixo

Quinta das Vinhas

Com três salas para casamentos e baptizados e uma pequena sala de 20 lugares para reuniões ou outros. Desfrute de uma óptima refeição, com uma incrível vista da Serra do Sicó.

Tlf.:236 024 482

Morada: Largo Casal Galego nº. 12 3100-522 Pombal

S. Sebastião

Restaurante, Snack Bar, Eventos, Alojamento Local.

Desde 1974 entre a Estrada Nacional 1 e o vale do Rio Arunca com amplas salas, esplanadas e terraços, zona verde e estacionamento privativo.

Tlf.: 236 218 745

Morada: Estrada Nacional 1Travasso

Vintage

O Restaurante Vintage apresenta- se com um cardápio de eleição, adornado por um conjunto de iguarias que vão da carne ao peixe, passando pelas sobremesas, que têm valido as mais variadas distinções a este espaço.

Tlf.: 964 961 181

Morada: Rua Alexandre Herculano nº7 3100-494 Pombal

ONDE FICAR

Belém Hotel - B&B

O Belém Hotel - B&B está localizado a menos de 900 metros da Estação Ferroviária de Pombal e dispõe de quartos acolhedores, com mobiliário moderno. O espaço fica a 5 minutos a pé do centro histórico da cidade.

Tlf.: 236 200 800

Localização: Pombal

Cardal Hotel

Cercado por vários parques públicos, no centro histórico de Pombal, o Cardal Hotel dispõe de quartos e suites elegantes com decoração moderna e acesso Wi-Fi gratuito. Desfruta de vistas para a Igreja do Cardal a partir do terraço do bar.

Tlf.: 236 200 220

Localização: Pombal

Casa do Vale do Papo

Equipada com banheira de hidromassagem e uma sauna, é uma excelente opção para descontrair e relaxar. Os clientes podem nadar na piscina exterior, fazer caminhadas ou descontrair no jardim.

Localização: Aldeia do Vale

Casa da Torre

A Casa da Torre dispõe de um jardim e de um campo de ténis. Os hóspedes beneficiam de acesso Wi-Fi gratuito e de estacionamento privado no local. Com 6 quartos e 7 casas de banho e uma cozinha totalmente equipada.

Localização: Cassinheiras

Casa do Arco

Situada em Abiul, a Casa do Arco oferece vistas da montanha. Apresenta um terraço para banhos de sol. Esta propriedade dispõe de um jardim, com comodidades para churrascos e os hóspedes poderão fazer caminhadas nas proximidades.

Contacto: laracarolino@gmail.com

Localização: Abiul

Telesico Residência

A Telesico Residência disponibiliza um jardim, um terraço e acesso WiFi gratuito. O alojamento providencia uma receção 24 horas e serviço de quartos.

Um pequeno-almoço continental é servido todas as manhãs no alojamento.

Tlf.: 914 669 944

Localização: Pombal

Casa do Duques

Com jardim, piscina privativa e vista para o jardim, a Casa dos Duques está situada em Abiul. Dispõe de 4 quartos, TV com canais a cabo, cozinha equipada com lava-louças e microondas, máquina de lavar roupa e 3 banheiros com chuveiro.

Localização: Abiul

Aquavilla House

Todas as unidades incluem ar condicionado e algumas têm uma área de estar com televisão de ecrã plano e uma kitchenette totalmente equipada com uma área de refeições. Também dispoem de uma casa de banho privativa.

Tlf.: 927 784 611

Localização: Ponte da Assamaça

Vale Cottage

3 quartos, 2 casas de banho, televisão com canais por satélite, uma cozinha totalmente equipada e um pátio com vista para o jardim. Jardim com comodidades para churrascos. Os hóspedes também podem desfrutar de caminhadas e passeios de bicicleta nas imediações.

Localização: Flandes

Coudelaria Residence

Residencial com 4 quartos e uma suite.

Opções de pequeno-almoço continental e em estilo buffet estão disponíveis todas as manhãs no alojamento.

Tlf.: 919 318 583

Localização: Mata Mourisca

ONDE FICAR

Quinta do Guerra

A Quinta do Guerra dispõe de um jardim, piscina exterior e vistas para a piscina. Dispõe de comodidades para churrascos. Os hóspedes da Quinta do Guerra podem desfrutar de ténis no local ou andar de bicicleta nos arredores.

Tlf.: 919 594 638

Localização: Boldrarias

Casa Monte Alegre

Os hóspedes beneficiam de acesso Wi-Fi gratuito, de comodidades para churrascos e de estacionamento gratuito. A casa providencia a utilização gratuita de bicicletas e a área é popular para ciclismo e caminhadas.

Tlf.: 912 155 628

Localização: Redinha

Moinho Real

Este alojamento inclui uma televisão e uma casa de banho privativa com um secador, produtos de higiene pessoal gratuitos e um chuveiro. Algumas unidades têm uma área de refeições e/ou uma varanda.

Tlf.: 912 095 264

Localização: Redinha

Fino Seixo

Disponibiliza um jardim, comodidades para churrascos e terraço. Com uma cozinha partilhada, esta propriedade também dispõe de um parque infantil. Há uma piscina exterior sazonal e os hóspedes podem usufruir de estacionamento privado gratuito.

Tlf.: 937 963 907

Localização: Seixo

Chalé Davim

Chalé com 230m2 com zonas amplas e com espaço de jardim envolvente de 800m2, situado numa aldeia tranquila - Outeiro do Louriçal. Excelente escolha para encontrar toda a tranquilidade e privacidade no ambiente calmo da natureza.

Tlf.: 918 034 939

Localização: Louriçal

Casa da Relva

A casa de férias tem 3 quartos, uma televisão e uma cozinha totalmente equipada. Os hóspedes da Casa da Relva podem usufruir de um terraço que oferece vistas para a montanha.

Tlf.: 964 765 612

Localização: Pia Furada

Quinta de São João

Disponibiliza uma piscina exterior sazonal e comodidades para churrascos, um terraço e/ou um pátio com vistas das montanhas ou da piscina, e um jardim com ervas aromáticas e árvores de frutos, que os hóspedes poderão colher.

Tlf.: 964 763 150

Localização: Poios

Le Domaine de l'Orangeraie

Oferece acomodações com estacionamento privativo gratuito. Todas as unidades dispõem de varanda, cozinha totalmente equipada. A villa oferece jardim, churrasqueira e terraço.

Tlf.: 236 200 800

Localização: Almagreira

Casa Limonina

A villa possui 3 quartos, 2 casas de banho, uma cozinha totalmente equipada e um pátio com vista para o jardim. Os hóspedes poderão nadar na piscina exterior, fazer caminhadas ou descontrair no jardim e utilizar as comodidades para churrascos.

Tlf.: +41 79 271 25 65

Localização: Louriçal

Terreiro - Alojamento Local

A casa de férias possui 3 quartos, uma casa de banho, uma área de refeições, uma cozinha totalmente equipada e um pátio com vista para o jardim. Apresenta um terraço para banhos de sol. Os hóspedes poderão pescar nas proximidades.

Localização: Charneca

ONDE SAIR

Black & White Bold Caffé

HORÁRIO:

Segunda a domingo: 13h00 às 02h00

Tlf.: 917 443 179

Morada: Rua Carlos Alberto Mota

Pinto N. 47, Pombal 3100 Pombal

Casa das Gatas

HORÁRIO:

Segunda a Domingo: 12h30-02h00

Quarta-feira: Fechado

Tlf.: 912 282 463

Morada: Rua do Louriçal Nº 32

Pombal

Dancing SebastiãoDom

HORÁRIO:

Sábados: 22H00 às 3H00

Domingos: 22H00 às 2H00

Vésperas De Feriado: 22H00 às 3H00

Tlf.: 919 799 667

Morada: IC2 TRAVASSO 3100 Pombal

Leitaria da Praça

HORÁRIO:

Terça a Quarta: 13h00 às 02h00

Sexta e Sábado: 18h00 às 02h00

Segunda e Domingo: Fechado

E-mail: leitariadapraca2@hotmail.com

Morada: Praça Faria Gama, n.°4 3100471 Pombal

T- Bowling

Horário:

Segunda a Quinta: 20h00 às 02h00

Sexta e Sábado: 14h00 às 04h00

Domingo: 14h00 às 02h00

Tlf.: 236 211 515

Morada: Parque Industrial Manuel da Mota, Pombal

HORÁRIO:

Segunda a sexta: 13h00 às 02h00

Sábado e Domingo: 14h00 às 02h00

Tlf.: 236 031 066

Morada: R. Alexandre Herculano 4 3100 Pombal

Criolina Irish Pub

HORÁRIO:

Segunda a domingo: 14h00 às 02h00

Tlf.: 236 211 564

Morada: Avenida Heróis do Ultramar 103, Pombal, Portugal

Eden Bar & Bistrô

HORÁRIO:

Domingo a Quinta: 12ho0-00h00

Sexta e Sábado: 12h00 às 02h00

Tlf.:236 024 038

Morada: Largo da Biblioteca de Pombal - 3100 Pombal

Palace Kiay

HORÁRIO:

Sábados: 22h00 às 06h00

Restantes dias: Fechado

3 a 30 de Agosto: 22h00 às 06h00

Tlf.: 917 224 248

Morada: Rua do Comércio 5 3105-235 Meirinhas de Baixo

RedLine

HORÁRIO:

Segunda a domingo: 12h00 às 02h00

E-mail: red.line.pbl@gmail.com

Morada: R. Martel Patrício 38, 3100462 Pombal

Largo do Arnado

palcos intermarché

Jardim do Cardal

23H30 SANTOS DA CASA

FIFTY | ANGEL DEEJAY & NUNO FERNANDEZ

“JUBILATE DEO” - ORQUESTRA NACIONAL DE JOVENS COM CORO MUNICIPAL MARQUÊS DE POMBAL E CORO SINFÓNICO INÊS DE CASTRO

22H30

CONCERTO FILARMÓNICA ARTÍSTICA POMBALENSE COM A PARTICIPAÇÃO DE JOÃO SILVA E RICARDO SILVA

21H30 FESTIVAL DE FOLCLORE

Bombeiros voluntários precisam-se!

“Nos últimos dois anos quase não tivemos inscrições na escola de instrução para novos bombeiros. É preocupante!”

Écom algum receio e preocupação à mistura, que o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pombal (BVP) encara a chegada desta época estival, prevendo um verão “difícil” em matéria de incêndios florestais. Um prenúncio, aliás, já anunciado com os violentos incêndios ocorridos na Serra de Sicó e na freguesia de Abiul, em meados deste mês, poucos dias depois desta entrevista. “Nestes dois últimos anos tivemos muito poucas ocorrências e, as que houve, foram de pequena dimensão, por isso estamos com algum receio que as coisas se compliquem este verão”, afirmou-nos Paulo Albano, justificando a sua apreensão com as altas temperaturas e baixos níveis de humidade registados e, também, com o facto da floresta ter crescido bastante nos últimos anos. Facto que potencia o risco de incêndio nas matas e florestas do concelho, onde estão, agora, centradas todas as atenções da corporação pombalense. A qual conta, nesta fase mais crítica, com um dispositivo operacional diário de 16 bombeiros e 4 viaturas para a primeira intervenção, no total dos quatro quartéis existentes no concelho: Pombal, Guia, Louriçal e Albergaria dos Doze.

Um número que, longe de ser o desejado, é o possível, tendo em conta a premente falta de meios humanos que existe no seio da corporação. “É um problema que se está a sentir a nível nacional e,

muito particularmente, na nossa corporação, que está com alguma dificuldade em recrutar novos membros. Temos um número muito reduzido de efetivos!”, disse-nos o comandante, lamentando a cada vez maior falta de disponibilidade dos jovens para ingressar nos quadros dos BVP, que contam, atualmente, com um efetivo de 156 elementos, auxiliados por 62 viaturas, entre veículos de combate a incêndio, ambulâncias de socorro e ambulâncias de transporte de doentes não urgentes. “Nos últimos dois anos quase não tivemos inscrições na escola de instrução para novos bombeiros. É preocupante!”, lamentouse. Culpa que atribui não só à pandemia do covid-19, mas também às exigências cada vez maiores impostas aos bombeiros.

As preocupações de Paulo Albano face a esta época estival estendem-se, também, à limpeza das florestas que, a seu ver, ficou “muito aquém do desejado”. “Já muito trabalho foi feito, mas muito há ainda por fazer!”, constatou, acrescentando: “Ficou-se muito alerta para as questões da limpeza florestal na altura dos incêndios de Pedrógão Grande, em 2017, mas, com o passar do tempo, fomo-nos esquecendo dessa responsabilidade, que é de todos nós!”, ressalvou. Assim como o é também, frisou, denunciar a existência dos amontoados de sobrantes florestais deixados pelos madeireiros após a retirada

da madeira. “Eles estão por toda a parte, entregues à sua sorte e constituindo um autêntico barril de pólvora!”, alertou, convicto de que só se conseguirá resolver, definitivamente, este problema, quando esses resíduos passarem a ter valor financeiro.

No entanto, e na impossibilidade de se manter a limpeza em todo o território florestal do concelho, o comandante dos BVP apela a que, pelo menos, se mantenham limpos os terrenos em torno das casas e povoações, de forma a

aumentar a segurança de pessoas e bens, em caso de incêndio. “Já aconteceu, muitas vezes, termos de abandonar o combate para fazer proteção às casas e aldeias. Por isso, se estiver tudo limpo à volta delas evitamos ter de reservar, para esse fim, meios que estão a fazer falta no teatro de operações”, salientou, rematando: “A prevenção é a melhor e mais eficaz arma de segurança contra incêndios, porque os bombeiros só aparecem quando a prevenção falhou!”

Imagem: DR
Imagem: DR
Paulo Albano é bombeiro há 43 anos, 7 dos quais como comandante

Como evitar incêndios florestais?

(Siga as recomendações do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e da Autoridade Nacional de Proteção Civil) Crie uma faixa de proteção à volta da casa. O perímetro é de 50m, calculados a partir da parede exterior da habitação;

• Caso tenha um jardim, as árvores e os arbustos devem estar a 5m da casa.

• Garanta que, nos 10m à volta da casa, não cresce vegetação mais inflamável, como silvas ou canas;

• Evite acumular lenhas, sobras de exploração florestal ou agrícola e substâncias inflamáveis (como o gasóleo) dentro da faixa de proteção. Mas, se não tiver outro local para guardar esses materiais, acondicione-os em compartimentos isolados;

• À volta da casa, mantenha uma faixa com 1 a 2m de pavimento não inflamável (como cimento ou mosaico);

• O acesso à casa deve estar sempre limpo e desobstruído. Se for possível, crie também uma zona que permita aos carros fazerem a inversão de marcha;

• Os telhados, as caleiras e os passadiços de madeira acumulam erva e folhas secas. Limpe essas áreas regularmente;

• Instale uma rede de retenção de fagulhas nas chaminés da casa. Em caso de incêndio, esteja atento às frestas das portas e das janelas por onde as fagulham possam entrar;

• Caso tenha plantações, separe as culturas com barreiras corta-fogo (por exemplo, um caminho);

Se precisar de trabalhar com combustíveis, evite os dias muito quentes e as horas de maior calor;

• Caso esteja a trabalhar com ferramentas motomanuais ou cortamatos, evite que toquem em pedras e metais;

• Avise as autoridades se existir lixo acumulado próximo das habitações;

• Prepare um plano de evacuação da casa e treine-o com a família. Combine ainda um ponto de encontro ou um modo de contacto, para não ficarem separados durante um incêndio;

• Não faça fogo no interior das florestas ou nas zonas próximas;

• Não lance foguetes ou fogo-de-artifício nos espaços rurais;

• Nunca deixe as crianças sozinhas em casa, muito menos fechadas à chave;

• Não deixe as crianças brincarem com fósforos ou isqueiros;

• Nunca deixe que um pequeno foco de incêndio cresça. No primeiro minuto, qualquer fogo nascente se apaga com um copo de água, mas, cinco minutos depois, uma tonelada de água poderá não chegar;

Tenha sempre à mão algo com que possa extinguir um foco de incêndio, como extintor, mangueira, enxadas ou pás. Convém ter de reserva um rádio, uma lanterna a pilhas (e pilhas extra), material de primeiros socorros, sapatos fortes e isolantes do calor, garrafas de água e comida em embalagens de conserva;

Não lance pontas de cigarro para fora da viatura, utilize o cinzeiro do seu carro;

• Em caso de incêndio, deve ligar para o número nacional de emergência 112 ou para os bombeiros da sua área de residência.

Viver melhor com menos!

Uma filosofia de vida que está a ganhar cada vez mais adeptos em Pombal

As montras aliciam-nos, as campanhas publicitárias impelem-nos e os influencers convencem-nos! Diariamente, são muitos e diversificados os estímulos que recebemos a apelar ao consumo desenfreado. E nós cedemos! Muitas vezes, por impulso, sem refletir nas reais necessidades daquele artigo, cuja aquisição, muitas vezes, não passa de um mero capricho para satisfazer as tendências da moda, sermos aceites num grupo e/ ou para nos colocarmos numa posição de destaque na sociedade.

Em resultado, vamos acumulando tralha em nossas casas, que é como quem diz, coisas a que não damos utilidade e nem nos trazem felicidade, da qual só nos damos conta quando, de repente, deixámos de ter espaço nos armários e roupeiros para guardar o que realmente interessa.

Foi com o objetivo de promover o destralhe e a prática do desapego, assente na máxima de que “A tralha só atrapalha”,

que Martine Gonçalves, residente em Pombal, criou, em janeiro de 2020, a página do Facebook ‘Destralhar, Reutilizar & Minimizar – Pombal’. Através da qual as pessoas podem doar, a quem precise, os seus artigos que, embora já não sendo novos, ainda podem ter utilidade para alguém. Uma prática da qual se diz adepta há muitos anos. “Eu sempre fui muito dada a destralhar, porque nunca gostei de acumular só porque sim e, sempre que tinha em casa coisas que já não usava, procurava dar-lhes caminho, quer fosse para associações ou através de campanhas solidárias! No entanto, havia sempre aqueles artigos que, por não se enquadrarem nas necessidades das associações, não sabia muito bem a quem doar. Então, um dia, fiz uma pesquisa na Internet e descobri que havia um grupo, na zona de Lisboa, a promover o destralhe e a reutilização de todo o tipo de artigos. Achei a ideia tão interessante, que decidi replicála em Pombal”, contou-nos a técnica de Recursos Humanos,

de 38 anos, que, inicialmente, começou por partilhar a página apenas entre a sua rede de amigos e conhecidos, nomeadamente com aqueles que, de certo modo, se identificavam com o conceito.

No entanto, partilha após partilha, o grupo foi crescendo, muito além das suas expectativas, sendo atualmente constituído por cerca de 6 mil membros. “O boom maior deu-se há cerca de um ano, quando foram introduzidas as trocas simbólicas, por me dar conta de que havia muita gente com dificuldade em desapegar-se das suas coisas a troco de nada. Então, em vez das doações, as pessoas passaram a poder trocar os seus artigos por outros bens de valor simbólico e o certo é que, desde aí, o grupo cresceu e dinamizou imenso! Raro é o dia em que não há pessoas novas a aderir”, disse-nos, nunca imaginando o enorme sucesso que, em tão pouco tempo, a página alcançaria!

Para esse êxito muito tem contribuído, também, a dedicação e a forma exemplar com que Martine Gonçalves gere o grupo, atuando, de forma assertiva, sempre que se verificam abusos ou situações desagradáveis. “Houve uma altura em que havia pessoas a aceitar, por impulsividade, tudo e mais alguma coisa, não dando oportunidade a outras. Por isso, tive de impor algumas regras, nomeadamente o facto de cada pessoa só poder aceitar um artigo por semana, não sendo também permitidas vendas, nem trocas por vales ou vouchers. Além disso, e sempre que me apercebo que as trocas são desajustadas, nem sequer partilho as publicações!”, admitiu, ressalvando: “Acima de tudo, deve imperar o bom senso, porque para fazer negócio

há outras plataformas mais adequadas!”

Dos artigos de vestuário aos livros, passando por eletrodomésticos, calçado, artigos de decoração, utensílios de cozinha, mobiliário, brinquedos, bijuteria... aparece de tudo um pouco nesta página para destralhar. Quase sempre a troco de bens alimentares essenciais ao dia-a-dia.

Casos houve, no entanto, em que, aceitando o repto lançado pela administradora, as pessoas optaram por reverter as suas trocas a favor de algumas causas, estando, por isso, associado ao grupo também uma vertente solidária. “Sempre que tenho conhecimento de alguma campanha a decorrer, tento incentivar as trocas a favor dessas iniciativas, começando eu própria por dar o exemplo, e a verdade é que tem resultado muito bem, porque as pessoas, no geral, estão muito recetivas a ajudar!”, congratulou-se, dando como exemplo a campanha a favor da ‘Ajudanimal – Associação de Defesa dos Animais de Pombal’, que gerou uma enorme onda de solidariedade entre os membros do grupo. “Ao destralharem os seus artigos, em vez de pedirem coisas para si, as pessoas pediam ração para animais e depois iam entregar diretamente à associação, partilhando no grupo fotos desse momento. Também já se chegou a fazer cabazes de Natal para ajudar os mais carenciados e a recolher papel e cartão para ajudar uma criança com uma doença grave. Se, por pouco que seja, conseguirmos ajudar alguém, já é muito bom!”, considerou, não descartando a possibilidade de, futuramente, se associar a outras causas.

Martine Gonçalves, a administradora da página “Destralhar, Reutilizar e Minimizar - Pombal”

O que para mim já não presta, ainda pode fazer felizes outras pessoas!"

Apesar do grupo ‘Destralhar, Reutilizar & Minimizar’ ter sido criado, essencialmente, para pessoas com residência na zona de Pombal, de forma a facilitar as trocas, que são sempre feitas em mãos, certo é que há muito que este extrapolou as fronteiras do concelho, havendo cada vez mais gente a aderir de fora do concelho, nomeadamente de Ansião, Soure, Coimbra, Leiria, etc.

É o caso de Rita Mendes, residente em Leiria, que teve conhecimento da página através de uma familiar e gostou tanto do conceito que, por diversas vezes, já recorreu a ela para ir buscar artigos de criança e, também, para destralhar, sobretudo, artigos de vestuário e utensílios de cozinha, que só lhe estavam a ocupar espaço em casa.

Rita Mendes 38 anos, Leiria

Não sendo de Pombal, é da ajuda de uns familiares, aqui residentes, que se socorre sempre que precisa de efetuar trocas.

Já Sara Ramalho, de Ansião, costuma recorrer ao marido, que trabalha em Pombal, e não se importa de dar a cara por ela, destralhando, maioritariamente, roupa e calçado dos filhos que, entretanto, deixaram de lhes servir.

Fervorosa adepta deste conceito é, também, Rita Margarida Mendes, residente em Governos, que, embora admita nem sempre ser fácil praticar o desapego, considera tratar-se de uma prática importante para “uma vida bem mais leve e com energias renovadas”. Por isso, e sempre que tem artigos em casa a que já não dá utilidade recorre à

“Adoro o conceito! Se não fosse o Destralhar há muitas coisas que, mesmo ainda estando boas, iriam parar ao caixote do lixo!”

Marina Silva 45 anos, Pombal

“Acho o conceito bastante interessante. Não mudaria nada, talvez só eliminasse os membros que não se regem pelas regras do grupo!

página para os fazer chegar a quem deles precise, evitando, assim, que fiquem acumulados, anos e anos, dentro de caixotes ou, na pior das hipóteses, que vão parar ao caixote do lixo.

O mesmo tem feito Marina Silva, residente em Pombal, que, através do ‘Destralhar’, não só já se conseguiu ‘desfazer’ de muita tralha, como também já chegou a ir buscar coisas do seu interesse. “A maioria das vezes foi mesmo para destralhar, mas, se gostar de alguma coisa, também não tenho problemas em aceitar”, disse-nos, apontando o dedo às pessoas que teimam em quebrar as regras do grupo. “Já me aconteceu combinar a troca com uma pessoa e ela nunca apareceu, nem me respondeu às mensagens. É uma falta de

Sara Ramalho 36 anos, Ansião

“Destralho muito roupas e calçado dos meus filhos, porque deixaram de lhes servir”.

Fernanda Lobo 54 anos, Pombal

“O que, para mim, é banal e já não presta, ainda pode fazer felizes outras pessoas!”

respeito!”

Do mesmo se queixa Fernanda Lobo, de Pombal, que critica também a falta de “bom senso” de alguns membros do grupo, que “aceitam tudo por impulso e, depois, muitas vezes, acabam por faltar aos encontros, sem avisar!”

No entanto, e apesar de algumas más experiências nesse sentido, diz também já ter encontrado “muita gente boa” neste grupo, que fica imensamente agradecida com as doações. Mesmo quando, aos seus olhos, lhe pareçam artigos sem importância. “Isto só prova que, o que, para mim, é banal e já não presta, ainda pode fazer felizes outras pessoas!”, concluiu.

Rita Margarida Mendes 45 anos, Governos

“Acho que devíamos praticar mais o destralhe! Todos temos em casa coisas que já não utilizamos, não nos acrescentam e só estão a ocupar espaço!”

Martine Gonçalves, 38 anos, Pombal

“Eu sempre fui muito dada a destralhar, porque nunca gostei de acumular só porque sim e, sempre que tinha em casa coisas que já não usava, procurava dar-lhes caminho.”

A arquiteta que alia a tradição ao contemporâneo nas suas criações

“Gostava

de marcar a diferença na minha era!”

o mercado de trabalho desde 2004, ano em que terminou o curso de Arquitetura na Universidade de Coimbra e abriu o seu primeiro atelier em Pombal (RC Arquitetos), Rita Cordeiro já quase dispensa apresentações. O seu nome é sobejamente conhecido não só no concelho de Pombal, onde possui uma vasta carteira de clientes, mas também em várias regiões do país, dispondo de gabinetes de arquitetura em Lisboa e Santarém, e, mais recentemente, também em França, Suíça e Angola.

Nascida numa família com um avô construtor, cedo soube que queria ser arquiteta e “desenhar nas folhas grandes (plantas)” que, em criança, sempre lhe foram recusadas, porque teria de estudar primeiro.

Já adulta, e devidamente formada, percebeu que ser arquiteta é, afinal, muito mais do que elaborar projetos e “mexer em folhas grandes”. “É

reconhecer a vida de alguém e projetála, em traços construir sonhos e, em sonhos, dar a oportunidade de realizar um legado que fica além da vida”, descreveu.

Com vários projetos em mãos, uns de âmbito particular e outros mais vocacionados para o turismo, Rita Cordeiro, de 43 anos, afirma não ter dois trabalhos iguais, até porque, quando inicia um projeto, procura perceber, primeiro, a forma como o cliente está na vida e como quer viver a sua casa/ espaço. Este é o ponto de partida que influencia todas as suas criações, em cuja conceção gosta que lhe deem liberdade para dar asas à sua imaginação. Liberdade essa, que diz conseguir mais facilmente nos projetos de alojamento turístico, os quais lhe oferecem ainda outra vantagem: a possibilidade de evoluir, diversificar e inovar, na medida em que as necessidades e as tendências da moda, sobretudo ao nível do design de interiores, estão em

constante mutação. “Trabalhar com projetos turísticos é realmente muito gratificante e desafiante para mim, enquanto criadora. Desde logo, porque estou a criar espaços e ambientes para agradar a pessoas que nem sequer conheço, por isso, tenho de me colocar sempre na pele do cliente e tentar perceber o que é que ele estará à espera de encontrar naquela guest house ou naquele boutique hotel. Que detalhes lhe vão despertar a atenção? Sim, porque todos os detalhes interessam e é no seu conjunto que se consegue um grande projeto! E, depois, porque posso construir hotéis completamente diferentes consoante a sua localização, pois é diferente projetar uma guest house em Pombal e outra na Golegã, dois projetos que tenho agora em mãos. A envolvência é diferente e vai influenciar as minhas criações!”, justificou-nos, não escondendo a sua preferência pelos projetos de âmbito turístico, sobretudo guest houses e boutique hotéis, os quais lhe dão também a possibilidade de personalizar cada quarto e criar ambientes totalmente diferentes em cada um deles. “Num hotel com 50 quartos, eles acabam por ser todos praticamente iguais e nestes pequenos hotéis isso não acontece! Não há nada que me satisfaça mais!”, dissenos a arquiteta, que adora misturar a tradição com o contemporâneo nas suas criações, dando especial atenção, também, à parte não visível da obra. Nomeadamente, no que toca ao isolamento térmico e ventilação natural, que são, no fundo, o que “traz o conforto a uma casa a médio e longo prazo”, realçou.

Questionada sobre o que mudaria na arquitetura em Pombal, Rita Cordeiro responde, sem hesitação: “Há muita coisa a mudar em Pombal”. A começar pela “eliminação da burocracia”, algo que diz ser transversal a todo o país. “Como trabalho noutros países, consigo

ver as diferenças e, em Portugal, há realmente muita burocracia, como não existe lá fora! Quando entrego um projeto na Câmara, 20% é desenho e 80% é papelada! Não faz sentido!”, queixou-se, admitindo sentir-se lesada com tanto excesso de burocracia. “São tantas as certidões que nos pedem, tantos documentos, que acaba por se perder um bocado a magia da criação, porque estãonos sempre a criar bloqueios e limitações que nos impedem de dar asas à criatividade. Daí, também, esta minha necessidade de ir para outros países, porque preciso de criar para me sentir bem e, em Portugal, nem sempre me deixam!”, lamentou-se, considerando que a atual falta de criatividade nas construções a isso se deve: “É por isso que há tantas repetições, porque não nos deixam trabalhar livremente! Antigamente, os edifícios eram muito mais bonitos, criativos e imponentes, porque não havia tanta burocracia! A papelada é importante, sim, mas não era preciso tanta!”Até porque, conforme realçou, ela acaba por tornar os processos bem mais morosos, obrigando os clientes a esperar meses, nalguns casos anos, pela aprovação dos projetos.

Apaixonada pela sua profissão, da qual se orgulha por ser também uma das mais antigas do mundo, Rita Cordeiro gostava que a arquitetura não fosse vista apenas como “paredes e rabiscos”, mas que fosse apreciada, acima de tudo, como uma arte. A mesma arte que nos leva a viajar por esse mundo fora, tantas vezes, apenas para apreciar a imponência de certas construções, seja em edifícios, monumentos, museus… “Que haja essa sensibilidade e que nos deixem ser criativos, porque, daqui a uns anos, Pombal não tem nada para mostrar aos seus visitantes e eu gostava muito de não ser apenas mais uma! Gostava de marcar a diferença na minha era!”, rematou, em jeito de apelo.

Rita Cordeiro em frente ao seu gabinete de arquitectura, em Pombal

Refeições low cost em Pombal à distância de um clique

odos os anos são desperdiçadas cerca de 90 milhões de toneladas de alimentos na União Europeia, um milhão das quais só em Portugal, o equivalente a uma média de 97kg por pessoa, por ano.

Foi, precisamente, com o objetivo de combater o desperdício alimentar e, também, reduzir as emissões de CO2, que, em 2016, foi criada, na Dinamarca, a To Good To Go. Uma aplicação (APP), de utilização gratuita, em forte expansão internacional, que chegou a Portugal no final de outubro de 2019, encontrando-se, atualmente, presente em vários concelhos de norte a sul do país.

Nomeadamente, em Pombal, onde está implementada desde julho de 2020, contando já com mais de uma dezena de estabelecimentos aderentes, das mais diversas áreas de atividade, desde supermercados, pastelarias, padarias, restaurantes, churrasqueiras e mercearias, que partilham da mesma vontade em reduzir o desperdício alimentar no concelho. “É uma excelente iniciativa, com vantagens para todos os intervenientes: para os consumidores, que acabam por obter refeições de qualidade a um terço do valor do mercado; e para os estabelecimentos parceiros, que, não podendo vender as sobras

no dia seguinte, evitam que muita comida vá parar ao caixote do lixo, sem sequer ter chegado ao prato”, afirmou, em declarações ao ‘Pombal ComVida’, Adelino Mota, proprietário do restaurante S. Sebastião, situado no Travasso, que quase todos os dias tem disponíveis várias Magic Boxes, isto é: caixas-surpresa, criadas pelos próprios estabelecimentos, com os excedentes disponíveis do dia, a preços reduzidos. “Normalmente, quem mais recorre a este serviço no meu estabelecimento são os trabalhadores noturnos, que vêm aqui buscar a refeição já para o almoço do dia seguinte”, disse-nos, realçando que, embora não seja confecionada na hora, trata-se de comida de boa qualidade. “Se em nossas casas não temos qualquer problema em comer sobras do dia anterior, não vejo porque não o fazer, também, com a comida dos restaurantes!”, rematou.

Opinião partilhada por Vítor Gaspar, da churrasqueira ‘Pérola dos Frangos’, situada na Rua Prof. Alberto Mota Pinto, no centro da cidade, que costuma disponibilizar uma média de 10 Magic Boxes por semana, contendo comida suficiente para duas pessoas. “O cliente acaba por comprar uma refeição a 3.99 euros que, se fosse ao custo de mercado, ficar-lhe-ia a 9 ou 12 euros”, salientou o comerciante que, com esta aplicação, diz fazer à volta de 200 euros por mês. “Não quer dizer que os 200 euros sejam lucro, mas eram 200 euros que iam para o lixo!”, realçou.

Sobre o tipo de pessoas que, normalmente, procura as Magic Boxes, Vítor Gaspar afirma que a maioria são pessoas sem grandes dificuldades económicas, que encontram nesta iniciativa uma forma de “comer bem a preços mais em conta!” “Muitos desses clientes até são pessoas bem-conceituadas, que conhecem bem a casa e a qualidade do produto”, acrescentou.

Outro dos estabelecimentos aderentes ao Too Good To Go no concelho de Pombal é a ‘Verihortas’, situada em Meires (Pelariga), propriedade de Ivan Neves, que considera o projeto “muito interessante” do ponto de vista do combate ao desperdício alimentar. “Disponibilizamos sempre duas Magic Boxes por dia, com vários tipos de frutas e legumes para consumir no imediato”, dissenos, admitindo a possibilidade de,

entretanto, aumentar o número de boxes por dia, tendo em conta o aumento da produção agrícola. “Daqui para a frente começamos a ter muitos pepinos, tomates e outros legumes e, para não os deixar estragar, possivelmente irei disponibilizar mais boxes, pois há sempre procura”, afirmou-nos.

Segundo as informações prestadas ao ‘Pombal ComVida’ pela PR manager da Too Good To Go, Carina Dias, graças a esta APP já foram “salvas” em Pombal cerca de 2.500 refeições. Número que se eleva a 1.712.021 se considerado o universo dos vários concelhos aderentes no país, onde existe, atualmente, cerca de quatro mil parceiros ativos e mais de 1,2 milhões de pessoas que já descarregaram a aplicação.

Mas, afinal, como funciona a Too Good To Go? O processo é simples, basta descarregar a aplicação, disponível gratuitamente para Android e IOS. De seguida, fazer uma pesquisa pelos estabelecimentos na zona pretendida e reservar o número desejado de Magic Boxes, que variam de estabelecimento para estabelecimento, consoante os excedentes do final do dia. Por fim, o utilizador deve dirigir-se ao local para efetuar a recolha. O pagamento é feito através da aplicação e o recibo é gerado na altura da recolha, no horário estabelecido, e indicado na aplicação, pelo próprio estabelecimento.

Adelino Mota
Vítor Gaspar
Ivan Neves

Moda dos passadiços também já chegou a Pombal

Há quem defenda que são um excelente veículo de promoção territorial, possibilitando a descoberta de locais idílicos no meio da natureza e favorecendo os negócios locais. Outros, porém, consideram-nos um verdadeiro atentado à natureza, expondo, ao turismo de massas, locais até agora selvagens ou pouco frequentados, com tudo o que isso implica de menos positivo, desde a destruição da paisagem natural, maior erosão dos solos, acumulação de lixo ao longo dos percursos, aumento do ruído, etc.

Apreciados por uns, criticados por outros, certo é que os passadiços estão na moda, havendo cada vez mais municípios, de norte a sul do país, a apostar na construção destas estruturas de madeira para atrair visitantes e, desta forma, gerar mais riqueza nos

seus territórios.

Foi o que fez, também, a Câmara Municipal de Pombal ao inaugurar, em maio deste ano, o passadiço do corredor ribeirinho do Rio Arunca. O segundo existente no concelho, se considerarmos o da praia do Osso da Baleia, construído mais com o objetivo de proteger e preservar as dunas e a vegetação predominantes do que, propriamente, para atrair visitantes.

Com uma extensão total de pouco mais de 4km, ligando o Parque Verde do Açude, na periferia da cidade, até bem próximo da localidade de Ranha de Baixo, na freguesia de Pombal, o passadiço do corredor ribeirinho do Arunca tanto pode ser percorrido a pé como de bicicleta, desenvolvendose sempre ao longo das margens

do rio.

Em causa está um investimento avaliado em cerca de 700 mil euros, suportado na íntegra pela autarquia, que lhe atribui um duplo contributo: por um lado, a aposta no bem-estar das pessoas, servindo de incentivo à prática do exercício físico e promoção de hábitos de vida mais saudáveis; e, por outro, a aposta na valorização da natureza e na biodiversidade do meio hídrico. “O primeiro objetivo julgo que está a ser bem conseguido, porque, aos fins de semana, tenho ido correr para lá e há sempre imensa gente a fazer as suas corridas e caminhadas, e/ou a andar de bicicleta. Acho que a população aderiu de forma massiva a este percurso”, congratulou-se o presidente do executivo camarário, Pedro Pimpão, considerando que, ao ser mais frequentado, “o rio passa também a ter mais guardiões”, isto é, pessoas preocupadas em zelar pela preservação e correta utilização daquele património natural. O que, a seu ver, “traduz-se num maior envolvimento da comunidade como entidade fiscalizadora de problemas existentes, de alerta às autoridades competentes e, também, de um levantamento e identificação dos proprietários junto às linhas de água”.

Para além dos objetivos acima mencionados, o referido investimento pretende, ainda, e conforme fez saber a autarquia, “beneficiar os agricultores e proprietários confinantes com a linha de água”, do ponto de vista da melhoria da acessibilidade aos campos agrícolas, facilitando, desta forma, também o acesso por parte dos meios de combate a incêndios, SEPNA, etc.

Com a pretensão de “continuar a devolver o rio à população”, o Município de Pombal encontrase, neste momento, já a trabalhar na 2ª fase do projeto, que consiste em prolongar o corredor ribeirinho até Vermoil, para, posteriormente, o fazer chegar à nascente do Rio Arunca, situada em Albergaria dos Doze, ficando, para mais tarde, o prolongamento para a zona norte do concelho, designadamente até Almagreira. “No final, vamos ter um percurso pedonal e ciclável com cerca de 15 a 20 km de extensão, sempre ao longo das margens do Rio Arunca”, rematou Pedro Pimpão.

E agora que já lhe apresentámos o percurso, calce os ténis, pegue na mochila e junte a família e/ ou os amigos numa caminhada revitalizante pelas margens do Arunca.

Ansião acolhe evento único no concelho vocacionado para o bem-estar físico e mental

o atual mundo agitado em que vivemos e repleto de estímulos, que, tantas vezes, nos distraem do que é verdadeiramente importante, desacelerar e desfrutar de momentos de paz e tranquilidade é quase tão importante como o simples ato de respirar. Pois são esses momentos que nos permitem relaxar o corpo e despertar a consciência para a felicidade da abundância da vida que, diariamente, nos é dada.

Foi neste contexto de busca pelas coisas simples da vida que surgiu a ideia do ‘Desperta(o)Ansião’. Um evento, inserido no Festival Ágape, concebido a pensar no bem-estar físico e mental dos seus participantes que, durante um dia inteiro (das 09h30 às 18h30), terão à sua disposição uma série de disciplinas e práticas de promoção do equilíbrio do corpo e mente. Nomeadamente Yoga, dinamizado pela terapeuta Liliana Santos, Capoeira (Fominha e Pé de Vento), Astrologia (Ana Luíza Barata), Feng Shui (Lara Vieira), Mandalaterapia (Cláudia Pereira), Malukatherapy (Michele Silva), Roda da Vida (Sara Balasteiro), Meditação (Miriam Jorge) e Massagens de Bem-Estar e Relaxamento (Goreti & Joana).

O programa inclui, ainda, diversos momentos de dança, palestras e muito mais!

Tudo isto reunido num só evento, que acontecerá no dia 17 de Setembro, em Ansião, em plena harmonia com a Natureza, já que a maioria das atividades irá decorrer na Mata Municipal, estando outras programadas para ter lugar na sala polivalente do Centro Cultural.

Os interessados em participar no Desperta(o)Ansião’, evento promovido pela Terra Vermelha com o apoio da Câmara Municipal de Ansião, deverão efetuar a sua inscrição através do link www.queroir.pt/desperta-oansiao, sendo que, até ao dia 18 de agosto a contribuição é de cinco despertares por pessoa, passando a 10 dessa data em diante. Crianças menores de 12 anos terão entrada gratuita no recinto. Ainda assim, terão que formalizar também a sua inscrição através do email do festival.

Mais informações em infofestivalagape@gmail.com, ou pelo número de telefone 919 865 509.

Despertamos juntos?

Vá de férias em segurança!

Siga os conselhos da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária

este período de férias, as deslocações de automóvel são mais frequentes e, muitas vezes, mais longas. Com o aumento de tráfego, característico desta época, temse verificado, sistematicamente, um pico de sinistralidade, nos meses de julho e agosto. Cabe, principalmente, ao condutor minimizar esta situação, através da adoção de comportamentos que lhe permitam viajar com mais segurança, sem pôr em risco a sua vida e a dos outros.

Não esqueçamos que, em cerca de 95% dos acidentes de que resultam vítimas mortais ou feridos graves, têm como fator dominante ou concorrente a falha humana. Vamos recordar alguns comportamentos que, uma vez adotados, podem transformar as deslocações de férias num verdadeiro prazer, minimizando muitos dos riscos inerentes à circulação automóvel.

PREPARAÇÃO DA VIAGEM

Ao propor-se realizar uma viagem, o condutor deve:

•Certificar-se, com antecedência, de que o seu veículo se encontra em perfeitas condições mecânicas. Deve mandar verificar especialmente: piso dos pneus, incluindo o sobresselente; direção; sistema de travagem; amortecedores, focagem dos faróis e funcionamento dos dispositivos de sinalização. Antes de iniciar a viagem há que conferir: a pressão dos pneus; o nível do óleo do combustível e da água na bateria e no

radiador; o bom estado da limpeza dos vidros e do bom funcionamento dos limpos parabrisas;

•Programar cuidadosamente o itinerário, não impondo metas exageradas de tempo ou distância e optando, sempre que possível, por estradas menos congestionadas;

•Não esquecer toda a documentação necessária, procurar repousar e não ingerir bebidas alcoólicas nem refeições pesadas;

•Se viajar com crianças, deve levar consigo, em lugar acessível, água e alguns jogos ou livros que as possam entreter, para que não fiquem impacientes e se transformem em fatores de distração do condutor;

•Não carregar demasiado o veículo e distribuir corretamente a bagagem. A carga aumenta a distância de travagem e a carga excessiva e mal distribuída altera a estabilidade e o controlo da direção, podendo provocar derrapagens nas curvas. Não transportar volumes soltos no veículo que se possam deslocar com o andamento, ou que impeçam a visibilidade;

•Se deslocar um reboque, deve atender à sua influência na direção, na aceleração e na travagem;

•Vestir-se com roupa cómoda e calçar sapatos confortáveis. O uso de sandálias ou sapatos muito grossos dificulta a ação sobre os pedais.

ATENÇÃO: Iniciar a condução repousado e em boas condições psicofisiológicas, com o veículo em bom estado e com um plano da viagem organizado é já um bom começo.

DURANTE A VIAGEM

•Crianças - Se transportar crianças, deve fazêlo no banco traseiro do veículo, utilizando os sistemas de retenção obrigatórios e homologados, de acordo com o seu peso, idade e tamanho. Só assim serão eficazes e confortáveis.

•Cinto de segurança - Utilize sempre o cinto de segurança e verifique que todos os passageiros o usam igualmente, mesmo nos bancos traseiros. Em caso de acidente, estes dispositivos minoram as consequências em termos físicos dos ocupantes. É importante

ter presente que uma colisão a 50km/h corresponde à queda de um 4º andar.

•Fadiga – A fadiga no condutor manifesta-se a nível muscular, nervoso e visual. Torna-o nervoso e ansioso. Os seus gestos tornam-se mais lentos e tem muitas vezes tendência a circular demasiado depressa, avaliando mal a sua velocidade e a dos outros. A condução, por obrigar a fases de atenção difusa e de concentração intensa numa postura rígida, induz a fadiga, mesmo que no seu estado inicial não seja muito sentida pelo condutor. Há que saber reconhecer os seus sinais bem como as principais formas de evitar o estado de fadiga. Não esquecer que a comodidade também é segurança. Para que a viagem seja menos cansativa, o condutor deve estar comodamente sentado e em posição que possibilite o domínio perfeito do veículo em caso de emergência. Assim é importante: regular o assento para que os pés cheguem perfeitamente aos pedais; regular os espelhos retrovisores de forma a melhorar a visibilidade. A fadiga pode induzir a sonolência, principalmente de noite e/ou em ambientes monótonos. Tanto um como outro destes estados pode ser agravado pela absorção de álcool, drogas e/ou medicamentos.

•Telemóvel - A atenção do condutor deve ser, prioritariamente, dirigida para a condução. A manutenção de uma conversa telefónica, para além de outros efeitos prejudiciais a uma condução segura, é um fator de dispersão da atenção, pelo que o condutor não deve conduzir e telefonar ao mesmo tempo, mesmo se o uso do telemóvel lhe permitir manter as mãos livres.

•Álcool - O álcool é um depressor que afeta negativamente todas as capacidades, físicas e psicológicas, necessárias à prática de uma condução segura. A ingestão de bebidas alcoólicas e a condução são incompatíveis.

•Medicamentos - Alguns medicamentos, mesmo de uso corrente, mas sobretudo os que atuam a nível do sistema nervoso central, prejudicam as capacidades necessárias à prática de uma condução segura. Há que ler a bula e verificar se aí consta alguma contraindicação para a condução. Se for o caso não se deve conduzir.

•Distância de Segurança - Para evitar uma colisão com o veículo que segue à sua frente, o condutor deve deixar em relação a este uma distância que lhe permita travar/parar em segurança, no caso de uma travagem/ paragem/mudança de trajetória brusca daquele.

•Ultrapassagens - As ultrapassagens realizadas em circunstâncias inseguras e mal sinalizadas estão na origem de grande parte dos acidentes. Só se deve ultrapassar se for absolutamente necessário e somente quando estiverem reunidas todas as condições para a realização da manobra em segurança.

•Cedência de Passagem - O não respeito da regra de cedência de passagem acarreta riscos, cujas consequências são, na maior parte das vezes, nefastas. Esta regra deve ser sempre respeitada em prol da segurança de todos.

UM BOM CONDUTOR DEVE:

•Estar consciente dos seus próprios limites físicos e psicológicos;

•Respeitar rigorosamente o Código da Estrada e as normas de segurança rodoviária;

•Adaptar a condução ao veículo que conduz, à estrada em que circula, às condições ambientais e à intensidade do trânsito no momento;

•Não surpreender os outros utentes da via pública, dando-lhes sempre a conhecer as suas intenções, sinalizando todas as manobras que pretende efetuar e não se deixar surpreender, prevendo os seus comportamentos.

•Velocidade - Para viajar com mais segurança é necessário cumprir sempre os limites de velocidade e não circular a velocidade excessiva para as condições existentes, sejam elas respeitantes ao estado psicofisiológico do próprio condutor, respeitantes ao veículo, à infraestrutura, às condições ambientais ou à intensidade do tráfego. Quanto mais elevada for a velocidade, mais a capacidade de perceção visual diminui, o campo visual fica reduzido e o risco de erro aumenta. A aderência dos pneus ao piso vai diminuindo e a fadiga surge com mais facilidade. O tempo de reação aumenta, aumentando a distância de reação e, consequentemente, a distância de paragem do veículo. As consequências de uma colisão serão mais gravosas.

PASSATEMPOS

SUDOKU

LABIRINTO

SOPA DE LETRAS DESCUBRA AS 8 DIFERENÇAS PASSATEMPOS

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