Quiçá! Na gigantesca fila do banco, entre a algazarra de assuntos que se propagavam pela sala, eu ouço: “O futuro a Deus Pertence.” Este é um famoso dito popular muito utilizado nas horas de incerteza quanto ao futuro. Hoje em dia, com a implementação do imediatismo (geração y), é comum fazer tudo de modo apressado com muito jogo de cintura e, assim, ficando cada vez mais difícil planejar o próximo passo, dando continuidade a uma tarefa em longo prazo. Decidir entre trilhar caminhos ou jogar em campinhos deveria ser algo primordial. É na adolescência que nascem as dúvidas: o curso a seguir; trabalhar e estudar ou se dedicar somente aos estudos; continuar morando com os pais ou partir para novos rumos. A inquietude toma conta do momento fazendo com que, nessa fase da vida, surja uma verdadeira incógnita: aproveitar o momento e planejar as escolhas ou cair na curtição deixando tudo para depois? Infelizmente, muitos ficam com a curtição, utilizando como regra um mandamento que se deve aproveitar cada momento como se fosse o último. Não que eu duvide disso, mas acho equivocada a maneira de como é entendida esta atitude. Temos um ótimo momento para pensarmos e planejarmos com calma nossas vidas na adolescência. Para muitos, ainda falta maturidade. No entanto, acredito que ela venha com o tempo, encontrada no caminho, corrigindo erros, revendo conceitos e se deparando com novos desafios, e o maior deles é conciliar vida (família, amigos, companheira) com trabalho e estudo. Começar a planejar a vida é estudar formas de como chegar ao cume. Para toda ascensão, o caminho é longo e cheiro de obstáculos. Cabe a cada um saber a melhor forma de removê-los. Montar várias estratégias é a forma mais segura para garantir o sucesso. Confesso que só comecei a desenvolver meu mapa para a conclusão de meus objetivos há pouco tempo. Felizmente, já vejo frutos nascendo das árvores que plantei. São pouco, mas gratificantes. E depois de tantos erros, idas e vindas, precipitações e recuperações, posso dizer que aproveitei cada momento como se fosse o último porque assim aprendi a cair e levanta;