Brasília 60 anos

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Moderação e equilíbrio na tomada de decisões Vice-Presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Antônio Pereira, afirma que essas são qualidades indispensáveis na política

E

m seu primeiro mandato como deputado federal, Marcos Antônio Pereira, presidente do partido Republicanos, fala com exclusividade para a Voz de Brasília sobre sua carreira, os objetivos de sua sigla e a situação atual do país. Confira a íntegra da entrevista.

Voz de Brasília

Deputado nos fale um pouco sobre sua trajetória na política.

Dep. Marcos Antônio Pereira

Apesar de já ter me filiado a um partido no passado, meu ingresso de fato na política partidária aconteceu em maio de 2011, quando assumi a presidência nacional do então Partido Republicano Brasileiro (PRB), hoje Republicanos. Minha primeira grande missão, naquele ano, era preparar o partido para as eleições municipais de 2012. Meu teste de fogo foi coordenar a campanha do deputado federal Celso Russomanno a prefeito de São Paulo. Fizemos uma campanha enxuta, mas eficiente. Russomanno chegou a liderar as pesquisas a maior parte do tempo, mas terminou em terceiro lugar com mais de 1,2 milhão de votos. A partir dali, começamos a planejar o crescimento das bancadas estaduais e federal, o que de fato aconteceu em 2014. Saltamos de oito deputados federais para 21, superando todas as projeções 162

dos especialistas e da imprensa. Rodei o Brasil todo construindo o partido e atraindo novas lideranças. Novos crescimentos aconteceram em 2016 e em 2018, quando elegemos 30 deputados federais, um senador e 42 deputados estaduais. Hoje somos uma das maiores bancadas em Brasília com 33 deputados federais e dois senadores. Vale lembrar que, em maio de 2016, fui convidado a assumir o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, onde permaneci por 20 meses até me afastar para concorrer pela primeira vez ao cargo de deputado federal. No período, avançamos fortemente na desburocratização do setor produtivo - em especial no comércio exterior -, construímos a nova política automotiva (Rota 2030), fundamental para o setor que emprega mais de 1,6 milhão de pessoas, e fui um dos responsáveis pela consolidação do acordo Mercosul-União Européia, que infelizmente tem enfrentado dificuldades para ser concretizado. Em 2018, portanto, fui eleito deputado federal e no meu primeiro mandato me tornei vice-presidente da Câmara com uma votação expressiva dos colegas parlamentares. Tanto na minha vida privada como na pública me pauto sempre pelo diálogo, pela moderação e o equilíbrio nas tomadas de decisões. Creio que esse seja um ponto forte que muitas vezes falta na discussão

política atual.

VB - Como o Republicanos

trabalha para a construção de um país melhor?

MP - É importante destacar

que o Republicanos é um partido conservador, moderado, um importante ponto de equilíbrio na política brasileira. Nossas bases são sólidas de tal modo que somos o único partido que cresce desde sua fundação, em 2005. Somos também um dos poucos partidos orgânicos dentro do espectro brasileiro. Isso permite que nossas bancadas estejam sempre alinhadas com o propósito maior de fazer a boa política pensando nos interesses públicos. Esse comportamento se estende aos estados e municípios. Do ponto de vista estrutural, o Republicanos é o primeiro e único partido a constituir uma faculdade reconhecida pelo MEC. Nossa Fundação Republicana Brasileira (FRB) é um exemplo de conduta e faz chegar na ponta cursos de qualificação política e de línguas estrangeiras tanto para filiados como para qualquer cidadão que tenha interesse. Somos também um dos poucos partidos que investem pesado na atração e qualificação da mulher para a vida pública. Acredito que temos contribuído significativamente com o avanço, tanto da discussão ideológica, quanto para os

resultados concretos que o cidadão espera das mulheres e homens públicos.

VB - Como foram as eleições

municipais de 2020 para o partido?

MP - O Republicanos mais

que dobrou o número de prefeitos eleitos em 2020, chegando a 211 em todo o Brasil, sendo 30 mulheres. O partido ainda disputa o segundo turno em cinco cidades. Foram eleitos 2.604 vereadores, quase mil a mais que em 2016. Também fomos o partido que mais elegeu vereadores em capitais. Foram 53 contra 50 do PT, que


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