análise de especialista
MANTENHA-SE relevante
“O
analfabeto do século XXI não será aquele que não consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue aprender, desaprender e reaprender” – Alvin Toffler. Inteligência artificial, algoritmos, gestão de dados, realidade aumentada, blockchain e omnichannel são apenas alguns dos termos que lemos e escutamos frequentemente, meio sem saber como entendê-los e, principalmente, aplicá-los em nosso cotidiano profissional ou empresarial. Quando começamos a achar que estamos entendendo, aparece alguém contando uma outra novidade! Por isso, é apropriado abrir este
artigo com a frase de Toffler – se existe uma atitude que devemos ter para acompanhar a velocidade das mudanças é a disposição de aceitar a transformação como uma constante. E como lidar com tudo isso no mercado de brinquedos e licenciamento? Como manter-se relevante e competitivo? Quais as melhores práticas e tendências a que devemos estar atentos? Procurei selecionar algumas ideias que acredito serem importantes (pelo menos até vocês acabarem de ler esta matéria). Vamos lá:
MARCAS DIGITAIS AGORA SÃO FÍSICAS
O crescimento dos meios digitais tem aberto uma nova plataforma de audiência e conexão para influenciadores e personagens que buscam monetizar seu sucesso também por meio do licenciamento. Vemos influenciadores se posicionando como “criadores”, canais de conteúdo almejando um status de marca versus celebridade. Neste universo, temos alguns pontos positivos que nos ajudam a dimensionar a oportunidade – as métricas geralmente são acessíveis e podem oferecer um contato direto com os fãs. Nesse contexto, vale ressaltar o crescimento dos videogames e dos e-sports. Cada vez mais teremos marcas e personagens do mundo virtual dentro de nossas casas, em camisetas, cadernos e brinquedos, entre outros bens de consumo.
TOCAR E SENTIR
Talvez uma das palavras mais usadas nestes dias seja “experiência” – a necessidade de não apenas vender produtos, mas de oferecer uma história, entretenimento na vida real, algo que não possa ser replicado no mundo on-line. Este foi um dos pontos-chave debatidos em janeiro deste ano na National Retail Federation (NRF) em Nova York. Apenas nos Estados Unidos, 9 mil lojas fecharam em 2019. A loja física precisa oferecer a seu cliente a oportunidade de tocar e sentir os produtos que ele já pesquisou no e-commerce para continuar competitiva. A personalização tem crescido em diferentes categorias de produtos. No setor de brinquedos, a Lego oferece em algumas lojas a Mini Figure Factory, que cria figuras customizadas de seus consumidores, e a Mosaic Maker, um estande de foto que converte a imagem em um mosaico de Lego. Este desafio deve ser compartilhado entre licenciados, licenciadores e varejistas. Afinal, nada melhor do que marcas e personagens para contar boas histórias!
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ESPAÇO BRINQUEDO REVISTA