Revista Energia 28

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Quanto ao dinheiro que recebe com os seus trabalhos, gasta com as despesas e a manutenção do carro. “Não são poucos os gastos que tenho. Percorro vários bairros, então eu também tenho que pagar o combustível, que não é barato. Por incrível que pareça, recebo mais doações de pessoas pobres do que de ricos”, diz.

tivo de alguns amigos e ajuda financeira, conseguiu deixar tudo em ordem para mais um ano fraterno. “Eu não dependo deste trabalho para sobreviver, tenho minha oficina de funilaria e pintura que é o meu ganha pão de todos os dias, só que

o amor que tenho em fazer tudo isso não me deixa parar, tanto é que eu pretendo fazer outro trenó no ano que vem. Só preciso da ajuda de Deus e das pessoas para continuar fazendo as crianças felizes e tendo mais esperança”, finaliza Zé.

Para incorporar o Papai Noel, José deixa a barba crescer a partir do mês de maio, até chegar dezembro. No final de novembro já começa a sair com a fantasia nas ruas distribuindo os presentes, junto com seu filho, que é o motorista responsável pelo trenó, e as entregas só acabam na noite da véspera do Natal. Esse ano José pensou em desistir de tudo, pois precisava trocar o motor do carro e outras peças, e estava sem dinheiro para isso. “Recebi até uma proposta de um senhor de Lençóis Paulista que queria comprar meu Fusca, mas ainda não tenho coragem.” Entretanto, com o incen-

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Foto: Waldete Cestari

Preparação, dedicação e amor


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