Terapia Intensiva em Oncologia

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Ritmo respiratório Fisiologicamente, a inspiração é ativa enquanto a expiração deve ser passiva, com frequência regular de 12 a 20ipm, e relação inspiração:expiração de aproximadamente 1:2. Fora desse padrão fisiológico, são considerados os seguintes ritmos patológicos descritos.1,4,7 Ritmos patológicos. Tais ritmos estão ilustrados

na Figura 10.1, subdividida em A, B e C, conforme as classificações:8 ■■ Cheyne-Stokes (Figura 10.1A): apneia seguida de frequência respiratória e volume corrente que aumentam gradativamente, depois vem decrescendo até uma nova apneia. Frequentemente encontrada em pacientes onconeurológicos. ■■ Biot (Figura 10.1B): também descrita por alguns autores como respiração atáxica e é caracterizada por apneia seguida de inspirações e expirações irregulares quanto ao ritmo e à amplitude. Encontrado acometimento de bulbo, nos casos de meningite, hipertensão intracraniana, neoplasias encefálicas e em estados comatosos. ■■ Kussmaul (Figura 10.1C): caracterizada por ventilação rápida e profunda, seguida de A

apneias. Encontrada em cetoacidose diabética. ■■ Apnêustica: inspiração prolongada, produzindo hiperventilação persistente. Padrão relacionado com lesões de ponte. ■■ Gasping: ventilação irregular com altas amplitudes, de curta duração e períodos de apneia. Costuma indicar mau prognóstico, podendo ser decorrente de lesões do bulbo.

Dispneia Diferentemente da taquipneia, a dispneia é um sinal clínico subjetivo ao paciente ao qual se refere a percepção de falta de ar, classificada em:6,10 ■■ Dispneia de repouso: aparece em repouso. ■■ Dispneia aos pequenos esforços: aparece em atividades de rotina (p. ex., tomar banho). ■■ Dispneia aos médios esforços: aparece em atividades antes realizadas sem esforços (p. ex., subir escadas). ■■ Dispneia aos grandes esforços: aparece em atividades não habituais (p. ex., correr). ■■ Ortopneia: dispneia em decúbito dorsal. ■■ Trepopneia: dispneia em decúbito lateral, podendo ser ocasionada como consequência de derrame pleural ou de uma massa tuCheyneStokes moral em pulmões, entre outros.

A

Cheyne-Stokes

A

Cheyne-Stokes

B

Biot

B

Biot

B

Biot

C

Kussmaul

Figura 10.1   Ritmos patológicos: Cheyne-Stokes (A), Biot (B) e Kussmaul (C) C

Kussmaul

C

Kussmaul

195 – Paciente Oncologico Critico - cap-10.indd 103

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Fisioterapia Respiratória | Avaliação e Planejamento Terapêutico 103

21-10-2018 17:35:19


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