Técnicas Radiográficas BIASOLI
dalidade helicoidal, de varredura única (contínua), sincronizado ao eletrocardiograma (ECG). As imagens são geradas retrospectivamente a partir dos dados em determinados pontos do ECG. A dose de radiação utilizada no protocolo de aquisição prospectiva é significativamente menor. A frequência cardíaca basal do paciente para a realização do exame deve ser, a rigor, inferior a 65bpm (batimentos por minuto). A redução da frequência cardíaca durante a aquisição das imagens é importante porque, dessa forma, prolonga-se o período de menor movimento do coração (diástole ventricular). Isso reduz a probabilidade de ocorrência de artefatos de movimento. Betabloqueadores podem ser prescritos (supervisionados por médico) para reduzir a frequência cardíaca. Com o objetivo de dilatar as artérias coronárias pode-se, sob orientação médica, usar um nitrato sublingual. O exame deve seguir as seguintes etapas: Posicionamento do paciente na mesa – deve ser posicionado em decúbito dorsal com a cabeça próxima ao portal (gantry). Instalação da monitorização eletrocardiográfica no paciente. Realização do topograma em anteroposterior (AP) e perfil. Aquisição de dados sem contraste de forma sincronizada ao sinal do eletrocardiograma (ECG) para o escore de cálcio (avalia a quantidade de cálcio nas artérias). Aquisição de dados de forma sincronizada ao sinal do ECG para a angiotomografia coronariana.
Parâmetros técnicos para execução do exame de angiotomografia das coronárias Aplica-se o programa de detecção de contraste (software), ajustado a 150UH (unidades Hounsfield), na topografia da aorta ascendente. Topograma (2): anteroposterior (AP) e perfil. Extensão do exame (Figura 22.173):
Tomografia Computadorizada
Noções Básicas de Anatomia
Proteção Radiológica
Qualidade da Imagem Radiográfica
Imagem Radiográfica Digital
Documentação da Imagem Radiográfica
Formação da Imagem Radiográfica
Formação dos Raios X
Sistema Emissor de Raios X
Equipamento Gerador de Raios X
Retrospectivo (Figura 22.172): o coração é explorado na mo-
Figura 22.173 Topograma em anteroposterior (AP) e perfil mostrando a extensão do exame de angiotomografia das coronárias
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Limite superior: cerca de 10mm acima do óstio da coronária esquerda. z Limite inferior: cerca de 15mm abaixo do ápice cardíaco. Aquisição de dados: cortes (hélice) no plano axial. Quilovolt (kV): 120kV. Miliampère (mA): 500mA . Angulação do portal (gantry): não há necessidade de angular o portal (gantry). Espessura dos cortes: 0,6mm. Fator de passo da mesa (pitch): 1,0. z
ORIENTAÇÕES TÉCNICAS PARA REALIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS GUIADOS POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA A utilização dos métodos de imagem, como a tomografia computadorizada, para guiar procedimentos invasivos foi um avanço muito grande na Medicina. Com a visualização da lesão por meio da tomografia computadorizada, podem ser realizados procedimentos minimamente invasivos, não só para diagnóstico, mas também para o tratamento das lesões. Muitas vezes, esta prática evita a realização de cirurgias de grande porte, que elevariam muito a morbidade e a mortalidade do paciente. A tomografia computadorizada pode ser utilizada para direcionar muitos procedimentos como biópsias de lesões tumorais, drenagens de abscessos, posicionamento de cateteres e embolizações e ablações de lesões, entre outros. O procedimento é orientado e realizado pelo médico-radiologista intervencionista e deve seguir estas etapas (Figura 22.174): Posicionamento do paciente na mesa de exames – orientado pelo médico-radiologista intervencionista. Realização do topograma. Aquisição de dados (sem contraste) para a localização da lesão a ser abordada. Nesta etapa, o médico-radiologista, após identificar a lesão (ou órgão-alvo), escolhe a localização para as próximas aquisições. Com o corte determinado pelo médico-radiologista, o operador (técnico ou tecnólogo) faz a medida da distância da pele até a lesão (ou órgão-alvo) e do ponto de introdução na pele (marcado pelo radiologista) até os reparos anatômicos (crista ilíaca, processo espinhoso, cicatriz umbilical etc.), para marcação exata de ponto de entrada, angulação e profundidade da introdução do instrumental (agulha, cateter, guia etc.). O médico-radiologista faz a marcação na pele do paciente, prosseguindo com a assepsia e a antissepsia da região de interesse. Em seguida, introduz o instrumental em direção à lesão (ou órgão-alvo). O operador (técnico ou tecnólogo) realiza nova aquisição (nesta topografia), para que o médico-radiologista possa avaliar o posicionamento do instrumental. Em seguida, o médico-radiologista intervencionista introduz o instrumental até a lesão (ou órgão-alvo). O operador (técnico ou tecnólogo) realiza nova aquisição (nesta topografia), para que o médico-radiologista possa avaliar o posicionamento do instrumental. Após a realização do procedimento, é realizada uma nova aquisição de dados (completa) para avaliação de possíveis complicações (hematoma, pneumotórax etc.).
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