Manual Prático de Manometria de Alta Resolução

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Tomás Navarro Rodriguez Gastrenterologista pela Federação Brasileira em Gastroenterologia (FBG). Mestre e Doutor em Gastrenterologia Clínica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Pós-doutor durante um ano no serviço do Prof Ronnie Fass, Estados Unidos Presidente da Sociedade de Gastroenterologia de São Paulo (FBG-São Paulo) – Biênio 2015 a 2016. Livre-docente em Gastrenterologia pela FMUSP. Chefe do Grupo de Esôfago e Motilidade Digestiva do Serviço de Gastrenterologia Clínica do Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP). Coordenador da Gastrenterologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, SP.

Fernando Augusto Mardiros Herbella Residência em Cirurgia Geral e residência em Gastrenterologia Cirúrgica pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp). Mestre, Doutor e Pós-doutor em Medicina (Gastrenterologia Cirúrgica) pela EPM-Unifesp. Research fellowship em Fisiologia e Cirurgia do Esôfago pela University of California, EUA. Research fellowship em Fisiologia e Cirurgia do Esôfago pela University of Rochester, EUA. Livre-docente pela EPM-Unifesp. Médico-assistente da Disciplina de Gastrenterologia Cirúrgica da EPM-Unifesp.

Vera Lúcia Ângelo Andrade Gastrenterologista pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG). Especialista em Doenças funcionais e Manometria pelo Hospital Israelita Albert Einstein, SP. Mestre e Doutora em Patologia pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ex-coordenadora e professora dos Cursos de Medicina da Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas) e do Centro Universitário Belo Horizonte (UniBH). Chefe do Serviço de Motilidade da Clínica SEDIG de Belo Horizonte.

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Luiz Henrique de Souza Fontes Mestre em Ciências Médicas e Biológicas pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Chefe do Laboratório de Motilidade DIG do Centro de Diagnóstico Brasil. Médico-assistente da Disciplina de Gastrenterologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Chefe do Laboratório de Motilidade Digestiva do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo.

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Manual Prático de Manometria de Alta Resolução Copyright © 2019 Editora Rubio Ltda. ISBN 978-85-8411-106-0 Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, sem autorização por escrito da Editora. Produção Equipe Rubio Editoração Eletrônica Edel Capa Thaissa Fonseca CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ F673m Manual Prático de Manometria de Alta Resolução / organização Luiz Henrique de Souza Fontes, Tomás Navarro Rodriguez, Fernando Augusto Mardiros Herbella e Vera Lúcia Ângelo Andrade. 1. ed. – Rio de Janeiro: Rubio, 2019. 64p.: il.; 24cm. Inclui bibliografia e índice ISBN 978-85-8411-106-0 1. Esôfago – Doenças – Diagnóstico. 2. Esôfago – Motilidade – Medição. 3. Manômetros. I. Título. 18-52850

CDD: 616.32075

CDU: 616-073.32

Editora Rubio Ltda. Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l. 204 – Castelo 20021-120 – Rio de Janeiro – RJ Telefax: 55(21) 2262-3779 • 2262-1783 E-mail: rubio@rubio.com.br www.rubio.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil

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Gostaríamos de agradecer aos colegas e alunos que, com suas sugestões e dúvidas, auxiliaram na construção deste livro. A manometria de alta resolução é uma tecnologia em constante aperfeiçoamento e, por isso, novas contribuições de todos sempre serão bem-vindas. Os Autores

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Agradecimentos

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Dedicamos esta obra aos nossos pacientes. Esperamos que a manometria de alta resolução contribua para diagnósticos mais precisos, orientando a terapêutica e, consequentemente, refletindo em melhoria da qualidade de vida. Os Autores

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Dedicatória

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A Manometria de Alta Resolução é uma incorporação tecnológica da tradicional manometria convencional, que mudou sobremaneira os paradigmas do estudo da motilidade esofagiana, trazendo claras vantagens por tornar o exame mais rápido, intuitivo e de maior reprodutibilidade entre os especialistas. A desvantagem é o elevado custo em nosso meio. A análise baseia-se na Classificação de Chicago, atualmente na versão 3.0, que definiu novos critérios manométricos tais como: tipos de acalasia I, II e II, obstrução da junção esofagogástrica, Jackhammer, espasmo esofágico distal, peristalse fragmentada e motilidade esofágica ineficaz. Apesar da relevância do tema, a sistematização deste conteúdo ainda não havia sido realizada. Visando suprir esta lacuna, propusemos resumir de forma prática e didática este conteúdo em um manual, fruto de médicos com visões distintas, porém com um único intuito de expor de maneira mais fácil e rápida a manometria de alta resolução. Este Manual Prático de Manometria de Alta Resolução, rico em imagens ilustrativas, é importante para todos os amantes da motilidade digestiva, para todos os adeptos das tecnologias em gastrenterologia e, mais que isso, é de uso para todos que atuam dia a dia no consultório. Você leitor terá um grande prazer em desfrutar as imagens de maneira didática e de fácil consulta para todos os tipos possíveis de diagnósticos que a manometria de alta resolução nos proporciona. Boa leitura! Os Autores

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Apresentação

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BK

quebra (do inglês, break)

CDP

ponto de desaceleração contrátil (do inglês, contractile deceleration point)

DCI

integral da contratilidade distal (do inglês, distal contractile integral)

DL

latência distal (do inglês, distal latency)

DRGE

doença do refluxo gastresofágico

EED

espasmo esofágico distal

EEI

esfíncter esofágico inferior

EES

esfíncter esofágico superior

IRP

Integral da pressão de relaxamento (do inglês, integrated relaxation pressure)

JEG

junção esofagogástrica

MAR

manometria de alta resolução

MEI

motilidade esofágica ineficaz

PIP

ponto de inversão de pressão

POP

procedimento operacional padrão

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Lista de siglas e abreviaturas

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Manometria de Alta Resolução, 1 Introdução, 1 Indicações e limitações, 1 Escolha de equipamento, 3 Manutenção e desinfecção dos equipamentos, 3 Técnica do exame, 5 Calibração, 5 Intubação, 5 Técnica de realização do exame, 6 Valores da normalidade, 7 Técnica de análise da MAR, 7 Integral da Pressão de Relaxamento (IRP, do inglês Integrated Relaxation Pressure), 8 Latência Distal, 12 Integral da contratilidade distal, 12 Quebra (BK), 14 Pressurização esofágica, 14 Bibliografia, 21

Diagnóstico de Alterações Manométricas Esofágicas com a Manometria de Alta Resolução, 23 Acalasia (megaesôfago), 23 Espasmo esofágico distal, 23 Distúrbio hipercontrátil, 28 Distúrbio hipocontrátil – motilidade esofágica ineficaz (MEI), 29 Peristalse fragmentada (quebra), 29 Obstrução da junção esofagogástrica, 31 Bibliografia, 32

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Sumário

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Miscelânea, 35 Alterações manométricas esofágicas em doenças sistêmicas, 35 Doença do colágeno, 35 Miastenia gravis, 35 Hérnia de hiato, 39 Teste provocativo para avaliar a reserva de contração de motilidade, 39 Bibliografia, 43

Considerações Finais, 45 Índice, 47

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Introdução Durante a última década, a manometria de alta resolução (MAR) tornou-se a principal ferramenta para avaliar a motilidade esofágica em pacientes com disfagia, dor torácica, alterações motoras do esôfago, doença do refluxo gastresofágico (DRGE) não responsiva ao tratamento clínico e doenças sistêmicas com comprometimento esofágico. Ela substitui a manometria convencional como padrão de diagnóstico destes distúrbios e orienta o tratamento. A MAR permite, de maneira rápida e intuitiva, o reconhecimento visual dos distúrbios motores esofágicos, por meio da topografia de pressão esofágica. A utilização de múltiplos sensores de pressão para captar dados manométricos esofágicos superou as lacunas de registro vistas na manometria convencional, o que possibilitou a análise simultânea de faringe, esfíncter esofágico superior (EES), corpo esofágico e esfíncter esofágico inferior (EEI). A MAR mudou vários paradigmas da motilidade digestiva, e a Classificação de Chicago, na versão 3.0, definiu critérios manométricos para as doenças da motilidade esofágica. A Figura 1 mostra a comparação entre a manometria convencional e a MAR. Além de inovadora, a MAR apresenta inúmeras vantagens com relação à convencional, conforme mostra a Tabela 1.

Indicações e limitações As indicações da MAR assemelham-se às da manometria convencional:  Localização de esfíncteres esofágicos para posicionamento de cateter de pHmetria no lúmen do esôfago.  Avaliação de disfagia esofagiana. Classificação de acalasia em tipos I, II e III.  Avaliação de dor torácica de origem não coronariana.  Avaliação dos distúrbios motores inclusive na DRGE. Não está indicada para o diagnóstico de DRGE.  Análise de envolvimento esofagiano em algumas doenças sistêmicas, como a esclerodermia.

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Manometria de Alta Resolução

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Manometria de alta resolução 24 a 36 canais a cada 0,5 ou 1,0cm

20cm

15cm

10cm

Indicações e limitações

5cm

Manometria de Alta Resolução

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Manometria convencional 5 a 8 canais a cada 5,0cm

EEI

A

B

Figura 1 (A e B) Comparação entre a manometria convencional (5 a 8 canais a cada 5,0cm) (A) e a manometria de alta resolução (24 a 36 canais a cada 0,5 ou 1,0cm) (B) EEI: esfíncter esofágico inferior.

Tabela 1 Comparação entre a manometria convencional e a manometria de alta resolução Manometria convencional

Manometria de alta resolução

Maior curva de aprendizado. Maior variação Menor curva de aprendizado, por ser um exame de inter e intraobservador. Pior reprodutibili- interpretação mais intuitiva. Menor variação inter e intraobservador. Melhor reprodutibilidade dade Poucos canais (em geral 8), com lacunas de Presença de 24 a 36 canais que possibilitam, ao mesaté 5cm entre eles mo tempo, a análise da faringe e a do EEI. Permite detectar defeitos segmentares de peristalse Tempo de exame mais prolongado, por ser Tempo de exame menor, o que torna o exame mais realizado em etapas (EEI, corpo e EES) confortável Baixa acurácia na análise do relaxamento Alta acurácia na análise do relaxamento do EEI, o do EEI que compensa os artefatos de movimento e a ação do diafragma Mais difícil localizar as hérnias hiatais

Permite avaliação de hérnias hiatais e classificá-las em tipos

Não permite classificar os distúrbios mo- Permite classificar os distúrbios motores, como acatores, como acalasia, pela classificação de lasia, segundo classificação de Chicago 3.0 Chicago 3.0 Não permite acoplamento com impedancio- Permite acoplamento com impedanciometria metria EEI: esfíncter esofágico inferior; EES: esfíncter esofágico superior.

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Técnica do exame Calibração

Intubação Antes de iniciar a intubação, deve-se explicar ao paciente como será o procedimento, que será passado anestésico tipo lidocaína (pesquisar alergia) em apenas uma narina e que o procedimento é indolor, mas poderá causar incômodo durante a passagem. A passagem da sonda é bem semelhante à da manometria convencional. Aplica-se em uma das narinas lidocaína gel a 2%, aguardando alguns minutos para seu efeito desejado e o paciente acalmar-se. Com a extremidade da sonda levemente curvada para baixo, e lubrificada com o gel, ela é introduzida lentamente através da narina anestesiada, orientando o paciente a flexionar a cabeça e colocando o queixo em seu peito, quando a sonda alcançar a parede posterior da faringe, ou seja, quando esta estiver próxima dos 10cm, em geral. Enquanto a sonda é conduzida pela faringe, orienta-se o paciente a degluti-la com água para facilitar sua introdução e, consequentemente, sua passagem.

Manometria de Alta Resolução

Caso haja algum canal que não calibre, o que é alertado pelo sistema, é necessário conferir se todos os canais estão perfundindo adequadamente, se os capilares não estão obstruídos ou se o transdutor não queimou. Desconecta-se o canal que não está calibrando e verifica-se se a água está correndo na mesma velocidade de um canal que calibrou adequadamente. Vale lembrar-se que, na MAR, são muito mais canais que na convencional. Portanto, é necessário esperar um tempo maior até que todos os canais sejam perfundidos. Tente recalibrar. Caso ainda não haja calibração, substitui-se o capilar ou o transdutor, se necessário. O exame só deve ser iniciado se a calibração for bem-sucedida.

Técnica do exame

A calibração, como na manometria convencional, é feita por peso da coluna d’agua ou câmera pressurizada, conforme manual do modelo. Não há necessidade de zerar na linha média do paciente, apenas intragástrica, após a intubação.

A sonda pode dobrar-se durante a passagem, e aparecerá no traçado o aspecto de “borboleta” com imagem em espelho, conforme pode ser visto na Figura 4. Nesta situação, retira-se a sonda e repete-se a intubação. Coloca-se, então, o paciente em decúbito dorsal horizontal ou lateral. Ele não poderá falar ou fazer movimentos bruscos durante o exame, pois estes poderão causar artefatos. Alguns serviços realizam exame com paciente assentado, possível se a sonda de estado sólido estiver sendo utilizada. 5

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A execução e o cumprimento do procedimento operacional padrão (POP) são fundamentais. O POP deve ser apresentado durante a inspeção da Vigilância Sanitária e sempre atualizado. É importante também registrar o número de exames executados por cada sonda e o registro de cada paciente que a utilizou. Assim, será calculada a vida média de cada sonda individualmente. O cuidado na manipulação e no armazenamento é fundamental para aumentar a durabilidade.

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Técnica do exame Manometria de Alta Resolução

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A

B Figura 4 (A e B) A Figura 4A mostra a correta passagem para comparação. A Figura 4B mostra a imagem em “borboleta” mostrando erro de intubação

Técnica de realização do exame Inicialmente, abre-se o programa no seu computador e registram-se os dados do novo paciente. Deve-se certificar de que escolheu MAR e que todos os canais estejam habilitados. A perfusão de água deve ser aberta, conforme a especificação do sistema. 6

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Técnica de análise da MAR A análise do exame inicia-se pelas medidas das localizações das pressões de repouso, relaxamento e localização do esfíncter superior e da junção esofagogástrica (JEG) e do ponto de inversão de pressão (PIP). A pressão da JEG e a do EES devem ser avaliadas no repouso, por, no mínimo, 20/30s, sem o indivíduo deglutir no início ou no fim do estudo. Convém procurar utilizar o momento em que o paciente estiver mais calmo e colaborativo (Figura 5). Na avaliação da JEG, a MAR possibilita identificar seus componentes, o EEI e a crura diafragmática. A identificação de uma hérnia hiatal tornou-se bem mais fácil com o advento da MAR. A JEG pode ser classificada em três tipos, segundo a classificação de Chicago 3.0 (Figura 6):  Tipo I: EEI coincidente com a crura diafragmática (sem hérnia hiatal).  Tipo II: separação do EEI da crura inferior a 2,0cm (hérnia hiatal inferior a 2,0cm).  Tipo III: separação do EEI da crura superior a 2,0cm, subdividida em: • III a: ponto de inversão de pressão próximo ao diafragma. • III b: ponto de inversão de pressão próximo ao EEI.

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A MAR é uma tecnologia recém-incorporada em nosso meio. Inicialmente, foram usados valores de referência internacionais. Em 2018, Silva et al. estudaram 32 voluntários sadios, utilizando um sistema de perfusão de água com 24 sensores (Multiplex Alacer Biomédica), e propuseram valores nacionais. Neste livro, ainda serão empregados valores de referência da normalidade estabelecidos pelos programas mais utilizados em nosso meio, até a validação dos valores para o sistema nacional. A análise da MAR utiliza os novos parâmetros revistos na Classificação de Chicago 3.0, que serão discutidos nesta presente obra posteriormente.

Técnica de análise da MAR

Valores da normalidade

Manometria de Alta Resolução

Durante todo o procedimento, pode-se alternar a observação entre o traçado de linhas (semelhante à manometria convencional) e o de cor, em que as cores representam pressões predefinidas. A sonda deve ser colocada até que ambos os esfíncteres estejam visíveis no registro. Em sondas que têm alta densidade de sensores distais restritos em pequena área, o EEI deve estar posicionado nesta região no programa de computador. Após iniciada a perfusão de água, o paciente deve ser orientado a só engolir se solicitado. Antes de iniciar a monitorização, o sistema deve ser zerado e, se houver interferências, os parâmetros deverão ser corrigidos, ajustando-se novamente a linha de base. Dez deglutições úmidas (5mL de água) com intervalo de 20 a 30s entre estas serão administradas com o auxílio de uma seringa na boca do paciente. A seguir, o paciente será orientado a engolir apenas uma vez e aguardar o próximo comando. Caso o paciente engula saliva sem ser solicitado, tussa ou pigarrei, a marcação de deglutição deverá ser retirada, e este segmento será descartado, para não interferir na análise. A análise do exame poderá ser realizada durante a realização do procedimento (para os mais experientes) ou a posteriori. Ao finalizar o registro, deve-se certificar de ter gravado o exame.

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Manometria de Alta Resolução

Integral da Pressão de Relaxamento do inglês Integrated Relaxation Pressure) (IRP, do inglês integrated relaxation (IRP, pressure)

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EES

Corpo

PIP

EEI

Figura 5 Localização, pressão do esfíncter esofágico superior (EES) e localização, pressão e ponto de inversão de pressão (PIP) do esfíncter esofágico inferior (EEI). A marcação da área deve ser a mais precisa possível e realizada sem que o paciente engula e por pelo menos três ciclos respiratórios

Continuando o estudo, analisam-se as dez deglutições úmidas (5mL de água) realizadas com intervalo de 20/30s entre elas. Em cada uma destas deglutições, vamos avaliar os seguintes parâmetros:

Integral da Pressão de Relaxamento (IRP, do inglês Integrated Relaxation Pressure) É definida como a média da pressão da JEG aferida durante 4s contínuos ou não, em um total de 10s, começando a partir da abertura do EES (Figura 7). A IRP engloba os seguintes parâmetros, segundo a classificação de Chicago 3.0:  Pressão residual.  Pressão intrabolus.  Contratilidade da crura.  Valor de referência da normalidade: inferior a 15mmHg para o solid state e inferior a 18mmHg para o sistema de perfusão.

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Alterações manométricas esofágicas em doenças sistêmicas Doença do colágeno As colagenoses são condições patológicas caracterizadas por um processo inflamatório que envolve o tecido conjuntivo de pele, pequenas artérias e parênquima de alguns órgãos, como o esôfago. As alterações manométricas esofágicas podem ser avaliadas pela manometria convencional e pela manometria de alta resolução (MAR) (Figura 30). Em resumo, as alterações manométricas das colagenoses na manometria convencional são (Figura 31):  Aperistalse (ondas síncronas ou simultâneas).  Hipocontratilidade dos dois terços inferiores do corpo esofágico.  Esfíncter esofágico inferior (EEI) com hipotonia acentuada. As alterações manométricas detectadas pela MAR caracterizam-se por (Figura 32):  Ausência de contratilidade.  Ausência de pressurização esofágica nos dois terços inferiores (musculatura lisa).  Relaxamento normal do EEI, avaliado pelo integral da pressão de relaxamento (IRP).  Hipotonia de EEI. No lúpus eritematoso sistêmico, aperistalse nos dois terços inferiores no esôfago e hipotonia de EEI podem ser observadas (Figura 33).

Miastenia gravis A miastenia é uma doença autoimune em que há acometimento do sistema imunológico. Desconhece-se a causa pela qual o organismo ataca seus próprios receptores de acetilcolina na musculatura estriada. Pode ocorrer o acometimento do esôfago proximal, e o achado manométrico clássico é a peristalse fragmentada (Figura 34).

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Miscelânea

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Alterações manométricas esofágicas em doenças sistêmicas

Hipotonia de EEI Relaxamento de EEI IRP <18mmHg

Figura 30 Alterações manométricas na manometria de alta resolução nas colagenoses EEI: esfíncter esofágico inferior; IRP: integral da pressão de relaxamento.

Miscelânea

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Aperistalse

CORPO – 1/3 SUPERIOR

CORPO – 2/3 INFERIORES

Figura 31 Alterações manométricas da esclerodermia no corpo esofágico pela manometria convencional

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A identificação da hérnia de hiato tornou-se bem mais fácil com o advento da MAR. Na Figura 35 há a representação gráfica da identificação da hérnia de hiato pela manometria convencional. Pode-se observar que a visualização da hérnia de hiato é bem mais intuitiva na MAR, conforme o demonstrado na Figura 36. Reveja o tópico Técnica de Análise da MAR, na parte inicial desta obra.

Teste provocativo para avaliar a reserva de contração de motilidade Foram propostos alguns testes provocativos durante a MAR para avaliar a reserva de contração do corpo esofágico em indivíduos com motilidade esofágica ineficaz (MEI). O mais usado é o teste com múltiplas deglutições rápidas que consiste em realizar cinco deglutições de 2mL em rápida sucessão, com intervalo de até 4s, o qual avaliará a inibição deglutitiva e o aumento do vigor da contração do músculo liso esofágico (reserva de contração) após a última deglutição. Este deverá ser realizado duas a três vezes, com um intervalo de 30 segundos entre cada. Deve-se aferir a integral da contratilidade distal (DCI) média das últimas cinco deglutições rápidas e dividir pela média da DCI das 10 deglutições únicas. Quando a razão destas for maior que 1 (DCI >1), existe então uma reserva da contração (Figura 37).

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Hérnia de hiato

Teste provocativo para avaliar a reserva de contração de motilidade

Figura 34 Miastenia gravis com peristalse fragmentada

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BK de mais de 5cm região de musculatura estriada

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Teste provocativo para avaliar a reserva de contração de motilidade

CORPO

INÍCIO DO EEI

A

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FIM DO EEI

CORPO

PIP Crura

EEI-intratorácico HÉRNIA

B Figura 35 (A e B) Manometria convencional sem hérnia de hiato (A). Representação gráfica da identificação manométrica da hérnia de hiato pela manometria convencional (B) EEI: esfíncter esofágico inferior; PIP: ponto de inversão de pressão.

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A Acalasia, 23 – tipo I, 23, 24 – tipo II, 23, 25 – tipo III, 23, 26 Alterações manométricas esofágicas em doenças sistêmicas, 35

C Calibração, 5 Classificação de Chicago, 1, 20, 45 Colagenoses, 35, 36 Contratilidade da crura, 8

D Distúrbio – hipercontrátil, 28 – hipocontrátil, 29 Doença do colágeno, 35

E Esclerodermia, 37 – no corpo esofágico, 36 Esôfago em britadeira, 28 Espasmo esofágico distal, 23, 27 – mostrando a presença de onda prematura, 26

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– mostrando a presença de onda simultânea, 27

H Hérnia de hiato, 39, 40 – tipo I, 41 – tipo II, 41

I Integral – da contratilidade distal, 12, 13 – da pressão de relaxamento, 8, 10 Intubação, 5

J Jackhammer, 28 Junção esofagogástrica, 9

L Latência dista, 12, 13 Lúpus eritematoso sistêmico, 38

M Manometria convencional, 2, 27 Manometria de alta resolução, 1, 2, 27 – diagnóstico de alterações manométricas esofágicas, 23 – escolha de equipamento, 3

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Índice

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O Obstrução da junção esofagogástrica, 31 Onda peristáltica normal, 26

Bibliografia

P Peristalse fragmentada (quebra), 29, 30 Ponto de desaceleração contrátil, 12 Pressão – intrabolus, 8

– residual, 8 Pressurização – compartimentalizada, 18 – esofágica, 14 – normal, 17 – pan-esofágica, 17 Pseudorrelaxamento, 11

Q Quebra (BK), 14, 15

R Reserva de contração esofágica, 42

T Técnica de realização do exame, 6 Teste provocativo para avaliar a reserva de contração de motilidade, 39, 42

Índice

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– indicações e limitações, 1 – técnica de análise, 7 – técnica do exame, 5 Manutenção e desinfecção dos equipamentos, 3 Megaesôfago, 23 Miastenia gravis, 35 – com peristalse fragmentada, 39 Motilidade esofágica ineficaz, 29, 30

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Repleto de imagens, Manual de Manometria de Alta Resolução é um imprescindível e atual livro para todos os profissionais que lidam com a motilidade digestiva e a gastrenteorologia em geral, tanto no consultório quanto no hospital. Trata-se de um verdadeiro guia para diagnósticos rápidos e precisos.

Área de interesse Gastrenteorologia

Manual Prático de manometria de alta resolução

Embora muito importante, a sistematização de tal conteúdo ainda não havia sido instituída. Para preencher este espaço, houve a preocupação de congregar informações de modo didático sobre o assunto na presente obra, fruto da prática de experientes médicos da área.

Fontes | Rodriguez | Herbella | Andrade

Avanço tecnológico da manometria convencional, a manometria de alta resolução (MAR) transformou bastante o estudo da motilidade esofagiana, tornando o exame mais rápido, intuitivo e de maior reprodutibilidade entre os especialistas. A análise baseia-se na Classificação de Chicago, atualmente com critérios manométricos como acalasia I, II e II, jackhammer, obstrução da junção esofagogástrica, peristalse fragmentada, espasmo esofagiano distal e motilidade esofagiana ineficaz.

Manual Prático de

Luiz Henrique de Souza Fontes Tomás Navarro Rodriguez Fernando Augusto Mardiros Herbella Vera Lúcia Ângelo Andrade

9 788584 111060

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